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iVJKW*nxmmmwaa/míwa:iiimiimiaiEm BüBTOJ^Jp^jJHB ^^^ í£j2'»1»'',';; ,; •-,,í...l,í^;j_ APÓSTOLO Dam lucem habeti?, credite io lpem* ts, joio, o*r, ia, v. qg,) PUBLICAÇÃO PERIÓDICA Clama itaqtiô, clama, ne cesses;" ícart» de pio ixa rea^o íd apojcoío.) Anno X. 3= SI REDACÇÃO B ADMINISTRAÇÃO 14—16 Rua Nova do Ouvidor 14- -16 Domingo 16 de Maio de 1875 IIUTIO PRO KPISCOPIS IN CAPTIVITATE CONSTITÜTIS Dons, qnl bcatum Pctrnm Apostolum a vlnculU nbsolutum, llliesuiu ablro fcclstl s famtilorum tuorum Vltiills, Aiitisthi* Olin- lunsls, atqun Antnnil, Anttstltls ParannslN, la eaptlvltate pnsltoriini vincula abüolvr; eòsquo ipRliu mcrltls llhcswi ábíre concede. ORATIO CONTRA PERSECUTORES HomUuu aostrerum, quicsiinnm Domine, •tlide «upcrblatn: et corum eontnmaclnm ilexterve tuie vlrtute prosterne.— Per Domi- «uni Nostrum ilcsuin Cliristnm filium tuum, iul tecum vlvlt et reprimi In unitate Npirltuai Siincii Deus per omnia «iccula sseculorum. Amen. PARTE OFFICIAL Breve DO SS. PADRE PIO IX AO CABIDO li AO CLEltO DO PARÁ Dilectis Filiis Canonicis Cathedralis Ecclesia: Cleroque Relemensi, Rclemem de Pard in Rrasilia. nus pp. ix. Dilocti Filii Salulcm et Apostolicam Beue- dictionem. Cum universus Christi grex commissus Nobis fuerit, non Nostra tantum- aut proximarum regionum mala sentiraus, sed ecclesia rum ora- nium sollicitudine angimur, elquoniam ubique fermo videmus ab impiis bellum in Ridigionem commotum, omnium afíicimur dolore, et cum apóstolo dicero cogimur: quis inpZrmaiúr et ego non in/irmor, quis scandalizalur et cgo. non uror? Non aliud tamen expeclaudum erat ab infen- sissima Catholicte Heligionis hoste massonica secta, si rerum summa.', cui iamdin inhiabat, potirelur, quod ei tandem contigit. Nam si Satanas expetivit Christi discípulos, ut cribaret eos sicut trilicum, pronum est idem üeri cum üdelibus Christi sectatoribus a Satanto filiis et satelilibus, et ab ipsis urgeri patris operam in perniciem animaram; Vcrum qui rogavit ne íides Pelri defleoret, rogat adbuc ne deficiat íides populi sui; et reapse conspicimus firmius eam exeri ubicum- quo insectationibus lacessitur. Id autom et apud vos fieri gralulamur, qui Qdeles cl obse- quentes egrcgiis Episcopis vestris, corumque fortiludinis exemplo erecti, adeo pro iuribns Ecclesia) decertatis impavidi, ut digni habiti contumeliam et cárceres pati pro nomine Do- mini, id gloria) vestree tribualis. State fortes in bello, Dilecli Filii, scienles Ecclesiam tot egisse triumpbos, quot pppugna- liones est passa. El quoniam superna ad hoc indigelis ope, confugite, ut iam fecistis, ad ímmaculatam üei Matrem, qua) fada a Filio suo cudi, terree ot inferorum Domina, sicuti per undeviginti siceula cunetas ha;reses interemit in universo mundo, sic eam conleret, quie c piwcedentium omnium malilià coaluit, quaque sublala dumtaxat, ordo, tranquillilas et pax reviviscere polerunt. Nos vobis omnibus cl Iribulationum vestra- rum sociis, copiosa et valida adprecamur gratke ceolestis auxilia, ut asperam bane tenta- tionem in Ecclcske gloriam, provenlumquo vostrum et fidelis populi convertere possitis; auspicemqucdivini favoris Ínterim Apostolicam Benediclionem, pignus paternas benovolenlia) Nostra; vobis omnibus, Dilecli Filii, lotique huic Btlcmensi Dicccesi peramanter imper- timus. Datum Roma) apud S. Pelrum dio 25a Fe- bruarii 187a, Pontiíicatus Nostri anno vicesi- monono. Pius PP. -íx. Traducção AOS AMADOS FILHOS CONF.üOS DA EGREJA CATIIEDIUL E CLEHO DO 1'AKÁ Pio IX, Papa Amados Filhos, Saúde e Benção Apostólica. Tendo-Nos sido confiado, Amados Filhos, lodo o rebanho de Jesus Chrislo, nào nao podemos deixar do sentir os Nossos próprios males e os das regiões que Nos ficam yisinhas, como ainda Nos oppriine e preoecupa o cuidado do todas as Egrejas. E por isso é que os soffri- mentos de todas cilas vêm repercutir em Nosso coração, quando vemos, como agora, a guerra movida pelos impios quasi por toda a parlo onnlra a Religião e somos obrigados a exclamar com o Apóstolo: Quem é que soffre, quem- t-wibem não soffra por elle ? quem- ó que recebe escândalo, sem que eu me não in (lamine V Entretanto outra cousa nao era de esperar da seita maçonica, essa inimiga acerrima da Reli- gião Calholica, desde que chegasse ella a ter nus nulos o supremo poder, como tão aheiosa- mente ambicionava, e eflectivamente succedeu Porquanto se Salanaz pedio os discípulos dc Jesus Christo para joeiral-os como trigo, muito ¦ natural é quo os Olhos c satcllites do Salanaz, lovando avante a obra de seu pai para detri- mento o perdição das almas, o mesmo façam contra os lieis seguidores de Christo. Aquelle porém que rogou para que não des- fallecesse a de Pedro roga ainda para quo não desfalleça a de seu povo ; e na verdade, por toda a parte, esta se ergue tanto mais firme, quanto mais atacada pela perseguição. Congra- tulamo-Nos, vendo quo assim acontece tambom no vosso paiz, e que, fieis e obedientes aos vossos egrégios Bispos, o animados pelo exom- pio de sua fortaleza, tão impávidos pugnais pelos direitos da Egreja, que tomais por gloria ter sido achados dignos do soffrer contumelias o cárceres pelo nome do Senhor. Permanecei fortes na lueta, Amados Filhos, recordando-vos do que a Egreja alcançou tantos triumplios quantos combates arrostou. E como para este lim necessitais do auxilio celeste, recorrei cheios de confiança, como fizestes, á Immaculada Mãi do Deos, que, constituída por seu Filho Senhora do eco, da terra e dos infer- nos, assim como por dezenove séculos destruio todas as heresias, assim lambem esmagará essa que se formou da malícia de todas as prece- dentes, e depois delia destruída ó que pode- rão reviver no mundo a ordem, a tranqüilidade o a paz. Quanto a Nós, imploramos para vós todos o para os companheiros dc vossas tributações abundantes o poderosos auxílios da graça celeste, afim de que possais converter essa árdua provação em gloria para a Egreja, e em pro- veito vosso c do todo o povo fiel. No emtanto, como presagio da protecçao divina e penhor de Nossa paternal benevolência, amorosamente vos outorgamos, a vós todos, Amados Filhos, o a toda essa Diocese do Pará a Benção Aposto- lica. Dado em Roma em S. Pedro no dia 25' de Fevereiro de 187o, anno vigesimo-nono do Nosso Ponlilicado. Pio IX, Papa. PREÇO DA ASSIGNATURA Por anno.. 15$000 | Por semestre. 8»000 L., j—^— æ' I, 92 í=ai A Maçonaria e os JcBiiitas INSTRUCÇÃO PASTORAL DO BISPO DE OLINDA AOS SEUS DIOCESANOS Veibum Dni non ost alligatum Tim. C. 2v. O; Segunda parle (Conclusão) IV Tiremos agora, Irmãos o Filhos dileclissi- mos, algumas conclusões praticas; fixemos particularmente as nossas vistas sobro Ires pontos capitães.: i." A Maçonaria.— Conheceis o (im da seita manhosa; conheceis-lhe os sacrilegos inlentos; conheceis as ciladas quo ella não cessa doar- mar aos incautos. Pois bem! evitai-as com o maior cuidado. A todos ora nos dirigimos, mas com espe- cialidado a vós, ó homens illudidos, quo julgais que a Maçonaria consisto em boneficencias o banquetes; a vós, ò maçons, do gráos inferio- res, que, ignorando os segredos da seita, sup- pondes que cila não é hostil á Egreja, nem ao Meditai bem, meditai profundamente, ó ho- mons de boa fé, nas seguintes palavras de um grande maçon : « No alto da Ordem eslão os homens per- versos que não desejam senão riquezas, domi- nação e gozo, o para os quaes todos os meios são bons, comtanto quo sirvam para conseguir o fim. Mais abaixo estão aquelles quo julgam ior alcançado O ultimo gráo, èmquanto que nem sequer tem subido o primeiro degráo do templo que lhes è desconhecido. « Em primeiro lugar estão os cnlhusiaslas que querem propagar o reinado da razão, custe o que custar; seguem-se depois os UmiladosqÚQ se contentam om contribuir com a bolsa para :i obra commum. Cada uraa destas calhegorias julga bonovolamenleque é a chave da abobada de toda a Ordem ; um Veneravel dos limitados não ficaria pouco surprendido, sabendo quo acima delle eslão os enlkusia.slas, e esles vos tratariam de impostor so pretendessois quo eJles mesmos não são mais que um joguete dos intrigantes. »(l) Ainda uma vez vos recnmmendamos, medi- tai muilo nestas palavras, escriptas não por algum profano, ignaro dos areanos da Maçnna- ria, senão por um maçon de alto gráo. Se tendes, ó Filhos da minha alma, aventura de não sor filiados á seita irapia, continuai a l'iigil-a, como do maior inimigo da Religião e do Estado. Se, porém, tondes a desdita de lhe estar ligados, ah ! rompei som perda de tempo as vossas ignominiosas cadéas! espedaçai, (1) Mouwria do üarwüzt, quanto antes, os aviltantes grilhões que a ella ] vos prendem ! não deis mais um passo ¦ avante ! arripiai carreira 1 Ouvi com attenção o sensato conselho que vos o mui abalisado irmão Philon (o Barão de Kinigg), o mais famoso, mais instruído o mais activo chefe do Illuminismo! no seeulo passado: « Occupei-me, diz este alio personagem ma- çonico, por tanto tempo destes 'objectos, que ouso invocar a minha experiência, é posso, com conhecimento do causa, aconselhar a lodo o joven activo c laborioso, que não so aggregue a nenhuma sociedade secreta, qualquer que seja o nome com que se adorne. « Na vordade, ellas não são todas roprehen- siveis no mesmo gráo, mas são todas, sera dis- tineção, inúteis ou perigosas. « São inúteis; porqm», na época em quo vivemos, não ha necessidade de esconder de- baixo do véo do mysterio qualquer doutrina.... « SãO perigosas o funestas; porque todo o acto mysterioso provoca suspeitas legitimas; « Porque aquelles que tém a missão do velai polo bem da sociedade civil estão por isso mesmo encarregados de indagar o! fim de toda o qualquer sociedade; sem o que, debaixo do véo das trevas, se poderiam oceultar planos perigosos o doutrinas funestas, da mesma sorte quo alli so poderia mirar a fins vantajosos; " « Porquo os membros iniciados nem Iodos estão ao fado das intenções perversas que muitas vezes se tôm o cuidado de dissimular debaixo das mais bellas apparcncias; « Porque os espíritos medíocres se deixam encerrar nesto circulo, ao passo que os homens superiores ou recuam depressa, ouscabysraam e degeneram, ou seguem uma direcção oblíqua, ou ílnalmento se apoderam do domínio á custa dos outros; « Porque, ás mais das vezes, chefes descohhe- cidos se conservam por detraz da cortina, e é indigno de um homem de intelligencia e do coração trabalhar na execução de uni plano quo ignora, cuja bondade o importância não lho são afiançadas senão por homens que não conhece, com os quaes contraíra compromissos sem reci- procidade, sem saber de quem so deve queixar, pois que não ba ninguém que se apresente como fiador; « Porque intrigantes e vadios exploram eslas sociedades, impõe-se-lhes c levam-nas a par- tilhar suas idéas pessoaes; « Porque cada homem lem paixões que leva comsigo para a associação, ondo á sombra e debaixo do véo do segredo, cilas lém campo mais livre que á luz do dia; « Porquo estas sociedades degeneram pouco a pouco, em conseqüência da escolha quo fazem dos seus membros; « Porque custam dinheiro e tempo; « Porquo desviara dos negócios sérios da vida civil, para instigarem á preguiça ou á occupação sem fim; « Porquo se tornam cm breve um lugar do reunião para todos os aventureiros o man- driões; « Porque protegem Ioda a espocie de faria- lismo político, religioso o philosophico; « Porque geram um perigoso espirito do associação e lançam as sementes dos maiores maios; « Porque, finalmente, são oceasião das cons- piraçoes, das dissenções, das perseguições, da intolerância e da injustiça, não para com os irmãos associados, como também para com bons maçons que não são membros da nossa Ordem, ou que não são partidários do mesmo systema. « E' esla a minha profissão de a respeito d^s sociedades secretas. E haverá alguma dellas a que se náo assara, fazer algumas destas aceu- sações?» (2) Eis ahi bem poderosos motivos para quo ninguém soja maçon! A eslas razões puramente naturaes o huma- nas, allogadas por um dos chefes da Maçonaria, accroscenlai agora, Filhos dilectissimos, as do ordem sobrenatural, a pena de excommunhão, por exemplo, fulminada pólos Romanos Ponti- fices contra as sociedades maçonicas. A' vista de tudo isto cumpre-nos não fugir da Maçonaria, senão lambem esforçar-nos por neutralisar-lhe a acção dissolvem o, oppor uma romora, por Iodos os meios licitas o permiltidos, ao curso impetuoso do espirito maçonico que tudo invado e ludo ameaça destruir. Elle peneirou nas escolas de instrucção primaria, nos ttollegios, nas academias, na magistratura, nos tribunaes, nos parlamentos e até nos governos. Nâo é isto qua ora estamos vendo no mundo inteiro? > i' (3) Gyv. t. I.p. 251 a 234. Por toda a parto o ar está como impregnado deste tóxico talhai; de sorte quo a pouco e pouco, insonsivelmentc, vamos bebendo como o ambiente que (sé respira a subtil peçonha dos princípios maçonicôS, elemento de desorganisa- çio, que produz inevitavelmente a morte o a decomposição do corpo social, O pátrio amor impõe-nos a todos nós bfazl- loiros o dover imprescindível de empenharmo- nos em preservar a nossa cara pátria do influxo deletério da Maçonaria c do seus princípios corruptores; porquo ai do paiz onde elles dominam! Coitado! « Abi a autoridade cabe cm avilla- mento, a magestade do throno é calcada aos pés, o crime fica impune, a propriedade inva- dida, a força publica sem acção, a innocencia opprimida, a justiça sem vigor, todos os vicios acatados; as leis são promulgadas para terror dos que as respeitam. « Ahi a intriga, o orgulho, o interesse abrem caminho aos primeiros lugares do Estado, nelles se sustentam pelo cri mo o injustiça, abusam da autoridade de que eslão revestidos, para desgraça de todos quantos a ella recorrem. « Apoderam-se dos capitães públicos, dis?i- pam-nos em assalariar facções, declamam contra antigos vicios, para desviar as vistas dos inauditos (lagicios que commetlem; cercam-se de todos os homens gastos pela crápula e pela devassidão, de todos os bandidos affeilos a grandes crimes e para quem nada ha sagrado; parece que punem com exagerada severidade as filias leves contra a ordem publica, c nem ao menos quererão examinar os crimes que sola- pam as bases do Estado. « Afugentam o credito, a fortuna publica, os melhores cidadãos, os mais babeis artistas; privam o Eslado de todos os soecorros o dizem que eslá regenerado, que goza de liberdade e que todos são felizes. « Os princípios de moral são combatidos, a verdadeira Religião é proscripta para dar lugar ao erro e a todas as heresias; os costumes so corrompem, o vicio frue das honras devidas á virtude, e dizem que a verdade voltou ao mundo, que a tocha da philosophia illiiminou os homens, e qne os philosophos devem ser hon- rados como deoses, em conseqüência dos bons com que locupletaram o gênero humano. « Os'lomplos, dedicados á divindade, mudam de destino c são consagrados á philosophia para servir do panthcon, 'onde os philosophos rece- hem as homenagens quo lhos tributa a pátria reconhecida. « Exigem juramentos, perseguem dosapieda- damentoaos que tom a delicadeza de não querer preslal-os, ao passo que infringem-os por brin- quedo ou desprezam-os. Bem alto cxalçam o nomo do probidade e virtude, mas não tèm boa nem justiça. Tudo- promettem e nada cumprem; julgam-so obrigados por dever a esmagar as almas virtuosas e favorecer, honrar os corações mirrados pelo habito do crime, cuja existência é carga para o Eslado o objecto do execração para os cidadãos dedicados á foliei- dade da pátria. « AlTecla-so destruir ludo o quo pertence ao antigo regimen, para subslituir-lhe novas insli- tuições, infinitamente mais dispendiosas ao Estado ; diz-se qno se deseja governar cora as leis, c se infringem todas ellas abertamente, ou se permitte sejam violadas para opprimir aquelles cuja virtude é censura que confunde os impios. « Discursa-so do modo o mais capaz do illu- dir o povo e encadear-lho a força, ou obra-se em segredo, de maneira a fazel-o suecumbir sob a opprcssão do vicio; porquanto do que não é elle susceptível desde quo não ha mais barrei- ras que o contenham?... « Parece que S. Pedro prévio as insidias e seducções de taes homens, quando disso: « Entre vós haverá falsos doutores, quo eiico- bertamcnle introduzirão seitas perversas e ne- garão a Jesus Christo que os remio, attrahindo sobro si repentina perdição. Muitos seguirão as impurezas delles, approvarão as blaspho- mias tpie vomitarem conlra o caminho da ver- dado; vos embairão com palavras fallazcs e por dinheiro obterão o vosso consentimento. » In vobis erunt magislri menclaces-, qui inlro- duccnl sedas perdilionis, ri cum qui ernil eos Dominam negnnt, superduconles sibi cekrem perditionem, Ri miilli sequenlur eorum teu- rias, per quos via verüalis bhisphemabilur. Et ¦in avarilia ffelis verbis de vobis negoliabun- lur.» (2. Epist. 2. 1-3.; (3) Eis ahi o estado misero, deplorável, cons- tomador, a quo fica reduzido o paiz onde do- mina a Maçonaria! Rem diz o Espirito Sauto que a justiça exalta (3) Loíianc. Coiijuraíion coütr; lu Rôligion et les sou- verains. Olnip. IX. as nações, ao passo que o peccado gloria OS povos desgraçados! (4) Caro Brazil! ó pátria estremecida! livro-le Deos de tão lastimoso ostado? 2." Os Jesuitas.—Em sua guerra encarniçada a todas as Ordens religiosas, a soita perversa distingue sempro a inclyla Companhia do Jesus" por ser a que maior damno llio cansa, e maio» res empecilhos lhe põe â realização do seus ne- gregados inlentos. Para destruir este forte baluarte da Egreja Catholica a Maçonaria não poupa esforços, não recua ante medida aiguma, não escolhe meios: todos são bons! A mentira o a calumnia, a aloi- vosia c a infâmia, o forro o o fogo, ludo, tudo lhe servo para dobcllar o formidável ini- migo! Estejamos, portanto, de sobre-aviso, Irmãos o Filhos caríssimos; não nos deixemos sur- prender em nossa boa polas fallacfosas as- serções o pérfidas cantilenas da seita ardilosa; não sejamos tão fáceis em acreditar aceusações sem provas, calumnias revoltantes, do que le- dos os dias estão sendo victimas innocentes os illustres padres Jesui ias. Com a historia na mão, com testemunhos in- suspeitos, com a confissão dos próprios ini- migos o com a lógica demonstrámos á saciedado que esses venerandos Sacerdotes lém sido sem- pre perseguidos por amor da Religião o pela defeza dos direitos da Egreja; o qae caria vez mais augmenta-lhes o thesouro dc mereci- mentos, realça-lhes o esplendor das virtudes, aprimora a coroa de gloria quo nos Céos lhes depara Aquello quo na torra lhes disso do modo todo especial, na pessoa do seiu Apóstolos o Discípulos: « Beali eslis cum malcdixerinl vo- bis et perseculi vos fucrinl, cl- dixerint omne malum adversam vos menlienles, propltr me. (o) Vós os vistes c conheceslos bem dc porto; comvosco moraram muilos annos; pois bem, dizei, do que crime algum dia os acliasles cul- pados ? De nossa parle outra cousa não podemos fazer, senão confirmar o que, no século psis- sado, dizia a respeito desse:; conspicuos sacer- dotes o grande Bispo de Santa Agalba. « Sinlo-mo penetrado, ¦ escrevia Santo Af- fonso de Liguori ao Santissimo Padre Clomcnte XIII, da maior estima e consideração para com a Companhia de Jesus, em virtude do summo bom quo fazem esses santos religiosos, pelos seus bons exemplos e contínuos trabalhos, nos lugares onde so acham, nas escolas, nas egrejas, nas capellas do laulns congregações que dirigem, não pelas confissões, sermões o exercícios espirituaes que pregam, senão Iam- bem polas fadigas a que so sacrificam para sanctiíicar as prisões e galés: eu niosmo posso dar testemunho do zelo delles, pois tive oc- casião de admiral-o. » (G) Eis o que não podemos dc modo algum calar; eis os sentimentos quo não nos é pos- sivel abafar por mais tempo no intimo do co- ração; eis o solemno testemunho que o amor. da verdade c o imperioso dever do Pastor sum- mameDlo reconhecido c elernamcnlo grato nos impollcra a dar aos virtuosos padres Jesuitas do Pernambuco, tão vergonhosamente catam- niados o perseguidos: Qui digni habiti sunt pro nomine Jesu contumeliam pati. (7) Emquanlo não nos declinarem provas incon- estáveis, o que jamais poderão fazer, das gra- vissimas aceusações quo lão levianamente ar- liculam conlra a egrégia sociedade de Jesus, continuemos, Irmãos e Filhos muito amados, continuemos a cercal-a do toda a nossa es- lima o respeito, do todo o nosso amor o ve- neração; o estejamos sempreacautelados conlra os ardis, insidias o alicantinas da seita maço- nica, inimiga tradicional dos Jesuitas. 3." A Santa Sc Apostólica.— A' medida que cerra os seus numerosos esquadrões o assalta a um só, tampo a Egreja por Iodos os lados, com uma uniformidade do acção admirável, a Maçonaria envida todos os esforços para os- tabelecor a desunião o discórdia nos arraiaes catholicos, fomenta desavenças entre os leigos, entre os ccclesiaslicos, o Lenta intròduzil-as até no seio do Episcopado, o assim dividindo, procura enfraquecer para vencer. Cumpre-nos, pois, dilectos Filhos em Jesus Christo, cerrar tambom as nossas fileiras, evitar qualquer desmombramonto, para assim melhor resistirmos aos impetuosos ataques das hostes adversas. Conscrvem-se os leigos bem ligados aos ecclesiasticos, as ovelhas aos pastores, os fieis aos parochos, estes ao seu Bispo, e Iodos nós perfeitamente unidos do coração e de os- pirilo, de palavra e dc obras ao augusto Vi- (4)Juslitla'olovul gênios; ijo^ulos autom'misorós facit peccalum. ,'Prov. II. 31; (5)Math. 5. 11. (ü) Carta do 10 dc Junho cio 1 ?Cõ. (7) Act, 5.11,

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APÓSTOLODam lucem habeti?, credite io lpem* ts, joio, o*r, ia, v. qg,)

PUBLICAÇÃO PERIÓDICAClama itaqtiô, clama, ne cesses;" ícart» de pio ixa rea^o íd apojcoío.)

Anno X.3= SI

REDACÇÃO B ADMINISTRAÇÃO

14—16 Rua Nova do Ouvidor 14- -16 Domingo 16 de Maio de 1875

IIUTIO PRO KPISCOPIS IN CAPTIVITATE CONSTITÜTISDons, qnl bcatum Pctrnm Apostolum a

vlnculU nbsolutum, llliesuiu ablro fcclstl sfamtilorum tuorum Vltiills, Aiitisthi* Olin-lunsls, atqun Antnnil, Anttstltls ParannslN,

la eaptlvltate pnsltoriini vincula abüolvr;eòsquo ipRliu mcrltls llhcswi ábíre concede.

ORATIO CONTRA PERSECUTORESHomUuu aostrerum, quicsiinnm Domine,

•tlide «upcrblatn: et corum eontnmaclnmilexterve tuie vlrtute prosterne.— Per Domi-«uni Nostrum ilcsuin Cliristnm filium tuum,iul tecum vlvlt et reprimi In unitate NpirltuaiSiincii Deus per omnia «iccula sseculorum.Amen.

PARTE OFFICIALBreve

DO SS. PADRE PIO IX AO CABIDO li AO CLEltO DO PARÁ

Dilectis Filiis Canonicis Cathedralis Ecclesia:Cleroque Relemensi, Rclemem de Pard inRrasilia.

nus pp. ix.Dilocti Filii Salulcm et Apostolicam Beue-

dictionem.Cum universus Christi grex commissus Nobis

fuerit, non Nostra tantum- aut proximarumregionum mala sentiraus, sed ecclesia rum ora-nium sollicitudine angimur, elquoniam ubiquefermo videmus ab impiis bellum in Ridigionemcommotum, omnium afíicimur dolore, et cumapóstolo dicero cogimur: quis inpZrmaiúr etego non in/irmor, quis scandalizalur et cgo.non uror?

Non aliud tamen expeclaudum erat ab infen-sissima Catholicte Heligionis hoste massonicasecta, si rerum summa.', cui iamdin inhiabat,potirelur, quod ei tandem contigit. Nam siSatanas expetivit Christi discípulos, ut cribareteos sicut trilicum, pronum est idem üeri cumüdelibus Christi sectatoribus a Satanto filiis etsatelilibus, et ab ipsis urgeri patris operam inperniciem animaram;

Vcrum qui rogavit ne íides Pelri defleoret,rogat adbuc ne deficiat íides populi sui; etreapse conspicimus firmius eam exeri ubicum-quo insectationibus lacessitur. Id autom etapud vos fieri gralulamur, qui Qdeles cl obse-quentes egrcgiis Episcopis vestris, corumquefortiludinis exemplo erecti, adeo pro iuribnsEcclesia) decertatis impavidi, ut digni habiticontumeliam et cárceres pati pro nomine Do-mini, id gloria) vestree tribualis.

State fortes in bello, Dilecli Filii, scienlesEcclesiam tot egisse triumpbos, quot pppugna-liones est passa. El quoniam superna ad hocindigelis ope, confugite, ut iam fecistis, adímmaculatam üei Matrem, qua) fada a Filio suocudi, terree ot inferorum Domina, sicuti perundeviginti siceula cunetas ha;reses interemitin universo mundo, sic eam conleret, quie cpiwcedentium omnium malilià coaluit, quaquesublala dumtaxat, ordo, tranquillilas et paxreviviscere polerunt.

Nos vobis omnibus cl Iribulationum vestra-rum sociis, copiosa et valida adprecamurgratke ceolestis auxilia, ut asperam bane tenta-tionem in Ecclcske gloriam, provenlumquovostrum et fidelis populi convertere possitis;auspicemqucdivini favoris Ínterim ApostolicamBenediclionem, pignus paternas benovolenlia)Nostra; vobis omnibus, Dilecli Filii, lotiquehuic Btlcmensi Dicccesi peramanter imper-timus.

Datum Roma) apud S. Pelrum dio 25a Fe-bruarii 187a, Pontiíicatus Nostri anno vicesi-monono.

Pius PP. -íx.

TraducçãoAOS AMADOS FILHOS CONF.üOS DA EGREJA CATIIEDIUL

E CLEHO DO 1'AKÁ

Pio IX, PapaAmados Filhos, Saúde e Benção Apostólica.Tendo-Nos sido confiado, Amados Filhos,

lodo o rebanho de Jesus Chrislo, nào sò naopodemos deixar do sentir os Nossos própriosmales e os das regiões que Nos ficam yisinhas,como ainda Nos oppriine e preoecupa o cuidadodo todas as Egrejas. E por isso é que os soffri-mentos de todas cilas vêm repercutir em Nossocoração, quando vemos, como agora, a guerramovida pelos impios quasi por toda a parloonnlra a Religião e somos obrigados a exclamarcom o Apóstolo: Quem é que soffre, quem-t-wibem não soffra por elle ? quem- ó que recebeescândalo, sem que eu me não in (lamine V

Entretanto outra cousa nao era de esperar daseita maçonica, essa inimiga acerrima da Reli-gião Calholica, desde que chegasse ella a ternus nulos o supremo poder, como tão aheiosa-mente ambicionava, e eflectivamente succedeuPorquanto se Salanaz pedio os discípulos dc

Jesus Christo para joeiral-os como trigo, muito¦ natural é quo os Olhos c satcllites do Salanaz,lovando avante a obra de seu pai para detri-mento o perdição das almas, o mesmo façamcontra os lieis seguidores de Christo.

Aquelle porém que rogou para que não des-fallecesse a fé de Pedro roga ainda para quo nãodesfalleça a fó de seu povo ; e na verdade, portoda a parte, esta fé se ergue tanto mais firme,quanto mais atacada pela perseguição. Congra-tulamo-Nos, vendo quo assim acontece tambomno vosso paiz, e que, fieis e obedientes aosvossos egrégios Bispos, o animados pelo exom-pio de sua fortaleza, tão impávidos pugnaispelos direitos da Egreja, que tomais por gloriater sido achados dignos do soffrer contumelias ocárceres pelo nome do Senhor.

Permanecei fortes na lueta, Amados Filhos,recordando-vos do que a Egreja alcançou tantostriumplios quantos combates arrostou. E comopara este lim necessitais do auxilio celeste,recorrei cheios de confiança, como já fizestes, áImmaculada Mãi do Deos, que, constituída porseu Filho Senhora do eco, da terra e dos infer-nos, assim como por dezenove séculos destruiotodas as heresias, assim lambem esmagará essaque se formou da malícia de todas as prece-dentes, e só depois delia destruída ó que pode-rão reviver no mundo a ordem, a tranqüilidadeo a paz.

Quanto a Nós, imploramos para vós todos opara os companheiros dc vossas tributaçõesabundantes o poderosos auxílios da graçaceleste, afim de que possais converter essa árduaprovação em gloria para a Egreja, e em pro-veito vosso c do todo o povo fiel. No emtanto,como presagio da protecçao divina e penhor deNossa paternal benevolência, amorosamentevos outorgamos, a vós todos, Amados Filhos, oa toda essa Diocese do Pará a Benção Aposto-lica.

Dado em Roma em S. Pedro no dia 25' deFevereiro de 187o, anno vigesimo-nono doNosso Ponlilicado.

Pio IX, Papa.

PREÇO DA ASSIGNATURA

Por anno.. 15$000 | Por semestre. 8»000

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I, 92í=ai

A Maçonaria e os JcBiiitasINSTRUCÇÃO PASTORAL DO BISPO DE OLINDA AOS

SEUS DIOCESANOS

Veibum Dni non ost alligatumfè Tim. C. 2v. O;

Segunda parle(Conclusão)

IVTiremos agora, Irmãos o Filhos dileclissi-

mos, algumas conclusões praticas; fixemosparticularmente as nossas vistas sobro Irespontos capitães.:

i." A Maçonaria.— Conheceis o (im da seitamanhosa; conheceis-lhe os sacrilegos inlentos;conheceis as ciladas quo ella não cessa doar-mar aos incautos. Pois bem! evitai-as com omaior cuidado.

A todos ora nos dirigimos, mas com espe-cialidado a vós, ó homens illudidos, quo julgaisque a Maçonaria só consisto em boneficencias obanquetes; a vós, ò maçons, do gráos inferio-res, que, ignorando os segredos da seita, sup-pondes que cila não é hostil á Egreja, nem ao

Meditai bem, meditai profundamente, ó ho-mons de boa fé, nas seguintes palavras de umgrande maçon :

« No alto da Ordem eslão os homens per-versos que não desejam senão riquezas, domi-nação e gozo, o para os quaes todos os meiossão bons, comtanto quo sirvam para conseguiro fim. Mais abaixo estão aquelles quo julgamior alcançado O ultimo gráo, èmquanto que nemsequer tem subido o primeiro degráo do templo

que lhes è desconhecido.« Em primeiro lugar estão os cnlhusiaslas

que querem propagar o reinado da razão, custeo que custar; seguem-se depois os UmiladosqÚQse contentam om contribuir com a bolsa para:i obra commum. Cada uraa destas calhegoriasjulga bonovolamenleque é a chave da abobadade toda a Ordem ; um Veneravel dos limitadosnão ficaria pouco surprendido, sabendo quoacima delle eslão os enlkusia.slas, e esles vostratariam de impostor so pretendessois quoeJles mesmos não são mais que um joguete dosintrigantes. »(l)

Ainda uma vez vos recnmmendamos, medi-tai muilo nestas palavras, escriptas não poralgum profano, ignaro dos areanos da Maçnna-ria, senão por um maçon de alto gráo.

Se tendes, ó Filhos da minha alma, aventurade não sor filiados á seita irapia, continuai al'iigil-a, como do maior inimigo da Religião edo Estado. Se, porém, tondes a desdita de lheestar ligados, ah ! rompei som perda de tempoas vossas ignominiosas cadéas! espedaçai,

(1) Mouwria do üarwüzt,

quanto antes, os aviltantes grilhões que a ella ]vos prendem ! não deis mais um só passo ¦avante ! arripiai carreira 1

Ouvi com attenção o sensato conselho quevos dá o mui abalisado irmão Philon (o Barãode Kinigg), o mais famoso, mais instruído omais activo chefe do Illuminismo! no seeulopassado:

« Occupei-me, diz este alio personagem ma-çonico, por tanto tempo destes 'objectos,

queouso invocar a minha experiência, é posso, comconhecimento do causa, aconselhar a lodo ojoven activo c laborioso, que não so aggregue anenhuma sociedade secreta, qualquer que seja onome com que se adorne.

« Na vordade, ellas não são todas roprehen-siveis no mesmo gráo, mas são todas, sera dis-tineção, inúteis ou perigosas.

« São inúteis; porqm», na época em quovivemos, não ha necessidade de esconder de-baixo do véo do mysterio qualquer doutrina....

« SãO perigosas o funestas; porque todo oacto mysterioso provoca suspeitas legitimas;

« Porque aquelles que tém a missão do velaipolo bem da sociedade civil estão por issomesmo encarregados de indagar o! fim de todao qualquer sociedade; sem o que, debaixo dovéo das trevas, se poderiam oceultar planosperigosos o doutrinas funestas, da mesma sortequo alli so poderia mirar a fins vantajosos;

" « Porquo os membros iniciados nem Iodosestão ao fado das intenções perversas que muitasvezes se tôm o cuidado de dissimular debaixodas mais bellas apparcncias;

« Porque só os espíritos medíocres se deixamencerrar nesto circulo, ao passo que os homenssuperiores ou recuam depressa, ouscabysraame degeneram, ou seguem uma direcção oblíqua,ou ílnalmento se apoderam do domínio á custados outros;

« Porque, ás mais das vezes, chefes descohhe-cidos se conservam por detraz da cortina, e éindigno de um homem de intelligencia e docoração trabalhar na execução de uni plano quoignora, cuja bondade o importância não lho sãoafiançadas senão por homens que não conhece,com os quaes contraíra compromissos sem reci-procidade, sem saber de quem so deve queixar,pois que não ba ninguém que se apresentecomo fiador;

« Porque intrigantes e vadios exploram eslassociedades, impõe-se-lhes c levam-nas a par-tilhar suas idéas pessoaes;

« Porque cada homem lem paixões que levacomsigo para a associação, ondo á sombra edebaixo do véo do segredo, cilas lém campomais livre que á luz do dia;

« Porquo estas sociedades degeneram poucoa pouco, em conseqüência da escolha quo fazemdos seus membros;

« Porque custam dinheiro e tempo;« Porquo desviara dos negócios sérios da

vida civil, para instigarem á preguiça ou áoccupação sem fim;

« Porquo se tornam cm breve um lugar doreunião para todos os aventureiros o man-driões;

« Porque protegem Ioda a espocie de faria-lismo político, religioso o philosophico;

« Porque geram um perigoso espirito doassociação e lançam as sementes dos maioresmaios;

« Porque, finalmente, são oceasião das cons-piraçoes, das dissenções, das perseguições, daintolerância e da injustiça, não só para com osirmãos associados, como também para combons maçons que não são membros da nossaOrdem, ou que não são partidários do mesmosystema.

« E' esla a minha profissão de fé a respeitod^s sociedades secretas. E haverá alguma dellasa que se náo assara, fazer algumas destas aceu-sações?» (2)

Eis ahi bem poderosos motivos para quoninguém soja maçon!

A eslas razões puramente naturaes o huma-nas, allogadas por um dos chefes da Maçonaria,accroscenlai agora, Filhos dilectissimos, as doordem sobrenatural, a pena de excommunhão,por exemplo, fulminada pólos Romanos Ponti-fices contra as sociedades maçonicas.

A' vista de tudo isto cumpre-nos não só fugirda Maçonaria, senão lambem esforçar-nos porneutralisar-lhe a acção dissolvem o, oppor umaromora, por Iodos os meios licitas o permiltidos,ao curso impetuoso do espirito maçonico quetudo invado e ludo ameaça destruir. Elle jápeneirou nas escolas de instrucção primaria,nos ttollegios, nas academias, na magistratura,nos tribunaes, nos parlamentos e até nosgovernos.

Nâo é isto qua ora estamos vendo no mundointeiro?

> i' —

(3) Gyv. t. I.p. 251 a 234.

Por toda a parto o ar está como impregnadodeste tóxico talhai; de sorte quo a pouco e

pouco, insonsivelmentc, vamos bebendo comoo ambiente que (sé respira a subtil peçonha dos

princípios maçonicôS, elemento de desorganisa-çio, que produz inevitavelmente a morte o adecomposição do corpo social,

O pátrio amor impõe-nos a todos nós bfazl-loiros o dover imprescindível de empenharmo-nos em preservar a nossa cara pátria do influxodeletério da Maçonaria c do seus princípioscorruptores; porquo ai do paiz onde ellesdominam!

Coitado! « Abi a autoridade cabe cm avilla-mento, a magestade do throno é calcada aospés, o crime fica impune, a propriedade inva-dida, a força publica sem acção, a innocenciaopprimida, a justiça sem vigor, todos os viciosacatados; as leis só são promulgadas paraterror dos que as respeitam.

« Ahi a intriga, o orgulho, o interesse abremcaminho aos primeiros lugares do Estado,nelles se sustentam pelo cri mo o injustiça,abusam da autoridade de que eslão revestidos,para desgraça de todos quantos a ella recorrem.

« Apoderam-se dos capitães públicos, dis?i-pam-nos em assalariar facções, declamamcontra antigos vicios, para desviar as vistas dosinauditos (lagicios que commetlem; cercam-sede todos os homens gastos pela crápula e peladevassidão, de todos os bandidos affeilos agrandes crimes e para quem nada ha sagrado;parece que punem com exagerada severidadeas filias leves contra a ordem publica, c nem aomenos quererão examinar os crimes que sola-pam as bases do Estado.

« Afugentam o credito, a fortuna publica, osmelhores cidadãos, os mais babeis artistas;privam o Eslado de todos os soecorros o dizemque eslá regenerado, que goza de liberdade eque todos são felizes.

« Os princípios de moral são combatidos, averdadeira Religião é proscripta para dar lugarao erro e a todas as heresias; os costumes socorrompem, o vicio frue das honras devidas ávirtude, e dizem que a verdade voltou aomundo, que a tocha da philosophia illiiminou oshomens, e qne os philosophos devem ser hon-rados como deoses, em conseqüência dos bonscom que locupletaram o gênero humano.

« Os'lomplos, dedicados á divindade, mudamde destino c são consagrados á philosophia paraservir do panthcon,

'onde os philosophos rece-hem as homenagens quo lhos tributa a pátriareconhecida.

« Exigem juramentos, perseguem dosapieda-damentoaos que tom a delicadeza de não quererpreslal-os, ao passo que infringem-os por brin-quedo ou desprezam-os. Bem alto cxalçam onomo do probidade e virtude, mas não tèmboa fé nem justiça. Tudo- promettem e nadacumprem; julgam-so obrigados por dever aesmagar as almas virtuosas e favorecer, honraros corações mirrados pelo habito do crime, cujaexistência é carga para o Eslado o objecto doexecração para os cidadãos dedicados á foliei-dade da pátria.

« AlTecla-so destruir ludo o quo pertence aoantigo regimen, para subslituir-lhe novas insli-tuições, infinitamente mais dispendiosas aoEstado ; diz-se qno só se deseja governar coraas leis, c se infringem todas ellas abertamente,ou se permitte sejam violadas para opprimiraquelles cuja virtude é censura que confundeos impios.

« Discursa-so do modo o mais capaz do illu-dir o povo e encadear-lho a força, ou obra-seem segredo, de maneira a fazel-o suecumbir soba opprcssão do vicio; porquanto do que não éelle susceptível desde quo não ha mais barrei-ras que o contenham?...

« Parece que S. Pedro prévio as insidias eseducções de taes homens, quando disso:« Entre vós haverá falsos doutores, quo eiico-bertamcnle introduzirão seitas perversas e ne-garão a Jesus Christo que os remio, attrahindosobro si repentina perdição. Muitos seguirãoas impurezas delles, approvarão as blaspho-mias tpie vomitarem conlra o caminho da ver-dado; vos embairão com palavras fallazcs epor dinheiro obterão o vosso consentimento. »In vobis erunt magislri menclaces-, qui inlro-duccnl sedas perdilionis, ri cum qui ernil eosDominam negnnt, superduconles sibi cekremperditionem, Ri miilli sequenlur eorum teu-rias, per quos via verüalis bhisphemabilur. Et¦in avarilia ffelis verbis de vobis negoliabun-lur.» (2. Epist. 2. 1-3.; (3)

Eis ahi o estado misero, deplorável, cons-tomador, a quo fica reduzido o paiz onde do-mina a Maçonaria!

Rem diz o Espirito Sauto que a justiça exalta

(3) Loíianc. Coiijuraíion coütr; lu Rôligion et les sou-verains. Olnip. IX.

as nações, ao passo que o peccado gloria OSpovos desgraçados! (4)

Caro Brazil! ó pátria estremecida! livro-leDeos de tão lastimoso ostado?

2." Os Jesuitas.—Em sua guerra encarniçadaa todas as Ordens religiosas, a soita perversadistingue sempro a inclyla Companhia do Jesus"por ser a que maior damno llio cansa, e maio»res empecilhos lhe põe â realização do seus ne-gregados inlentos.

Para destruir este forte baluarte da EgrejaCatholica a Maçonaria não poupa esforços, nãorecua ante medida aiguma, não escolhe meios:todos são bons! A mentira o a calumnia, a aloi-vosia c a infâmia, o forro o o fogo, ludo,tudo lhe servo para dobcllar o formidável ini-migo!

Estejamos, portanto, de sobre-aviso, Irmãoso Filhos caríssimos; não nos deixemos sur-prender em nossa boa fé polas fallacfosas as-serções o pérfidas cantilenas da seita ardilosa;não sejamos tão fáceis em acreditar aceusaçõessem provas, calumnias revoltantes, do que le-dos os dias estão sendo victimas innocentes osillustres padres Jesui ias.

Com a historia na mão, com testemunhos in-suspeitos, com a confissão dos próprios ini-migos o com a lógica demonstrámos á saciedadoque esses venerandos Sacerdotes lém sido sem-pre perseguidos por amor da Religião o peladefeza dos direitos da Egreja; o qae caria vezmais augmenta-lhes o thesouro dc mereci-mentos, realça-lhes o esplendor das virtudes,aprimora a coroa de gloria quo nos Céos lhesdepara Aquello quo na torra lhes disso do modotodo especial, na pessoa do seiu Apóstolos oDiscípulos: « Beali eslis cum malcdixerinl vo-bis et perseculi vos fucrinl, cl- dixerint omnemalum adversam vos menlienles, propltrme. (o)

Vós os vistes c conheceslos bem dc porto;comvosco moraram muilos annos; pois bem,dizei, do que crime algum dia os acliasles cul-pados ?

De nossa parle outra cousa não podemosfazer, senão confirmar o que, no século psis-sado, dizia a respeito desse:; conspicuos sacer-dotes o grande Bispo de Santa Agalba.

« Sinlo-mo penetrado, ¦ escrevia Santo Af-fonso de Liguori ao Santissimo Padre ClomcnteXIII, da maior estima e consideração para coma Companhia de Jesus, em virtude do summobom quo fazem esses santos religiosos, pelosseus bons exemplos e contínuos trabalhos,nos lugares onde so acham, nas escolas, nasegrejas, nas capellas do laulns congregaçõesque dirigem, não só pelas confissões, sermõeso exercícios espirituaes que pregam, senão Iam-bem polas fadigas a que so sacrificam parasanctiíicar as prisões e galés: eu niosmo possodar testemunho do zelo delles, pois tive oc-casião de admiral-o. » (G)

Eis o que não podemos dc modo algumcalar; eis os sentimentos quo não nos é pos-sivel abafar por mais tempo no intimo do co-ração; eis o solemno testemunho que o amor.da verdade c o imperioso dever do Pastor sum-mameDlo reconhecido c elernamcnlo grato nosimpollcra a dar aos virtuosos padres Jesuitasdo Pernambuco, tão vergonhosamente catam-niados o perseguidos: Qui digni habiti suntpro nomine Jesu contumeliam pati. (7)

Emquanlo não nos declinarem provas incon-estáveis, o que jamais poderão fazer, das gra-vissimas aceusações quo lão levianamente ar-liculam conlra a egrégia sociedade de Jesus,continuemos, Irmãos e Filhos muito amados,continuemos a cercal-a do toda a nossa es-lima o respeito, do todo o nosso amor o ve-neração; o estejamos sempreacautelados conlraos ardis, insidias o alicantinas da seita maço-nica, inimiga tradicional dos Jesuitas.

3." A Santa Sc Apostólica.— A' medida quecerra os seus numerosos esquadrões o assaltaa um só, tampo a Egreja por Iodos os lados,com uma uniformidade do acção admirável,a Maçonaria envida todos os esforços para os-tabelecor a desunião o discórdia nos arraiaescatholicos, fomenta desavenças entre os leigos,entre os ccclesiaslicos, o Lenta intròduzil-asaté no seio do Episcopado, o assim dividindo,procura enfraquecer para vencer.

Cumpre-nos, pois, dilectos Filhos em JesusChristo, cerrar tambom as nossas fileiras, evitarqualquer desmombramonto, para assim melhorresistirmos aos impetuosos ataques das hostesadversas. Conscrvem-se os leigos bem ligadosaos ecclesiasticos, as ovelhas aos pastores, osfieis aos parochos, estes ao seu Bispo, e Iodosnós perfeitamente unidos do coração e de os-pirilo, de palavra e dc obras ao augusto Vi-

(4) Juslitla'olovul gênios; ijo^ulos autom'misorósfacit peccalum. ,'Prov. II. 31;

(5) Math. 5. 11.(ü) Carta do 10 dc Junho cio 1 ?Cõ.(7) Act, 5.11,

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gario do Jesus Christo, príncipe do coro após-tolico, boca dos discípulos, columna da Egreja,firmeza da fé, fundamento da Religião. (8)

Unidos a Pedro, quo ora vive, falia o nosrego na pessoa dc Pio, seremos, qual formida-vol exercito, bem aguerrido, invencível, oespanto o terror dos nossos inimigos, a quemsempro opporomos um peito do bronze: Ter-ribilis ul caslrorum acies ordinala (0): aopasso quo dcllo separados, seremos exercitosem chefe, cujas phalangcssão facilmontodes-baratadas; seremos navio som piloto, quo tor-na-sc o joguete das ondas encapelladas; sore-mos, corpo som cabeça, quo não podo subsistir.

Acerquomo-nos todos nós da sagrada Cadeirado S. Pedro que é, na elegante linguagercúlogrando luminar da Egreja do Carthago, o focoda luz da fé, quo so irradia por todo o orbo;o tronco da arvoro frondosa da vida, cujosramos eslondem-sc até os mais longínquos li-mites da terra; a fronte crystallina d'ondo do-fluo o rio caudal da graça, cujas águas saluti-feras banham todas as regiões do globo. (10)

Sim! estreitemo-nos mais e mais á Santa' Só, não só para sustenlal-a, defondcl-a dos

assaltos e golpes sacrilegos do camartello ma-

çouico, senão lambem, o principalmente, no

próprio interesso. Ab I se perdêssemos do vistaum instante aquelle fanal divino, andaríamosladeando na temerosa escuridão do erro ; senos separássemos dàquella fonte perenne, ira-mortal, estancando-se-nos de súbito os regatosda graça, íinar-nos-hiamos á mingua dessaságuas vivas que brotam para a vida der-na. (11)

Ah! Quem da Egreja dc Roma se desprende,vos dizemos com o santo Doutor, para unir-seá adultera, separa-se das divinas promessas

'feitas á verdadeira Egreja, não conseguirá já-mais as celestiaes recompensas; porque tor-na-se estranho o inimigo. (12) Quem come oCordeiro paschal desta casa é profano, diz S.Jeronymo; quem não estiver «esta arca de Noéha de rafai livolmente perecer nas águas dodilúvio: Quicumque extra hanc domum agnumcomederil, profanus est. Siquis in Noc arcanon fueril, peribil regnante dilúvio. (13)

Quem dc Roma so separa o so diz Ca*tholico Apostólico não romano, é simples-monto schismalico. Poderá ser protestante,maçon, hereje, mas catholico, nunca! por-quanto não ha nem so podo comprehenderCatholicismo som Papa: não tem a Jesus Christo

por pai quem não presta obediência ao souVigário na terra, nem reconhece a sua Egreja

por mãi: Habere jam non potcsl Deum pa-trem, qui Ecciesiam non habel malrcm. (14)

Eia, pois I « Quem não quizer ser hereje,nem por tal passar, apresse-so, quanto anles,cm dar plena satisfação á Santa Só do Roma;cumprido esto dever, todos o reconhecerão

por toda a parte como liei o orlhodoxo. Perden tempo em vans palavras aquelle que estaobrigação não desempenha o sc não dirige aobemaventurado Papa da Santíssima Egreja deRoma; islo é, á Sé Apostólica, que recebeuda pe.-;soa mesma do Verbo incarnado, como

proclamam todos os Concilios, o império, auto-ridade e poder de ligar o desligar tudo eportoda a parte, sem restricção alguma, e queassim domina as veneraveis Egrejas dissomi-nadas por todo o orbo. » (15)

Por conseguinte, Irmãos e Filhos da minhaalma! tudo sofframos calmos o resignados;

porém não nos separemos jamais, nem sequerum só momento, de Roma, contro da unidade.

'Deixemos muito embora que nos calumniem,deixemos que nos processem, deixemos quenos arrastem á barra dos tribuuaes, deixemos

que nos condemnem injustamente, deixemos

que nos amnntoem nas enxovias, deixemos quenos levem para o desterro, tudo sofframosalegres o do semblante risonho por amor daSanta Egreja do Roma; mas, nunca nos dos-liguomos delia, a única verdadeira!

Seremos invencíveis emquanto só empre-

garmos esta resistência passiva 1Se acaso pedirem-nos o sacrifício da própria

vida, pelo nosso apego à Sanla Sé Apostólica,

pela nopsa fidelidade ao Vigário dc JesusChristo, pela nossa constância na Religião Sa-crosanta quo sugamos com o leite materno,ftçamol-o ! sim façamol-o generosamente I

Subamos jubilosos, com passo firmo e re-solulo, os degráos do cadafalso; do joelhos,com os braços cruzados, mas com a fé viva,pura, inlernerata, no sacrario do peito, esten-damos placidamenle o pescoço ao ferro doalgoz; nunca, porém, consintamos om ser

(8) S. João ChrysoM, llomil. do decem. mili. ta-lcnt.

(9) Cant. 0. :;.(10) Quomolo solis inulti radii, sod lnmon umim;

nl i'nmi ârbóris líiulli, sed robnr unum tonnco radicofuiulnlum; cl quum do fonto uno vivi plnrimi do-íluuiit, riúrhorosilns licoL dilVusa vidoatur oxundnntiscopiie largilato, unitas tamon servàtúr in origino.Avollo radiuni solis a corporo, divisionom lucis unitasnon enpit.... Sicet Ecclesia Domini luco porfiisa, pra-orbem tolnm rádios snos porrigit líamos siios inuniversam torram copia uberàntís oxtendlt, prolluen-tos largiter rivos lalius expandit. (S. Cyprian. do Uni-tala Eccles.)

(11) Joan.-l.lt.(12) Quisquis ab Ecclesia sigregatus adultera) jun-

gitur, a promissis Ecclesicp separalur, noc perveneritad Christi prcemla— Alionus est, pVefanus est, hostis

• est. (S. Cyprian. cio Unitate Eccles.)(13) Epist, XV ad Daniasum.(M)' S. Cyprian. do Unit. Eccles.(15) Si vult hcoroUcus non osso, nec aucüro

fostinot pra oninibus Scdi Romana* satisfncore; h:iconim saüsfaòta, comiminitor ubiquo omnes pi ura Inincot orthodosmn pradicabunt, Nara frustra soluminodolòqiiitnr qui.... non Balisfnoit, ot implorai sanetis-gimce Bomanorum Ecclosim boatissinuim Papam, ido d, Apostolicam S.idom, quro ab ipso incarnalo DeiVaibo, sed efcomnibus sanetis synodis soçunduiii sa-cr.)s cânones ot términos, universam in qn-e in totótorrarum orbo sunt, sánetárum Dei Ecclosianim inqranibus et per omnia percepit et habet imporium,aufttoritatom ot potestatem ligaudi ot solvondi. S Ma-simo do Constantinopla; Epistoloi fraginentum.)

arrancados dos braços amorosos do nossa Mãiestremecida o desvelada, a Santa Egreja doRoma!

Oh! por amor delia abandonemos o corpoaquelles quo só podom dar a morto ao corpo onenhum poder exorcom sobro a alma; mas,consorvomo-nos fieis a Aquelle quo pôde a umtempo matar corpo o alma! Nolile limere eosqui occidunl corpus, animam autem non pos-sunt oceidero; sed potius limele Eum quipolesld animam cl corpus perderem gchcnnam I (10)

Eis o quo nos cumpro fazer, Irmãos o Filhosdilectissimos.

Agora diremos, com S. João Chrysoslomo, acada um dos inimigos da Egreja: «E tú, óhomem, desengana-te, convence-to, nada ó maisforto que a Egreja de Josus Chrislo : ChristiEcclesia niliil fortius. Fazo paz com ella, nãodeclara guerra ao Céo. So pelejasses contraoutro Shomem, igual probabilidade torias devencer ou ser vencido, mas combatendo contraa Egroja, jamais serás vencedor; porquantoDeos é mais forto que todas as creaturas juntas.

« Queremos nós rivalisar com o Senhor?Era que lho somos superior? Quem tentará aba-lar o que elle estabeleceu e firmou? Elle olhapara a terra, o o seu olhar fala tremer. Orde-na, o consolida-se o quo estava vacillando. Nãofoi elle quem disse: « Tu és Pedro o sobre estapedra edificarei a minha Egreja o as portas doinferno não prevalecerão conlra ella 1»

« Vê, quantos tyrannos já tentaram oppri-mil-a! quantos combates, quantas fogueiras,quantas feras, quantas espadas agudas, quantastorturas! Entretanto nada conseguiram 1 Nihilagere polucrunl!

« Onde estão esses inimigos lão numerososo cheios de poder ? Estão para sempre sepulta-dos no pó do esquecimento! Ea Egreja?...Essa resplandece mais que o sol no sou ze-uith. »(17)

« Os Imperadores pagãos Augusto, Tiberio,Caio, Nero, Vespasiano, Tito o os demais ató obemaventurado Imperador Constantino, todossem excepção perseguiram a Egreja, uns commais, outros com menos vebemencia... mastodas as suas ciladas o ataques dissiparam-secom mais facilidade do quo teias do aranha:Facilius quam aranece tela) dissipalisunl.

« Ao passo que a Egreja ainda perdura, por-quo aquillo quo Jesus Chrislo ediíicou ninguémpôde destruir, e o que ello destroe ninguém po-dorá edificar. Edificou a sua Egreja de modoque pessoa alguma jamais poderá destruil-a:Edificavit Ecciesiam ut nano eam destruerepossü. » (1S)

Revelámos, dilectos Irmãos c Filhos em Jo-sus Chrislo, os planos o insidias, as tricas o ali-cantinas da Maçonaria,* aterrámos a calumniairapudenle e fizemos brilhar a innocencia dosprcclaros padres Jesuitas injuslamento perso-guidos. Resta-nos o grando consolo, temos amais intima satisfação dc haver cumprido onosso dever de Pastor o Pai estremecido I

Faça-se agora a vontade de Deos!Dada e passada cm nossa prisão, na Porta-

leza de S. João, sob o signal de Nossas armas,aos2SdeMarçodolS7ò\ festa da RESUItRKI-CÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CHRISTO.

Lugar f do scllo.

f FriEi VitalDispo de Olinda.

O APÓSTOLOltio, 10 do Maio do 1875.

A cristo.O desmantelamento social que se ia reali-

zando pouco a pouco parece precipitar-se.Não pôde escapar ás vistas de ninguém a

degeneração moral que se tem operado entronós de ba tres annos para cá.

Desde que a péssima polilica do gabinete 7de Março começou a atacar a Egreja, manifes-taram-so logo os primeiros signaes da crisehorrorosa que sc eslá realizando.

O desprestigio da autoridade civil veio mos-trar que sem a religião pouco valor tem ella,e que os ataques dirigidos contra esta trazemo aniquilamento dàquella.

Ahi estão os latrocínios, os assaltos á mãoarmada contra a propriedade particular, as li •quidaçõns commerciaes pelo fogo, a embria-gnez, a violência ao pudor... provando até áevidencia o estado calamitoso em que nosachamos.

A autoridade policial que raais benefícios fezao municipio noutro, aflugentando os jogadores,fechando as portas de seus antros a esta os-pecie de criminosos e abrindo as da casa do dc-tenção para os salteadores, que nos vieram daRanda Oriental, foi impotente em frente detransacçõos ministeriaes, com certeza inconfes-saveis, como so deduz das palavras proferidasna sessão de 13 do corrente pelo Sr. Ministrodo Império, lão hábil nestes manejos polilicos,como o seu bem conhecido collega o Sr. Mi-nistro da Justiça, que soube adoecer a tempopara fugir á iníerpellação de um digno repm-sentante da provincia de S. Pedro do Sul.

Quando uma sociedado chega a um estadotal de descalabro como este, que mais se pói'oesperar além da sua completa ruina ?

E não estamos muito longo dc precipitarmo-nos nesse abysmo aberto pela imprcvidenci.i,o inépcia do gabineto 7 do Março, único res-ponsavel por quanto ainda tiver de acontece:-,

(10) Math. 10. 2S.(17) ljomil. uuteoxilium.(13) llomil, Quod Curistus sit Deu3.

Domingo 10 de Maio de 1B75

porque ello o só elle, por sua politica eminon-tementemonto corruptora é o creador destasituação, a todos os respeitos lamentável.

Longo de curar dos meios do restabelecer aordem, do recompor a sociedade por elle estra-gada, provo á sua sustentação, illudindo comapparatosns, mas illusorias medidas, a opiniãopublica o desvairando-a para melhor firmar-seno poder.

Assim como tom pretendido desviar a quês-lão religiosa do sou verdadeiro ponto do visla,para voncoro opprimir osRispos, assim tambomprocedo para illudir o commercio, a lavoura cos contribuintes, porsuadindo-os de que pro-cura moios efficazes para conjurar a tremendacriso, quo ol«o figurava ainda remota, mas queacaba dc patentear-sc de um modo assustador,obrigando um importante ostabeleeimonto ban-cario a requerer uma moratória do tros annospara solvor seus compromissos, o, segundonos informam, assustando a população, quotem nos outros bancos suas economias, o reuo-va as corridas do anno do 1804, do que cainda conseqüência a presente crise!

Não queremos croar um pânico, quo seriatanto mais prejudicial ao paiz, quanto é impo-tente o governo para conjurar a criso.

Apontamos um facto, quo devo ser objectodo muita reflexão, o delle devemos concluiralguma cousa, que nos seja ulil d'ora avanto.

O máo systema adoptado pelo governo decontrahir empréstimos para pagar dividas,sem saldal-as; de figurar como saldo o queexiste no thosouro som levar cm conta os com-promissos que tem a satisfazer e irremediável-mento absorverão o intitulado saldo, deixandocomo real — o defficil; dc chamar para o the-souro quantias particulares para oceorrer aopagamento do juros da divida interna, o poresto modo privar o commercio, a industria, e alavora de capitães, que jamais deviam ser dis-trahidos dos fins a que se destinam, é sem du-vida um systema falso, pernicioso, o que ha deperpetuar um mal, quo a final nos ha de serfatal.

Tudo isto já tom sido descutido na tribuna ona imprensa, mas só agora, no momento ex-tremo, o gabineto 7 dc Março, parece disposto ásahir da pasmaccira cm quoso collocou.

O quo porem o verdade, é que á praça nãoagradou o discurso do Sr. Visconde do RioRranco em resposta ás interpellações do Sr.Conselheiro Zacarias; essediscuro veio apressara criso, revelando o possimo estado do cora-mercio, da lavoura o principalmente do The-souro.

O Sr. do Rio Rranco e o gabinete, do qual épresidonto, estão soffrendo a.s consoquenciasdo seus actos: desque distraída sua atlençãodo verdadeiro progresso da Nação o do seu on-grandecimento, para tratar de sen partido ex-clusivamente, o conslituir-so cúmplice dos des-vários o desatinos da Maçonaria, perseguindoa Egreja o seus prineiros ministros, o resultadoera o desmantelamento da administração publi-ca o o descalabro que estamos presencoando.

Caveat populus.

Coãuo s© cssíraanjis!»*¦

Na tal biographia do Sr. Bispo do Maranhãoescripta e publicada expressamente para com-bater os supposlos ataques do Apóstolo aosverdadeiros milagres de actividade do Exmo.Prelado maranhense, dos quaes fez menção oórgão do Sr. do Rio Rranco, e cujas palavrasreproduzimos fielmente, vem o seguinte trecho,onde bem se presente a malícia da serpentemaçonica quo tenta morder-nos:

« O Apóstolo quer que o Episcopado brazi-leiro léa por uma cartilha quo lho foi dada poraquelle que o inspira, porque é o espirito que ovivifica, cartilha cm qne sc lèm as celebresheresias modernas, pretexto da questão desgra-çadamente levantada entre o Eslado e a Egreja.

« Mas o episcopado brazileiro p'-nsa melhor,e deixa isolado o denodado lidador, que bojosó tem o apoio dos Bispos encarcerados.

« Inde irai. »Realmente, por mais esforços que fizéssemos

não entendemos a charada. Quem ó o nossoinspirador eviviíicador? Por que não ser francoe declarar positivamente o nome do editor ros-ponsavel das nossas idéas ?

Quaes são as celebres heresias contidas nacartilha que nos deu o tal nosso inspirador evivificador ?

Para que ha de o Paiz dosfruetar-se inútil-menlo quando deve ter consciência (pois osnossos próprios adversários o s^bem), que nósnão recebemos o santo o a senha dc quem querque seja, que a redacção do Apóstolo é comple-tamente independente o não está subordinadaáalguém, não ó dirigida ou aconselhada por umsó dos illustres Bispos de que se compõe o nossoEpiscopado, ou por quaesquer outros cavalheiroque conscienciosamento consagram seus talen-tosa defesa da Egreja!

A affirmação do Paiz é destituída de funda-monto e inteiramente falsa. O Apóstolo escrevepor conta própria; diz unicamente o quo a suaredacção pensa. Não escreve com mão alheia,não soffre imposições e nem sustenta suas idéasa podido o por favor. O Apóstolo é um sacer-docio e não um negocio.

Nio dizemos isto por vaidade, por orgulhoou arrastados por qualquer oul.ro sentimentoquo não seja o do protestar conlra a pérfidaaffirmação de que somos apenas meros insira-mentos do pessoas, aliás dignas do nosso pro-fundo respeito e veneração pelas suas virtudes,pelo seu saber e patriotismo.

Nilo, o Ápodolo disse, diz, e com o favor d^

Deos, dirá sempro o quo ponsn, de conformi-dade com os seus principios, que são os prin-cipios sobre que assenta a Egreja CatholicaApostólica Romana; sustentando, defendendoo louvando os actos que com elles so confor-marem c consurando aquelles quo lhes foremcontrários, som cogitar da prudência dos pol-troes da época, qno o Santo Padro condemnoucomo uma imbecilidade, indigna de homens quoso prezam.

Quanto ao Episcopado brazileiro, que, se*gnndo o Paiz, pensa melhor do que os Bisposencarcerados, únicos que nos apoiam, o outraballcla, que não resisto á menor obser-vação.

Km primeiro lugar ó mister declarar franca-mente que o Aposiolo jamais foi sustentado ex-clusivamente polo Episcopado ; recebeu simdeum ou dc outro Bispo algum auxilio parasuas despezas, cuja importância ello apressou-sc em publicar com os devidos agradecimentos.E pois não so pôde dizer que tenhamos vividoá custa dos Bispos, quando ó certo que

'os ca-

tholicos do todas as classes e principalmento osseculares, tem vindo em nosso auxilio na sus-tentação de uma folha, que não mira outrofim, senão a prepaganda da boa doutrina e oIriumpho do catholicismo.

Mas, se so rofere o Paiz ao apoio doutrinárioe não ao material, cumpre-nos então dizer-lheque além dos Breves honrosissiraos com que te-mos sido distinguidos mais de uraa vez pelo San-tissimo Padro Pio IX, temos com certeza o apoiodo todo o Episcopado; a menos que se o julguedesligado da Santu Sé e reprovando aquillo queella acha digno não só do approvacão, comoainda de animação e louvor.

E depois, ó mister que os malévolos o os igno-ranles fiquem sabendo, que o nosso illustreDiocesano é o competente para julgar da ortho-doxia da nossa doutrina e chamar-nos ao bomcaminho, quando por ventura delle nos des-viemos; o desdo que isto felizmente ainda nãosc deu no periodo de dez annos, podemos con-cluir que temos pregado, sustentado e defen-dido a verdadeira doutrina, do que aliás lemosplena convicção.

A quo vem pois a allusão ap isolamento emque o Episcopado nos collocou e o apoio quetemos dos dous únicos Bispos, presos nas For-talezas do Império ? A' quem envergonharia estefacto, a ser elle verdadeiro ? A' nós que more-cemos os applausos o as bênçãos do Santo Pa-dro, ou ao Episcopado, que, dada esla hypollicse,so arvoraria em censor do Papado, e se poriafora das vistas do Chefe do Catholicismo, con-demnando o que elle approva c approvando oquo elle condomna ?!...

O Paiz falia do que não entende e com a suabiographia não fez mais do quo revelar-se cia-ramento aos olhos dos catholicos.

0/1 posiolo nunca ficou isolado do Episcopado,porque nunca separou-se da communhãocom a Santa Sé; portanto o que diz o Paiz ésimplesmente uma tolice.

Falíamos o fatiaremos constantemcnlo em de-foza dos heróicos Bispos do Olinda o do Pará,assim como dos dignos governadores dosBispados, seus sócios no martyrio e na gloria,porque são elles as principaes viclimas do furormaçonico ; porque sobre elles procura-so fazercahir a responsabilidade de uma lula que nãoprovocaram, pois procedendo como procede-ram, não fizeram mais do que cumprir rigorosa-monte o seu dever.

Entretanto, nunca fizemos selocção deste oudaquelle Prelado, deste ou daquelle sacerdote,desto ou daquelle catholico, victima da perse-guição actual. Do todos nos temos oecupadoindislinetamente, servindo-nos apenas de nor-ma a firmeza do sua condueta o a importânciade seus actos. Firmes na estacada, lemos com-batido todos quantos se tem apresentado naarena atacando a independência e a liberdadeda Egreja.

Esle tem sido o nosso procedimento. Náoescrevemos, não lutamos, não arcamos comòs ódios o as antipathias dos perversos, dosprudentes o dos ignorantes por amor do ganho,á espera do applausos, á conquista de recom-pensas.

Somos exclusivamente da Egreja e pela Egre-ja, e pedimos a Deos que nos quebre a pennanas mãos, antes do que permitta que nos des-viemos uma só linha da estrada espinhosa siraimas gloriosíssima, que, cheios dc fó, alimenta-dos pela esperança e iiiuminados com os refle-xos da caridade ha longo tempo percorremos.

O Paiz como a Nação, querem fazer preva-lecer a intriga, mas não lograrão o sou intento,listamos e estaremos com o Episcopado emcommunhão com a Santa Sé, mas nunca transi-giremos com quem quer quo seja sobre umponto do doutrina.

0 nosso pharol é Roma; o que dalli não vierc o quo para alli não se encaminhar, nada lemcomnosco; nos é absolutamente indifferente.

Trate o Paiz de ver se obtém a Pastoral doSr. Bispo do Maranhão publicando o Jubilêo doanno santo,e fará com isto mais serviço á S.Ex.do que publicando bj.qgrauli.as, que não nosmerecem importância alguma pòr conhecermosa sua procedência.

CORRESPONDÊNCIA DO APÓSTOLOPorAo» Alegre.

27 do Abril do 1S75.A agitação quo precedeu e suecedeu á ins-

lallaçjQ da assembléa provincial, pelas aggres-soes dirigidas ao presidente, ora pelo.orgão

do partido liberal na imprensa e ora pelo DrSilveira Martins e alguns dos seus companhei-ros na assembléa, foi substituída por completaquiotação.

Àpoz o rompimento a quo deu lugar o ofTi-cio do presidonte à assembléa, protestandocontra um dos artigos da lei do orçamontoprovinc;al, quo cllo mesmo havia sanecionado,rompimento que determinou a eleição do umaçommissão para dar parecer sobre aquello pro-testo, nadalnais appareceu, contra a geral cs-peclaliva,

O presidento enlendeu-se com o leadw daassembléa, o Dr. S. Martins o, permilla-mea expressão, arrolhou a çommissão de quo erarelator aquelle leader, Ató hoje não foi a we-sentado o parecer annunciado e esperado, étodos louvam o tino com que so houve o pro-sidento evitando a tormenta prompta a des-abar e amordaçando Os Calões, acostumadosa ameaçar céos c terra.

A nova lei do orçamento que tem de regero exercicio de 1875-1870 já foi enviada ásancçâo, e embora contenha disposições eVi-dentomonte contrarias á constituição e aos bementendidos interesses da provincia, verdadei-ras patotas concedidas liberalmente a particu-lares, ainda assim, é opinião corrente quoobterá a sancçâo do presidonte.

As circumstancias anormaes em que se achaa provincia lho aconselharão esse procedimento,pois não é possível deixal-a sem lei pela qualso cobrem os impostos e attenda ao paga-mento das despezas ordinárias.

Executará porém a disposição em que a as-semblóa, invadindo ás attribuições do poderexecutivo, nomeia para director da escola nor-mal, um de seus membros, que só tem, paraexercer tal lugar, a qualidade dc ter algumashabilitações ?

Executará a quo concedo 120:000$ de sub-venção aos vapores transatlânticos que fazema viagem directa da Europa para esta provin-cia, quando a provincia está onerada com umadivida do mais de -.00:000$, não lem pontes,nem estradas, quando emfim todos os molho-ramentos materiaes estão em atrazo ?

E' o quo ninguém pôde acreditar, sejamquaes forem as esperanças que conceba o par-tido> liberal, que assim como pelo seu órgãona imprensa já tão gravemente o aggredio,agora confessa que o presidente ó um homemhonesto e honrado.

Por ter elle estas qualidades ó quo todos pen-sam que elle não executará essas disposições,nem a que põo dependente do não-provimentodo lugar dc oflioial-maior da secretaria da pro-sidencia, a gratificação do POOOflOOO ao secre-tario da mesma.

Tendo assim procedido tambem em relaçãoa outros serviços que ficam todos desorganisa-dos, para dar satisfação ao espirito partidário,não tardará quo cila encerro os seus trabalhos,o quo tora lugar no dia 3 do mez próximo, emque se finda o prazo legal de sua duração.

Com o encerramento da assembléa, cessa umdos maiores motivos para o movimento políticoquo parece ter cabido em calmaria.

Os partidos no entanto, se não fazem estro-pito cm suas polemicas jornalísticas, não dei-xam todavia do prepararem se para a próximacampanha eleitoral.

O parlido liberal, senhor de quasi todas asposições olficiaes, pois lem quasi todos os juizesdc direito e municipaes da provincia, bem comotodos os chefes das repartições publicas geraesque todos são liberaes exaltados, primando en-Ire todos o director do arsenal está tranquilloquanto ao resultado, pois sabe quo com taeselementos é difficil a derrota.

O partido conservador ainda desunido , sebem que com a mais decidida tendência a con-graçar-se , não dispondo senão dos recursospróprios, sem elemento algum official, porquomosmo as autoridades que deviam ser-lhoaffectas não hesitam em transigir com os seusadversários que, cousa admirável! dispõem dasboas graças do governo, procura por sua vez,embora com desalento, preparar-se para entrarem combate.

A desorganisação que em suas fileira-; intro-duziram os desgostos dc se verem espesinha-dos pelo próprio governo seu co-religionarioo põo era situação de , com difficuldade, poderapresentar-se no pleito eleitoral.

O seu prestigioso chefe, o Dr. Barcellos, reti-rou-se completamente á vida privadi, o nãoha forças que o possam resolver a entrar donovo na política militante.

Ainda lhe dóera as feridas feilas polo minis-terio de 16 de Julho, aggravadas pela ingratidãodo actual.

Só resta em campo no Io districto eleitoral oDr. Bittencourt com os sous amigos que são osdaquelle digno chefe, e o Dr. Mendonça no 2o;terão porém elles força para se apresentarem âlueta? E' antes provável quo se abstenhamdelia. Assim parece ter querido o governo oseus delegados na provincia.

Quando fallo no retrahimento do Dr. Bar-cellos, refiro-me unicamente á politica mili-tante, pois do seu retiro elle não deixa doacompanhar com interesse o quo se passa nossasona de mystiíicações. Ainda ha pouco com ver-daueiro erilhusiasmo e applauso de todos oshomens honestos, vio esta capital, que orespeita e estima, como um dos caracteres maispuros e honestos, a seguinte publicação queelle fez no Mercantil do 20 do corrente:

« Sr. redactor.—-Será possível que o Sr. pro-motor publico (ignoro quem seja), [não lenhavisto no Rio Grandense de hontem a publicarão—Sobre dualismo c existência trascendioual—,ou quo ignore a disposição do art. 278 doCódigo Criminal?! Neste paiz, cujo governo ómonàrchico hereditário, constitucional o repre-sontativo, concita-so impunemente o povocontra esla fôrma de governo; não ha promotorque denuncie tal crime!

« Agora na folha semi-official prega secontra a immortalidade da alma, sendo pelanossa constituição politica religião do imprrioa calholica apostólica romana! I

« E' do mais: cumpro que quem tem inte-resse na felicidade do Brazil, embora não militena politica, se conspiro contra taes crimes.

« Faça-me, Sr. redactor, o favor de publicarestas observações.

« Seu venerador e criado.--7i'rad RodriguesBarcellos.

« Porto Alegro, 19 de Março de 187íi. »Com ella foi elle o echo autorisado e elo-

qucnle da indignação publica, que se revoltavaem ver todos os dias atacados e ridicnlari-sados na—imprensa official—os mais respeita-

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Domingo 1C de Maio de 1875

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veis e santos dogmas da nossa religião, assimcomo os princípios fundamontaes da nossasociedade politica.Agora esso mosmo jornal diverte-se o insulta

todos os catholicos porque o Apóstolo comuma franqueza o lealdade invejáveis expoz a suasituação financeira, e tornouso, como antes,periódico. '

Nâo ha chulas que não lho tenham sido atira-das. Nao as repito, nem rebato, porquo nãovale a pena rosponder a taes sandices. A res-posta quo o Apóstolo já dou â Nação ahi nessacorte por igual motivo é a quo lho dove ser dada.

Muito applaudidos tem sido por todos, osdous discursos quo sobro o regimento do custasJudiciarias pronunciou o illustrado conselheiroFigueira de Mello.

S. Ex. em suas considerações a respoito daenormidade do augmento das custas no novoregimento foi no senado, apenas o echo daopinião publica, aue clama indignada contraeste novo imposto lançado pelo governo contraos homens do bem e em favor dos velhacos.

Os próprios escrivães, que mais aprovoitamcom esse augmento, não cscirecem que seme-lhante regimento veio fazer um mal incalculávelá população, assim como sobrecarregou consi-doravelmente as despezas com os processos,tornando muitas vezes, pela sua exorbitância,impossivel que o pobro possa defender o seudireito.

SECÇÃO RELIGIOSAA Egreja o o Estado

(A. S. M. O UIPIiRADOn)Senhor. Na minha carta anterior disse qne a

Egreja'é uma monarchia •. insistirei neste ponto,porque negar que a fôrma do governo ecclesias-tico seja monarchica importa a negação doPrimado de S. Pedro o do seus suecessores.Mas o Primado é de fé.

Jesus Chrislo inslituio uma sociedade espiri-tual chamada Egreja com o fim de reunir namesma fé e no mesmo culto do verdadeiroDeos todos os povos da terra, [o unil-ospcloenlace da caridade. Inslituio lima, universal ecom um sò pastor supremo: unum ovile, etunus Pastor.

Não quiz por conseguinte o divino Autor daEgreja nem que os fieis fossem divididos emmuitas greis regidas por muitos pastores inde-pendentes, porque assim deixava a Egreja do soruna e universal; nem que formassem uma sógrei dirigida por muitos pastores com poderesiguaes, porque também assim so dissolveria aunidade do rebanho, impossivel de manter-secom a existência de muitos pastores sem umcentro do unidade, a que estivessem subordi-nados, pois cora a divergência do opiniões ascisão seria ..infâllivel, e a Egreja arruinada:Rcgnum in se divisum desolabilur. Surgeriamschismas, heresias, dissensões que despedaça •riam o corpo da Egreja.

Além disso era de razão quo havendo um sóDeos, e sendo um só o mediador entre Deos eos homens, a sociedade da familia humana comDeos fosso uma só, isto é, que houvesse uma sóEgreja. A unidade do fira requeria a unidado daunião social, e a união social um centro, quefosse como que o ponto da força cohesiva queligasse todas as partes, e donde ao mosmo tempose espalhasse a vida por todas.

Por conseguinte, um Deos, um mediador,uma lei; logo uma só sociedade espiritual.Uma só sociedade espiritual, logo um só centrode união para haver unidade social; logo um sógoverno. Um só governo, logo um só cabeça,um só soberano. Emíim, um sò reino dcDeos na torra, logo um só rei espiritual, que orepresento neste mundo. Eis o que a mesmarazão humana dieta e abraça, porque está sujeitaás leis inflexíveis da Lpgica.

Vejamos porém se ha provas positivas docomo Jesus Christo instituio uma só Egreja, edeu-lhe um sn pastor supremo.

Jesus Christo chama a Egreja: regnummeum, regnum Dei; chama-a: Ovile. Ora osingular implica a idéa de unidade; reino,rebanho são termos colleclivos, que significamum aggregado de individualidades da mesmaespécie formando um só todo. Logo pelos appel-lidos que Jesus Christo dà á Egreja vè-sc queella é uma moralmente.

Além disso, Jesus Christo quer que todosrecebam o mesmo báptismo, tenham a mesmafé: Una fides, unum baptisma. Ora a unidadeda fé, e do báptismo faz de todos os fieis um sócorpo moral, uma só Egreja.

Dos Evangelhos consta que Jesus Chrisloescolheu dos discípulos doze a quem chamouapóstolos, e que a estes conferio o Sacerdócio,o Magistério, e o Governo da Egreja. Inslituioao mesmo tempo um apostolado e um episco-pado para o governo da Egreja. Não o conferiopois á multidão ou á assemblóa dos fieis.

Portanto, aos Apóstolos e a seus suecessoresfoi confiado por Jesus Christo o governo goraida Egreja; mas de modo que, participando todosdelle, fossem subordinados a um só, que seriao Cabeça de todos, isto é, Principe de todos.E quem foi esse que mereceu a honra e o privi-legio do principado? Foi Pedro pela confissãoda sua fó, e do Pedro o herdaram todos os seussuecessores, que são os Bispos de Roma, ondoPedro fixou definitivamente a sua séde.c morreucom a auréola do martyrio.

E' certo quo Jesus Christo instituio a Pedrofundamento da sua Egreja.

Logo Pedro foi também fundamento do Após-toladp e do Episcopado, que lhe era annexo.

E' certo quo Jesus Christo deu primeiro aPodro do que aos outros Apóstolos as chaves(symbolo do poder supremo) do reino dos Céos(isto é, da Egreja, reino espiritual).

Logo, quando os outros as receberam, jáPedro singularmente estava do posse dellas.Pedro recebeu-as, som quo ninguém fosso ex-ceptuado do poder quo ellas significavam. Logoos outros Apóstolos as receberam com subor-dinação a Podro. redro, recebondo-as singu-larmcnle, recebia-as om toda a plenitude, por-que o que ó dado a um só não admitte partilha.Os outros Apóstolos, porém, recebondo-as emcommum, as recebiam com limitação, porqueo que é dado colleclivamente ou a muitos admittelimitação.

E o quo significa dar Jesus Christo primoiroa Pedro singularmente as chaves, e depoisdal-as conjundamenle a Pedro o aos outrosApóstolos?

Significa que a Pedro sc conferia maior poderdo que aos oulros. Primoiro a Podro somente,depois a Pedro com os outros. Logo Pedro tevemais do que os outros; levo duas vezes, umasingularmente, outra conjundamenle com osoutros.

Dar-se-ha caso quo Jesus Christo se arre-pendera de haver dado primeiro somente aPedro as chaves, e por isso deu-as depois, atoi os os Apóstolos conjunetamente ?

Esta hypothese é inadmissível, por ser in-juriosa a Jesus Christo, incapaz do leviandade.Jesus Christo sabia bem o que fazia, quandoprimoiro deu só a Pedro as chaves (o po-der supremo), e depois as conferio collecli-vãmente a Pedro o aos outros. Não ha nissomudança de vontade de Jesus Chrislo. Quizmostrar que os outros apóstolos recebiam opoder em communhão com Pedro, e não sepa-rados do Pedro, a quem já havia sido dada aplenitude.

Por isso diz Santo Optato do Mileva que Pe-dro recebera singularmente as chaves para ascommunicar aos outros Apóstolos.

E' lambem certo que Nosso Senhor appa-recendo aos discípulos depois de resuscitadoperguntou por tres vezes a Podro se o amavamais do qne os outros; o tendo-lho Pedro res-pondido otm Ires protestações, disso: Apas-etnia os meus cordeiros, apascenta as minhasovelhas.

Ora destas palavras se colhe ovidonlomenteque S. Pedro foi estabelecido Cabeça univer-sal de toda a Egreja, o Pastor de todo o ro-banho.

Desta simples, como breve exposição, vè-scquo Jesus Christo não conferio á multidãoou á assembléa dos fieis o direito de constituirO sacerdócio, o magistério, o O governo daEgreja.

Que o governo da Egreja foi confiado col-leclivamenle ao collegio apostólico, mas comespecialidade, e principalmente a um só dosApóstolos. Porquanto:

D'entre os Apóstolos escolheu Jesus Christoum para ser a pedra fundamental da sua Egreja,a quem deu especialmente o poder das eha-ves, isto é, o poder legislativo, o judicial eo coactivo, em sua plenitude; pois dando lh'osingularmanle antes de o dar a todos em com-mum, lh'o deu sem divisão nem partilha. Es-tis palavras ditas a um só: Tudo o que li-gares, não exceptuam aquelles a quem depoisserá dito : Tudo o que ligardes; pois os donse promessas de Jesus Christo não estão sujei-los ao arrependimento, e por conseguinte oque Elle uma vez deu, ou promettousem res-Iricção, é irrevogável.

Que a um só dos Apóstolos encarregouJesus Christo de apascentar todo o rebanho:Apascenta os meus cordeiros, apascenta as mi-n/tas ovelhas. E por estas palavras quiz NossoSenhor significar o direito que a Pedro con-feria de nutrir com o pão da palavra e pelagraça dos sacramentos a todos os fieis som ex-cepção do nenhum, e de os governar. Por con-seguinte sob o baculo pastoral de redro, e deseus suecessores, Jesus Christo collocou nãosó os que recebem, como os que dão o ali-mento da palavra divina; não só os subordinadoscomo os próprios pastores, quo, sendo-o paracom os povos, são ovelhas para com Pedro.

Do que levo dito ó claro que Jesus Christodeu a sua Egreja uma constituição monarchica,porque estabeleceu na Egreja uma autoridadesuprema e ultima por amor da unidade. Eraa monarchia a única fôrma dc governo, quepedia uma sociedade espiritual, cujos caracte-res essenciaes são a unidade e universalidade.

Jesus Christo disse aos Apóstolos: « Ide,prígai o Evangelho a toda a creatura. » Orareunir o mundo inteiro na mesma fé o no mesmoculto do Evangelho sem um poder soberanosobre todas as parles fora cousa impossível. AEgreja devia constituir uma só familia, um sórebanho; logo devia ter um só pastor uni-versai.

Se ao rebanho fossem dados muitos pasto-res independentes, cada um com o direito delevar ao pasto da sua escolha as ovelhas con-fiadas ao seu cuidado, então cm vez de um re-banho haveria tantos, quantos fossem os pas-tores.

Logo ou a Egreja deixa de ser uma e uni-versai, ou por força é uma monarchia.

O primado do Pedro e de seus suecessores éuma verdadeira monarchia. Porque a idéa demonarchia implica necessariamente a dc umsoberano, que a todos governa som excepção, oa quem todos sem. excepção devem obediência.

O poder do Papa na Egreja é soberano; mas,como observa S. ftjrnardo, não eslá só. Abaixodeste poder supremo ha outros, que lhe são su-bordinados, uriue^ auxiliam no governo geralda Egreja.

A' pcílaçilo «la «familia lluçouicn »(Do Municipio de Maceió)

Não estamos dispostos a discutir com ossabios redactores da Familia Maçonica, poisdiscutir com tal gente é tompo perdido. Para ostaes redactores só é illustrado, só é digno quemapoia as suas idéas!

Nós, humildes redactoros do Municipio, nãoprofessamos as idéas anti-religiosas da FamiliaMaçonica, a combatemos segundo as nossasforças, e por isto devemos soffrer o azorraguedesta folha que para ella o Papa é um enteinútil, o Bispo um revolucionário, e, talvez, atéDeos não exista!

Não commungamos os principios maçonicos,fomos educados debaixo dos verdadeiros prin-cipios religiosos, cremos no poder infinito doOmnipolente, cremos na infallibilidade do Papa,apoiamos os actos dos dous virtuosos bispos,martyrisados pela seita maçonica.

Com a franqueza que nos é peculiar decla-ramos os nossos principios, patenteamos atéà evidencia as nossas opiniões, e por istomerecemos ser censurados pelos sabios re-.dactores da dita folha.

Não nos ofíende que a Familia Maçonicanos insulte, pois, o quo esperar de inimigosrancorosos senão guerra de extermínio ?

Para nós seria maior insulto se a FamiliaMaçonica nos elogiasse.

Ha os Bispos que, como sabemos e é de fé, oEspirito Sanlo poz para regerem a Egreja delhos (Act. Apost. XX, 28). Donde se segue queos bispos são principes da Egreja, mas subor-dinados ao Papa; porquo principalmente a Pe-dro, e ao seu suecessor o Papa, deu Jesus Christoas chaves do reino dos Céos.

Os bispos do per si governam um rebanhodeterminado: Apascentai o rebanho de Deos queestd entre vós (que vos coube como por sorto parao governardos espiritualmente) (IPot. v. 3).Mas o Poder do Papa estende-se aos mesmosbispos: elle é bispo dos bispos; porquo a Pe-dro foi dado o poder de apascentar os mesmospastores.- Apascenta as minhas ovelhas.

Ha pois na Egreja uma monarchia hierar-chica do instituição divina. O papa superioraos bispos, os bispos inferiores ao papa o supe-riores aos demais fieis, sendo de origem divinao primado do papa, o o poder dos bispos. Porconseguinte o governo da Egreja não é mixto,não é uma monarchia temperada de aristocra-cia, porque não lia divisão de soberania entre oPapa e os bispos.

O papa governa os bispos e toda a Egreja; osbispos as suas dioceses com subordinação aõPapa; o nisto está a perfeição da monarchiada Egreja,

Em conclusão: O podor episcopal é divino,porquo o Espirito Santo c quera ordena osBispos: O Espirito Santo os poz para regerema Egreja de Deos; mas por instituição divinasubordinado, em quanto ao exercício, ao assen-timento do Papa como suecessor de S. Pedro.

Logo os Bispos não são delegados ou Viga-rios do Papa, mas verdadeiros principes daEgreja, subordinados ao Papa.

Em virtude do primado de S. Pedro, quo,segundo ó de fé, passou aos seus suecessores,os Bispos individual e colleclivamente sãosubditos do Papa.

Mas unidos ao Papa em Concilio resolvemsoberanamento as controvérsias sobre pontosde fé, e decretam leis disciplinares para todaa Egreja. Porque em Concilio com o Paparepresentam o collegio apostólico, ao qualdeu Jesus Christo o poder de legislar: Oque alardes e desatardes na terra-, sC?d Iam-bem aludo e desatado nos Céos, o encarregoude ensinar a todos os povos.

Singularmente, porém, ou colleclivamente,mis separados do Papa, não tèm o poder dedtfinir os dogmas, nem de legislar para toda aEgreja; porque só Pedro teve, c tiveram seussuecessores, o magistério supremo com a pro-messa especial da indefeclibilidade, c o podersupremo legislativo.

O governo da Egreja, á vista de todo o ex-posto, é pura e simplesmente monarchico.Josus Christo não fez como os politicos, quefraccionam a soberania, e das fracções pre-tendem arranjar um equilíbrio de poderes (pe-dra philosophal), que nunca descobriram. Ins-liluio um poder soberano, indivisível, incom-municavel, confiado sómento a Pedro o aseus suecessores; e o cercou do Episcopadopara auxiliar o Cabeça da Egreja.

Instituio uma monarchia forte, subordinandoos Apóstolos a Pedro, e os suecessores dosApóstolos aos suecessores de Podro, dc modoque estes fossem sempre o cume do poderecclesiastico, e principio da jurisdicção dosBispos.

Instituio uma monarchia forte, mas que nãoé despolica, porque o monarcha está sujeitoá lei divina; quo se não tornará despotica,porque Josus Christo não permittirà quo oseu Vigário abuse do poder que lhe foi con-ferido, convertendo-o em instrumento dedestruição; porque o Papa tem por exem-plar a Jesus Chrislo que, se.ndo o Senhor doCéo e da terra (pois todo o poder lhe foidado) disse: Sou humilde e manso de coração;c finalmente, porque o Papa nunca se póde es-quecer de quo Jesus Christo confiou a Pedroo apascentar lodo o seu rebanho depois quePodro protestou por tres vezes o seu amor aJesus Christo. Este amor, o exemplo de JesusChristo, a assistência de Jesus Christo sãopenhores de que os Papas não abusarão doseu poder, acima do qual não ha outro naterra.

Conselheiro Dr, Pedro Autiun da MattaAlbuquerque.

(Continua.)

So applaudissemos a Familia Maçonica, selhes prestássemos adhesão, éramos illustrados,o a nossa humilde folha um jornal moralisado,digno da accoitação publica, e quo muitohonrava a imprensa do paiz; porém, comoacompanhamosaillustradaredacçãodoiposíoio,como trabalhamos em prol de uma mesmacausa, somos toupeiras, somos faltos de ins-truccão!

Ah! Senhores collegas, não levois a tanto ovosso arrojo. Respeitai ao menos as crenças eos princípios do vossos contemporâneos.

Não somos as primeiras victimas da FamiliaMaçonica outros muitos nossos illustrados col-legas têm soflrido. Os distinetos e illustradosredactores do importante Aposlolo são con-tinuamente insultados pela tal folha. A União,o Catholico, a Roa-Nova, a Tribuna, o Colombo,alom de muitos outros órgãos do Christianismo,teem sido insultados acremente pela mencio-

nada folha! Ató o distincto director do Mondeque se publica em França, não tem escapadoas iras da Familia Maçonica 1

A Familia Maçonica entendo que só ella éque tem o direito de tecer encomios à maço-naria, o descompôr aos catholicos que sabemdistinguir o joio do trigo, e sabem equiUtaros principios errôneos da seita maçonica, opor isto não commungam as suas idéas! Comsobrada razão disse o nosso distincto e pátrio-tico collega da Tribum, fallando da tal folhamaçonica:

« Se a humanidadt deve mentir e infamar;se a civilisação manda que se insulte o ca-lumnie, esse insolente e infame periódico ódigno órgão da civilisação e da humanidade! »

Em conclusão. Pedimos aos cllegas daFamilia Maçonica, qne não desçam tio mi-seravelmente quando commentarem qualquerescripto que vá de encontro ás suas idéas.

SECÇÃO LITTERARIAO torto contra o direito

OU O AUTOR O DA OBRA « A EGREJA NO B6TAD0 » REFUTADO TOR SI MESMiLXVI.LXVI.

Foi a Reforma (protestante) do século XVI quo Ür-mou a soberania e indapondoncla dos Estados, omaa-cipando-os da lulella da Santa Só» (Pag. 184.)

Com a Reforma principiam as victorias das nacio-nalidiulos, quo cada voz tom ido accentuando ns cons-tituiçoos domooratieas. (Pag. 25.)

O movimento liboral propagou-se, e as nacionalida-des voncoram o dragão ultramontano, muito maisab-soluto e dospota do quo o do imporio esmagado peloPapado. (Pag. 09.)

E' objocto que merece profundo estudo Inquirir dahistoria qual a inüuencla da Reforma aobreas liber-dados sociaos, o so os povos ou os Reis ganharam oupordoram podor o autoridade. A muitos parece que omaior acerescimo do poder da realeza na Europa (ab-solutismo) data da época do protestantismo.

Em Inglaterra, a partir de Honrlque VIU, nom «omenos provaloco a monarehia; predomina irai dospo.lismo cruol.

Em França, depois da"guerra dos Huguenotes o po-der civil lica mais absoluto que nunca.Na Suécia, subindo Gustavo ao throno, desde então

exercem os Rei3 poder quasi illimitado.(E depois de percorrer outros paizes, conclue:;Não autorisarão estes factos históricos o juizo do

quo, com o apparecimeato do proteatauMsmo, os po.vos caminharam rapidamente para o poder absoluto;em vez de progredirím nas fôrmas representativas r(Pag. ül, 35, 3G.)

LXV1I.Se havia oicepçã» em favor da liberdade, encon-tra-se esta excopção exactamente na Itália, isto 6. ondea influencia dos Papas fazia sentir-se' (sic) de mais

perto o por conaoquenoia com maia força.. , ,„ . . , ?e!de 1U8 Pretende-se attribuir aos Papas gostocorto de Roma se oppoz u autonom.a social dos pela oppressão è justo recordar estes exenpl.se o

LXV1I.A Egreja Romana ou ultramonlana tinha atacado

todns ns libordades civis o políticas, e mostrara-sesempro infntigavol na missão do absolutismo sob omanto de liberdade, e da escravidão sob a capa dasalvação. (Pag. 272.)

povos. (Png. 409.)

LXVIII.A sou caracter de nacional deveu (a Egreja do França)

a superioridade sobre todas da christundado. (Pag. 256.)

LXIXA Santa Só não podo queixar-so da decretação desto

principio (da completa separação da Egreja o do Es*-tndo. (Pag. 03.)

LXXA Egreja pó.le roprovar taes doutrinas. (Pag. 4*'.)

LXXIDo novo Calholicismo (do Catliolieismo como o pro-

fessam o Papa, o Concilio, o Episcopado) a sociedadomoderna não podo operar trégua nem misoricorditf.(Pag. 855.)

O Papa, os Bispos ultramontanos são intransigentes.(Pfissim.)

LXXIINão ó possivel fortificar e garantir esta união o

concórdia, desdo que o S. S. Padro (a Santa Sé) pre-tende subordinar a vontade da soberania democráticaá dos aacordotos. Seria (a concordata) um cantratonullo do plono direito. (Pag. 110).

E' impossivol conciliar os direitos da Egreja (comoos tem definido o Concilio) com os do Estado. (Pag.111,107.) Systoma de Ganganelli)

LXXIIINão ha receiar recusa da Santa Só (para esta con*

cordia.) Apenas precisa sor alargado (entro nós) o sys-tema concordatario com leis praticas (est ibolocendo-soplena liberdade de cultos, etc.) (Pag. 477)

O Papa dove reconhecer tudo isso, assim como osdireitos magestalicos do beneplácito, recurso á coroa,etc. (Pag. 111.)

menos para pôr em duvida asserçSes quo sío ineul*cadas como dogmas philosophico-historicos. (Pag. 81,£5. 36.)

LXVIII.O Eíhisma (ou o estabelecimento ;de Egrejas nacio-

nãos) ó uma das calamidades provocadas pelo Conciliodo Vaticano. (Pag. 483.)

« Não podem sor instituídas Egrejag nacionaes furado gromio do Pontifice Romano e soparadas delia. »

Tambom assim pensamos; o contrario soria schismaou heresia. (Pag. 225 #226.)

LXIXEslo principio (da completa separação da Egreja o

do Estado, ó contrarie á razão e A fé. (Log. cit)

LXXMas não podo falminal-as, (Pag. 488)

LXXIO novo Catholicism» póde e dove harmonisar-so com

a sociodado modorna. O systema concordatario ó nSosó possivel, mas o melhor. {Passim, sobretudo da nn»473 om diante)

(') O Sr. Conselhoirogrando maçon.

Tito Franco de

LXXIIA Santa Sé (ou o S. S. Padre) qtier a união, e con-

demna a separação.Ella quer o systema concerdatario. Sempre é pôs-sivol ontender-se a Egreja o o Estado. (Ppg. 47a.)A concordata ó salutar, desejável. (Passim.)Não tom razão Ganganelli de negar h possibilidade

dosto tão necessário accordo e harmonia. (Pag m112 o 476.)

LXXIIIComo obter do Papa a realização destes desejes 1Lijado por actes de seus predecessor»», além dos

próprios (sic) e obrifado principalmente a conservarintegral (sic) 'o depeiilo que lho loi tBansmittido, oPapa não mudará espontaneamente por temor ou es»perança alguma, da linha traçada pelos que • prece-deram. (Pag 480.)

Os eatholicei liberaes não podem levar ts exisen-cias de Estado ao ponto do quererem constranger aEgreja a sanecionar doutrinas que tenha em qualquortempo reprovado. (Pag. 488.)

(ConliMá).Almeida, advogado nas auditórios da certe, natural do Pará e

EXPEDIENTE DO BISPADOCasamentos.

Passaram-se as seguintes provisões:Dia 12 de Abril

João Erancisco Bernardino com Cecilia MariaBittencourt.

Dia 13.Luiz João Basquct com Carolina Thereza

Pimentel.Joaquim Mathias do Carvalho com Maria José

d'Àssumpção.Domingos José de Carvalho Bastos com Maria

Constança da Fe.Francisco Martins com Virginia Cordeiro de

Araujo.Henrique Baer com Elizabelh Fuvang.Silvestre Furtado de Souza com Maria Paula

de Souza.Dia M.

Fabiano Miguel Pereira com Üeolinda Será-phina Rangel.

Joaquim do Nascimento Cesta cora Maria deSouza Vieira.

Antônio do Nascimento Costa com Therezade Souza Vieira.

José Theodoro Fernandes com MartiniannaAlves de Souza.

Custodio Clemente Ribeiro cora GertrudesAntonia Vieira, viuva. ;

Dia iõAntonio Joaquim de Souza com Joaquina Lau-

delina de Moirelles.Manoel Pereira da Costa Almeida com The-

reza Engracia de Rezende.João Ribeiro da Silva Carneiro, viuvo, com

Anna Maria da Conceição.José da Conceição e Silva com Carlota Erme-

linda de Souza.Dr. Raymundo de Souza Rapozo com Caro-

lina Flora de Mascarenhas Bezerra.Ernesto Pereira Gustavo, viuvo, com Maria

Pinto da Silva.

Eváristo Joaquim Ferreira com Maria Annados Santos.

Felisberto Augusto de Rezende com MariannaFrancisca da Silveira.

Dia 16Josó Estevão Fernandes de Almeida Júnior

com Maria Izabel.Joaquim Fernandes das Neves com Carolina

Dias da Cunha.João Diogo dos Santos com Augusta Amélia

Calixto Machado.Cazemiro Gomes de Abreu cora Emilia Eu*

genia das Neves.Luciano Joaquim Ferreira cora Maria José

Pacheco.Josi Moreira dos Santos com Marcolina Fran*

cisca do Espirito Santo.Francisco Jorge Machado com Joaquina da

Conceição Vellozo.Dia 11 ,

Manoel Antonio dos Reis com Zeferina Mariada Conceição.

Antonio Mendes de Oliveira cora Maria Ja-cintha de Oliveira.

Francisco de Paula Carvalho com AijneliaMenezes de Athayde.

Luiz Homem de Mattos Júnior com ElniiraLeite do Assis.

Manoel Ignacio Pereira cora Constança MariaMachado.

Joaquim José de Souza com Anna Lhíz.3.Germano Luiz da Rocha com Roza Pinheiro

de Carvalho Bahia, viuva.Manoel Soares de Oliveira cora Gertrudes

Maria de Castro.Dia 1Q . .

João Baptista de Medeiros com Joaoaa deMoura." Cândido Martins Ramos com Justina MariaEsteves Ramos.

Francisco Gomes de Azevedo com Franciscade Souza Cruz.

Joaquim Vicente da Cruz cora Helena GomeSda Conceição. ,.] ',

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II. «* Domingo 1C de Maio de lèjíIgnacio Gomes do Azevedo, viuvo, com Maria

do Souza (íomes.Antônio Francisco do Souza Cruz com Maria

Eugenia do Espirito Santo.Dia 20

Felippe AugHSto Couto cora Eliza CarlotaWeig.

João Manoel Pereira dc Brito com LudovinaRoza de Jesus.

^.MENSAGENS AOS BISPOSAssociação Catholica do Porto.—

Illm. ellevm. Sr.—Tenho a distincta honra departicipara V.Ex. que a Associação Catholicaestabelecida nesta cidade, em sessão de 22 doDezembro ultimo, resolveu por unanimidade,nomear a V. Ex. seu Sócio Benemérito, sobproposta, cuja cópia peço licença para deposi-tar nas mãos de V. Ex. Espora a AssociaçãoCatholica quo V. Ex. se dignará aceitar estemodesto, mas sincero testemunho, quo ellapresta, da admiração, respeito e veneração queconsagra á pessoa de V. Ex. Dignc-se tambémV. Ex. lançar as suas bênçãos sobre todos osmembros desta Associação. • ¦•

Deos Guarde a V. Ex.—Porto, 22 do Janeirodo 1875,-Exra, e Revm. Sr.B. Antônio deMa-cedo Costa, Bispo do Pará. — O presidento,(assignado) Visconde dè Azevedo.

Senhores: Considorando que o Exm. eItcvm. Sr. D. Antônio de Macedo Costa, Bispodo Pará, éum dos Prelados do Brazil que maisserviços tem prestado á Egreja Catholica, m»s-trando uma firmeza inabalável no meio da per-seguiçSo, que contra elle moveu a perniciosase ta maçonica. •«

Considerando que por isso foi S. Ex. Revê-rendissima condemnado á prisão temporária,sendo o seu nobre procedimento approvado,applaüdido e lourado pelo Summo Pontífice.

Considerando que serviços desta ordem nãodevem sor olvidados pelos catholicos de toda aterra, e especialmente por esta Associação.

Considerando além disto que pelos seus es-criptos S. Ex. muito tem concorrido para a il-lustração dos fieis.

Attendendo ao disposto no art. 21 do Regu-lamento Interno, temos a honra de propor queo Exm. e Revm. Sr. Bispo do Pará, D. Antôniodc Macedo Costa, seja nomeado Sócio Beneme-rito da Associação Catholica do Porto.

Porto, sala d,is sessões da Associação Catho-lica, 22 de Dezembro de 1874.— Conde de Sa-modães.—Padre Antônio Joaquim de AzevedoCouta,

Está conforme. Perto e secretaria da Asso-ciação Catholicaf em 22 de Janeiro de 1875.—O secretario, (assignado) Duarte Iluet de Ba-cellar.

SBCÇAO NOTICIOSAllreve Apostólico.—Honramos boje as

nossas columnas cora um novo e importantis-simo Breve diriuido ao brioso clero do Parápele immortal Ponliíke Pio IX o Grande.

Não pode ser mais elequento o seu contexto,nera mais subida a honra que o Santo Padreacaba de conferir a essa bella porção do clerobrazileira, cujos actos de firmeza, de abnegaçãoe dc heroísmo tem echoado além dos mares.

Sua Santidade de novo e com toda a solem-nidade condemna a seita maçonica, essa heresia,que, na sua eloqüente phrase, formou-se damalícia de todas as precedentes, e sem cujadestruição não veremos restabelecidas a ordem,a tranquillidade e a paz no mundo universo.

Chamando a attençio dos nossos leitorespara tão precioso documento, congratulamo-nos com o fidelissimo clero do Grão-Pará pelahonrosissima distineção que mereceu do maiordos Soberanos do mundo, e que vale mais doque, todas as coroas e palmas quo os escravosdo Ccsar possam offertar-lho.

O clero do Pará devo eneher-se de alegriaporque se a sua dedicação tem sido grande,maior ó a recompensa que acaba de receber doVigário de Jesus-Christo na terra.

Pastoral.—Concluímos hoje a publicaçãoda excellente e esmagadora Fastoral do illustreprisioneiro da Fortaleza de S., João, sobre oscrimes nefandos da maçonaria e a iníqua enunca justificada deportação dos distinetos pa-dres Jesuitas do território brazileiro.

O governo, que dispõe dos dinheiros públicos,e tem à sua disposição os Tavoras e outros damesma estofa, deve quanto antes tratar demandar refutar, ainda que usando da calura-nia e da mentira.suas armas favoritas, essa seriede factos incontestáveis e de documentos aH-thenticos qie poz patente'a todas as vistas a po-litica Bismarkina e as misérias da maçonariaimperial.

Neste caso, a conspiraçãodo silencio não lheaproveitará, porque o valente e longo escriptodo heróico Bispo de Olinda tem causado pro-funda sensação por toda a parte e ha de sor re-produzido na'imprensa dos. a"ous mundos paragloria da Egreja e confusão dos bous inimigos.

Esperamos também que o famoso Ganganelli,que tão vergonhosamente abandonou o seuposto de honra, torne aos typos a fim de resta-helecer os créditos do seu Oriente cuja benefi-cencia o patriotismo ficaram reduzidos à ex-pressão mais simples.

Veremos quem sabe a campo. O negocio égrave. A Pastoral não deve ficar sem resposta,afimdeqije, além do mais, não tenhamos derir dos que-<jRtrarani na luta corao leões o delialojera cuiuo uns sendeiros.

Solemnidades religiosas. — Ceie-bram hoje a festa do Divino Espirito Santo asseguintes egrejas:I —De S. Gonçalo Garcia e S. Jorge, ás 1 ihoras da manhã orando ao Evangelho o Revm.padro José Caetano do Souza França.

—Matriz dc Santa Rita, ás 11 horas da ma-nhã, orando ao Evangelho o Revm. pro-paro-cho Dr. Urbano da Silva Monto c ao Te-Deumo Revd. padre Macario César d'AlexandriaSouza.

—Da Lapa do Desterro, ás 11 horas damanhã, orando ao Evangelho o Rovm. ConegoManoel Joaquim da Silva Guimarães.

i —Matriz de Nossa Senhora da Gloria de Va-lença, ás 111 horas da manhã, orando ao Evan-gelho o Revm. Conego Francisco Figueiredodo Andrade.

Honrosa distineção. — Chamamos aattenção dos nossos leitores para o officio que odigno Sr. Visconde de Azevedo dirigio ao vone-rando Sr. Bispo do Pará participando-lhe que aillustre Associação Catholica do Porto confe-rio-lüe unanimemente o diploma de sócio bene-mérito da mesma Associação.

Congratulamo-nos com o sábio Prelado portão merecida homenagem às suas virtudes eserviços prestados á Egreja.

Estatística religiosa. —O Courrierde Bruxelles publica o seguinte:

« Um jornal publicava ultimamente a esta-latistica seguinte da Egreja Evangélica naPrússia.

« A população protestante que na Prússiase elevava a 15.987,927 almas, fôrma na Pome-rania, Brandebourg e em Saxe os dezenove vi-gesimos da somma total, na provincia da1'russia ns três quartos, na Silesia e Westphaliaum pouco menos de metade, na Posnania me-lade, na provincia rhenana ura quarto, na pro-vineia de Saxe os cinco sétimos.

« A Egreja protestante possue nas oito ve-lhas províncias 9,412 egrejas ou capellas (sendo2,004 em Saxe, 2,391 em Brandeburg) servidaspor 0,581 pastores, dos quaes 1,C74 em Saxee 1,352 em Brandebourg, o quo dá um ecclo-siastico por 1,805 protestantes.

« Em Berlim a proporção c muito menor,porque para 797,000 protestantes não ha senão115 pastores; sendo um para 0,028 almas. E'verdade quo isto é muito igual aos uaturaes deBerlim dos quaes 2 "/„ somente visitam do tem-pos a tempos uma egreja c noventa e oito porcento nunca lá vão.

« No outro dia foi declarado oflieialmenlo ácâmara que na diocese protestante de Brande-burg, de 2,081 nascimentos só houve 1,403baptismos; do 690 casamentos só 117 abençoa-dos pela egreja.

« iYuma uutra diocese, dc 1,000 casamentosnão houve senão 158, isto é 15 sétimos porcento abençoados pelo pastor.

« Conta-se que desde algum tempo os pro-gressos da immoralidade em Pomerania arran-cam ás pessoas que se conservaram honradasesta exclamação que se ouvo freqüentemente :* é caso para se fazer calholico! »

« Vè-se que esta estatística promette umacerta popularidade aos actos do Sr. Bismarkcontra a Egreja, mas não promette bom futuroao império do Allemanha. »

Discurso importante.—Acaba de serpublicado no Diário do Rio de Janeiro de IIdo corrente o importante discurso profondopelo Exm. Sr, senador Cândido Mendes de Al-meida sobro o conllicto religioso e á quf jâ nosreferimos com os devidos encpmios no edic-lorial do Apóstolo de 21 do mez findo.

Não comportando a nossa folha a transcrip-ção de discursos por inteiro, por mais momen-tosos que sejam, limitamo-nos a chamar denovo a attenção dos nossos leitores para a bri-Ihanto contestação opposta pelo nr bro senadoraos adversários da independência e da libsr-dade da Egreja.

Noticias de Roma.—Lè-se na Palavrado Porto:

« Sua Santidade continua enchendo de at-tenções a rainha mãi da Baviera, que, como ésabido, se converteu não ha muito ao Catholi-cismo. . Por oceasião das feslas da Paschoa.en-viou-lho uraa palma dc uma belleza singular,procedente dos jardins da Vaticano.

« No dia 31 do passado, tomou posse do ti-tido de S. Gregorio o Cardeal Manning, Arce-bispo de Westminster. Segundo escrevem dcRoma, assistiram á ceremonia, mais de 1,000catholicos inglezes e americanos. O Cardealpronunciou um discurso, no qual fallou prin-cipalmente de S. Gregorio Magno, fundador doChristianismo em Inglaterra. Depois foram-lhe entregues presentes e hábitos sacerdotaesno valor de 1G0 libras esterlinas, reunidas porsubscripção. »

Escola Normal.—Hoje, ás 11 horas damanhã, no edificio desta escola, o Sr. Dr. JoãoMirtins Teixeira continuará o .seu curso ele-mentar dc chiraica.

Uma observação.—Temos deixado dcpublicar algumas correspondências por nãoas julgarmos convenientes. As cartas que nossão dirigidas além da fidelidade na exposiçãodos factos, devem tratar mais do que se prendeá causada religião, do que da politica própria-mente dita, que só deve enlrar nellas acciden-talmeute , ou quando tenha immediata relaçãocom os acontecimentos.

A redacção reserva-se o direito do publicarsomente o que achar opportuno o conveniente,porque a responsabilidade é somente sua.

Também não nos propomos a guardar osoriginaes que nos forem remettidos, porque játemos declarado mais de uma vez que não se-rão restituidos os que nos forem enviados.

Fazemos esta observação, porque sobrecar-regados de trabalho, como vivemos, não temostempo de estar escrevendo cartas o explicandoa cada passo a razão por que procedemos deste

ou daquelle modo; o que nem é admissívelque de nós so exija.

Como já temos dito, toda e qualquer noticiaquo nos fór remettida, deve vir assignada e da-tada pelo informante, sob pena de não ser pu-blicada, porquo não admitlimos anonymos.

O Cardeal americano.—Lê-so iaEspana Católica:

« O ministro dos Estados-Unidos na Itália cs-porá á todo o momento uma carta do prosi-dente Grant, na qual este, em nome do governode seu paiz, expressa seu reconhecimento aoSanto Padro por haver elevado o Arcebispode Nova-York à dignidade dc Cardeal.»

Carta ao Imperador. — Publicamoshoje a décima quarta epístola dirigida á S. M. oImperador pelo illustrado Sr. conselheiro Dr.Autran da Matta Albuquerque.

S. Ex. traia cora proflsciencia da realeza doPapa ou a monarchia da Egreja, assumptoimportante o chtio de actualidade.

Qne comedia! —O governo da maço-naria imperial em data de 20 do Abril próximofindo mandou intimarão «segundo governadorda Diocese de Pernambuco, para que, por meiode qualquer acto sen, reconhecesse o levanta-mento dos interdictos feito pelo Juiz deCapellas!

O digno Governador respondeu ao Juiz deDireito de Olinda o seguinte:

« Eni cumprimento da intimação que porportaria de V. S. dc 20 do corrente, me foifeita no dia 21, tenho a honra de declarar aV. S. que aceito o levantamento dos interdictosa quo se refere a mencionada portaria, quantoaos seus cy"eitos temporaes.

«Julgo assim ter cumprido a ordem deV. S., a quem Deos guarde, etc. »

O que adianta o governo com estas palha-çadas é que não sabemos, porque os interdictosforam lançados somente na parte espiritual dairmandade, como foi opporlunamente decla-rado, por cujo motivo era incompetente o Su-premo Tribunal de. Justiça para julgar o illustreSr. Bispo de Olinda, que ora cumpro uma sen-tença iniqua, como o proprio governo tem-seincumbido de provar a toda a luz.

Veremos o quo faz o governo depois da res-

posta do digno Governador, e se os interdictosjd levantados pelo Juiz de Capellas serão levan-tados de novo, o tpie será um verdadeiro mi-lagre.

Quo comedia!...

O Catliolicismo nos Esíados-IJni-dos.— Varias vezes temos falindo, diz ura jor-nal, do desenvolvimento do Catholicismo nosEslados-Unidos da America do ISorte, porémcada vez é maior o mais patente esse movi-mento.

Ha quarenta e cinco annos existia em todaa extensão daquelle vasto território só o bis-

pado de Baltimore, cuja sedo foi creada porPio VI, a 0 de Abril de 1789.

Actualmente os Estados-Unidos tèm sete ar-cebispos e mais de 50 Bispos.

Em 1793 fundou-se o bispado de Orleans,o a 8 do Abril de 1808 o Papa Pio VII elevoua metrópole a sede de Baltimore, eerigio os

quatro bispados de New-York, Boston, Luis-ville e Philadelphia. O mesmo Papa creou cm1821 a de Cincinnati.

Seu successor, Leão XII, fundou em 1820o bispado de S. Luiz, e Pio VIII creou cm 15de Maio de 1829 o de Mobile.

Sob o pontificado de Gregorio XVI foramcreados: o bispado de Detroit em Março de1833, o de Vicennes em Maio de 1834, odeNatchez, Dubuqne e Nashville em 28 de Julhode 1837, o de Pittbonrg em 11 de Agoslo dc1843, os do Hartford, Litle-Roc, Milwankieo do Chicago em 28 de Novembro do mosmoanno.

A Pio IX toca porém o maior numero decreações: os bispados :4q Onegon-City o deWallawalla em 24 de Julho, não bem ura mezdepois de sua exaltação ao Pontificado; os deClevellan, Albani e Buffalo cm 23 de Abril de1847; os da Providencia e de Galveslon a 4de Maio seguinte, o de Nosqualy a 31 de Maiode 1850 o a 16 de Julho do mesmo anno osde Savannah, Wuecling e de S. Paulo de Min-nesota.

No mesmo dia 16 de Julho de 1850 o SanloPadre decretou a divisão do território dos Es-tados-Unidos em 6 provinebs ecclesiasticas,fixando como metrópole a cidade de Baltimore,que havia sido até então a única Sé archiepis-copai, da qual dependiam as egrejas calhe-draes da União, Nova-Orloans, New-York, Cin-cinnati, S. Francisco, S. Luiz e Onegon-City.

Existem além disso nos Estados-Unidos maisde 1,800 egrejas e cerca de 700 estações pe-riodicamente visitadas pelos missionários.

Jubileu do Auno Nau to.—O digais-simo Governador do Bispado de Pernambuco,de ordem do seu illustre Diocesano o Sr. D.Fr. Vital Maria Gonçalves de Oliveira expediouma circular com data de 28 do raez próximopassado publicando o Jubileu do anno santo.

Felicitamos as Dioceses do Pará, de Ma-rianna e dc Olinda, que, graças ao zelo dos seusdistinetos Pastores já estão gosando as graçasespirituaes prodigalisadas pelo Pai commumdos Fieis.

A voz da imprensa.—. O Univers deParis transcreve em suas columnas abiogra-phia do illustre Sr. Bispo de Olinda e a ro-raaria feita â fortaleza de S. João, publicadasno Apóstolo.

Conferência apostólica.— No dia 31de Março ultimo estavam reunidos cm Fulda

todos os Bispos da Prússia. Monsonhor Kel-teler alli estava tambom esperando o NúncioApostólico de Munich.

As sessões da apostólica conferência come-

çaram no mesmo dia 31. Eis um novo acto da-

quellos Bispos, que bem se pôde dizer actodo apóstolos seguindo os.icios dos Apóstolos I

Os Bispos morrerão antes que faltarem aosseus deverosl *

Siiílrngios por alma do senadorSouza Ernnco.—0 Exm. Sr. Bispo doPará, suppondo verdadeiro o telegramma pu-blicado pela imprensa, expedio hontem umdespüdio telegraphico ao Governador do Bis-pado do Pará revogando a ordem dada poreste dc recusarem os Padres da diocese suf-fragar a alma do fallecido Senador Viscondedo Souza Franco; visto que não consta cor-tamente que morresse impenitenle.

Obra importante. — 0 Revm. padreRainiérc, da Companhia de Jesus, acaba depublicar uin profundo estudo sobre a questãoreligiosa suscitada na Inglaterra por Gladstone.

Appareceu nos « Etudos Rolig. » de Feve-reiro, de pag. 247 a li80, e tem por titulo:« Le P. Newman et M. Gladstone. » E' muidigno dese ler.

O illustre religioso francez não está conformeem todos os pontos com o não menos illustrereligioso inglez (o Revm. Newman, do Oratório).Mas o respeito e a sympathia que professara umpelo outro são verdadeiramente edificantes.

O Revd. padre Ramiére neste seu ultimotrabalho ó um modelo do escriptores catholicosmilitantes.

Não oceulta a verdade, mostra amal-a maisque tudo—Deus verilas est,— por conseguintemais que ao seu amigo, não prega uma falsapaz—Pax, pax, et non erat pax;— mas aindamostrando divergência, e até combatendo, quomodo leal de comlater, e quo maneiras cava-lheirescas ecliristãs! E' assim que so devediscutir entro catholicos sinceros, que só pro-curam a verdade e a justiça.

Tricas maçonieas. — No opusculoMousirdio da Silva ou a Revolução portuguezade Alexandre Herculano, tomo 2o, pag. 168,lé-se o seguinte:

« As lojas maçonieas multiplicavam-se ; ostolos iam em chusma esbanjar seus cobresom honra do Supremo Architecto do Universo,e os espertos lá iam cnmer piedosamente ossobredilos cobres, sempre em honra do sobre-dito Architecto. »

Alexandre Herculano «será jesuíta tambom ?

SECÇÃO PARTICULARA obra do diabo.

(parodia)Um dia... poz-se o diaboA meditar sobre o abysmo,E cocando o igneo raboIdeou o maçonismo.—Eureka! bradou contente:Achei o mal: de repenteEstourou. O fogo em chammallluminou-lhe a figura...E bordava cada llammaSinistra caricatura.

Blatriz de Santa Rita.Sabbado22 do corrente, festeja se a Gloiiosa

Santa Rita de Cássia, em sua Egreja, com Missacantada pelas 11 lioras, e Te-Deum ás 7 da tar-do, orando ao Evangelho o Rvm. Padre McslreJosé Herculano da Costa Brito, sendo a musicadirigida pelo Professor Bento Fernandes dasMercês. Convida-se a todos os fieis devotos a vi-rem assistir a estes religiosos actos, dando comsuas presenças uma prova do seu zelo o acata-mento á nossa Santa Religião. — O larriqueiroda matriz, Caetano José Cardoso.

SECC.Ã0 | ANNUNCIOSFORO ECCLESIASTICO.

O abaixo assignado encarrega-se dc todo equalquer trabalho relativo á Câmara o. JuizoEcclesiastico, e bem assim á Nunciatura Após-to lica; as pessoas que o quizerem honrar comsua confiança dinjam-se a typographia doApóstolo, rua Nova do Ouvidor ns. lie 16.—Florentino Montenegro.

A. F. DA SILVA PORTO & C.VESTIMENTEIROS DA CAPELLA IMPERIAL

Neste antigo e bem conhecido estabelecimento, hasempre o maior sorlimonlo de paramentos, imagens,banquetas, e tudo mais quo A relativo a egreja, bemcomo tudo que pertence a b&tinciro, pelos preços maismódicos possíveis, garanliudo-se a maior perfeição ebrevidade.

Esta casa ó a única onde se vendem os verdadeirosRiluaes Romanos approvados pelo Exm. Sr. RispoDiocesano,

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RUADO HOSPÍCIONesto antigo o acreditado estabelecimento

encontra-se tudo quanto é nocessario para arma-ções fúnebre» e de galla, como seja: cortinasde cassa bordada de damasco e de velludo,sanelas do damasco e velludo, grinaldas, fesrtoes e ramos de flòros arleííciaos, fronlaes,pannos para púlpitos, reposleiros, tapetes, ban-deiras, guiões, opas, paramentos, colchas, ves-timentas para anjos, virgens e cupidos paraprocissões, roupas, mantos e coroas para Impe-radores do Divino, coroas o brazões para enter-ros, ou funeraos de Titulares, mansuléos,urnas, tocheiros, castiçaes o banquetas doura-das e prateadas, panno de cruz, para cobrircaixões mortuarios e para missas e Libera-me;também se fazem paramentos para missas,ornamentos para egrejas, oratórios e capellas,caixões, hábitos o vestimentas, para enterros deanjos, donzcllas e adultos—PARA FORADA CORTE-c bem assim tudo o mais quapertence a este ramo de negocio.

Gom um bom pessoal perfeitamente habi-litado e com grande o novo sortimento defazendas modernas e flores artificiaes, pôdesatisfazer com toda a brevidade qualquer en-commenda que lbe seja feita, garantindo nãosó a perfeição, como também a modicidade deseus preços, em que não receia aconcurrenciade quem quer que seja, para assim tornarainda mais conhecida esta casa, que fundadaha mais de 35 annos, pelo Sr. llaymundode Andrade Leite, a quem suecedeu o Sr. Joa-quim Ferreira Lopes, lio o ex-socio do actualproprietário, continua a empregar todos osesforços para bem servir a todas as pessoas,que se dignarem honral-a com sua confiança,para assim justificar e conservar o credito aueg»za, por ser a mais antiga e mais bem mon-tada nesto gênero das existentes nesta Corte.

RIO DB JANEIRO

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Gxistein nos depósitos de immi-grantes na B4RR4 DO PIRAHYem SANT'ANiV4 e nos MENDESmalsde DUASMLEQUINEIEWTASPESSOAS de differentes nacional!*dades que desejam empregar-se.©*senhores que pretenderem os ser-vlços das referidas pessoas quei-ram dirigir-se pessoalmente oupor carta aos encarregados dosmesmos depósitos nos sobreditoslugares, declarando EXPLICITA-MENTE as condições que offere-cem. As profissões sSo as seguintes:Agricultores Ferreiros!Alfaiates ImpressoresCanteiros JardinelrosCarroceiros MarclneirosCarpinteiros MarmoristasCaixeiros MacüinistasCriados OurivesCurtidores PadeirosConfeiteiros PedreirosCocheiros PerfumeirosCarniceiros Pharmaceutico*Clmpeleiros ProfessoresCaldeireiros PastoresCutilclros PintoresCaligraphos SapateirosCorrieiros SerralheirosEstufudores TccelôesEncaderuadores TapeceirosFlcbotomos TorneirosFogutatas TrabalhadoresEundidorcs etc., etc.

NI. B.—Durante a quadra da epi-demia as sobreditas pessoas niiose empregam na corte.

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Palmas, cjpresles, féslões, rosas para velase tudo mais relativo a Egreja, etc, etc. Capa-cetes e azas para anjos, grinaldas de saudades,vidrilbo e perpétuas, para entorros; recorta-sebabados para vestidos, aviamontos para Uo-»i I c 1 q c

PREÇOS RAZ04VEIS«f,yp, do À«'usioi9, "íua Nova do Ouvidor ns. 11 o i'3.

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