instrumentos de gestão previsional para 2017eficiência energética: instalação de meios de...
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Instrumentos de Gestão Previsional para
2017
Águas de Gaia é uma Empresa Municipal da
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INTRODUÇÃO 1. Nos termos do artigo 42.º da Lei n.º 50/2012 de 31 de agosto, e de acordo com o previsto no artigo
13.º dos Estatutos da Empresa Águas de Gaia, EM, SA o Conselho de Administração apresenta à Câmara Municipal de Gaia, para acompanhamento e controlo, os instrumentos de gestão previsional económica e financeira para o exercício de 2017, a saber:
2. “Empresa Local, Visão Global” Águas de Gaia, EM, SA e hoje uma empresa de referência no setor, inovadora, com provas dadas e com uma visão de futuro. Para além do reconhecimento no Concelho e no país, temos neste momento implementadas já algumas inovações e projetos, inclusive internacionais e estamos com outros em desenvolvimento, dando corpo ao lema “Empresa Local, Visão Global”. Como futuros desafios nacionais, salientamos:
Aposta da telegestão na rede de água e saneamento de uma componente de investimento para esta área quer na direção de água, quer de saneamento e a criação de uma central de ocorrências em tempo real para todos os setores da empresa.
Criação de uma aplicação para smartphones que será disponibilizada aos nossos clientes para gestão do seu contrato, que permite, entre outras funcionalidades, o envio de leituras e participação de ocorrências.
Criação de um projeto piloto com a MEO num bairro social para implementação de contadores inteligentes com possibilidade de leitura à distância e sistema de pré-pagamento.
Eficiência energética: instalação de meios de produção de energia sustentável e ecológica nos 4 locais com maior consumo energético (cerca de 56% dos consumos) com candidatura a financiamento comunitário.
3. Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Abastecimento de Água e de Drenagem e Tratamento de Águas Residuais do Município de Vila Nova de Gaia Encontra-se em fase final o novo Regulamento dos Serviços de Abastecimento de Água, de Saneamento de Águas Residuais Urbanas do Município de Vila Nova de Gaia, que traduz a revisão do atual Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Abastecimento de Água e de Drenagem e Tratamento de Águas Residuais do Município de Vila Nova de Gaia, de 9 de julho de 2009, tendo em consideração o modelo proposto pela ERSAR, o tratamento das águas residuais já não fazer parte do objeto social da empresa, as alterações regulamentares e legais ocorridas e as inovações tecnológicas surgidas no setor. O novo documento, após aprovação pela Entidade Reguladora e pela Assembleia Municipal, constituirá, após publicação, o principal instrumento de regulação do relacionamento entre a Entidade Gestora e os Utilizadores, pretendendo-se garantir de forma clara e detalhada o conhecimento por parte dos Utilizadores do conteúdo e a forma de exercício dos respetivos direitos e deveres.
a) Plano plurianual e anual de atividades, de investimentos e financeiro;
b) Orçamento anual de investimento;
c) Orçamento anual de exploração, desdobrado em orçamento de rendimentos e orçamento de gastos;
d) Orçamento anual de tesouraria;
e) Balanço previsional.
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4. Rede Pública de Abastecimento de Água
As imposições legislativas para o controlo metrológico dos contadores de água, impõem a manutenção daqueles aparelhos dentro de limites temporais de permanência em serviço ininterrupto. Em 2017 a Empresa continuará com o esforço de investimento na modernização daqueles equipamentos com a substituição de 6 000 contadores instalados no limite dos parâmetros legais, reduzindo o número de instalações cujo aparelho de medida se encontra com uma idade avançada, permitindo, assim e cumulativamente, dar cumprimento aos normativos específicos para o setor e reduzir a água não faturada por submedição nestes instrumentos. Simultaneamente, serão instalados sistemas de tecnologia avançada na medição de consumos e controlo remoto do abastecimento domiciliário em clientes especiais e núcleos mais densos de pequenos consumidores de perfil de maior dificuldade de interação comercial.
De forma geral, durante o ano de 2017 serão executadas algumas operações que permitirão a redução efetiva de consumos energéticos nas instalações diretamente relacionadas com o armazenamento e a elevação de água, reduzindo-se a pegada de carbono da Empresa, bem como incrementar a rentabilização financeira de investimentos em novas tecnologias. O controlo da eficiência da rede de água, na sua vertente operacional, continuará na persecução da redução das perdas, quer reais quer aparentes, através da continuação da execução das zonas de medição controlada, permitindo, dessa forma, reduzir os níveis de utilização indevida dos hidrantes, o recurso à fraude e a submedição dos consumos, diminuindo a água não faturada.
5. Sistema de Saneamento O sistema de saneamento das águas residuais urbanas, com uma taxa de cobertura de 95,3%, é um dos pilares da qualidade de vida da população, do desenvolvimento socio económico sustentável e da qualificação ambiental do município de Vila Nova de Gaia. Tendo em vista a concretização dos novos objetivos operacionais do PENSAAR 2020, nomeadamente na proteção do ambiente e melhoria da qualidade das massas de água, melhoria da qualidade dos serviços prestados e na otimização e gestão eficiente dos recursos proteção do ambiente e melhoria da qualidade das massas de água, melhoria da qualidade dos serviços prestados e na otimização e gestão eficiente dos recursos, em 2017 será iniciada a implementação da telegestão no sistema de saneamento, prevendo-se a implementação de ZMC - zonas de medição e controlo, em pontos estratégicos, críticos de funcionamento hidráulico-sanitário, de entrega de saneamento de águas residuais em baixa no sistema em alta e outros, com necessidade de medição e caracterização de efluentes industriais. Continuando a implementação de medidas que visam a coesão territorial e de qualidade de vida, em 2017 será assegurada a acessibilidade física ao serviço de saneamento, com vista ao acompanhamento do desenvolvimento do concelho, nas operações ou requalificações urbanísticas promovidas pelo Município ou particulares, promovendo a implementação das infraestruturas necessárias para dar resposta com qualidade a essas solicitações, mediante a extensão da rede coletora de saneamento (coletores, ramais e outros equipamentos ou acessórios), permitindo aos gaienses beneficiar deste imprescindível serviço. A atual expansão da rede de drenagem traduz-se, naturalmente, na resposta às necessidades da população que pretende aceder ao serviço público de saneamento e ao atendimento a pedidos de ligação à rede, às solicitações de privados, instituições, Juntas de Freguesia e outras entidades, interessados na utilização deste serviço, prevendo-se instalar em 2017 cerca de 3000 metros de
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coletores de águas residuais e construir ou renovar ligações existentes com menor vida útil remanescente correspondentes a 250 ramais. Visando uma maior fiabilidade de funcionamento, de prolongamento da vida útil das infraestruturas, melhores níveis de serviço e controlo dos fatores de degradação do serviço, prevê-se, ainda, intervenções de renovação e substituição em 2000 metros de coletores, com adoção de metodologias inovadoras na reparação e reabilitação, sem intervenção no pavimento, sempre que a avaliação do desempenho hidráulico, impacto ambiental, condição estrutural e deficiência operacional dos troços de rede ou ramais de ligação afetados condicionam em termos físicos ou temporais.
6. Águas Residuais Pluviais
O território de Vila Nova de Gaia carateriza-se por estar, na sua generalidade, sujeito a uma forte pressão urbanística, o que pressupõe uma exigência crescente ao nível da gestão das infraestruturas, tanto no que se refere ao planeamento e construção de novas como relativamente à conservação e manutenção das existentes. Desta forma, Águas de Gaia, EM, SA, com o objetivo de dotar o território municipal de uma rede de águas pluviais que assegure as melhores condições de drenagem das ruas e vias do concelho, minimize o risco de inundações e potencie a qualidade do serviço operacional, propõe em 2017 promover atividades de gestão e manutenção das infraestruturas da rede de drenagem de águas pluviais. Simultaneamente, nos locais onde se verificar ser imprescindível, prevemos a instalação de novos coletores, numa lógica de análise do funcionamento integral de conjunto das bacias de drenagem e em articulação com a rede hidrográfica do concelho. Neste enquadramento, a Empresa promoverá o prolongamento da rede de coletores, a reparação de tubagens, a instalação de ramais e sumidouros onde necessário, o nivelamento e conservação das tampas e caixas de visita, a reposição de grelhas, bem como a reparação dos pavimentos cujas deficiências resultem da instalação e funcionamento da rede instalada. Procuraremos manter a operacionalidade na resolução de problemas que ocorram no município, na perspetiva do adequado funcionamento da rede e assente numa base de gestão sustentável. Nos últimos anos, têm ocorrido situações de precipitação com intensidade, duração e frequência elevadas, tendo resultado em inundações por pressão excessiva de caudal, pelo que a manutenção e gestão da rede é essencial para manter o bom funcionamento da rede e evitar problemas no município. Com o objetivo de responder de forma adequada a exigências de qualificação da rede viária, em 2017 está prevista a expansão/renovação da rede de drenagem de águas pluviais numa extensão de cerca de 7 500 metros. Prevê-se, ainda, a continuação da renovação/remodelação de passagens hidráulicas, adequando-as aos volumes drenados e procurando evitar situações recorrentes de inundações e transbordos. Em articulação com a Câmara Municipal, procederemos a estudos e instalação de coletores nos arruamentos que vierem a ser objeto de requalificação, no ano de 2017, e em que se justifique a instalação ou a renovação de coletores de Águas Pluviais. No âmbito do Plano de Drenagem de Águas Pluviais do Concelho e do Plano de Defesa e Prevenção de Cheias em Meios Urbanos, continuaremos a promover estudos que serão o suporte para apresentação de candidaturas ao POSEUR no sentido de suportar os investimentos na construção de Bacias de Retenção de Grandes Dimensões nos pontos já identificados e considerados como críticos, à semelhança do que sucedeu com o estudo e Projeto de Execução da Bacia de Retenção do Rio Horto.
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7. Estação Litoral da Aguda A ELA é uma instituição cujos objetivos passam por informar e sensibilizar o Público Escolar e o Grande Público em geral, focando os recursos marinhos do litoral da costa de Vila Nova de Gaia e a pesca artesanal. A sua localização em frente da zona-entre-marés rochosa, a proximidade à lota e aos barcos de pesca traz múltiplas vantagens para a educação ambiental e investigação científica. Em 2017, a ELA, com os seus principais sectores, estará aberta ao público todos os dias, inclusive fins-de-semana e feriados:
Museu das Pescas, com uma coleção única de objetos antigos da pesca artesanal local, regional, nacional e mundial;
Aquário, com mais de 60 espécies da fauna local, sobretudo marinha; Departamento de Educação e Investigação, com dez programas de educação ambiental que
abrangem todos os níveis pedagógicos, desde o pré-primário até ao ensino superior; e dois projetos de investigação científica, um sobre o lavagante europeu e outro sobre a história mundial do anzol.
8. Resíduos Sólidos Urbanos
Em 2017 Águas de Gaia, EM, SA, pretende assegurar um elevado nível de proteção ambiental e da qualidade de vida da população do concelho de acordo com a política nacional de gestão de resíduos, continuando a equipa de fiscalização de Águas de Gaia, EM, SA a acompanhar o desenvolvimento desta atividade e garantindo o rigoroso cumprimento dos contratos em vigor celebrados com a SUMA e a SULDOURO, no âmbito das responsabilidades delegadas pelo município relativas à gestão e exploração do sistema municipal de resíduos urbanos. A Estratégia Nacional de Resíduos estabelece como objetivo geral da política nacional de gestão de resíduos assegurar um alto nível de proteção ambiental com vista à promoção do desenvolvimento sustentável e salienta a necessidade do envolvimento e responsabilização dos agentes de gestão e dos cidadãos em geral, de modo a que estes adotem atitudes que promovam a reutilização e valorização dos resíduos. A atividade de gestão de resíduos sólidos urbanos constitui um serviço público de carácter estrutural, essencial ao bem-estar geral, saúde pública e proteção do ambiente, devendo pautar-se por princípios de universalidade de acesso, de continuidade, qualidade e eficiência. No âmbito do objeto estatutário de Águas de Gaia, EM, SA, compete à Empresa assegurar a gestão e acompanhamento dos contratos de prestação de serviços celebrados com a empresa SUMA e SULDOURO, relativos à recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos (RSU), bem como o integral cumprimento dos referidos contratos. Compete, ainda, assegurar o conjunto das atividades de caráter técnico, administrativo e financeiro, inerentes aos processos de deposição, recolha, transporte, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos, incluindo o planeamento e fiscalização dessas operações, bem como a monitorização dos locais de destino final, depois de se proceder ao seu encerramento, nos termos definidos no contrato de cessão contratual celebrado com o Município e a SULDOURO. A gestão financeira, a fiscalização e controlo da prestação de serviços de recolha, transporte, tratamento e valorização dos resíduos sólidos urbanos, assegura a manutenção eficaz deste serviço de interesse público. A Empresa continuará a assegurar, em 2017, a gestão técnica e financeira do sistema, garantindo a boa funcionalidade e qualidade deste serviço prestado à população.
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9. Tarifário Sem descurar que a manutenção do equilíbrio económico e financeiro da Empresa depende
fundamentalmente das receitas da sua atividade, Águas de Gaia, EM, SA, seguindo os princípios de
natureza social com que o Município orienta a sua ação, não irá repercutir nos seus tarifários para
2017 o nível de inflação esperado para o ano em curso.
No prosseguimento da política social do Município, testemunho do apoio prestado às famílias, especialmente às mais numerosas, manter-se-á, no exercício de 2017, o Tarifário Familiar, criado no ano de 2006, para clientes cujos agregados familiares sejam constituídos por mais de quatro pessoas. Dando continuidade ao tarifário atribuído em 2013 a Instituições Particulares de Solidariedade Social, manter-se-á em 2017 a isenção total das tarifas de resíduos sólidos urbanos para as IPSS do Município que comprovadamente desenvolvam atividades nas valências configuradas pela Segurança Social. O Tarifário Social Mensal de Água, de Saneamento e de Resíduos Sólidos Urbanos, instituído a partir de 2011, tendo como pressuposto todos os indicadores económicos e sociais do País que apontavam claramente para um agravamento da situação social, irá manter em 2017 as suas condições de acesso do ano anterior, permitindo abranger um maior número de agregados familiares atingidos pelo desemprego e com grave insuficiência de rendimentos, numa perspetiva real de combate às situações de empobrecimento e de exclusão social, intensificando a divulgação junto das famílias mais carenciadas.
10. Rios e Ribeiras
Águas de Gaia, EM, SA, no âmbito da política ambiental prosseguida pelo Município, tem vindo a realizar trabalhos de limpeza, manutenção e requalificação das linhas de água que percorrem o concelho, assim como a manutenção dos caminhos pedonais contíguos aos rios e ribeiras. Em 2017 pretende-se colaborar com a Agência Portuguesa do Ambiente, na concretização de algumas intervenções de requalificação de linhas de água, através da partilha de responsabilidades e recursos consubstanciadas em acordos de parceria. Estas intervenções serão complementadas com trabalhos de limpeza, desmatação, manutenção e desobstrução de várias linhas de água ao longo do concelho, fundamentais para minimizar, em certos casos, a ocorrência de inundações, assim como a manutenção de estruturas de consolidação de margens, nomeadamente através da aplicação de técnicas de engenharia adequadas. No âmbito dessa colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente, prevê-se que se proceda a intervenções de requalificação na rede hidrográfica do Concelho, resolvendo desta forma problemas efetivos de inundações e outros que preocupam os habitantes desses locais.
11. CEAR – Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia
O Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia, visitado desde a sua inauguração em 2002 por cerca de 65 000 pessoas, prosseguirá a sua atividade na área de educação ambiental, na sensibilização para a conservação da água e dos ecossistemas ribeirinhos, através de ações e diversos programas educativos adequados aos vários grupos etários. Em 2017 prevê-se a realização de parcerias com estabelecimentos de ensino, no sentido de proporcionar aos alunos oportunidades de aprendizagem e compreensão de variadas temáticas associadas à água e ecossistema ribeirinho.
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Complementarmente, o CEAR implementará atividades no âmbito do Projeto Ciência Viva e da Campanha Bandeira Azul, durante a época balnear.
12. Praias
No âmbito da gestão e manutenção de estruturas de apoio às zonas balneares do concelho, prevê-se manter em 2017 a colaboração da Empresa com as entidades envolvidas na gestão das praias e zonas envolventes, garantindo a manutenção e melhoria dos serviços disponíveis aos utentes das praias. Esta colaboração permitirá a implementação das condições exigíveis pelos critérios de atribuição do galardão “Bandeira Azul”. Assim, à semelhança dos exercícios anteriores, prevê-se propor em 2017 a candidatura de 18 zonas balneares ao galardão Bandeira Azul, abrangendo 28 praias da orla marítima do concelho. Em 2017 esta Empresa implementará todas as condições exigidas para manter o galardão “Praia Acessível-Praia para Todos” nas zonas balneares de Aguda, Miramar, Senhor da Pedra, Valadares Sul e Canide Norte. A Empresa colaborará, em 2017, com os outros serviços municipais nas atividades desportivas e de animação das zonas balneares, por forma a estimular a atividade turística e económica no município. Da mesma forma prevê-se a manutenção de sistemas já construídos, nomeadamente no que se refere a aspetos de mobilidade, equipamentos relacionados com o Programa Bandeira Azul e proteção dunar. Decorrente da orientação da Câmara Municipal, a Empresa mantém a intenção de colaborar na implementação das condições de bom funcionamento da atividade nas zonas dos areinhos de Oliveira do Douro, Avintes, Arnelas e Crestuma, num processo de melhoria contínua e por forma a criar locais aprazíveis para a população. Neste sentido e no seguimento do trabalho já desenvolvido desde 2015, com especial enfoque nas atividades de monitorização da qualidade da água, durante o ano de 2017 serão promovidas as ações e formalismos conducentes à classificação, de acordo com Lei Quadro da Água, enquanto Águas Balneares, das praias Fluviais de Arnelas e Crestuma.
13. Energias Renováveis Na sequência da aposta da Empresa nas energias renováveis, será dado ênfase à eficiência dos sistemas instalados, através da manutenção e monitorização dos sistemas, por forma a obter o máximo rendimento em termos de produção de energia elétrica. Procurar-se-á, ainda, implementar sistemas de energias renováveis para aquecimento de águas, procurando uma conveniente racionalização dos consumos energéticos.
14. Recursos Humanos Atualmente a Empresa apresenta um efetivo de 311 colaboradores.
Até ao final de 2016 haverá uma redução do número de efetivos, por se prever a saída de 3
funcionários por caducidade de contrato.
Os Custos com o Pessoal terão a expressão previsional indicada no quadro a seguir, contemplando a
reversão das reduções remuneratórias e a previsão do aumento da RMG – Retribuição Mínima
Garantida.
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2015 2016* 2017*
N.º Trabalhadores 313 308 308
Gastos com o Pessoal 9 214 7 968 7 851
Custos per capita 29,4 25,8 25,5
*Previsão (mil euros)
A Empresa tem como objetivo estratégico a valorização do capital humano, pelo que continuará a
proporcionar aos seus trabalhadores formação profissional de forma contínua e permanente,
contribuindo para o desenvolvimento das capacidades e desempenho dos seus colaboradores no
intuito de melhorar a qualidade do serviço prestado ao cliente.
2015 2016* 2017*
N.º Trabalhadores 313 308 308
Custos com Formação 13 23 24
Custos per capita 0,04 0,07 0,08
*Previsão (mil euros)
15. Atendimento ao Cliente
Tem sido preocupação de Águas de Gaia, EM, SA proporcionar aos clientes um atendimento eficaz e de qualidade, imagem que se pretende definidora dos serviços que esta Empresa presta. Pondo em prática este objetivo, a Empresa tem vindo a introduzir melhorias e a criar procedimentos de forma a melhor corresponder às expetativas e exigências dos clientes. É também intenção desta Empresa formar os colaboradores para que reconheçam a sua importância na criação e reforço da imagem positiva da Empresa, visando um atendimento de excelência.
16. Sistemas Informáticos
16.1 SIG – Sistema de Informação Geográfica A necessidade crescente de informação georreferenciada e as novas exigências em termos de funcionalidades e disponibilização de informação aos utilizadores finais, justifica a descentralização da georreferenciação nos diversos departamentos da empresa. 16.2 Extensão de infraestrutura física de rede Face às alterações e evolução permanentes nas necessidades dos sistemas de informação prevê-se em 2017 a implementação de AP (Access point), que permitirão acesso wireless. 16.3 Implementação de solução service desk O continuo aumento do numero de utilizadores, equipamentos de rede e exigência das aplicações instaladas justifica a instalação de uma solução de service desk, para monitorização de tempos, análise de casos recorrentes etc. 16.4 Navison Durante o ano 2017 prevê-se a migração para a nova versão do Navision (ERP em produção na empresa), uma vez que a versão em uso vai deixar de ter suporte da Microsoft.
17. Certificação de Sistemas
Certificada em Qualidade e Ambiente desde 2001 e em Segurança desde 2003 e com demonstração comprovada da larga experiência na gestão da qualidade, do ambiente e da segurança e higiene e saúde no trabalho, bem como um longo percurso na integração dos sistemas de gestão das várias vertentes, Águas de Gaia, EM, SA, ciente das suas responsabilidades sociais num equilíbrio de
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desenvolvimento sustentável, continuará a dirigir os seus esforços no sentido de uma gestão de recursos, de maximizar a inovação, a reorganização, o crescimento e o controlo de impactos em termos de ambiente e de segurança. Em 2015 foi iniciado um novo ciclo de certificação (2015-2017), com avaliação dos três sistemas de gestão implementados na Empresa, Qualidade, Ambiente e Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, na sua forma integrada Qualidade, Ambiente e Segurança (SIQAS), tendo sido positivo o resultado de recertificação.
18. Política da Qualidade, Ambiente e Segurança Em 2017 será mantida a Política da Qualidade, Ambiente e Segurança implementada em 2016, visando a adequação aos novos objetivos da Empresa e às novas estratégias do PENSAAR 2020: Águas de Gaia, EM, SA, ciente das suas responsabilidades sociais num equilíbrio de desenvolvimento sustentável, na gestão de recursos, melhoria contínua dos seus processos, diminuição dos impactos da sua atividade sobre o meio ambiente e no controlo dos riscos e perigos que podem afetar as pessoas envolvidas nos processos, estabelece como princípios da sua atividade:
Garantir a disponibilidade e a qualidade da água fornecida em todo o concelho. Assegurar e garantir a eficiência da drenagem das águas residuais, contribuindo para a
qualidade de efluentes rejeitados no meio hídrico. Antecipar e satisfazer as necessidades e expectativas dos Clientes, do Município, dos
Colaboradores, dos Parceiros e da Comunidade. Proteger a saúde e garantir a segurança dos Colaboradores e de todas as pessoas envolvidas. Incentivar o trabalho em equipa e o envolvimento de todos os Colaboradores, promovendo o
desenvolvimento de competências, a responsabilização, a valorização pessoal e a formação adequada ao desempenho das suas atividades.
Garantir a conformidade com a legislação, regulamentação, normalização e outros requisitos aplicáveis.
Estabelecer e rever periodicamente os princípios, objetivos e metas, tendo em conta os processos, os impactos e os riscos significativos de modo a garantir um desenvolvimento sustentável e a melhoria contínua.
Promover uma atuação responsável e eco eficiente na gestão e exploração dos processos e das infraestruturas, prevenindo a poluição, racionalizando a utilização de recursos naturais e minimizando os impactos ambientais.
Melhorar o grau de conforto e satisfação dos Gaienses, tendo como base uma atitude socialmente responsável.
Alargar a valência e serviços disponíveis, potenciando os recursos existentes, humanos e infraestruturais, numa perspetiva de sustentabilidade e melhorando a imagem e desempenho da empresa.
Serão mantidos, também os principais objetivos do SIQAS, de análise à eficácia do sistema integrado, à capacidade de gestão, à verificação da conformidade com os requisitos das normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001 e OHSAS 18001, ao controlo dos impactos em termos ambientais e de segurança e ao acompanhamento da organização na revisão dos seus princípios, objetivos e metas tendo em vista a constante melhoria do sistema.
19. Programa de Controlo de Qualidade da Água Em 2016, o Município de Vila Nova de Gaia foi referenciado pela ERSAR- Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos com o nível de excelência, pela qualidade da água disponibilizada na torneira e distinguido como um dos melhores, atingindo no indicador de água segura o nível de Excelência em pleno: 100%.
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Em consonância com o Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de agosto, Águas de Gaia, EM, SA na qualidade de entidade gestora do sistema de distribuição em baixa ao Município de Vila Nova de Gaia, vai disponibilizar em 2017 água própria para consumo humano, devidamente controlada, a cerca de 302 295 habitantes equivalentes e continuar a garantir a Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano. O Programa de Controlo de Qualidade da Água (PCQA) para 2017, submetido à apreciação e aprovação da ERSAR, foi elaborado em função do caudal médio diário a disponibilizar e população abastecida, estando prevista a realização de 886 recolhas de amostras de água para análises a diferentes parâmetros microbiológicos, físico-químicos e radiológicos (720 CR1-Controlo de Rotina 1, 157 CR2-Controlo de Rotina 2 e 9 CI-Controlo de Inspeção) em 720 pontos de amostragem nas redes prediais, distribuídos geograficamente por todo o concelho e correspondentes às torneiras dos consumidores no interior das instalações ou estabelecimentos. Complementarmente, a Empresa elaborou para 2017 um Plano de Controlo Operacional da Água (PCOA) de avaliação da água na rede pública, tendo previsto a realização de 166 recolhas de amostras de água, incluindo a monitorização dos parâmetros Legionella pneumophilla e Glifosato nas 83 caixas de controlo de qualidade da água, distribuídas pelas 15 freguesias do concelho, representativas da água armazenada nos 32 reservatórios constituintes do sistema e da água distribuída nas condutas de distribuição. Será ainda mantida a certificação dos Técnicos analistas para a recolha de amostras de água, avaliados pela RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal. As análises serão efetuadas em laboratórios acreditados para o efeito e avaliados pela ERSAR. Promover a confiança no consumo da água da torneira continuará a ser objeto de divulgação a todos os consumidores no Município, sobre a qualidade da água distribuída por Águas de Gaia, EM, SA, e de campanhas de sensibilização, evidenciando os benefícios desse consumo: saúde, acessibilidade, económicos e sustentabilidade ambiental. Em 2017 prevê-se a implementação do Plano de Segurança da Água, em toda a rede de distribuição, com avaliação e monitorização dos pontos críticos, bem como desenvolvimento de medidas de controlo.
20. Investimento Total e Fontes de Financiamento A Empresa prevê investir em 2017 cerca de 5 255 milhares de euros, distribuídos pelas diversas áreas de atividade, com cobertura financeira de fundos próprios (94%) e comparticipações de diversas entidades (6%).
Designação Valor Fundos Próprios Comparticipações
Água 1 398 250 1 353 250 45 000
Águas Residuais Domésticas 1 275 638 1 126 547 149 091
Águas Residuais Pluviais 1 512 900 1 472 900 40 000
Outros Investimentos 1 068 500 988 500 80 000
Total 5 255 288 4 941 197 314 091
(euros)
21. Resultados do Exercício Para o exercício de 2017 prevê-se que os rendimentos atinjam o montante de 56 292 milhares de euros, sendo as Prestações de Serviços a parcela mais significativa, representando cerca de 66,3% do total.
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Os gastos previstos, incluindo os relacionados com a atividade de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos, estimam-se em 55 631 milhares de euros. O resultado líquido esperado é de 512 573 euros, sendo os Fundos Libertos 6 098 513 euros.
Previsão – 2017 Valor
Rendimentos
Venda de Água 13 121 104
Outras Mercadorias 7 351
Prestações de Serviços 37 338 219
Subsídios à Exploração 2 830 542
Outros Rendimentos e Ganhos 2 446 505
Trabalhos para a Própria Entidade 507 813
Juros, Dividendos e Outros Rend. Similares 40 550
Total Rendimentos 56 292 084
Gastos 55 630 700
Resultados Antes de Impostos 661 384
Imposto sobre o Rendimento do Período 148 811
Resultado Líquido do Período 512 573
(euros)
Vila Nova de Gaia, 21 de outubro de 2016 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
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PRINCÍPIOS E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS Gestão rigorosa e transparente e serviço de qualidade para os clientes e consumidores
1. MISSÃO
É missão da Empresa Águas de Gaia, EM, SA garantir continuamente a distribuição de água de máxima qualidade aos gaienses, a drenagem das correspondentes águas residuais e a gestão do sistema municipal de resíduos sólidos urbanos, bem como garantir a gestão da rede de águas residuais pluviais e a limpeza e requalificação das ribeiras do concelho. Complementarmente, colaborar na gestão e manutenção das zonas balneares da costa de mar, observando e cumprindo parâmetros de inovação, dinamismo e rigor, contribuindo com a sua atividade para melhorar a qualidade ambiental da região e a qualidade de vida das populações.
2. RESPONSABILIDADE PERANTE OS CLIENTES, OS FORNECEDORES, A CÂMARA MUNICIPAL DE VILA
NOVA DE GAIA E OS TRABALHADORES
A Empresa tem grandes responsabilidades perante os seus clientes, munícipes de Gaia, destinatários da sua atividade, perante os seus fornecedores e prestadores de serviços, perante a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia enquanto “dona” da Empresa e responsável pela sua superior orientação e perante os seus trabalhadores, colaboradores principais em todas as tarefas e atividades da Empresa. Compete à Administração assegurar um bom serviço à população, o cumprimento das obrigações da Empresa perante os seus fornecedores e prestadores de serviços, a satisfação dos seus clientes e do Município de Vila Nova de Gaia e garantir condições de eficácia e segurança aos seus trabalhadores.
3. PRINCÍPIOS ORIENTADORES DE GESTÃO
Proporcionar aos clientes serviços de abastecimento de água permanente e de alta qualidade ao custo mais baixo possível, a prestação de um serviço de saneamento e a gestão de um serviço de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos eficaz e atender prontamente as suas necessidades e reclamações, facilitando o seu contacto com a Empresa;
Zelar pela boa exploração e manutenção da rede de águas residuais pluviais e sua adequada ampliação;
Limpar e reabilitar as ribeiras de Gaia, manter a qualidade e melhorar a acessibilidade das zonas balneares da orla marítima do concelho;
Cumprir os compromissos assumidos perante os seus fornecedores e prestadores de serviços; Assegurar a estabilidade económica e financeira da Empresa; Assegurar a eficácia e estabilidade dos postos de trabalho e o apoio social aos trabalhadores; Manter uma estrutura organizativa que permita agilizar o processo de decisão e evitar o
funcionamento burocrático da Empresa; Recorrer à subcontratação de tarefas, apenas quando devidamente justificadas, a técnicos de
alta qualidade e a empresas da especialidade, para evitar aumento de custos fixos, reservando para os trabalhadores da Empresa as funções estratégicas de controlo e fiscalização.
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CAPÍTULO I
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1. Rede de Abastecimento de Água
Durante o ano de 2017, serão substituídos sensivelmente 1 500 m de condutas, procurando-se manter o nível de excelência de serviço dos últimos anos, tal como evidenciado pelas distinções do ERSAR. Da mesma forma, será executada uma grande intervenção de substituição de conduta distribuidora principal na Rua Salvador Brandão, Gulpilhares, na sequência da substituição atualmente a decorrer na Rua Norton de Matos, igualmente naquela freguesia, que tem, frequentemente, estado sujeita a avarias devidas à fadiga dos materiais.
QUADRO 1 – REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
(euros)
Direção
Extensão Total
(metros)
Candidat./Compart. Valores a Despender Datas
Discriminação (valor obra)
Origem Valor 2017 2018 2019 Início Fim
Obras que transitam
Diversos prolongamentos no concelho
Solicitados por particulares e organismos
oficiais DAA 12 500 2016 2017
Substituições - por empreitada
Conduta da Rua Norton de Matos - Gulpilhares DAA 83 000 2016 2017
Ramais novos
De 1” e 1 ½” / De 75mm e 90mm DAA 12 500 2016 2017
Obras Novas
Diversos prolongamentos no concelho
Solicitados por particulares e organismos
oficiais DAA Compart. 30 000 30 000 2017 2017
Substituições – por empreitada
De condutas antigas e ramais e outros acessó-
rios de rede em diversos arruamentos no con-
celho por avarias frequentes DAA 100 000 100 000 2017 2018
Conduta distribuidora da Rua Salvador Brandão
- Gulpilhares DAA 100 000 75 000 2017 2018
Substituições ramais
Por intervenções camarárias DAA 190 000 185 000 2017 2018
Ramais novos
De 1” e 1 ½” / De 75mm e 90mm DAA Compart. 15 000 15 000 2017 2017
TOTAL 45 000 543 000 360 000 (continua)
13
(cont.)
Financiamento:
Comparticipações 45 000
Águas de Gaia, EM, SA 498 000
TOTAL 498 000
2. Reservatórios de Água e Estações Elevatórias
2.1 Substituição da Estação Elevatória do Corvo De forma a permitir garantir a qualidade de abastecimento a parte das populações de Serzedo, Perosinho, Arcozelo e São Félix da Marinha, durante o ano de 2017 serão substituídos os equipamentos eletromecânicos da estação elevatória do Corvo que serve o Reservatório R5, visto o atual se encontrar em final da vida útil. Esta substituição será executada com equipamentos segundo a norma de eficiência energética mais avançada, reduzindo-se substancialmente os custos de exploração da instalação. 2.2 Equipamento de controlo Tendo em vista a redução dos consumos energéticos em todos os reservatórios, será instalado em 2017 um conjunto de equipamentos que permitirão a monitorização dos custos de funcionamento, reduzindo-se dessa forma a pegada ambiental destas estruturas. Igualmente será executado um programa de renovação de equipamentos instalados, por equipamentos mais eficientes em termos energéticos, promovendo-se simultaneamente o prolongar da vida útil das instalações.
QUADRO 2 – RESERVATÓRIOS DE ÁGUA E ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
(euros)
Direção Extensão
Total (metros)
Candidat./Compart. Valores a Despender Datas
Discriminação (valor obra)
Origem Valor 2017 2018 2019 Início Fim
Reservatórios
Obras Novas
Reservatório R25 de Miramar DPO 215 000 2016 2017
Reparações
Reabilitação da cobertura do R21 de
Vila D’Este DAA 36 500 2017 2017
TOTAL 251 500
Financiamento:
Águas de Gaia, EM, SA 251 500
TOTAL 251 500
3. Laboratório de Contadores de Água Águas de Gaia, EM, SA pretende apresentar a candidatura à acreditação do Laboratório de Contadores ao IPAC em 2017, mantendo ate então a qualificação do seu Laboratório como “Entidade Qualificada
14
para Reparação, Instalação e Primeira Verificação de Contadores de Água”, avaliada anualmente pelo Ministério da Economia.
4. O investimento total na área de atividade de abastecimento de água previsto realizar em 2017
atingirá o montante de 1 398 250 euros assim distribuídos:
Obras Redes de Distribuição 543 000 Reservatórios 251 500 794 500
Equipamento Básico Máquinas e Aparelhagem Diversa 15 000
Contadores 270 000
Outro Equipamento de Água 318 750 603 750
TOTAL 1 398 250
(euros)
15
CAPÍTULO II
DRENAGEM, TRANSPORTE E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Ciente das suas responsabilidades sobre a preservação do meio ambiente, e consequente diminuição dos impactos da sua atividade, a Empresa manterá o seu esforço de melhoria da saúde pública e da qualidade de vida das populações, corporizado no reforço sistemático de infraestruturas de saneamento básico, que funcionam segundo regras legalmente definidas, nomeadamente quanto às condições administrativas e técnicas de coleta e drenagem dos efluentes e à manutenção e utilização das redes públicas e prediais. 1. Saneamento em Baixa Tendo em vista a melhoria da acessibilidade física e da fiabilidade do sistema de saneamento, bem como dar resposta às necessidades da população para aceder ao serviço público, atender às solicitações de privados, instituições e Juntas de Freguesia interessados na utilização deste serviço, pretende-se instalar em 2017 cerca de 3000 metros de coletores e requalificar 2000 metros, construir e renovar cerca de 250 ramais e efetuar ligações com desativação de fossas de instalações municipais.
QUADRO 3 – OBRAS DE SANEAMENTO
(euros)
Direção Extensão
Total (metros)
Candidat./Compart. Valores a Despender Datas
Discriminação (valor obra)
Origem Valor 2017 2018 2019 Início Fim
Obras que Transitam
Coletores
Rede de drenagem de águas residuais domésti-
cas da Rua de Mourões – São Félix da Marinha DPO 360 95 000 2016 2017
Obras em Curso
Coletores
Prolongamentos, substituições e execução de
componentes do sistema de saneamento em
baixa DAR Compart. 9 000 30 000 2016 2017
Reabilitação de componentes do sistema de
saneamento em baixa DAR Compart. 3 791 12 638 2016 2017
Obras Novas
Coletores
Prolongamentos / troços de coletores de águas
residuais no concelho, por motivos operacio-
nais ou a pedidos JF, Instituições, Particulares
e outros DAR Compart. 13 300 40 000 85 000 80 000 2017 2019
(continua)
16
(cont)
Reabilitações de troços de coletores através de
técnicas de renovação / substituição / repara-
ção, por motivos de deficiências hidráulico-
-sanitárias, aumento da capacidade de trans-
porte, repartição de caudais e requalificações
urbanísticas DAR 200 000 2017 2017
Reparações de câmaras de visita por roturas ou
deficiências hidráulico-sanitárias DAR 100 000 110 000 120 000 2017 2017
Reabilitação e interligação ao sistema municipal
da rede coletora de águas residuais da Urbani-
zação da Rua das Naus, Rua Luís de Camões e
Rua dos Descobrimentos DAR 185 60 000 2017 2017
Reabilitação e interligação ao sistema municipal
da rede coletora de águas residuais da Urbani-
zação da Rua dos Canaviais DAR 265 30 000 2017 2017
Instalação do coletor de águas residuais na
Rua Manuel Quintas e interligação ao sistema
municipal, Grijó (60 fogos) DAR 1 500 Compart. 30 000 75 000 75 000 2017 2018
Instalação de troços de rede coletora de águas
residuais em diferentes arruamentos DAR 1 819 Compart. 30 000 90 000 115 022 2017 2018
Ramais e ligações prediais
Construção de ramais e câmaras de ramal a pe-
dido de particulares, ou por requalificação
urbanística DAR Compart. 60 000 60 000 57 500 55 000 2017 2019
Reabilitações de ramais e câmaras de ramal
através de técnicas de renovação / substitui-
ção /reparação DAR 20 000 30 000 35 000 2017 2019
Prolongamentos de ramal de devidos a pedidos
de particulares e outras intervenções DAR 15 000 12 500 10 000 2017 2019
Ligações prediais com desativação de fossas
por estados de insalubridade DAR Compart. 3 000 10 000 2017 2017
Obras CMG
Empreitadas
Rede drenagem de águas residuais domésticas
na “Urbanização do Wilson” – Olival – 3ª fase DPO 380 35 000 2017 2017
Construção de troços de coletores de águas
residuais DAR 400 30 000 2017 2017
Reabilitações de troços de coletores através de
técnicas de renovação / substituição / repara-
ção DAR 300 48 000 2017 2017
Construção de ramais de ligação e câmaras de
ramal DAR 50 000 2017 2017
Prolongamentos de ramal DAR 10 000 2017 2017
Ligações prediais de EB1 e JI, com desativação
de fossas e obra de requalificação da rede DAR 10 000 2017 2017
(continua)
17
(cont.)
TOTAL 4 849 149 091 1 020 638 485 022 300 000
Financiamento:
Comparticipações 149 091
Águas de Gaia, EM, SA 871 547
TOTAL 1 020 638
Em resumo, o investimento previsto realizar nesta área, em 2017, atinge o montante de 1 275 638 euros, assim distribuído:
Obras Obras de saneamento 1 020 638 1 020 638
Equipamento Básico
Máquinas e Aparelhagem Diversa 10 000 Outro Equipamento Saneamento 245 000 255 000
TOTAL 1 275 638
(euros)
2. Águas Residuais Pluviais
Os condicionalismos de natureza económico-financeira têm vindo a refletir-se nas decisões de investimento neste domínio por parte das empresas gestoras, prevalecendo sempre os projetos técnicos, cujos objetivos estão associados às vertentes de saúde e segurança pública e ambiental.
Ano Rede nova instalada
(metros)
2007 6 300
2008 12 790
2009 10 020
2010 7 082
2011 4 500
2012 9 600
2013 6 200
2014 4 500
2015 4 200
2016 9 000
2017* 7 500
* previsão
Águas de Gaia, EM, SA prevê manter em 2017 a política de investimento já adotada garantindo a boa funcionalidade dos serviços que presta à população, restringindo o investimento a novas instalações no concelho e às atividades de operação e manutenção essenciais para assegurar o funcionamento do sistema de forma eficaz. Prevê-se, assim, em 2017, proceder à instalação de cerca de 7 500 metros de coletores. Parte significativa deste investimento corresponde à necessidade de renovação da rede em arruamentos intervencionados pelo município.
18
O investimento previsto realizar em 2017 nesta área atinge o montante de 1 512 900 euros, assim discriminado.
QUADRO 4 – ÁGUAS RESIDUAIS PLUVIAIS
(euros)
Extensão
Total (metros)
Candidat./Compart. Valores a Despender (IVA incluído)
Datas Discriminação Direção (valor obra)
Origem Valor 2017 2018 2019 Início Fim
Obras que Transitam
Empreitadas
Rede de drenagem de águas pluviais na Rua
de Mourões – São Félix da Marinha DPO 305 37 000 2017 2017
Obras Novas
Coletores
Prolongamento e instalação de coletores em
vários arruamentos incluindo execução de
caixas de visita e sumidouros DAPE 110 700 86 100 86 100 2017 2019
Renovação/substituição de coletores em
elevado estado de degradação DAPE 320 000 300 000 300 000 2017 2019
Remodelação de passagens hidráulicas em
diversos arruamentos DAPE 73 800 49 200 36 900 2017 2019
Ramais
Construção de ramais de ligação e câmaras
de ramal, a pedido de particulares ou por
requalificação urbanística DAR Compart. 20 000 24 600 24 600 24 600 2017 2019
Reabilitação de ramais e câmaras de ramal
através de técnicas de renovação / subs-
tituição / reparação DAR 12 300 12 300 12 300 2017 2019
Complementos de intervenções
Reposição de pavimentos por intervenções
de ramais relativas a pedidos particulares,
considerando as condicionantes camarárias DAR Compart. 20 000 20 000 20 000 20 000 2017 2019
Execução de pavimentos DAPE 86 100 61 500 61 500 2017 2019
Aluguer de equipamentos DAPE 61 500 61 500 61 500 2017 2019
Agregados para intervenções DAPE 36 900 49 200 49 200 2017 2019
Obras CMG
Empreitadas
Rede de drenagem de águas pluviais na
“Urbanização do Wilson” – Olival – 2ª fase DPO 5 000 2016 2017
Rede de drenagem de águas pluviais na
“Urbanização do Wilson” – Olival – 3ª fase DPO 320 60 000 2017 2017
Rede de drenagem de águas pluviais em
diversos arruamentos do concelho – 1ª fase DPO 2 700 230 000 2017 2017
Rede de drenagem de águas pluviais em
diversos arruamentos do concelho – 2ª fase DPO 370 000 2017 2017
Construção e substituição de ramais de liga-
ção e câmaras de ramal DAR 15 000 2017 2017
(continua)
19
(cont.)
Complementos de intervenções
Fornecimento de materiais para instalação
da rede de drenagem de águas pluviais em
arruamentos a intervencionar pelo Muni-
cípio DPO 50 000 2017 2017
TOTAL 3 325 40 000 1 512 900 664 400 652 100
Financiamento:
Comparticipações 40 000
Águas de Gaia, EM, SA 1 472 900
TOTAL 1 512 900
20
CAPÍTULO III
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
A atividade de gestão de resíduos sólidos urbanos constitui um serviço público de carácter estrutural,
essencial ao bem-estar geral, saúde pública e proteção do ambiente, devendo pautar-se por princípios de
universalidade de acesso, de continuidade, qualidade e eficiência.
Nos termos do art.º 3 dos Estatutos de Águas de Gaia, EM, SA é competência da Empresa a gestão de
resíduos sólidos urbanos e limpeza pública.
Compete ainda a Águas de Gaia, EM, SA assegurar a gestão e acompanhamento dos contratos de prestação
de serviços existentes com a SUMA e a SULDOURO, resultante da cessão da posição contratual do Município
para Águas de Gaia, o que implicou a transmissão para esta entidade de todos os direitos e obrigações que
ao Município cabiam à data da cessão dos referidos contratos.
É igualmente função da Empresa garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados no concelho,
assegurar a informação e sensibilização dos utentes do serviço tendo em vista a redução dos resíduos
produzidos e realizar estudos relacionados com a sua recolha, deposição, tratamento e valorização.
A gestão da recolha indiferenciada engloba os resíduos sólidos urbanos de origem doméstica, comercial e
industrial quando equiparados a urbanos na sua composição e quantidade.
Evolução da quantidade recolhida de resíduos sólidos urbanos (Ton.)
Durante 2016, no concelho de Vila Nova de Gaia, estima-se em 123 000 toneladas o montante de recolha de resíduos sólidos urbanos e equiparados urbanos, ou seja, verifica-se uma quebra ligeira relativamente ao ano anterior em que foram recolhidas 124 024 toneladas de resíduos sólidos urbanos e equiparados urbanos. Para 2017, prevê-se a manutenção do nível de recolha verificado no ano de 2016. Decorre com normalidade a gestão das competências delegadas, continuando em evolução favorável a prestação dos serviços de recolha, transporte e tratamento dos resíduos sólidos urbanos, assegurando a Empresa a manutenção eficaz deste serviço prestado à população do concelho, numa perspetiva de continuada melhoria da qualidade de vida da população do concelho e das condições ambientais do território municipal.
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
2016
(prev.) 2017
(prev.)
Vila Nova de Gaia 137 505 137 688 137 725 132 949 127 597 120 925 125 070 124 024 123 000 123 000
21
CAPÍTULO IV
ESTAÇÃO LITORAL DA AGUDA
Em 2017 o Aquário e Museu das Pescas da ELA estarão abertos ao público todos os dias do ano. O auditório
estará disponível conforme calendário estabelecido com as instituições pedagógicas.
Para o Aquário continuarão as capturas de peixes marinhos com a colaboração dos pescadores da praia da
Aguda e de Espinho. Esporadicamente está previsto a troca de especies com o Aquário “Finisterrae” na
Corunha, o “Aquário Galiza” no Grove e o IGaFA (“Instituto Galego de Formacion en Acuicultura”), todos
em Espanha, o “Instituto Português do Mar e Atmosfera” IPMA em Olhão e o “Aquamuseu do Rio Minho” em
Vila Nova de Cerveira.
Igualmente pretende-se continuar as atividades do Departamento de Educação e Investigação, com dez
programas de educação ambiental que abrangem todos os níveis pedagógicos, desde o pré-primário até ao
ensino superior. A maior parte dos programas pedagógicos vão estar disponíveis para as escolas do norte e
centro de Portugal: Educação Ambiental no Litoral, Trilho de Interpretação da Natureza, Litoral em
Mudança, Contos do Mar, Turma do Mar, Noite no Fundo do Mar, Universidade Júnior e Ciência Viva/Biologia
no Verão.
Conforme protocolo estabelecido com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar ICBAS da
Universidade do Porto, vão continuar a decorrer na ELA as aulas de Ecologia Aquática, Tecnologia das
Pescas, Sistemática de Vertebrados (peixes ósseos, tubarões, raias) para os alunos do 2º e 3º ano do curso
de Ciências do Meio Aquático. Para o 1º ano do curso de Veterinária serão dadas aulas sobre Peixes em
geral.
Em relação à Pós-Graduação, a ELA continuará a participar no curso do Mestrado de Ciências do Mar e
Recursos Marinhos que prevê aulas sobre Introdução à Biologia e Ecologia Marinhas e Produção de Peixes
Ornamentais. Neste âmbito, a ELA estará sempre disponível receber estagiários de Biologia e Ecologia
Marinhas, Aquacultura e Pescas. Em 2017 será supervisionada pelo pessoal da ELA uma tese de
doutoramento em Ciências do Mar e Recursos Marinhos.
No âmbito da Investigação Científica, continuarão dois projetos, o primeiro sobre a pesca, marcação,
recaptura, cultivo e repovoamento do lavagante europeu (Homarus gammarus) na praia da Aguda, e o
segundo sobre a história do anzol no mundo.
Em 2017 está previsto a publicação de um livro de divulgação científica e duas publicações científicas em
revistas estrangeiras.
Os investimentos planeados para 2017 servirão para manter a ELA funcional, substituindo equipamentos
obsoletos por aparelhagens novas e com menor pegada ecológica, como por exemplo, a iluminação dos
aquários.
O projeto de investigação sobre o lavagante prevê gastos relacionados com o aluguer de um barco de pesca,
aquisição de novas armadilhas, acompanhamento do projeto por um(a) monitor(a) e a aquisição de
lavagantes juvenis aos pescadores locais para posterior marcação e libertação no mar.
22
Os programas de educação ambiental preveem gastos relacionados com monitores em regime de prestação
de serviços.
QUADRO 5 – ESTAÇÃO LITORAL DA AGUDA
Quanti- dade
Candidat./Compart. Valores a Despender (IVA incluído)
Datas Discriminação Direção (valor obra)
Origem Valor 2017 2018 2019 Início Fim
Sonda medição para educação ambiental DAPE 1 1 500 2017 2017
Refrigeradores de água salgada DAPE 2 1 200 2017 2017
Aquários para quarentena DAPE 10 2 000 2017 2017
Aquário de exibição DAPE 1 3 000 2017 2017
Arca congeladora vertical DAPE 1 1 000 2017 2017
Gerador – substituição parte eletrónica DAPE 1 3 200 2017 2017
Vitrina para museu DAPE 1 1 800 2017 2017
Arcas congeladoras DAPE 3 1 200 2017 2017
Mobiliário diverso DAPE 1 2 000 2017 2017
Software DAPE 400 2017 2017
TOTAL 17 300
Financiamento:
Águas de Gaia, EM, SA 17 300
TOTAL 17 300
23
CAPÍTULO V
OUTROS INVESTIMENTOS
De modo a assegurar o bom funcionamento dos serviços de apoio técnico a todos os equipamentos e sectores da Empresa, prevê-se que em 2017 seja adquirido diverso equipamento básico no montante de 189 100 euros. Neste valor está prevista a aquisição de painéis solares e fotovoltaicos, no montante de 100 000 euros, de modo a garantir maior eficiência energética nas instalações da Estação Litoral da Aguda e permitir que os balneários do pessoal tenham as condições adequadas. Este investimento será comparticipado, a uma taxa de 80%, pelo Plano Nacional para a Eficiência Energética.
A necessária renovação de equipamento de transporte antigo, com elevados custos de manutenção, será feita através da aquisição de viaturas ligeiras no montante previsto de 30 000 euros, e de uma viatura pesada de desobstrução no valor de 125 000 euros.
No que respeita à Gestão de Clientes, aspeto fundamental das entidades gestoras que apresentam, tal como a Águas de Gaia, elevadas taxas de cobertura e serviço, está prevista a contribuição da empresa para o projeto PraÇa-Atendimento Municipal, projeto que visa materializar um centro integrado de serviços de atendimento municipal.
O quadro seguinte resume a distribuição, em 2017, do investimento de 1 068 500 euros previsto realizar em Equipamentos, Outros Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis:
(euros)
Valores a Despender Outros Investimentos
2017 2018 2019
Equipamento Básico
Instalações 125 000
Outro equipamento sector administrativo 1 000
Oficina de serralharia 20 000 25 000 25 000
Laboratório de contadores 5 000
Outros equipamentos complementares 20 000
Outro equipamento básico 18 100
Equipamento de Transporte
Veículos pesados 125 000
Veículos ligeiros 30 000 12 000
Equipamento Administrativo
Móveis e utensílios 15 000
Equipamento e programas informáticos 65 500
Máquinas e aparelhagem diversa 10 500
Outro equipamento 15 000
Outros Ativos Fixos Tangíveis
Outros ativos fixos tangíveis 16 000
Ativos Intangíveis
Programas de computador 2 400
Ativos Fixos Tangíveis em Curso
Para setor administrativo e técnico 600 000 1 700 000
TOTAL 1 068 500 1 737 000 25 000
24
CAPÍTULO VI
RESUMO DO PLANO ANUAL DE INVESTIMENTO
1. Os investimentos a realizar nas grandes áreas de atividade de Águas de Gaia, EM, SA podem ser
especificados do seguinte modo:
Abastecimento de Água 1 398 250
Drenagem de Águas Residuais 1 275 638
Águas Residuais Pluviais 1 512 900
Outros Investimentos 1 068 500
TOTAL 5 255 288 (euros)
2. Para efeito de relevação contabilística, apresenta-se também a previsão do Plano Anual de
Investimentos para o ano 2017, especificado segundo as contas do Sistema de Normalização Contabilística (SNC):
43. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
433. Equipamento Básico 1 047 850 434. Equipamento de Transporte 155 000 435. Equipamento Administrativo 106 000 437. Outros Ativos Fixos Tangíveis 16 000 1 324 850
44. ATIVOS INTANGÍVEIS
2 400 2 400
45. INVESTIMENTOS EM CURSO
453.1. Para Setor Administrativo e Técnico 600 000 453.2. Para Águas 794 500 453.3. Para Saneamento 1 020 638 453.4. Para Águas Residuais Pluviais 1 512 900 3 928 038
5 255 288 (euros)
25
CAPÍTULO VII
INSTRUMENTOS PREVISIONAIS DE GESTÃO MAPAS INTEGRANTES
De acordo com o previsto no artigo 13.º dos Estatutos da Empresa Águas de Gaia, EM, SA incluem-se os mapas que no seu conjunto compõem os Instrumentos de Gestão Previsional da Empresa para o Exercício Económico do ano 2017, a saber:
1. PLANO PLURIANUAL E ANUAL DE INVESTIMENTO
2. ORÇAMENTO ANUAL DE INVESTIMENTO
3. ORÇAMENTO ANUAL DE EXPLORAÇÃO, DESDOBRADO EM ORÇAMENTO DE RENDIMENTOS E ORÇAMENTO DE GASTOS
4. ORÇAMENTO ANUAL DE TESOURARIA
5. BALANÇO PREVISIONAL
1. O Plano Plurianual de Investimento discrimina o valor do investimento a realizar nas diversas áreas de intervenção da Empresa, durante o período de 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2019, nos seguintes termos:
Discriminação 2017 2018 2019 Total
Abastecimento de Água
1 398 250 423 750 0
1 822 000
Drenagem e Tratamento de Águas Residuais
1 275 638 665 022 370 000
2 310 660
Águas Residuais Pluviais
1 512 900 664 400 652 100
2 829 400
Outros Investimentos
1 068 500
1 738 600
32 000
2 839 100
TOTAL 5 255 288 3 491 772 1 054 100 9 801 160
(euros)
2. O Orçamento Anual de Investimento para o exercício de 2017, tem cobertura financeira de natureza interna e externa, cujas origens a seguir se discriminam:
INVESTIMENTO Orçamento Anual de Investimento 5 255 288
AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS A M/L PRAZO 3 379 312 OUTRAS VARIAÇÃO DAS RUBRICAS CORRENTES (2 221 996)
6 412 604
(euros)
FINANCIAMENTO Interno:
Cash Flow Operacional (Res. Líq. Período + Amortizações + Perdas por imparidades de dívidas a receber – Subsídios ao investimento)
6 098 513
26
Externo: Comparticipações 234 091 Comparticipações PNEE 80 000
TOTAL 6 412 604
(euros)
A comparticipação de Particulares e Outras Entidades no investimento previsto está orçada em 234 091 euros. Prevê-se ainda a comparticipação do Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEE) no montante de 80 000 euros.
3. O Orçamento Anual de Exploração, tendo em conta os Rendimentos e Gastos previstos, apresenta um Resultado Líquido do Período esperado de cerca de 513 mil euros, como segue:
7. RENDIMENTOS 56 292 084 6. GASTOS (55 630 700)
85. RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 661 384 86. IMPOSTO S/REND. PERÍODO (148 811)
88. RESULTADO LÍQUIDO PERÍODO 512 573
Os Rendimentos orçamentados distribuem-se fundamentalmente pelas rubricas Venda de Água e Prestações de Serviços de Água, Saneamento e Resíduos Sólidos Urbanos que correspondem às principais áreas de negócio da Empresa, representando as restantes rubricas cerca de 11,5% do total dos Rendimentos, conforme a seguir se indica:
71. Vendas 13 128 455 72. Prestações de Serviços
Água 7 043 478 Saneamento 14 651 426 Resíduos Sólidos Urbanos 15 027 081 Outros 616 234
74. Trabalhos para a Própria Entidade 507 813 75. Subsídios à Exploração
Águas do Norte 2 310 542 Outros 520 000
78. Outros Rendimentos e Ganhos 2 446 505 79. Juros, Dividendos e Outros Rend. Similares 40 550
TOTAL 56 292 084 (euros)
Nas contas de Rendimentos e Ganhos o valor apresentado pela conta Vendas, no montante de 13 128 455 euros, mantém a tendência do ano 2016. As Prestações de Serviços com o valor total de 37 338 219 euros engloba as principais prestações de serviços de Águas de Gaia aos munícipes do concelho – tratamento de saneamento no valor de 14 651 426 euros, recolha de resíduos sólidos urbanos que atinge 10 568 132 euros, e ainda o tratamento desses resíduos no montante de 4 412 861 euros. Na conta Subsídios à Exploração está incluída a verba de 2 310 542 euros que diz respeito à Compensação Financeira acordada entre a Empresa e a Águas do Norte, SA, de forma a assegurar em 2017 o equilíbrio económico e financeiro deste sector de atividade, bem como o Contrato-Programa a celebrar com o Município, no montante de 300 000 euros, que cobrirá parte das despesas de manutenção com o sector de águas pluviais.
27
Os Gastos totais orçamentados discriminam-se do seguinte modo:
61. Custo das Merc. Vend. e das Mat. Cons. 8 847 140 62. Fornecimentos e Serviços Externos
Tratamento do Saneamento 9 344 960 Tratamento RSU 3 365 691 Recolha de RSU 10 990 331 Outros FSE 5 807 294
63. Gastos com o Pessoal 7 850 689 64. Gastos de Depreciação e de Amortização 6 413 323 65. Perdas por imparidade 500 000 68. Outros Gastos e Perdas 349 246 69. Gastos e Perdas de Financiamento 2 162 026
TOTAL 55 630 700 (euros)
Do valor total orçado em Gastos, dentro da conta Fornecimentos e Serviços Externos é de salientar a verba de 9 344 960 euros referente a Tratamento do Saneamento, valor que corresponde ao pagamento à Águas do Norte, SA pelo tratamento de efluentes recolhidos no concelho de Vila Nova de Gaia. Os encargos com as prestações de serviços referentes à recolha e tratamento dos Resíduos Sólidos Urbanos deverão atingir 14 980 993 euros em 2016. A rubrica Gastos de Depreciação e de Amortização de Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis será de 6 413 323 euros. Para cobrir potenciais perdas por dívidas de clientes incobráveis, está prevista a constituição de 500 000 euros para Perdas por Imparidades. Os Gastos com o Pessoal atingem o montante de 7 850 689 euros, considerando a subida do salário mínimo e a redução do montante dos cortes salariais, situação ocorrida durante o ano de 2016. Com o refinanciamento da dívida financeira no montante de 49 milhões de euros, ocorrido em 2016, a Empresa passou a ter um único financiamento bancário de longo prazo de que resulta um pagamento de juros anuais estimado de 1 300 750 incluído na rubrica de Outros Gastos e Perdas de Financiamento.
O Resultado Líquido do Período deverá atingir 512 573 euros.
4. O Orçamento Anual de Tesouraria foi calculado, considerando condições normais de funcionamento da Empresa em termos de rotação média de créditos e débitos, os investimentos a realizar e a amortização do empréstimo bancário de médio e longo prazo.
O quadro a seguir resume os fluxos de Tesouraria orçamentados para o período:
RECEBIMENTOS 55 473 021 PAGAMENTOS 56 490 018 DIFERENÇA DO ANO (1 016 997) SALDO INICIAL 6 347 072 SALDO FINAL 5 330 075
(euros)
5. O Balanço Previsional (Sintético), a seguir apresentado, reflete a situação de Águas de Gaia, EM, SA prevista para o final de 2017, evidenciando a manutenção do equilíbrio financeiro da Empresa.
28
ATIVO
Ativo não corrente 121 516
Ativo corrente 19 263
Total do Ativo 140 779
CAPITAL PRÓPRIO
Capital realizado 54 000
Reservas + Resultados transitados (5 236)
Outras variações no capital próprio 18 019
Resultado Líquido do período 513
Total do Capital Próprio 67 296
PASSIVO
Passivo não corrente 45 550
Passivo corrente 27 933
Total do Passivo 73 483
Total do Capital Próprio e do Passivo 140 779
(milhares de euros)
MAPAS CONTABILÍSTICOS
2017
ÁGUAS DE GAIA, EM, S.A.
2017 2018 2019 TOTAL
I - ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Terrenos e Recursos Naturais 0,00 0,00 0,00 0,00
Edifícios e Outras Construções 0,00 0,00 0,00 0,00
Equipamento Básico 1.047.850,00 268.750,00 95.000,00 1.411.600,00
Equipamento de Transporte 155.000,00 12.000,00 0,00 167.000,00
Equipamento Administrativo 106.000,00 1.000,00 1.000,00 108.000,00
Outros Ativos Fixos Tangíveis 16.000,00 6.000,00 6.000,00 28.000,00
Total Ativos Fixos Tangíveis 1.324.850,00 287.750,00 102.000,00 1.714.600,00
II - ATIVOS FIXOS INTANGÍVEIS 2.400,00 0,00 0,00 2.400,00
III - INVESTIMENTOS EM CURSO
Setor Administrativo e Técnico 600.000,00 1.700.000,00 0,00 2.300.000,00
Água
Redes de Abastecimento 543.000,00 360.000,00 0,00 903.000,00
Reservatórios e Estações Elevatórias 251.500,00 0,00 0,00 251.500,00
Saneamento
Obras de Saneamento 1.020.637,75 485.022,00 300.000,00 1.805.659,75
Águas Residuais Pluviais
Obras de Águas Residuais Pluviais 1.512.900,00 664.400,00 652.100,00 2.829.400,00
Total Investimentos em curso 3.928.037,75 3.209.422,00 952.100,00 8.089.559,75
TOTAL GERAL 5.255.287,75 3.497.172,00 1.054.100,00 9.806.559,75
Financiamento
1. Comparticipações 234.091,00
2. Águas de Gaia, EM, S.A. 5.021.196,75
5.255.287,75
(Valores em euros)
I - PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTO
2017
ÁGUAS DE GAIA, EM, S.A.
x
43 -ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS Interno
431 - Terrenos e Recursos Naturais 0,00 Cash Flow Operacional 6.098.512,93
432 - Edifícios e Outras Construções 0,00
433 - Equipamento Básico
433.1 - Sector Administrativo Externo
433.11 - Instalações 125.000,00 Subsídios para Investimentos
433.19 - Outro Equipamento 1.000,00 Comparticipações
126.000,00 Para Água 45.000,00
433.2 - Água Para Saneamento 149.091,00
433.21 - Máquinas e Aparelhagem Diversa 15.000,00 Para Águas Residuais Pluviais 40.000,00
433.22 - Contadores 270.000,00 234.091,00
433.29 - Outro Equipamento de Água 318.750,00 Comparticipação plano nacional para a eficiência energética 80.000,00 314.091,00
603.750,00 Total do Financiamento 6.412.603,93
433.3 - Saneamento
433.31 - Máquinas e Aparelhagem Diversa 10.000,00 Amortização de Empréstimos de Médio e Longo
433.39 - Outro Equipamento para Saneamento 245.000,00 Prazo -3.379.312,00
255.000,00
433.4 - Sectores Complementares Variação das rubricas correntes 2.221.995,82
433.41 - Oficina de Serralharia 20.000,00
433.42 - Laboratório de Contadores 5.000,00
433.49 - Outro Equipamento Complementar 20.000,00
45.000,00
433.9 - Outro Equipamento Básico 18.100,00 1.047.850,00
434 - Equipamento de Transporte
434.2 - Veículos Pesados 125.000,00
434.2 - Veículos Ligeiros 30.000,00 155.000,00
435 - Equipamento Administrativo
435.1 - Móveis e Utensílios 15.000,00
435.2 - Equipamento e Programas Informáticos 65.500,00
435.5 - Máquinas e Aparelhagem Diversa 10.500,00
435.9 - Outro Equipamento 15.000,00 106.000,00
437 - Outros Ativos Fixos Tangíveis
437.1 - Outros Ativos Fixos Tangíveis 16.000,00
Total dos Ativos Fixos Tangíveis 1.324.850,00
44 - ATIVOS INTANGÍVEIS
443 - Programas de Computador 2.400,00
Total dos Ativos Intangíveis 2.400,00
45 - INVESTIMENTOS EM CURSO
453 - Ativos Fixos Tangíveis em Curso
453.1 - Para Setor Administrativo e Técnico 600.000,00
453.2 - Para Água
453.22 - Construções e Obras Novas de Água:
Redes de Abastecimento 543.000,00
Reservatórios de Água 251.500,00
794.500,00
453.3 - Para Saneamento
453.32 - Construções e Obras Novas de Saneamento:
1.020.637,75
453.4 - Para Águas Pluviais
Obras de Águas Residuais Pluviais 1.512.900,00
Total dos Investimentos em Curso 3.928.037,75
Total Geral 5.255.287,75 Total Geral 5.255.287,75
Obras de Saneamento
II - ORÇAMENTO ANUAL DE INVESTIMENTO
VALORESINVESTIMENTO VALORESFINANCIAMENTO
2017
ÁGUAS DE GAIA, EM, S.A.
RENDIMENTOS E GASTOS 31-12-2017
Vendas e serviços prestados 50.466.673,96
Subsídios à exploração 2.830.542,16
Trabalhos para a própria entidade 507.813,39
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -8.847.140,32
Fornecimentos e serviços externos -29.508.276,17
Gastos com o pessoal -7.850.688,78
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -500.000,00
Outros rendimentos e ganhos 2.446.505,43
Outros gastos e perdas -395.737,17
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 9.149.692,50
Gastos / reversões de depreciação e de amortização -6.413.323,40
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 2.736.369,10
Juros e rendimentos similares obtidos 40.549,83
Juros e gastos similares suportados -2.115.534,58
Resultado antes de impostos 661.384,35
Imposto sobre o rendimento do período -148.811,48
Resultado líquido do período 512.572,87
(Valores em euros)
III - ORÇAMENTO ANUAL DE EXPLORAÇÃO
2017
ÁGUAS DE GAIA, EM, S.A.
Saldo inicial Pagamentos
Caixa ............................................ 28.819,75 Empréstimos Bancários ............... 3.379.312,00
Depósitos bancários .................... 6.318.252,47 6.347.072,22 Fornecedores .............................. 42.420.891,97
Estado .......................................... 2.069.406,65
Recebimentos Pessoal ........................................ 6.285.167,68
Clientes ........................................ 51.446.550,12 Outros Credores .......................... 2.335.240,36 56.490.018,66
Empréstimos Bancários ............... 0,00
Outros Devedores ....................... 3.738.539,26
Donativos …………………………. 0,00 Saldo final
Subsídios para Investimentos ...... 287.931,93 55.473.021,31 Caixa ............................................ 51.822,40
Depósitos bancários .................... 5.278.252,47 5.330.074,87
Total 61.820.093,53 Total 61.820.093,53
(Valores em euros)
0,00
IV - ORÇAMENTO ANUAL DE TESOURARIA
Ano 2017
ÁGUAS DE GAIA, EM, S.A.
RUBRICAS 31-12-2016 31-12-2017
ATIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 101.971.341,83 101.406.679,70
Ativos intangíveis 20.673.282,96 20.079.909,44
Ativos por impostos diferidos 0,00 0,00
122.674.239,62 121.516.203,97
Ativo corrente
Inventários 1.014.802,52 1.030.802,52
Ativos biológicos 0,00 0,00
Clientes 5.124.166,73 3.002.475,55
Estado e outros entes públicos 277.600,25 280.866,15
Outras contas a receber 9.953.234,51 7.642.692,41
Diferimentos 2.720,52 3.072,33
Ativos não correntes detidos para venda 1.972.445,07 1.972.445,07
Caixa e depósitos bancários 6.347.072,22 5.330.074,87
24.692.041,82 19.262.428,90
Total do Ativo 147.366.281,44 140.778.632,87
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital realizado 54.000.000,00 54.000.000,00
Reservas legais 889.089,35 1.018.808,42
Outras reservas 1.207.270,57 1.207.270,57
Resultados transitados -8.629.124,32 -7.461.652,68
Outras variações no capital próprio 18.819.084,03 18.018.583,08
66.286.319,63 66.783.009,39
Resultado líquido do período 1.297.190,71 512.572,87
Total do capital próprio 67.583.510,34 67.295.582,26
Passivo
Passivo não corrente
Provisões 39.298,85 39.298,85
Financiamentos obtidos 43.931.032,00 40.551.720,00
Passivos por impostos diferidos 5.172.110,94 4.959.319,55
49.142.441,79 45.550.338,40
Passivo corrente
Fornecedores 11.398.998,09 11.461.998,09
Estado e outros entes públicos 506.680,84 421.605,84
Financiamentos obtidos 3.520.443,03 3.545.443,03
Outras contas a pagar 6.424.921,18 6.024.921,18
Diferimentos 8.789.286,17 6.478.744,07
30.640.329,31 27.932.712,21
Total do passivo 79.782.771,10 73.483.050,61
Total capital próprio e do passivo 147.366.281,44 140.778.632,87
(Valores em euros)
V - BALANÇO PREVISIONAL
ANEXO I
Contrato-Programa entre o Município de Vila Nova de Gaia e Águas de Gaia, EM, SA
Contrato-Programa entre o Município de Vila Nova de Gaia e Águas de Gaia, EM, SA, com especificação de obrigações mútuas plurianuais e definição de subvenção para
o exercício de 2017
Município de Vila Nova de Gaia, entidade Equiparada a Pessoa Coletiva com o n.º 505335018, aqui
representado pelo seu Presidente, Exmo. Senhor Prof. Dr. Eduardo Vítor de Almeida Rodrigues, que outorga
no uso de poderes concedidos nos termos e para os efeitos referidos da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro,
adiante designado por PRIMEIRO OUTORGANTE
e
Águas de Gaia, EM, SA, com sede na Rua 14 de Outubro, 343, Vila Nova de Gaia, pessoa coletiva n.º
504763202, representada pelo seu Presidente do Conselho de Administração, Exmo. Sr. Eng. Serafim Silva
Martins, e Vogal, Exmo. Sr. Dr. Miguel Marques de Lemos Rodrigues, adiante designada por SEGUNDA
OUTORGANTE
Considerando que:
A) Águas de Gaia, E.M., S.A. é uma empresa local de gestão de serviços de interesse geral, nos termos
do disposto no artigo 45.º da Lei n.º 50/2012 de 31 de agosto;
B) Águas de Gaia, E.M., S.A tem no seu objeto social, entre outros, por delegação da Câmara Municipal,
o dever de proceder à gestão e exploração dos sistemas públicos de distribuição de água potável e de
drenagem e tratamento de águas residuais produzidas no concelho de Vila Nova de Gaia; a gestão e
exploração da rede de águas pluviais, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos sólidos
urbanos e limpeza pública; a gestão de trabalhos de limpeza e desobstrução, reabilitação e renaturalização
de rios e ribeiras em aglomerados urbanos, na área territorial do Município de Vila Nova de Gaia; outras
atividades complementares das previstas nas alíneas anteriores, nomeadamente a colaboração na gestão
e manutenção de estruturas de apoio às zonas balneares da costa de mar do concelho;
C) Na prossecução do seu objeto, e tendo em vista a plena satisfação dos interesses públicos que se
visa garantir, a Águas de Gaia, E.M., S.A., em diversos dos serviços que presta estabelece preços sociais, o
que determina que as receitas obtidas com a cobrança desses preços não cobre os custos e encargos
suportados com as despesas correntes e de manutenção dos referidos serviços;
D) Na prossecução do interesse público de gestão e exploração de águas residuais pluviais, dado ser
também impossível imputar os custos de manutenção e conservação do sistema de águas pluviais, e mais
tendo em consideração que no seu global a drenagem de águas residuais ocorre nas vias públicas, não é
possível obter uma qualquer contrapartida através dos preços cobrados pelos serviços de fornecimento de
água potável e pelo serviço de recolha de águas residuais (domésticas e industriais), motivo pelo qual a
prossecução deste relevante serviço público não é dotado de qualquer contrapartida que permita suportar
os encargos decorrentes da sua plena concretização, não tendo a Águas de Gaia, EM, SA, capacidade para
suportar o respetivo acréscimo dos encargos.
E) Que foi por deliberação do Município de Vila Nova de Gaia que, desde 2003, ficou a Águas de Gaia,
E.M., S.A., com o dever de zelar pela conservação, manutenção e ampliação da rede de águas residuais
pluviais do Conselho de Vila Nova de Gaia;
F) É do interesse do Município de Vila Nova de Gaia que seja garantida a manutenção e conservação
dos sistemas de recolha de águas pluviais para que estas sejam encaminhadas devidamente e que não
constituam um entrave à circulação de pessoas e bens.
Assim, e tendo em conta os considerandos supra, bem como o disposto nos artigos 46.º e 47.º do Regime
Jurídico da Atividade Empresarial Local e a fim de poder dar prossecução aos objetivos acima referidos, é
celebrado entre as aqui Outorgantes o contrato-programa que se regerá pelas seguintes cláusulas:
Cláusula 1.ª
Objeto do contrato-programa
1. O presente contrato-programa tem por objeto a definição das condições a que as partes se obrigam para
a prossecução das atribuições estatutárias da SEGUNDA OUTORGANTE, nomeadamente a gestão e
exploração da rede de águas pluviais consagrada na alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º dos Estatutos, tendo
em consideração o seu enquadramento legal, o seu objeto e as funções de interesse geral e de coesão
económica e social a que se encontra afeta.
2. Para a concretização e prossecução das atribuições desenvolvidas pela aqui SEGUNDA OUTORGANTE, o
presente contrato estabelece, nos termos do artigo 47.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de Agosto, a forma como
o PRIMEIRO OUTORGANTE comparticipará financeiramente na realização das atividades elencadas nos
considerandos iniciais e que não encontram qualquer contrapartida por parte dos utentes dos serviços
prestados e/ou pelos munícipes em geral, por forma a garantir o funcionamento e manutenção das
infraestruturas existentes.
3. As atividades da SEGUNDA OUTORGANTE contribuem para a gestão de serviços de interesse geral,
nomeadamente assegurar a universalidade e continuidade dos serviços prestados, a satisfação das
necessidades básicas dos cidadãos, a coesão económica e social local e a proteção dos utentes, sem
prejuízo da eficiência económica e do respeito dos princípios da não discriminação e da transparência,
cumprindo, assim, o previsto no artigo 49.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto.
4. Para a prossecução das atribuições desenvolvidas pela SEGUNDA OUTORGANTE a PRIMEIRA OUTORGANTE
autoriza que seja adotada uma política tarifária suscetível de assegurar a recuperação integral de custos
incluindo os que resultem de obrigações e serviços sociais cometidas à PRIMEIRA OUTORGANTE.
5. No presente contrato-programa é assumido o compromisso de que a parcela não coberta dos referidos
custos e obrigações sociais deverá ser assegurada por subvenção municipal a aprovar pelo PRIMEIRO
OUTORGANTE no âmbito do processo de decisão do orçamento da empresa em cada ano.
Cláusula 2.ª
Fundamento
1. O presente contrato-programa tem subjacente o compromisso das partes na concretização dos
objetivos estratégicos, designadamente, entre outros, a manutenção e reparação da rede pública de
drenagem de águas residuais pluviais com o objetivo de dotar o território municipal de uma rede que
assegure as melhores condições de escoamento das ruas através de um sistema mais eficiente de drenagem
de águas pluviais.
2. Os objetivos a que as partes se propõem têm em vista, por um lado, oferecer à generalidade dos
munícipes serviços socialmente relevantes de forma tendencialmente universal e financeiramente
equilibrada e, por outro lado, rentabilizar os respetivos equipamentos que estejam afetos à prossecução
desses serviços.
3. A atividade delegada na SEGUNDA OUTORGANTE pelos Estatutos, e já acima melhor elencada em
sede dos considerandos iniciais, é fundamental para o bom aproveitamento dos recursos materiais e
humanos existentes, tendo sempre em vista a prestação de serviço público.
4. O presente contrato-programa reporta-se à atividade a exercer pela SEGUNDA OUTORGANTE, no
âmbito de todas as suas atribuições gerais e específicas, em cumprimento do objeto definido nos seus
estatutos e ao abrigo do estabelecido na Lei 50/2012, de 31 de agosto.
Cláusula 3.ª
Finalidade
1. O presente contrato-programa traduz o compromisso de ambas as partes na concretização dos objetivos
na cláusula anterior, com a transparência e rigor legalmente exigíveis.
2. Para a SEGUNDA OUTORGANTE poder dar pleno cumprimento aos objetivos definidos nos Instrumentos
de Gestão Provisional, é necessária a transferência, por parte do PRIMEIRO OUTORGANTE, de um subsídio
à exploração para os serviços de gestão e exploração da rede de águas pluviais, pelo montante indicado no
presente contrato para o ano de 2017.
3. Nos anos seguintes, mediante a celebração de sucessivos contratos-programa, será estabelecido o
respectivo montante de subvenção municipal, considerando o compromisso constante do nº 5 da cláusula
1ª, a ser submetido, sempre que legalmente exigido, a visto prévio de Tribunal de Contas.
Cláusula 4.ª
Objetivos sectoriais
1. Os objetivos estratégicos estabelecidos pelo PRIMEIRO OUTORGANTE estão devidamente quantificados
e caracterizados nos Instrumentos de Gestão Previsional da SEGUNDA OUTORGANTE para o ano de 2017,
adiante junto em anexo e fazendo este parte integrante do presente contrato-programa.
2. Com a presente relação contratual as OUTORGANTES pretendem dotar a SEGUNDA OUTORGANTE dos
meios financeiros imprescindíveis para o pleno cumprimento de todos os objetivos estratégicos definidos e
das obrigações sociais que lhe são cometidas.
3. A eficácia e eficiência da presente relação contratual refletir-se-ão no cumprimento, por parte da
SEGUNDA OUTORGANTE, dos objetivos definidos nos documentos de gestão, cujos resultados se analisarão
na prestação anual de contas e nos relatórios trimestrais de execução orçamental, sem prejuízo da
informação, que a todo o tempo, seja solicitada pelo PRIMEIRO OUTORGANTE quanto ao cabal cumprimento
dos objetivos traçados.
Cláusula 5.ª
Obrigações do Primeiro Outorgante
1. Para cumprimento dos objetivos definidos pelas partes para o ano de 2017, nomeadamente os objetivos
já elencados na Cláusula anterior, o PRIMEIRO OUTORGANTE, com base em decisão que teve em conta a
proposta de orçamento submetido pela SEGUNDA OUTORGANTE, procederá à transferência do subsídio no
montante de € 300.000,00 (trezentos mil euros) destinado a comparticipar as despesas da SEGUNDA
OUTORGANTE com a reparação e manutenção da rede de águas residuais pluviais.
2. O valor mencionado no número anterior deverá ser pago durante o exercício de 2017.
3. Acompanhar a execução financeira do presente contrato, podendo determinar auditorias e averiguações
ao cumprimento do mesmo.
Clausula 6.ª
Obrigações da Segunda Outorgante
1.No cumprimento dos objetivos definidos pelas partes cabe à aqui SEGUNDA OUTORGANTE:
a) Garantir o bom funcionamento da rede pública de drenagem de águas residuais pluviais,
assegurando as condições de escoamento das ruas através da rede de drenagem de águas pluviais.
b) Prestar as informações constantes do artigo 42.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de Agosto, ou qualquer
outra que possa vir a ser solicitada pelo PRIMEIRO OUTORGANTE.
c) Apresentar ao PRIMEIRO OUTORGANTE, na prestação de contas, um relatório de execução do
presente contrato.
Cláusula 7.ª
Indicadores de desempenho
O desempenho da PRIMEIRA OUTORGANTE será medido através de indicadores de eficácia e de eficiência
que permitam habilitar o SEGUNDO OUTORGANTE de informações sobre a qualidade do serviço prestado.
Cláusula 8.ª
Indicadores de eficácia e eficiência
1.- A qualidade do serviço prestado pela SEGUNDA OUTORGANTE, será aferida através dos indicadores
previstos nos números seguintes.
2.- A eficácia e eficiência ao nível da reparação e manutenção da rede de águas residuais pluviais, será
medida através dos indicadores seguintes:
a) Prestação ineficiente: realizar as intervenções e desobstruções previstas em número igual ou
inferior a 60%;
b) Prestação eficiente: realizar as intervenções e desobstruções previstas em número superior a
60% (até 80%);
c) Prestação muito eficiente: realizar as intervenções e desobstruções previstas em número
superior a 80%.
Clausula 9.ª
Período de vigência
Sem prejuízo de as obrigações mútuas plurianuais previstas neste contrato vigorarem enquanto se
mantiverem as atribuições estatutárias da Segunda Outorgante, previstas na Cláusula 1.ª, o presente
documento, no que respeita às subvenções definidas, vigora de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2017.
Clausula 10.ª
Acompanhamento e Controlo
1. O acompanhamento da execução do presente contrato será assegurado por ambas as partes, sendo que,
qualquer alteração ou aditamento ao mesmo deverá constar em documento escrito e assinado por ambas
as partes, que constituirá parte integrante do presente contrato.
2. O presente contrato foi sujeito a parecer prévio do Fiscal Único da SEGUNDA OUTORGANTE nos termos
da alínea c), do n.º 6 do art.º 25.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto, e que se anexou ao presente
contrato.
3. O presente contrato-programa foi aprovado em reunião do Conselho de Administração realizada em __
de ________ de 2016 da SEGUNDA OUTORGANTE, e posteriormente aprovado em reunião de Câmara
Municipal do PRIMEIRO OUTORGANTE realizada em __ de ________ de 2016 e em reunião de Assembleia
Municipal do PRIMEIRO OUTORGANTE realizada em ___ de _________ 2016, anexando-se as três
deliberações ao presente contrato.
Clausula 11.ª
Alterações e aditamentos
Todas as alterações e aditamentos ao presente contrato só são válidas se realizadas pela forma escrita,
com expressa menção das cláusulas revogadas, aditadas ou alteradas e expressamente aprovadas pelos
órgãos competentes dos aqui OUTORGANTES.
Clausula 12.ª
Contabilização
O montante específico do subsídio à exploração para 2017 previstos neste contrato-programa deverão ser
espelhados no orçamento da SEGUNDA OUTORGANTES para o ano de 2017 e no orçamento do PRIMEIRO
OUTORGANTE para o mesmo ano. Nos termos legais, procedimento idêntico deverá ser observado nos
demais anos de vigência do presente contrato com base no valor da subvenção aprovado pelo PRIMEIRO
OUTORGANTE em cada ano e, sempre que aplicável, expressa e previamente aprovado pelo Tribunal de
Contas.
Cláusula 13.º
Plano de atividades
A SEGUNDA OUTORGANTE compromete-se a integrar o presente contrato no seu plano de atividades para
o ano de 2017.
Cláusula 14.ª
Condições de eficácia
1. Deverá ser comunicado ao Tribunal de Contas e à Inspeção Geral de Finanças a celebração do presente
contrato-programa, nos termos do n.º 7 do artigo 47.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto.
2. Atento ao valor definido para 2017 (inferior a €350.000,00) o mesmo não está sujeito a visto prévio do
Tribunal de Contas, conforme disposto no artigo 48.º da Lei 98/97, de 26 de agosto.
Porque o presente contrato-programa reflete a vontade consciente e plena de ambas as Outorgantes,
depois de lido, vai ser assinado em duplicado, ficando cada uma das partes signatárias com um original do
documento.
Feito nos Paços do Concelho de Vila Nova de Gaia, aos __ dias do mês de __________ de 2016.
Pelo Município Pela Águas de Gaia
O Presidente da Câmara Municipal O Conselho de Administração
de Vila Nova de Gaia
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