instituto de pesquisas jardim botânico do rio de janeiro...
TRANSCRIPT
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de JaneiroEscola Nacional de Botânica Tropical
Mestrado Profissional emBiodiversidade em Unidades de Conservação
Trabalho de Conclusão
Levantamento fitossociológico da Floresta Nacional deNegreiros, PE, como subsídio à elaboração do Plano de
Manejo
Diego Meireles Monteiro
Rio de Janeiro2014
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de JaneiroEscola Nacional de Botânica Tropical
Mestrado Profissional emBiodiversidade em Unidades de Conservação
Levantamento fitossociológico da Floresta Nacional deNegreiros, PE, como subsídio à elaboração do Plano de
Manejo
Diego Meireles Monteiro
Rio de Janeiro2014
1
Trabalho de Conclusão apresentado ao Programa deMestrado Profissional em Biodiversidade em Unidades deConservação da Escola Nacional de Botânica Tropical,Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro,como parte dos requisitos necessários à obtenção do títulode Mestre em Biodiversidade em Unidades deConservação.
Orientador: Bruno Coutinho Kurtz
Levantamento fitossociológico da Floresta Nacional deNegreiros, PE, como subsídio à elaboração do Plano de
Manejo
Diego Meireles Monteiro
Trabalho de Conclusão apresentado ao Programa de MestradoProfissional em Biodiversidade em Unidades de Conservação da EscolaNacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Riode Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título deMestre em Biodiversidade em Unidades de Conservação.
Aprovado por:
___________________________________________Prof. Dr. Bruno Coutinho Kurtz (Orientador)
___________________________________________Profª Drª Solange de Vasconcellos Albuquerque Pessoa
___________________________________________Prof. Dr. Massimo Giuseppe Bovini
Em 25/04/ 2014
Rio de Janeiro2014
2
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, por nunca me faltar.
A minha mãe, que é em quem me espelho sempre nas minhas ações.
Ao meu irmão pela amizade e apoio sempre.
As minhas sobrinhas por deixarem sempre o ambiente mais agradável.
A minha esposa que sempre esteve junto em todos os momentos e sem ela eu não chegaria
a lugar algum.
Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio e a Escola
Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico do Rio de Janeiro pela oportunidade.
A todos os professores.
Aos colegas Anderson Lima e Carlos Leite pela ajuda na coleta dos dados.
Aos colegas da UFRPE Tarcísio e Anderson pela grande ajuda na análise dos dados.
Aos colegas de turma pelo companheirismo de sempre.
Em especial ao meu Orientador Professor Dr. Bruno Coutinho Kurtz, que além da
orientação e companheirismo nunca deixou de depositar confiança em mim.
A todos aqueles que de alguma forma contribuíram para realização deste trabalho.
4
Resumo
Dentre os biomas brasileiros, a Caatinga tem recebido pouca atenção em termos de
conservação e é um dos menos protegidos e pouco conhecidos florísticamente. Buscando
ampliar informações sobre as diferentes fisionomias atuais deste bioma, em especial
aquelas presentes na Floresta Nacional de Negreiros – PE, foram realizados levantamentos
fitossociológicos do componente arbustivo-arbóreo em duas áreas distintas, uma
conservada e outra antropizada, utilizando o método de parcelas múltiplas, com parcelas de
50 x 4 m. O levantamento florístico identificou 26 espécies compreendidas em 25 gêneros
e 13 famílias botânicas. As principais espécies, considerando o valor de importância, para a
área conservada foram Poincianella pyramidalis (catingueira), Croton blanchetianus
(marmeleiro) e Croton conduplicatus (quebra-faca). Já para a área antropizada foram
Cnidoscolus phyllacanthus (faveleira), Aspidosperma pyrifolium (pereiro) e Commiphora
leptophloeos (amburana de cambão). Em uma análise de agrupamento com base na
florística entre áreas de Caatinga de PE, foram formados grupos entre as áreas mais
próximas geograficamente. Os resultados servirão de subsídio para a elaboração do plano
de manejo da unidade.
Palavras-chave: Caatinga, Unidade de Conservação, Floresta Nacional de Negreiros,fitossociologia
5
Abstract
Among the Brazilian biomes, the Caatinga has received little attention in terms of
conservation and is one of the least protected and poorly known floristically. Aiming to
expand current information about the different physiognomies of this biome, particularly
those present in the Negreiros National Forest – PE, phytosociological surveys of the
woody component were conducted. The studies were conducted in two distinct areas, one
conserved and another anthropic, using the method of multiple plots, with plots of 50 x 4
m. The floristic survey showed 26 species comprising 25 genera and 13 botanical families.
The main species for the conserved area, according to the value of importance, were
Poincianella pyramidalis (catingueira), Croton blanchetianus (marmeleiro) and Croton
conduplicatus (quebra-faca). As for the disturbed area were Cnidoscolus phyllacanthus
(faveleira), Aspidosperma pyrifolium (pereiro) and Commiphora leptophloeos (amburana
de cambão). In a cluster analysis based on floristic between Caatinga areas of the state of
Pernambuco, the groups were formed according to geographic proximity. The results will
serve as background information for the preparation of the management plan of the
conservation unit.
Key-words: Caatinga, protected areas, Negreiros National Forest, phytosociology
6
Sumário
Página Agradecimentos...................................................................................................................
.
iv
Resumo................................................................................................................................
.
v
Abstract................................................................................................................................ vi1. Introdução........................................................................................................................ 12. Material e Métodos.......................................................................................................... 52.1 Caracterização da área de estudo................................................................................... 52.2. Levantamento fitossociológico..................................................................................... 72.3 Similaridade com outras áreas de Caatinga................................................................... 1
03. Resultados e Discussão.................................................................................................... 1
23.1 Suficiência amostral....................................................................................................... 1
23.2 Composição
florística.....................................................................................................1
33.3 Estrutura vertical............................................................................................................ 1
63.4 Estruturafitossociológica...............................................................................................
1
83.5 Diversidade e Equabilidade........................................................................................... 2
13.6 Similaridade com outras áreas de Caatinga................................................................... 2
24. Conclusões....................................................................................................................... 2
65. Referências Bibliográficas.............................................................................................. 27
7
1. Introdução
2.
3. O território brasileiro apresenta seis diferentes biomas continentais:
Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Pampa (IBGE, 2012). Destes, a
Caatinga é o quarto maior bioma, após a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica (Aguiar
et al., 2002; IBGE, 2004). A Caatinga ocupa 844.453 km², sendo também o terceiro maior
ecossistema brasileiro e representando 70% da região Nordeste e 11% do território
nacional (IBGE, 2004). A Caatinga pode ser considerada o único bioma exclusivamente
brasileiro, composto por um mosaico de florestas secas e vegetação arbustiva (savana-
estépica), com enclaves de florestas úmidas montanas e de cerrado (Castelletti et al., 2003;
Tabarelli & Silva, 2003).
4. Politicamente, o bioma Caatinga coincide com grande parte da região
Nordeste do país, composta pelos estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe, e pequena parte da região Sudeste:
porção Norte do Estado de Minas Gerais. Compreende também a maior parte das áreas
suscetíveis à desertificação do país, sendo os desmatamentos, principalmente para fins
energéticos e agrícolas, os maiores responsáveis pela alteração do bioma (IBGE, 2004;
MMA, 2007; Hauff, 2010).
5. O bioma Caatinga possui fisionomia e composição florística bastante
heterogêneas, sendo dividido em diferentes ecorregiões (Velloso et al., 2002). A
heterogeneidade da flora e da fisionomia da cobertura vegetal da Caatinga decorre de dois
gradientes de umidade: um no sentido Norte - Sul, que se manifesta em uma diminuição
das precipitações e outro Leste - Oeste, que se expressa com um aumento do efeito da
continentalidade (Guedes et al., 2012).
6. Em escala local, variações topográficas contribuem para a diversidade dos
ambientes existentes, como áreas inclinadas e áreas inundáveis com rios que são na
minoria dos casos perenes (Figueirêdo et al., 2000; Araújo et al., 2005); solos desde rasos,
compactos, erodidos com pouca infiltração a profundos, arenosos e muitas vezes
representados por afloramentos de rochas cristalinas e pressão antrópica variada, que
colaboram para as variações de fisionomia e de diversidade de espécies desta vegetação
(Rizzini, 1979; Andrade-Lima, 1981; Sampaio, 1995). Na área ocupada por este bioma há
alta temperatura, com as variações diárias mais importantes do que as anuais (Bucher,
1982). O clima é semiárido ou árido, com chuvas intermitentes torrenciais e com períodos
de 6 a 9 meses de seca (Sampaio, 1995). A precipitação anual é de 750 mm sobre a maior
1
parte da Caatinga, podendo chegar a 500 mm em sua porção central (Bucher, 1982). Os
solos, com raras exceções, são pouco desenvolvidos, mineralmente ricos, pedregosos e
pouco espessos e com fraca capacidade de retenção da água, fator limitante a produção
primária nessa região (Alves et al., 2009).
7. Com relação aos aspectos florísticos e fisionômicos do bioma Caatinga, os
mesmos podem ser apresentados, em geral, como florestas de porte baixo, compreendendo
principalmente árvores e arbustos que geralmente apresentam espinhos e microfilia, com
presença de plantas suculentas e um estrato herbáceo efêmero, presente somente durante a
curta estação chuvosa (Guedes et al., 2012). Algumas famílias, como Fabaceae,
Euphorbiaceae, Bignoniaceae e Cactaceae, são muito importantes por representarem a
maior parte da diversidade. Dentre estas, Fabaceae é a mais diversa, com 293 espécies (em
77 gêneros), das quais 144 são endêmicas. Muitos táxons de Fabaceae, como os
pertencentes aos gêneros Mimosa, Acacia, Caesalpinia e Senna, contribuem para a
formação dos estratos arbóreos e arbustivos que compõem a paisagem característica das
caatingas (Araújo et al., 2002; Araújo & Ferraz, 2003; Feitoza, 2004; Pessoa et al., 2004;
Araújo et al., 2005; Silva, 2005; Queiroz, 2006; Reis, 2006).
8. O bioma Caatinga tem sido geralmente descrito, de forma errônea, como
pobre, abrigando poucas espécies endêmicas. Contudo, estudos recentes mostram que a
região possui um considerável número de espécies típicas, além de descrições de novas
espécies de fauna e flora endêmicas, indicando um conhecimento zoológico e botânico
ainda precário deste ecossistema (Castelletti et al., 2003). Do ponto de vista vegetacional, é
bastante diversificado por incluir outros ambientes associados. Somente na vegetação de
Caatinga são reconhecidas 12 tipologias diferentes, as quais despertam atenção especial
pelos exemplos fascinantes de adaptação aos habitats semiáridos (Melo & Andrade, 2007).
Isto implica dizer que a relação com os fatores abióticos pode explicar, em parte, a grande
diversidade de fisionomias aliadas à composição florística, com muitas das espécies
vegetais endêmicas no bioma (Melo & Andrade, 2007). Já o entendimento da composição
florística e estrutura fitossociológica é fundamental para o desenvolvimento de estudos
adicionais sobre a dinâmica de suas florestas (Araújo, 2007).
9. Em termos de conservação, a Caatinga, dentre os biomas brasileiros, tem
recebido pouca atenção e está entre os menos protegidos e mal conhecidos floristicamente
(Giulietti et al., 2002). Assim, estudos dos remanescentes vegetacionais que ainda
apresentam boas condições de conservação são fundamentais ao planejamento de uso e
exploração sustentada (Pereira et al., 2002). Segundo Leal et al. (2005), as principais
2
ameaças à conservação da caatinga devem-se ao fato de que aproximadamente 15% da
população brasileira têm suas atividades inseridas integralmente nesse ecossistema, sendo
esta uma população rural extremamente pobre e que pratica atividades como corte de
madeira para lenha, caça de animais, queima de áreas para agricultura e contínuos
desmatamentos para criação de pastagens para bovinos e caprinos, intensificando o
processo de desertificação. Também relaciona-se com a retirada da mata ciliar, levando ao
assoreamento dos rios, e com à utilização de técnicas de irrigação que aceleram ainda mais
o desgaste do solo e a desertificação.
10. Dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2011) sugerem que o bioma
Caatinga mantém aproximadamente 62,69% de sua vegetação nativa. Contudo, os
remanescentes estão distribuídos em fragmentos de tamanhos diversos (Castelletti et al.,
2003), sendo o seu estado de conservação continuamente ameaçado pelo avanço da
fronteira agrícola e produção predatória de carvão, que geram desmatamentos e queimadas
desordenadas. Essas ações causam perdas da diversidade florística e faunística, processos
de erosão, desertificação e declínio da fertilidade do solo e qualidade da água (Drumond et
al., 2000). Como consequência, esta depredação leva a que várias espécies do bioma
estejam nas listas oficiais de espécies ameaçadas, com 47 espécies de flora (MMA, 2008) e
58 espécies da fauna, sendo 19 de aves, 12 de invertebrados aquáticos, sete de
invertebrados terrestres, nove de mamíferos e 11 de peixes (MMA, 2003).
11. Apesar de sua importância biológica e das ameaças à sua integridade,
somente 8,4% do bioma estão protegidos em Unidades de Conservação (UCs) federais e
estaduais, sejam elas de proteção integral, que ocupam apenas 1,4% do território, ou de uso
sustentável (Hauff, 2010; Guedes et al., 2012). As UCs, encontradas no bioma Caatinga,
são enquadradas como aquelas em que é permitido somente o uso indireto dos recursos:
Estação Ecológica (ESEC), Reserva Biológica (REBIO), Parque Nacional (PARNA) e
Monumento Natural (MONA); e aquelas em que se objetiva compatibilizar a conservação
da natureza com o uso sustentável de seus recursos naturais, sendo compostas pelas
seguintes categorias: Área de Proteção Ambiental (APA), Área de Relevante Interesse
Ecológico (ARIE), Floresta Nacional (FLONA) e Reserva Particular do Patrimônio
Natural (RPPN) (SNUC, 2003).
12. Com relação à recente expansão das UCs federais, em 2009 foi criado o
Monumento Natural do Rio São Francisco, com 27 mil hectares, englobando os estados de
Alagoas, Bahia e Sergipe, e, em 2010, o Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí,
foi ampliado em 300 mil hectares, passando a 823.435,7 hectares. Por fim, em 2012, foi
3
criado o Parque Nacional da Furna Feia, que corresponde aos municípios de Baraúna e
Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, com 8.494 ha (MMA, 2013). De acordo com
o MMA, com a criação destas novas unidades, a área protegida por unidades de
conservação federais no bioma aumentou para cerca de 7,5%. Ainda assim, o bioma
continua como um dos menos protegidos do país.
13. No entanto, algumas ações paralelas estão gerando bons resultados como
as parcerias desenvolvidas entre os estados e o MMA, desde 2009, trabalhando para criar
unidades de conservação estaduais. Partindo de iniciativas estaduais, pode-se destacar os
primeiros frutos dessa parceria, como a recente criação do Parque Estadual da Mata da
Pimenteira, em Serra Talhada-PE, e da Estação Ecológica Serra da Canoa, em Floresta-PE,
com cerca de 8 mil hectares. Além disso, houve a destinação de recursos estaduais para
criação de unidades no Ceará, na região de Santa Quitéria e Canindé (MMA, 2013).
14. Para a implementação de uma unidade de conservação, um dos principais
elementos de gestão é o plano de manejo, podendo ser definido, de acordo com Mourão
(2010), como um documento técnico baseado nos objetivos gerais de uma unidade de
conservação, que estabelece o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e
o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à
gestão da unidade. Segundo Dourojeanni (2002), para a execução de um plano de manejo,
são necessários documentos práticos que informem a experiência local, como atitudes e
comportamento da população na região, imagens e mapas. O plano de manejo deve
estabelecer diferenciação e intensidade de uso mediante zoneamento, visando à proteção de
seus recursos naturais e culturais; destacar a representatividade da unidade de conservação
no SNUC, frente aos atributos de valorização dos seus recursos como: biomas, convenções
e certificações internacionais; estabelecer normas específicas, regulamentando a ocupação
e o uso dos recursos da unidade de conservação, zona de amortecimento e dos corredores
ecológicos; e reconhecer a valorização e o respeito à diversidade socioambiental e cultural
das populações tradicionais e seus sistemas de organização e de representação social
(ICMBio, 2012). Com relação aos problemas enfrentados pelos gestores, Scardua (2007)
cita que eles realmente proveem da ausência de informações válidas, devido à falta de
recursos humanos e financeiros.
15. Tendo em vista a necessidade de informações sobre a composição e
estrutura da vegetação, o presente estudo tem como objetivo o levantamento
fitossociológico do componente arbustivo-arbóreo da Floresta Nacional de Negreiros – PE,
ampliando as informações sobre a composição e estrutura das diferentes fisionomias
4
presentes na unidade, para junto com outros estudos servir como subsídio para a
elaboração do plano manejo da unidade de conservação.
16.
17. Material e Métodos
18.
18.1 Caracterização da área de estudo
19.
20. O estudo foi conduzido na Floresta Nacional de Negreiros – Flona
Negreiros (Fig. 1), que é gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade – ICMBio. Situada no semiárido pernambucano, nos municípios de Serrita
e Parnamirim, foi criada pelo Decreto S/N, de 11 de outubro de 2007. A unidade possui
uma superfície de aproximadamente 3.000 hectares, sendo sua área totalmente inserida
dentro do bioma Caatinga (Brasil, 2007).
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38. Figura 1. Localização da Floresta Nacional de Negreiros - PE. Fonte: MMA (2013).
39.
40.
5
41. A área possui duas fisionomias distintas: a caatinga arbóreo-arbustiva, onde
aparentemente não houve recentemente uso direto dos recursos florestais (Fig. 2); e
uma formação arbustiva, antropizada (Fig. 3), onde eram realizadas diversas
atividades agrícolas, que cessaram devido à inviabilidade econômica. Nos últimos
20 anos, a área vem passando por um processo de regeneração natural. A vegetação
original da área é caracterizada como savana-estépica, que segundo o IBGE é um
subgrupo formado por micro e/ou nanofanerófitos, com média de 5 m, raramente
ultrapassando os 7 m de altura, mais ou menos densa, apresentando árvores com
troncos grossos e esgalhamento bastante ramificado, em geral providas de espinhos
e/ou acúleos, com decidualidade total na época desfavorável (IBGE, 2012).
42. O município de Serrita encontra-se na mesorregião do Sertão Pernambucano
– microrregião Salgueiro (IBGE, 2014), que segundo a classificação de Koppen
possui clima do tipo BSh, ou seja, semiárido, com estação seca bem definida e
chuvas concentradas nos meses de dezembro à março e com precipitação média de
600 mm/ano (Fechine & Galvíncio, 2008). Segundo CPRM (2005), as chuvas
podem se estender até o mês de maio em alguns anos. O município possui uma
temperatura média anual de 25ºC.
43.
44.
45. Figura 2. Visão geral da área conservada na Floresta Nacional de Negreiros – PE, a
partir do seu limite. Foto: Bruno Kurtz.
6
46.
47. Figura 3. Visão geral da área antropizada na Floresta Nacional de Negreiros – PE,
mostrando a estrada usada como referência para a distribuição das parcelas. Fonte:
Google Earth Pro (2013).
48.
49.
49.1 Levantamento fitossociológico
50.
51. No levantamento da vegetação utilizou-se o método de parcelas (Mueller-
Dombois & Ellenberg, 1974), com um total de 15 parcelas de 50 m x 4 m. Foram alocadas
10 parcelas na fitofisionomia arbóreo-arbustiva (área conservada) e cinco parcelas na
fitofisionomia arbustiva (área antropizada) (Fig. 4). Estas fitofisionomias foram
discriminadas a partir da análise de imagens do Google Earth. A distribuição das parcelas
na fitofisionomia arbóreo-arbustiva teve como referência um curso d’água central
intermitente. O mesmo foi dividido em cotas de 100 metros. Em seguida, foram sorteados
7
a cota e o lado (esquerdo ou direito) e, a partir desse ponto, foi respeitada uma distância de
30 metros da margem do curso d’água, para então serem alocadas as parcelas no sentido
leste – oeste com auxílio de bússola. Para a fitofisionomia arbustiva, seguiu-se a mesma
metodologia, mudando-se apenas o ponto de referência, neste caso uma estrada central. O
inventário abrangeu todas as plantas lenhosas vivas (excluindo-se lianas) com diâmetro ao
nível do solo ≥ 3 cm e altura igual ou superior a 1 m, as quais foram identificadas e
medidas suas alturas e diâmetros (Santana & Souto, 2006). Os indivíduos mortos ainda em
pé foram também incluídos e analisados à parte.
52.
53.
54.
55. Figura 4. Vista geral da localização das parcelas na Floresta Nacional de Negreiros- PE. Área conservada (A); Área antropizada (B). Fonte: Google Earth Pro (2013).56.
57.
8
A
B
58. Para as plantas que apresentavam troncos muito perfilhados na base (Fig. 5),
condição extremamente comum na Caatinga, apenas os ramos que se enquadravam no
critério de inclusão foram medidos. Quando possível, a medida foi tomada abaixo dos
perfilhos.
59. Figura 5. Plantas apresentando perfilhamento a partir da base na Floresta Nacional
de Negreiros - PE. Fotos: Bruno Kurtz.
9
60. A identificação botânica foi realizada inicialmente no campo, sendo
coletado material botânico fértil (flores e/ou frutos) e/ou estéril para a confirmação por
parte de especialistas e posterior formação de uma coleção de referência, que será
incorporada ao herbário do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB),
com a distribuição de duplicadas ao herbário da Universidade Federal do Vale do São
Francisco - UNIVASF. Os nomes específicos basearam-se na Lista de Espécies da Flora do
Brasil (2014). Os nomes populares foram fornecidos por Anderson Lima e Carlos Leite,
moradores da região.
61. Para avaliação da estratificação vertical foram construídos histogramas de
altura para as duas áreas levantadas. Foram usadas classes de 1 m, sendo o limite superior
de cada classe incluído na mesma.
62. Para cada espécie, foram calculados os valores relativos de densidade,
frequência e dominância e os valores de cobertura e importância, conforme
Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). Foi calculado o índice de diversidade de
Shannon (H’), de acordo com Coelho (2000), e a equabilidade (J), segundo Martins
& Santos (1999). Estes parâmetros foram comparados com os de outras áreas,
protegidas ou não, do bioma Caatinga. Todos os cálculos foram realizados por meio
do software MATA-NATIVA 2 (Cientec, 2006).
10
63. Para determinar a suficiência amostral foram elaboradas curvas de
acumulação de espécies (Colwell & Coddington, 1994). Foram também usados
estimadores de riqueza de espécies (Magurran, 2013), calculados no programa
EstimateS (Colwell, 2013).
64.
65.
66. 2.3. Similaridade com outras áreas de Caatinga
67.
68. Foi realizada uma análise de agrupamento incluindo as duas áreas do
presente trabalho e outras quatro áreas de Caatinga em Pernambuco (Tab. 1). Todas as
espécies presentes nestas áreas foram incluídas numa matriz de presença e ausência, sendo
todos os nomes atualizados de acordo com a Lista de Espécies da Flora do Brasil (2014)
Como medida de similaridade foi usado o coeficiente de Jaccard (Magurran, 1988) e para a
construção do dendrograma, a média aritmética (UPGMA, Sneath & Sokal, 1973). De
acordo com Mueller-Dombois & Ellenberg (1974), valores de Jaccard 0,25 indicam
similaridade entre as unidades comparadas. Os cálculos foram realizados pelo programa
Fitopac 2 (Shepherd, 2009).
69.
11
A
70.
71.
72.
73.
74. Tabela1. Áreas de Caatinga no estado Pernambuco selecionadas para análise de agrupamento. CI= critério de inclusão.
11
75. Referência
76. L
o
c
a
l
77. C
ó
di
go
78. Clima
79. Alti
dud
e
(m)
80. Pre
cipi
taçã
o
(m
m)
81. P
a
r
c
e
l
a
82. (
m
)
83. CI
84. Presente estudo, Área
A – conservada
85. S
e
r
r
it
a
86. F
N
A
87. Bshw
88. Semiá
rido
89. 419 90. 600
91. 5
0
x
4
92. DAS >3cm
93. Presente estudo, Área
B – antropizada
94. S
e
r
r
it
a
95. F
N
B
96. Bshw
97. Semiá
rido
98. 419 99. 600
100.5
0
x
4
101.DAS >3cm
102.Souza & Rodal
(2010)
103.F
l
o
r
e
s
104.F
L
1
105.Bshw
106.Semiá
rido
107.316 108.511
109.5
0
0
x
1
110.NI
12
137.
13
138. Resultados e discussão
139.
139.1 Suficiência amostral
140.
141. A curva do coletor para a área conservada (Fig. 6A) indica que o número de
espécies amostradas mostrou uma tendência de aumento inicial seguida por uma
diminuição à medida que o número de parcelas na amostragem aumentou. Pode ser
observado que a partir da oitava parcela houve a inclusão de apenas uma espécie, com isso
resultando em uma estabilização da curva.
142.
143.
144.
145.
146.
147.
148.
149.
150.
151.
152.
153.
154.
155.
156.
157.
158.
159.
160.
161.
162.
163. Figura 6. Curvas de acumulação deespécies arbustivo-arbóreas (curvas do coletor) em relação às áreas amostradas naFloresta Nacional de Negreiros - PE. A - área conservada; B - área antropizada.
12
A
B
164. Para a área antropizada (Fig. 6B), apesar do número de parcelas ter sido
bem menor que o da área conservada, foi observada a mesma tendência de estabilização da
curva a partir da penúltima parcela (parcela 4). Esse fato sugere ter sido adequada a
escolha da quantidade de parcelas amostrais para caracterizar as principais populações de
espécies arbustivo-arbóreas da área de estudo.
165. De acordo com Santana & Souto (2006), a tendência à estabilização pode
ser considerada suficiente para indicar o número mínimo de parcelas a ser utilizado. Os
mesmo autores, citando Muniz et al. (1994), confirmaram que ao aumentar a área amostral
a curva não poderia alcançar limites devido ao possível surgimento de espécies novas,
mesmo que em número reduzido.
166. As estimativas do número de espécies para a área conservada (21 espécies
amostradas) variaram de 22 (estimador Chao1) a 28 (estimador Jackknife2). Para a área
antropizada (15 espécies amostradas), as estimativas variaram de 17 (Chao2) a 20
(Jackknife2).
167.
168.
168.1 Composição florística
169.
170. Na área total foram amostrados 438 indivíduos vivos, pertencentes a
26 espécies, 25 gêneros e 13 famílias (Tab. 2; Fig. 7). Na área conservada foram
amostrados 320 indivíduos de 21 espécies, 19 gêneros e 10 famílias; enquanto para
a área antropizada, 118 indivíduos de 15 espécies, 15 gêneros e nove famílias.
171. Dentre as famílias identificadas, duas se mostraram mais
expressivas, ou seja, com maior número de espécies levantadas: Fabaceae (nove
espécies) e Euphorbiaceae (seis espécies). Nos levantamentos florísticos realizados
em áreas de Caatinga essas famílias são sempre as mais representativas (Drumond
et al., 2002; Amorim et al., 2005; Andrade et al., 2005; Silva, 2005; Santana &
Souto, 2006; Araújo, 2007; Fabricante & Andrade, 2007; Lacerda et al., 2007;
Rodal et al., 2008; Silva, et al., 2009), constituindo um padrão para a região do
semiárido (Guedes et al., 2012).
172. Outro demonstrativo de aparente constância para as regiões de
Caatinga é o número reduzido de espécies arbustivo-arbóreas. Outros trabalhos, que
também utilizaram critério de inclusão similar, encontraram riqueza semelhante,
13
Número de espécies
0 2 4 6 8 10
Fam
ílias
Fabaceae
Euphorbiaceae
Anacardiaceae
Apocynaceae
Bignoniaceae
Burseraceae
Cannabaceae
Cactaceae
Caparaceae
Cariaceae
Malvaceae
Melastomataceae
Verbenaceae
como os desenvolvidos por Fabricante & Andrade (2007): 22; Barbosa et al.
(2012): 36; e Guedes et al. (2012): 21.
173. Na área conservada foram amostrados 345 indivíduos mortos ainda
em pé, sendo estes pertencentes às espécies pioneiras Senegalia polyphylla (DC.)
Britton & Rose (espinheiro), com 203 indivíduos mortos, Croton blanchetianus
Baill. (marmeleiro), com 133, Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke (espinheiro
branco), com seis, e Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz (catingueira),
com três. Esse alto valor pode estar associado ao processo de progressão para
estágios sucessionais, comum em florestas tropicais e aqui observado em uma área
de Caatinga, onde, segundo Werneck & Francheschinelli (2004), as espécies
pioneiras tendem a apresentar maior mortalidade em relação ao recrutamento.
174. Como a alta mortalidade foi observada somente na área conservada, não se
pode associar este fato ao antropismo, mas possivelmente ao período de seca prolongada
verificado atualmente na região. Resultados semelhantes foram apresentados por
Albuquerque (1999) ao estudar a dinâmica da Caatinga submetida a diferentes intensidades
de uso por bovinos, onde a mortalidade das espécies arbustivas se deu mais em
consequência da seca prolongada ocorrida no período do estudo, do que pela intensidade
de uso.
14
176. Figura 7. Número de espéciesarbustivo-arbóreas das famílias botânicas amostradas na Floresta Nacional deNegreiros – PE.
177. Tabela 2. Relação das espéciesarbustivo-arbóreas encontradas nas duas fitofisionomias avaliadas da FlorestaNacional de Negreiros – PE, ordenadas por família. Área A – Conservada; Área B –antropizada.
178.Família / Espécie179.Nome
vulgar
180.Hábito
181.Áre
182.Ár
183.Anacardiaceae184.
185. 186.187. 188.
189.Myracrodruon urundeuva Allemao190.aroeir
a
191.Árvore
192.x
193.
194. 195. 196.197. 198.
199.Apocynaceae200.
201. 202.203. 204.
205.Aspidosperma pyrifolium Mart.206.
207.pereiro
208.Árvore
209.x
210.x
211.Bignoniaceae212.
213. 214.215. 216.
217.Handroanthus impetiginosus (Mart. ex. DC) Mattos
218.paud’arco
219.Árvore
220. 221.x
222. 223. 224.225. 226.
227.Burseraceae228.
229. 230.231. 232.
233.Commiphora leptophloeos (Mart.) J. B. Gillett
234.
235.amburana decambã
o
236.Árvore
237.x
238.x
239.Cannabaceae 240. 241.242. 243.
244. 245. 246.247. 248.
249.Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg 250.esporão degalo
251.Arbus
252.x
253.x
15
to
254. 255. 256.257. 258.
259.Cactaceae260.
261. 262.263. 264.
265.Cereus jamacaru DC.266.
267.mandacaru
268.Arbusto
269.x
270.
271.Caparaceae272.
273. 274.275. 276.
277.Cynopalla hastata (Jacq.) J.Presl.278.
279.feijãobravo
280.Árvore
281.x
282.
283.Caricaceae 284. 285.286. 287.
288. 289. 290.291. 292.
293.Jacaratia corumbensis O. Kuntze294.mamã
ozinho
295.Arbusto
296.x
297.
298. 299. 300.301. 302.
303.Euphorbiaceae304.
305. 306.307. 308.
309.Cnidoscolus phyllacanthus (Müll. Arg.) Pax & L. Hoffm
310.faveleira
311.Árvore
312.x
313.x
314.Croton blanchetianus Baill.315.marm
eleiro
316.Arbusto
317.x
318.x
319.Croton conduplicatus Kunth320.quebr
a faca
321.Arbusto
322.x
323.
324.Jatropha gossypiifolia L. 325.pinhão roxo
326.Arbu
327.x
328.
16
sto
329.Manihot dichotoma Ule330.maniç
oba
331.Árvore
332.x
333.
334.Sapium glandulosum (L.) Morong335.
336.burraleiteir
a
337.Árvore
338. 339.x
340.Fabaceae341.
342. 343.344. 345.
346.Amburana cearensis (Allemão) A. C. Sm.347.ambur
ana decheiro
348.Árvore
349.x
350.x
351.Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan
352.angico
branco
353.Árvore
354.x
355.
356.Bauhinia cheilantha (Bong.) D. Dietr.357.moror
ó
358.Árvore
359.x
360.
361.Dalbergia cearensis Ducke362.violet
o
363.Árvore
364. 365.x
366.Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.367.jurem
apreta
368.Árvore
369.x
370.x
371.Mimosa artemisiana Hering & Paula372.angic
opreto
373.Árvore
374.x
375.
376.Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke
377.espinheiro
branco
378.Árvore
379.x
380.x
381.Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz 382.cating 383.Á 384. 385.
17
ueira
rvore
x x
386.Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose387.espinh
eiro
388.Árvore
389.x
390.
391. 392. 393.394. 395.
396.Malvaceae397.
398. 399.400. 401.
402.Pseudobombax marginatum (A.St.-Hil., Juss.& Cambess.) A. Robyns
403.imbiruçu
404.Árvore
405. 406.x
407. 408. 409.410. 411.
412.Melastomataceae 413. 414.415. 416.
417. 418. 419.420. 421.
422.Henriettea succosa (Aubl.) DC.423.carras
copreto
424.Arbusto
425.x
426.x
427. 428. 429.430. 431.
432.Verbenaceae 433. 434.435. 436.
437. 438. 439.440. 441.
442.Lippia alba (Mill.) N. E. Br.443.alecri
m
444.Arbusto
445. 446.x
447.
448.
448.1 Estrutura Vertical
449.
450. Com relação à distribuição vertical dos indivíduos dentro da área
conservada (Fig. 8A), foi observado que 71,25% dos mesmos estão agrupados nas classes
de altura entre 3,1 e 5 m. As maiores alturas estimadas foram de 8 m, para Mimosa
18
artemisiana (angico-preto) e 8,5 m, para Myracrodruon urundeuva (aroeira). As classes de
altura para esses indivíduos incluíram 1,25 e 0,31% dos indivíduos vivos amostrados,
respectivamente. A menor altura estimada foi de 2 m para Croton conduplicatus (quebra-
faca), Bauhinia cheilantha (mororó) e Anadenanthera columbrina (angico branco), ficando
esses indivíduos na primeira classe de altura, que representa 14,06% dos indivíduos vivos
amostrados.
451. Para a área antropizada (Fig. 8B) a maior parte dos indivíduos amostrados
foi agrupada nas classes centrais de altura (3,1 a 5 m), correspondendo a 61,02%. As
plantas com as maiores alturas foram Commiphora leptophloeos (amburana de cambão),
Cnidoscolus phyllacanthus (faveleira) e Mimosa tenuiflora (jurema-preta), com alturas
entre 6 e 6,5 m. Amorim et al. (2005) constataram poucas plantas acima de 8 m de altura
em área de Caatinga no Rio Grande do Norte. Pereira Júnior et al. (2012) indicaram que os
indivíduos se centralizaram na classe média de altura, de 4 a 6 m, em um dossel
caracterizado por B. cheilantha e Croton rhamnifolioides (caatinga branca).
452. Analisando a distribuição por classes de altura, pode-se verificar que a
maior parte dos indivíduos posicionou-se nas classes de altura mais centrais,
comportamento esperado conforme tendência observada em diversos trabalhos realizados
em Caatinga (Amorim et al., 2005; Guedes et al., 2012; Pereira Júnior et al., 2012).
453.
454.
455.
456.
457.
458.
459.
460.
461.
462.
463.
464.
465.
19
Classes de altura
1 2 3 4 5 6 7
Núm
ero
de in
diví
duos
0
20
40
60
80
100
120
140
Classes de altura
1 2 3 4 5 6
Núm
ero
de in
diví
duos
0
10
20
30
40
A
B
2,0-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0 5,1-6,0 6,1-7,0 7,1-8,0 ≥8,1Classe de altura (m)
1,0-2,0 2,1-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0 5,1-6,0 ≥6,1Classe de altura (m)
466.
467.
468.
469.
470.
471.
472.
473.
474.
475.
476.
477.
478.479.480. Figura 8. Distribuição em classes de
altura (m) dos indivíduos amostrados nas áreas A: conservada e B: antropizada naFloresta Nacional de Negreiros – PE.
481.
20
482. 3.4 Estrutura fitossociológica
483.
484. Dentre as espécies levantadas as que mais se destacaram para a área
conservada foram Poincianella pyramidalis (catingueira), apresentando valor de
importância de 22,57%, seguida por Croton blanchetianus (marmeleiro), com
21,13%, e Croton conduplicatus (quebra-faca), com 11,05% (Tab. 3). Essas
espécies juntas representaram 54,75% do valor de importância e 71,87% do número
de indivíduos vivos amostrados. A grande preponderância numérica dessas espécies
indica uma estrutura oligárquica para a comunidade estudada.
485. A espécie que está melhor estabelecida na área, P. pyramidalis, é
uma espécie endêmica do Brasil encontrada comumente em áreas de Caatinga
(Lewis, 2014). A exploração não sustentável de sua madeira para a produção de
lenha e de carvão vegetal constitui uma das ações antrópicas responsáveis pelo
desmatamento da vegetação nativa (Silva et al., 2009).
486. Foi observado que as três espécies com maior valor de importância
encontradas na área antropizada diferem daquelas encontradas na área conservada.
As espécies Cnidoscolus phyllacanthus (faveleira), Aspidosperma pyrifolium
(pereiro) e Commiphora leptophloeos (amburana de cambão) foram as que mais se
destacaram na área antropizada (Tab. 4). A preponderância numérica das duas
primeiras indica estrutura de codominância para a área. C. phyllacanthus é
encontrada em todos os estados do nordeste brasileiro, alcançando até o norte de
Minas Gerais, principalmente nas regiões do Sertão e Caatinga (Lorenzi, 1998). De
acordo com Cavalcanti (2011), C. phyllacanthus, é uma espécie exclusiva do
Brasil, que vegeta na Caatinga e no Sertão de solo seco, pedregoso, sem húmus,
sem cobertura protetora, exposto à forte irradiação e calor médio de 25C,
características essas encontradas na área em estudo. Esta espécie é um dos
principais elementos em áreas degradadas, sendo uma das primeiras espécies a se
estabelecer em áreas recém-degradadas e uma das primeiras a desaparecer quando
estas são regeneradas (Vieira et al., 2007).
487. C. phyllacanthus e A. pyrifolium apresentaram altos valores de densidade,
frequência e dominância relativas, quando comparadas com as demais espécies
amostradas. Contudo, a terceira espécie mais representativa, C. leptophloeos, mesmo com
poucos indivíduos amostrados, apresentou alto valor de importância em virtude da sua alta
dominância relativa, motivo pelo qual está entre as três espécies mais importantes na área.
21
488. C. blanchetianus foi a espécie que apresentou destaque em ambas as
áreas. A planta é comum no bioma Caatinga, sendo suas flores um importante
recurso apícola, assim como sua madeira fornece opções variadas de uso, além de
ser considerada uma espécie pioneira e indicadora de áreas em recuperação
(Santana & Souto, 2006).
489.
490.
491. Tabela 3. Valores dosparâmetros fitossociológicos para as espécies amostradas na Floresta Nacionalde Negreiros (em ordem decrescente do valor de importância). Áreaconservada.
22
492. Espécies
493.
N
494.
DR
495.
FR
496.
DoR
497.
VI
(
%
)
498. Poincianella
pyramidalis
499.
63
500.
19,6
9
501.
12,3
3
502.
35,7
503.
22,5
7
504. Croton
blanchetianus
505.
123
506.
38,4
4
507.
13,7
508.
11,2
5
509.
21,1
3
510. Croton
conduplicatus
511.
44
512.
13,7
5
513.
9,59
514.
9,8
515.
11,0
5516. Piptadenia
stipulacea
517.
24
518.
7,5
519.
9,59
520.
4,83
521.
7,31
522. Myracrodruon
urundeuva
523.
6
524.
1,88
525.
8,22
526.
11,1
5
527.
7,08528. Senegalia
polyphylla
529.
17
530.
5,31
531.
2,74
532.
5,77
533.
4,61534. Mimosa
tenuiflora
535.
4
536.
1,25
537.
2,74
538.
8,81
539.
4,27540. Cynopalla
hastata
541.
8
542.
2,5
543.
6,85
544.
1,17
545.
3,51546. Celtis
iguanaea
547.
5
548.
1,56
549.
4,11
550.
3,17
551.
2,95552. Manihot
dichotoma
553.
5
554.
1,56
555.
5,48
556.
0,93
557.
2,66558. Cnidoscolus
phyllacanthus
559.
4
560.
1,25
561.
4,11
562.
0,82
563.
2,06564. Commiphora
leptophloeos
565.
2
566.
0,63
567.
2,74
568.
2,46
569.
1,94570. Bauhinia
cheilantha
571.
3
572.
0,94
573.
4,11
574.
0,26
575.
1,77576. Mimosa
artemisiana
577.
2
578.
0,63
579.
2,74
580.
1,28
581.
1,55582. Anadenanther
a colubrina
583.
2
584.
0,63
585.
2,74
586.
0,11
587.
1,16588. Amburana
cearensis
589.
1
590.
0,31
591.
1,37
592.
1,38
593.
1,02594. Cereus
jamacaru
595.
2
596.
0,63
597.
1,37
598.
0,66
599.
0,88
23
624. N = número de indivíduos; DR = densidade relativa (%); FR = frequência relativa(%); DoR = dominância relativa (%) e VI = valor de importância (%).
625.
626.
24
627. Tabela 4. Valores dosparâmetros fitossociológicos para as espécies amostradas na Floresta Nacionalde Negreiros (em ordem decrescente do valor de importância). Áreaantropizada.
25
628. Espécies
629.
N
630.
DR
631.
FR
632.
DoR
633.
VI
(
%
)
634. Cnidoscolus
phyllacanthus
635.
43
636.
36,4
4
637.
13,8
9
638.
23
639.
24,4
4
640. Aspidosperma
pyrifolium
641.
25
642.
21,1
9
643.
11,1
1
644.
16,0
3
645.
16,1
1
646. Commiphora
leptophloeos
647.
4
648.
3,39
649.
11,1
1
650.
25,4
2
651.
13,3
1
652. Croton
blanchetianus
653.
10
654.
8,47
655.
11,1
1
656.
2,43
657.
7,34658. Mimosa
tenuiflora
659.
3
660.
2,54
661.
5,56
662.
9,31
663.
5,8664. Amburana
cearensis
665.
5
666.
4,24
667.
5,56
668.
7,4
669.
5,73670. Poincianella
pyramidalis
671.
7
672.
5,93
673.
8,33
674.
2,42
675.
5,56676. Sapium
glandulosum
677.
7
678.
5,93
679.
5,56
680.
4
681.
5,16682. Piptadenia
stipulacea
683.
4
684.
3,39
685.
8,33
686.
1,15
687.
4,29
688. Celtis iguanaea
689.
4
690.
3,39
691.
5,56
692.
1,5
693.
3,48694. Handroanthus
impetiginosus
695.
2
696.
1,69
697.
2,78
698.
4,19
699.
2,89700. Pseudobombax
marginatum
701.
1
702.
0,85
703.
2,78
704.
2,43
705.
2,02706. Dalbergia
cearensis
707.
1
708.
0,85
709.
2,78
710.
0,42
711.
1,35712. Henriettea
succosa
713.
1
714.
0,85
715.
2,78
716.
0,18
717.
1,27
718. Lippia gracillis
719.
1
720.
0,85
721.
2,78
722.
0,12
723.
1,25724. N = número de indivíduos; DR = densidade relativa (%); FR = frequência relativa(%); DoR = dominância relativa (%) e VI = valor de importância (%).
725.
26
726.
727. O valor verificado de área basal para o estrato arbustivo-arbóreo da
área conservada foi de 10,07 m2.ha-1 e para área antropizada, de 9,91 m2.ha-1. Estes
valores são bem inferiores aos encontrados por Rodal et al. (2008; 34,29 m2.ha-1),
Pereira Júnior et al. (2012; 28,77 m2.ha-1) e Santana & Souto (2006; 17,50 m2.ha-1),
estudando áreas de Caatinga. Porém os valores obtidos no presente trabalho se
aproximaram dos estimados por Guedes et al. (2012; 9,21 m2.ha-1), Araújo (2007;
11,57 m2.ha-1) e Silva (2005; 9,93 m2.ha-1). Essa amplitude de valores de área basal
para diferentes áreas de Caatinga pode estar relacionada com a disponibilidade de
recursos do ambiente ou também pelo manejo das áreas (Alcoforado-Filho et al.,
2003).
728. Na área conservada, os indivíduos mortos ainda em pé somaram 4
m2.ha-1 de área basal.
729.
27
3.5 Diversidade e Equabilidade
730.
731. Dentre os índices de diversidade, o de Shannon (H’) é o mais utilizado em
estudos da vegetação brasileira e, por isso, seus valores geralmente são os mais discutidos.
No presente estudo os valores de H’ foram de 1,99 e 2,04 nats.ind -1, respectivamente, para
as áreas conservada e antropizada (Tab. 5). Em uma área com vegetação de transição
ecológica entre os municípios de Areia e Remígio (PB), Pereira et al. (2002) encontraram
valor de 2,99 nats.ind-1. Já Guedes (2012), estudando um remanescente de Caatinga
arbustivo-arbórea na Reserva Legal da Fazenda Tamanduá (PB), encontrou valor um pouco
menor, 2,54 nats.ind-1, mas ainda relativamente mais alto que os demais apresentados na
Tab. 5. Quanto maior for a riqueza e a uniformidade na distribuição dos indivíduos das
espécies, maior será o valor de H’ (Santana & Souto, 2006).
732. Os valores obtidos para equabilidade (J) foram de 0,65 para a área
conservada e 0,75 para a área antropizada (Tab. 5). O valor para a área conservada foi
semelhante ao observado por Fabricante & Andrade (2007), de 0,63, em uma área que está
em constante exploração pelo homem no Seridó Paraíbano.
733. A equabilidade representa a abundância relativa de indivíduos entre as
espécies amostradas, porém espécies com a mesma abundância nem sempre têm a mesma
importância em uma comunidade vegetal devido às diferentes distribuições apresentadas
(Vieira, 1987). Comparando-se o trabalho de Guedes et al. (2012) e a área conservada do
presente estudo, que apresentaram equabilidade respectivamente de 0,82 e 0,65, o número
de espécies foi o mesmo (21). Já a área antropizada (J’ = 0,75) e a área estudada por
Pereira et al. (2002) (J’ = 0,74), apresentaram equabilidades muito próximas, mas número
de espécies muito distinto (15 e 54, respectivamente).
734. De um modo geral, os valores de riqueza, H’ e J’ foram relativamente
próximos entre as áreas comparadas, o que é o padrão para áreas de Caatinga. A diferença
com relação a outras formações vegetais, que demonstram índices mais altos para as
mesmas variáveis, tem esse fato atribuído às condições climáticas e pedológicas das
regiões de Caatinga (Oliveira et al., 2009; Marangon et al., 2013).
735. Embora a área conservada tenha apresentado um maior número de espécies
quando comparada à área antropizada (21 vs. 15), sua diversidade e equabilidade foram
menores. Isto reflete a forte estrutura oligárquica apresentada pela área conservada.
736. Entretanto, a comparação de diferentes áreas de caatinga por meio de
índices de diversidade deve ser feita de modo cauteloso, já que os índices sofrem forte
28
influência dos fatores bióticos e abióticos e critérios de inclusão, além do nível e tempo de
antropismo (Santana & Souto, 2006). Segundo Marangon et al. (2007), a variação nos
valores dos índices de diversidade deve-se principalmente às diferenças nos estádios de
sucessão, somadas às discrepâncias das metodologias de amostragem.
737.
738. Tabela 5. Número de espécies (S) eíndices de diversidade de Shannon (H’) e equabilidade (J’) encontrados no presenteestudo e em outros ambientes de Caatinga.739.
Estudo740.
Local741.S
742.H’
743.J
744.Pereira et al. (2002)
745.Paraíba
746.5
747.2,
748.0
749.Santana & Souto (2006)
750.Rio Grande do
Norte
751.2
752.2,
753.0
754.Fabricante & Andrade (2007)
755.Paraíba
756.2
757.1,
758.0
759.Guedes et al. (2012)
760.Paraíba
761.2
762.2,
763.0
764.Barbosa et al. (2012)
765.Pernambuco
766.3
767.2,
768.0
769.Presente estudo Área A
(conservada)
770.Pernambuco
771.2
772.1,
773.0
774.Presente estudo Área B
(antropizada)
775.Pernambuco
776.1
777.2,
778.0
779.
780.
3.6 Similaridade com outras áreas de Caatinga
781.
782. A análise de similaridade florística entre áreas de Caatinga em
Pernambuco é apresentada na Tab. 6. Dentre os valores obtidos com a análise pelo
índice de Jaccard as áreas antropizada e conservada do presente estudo (FN1 e
FN2) apresentaram 42% de similaridade, seguidas pelas áreas localizadas no
município de Floresta (FL1 e FL2), com 34%. Isto já era esperado uma vez que as
áreas estão inseridas na mesma região. A área de Caatinga inserida no município de
Mirandiba (Pinheiro & Alves, 2007) foi a que apresentou maior similaridade com
29
relação ao grupo formado pelas áreas do presente estudo, em média 25,5% (Fig. 9).
A área de estudo em Mirandiba se apresenta como uma área antropizada que se
encontra em processo de recuperação que já leva 15 anos, de acordo com dados
apresentados pelos autores.
783. A área estudada por Alcoforado-Filho et al. (2003) no município de
Caruaru (CRR) apresentou baixa similaridade com relação as áreas comparadas,
chegando a apresentar 6,67% de similaridade com a área FL1 e 7,69% com FN2.
Os autores ainda indicaram em uma análise de agrupamento que a área de Caatinga
de Caruaru uniu-se ao grupo formado por áreas dos municípios de Custódia,
Floresta e Serra Talhada num nível relativamente baixo de similaridade (ca. 18%).
784. O dendrograma demonstrou a composição de dois grupos e uma área
isolada (Fig. 9). O primeiro grupo foi composto pelas áreas conservada e
antropizada (FN1 e FN2, respectivamente) da Flona de Negreiros e a área
localizada em Mirandiba (MIR). Outro grupo foi formado pelas áreas de Caatinga
que se localizam no município de Floresta (FL1 e FL2). A área em Caruaru (CRR)
não se agrupou a nenhum dos dois outros grupos formados, caracterizando a
peculiaridade da área em relação às demais em questão.
785. Os resultados obtidos indicaram, de modo geral, uma clara relação
entre composição florística e localização geográfica (Fig. 10), condicionada à
atuação de fatores como diferentes períodos chuvosos e tipos de solo, entre outros.
786. O município de Floresta está inserido na região fisiográfica do Sertão do
estado de Pernambuco. Contudo, o estado apresenta uma divisão geográfica chamada de
mesorregiões, estando os municípios de Serrita e Mirandiba, cujas áreas formaram o
primeiro grupo, localizados na mesorregião do Sertão Pernambucano – microrregião
Salgueiro (Alto Sertão) (Fig. 10). Já Floresta está localizado na mesorregião São Francisco
– microrregião Itaparica (IBGE, 2014), que é a parte mais seca dessa mesorregião, ainda
com o clima do semiárido. Porém a vegetação de Caatinga sofre forte influencia da
proximidade com o rio Pajeú, como apresentado por Souza & Rodal (2010) na área FL1 e
por Ferraz et al. (2006) na área FL2.
787. Nascimento et al. (2003) afirmam que as matas ciliares localizadas no
semiárido foram os primeiros locais com a cobertura vegetal alterada devido a inclusão do
cultivo agrícola. Essa informação também pode contribuir para a diferenciação das áreas
FL1 e FL2 com relação às demais.
30
788. Já a área estudada por Alcoforado-Filho et al. (2003) em Caruaru (CRR),
que se localiza na Mesorregião do Agreste Central, foi utilizada devido ao bioma Caatinga
se estender até o agreste (IBGE, 2014). Por este motivo, a área apresenta-se isolada no
dendrograma.
789.
31
790. Tabela 6. Matriz de similaridade florística (Jaccard, %) entre as áreas deCaatinga em Pernambuco. FN1 (Flona Negreiros, Serrita - área conservada); FN2(Flona Negreiros, Serrita – área antropizada); MIR (Mirandiba); CRR (Caruaru);FL1 e FL2 (Floresta 1 e 2).791. 792.
FN1793.
FN2794.
FL1795.
MIR796.
CRR797.F
798.FN1
799.-
800. 801. 802. 803. 804.
805.FN2
806.42,31
807.-
808. 809. 810. 811.
812.FL1
813.9,76
814.11,76
815.-
816. 817. 818.
819.MIR
820.26,67
821.24
822.8,33
823.-
824. 825.
826.CRR
827.16,67
828.7,69
829.6,67
830.18,75
831.-
832.
833.FL2
834.22,73
835.17,5
836.34,15
837.14,29
838.15,87
839.-
840.
841.
842.
843.
844.
845.
846.
847.
848.
849.
850.
851.
852.853.854.855.856.857.858.859. Figura 9. Dendrograma da análise de agrupamento (Jaccard; UPGMA) entre
áreas de Caatinga em Pernambuco. FN1 (Flona Negreiros, Serrita - áreaconservada); FN2 (Flona Negreiros, Serrita – área antropizada); MIR (Mirandiba);CRR (Caruaru); FL1 e FL2 (Floresta 1 e 2).
860.
32
861.862.863.864.865.866.867.868.869.870.871.872.873.874.875.876.877.878.879.880.881.882.883.884.885.886.887.888.889.890.891.892.893.
894.
895. Figura 10. Mesorregiões do estado
de Pernambuco. Fonte: Apac, 2014. Áreas em destaque representam os municipios
selecionados para os estudos de similaridade. Área 1: Serrita; área 2: Mirandiba;
área 3: Floresta; área 4: Caruaru.
896.
33
12
4
3
4 Conclusões
897.
898. O presente estudo buscou caracterizar e comparar a composição florística e
a estrutura fitossociológica do componente arbustivo-arbóreo das duas fitofisionomias da
Floresta Nacional de Negreiros. As áreas foram caracterizadas principalmente pelas
famílias Fabaceae e Euphorbiaceae.
899. As espécies que mais se destacaram na área conservada foram Poincianella
pyramidalis, Croton blanchetianus e Croton conduplicatus. Na área antropizada foram
Commiphora leptopholoeos, Cnidoscolus phyllacanthus e Mimosa tenuiflora. Em ambas as
áreas, C. blanchetianus se mostrou representativa, estando entre as quatro espécies com
maior valor de importância em cada uma.
900. Os resultados obtidos para altura média do dossel, riqueza, diversidade e
equabilidade apontam que as áreas estudadas estão dentro do padrão de valores esperados
para Caatinga.
901. A similaridade florística entre as áreas de Caatinga comparadas com as do
presente estudo demonstrou critérios de diferenciação relacionados à localização
geográfica de cada área.
902. Como a fase inicial da elaboração do plano de manejo de uma unidade de
conservação é a caracterização biológica da mesma, o conhecimento florístico e
fitossociológico obtido nesse estudo é de fundamental importância para a gestão da
unidade, pois subsidiará ações de manejo especificas para as áreas estudadas.
903.
904.
34
905. 5. Referências Bibliográficas
906.
907. Aguiar, J.; Lacher T. & Silva, J.M.C. 2002. The Caatinga. In: Gil, P.R. (ed.)
Wilderness – Earth’s Last Wild Places. CEMEX, Cidade do México. Pp. 174-181.
908.
909. Albuquerque, S.G. 1999. Caatinga vegetation dynamics under various grazing
intensities by steers in the Semi-Arid Northeast, Brazil. Journal of Range
Management 52: 241-248.
910.
911. Alcoforado-Filho, F.G.; Sampaio, E.V.S.B. & Rodal, M.J.N. 2003. Florística e
fitossociologia de um remanescente de vegetação caducifólia espinhosa arbórea em
Caruaru, Pernambuco. Acta Botanica Brasilica 17: 287-303.
912.
913. Alves, J.J.A.; Araújo, M.A. & Nascimento, S.S. 2009. Degradação da
caatinga: uma investigação ecogeográfica. Caatinga 22: 126-135.
914.
915. Amorim, I.L.; Sampaio, E.V.S.B. & Araújo, E.L. 2005. Flora e estrutura da
vegetação arbustivo-arbórea de uma área de caatinga do Seridó, RN, Brasil. Acta
Botanica Brasilica 19: 615-623.
916.
917. Andrade, J.R.; Santos, J.M.F.F.; Lima, E.N.; Lopes, C.G.R.; Silva, K.A. & Araújo,
E.L. 2007. Estudo populacional de Panicum trichoides Swart. (Poaceae) em uma
área de caatinga em Caruaru, Pernambuco. Revista Brasileira de Biociências 5: 858-
860.
918.
919. Andrade, L.A.; Pereira, I.M.; Leite, U.T. & Barbosa, M.R. 2005. Análise da
cobertura de duas fitofisionomias de caatinga, com diferentes históricos de uso, no
município de São João do Cariri, Estado da Paraíba. Cerne 11: 253-262.
920.
921. Andrade-Lima, D. 1981. The caatingas dominium. Revista Brasileira de Botânica 4:
149-153.
922.
35
923. Apac – Agência Pernambucana de Águas e Clima. 2014. Meteorologia. Disponível
em <http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia/quantis.php>. Acesso 10 Fev 2014.
924.
925. Araújo, E.L. 2005. Estresses abióticos e bióticos como forças modeladoras da
dinâmica de populações vegetais da caatinga. In: Nogueira, R.J.M.C.; Araújo, E.L.;
Willadino L.G. & Cavalcanti, U.M.T. (eds.). Estresses ambientais: danos e benefícios
em plantas. MXM Gráfica e Editora, Recife. Pp. 50-64.
926.
927. Araújo, E.L. & Ferraz, E.M.N. 2003. Processos ecológicos mantenedores da
diversidade vegetal na caatinga: estado atual do conhecimento. In: Claudino Sales, V.
(ed.) Ecossistemas brasileiros: manejo e conservação. Expressão Gráfica, Fortaleza.
Pp. 115-128.
928.
929. Araújo, E.L.; Silva, S.I. & Ferraz, E.M.N. 2002. Herbáceas da caatinga de
Pernambuco. In: Silva, J.M. & Tabarelli, M. (eds.). Diagnóstico da Biodiversidade
do Estado de Pernambuco. SECTMA, Recife. Pp. 183-206.
930.
931. Araújo, L.V.C. 2007. Composição florística, fitossociologia e influência dos solos na
estrutura da vegetação em uma área de caatinga no semi-árido paraibano. Tese de
Doutorado, Universidade Federal da Paraíba, Areia. 111p.
932.
933. Barbosa, M.D; Marangon, L.C.; Feliciano, A.L.P; Freire, F.J. & Duarte, G.M.T.
2012. Florística e fitossociologia de espécies arbóreas e arbustivas em áreas de
Caatinga em Arcoverde, PE, Brasil. Revista Árvore 36: 851-858.
934.
935. Brasil. 2007. Decreto s/n de 11 de outubro de 2007. Cria a Floresta Nacional de
Negreiros, no Município de Serrita, Estado de Pernambuco, com os limites que
específica, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, Brasília.
936.
937. Bucher, E.H. 1982. Chaco and Caatinga – South American arid savannas, woodlands
and thickets. In: B.J. Huntey & Walther, B.H. (eds.) Ecology of tropical savannas.
Ecological Studies, vol. 42. Pp. 48-79.
938.
36
939. Castelletti, C.H.M.; Silva, J.M.C.; Tabarelli, M. & Santos, A.M.M. 2003. Quanto
ainda resta da Caatinga? Uma estimativa preliminar. In: Silva, J.M.; Tabarelli, M.;
Fonseca, M.T. & Lins, L.V. (eds.) Biodiversidade da Caatinga: áreas e ações
prioritárias para a conservação. Ministério do Meio Ambiente/Universidade Federal
de Pernambuco, Brasília. Pp. 91-100.
940.
941. Cavalcanti, M.T. 2011. Utilização de sementes da faveleira (Cnidosculus
phyllacanthus (Mart) Pax at K. Hoffm.) em produtos alimentícios. Campina Grande-
PB. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande.
130p.
942.
943. CIENTEC. 2006. Software Mata Nativa 2: Sistema para Análise Fitossociológica,
Elaboração de Inventários e Planos de Manejo de Florestas Nativas. CIENTEC,
Viçosa.
944.
945. Coelho, R.M.P. 2000. Fundamentos em ecologia. Artes Médicas Sul, Porto Alegre.
247p.
946.
947. Colwell, R.K. 2013. EstimateS: Statistical estimation of species richness and shared
species from samples. Version 9. Persistent URL <purl.oclc.org/estimates>.
948.
949. Colwell, R.K. & Coddington, J.A. 1994. Estimating terrestrial biodiversity through
extrapolation. Philosophical Transactions of the Royal Society of London. B345:
101-118.
950.
951. CPRM – Serviço Geológico do Brasil. 2005. Projeto Cadastro de Fontes de
Abastecimento por água Subterrânea. Diagnóstico do Município de Serrita, estado de
Pernambuco. CPRM/PRODEEM, Recife. 11p.
952.
953. Dourojeanni, M.J. 2002. Vontade política para estabelecer e manejar parques. In:
Terborgh, J.; Van Schaik, C.; Davenport, L. & Rao, M. (eds.). Tornando os parques
eficientes: estratégias para a conservação da natureza nos trópicos. UFPR, Fundação
O Boticário de Proteção à Natureza, Curitiba. Pp. 347-362.
954.
37
955. Drumond, M.A.; Kiill, L.H.P.; Lima, P.C.F.; Oliveira, M.C.; Oliveira, V.R.;
Albuquerque, S.G.; Nascimento, C.E.S. & Cavalcanti, J. 2000. Estratégia para o uso
sustentável da biodiversidade da caatinga. Petrolina. Disponível em
<http://www.bidivesitas.org.br/caatinga/ relatório/uso_sustentável>. Acesso 17 Out
2013.
956.
957. Drumond, M.A.; Kill, L.H.P. & Nascimento, C.E.S. 2002. Inventário e sociabilidade
de espécies arbóreas e arbustivas da Caatinga na região de Petrolina, PE. Brasil
Florestal 74: 37-43.
958.
959. Fabricante, J.R. & Andrade, L.A. 2007. Análise estrutural de um remanescente de
Caatinga no Seridó paraibano. Oecologia Brasiliensis 11: 341-349.
960.
961. Fechine, J.A.L. & Galvíncio, J.D. 2008. Análise das precipitações mensais da bacia
hidrográfica do rio Brígida no semi-árido pernambucano, usando o método de Wards.
Boletim Goiano de Geografia 28: 75-80.
962.
963. Feitoza, M.O.M. 2004. Diversidade e caracterização fitossociológica do componente
herbáceo em áreas de caatinga no Nordeste do Brasil. Dissertação de Mestrado.
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. 83p.
964.
965. Ferraz, J.S.F.; Albuquerque, U.P. & Meunier, I.M.J. 2006. Valor de uso e estrutura da
vegetação lenhosa às margens do riacho do Navio, Floresta, PE, Brasil. Acta
Botanica Brasilica 20: 125-134.
966.
967. Figueirêdo, L.S.; Rodal, M.J.N. & Melo, A.L. 2000. Florística e fitossociologia de
uma área de vegetação arbustiva caducifólia no município de Buíque - Pernambuco.
Naturalia 26: 46-53.
968.
969. Giulietti, A.M.; Harley, R.M.; Queiroz, L.P. Bocage, A.L. & Figueiredo, M.A. 2002.
Espécies endêmicas da caatinga. In: Sampaio, E.V.S.B.; Giulietti, A.M.; Virginio, J.
& Gamarra-Rojas, C.F. (eds.). Vegetação e flora da caatinga. APNE/CNIP, Recife.
Pp. 103-118.
970.
38
971. GOOGLE EARTH PRO. 2013. Google earth and maps enterprise. Disponível em
<https://geoauth.google.com/gev0/free_trial.html>. Acesso 20 Mai 2013.
972.
973. Guedes, R.S.; Zanela, F.C.V.; Costa Júnior, J.E.V.; Santana, G.M. & Silva, J. A.
2012. Caracterização florístico-fitossociológico do componente lenhoso de um trecho
de Caatinga no semiárido paraibano. Revista Caatinga 25: 99-108.
974.
975. Hauff, S.N. 2010. Representatividade do sistema de nacional de unidades de
conservação da caatinga. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/estruturas/203/_arquivos/representativconservcaat_shauff_r
evisojoo_03_produto_final_203.pdf>. Acesso 17 Out 2013.
976.
977. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2004. Mapa de Biomas do
Brasil, primeira aproximação. IBGE, Rio de Janeiro. Disponível em
<www.ibge.gov.br>. Acesso 17 Out 2013.
978.
979. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Manual Técnico da
Vegetação Brasileira. 2ed. IBGE, Rio de Janeiro. 271p.
980.
981. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2014. Cidades. Disponível em
<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindo w.htm>. Acesso 10 Fev 2014.
982.
983. ICMBio - Instituto Chico Mendes de Proteção da Biodiversidade. 2012. Unidades de
Conservação nos Biomas Brasileiros. Disponível em
<http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-
brasileiros.html>. Acesso 17 Mai 2012.
984.
985. Lacerda, A.V.; Barbosa, F.M. & Barbosa, M.R.V. 2007. Estudo do componente
arbustivo-arbóreo de matas ciliares na bacia do rio taperoá, semi-árido paraibano:
uma perspectiva para a sustentabilidade dos recursos naturais. Oecologia Brasiliensis
11: 331-340.
986.
39
987. Leal, I.R.; Silva, S.M.C.; Tabarelli, M. & Lacker Júnior, T.E. 2005. Mudando o curso
da conservação da biodiversidade na caatinga do Nordeste do Brasil.
Megadiversidade 1: 139-146.
988.
989. Lewis, G.P. 2014. Poincianella In Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim
Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB109819>. Acesso 7 Mar 2014.
990.
991. Lista de Espécies da Flora do Brasil. 2014. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Disponível em <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso 2 Mar 2014.
992.
993. Lorenzi, H. 1998. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil, vol. 2. 2ed. Editora Plantarum, Nova Odessa. 352p.
994.
995. Magurran, A.E. 1988. Ecological diversity and its measurement. Princeton
University Press, Princeton. 179p.
996.
997. Magurran, A.E. 2013. Medindo a diversidade biológica. Tradução de Dana M.
Vianna. Ed. da UFPR, Curitiba. 261p.
998.
999. Marangon, G.P.; Ferreira, R.L.C.; Silva, J.A.A.; Souza e Lira, D.F. & Loureiro, G.H.
2013. Estrutura e padrão espacial da vegetação em uma área de Caatinga. Revista
Floresta 43: 83-92.
1000.
1001.Marangon, L.C.; Soares, J.J.; Feliciano, A.L.P. & Brandão, C.F.L.S. 2007. Estrutura
fitossociológica e classificação sucessional do componente arbóreo de um fragmento
de floresta estacional semidecidual, no município de Viçosa, Minas Gerais. Cerne 13:
208-221.
1002.
1003.Martins, F.R. & Santos, F.A.M. 1999. Técnicas usuais de estimativa da
biodiversidade. Holos 1: 236-267.
1004.
40
1005.Melo, J.I.M. & Andrade, W.M. 2007. Boraginaceae s.l. A. Juss. em uma área de
Caatinga da ESEC Raso da Catarina, BA, Brasil. Acta Botanica Brasilica 21: 369-
378.
1006.
1007.MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2003. Instrução Normativa nº 3, de
26/05/2003.
1008.
1009.MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2007. Mapa da cobertura vegetal dos biomas
brasileiros. MMA, Brasília. 17p.
1010.
1011. MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2008. Instrução Normativa nº 06, de
23/09/2008.
1012.
1013.MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2011. Bioma Caatinga. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/biomas/caatinga>. Acesso 17 Out 2013.
1014.
1015.MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2013. Unidades de Conservação. Disponível
em <http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?
ido=conteudo.monta&idEstrutura=119&idConteudo=9677&idMenu=11809>.
Acesso 17 Out 2013.
1016.
1017.Mourão, E.S. 2010. Pesquisas científicas e gestão nas unidades de conservação
federais do Amazonas. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Amazonas,
Manaus. 145p.
1018.
1019.Mueller-Dombois, D. & Ellenberg, H. 1974. Aims and methods of vegetation
ecology. John Wiley & Sons, New York. 547p.
1020.
1021.Muniz, F.H.; Cesar, O. & Monteiro, R. 1994. Fitossociologia da vegetacao arborea da
Reserva Florestal do Sacavem, São Luis, Maranhão (Brasil). Acta Amazonica 24:
219-236.
1022.
1023.Nascimento, C.E.S.; Rodal, M.J.N. & Cavalcanti, A.C. 2003. Phytosociology of the
remaining xerophytic woodland associated to an environmental gradient at banks of
41
the São Francisco river - Petrolina, Pernambuco, Brazil. Revista Brasileira de
Botânica 26: 271- 287.
1024.
1025.Oliveira, P.T.B.; Trovão, D.M.B.M.; Carvalho, E.C.D.; Souza, B.C. & Ferreira,
L.M.R. 2009. Florística e fitossociologia de quatro remanescentes vegetacionais em
área de serra no cariri paraibano. Revista Caatinga 22: 169-178.
1026.
1027.Pereira, I.M.; Andrade, L.A.; Barbosa, M.R.V. & Sampaio, E.V.S.B. 2002.
Composição florística e análise fitossociológica do componente arbustivo-arbóreo de
um remanescente florestal no agreste paraibano. Acta Botanica Brasilica 16: 357-
369.
1028.
1029.Pereira Júnior, L.R., Andrade, A.P & Araújo, K.D. 2012. Composição florística e
fitossociológica de um fragmento de Caatinga em Monteiro, PB. Holos 28: 73-87.
1030.
1031.Pessoa, M.; Rodal, M.J.N.; Lins e Silva, A.N. & Costa, K.C.C. 2004. Levantamento
da flora herbácea em um trecho de caatinga RPPN Maurício Dantas,
Betânia/Floresta, Pernambuco. Revista Nordestina de Biologia 18: 27-53.
1032.
1033.Pinheiro, K. & Alves, M. 2007. Espécies arbóreas de uma área de Caatinga no sertão
Pernambucano, Brasil: dados preliminares. Revista Brasileira de Biociência 5: 426-
428.
1034.
1035.Queiroz, L.P. 2006. Flowering plants of the Brazilian semi-arid. In: Queiroz, L.P.;
Rapini, A. & Giulietti, A.M. (eds.). Towards greater knowledge of the Brazilian
semi-arid biodiversity. Ministério da Ciência e Tecnologia, Brasília. Pp. 49-53.
1036.
1037.Reis, A.M.S.; Araújo, E.L.; Ferraz, E.M.N. & Moura, A.N. 2006. Inter-annual in the
floristc and population struture of an herbaceous community of “caatinga” vegetation
in Pernambuco, Brazil. Revista Brasileira de Botânica 29: 497-508.
1038.
1039.Rizzini, C.T. 1979. Tratado de fitogeografia do Brasil. Aspectos sociológicos e
florísticos. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo. 420p.
1040.
42
1041.Rodal, M.J.N.; Martins, F.R. & Sampaio, E.V.S.B. 2008. Levantamento quantitativo
das plantas lenhosas em trechos de vegetação de caatinga em Pernambuco. Revista
Caatinga 21: 192-205.
1042.
1043.Sampaio, E.V.S.B. 1995. Overview of the Brazilian caatinga. In: Bullock, S.H.;
Mooney, H.A. & Medina, E. (eds.). Seasonally dry tropical forests. Cambridge
University Press, Cambridge. Pp. 35-63.
1044.
1045.Santana, J.A.S. & Souto, J.S. 2006. Diversidade e estrutura fitossociológica da
caatinga na Estação Ecológica do Seridó-RN. Revista de Biologia e Ciências da
Terra 6: 232-242.
1046.
1047.Scardua, F.P. 2007. Práticas brasileiras na elaboração de planos de manejo.
Conservação In: Orth, D. & Debetir, E. (eds.). Unidades de conservação: gestão e
conflitos. Insular, Florianopólis. Pp. 89-110.
1048.1049. Shepherd, G. J. 2009. Fitopac versão 2.1. Universidade Estadual de
Campinas, Campinas.1050.
1051.
1052.Silva, J.A. 2005. Fitossociologia e relações alométricas em caatinga nos estados da
Paraíba e Rio Grande do Norte. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa. 81p.
1053.
1054. Silva, L.B.; Santos, F.A.R.; Gasson, P. & Cutler, D. 2009. Anatomia e densidade
básica da madeira de Caesalpinia pyramidalis Tul. (Fabaceae), espécie endêmica da
Caatinga do Nordeste do Brasil. Acta Botânica Brasílica 23: 436-445.
1055.
1056.Sneath, P.H.A. & Sokal, R.R. 1973. Numerical taxonomy: the principles and practice
of numerical classification. W. H. Freeman, San Francisco. 573p.
1057.
1058.SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. 2003.
MMA/SBF, Brasília, 52p.
1059.
43
1060.Souza, J.A.N & Rodal, M.J.N. 2010. Levantamento florístico em trecho de vegetação
ripária de Caatinga no rio Pajeú, Floresta/Pernambuco-Brasil. Revista Caatinga 26:
54-62.
1061.
1062.Tabarelli, M. & Silva, J.M.C. 2003. Áreas e ações prioritárias para a conservação da
biodiversidade da caatinga. In: Leal, I.R.; Tabarelli, M. & Silva, J.M.C. (eds.).
Ecologia e conservação da caatinga. Editora Universitária, Recife. Pp. 237-273.
1063.
1064.Velloso, A.L.; Sampaio, E.V.S.B. & Pareyn, F.G.C. 2002. Ecorregiões propostas para
o bioma Caatinga. Associação Plantas do Nordeste, Instituto de Conservação
Ambiental, The Nature Conservancy do Brasil, Recife. 75p.
1065.
1066. Vieira, G. 1987. Análise estrutural da regeneração natural após diferentes níveis de
exploração em uma floresta tropical úmida. INPA, Manaus. 164p.
1067.
1068.Vieira, R.M.; Fabricante, J.R.; Andrade, L.A.; Oliveira, L.S.B. 2007. Cnidoscolus
phyllacanthus (Mart.) Pax & K. Hoffm. (Euphorbiaceae) como indicadora ambiental
de áreas core no Semi-Árido Nordestino. Anais do VIII Congresso de Ecologia do
Brasil. Caxambu – MG. Pp. 1-2.
1069.
1070. Werneck, M.S. & Franceschinelli, E.V. 2004. Dynamics of a dry forest fragment
after the exclusion of human disturbance in southeastern Brazil. Plant Ecology 174:
337-346.
44