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Universidade Bandeirante de São Paulo Faculdade de Engenharia Civil Material Didático e de Apoio Módulo: Instalações Elétricas de Baixa Tensão Material indicado para consulta e aplicação nas aulas Profº André Luiz Souza Barbosa

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Page 1: Instalação Elétrica.DOC

Universidade Bandeirante de São Paulo

Faculdade de Engenharia Civil

Material Didático e de Apoio

Módulo: Instalações Elétricas de Baixa Tensão

Material indicado para consulta e aplicação nas aulas

Profº André Luiz Souza Barbosa

OS PERIGOS DA CORRENTE ELÉTRICA:

Page 2: Instalação Elétrica.DOC

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Especialistas do mundo inteiro têm estudado dedicadamente os efeitos da

passagem elétrica pelo corpo humano, e a conclusão a que chegaram através de

experiências feitas com seres humanos e com animais, foram utilizadas pela IEC em

sua publicação n º479-1, “Effects of current passing through the human body”, em

1984.

É nesse documento que se baseiam as principais normas internacionais de

instalações elétricas, inclusive a nossa NBR5410, nas partes que tratam da proteção

das pessoas e dos animais domésticos contra os choques elétricos.

Podem ser caracterizados quatro fenômenos patológicos críticos: a tetanização,

a parada respiratória, as queimaduras e a fibrilação ventricular, que passamos a

descrever sucintamente.

Tetanização:

É a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente através dos

tecidos nervosos que controlam os músculos. Superposta aos impulsos de comando

da mente, a corrente os anula podendo bloquear um membro ou o corpo inteiro. De

nada valem, nesses casos, a consciência do indivíduo e sua vontade de interromper o

contato com a corrente elétrica.

Parada respiratória:

Quando estão envolvidos na tetanização os músculos peitorais, os pulmões são

bloqueados e pára a função vital de respiração, tratando-se aí de uma situação de

extrema emergência.

Queimaduras:

A passagem de corrente elétrica pelo corpo humano é acompanhada do

desenvolvimento de calor por efeito Joule, podendo produzir queimaduras. Nos pontos

de entrada e saída da corrente a situação torna-se mais crítica, tendo em vista,

principalmente, a elevada resistência da pele e a maior densidade de corrente

naqueles pontos.

3

Page 3: Instalação Elétrica.DOC

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As queimaduras produzidas por corrente elétrica são, via de regra, as mais

profundas e as de cura mais difícil, podendo mesmo causar a morte por insuficiência

renal.

Fibrilação ventricular:

Se a corrente elétrica atinge diretamente o músculo cardíaco, poderá perturbar

seu funcionamento regular, onde os impulsos periódicos que, em condições normais,

regulam as contrações e as expansões são alteradas: o coração vibra

desordenadamente e, em termos técnicos, “perde o passo”.

A situação é de emergência extrema, porque cessa o fluxo vital de sangue ao corpo.

Observa-se que a fibrilação é um fenômeno irreversível, que se mantém mesmo

quando cessa a causa, e apenas podendo ser anulada mediante o emprego de um

equipamento chamado “desfibrilador”, disponível apenas em hospitais e prontos-

socorros.

Efeitos fisiológicos gerados pela passagem da corrente elétrica no corpo humanoCA de 15 a 100 MHZ, trajeto entre extremidades do corpo, pessoas de, no mínimo 50 KGfaixa de corrente

Reações fisiológicas habituais

0,1 a 0,5 mA Leve percepção superficial, habitualmente nenhum efeito0,5 a 10 mA Ligeira paralisia nos músculos do braço, com início de tetanização10 a 30 mA Nenhum efeito perigoso se houver interrupção de no máximo 5

segundos30 a 500 mA Paralisia estendida aos músculos do tórax com falta de ar e tonturaacima de 500 mA

Traumas cardíacos persistentes, nesse caso o efeito é normalmente letal

4

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TABELA N º 01

POTÊNCIAS TÍPICAS DE ALGUNS APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

PROFISSIONAIS

aparelhos potências nominais de entrada

Aquecedor de água central (boiler) - 50 a 100l 1 000 W

- 150 a 200l 1 250 W

- 250l 1 500 W

- 300 a 350l 2 000 W

- 400l 2 500 W

Aquecedor de água de passagem 4 000 a 8 000 W

Aquecedor de ambiente portátil 500 a 1 500 W

Aspirador de pó residencial 500 a 1 000 W

Barbeador 8 a 12 W

Batedeira 100 a 300 W

Cafeteira 1 000 W

Caixa registradora 100 W

Centrífuga 150 a 300 W

Churrasqueira 3 000 W

Chuveiro residencial - 220V 4 000 a 7500 W

Condicionador de ar central 8 000 W

Condicionador de ar tipo janela - 7 100 BTU/h 900 W

- 8 500 BTU/h 1 300 W

- 10 000 BTU/h 1 400 W

- 12 000 BTU/h 1 600 W

- 14 000 BTU/h 1 900 W

- 18 000 BTU/h 2 600 W

- 21 000 BTU/h 2 800 W

- 30 000 BTU/h 3 600 W

Congelador tipo freezer residencial 350 a 500 VA

Copiadora tipo xerox 1 500 a 3 500 VA

Cortador de grama 800 a 1500 W

Distribuidor de ar (fan coil) 250 W

5

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Ebulidor 2 000 W

Esterilizador 200 W

Exaustor de ar para cozinha residencial 300 a 500 VA

Ferro de passar roupas residencial 800 a 1 700 W

Fogão residencial - por boca 2 500 W

Forno residencial 4 500 W

Forno de microondas residencial 1 200 VA

Geladeira residencial 150 a 500 VA

Grelha 1 200 W

Lavadora de pratos residencial 1 200 a 2 800 VA

Lavadora de roupas residencial 800 VA

Liquidificador residencial 300 W

Máquina de costura doméstica 60 a 150 W

Máquina de escrever 150 VA

Microcomputador (impressora, monitor e

estabilizador)

1500 VA

Projetor de slides 150 VA

Secadora de roupas residencial 2 500 a 6 000 W

Secador de cabelos 500 a 1200 W

Televisor 75 a 300 W

Torneira de pia 2 800 a 4 500 W

Torradeira residencial 500 a 1 200 W

Triturador de lixo para pia residencial 300 W

TABELA N º 02

SIMBOLOGIA APLICADA AOS PROJETOS:

n º símbolo usual discriminação alturas e funções dos materiais

observações

01 Eletroduto embutido no teto ou alvenaria

Corre no teto ou naalvenaria

Ao desenhar usar apena 01 ou 02

02 Eletroduto embutido

no piso

Corre pelo piso Idem

6

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03 Eletroduto paratelefone interno

Corre pela alvenaria ou piso

Idem

04 Eletroduto para antena coletiva TV

Idem Idem

05 Cordoalha exclusiva

de pára-raios

Corre pelo lado ex-terno da fachada

Idem

06 Tubo eletroduto que sobe

Tubo subindo Ao desenhar usar a pena 02

07 Tubo eletroduto que desce

Tubo descendo Idem

08 Tubo eletroduto que passa

Tubo passando Idem

09 Caixa de passagem

interna

Próximo de 0.30 m do piso acabado

Idem

10 Condutores: fase,neutro e retorno

Seguir coloração da norma

Ao desenhar usar a pena 01 ou 02

11 Identificação doscircuitos

Numerar para identificar os circuitos

Idem

12 Condutores paracampainha

Chamados de positivo e negativo

Usar um círculo escuro nos condutores

13 Ponto de luz incan-descente no teto

Centralizar os pontos

Lâmpada de 100 Wdo circuito n º 3

14 Ponto de luz em teto rebaixado

Idem,acompanhando o rebaixo

Idem

15 Arandela incandes-cente

Varia de 2.00 a 2.20 m do p.a

Idem

16 Arandela fluorescente

Idem Idem

17 Ponto de luz fluorescenteno teto

Centralizar o ponto Idem, com 02 lâmpadas de 40 W

18 Ponto de luz deminuteria

Idem ou conforme

19 Ponto de luz de vigia

Idem ou conforme

20 Tomada alta Acima de 2.20 m ouconforme

Tomada que pertence ao circ. 02

21 Tomada média Próximo à 1.10 m Idem

22 Tomada baixa Próximo à 0.30 m do p.a

Idem

23 Tomada baixa com interruptor

Idem Tomada comanda-da por interruptor

24 Tomada especial Acima de 2.20 m Tom. de Chuveiro

7

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alta ouconforme

2000W-220V-Circ. 05

25 Tomada especialalta

Tom.ar condiciona-do 2HP-220V-Circ.05

26 Tomada para antenacoletiva - TV e FM

Próximo de 0.30 mdo piso acabado

Ao desenhar usarpena 01 ou 02

27 Tomada interna parainterfone

Próximo à 1.30 m dopiso acabado

Localizado normal-mente na cozinha

28 Tomada de piso No piso acabado Usada muito em escritórios

29 Interruptor simples Próximo à 1.10 m do piso acabado

Também chamado de inter. de 1 seção

30 Interruptor de 02seções

Idem Ao desenhar usar pena 01 ou 02

31 Interruptor de 03seções

Idem Idem

32 Interruptor three-way

Idem Também chamado de int. paralelo

33 Interruptor four-way

Idem Também chamado de intermediário

34 Interruptor e tomada conjugados

Idem Interruptor e tomadajuntos em 01 ponto

35 Interruptor, tomadana mesma prumada

Interruptor à 1.10 m etomada à 0.30 m

Ao desenhar usar a pena 01 ou 02

36 Interruptor (botão) de minuteria

Próximo a 1.10 m dopiso acabado

Idem

37 Interruptor ( botão) de campainha

Idem Idem

38 Cigarra ou campainha

Próximo à 2.20 m ou conforme

Idem

39 Campainha do alarme

Idem Idem

40 Quadro de distribuição de luz e força

Próximo à 1.50 m ouconforme

Conhecido pelasigla QDLF ou QDL

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ISTO É IMPORTANTE:

Estes símbolos mostrados em forma de tabela são os mesmos que as normas

da ABNT determina como usual e têm que ser respeitados, principalmente quando o

projeto será avaliado pela concessionária de serviços ou quando o projeto precisa da

avaliação da mesma.

Existem escritórios de projetos de instalações ( normalmente sem habilitação

para essa função) ou projetistas de instalações prediais, também nas mesmas

circunstâncias, que fazem dessas simbologias uma “festa particular”; criando e

usando simbologias próprias e até divulgando seus projetos em revistas especilizadas

do ramo, criando uma certa discordância quanto ao emprego correto desses símbolos.

Todo e qualquer projeto na construção civil é regido por normas e para tanto

precisamos respeitar essas normas para que a linguagem do projetista e da obra

sejam as mesmas; não prejudicando a sua execução no canteiro de obras.

LOCALIZAÇÃO DO PONTO DE LUZ:

Os pontos de luz devem ser centrados nos tetos dos compartimentos, no

encontro das diagonais (desenhadas bem fracas, apenas como referenciais), com

exceção das arandelas e apliques que serão localizados nas paredes

convenientemente.

Convém notar que o posicionamento correto e a quantidade de pontos de luz no

projeto será em função do padrão da construção, a estética do ambiente e do

posicionamento do mobiliário, servindo a tabela à seguir apenas como uma

orientadora para esse passo preliminar.

Os valores da tabela foram empregados para edificações de padrão mais usual,

ou seja, residências padronizadas onde os compartimentos têm suas funções reais;

onde o uso é compatível com a atividade.

9

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TABELA N º 03

POTÊNCIA DO PONTO DE LUZ NO TETO: potências mínimas estimadas

compartimentos apto - tipo A pot. w m2

apto - tipo B pot. w m2

apto - tipo C pot. w m2

sala 300 40 200 20 100 12

quarto 100 12 100 10 60 9

banheiro 100 6 100 5 60 4

cozinha 150 15 100 10 60 5

circulação 100 8 60 4 40 3

quarto de emprega-da

100 9 60 6 não possui

não possui

banheiro de empre-gada

100 2 60 1.5 idem idem

área de serviço 100 6 60 4 idem idem

lavabo 100 4 60 3 idem idem

copa 150 15 100 7 idem idem

garagem 100 por veícu-

lo

60 por veícu-

lo

idem idem

circulação de usocomun

100 para ca-da 10 m2

60 para ca-da 10 m2

Idem Idem

escritórios 150 15 100 12 Idem Idem

Nos casos de projetos que envolvam iluminações específicas para um

determinado compartimento ou uma atividade especial, é de bom procedimento

consultar um iluminista ou profissional habilitado com experiência em luminotécnica.

POSICIONAMENTO DE TOMADAS:

As tomadas devem ser posicionadas de modo funcional e em número suficiente,

sendo distribuídas de acordo com o bom senso do projetista.

O conhecimento, quando possível, do posicionamento do mobiliário é

importante nesse caso, evitando assim que se posicione tomadas atrás de portas,

10

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instalações elétricas profº andré luiz

dentro de armários, atrás de sofás, e em lugares de difícil acesso para se estender um

braço ao se plugar uma tomada.

Para efeito de cálculo, as tomadas comuns, também conhecidas como tomadas

de uso geral, têm potência estimada de até 300 watts, e as tomadas dos aparelhos

eletrodomésticos com potência estimada de mais de 300 watts, serão consideradas

como tomadas especiais, e para tal terão circuitos individuais somente para elas, de

um modo geral.

Podemos considerar como tomadas especiais, aquelas dos seguintes aparelhos

eletrodomésticos: ar condicionado, chuveiro, boiler elétrico, ferro de passar roupas,

lavadora de roupas, etc.,... e todos aqueles com mais de 300 watts da tabela n º 01.

Como a maioria desses aparelhos encontra-se na parte de serviços da residência, eles

são chamados também de circuitos de serviços.

Cada circuito deverá ter um acúmulo de potência de aproximadamente de 1600

watts, segundo norma ABNT, evitando-se assim sobrecarga de potência em circuitos e

equalizando a demanda total de carga no projeto.

TABELA N º 04

QUANTITATIVO DE TOMADAS POR COMPARTIMENTO: quantidade mínima

compartimentos apto - tipo A apto - tipo B apto - tipo C

sala 04 - baixas 03 - baixas 02 - baixas

quarto 03 - baixas 02 - baixas 01 - média

banheiro social 01 - média 01 - média 01 - média

cozinha 02 - médias

01 - alta

02 - médias 01 - média

circulação 01 - baixa 01 - baixa não possui

quarto de

empregada

01 - baixa

01 - média

01 - média idem

banho de 01 - média 01 - média, quando idem

11

Page 11: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

empregada

área maior que 1.5

m2

área de serviço 01 - média 01 - média idem

lavabo 01 - média 01 - média idem

copa 02 - médias 01 - média idem

garagem 01 - média por

veículo

01 - média idem

Circulação de uso

comum

01 - média 01 - média idem

escritório 02 - baixas 01 - baixa idem

TABELA N º 05

FATORES DE DEMANDA PARA ILUMINAÇÃO

E TOMADAS SIMPLES

potência - P

(kva)

fator de demanda

%

0<P<1 88

1<P<2 75

2<P<3 66

3<P< 4 59

4<P<5 52

5<P<6 45

6<P<7 40

7<P<8 35

8<P<9 31

9<P<10 27

acima de 10 24

12

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TABELA N º 06

DIMENSÕES PRINCIPAIS DOS ELETRODUTOS RÍGIDOS DE PVC: NBR 6150,

VARAS COM 3.00 METROS

tamanho nominal

tipo soldável

diâmetro externo

mm

espessura de parede - mm

classe - A classe - B

16 16.0 +- 0.3 1.5 1.0

20 20.0 +- 0.3 1.5 1.0

25 25.0 +- 0.3 1.7 1.0

32 32.0 +- 0.3 2.1 1.0

40 40.0 +- 0.4 2.4 1.0

50 50.0 +- 0.4 3.0 1.1

60 60.0 +- 0.4 3.3 1.3

75 75.0 +- 0.4 4.2 1.5

85 85.0 +- 0.4 4.7 1.8

tipo roscável classe - A classe - B

16 16.7 +- 0.3 2.0 1.8

20 21.1 +- 0.3 2.5 1.8

25 26.2 +- 0.3 2.6 2.3

32 33.2 +- 0.3 3.2 2.7

40 42.2 +- 0.3 3.6 2.9

50 47.8 +- 0.4 4.0 3.0

60 59.4 +- 0.4 4.6 3.1

75 75.1 +- 0.4 5.5 3.8

85 88.0 +- 0.4 6.2 4.0

13

Page 13: Instalação Elétrica.DOC

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TABELA N º 07

FATORES DE DEMANDA PARA ILUMINAÇÃO E

TOMADAS COMUNS DE EDIFÍCIOS DE APARTAMENTOS

potência instalada - P (kw) fator de demanda %

primeiros 20 40

seguintes 40 30

seguintes 40 25

seguintes 100 20

seguintes 200 15

o que exceder de 400 10

TABELA N º 08

FATORES DE DEMANDA PARA APARELHOS

DE AR CONDICIONADO DE USO RESIDENCIAL

n º de aparelhos

por residência

fator de demanda

%

2 88

3 82

4 78

5 76

6 74

7 72

8 71

9 A 11 70

12 A 24 68

15 A 16 67

17 A 22 66

23 A 30 65

31 A 50 64

14

Page 14: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

acima de 50 62

TABELA N º 09

QUANTIDADE MÍNIMA E

POTÊNCIAS MÍNIMAS DE TOMADAS COMUNS

compartimento área - m2 n º tomadas potência - VA considerações

cozinha e copa-cozinha

qualquer 1 p/cada 3.5mou fração de

perímetro

600 p/tomadaaté 3 tomadas e100 p/cada rest.

01 tomadapelo menospor bancada

área de serviçoe lavanderia

até 6maior que 6

11 p/cada 6.0 mou fração de

perímetro

600600 p/ tomada

até 3 tomadas e100 p/ cada

rest.

distribuiçãouniforme

banheiro qualquer 1 junto a pia 600 __

garagem evaranda

qualquer 1 100 __

EXEMPLO PARA USO DA TABELA N º 10:

Demonstrativo da demanda de carga para uma residência cujas dependências e

respectivas dimensões são indicadas nas colunas 01, 02 e 05 da mesma tabela.

O quadro de distribuição é alimentado com 3F-N e tensões de rede de

127/220V.

Foram previstas tomadas especiais para os seguintes equipamentos:

- lavadora de pratos: U=220V, In=12A, Pn=220 x 12 x 0.8 = 2112W

- forno de microondas: Pn=1200W

- lavadora de roupas: Un=110V, In=7A, Pn=110 x 7 x 0.8 = 616W

15

Page 15: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

- Potência instalada de iluminação, considerando fator de potência 1: Pinst.

ilum.=2440x1=2440W

- Potência instalada de tomadas,considerando fator de potência 0.9: Pinst.

tom.=7000x0.9=6300W

- Demanda de tomadas especiais: Ptom. esp.=12428W

- Soma das potências intaladas: Pinst. ilum.+Pinst. tom.=2440+7000=9440W

- Fator de demanda de iluminação e tomada comun: g=0.27 para uma soma de 9440

( tab. 5)

- Potência de alimentação do Q.D.LF.: PA=(Pinst. ilum.+Pinst. tom.) g + Ptom. esp.

PA=9440 x 0.27 +12428

PA=14977W

- Corrente de projeto do circuito de distribuição, considerando fator de potência global

0.95

I=_____14977____ = 71.7A

1 x 220 x 0.95

TABELA N º 10

DEMONSTRATIVO DA DEMANDA DE CARGA DO PROJETO

01 02 03 04 05 06 07 08compartime

nto

área m2

perí-metr

o

potência mínimade iluminação

n º tomadas simples

potência dastomadas - W

toma-da esp

potência W

acesso 4 -- 100 1 1x100=100 -- --sala 40 26 100+(5x60)=40

026/6=4.3~5 5x100=500 -- --

circulação 7.5 11 100 11/6=1.8~2 2x100=200 -- --lavabo 3 -- 100 -- -- -- --suite 24 20 100+(4x60)=340 20/6=3.3~4 4x100=400 -- --quarto 02 16 16 100+(2x60)=220 16/6=2.7~3 3x100=300 -- --

16

Page 16: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

quarto 03 16 16 100+(2x60)=220 16/6=2.7~3 3x100=300 -- --banho social

6 -- 100 1 600 chuv. 2500

banho suite 4 -- 100 1 600 chuv. 4000copa 24 20 100+(2x60)=340 20/3.5=5.7

~63x100=300 lav.pr

a2112

cozinha junto junto junto junto 3x600=1800 micro 1200área de serv.

16 16 100+(2x60)=220 16/6=2.7~3 3x600=1800 lav.rou

616

cont. área -- -- -- -- -- aquec.

2000

quarto empr.

5 -- 100 1 1x100=100 -- --

banho empr.

3 -- 100 -- -- -- --

demanda -- -- 2440 -- 7000 -- 12428

Exercício para aplicação da tabela n º 10:

Faça o demonstrativo da demanda de carga de uma residência com os seguintes

aspectos:

17

Page 17: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

TABELA N º 10-E

TABELA RESERVADA PARA EXERCITAR

01 02 03 04 05 06 07 08compartime

ntoáream2

perí-metr

o

potência mínimade iluminação

VA

n º tomadassimples

potência dastomadas - W

toma-da esp

potência W

acessosalacirculaçãolavabosuitequarto 02quarto 03banho socialbanho suitecopacozinhaárea de serv.cont. áreaquarto empr.banho empr.demanda

TABELA N º 11

SECÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR NEUTRO

condutor fase

mm2

condutor neutro

mm2

1.5 1.5

2.5 2.5

4.0 4.0

6.0 6.0

10.0 10.0

18

Page 18: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

16.0 16.0

25.0 25.0

35.0 25.0

TABELA N º 12

CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

PARA CONDUTORES DE COBRE REVESTIDOS COM PVC E SUBMETIDOS À 70 º

seção nominal

mm2

2 condutores

carregados

3 condutores

carregados

1.5 17.5 15.5

2.5 24.0 21.0

4.0 32.0 28.0

6.0 41.0 36.0

10.0 57.0 50.0

16.0 76.0 68.0

25.0 101.0 89.0

35.0 125.0 111.0

50.0 151.0 134.0

TABELA N º 13

CÁLCULO PARA A QUEDA DE TENSÃO ADMISSÍVEL PARA TENSÕES DE

110/220v

soma das potências em watts x distância em metros do ponto mais distante

secção

mm2

U = 110V

1% 2% 3%

4%

secção U = 220V

mm2 1% 2% 3%

4%

1.5 5263 10526 15789 21052 1.5 21054 42108 63162 84216

19

Page 19: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

2.5 8773 17546 26319 35092 2.5 35090 70180 105270 140360

4.0 14036 28072 42108 56144 4.0 56144 112288 168432 224576

6.0 21054 42108 63162 84216 6.0 84216 168432 252648 336864

10.0 35093 70180 10527

0

14036

0

10.0 14036

0

280720 421080 561440

16.0 56144 11226

8

16843

2

22457

6

16.0 22457

6

449152 673728 898304

25.0 87725 17545

0

26317

5

35090

0

25.0 35090

0

701800 105270

0

140360

0

35.0 12281

5

24563

0

36844

5

49126

0

35.0 49126

0

982520 147378

0

196504

0

50.0 17545

0

35090

0

52635

0

70180

0

50.0 70180

0

140360

0

210540

0

280720

0

70.0 24563

0

49126

0

73689

0

98752

0

70.0 98252

0

196504

0

294756

0

393008

0

TABELA N º 14

DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS COM 40% DE ÁREA

diâmetro nominal

mm

ocupação de 40%

da área - mm2

16 53.0

20 90.0

25 152.0

32 216.0

40 430.0

50 567.0

60 932.0

75 1525.0

20

Page 20: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

85 2147.0

TABELA N º 15

DIMENSÃO TOTAL DOS CONDUTORES ISOLADOS

secção

mm2

diâmetro externo

mm

área total

mm2

1.5 2.5 a 3.0 6.2 a 7.1

2.5 3.4 a 3.7 9.1 a 10.7

4.0 3.9 a 4.2 11.9 a 13.8

6.0 4.4 a 4.8 15.2 a 18.1

10.0 5.6 a 5.9 24.6 a 27.3

16.0 6.5 a 6.9 33.2 a 37.4

25.0 8.5 56.7

35.0 9.5 71.0

50.0 11.5 104.0

70.0 13.5 133.0

TABELA N º 16

CAPACIDADE E DIMENSÕES DOS QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO - Q.D.L.F

n º de disjuntores dimensões dos quadros - cm

altura largura profundidade

até 06 disjuntores 26.5 21.0 8.0

até 12 disjuntores 38.5 31.0 8.5

até 18 disjuntores 59.5 45.5 12.0

até 24 disjuntores 69.5 52.0 12.5

21

Page 21: Instalação Elétrica.DOC

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até 32 disjuntores 79.5 52.0 12.5

Dimensões fornecidas pelos catálogos dos fabricantes

PRINCIPAIS LIGAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DE UM PROJETO:

01. PONTO DE LUZ COMANDADO POR INTERRUPTOR SIMPLES:

22

Page 22: Instalação Elétrica.DOC

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02. PONTO DE LUZ COMANDADO POR INTERRUPTOR CONJUGADO COM

TOMADA:

23

Page 23: Instalação Elétrica.DOC

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03. DOIS PONTOS DE LUZ COMANDADOS POR INTERRUPTOR SIMPLES:

24

Page 24: Instalação Elétrica.DOC

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04. DOIS PONTOS DE LUZ COMANDADOS POR INTERRUPTOR DE 02 SECÇÕES:

25

Page 25: Instalação Elétrica.DOC

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05. LIGAÇÃO DE INTERRUPTOR THREE-WAY OU INTERRUPTOR PARALELO:

26

Page 26: Instalação Elétrica.DOC

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06. LIGAÇÃO DE INTERRUPTOR FOUR-WAY OU INTERRUPTOR

INTERMEDIÁRIO:

27

Page 27: Instalação Elétrica.DOC

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PLANEJAMENTO DE UMA INSTALAÇÃO:

Para a execução de um projeto de instalação elétrica é necessário atender a

uma ordem lógica, ou seja, uma seqüência de procedimentos elaborados em função

da execução de diversos projetos já elaborados, a nível de residência com demanda

de carga de até 12KW; seqüência esta que se divide em duas etapas básicas, a saber:

SERVIÇOS PRELIMINARES:

Iº Entendimento com a concessionária de serviços de eletricidade local, com

finalidade de colher informações para a elaboração do projeto de entrada de energia.

Normalmente durante a audiência com o técnico da concessionária, neste momento

são listados, a pedido do técnico, todos os aparelhos consumidores de energia da

edificação; como: n º de tomadas, n º de aparelhos de ar condicionado, demanda de

carga do chuveiro elétrico, demanda de carga do circuito de serviços, etc.

Através do endereço da unidade consumidora (edificação) a concessionária, no

mesmo instante da audiência, poderá fornecer a demanda de carga para aquele local

ou região, podendo neste caso saber se haverá ou não necessidade de se fazer um

pedido de aumento de carga, caso a unidade consumidora ultrapasse a demanda

prevista.

2º Coletar junto ao arquiteto ou projetista autor do projeto de arquitetura, as

plantas baixas, cortes, e fachadas, para que possamos ter uma idéia global do projeto

e facilitar, no caso de haverem plantas decoradas, com o posicionamento do

mobiliário, detalhe este que nos ajudará em muito no momento de projetarmos as

tomadas, interruptores, etc.

28

Page 28: Instalação Elétrica.DOC

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3º Coletar sempre que possível, também, as plantas de estrutura, com o

calculista, caso a edificação tenha exigido (normalmente e infelizmente não é comum

as residências terem esse tipo de projeto; lamentavelmente a cultura no que diz

respeito a segurança no Brasil ainda não está madura o suficiente para que se tenha a

obrigatoriedade desse tipo de projeto na obras; e mais do que uma simples

obrigatoriedade teria de haver uma fiscalização e controle real da qualidade desse tipo

de projeto).

As chamadas interferências de projetos ocasionam problemas sérios na

execução da obra, problemas de todas as ordens; como: gasto desnecessário de

tempo e dinheiro quando se pode evitar a execução de um tipo de serviço previamente

identificado e discutido a tempo, atraso no cronograma físico da obra, etc. Sempre que

possível tenha acesso e verifique todos os projetos; hidráulica, esgoto, telefone, gás,

etc. Não importa qual o projeto a ser elaborado; planeje para não fazer duas vezes.

4º As plantas do projeto de elétrica são executadas na escala de 1:50, ou

conforme escala pedida pela concessionária nos casos especiais.

5º Feito o anteprojeto, esclarecer junto ao cliente todas as etapas do projeto,

tendo o cuidado de alertá-lo quando de uma solicitação pessoal que tecnicamente não

é viável; como por exemplo: o cliente acha muito confortável e o máximo, tomar banho

no seu banheiro de hidromassagem vendo televisão, e pede que a tomada não fique

aparecendo pelo chão do banheiro ou pela parede exigindo que se coloque perto ou

acima da banheira. É nosso dever, como técnico e profissional que somos, acima de

tudo, explicar do perigo que essa tomada pode apresentar para ele e sua família.

Não execute tudo aquilo que se pede, em elétrica o cliente quase sempre não

tem razão, normalmente ele é leigo no assunto e o nosso dever é de orientá-lo

principalmente nos seus caprichos ou “frescuras”.

ANTEPROJETO:

29

Page 29: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

Após os cuidados acima, e já diante da demanda de carga previamente

solicitada, mesmo que provisoriamente, começar a executar o anteprojeto obedecendo

as normas da legislação e seguindo a seqüência abaixo:

1º Posicionar os pontos de luz no teto, caso não seja uma posição especifica

solicitada pelo cliente; cruzar as diagonais dos vértices dos lados do compartimento e

nesse cruzamento estará posicionado o ponto de luz com um círculo pequeno

indicando mais tarde o número do circuito a que ele pertence e a previsão de potência

naquele ponto.

2º Posicionar corretamente os interruptores, começando pelos interruptores

simples, conjugados, paralelos e intermediários nesta ordem. Evite ao máximo

posicionar interruptores atrás de portas ou com distâncias maiores que 15cm da

guarnição da porta, evitando assim que se tenham mais tarde interruptores dentro de

armários embutidos ou coisa parecida.

3º Posicionar as tomadas comuns, aquelas com potência estimada de 200W,

lembrando que se houver o posicionamento do mobiliário seguir este posicionamento

conforme a planta.

4º Posicionar as tomadas especiais, aquelas conhecidas também como

tomadas do circuito de serviço, com potência estimada superior a 200W.

5º Posicionar corretamente o Q.D.L.F, (quadro de distribuição de luz e força),

nunca projetá-lo atrás de portas, embaixo de escadas, lugares de difícil acesso,

circulação ou lugares que possam comprometer o acesso rápido à ele e a seu

manuseio com segurança.

6º Avaliar a potência em cada ponto de consumo, tendo como base as tabelas

fornecidas tanto por fabricantes como da própria concessionária.

7º Dividir a carga total em circuitos parciais, é a chamada etapa de equalização

da demanda de carga.

30

Page 30: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

8º Elaborar o traçado da tubulação, evitando o cruzamento e derivações de 90 º

com os conduites.

9º Projetar as ligações elétricas, usando a simbologia aplicada ao projeto.

10º Dimensionar os condutores, conforme tabelas e normas.

11º Dimensionar os tubos eletrodutos, conforme tabelas e normas.

12º Elaborar e dimensionar o Q.D.L.F, conforme tabelas de fabricantes.

13º Projetar as partes comuns: localizar quadros de serviços, instalação de

força, iluminação de serviço e minuterias, traçado das prumadas verticais,

posicionamento das caixas de passagem e dimensionamento dos alimentadores.

14º Projeto de localização de medidores (PC), e de entrada de energia.

15º Elaboração do esquema vertical.

PROJETO FINAL:

Após a verificação de todos os itens acima, executar o desenho final da planta e

fazer uma revisão minuciosa de toda a memória de cálculo.

INSTALAÇÃO PREDIAL DE TELECOMUNICAÇÕES: TELEFONIA

O projeto de telefonia nas edificações deverá atender as normas TELEBRÁS,

através da prestadora de serviços estaduais TELESP (Telecomunicações de São

Paulo) ou de concessionária de serviços credenciada.

O projeto de telefonia deverá ser dividido em duas etapas basicamente: projeto

de tubulação e projeto de cabos.

GENERALIDADES:

31

Page 31: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

Desnecessário será, ressaltar a importância dos meios de comunicações e, em

particular das telecomunicações no mundo atual.

Os indivíduos, as empresas, o estado, têm nos equipamentos de

telecomunicações um dos seus mais extraordinários fatores de desenvolvimento

intelectual e tecnológico. A educação, a segurança individual ou pública e

internacional, cada ves mais depende das telecomunicações.

A interligação entre o homem ou a empresa com seu ambiente externo se inicia

com o projeto de tubulação.

A importância das telecomunicações é tal que nasceu, a não muito tempo atrás,

uma ciência chamada TELEMÁTICA, de origem francesa, criada para traduzir a idéia

de fusão entre as telecomunicações e a informática, marcando o estágio mais

avançado dos meios eletrônicos de informação e comunicação.

O mundo, a cada ano, a cada dia ou a cada hora, vive momentos de êxtase de

uma nova era: a era da Informação Instantânea, muito mais revolucionária do que a

revolução industrial do século XVII ou a revolução espacial dos anos 60 até os dias de

hoje. Os países mais desenvolvidos já se conscientizaram de que o conhecimento e a

informação instantânea no seu sentido mais amplo; muito mais do que o capital e a

tecnologia - é um fator de progresso para a humanidade.

O Japão visando alcançar e manter-se na vanguarda do mundo desenvolvido,

está aplicando imensas somas de recursos no desenvolvimento da tecnologia das

fibras óticas, informática de ponta, microeletrônica e telecomunicações, elementos

básicos em que se apoiarão as “Sociedades de Informação”.

MATERIAIS PARA INSTALAÇÃO:

OS MATERIAIS:

32

Page 32: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

Os materiais a serem utilizados na execução de tubulação telefônica devem ser

rigorosamente adequados as finalidades a que se destinam e devem satisfazer as

normas aplicáveis da ABNT ou da TELEBRÁS.

TUBO ELETRODUTO:

Devem ser utilizados unicamente eletrodutos rígidos, sem costuras ou rebarbas,

de ferro galvanizado, metal esmaltado, PVC e similar.

Os eletrodutos rígidos metálicos, apenas esmaltados, só poderão ser utilizados

em instalações internas não sujeitas à corrosão, sendo que no caso de tubulações

externas expostas ao tempo deverão ser utilizados eletrodutos de ferro galvanizados.

Em todas as passagens da tubulação deverão ser passados arames de aço

galvanizado (guias) de pelo menos 1.65mm de diâmetro, que deverão ficar dentro das

tubulações, presos em buchas de vedação, até sua utilização no puxamento dos

cabos.

CAIXA DE PASSAGEM:

As caixas de saída, de passagem, de distribuição e de distribuição geral,

deverão ser construídas em metal, utilizando chapa de aço de no mínimo 1.0mm de

espessura, com toda a superfície metálica pintada com tinta anti-ferrugem.

Poderão ser utilizados outros materiais, desde que previamente comunicado,

vistoriado e aprovado em inspeção pela concessionária de serviços - TELESP.

CAIXA DE DISTRIBUIÇÀO:

As caixas de distribuição, caixas de passagem e caixa de distribuição geral,

atenderão as seguintes especificações:

- localizadas em áreas comuns nos casos de edificações multifamiliares.

33

Page 33: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

- as portas metálicas devem ser providas de fechadura e de dispositivo para ventilação

(venezianas) e devem se abrir de modo a deixarem inteiramente livre a abertura da

caixa para manutenção e vistoria.

- nas proximidades da caixa de distribuição geral deverá ser instalada uma tomada de

energia elétrica, para facilitar o uso de algum equipamento elétrico quando for o caso.

- devem ser instaladas de modo que seu centro se situe a 1.30m do piso acabado.

- a caixa de distribuição geral deve ser provida de um ponto de aterramento cuja

resistência de descarga não deva ser superior a 30 ohms.

CAIXA DE SAÍDA:

- as caixas de saída em paredes devem ser localizadas a 0.30m do centro ao piso

acabado, para telefones de mesa e a 1.30m para telefones de fixação em parede.

CAIXA DE ENTRADA:

As caixas de entrada em edifícios, atenderão as seguintes especificações:

- as caixas subterrâneas poderão ser construídas em alvenaria de tijolos, revestidas de

cimento e areia, ou de concreto.

- devem possuir poços de esgotamento para drenar possíveis acúmulos de água

pluviais.

- as caixa subterrâneas devem ser equipadas com tampões retangulares de ferro,

fornecidos pelo construtor.

TERMINOLOGIA APLICADA AO PROJETO:

Todo e qualquer projeto de edificações é regido por normas e a cada um deles

é aplicado um tipo de terminologia e simbologia próprios, para que a linguagem do

34

Page 34: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

projetista e instalador seja a mesma evitando assim desencontros na obra e na sua

aprovação junto a concessionária.

CAIXA:

Designação genérica para as partes da tubulação destinadas a possibilitarem a

passagem, emenda ou terminação de cabos e fios telefônicos.

CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO:

Caixa pertencente a tubulação primária destinada a dar passagem aos cabos e

fios telefônicos e abrigar os blocos terminais.

CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO GERAL:

Caixa na qual são terminados (finalizados) e interligados os cabos da rede

externa da TELESP e os cabos internos da edificação.

CAIXA DE ENTRADA DA EDIFICAÇÃO:

Caixa interna subterrânea, situada na fachada principal da edificação, junto ao

alinhamento predial, destinada a permitir a entrada do cabo subterrâneo da rede

externa da TELESP.

CAIXA DE PASSAGEM:

Caixa destinada a limitar o comprimento da tubulação, eliminando curvas e

facilitando o puxamento das guias amarradas aos cabos.

CAIXA SUBTERRÂNEA:

Caixa feita de alvenaria ou concreto instalada no sub-solo e com dimensões

suficientes para permitir a instalação e emenda de cabos e fios telefônicos.

35

Page 35: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

CAIXA DE SAÍDA:

Caixa destinada a dar passagem ou permitir a saída de fios de distribuição,

conectados aos aparelhos telefônicos.

CAIXA DE SAÍDA PRINCIPAL:

É toda caixa de saída ligada diretamente a uma caixa de distribuição.

CANALETA:

Conduto metálico, rígido e de secção retangular que substitui a tubulação

convencional em sistemas de distribuição no piso.

DUTO:

Tubulação para instalação subterrânea, feita de material incombustível,

impermeável e com superfície interna lisa e sem rebarbas.

ELETRODUTO:

Conduto rígido de secção circular e com extremidades rosqueadas e sem

rebarbas.

EXTENSÃO DE PONTO TELEFÔNICO:

É um ponto telefônico que existe em função de um ponto principal e sendo

originário do mesmo.

PONTO TELEFÔNICO:

Previsão de demanda de um telefone principal ou qualquer serviço que utilize

pares físicos da TELESP dentro de uma edificação ou fora dela.

36

Page 36: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

PRUMADA:

Tubulação vertical que se constitui na espinha dorsal da tubulação telefônica e

que corresponde usualmente a tubulação primária do mesmo.

TOMADA:

São caixas situadas nas imediações dos aparelhos telefônicos, de onde provêm

as linhas de transmissão dos mesmos.

TUBULAÇÃO TELEFÔNICA:

Termo genérico utilizado para designar o conjunto de tubulações destinadas aos

serviços de telecomunicações de uma edificação.

TUBULAÇÃO DE ENTRADA:

Parte da tubulação que permite a entrada do cabo da rede externa da TELESP

e que termina na caixa de distribuição geral e que quando subterrânea abrange

também a caixa da edificação.

TUBULAÇÃO PRIMÁRIA:

Parte da tubulação que abrange a caixa de distribuição geral, as caixas de

distribuição e as tubulações que as interligam.

TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA:

Parte da tubulação que abrange as caixas de saída e as tubulações que as

interligam as caixas de distribuição.

PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DO PROJETO TELEFÔNICO:

No planejamento e elaboração de um projeto de tubulação telefônica, os

estudos devem ser iniciados pela tubulação secundária e terminando na tubulação de

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Page 37: Instalação Elétrica.DOC

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entrada, qualquer que seja o tipo de edificação para qual a mesma esteja sendo

projetada.

Existe uma seqüência lógica na execução deste planejamento; a seguir:

1º TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA:

Determinar o número e os locais onde deverão ser intaladas as caixas de saída em

cada parte da edificação de acordo com os critérios estabelecidos na tabela n º 01.

Determinar dentro de cada parte da edificação o local onde ficará a caixa de

saída principal que será interligada com a caixa de distribuição que atende o andar da

edificação. A caixa de saída principal deve ser localizada próxima à caixa de

distribuição e esta nas partes comuns da edificação.

Projetar o trajeto da tubulação dentro de cada parte da edificação, de modo a

interligar todas as caixas de saída principal, projetando caixas de passagem, se estas

forem necessárias para limitar os comprimentos das tubulações e/ou o número de

curvas, de acordo com informações que serão fornecidas mais adiante.

Determinar o diâmetro dos tubos e as dimensões das caixas pertencentes à

tubulação secundária, utilizando os valores indicados na tabela 02 e 03.

2º TUBULAÇÃO PRIMÁRIA:

Determinar o número de prumadas necessárias à edificação. O número de

prumadas pode ser superior a um (01), em função dos seguintes critérios:

- existência de obstáculos intransponíveis no trajeto da tubulação vertical.

- concepções arquitetônicas que estabeleçam blocos separados sobre a mesma base.

- edificações que possuam várias entradas e com áreas de circulação independentes.

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Page 38: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

Calcular o número de pontos telefônicos, sem incluir as extensões, de cada

andar atendidas através de uma mesma prumada; em seguida calcular o número total

de pontos telefônicos atendidos por aquela prumada, somando-se os valores

encontrados para cada andar.

Se o número total de pontos telefônicos atendidos por uma mesma prumada for

igual ou inferior a 280, e se o construtor decidir executar a prumada em tubulação

convencional, localizar as caixas de distribuição e a caixa de distribuição geral da

edificação, sempre em áreas comuns, em função dos seguintes critérios:

- a caixa deverá estar localizada em andar térreo obrigatoriamente.

- a caixa não deve ser localizada dentro de salões de festas ou em outras áreas que

possam acarretar dificuldades de acesso à mesma.

CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO:

Como regra geral, cada caixa de distribuição deve atender um andar abaixo e

um acima, daquele em que estiver localizada, salvo as últimas caixas que poderão

atender até 02 pavimentos para cima.

Depois de localizadas as caixas, determinar o trajeto da tubulação entre a caixa

de distribuição que atende um andar e cada uma das caixas de saída escolhidas para

interligação, projetando-se caixas de passagem, se estas forem necessárias para

limitar os comprimentos das tubulações e ou curvas.

Calcular o número total de pontos telefônicos acumulados em cada trecho da

tubulação e calcular o número de pontos atendidos por cada caixa de distribuição que

alimenta um ou mais pavimentos.

Calcular o número total de pontos telefônicos acumulados em cada caixa de

distribuição, começando pela mais distante e terminando na caixa de distribuição geral.

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Page 39: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

Determinar as dimensões das caixas e a quantidade e diâmetro dos tubos que

às interligam, aplicando-se os valores das tabelas 02 e03.

3º TUBULAÇÃO DE ENTRADA:

O primeiro passo para a elaboração do projeto da tubulação de entrada é

definir se o cabo de entrada da edificação será subterrâneo ou aéreo. Os seguintes

critérios devem ser observados nessa definição:

A entrada será subterrânea quando:

A edificação possuir mais de 20 pontos telefônicos.

A rede da telefônica for subterrânea no local.

O construtor por opção e em função da estética preferir a entrada subterrânea,

e neste caso o construtor deverá solicitar estudos de viabilidade técnica do projeto.

Este material didático foi elaborado no sentido de servir como apoio as aulas de

instalações prediais de elétrica e telefonia, e teve como referencias básicas as tabelas

fornecidas pela concessionária Eletropaulo e da NBR-5410, alguns fabricantes e

fornecedores de materiais elétricos, e da experiência profissional e didática do autor.

Aconselha-se a consultar essas referenciais bibliográficas atuais antes de

elaborar qualquer projeto de instalação elétrica ou de telefonia, devido as possíveis

mudanças nos valores contidos nesse material.

André Luiz Souza Barbosa

professor de instalações elétricas e hidráulicas

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Page 40: Instalação Elétrica.DOC

instalações elétricas profº andré luiz

consultor de arquitetura e instalações prediais

[email protected]

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