iracema

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Iracema De José de Alencar

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Page 1: Iracema

Iracema

De José de Alencar

IDENTIFICAÇÃO

Grupo:

Caroline da Silva

Page 2: Iracema

Gabriel Gomes

Helliane Vieira

Larissa Nicole

Mariana Nicaone

Nºs:

04, 11, 15, 23, 24

Série: 2º ano

Turma: 08

Page 3: Iracema

 

   

SUMÁRIO

Introdução..................................................................................................

Vida e obras do autor.................................................................................

Descrição dos personagens.......................................................................

Resumo......................................................................................................

Page 4: Iracema

Questões de vestibular...............................................................................

Gabarito......................................................................................................

Conclusão...................................................................................................

Bibliografia..................................................................................................

INTRODUÇÃO

Um dos mais belos romances da nossa literatura romântica, Iracema é considerado por muitos “um poema em prosa”. A trágica história da bela índia apaixonada pelo guerreiro branco é contada por José de Alencar com o ritmo e a força de imagens próprios da poesia.

Em Iracema, José de Alencar construiu uma alegoria perfeita do processo de colonização do Brasil e de toda a América pelos invasores portugueses e europeus em geral. O nome Iracema é um anagrama da palavra América. O nome de seu amado Martim remete ao deus greco-romano Marte, o deus da

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guerra e da destruição.

O autor demonstra, já a partir do título, um evidente trabalho de construção de uma linguagem e de um estilo que possam melhor representar, para o leitor, “a singeleza primitiva da língua bárbara”, com “termos e frases que pareçam naturais na boca do selvagem”.

O livro foi publicado em 1865 e, em pouco tempo, agradou tanto aos leitores quanto aos críticos literários, a começar pelo jovem Machado de Assis, então com 27 anos, que escreveu sobre Iracema no Diário do Rio de Janeiro, em 1866: “Tal é o livro do Sr. José de Alencar, fruto do estudo e da meditação, escrito com sentimento e consciência… Há de viver este livro, tem em si as forças que resistem ao tempo, e dão plena fiança do futuro… Espera-se dele outros poemas em prosa. Poema lhe chamamos a este, sem curar de saber se é antes uma lenda, se um romance: o futuro chamar-lhe-á obra-prima”.

VIDA E OBRAS DO AUTOR

José de Alencar (1829-1877) foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista brasileira. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance O Guarani, em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. Seu romance o Guarani serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes, que compôs a ópera O guarani.

José de Alencar consolidou o romance brasileiro, ao escrever movido por sentimento de missão patriótica. O regionalismo presente em suas obras, abriu caminho para outros sertanistas, preocupados em mostrar o Brasil rural.

José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras. Suas obras são

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especialmente bem sucedidas quando o autor transporta a tradição indígena para a ficção. Tão grande foi a preocupação de José de Alencar em retratar sua terra e seu povo que muitas das páginas de seus romances relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados pessoalmente por ele, com o intuito de, cada vez mais, abrasileirar seus textos.

José de Alencar (1829-1877) nasceu em Mecejana, no Ceará em 1829. José Martiniano de Alencar era filho de tradicional família cearense, ainda menino mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou no Colégio de Instrução Elementar.

Formou-se pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, em 1850 mas, pouco exerceu a profissão. Ingressou no Correio Mercantil em 1854 e já em 1856 passa a ser o redator chefe do Diário do Rio de Janeiro, onde em 01 de janeiro de 1857 publica o romance O guarani, em forma de folhetim, alcançando enorme sucesso.

Ao lado da literatura, José de Alencar foi um político atuante. Foi eleito deputado pelo Ceará em 1861 pelo partido Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. Exerceu o cargo de Ministro da Justiça, durante o período de 1868 a 1870.

Romances Históricos e Indianistas: O guarani (1857), As minas de prata (1862), Iracema (1865), Alfarrábios (1873), A guerra dos mascates (1873) e Ubirajara (1874).

Principais obras de José de Alencar:

Romances Urbanos: Cinco minutos (1856), A viuvinha (1857), Lucíola (1862), Diva (1864), A pata da Gazela (1870), Sonhos d'ouro (1872), Senhora (1875) e Encarnações (1877).

Romances Regionalistas: O gaúcho (1870), O tronco do ipê (1871), Til (1872) e O sertanejo (1875).

Famoso a ponto de ser aclamado por Machado de Assis como "o chefe da literatura nacional", José de Alencar morreu aos 48 anos, no Rio de Janeiro, vítima da tuberculose em 12 de dezembro de 1877, deixando seis filhos, inclusive Mário de Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai.

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DESCRIÇÃO DOS PERSONAGENS

Iracema: Índia da tribo dos tabajaras, filha de Araquém, velho pajé; era uma espécie de vestal (no sentido de ter a sua virgindade consagrada à divindade) por guardar o segredo de Jurema (bebida mágica utilizada nos rituais religiosos); anagrama de América. A virgem dos lábios de mel.

Martim: Guerreiro branco, amigo dos pitiguaras, habitantes do litoral, adversários dos tabajaras; os pitiguaras lhe deram o nome de Coatiabo.

Moacir: Filho de Iracema e Martim, o primeiro brasileiro miscigenado.

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Poti: Herói dos pitiguaras, amigo (que se considerava irmão) de Martim.

Irapuã: Chefe dos guerreiros tabajaras; apaixonado por Iracema.

Caubi: Índio tabajara, irmão de Iracema.

Jacaúna: Chefe dos guerreiros pitiguaras, irmão de Poti.

Araquém: Pajé da tribo Tabajara. Pai de Iracema e Caubi.

Batuirité: o avô de Poti, o qual denomina Martim Gavião Branco, fazendo, antes de morrer, a profecia da destruição de seu povo pelos brancos.

RESUMO

A obra conta a história de amor vivida por Martin, um português, e Iracema uma índia tabajara. Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença étnica, por Iracema ser filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga. Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a morar na tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha seja travada entre os

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tabajaras e os pituguaras. Pois Arapuã quer se vingar de Martin, que "roubou" Iracema, mas Martim é amigo de Poti, índio pitiguara, que irá protegê-lo.

Além disso, a tribo tabajara alia-se com os franceses que lutam contra os portugueses, que são aliados dos pitiguaras, pela posse do território brasileiro. Com o passar do tempo, Martim começa a sentir falto das pessoas que deixou em sua pátria, e acaba distanciando-se de Iracema. Esta, por sua vez, já grávida, sofre muito percebendo a tristeza do amado. Sabendo que é o motivo do sofrimento de Martim, ela resolve morrer depois que der à luz ao filho. Sabendo da ausência de Martim, Caubí, irmão de Iracema, vai visitá-la e dia que já a perdoou por ter fugido e dado às costas à sua tribo. Acaba conhecendo o sobrinho, e promete fazer visitas regulares aos dois.

Conta que Araquém, pai de Iracema, está muito velho e mal de saúde, devido à fuga de Iracema. Justo no período que Martim não está na aldeia, Iracema dá luz ao filho, ao qual dá o nome de Moacir. Sofrendo muito, não se alimentando, e por ter dado à luz recentemente, Iracema não suporta mais viver e acaba morrendo logo após entregar o filho à Martim. Iracema é enterrada ao pé de um coqueiro, na borda de um rio, o qual mais tarde seria batizado de Ceará, e que daria também nome à região banhada por este rio. Ao meio desta bela história de amor, estão os conflitos tribais, intensificados pela intervenção dos brancos, preocupados apenas em conquistar mais territórios e dominar os indígenas.

QUESTÕES DE VESTIBULAR

1- (USP) O índio, em alguns romances de José de Alencar, como Iracema e Ubirajara, é:Retratado com objetividade, numa perspectiva rigorosa e científica.b) idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da qual é o herói épico.c) pretexto episódico para descrição da natureza.d) visto com o desprezo do branco preconceituoso, que o considera inferior.e) representado como um primitivo feroz e de maus instintos.

2- (Fuvest) “O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí uma predestinação de uma raça?” Eis aí uma reflexão sob a forma de pergunta que o autor, ......, faz a si mesmo com toda propriedade, e por motivos que podemos interpretar como pessoais, ao finalizar o romance ........ . Assinale a alternativa que completa os espaços.a) Nosé Lins do Rego - Menino do Engenho.b) José de Alencar - Iracema.

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c) Graciliano Ramos - São Bernardo.d) Aluísio Azevedo - O Mulato.e) Graciliano Ramos - Vidas Secas.

3- (Mack-SP) Sobre Iracema, é incorreto afirmar quea) o relacionamento entre Martim e Iracema seria uma alegoria das relações entre metrópole e colônia.b) Iracema é descrita de uma forma idealizante, comparada com elementos da natureza, característica própria do Romantismo.c) o personagem Martim é lendário; nunca existiu, tratando-se, portanto, de uma figura fictícia.d) Moacir, que em tupi quer dizer “filho da dor”, é levado por Martim para a Europa.e) o romance é narrado em terceira pessoa, com narrador onisciente.

4- (UFMG) Todas as passagens de Iracema, de José de Alencar, estão corretamente explicadas, exceto:A filha de Araquém escondeu no coração a sua ventura.a) Ficou tímida e quieta como a ave que pressente a borrasca no horizonte.= Iracema entrega-se a Martim.b) Iracema preparou as tintas. O chefe, embebendo as ramas da pluma, traçou pelo corpo os riscos vermelhos e pretos, que ornavam a grande nação pitiguara.= O chefe pinta Martim, preparando-o para o combate com os tabajaras.c) Iracema, sentindo que se lhe rompia o seio, buscou a margem do rio, onde crescia o coqueiro.= Iracema prepara-se para dar à luz a Moacir.d) O guerreiro branco é hóspede de Araquém. A paz o trouxe aos campos de Ipu, a paz o guarda.Quem ofende o estrangeiro ofende o Pajé.= Iracema protege Martim da fúria de Irapuã.e) Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra, sua vista perturba-se.= Martim aparece pela primeira vez a Iracema, que saía do banho.

5- (UFU-MG) Sobre Iracema, de José de Alencar, podemos dizer que:

1) as cenas de amor carnal entre Iracema e Martim são de tal forma construídas que o leitor as percebe com vivacidade, porque tudo é narrado de forma explícita.2) em Iracema temos o nascimento lendário do Ceará, a história de amor entre Iracema e Martim e as manifestações de ódio das tribos tabajara e potiguara.3) Moacir é o filho nascido da união de Iracema e Martim. De maneira simbólica ele representa o homem brasileiro, fruto do índio e do branco.4) a linguagem do romance Iracema é altamente poética, embora o texto esteja em prosa. Alencar consegue belos efeitos lingüísticos ao abusar de imagens sobre imagens, comparações sobre comparações.

Assinale:

(A) se apenas 2 e 4 estiverem corretas.(B) se apenas 2 e 3 estiverem corretas.(C) se 2, 3 e 4 estiverem corretas.(D) se 1, 3 e 4 estiverem corretas.

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GABARITO

1-b) Idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da qual é o herói épico

2-b) José de Alencar - Iracema

3-c) O personagem Martim é lendário; nunca existiu, tratando-se, portanto, de uma figura fictícia.

4-b) Iracema preparou as tintas. O chefe, embebendo as ramas da pluma, traçou pelo corpo os riscos vermelhos e pretos, que ornavam a grande nação pitiguara.= O chefe pinta Martim, preparando-o para o combate com os tabajaras.

5-c) Se 2, 3 e 4 estiverem corretas.

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CONCLUSÃO

A conclusão que podemos ter do livro é de que quando você se apaixona pela pessoa errada você corre muitos riscos, como Iracema que largou todo pelo seu amado, sua família, sua tribo, sua origem; e depois acabou morrendo quando o filho do casal nasceu.

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BIBLIOGRAFIA

www.wikipedia.com.brhttp://pre-vestibular.arteblog.com.br

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