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ANDREI MUNCHEN INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E MOTIVADORES, DESAFIOS DA SOCIEDADE MODERNA Canoas/RS, 2017.

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Page 1: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E MOTIVADORES, … · INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E MOTIVADORES ... 1. Introdução; 2. A Compreensão do ... conseguir moldar esse comportamento para um impulso

ANDREI MUNCHEN

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E MOTIVADORES, DESAFIOS DA

SOCIEDADE MODERNA

Canoas/RS, 2017.

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E MOTIVADORES, DESAFIOS DA

SOCIEDADE MODERNA

Andrei Munchen1

Resumo:

O ser humano é um ser muito complexo em todos os sentidos. Além do mais, cada ser

humano possui comportamentos distintos. Pode-se dizer assim, que cada ser humano é

único. As pessoas são motivadas na maioria das vezes por sonhos e objetivos, no

entanto, com o passar dos anos esses sonhos e objetivos vem mudando gradativamente,

conforme as diferentes gerações que surgem. A evolução tanto do ser humano como a

evolução tecnológica são as grandes responsáveis pelo aumento da complexidade.

Nessa esfera é possível mencionar a inteligência, antigamente inteligência representava

experiência de vida, mais adiante começou a representar experiência de vida e estudo, e

agora surgiu um novo fator, qual seja: a inteligência emocional, que possui uma

importância muito significativa no ambiente corporativo. Principalmente os líderes

precisam dispor de uma inteligência emocional muito apurada, pois além de se

preocuparem com a própria inteligência emocional necessitam se preocupar com a dos

seus liderados. Assim, hoje em dia ser um líder no ambiente corporativo está cada vez

mais desafiador.

Palavras-chave: conflitos; emocional; gestão; inteligência; motivadores.

Abstract:

The human being is a very complex in every way. Moreover, every human being has

different behaviors. It can be said therefore that every human being is unique. People

are motivated mostly by dreams and goals, however, over the years these dreams and

goals has been changing gradually, as the different generations that come. The evolution

of both human and technological developments are largely responsible for the increase

in complexity. In this sphere it is possible to mention intelligence, formerly intelligence

represented life experience later began to represent life experience and study, and now

there is a new factor, namely: emotional intelligence, which has a significant importance

in the corporate environment. Mainly leaders need to have a very keen emotional

intelligence, as well as worrying about their own emotional intelligence need to worry

about their subordinates. So today be a leader in the corporate environment is

increasingly challenging.

Key-words: conflicts; emotional; management; intelligence; motivators.

Sumário: 1. Introdução; 2. A Compreensão do Ser Humano; 3. Motivadores; 4.

Inteligência Emocional; 5. Comportamentos dos líderes e liderados; 6. Apontamentos

Conclusivos; 7. Referências.

1 Pós-Graduando em MBA – Gestão de Pessoas e Liderança Coach pelo Centro Universitário La Salle -

Unilasalle. E-mail: [email protected]

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Introdução

A sociedade atual vive em constante pressão e mutação, isso se deve muito a

globalização. O fato de ocorrem essas transformações obrigou as pessoas a começarem

a se preocupar com aspectos aos quais se deparam cotidianamente, dentre esses aspectos

é possível mencionar a inteligência emocional, ou por vezes a falta dela diante de

algumas circunstâncias.

O fato de haver uma crescente e constante preocupação com a inteligência

emocional está diretamente ligada a evolução da sociedade. A inteligência emocional do

ser humano em algumas oportunidades não conseguiu acompanhar as demais evoluções,

ou por vezes ficou perdida nesse espaço de evoluções.

A inteligência emocional está vinculada a aspectos muito importantes da nossa

vida como a racionalidade; a emoção; a razão; os sentimentos, ou seja, trata-se de

aspectos que variam de pessoa para pessoa, pois se trata de algo muito íntimo e pessoal.

Não só o fato de conseguir perceber esses aspectos, mas principalmente o fato de

conseguir moldar esse comportamento para um impulso profissional é muito

importante.

Na área profissional a inteligência emocional pode proporcionar a pessoa

empatia, motivação, persistência, capacidade social e mental, bem como se não

controlada pode causar estresse, fúria, raiva, descontrole, agressividade e

consequentemente o fracasso profissional.

Em que pese à inteligência emocional seja considerado algo do íntimo da pessoa

ela acaba por se exteriorizar no momento em que a pessoa necessita manter relações

pessoais no ambiente de trabalho, além do mais, a simples aparência física pode indicar

por vezes com muita claridade como se encontra o estado de espírito daquela pessoa.

Assim, no presente trabalho se buscará analisar a inteligência emocional num

contexto geral e específico, buscando entender de que maneira é vista, analisada e

trabalhada no meio corporativo na atualidade, principalmente na gestão de equipes e

conflitos.

2. A Compreensão do Ser Humano

A maior complexidade das relações não necessariamente esta ligada às relações

do trabalho, mas sim em todas as relações humanas é a compreensão do ser humano e

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de suas aspirações. O ser humano já é um ser complexo consigo mesmo por natureza,

no momento em que esse ser interage com demais seres essa complexidade fica ainda

maior. O ser humano tem a tendência de se comparar e muitas vezes agir de acordo com

padrões éticos e principalmente sociais, o que acaba muitas vezes causando diversas

confusões na mente humana (DE OLIVEIRA PATARO, 2007).

Além da competitividade externa, que ocorre entre empresas de segmentos

semelhantes, também existe a competitividade entre os colaboradores de uma mesma

empresa. Essa competitividade ocorre não apenas para acender hierarquicamente ou

devido às mudanças e avanços tecnológicos, mas também devido à busca de agradar o

ego/interior do indivíduo (VASCONCELOS, 2001).

A competitividade não está apenas presente no ambiente de trabalho das

pessoas, mas também no dia a dia. É possível mencionar uma passagem de

Schopenhauer nesse sentido: “Os seres humanos são como porcos-espinhos em noite

gelada: não podem nem se aproximar demais para não espetar os outros, nem se afastar

demais, para não morrer de frio.”2 Essa é uma passagem que demonstra claramente

como o ser humano está se comportando na atualidade.

O ser humano possui uma necessidade muito grande de socialização, no entanto,

essa socialização acaba por criar inúmeros atritos e conflitos. Normalmente esses

conflitos emergem quando existe um conflito de interesses ou ideias. Apesar dos atritos

no ambiente social, este, traz inúmeros prazeres para o ser humano, seja nos momentos

de lazer, profissionais, nas parcerias e amizades criadas, nos bons momentos que em

conjunto foram compartilhados e vividos, as dificuldades que foram superadas, entre

outros (DE OLIVEIRA PATARO, 2007).

Embora existam muitas dificuldades e complexidades no ambiente corporativo,

é possível mencionar um aspecto positivo o prazer:

Existe algo que estabelece uma profunda relação entre o ser humano e o seu

trabalho; este algo é o prazer. O prazer rompe o ritmo alucinado do tempo e

do trabalho, recorrendo aos ritmos genuínos de que a pessoa necessita, como

o pulsar do seu coração. E o coração é um músculo mais forte que existe. Um

músculo sábio, que trabalha se divertindo e se diverte trabalhando. A Alegria

do suor do teu rosto é a inversão natural do bíblico, ganharás o pão com o

suor do teu rosto (CARVALHO, 2012, p. 12).

Além do prazer, boa parte das pessoas deve se sentir útil e importante no

momento que desenvolve um trabalho ou ofício. O trabalho muitas vezes não se trata

2 CARVALHO, 2012, p. 45

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apenas de uma forma de conseguir dinheiro para pagar as contas, e para poder desfrutar

de momentos de lazer com mais conforto, mas trata-se para muitas pessoas como um

objetivo de vida, assim como para outras pessoas é casar, ter uma família, filhos, viajar,

entre outros.

Até pode parecer ser fácil trazer o prazer no ambiente corporativo das pessoas,

mas não o é, tanto que muitas pessoas não conseguem sequer levar certo prazer no dia a

dia de sua vida fora do meio corporativo. Algumas inclusive podem a cair em depressão

e acabar querendo tirar a própria vida.

Podem ser mencionadas algumas dificuldades para a manutenção do prazer no

ambiente corporativo: o prazer não é algo que deve estar presente apenas uma vez, mas

sim na maioria dos dias de serviço dos funcionários; não basta apenas inseri-lo no

ambiente de trabalho e esperar que ele se propague e mantenha, sendo necessário um

trabalho continuo, persistente e eficaz.

O ser humano percebeu a complexidade nas relações humanas dentro do

ambiente corporativo, inclusive cogitou fazer processos sem pessoas, mas logo se deu

em conta que isso era impossível. Por essa razão algumas ideias podem ser consideradas

predominantes na atualidade:

Satisfação; flexibilidade/agilidade; investimento humano; (...) Gerenciar

pessoas é a função mais importante de qualquer líder; colaboradores

insatisfeitos e não comprometidos trabalham mal e, ao contrário,

colaboradores felizes e comprometidos produzem mais; gerenciar é conseguir

agregar valor humano: é fazer com que funcionários se sintam valorizados

não como unidade, mas como pessoas; lutar pela sobrevivência já e uma

constante. Mas, flexibilidade e agilidade para mudar são fundamentais em um

ambiente competitivo. Flexibilidade e agilidade são habilidades humanas.

Assim, essas características estão profundamente associadas a competência

profissional, à capacidade de criar e inovar, possibilitando as mudanças

organizacionais. Visando obter essas virtudes humanas, deve-se gerar o

aprendizado constante de novas habilidades, principalmente as que se

referem às relações comportamentais e sócias. O processo de capacitação

requer investimento humano. Quando este se inicia, a organização começa a

gerar horizontes mais amplos e satisfatórios para seus colaboradores;

Colaboradores com horizontes ampliados sentem-se mais reconhecidos e

motivados a sair do seu mundo limitado e olhar a empresa como um todo.

Quem consegue extrair mais prazer do seu trabalho observa mais, tem mais

condição de criar, inovar, gerar soluções, trabalhar pela excelência.

Colaboradores reconhecidos e valorizados como pessoas têm um potencial

muito maior para transformar a organização em uma empresa mais

competente, flexível e ágil (CARVALHO, 2012, p. 20/21).

É possível através de uma boa liderança criar um ambiente de imensa satisfação,

mas essa satisfação não depende exclusivamente do líder, mas também das políticas e

objetivos da empresa. O líder deve conseguir possibilitar aos seus liderados que estes

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consigam se redescobrir no modo de trabalhar, na forma de concretizar as suas tarefas,

sentido-se importantes no ambiente corporativo, alcançando objetivos quem nem os

próprios funcionários sabiam que tinham, mas para isso é preciso que o líder mantenha

o grupo unido e motivada para alcançar tais objetivos.

Nessa esfera é possível perceber que são necessários dois binômios, que seriam

o comprometimento da empresa em possibilitar o melhor para o funcionário e o

interesse e dedicação do colaborador na busca de seus objetivos e dos interesses da

empresa. Em relação ao ser foi criada uma pirâmide pelo psicólogo Abraham Maslow

que procurou desenvolver as necessidades das pessoas por uma determinada ordem

hierárquica, qual seja: necessidades fisiológicas; segurança e garantia; amor, afeto, fazer

parte; Autoestima e estima dos outros e por fim a autor realização. Percebe-se que o ser

humano inicialmente se preocupa com o básico na vida, e no momento em que esse

básico for atendido procura a sua realização interna e espiritual.

Friederich Herzberg, subdividia a pirâmide em dois aspectos os fatores

higiênicos que seriam as necessidade fisiológicas; necessidade de segurança;

necessidades sociais e fatores motivacionais que seriam: necessidade de estima e

autorrealização (BANOV, 2011).

A pirâmide faz sentido, pois no momento que o ser humano consegue alcançar

um objetivo ele já almeja outro e assim por diante. O ser humano pode ser visto como

um ser incansável no que tange alcançar objetivos.

J. Stacey Adams entedia que não deveriam haver injustiças no ambiente de

trabalho, pois onde haveria justiça não haveria falta de motivação (BANOV, 2011).

A injustiça mesmo fora do ambiente corporativo causa revolta e indignação ao

ser humano, o fato de injustiças ocorrerem dentro do ambiente corporativo causam

ainda mais indignação ao ser humano, pois é o local onde ele passa boa parte do tempo

do seu dia, e havendo qualquer tipo de irregularidade em que se veja prejudicado,

possivelmente irá afetar diretamente seu comportamento.

E ainda, a teoria do reforço de Burrhus F. Skinner, que pregava e Teoria do

reforço que consistia:

Baseia-se na ideia de que o comportamento é determinado por suas

consequências. As consequências dadas após a emissão de um

comportamento são chamadas de reforços positivos (são as recompensas não

financeiras, tais como elogios, admiração, prestígio, statusetc; e financeiras,

como adicionais de salários, bônus etc.), reforços negativos (como a retirada

de algo indesejável), a extinção (remoção de um esforço que controla o

comportamento) e as punições (broncas, advertências) que as pessoas

recebem por se comportarem de uma determinada maneira. A teoria do

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reforço propõe apenas o uso do reforço positivo, em que a motivação ocorre

pelo prazer de recompensas recebidas e, pelo reforço negativo, a retirada de

algo indesejável. A ideia básica é a de que os comportamentos reforçados

tendem a se repetir e tornam-se condicionados. Programas de reconhecimento

e envolvimento dos colaboradores são baseados nesta premissa (BANOV,

2011, p.76).

O fato dos reforços positivos serem motivadores são praticamente absolutos, ou

seja, no momento que um funcionário ou colaborador é agraciado com algum benefício

devido a sua produtividade sua auto estima e felicidade tendem aumentar. O problema

ocorre quando um funcionário ou colaborador não estiver se comportando da maneira

adequada ou não estiver produzindo como os demais é necessário ao menos chamá-lo

para conversar para ver o que pode estar acontecendo. O fato de não conversar ou

advertir algum dos colaboradores pode acabar afetando os demais que estão exercendo

as suas atividades normalmente. Então a aplicação da teoria do reforço positivo até pode

ser aplicada, mas com certa ponderação.

Sobre os aspectos contidos na pirâmide, será trabalhado de maneira superficial a

auto estima, por ser um aspecto ou estado psicológico inerente a pessoa. Dentro da auto

estima é possível mencionar três componentes fundamentais,

O amor próprio: é o principal alicerce da autoestima. Envolve a auto

aceitação do indivíduo como todos os seus defeitos e qualidades. Significa se

amar incondicionalmente nos altos e baixos da vida, nos seus sucessos e

fracassos. Diante destes, ser capaz de acionar uma voz inferior que lhe diz:

“Você é digno de amor e respeito.” As nossas imperfeições fazem parte da

natureza humana. Não precisamos nos envergonhar delas. A autoimagem: É a

maneira como você se avalia e valoriza seus atributos – sua inteligência, sua

beleza, seus talentos. Se por um alto padrão de exigência você menospreza

sua própria capacidade, desperdiçará oportunidades e a possibilidade de se

realizar e ser feliz. Autoconfiança: é o ingrediente que lhe proporciona a

coragem para enfrentar as situações novas. Reflete em grande parte o crédito

que seus pais lhe deram na sua infância. Na ausência da segurança,

manifestam-se a timidez, a hesitação e o medo do desconhecido

(CARVALHO, 2012, p. 28/29).

O amor próprio quase poderia dispensar praticamente os demais itens por

completo, claro que esse amor próprio deve ser relativizado. O fato de a pessoa possuir

amor próprio faz com que ela se sinta bem consigo mesma, assim, qualquer dificuldade

que ela possa ter ou até mesmo frustração que ela terá, possivelmente, conseguirá

enfrentar com mais facilidade que as demais pessoas.

Fazendo uma extensão do raciocínio, é possível fazer uma analogia do amor

próprio com o fato de estar feliz consigo mesmo. O fato de estar feliz consigo mesmo é

muito importante, pois no momento em que uma pessoa não estiver feliz consigo

mesma terá ainda mais dificuldades para enfrentar as adversidades do dia a dia, pois

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além das adversidades diárias que terão que ser enfrentadas terá de enfrentar a

adversidade interna. E qualquer frustração que uma pessoa sem amor próprio tiver será

ainda mais potencializada, tendo assim uma dificuldade ainda maior para superá-la.

A auto imagem e autoconfiança também são fatores muito importantes para o ser

humano. A auto imagem no sentido que a própria pessoa possa se enxergar da maneira

que almeja se ver, tendo seus atributos e talentos potencializados. Em relação a

autoconfiança, essa é necessária para a pessoa sair da zona de conforte e enfrentar novos

desafios com coragem e determinação, na busca da realização de novos sonhos.

Um fator para que o convívio entre o ser humano possa ser mais harmônico é a

ética, seja a ética corporativa ou a ética no dia a dia,

As organizações que conseguem criar um clima transparentes, de confiança e

de respeito mútuo reconhecido por todos possuem um recurso valioso para

aumentar a credibilidade interna e externa, e criar incentivo para o sucesso. A

empresa considerada ética adquire uma vantagem competitiva, pois a boa

reputação produz um poderoso efeito sobre as relações profissionais

(CARVALHO, 2012, p. 98).

Aspectos como a ética, a confiança, o respeito mútuo são fatores muito

importantes em qualquer lugar, principalmente no ambiente corporativo. Embora possa

parecer simples não o é. Primeiro porque é difícil trazer para dentro de um ambiente

corporativo todos esses elementos devido às diferentes pessoas que ali se encontram.

Caso se consiga trazer esses princípios para o ambiente corporativo, algumas pessoas

terão outras aflições, preocupações e interesses fazendo com que os conflitos

permaneçam no ambiente corporativo.

O gestor ou líder que conseguir trazer a harmonia e a motivação para dentro de

uma empresa ou equipe, terá mais facilidade para alcançar objetivos e superar

expectativas.

O trecho acima pode ser visto numa primeira análise como algo tão fácil de ser

alcançado, mas não o é, pois o ser humano é um ser extremamente complexo e mutável,

pois hoje ele pode estar satisfeito com o seu serviço, remuneração e objetivos de vida e

amanhã pode estar extremante frustrado com tudo.

Por esse motivo não existe uma receita mágica que resolva todos esses

problemas, devido à complexidade do ser humano e principalmente da peculiaridade de

cada pessoa. As pessoas não pensam nem agem da mesma forma, de certa forma isso é

bom, pois imagina se todas as pessoas quisessem cursar os mesmos cursos, ter os

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mesmos empregos, querer namorar as mesmas pessoas a vida seria ainda mais complexa

e praticamente impossível de ser vivida.

Por fim, o ser humano é um ser extremamente complexo, devido à cultura que

lhe foi imposta, os ensinamentos que foram passados, o estilo de vida e trabalho que lhe

foi passado, entre outros. Por isso, cada pessoa deve ser tratada de maneira especial,

única, pois terá um comportamento diverso de todas as demais.

3. Motivadores

Muitos são os desafios quando se menciona o ambiente corporativo,

principalmente quando se fala em gestão de pessoas. Dentre desses aspectos é possível

mencionar a motivação no ambiente corporativo.

Por muito tempo se acreditou que o fato da pessoa possuir um emprego já era o

suficiente para a mesma se sentir motivada. Acreditava-se que a necessidade era capaz

de produzir a motivação necessária para que a pessoa trabalhasse. Com o passar dos

anos, os estudos e pesquisas mais aprofundadas no assunto fizeram com que tal ideia

fosse desmitificada. (PASCHOAL, 2006)

O ser humano assim como na vida pessoal deve conseguir no seu emprego ou no

seu trabalho a felicidade. Não basta apenas um bom salário e um cargo de estima é

necessário fazer com que a pessoa se sinta feliz exercendo aquela função. Muitas vezes

não cabe a empresa o aspecto felicidade da pessoa, pois a própria pessoa deve escolher

algo que goste de fazer em que se sinta feliz.

Foram desenvolvidos ao longo dos anos vários conceitos daquilo que pode ser

considerado motivar, dentre eles: “motivar é o trabalho que o dirigente desempenha

para inspirar, encorajar e compelir pessoas a executarem as necessárias ações.”3 A

motivação não é apenas pela necessidade do trabalho é necessário trazer outros aspectos

a tona. Por isso, cabe à empresa propiciar ao funcionário determinado incentivo que lhe

impulse motivação, em muitos casos a responsabilidade por tais impulsos é o gestor de

pessoas.

Ainda, motivar pode ser entendido como:

A força que estimula as pessoas a agir. No passado, acreditava-se que essa

força era determinada principalmente pela ação de outras pessoas, como pais,

professores ou chefes. Hoje, sabe-se que a motivação tem sempre origem

3 PASCHOAL, 2006, p. 20

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numa necessidade. Assim, cada um de nós dispõe de motivações próprias

geradas por necessidades distintas e não se pode, a rigor, afirmar que uma

pessoa seja capaz de motiva outra. (...) Motivação é consequência de

necessidades não satisfeitas. Essas necessidades são intrínsecas às pessoas.

Não podem, portanto, os gerentes colocar necessidades nas pessoas. Isso

significa que os gerentes não são capazes de motivar, mas de satisfazer às

necessidades humanas ou contrafazê-las (GIL, 2011, p. 202).

Conforme mencionado anteriormente, grande parte das necessidades não são

advindas do exterior, mas sim das próprias pessoas, assim como a felicidade no

ambiente do trabalho. Por exemplo, o fato de uma pessoa trabalhar no RH de uma

instituição pode lhe trazer muita alegria, já para outra pessoa o fato de trabalhar no RH

de uma empresa sequer é cogitado, pois odiaria exercer tal função. Percebe-se assim,

que os interesses das pessoas na maioria das vezes são intrínsecos.

Quando os aspectos motivacionais não são trabalhados de maneira correta junto

com as necessidades ou a personalidade da pessoa é possível que ela possa ter as

seguintes atitudes e comportamentos: agressão; deslocamentos; racionalização;

regressão; fixação; fuga; resignação, entre outros.

Tais comportamentos são oriundos devido ao fato de haver um conflito entre

aquilo que a pessoa almeja com o seu trabalho com aquilo que ela realmente possui, ou

seja, existe uma discrepância entre os objetivos preteridos e os objetivos alcançados,

pois a pessoa se enxerga frustrada e não consegue ver motivação para correr atrás dos

seus objetivos.

Ao motivar o gestor ou dirigente faz com que as pessoas

funcionários/colaboradores trabalhem com muito mais empenho e entusiasmo, fazendo

suas tarefas e afazeres com muito mais motivação. A motivação pode ser considerado

aquilo que está dentro de cada pessoa (PASCHOAL, 2006). O aspecto da motivação

passou a ser um aspecto muito trabalhado no meio corporativo devido a sua importância

inclusive nos resultados da empresa. Além do mais, sabe-se que as pessoas podem

encontrar no trabalho suas maiores fontes de satisfação.

Passada a ideia de que a necessidade seria um fator suficiente para a motivação,

começou-se a acreditar que um fator determinante para a motivação poderia ser o

salário e as vantagens. Em que pese possa ser um dos fatores motivacionais, mas

acreditava-se que seria o único.

Passaram-se os anos e através de pesquisas e estudos se percebeu que pessoas

que trabalhavam em uma determinada empresa em que o salário e as vantagens eram o

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único fator determinante para a permanência da mesma, tinham a ideia de que estavam

sendo comprados pela empresa e não motivados (PASCHOAL, 2006).

Assim, é possível perceber que a motivação vai muito além de ter um trabalho e

um salário e benefícios atraentes, é necessário muito mais. Existem inúmeros fatores

que podem ser considerados relevantes para a motivação no ambiente de trabalho como

condições de trabalho; valorização do funcionário; promover o crescimento

profissional; valorização do serviço prestado pelo funcionário; reconhecer avanços;

encorajamento de iniciativas; enriquecimento de funções; delegação de autoridade;

avaliações; promoção de mudanças, entre outros.

4. Inteligência Emocional

Inicialmente, cabe trazer a tona o simples significado das palavras chave desse

trabalho, quais sejam: inteligência e emocional. Trar-se-á o significado popular dessas

palavras, para no decorrer do estudo segmentar esses conceitos para a área específica.

A palavra inteligência pode ser vista como:

sf (latintelligentia) 1 Faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar;

entendimento, intelecto. 2 Compreensão, conhecimento

profundo. 3 FilosPrincípio espiritual e abstrato considerado como a fonte de

toda a intelectualidade. 4 Psicol Capacidade de resolver situações novas com

rapidez e êxito (medido na execução de tarefas que envolvam apreensão de

relações abstratas) e, bem assim, de aprender, para que essas situações

possam ser bem resolvidas. 5 Pessoa de grande esfera intelectual. 6 Conluio,

ajuste, combinação.I. artificial: Parte da ciência da computação que trata de

sistemas inteligentes, capazes de se adaptar a novas situações, raciocinar,

compreender relações entre fatos, descobrir significados e reconhecer a

verdade. I. artificial, Inform:projeto e desenvolvimento de programas de

computador que tentam imitar a inteligência humana e funções de tomada de

decisão, obtendo raciocínio e outras características humanas. Sigla: IA.

sf (inglintelligence) Serviço de informações.4

Percebe-se que a palavra inteligência se refere a algo positivo em todos os seus

significados, seja no intelectual, no profissional e até mesmo no emocional. A pessoa

com uma maioria inteligência seja devido às experiências profissionais ou devido ao

estudo tem condições de ter maior sucesso do que as pessoas com menos inteligência.

A inteligência nos primórdios era vista através da experiência, razões pelas quais

em muitas aldeias indígenas no momento de tomar uma decisão de grande impacto para

determinada tribo sempre eram consultadas as pessoas de mais idade, inclusive na

4Disponível em:<http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-

portugues&palavra=intelig%EAncia>. Acesso em: 14 de jun. de 2016.

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maioria das vezes essas pessoas de mais idade eram responsáveis por repassar os

conhecimentos adquiridos aos mais novos.

Hoje em dia, diferentemente dos primórdios em que a inteligência era adquirida

apenas pela experiência da vida, a inteligência continua sendo adquirida pelas

experiências de vida, mas também e principalmente pelo estudo empenho e dedicação.

Mas para ter sucesso no meio corporativo não basta apenas ter inteligência por meio de

experiências ou por meio de estudos é necessário outra inteligência, qual seja: a

inteligência emocional.

A palavra emocional da seguinte forma: “Relativo à emoção. 2 Que tem ou

revela emoção; emotivo. 3 Emocionante. sm 1 Emotivo. 2 Aspecto subjetivo que certos

fatos ou ideias possuem, capaz de provocar emoção”5. A emoção pode ser considerado

aquilo que causa um abalo na pessoa. O abalo pode ser positivo devido a alguma

conquista ou negativo, como a perda de um ente querido.

A parte emocional de uma pessoa varia de pessoa para pessoa, algumas sentem

mais emoção outras menos. Algumas pessoas sentem mais emoção com determinados

fatos, outras já não sentem da mesma forma e vice-versa.

Percebe-se através de uma análise superficial que são palavras simples de serem

compreendidas no dia a dia. No entanto, quando formam um composto resultando em

“inteligência emocional” essa complexidade aumenta gradativamente.

A partir da formação do termo inteligência emocional a complexidade aumenta

em todos os sentidos, seja quanto a formação do termo, seja quanto ao seu significado

ou ainda quanto ao seu equilíbrio. Embora presente no dia a dia de cada pessoa é um

aspecto muito importante de ser tratado e trabalhado.

O problema da falta de inteligência emocional não é apenas algo que afeta as

pessoas adultas, mas também as crianças, muitos desses problemas inclusive se criam e

se desenvolvem nesse período. Nas décadas de 70 e 80 já eram feitas pesquisas sobre o

tema, e os pontos que a maioria das crianças não estavam bem eram os seguintes:

Retraimento ou problemas de relacionamento social: preferir ficar só; ser

cheio de segredos; amuar-se muito; falta de energia; sentir-se infeliz; ser

muito dependente. Ansioso e reprimido: ser solitário; ter muitos medos e

preocupações; auto-exigência exacerbada; não se sentir amado; sentir-se

nervoso, triste e deprimido. Problemas de atenção ou de raciocínio:

dificuldade de concentração; devaneio; agir impulsivamente; nervoso demais

para concentrar-se; mau desempenho escolar; incapacidade de afastar

5Disponível em:<http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-

portugues&palavra=emo%E7%E3o> Acesso em: 14 de jun. de 2016.

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pensamentos. Deliquente ou agressivo: andar com garotos que se metem em

encrencas; mentir e trapacear; discutir muito; ser mau com os outros; chamar

a atenção para si; destruir as coisas dos outros; desobedecer em casa e na

escola; ser teimoso e macambúzio; falar demais; provocar demais; ter pavio

curto (GOLEMAN, 1995, p. 247).

Percebe-se que os problemas dos anos 70 e 80 nas crianças são praticamente os

mesmos que assolam as crianças na atualidade, com apenas algumas mudanças devido

aos aspectos e tecnológicos e a era digital. Ademais, alguns pontos que a época não se

sabia ao certo o que poderia ser, na atualidade foi desvendado pela ciência, psicologia e

medicina.

A inteligência emocional não está apenas presente na vida ou carreira

profissional da pessoa, mas sim, está também presente na vida pessoal de cada pessoa.

Além do mais, é necessário haver um equilíbrio entre o lado profissional e a vida

pessoal de cada pessoa, para que o resultado de um não interfira gradativamente no

outro.

Atualmente, pesquisas apontam que a maioria dos grandes executivos são

desligados devido aspectos pessoais comportamentais e não profissionais ou técnicos,

ou seja, muitas vezes o que acaba pesando ou sendo um fator determinante de um

desligamento é a falta de controle da inteligência emocional.

Assim, a inteligência emocional pode ser vista como:

a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e expressar emoções; a

capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando elas facilitam o

pensamento; a capacidade de compreendera emoção e o conhecimento

emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o

crescimento emocional e intelectual (MAYER; SALOVEY, 1999, p. 23).

A capacidade de avaliar e expressar emoções não se refere propriamente a

emoções de terceiros, mas se trata de controlar as próprias expressões e emoções. Pode

ser visto como uma forma de se auto controlar em momentos de estresse, tensão ou

emoção, objetivando manter uma postura profissional mesmo em situações de conflito.

Tendo como principal objetivo o fato de não perder o controle, ou como muitos

chamam de não “perder a cabeça”.

É necessário muitas vezes não só controlar as próprias emoções, mas também

controlar a emoção de terceiros, através de gestos e atitudes. Ou mais, é necessário

poupar terceiros de determinados acontecimentos objetivando não prejudicar uma

equipe toda.

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Além do mais, as pessoas que não conseguem perceber ou simplesmente

ignoram as próprias emoções podem ter muitas dificuldades no cotidiano. Vejamos:

Pessoas que ignoram as próprias emoções têm uma atividade lenta da ínsula

em comparação com a alta ativação encontrada em pessoas altamente

sintonizadas com suas vidas emocionais internas. No extremo desse

desligamento emocional estão às pessoas com alexitimia, que simplesmente

não sabem o que sentem e não conseguem imaginar como outra pessoa pode

estar se sentindo (GOLEMAN, 2014, p. 69).

Para que as pessoas tenham uma inteligência emocional apurada, é necessário

que elas primeiramente trabalhem a sua, para depois conseguir ter percepções sobre os

comportamentos das demais pessoas. Assim, quanto mais eu me conheço, melhor

saberei interpretar o comportamento de terceiros.

Alguns aspectos podem ser considerados muito importantes para a melhora da

inteligência emocional, dentre eles:

Conhece-te a ti mesmo. Se você não se conhece, não sabe quais são as suas

deficiências, os seus pontos fortes, fica difícil começar a fazer a mudanças. O

primeiro passo para desenvolver a sua inteligência emocional é estar disposto

a se enxergar. É possível que você precise da ajuda de outras pessoas,

ocasionalmente de um especialista em comportamento humano, para se

analisar e verificar o que precisa ser mudado ou fortalecido. Muitas pessoas

não mudam porque não sabem o que precisam mudar (CARVALHO, 2012,

p.38).

É necessário fazer uma auto avaliação, ou seja, olhar para o interior e ver quais

os aspectos que deixam a pessoa mais vulnerável em situações de estresse e conflito.

Por vezes inclusive é salutar consultar terceiros, que podem ter percepções e olhares

diversos dos seus, pois muitas vezes não conseguimos enxergar o nosso comportamento

da forma como os outros o enxergam por estarmos muito envolvidos com o fato ou

caso.

O ser humano é um ser que dificilmente expõe suas fraquezas, pior ainda, muitas

vezes nem ele sabe os seus pontos fracos. Existe uma falta de conhecimento do ser

humano em face do seu interior. O ponto de partida para qualquer melhora muitas vezes

a conversa consigo mesmo, ou seja, com o seu interior. É possível tirar um tempo e

pensar sobre os comportamentos, atitudes, valores, sonhos, ambições, entre outros. A

partir de uma análise própria ver quais pontos e aspectos da vida comportamental

podem ser melhorados ou aprimorados. Diga-se de passagem que não é uma atividade

fácil, por essa razão existem muitos profissionais desse âmbito no mercado.

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Outro aspecto importante na Inteligência emocional é o controle das próprias

emoções: “Aristóteles, qualquer um pode zangar-se. Isso é fácil. Mas zangar-se com a

pessoa certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa não é fácil”6. A frase

dita por Aristóteles quase nem precisa de muitas explicações. Trazendo para a realidade

quer dizer que não podemos “juntar o leite derramado”, e mesmo que juntarmos ele

dificilmente será como antes, alguma parte haverá se perdido.

Uma emoção não controlada no momento errado pode gerar consequências

gravíssimas, pois dependendo daquilo que foi dito ou feito às relações nunca mais

voltarão a ser o que foram, inclusive, é possível mencionar uma consequência mais

radical como o desligamento de um profissional qualificado, no entanto, fraco ou

desregulado emocionalmente.

É necessário um controle muito regido das emoções, inclusive os samurais eram

treinados nesse sentido:

Reconhecer um sentimento quando ele ocorre, como na história do samurai, é

um aprendizado que permite controlar nossas emoções e exercitar a

autocompreensão. Quando não nos damos conta do que sentimos, ficamos à

mercê dos nossos sentimentos. As pessoas mais conhecedoras e seguras de

seus sentimentos são os melhores pilotos de sua vida (CARVALHO, 2012, p.

38).

A preocupação com a inteligência emocional já vem desde os primórdios, no

entanto, essa preocupação não era focada para todo o âmbito da sociedade, apenas para

alguns casos que era extremamente necessário, pois poderia colocar em jogo toda uma

cultura e até mesmo a vida de pessoas, no exemplo dos samurais. No caso dos samurais

havia uma grande preocupação em relação aos sentimentos que estes tinham, para que

tais sentimentos não causassem um total descontrole da pessoa.

A falta de controle das nossas emoções não causa apenas impactos psicológicos,

mas acaba por comprometer toda a parte técnica da pessoa,

a emoção, quando não controlada, também contamina o raciocínio, atrapalha

o funcionamento do cérebro e o nosso desempenho. Quando estamos

nervosos, temos tendência a agir impulsivamente e a colher consequências

desastrosas dos nossos atos impensados. Esta já é uma forte razão que

justifica um constante treinamento. O autocontrole emocional – saber adiar a

satisfação e conter a impulsividade – está por trás de qualquer tipo de

realização (CARVALHO, 2012, p. 39).

Por exemplo, quando falece um ente querido, tem-se a tendência de ficar triste,

por essa razão a Lei permite a dispensa de alguns dias de serviço, para as pessoas se

6 CARVALHO, 2012, p. 38.

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recomporem psicologicamente. Outro exemplo, é quando se briga com algum familiar

fica difícil esquecer simplesmente o ocorrido e não levar o mesmo para o ambiente

corporativo.

Qualquer fato negativo, impactante fica difícil de ser apagado da nossa memória,

principalmente quando recente. É necessário um tempo para esquecer esse

acontecimento e até mesmo superar o mesmo. Mesmo que minimamente o trabalho e os

relacionamentos são afetados de alguma forma, quando se está abalado emocionalmente

ou psicologicamente.

Podem ser ainda mencionados três aspectos que condigam com a inteligência

emocional e com a auto realização,

Motive a si próprio. Converse consigo mesmo. O auto questionamento é a

chave para um aperfeiçoamento contínuo. Aprenda a se questionar. Abra mão

de preconceitos e prejulgamentos. Acostume-se a manter a tranquilidade em

situações. Mude o foco. Pequenas alterações podem abrir novas perspectivas.

Se quando criança você teve o incentivo dos seus pais, essa tarefa parecerá

fácil. Caso contrário, construa para você um pai amoroso que o acalme e

estimule diante das dificuldades da vida. Pratique a empatia, isto é, reconheça

as emoções nas outras pessoas. Quem consegue se colocar no lugar do outro

e captar seus sentimentos tem uma visão mais aberta para o mundo, conhece

outros pontos de vista e se torna mais sensível às necessidades alheias. É

capaz de desenvolver compaixão, sem a qual estamos condenados a um

mundo hostil e violento onde predomina o desejo de dominar vencer a

qualquer preço. Aprenda a conduzir relacionamentos. No mundo corporativo,

em que cada vez mais o trabalho em equipe é valorizado devemos cultivar a

capacidade de escutar e de manter um diálogo dá origem ao sujeito arrogante

(“Só eu sou bom”), egocêntrico (aquele que nega o outro) e chato (aquele que

só consegue ver o seu próprio ponto de vista) (CARVALHO, 2012, p. 39/40).

Por vezes é necessário realizar uma conversa com o próprio interior. Visualizar

objetivos alcançados, traçar novos objetivos de vida, pensar como melhorar

comportamentos, por vezes quando for necessário colocar esses fatos no papel.

Resumindo, pode-se falar em realizar um auto coaching.

Por fim, é possível trazer que nem todo o estresse e insegurança é algo ruim.

Embora o estresse possa ser considerado algo ruim, por vezes ele pode ser um mal

necessário,

a ausência do estresse pode ser ruim para o ambiente de trabalho e para a

vida pessoal. Sem tensões estimulantes e desafiadoras, a calma e o tédio

tronam-se fatores de perturbação. Se controlado, o estresse contribui para que

as pessoas se sintam felizes em seu trabalho, fiquem motivadas e estabeleçam

para si grandes objetivos. A falta de estresse não é boa: sem estímulos de

nenhuma espécie, a calma se torna motivo de tensão. O estresse não é o

monstro que se apregoa. Não são o trânsito, o desemprego, o chefe mal

humorado que nos desgastam, e sim a maneira como reagimos a cada uma

dessas coisas (CARVALHO, 2012, p. 41).

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Essas tensões não significam um descontrole emocional, falta de ética, má

educação, mas sim um estresse do dia a dia, principalmente no meio corporativo,

quando a comunicação não é clara, existe atrito entre colaboradores, as metas não são

alcançadas, as coisas não dão certo. Esse estresse e tensão são necessários para a pessoa

poder se sobressair às dificuldades e principalmente crescer com essas dificuldades.

Fechando, como diz um velho ditado: “marés tranquilas nunca criaram bons

marinheiros”.

5. Comportamentos dos líderes e liderados

Para entender um pouco melhor o que são os liderados será trazido a tona aquilo

que pode ser considerado uma equipe no meio corporativo “grupo de pessoas

organizadas de forma a trabalhar em conjunto, ou como um grupo que executa tarefas

semelhantes ou se reporta a uma mesma pessoa”7.

Embora o termo equipe seja praticamente universal, existem diversos tipos de

equipes,

Equipe funcional: um grupo organizado que se reporta a um único chefe e

pode ou não ser obrigado a trabalhar em conjunto, para atingir os objetivos

do grupo. Equipe multifuncional: Um grupo formado por membros

provenientes de diferentes áreas de uma mesma organização, cujo tempo é

em parte dedicado ao trabalho em equipe e, em parte, dedicado a outras

responsabilidades funcionais. Equipe de ataque: um grupo formado por

membros provenientes de diferentes áreas de uma mesma organização, cujo o

tempo é totalmente dedicado ao trabalho de equipe. Equipe ad hoc ou força

tarefa: um grupo temporariamente reunido, a fim de resolver determinado

problema ou aproveitar determinada oportunidade. Comitê ou Comissão: Um

grupo constituído em caráter permanente, que desenvolve e monitora

determinada filosofia ou política de trabalho, ou ainda um conjunto de

procedimentos (DONNELLON, 2006, p. 05/06).

Embora as equipes sejam criadas de diferentes formas, seus objetivos são

praticamente sempre os mesmos, alcançar um ou mais objetivos propostos pela

corporação ou empresa.

As equipes são normalmente constituídas como forma de conseguir otimizar e

agilizar os processos e procedimentos dentro de uma empresa. Dentre os pontos

positivos de uma equipe é possível mencionar:

Melhor desempenho, a partir de uma base mais ampla de conhecimentos e

experiências; maior criatividade, uma perspectiva mais aberta e maior

eficiência na abordagem aos problemas; a disposição para reagir e assumir

riscos; responsabilidade partilhada, em relação às tarefas, e o compromisso

em comum, em relação aos objetivos; a delegação mais eficiente das diversas

7 DONNELLON, 2006, p. 04

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tarefas; um ambiente mais estimulante e motivador para todos os membros da

equipe (DONNELLON, 2006, p. 07).

As equipes possuem como principal característica o fato de haver mais de uma

pessoa para a realização de uma tarefa. Além do mais, não maioria das vezes são

pessoas de diferentes áreas, que oportunizam pontos de vista diversos e contribuem

ainda mais para o desenvolvimento de uma ação ou projeto.

Apesar das vantagens elencadas existem também algumas desvantagens. Podem

ser criados inúmeros problemas caso as equipes não forem bem estruturadas, entre eles,

quais sejam:

Conflitos entre membros da equipe, causados pelas várias emoções e reações

humanas; interferência na experiência de cada indivíduo. O trabalho em

equipe pode, na verdade, diminuir a capacidade de produção de cada

membro; o tempo e a energia dedicados ao desenvolvimento do espírito de

equipe; a possível demora no processo de decisão; o predomínio de um grupo

ou facção dentro da equipe, sobre os outros membros, reduzindo o valor das

contribuições feitas por toda a equipe (DONNELLON, 2006, p. 08).

Dentro dessas equipes podem acabar surgindo inúmeros conflitos, seja pelo fato

de que o objetivo da equipe estiver mal definido; as pessoas não trabalharem motivadas

e em conjunto; existem ideias divergentes; a diversidade do grupo pode gerar atritos,

entre outros.

É nesse momento que entra o líder, sendo que,

Liderar é, portanto uma das tarefas mais típicas e mais importantes do

dirigente porque ele a desempenha para levar a outras pessoas a realizarem

ações efetivas, geradoras de resultados esperados. É o trabalho que o

dirigente faz ao levar pessoas a usarem o melhor de sua capacidade para

atingirem objetivos. (...) Liderança é uma habilidade para praticar o esforço

organizado. Liderança, entretanto, não pode ser confundida com puro

exercício da autoridade. Liderar é conseguir seguidores genuinamente

motivados, não é “tanger uma manada” (PASCHOAL, 2006, p. 61).

Para exercer a liderança é necessário entre outros fatores/ aspectos/ atributos: ser

força e exemplo; auto-respeito; lidar com tempos de crise, sejam elas: internas ou

externas; escolher e preparar novos líderes; multiplicar-se delegando; delegar bem

(PASCHOAL, 2006).

Como forma de solucionar alguns desses conflitos o líder deve agir: com

intervenção rápida quando necessário; resolver conflitos não criativos; descobrir as

causas do conflito; harmonizar às facções ou acabar com as mesmas; intervir em

conflitos pessoais; atenção especial aos “bodes expiatórios e valentões”; rever objetivos

da equipe; recompensar a equipe (DONNELLON, 2006).

Um líder tem muitos desafios dentre do meio corporativo, pois normalmente é o

centro das observações em todos os sentidos, seja para o bem ou para o mal. Por

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exemplo, o simples fato de ter que convocar uma reunião pode gerar uma grande dor de

cabeça para o líder, pois ele deve saber: por que convocar uma reunião; quando; qual a

modalidade de reunião (informativas; tomada de decisão; planejamento; avaliação ou

solução de problemas); a definição dos objetivos; a escolha dos participantes;

preparação do local; preparação da agenda; como iniciar a reunião; como estimular a

participação; como lidar com participantes problemáticos e como avaliar as reuniões.

Todas essas aflições que um líder pode ter se referem à realização de uma simples

reunião.

Dos itens acima elencados é possível dar uma ênfase aos participantes

problemáticos de uma reunião, dentre estes é possível destacá-los e trazer uma solução:

O sabe tudo: convém reconhecer suas qualidades, mas deixar claro que é

preciso considerar a opinião dos demais participantes; O falante: convém

interrompê-lo com tato ou limitar o tempo que ele tem para falar. O tímido:

poderá ser interessante fazer-lhes perguntas que possa ser respondidas sem

maiores dificuldades e, quando possível, elogiar sua contribuição; O

desligado: num primeiro momento, poderá ser interessante encará-lo com o

olhar e posteriormente, fazer-lhe perguntas, principalmente em relação as

suas próprias atividades; O cochichador: pedir para que ele fale para todo o

grupo pode ser uma boa medida. Também se recomenda sutilmente que os

cochichadores conhecidos sentem-se distantes entre si; O agressivo: o mais

importante é manter a calma, principalmente quando o ataque é dirigido ao

próprio líder. Defender-se não é atitude mais adequada. Também não convém

deixar o grupo atacá-lo. Solicitar contribuições positivas poderá ser um

procedimento interessante para conseguir sua colaboração; o atropelado: para

evitar que um participante comece a falar antes de os outros terem terminado,

convém que o líder antecipadamente deixe claro que não hesitará em intervir

no debate para manter sua organização; o repetitivo: uma estratégia aceitável

consiste em deixar claro que o tema foi abordado mais de uma vez e que no

momento parece ser importante só para ele; o interprete: o que fala sempre

pelos outros. Convém, enquanto ele estiver falando, pedir para que conclua

rapidamente e confrontar seu ponto de vista com o da outra pessoa; o

boateiro: sua participação pode ser prejudicial, pois leva o grupo a perder

tempo discutindo se algo é ou não verdadeiro. Convém, pois, questioná-lo

acerca de fidelidade da informação. Em certas circunstâncias convém até

mesmo interromper a reunião para obter os esclarecimentos necessários;

perguntador: quando se percebe que seu objetivo desconcertar o líder, é

recomendável passar suas perguntas para o grupo (GIL, 2011, p. 236/237).

Assim, um líder deve ser uma pessoa muito completa em todos os sentidos.

Como foi visto, o simples fato de realizar uma reunião pode ser algo extremamente

complexo se não for feito da maneira correta e com os objetivos bem traçados. A

reunião é um exemplo simples, pois na maioria das vezes o líder precisa tomar decisões

que dão nortes à empresa, que variam da falência ao sucesso da mesma, sem contar

desligamentos e contratações de pessoas.

O líder precisar ter conhecimento técnico sobre o serviço que está exercendo e

principalmente saber lidar com as pessoas que estão envolvidas no afazeres, para isso

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muitas vezes é necessário possui certa experiência mo mercado para ter certo jogo de

cintura em algumas situações. Além do conhecimento e da experiência prática, o líder

precisa de outro fator muito importante para gerir uma equipe ou grupo de pessoas, que

é a inteligência emocional, pois estará sendo colocado em teste a todo o momento pelos

seus liderados, tendo que se blindar e determinadas situações, mas mesmo assim manter

uma postura ponderada e profissional de líder.

6. Apontamentos Conclusivos

O ser humano é um ser extremamente complexo, que continua a ser desvendado

até hoje, devido a todos os avanços o ser humano continua a evoluir mudando suas

tendências e comportamentos, seja para o bem ou para o mal. Existe uma incerteza

muito grande daquilo que pode ou não ser considerado um motivador para as pessoas,

pois cada caso deve ser analisado de maneira específica.

Quanto às atividades laborais, é possível concordar com CARVALHO no

sentido de que o ser humano realiza atividades laborais em busca de prazer, realização.

O indivíduo sente um bem estar interno desenvolvendo aquele ofício. No entanto, é

necessário que além do ofício praticado, conforme defende BANOV, que o indivíduo

seja reconhecido, os chamados reforços positivos.

Além do mais, como bem trouxe PASCHOAL, o simples fato de a pessoa ter um

emprego não a mantém motivada. São necessários mais fatores, sendo necessário haver

uma autorrealizarão da pessoa que desempenha uma determinada função, seja para seu

ego ou por status social. Deve haver um benefício significativo para aquela pessoa.

Os conflitos são algo inevitável nas nossas vidas, mas nos resta saber administrá-

los da maneira mais correta, maneira essa, que pode variar de acordo com cada pessoa,

no entanto, pode-se dizer que existe um senso de razoabilidade. No entendimento de

DONNELLON, esses conflitos existem pelas várias emoções e reações humanas, que

tem com base a vivência e a experiência de cada pessoa.

Para tentar compreender alguns comportamentos, evitar conflitos, solucionar ou

amenizar conflitos, é necessário ter algo fundamental, que é uma boa inteligência

emocional. Nesse sentido, é possível se afiliar a ideia de GOLEMAN, que preceitua que

devemos tentar nos entender primeiro internamente, para depois tentar compreender

comportamentos sociais. Faz-se necessário saber as próprias fraquezas para poder

trabalhá-las melhor.

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A inteligência emocional é importante para tudo, tanto no lado social pessoal

como no profissional. Por exemplo, para criar e educar um filho; criar e manter

amizades; manter um emprego; manter uma equipe de liderados, entre outros.

Seja na vida pessoal, seja na vida profissional é necessário se utilizar da

inteligência emocional. No âmbito profissional é possível citar a seguinte passagem “ é

fácil conseguir um bom emprego, o difícil é se manter nele”. O difícil nesse aspecto

muitas vezes não é em relação à qualificação profissional, pois tal análise já foi feita na

seleção, e sim a parte pessoal comportamental.

Não é uma missão fácil trabalhar a inteligência emocional com nos mesmos,

quem dirá trabalhar sob pressão e testagem de terceiros, mas é algo necessário e muito

importante. A pessoa que conseguir desenvolver essa habilidade de se auto conhecer e

se auto controlar com absoluta certeza terá um grande diferencial na sua vida para a

obtenção do sucesso e principalmente da realização, seja na vida profissional como na

vida pessoal.

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