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1 Ipero 2016

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1

Ipero

2016

2

Uma palavra da Gestão Escolar

Caro leitor,

É com orgulho que apresentamos este breve compilado das

melhores produções textuais discentes de nossa Instituição de Ensino no

ano de 2016.

Relevante ressaltar que tal iniciativa não pretende laurear os

alunos que se destacaram em suas obras escritas em detrimento

daqueles que ainda se encontram no desenvolvimento de habilidades e

competências para a escrita exitosa. Pelo contrário, visamos, além de

dar finalidade às diversas produções daqueles, prover um estímulo a

estes a fim de que, em anos vindouros, também possam ter seus textos

eternizados na Sala de Leitura de nossa escola.

Com os augúrios de uma sociedade leitora e escritora,

parabenizamos a todos os alunos e professores envolvidos neste projeto,

pois, como postulado pelo grande Voltaire, “A leitura engrandece a alma”.

Iperó, 16 de novembro de 2016

Josana de Fátima Moraes

Diretora de Escola

Eduardo Sanches Albanez

Coordenador Pedagógico

3

Produções de texto coletivo

Importante

etapa das sequências

didáticas de ensino de

gêneros textuais, a

produção textual

coletiva, como bem

salienta Kátia

Bräkling (2013), focaliza a negociação entre os

alunos da turma (com base nos conhecimentos

relativos ao texto em si e nas orientações do professor)

sobre o léxico mais adequado ao contexto literário; bem

como aos procedimentos de planejamento, elaboração e

revisão do texto.

Neste capítulo, apresentaremos mostras de

produções textuais coletivas dos alunos da educação

infantil e do 1º e 2º Ciclo do Ensino fundamental.

4

UMA HISTÓRIA INVENTADA

AUTORES: Alunos da 2ª Fase da Educação Infantil

PROFESSORA: Regiane Cristina de Oliveira

Em uma tarde ensolarada, um indiozinho chamado Pitanga

estava colhendo frutas quando descobriu um castelo. Nesse castelo

tinha muita gente porque estava tendo uma festa. O indiozinho

encontrou um palhaço chamado Mandioca.

O palhaço Mandioca e o índio Pitanga ficaram brincando a

tarde inteira, só que apareceu uma bruxa que era muito malvada e

que transformava as pessoas em sapo. Então eles chamaram o

gato deles. O gato arranhou a bruxa e eles saíram correndo em

direção à floresta. Na floresta tinha sapo, lobisomem, caçador,

bicho-papão, monstro de barro... O índio Pitanga e o palhaço

Mandioca voaram em uma vassoura para o castelo de outro reino.

Lá também tinha um monte de gente e o indiozinho encontrou uma

princesa. Quando Pitanga viu a

princesa, logo se apaixonou. Eles

casaram em um cartório e se

beijaram.

A bruxa foi presa por um

policial e, depois de casados,

Pitanga e a princesa tiveram um

filho e viveram felizes para

sempre. O amigo Mandioca

também viveu feliz para sempre.

5

O MENINO E O LEÃO

AUTORES: Alunos do 1º Ano A

PROFESSORA: Daiane T. Rodrigues Ferreira

Era uma vez o menino e o leão. O leão morava na floresta e o

menino no castelo que ficava ali bem pertinho.

O menino se chamava Lucas. Seu pai, o rei, sempre o

aconselhava a não sair do castelo, pois a floresta era muito perigosa.

Nela habitavam vários animais selvagens.

Certo dia, Lucas desobedeceu a seu pai, foi para a floresta e

encontrou um leão enorme. O menino ficou com muito medo e assustado

saiu correndo. O leão o seguiu rugindo bem forte. Então, Lucas tropeçou

em uma pedra, caiu e desmaiou. Quando acordou, ao seu redor havia

um monte de animais. O leão se

aproximou e disse:

- Não tenha medo, não quero te

machucar. Corri atrás de você porque

quero ser seu amigo. Vou te levar de

volta para o castelo. Suba em mim.

A partir daquele dia Lucas e

todos os animais da floresta foram

amigos e se encontravam todos os

dias para brincar.

6

o MENINO SOLITÁRIO

AUTORES: Alunos do 1º Ano B

PROFESSORA: Maria Leonor de Moraes

Era uma vez um menino

chamado João que nunca havia ido

ao parquinho brincar. Ele não tinha

amigos. Era muito solitário.

Na escola, João era muito

bonzinho, mas só ficava quietinho na

sua carteira. Emília resolveu

perguntar o porquê de João não

conversar com as outras crianças e

ele respondeu que até gostaria de ir ao parquinho brincar, mas que

não tinha amigos.

Emília e seus amigos convidaram João para ir com eles ao

parquinho da cidade. Mandaram um bilhetinho para sua mãe e ela

deixou que ele fosse se divertir com seus novos colegas. A partir

desse dia João nunca mais ficou sozinho na escola. Ele brincava,

conversava e continuou sendo um garoto bonzinho.

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O PRÍNCIPE VALENTE

AUTORES: Alunos do 2º Ano A

PROFESSORA: Samanta de Oliveira

Em uma tarde ensolarada, um príncipe estava saindo para o

jardim. Ele gostava muito de passear em meio às flores e do jardim

resolveu ir até a floresta para colher jabuticabas. Comeu tantas que

ficou com uma enorme dor de barriga.

O príncipe foi ajudado por um anão que lhe deu um remédio

para que a dor de barriga sarasse. Ficou muito agradecido e

resolveu levar o anão para seu castelo.

- Como é seu nome, caro amigo?

- Me chamo Nico de Chapéu de Milho, e você?

- Eu sou o príncipe Manoel!

Chegando ao Castelo, Nico em sua vassoura mágica e

Manoel em seu cavalo preto, o príncipe deu as boas vindas ao

amigo:

- Vamos entrando meu amigo. A casa é sua!

Tudo correu bem durante algum tempo, até que um dia o

castelo foi invadido por um monstro de cinco olhos que queria matar

o príncipe e tomar o castelo. O príncipe Manoel ficou com muito

medo e resolveu lutar por seu reino e por sua vida. Com a ajuda do

Anão, começaram a batalha.

O anão Nico encantou a espada do príncipe com sua magia.

A luta demorou horas até que o príncipe conseguiu atingir o

monstro que começou a se transformar em pedra e depois em um

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ser humano. O anão percebeu que, na verdade, o monstro só era

monstro devido ao feitiço de uma bruxa e desfez o encantamento.

Qual não foi a surpresa dos amigos! Desfeito o feitiço, o

monstro se transformou em uma bela princesa.

O príncipe Manoel e a princesa se casaram e viveram muito

felizes.

9

UMA AVENTUR NO MAR

AUTORES: Alunos do 3º Ano A

PROFESSORA: Maria Cristina Ayres

Júlio e seu papagaio, Louro, estavam em seu barco no Rio

Amazonas pescando quando, de repente, apareceu um jacaré.

Júlio não percebeu que o jacaré estava perto do barco, mas

como seu amigo Louro é muito esperto, viu que o jacaré estava se

aproximando.

O papagaio avisou Júlio do perigo. Desesperados os amigos

não sabiam o que fazer.

O jacaré se aproximou e falou:

- Não tenham medo, estou apenas procurando meus filhotes.

Então, Júlio e Louro ajudaram a mamãe jacaré e voltaram a

pescar tranquilos.

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BIDU

AUTORES: Alunos do 3º Ano B

PROFESSORA: Bianca Peçanhuk

Este é o Bidu, o cachorrinho do Franjinha.

Bidu é um cachorro pequeno e manso. Ele é todo azul e seu

bigodinho é preto.

Bidu é querido por todos os amigos do Franjinha.

Um dia, Bidu saiu para passear no campinho de futebol e

achou um osso na grama. Pegou o osso e saiu andando todo

alegre. De repente, ele tropeçou numa pedra e o osso acabou

caindo de sua boca. O osso foi rolando até cair no barranco.

Bidu ficou muito triste por perder seu almoço e voltou para a

casa.

Observação: Esta sequência narrativa foi elaborada coletivamente pelos alunos do 3º

Ano B a partir da seguinte sequência de imagens.

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O PASSEIO MISTERIOSO

AUTORES: Alunos do 4º Ano A

PROFESSORA: Andréia Nunes de Oliveira

Certo dia, os alunos do 4º Ano da Escola Elisa e sua

professora Andreia resolveram sair em busca de uma grande

aventura na floresta.

Ao chegar na floresta, começaram a armar o acampamento e

a procurar gravetos para acender a fogueira. Depois de tudo pronto,

fizeram um delicioso piquenique e começaram a contar histórias de

terror. A professora disse que ia descansar um pouco e, enquanto

ela cochilava, as crianças saíram sozinhas para explorar a mata.

De longe, no meio da floresta, avistaram uma casa muito

assustadora. Curiosas, resolveram entrar na casa. Dentro dela,

ouviram barulhos estranhos e viram uma mulher vestida de preto,

sentada na escada, com uma faca na mão... passando manteiga no

pão. A mulher disse:

- Olá crianças! Querem pão com manteiga?

A maior parte das crianças recusou rapidamente, pois a

professora havia ensinado que não se pode aceitar alimentos de

estranhos. Dois amigos, no entanto, desobedeceram e aceitaram o

pão. Quando iam levar o pão à boca, a professora chegou

desesperada e gritando:

- Não! Não comam! Esse pão é envenenado.

A mulher insistiu:

- Comam, meus amores! Está uma delícia!

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Chorando de medo e de arrependimento, as crianças saíram

correndo junto com a professora.

Chegando ao acampamento, se desculparam e prometeram

nunca mais desobedecer.

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UM AMOR IMPOSSÍVEL

AUTORES: Alunos do 5º Ano A

PROFESSORA: Tabita Cardoso Domingues

Era uma vez uma bela camponesa que vivia com sua família em

uma aldeia. Eles tinham uma padaria e viviam muito felizes.

O arauto do castelo sempre ia até a padaria encomendar pães. No

entanto, um dia, o príncipe foi até a padaria para reclamar de um pão que

não foi do agrado do rei. Ao ver o príncipe, a camponesa se apaixonou.

Foi amor à primeira vista.

Passado algum tempo, o rei anunciou que faria um baile, pois o

príncipe já estava em idade de casar e deveria conhecer as pretendentes

do reino. A camponesa queria muito ir ao baile, mas, a pedido do rei,

deveria fazer um bolo de cinquenta camadas.

O dia tão esperado do baile chegou. Ela conseguiu fazer o bolo,

mas precisava de um novo vestido para que pudesse ir ao baile.

Faltando apenas algumas horinhas para o baile, a mãe da camponesa

resolveu fazer-lhe o vestido de surpresa. Em quatro horas, a mãe

conseguiu finalizar o vestido e deixou sobre a cama da moça.

Depois de encontrar o vestido e de chorar de alegria, a camponesa

foi ao baile. Na hora de sua vez de dançar com o príncipe, a camponesa

tropeçou na barra do vestido e caiu em seus braços e os dois se

beijaram. O rei não gostou nada do que viu e tentou de tudo para separar

a simples camponesa de seu nobre filho. Mas o amor foi mais forte e,

depois de dado tempo eles se casaram e viveram felizes para sempre.

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A tividades envolvendo a escrita de

próprio punho pelos alunos

Nas situações de

escrita pelo aluno do Ciclo

de Alfabetização, seja

através de produções de

“texto que sabe-de-cor” ou

de “texto de autoria”, as

crianças são desafiadas à

prática da escrita sem o auxílio de um

escriba/escrevente, fazendo uso de seus conhecimentos

sobre o Sistema de Escrita Alfabético e procurando

aproximar-se ao máximo da escrita convencional.

Neste capítulo, apresentaremos algumas mostras

de produções de texto redigidas por alunos do 1º e do 2º

Ano do Ensino Fundamental.

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RECEITAS CULINÁRIAS

AUTORES: Lívia Leite da Silva e

Soraia Nascimento de Souza.

PROFESSORA: Samanta de

Oliveira

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Crônicas

Como bem salienta Eça de Queirós, a crônica

não tem

a voz grossa da política, nem a voz

indolente do poeta, nem a voz doutoral

do crítico. Tem uma pequena voz

serene, leve e clara, com que conta aos

amigos tudo o que andou ouvindo,

perguntando, esmiuçando.

(in: Jornal “O Distrito de Évora”, 06 de jan. de 1866).

A crônica propicia AO ALUNO descrever fatos

cotidianos sob uma ótica dramática ou humorística,

poética ou jornalística, dependendo De sua inclinação

inspirativa e da temática em voga.

Neste capítulo, apresentaremos algumas mostras

de produções de crônicas por alunos de 8º e 9º Anos do

Ensino Fundamental.

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AMOR SINCERO

AUTOR: Valney Fábio Martins Silva

PROFESSORA: Nanci Favilla

Simplesmente a vida nos coloca

diante de fatos que podem nos surpreender

e nos fazer ter a certeza de quão

insignificantes somos.

Em uma noite calma e gelada, com a

lua iluminando esta linda cidade em que vivo

(e que por seu ar interiorano tranquilo,

jamais quero deixar), saio a caminhar. O

vento sussurra em meus ouvidos, meus

lábios secam e sinto um desconforto. Olho

para o lado e vejo uma cena que me aperta

o coração ao mesmo tempo em que me toca

a alma. Fico sem reação ao ver um cão ao

lado de seu dono, inseparáveis sob um

pequeno toldo. Deixo escorrer uma lágrima ao ver as vestes maltratadas do

homem que procura se aquecer com uma fina coberta, sobre um colchão

surrado que o livra do frio da calçada. O cão, ao seu lado como se fosse seu

anjo da guarda, não lhe desvia o olhar e encosta levemente sua cabeça no

peito do homem enquanto abana o rabo. O dono, com um sorriso na fase, em

um singelo gesto de amor, acaricia o cão que ali está. Ao ver essa cena, paro

para pensar que nem tudo o dinheiro pode comprar.

Abro meu sorriso novamente e volto a caminhar, com a certeza de que o

amor jamais irá acabar. Não importa a condição nem o lugar, onde houver a

sinceridade, o amor sempre irá habitar.

Observação: Esta crônica foi elaborada pelo aluno-autor Valney como parte das

atividades da Olimpíada de Língua Portuguesa – 2016, tendo sido escolhido pela

Comissão Julgadora Municipal como o melhor da cidade em sua modalidade para

concorrer à etapa estadual do concurso.

Charlie Chaplin. A dog’s life.

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JOSÉ EGITA

AUTOR: Rafael Moreira de Souza

PROFESSORA: Nanci Favilla

José foi à escola e, de repente, avistou uma menina linda e se

aproximou para puxar assunto.

- Olá, tudo bem? Meu nome é José. E você? Como se chama?

A menina envergonhada responde: - Olá. Tudo bem sim. Prazer, meu

nome é Egita. Como vai você?

José começou a rir e foi embora sem responder a pergunta da moça. Ele

logo chega em casa e sua mãe lhe pergunta:

- Do que você está rindo, “miserávi”?

Ele responde, rindo:

- Da Egita, mãe!

A mãe estranha:

- Nunca fomos ao Egito, seu palhaço!

Ao que ele contesta:

- Não é Egito, mãe. É Egita, uma menina que conheci na escola.

Sua mãe, irritada conclui:

- Vá lavar louça e pare de rir do nome dos outros, José Egito Gomes!

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O SONHO DE ACOLITAR O SONHO ALHEIO

AUTOR: Valney Fábio Martins Silva

PROFESSORA: Nanci Favilla

Um feixe de luz penetra por minha janela e reflete em minha face. Sinto

que terei mais um dia pela frente.

Levanto-me aos poucos, como se meu corpo dominasse minha mente.

Então, com pequenos passos me dirijo à “TV” e com um simples gesto pego o

controle como se este fizesse parte do meu corpo. Diante dela, fico paralisado

e observo o mundo passar em segundos. Uma cena me choca e, ao mesmo

tempo, toca minha alma: vejo no televisor, crianças sendo bombardeadas,

pessoas correndo sem direção, milhares de adultos em botes tão frágeis nos

quais seria impossível acomodar mesmo poucas pessoas. Vejo essas pessoas

deixarem sua pátria, suas vitórias, e sem ao menos a certeza de que irão

conseguir sobreviver. Vendo todo esse desespero em suas faces, penso que

fogem de seus países com a única finalidade de encontrar a paz.

Seguro novamente o controle e desligo a “TV”, mas as imagens

permanecem em minha mente levando-me a refletir de que, talvez em breve,

eu possa ajuda-los indo em busca de meu sonho: seguir a carreira militar e

servir a Marinha do Brasil, ajudando pessoas que tanto precisam de uma mão

amiga.

Observação: Esta crônica foi elaborada pelo aluno-autor Valney para o Concurso de

Redação da TV Tem 2016.

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AMBIENTE ESCOLAR

AUTOR: Beatriz Correa da Silva

PROFESSORA: Nanci Favilla

Do fundo da sala de aula eu observo e começo a pensar sobre os tipos

de pessoas que lá existem.

Na frente da sala senta o silencioso que só diz algo na hora da chamada

e que, mesmo assim, não passa de um sussurro.

Ao lado do silencioso fica uma “panelinha” composta por três garotas. A

primeira é muito carinhosa. Mas não a atormente, principalmente quando ela

estiver com um estojo nas mãos, pois ela pode deixar um “roxinho” em você. A

segunda só sabe reclamar e rir de tudo. Já a terceira é gótica não assumida.

De um lado da sala temos o engraçadinho que sempre faz de tudo para

chamar a atenção do próximo. Ao seu lado temos o popular, sempre se usando

do charme para conseguir o que quer. Muitas vezes suas tentativas não

acabam bem, mas ele não desiste!

Do outro lado temos o “sabe-tudo”. Ele se sai bem em todas as matérias,

mesmo sendo um pouco maluquinho. Ao lado do “sabe-tudo” está o garoto que

sempre se machuca. Já se quebrou tantas vezes que é surpreendente que

ainda consiga parar em pé.

No meio da sala de aula costuma ficar a “barraqueira”. Se não gosta de

algo que você faz ou diz, prepare-se, pois ela não vai parar de falar até se

cansar. Em sua frente fica a “filha da mamãe”, sempre com uma desculpa para

não entregar um trabalho. Quando se reclama dela, ela corre contar para sua

mãe. Sua própria versão dos fatos, claro.

E mesmo com tantas pessoas diferentes, sinto fazer parte disso e reflito:

se tenho um julgamento para cada colega de classe, como será que sou vista

pelos outros?

Observação: Esta crônica foi elaborada pela aluna-autora Beatriz como parte das

atividades da Olimpíada de Língua Portuguesa – 2016.

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Memórias

No gênero textual „memórias‟, o escritor

conduz o leitor por cenários e experiências reais ou

imaginárias situadas em sua memória, através da

rafiguração.

Neste capítulo, apresentaremos mostras de

memórias literárias produzidas por nossos alunos

(autores criadores) que, por serem jovens, recorreram a

entrevistas com pessoas mais velhas (autor pessoa)

durante o processo de criação e produção textual.

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MEUS TEMPOS DE CRIANÇA: O CIRCO

AUTORA: Amanda Cristina Silva de Oliveira

PROFESSORA: Eva Vilma Nicolau

Isso aconteceu por volta de 1977 na minha querida cidade

Querência do Norte, Paraná. Recordo-me estar com sete anos.

Eu sou de uma família de muitos irmãos e primos e, como a cidade

era muito pequena, à época, havia pouca diversão. Uma vez por ano o

circo vinha para a minha cidade e como nos divertíamos com ele!

Quando o circo ia embora, nós nos reuníamos e montávamos

nosso próprio circo nos fundos do quintal de minha mãe. Pegávamos

todos os lençóis e erguíamos sobre o varal, cercávamos e deixávamos

uma pequena passagem.

Tudo aquilo que aprendíamos no circo com os palhaços e

malabaristas, apresentávamos no nosso e todos colaboravam. Meu pai

emprestava a vitrola tocada a pilha; minha tia estourava pipoca e fazia o

suco; minha mãe torrava amendoim; e os “puchis”, meus primos e eu

mesma fazíamos.

Cortávamos ainda papéis e fazíamos faixas de entrada (pela qual

cobrávamos cinquenta centavos). Fazíamos promoções “um puchi e uma

pipoca”, sendo que cada um dos primos ficava encarregado de uma

função: um guardava os comes, outro ficava na bilheteria, outro na

cozinha, e eu era a trapezista.

Divertíamo-nos muito com o consentimento de nossos pais e

demais familiares e, com nosso lucro, comprávamos o que faltava no

circo.

Observação: Esta memória foi elaborada pela aluna-autora Amanda como parte das

atividades da Olimpíada de Língua Portuguesa – 2016, tendo sido escolhida pela

Comissão Julgadora Escolar como a melhor da escola em sua modalidade para

concorrer à etapa municipal do concurso.

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FEIJÃO QUEIMADO EM BORRAZÓPOLIS

AUTORA: Fernanda Krause Gomes

PROFESSORA: Eva Vilma Nicolau

Sou Márcia Tavares Krause Gomes, nasci no dia 18 de fevereiro

de 1982 na cidade de Borrazópolis no Paraná. Uma cidade pequena,

simples e calma. Vou contar um pouco de minha infância.

Quando era pequena gostava muito de brincar com minha irmã e

meus amigos. Minha brincadeira preferida era “feijão queimado”. Ah,

como eu gostava dessa brincadeira. Todos de mãos dadas formando

uma grande roda, com os pés no chão de terra, sem medo de ser feliz.

Observação: Esta memória foi elaborada pela aluna-autora Fernanda como parte das

atividades da Olimpíada de Língua Portuguesa – 2016.

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Poemas

Deriva d a do

vocábulo grego Ποιείν

(criar; compor), a palavra

poema nos remete tanto às

características estilísticas e

estruturais que esse gênero

encerra, quanto à

subjetividade poética

capaz de despertar em seus leitores diferentes

sensações. Nas palavras de Mário Quintana “um

bom poema é aquele que nos dá a impressão de que

está lendo a gente... e não a agente a ele!”

Neste capítulo, apresentaremos mostras de

poemas produzidos por nossos alunos.

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POEMA D’IPERÓ

AUTORA: Miriã Oliveira Vieira

PROFESSORA: Tabita Cardoso Domingues

Uma linda cidade

Onde encontro prazer

E a todos vou dizer

Que tenho alegria de viver!

As estrelas brilham no céu

Sigo as trilhas a cantar

Admiro a paisagem e

Santo Antônio a me encantar.

Na Fazenda Ipanema

Ouço as árvores a balançar

Como uma dança suave

Um bom lugar para relaxar.

Nas praças da cidade

Vemos crianças a correr

Admiro cada passo

É bonito de se ver.

A avenida principal

É estreita de verdade

Mas, confesso a vocês:

Amo viver nesta cidade!

Observação: Este poema foi elaborado pela aluna-autora Miriã como parte das

atividades da Olimpíada de Língua Portuguesa – 2016, tendo sido escolhido pela

Comissão Julgadora Municipal como o melhor da cidade em sua modalidade para

concorrer à etapa estadual do concurso.

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CIDADEZINHA PEQUENA

AUTORA: Sofia Laurem Mariano Costa

PROFESSORA: Nanci Favilla

Cidadezinha pequena

Com poucos problemas

Cheia de esperança, amor e carinho

Mas que dá pra melhorar um pouquinho

Morar numa cidade assim

Não traz problemas pra mim

Onde nossos pais se conheceram,

Viveram e morrerão com a mão no coração.

Cidade pequena e bonita assim não há

Moro aqui e jamais quero me mudar

Porque cidade assim não há.

Observação: Este poema foi elaborado pela aluna-autora Sofia como parte das

atividades da Olimpíada de Língua Portuguesa – 2016.

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Narrativas de aventura

Histórias de muita ação e suspense, construídas

através de um enredo pautado em conflitos vividos por um

protagonista e que findam resolutos ao fim da narração,

as narrativas de aventura encantam crianças, jovens e

adultos.

Neste capítulo, apresentaremos mostras de

narrativas de aventuras de nossos alunos.

KEMBLE, E.W. Ilustração 166 do livro The Adventures of Huckleberry Finn de Mark

Twain, 1884.

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SALVANDO UM BEBÊ MACACO NO ACAMPAMENTO

AUTORA: Miriã Oliveira Vieira

PROFESSORA: Tabita Cardoso Domingues

ORIENTADORA: Jandira Aparecida de Moraes

Certo dia, eu com meu cãozinho Radar e meus amigos Quinho e

Gabrielle entre outros, participamos de um acampamento na chácara do

meu avô.

Ao chegar no acampamento, ficamos muito felizes ao descobrir

que íamos desenvolver várias atividades escoteiras. Eu, Gabrielle e mais

quatro amigas ficamos na patrulha Águia. Quinho, Radar e mais cinco

amigos ficaram na patrulha cão. Os outros amigos ficaram na patrulha

Tigre. A chefe responsável por todos se chamava Isa.

Começamos a preparar o terreno e a montar nossas barracas,

quando ouvimos um barulho estranho que vinha da mata. Meus amigos e

eu ficamos muito preocupados. A chefe Isa mandou ficarmos ali que ela

iria ver o que era aquele barulho. Como estava demorando e a chefe não

voltava, começamos a ficar mais preocupados ainda.

Fizemos uma reunião para decidir quais de nós, em dupla, iriam

atrás da chefe. Quando estávamos decidindo, chega o Radar, latindo e

indicando que estava tudo bem. Resolvemos ir todos juntos para ver e

encontramos a chefe Isa cuidando de um bebê macaco que havia caído

e estava ferido.

Feito isso, ela veio ao nosso encontro e voltamos ao acampamento

com mais uma missão cumprida.

Observação: Esta narrativa de aventura foi elaborada pela aluna-autora Miriã como parte

das atividades dos Projetos de Leitura do autor Laé de Souza implementadas em

consonância aos projetos da Sala de Leitura em nossa escola. Depois de concorrer com

45 000 alunos participantes do projeto em todo o país, a aluna Miriã teve sua narrativa

selecionada e publicada no livro “As melhores histórias dos Projetos de Leitura – vol. 8”.

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A PROCURA DO TESOURO

AUTORA: Thaís Cristina Pantarolo

PROFESSORA: Eva Vilma Nicolau

Dois irmãos, que moravam no campo, estavam andando na rua e

encontraram um senhor que lhes deu um mapa dizendo que havia muito

dinheiro escondido no mar. Miguel e Arthur saíram em busca do tesouro

perdido e, no meio do caminho, encontraram uma moça. “O que vocês

estão procurando?”, ela perguntou. Confiando na moça, os irmão

responderam que estavam em busca de um tesoura, ao que ela

perguntou “Posso ir junto?”.

Admirado com a beleza da moça, Arthur disse que sim, e depois

que ela revelou que seu nome era Amanda, partiram rumo ao mar.

Na hora de mergulhar, só havia roupa de mergulho para dois.

Arthur ordenou que Miguel cedesse sua roupa à moça e, como esse se

recusou, começaram a brigar.

Amanda, com raiva, se transformou em um dragão de três cabeças

que os impediu de entrar no mar. Os irmãos lutaram com o monstro, mas

em cada parte do corpo que eles cortavam, nasciam duas no lugar.

Cansados de lutar, Miguel e Arthur se fingiram de mortos e o

dragão se foi. Miguel percebeu que o dragão não podia com água pois,

enquanto partia, encostou sua cauda na água e a queimou.

Miguel chamou o dragão e quando esse se aproximou, os dois

irmãos pularam na água seguidos pelo dragão que acabou morrendo. Os

irmãos voltaram para a superfície, vestiram as roupas de mergulho e

foram em busca do tesouro perdido. Nadaram até chegar em uma caixa.

Pegaram-na e a levaram para cima. Ao abrir a caixa, descobriram que

estava vazia.

Miguel e Arthur não estavam tristes porque ao menos tinham vivido

uma grande aventura.

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A AVENTURA DE SOLUÇO

AUTORA: Nicolly Mendonça Batista

PROFESSORA: Eva Vilma Nicolau

Um dia, Soluço resolveu sair para treinar com seu dragão

Banguela, em meio as pedras, no mar. De repente, viram um dragão que

os rodeava e decidiram segui-lo até seu ninho para tentar caçá-lo.

Seguiram o dragão até que ele sumiu. Como já era tarde, Soluço e

Banguela resolveram voltar para a casa porque o pai de Soluço já

deveria estar preocupado.

No dia seguinte,

Soluço e Banguela

perceberam que a

floresta estava pegando

fogo. Voltaram à floresta

e reencontraram o dragão

que haviam visto no dia

anterior. Perseguiram

novamente o dragão até

que, por fim, conseguiram

caçá-lo e adestrá-lo. Essa

foi a aventura de soluço.

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QUINHO E SEU CÃOZINHO

AUTORA: Mirian Souto da Silva Fagundes

PROFESSORA: Nanci Favilla

Em um belo dia, Quinho e seus amigos foram fazer um passeio

pelo parque. Eles observaram uma família de passarinho no ninho e

pensaram:

- Vamos ajudar a natureza! Ela já fez tanto por nós e agora vamos

fazer por ela!

Neste momento, Quinho e seus amigos começaram a limpar rios e

entregar panfletos para que as pessoas passassem a ter respeito pela

natureza e limpassem suas ruas. No meio desta boa ação, Quinho e

seus amigos começaram a imaginar que cada um ali era um escoteiro e

que deveria fazer boas ações. O grupo começou a fazer perguntas às

pessoas e esta é a pergunta que Quinho tem pra você:

- Vamos nessa? Venha nessa missão para ajudar meus amigos e

eu a cuidar da natureza!

Observação: Esta narrativa foi elaborada como parte das atividades do Projeto de Leitura

“Ler é bom, experimente!” do autor Laé de Souza, implementadas em consonância aos

projetos da Sala de Leitura em nossa escola.

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ACAMPAMENTO ESCOTEIRO

AUTORA: Melissa Leite Ribeiro Martins

PROFESSORA: Nanci Favilla

Tudo começou quando Quinho, seus amigos e Radar (o cãozinho)

foram ao parque para fazer um piquenique junto com seus avós. Todos

levaram alguma coisa: doces, bebidas e salgados.

Quinho não sabia, mas seus amigos pretendiam fazer uma festa

em sua casa, pois era seu aniversário.

As crianças comeram e brincaram o dia inteiro. Foi muito divertido

para todos.

Às 15h, eles foram para a casa de Quinho. Todos entraram e

gritaram “Feliz aniversário, Quinho!”. Quinho ficou surpreso, pois ele não

se lembrava de que era seu aniversário.

Todos seus amigos estavam lá, incluindo a chefe Isa, a escoteira

Bia, a Isabela, o Robério, o chefe Ambrósio, o chefe Luís, a chefe Regina

e todos os outros escoteiros.

Na festa teve brincadeiras, comidas, histórias e presentes.

Ao entardecer, todos foram ver o pôr do sol. Quinho sussurrou no

ouvido de seu avô “Este foi o melhor aniversário de todos!”

Observação: Esta narrativa foi elaborada como parte das atividades do Projeto de Leitura

“Ler é bom, experimente!” do autor Laé de Souza, implementadas em consonância aos

projetos da Sala de Leitura em nossa escola.

33

Linguagem verbal X

Linguagem Não verbal

Ao n o s c o m u n i c a r m o s , f a z e m o s u s o d e

p a l a v r a s ( f a l a d a s e / o u e s c r i t a s ) , b e m c o m o

d e g e s t o s e i m a g e n s a f i m d e c o n s e g u i r m o s

c o m qu e n o s s o s i n t e r l o c u t o r e s c o m p r e e n d am a

m e n s a g e m qu e d e s e j am o s p a s s a r .

Ao n o s u t i l i z a r m o s d e p a l a v r a s , e s t a m o s

f a z e n d o u s o d a l i n g u a g e m v e r b a l ; e qu a n d o

r e c o r r e m o s a r e c u r s o s i m a g é t i c os , f a z e m o s

u s o d a l i n g u a g e m n ã o v e r b a l . Mu i t a s v e z e s

d u r a n t e a e m i s s ã o d e u m a m e n s a g em ,

u t i l i z a m o - n o s d a l i n g u a g e m m i s t a qu e

c o n j u g a t a n t o r e c u r s o s v e r b a i s qu a n t o n ã o

v e r b a i s .

Neste capítulo, apresentaremos mostras de

produções discentes com uso de linguagem mista.

34

CHARGE: OLIMPÍADAS 2016

AUTORA: Narah Feitoza Nicolichi

PROFESSORA: Flaviana

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LEITURA DA OBRA “MULHER CHORANDO” DE PICASSO

AUTORA: Laisa Vitória Diniz Reis

PROFESSORA: Flaviana Rodrigues de Moraes Cleto

Vejo uma mulher

chorando na pintura.

Muito triste, muito

tensa.

Creio que o

motivo da tristeza seja

que seu namorado a

tenha abandonado.

As cores são

bem vibrantes: verde,

amarelo, laranja,

branco e azul.

Foram usadas

linhas retas e curvas,

por isso a mulher

parece estranhamente

quadrada.

7

PICASSO, P. Mulher chorando, 1937. Óleo sobre tela, 60,8 x

50 cm, Tate Gallery, Londres.

Observação: Nesta atividade de fruição e leitura, através da antecipação, a

aluna Laísa descreve as formas e as cores com que Picasso procurou retratar o

luto e o tormento de uma mulher ante as tragédias humanas. Picasso teve como

inspiradora sua nova companheira Dora Maar, tendo sido o quadro criado sob o

impacto do bombardeio de Guérnica.

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LEITURA DA OBRA “DOZE GIRASSÓIS NUMA JARRA” DE VAN GOGH

AUTORA: Matheus Alcantara Fernandes

PROFESSORA: Flaviana Rodrigues de Moraes Cleto

VAN GOGH, V. Doze girassóis numa jarra, 1888.

Óleo sobre tela, 91 x 72 cm.

Vejo um vaso com doze

flores. As de cima são

amarelas e as de baixo são

mais alaranjadas. As flores

têm folhas verdes a sua volta

e o fundo da imagem é azul,

sendo aparentemente uma

parede. O vaso parece estar

sobre uma mesa marrom,

sendo ambos quase da

mesma cor.

Nas flores, o pintor

usou pinceladas e o preto

para dar o efeito de pétala. Já

no vaso, ele apenas fez as

linhas e pintou.

Gostei da pintura pela impressionante forma como o artista fez as

flores. Acredito que o pintor tenha feito essa obra para representar a

beleza das flores.

Observação: Nesta atividade de fruição e leitura, através da antecipação, o

aluno Matheus descreve, de acordo com sua percepção, as técnicas e a

intencionalidade de Van Gogh. Uma das mais famosas obras do mundo, “Os

doze girassóis numa jarra”, representa uma façanha técnica de Van Gogh que se

utilizou do „empaste‟ e de pouquíssimas cores além do amarelo para, conforme

relatado em carta ao seu irmão Theo, expressar-se “com força”.

37

Operação Cisne Branco

Al u n o s c u j a s r e d a ç õ e s f o r a m

s e l e c i o n a d a s , n o â m b i t o e s c o l a r , p a r a

c o n c o r r e r a o c o n c u r s o “Op e r a ç ã o Ci s n e

Br a n c o” d a Ma r i n h a d o Br a s i l :

1 º L u g a r : Lu c a s N i ko l o f d o s Sa n t o s

2 º L u g a r : Va l n e y Fá b i o Ma r t i n s S i l v a

3 º L u g a r : V i c t o r Ga b r i e l d a S i l v a Pr e s t e s