interpretaÇÃo de ecg

87
INTERPRETAÇÃO INTERPRETAÇÃO INTERPRETAÇÃO INTERPRETAÇÃO DE ECG DE ECG DE ECG DE ECG DE ECG DE ECG DE ECG DE ECG Dora Saraiva

Upload: claudia-panizza

Post on 01-Jun-2015

60.249 views

Category:

Health & Medicine


0 download

DESCRIPTION

Interpretação de ECG por Dora Saraiva

TRANSCRIPT

Page 1: INTERPRETAÇÃO DE ECG

INTERPRETAÇÃO INTERPRETAÇÃO INTERPRETAÇÃO INTERPRETAÇÃO Ç OÇ ODE ECGDE ECG

Ç OÇ ODE ECGDE ECGDE ECGDE ECGDE ECGDE ECG

Dora Saraiva

Page 2: INTERPRETAÇÃO DE ECG

RITMO SINUSALRITMO SINUSALRITMO SINUSALRITMO SINUSAL

Parâmetros a ter em conta na Interpretação do ECG:

♥ Presença de todas as ondas♥ Relação da onda P com o QRS

♥ Morfologia da onda P e duração do Intervalo PQ♥ Morfologia da onda P e duração do Intervalo PQ♥ Morfologia do QRS

♥ C t í ti d i t l RR♥ Características dos intervalos RR♥ Frequência dos complexos QRS FC

Page 3: INTERPRETAÇÃO DE ECG

RITMO SINUSALRITMO SINUSALRITMO SINUSALRITMO SINUSAL

ECG Normal:

Onda PDespolarização auricular seguida de sístole auricularDespolarização auricular seguida de sístole auricular

Complexo QRSDespolarização ventricular seguida de sístole ventricularDespolarização ventricular seguida de sístole ventricular

Onda TRepolarização ventricularRepolarização ventricular

Page 4: INTERPRETAÇÃO DE ECG

RITMO SINUSALRITMO SINUSAL

ECG Normal:

RITMO SINUSALRITMO SINUSAL

ECG Normal:

I t l PRIntervalo PRDesde o inicio da P até ao inicio de QRS

Despolarização auricular e atraso que sofre o estímuloDespolarização auricular e atraso que sofre o estímulo no nódulo

Intervalo QTIntervalo QTDesde o inicio de QRS até ao final da onda T

Tempo entre a despolarização e a repolarização dosTempo entre a despolarização e a repolarização dos ventrículos

Page 5: INTERPRETAÇÃO DE ECG

RITMO SINUSALRITMO SINUSALRITMO SINUSALRITMO SINUSAL

Diz-se que o ritmo é normal quando ti f i t ité isatisfaz os seguintes critérios:

♥ Onda P positiva e arredondada antes de cada QRS♥ Intervalo PR entre 0 12 e 0 20 seg♥ Intervalo PR entre 0,12 e 0,20 seg♥ QRS de aparência estável com menos de 0,12 seg

I t l RR tá l FC 60 100 b/ i♥ Intervalo RR estável, FC 60 a 100 b/min.

O impulso tem origem no nódulo SA (ritmo sinusal)

Page 6: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASDISRITMIASDISRITMIAS

Definição:

♥ São resultado de alterações na formação ou♥ São resultado de alterações na formação ou propagação de impulsos.

♥ A etiologia mais freq. : doença cardiaca ♥ et o og a a s eq doe ça ca d acasubjacente, estimulação simpática ou do vago, desiq electrolitico hipoxémiadesiq. electrolitico, hipoxémia.

Page 7: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASDISRITMIASDISRITMIAS

Classificação:

As disritmias têm origem num dos 3 processos:1. Distúrbios do automatismo1. Distúrbios do automatismo2. Distúrbios da condutibilidade3. Distúrbios de excitabilidade

Page 8: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASAlterações do automatismo

DISRITMIASDISRITMIASAlterações do automatismo

Alteração da capacidade da célula cardíaca sedespolarizar expontaneamente sem estimulaçãop p çexterna.

Contribuem para um aumento do automatismo:Contribuem para um aumento do automatismo:hipoxémia, as catecolaminas, a hipocaliémia, ahi l é i t i l t tihipocalcémia, a atropina, o calor, o traumatismo e atoxicidade por digitálicos.

Podem ter como consequência: isquémia, enfarte oucardiomiopatia.p

Page 9: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASDISRITMIASDISRITMIAS

Alterações do automatismo

V i bilid d d t ti it i i lVariabilidade do automatismo – arritmia sinusal, síndrome bradi-taquiarritmiaAumento do automatismo – taquicardia sinusalDepressão do automatismo – bradicardia sinusalSupressão do automatismo – paragem sinusal, ritmo auricular multifocal, ritmo juncionalj

Page 10: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASDISRITMIASDISRITMIAS

Alterações na condução

Quando a velocidade ou amplitude da despolarizaçãodiminui também a condução diminuidiminui também a condução diminui.

Anomalias na condução ocorrem em qualquer parte do i t d d ã i l i d ód l SA ód lsistema de condução, incluindo o nódulo SA, o nódulo

AV e os ramos fasciculares.A gravidade de valores de condução alterados vai

desde um ligeiro atraso à completa cessação oudesde u ge o a aso à co p e a cessação oubloqueio da transmissão do impulso.

Page 11: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASDISRITMIASDISRITMIAS

Alterações na condução

Depressão da condução auricular bloqueio sinoDepressão da condução auricular – bloqueio sino auricularD ã d d ã i l t i lDepressão da condução auriculoventricular –BAV 1º grau, BAV 2º grau, BAV 3º grauD ã d d ã t i l bl iDepressão da condução ventricular – bloqueios fasciculares e bloqueios de ramo

Page 12: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASReentrada

DISRITMIASDISRITMIASReentrada

Ocorre quando um impulso é bloqueado, numa viade condução lenta, o tempo suficiente para o impulsoç p p painda ser viável, quando o miocárdio remanescenterepolarizarepolariza.

O i l t t id i d tO impulso reentra no tecido circundante e produz novo impulso.

Page 13: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASDISRITMIASDISRITMIAS

Aumento da excitabilidade

Sinusal – ES sinusaisAuricular – ES auricular, taquicardia paroxística auricular, flutter auricular e FAJuncional – ES juncional, taquicardia juncionalVentricular – ES ventricular, ritmo idioventricular, taquicardia ventricular, torsade de Pointes, flutter ventricular e FV

Page 14: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBradicardia Sinusal

DISRITMIASDISRITMIASBradicardia Sinusal

Caracteriza-se por frequências auricular e ventricularinferiores a 60 p/min.p

Tem todos os parâmetros normais do ritmo sinusal com excepção da frequência Tem origem no nódulo SAcom excepção da frequência. Tem origem no nódulo SA.

Page 15: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASDISRITMIASDISRITMIAS

Bradicardia Sinusal

É comum observar-se em atletas, podendo também , pestar associado ao sono, vómito e EAM.A estimulação do seio carotídeo e fármacos como aA estimulação do seio carotídeo e fármacos como a digoxina, sulfato de morfina e sedativos podem induzir a bradicardia sinusal.Associada a enfarte pode ser um ritmo benéfico por reduzir as necessidades do miocárdio em O2reduzir as necessidades do miocárdio em O2.

Page 16: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBradicardia Sinusal

DISRITMIASDISRITMIASBradicardia Sinusal

S FC f d i d l t t débitSe a FC for demasiado lenta para manter o débito cardíaco adequado, pode ocorrer síncope ou ICC.A d i i d i é l fiA administração de atropina é geralmente eficaz para aumentar a FC.

Page 17: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia Sinusal

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia Sinusal

ÉÉ caracterizada por uma frequência de 100 ou mais p/min. Tem origem no nódulo SA.Em geral o limite máximo são 150 p/min.Os intervalos e os complexos estão dentro dos pvalores normais.

Taquicardia Sinusal

Page 18: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia Sinusal

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia Sinusal

Está associada à ingestão de álcool, cafeína e tabaco.Trata-se de uma resposta fisiológica normal a esforço, febre, medo, dor aguda ou situação que requeira um metabolismo basal mais elevado.Clinicamente trata-se de um mecanismo compensatório a curto prazo, associado a IC, anemia, hipovolémia e hipotensão. Também se pode verificar no hipertiroidismo ou ser provocada por drogas como a atropina e as anfetaminas.

Page 19: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia Sinusal

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia Sinusal

Taquicardia Sinusal

O doente pode não ter sintomas ou queixar-se de palpitações.palpitações.Quando o miocárdio está comprometido, pode provocar diminuição do débito cardiaco sensaçãoprovocar diminuição do débito cardiaco sensação de vertigem, dor no peito e IC.A taquicardia sinusal pode ser resolvida comA taquicardia sinusal pode ser resolvida com digoxina, beta-bloqueantes ou diltiazem.

Page 20: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASDisritmia Sinusal

DISRITMIASDISRITMIASDisritmia Sinusal

É a disritmia mais frequente. Encontra-se em adultos jovens e em idososjovens e em idosos.É um ritmo irregular, em que os intervalos PP variam mais de 0 16 segmais de 0,16 seg.As onda P têm morfologia constante, o intervalo PR e

l QRS it d t d lo complexo QRS situam-se dentro dos valores normais (FC 60-100).

Page 21: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIAS

Di it i Si l

DISRITMIASDISRITMIAS

Disritmia Sinusal

O padrão cíclico de alterações relaciona-se com a inspiração ( os intervalos encurtam e a frequência p ç ( qaumenta) e a expiração (aumentam os intervalos)Só é tratada quando provoca sintomas (palpitaçõesSó é tratada quando provoca sintomas (palpitações ou tonturas).A atropina pode ser eficaz no tratamento daA atropina pode ser eficaz no tratamento da bradicardia sintomática.

Page 22: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASSíndrome do nódulo sinusal

DISRITMIASDISRITMIASSíndrome do nódulo sinusal

ÉÉ um tipo de síndrome taquicardia-bradicardia, que tem o nódulo como origem.Caracteriza-se pela presença de bradicardia com episódios intermitentes de taquidisritmias.O ritmo ineficaz pode provocar IC, AVC resultante de tromboembolia e confusão por diminuição da p çcorrente sanguínea cerebral.Está associado a isquémia ou degenerescência do stá assoc ado a squé a ou dege e escê c a donódulo SA.

Page 23: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASExtra sístoles supraventriculares (ESSV)

DISRITMIASDISRITMIASExtra-sístoles supraventriculares (ESSV)

ÉÉ iniciada por um foco ectópico da aurícula.Caracteriza-se por uma onda P prematura.p pA ESSV é muitas vezes seguida de uma pausa.Podem estar associadas a stress consumo dePodem estar associadas a stress, consumo de cafeína e tabaco. Também hipoxémia, aumento de volume da aurícula, infecção, inflamação e isquémiavolume da aurícula, infecção, inflamação e isquémia do miocárdio.

Page 24: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASExtra sístoles supraventriculares (ESSV)

DISRITMIASDISRITMIASExtra-sístoles supraventriculares (ESSV)

ESSV frequentes podem ser sinal de FA ou taquicardia iminentes.Na ausência de patologia orgânica não é necessário tratamento. A eliminação dos agentes faz desaparecer o foco auricular.Podem produzir palpitações.p p p çEm geral o débito cardíaco não é afectado a menos que as ESSV sejam muito frequentes.que as SS seja u to eque tes

Page 25: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia auricular multifocal

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia auricular multifocal

Ocorre quando pelo menos 3 locais ectópicos criam o impulso para o ritmo cardíaco..O ECG apresenta ondas P de diferentes formas e intervalos PR de comprimentos diferentes.

Page 26: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIAS

Taquicardia auricular multifocal

DISRITMIASDISRITMIAS

Taquicardia auricular multifocal

As ondas P podem estar cobertas pelo QRS, aparecer depois deste ou estarem invertidas.Geralmente, significam patologia cardíaca subjacente ou toxicidade por fármacos.

Page 27: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIAS

Taquicardia auricular

DISRITMIASDISRITMIAS

Taquicardia auricular

A frequência auricular é de cerca 150 a 250 p/min.Estão presentes ondas P que podem estarEstão presentes ondas P, que podem estar escondidas nas ondas T das pulsações anteriores quando a frequência ventricular é muito elevadaquando a frequência ventricular é muito elevada.

Page 28: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia auricular

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia auricular

G l t QRS é l it t i lGeralmente, o QRS é normal e o ritmo ventricular regular.Q d bit t é d i d t i diQuando ocorre subitamente é designada taquicardia paroxistica supraventricular (TPSV).

Page 29: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia auricular

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia auricular

Episódios de TPSV passageiras podem ocorrer em crianças e adultos jovens sem haver patologia cardíaca.Quando está presente patologia subjacente, normalmente é de origem pulmonar ou cardíaca reumática.Quando as ondas P variam de aspecto (pelo menos 3 formatos diferentes), o ritmo é designado

TA multifocal.

Page 30: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFlutter auricular

DISRITMIASDISRITMIASFlutter auricular

As aurículas despolarizam a uma frequência de 250 p qa 350 p/min.As despolarizações auriculares produzem ondas de fl tt “F” dã à li h d b t dflutter “F”, que dão à linha de base um aspecto de dente de serra.

Page 31: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFlutter auricular

DISRITMIASDISRITMIASFlutter auricular

As configurações do QRS são normais, pois nem t d i l ã d id ttodos os impulsos são conduzidos aos vent.Não há intervalos PR mensurável pois é difícil d t i l i l i l l t édeterminar qual o impulso auricular que realmente é conduzido até aos ventrículos.

Page 32: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFlutter auricular

DISRITMIASDISRITMIASFlutter auricular

Com frequências auriculares rápidas, o nódulo AV impede a condução de cada impulso auricular.Os ventrículos respondem muitas vezes a ritmo regular.O nº de ondas de flutter relativamente aos complexos QRS é expresso com um rácio (ex. p p (flutter auricular 4:1 bloqueio)

Page 33: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFlutter auricular

DISRITMIASDISRITMIASFlutter auricular

O principal objectivo do tratamento é controlar a frequência ventricular, (diltiazen, digoxina ou beta-bloqueantes para reduzir e atropina quando resposta ventricular lenta).A cardioversão é altamente eficaz para converter o ritmo. Quando falharem pode usar-se um pacemaker auricular.

Page 34: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação auricular

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação auricular

É a disritmia auricular mais rápidaÉ a disritmia auricular mais rápida.É criada e mantida por um ou mais focos ectópicos de disparo rápidode disparo rápido.As aurículas despolarizam caoticamente a frequências de 350 a 600 p/min ( aurícula “treme” efrequências de 350 a 600 p/min ( aurícula treme e não há contracção eficaz).S t i l tSomente por acaso um impulso atravessa o nódulo AV.

Page 35: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação auricular

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação auricular

A linha de base é formada por ondulações irregulares, sem ondas P definíveis.O complexo QRS é geralmente normal, mas o ritmo ventricular é desordenadamente irregular.Pode ser paroxistica e passageira ou crónica.Está associada a pericardite, cardiomiopatia,Está associada a pericardite, cardiomiopatia, doença das artérias coronárias, IC, ingestão excessiva de álcool (“coração em férias”), cirurgia e cess a de á coo ( co ação e é as ), c u g acardíaca…

Page 36: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação auricular

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação auricular

Devido à irregularidade do ritmo há uma diminuição do DC, provocando sintomas: fadiga, dispneia e tonturas.Podem formar-se trombos nas aurículas e provocarem êmbolos, que se poderão alojar nos vasos sang. pulmonares ou periféricos.

Page 37: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação auricular

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação auricular

O principal objectivo do tratamento é controlar a frequência ventricular, (diltiazen, digoxina ou beta-bloqueantes para reduzir, atropina quando resposta ventricular lenta) antidisrítmicos como a

i d f i idamiodarona, propafenona ou procainamida.A cardioversão ou a implantação de um pacemaker permanente também podem estabelecer um ritmo sinusal normal.

Page 38: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASContracções juncionais prematuras

DISRITMIASDISRITMIASContracções juncionais prematuras

Toda a área que circunda o nódulo AV recebe o nome de junção.Se um impulso ectópico for originado na junção, ocorre uma situação de contracção juncional prematura.Tem origem num foco ectópico:

1. Na junção do tecido auricular com o nódulo AV 2 Na junção do tecido do AV com o feixe de His2. Na junção do tecido do AV com o feixe de His

No 1º caso a onda P fica invertida e prematura

Page 39: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASContracções juncionais prematuras

DISRITMIASDISRITMIASContracções juncionais prematuras

No 2º caso a onda P ou está escondida no QRS ou está invertida e segue-se ao QRS.Podem resultar de toxicidade de digitálicos, isquémia, hipoxémia, febre, dor, ansiedade, nicotina ou des. electrólitico.O tratamento, qd necessário é orientado para a q pcorrecção da causa subjacente.

Page 40: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASRitmos juncionais

DISRITMIASDISRITMIASRitmos juncionais

Quando o nódulo SA dispara a uma F < 40-60 p/min, as células automáticas na junção AV podem suscitar impulsos – batimentos de escape – para estabilizar o ritmo.Uma sucessão de batimentos a partir de junção é um ritmo de junção de escape.As ondas P podem ocorrer antes, durante ou após os QRS. Quando presentes são – em DII.

Page 41: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASRitmos juncionais

DISRITMIASDISRITMIASRitmos juncionais

Q d t ti d k j i lQuando o automatismo de um pacemaker juncional aumenta a F > 60 b/min, pode tomar o lugar do ód l SA Q d F 60 100 it é d i dnódulo SA. Quando a F 60-100 o ritmo é designado

RJ acelerado.F 100 i t t i di j i l T t tF> 100 existe taquicardia juncional. Tanto esta com a TPSV são designadas com taquicardia

t i l i di it tsupraventricular, a indicar que o ritmo tem a sua origem acima dos ventrículos.

Page 42: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASExtra sístoles ventriculares

DISRITMIASDISRITMIASExtra-sístoles ventriculares

Uma ES ventricular é uma contracção com origem num foco ectópico , nos ventrículos.O QRS característico é largo e estranho (>0,12 seg). Não há onda P associada e a onda T está em sentido oposto, relativamente à 1ª deflexão do QRS.Normalmente, são seguidas de uma pausa até g pcomeçar o impulso normal no nódulo SA.

Page 43: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASExtra sístoles ventriculares

DISRITMIASDISRITMIASExtra-sístoles ventriculares

Page 44: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASExtra sístoles ventriculares

DISRITMIASDISRITMIASExtra-sístoles ventriculares

Se as ESV tiverem configuração diversa, diz-se que são multifocais, o que indica a presença de mais de um foco ectópico ou de um foco ectópico com múltiplas vias de reeentrada.Um estímulo qq que estimule o coração perto da onda T (impede a repolarização dos ventrículos) pode precipitar uma disritmia letal.

Page 45: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASExtra sístoles ventriculares

DISRITMIASDISRITMIASExtra-sístoles ventriculares

Quando em cada 2 ES uma é ventricular Bigeminismo (ES acoplada com um batimento normal); 1 em cada 3 Trigeminismo (ES acoplada com 2 batimentos normais)…2ESV em conjunto Acopladaj p

A supressão das ESV por via farmacológica faz-seA supressão das ESV por via farmacológica faz-se com lidocaína ou procainamida.

Page 46: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASRitmos e taquicardia ventriculares

DISRITMIASDISRITMIASRitmos e taquicardia ventriculares

Se o nódulo SA e a junção AV não conseguem provocar impulsos, um foco ectópico ventricular vai automaticamente criar impulsos à razão de 20 a 40 p/min. Ritmo idioventricular (as ondas P quando as há ã tã i d it t i l )há não estão associadas ao ritmo ventricular).

Page 47: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASRitmos e taquicardia ventriculares

DISRITMIASDISRITMIASRitmos e taquicardia ventriculares

O QRS > 0 12 l t hO QRS > 0,12 seg, largo e estranho.Se a F iniciada no ventrículo aumenta para 40 a 100 Ri idi i l l dRitmo idioventricular acelerado.

Page 48: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia ventricular

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia ventricular

Três ou mais ESV sucessivas (séries ao salvas) representam TVA frequência ventricular é > 100 p/min (140-240)

Page 49: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIAS

T i di t i l

DISRITMIASDISRITMIAS

Taquicardia ventricular

Pode haver ondas P mas não associadas a QRS. Pode ser o resultado directo de uma ESV a ocorrerPode ser o resultado directo de uma ESV a ocorrer num período vulnerável do coração.P d ti d ( 30 ) ã ti dPode ser continuada (+ 30 seg) ou não continuada.

Page 50: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia ventricular

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia ventricular

Com a freq. aumentada o DC diminui, pois os ventrículos não têm tempo para encher e esvaziar. Pode ocorrer palpitações ou síncope.A lidocaína EV é o fármaco mais usado.Alternativa é a cardioversão.A supresssão da TV também pode ser obtidaA supresssão da TV também pode ser obtida através de antidisrítmicos ou com ablação por radiofrequência.ad o equê c a

Page 51: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia ventricular polimórfica

DISRITMIASDISRITMIASTaquicardia ventricular polimórfica“ Torsade de pointes”

Se não tratada pode evoluir para FV.Se não tratada pode evoluir para FV.As ondas P se observadas estão dissociadas do QRS que são > 0 12 seg e estranhos; adquirindoQRS, que são > 0,12 seg e estranhos; adquirindo forma espiralada ao longo da linha- base isoeléctrica, variando as dimensões e a direcção.isoeléctrica, variando as dimensões e a direcção.

Page 52: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIAS

T i di t i l li ó fi

DISRITMIASDISRITMIAS

Taquicardia ventricular polimórfica“ Torsade de pointes”p

Administra-se sulfato de Mg para estabilizar a membrana eléctrica. (pode adm. lídocaína).Geralmente a cardioversão é necessária.

Page 53: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação ventricular

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação ventricular

Na FV a actividade ventricular é caótica, semelhante às aurículas na FA.às aurículas na FA.O traçado apresenta ondas não identificáveis (podem ser grossas ou finas)(podem ser grossas ou finas).Não há despolarização e por isso não há contracção ventricular efectivaventricular efectiva.

Page 54: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação ventricular

DISRITMIASDISRITMIASFibrilhação ventricular

ÉÉ o evento final de morte súbita.A desfibrilhação é a única intervenção, que deve ser ç ç qo mais precoce possível.A adm. de adrenalina pode aumentar a eficácia da pdesfibrilhação.

Page 55: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASAssistolia

DISRITMIASDISRITMIASAssistolia

O traçado é uma linha praticamente isoeléctrica.Todas as células de marca-passo falharam.pNão existe pressão arterial, pulso ou batimento cardíaco audível, as respirações cessam , p çrapidamente.Iniciar de imediato RCR.Iniciar de imediato RCR.

Page 56: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio auriculo ventricular

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio auriculo-ventricular

Um bloqueio à condução de um impulso pode ocorrer em qq ponto ao longo das vias de condução.Uma área comum é a junção AV.A gravidade do bloqueio é identificada por graus:g q p g

1 Bloqueio 1º grau1. Bloqueio 1 grau2. Bloqueio 2º grau (Mobitz I, Mobitz II)

3 Bl i 3º3. Bloqueio 3º grau

Page 57: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 1º grau

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 1º grau

Está presente quando o intervalo PR se prolonga por mais de 0,20 seg (1 quadrado grande) a indicar um atraso de condução no nódulo AV.Sequência P-QRS-T normalIntervalos RR iguais

Page 58: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 2º grau Mobitz I ou Wenkebach

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 2 grau Mobitz I ou Wenkebach

Caracteriza-se por um intervalo PR, que i t t té d P ãprogressivamente aumenta até uma onda P não ser

seguida de um complexo QRS.A t l i tá l t ód l AVA patologia está normalmente no nódulo AV e produz QRS < 0,12 seg.

Page 59: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 2º grau Mobitz II

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 2º grau Mobitz II

É menos comum mas mais grave.Caracteriza-se por impulsos sinusais não p pconduzidos apesar de constantes intervalos PR para as ondas P (que podem ocorrer aleatóriamente ou em rácios standardizados 2:1, 3:1…).São necessários 2 ou + impulsos auriculares para p pestimular a resposta ventricular (QRS).

Page 60: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 2º grau Mobitz II

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 2º grau Mobitz II

Os complexos QRS são largos, a menos que o bloqueio seja no feixe de His.Intervalos RR iguais ou variáveis consoante o bloqueio seja constante ou não.A solução é a colocação de um pacemaker provisório ou permanente.p pA atropina pode não ser eficaz (aumenta apenas a frequência auricular).equê c a au cu a )

Page 61: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 3ºgrau (completo)

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 3ºgrau (completo)

Todos os impulsos sinusais ou auriculares estão bloqueados, e as aurículas e os ventrículos batem independentemente.Nenhum impulso auricular atravessa o nódulo AV.

Page 62: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 3ºgrau (completo)

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 3ºgrau (completo)

O t í l ã i l i d fOs ventrículos são impulsionados por um foco ectópico, juncional ou ventricular. A l é h bi l f i d HiA lesão é habitualmente no feixe de His ou nos ramos fasciculares.

Page 63: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 3ºgrau (completo)

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 3ºgrau (completo)

Podemos encontrar uma frequência auricular (onda q (P) e um ventricular independente, geralmente mais lenta. A isso chama-se dissociação AV.Quando a pessoa perde a consciência devido à consequente diminuição do fluxo sanguíneo, q ç gchama-se síndrome Stokes Adams.

Page 64: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 3ºgrau (completo)

DISRITMIASDISRITMIASBloqueio 3ºgrau (completo)

Se for um foco ectópico juncional a impulsionar os ventrículos, a frequência ventricular será de pelo menos 40 a 60 b/min, com QRS tipicamente estreitos.Se for um foco ectópico ventricular a impulsionar os ventrículos, a frequência ventricular será de 20 a 40 b/min, com QRS anormalmente largo, indicando que o bloqueio se situa abaixo do AV.Geralmente é necessário a implantação de pacemaker.

Page 65: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIAS

Bloq eio do ramo fascic lar

DISRITMIASDISRITMIAS

Bloqueio do ramo fascicularQuando uma ou as 2 vias do ramo fascicular do sistema de condução estão bloqueadas.O impulso tem de seguir por uma via diferente para estimular o ventrículo, pelo que o QRS é prolongado para além de 0,12 seg.Dividem-se em bloqueio do ramo fascicular esq. e bloqueio do ramo fascicular dto.q

Page 66: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIAS

Bloq eio de ramo

DISRITMIASDISRITMIAS

Bloqueio de ramo

No bloqueio de ramo um ventrículo despolariza-se pouco depois do outro fazendo com que os 2 QRSpouco depois do outro, fazendo, com que os 2 QRS se juntem (podendo ver-se 2 ondas R-R´) e tenham uma largura de pelo menos 3 quadradinhosuma largura de pelo menos 3 quadradinhos.Se houver R-R´ em V1 e V2 BR dto. (ventrículo dto Despolariza-se um pouco depois do esq )dto. Despolariza-se um pouco depois do esq.)Se R-R´ em V5 e V6 BR esq. (neste o diagnóstico de EAM pode não ser exacto)diagnóstico de EAM pode não ser exacto)

Page 67: INTERPRETAÇÃO DE ECG

DISRITMIASDISRITMIAS

Bloq eio de ramo

DISRITMIASDISRITMIAS

Bloqueio de ramo

Se aumento do intervalo PR – bloqueio do AVSe aumento da largura de QRS bloqueio de ramoSe aumento da largura de QRS – bloqueio de ramo

Page 68: INTERPRETAÇÃO DE ECG

HIPERTROFIAHIPERTROFIA

Hipertrofia a ric lar

HIPERTROFIAHIPERTROFIA

Hipertrofia auricular

Significa aumento da espessura da parede de uma cavidade cardíaca (aurícula)cavidade cardíaca (aurícula).Os sinais de hipertrofia auricular podem ser observados pela análises da onda P (que reproduzobservados pela análises da onda P (que reproduz a despolarização das aurículas).C d i ã V2 it di t t bComo a derivação V2 se situa directamente sobre as aurículas, será a melhor derivação para fazer a análise e determinar HAanálise e determinar HA.

Page 69: INTERPRETAÇÃO DE ECG

HIPERTROFIAHIPERTROFIA

Hipertrofia a ric lar

HIPERTROFIAHIPERTROFIA

Hipertrofia auricular

A onda P é difásica (tanto positiva como negativa)Se a componente inicial da onda P difásica for maiorSe a componente inicial da onda P difásica for maior trata-se de hipertrofia auricular dta. (indicando que a aurícula dta é mais espessa que a esq )aurícula dta.é mais espessa que a esq.)

Se a parte terminal da onda P difásica em V1 for grande e larga, trata-se de hipertrofia auricular esq.

Page 70: INTERPRETAÇÃO DE ECG

HIPERTROFIAHIPERTROFIA

Hipertrofia a ric lar

HIPERTROFIAHIPERTROFIA

Hipertrofia auricular

A onda P ampla e em forma de m, são visíveis na HA esq e recebem o nome de P-mitral uma vez queHA esq. e recebem o nome de P-mitral uma vez que a estenose mitral é a causa mais freq.As ondas P altas e ponteagudas são indicativas deAs ondas P altas e ponteagudas são indicativas de HA dta. E são denominadas P-pulmonar, já que esta condição resulta muitas vezes de doença pulmonarcondição resulta muitas vezes de doença pulmonar crónica.

Page 71: INTERPRETAÇÃO DE ECG

HIPERTROFIAHIPERTROFIAHIPERTROFIAHIPERTROFIA

Hipertrofia ventricular dta.Hipertrofia ventricular dta.

Na hipertrofia ventricular dta. há uma onda R grande em V1, que se torna progressivamente menor nas derivações seguintes.O QRS nesta derivação é mais positivo que de ç p qcostume (normalmente – nesta derivação)

Page 72: INTERPRETAÇÃO DE ECG

HIPERTROFIAHIPERTROFIAHIPERTROFIAHIPERTROFIA

Hipertrofia ventricular esq.

G QRS t d lt f did dGera QRS aumentados em altura e profundidade, principalmente nas derivações precordiais.Na hipertrofia ventricular esq. há S grande em V1 e R grande em V5 (onde se localiza o VE)Se a profundidade em mm de S em V1 e a altura de R em V5, somadas forem maiores que 35mm, há HVE

Page 73: INTERPRETAÇÃO DE ECG

HIPERTROFIAHIPERTROFIAHIPERTROFIAHIPERTROFIA

Hipertrofia ventricular esq.

C d i õ di i (V5 V6)Como as derivações precordiais esq. (V5 e V6) se situam sobre o VE são ideais para detectar a onda T característica: vertente descendente gradual ecaracterística: vertente descendente gradual e retorno muito rápido à linha de base.

Page 74: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTE

Enfarte

ENFARTEENFARTE

Enfarte

Aparece quando uma artéria coronária que irriga o VE fica ocluída ficando uma área do miocárdio semVE fica ocluída, ficando uma área do miocárdio sem suprimento de sangue.As artérias que irrigam o VE podem enviar ramosAs artérias que irrigam o VE podem enviar ramos para outras áreas do coração, de modo que o enfarte deste ventrículo pode abranger pequenaenfarte deste ventrículo pode abranger pequena área de outra cavidade.

Page 75: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTEENFARTEENFARTE

Enfarte

A f t d d VE i i ã íA zona enfartada do VE, sem irrigação sanguínea , é electricamente morta e não pode conduzir impulsos eléctricosimpulsos eléctricos.A tríade clássica de enfarte é: isquémia, lesão e

f t d d t denfarte; mas cada um destes pode ocorrer isoladamente.

Page 76: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTEENFARTEENFARTE

Isquémia

Significa diminuição do aporte de sangue.Caracteriza-se por ondas T invertidas e simétricas ao contrário da HVE.

Page 77: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTELesão

ENFARTEENFARTELesão

Significa enfarte agudo ou recente.Caracteriza-se pela elevação (supradesnivelamento)Caracteriza-se pela elevação (supradesnivelamento) do segmento ST para além da linha de base.A pericardite também pode apresentar esta elevaçãoA pericardite também pode apresentar esta elevação, mas neste caso a onda T também se eleva acima da linha de baselinha de base.

Page 78: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTEENFARTEENFARTE

Infradesnivelamento do segmento ST

O segmento ST pode estar deprimido (infradesnivelado):

1. Digitalização2 Enfarte subendocárdico2. Enfarte subendocárdico3. Doente com isquémia que faz esforço

Page 79: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTEOndas Q patológicas

ENFARTEENFARTEOndas Q patológicas

Traduzem a presença de enfarteU d Q t ló i t l dUma onda Q patológica tem a largura de um quadradinho (0,04 seg) ou um terço da altura do QRSQRS.Devem-se pesquisar ondas Q patológicas em todas

d i õ ã d AVR ( las derivações com excepção da AVR (pela sua posição não tem valor para estas ondas)

Page 80: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTEEnfarte

ENFARTEENFARTEEnfarte

A localização do enfarte pode ser grosseiramente d fi id l d i õ j i í idefinida pelas derivações em que sejam visíveis alterações do segmento ST e da onda T.G i t d di t º dGenericamente pode dizer-se que quanto > nº de derivações envolvidas, mais extenso será o enfarte.

Page 81: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTE

L li ã

ENFARTEENFARTE

LocalizaçãoOndas Q em V1,V2, V3 e V4 significam enfarte ganterior (descendente anterior)Ondas Q nas derivações 1 a AVL indicam enfarte Q çlateral (circunflexa)Ondas Q em DII DIII e AVF traduz enfarte inferiorOndas Q em DII, DIII e AVF traduz enfarte inferior /diafragmático (coronária dta)Onda R grande (oposta à onda Q) em V1 eOnda R grande (oposta à onda Q) em V1 e depressão de ST em V1 ou V2, indica enfarte posterior (circunflexa)posterior (circunflexa)Alterações em V1 e V2 – enfarte septal ( desc. Ant.)

Page 82: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTE

Ti i Al ãTiming Alteração

I di t ST d i õImediato ST nas derivações sobre a área do

f tenfarte

Em poucas horas Ondas T gigantes e +p g g

De várias horas a 2 ST normal inversãoDe várias horas a 2 semanas

ST normal, inversão das ondas T

Vá i h di O d Q d RVárias horas ou dias; pode persistir sempre

Ondas Q ou ondas R de baixa voltagem

Page 83: INTERPRETAÇÃO DE ECG

ENFARTEENFARTEENFARTEENFARTE

Enfarte subendocárdico

Quando o enfarte ocupa apenas uma pequena área do miocárdio logo abaixo da camada endocárdicamiocárdio, logo abaixo da camada endocárdica,

Os outros tipos abrangem em geral toda a espessura do t í l á f i ti idventrículo esq. na área que foi atingida.

Caracteriza-se por depressão achatada (horizontal) do segmento ST, que não retoma a linha de base.

Pode não haver alteração do QRS.

Page 84: INTERPRETAÇÃO DE ECG

OUTRAS SITUAÇÕESOUTRAS SITUAÇÕESOUTRAS SITUAÇÕESOUTRAS SITUAÇÕES

Hipercaliémia ( K sérico)

Ondas P achatadasOndas P achatadasComplexo QRS alargadoOnda T pontiagudaQuando a hipercaliémia é máxima a onda P achata-se ao ponto de ser dificil a sua identificação

Page 85: INTERPRETAÇÃO DE ECG

OUTRAS SITUAÇÕESOUTRAS SITUAÇÕESOUTRAS SITUAÇÕESOUTRAS SITUAÇÕES

Hipocaliémia ( K sérico)

Ondas T achatadas ou invertidasOndas T achatadas ou invertidasAparecimento de ondas U quando a perda de K se t itorna mais grave.

Page 86: INTERPRETAÇÃO DE ECG

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA♥ Francis D. Murgatroyd et al, Handbook of CardiacElectrophysiology. Remedica Publishing, London, 2002

♥ Phipps,Sands, Marek, Enfermagem MédicoCi ú i C it P áti Clí i L iê i 2003Cirúrgica, Conceitos e Prática Clínica, Lusociência, 2003

♥ F J Chorro y cols Electrocardiografía en la práctica♥ F. J. Chorro y cols, Electrocardiografía en la prácticaclínica.Editado por la Universidad de Valencia. Valencia (España) 2003(España), 2003.

♥ http://www hu ufsc br/~cardiologia♥ http://www.hu.ufsc.br/~cardiologia

♥ http://www cardiol br/esquina/ecg/EcgAnte asp♥ http://www.cardiol.br/esquina/ecg/EcgAnte.asp

Page 87: INTERPRETAÇÃO DE ECG

FIMFIM OBRIGADOOBRIGADO