introduÇÃo À expressÃo grÁfica - universidade federal ... · 1º semestre 2016. 1. ......
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CURSO DE BACHARELADO EM EXPRESSÃO GRÁFICA
DISCIPLINA:CEG201-INTRODUÇÃO À EXPRESSÃO
GRÁFICA
Professora Vaz1º semestre 2016
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EMENTA
• Definição e conceitos fundamentais da Expressão Gráfica
• Elementos da linguagem gráfica• História do desenho e da representação
gráfica• Interdisciplinaridade e expressão gráfica
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PARTE 1O que é expressão gráfica?
Expressão gráfica é desenho, ou seja,
desenho é uma maneira de se expressar graficamente.
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Expressão Gráfica é o mesmo que Engenharia?
O sucesso profissional no mundo digital requer dos alunos de engenharia:
“habilidade visual como ponto central, habilidade em identificar e resolver problemas, habilidade
em utilizar ferramentas computacionais modernas, habilidade em expressar suas ideias,
conhecimento das normas técnicas relacionadas à representação”
(MORAES, 2001, p.34). 4
A computação gráfica (C.G.)e sua implantação?
• Segundo Moraes (2001) a implantação da C.G. nas Universidades brasileiras, envolveu:
1. compra de equipamentos; 2. treinamento dos professores; 3. contratação de técnicos de laboratórios; 4. adequação atitudinal do corpo docente; 5. além da estruturação dos conteúdos
programáticos em função da adesão do computador nas disciplinas de teoria da expressão gráfica.
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Qual a gramática do curso de expressão gráfica?
De acordo com Moraes (2001, p.7-8):“desenho é uma maneira de expressar o
pensamento, a materialização de uma ideia, umalinguagem gráfica que se constitui como o principalinstrumento de comunicação em muitas áreas deconhecimento. Tal como em qualquer língua, ondepara que alguém compreenda o que ali está dito, énecessário que exista uma ‘gramática’”.
O desenho técnico é a gramática doprojetista, e o meio digital é a tipo de tecnologiautilizada.
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Fases do processo de projeto:
Uma das fases do processo de projeto é aconstrução de um modelo geométrico querepresenta a forma, esses modelos sãochamados de “icônicos descritivos”,devido à semelhança física com o produtofinal, com a forma final.
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Técnicas para representar os modelos geométricos:
- modelos numéricos- modelos computacionais- modelos reduzidos (maquetes)- modelos gráficos (desenhos)
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O domínio de todos esses modelosexemplifica o PERFIL DO PROFISSIONALformado em Expressão Gráfica pela UFPR.
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Outra fase do processo de projeto,que também compete ao profissionalformado em expressão gráfica, é por meiode softwares adequados:• simular sua manufatura (fabricação),
• testar e operar o equipamento, • evitar a fabricação de um protótipo
(físico).
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Teoria e técnicas de representação gráfica:
Esses conteúdos (disciplinas) estãointerligados, pois ambos são IMPORTANTESpara a concepção e manufatura deprodutos que serão fabricadosdigitalmente.
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“As ferramentas de manufatura (CAE-CAD-CAM), além de possibilitarem a simulação da fabricação
de uma peça mecânica em 3D, permite a detecção rápida e fácil de possíveis falhas num projeto;
correção imediata com baixo custo; facilidade na apresentação do projeto a outros grupos de
especialistas externos e internos e tornam mais fácil a manutenção das partes que compõem
produtos mais complexos”. (MORAES, 2001, p.11)
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Estas ferramentas permitem que o projetistadesenvolva todas as etapas dos projetos:
concepção, representação e
execução de produtos,
cuja eficiência e qualidade são testadas pormeio de protótipos digitais.
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Questões:
Definição das ferramentas CAE-CAD-CAM?Que termo utilizar para definir o aluno formado em expressão gráfica?Quais disciplinas englobam a teoria da representação gráfica?Quais disciplinas englobam as técnicas de representação gráfica?
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O curso de Expressão Gráfica forma quetipo de profissional?Qual a diferença entre desenhista eprojetista?
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Expressão Gráfica X Tecnologia• CA = abreviação do termo Computer-Aided
(assistido por computador), o que significa que ostrês sistemas foram criados para ajudar o usuárioa alcançar o seu objetivo da forma mais rápidapossível, usando computadores paraprocessamento:
• CAD – Design (desenho, planta),• CAE – Engineering (engenharia)• CAM – Manufacturing(manufatura).
Cada programa tem um foco de atuação e umpropósito.
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Revolução Industrial( de 1760, por volta de 1820 e 1840)
Se a Revolução Industrial havia dividido astarefas de concepção e manufatura doproduto.
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“A necessidade de uma padronização para osprojetos de produto e processos de projeto,surgiu com a Revolução industrial e suasmáquinas que permitiram a repetibilidade depeças. Isto resultou numa separação mais nítidaentre a concepção e a execução, gerando comisso, a demanda por um sistema derepresentação que permitisse a comunicaçãoentre as duas fases” MORAES (2001, p.26).
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Revolução pós-industrial
Por comparação, podemos afirmar que a Revolução pós- industrial com o
advento da computação gráfica integra essas duas funções (concepção e
manufatura)?
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Em caso afirmativo, justifica-se a criação do Curso de Bacharelado em Expressão Gráfica que forma o
projetista.Qual seria a base teórica do curso de Expressão
Gráfica?
O nosso profissional tem a formação técnica e estética do antigo desenhista industrial.
O desenho industrial é o mesmo que design?
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Na atualidade, essas duas fasessão operacionalizadas em ambientedigital. Com a “cultura computacional”os desenhos de fabricação tradicionalem suporte de papel estão sendosubstituídos pelos recursos demodelagem tridimensional.
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A concepção e manufatura = produto final
Desenho de Fabricação (papel/computador): CRIAÇÃO
Modelagem Tridimensional (CAD) + Sistemas de Manufatura (CNC): REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Instrução de Usinagem em linguagem de máquina com um software específico:
FABRICAÇÃO DIGITAL22
“Segundo AMORIM (1999), o Desenho de fabricaçãotradicional composto de plantas, vistas, cortes,seções e projeções axonométricas em suporte papelestá gradualmente sendo substituído pelos recursosda modelagem tridimensional disponíveis nosprogramas CAD e manufatura auxiliada porcomputador através de máquinas de comandonumérico. A peça é modelada tridimensionalmenteno ambiente computacional e visualizada com muitomais facilidades e recursos que do modeloconvencional. Em seguida é gerada uma instrução deusinagem em linguagem de máquina para umamáquina operatriz de comando numérico, a partir deum software específico para este fim” (MORAES,2001, p.36).
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Bessant (1988), citado por Moraes (2001, p.36),menciona que:
“o desenvolvimento dos projetos torna-se um processointerativo e preciso, aliado a uma grande velocidade deprocessamento dos dados pela máquina. Estaspossibilidades trazem consequentemente um ritmo detrabalho mais severo onde o projetista precisacada vez mais de velocidade deraciocínio e robustez técnica. Nesteprocesso interativo, onde homem e máquina reúnem assuas melhores características na solução de um dadoproblema, é cada vez mais importante a visão global, aformulação conceitual, a fundamentação teórica e aintegração interdisciplinar”. (grifos meus).
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Representação Gráfica: TEORIA + DESENHO TÉCNICO =
PROJETOS
Em relação aos cursos de engenhariaidentificados por Moraes constata-se que asdisciplinas de teoria de representação gráficasão entendidas como disciplinas básicas e estãodesconectas das disciplinas de projetos.
E no nosso curso como pensar essas disciplinas?25
Homem X Máquina
Na relação homem versusmáquina, o componente humano nãotem acompanhado os avançostecnológicos na área de fabricaçãodigital.
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“(...), tem-se percebido que o desenvolvimentodas ferramentas de projeto e construção nãotem correspondido à uma efetiva melhoria daqualidade dos projetos e das construções,levando-nos a CONJETURAR que a falha estána componente humana”
(grifos meus)(MORAES, 2001, p.37).
Será que está hipótese da autora ainda é válida?
A falha humana no desenvolvimento de projetos é decorrente de quais fatores?
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Quais as atividades de projetos quepodem ser realizadas pelos alunos deexpressão gráfica?
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Referência Básica
• MORAES, Andréa Benício de. A expressãográfica em cursos de engenharia: estado daarte e principais tendências. Dissertação.(Departamento de Engenharia de ConstruçãoCivil e Urbana). Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo. São Paulo, 2001.136f.
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Autores citados:
• BESSANT, C. B. CAD/CAM Projeto e fabricação com o auxílio do computador. 3.ed. Rio de Janeiro, Campus, 1988.
• BONSIEPE, Gui. Design, cultura e sociedade. São Paulo: Blucher, 2011.
• BONSIEPE, Gui. Design como prática de projeto. São Paulo: Blucher, 2012.
• FORTY, Adrian. Objeto de desejo – design e sociedade desde 1750. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
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