insuficiência cervical - saúde da mulher
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Insuficiência istmo-cervical
Residência em Saúde da Mulher com ênfase em obstetríciaR1 Raine Danyele Vieira de Sousa
Novembro de 2016
Insuficiência istmo-cervical Conhecida como: Incompetência istmo-cervical, insuficiência istmo-cervical,
insuficiência cervical, insuficiência do colo ou deficiência istmo-cervical; Inabilidade em manter uma gravidez intra-uterina devido a uma fragilidade inerente
ou adquirida do colo uterino; Insuficiência do sistema de oclusão do colo uterino; Se caracteriza por perda fetal recorrente no segundo trimestre da gravidez; Diagnóstico geralmente é retrospectivo; Dilatação cervical indolor, ausência de sangramento, secreção mucoide vaginal,
protrusão das membranas ovulares na vagina e posterior rotura de membranas, seguida de expulsão fetal, na maioria das vezes com produto conceptual ainda vivo;
Rezende, 2011
Insuficiência istmo-cervical CAUSAS:Traumáticas, como dilatação e curetagem; laceração cervical pós-parto traumático ou pós-abortamento; amputação ou conização do colo uterino;
Congênita, por alteração do colágeno, ou em consequência à exposição intrauterina ao dietilestilbestrol (hormônio sintético que trata metástase em câncer de mama e próstata);
DIAGNÓSTICO CLÍNICO:Na gestação, é baseado na história obstétrica de perdas fetais recorrentes no segundo trimestre da gravidez (entre 12 e 20 semanas de gravidez) com cada perda ocorrendo mais cedo que a anterior ou partos prematuros extremos (entre 21 e 32 semanas de gestação);
Fora da gestação, é realizado principalmente pela histerossalpingografia durante a fase lútea do ciclo menstrual (se largura da região istmocervical > 8 mm é sugestiva de IIC). Se a vela de Hegar 8 não encontra resistência na passagem pelo colo uterino, na segunda fase do ciclo menstrual, também denota a insuficiência do sistema oclusivo do canal cervical.
Zugaib, 2012
Histerossalpingografia
Google imagens, 2016
Vela de Hegar
Google imagens, 2016
Insuficiência istmo-cervical A ultrassonografia transvaginal tem sido utilizada no diagnóstico de incompetência
cervical durante a gestação; Avaliam-se o comprimento da cérvix, a forma do canal cervical e a presença de
protrusão das membranas amnióticas através do canal cervical; USG na predição de parto prematuro: comprimento cervical inferior a 25 mm,
quando associado ao antecedente de incompetência cervical, ou abaixo de 20 mm como fator isolado.
Zugaib, 2012
Insuficiência istmo-cervical TRATAMENTO:CERCLAGEM: prevenir o encurtamento e a abertura prematura do colo uterino por meio de sutura circular no nível de seu orifício interno.-Preferencialmente via vaginal;-As principais técnicas empregadas são a de Shirodkar e a de McDonald;
Insuficiência istmo-cervical Categorias para de realizar a cerclagem:
1: 2 ou + perdas no 2° trimestre, sem sangramento ou sinais claros de parto (cerclagem eletiva);
2: dilatação > 2cm o prolapso das membranas sem contrações dolorosas e regulares (cerclagem de emergência);
3: Indicada pela USG como afunilamento (cerclagem de emergência);
Rezende, 2011
Insuficiência istmo-cervical CERCLAGEM : Técnica Shirodkar
Google, 2016
Insuficiência istmo-cervical CERCLAGEM : Técnica McDonald
Google, 2016
Insuficiência istmo-cervical
Google, 2016
Circlagem Cervical.wmv
Insuficiência istmo-cervical CERCLAGEM : Técnica McDonald adaptada por Pontes.
Zugaib, 2012
Insuficiência istmo-cervical Antes da cerclagem: ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre, com a
finalidade de afastar possíveis malformações do produto conceptual, avaliar a medida da translucência nucal e assegurar sua vitalidade; o tratamento de infecções cervicovaginais, e recomenda-se ainda a abstinência sexual.
CERCLAGEM PROFILÁTICA: antes da ocorrência da cervicodilatação, sendo o período ideal entre 12 e 16 semanas (Zugaib) / 12 e 14 (Rezende);
CERCLAGEM DE EMERGÊNCIA: no segundo trimestre da gestação, com a paciente apresentando modificações do colo uterino como dilatação acima de 3 cm, esvaecimento cervical pronunciado e membranas ovulares protrusas através do canal cervical;
O limite para realização de cerclagem de emergência geralmente não deve ultrapassar 26 semanas de gravidez, todavia, contudo, o consenso clínico para realização de cerclagem emergencial recomenda a análise individualizada de caso.
Insuficiência istmo-cervical
Rezende, 2011
Insuficiência istmo-cervical CERCLAGEM : Via abdominal A cerclagem também pode ser efetuada pela via abdominal em casos de
impossibilidade técnica de realização de cerclagem pela via vaginal, devido a defeitos anatômicos do colo uterino ou, ainda, após falha de cerclagem pela via vaginal, em gestação prévia.
Laparotomia e Laparoscópica;
NÓS: devem ser removidos após 36 semanas de gravidez ou em qualquer momento da gestação, na presença de trabalho de parto prematuro não inibível, rotura prematura das membranas ovulares (RPMO), corioamnionite e óbito fetal.
As complicações mais frequentes da cerclagem são afrouxamento da sutura, ocorrência de RPMO, corioamnionite, trabalho de parto prematuro e maior incidência de operação cesariana.
Google, 2016
ReferencialZugaib obstetrícia / [editor Marcelo Zugaib]. – 2. ed. – Barueri, SP : Manole, 2012.
Rezende Filho, Jorge de.; Montenegro, Carlos Antonio Barbosa; : Obstetrícia fundamental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 20011.