internationalization of the nonprofit sector · a relação entre crescimento económico e pobreza...
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Visão Global
MÓDULO 1. Estará a África perante um ponto de
viragem?
Argumentos contra a tese do Africa Rising
Ana Larcher Carvalho
De hopeless Africa a Africa Rising
Estará a África perante um ponto de viragem?
A Africa não está a descolar
Crescimento induzido pelo aumento do preço e procura de
commodities
Dependencia da China
Video: Ha-Joon Chang: growth in developing world shouldn't overexcite people
http://www.theguardian.com/global-development/video/2012/dec/21/ha-joon-chang-growth-developing-world-video
A China tem um papel importante no crescimento económico
O papel da China no crescimento económico
Os riscos da dependência da China
“Many developing countries are growing faster than rich nations, but is this growth sustainable? Much of it is based on the commodity price boom, which is led by China buying raw materials to feed its export market.
As recession hits the west, growth in China – which is hugely reliant on exports to the US and Europe – is beginning to slow”
O desaceleramento da economia chinesa nos ultimos anos teve impactos no crescimento das economias africanas.
A Dependencia das matérias primas
A maioria dos países que cresceram mais rápido na última década são exportadores de minerais ou petróleo
Exportadores de petróleo: os 8 maiores
1. Nigéria (top performer)2. Angola (top performer)3. Sudão (top performer)4. Guine eq (top performer)5. Congo Brazzaville6. Gabão(1.1%)7. Chad (top performer)8. Camarões (3.7%)
A expansão é liderada pelos exportadores de petróleo
PRODUTORES e produtores EMERGENTES
Gas natural: reservas em Moz, Tanz, e Gana
Plataforma de exploração de gas natural em Moçambique ?
Pipeline carrying natural gas from Mozambique to South
Africa: Regional project carries big benefits for both countries.
Photograph: Panos / Trygve Bolstad
Dependência dos preços das matérias-primas: O boom corresponde a um aumento dos preços
Volatilidade dos preços das commodities
Volatilidade está relacionado com a evolução da economia mundial
Evolução dos
preços das
commodities
Dependência dos preços das matérias-primas:
É pouco provável que booms que resultam de choques nos termos de troca que os tornam muito favoráveis, durem muito tempo.
A taxa de crescimento não é tão elevada quanto
parece
Crescimento populacional é muito elevado
Logo os números do crescimento não são assim tão impressionantes:
As taxas de crescimento atingem 5, 6%
Mas a população cresceu a mais de 2%
Logo, o crescimento per capita é um indicador com mais significado: e este cresceu a menos de 4%
Parte-se de uma base muito baixa
Parte-se de uma base muito reduzida, o que faz com que o afluxo de investimento tenha um peso muito elevado no PIB destes países.
Não houve tempo suficiente
Apesar de crescerem a 5% estão muito longe dos 30 anos contínuos de crescimento que acaba de experimentar a China
A descolagem económica necessita de níveis de crescimento elevados e estáveis durante um período prolongado
É geralmente aceite que uma taxa a taxa de crescimento tem de ser superior a 7% para haver redução da pobreza (AEO, 2013, 21)
Ora a projecção para 2013/2014 é que o crescimento per capita seja abaixo de 3%
Pobreza diminui mas ainda elevada
Apesar de algumas melhorias nas condições de vida, a pobreza manteve-se alta.
Os benefícios deste crescimento elevado não passaram para a população
a relação entre crescimento económico e pobreza é
complexa:
Os impactos são diferentes nos países
Países que beneficiam de termos de troca favoráveis: isto é que o preço das exportações aumentou mais rápido que as importações: os rendimentos disponíveis são maiores.
Em geral, os países africanos beneficiaram de termos de troca favoráveis (mas nem todos)
Vários exportadores de petróleo conseguiram taxas de crescimento superiores a 7% mas no entanto, apesar de algumas melhorias nas condições de vida, a pobreza manteve-se alta.
Progresso nos ODM mas muitos países aquém das metas
Baixo desenvolvimento humano
De acordo com o relatório de desenvovimento humano (HDR) de 2013 do PNUD:
A maioria dos países africanos estão na categoria de baixo desenvolvimento humano
Baixo desenvolvimento humano
Educação e saúde:
Baixa esperança de vida
Nível de analfabetismo mais alto do mundo
Baixa produtividade
DESIGUALDADE
a pobreza diminui mas as desigualdades mantêm-se elevadas
O crescimento não foi inclusivo: este é um dos maiores desafios do continente africano.
Os beneficios do crescimento são distribuídos de forma desigual muitas vezes beneficiam uma elite que se consolida no poder.
Desigualdade
Gini index of 0 represents perfect equality, while an index of 100 implies perfect inequality.
Desigualdade
Enquanto alguns países estão a crescer e enriquecer, grande parte da população é deixada para trás:
Muitos continuam na pobreza extrema
Muitos sofrem de insegurança alimentar e fome
Há grandes desigualdades no acesso à saúde, educação, água, saneamento.
As populações rurais são deixadas para trás
Grande parte dos jovens não tem empregos
O emprego não aumenta:
A criação de emprego não foi significativamente mais rápida que na década anterior
Foram criados 63 milhoes de empregos de 2003 a 2007 , mas quase 100 milhoes de jovens entraram no mercado de trabalho
10-12 m de jovens todos os anos
Só 7-10% têm um salário no sector formal
CCL: África não vive (ainda) uma descolagem
É um crescimento frágil:
Taxas de poupança muito baixas
Dependência dos fluxos externos
Os problemas estruturais persistem na maior parte dos
países
Africa continua dependente dos produtos de base
As matérias primas são 80% das exportações
Sendos os recursos minerais os mais importantes
Os empregos no sector formal criados pelas industrias extrativas não passam os 1%
Riscos domésticos e tensões politicas
Problemas de segurança na Nigéria, Sudão do sul e RCA
Comissão Económica para Africa
Segunda alguns autores e organizações internacionais:
África tem de transformar a estrutura das suas economias:
Com o desenvolvimento da indústria transformadora:
Utilizar bens produzidos pelas indústrias de base e fabricar outras mercadorias, que podem ser:
Duráveis: transporte, mecânica e construção civil
Intermediárias: papel e papelão, madeira e plástico
Não-duráveis: vestuário, perfumaria e sabão, alimentar
Acrescentar valor aos produtos base
Estabelecer ligações com cadeias de valor mundiais e outros sectores da economia
deve celebrar-se os avanços mas não nos podemos contentar com eles
Houveram ganhos reais em algumas áreas mas não noutras.
É importante não embarcar no optimismo excessivo sobretudo se adoptar uma perspectiva de desenvolvimento humano e social
Outros
Novos desafios