introdução à economia

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CURSO DIREITO 2015.1

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Apostila para estudo de noções básicas de economia

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CURSO DIREITO

2015.1INTRODUO ECONOMIA.

Seja no nosso cotidiano, seja atravs dos jornais, rdio e televiso, deparamo-nos com inmeras questes econmicas, por exemplo: Aumento de preos; Perodos de crise econmica ou de crescimento; Desemprego; Setores que crescem mais do que outros; Crise no balano de pagamento; Valorizao ou desvalorizao da taxa de cmbio; Ociosidade de alguns setores de atividade; Diferenas de rendas entre as vrias regies do pas; Taxas de juros; Dficit governamental; Elevao de impostos e tarifas pblicas.Esses temas, j rotineiros, so discutidos pelos cidados comuns, que, com altas doses de empirismo, tm opinies formadas sobre medidas que o Estado deve adotar.O objetivo do estudo da cincia econmica o de analisar os problemas econmicos e formular solues para resolv-los, de forma a melhorar a nossa qualidade de vida.

Conceito de EconomiaA palavra economia deriva do grego oikosnomos (de oikos = casa e nomos = lei), que significa a administrao de uma casa, ou do Estado e pode ser assim definida Economia: a cincia social que estuda como o indivduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produo de bens e servios de modo a distribu-los entre as vrias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.Essa definio contm vrios conceitos importantes que so a base e o objeto do estudo da cincia econmica: Escolha; Escassez; Necessidades; Recursos; Produo; Distribuio.

Sistemas econmicos e problemas econmicos fundamentais.Um sistema econmico pode ser definido como sendo a forma poltica, social e econmica pela qual, est organizada uma sociedade.Os elementos bsicos de um sistema econmico so: Estoque de recursos produtivos ou fatores de produo recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia. Complexo de unidades de produo constitudo pelas empresas. Conjunto de instituies polticas, jurdicas econmicas e sociais que so a base da organizao da sociedade.Os sistemas econmicos podem ser classificados em: Sistema capitalista ou economia de mercado aquele regido pelas foras de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produo. Sistema socialista, ou economia centralizada, ou ainda economia planificada aquele em que as questes econmicas fundamentais so resolvidas por um rgo central de planejamento, predominando a propriedade pblica dos fatores de produo chamados nessas economias de meios de produo, englobando os bens de capital, terra, prdios, bancos, matrias primas.

Problemas econmicos fundamentaisO que e quando produzir? Como produzir? Para quem produzir? O que e quanto produzir. Dada a escassez de recursos de produo, a sociedade ter de escolher, dentro do leque de possibilidades de produo, quais produtos sero produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas.

Como produzir. A sociedade ter de escolher ainda quais recursos de produo sero utilizados para a produo de bens e servios, dado o nvel tecnolgico existente. A concorrncia entre os diferentes produtores acaba decidindo como do ser produzidos os bens e servios. Os produtores escolhero, dentre os mtodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo de produo possvel.

Para quem produzir. A sociedade tem tambm de decidir como seus membros participaro da distribuio dos resultados de sua produo. A distribuio da renda depender no s da oferta e da demanda nos mercados de servios produtivos, ou seja, da determinao dos salrios, das rendas da terra, dos juros e dos benefcios do capital, mas, tambm, da repartio inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herana.

Em economias de mercado, esses problemas so resolvidos predominantemente pelos mecanismos de preos atuando por meio de oferta e da demanda. Nas economias centralizadas, essas questes so decididas por um rgo central de planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de produo disponveis e das necessidades do pas, ou seja, a maioria dos preos dos bens e servios, salrios e quotas de produo e de recursos so calculados nos computadores desse rgo e no pela oferta e demanda do mercado.Curva de possibilidades de produo (ou curva de transformao)A curva (ou fronteira) de possibilidades de produo (CPP) um conceito terico com o qual se ilustra como a questo da escassez impe um limite a capacidade produtiva de uma sociedade, que ter de fazer escolhas entre alternativas de produo. Devido a escassez de recursos, a produo total de um pas tem um limite mximo, uma produo potencial ou produto de pleno emprego, onde todos os recursos disponveis esto empregados (todos os trabalhadores que querem trabalhar esto empregados, no h capacidade ociosa etc).

Digamos uma economia que s produza mquinas (bens de capital) e alimentos (bens de consumo) e que a alternativa de produo de ambos sejam as seguintes:Alternativa de produoMquinas (milhares)Alimentos (toneladas)

A250

B2030

C1545

D1060

E070

Na primeira alternativa (A) todos os fatores de produo seriam alocados para a produo de mquinas; na ltima (E) seriam alocados somente para a produo de alimentos; e nas alternativas intermedirias (B,C,D) os fatores de produo de um e de outro bem.

Curva (ou Fronteira) de Possibilidades de Produo

Alimentos (toneladas)E70605040302010

D

CZ

BY5 10 15 20 25

A

Mquinas (milhares)

A curva (A, B, C, D, E) indica todas as possibilidades de produo de mquinas e de alimentos nessa economia hipottica. Qualquer ponto sobre a curva significa que a economia estar operando no pleno emprego, ou seja, a plena capacidade, utilizando todos os fatores de produo disponveis. O ponto Y (ou em qualquer ponto interno da curva), quando a economia est produzindo somente 10 mil mquinas e 30 toneladas de alimentos, dizemos que est com capacidade ociosa ou desemprego, ou seja, os fatores de produo esto sendo subutilizados.O ponto Z representa uma combinao impossvel de produo (25 mil mquinas e 50 toneladas de alimentos), uma vez que os fatores de produo e a tecnologia de que a economia dispe seriam insuficientes para se obter essas quantidades desses bens. Esse ponto ultrapassa a capacidade de produo potencial ou de pleno emprego dessa economia.

Conceito de custo de oportunidadeA transferncia dos fatores de produo de um bem A para produzir um bem B implica um custo de oportunidade que igual ao sacrifcio de se deixar de produzir parte do bem A para se produzir mais o bem B. O custo de oportunidade tambm chamado de custo alternativo, por representar o custo da produo alternativa sacrificada ou custo implcito. de se esperar que os custos de oportunidade sejam crescentes, j que quando aumentamos a produo de um bem, os fatores de produo transferidos dos outros produtos tornam-se cada vez menos aptos para nova finalidade, ou seja, a transferncia vai ficando cada vez mais difcil e onerosa.

Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos reais e monetrios

Para entender o funcionamento do sistema econmico, vamos supor uma economia de mercado que no tenha interferncia do governo e no tenha transaes com o exterior (economia fechada). Os agentes econmicos so as famlias (unidades familiares) e as empresas (unidades produtoras). As famlias so proprietrias dos fatores de produo e os fornecem s unidades de produo (empresas) atravs do mercado dos fatores de produo. As empresas, atravs da combinao dos fatores de produo, produzem bens e servios e os fornecem s famlias por meio do mercado de bem e servios. A esse fluxo denominamos fluxo real da economia.

Fluxo Real da Economia

Oferta EmpresasDemandaDemandaFamliaOfertaMercado de bens e serviosMercado de fatores de produo

Como pode ser observado, famlias e empresas exercem um duplo papel. No mercado de bens e servios, as famlias demandam bens e servios; enquanto as empresas oferecem no mercado de fatores de produo, as famlias oferecem os servios dos fatores de produo (que so de sua propriedade), enquanto as empresas os demandam.

No entanto, o fluxo real da economia s se torna possvel com a presena da moeda, que utilizada para remunerar os fatores de produo e para o pagamento de bens e servios.

Fluxo monetrio da economia

Pagamento de bens e servios

EmpresasFamlias

Remunerao dos fatores de produo

Unindo os fluxos real e monetrio da economia temos o chamado fluxo circular de renda. Em cada um dos mercados atuam conjuntamente as foras da oferta e da demanda, determinando o preo. Assim, no mercado de bens e servios formam-se os preos dos bens e servios enquanto no mercado de fatores de produo so determinados os preos dos fatores de produo (salrios, juros, aluguis, lucros, royalties etc.).

Esse fluxo, tambm chamado de fluxo bsico, o que se estabelece entre famlias e empresas. O fluxo completo incorpora o setor pblico, adicionando-se o efeito dos impostos e dos gastos pblicos ao fluxo anterior, bem como o setor externo, que inclui todas as transaes com mercadorias, servios e o movimento financeiro com o resto do mundo.

Fluxo circular de renda

Mercado de bens e servios

Demanda de bens e serviosOferta de bens e servios

O que e quando produzir

Como produzirEmpresasFamlias

Para quem produzirDemanda de servios dos fatores de produoOferta de servios dos fatores de produo

Mercado de fatores de produo

Os agentes econmicos so as famlias (unidades familiares) e as empresas (unidades produtoras)

Famlias so propriedades dos fatores de produo e os fornecem s unidades de produo (empresa) atravs de mercado dos fatores de produo.

Empresas atravs de combinaes de fatores de produo, produzem bens e servios e os fornecem s famlias por meio do mercado de bens e servios.

Definio de bens de capital, bens de consumo, bens intermedirios e fatores de produo

Os bens de capital so aqueles utilizados na fabricao de outros bens, mas que no se desgastam totalmente no processo produtivo.Ex.: mquinas, equipamentos e instalaes. So usualmente classificados no ativo fixo ds empresas e uma de suas caractersticas contribuir para a melhoria da produtividade da mo-de-obra.

Os bens de consumo destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. De acordo com a sua durabilidade, podem ser classificados como durveis (geladeira, fogo, automvel) e no durveis (alimentos, produtos de limpeza, etc.).Os bens intermedirios so aqueles que so transformados ou agregados na produo de outros bens e que so consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matrias-primas, componentes). Diferenciam-se dos bens finais, que so vendidos para consumo ou utilizao final. Os bens de capital, como no so consumidos no processo produtivo, so tambm bens finais.

Os fatores de produo so chamados recursos de produo da economia so constitudos pelos recursos humanos (trabalho-, capacidade empresarial) terra, capital e tecnologia. A cada fator de produo corresponde a uma remunerao, a saber:

Fator de produoTipo de remunerao

TrabalhoSalrio

CapitalJuro

TerraAluguel

TecnologiaRoyalty

Capacidade empresarialLucro

Como se observa, em economia considera-se o lucro tambm como remunerao a um fator de produo representado pela capacidade empresarial dos proprietrios da empresa.

Evoluo do Pensamento Econmico

Existe consenso de que a Teoria Econmica, de forma sistematizada, iniciou-se quando foi publicada a obra de Adam Smith A riqueza das naes, em 1776.Em perodos anteriores, a atividade econmica do homem era tratada e estudada como parte integrante da Filosofia Social, da Moral e da tica. Nesse sentido, a atividade econmica deveria se orientar de acordo com alguns princpios gerais de tica, justia e igualdade. Os conceitos de troca, em Aristteles, e preo justo, em So Toms de Aquino, a condenao dos juros ou da usura, encontravam sua justificativa em termos morais, no existindo um estudo sistemtico das relaes econmicas.

Aristteles OIKONOMIA Aparentemente foi quem cunhou o termo economia em seus estudos sobre aspectos de administrao privada sobre finanas pblicas. Encontramos algumas consideraes de ordem econmica nos escritos de Plato de Xenofonte.Roma no deixou nenhum escrito notvel na rea de economia. Nos sculos seguintes, at a poca dos descobrimentos, encontramos poucos trabalhos de destaque, mas que no apresentam um padro homogneo e esto permeados de questes de Justia e moral. As j citadas leis da usura, a moralidade de juros altos e o que deveria ser um lucro justo so os exemplos mais conhecidos

Mercantilismo Sentido de comrcio partir do sculo XVI observamos o nascimento da primeira escola econmica: o. mercantilismo. Apesar de no representar um conjunto tcnico homogneo, o mercantilismo tinha algumas preocupaes explcitas sobre a acumulao de riquezas de uma nao era preciso adquirir, comercializar ouro e prata. Tinha preocupao explcita sobre acumulao de riquezas de uma nao. Princpios fomentar o comrcio exterior e entesourar riquezas.

O acumulo de metais adquire uma grande importncia, e aparecem relatos mais elaborados sobre a moeda. Considerava que o governo de um pas seria mais forte e poderoso quanto maior fosse seu estoque de metais preciosos. Com isso, o mercantilismo acabou estimulando guerras, exacerbou o nacionalismo e manteve a poderosa e constante presena do Estado em assuntos econmicos.

Fisiocracia sustentavam que a terra era a nica fonte de riqueza e que havia uma ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutveis e universais, desejadas pela Providncia Divina para a felicidade dos homens. O trabalho de maior destaque foi o do dr. Franois Quesnay, autor da obra Tableau conomique, o primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a inter-relao dos mesmos. Quesnav foi aperfeioado e transformou-se no sistema de circulao monetria input-output criado no sculo XX (anos 40) pelo economista russo, naturalizado norte-americano Wassily Leontief , da Universidade de Havard.

A fisiocracia surgiu como reao ao mercantilismo. A fisiocracia sugeria que era desnecessria a regulamentao governamental, pois a lei da natureza era suprema, e tudo o que fosse contra ela seria derrotado. A funo do soberano era servir de intermedirio para que as leis da natureza fossem cumpridas. Para os fisiocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza (fisiocracia significa "regras da natureza") em atividades econmicas como a lavoura, a pesca e a minerao. Em um mundo constantemente ameaado pela falta de alimentos, com excesso de regulamentao e interveno governamental, a situao no se ajustava s necessidades expanso econmica. S a terra tinha capacidade de multiplicar a riqueza.

Os Clssicos

Adam Smitlh - Considerado o precursor da moderna Teoria Econmica, colocada como um conjunto cientfico sistematizado, com um corpo terico prprio, Smith j era um renomado professor quando publicou sua obra A riqueza das Naes, em 1776. O livro um tratado muito abrangente sobre questes econmicas que vo desde as leis do mercado e aspectos monetrios at a distribuio do rendimento da terra, concluindo com um conjunto de recomendaes polticas.

Em sua viso harmnica do mundo real, Smith acreditava que se deixasse atuar a livre concorrncia, uma mo invisvel levaria a sociedade perfeio. Como se uma mo invisvel orientasse todas as decises da economia, sem necessidade da atuao do Estado. A defesa do mercado como regulador das decises econmicas de uma nao traria muitos benefcios para a coletividade, independente da ao do Estado. o princpio do liberalismo. Seus argumentos baseavam-se na livre iniciativa, no laissez fire. Considerava que a causa da riqueza das naes o trabalho humano (a chamada Teoria do Valor do Trabalho) e que um dos fatores decisivos para aumentar a produo a diviso de trabalho, isto , os trabalhadores deveriam se especializar em algumas tarefas.

A produtividade decorre da diviso de trabalho, e esta, por sua vez, decorre da tendncia inata da troca, que, finalmente, estimulada pela ampliao dos mercados. Assim, necessrio ampliar os mercados e as iniciativas privadas para, que a produtividade e a riqueza sejam incrementadas. Para Adam Smith, o papel do Estado na economia deveria corresponder apenas proteo da sociedade contra eventuais ataques e criao e manuteno de obras e Instituies necessrias, mas no interveno de mercado e consequentemente, na prtica econmica.

David Ricardo - outro expoente do perodo clssico e, partindo das idias de Smith desenvolveu alguns modelos econmicos com grande potencial analtico. Sua anlise de distribuio do rendimento da terra foi um trabalho seminal de muitas das idias do chamado perodo neoclssico.

Ricardo discute a renda auferida pelos proprietrios de terras mais frteis, em virtude de a terra ser limitada, quando a terra de menor qualidade utilizada no cultivo, surge imediatamente a renda sobre aquela de primeira qualidade, ou seja, a renda da terra determinada pela produtividade das terras mais pobres. A resposta dada por Ricardo a essas questes constitui um importante item da teoria do comrcio internacional, chamada de Teoria das Vantagens Comparativas. O comrcio entre pases dependeria das dotaes relativas de fatores de produo. A maioria dos estudiosos considera que os estudos de Ricardo deram origem a duas correntes antagnicas: a neoclssica, pelas suas abstraes simplificadoras, e a marxista, pela nfase dada questo distributiva e aos aspectos sociais na repartio da renda da terra

John Stuart Mil foi o sintetizador do pensamento clssico. Seu trabalho foi o principal texto utilizado para o ensino da economia no fim do perodo clssico. A obra de Stuart Mil consolida o exposto por seus antecessores e avana ao incorporar mais elementos institucionais e ao definir melhor as restries, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado.

Jean Baptiste Say retornou a obra de Smith, ampliando-a. subordinou o problema das trocas de mercadorias e sua produo popularizou a chamada lei de Say: A oferta cria sua prpria procura, ou seja, o aumento da produo transformar-se-ia em renda dos trabalhadores e empresrios, que seria gasta com compra de outras mercadorias e servios.

Thomas Malthus foi o primeiro economista a sintetizar uma teoria geral sobre a populao. Ao assinalar que o crescimento da populao dependia rigidamente da oferta de alimento, Malthus deu apoio teoria do salrio de subsistncia. Para Malthus, a causa de todos os males da sociedade residia no excesso populacional: enquanto a populao crescia em progresso geomtrica, a produo seguia em progresso aritmtica. Assim, o potencial da populao excederia em muito o potencial da terra na produo de alimentos. Malthus no previu o ritmo e o impacto do progresso tecnolgico, nem as tcnicas de limitao humana que se seguiram.

Apesar de existirem muitas aplicaes normativas no pensamento clssico, seu tema central pertence cincia positiva, situando-se o interesse primordial na anlise abstrata das relaes econmicas, com a finalidade de descobrir leis gerais e regularidades do comportamento econmico.

Teoria Neoclssica

O perodo neoclssico teve incio na dcada de 1870 e desenvolveu-se at as primeiras dcadas do sculo XX. Nesse perodo, privilegiam-se os aspectos microeconmicos da teoria, pois a crena na economia de mercado e em sua capacidade auto-reguladora fez com que no se preocupassem tanto com a poltica e o planejamento macroeconmico. Os neoclssicos sedimentaram o raciocnio matemtico explcito e inaugurado por Ricardo, procurando isolar os fatos econmicos de outros aspectos da realidade social.

Alfred Marshall - Seu livro, Princpios de Economia, publicado em 1890, serviu como livro-texto bsico at a metade deste sculo. Nesse perodo, a formalizao da anlise econmica (principalmente a Microeconomia) evoluiu muito. O comportamento do consumidor analisado em profundidade. Atravs do estudo de funes ou curvas de utilidade ( que pretendem medir o grau de satisfao do consumidor) e de produo, considerando restries de fatores erestries oramentrias, possvel deduzir o equilbrio de mercado. Como o resultado depende basicamente dos conceitos marginais (receita marginal, custo marginal, etc) tambm chamada de Teoria Marginalista.

Apesar de questes microeconmicas ocuparem o centro das atenes, houve uma produo rica em outros aspectos da Teoria Econmica, como a Teoria do Desenvolvimento Econmico de Schumpeter e a Teoria do Capital de Juros de Bohm Bewerk. Deve-se destacar tambm a anlise monetria, com a criao da Teoria Quantitativa da Moeda, que relaciona a quantidade de dinheiro com os nveis gerais de atividade econmica e de preos.

Teoria Keynesiana - demanda agregada

A era keynesiana iniciou-se com a publicao da Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, de John Maynard Keynes (1883-1946), em 1936. Muitos autores descrevem o incio da era keynesiana como a Revoluo Keynesiana, tamanho o impacto de sua obra.

Para entender o impacto da obra de Keynes necessrio considerar a poca. A economia mundial atravessava, na dcada de 30, uma crise, que ticou conhecida como a Grande Depresso. O desemprego na Inglaterra e em outros pases da Europa era muito grande. Nos Estados Unidos, aps a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, o nmero de desempregados assumia propores elevadssimas.

A Teoria Econmica vigente acreditava que se tratava de um problema temporrio, no entanto, a Teoria Geral consegue mostrar que a combinao das polticas econmicas adotadas at ento no funcionava adequadamente, e aponta para solues que poderiam tirar o mundo da recesso. Segundo o pensamento keynesiano, um dos principais fatores responsveis pelo volume de emprego explicado pelo nvel de produo nacional de uma economia, que por sua vez determinado pela demanda agregada ou efetiva. Ou seja, inverte o sentido da Lei de Say (a oferta cria sua prpria procura) ao destacar o papel da demanda agregada de bens e servios.

Para Keynes, como no existem foras de auto-ajustamento na economia, torna-se necessria a interveno do Estado atravs de uma poltica de gastos pblicos, o que significa o fim do laissez-fire da poca clssica. o chamado Princpio da Demanda Efetiva.

O debate sobre aspectos do trabalho de Kevnes dura at hoje destacando-se trs: grupos monetaristas, os fiscalistas e os ps-keynesianos.

Os Monetaristas esto associados Universidade de Chicago e tm como economista de maior destaque Milton Friedman. De maneira geral, privilegiam o controle da moeda e um baixo grau de interveno do Estado.

Os fiscalistas tm seus maiores expoentes em James Tobin Universidade de Yale, e Paul Anthony Samuelson, de Harvard e MIT. De maneira geral, recomendam o uso de polticas fiscais ativas e um acentuado grau de interveno do Estado.

Ps-keynesianos tem explorado outras implicaes das obras de Kaynes e pode se associar a esse grupo a economista Joan Robinson, cujas ideias eram afinadas com as de Keynes. Enfatizam o papel da especulao financeira e, como Keynes, defendem um papel ativo do Estado na conduo da atividade econmica.

Os marxistasOs marxistas tm como pilar de seu trabalho a obra de Karl Marx (1818-1883) economista alemo que desenvolveu quase todo seu trabalho com Frederic Engels na Inglaterra, na segunda metade do sculo passado. O marxismo desenvolve uma Teoria do Valor-Trabalho e consegue analisar muitos aspectos da economia com seu referencial terico. A apropriao do excedente produtivo (a mais-valia) pode explicar o processo de acumulao e a evoluo das relaes entre classes sociais

O conceito da mais-valia utilizado por Marx refere-se diferena entre o valor das mercadorias que os trabalhadores produzem em um dado perodo de tempo e o valor da fora de trabalho vendida aos empregados capitalistas que a contratam. Os lucros, juros e aluguis (rendimentos de propriedades) representam a expresso da mais-valia. Ela pode ser considerada aquele valor extra que o trabalhador cria, alm do valor pago por sua fora de trabalho

ECONOMIA E DIREITO

Normas jurdicas subjacentes teoria de mercados

Quando se analisa a teoria dos mercados, que parte da Microeconomia, dois enfoques so encontrados: de um lado, estuda-se o comportamento dos produtores e dos consumidores quanto a suas decises de produzir e de consumir. de outro, alm de se conceituarem os agentes das relaes de consumo - consumidor e fornecedor, do ponto de vista do Cdigo de Defesa do Consumidor -, colocam-se os direitos do consumidor frente aos deveres do fornecedor de bens e servios.

Por sua vez, quando se estuda o estabelecimento comercial e o papel do empresrio, novamente duas vises emergem da anlise: a econmica e a jurdica

A viso econmica enfatiza o papel do administrador na organizao dos fatores de produo capital, trabalho, terra e tecnologia -, combinando-os de modo a minimizar seus custos ou maximizar seu lucro.

A jurdica, extrada do Direito Comercial, apresenta vrias concepes, que estatizam que o estabelecimento comercial um sujeito de direi to distinto do comerciante, com seu, patrimnio elevado categoria de pessoa jurdica com a capacidade de adquirir e exercer direitos e obrigaes.

H de se fazer meno, tambm, s chamadas leis antitruste, que atuam sobre as estruturas de mercado, assim como sobre a conduta das empresas.

MICROECONOMIA

A microeconomia ou a Teoria dos Preos analisa a formao de preos no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual preo e a quantidade de um determinado bem ou servio em mercadoria especfica.

Objetivo do estudo

Estudar a formao de preos, de bens e servios, de fatores de produo, de mercados especficos, a partir da interao entre consumidores e empresas.

Consumidor a pessoa fsica ou jurdica que no mercado adquire bens ou servios para atender necessidades prprias. Deve-se - salientar que o Cdigo Brasileiro de Defesa do Consumidor considera o consumidor como hipossuficiente, urna vez que entre fornecedor e consumidor h um desequilbrio que favorece o primeiro.

EmpresaConceito econmico a combinao realizada pelo empresrio entre capital, trabalho, terra (recursos naturais) e tecnologia para obter maior volume possvel de produo ao menor preo.

Conceito jurdico o complexo das relaes jurdicas que unem o sujeito (empresrio) ao objeto (estabelecimento) da atividade econmica.

Pressupostos bsicos

A hiptese coeteris paribusPara analisar um mercado especfico, a Microeconomia se vale da hiptese em que tudo mais permanece constante (em latim, coeteris paribus). O foco do estudo dirigido apenas quele mercado, analisando-se o papel que a oferta e, -se possvel o estudo de um determinado mercado selecionando demanda nele exercem, supondo que outras variveis interfiram muito pouco, ou que no interfiram de maneira absoluta. Adotando-se essa hiptese, tornse apenas as variveis que influenciam os agentes econmicos consumidores e produtores. Por exemplo, a procura de uma mercadoria normalmente mais afetada por seu preo e pela renda dos consumidores. Para analisar o efeito do preo sobre a procura, supomos que a renda permanea constante (coeteris paribus); da mesma forma, para avaliar a relao entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o preo da mercadoria no varie. Temos assim um efeito puro ou liquido de cada uma dessas variveis sobre a procura.

Papel dos preos relativosO preo de um bem em relao aos outros bens mais importante do que os preos isolados deles. Por exemplo, se o preo do guaran cair 10%, mas tambm o preo da soda cair 10%, nada deve acontecer com a demanda (procura) dos dois bens (supondo que as demais variveis permanecem constantes). Agora, tudo mais permanecendo constante, se cair apenas o preo do guaran, permanecendo inalterado o da soda, deve-se esperar um aumento na quantidade procurada de guaran e uma queda de soda. Embora tenha havido alterao no preo absoluto da soda, seu preo relativo aumentou, quando comparado com o do guaran.

Objetivos da empresaA grande questo na microeconomia, que inclusive a origem das diferentes correntes de abordagem, reside na hiptese adotada quanto aos objetivos da empresa produtora de bens e servios.

Anlise tradicional supe o princpio da racionalidade, segundo o qual o empresrio sempre busca a maximizao do lucro total, otimizando a utilizao dos recursos de que dispe.

Anlise alternativa consideram que o mvel do empresrio no seria a maximizao do lucro, mas fatores como o aumento da participao nas vendas do mercado, ou maximizao da margem sobre os custos de produo, independente da demanda de mercado.

Aplicaes da anlise microeconmicaA anlise microeconmica, ou Teoria dos Preos, como parte da cincia econmica, preocupa-se em explicar como determina o preo dos bens e servios, bem como dos fatores de produo. O instrumental microeconmico procura responder, tambm, as questes aparentemente triviais, por exemplo, por que, quando o preo de um bem se eleva, a quantidade demandada desse bem deve cair, coeteris paribus.

Empresa a poltica de preos da empresa, previso de demanda, faturamento, custos, decises de produo, projeto de investimento, poltica de marketing, localizao

A nvel de empresas, a anlise microeconmica pode subsidiar as seguintes decises: Poltica de preos da empresa; Previses de demanda e de faturamento; Previses de custo de produo; Decises timas de produo (escolha de melhor alternativa de produo, isto , da melhor combinao de fatores de produo); Avaliao e elaborao de projetos e investimentos (anlise custo-benefcio da compra de equipamentos, ampliao da empresa, etc.) Poltica de propaganda e publicidade (como as preferncias dos consumidores podem afetar a procura do produto); Localizao da empresa (se a empresa situa-se prxima aos centros consumidores ou aos centros fornecedores de insumos; Diferenciao de mercados (possibilidades de preos diferenciados, em diferentes mercados consumidores do mesmo produto).

Poltica econmica projetos de investimentos, os efeitos nos impostos nos setores especficos, poltica de subsdios, fixao de salrios mnimos e de preos, controle de preos, polticas: salarial, de tarifas polticas e preos pblicas e lei antitruste.

A nvel de poltica econmica, a Teoria Microeconmica pode contribuir na anlise e tomada de decises das seguintes questes:

Efeitos de impostos sobre mercados especficos; Poltica de subsdios (nos preos de produtos como trigo e leite, ou na compra de insumos como mquinas, fertilizantes, etc.); Fixao de preos mnimos na agricultura; Controle de preos; Poltica empresarial; Poltica de tarifas pblicas (gua, luz, etc); Poltica de preos pblicos (petrleo, ao, etc.); Leis antitrustes (controle de lucros de monoplios e oligoplios)O.

Como se observa, as decises necessrias ao planejamento estratgico das empresas e a poltica e a propagao econmica do setor pblico.

Diviso do estudo Microeconmico

A Teoria Microeconmica consiste nos seguintes tpicos:

Anlise da demanda a teoria da demanda ou procura de uma mercadoria ou servio divide-se em Teoria do Consumidor (demanda individual) e Teoria da Demanda de Mercado.

Anlise da oferta a Teoria da Oferta de um bem ou servio tambm subdivide-se em oferta da firma individual e oferta do mercado. Dentro da anlise da oferta da firma co abordadas a Teoria da Produo, que analise as relaes entre quantidades fsicas, entre o produto e os fatores de produo, e a Teoria de Custos e a Teoria de Custos de Produo, que incorpora, alm das quantidades fsicas, os preos dos insumos.

Anlise das estruturas de mercado a partir da demanda e da oferta de mercado so determinados o preo e a quantidade de equilbrio de um dado bem ou servio. O preo e a quantidade, entretanto, dependero da particular forma ou estrutura desse mercado, ou seja, se ele competitivo, com muitas empresas produzindo um dado produto, ou concentrado em poucas ou em uma nica empresa. Na anlise das estruturas de mercado avaliam-se os efeitos da oferta e da demanda, tanto no mercado de bens e servios quanto no mercado de fatores de produo. As estruturas do mercado de bens e servios so:

. Concorrncia perfeita; Concorrncia imperfeita ou monopolista; Monoplio; Oligoplio

As estruturas do mercado de fatores de produo so:

Concorrncia perfeita; Concorrncia imperfeita; Monopsnio; Oligopsnio.

No mercado de fatores de produo, a procura de fatores produtivos chamada demanda derivada, uma vez que a demanda por insumos (mo-de-obra, capital) est condicionada, ou deriva da procura pelo produto final da empresa no mercado de bens e servios.

Teoria do equilbrio geral levam em conta as inter-relaes entre todos os mercados, diferentemente de anlise de equilbrio parcial, que analise um mercado isoladamente, sem considerar suas inter-relaes com os demais. Ou seja, procura-se analisar o comportamento independente de cada agente econmico conduz todos a uma posio de equilbrio global, embora todos seja, na realidade, independentes.

Teoria do Bem-Estar ou Waltare Estuda como alcanar solues socialmente eficientes para o problema de alocao e distribuio dos recursos, ou seja, encontrar a alocao tima de recursos.

H de se destacar que no estudo microeconmico um dos tpicos consiste na anlise das imperfeies de mercado, onde analisam-se situaes nas quais os preos no so determinados isoladamente em cada mercado.. Na realidade, a Teoria o Equilbrio Geral e do Bem-Estar como a Teoria do Consumidor so fundamentalmente abstratas, utilizando-se como freqncia, modelos matemticos de razovel grau de dificuldade

DEMANDA OFERTA E PONTO DE EQUILBRIO

DemandaOs fundamentos da anlise da demanda ou procura esto alicerados no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade representa o grau de satisfao que os consumidores atribuem aos bens e servios que podem adquirir no mercado.

A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou servio que os consumidores desejam adquirir em determinado perodo de tempo. A procura depende de variveis que influenciam a escolha do consumidor. So elas:

Preo do bem ou servio; Preo dos outros bens; A renda do consumidor O gosto ou preferncia do individuo.

Para estudar-se a influencia dessas variveis utiliza-se a hiptese do coeteris paribus, ou seja, considera cada uma dessas variveis afetando separadamente as decises do consumidor.

Fatores que afetam Preos Renda dos consumidores Bens normais ( renda demanda) Bens inferiores ( renda demanda) Superiores /de luxo ( renda demanda) De consumo saciado ( renda)

Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto tambm, temos um bem normal. Existe tambm uma classe de bens que so chamados bens inferiores, cuja demanda varia em sentido inverso s variaes da renda; por exemplo, se o consumidor ficar mais rico, diminuir o consumo de carne de segunda e aumentar o consumo de carne de primeira. Temos ainda o caso dos bens de consumo saciado, quando a demanda do bem no influenciada pela renda dos consumidores (arroz, farinha, sal, etc.).

Preos de outros bens ou servios Substitutos - relao direta entre preo A x quantidade B - P B Complementares relao indireta preo A x quantidade B - P B

A demanda de um bem ou servio tambm pode ser influenciada pelo preo de outros bens ou servios. direta Quando h uma relao entre o preo de um bem e a quantidade de outro, coeteris paribus, eles so chamados bens substitutos ou concorrentes ou ainda sucedneos. Por exemplo, o aumento do preo da carne deve elevar a demanda de peixe, tudo o mais constante. Quando h uma relao inversa entre o preo de um bem e a demanda de outro, eles so chamados de bens complementares (quantidade de automveis e o preo da gasolina, quantidade de camisas sociais e o preo das gravatas, etc.).

Finalmente, a demanda de um bem ou servio tambm sofre a influencia dos hbitos e preferncia dos consumidores. Os gastos em publicidade, e propaganda objetivam justamente aumentar a procura de bens e servios influenciando suas preferncias e hbitos. Alm das variveis anteriores, que se aplicam ao estudo da procura pela maior parte dos bens, alguns produtos so afetados por fatores mais especficos, como efeitos sazonais, localizao do consumidor, ou fatores mais gerais como condies de crdito perspectivas da economia, congelamentos ou tabelamentos de preos e salrios.

Lei geral da demandaH uma relao inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preo do bem, coeteris paribus. a chamada Lei Geral da Demanda. Essa relao pode ser observada a partir dos conceitos de escala de procura, curva de procura ou funo de demanda.

A relao quantidade/preo procurada pode ser representada por uma escala de procura, conforme representa a seguir:

Alternativa de preo (r$)Quantidade demandada

1,0012.000

3,008.000

6,004.000

8,003.000

10,002.000

Outra forma de apresentar essas diversas alternativas seria atravs da curva de procura. Para tanto, traamos um grfico com os dois eixos , colocando no eixo vertical os vrios preos P, e na horizontal as quantidades de demanda Q. Assim.

Curva de procura do bem X

10,008,006,004,002,001,00

2000 4000 6000 8000 10.000 12.000

Curva da demanda

Preo (P)

52

Quantidade (Q)3001.000

Oferta Pode-se conceituar oferta como vrias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado perodo de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vrios fatores; dentre eles, de seu prprio preo, dos demais preos, do preo dos fatores de produo, das preferncias de empresrios e da tecnologia. (nvel de conhecimento tecnolgico).

Diferentemente da demanda, a funo oferta mostra sua correlao direta entre a quantidade ofertada e nvel de preos coeteris paribus. a chamada Lei geral da oferta.

Curva de ofertaRelao direta PxQ

52P

300 1.000Q

Excesso de demanda > oferta preo caiOferta e demanda

Oferta

Excesso de demanda escassez de ofertaDemandaPonto de equilbrio

A interao das curvas de demanda e de oferta determina o preo e a quantidade de equilbrio de um bem ou servio de um dado mercado.

ELASTICIDADE

a sensibilidade especfica com relao s variaes de preos e da renda. Essa sensibilidade ou reao pode ser medida atravs do conceito de elasticidade. Genericamente, a elasticidade reflete o grau de reao ou sensibilidade de uma varivel quando ocorrem alteraes em outra varivel coeteris paribus.

Trata-se de um conceito econmico que pode ser objeto de clculo a partir de dados do mundo real, permitindo-se, desse modo, o confronto das proposies da Teoria Econmica e com dados da realidade.

O conceito de elasticidade representa uma informao bastante til tanto para as empresas quanto para a administrao pblica. Nas empresas a previso de vendas de extrema importncia, pois permite ma estimativa de reao dos consumidores em face de alteraes no preo da empresa nos concorrentes e em seus salrios.

Elasticidade preo-demanda

a resposta relativa da quantidade demanda de um bem X s variaes de seu preo, ou, de outra forma, a variao percentual na quantidade procurada do bem X em relao a uma variao percentual em seu preo, coeteris paribus.

EPD = variao % EMQ quantidadevariao % EMP - preo

EPD>1 demanda elsticaEPD