interação solo-estrutura
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Trabalho apresentado à disciplina de Fundações e Obras de TerraTRANSCRIPT
MUROS DE ARRIMO
Paes, Aline CarolineEstudante Engenharia Civil – Unifil / Londrina
Berwaner, Allan RodrigoEstudante Engenharia Civil – Unifil / Londrina
Nogueira Alvares, Vitor ManoelEstudante Engenharia Civil – Unifil / Londrina
1. RESUMO
Este trabalho relata sobre a definição dos muros de arrimo os quais são obras civis que têm por
objetivo prover estabilidade contra a ruptura de maciços de rocha ou solo. Ou seja, são estruturas
utilizadas para conter terrenos onde se tem um desnível. Apresenta-se neste trabalho descrições
dos tipos de muro que podem ser de gravidade, semigravidade flexão e contraforte, definidos em
tópicos, apresentando seus métodos construtivos e suas características. Define-se sua estabilidade
em diversas caracteristcas quanto ao seu deslizamento, tombamento e suas tensões no solo
Palavras-chave: relata sobre a definição dos muros de arrimo os quais são obras civis.
2. ABSTRAT
This paper reports on the definition of retaining walls which are civil works that aim to provide
stability against disruption of massive rock or soil. That is, are structures used to contain land
where there is a gap. It is presented in this work descriptions of types of wall that can be gravity,
bending and semigravidade buttress, defined topics, presenting their construction methods and
their characteristics. Sets up its stability in various caracteristcas about their sliding and tipping
their stress in soil
Keywords: reports on the definition of retaining walls which are civil works.
3. INTRODUÇÃO
4. DEFINIÇÃO
Segundo Barros (2011), muros de arrimo ou estruturas de contenção são obras civis que
têm por objetivo prover estabilidade contra a ruptura de maciços de rocha ou solo. O autor
complementa explicando que tais estruturas atuam como agente estabilizador dos maciços, assim
evitando possíveis escorregamentos (causados pelo peso próprio do maciço ou por atuação de
carregamentos externos). Ou seja, são estruturas utilizadas para conter terrenos onde se tem um
desnível que não pode ser vencido através de talude e é necessário manter uma diferença de
níveis.
São paredes verticais, ou quase verticais, que se apoiam em fundações rasas ou
profundas. Segundo Braja (2007), podem ser classificados em duas categorias principais: Muros
de arrimo rígidos e muros de solos estabilizados mecanicamente.
5. TIPOS DE MUROS
5.1. MUROS DE ARRIMO RÍGIDOS
Estes podem ser divididos em quatro categorias.
5.1.1. MUROS DE ARRIMO DE GRAVIDADE
Muros de gravidade são estruturas que, para obter estabilidade, necessitam do seu peso
próprio e do solo apoiado na alvenaria que se opõem aos empuxos horizontais. Segundo Braja
(2007), para muros muito altos, esta categoria não é economicamente viável, por isso são
utilizados para conter desníveis pequenos ou médios, inferiores a cerca de 5m. Estes podem ser
construídos de pedra, concreto, gabiões ou ainda, pneus usados.
5.1.1.1 MUROS DE ALVENARIA DE PEDRAS
Os muros de alvenaria de pedras são os mais antigos e os mais numerosos. Como foi citado
anteriormente, devido ao custo elevado, atualmente este método é menos utilizado,
principalmente em muros com maior altura.
As pedras são colocadas uma ao lado da outra, em camadas horizontais em todo o muro .
Em seguida, é lançada a argamassa sobre a superfície das mesmas, possibilitando a aderência da
próxima camada, repetindo camada por camada.
5.1.1.2 MUROS DE CONCRETO CICLÓPICO
De acordo com Andrade (2013), esses muros são estruturas construídas por meio do
preenchimento de formas com a utilização do concreto e blocos de rocha de dimensões variadas.
Afirma ainda que é necessário o planejamento da drenagem dessas estruturas, pois apresentam
alta impermeabilidade e o mau posicionamento dos furos de drenagem pode gerar manchas
causadas pelo fluxo de água. Barros (2011) caracteriza essa variação dos muros de arrimo como
estruturas rígidas, ou constituídas de materiais que não aceitam nenhum tipo de deformação.
5.1.1.3 MUROS DE GABIÃO
Este tipo de muros é constituído por gaiolas metálicas, de aço galvanizado, que são
preenchidas por pedras arrumadas manualmente. Segundo Gerscovich (2010), suas dimensões
usuais são: comprimento de 2m e seção transversal quadrada com 1m de aresta. No caso de
muros de grande altura, devem ser colocados gabiões mais baixos (altura = 0,5m) nas camadas
inferiores, onde as tensões de compressão são mais significativas, aumentando a rigidez e a
resistência.
A gaiola metálica apresenta resistência mecânica elevada e, como possuem dupla torção,
no caso da ruptura de um dos arames, a forma e a flexibilidade da malha serão preservadas,
absorvendo as deformações excessivas. Eles possuem uma galvanização dupla e, em alguns
casos, são revestidos com uma camada de PVC, para proteger contra a ação das intempéries, de
águas e solos agressivos (Gerscovich, 2010 Apud Maccaferri, 1990).
Seu diferencial para os outros tipos de muros são a flexibilidade, que permite que a
acomodação da estrutura a recalques diferenciais, e a permeabilidade.
Como exemplo temos os muros em fogueira, que são estruturas pré-moldadas de
concreto, madeira ou aço, montados em forma de fogueira, preenchido por material granular
graúdo, que se acomodam aos recalques das fundações.
5.1.1.4 MUROS DE FOGUEIRA – “CRIB WALL”
São módulos pré-moldados de concreto, madeira ou aço, justapostos, interligados
longitudinalmente em forma de fogueira, formando uma estrutura responsável pela resistência à
tração. A “fogueira” é preenchida por material granular graúdo, que pode ser solo, entulho, ou
ainda blocos de rocha ou seixos, que são compactados. Em obras de contenção definitiva deve
ser usada manta geotêxtil entre a estrutura e o maciço natural. Diferente dos outros muros de
gravidade, este pode ser utilizado em grandes alturas (acima de 15m) e pode ser montado e
remontado. São capazes de se acomodar aos recalques das fundações e dão resistência ao
cisalhamento, à compressão e ao peso da estrutura.
5.1.1.5 MUROS DE SACO DE SOLO-CIMENTO
Os muros de sacos de solo-cimento são, segundo Nascimento e Lima (2010) estruturas
construídas pela sobreposição de sacos de poliéster preenchidos com cimento-solo da ordem de
1:10 a 1:15, podendo ser construídos sem necessidade de equipamentos específicos ou mão de
obra especializada. O empilhamento dos sacos deve ser realizado de forma desencontrada da
camada imediatamente inferior, para aumentar a compactação da estrutura. De acordo com
Andrade et al. (2013), primeiramente o solo é submetido à um peneiramento em uma malha para
retirar de pedregulhos seguida pela mistura do cimento e acréscimo de água. Essa mistura, após
homogeneizada, é colocada em sacos, preenchendo-os até cerca de dois terços de seu volume
útil, lacrando-o finalmente com costura. Para proteger a face externa do muro pode-se aplicar
uma camada de argamassa de concreto magro, evitando ações erosivas de ventos e águas
superficiais.
5.1.1.6 MUROS DE PNEUS
Segundo Medeiros (2000), a escolha dos pneus como matéria prima para a construção de
muros de contenção se dá pela facilidade de obtenção desse tipo de material e também pela
elevada resistência de sua estrutura. Gerscovich (2010) afirma que os muros de pneu por meio
do posicionamento de pneus em camadas horizontais, amarrados entre si com corda ou arame e
sendo preenchidos com solo compactado. Esses muros estão limitados a alturas menores que 5
metros e com sua base com largura da ordem de 40 a 60% da altura do muro. Ressalta ainda que
esse tipo de muro é uma estrutura flexível e, dessa forma, possibilita deformações em suas
dimensões maiores do que as usuais, comprometendo a aplicabilidade para muros de contenção
que sirvam como suporte para construções civis que aceitem pouca deformação, como estruturas
de fundações e ferrovias.
5.1.2 MUROS DE GRAVIDADE ALIVIADOS
Quando há vantagem é minimizado o tamanho da seção do muro, resultando em
economia de concreto e aço, segundo Braja(2007).
5.1.3 MUROS DE FLEXÃO
Muros de flexão são estruturas esbeltas em forma de “L”. São feitos para resistirem aos
empuxos de flexão, utilizando seu próprio peso, apoiando-se em sua própria base para se manter
em equilíbrio. São Feitos de concreto armado, são enviáveis para muros acima de 5 a 7m. A base
apresenta largura entre 50 e 70% da altura total do muro, sua face resiste a flexão e quando
necessário, podem ser inseridas vigas de enrijecimento.
5.1.4 MUROS DE CONTRAFORTE
Segundo Braja (2007), estes são muros similares aos de flexão porem, em intervalos
regulares possuem lajes finas de concreto na posição vertical conhecidos como contrafortes,
que unem a face à laje da base .Isso ocorre em casos de alturas superiores a 5m,visando
aumentar a estabilidade contra tombamentos. Em caso de lajes externas ao aterro, os
contrafortes irão resistir a compressão. Como diminuem o espaço útil, a jusante da estrutura
de contenção, esta configuração se tornou menos usual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARCHETTI, OSVALDEMAR (2008) Muros de arrimo. São Paulo: Blucher.
BRAJA M. DAS (2007) Fundamentos de Engenharia Geotécnica. California State
University, Sacrmento.
ALBUQUERQUE, PAULO (2003) Fundações e obras de terra, Faculdade de
Engenharia de Sorocaba, São Paulo, Sorocaba
GERSCOVICH M.S, DENISE (2010) Estruturas de Contenção, Muros de Arrimo , Rio
de Janeiro