janeiro2017 65 outubro 2016camaraniteroi.rj.gov.br/.../pdf/janeiro-2017.pdf · janeiro / 2017...

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CÂMARA REVISTA em INFORMATIVO MENSAL DA CÂMARA DE VEREADORES DE NITERÓI Ano VI - nº 67 janeiro / 2017 Orçamento aprovado O Dia do Samba será comemorado em 6 de fevereiro, mês do carnaval, às 17h no plenário da Câmara com apresentação de sambistas de destaque. A homena- gem especial será feita à professora Lygia Santos, filha do compositor Er- nesto dos Santos, o Donga, autor de “Pelo telefone”, o primeiro samba gra- vado no país em 1917. Página 15 Samba tem seu dia de festa na Câmara Banheiro público proibido de cobrar pelo uso A Lei 3.201/2016 proíbe a cobrança pelo uso de instalações sanitárias (banheiros) instaladas obrigatoria- mente em estabelecimentos co- merciais com área superior a cem metros quadrados. Página 5 Eleição altera composição das bancadas A nova composição da Câmara tem o Solidariedade com a maior ban- cada (três vereadores), seguido pelo PSOL (dois) e PMDB (dois), ficando os demais 14 partidos representa- dos por apenas um vereador. Pág 4 Prefeito e vereadores tomam posse Em concorrida cerimônia na Câ- mara, tomaram posse o prefeito Ro- drigo Neves e mais 21 vereadores e suplentes. Em seguida foi eleita a Mesa Diretora, cabendo a presidên- cia à Paulo Bagueira. Págs. 2 e 3 Lei regulamenta comércio nas praias de Niterói Foi sancionada a Lei 3,264/2017 que regulamenta o exercício do comér- cio ambulante nas praias do municí- pio, que além de organizar o espaço público também busca a preserva- ção do ambiente. Página 5 Depois de ser apreciado durante três audiências públicas legislativas, receber 307 emendas propos- tas por vereadores e pelas Comissões Permanentes, e de ser debatido durante duas votações, foi aprovado o Orçamento de Niterói para 2017. Como último ato da legislatura anterior, a Lei Orça- mentária Anual (LOA) teve 149 emendas aproveitadas. Com receita estimada de R$ 2.345.507.811,00 a LOA começou a tramitar na Câmara em 30 de setembro. Encaminhada pela Mensagem-executiva 08/2016, a Lei estipula que, serão aplicados na Saúde R$ 429 milhões; Educação, R$ 356 milhões; Meio Ambiente, R$ 196 milhões; e Urbanismo e Mobilidade, R$ 53 milhões. Páginas 6 e 7 Jorginho da Império com a velha guarda da Mangueira no Dia do Samba em 2015 JANEIRO2017_65 OUTUBRO 2016 06/02/2017 14:57 Page 1

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CÂMARA REVISTAem

INFORMATIVO MENSAL DA CÂMARA DE VEREADORES DE NITERÓI

Ano VI - nº 67janeiro / 2017

Orçamento aprovado

O Dia do Samba será comemorado em 6de fevereiro, mês do carnaval, às 17h noplenário da Câmara com apresentaçãode sambistas de destaque. A homena-gem especial será feita à professoraLygia Santos, filha do compositor Er-nesto dos Santos, o Donga, autor de“Pelo telefone”, o primeiro samba gra-vado no país em 1917. Página 15

Samba tem

seu dia de festa

na Câmara

Banheiro público

proibido de

cobrar pelo usoA Lei 3.201/2016 proíbe a cobrançapelo uso de instalações sanitárias(banheiros) instaladas obrigatoria-mente em estabelecimentos co-merciais com área superior a cemmetros quadrados. Página 5

Eleição altera

composição das

bancadasA nova composição da Câmara temo Solidariedade com a maior ban-cada (três vereadores), seguido peloPSOL (dois) e PMDB (dois), ficandoos demais 14 partidos representa-dos por apenas um vereador. Pág 4

Prefeito e

vereadores

tomam posse Em concorrida cerimônia na Câ-mara, tomaram posse o prefeito Ro-drigo Neves e mais 21 vereadores esuplentes. Em seguida foi eleita aMesa Diretora, cabendo a presidên-cia à Paulo Bagueira. Págs. 2 e 3

Lei regulamenta

comércio nas

praias de NiteróiFoi sancionada a Lei 3,264/2017 queregulamenta o exercício do comér-cio ambulante nas praias do municí-pio, que além de organizar o espaçopúblico também busca a preserva-ção do ambiente. Página 5

Depois de ser apreciado durante três audiências públicas legislativas, receber 307 emendas propos-tas por vereadores e pelas Comissões Permanentes, e de ser debatido durante duas votações, foiaprovado o Orçamento de Niterói para 2017. Como último ato da legislatura anterior, a Lei Orça-mentária Anual (LOA) teve 149 emendas aproveitadas. Com receita estimada de R$ 2.345.507.811,00a LOA começou a tramitar na Câmara em 30 de setembro. Encaminhada pela Mensagem-executiva08/2016, a Lei estipula que, serão aplicados na Saúde R$ 429 milhões; Educação, R$ 356 milhões;Meio Ambiente, R$ 196 milhões; e Urbanismo e Mobilidade, R$ 53 milhões. Páginas 6 e 7

Jorginho da Império com a velha guarda da Mangueira no Dia do Samba em 2015

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Avenida Ernani do Amaral Peixoto nº 625 Centro, Niterói, RJ - CEP: 24020-073Tel: (21) 3716-8600 - www.camaraniteroi.rj.gov.br

Informativo mensal da Câmara de Vereadores de Niterói Assessoria de Comunicação Social (jornalista responsável: Vinícius Martins)

Criação: Identgraf Design e Impressos LtdaEditor: Gilberto Fontes - Textos: Eduardo Garnier - Fotos: Sérgio Gomes e Arquivo da Câmara

Câmara em revista® é uma publicação que visa aproximar a população das atividades do Legislativo niteroiense. Com circulação mensal, as edições cobrem temas como audiências públicas,

principais projetos de lei em discussão e vistorias das comissões, levando transparência e mais informação para os cidadãos.

Administração, Estatística e Servidores Públicos

Constituição, Justiça e Redação Final

Cultura, Comunicação e Patrimônio Histórico

Defesa do Consumidor e Direitos do Contribuinte

Desenvolvimento Econômico e Indústria Naval

Direitos do Idoso, da Mulher e da Pessoa com Deficiência

Direitos Humanos, da Criança e do Adolescente

Educação, Ciência, Tecnologia e Formação Profissional

Esporte, Lazer e Turismo

Fiscalização das Fundações Municipais, Autarquias e EmpresasPúblicas

Fiscalização Financeira, Controle e Orçamento

Habitação e Regularização Fundiária

Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade

Saúde e Bem-Estar Social

Segurança Pública e Controle Urbano

Urbanismo, Obras, Serviços Públicos, Transportes e Trânsito

Mesa Diretora Biênio 2015/2016

Presidente: Paulo Roberto Mattos Bagueira Leal1º Vice-presidente: Milton Carlos Lopes (Cal)2º Vice-presidente: Leandro Portugal 1º Secretário: Emanuel Rocha2º Secretário: João Gustavo

CâmaraMunicipalde Niterói

Comissões Permanentes:

Plenário, galerias, balcão superior e grande partedas dependências externas ficaram lotadas para aposse dos 21 vereadores eleitos, seus suplentes eo prefeito reeleito Rodrigo Neves (PV). Coube aovereador Paulo Velasco, de 69 anos, abrir a ses-são solene de posse por ser o mais velho da atuallegislatura. Milton Cal ocupou a 1ª Secretaria e feza chamada e Rodrigo Farah fez a leitura do termode compromisso em nome de todos os eleitos. En-cerrando a sessão Paulo Velasco leu trecho de umpoema de Charles Chaplin.

Assumindo a condução da Mesa-Diretora, o ve-reador Paulo Bagueira, também reeleito para pre-sidir o Poder Legislativo Municipal por mais doisanos, anunciou a nova composição da Mesa porele presidida. A 1ª Vice-Presidência ficou nova-mente com Milton Carlos Lopes, o Cal, também al-çado ao posto de líder do Governo na Casa. Onovato Leandro Portugal ficou como 2º vice. Se-cretariando a Mesa Diretora Emanuel Rocha pas-sou de 2º para 1º Secretário, enquanto o vereadorJoão Gustavo ficou com a 2ª Secretaria.

Como aconteceu em legislaturas anteriores aPresidência da Câmara foi disputada entre Ba-gueira e o vereador Paulo Eduardo Gomes. Ba-gueira foi reeleito para presidir a Casa pelaquinta legislatura, recebendo 19 votos entre os21 colegas. Em seu pronunciamento lembrouque assumiu pela primeira vez com 1,5 mil fun-cionários, entre servidores e comissionados,hoje reduziu o quadro para 900.

O presidente reeleito ressaltou que o Legislativoatualmente é visitado por vereadores e técnicosde diversas outras Câmaras em busca de troca deexperiências.

— Não somos perfeitos, temos nossos problemascomo qualquer outro segmento social, qualquergrupo de atividade. Mas temos diferenciais impor-tantes. O povo tem participado mais e mais a cadaano dos nossos debates, tem sugerido, tem pro-testado, tem pressionado e somos uma referênciaem termos de participação popular – analisa o pre-sidente Bagueira.

Prefeitomam

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eito e vereadoresm posse na Câmara

Prefeito reeleito Rodrigo Neves cumprimenta o vereador Paulo Bagueira durante a cerimônia de posse de todos os eleitos para o próximo quadriênico, na Câmara de Niterói

Base de apoioAcompanhado do vice-prefeito Comte Bitten-court (PPS), o prefeito Rodrigo Neves tambémtomou posse e destacou o trabalho do Legisla-tivo e sua importância para a cidade.

- O diálogo com a Câmara de Vereadores serásempre prioridade política da minha gestão. Ni-terói tem um nível de exigência muito grande, o

que aumenta a responsabilidade dos dois po-deres. Nesse momento de dificuldades vividaspelo País a união dos poderes é essencial –ressaltou o prefeito.

Termo de posse do prefeito“Prometo manter, defender e cumprir a Consti-tuição Federal, a Constituição Estadual e a Lei

Orgânica Municipal, observar as leis da União,do Estado e Município, promover o bem-geraldos munícipes e exercer o cargo sob a inspira-ção da democracia, da legitimidade e da lega-lidade”.

Na pág. 4, “Eleição modifica as bancadas da Câmara”

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4 — Janeiro de 2017

Eleiçãomodifica as

bancadasda Câmara

Maioria dos partidos só tem um vereador

Câmara de Vereadores abre a legislatura com representantes de 17 partidos formando pequenas bancadas

A eleição de novos vereadores e as mudan-ças no quadro político partidário municipalmovimentaram o tabuleiro de peças na Câ-mara. A composição de forças foi alterada,com o Partido Solidariedade (SDD) mantendoa maior bancada (três vereadores, mesmocom um a menos do que na última eleição). OPSOL passou de três para dois, mas manteveos dois mais votados da cidade. O PT caiu detrês para apenas um e o PMDB continuoucom seus dois.

Ao começar 2017 os vereadores Andrigo deCarvalho, Emanuel Rocha e Paulo Bagueira,da base de sustentação do prefeito, conti-nuarão como integrantes da maior bancada.Caso se confirme a convocação de Andrigopara a Secretaria do Idoso, o partido vai terBetinho de volta.

O PSOL, da campeã de votos Talíria Petronee de Paulo Eduardo Gomes, terá que dividir acolocação de segunda maior bancada com oPMDB. Henrique Vieira e Renatinho não re-tornaram, ficando Vieira com a 1ª suplência. OPMDB, partido que detêm o Governo do Es-

tado e a Presidência da República, reelegeuBeto da Pipa e Rodrigo Farah.

Já o PT, que começou o governo do atual pre-feito com três vereadores passou para ape-nas um, com a manutenção do mandato deVerônica Lima. Leonardo Giordano foi eleitopelo PCdoB e Vitor Junior abriu mão de con-correr. Bira Marques, 1º suplente, pode retor-nar com a ida de Verônica Lima para aAssistência Social.

O PSDB, apesar da boa performance em todoo Brasil, não cresceu, mas manteve na Casao vereador Bruno Lessa. O PPS, do vice-pre-feito Comte Bittencourt, tem o novato SandroAraújo; o PRP, o veterano Carlos Macedo; oPP, o experiente Milton Cal e o PSL ficou comLuiz Carlos Gallo, egresso do PROS. Convi-dado para a Secretaria de Esportes, Gallo ce-derá a vez ao professor Paulo HenriqueOliveira, suplente da coligação.

A legenda atual do prefeito Rodrigo Neves, oPV, não reelegeu seu único vereador, DanielMarques; mas manteve uma cadeira com a

chegada de Leandro Portugal. Entre os es-treantes, além do agente da Polícia FederalSandro Araújo, da professora Talíria e do ad-vogado Portugal, chegam os novatos CarlosJordy (PSC), Renatinho da Oficina (PTB),Paulo Velasco (PTdoB) e o pastor RicardoEvangelista (PRB).

Renatinho da Oficina deve assumir a Ad-ministração Regional do Rio do Ouro e abrirvaga para o jovem Gabriel de Oliveira Ro-drigues, primeiro suplente do PTB. Seu pai,Fernando de Oliveira Rodrigues, foi verea-dor e presidiu a Câmara de Niterói. Seuavô, Raul de Oliveira Rodrigues, foi depu-tado pelo Antigo Estado do Rio e presidiu aAssembleia Legislativa que funcionavanesse mesmo prédio.

O PDT, absoluto na cidade durante as últimasdécadas, ficou com somente uma cadeira,com a reeleição de Renato Cariello, o quartomais votado. Pelo Partido Humanista retornouà Câmara o ex-vereador João Gustavo, queem 2016 havia assumido a vaga de José Vi-cente Filho, falecido após as eleições..

l SDD –Andrigo /Bagueira /Emanuel Rochal PSOL –Paulo Eduardo /Talíria Petronel PMDB –Beto da Pipa /Rodrigo Farahl PT –Verônica Limal PV –Leandro

Portugall PRP – CarlosMacedol PDT –Renato Cariellol PCdoB –LeonardoGiordanol PSDB –Bruno Lessal PPS –Sandro Araújol PSC - CarlosJordy

l PTB -Renatinho daOficinal PTdoB -Paulo Velascol PRB -RicardoEvangelistal PHS – JoãoGustavol PP – MiltonCall PSL – LuizCarlos Gallo

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A cobrança ao público de quaisquer tarifaspara utilização de instalações sanitárias ob-rigatórias agora é proibida por lei. Sancio-nada com o número 3.201/2016, proíbe acobrança pelo uso dos banheiros dos esta-belecimentos comerciais com área superiora cem metros quadrados.

Os estabelecimentos comerciais, incluindo-se os instalados em shopping centers ou emgalerias e centros comerciais, deverão pos-suir banheiros masculino e feminino, inclu-sive adaptados para pessoas comdeficiência, e bebedouros, para atendimentodos que utilizam os seus serviços, sem co-brança adicional pelo uso.

O então vereador José Vicente explicava queCódigo de Posturas do Município de Niterói

previa a gratuidade, inclusive com espaçosadaptados para pessoas com deficiência e be-bedouros, para atendimento de seus clientes.No entanto, existia uma lacuna na atual legis-lação municipal, uma vez que não prevê o Có-digo que sejam disponibilizados tais banheirosde forma gratuita para os clientes.

Originária dos projetos de Lei 56 e 86, de 2014,de autoria dos vereadores José Vicente ePaulo Eduardo Gomes, modificou o Artigo 20da Lei Municipal 2.624 de 2008.

Na entrada dos sanitários deverá ser colocadoum aviso, em local mais visível, com os se-guintes dizeres: “O uso deste banheiro é in-condicionalmente gratuito, vedada qualquerexigência de ordem pecuniária ou material.Faça valer seu direito. Denuncie abuso à Fis-

calização de Posturas do município”.

— Não se concebe que, para cumprir uma exi-gência legal que lhe permita operar no municí-pio, estabelecimentos comerciais cobrem dosseus frequentadores para terem acesso aosbanheiros obrigatórios. Cobrar por esse serviçonão é previsto nas leis municipais, códigos dePosturas e Tributário, e é um abuso, pois ofe-recer banheiros aos clientes é uma obrigação— diz o vereador Paulo Eduardo Gomes.

O não cumprimento da lei acarretará sançõesdeterminadas pelo Código de Posturas. Pri-meiro, advertência com obrigação de adequa-ção integral no prazo de 24 horas. Depoismulta, que dobra em caso de reincidência. Emcasos extremos pode haver cancelamento doalvará de funcionamento.

Lei proíbecobrar uso de

banheiropúblico

Sancionada no último dia 24 de janeiro, aLei Municipal 3.264/2017 regula o funciona-mento e o exercício do comércio ambulantenas praias de Niterói. Originário do Projetode Lei 116/2016, de autoria do então verea-dor Daniel Marques (PV), autoriza e disci-plina o comércio de bens e a prestação deserviços por ambulantes na faixa de areiadas praias urbanas.

No capítulo das disposições transitórias de-fine como objetivos preservar o meio am-biente; garantir a organização das atividadese a correta ocupação dos espaços públicos;assegurar o livre acesso dos cidadãos àspraias, mediante proibir quaisquer iniciativas

de ocupação desordenada do espaço pú-blico; e proteger a livre iniciativa, a regulari-dade do exercício das atividades decomércio de bens e serviços na faixa depraia e o respeito aos direitos do consumi-dor e usuários do espaço público.

Para os efeitos desta Lei entende-se por co-mércio ambulante de praia a atividade exer-cida por pessoa física ou pormicroempreendedor individual nas faixas deareia das praias, com ponto fixo ou não,apoio de tenda, material de apoio, transportea tiracolo, carrinhos e assemelhados.

O ambulante de praia é caracterizado comomercador, quando vende mercadorias pro-duzidas por terceiros e como ambulante depraia produtor, quando trabalha, única e ex-clusivamente, com produtos da sua própriafabricação.

Para melhor organização, a lei sancionadadivide em dois tipos: ambulante fixo e móvel.O ambulante de praia ponto fixo utiliza tendae demais acessórios em local fixo, sendo ob-rigatório que todos os materiais sejam colo-cados e retirados diariamente. Já o móvel éaquele que utiliza equipamentos que pos-sam ser transportados a tiracolo como qual-quer objeto de tração, carrinhos eassemelhados.

A autorização para exercício de atividade docomércio ambulante fixo e móvel na faixa deareia das praias do Município é condicio-nada à expedição de cartão de autorizaçãopela Secretaria de Ordem Pública de Niterói(SEOP), que coordena a Gestão de Cadas-tro e Permissão dos Credenciados ao exer-cício de suas atividades, sem prejuízo dasdemais exigências e obrigações estabeleci-das na legislação vigente.

Regulamentado

comércio nas praias

Agora é lei. É proibida a cobrança de qualquer tarifa pelo uso de banheiros públicos obrigatórios em Niterói

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Depois de passar por três audiências públicaslegislativas, receber 307 emendas propostaspor vereadores e pelas Comissões Perma-nentes, e de ser debatido durante duas vota-ções, foi aprovado o Orçamento para 2017.Como último ato da legislatura anterior, a LeiOrçamentária Anual (LOA) teve 149 emendasaproveitadas, sendo o vereador Rodrigo Farah,presidente da Comissão de Constituição, Jus-tiça e Redação Final, o que mais as apresen-tou (66). Para o presidente da Comissão deFiscalização Financeira, Controle e Orçamentoda Câmara, Bira Marques, o Governo atuoupara o aproveitamento do maior número deemendas apresentadas pelos vereadores.

— Dez emendas foram aprovadas parcial-mente e outras 148 propostas foram rejeitadas,principalmente por vício de iniciativa. Dos 18

vereadores presentes à última sessão do ano,17 votaram. O presidente da Casa, Paulo Ba-gueira só vota em caso de empate.

Com receita estimada de R$ 2.345.507.811,00a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2017 co-meçou a tramitar na Câmara em 30 de setem-bro. Encaminhada pela Mensagem-executiva08/2016, a Lei estipula que, do valor total, o Or-çamento Fiscal vai contribuir com R$ 1,86 bi-lhão e a Seguridade Social com R$ 476milhões.

O Poder Executivo fica autorizado a abrircréditos suplementares, até o limite de 30%do total da despesa com créditos adicionais,para transposição, remanejamento ou trans-ferência de recursos mediante a utilizaçãode recursos provenientes de superávit fi-

nanceiro, excesso de arrecadação, anulaçãode dotações orçamentárias e operações decrédito autorizadas. Alguns dos maiores or-çamentos ficaram com a Saúde, com R$ 429milhões; Educação, R$ 356 milhões; MeioAmbiente, R$ 196 milhões; e Urbanismo eMobilidade, R$ 53 milhões.

A LOA 2017 passou por três audiências pú-blicas obrigatórias para debater o projetocom a sociedade civil organizada, os sindi-catos de classe, vereadores e a populaçãode modo geral. As audiências foram organi-zadas pela Comissão Permanente de Fisca-lização Financeira, Controle e Orçamento,presidida na legislatura anterior pelo verea-dor Bira Marques, tendo Milton Cal comovice, e Bruno Lessa, Paulo Eduardo Gomese Verônica Lima como membros efetivos.

LOA 2017aprovada com

emendaspela Câmara Lei do Orçamento Anual (LOA 2017) debatida durante três audiências públicas é aprovada com 149 emendas

Ao contrário das duas primeiras audiências,representantes do Governo compareceramem grande número ao último debate sobre aLei Orçamentária Anual (LOA) para 2017. Asecretária de Planejamento, Modernização daGestão e Controle, Giovanna Guiotti Testa Vic-ter, foi acompanhada por todos os subsecre-tários e ainda dividiu a mesa com o secretárioExecutivo, Vitor Junior.

Os guardas municipais, que dominaram a cenanos encontros anteriores, não compareceram;mas deram lugar aos funcionários concursadose comissionados da Fundação de Artes de Nite-

rói (FAN), que foram em grande número ao ple-nário. O que era para ser uma audiência especí-fica sobre o Orçamento do próximo ano, acabouvirando um debate em torno das medidas deajuste econômico, fiscal e administrativo que oprefeito Rodrigo Neves (PT) enviou à Câmara. Asecretária garantiu que todas as medidas seriamdebatidas com a sociedade.

— Vamos discutir as medidas de contenção eajuste em audiências públicas. Trabalhávamoscom indicadores de crescimento do Produto In-terno Bruto Brasileiro (PIB), em torno de 1,9%.Diante da pior recessão econômica desde a dé-cada de 30, estamos revendo previsões. O IPTU,o ISS, o ICMS repassado pelo Estado e os royal-ties do petróleo da União são nossas principaisfontes de arrecadação e vão sofrer o impacto dacrise – explicou Giovanna.

A secretária ressaltou que o ICMS (Imposto

Sobre Circulação de Mercadorias) e o ISS (Im-posto Sobre Serviço) estão diretamente ligadosà atividade econômica e podem empurrar parabaixo o Orçamento.

— Apesar do quadro de incertezas, vale ressal-tar que não estamos aumentando impostos emantendo o investimento de 26% em Educação

e demicaos sAçõeplo, bend

SerFalação,Estaque hora

— Adiasres dparasas dpassquot

Governo empeso defende LOA da crise

Secretária Giovanna Victer explica projeto do governo

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Para explicar a população e sensibilizar osvereadores quanto a necessidade de apro-var o pacote fiscal, econômico e adminis-trativo enviado pelo prefeito, o alto escalãodo Governo marcou ponto na Câmara nofim de 2016. Audiências públicas, reuniõesinternas no Legislativo e na sede da Pre-feitura, matérias na Imprensa. Qualquerespaço disponível serviu para pedir ajus-tes e aprovação das medidas.

Coube ao secretário municipal de Fazenda,César Barbiero, a tarefa de revelar númerose fazer previsões. Lembrando que vem dosetor naval os principais recursos do ImpostoSobre Serviços (ISS) e que a atividade estáestagnada no município, o secretário ressal-tou que Niterói não pode esperar o caospara tomar medidas preventivas.

— O ano de 2018 deve ser marcado pelachegada ao fundo do poço, esperamosuma crise maior do que a de 1929. A Uniãopode emitir títulos, estados e municípiosnão. O Estado do Rio vive uma crise parti-cular. Aqui em Niterói a previsão é só con-tar com o que arrecadarmos. A cadeiaprodutiva de óleo e gás foi rompida e elaera nossa principal fonte de recursos —disse o secretário.

Mesmo sendo a 23ª cidade mais rica doPaís, segundo a área econômica do muni-cípio, Niterói não está imune aos efeitos dacrise. O secretário de Fazenda, César Bar-biero disse que o esforço concentrado con-seguiu dobrar os recursos do Fundo deParticipação dos Municípios, que podechegar a 5%.

— No entanto, o Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e Serviços (ICMS) despen-cou. Tivemos uma sobrevida à custa de tra-balho duro e sem aumentar impostos. Esteano será difícil, mas 2018 promete ser ofundo poço. Não podemos aguardar o caospara tomarmos medidas preventivas. Osetor naval era a nossa maior fonte de ISS— destacou o secretário.

César Barbiero citou também a queda naarrecação do Imposto de Transmissão deBens Imóveis (ITBI), que voltou aos pata-mares de 2010. Lembrou, ainda, que aprocura maior por serviços de saúde eeducação, os investimentos em segurançae a fuga da classe média para o setor pú-blico pressiona as contas municipais emNiterói.

Secretário de Fazenda diz que a indústria naval era a maior contribuinte de ISS, mas a atividade estagnou

Agir antesde chegar

ao caos, diz Barbiero

7

(Im-adospara

ssal-os eação

e de 21% em Saúde. A gravíssima crise econô-mica estadual vai sobrecarregar o município comos serviços de Saúde, Educação, Segurança eAções Sociais. A Segurança Pública, por exem-plo, mesmo sem ser nossa atribuição está rece-bendo fortes investimentos municipais — disse.

Servidores temem medidas de ajusteFalando em nome dos funcionários da Educa-ção, Diogo Oliveira, representante do SindicatoEstadual dos Profissionais de Educação, disseque as dificuldades financeiras surgiram de “umahora para outra”.

— A descoberta do rombo financeiro se deu 30dias após as eleições. Metade dos trabalhado-res da Educação é contratada e não contribuipara a Previdência municipal. O ISS das empre-sas de ônibus não sobe, mesmo sendo uma daspassagens mais caras do País. Aumentar alí-quotas de contribuição é reduzir salários e não

pagar direitos de aposentados é fazer o servidorpagar a conta com sacrifício em detrimento dospoderosos — disse o líder sindical.

Servidores da FAN cobraram o Plano de Cargos,Carreiras e Salários da categoria. Luiz Carlos deCarvalho, diretor do Centro Cultural PaschoalCarlos Magno, lembrou a importância da Culturapara Niterói e cobrou mais visibilidade.

— O presidente da FAN e o secretário de Cul-tura são pessoas comprometidas com a luta.Têm apoio da categoria. Mas nossos saláriosestão defasados há oito anos, somos apenas 90servidores. Temos muitos espaços culturais, umquadro reduzidíssimo e salários muito abaixo damédia. Niterói é um polo irradiador de Cultura enossa visibilidade é baixa – enfatizou Luiz Carlos.

Relação de devedoresPara o vereador Paulo Eduardo Gomes, mem-

bro da Comissão de Orçamento, é preciso que ogoverno divulgue a relação dos maiores deve-dores de impostos. A secretária de Planejamentogarantiu a divulgação.

— Quem são os maiores devedores de IPTU? Eos que sonegam ISS? São pessoas físicas ou ju-rídicas? Em que setores da economia houvemaior redução de impostos e quais? – cobrou overeador.

Presidida pelo vereador Bira Marques, que co-manda a Comissão de Fiscalização Financeira,Controle e Orçamento, a audiência pública con-tou ainda com a presença dos colegas BrunoLessa, Daniel Marques, Henrique Vieira, MiltonCal e João Gustavo. Além dos já citados tam-bém compareceram o subsecretário de Educa-ção, José Henrique Antunes, liderançascomunitárias e funcionários municipais de ou-tras pastas.

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8 — Janeiro de 2017

NO PLENÁRIO

Paulo Roberto de Mattos Bagueira Lealestá em seu sétimo mandato consecutivocomo vereador. Entre os 21 edis, foi ree-leito com 19 votos para presidir a Câmarapor mais dois anos. Destacam-se comosuas ações à frente da Casa a digitaliza-ção de todas as leis, que agora podemser consultadas pela Internet; o Pro-grama Escola de Democracia, que mos-tra a alunos da rede pública comofunciona a Câmara e o que fazem os ve-readores; o Projeto Cinema, com exibi-ção de filmes de conteúdo histórico; acriação do informativo mensal Câmaraem Revista; e diversas outras ações quefizeram com que a população retornasseà Casa do Povo.

Reconduzido à Câmara pelo voto de4.675 eleitores, o terceiro mais votadoem toda a cidade, Bagueira é filiado aoSolidariedade. Nascido em junho de 1959é pai de três filhos e avô de uma neta.Como secretário regional do Barreto,entre 1997 e 2002, reativou o Parque Mu-nicipal Palmir Silva, o antigo Horto doBarreto, e revitalizou o Complexo Espor-tivo do bairro, conhecido como Baguei-rão. A volta dos grandes desfiles decarnaval para a Avenida Amaral Peixoto éoutra de suas metas.

Jorge Andrigo Dias de Carvalho, 35 anos, écasado e pai de um menino. Natural de Ni-terói, foi reeleito com 4.339 votos, estandoagora filiado ao Solidariedade. Cultiva hábi-tos simples, gosta de viajar, fazer um bomchurrasco e jogar futebol com os amigos efamiliares. Pequeno empresário, diz que vaicontinuar trabalhando para os menos favo-recidos, os mais necessitados, os que nãotêm acesso à Cultura, aos serviços deSaúde e à Educação de boa qualidade.

“Quero trazer para Niterói as chamadaslonas culturais, que batizei de tendas de cul-tura”, destaca Andrigo.

Filho do ex-vereador Ribamar de Carvalho,foi candidato pela primeira vez em 2008. Ini-ciou sua carreira política filiando-se ao PDT,tendo ocupado o cargo de subsecretário re-gional de Piratininga.

Durante o primeiro mandato de RodrigoNeves ocupou a Secretaria Municipal doIdoso. Ao longo dos últimos quatro anosapresentou 1.195 indicações legislativas,246 moções de congratulação, dez projetosde lei, 11 de decreto legislativo, seis reque-rimentos de informação, cinco projetos deemenda à Lei Orgânica e três projetos deresolução.

Roberto Fernandes Jales, o Beto daPipa, é o autêntico “vereador de comuni-dade”, não medindo esforços para cola-borar com o crescimento da região.Nascido e criado na localidade de Canta-galo, em Pendotiba, tem 47 anos.

As origens políticas de Beto da Pipa sealicerçam no trabalho comunitário, o quereflete na sua atuação parlamentar, comindicações e projetos de melhorias urba-nas para as localidades de precárias con-dições de qualidade de vida. Em 1990comprou um caminhão pipa e começou atrabalhar no ramo, por isso é chamado deBeto da Pipa. Desde então, a experiên-cia comunitária foi consolidada e, em1996, foi candidato pelo PSC, obtendo1.006 votos, mais do que alguns verea-dores eleitos por partidos maiores. Emmaio de 2007 ingressou no PMDB e, naseleições de 2008, foi o quarto vereadormais votado de Niterói, com 4.232 votos.

Para a atual legislatura foi eleito com3.124 votos. Beto da Pipa costuma dizerque sua eleição “é a vitória do trabalho”,daí o slogan de sua campanha “Con-fiança se conquista com trabalho”. Nosúltimos quatro anos presidiu a Comissãode Urbanismo da Câmara.

Andrigo (SDD) Bagueira (SDD) Beto da Pipa (PMDB)

2613-5126Gabinete 11

2613-6765 Gabinete 36

2620-3179Gabinete 22

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Milton Carlos da Silva Lopes, o Cal, tem53 anos de idade, e é natural de Niterói.Com ensino superior completo é formadoem Contabilidade. Filiado ao Partido Pro-gressista (PP) foi reeleito para cumprirseu terceiro mandato. Eleito no pleitopassado com 3.151 votos, retorna agoracom 3.582, mantendo-se como o décimoprimeiro mais votado em todo o municí-pio de Niterói.

Milton Cal, entre outras funções, já ocupoua Secretaria Municipal de Indústria Navalno governo de Jorge Roberto Silveira, oca-sião em que deixou a Casa por quase umano. Neste seu novo mandato, Cal garantecontinuar trabalhando em prol do fortale-cimento da indústria naval no município ebuscando incentivos ao setor.

Milton Cal, além de ter assento à MesaDiretora da Câmara como 1º vice-presi-dente, trabalhou como vice nas comis-sões permanentes de FiscalizaçãoFinanceira, Controle e Orçamento; emembro efetivo em DesenvolvimentoEconômico e Indústria Naval. Cal em ple-nário ocupou a função de líder do Go-verno na Casa, sendo responsável pelainterlocução entre vereadores e o chefedo Executivo.

Bruno Bastos Lessa tem apenas 25 anose é um dos vereadores mais jovens naatual legislatura. Solteiro, sem filhos e nas-cido em Niterói, mora ainda no bairro ondefoi criado: Piratininga. Lessa formou-se emDireito pela Universidade Federal Flumi-nense e gosta de assistir a um bom filme,ler ou, simplesmente, ficar com a família eos amigos nas horas de folga.

Na Câmara para seu segundo mandato, ga-rante que vai manter constante diálogo coma população, com a sociedade civil organi-zada e ter um mandato aberto e transparenteque utilize o fenômeno da revolução digital ea introdução das mídias sociais como formade aproximar a política do cidadão.

“Levantaremos a bandeira da valorizaçãoe da independência do Poder Legislativo.Defenderemos o fortalecimento da funçãofiscalizadora do município; a fiscalizaçãodos atos do Executivo no que tange a apli-cação dos recursos públicos e as açõesdo poder público”, diz.

Foi candidato pela primeira vez em 2008,foi eleito há quatro anos com 2.572 votose retorna obtendo 4.298. É filiado aoPSDB desde os 16 anos e é filho do ex-deputado Sílvio Lessa.

Bruno Lessa (PSDB) Cal (PP)

2622-2911Gabinete 44

2620-1321Gabinete 211

Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior,o Carlos Jordy, nasceu em fevereiro de1982, é solteiro e não tem filhos. Com 34anos se prepara para assumir seu primeiromandato. Nascido em Niterói, cresceu nobairro do Ingá, onde viveu até os 10 anosde idade. Mudou para São Domingos emora atualmente em Charitas.

Bacharel em Turismo e Hotelaria, trabalhacomo analista de licitações na Agência Na-cional de Transportes Aquaviários e foi daárea de Planejamento e Orçamento daPrefeitura de São Gonçalo.

Com discurso afiado e sem fugir de polê-micas, garante que não vai representargrupos na Câmara. “Quem segmenta asociedade, transformando-a em estratossociais conflitantes é a chamada es-querda. Representarei toda a sociedade,legislando para a maioria e jamais para umgrupo ou segmento específico”, disse. Oprojeto Escola Sem Partido deve ser suaprimeira proposta legislativa para, se-gundo ele, “coibir a doutrinação ideoló-gico-partidária nas escolas, deixando livreo aluno para escolher a corrente ideoló-gica que mais lhe agrade”. Filiado ao Par-tido Social Cristão foi eleito com 2.388votos.

Carlos Jordy (PSC)

2621-3113Gabinete 23

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10 – Janeiro de 2017

Gallo (PSL)

Carlos Alberto de Macedo é casado, tem61 anos e é filiado ao Partido RepublicanoProgressista (PRP) em Niterói. Há quatroanos, com 3.295 votos, assumiu como su-plente pela Coligação Sempre Juntos PorNiterói, que incluía também o PTN. Porsua formação superior e experiência naárea contábil, presidiu por muito tempo aComissão de Fiscalização Financeira,Controle e Orçamento da Câmara. Antesde entrar na vida pública, Carlos Macedofoi gerente de contabilidade do antigo Ba-nerj.

Iniciando o seu sétimo mandato legislativo,reafirma que a decisão de ser político,pura e simplesmente, não foi pessoal.“Essa atribuição foi sugerida pelos mora-dores do Sapê, bairro em que moro atéhoje. Este bairro sempre foi muito carentee ninguém atendia as necessidades da po-pulação. Desde então, dedico minha vidaà política do bem, com base no atendi-mento direto as necessidades das pes-soas”, diz Macedo.

Reeleito com 2.417 votos, Macedo repre-senta setores evangélicos, tendo sido umdefensor ferrenho da não inclusão do de-bate sobre gênero no Plano de EducaçãoMunicipal, aprovado no ano anterior.

Emanuel Jorge Mendes da Rocha aos 64anos, foi o quinto vereador mais votado dacidade de Niterói. Eleito com 4.518 votosretorna para cumprir seu terceiro mandato,estando filiado ao Solidariedade. No pleitoanterior obteve 2.950 votos pelo PartidoDemocrático Trabalhista, o PDT.

Pai de dois filhos, Emanuel Rocha chegouao Legislativo Niteroiense como primeirosuplente durante o segundo semestre de2002, eleito pelo PL (Partido Liberal).Emanuel é filho do jornalista DircilloRocha, que foi vereador por mais de 20anos e de quem se considera herdeiro po-lítico.

Formado em Direito e Economia, atua nasáreas criminal, cível e previdenciária. Foitambém diretor da Fundação Municipal deEducação, onde foi responsável pela im-plantação da estrutura administrativa e fi-nanceira. Entre muitas das suas leisaprovadas está a que assegura o acom-panhamento de familiar ou responsávellegal, ao cidadão idoso que necessitar deinternação em enfermaria hospitalar. Ema-nuel Rocha foi eleito novamente pelosseus pares para ocupar a Mesa Diretorada Câmara, desta vez como primeiro se-cretário.

Luiz Carlos Gallo de Freitas está em seusétimo mandato como vereador, eleitopelo PSL com 3.946 votos. Na penúltimaeleição fora eleito com 3.662 votos, es-tando à época filiado ao Partido Democrá-tico Trabalhista (PDT). Tornou-seconhecido do grande público como joga-dor de futebol, tendo passado pelo Manu-fatura (ADN), Vasco e Botafogo.

Sem representantes na Câmara, o bairrodo Ingá praticamente impôs sua candida-tura, enxergando nele “grande capacidadede liderança e vontade de ajudar ao pró-ximo”. Presidiu o Grêmio Estudantil do Co-légio Plínio Leite, onde passou pelo 1º, 2ºe 3º graus, cursando Letras. Gallo tambémfoi aluno de Educação Física na Universi-dade Castelo Branco.

Entre os cargos que ocupou estão os desecretário municipal de Esporte, Lazer eTurismo e administrador do ComplexoEsportivo Caio Martins. Algumas de suasleis mais importantes são as que acabacom o voto secreto durante as votaçõesna Câmara, a que permite a instalaçãode portões eletrônicos em ruas semsaída e a que estabelece o tempo má-ximo de 15 minutos para atendimentonas agências bancárias.

Emanuel Rocha (SDD)Carlos Macedo (PRP)

NO PLENÁRIO

2618-0480Gabinete 50

2620-7313Gabinete 80

2620-4729Gabinete 21

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João Gustavo (PHS) Leandro Portugal (PV)

João Gustavo Braga Xavier Pereira nas-ceu em 18 de junho de 1957 e tem 59anos. Formado em Administração de Em-presas atua junto ao Sindicato dos Ro-doviários de Niterói.

João Gustavo volta à Câmara para cum-prir seu segundo mandato como verea-dor, agora eleito com 1.589 votos peloPHS (Partido Humanista da Solidarie-dade). O PHS integrou a Coligação EuQuero Uma Cidade Limpa, compostatambém pelo Partido Socialista Brasileiro.Em 2012, filiado ao PPS, ficou como su-plente, obtendo 2.517 votos. Antes, em2008, esteve no PMDB. Na coligaçãocom PTC e PSL foi eleito pela primeiravez com 2.807 votos. Em sua primeirapassagem pela Câmara participou da Co-missão Parlamentar de Inquérito (CPI)que apurou o trabalho oferecido pela con-cessionária de energia elétrica Ampla,hoje Enel.

Católico praticante, participa de reuniõescom adolescentes e casais no ColégioSalesiano, na Congregação Mariana e noSagrado Coração de Maria. É do verea-dor a Indicação Legislativa que cria e dis-ciplina a Educação no Trânsito nasescolas da Rede Municipal de Ensino.

Leandro Portugal Franzen de Lima, nas-cido em 29 de novembro de 1982, é filholegítimo das terras de Arariboia. Com 35anos de idade vai assumir uma cadeira naCâmara de Vereadores, tendo sido eleitocom 4.088 votos pelo Partido Verde.

Portugal já pertenceu aos quadros doPSDB. Advogado formado pela PUC-RJ,nasceu em Icaraí, passou a adolescênciaentre os bairros de Pendotiba e São Fran-cisco, e gosta de praticar esportes na Na-tureza. Uma de suas principais lutas seráa cobrança pela construção do Centro deImagem de Niterói, obra paralisada peloGoverno do Estado. Pregando a união dizque pretende “representar uma nova po-lítica, baseada na união de toda a cidade.Da Zona Norte à Zona Sul, sem distinção,classe social ou bairrismos. Política sim-ples e prática, olho no olho, feita porequipe de profissionais competentes e ca-pacitados em todas as áreas. Acima detudo feita com honestidade, ética e com-promisso”.

Por duas vezes, em 2008 e 2012, con-correu a uma vaga na Câmara. LeandroPortugal já foi superintendente da Secre-taria de Assistência Social do Estado doRio de Janeiro.

2613-6718Gabinete 82

2620-0196Gabinete 35

Leonardo Giordano (PCdoB)

Leonardo Soares Giordano, 36 anos,nasceu em São Fidélis. Veio para Niteróiaos 15 anos e passou a estudar no Colé-gio Estadual Liceu Nilo Peçanha. Coor-denando o Grêmio Estudantil, lideroupasseatas em favor do passe-livre e di-versas lutas contra as privatizações.

Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores(PT). Aos 17 anos presidiu a União Nite-roiense dos Estudantes Secundaristas(Unes) e foi eleito diretor da União Esta-dual dos Estudantes. Em 2012 teve2.867, agora foi reeleito pelo PCdoB por3.393 eleitores. Em 2007 assumiu pelaprimeira vez uma cadeira na Câmara,por um ano e dois meses, tendo apre-sentado 52 projetos, dos quais 14 vira-ram leis efetivas.

“Nesse período, fui um vereador presentee atuante em todas as sessões, trabalheicom as portas do gabinete literalmenteabertas, realizei mais de 20 audiências pú-blicas e prestei contas do meu mandatonas ruas da cidade pessoalmente”, conta.

Nas duas últimas legislaturas Giordanofoi ferrenho defensor da cultura, do pa-trimônio histórico e do respeito as diver-sidades.

2620-6754Gabinete 87

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12 – Janeiro de 2017

NO PLENÁRIO

Renatinho da Oficina (PTB)

Paulo Eduardo Gomes tem 66 anos, foireeleito com 5.083 votos, sendo o se-gundo mais votado em toda a cidade. Naeleição anterior foi campeão de votos, com8.011 pela Coligação Mudança de Ver-dade. Engenheiro por formação, foi pro-fessor de física do Liceu Nilo Peçanha,onde também estudou.

Formado pela Universidade Federal Flu-minense, integrou o Conselho Estadual deEngenharia e Arquitetura. Trabalhou 26anos na Embratel, ajudou a fundar e pre-sidiu por três vezes, de 1984 a 1990, a As-sociação de Empregados da Embratel.

Quando sobra tempo, trabalha como pro-fessor voluntário no Pré-Vestibular Populardo Morro do Estado. Como vereador de2001 a 2008 fez oposição aos governosdos então aliados Godofredo Pinto (PT) eJorge Roberto Silveira (PDT) e foi candi-dato a prefeito de Niterói em 1996 e 2008.Mesmo sem mandato, nunca deixou deexercer sua cidadania junto aos movi-mentos sociais da cidade. Paulo é reco-nhecido como “fiscalizador implacável doExecutivo” e promete continuar comba-tendo “os interesses da especulação imo-biliária e dos cartéis das empresas deônibus da cidade”.

Renato Cordeiro Júnior, conhecido na ci-dade como Renatinho da Oficina, vai as-sumir seu primeiro mandato comovereador aos 41 anos. Ele nasceu em 2de janeiro de 1975.

Renatinho é casado e pai de Renato, umpré-adolescente de 10 anos de idade.Natural do município de Niterói, mora nobairro do Rio do Ouro, tendo passado ainfância nas regiões de Matapaca e Pen-dotiba. Com ensino médio completo,como o apelido indica, Renatinho da Ofi-cina é mecânico de automóveis.

Homem simples, prefere estar com ofilho nas horas de folga e garante quevai representar a classe trabalhadoradurante seu mandato. Renatinho já foicandidato a uma vaga na Câmara poroutras duas vezes, sendo eleito agoracom 3.570 votos pelo Partido Traba-lhista Brasileiro. Renatinho já foi subse-cretário de Obras da vizinha Maricá eseu primeiro projeto que pretende apre-sentar é para implantar o castra móvelde cães e gatos. Foi eleito pela Coliga-ção Juntos Por Niterói, composta tam-bém pelo Partido dos Trabalhadores epelo Partido Renovador Trabalhista Bra-sileiro, o PRTB.

Paulo Eduardo (PSOL)

2622-9760Gabinete 72

2621-0505Gabinete 47

Paulo Fernando Gonçalves Velasco, oDoutor Paulo Velasco, nasceu no municí-pio vizinho de São Gonçalo, em 23 de fe-vereiro de 1948. Ele é o vereador maisvelho da atual legislatura, por isso lhecoube presidir a sessão solene de possedos demais colegas, do prefeito e do vice.

Casado e formado em Medicina, com es-pecialidade em Ginecologia e Obstetrícia,já foi candidato por três vezes. Em 2008,quando filiado ao Partido DemocráticoTrabalhista, o PDT do engenheiro Leonelde Moura Brizola, não conseguiu a vagaficando como suplente.

A Coligação Unidos por Niterói, compostaainda pelo PTdoB, rendeu 1.830 votos.Em 2012, filiou-se ao Partido da SocialDemocracia Brasileira (PSDB), do tam-bém engenheiro Mario Covas. Em coliga-ção com o PTdoB (Partido Trabalhista doBrasil) foi votado por 1.414 eleitores,tendo ficado novamente na suplência. Naúltima eleição, em 2016, integrante da Co-ligação Niterói Mais Você, que reuniuainda o PTC e o PSDC, foi finalmenteeleito com 1.505 sufrágios, apenas 91votos a mais. O Doutor Paulo Velasco foio vigésimo primeiro mais votado, levando0,59% dos votos entre os 21 eleitos.

Paulo Velasco (PTdoB)

2613-6782Gabinete 51

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Renato Cariello (PDT) Rodrigo Farah (PMDB)

Renato Ferreira de Oliveira Cariello tem50 anos de idade e é formado em Direitopela Faculdade Cândido Mendes. É ca-pitão da Polícia Militar. Eleito para seuterceiro mandato com 4.575 votos, foi oquarto mais votado. Na outra eleição teve5.308, sendo então o terceiro mais vo-tado da cidade.

Nascido em Niterói, mora no bairro daEngenhoca; é casado e pai de duas fi-lhas. Cariello foi candidato pela primeiravez em 2008, também pelo Partido De-mocrático Trabalhista. Atua como presi-dente da Comissão de SegurançaPública e Controle Urbano. Acredita quepara reduzir os índices de criminalidadedo município a integração entre a socie-dade civil organizada e os órgãos de Se-gurança é fundamental, pois possibilita aidentificação dos problemas de cada co-munidade e, consequentemente, umdiagnóstico mais preciso destes proble-mas. Preocupado com a violência ur-bana, apresentou diversas propostasnesse sentido. Uma delas trouxe para Ni-terói o Programa Estadual de Integraçãona Segurança (Proeis), através do qualpoliciais militares de folga podem patru-lhar as ruas em turnos extras, sendopagos pela Prefeitura.

Ricardo Evangelista Lirio é casado comuma niteroiense há 11 anos. Ele nasceuem outubro de 1981, no município de Na-nuque, em Minas Gerais, cidade ondeviveu durante 16 anos. Mudou-se para acapital, Belo Horizonte, onde se tornoumissionário e lá morou por dez anos. Maistarde viajou com a família para o Rio deJaneiro, onde já está há oito anos. Resi-dente no chamado Jardim Icaraí, é pastorevangélico. Nas horas de folga gosta deteatro, cinema e futebol.

Na Câmara para cumprir seu primeiromandato, “pretende representar, priorita-riamente, os mais pobres, os mais caren-tes, os desvalidos da sorte. Contudo, semesquecer de nenhuma proposta que sejaválida para o interesse do município”.

Uma de suas metas é lançar projetos naárea de educação financeira voltados paraas populações mais pobres, bem comoprojetos de manejo de resíduos sólidos eque dizem respeito ao empreendedorismode resultados e regularização fundiária.Em sua primeira eleição disputada foieleito com 3.009 votos pelo Partido Repu-blicano Brasileiro. Evangelista nunca dis-putou cargo eletivo ou ocupou funçãopública.

Rodrigo Flach Farah tem 40 anos. Estácumprindo seu quarto mandato, tendosido reeleito com 3.555 votos, o décimoterceiro mais votado. No último pleitoteve 3.819 votos. Ao longo dos últimosquatro anos atuou como presidente daComissão Permanente de Constituição,Justiça e Redação Final da Câmara.

Nascido em Niterói, é casado e tem for-mação superior em Medicina. Foi eleitopela primeira vez em 2004, presidindopor dois anos a Comissão de Saúde eDesenvolvimento Social da Casa, ondecriou inúmeros projetos relacionados aotema. Na Comissão de Constituição,Justiça e Redação Final — por onde pas-sam todos os projetos de lei, decretos eresoluções —tenta conferir mais agili-dade e profissionalismo aos projetosapresentados.

Foi relator de importantes projetos comoo que concede isenção fiscal para as ha-bitações inscritas no projeto do GovernoFederal Minha Casa, Minha Vida, o quecriou o bilhete único municipal e o dacriação do Código Ambiental de Niterói.A regularização de polos gastronômicosem regiões com esse perfil mereceuatenção especial do vereador.

Ricardo Evangelista (PRB)

2620-7935Gabinete 67

2620-0842Gabinete 10

2613-6832Gabinete 42

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14 – Janeiro de 2017

NO PLENÁRIO

Verônica Lima (PT)

Verônica dos Santos Lima, a Vê, como écarinhosamente chamada pelos amigos,nasceu no município vizinho de São Gon-çalo, tendo sido reeleita com 4.501 votos,a sexta mais votada. Em 2012 elegeu-secom 3.030 votos pelo Partido dos Traba-lhadores (PT).

Verônica Lima é atuante na área de Assis-tência Social, tendo ocupado a Pasta aconvite do prefeito Rodrigo Neves. Umadas três mulheres eleitas para a legislaturapassada e a segunda eleita na atual legis-latura, na Câmara de Vereadores trabalhoudurante os quatro anos para defender o di-reito à moradia popular, todas as questõesde interesse do universo feminino e das mi-norias marginalizadas.

Na Câmara presidiu a Comissão de Habita-ção. Foi candidata a vereadora nas eleiçõesde 2004 e 2008, já ocupou cargos públicosna Subsecretaria de Segurança Alimentar eNutricional; na Administração Regional deSanta Rosa e na Chefia de Gabinete do de-putado federal Chico D’Ângelo (PT).

Filiada ao PT, assegura que sua candida-tura é fruto de uma trajetória política e queseu compromisso maior é com o povo deNiterói.

2613-6797Gabinete 89

Sandro Araújo (PPS)

Sandro Mauro Lima de Araújo é casado epai de três filhos: Thayná, uma jovem de22 anos; Santhiago, de 17; e Miguel, de13. Alagoano da Capital, Maceió, nasceuem setembro de 1970. Policial federal,professor, escritor e jornalista é formadoem Física pela Universidade Federal Flu-minense (UFF), em Segurança Públicapela Unisul e pós-graduado em Preven-ção ao Abuso de Entorpecentes.

Morador de Icaraí, aproveita as horas defolga para praticar esportes. Idealizadordo Projeto Geração Careta, que tira jo-vens do vício das drogas e alerta para osseus perigos e consequências, terá naEducação, no Esporte e na SegurançaPública suas principais áreas de ação.

Um de seus objetivos é levar o GeraçãoCareta a todas as áreas de Niterói. Umde seus primeiros projetos que pretendeapresentar em plenário será substituir osmonitores de trânsito por guardas muni-cipais portando armas não-letais, paraajudar na melhoria da sensação de se-gurança. O policial federal nunca dispu-tou uma eleição e recebeu 2.443 votos,sendo eleito pelo Partido Popular Socia-lista. Sandro Araújo também nunca ocu-pou cargos públicos.

Talíria Petrone Soares nasceu em Niterói,na Ponta da Areia, em abril de 1985; pas-sando a infância entre o Fonseca e SantaRosa. Formada em História pela Universi-dade Estadual do Rio de Janeiro, faz mes-trado em Serviço Social na UniversidadeFederal Fluminense.

Professora da rede pública, nas horas defolga frequenta rodas de samba, praia ecachoeira e adora viajar. Quando não estácom a família ou amigos, prefere a leitura.As mulheres, os LGBTs, negros, juven-tude, trabalhadores formais, moradores deáreas populares terão atenção especial.

Eleita pelo PSOL com 5.121 votos foi amais votada entre os 21 vereadores. “Anossa candidatura foi a expressão de ummovimento coletivo de mulheres que que-rem transformar Niterói, a partir de umavisão feminista, negra e popular, em umlugar bom de se viver, independentementedo gênero, da raça, da religião ou da con-dição social das pessoas. Numa Câmaraonde ainda só há duas mulheres, quere-mos ocupar o Legislativo como mais umpasso na conquista de uma cidade quefuncione para atender às nossas necessi-dades e também aos nossos sonhos deigualdade e liberdade”, diz ela.

Talíria Petrone (PSOL)

2620-3732Gabinete 69

2620-5074Gabinete 68

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No mês do carnaval o Poder Legislativo ni-teroiense vai se render à majestade dosamba. Para tanto, a Câmara de Vereado-res realiza, no próximo dia 6 de fevereiro,às 17 horas, uma homenagem a persona-lidades do mundo do samba. O evento,que será aberto pelo vereador e presidenteda Casa, Paulo Bagueira, é em comemo-ração aos 100 anos do ritmo mais genui-namente brasileiro e que ganhou famainternacional. Sambistas, compositores,estudiosos e intérpretes do ritmo musicalmais popular do Brasil estarão no PlenárioBrígido Tinoco para a entrega do Troféu Is-mael Silva e do Diploma Vereador CarlosAlberto Pinto Magaldi.

— Esse evento era feito anualmente peloquerido amigo Magaldi. Achamos por bemcontinuar essa tradição que ele iniciou e

tão bem organizava. Queríamos ter feitoem dezembro, quando se comemora o DiaNacional do Samba, mas uma série de im-previstos nos impossibilitou. Transferimospara fevereiro. A comemoração aconte-cerá, este ano, antes do carnaval — anun-cia Paulo Bagueira.

Entre os homenageados, estarão na Câ-mara de Niterói a cantora Tânia Malheiros,Marquinhos Diniz, da família Monarco, e osirmãos Flávio e Marcelo Pizzot, que vão re-ceber a homenagem destinada ao seu pai, ocompositor de samba Buquinha, falecido re-centemente. Também serão homenageados

os mestres de bateria das escolas de sambado carnaval de Niterói, além do Trio Pandeirode Ouro e da sambista Mônica Mac.

A solenidade também prestará uma home-nagem à professora Lygia Santos, filha docompositor Ernesto dos Santos, o popularDonga, autor de “Pelo Telefone”, conside-rado o primeiro samba gravado no Brasil,em 1917. Dona Lygia será representadapela sua filha, Marcia Zaíra dos SantosMaciel. O evento é aberto ao público e teráuma roda de samba com o Grupo Linha deFrente para marcar a entrega dos troféus ediplomas.

Samba vaianimar o

plenárioda Câmara

Em Niterói o Dia do Samba é comemoradodurante uma semana inteira. Lei nesse sen-tido foi elaborada pelo saudoso vereadorque, ao lado de Paulo Bagueira, é um dosincentivadores do carnaval da cidade. CarlosMagaldi é autor da Lei Municipal 807, de 14de março de 1990.

Conforme o parágrafo único da lei, a Se-mana do Samba destina-se à incentivar ehomenagear os sambistas, bem como pro-mover a integração de pessoas interessadasna preservação e evolução do samba. Ori-ginalmente, entre as solenidades alusivas à

Semana, devem estar incluídos obrigatoria-mente cursos de música popular brasileira;exposição de fotografias, quadros, fantasiasou quaisquer bens que possam integrar, pelasua natureza, acervo do samba.

A Lei proposta pelo vereador também prevêa realização de simpósio de sambistas e in-teressados na cultura afro-brasileira, para ofim de discutir e deliberar acerca de ques-tões pertinentes ao samba; homenagens asambistas que tenham se destacado nomundo do samba; e concurso de sambapara seleção das três melhores músicas ins-critas e do qual poderá participar qualquercompositor, desde que vinculado a entida-des carnavalescas filiadas à Associação dasEscolas de Samba e Blocos de Niterói e SãoGonçalo

Dia do Sambafoi criado em 1990

Tia Surica deu um show durante uma das comemorações do Dia do Samba realizadas pela Cãmara de Niterói

Ex­vereador Carlos Magaldi foi autor da lei 807

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Page 16: JANEIRO2017 65 OUTUBRO 2016camaraniteroi.rj.gov.br/.../pdf/janeiro-2017.pdf · janeiro / 2017 Orçamento aprovado O Dia do Samba será comemorado em 6 de fevereiro, mês do carnaval,

NA HISTÓRIANA HISTORIA

16 – Janeiro de 2017

Mais uma legislatura começou no primeiro diadeste ano de 2017. Os novos empossados — 21vereadores e 11 suplentes de partidos e coliga-ções — cumprem mandato até dezembro de2020. O Legislativo foi instalado em Niterói em 11de agosto de 1819, quando os três primeiros ve-readores assumiram o cargo. Se hoje a cidadetem 21 legisladores, podendo chegar até 25 deacordo com o número de habitantes do muni-cípio, a história começou a ser produzida porapenas aqueles três pioneiros do século XIX.

— Tomaram posse há 198 anos os vereado-res Quintiliano Ribeiro de Magalhães, Joãode Moura Brito e Pedro Henrique da Cunha.A cerimônia foi realizada na residência dosargento-mor, desembargador, ouvidor-gerale corregedor da Comarca, o doutor JoaquimJosé de Queiroz, também empossadocomo procurador. O ato foi feito na casadele por falta de um prédio que abrigasseo recém-instalado Poder Legislativo Municipal — conta ochefe do Arquivo de Documentação da Câmara, o pesquisador e histo-riador Rubens Carrilho.

Segundo relatou o historiador Emanuel de Macedo Soares, em seulivro “Atas e Documentos da Câmara Municipal de Niterói”, a intençãoinicial era instalar a Câmara em São Domingos, conforme determinavao alvará emitido pela Coroa Portuguesa.

— Joaquim de Queiroz retorna à Corte, consulta pessoalmente DomJoão e volta para a instalação no Povoado de Praia Grande. Existiamduas povoações contíguas: uma, chamada São Domingos e, outra, PraiaGrande. Em São Domingos o espaço era pequeno e ficava em frente aoPelourinho, o que não foi considerado de bom tom — revela Emanuel deMacedo Soares.

Instalada a Câmara e empossados os primeiros vereadores, Joaquimde Queiroz deu início à procura por um terreno para abrigar a sede daCasa de Câmara e Cadeia. O local encontrado foi o sítio chamado deDona Elena, fazendo frente para a Rua da Conceição. Explica Emanuel

em suas anotações que “não só por ser plano e espaçoso para se for-mar praça e rossio e por virem ali cruzar as ruas e estradas de comuni-cação”.

— O local ficava próximo da fonte pública e da igreja. Além disso foi nesseterreno que Sua Majestade e a Família Real, em 13 de maio de 1816, si-nalizou a criação dos primeiros fundamentos da Vila Real de PraiaGrande — explica o historiador Emanuel.

Elevado o povoado à condição de vila, Praia Grande teve como distritosas freguesias de São João de Icaraí, São Sebastião de Itaipu, São Lou-renço dos Índios e São Gonçalo. Plantado o Pelourinho teve início o pro-cesso de escolha dos primeiros vereadores.

— Naquela época não havia eleições. O nome de muitas pessoas dacomarca era colocado numa urna e sorteado por um menino. Os “elei-tos” eram empossados e seus nomes fixados no pelouro oficial – res-salta o historiador Emanuel de Macedo Soares.

Três vereadores formavam o

Legislativo no século XIX

Rubens Carrilho, chefe do Arquivo de Documentação da Câmara de Niterói, mostra o primeiro livro de atas do Legislativo municipal

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