introdução

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Análise de mutações kdr em populações de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) Anna Julia Pietrobon Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) 2012-2013 Orientador: Prof. Dr. Mario A. Navarro da Silva Colaboradores: MsC. Oscar A. A. Obando e Dra. Ana C. D. Bona Introdução Materiais e Métodos Conclusões No Brasil, o controle do Aedes aegypti é feito principalmente pelos inseticidas piretróides e organofosforados. No entanto, o uso continuado destas substâncias tem selecionado populações resistentes, que apresentam alterações na estrutura do sítio-alvo dos inseticidas causadas por mutações genéticas (BONA et al., 2012). Objetivo: Avaliar a frequência da mutação Val1016IIe e a suscetibilidade aos organofosforados em populações de A. aegypti do município de Jacarezinho, Paraná. Para avaliar a frequência da mutação Val1016IIe o município foi dividido em quatro regiões e de cada uma delas foram analisados 15 indivíduos. A verificação da mutação foi realizada por PCR alelo-específica. Também foram realizados bioensaios com larvas de terceiro instar final e quarto inicial da geração F1 com dez concentrações de temephos. Cada concentração com 20 larvas e quatro réplicas. Com os resultados foram estimadas as CL 50 , e CL 95, e calculadas a RR 50 e RR 95 . O cálculo das frequências genotípicas esperadas após uma geração de acasalamento ao acaso indica um aumento em todas as regiões na frequência do alelo 1016Ile. Os bioensaios a partir da dose diagnóstica 0,0162 ppm de temephos indicaram status de susceptibilidade (95% de mortalidade). A população do vetor em Jacarezinho encontra-se com alteração da suscetibilidade ao temephos e altas frequências do alelo 1016Ile. Esses resultados podem comprometer as ações de controle do vetor por estes inseticidas. BONA, A. C. D. et al. Genetic profile and molecular resistance of Aedes (Stegomyia) aegypti (Diptera: Culicidae) in Foz do Iguaçu (Brazil), at the border with Argentina and Paraguay. Zoologia, v.29, n.6, p. 540–548, 2012. Resultados e Discussão Dos 56 indivíduos genotipados para a mutação Val1016Ile, 59% eram Val/Ile, 41% Ile/Ile e nenhum individuo Val/Val. As frequências genotípicas e alélicas por região estão indicadas na Tabela 1 e Referências Região N Frequência Genotípica Atual / Pós-acasalamento Val/ Val Val/Ile Ile/Ile R I 14 0/0,15 2 0,79/0,47 6 0,21/0,37 2 R II 15 0/0,09 0 0,60/0,42 0 0,40/0,49 R III 13 0/0,05 3 0,46/0,35 4 0,54/0,59 1 R IV 14 0/0,06 3 0,50/0,37 5 0,50/0,56 3 Total 56 0/ 0,087 0,49/0,41 6 0,51/0,49 7 Fenótip o Suscetível Resisten te Figura 1. Representação de uma sinapse nervosa. 1. Mudanças na estrutura do canal de Na+ 2. Modificação no sítio de ligação da AChE. Tabela1. Frequência genotípica da mutação Val1016Ile em A. aegypti das quatro regiões de Jacarezinho, Paraná, na população atual e após uma geração de acasalamento segundo equilíbrio de Hard-Weinberg. Figura 2. Frequências dos alelos 1016Val e 1016Ile em A. aegypti no município de Jacarezinho. Tabela 2. Geração, qui-quadrado, slope, concentrações letais, razões de resistência das larvas de Aedes aegypti para temephos no município de Jacarezinho, utilizando como controle a cepa Rockefeller.

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Análise de mutações kdr em populações de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) Anna Julia Pietrobon Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) 2012-2013 Orientador: Prof. Dr. Mario A. Navarro da Silva Colaboradores: MsC. Oscar A. A. Obando e Dra. Ana C. D. Bona. Introdução. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Introdução

Análise de mutações kdr em populações de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)

Anna Julia Pietrobon Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) 2012-2013

Orientador: Prof. Dr. Mario A. Navarro da Silva Colaboradores: MsC. Oscar A. A. Obando e Dra. Ana C. D. Bona

Introdução

Materiais e Métodos

Conclusões

No Brasil, o controle do Aedes aegypti é feito principalmente pelos inseticidas piretróides e organofosforados. No entanto, o uso continuado destas substâncias tem selecionado populações resistentes, que apresentamalterações na estrutura dosítio-alvodos inseticidascausadas pormutaçõesgenéticas (BONA et al.,2012).

Objetivo: Avaliar a frequência da mutação Val1016IIe e a suscetibilidade aos organofosforados em populações de A. aegypti do município de Jacarezinho, Paraná.

Para avaliar a frequência da mutação Val1016IIe o município foi dividido em quatro regiões e de cada uma delas foram analisados 15 indivíduos. A verificação da mutação foi realizada por PCR alelo-específica. Também foram realizados bioensaios com larvas de terceiro instar final e quarto inicial da geração F1 com dez concentrações de temephos. Cada concentração com 20 larvas e quatro réplicas. Com os resultados foram estimadas as CL50, e CL95, e calculadas a RR50 e RR95.

O cálculo das frequências genotípicas esperadas após uma geração de acasalamento ao acaso indica um aumento em todas as regiões na frequência do alelo 1016Ile.Os bioensaios a partir da dose diagnóstica 0,0162 ppm de temephos indicaram status de susceptibilidade (95% de mortalidade).

A população do vetor em Jacarezinho encontra-se com alteração da suscetibilidade ao temephos e altas frequências do alelo 1016Ile. Esses resultados podem comprometer as ações de controle do vetor por estes inseticidas.

BONA, A. C. D. et al. Genetic profile and molecular resistance of Aedes (Stegomyia) aegypti (Diptera: Culicidae) in Foz do Iguaçu (Brazil), at the border with Argentina and Paraguay. Zoologia, v.29, n.6, p. 540–548, 2012.

Resultados e DiscussãoDos 56 indivíduos genotipados para a mutação Val1016Ile, 59% eram Val/Ile, 41% Ile/Ile e nenhum individuo Val/Val. As frequências genotípicas e alélicas por região estão indicadas na Tabela 1 e Figura 2, respectivamente.

Referências

Região NFrequência Genotípica Atual / Pós-

acasalamento

Val/Val Val/Ile Ile/Ile

R I 14 0/0,152 0,79/0,476 0,21/0,372

R II 15 0/0,090 0,60/0,420 0,40/0,49

R III 13 0/0,053 0,46/0,354 0,54/0,591

R IV 14 0/0,063 0,50/0,375 0,50/0,563

Total 56 0/ 0,087 0,49/0,416 0,51/0,497

Fenótipo Suscetível Resistente

Figura 1. Representação de uma sinapse nervosa. 1. Mudanças na estrutura do canal de Na+ 2. Modificação no sítio de ligação da AChE.

Tabela1. Frequência genotípica da mutação Val1016Ile em A. aegypti das quatro regiões de Jacarezinho, Paraná, na população atual e após uma geração de acasalamento segundo equilíbrio de Hard-Weinberg.

Figura 2. Frequências dos alelos 1016Val e 1016Ile em A. aegypti no município de Jacarezinho.

Tabela 2. Geração, qui-quadrado, slope, concentrações letais, razões de resistência das larvas de Aedes aegypti para temephos no município de Jacarezinho, utilizando como controle a cepa Rockefeller.