instituto nacional de ensino superior e pesquisa centro de...
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INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA
CENTRO DE CAPACITAÇÃO EDUCACIONAL
IRACIAN DE SÁ CARVALHO ALIPIO
DIAGNÓSTICO CLINICO E LABORATORIAL DA ANEMIA
FERROPRIVA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
RECIFE
2016
IRACIAN DE SÁ CARVALHO ALIPIO
DIAGNÓSTICO CLINICO E LABORATORIAL DA ANEMIA
FERROPRIVA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Monografia apresentada ao
Instituto Nacional de Ensino Superior e
Pesquisa e Centro de Capacitação
Educacional, como exigência do Curso
de Pós-Graduação Lato Sensu em
Hematologia e Hemoterapia
Laboratorial.
Prof: Dr. Fabricio Andrade M. Esteves
Recife
2016
Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Eliane Batista de Carvalho, CRB 11/2011.
Para citar este documento:
ALIPIO, Iracian de Sá Carvalho. Diagnóstico clínico e laboratorial em crianças com anemia
ferropriva: uma revisão de literatura. Recife (PE): Instituto Nacional de Ensino Superior e Pesquisa e
Centro de Capacitação Educacional, 2016. 27 f. Monografia (Especialização). Programa de Pós-
Graduação em Hematologia e Hemoterapia Laboratorial. Instituto Nacional de Ensino Superior e
Pesquisa e Centro de Capacitação Educacional, 2016.
A412d Alipio, Iracian de Sá Carvalho.
Diagnóstico clínico e laboratorial da anemia ferropriva em
crianças: Uma revisão da literatura.
ferropriva: uma revisão de literatura / Iracian de Sá Carvalho
Alipio.
27f. : il.
Monografia (Especialização) - Programa de Pós-Graduação
em Hematologia e Hemoterapia Laboratorial, Instituto Nacio-
Sumário
Introdução................................................................................................7
Justificativa.............................................................................................9
Objetivos................................................................................................10
Metodologia...........................................................................................11
Desenvolvimento..................................................................................12
1. Fisiopatologia da Doença.............................................................12
2. Epidemiologia................................................................................14
3. Diagnóstico....................................................................................16
3.1 Diagnóstico Laboratorial.............................................................16
3.2 Diagnóstico Clínico......................................................................18
4. Tratamento Farmacológico...........................................................19
5. Perspectiva.....................................................................................21
6. Conclusão.......................................................................................23
Revisão Bibliográfica...........................................................................24
Anexo.........................................................................................27
Lista de Ilustrações
Figura 1- Metabolismo do ferro
....................................................................................................................................12
Figura 2- Prevalência da anemia ferropriva no mundo em crianças menores de 5
anos.........................................................................15
Quadro 1- Principais exames para a investigação da deficiência de
ferro.........................................................................................16
Quadro 2- Tratamento farmacológico da anemia ferropriva por via
parenteral...........................................................................................20
Figura 3- Ação da terapia do anti-hormônio anti-hepcidina que é utilizada na anemia
por restrição de ferro............................................21
Lista de Abreviaturas
An (Privação)
Haima (Sangue)
Fe+3 (Férrico)
Fe+2 (Ferroso)
OMS (Organização Mundial de Saúde)
VCM (Volume Corpuscular Médio)
HCM (Hemoglobina Corpuscular Média)
CPTLF (Capacidade Total de Ligação do Ferro)
Hb (Hemoglobina)
CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média)
MO (Medula Óssea)
ADF (Anemia por Deficiência de Ferro)
VO (Pela Boca)
VP (Injetável)
AES (Agentes Estimulantes da Eritropoese)
TF (Transferrina)
IL-6 (Interleucina-6)
Resumo
A Anemia por deficiência de ferro representa um problema de âmbito mundial
tanto em países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos, mas que também é um
problema de questão da carência nutricional o qual é importante na saúde
coletiva. É uma doença progressiva, o qual pode levar a redução consequente de
estoque de ferro, onde a quantidade de hemoglobina ou células vermelhas
presente na corrente sanguínea ficam baixas, tudo isso se deve pela baixa
ingestão de ferro. Os principais sintomas são: cansaço, palidez e desmaio, esse
tipo de anemia ocorre mais em crianças por não se alimentarem direito. O
presente estudo tem o objetivo de apresentar através de uma revisão narrativa de
literatura como se determina através de diagnóstico clinico e laboratorial se as
crianças apresentam uma deficiência nutricional de ferro. Foram utilizados artigos
disponibilizados nas seguintes bases de dados: Bireme (Bibiloteca Virtual em
Saúde); Blood Journal (American Society de Hematology), em livros acadêmicos
e protocolos da ANVISA (Agência nacional de vigilância sanitária). As referências
bibliográficas foram publicadas entreo os anos de 2009 a 2015. O diagnóstico é
realizado tanto de forma clinica quanto de forma laboratorial, sendo que o padrão
ouro para o diagnóstico da anemia ferropriva ainda o que fecha o diagnóstico é o
laboratorial que no caso seria o hemograma o padrão-ouro. O tratamento utilizado
para este tipo de anemia pela deficiência de ferro pode ser por via oral ou via
parenteral. A perspectiva clinica que está sendo ainda estudada é um hormônio
chamado hepcidina com potencial terapêutico.
Palavras Chaves: Deficiência de Ferro. Anemia Ferropriva. Crianças.
Metabolismo de Ferro e Diagnóstico Clinico e Laboratorial
Abstract
Iron deficiency anemia is a worldwide problem in both developed countries
and underdeveloped, but it is also a matter of problem of nutritional deficiency
which is important in public health. It is a progressive disease, which may lead
to a consequent reduction in iron stores, where the amount of hemoglobin or
red blood cells present in the blood are low, all this is due to the low intake of
iron. The main symptoms are fatigue, pallor and fainting, this type of anemia
occurs more in children by not feeding right. This study aims to present
through a literature narrative review as determined by clinical and laboratory
diagnosis if the children have a nutritional deficiency of iron. They used
available articles in the following databases: Medicine® (Bibiloteca Virtual
Health); Blood Journal (American Society of Hematology) in academic books
and protocols of ANVISA (National Health Surveillance Agency). References
were published entreo the years 2009 to 2015. The diagnosis is performed
both clinical form as laboratory form, and the gold standard for the diagnosis
of iron deficiency anemia still closing the diagnosis is the laboratory in which
case it would be the CBC the gold standard. The treatment used for this type
of the iron deficiency anemia can be orally or parenterally. The clinical
perspective that is still being studied is a hormone called hepcidin with
therapeutic potential.
Keywords: Iron deficiency. Iron Deficiency Anemi. Children. Metabolism Iron and
Diagnosis Clinical and Laboratory
7
INTRODUÇÃO
A Anemia Ferropriva é a deficiência de ferro que é definida pela redução dos
níveis de ferritina.
A palavra “anemia” tem origem do grego: an(privação) e haima(sangue)
(Faillace, 2009). E esta é uma das doenças mais prevalentes na lactância e primeira
infância, sendo inclusive um problema de saúde pública.(Faillace, 2009).
A anemia é uma condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue
situa-se abaixo do normal. Embora as anemias possam ser por deficiência de vários
nutrientes, como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas, a anemia ferropriva,
caracterizada pela deficiência de ferro, constitui a forma mais comumente
encontrada(Carlo A, 2012). O nível de hemoglobina é o indicador mais utilizado no
diagnóstico da anemia ferropriva, tendo a sua importância reconhecida tanto na
clínica como em inquéritos epidemiológicos (Carlos A, 2012).
Para entender melhor a ocorrência da anemia no primeiro ano de vida,
devemos compreender a homeostase do ferro em recém-nascidos. O ferro necessita
ser oxidado em para ser absorvido. A redução de Fe+3(Ferrico) em Fe+2(Ferroso) dá-
se no enterócito, porém essa absorção parece ser pequena em bebês menores de
seis meses(Collard, 2009).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), se em determinada
população a prevalência de anemia for superior a 40%, considera-se essa doença
um grave problema de saúde pública, podendo-se esperar prevalência de deficiência
de ferro de 100%. (Naiara, 2015).
Esse tipo de doença hematológica é mais prevalente em países
subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
O diagnóstico inicial de anemia faz-se clinicamente, através da visualização
de mucosas hipocoradas, fadiga e dispneia, porém a confirmação é laboratorial,
sendo o hemograma o padrão-ouro, demostrando níveis diminuídos de
hemoglobina.(Faillace, 2009).
Pacientes com anemia ferropriva apresentam um hemograma com os
seguintes valores: VCM < 80fl (Microcitose); HCM < 26pg (Hipocromia); RDW >
14,5% (Anisocitose); Ferritina Sérica < 10ug/l; Capacidade Total de Ligação do Ferro
(CTLF) > 400ug/dl; Ferro Sérico <75ug/dl e Capacidade de saturação de
Transferrina <15%(Arthur Agrizzi, 2014)
8
Sendo que as principais formas de prevenção são: a educação nutricional e a
manutenção de condições ambientais satisfatórias, onde deve-se incentivar as
crianças as quais são mais susceptíveis a desenvolver a anemia ferropriva, como: a
fortificação de alimentos de consumo massivo, o estímulo ao consumo de alimentos
que contenham ferro de alta biodisponibilidade e o aleitamento materno exclusivo
até o sexto mês(Arthur Agrizzi, 2014).
O tratamento utilizado por crianças que desenvolveram são de dois tipos a
saber: tratamento com ferro por via parenteral e tratamento com ferro por via oral.
A reposição de ferro por via oral é eficaz no tratamento da maioria dos
pacientes com anemia ferropriva, entretanto algumas situações especificas, nas
quais a terapia por via oral é insuficiente para normalizar a Hb e/ou restabelecer os
depósitos normais de ferro, a administração de ferro por via parenteral é uma
alternativa eficaz, efetiva e segura e deve ser considerada (Cançado, Friedirch,
2010). As principais indicações de tratamento com ferro por via parenteral estão
relacionados no quadro1.
O tratamento da anemia ferropriva foi introduzido por Blaud, em 1832, com
um composto cujo principal constituinte era o carbonato férrico. A “pílula de Blaud”
permaneceu como pilar do tratamento da deficiência de ferro por mais de cem anos,
até o aparecimento de novos compostos com ferro (Cançado,2010).
A melhor opção de reposição de ferro é por via oral. O beneficio real de um
suplemento de ferro está condicionado a fatores como: efetividade terapêutica,
tolerância gastrointestinal, incidência de eventos adversos, perfil de segurança com
risco mínimo de toxicidade e número de tomadas diárias necessárias. Por outro
lado, a correção da anemia ferropriva sofre influência de fatores, tais como:
intensidade da anemia, capacidade de tolerância e de absorção intestinal do
paciente aos suplementos com ferro e presença de doença concomitante (Lobo,
2010).
Os principais suplementos de ferro disponíveis e comercializados em
diferentes países, inclusive no Brasil, são: sais ferrosos, sais férricos, ferro
aminoquelado, complexo de ferro polimaltosado (ferropolimaltose) e ferro carbonila
(Cançado, Lobo e Friedirch, 2010).
9
JUSTIFICATIVA
Baseado no contexto supramencionado, considera-se que o conhecimento da
fisiopatologia de anemia ferropriva, bem como a sua identificação na infância são
aspectos que podem contribuir para um melhor desenvolvimento infantil.
10
OBJETIVO
OBJETIVO GERAL: Relacionar a deficiência de ferro através de diagnósticos
clínicos e laboratoriais em crianças que apresentam estado nutricional de ferro
baixo.
.
OBJETIVO ESPECIFICO:
1. Relatar quais são os fatores de riscos envolvidos na anemia ferropriva
2. Tratar as intervenções as quais possam interferir na anemia ferropriva.
3. Mencionar a terapêutica farmacológica destinada ao tratamento de anemia
ferropriva em crianças
4. Mencionar o diagnóstico clínico e laboratorial da anemia ferropriva na primeira
infância
5. Relatar perspectivas clínicas para tratamento da anemia ferropriva
11
METODOLOGIA
Este trabalho trata-se de uma Revisão Bibliográfica narrativa a partir da
consulta realizada em duas bases de dados, BDTD, Biblioteca Digital Brasileira de
Teses e Dissertações-online e Centro Latino Americano e do Caribe de Informação
em Ciências da Saúde- Bireme, Blood jornal (American Society de Hematology),
www.salusvitta.com.br/Anvisa, cartilha da Anvisa e um livro acadêmico. Foram
selecionados artigos publicados em versão de acesso livre e em língua inglesa e
portuguesa. Foi considerado um período de publicações compreendido de 2009 a
2016. Para a seleção dos artigos que compuseram esta revisão foram utilizados os
seguintes descritores em saúde: “deficiência de ferro”,”anemia ferropriva” e
“Distúrbios do Metabolismo do Ferro”. Tendo sido obtidos 65 artigos, após leitura
crítica e sintonia com o tema e objetivo geral deste trabalho, foram selecionados 35
artigos para a redação final.
12
DESENVOLVIMENTO
1 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA
A anemia ferropriva (deficiência de ferro) é a anemia carencial mais comum
em países desenvolvidos. No entanto, em países em desenvolvimento, representa
um problema nutricional importante de saúde pública, afetando, principalmente,
crianças. As principais causas da anemia ferropriva são: fatores nutricionais (dieta
pobre em alimentos que contêm ferro) e fatores patológicos (parasitoses, doenças
gastrointestinais e outras doenças que alteram a absorção do ferro (Da Silveira,
Melo, 2015).
O ferro dos alimentos existe sob duas formas: o ferro heme (Fe+2), presente
nas carnes vermelhas e de fácil absorção, e o ferro não heme (Fe+3) contido em
verduras, grão e cereais, cuja absorção depende de sua conversão para (Fe+2) pela
ação do pH ácido do estômago (Da Silva, Melo, 2015).
No hemograma de uma anemia ferropriva, as alterações típicas encontradas
são: anemia microcìtica e hipocrômica, ou seja, o VCM e o CHCM estão diminuídos
e o RDW, está aumentado.
Na citomorfologia do esfregaço sanguíneo, observa-se anisocitose
significativa, com pecilocitose caracterizada pela existência de eliptócitos, hemácias
em lágrima, leptócitos, hemácias hipocrômicas e, por vezes, plaquetose de discreta
a moderada intensidade. Geralmente, a contagem de reticulócitos encontra-se
diminuída (Da Silveira, Melo, 2015).
No processo da cinética do ferro, o restante esta armazenado na forma de
ferritina e hemossiderina no fígado, baço e MO, em mioglobina e em enzimas.
13
Deficiência de Ferro
A deficiência de ferro caracteriza-se pela redução da quantidade total de ferro
do organismo e a insuficiência do seu fornecimento para suprir as necessidades dos
tecidos e a, formação de hemoglobina dos eritrócitos. A Anemia por deficiência de
ferro(ADF) decorre do fornecimento insastifatório de ferro à médula óssea, com
consequente redução da concentração sanguínea da hemoglobina. (Karla Quadros,
2015).
14
2 EPIDEMIOLOGIA
Segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS), a anemia nutricional é
definida como a condição na qual a concentração de hemoglobina está abaixo dos
valores considerados normais, em consequência à carência de um ou mais
nutrientes essenciais, qualquer que seja a origem dessa carência. Caracteriza-se a
anemia ferropriva quando a redução na concentração de hemoglobina é
consequência de deficiência de ferro.(Naiara Sperandia; Luciana Sant’ Ana; Sylvia
Francheschisni e Silvia Priore, 2015).
As doenças infecciosas e as deficiências nutricionais têm sido responsáveis
pela morte de 11 milhões de crianças por ano no mundo, (Ethel da Silva, 2011),
segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS). Estima-se que, no mundo todo,
47,4% das crianças menores de 5 anos tenham anemia, com valores distribuídos em
3,4% na América do Norte a 64,6% na África. Na América Latina, os valores são de
39,5% para crianças menores de 5 anos e 31,1% para mulheres grávidas (Melânia
Villani, 2011).
Já no Brasil, os índices também são alarmantes, especialmente em crianças
menores de 2 anos, sendo que a extensão dos anêmicos é de 50% a 83%,(Alice
Janh, 2011), variando de acordo com as regiões, grupos populacionais infantis e
exposição a fatores de risco.
16
3. Diagnóstico
3.1 Diagnóstico Laboratorial
O diagnóstico da anemia se dá por dosagem da hemoglobina menor que
11g/dl para crianças menores de um ano de idade, e o diagnóstico da deficiência de
ferro é feito pela medida da ferritina inferior a 10mcg/l, saturação da transferrina
menor de 10% e protoporfirina eritrocitária maior de 1,42mcgmol/l. Mais
recentemente, novos exames tem sido propostos para o diagnóstico mais preciso da
deficiência de ferro. Entre eles a zinco protoporforina, volume corpuscular médio,
concentração média de hemoglobina, concentração de hemoglobina, hemoglobina
média dos reticulócitos, capacidade ferropéxica, saturação de transferrina, ferritina
sérica, receptor de transferrina 1(Barker e Greer, 2010).
Figura 1- Principais exames para investigação de anemia por deficiência de ferro
(adaptado de Grotto, 2010).
Teste/Valores de
referência sugeridos
Compartimento
Avaliado
Vantagens Limitações
Ferro Medular Estoque Bem
padronizado/altamente
específico
Invasivo, alto custo
Ferritina Sérica 15-300mcg/L
adultos
Estoque Bem padronizado/custo
acessível
Sofre alterações nos
processos
infecciosos,
inflamatórios e
neoplásicos
Transferrina sérica Transporte Precisão, rapidez Não está totalmente
padronizado
Capacidade ferropéxica(TIBC)
250-450mcg/l
Transporte Baixo custo Baixa específidade,
alterado pela
presença de
processos infecciosos
e inflamatórios
Saturação transferrina(ST) 30-
15%
Transporte Baixo custo Baixa específidade,
alterado pela
presença de
processos infecciosos
e inflamatórios
Hemoglobina(Hb) Funcional Baixo custo,
universalmente
disponível
Baixas sensibilidade e
espefícidade
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HCM Funcional Baixo custo,
universalmente
disponível
Indicador tardio, baixa
especifídade
RDW 11-14% Funcional Baixo custo, útil no
diagnóstico
Disponibilidade
limitada a
determinados
aparelhos
Zinco
protoporfirina(ZPP)<70mcmol/mol
Heme
Funcional Baixo custo Necessita de
equipamento,
específico, sofre
interferência pela
exposição ao chumbo
Ferro sérico 12-31mcmol/L
adultos
Funcional Baixo custo Baixa específidade
Receptor solúvel da
transferrina(sTfR)
Funcional Não altera na
informações(?)
Alto custo, sem
padronização para
crianças
Hemoglobina corpuscular dos
reticulócitos(HCr). Concentração
de Hemoglobina dos
reticulócitos(RetHe) VCM
reticulócitos(VCMr)
Funcional Indicadores precoces da
deficiência de ferro
Estabilidade,
disponibilidade
limitada a
determinados
aparelhos
% das hemácias hipocrômicas Funcional Baixo custo, indicador
precoce da deficiência
de ferro
Disponibilidade
limitada a poucos
equipamentos
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3.2 Diagnóstico Clinico
A deficiência de ferro ocorre quando a quantidade absorvida pela dieta não é
capaz de suprir a necessidade do organismo ou a quantia não é suficiente para
repor a perda sanguínea adicional. Quando há redução da quantidade total de ferro
no corpo, os estoques se esvaziam e há algum grau de deficiência nos tecidos
celulares (Cancado, Rodolfo D.; Chiattone, Carlos S, 2012). Como os sinais e
sintomas da carência de ferro são inespecíficos, a anemia deve ser identificada por
exames laboratoriais. Os principais sintomas são: fadiga generalizada, falta de
apetite, palidez da pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas, palma das
mãos), menor disposição para as atividades diárias. (Ministério da Saúde, 2013).
Quando a deficiência de ferro e a anemia são diagnosticadas, por exames
laboratoriais e avaliação médica, uma das recomendações é aumentar a ingestão de
ferro por meio da alimentação, uma alternativa que possui baixo custo e não produz
efeitos colaterais. Estão presentes na dieta dois tipos de ferro: o ferro heme ou o
orgânico (presente em alimentos de origem animal) e o ferro não-heme ou
inorgânico (encontrados em alimentos de origem vegetal). Via de regra, o ferro
proveniente de alimentos de origem animal é melhor absorvido quando comparado
ao de origem vegetal (Bortolini, Gisele A.; Fisberg, Mauro, 2013).
19
4. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
A reposição de ferro por via oral é eficaz no tratamento da maioria dos
pacientes com anemia ferropriva, entretanto, em algumas situações especificas, nas
quais a terapia por via oral é insuficiente para normalizar a Hb e/ou restabelecer os
depósitos normais de ferro, a administração de ferro por via parenteral é uma
alternativa eficaz, efetiva e segura, e deve ser considerada(Rodolfo Cançado, João
Friedich, 2010). As principais indicações de tratamento com ferro por via parenteral
estão relacionadas no Quadro1.
Quadro1. Principais indicações do tratamento da anemia ferropriva com ferro por via
parenteral(Rodolfo Cançado, João Friedich, 2010).
Intolerância ao ferro por via oral determinada pela ocorrência de eventos adversos que levaram ao
abandono do tratamento.
Resposta insatisfatória com o ferro por via oral, geralmente devido à mal absorção, que ocorre em
situações tais como: gastroplastia redutora, gastrectomia, doença gastrointestinal inflamatória crônica,
incluindo pela infeção pelo H. pylori, doença celíaca e doença atrófica autoimune.
Situações de hemorragia recorrente(gastrointestinal, ginecológica) nas quais a quantidade de ferro
absorvida por via oral não é suficiente para atender a demanda proveniente da perda excessiva de ferro
secundária ao sangramento.
Anemia ferropriva intensa(Hb < 8g/dl) em paciente hemodinamicamente estável com o objetivo de se
obter resposta terapêutica mais rápida e diminuir o risco da necessidade da transfusão de hemácias.
Anemia moderada a intensa em gestantes(a partir do segundo trimestre de gestação), pós-parto ou
puerpério, principalmente quando há necessidade de rápida recuperação dos níveis de Hb e dos
depósitos de ferro, minimizando eventual necessidade de transfusão de hemácias.
Resposta terapêutica mais rápida, sobretudo em pacientes em programação de cirurgia eletiva de
médio a grande porte, cujo intervalo entre o tratamento e o procedimento cirúrgico seja de pelo menos 3
semanas.
Normalização mais rápida dos estoques de ferro evitando o uso prolongado da terapia por via oral e
seus efeitos adversos.
Pacientes com doença renal crônica não dialítica com ferritina sérica < 100ng/ml ou em diálise com
ferritina sérica < 200ng/ml a fim de assegurar e otimizar a resposta à administração de agente
estimulador da eritropoese.
Situações especiais, como programa de autotransfusão de pré-depósito, questões religiosas(pacientes
testemunhas de jeová).
O tratamento da anemia por deficiência de ferro consiste em orientação
nutricional e administração por via oral ou parenteral de compostos com ferro e,
20
eventualmente transfusão de hemácias. A investigação da causa é fundamental para
o tratamento desse tipo de anemia, uma vez que a falta de avaliação pode mascarar
uma outra doença. A identificação e solução da causa da anemia, associadas à
reposição do ferro, na dose e no tempo adequado, resultam na sua correção e,
consequentemente, na confirmação do diagnóstico(Rodolfo Cançado D, Lobo
Clarisse, Friedrich João Ricardo, 2010).
Para crianças a dose é de 3mg/kg/dia, não podendo ser superior a 60mg/kg/dia.
Dentre as opções de compostos de ferro estão disponíveis sais ferrosos(sulfato
ferroso, fumarato ferroso e gluconato ferroso), sais aminoquelados(bisglicinato,
trisglicinato férrico e glicina-sulfato ferroso) e a ferripolimaltose(Rodolfo Cançado, D,
Lobo, Clarisse, Friedrich João Ricardo, 2010).
A reposição com ferro por via oral é eficaz no tratamento da maioria dos
pacientes com anemia ferropriva. Entretanto, em algumas situações específicas, nas
quais a terapia por via oral é insuficiente para normalizar a hemoglobina ou
restabelecer os depósitos normais de ferro, a administração de ferro por via oral é
uma alternativa a ser considerada (Rodolfo Cançado, D; Lobo, Clarisse; Friedrich,
João Ricardo, 2010).
No levantamento de evidências científicas, foram encontrados estudos clínicos
que avaliam a eficácia e a segurança da reposição de ferro em populações
específicas, tais como crianças(Santos, Marize Melo dos; NOGUEIRA, Nadir do
Nascimento; DINIZ, Alcides da Silva, 2013).
21
5. PESPERCTIVAS
A hepcidina, hormônio derivado do fígado, controla as concentrações de ferro
e de plasma assim, a disponibilidade de ferro para eritrócitos precursores(Ganz T,
Nemeth E, 2011). Hepcidina age bloqueando a grandes fluxos de ferro no plasma: a
absorção do ferro no intestino, a libertação de ferro reciclado a partir de macrófagos
e mobilização do ferro de lojas hepáticas
.A terapia da anti-hepcidina é utilizada na anemia de restrição de ferro. É um hormônio o qual é
produzido pelo o fígado que controla o fluxo de ferro no plasma através dos enterócitos que são
células sanguíneas as quais absorvem o ferro da dieta, a partir dos macrófagos do baço e do fígado
os quais reciclam as hemácias(células vermelhas) velhas e os hepatócitos que são células que
armazenam o ferro. No processo inflamatório gera várias outras condições dentre elas estão, a
produção desse hormônio é elevado. Isso faz com que a restrição de ferro contribua para o
desenvolvimento da anemia ferropriva. (B). A Neutralização da hepcidina por anticorpos anti-
hepcidina aumenta os níveis de ferro no plasma melhorando assim a anemia por deficiência do ferro.
Na Terapêutica anti-hepcidina pode ser isoladamente ou em combinação com a terapia já existentes
para a anemia de restrição ao ferro(Agentes estimulantes da eritropoese (AES) e ferro intravenoso
permiti um tratamento mais seguro e eficaz da anemia ferropriva.
.Fe – TF, Ferro-Transferrina.
Um aumento dos níveis de hepcidina provoca uma diminuição do ferro
plasmático, o que restringe a disponibilidade de ferro para a síntese de hemoglobina
e pode eventualmente, levar à anemia. Este mecanismo se manifesta em sua forma
mais pura em pacientes com anemia por deficiência de ferro de ferro refratária,
causada por mutações em um regulador negativo de hepcidina(Finberg KE, Heneey
MM, Campagna Dr, 2008).
22
Inadequadamente elevada a hepcidina e a a hipoferremia resultantes são
também pensados para desempenhar um papel patogênico no desenvolvimento das
formas comuns de ferro restrito levando a anemia(Ganz T,Nemeth E, 2011).
Opções de tratamento atuais para anemia de ferro restrito incluem AES e / ou
ferro intravenoso. No entanto, o aumento hepcidina é pensado para limitar a eficácia
destes tratamentos(Goodnough LT, Nemeth E, Ganz T, 2010).
Foi apenas cerca de 15 anos atrás, que nós aprendemos sobre hepcidina e
como ela controla a absorção de ferro a partir da mucosa intestinal e ferro libertar a
partir de macrófagos por interagir com ferro ferroportina, causando a sua
internalização e destruindo(Ganz. T, 2011).
Simplisticamente, a síntese de hepcidina é controlada por 3 tipos de sinais:
inflamação proeminente representado por interleucina-6, o que aumenta a síntese
de hepcidina e, assim diminui a absorção de ferro; a necessidade de aumentar a
eritropoiese, que envia um sinal para diminuir a hepcidina e permitir a absorção de
mais ferro e, assim, síntese de células vermelhas do sangue mais necessárias; e um
sinal do estado do ferro à base de ferro níveis de ferro no plasma e (Ganz T, 2011).
Várias abordagens para antagonizar hepcidina atualmente sob
desenvolvimento(Ganz T, Nemeth E, 2011).
Este modelo mostra as principais características graves da anemia
inflamatória em seres humanos, com patogênese multifatorial incluindo restrição do
ferro, curto tempo de vida dos eritrócitos e produção deficiente dos eritróides(Kim A,
Fung E, Parikh S, 2013; Gardenghi S, Casu C, Renoud TM, 2014).
23
6. CONCLUSÃO
Esta revisão de literatura abordou um problema de saúde publica e que ocorre
tanto em países desenvolvidos quanto em países subdesenvolvidos que é a anemia
ferropriva e que ocorre mais em crianças.
Esse tipo de doença hematológica ela requer um tipo de atenção das politicas
de saúde publica voltada para essa doença como estratégias de uma alimentação
voltada a base de ferro e de vitamina b12, que são essências para o
desenvolvimento da criança.
É importante o diagnóstico da anemia ferropênica para o tratamento
farmacológico desse processo patológico, uma vez que essa doença causa sérios
danos ao desenvolvimento emocional e intelectual às crianças, sendo que tem
ocorrer uma atenção especifica das politicas públicas voltada à prevenção e ao
fortalecimento de uma alimentação voltada a base de vitamina B12 e ferro no
combate a esse tipo de anemia carencial.
O tratamento ainda para esse tipo de anemia carencial nas crianças continua
sendo os medicamentos a base de ferro tanto na forma oral, quanto na forma
endovenosa.
Nos dias de hoje existe um hormônio dentro do nosso organismo chamado de
hepcdina, que é de suma importância para as células vermelhas, para um bom sinal
de ferro, onde ela controla o níveis de ferro no plasma sanguíneo.
24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Faillace, RR. Hemograma. ARTMED EDITORA-POA. 5edº 2009
2- Faillace, RR. Hemograma. ARTMED EDITORA-POA. 5edº 2009
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ANEXO
DECLARAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Eu, Iracian de Sá Carvalho Alipio, portador do documento de identidade RG
6862652/SDS-Pe, CPF 055.323.224-06, aluno regularmente matriculado no curso de
Pós- Graduação Hematologia Hemoterapia Laboratorial, do programa de Lato Sensu
da CCE Centro de Capacitação Educacional, sob o n° HC140258 declaro a quem
possa interessar e para todos os fins de direito, que:
1. Sou o legitimo autor da monografia cujo titulo é: Diagnóstico Clinico e
Laboratorial em crianças da qual esta declaração faz parte, em seus
ANEXOS;
2. Respeitei a legislação vigente sobre direitos autorais, em especial, citado
sempre as fontes as quais recorri para transcrever ou adaptar textos
produzidos por terceiros, conforme as normas técnicas em vigor.
Declaro-me, ainda, ciente de que se for apurado a qualquer tempo qualquer
falsidade quanto ás declarações 1 e 2, acima, este meu trabalho monográfico
poderá ser considerado NULO e, consequentemente, o certificado de conclusão de
curso/diploma correspondente ao curso para o qual entreguei esta monografia será
cancelado, podendo toda e qualquer informação a respeito desse fato vir a tornar-se
de conhecimento público.
Por ser expressão da verdade, dato e assino a presente DECLARAÇÃO,
Em Recife,_____/__________ de 2016.
________________________
Assinatura do (a) aluno (a)
Autenticação dessa assinatura, pelo
funcionário da Secretaria da Pós-
Graduação Lato Sensu