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Jean Carlo Antoniacomi
CIS TICER CaSE BOVINA
Monoorafin apresentada ao Curse de Medicina Veterinartada Faculdade de Ci~ncias Biol6gicas e da Saude daUni..•.ersidade Tuiuti do Paran~, como requisilo parcialparol obteny;!odo titulo de MedicoVeterintllio.Professor Orientador: Dr. Sergio BronzeOrientador Profissional: Dr. Luiz A Gasparetto
CuritibaNovembrol2004
SUMARIO
LlSTA DE FIGURAS ...
RESUMO ....
1 - INTRODUc;;Ao ...
2 - DESCRlc;;Ao DA DOENc;;A .
3 - CICLO DE VIDA .
4 - TRANSMISsAo .
5 - PREVENc;;Ao ...
5.1 - PREVENCAo EM SAUDE PUBLlUCA.
5.2 - PREVENCAo EM SAUDE ANIMAL. ..
6 - CONTROLE. ...
7 - ROTINA DE INSPEc;;Ao ...
7.1 - NA CABECA ..
7.2 - NA liNGUA ..
7.3 - NO CORACAo
7.4 - INSPECAo FINAL. ..
8 - CRITERIO DE JULGAMENTO DO DESTINO DE
CARCAc;;AS ...
9 - CONCLUsAo ...
10 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...
III
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LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1: CICLO DE VIDA ..
FIGURA 2: CISTICERCOSE GENERALIZADA ..
FIGURA 3: CISTICERCOSE NO CORACAO ..
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11
11
Iii
RESUMO
Esla monografia apresenta a descri~o da cisticercose bovina. Esta e umadas principais doenyas parasitarias, e que tn3s muitos prejuizQs a matadourosfrigorificos. Portanto vamos ressaltar 0 seu cicio de vida, sua transmissao, comoprevenir e como inspecionar as carcac;as dos animais a procura desta doenya.
Iv
1- INTRODU<;:AO
A cisticercose bovina, urna das principais doenyas parasitarias e urn
problema atual de interesse do medico veterinario e de saud a publica sendo
diretamente infJuenciada par principios de higiene, originando-se nas mascondi¢es de manejo e sobretudo na contaminac;ao ambiental provocada pelo
homern.
Portanto, dada a relevfmcia dos fatos faz-s8 necessario ressaltar que tal
doenc;a determina preju[zos economicos nos matadouros, alem de ser urna
ZQOnOS9, que e a transmissa.o entre 0 homem e 0 animal, representando urn
fator de risco a saude publica.
Pretende~se esclarecer nesta monografia as possiveis medidas
preventivas e estabelecer as aspectos primordia is para 0 controle desta
doen<;a. e na contamina,ao ambiental provocada pelo proprio homem,
hospedeiro da forma adulta da Taenia saginata.
A cisticercose bovina e urn problema atual, determinando prejuizos
econbmicos nos matadouros, alam de representar urn fator de risco para a
saude publica.
Portanto, dada a relevancia dos fatos faz-se necessaria analisar as elos da
cadeia de transmiss~o da cisticercose bovina, determinar as medidas
preventivas principais e estabelecer os aspectos primordiais para a controle da
infecgao, tanto no homem quanta nos bovinos.
2 - DESCRU;:Ao DA DOENCA
A cisticercose bovina e uma doen<;a parasitaria originada a partir da
ingestao de avos da Taenia saginata, cujas formas adultas tern a homem
como hospedeiro final, as bovinos apresentam apenas a forma larval
(Cysticercus bovis). Esta doen<;a compreende sintomas variaveis desde dar
abdominal leve, ate nervosismo, insonia, anorexia, perda de peso e outros
disturbios digestivos. Os principais fatores que favorecem a prolifera9iio desta
doenya e a contamina9Ao do meio ambiente, e a higiene pessoal deficiente e 0
saneamento publico au local precarios.
3 - CICLO DE VIDA
Os humanos sao as (micas hospedeiros definitivos de Taenia saginata. 0
verme adulto (comprimento: em torna de 5 m au menos, mas ate 25 m) reside
no intestino delgado enda S8 fixa par uma estrutura chamada esc6lex.
Produzem proglotes (cada verme tem de 1.000 a 2.000 proglotes) que se
engravidam, destacam-se do verme e migram para 0 anus au saem com as
fezes (cerca de 6 por dial. Cada proglote gravida contem de 80.000 a 100.000
ovos que sao liberados depois que esta estrutura se destaca do carpo do
verme e saem com as fezes. as avos podem sobreviver par meses ate anos
no ambiente.
A ingestao de vegetayao contaminada pelos ovos (ou proglotes) infesta 0
hospedeiro intermediario (bovines), No intestine do animal, as avos liberam a
oncosfera, que evagina, invadindo a parede intestinal migrando para os
musculos estriados, anda S8 desenvolve 0 cisticerco. 0 cisticerco pode
sobreviver par muitos anos no animal.
A ingestao de carne aua ou mal passada com cisticerco infesta os
humanos. as bovinos sao hospedeiros intermediarios.
· CICLO DE VIDAFIGURA 1.
4 - TRANSMISsAo
o homem e a unico hospedeiro da forma adulta da Taenia saginata. A
forma larvar tern como principais hospedeiros as bovinos domesticos (80S
taurus) e as bufalos (Buba/us buba/us). 0 homem adquire a infe~o ao ingerir
a carne destes animais crua QU insuficientemente cozida que contenha
cisticercos viaveis.
Urn unico hospedeiro pode eliminar 500 mil avos, au mais, diariamente,
seja no interior dos proglotes ou livres nas fezes. OS DVOS podem sar
encontrados nas maos do hospedeiro, na regiao perianal e perineal, nas
roupas e ate mesma na mobilia da resid€!ncia.
Os principais fatores que favorecem a contaminayao do meio ambiente
com avos abrangem a higiene pessoal deficiente e 0 saneamento publico ou
local precarios.
A transmissao direta horizontal, pode Dcorrer quando urn homem com
teniase estimula bezerros para 0 aleitamento artificial, colocando seus dedos
contaminados com ovos na boca dos anima is. Esta forma de transmissao
acerre, particularmente, em confinamentos, ende apenas uma fonte de
infee<;Bo pode gerar urn surto de cisticercose.
A transmiss~oindireta eo caracterizada da doenc;a a as vias de transmissae
abrangern a agua, 0 solo, as alimentos (silagem, feno, pastagem) as vetores
mecanicos e as carreaderes.
A agua pode transportar as avos par longas dislancias, sobretudo quando
se trata de inundar;6as, davida as fazes das pastagens entrarem em cantata
com a agua paden do contarnina-Ia e com isse tambern espalhar as avos
contaminando as pastagens.
A agua de esgoto nao tratada e uma importante via de transmissao da
cisticercose bovina, notadamente devido a sua utilizagao como fertilizante em
pastagens ou entao quando contamina a fonte de abastecimento de agua dos
animais, podendo causar surtos de cisticerrose nas criag6es.
5 - PREVEN~Ao
A ocorrencia da cisticercose bovina, e urn forte indicador das mascondi¢es sanitarias dos planteis.A erradica9iioda tenia, T. saginaia, e
perfeitamente passivel pelas seguintes razOes: as ciclos de vida necessitam
do homern como hospedeiro definitivo; a (mica fonte de infecc;ao para as
hospedeiros intermediarios, existem drogas seguras e eficazes para combater
a tenrase. Para 0 controle destes parasitas e da cisticercos8, as me-Iodos
devem ser baseados em:
a) Informarpessoaspara: evitar a contamina9iiofecal do solo, da
agua e dos alimentos destinados ao consumo humano e animal; n~o utilizar
aguas servidas para a irrigay80 das pastagens ;e, ingerir carnes totalmente
cozidas;
b) CangeJar a carne suina e bovina a temperatura abaixo de - 5· C,
par no minima 4 dias;a tim de que os cisticercos sejam destrufdos;
c) Submeter a inspec;ao as earca~as, nos abatedouros de suinos e
bovin~s, destinando-se conforme os niveis de contaminayao: condenayao
total, parcial, congelamento, irradiayao ou envio para as industria de
reprocessamento;
d) Impedir 0 aces so de bovinos as fezes humanas,
e) Informar a autoridade sanitaria loeal;
f) Colaborarna desinfec9ilo;dispor as fezes de maneirahigi~nica;
enfatizar a necessidade de saneamento rigoroso e higienizayao das
instalac;6es; investir em educa~o em saude promovendo mudanc;:.as de
habitos, como a lavagem das maos ap6s defeear e antes de comer;
5.1 - PREVEN<;:Ao EM SAUDE PUBLICA
As medidas aplicaveis a popula9~o humana sao basicamente trlls:
educa~o sanitaria, diagnostico e tratamento quimioterapico.
A educat;ao sanitaria e imprescindivel para que haja 0 esclarecimento da
popula<;A'io a respeito do modo de transmissao e preven~o da doenc;a. A
orientayao deve enfatizar a nao ingestao de carne crua au insuficientemente
cozida, bern como daquela proveniente de abate clandestino, ou seja, sem a
devida inspe9ao oficial. Para aqueles que jil contrairam a infec<;8o, a
orienta~o deve ser no sentido do autodiagnostico, fazendo 0 reconhecimento
das proglotes eliminadas e consequente a procura da confirma~o da infec~o
mediante a realizacyao de exames coproparasitoJ6gicos para posterior
tratamento.
Os quimioterapicos indicados para 0 tratamento da teniase humana sao a
niclosamina au 0 praziquantel, devida a boa toler~nciae a eficacia.
5.2 - PREVEN<;:Ao EM SAUDE ANIMAL
As medidas aplicaveis a popula~ao bovina abrange 0 diagnostico em
matadouros e a destina<;A'io adequada das carcac;as e dos orgaos afetados.
Os metodos de diagnosticos in vivo sao representados por provas
sorol6gicas como fixac;ao complemento, hemaglutinac;:ao indireta e teste
imunoenzimatico. De uma maneira gera, todas estas provas apresentam
falhas, sobretudo na detec<;8o de infecy6es discretas, as quais ocorrem com
maior freqOencia nos animais natural mente infectados.
Os quimioterapicos mais utilizados e mais eficazes sao 0 mebendazol e 0
praziquanteL
6-CONTROLE
A inspeyao de carnes, realizada em matadouros, possibilita 0 diagnostico
de cisticercose bovina mediante 0 exame post-mortem. Neste exame, sao
realizadas incisoes na musculatura esquehMica e em 6r9a05 onde as cistos
sao encontrados com maior frequEmcia e 0 diagnostico S8 faz atraves da
visualizac;ao macrosc6pica dos mesmas. Deve-s8 atentar, todavia, para 0 fatc
da cisticercose apresentar-se, na maiaria dos cases, sob a forma de infe~o
moderada, par Dutro lado a impossibilidade de S8 realizar urn grande numero
de incis6es nas carcagas e 6r9a05 determina que muitos cases positiv~s
deixem de ser diagnosticados. Apesar desta limita<;l'jo,em muitos paises a
inspeyao de carnes €I a unica medida aplicada, rotineiramente, no controle e
prevenyao da cisticercos8.
A destinag80 adequada das carcat;as e argaos contaminados depende do
grau de infesta<;l'jodos mesmos. 0 criterio para esta classifica<;l'jo,bern como
os tipos de destina<;l'joprevistos na legisla<;l'jo,variam de acordo com cada
pais.
10
7 - ROTINA DE INSPE<;AO
Na rotina de inspeyao obedecem~seas seguintes regres:
7.1 - Na cabe9a
Observam-se e incisam-se as museu los masseteres (externos) e as
musculos pterigoides (internos).
7.2 - Na lingua
o orgao deve ser observado externamente, palpado e praticados cortes
quando surgir suspeita quanta a existencia de cistos au quando encontrados
cistos nos musculos da cabeya.
7.3 - No cora9ao
Examina·se a superficie externa do cora~o e faz-se uma incisao
longitudinal, da base a p~nta, atraves da parede do ventriculo esquerdo e do
septa interventricular, examinando-se as superficies de cortes, bern como as
superficies mais internas dos ventriculos. A seguir preticam ...se largas incis6es
em toda a musculatura do 6rgo3o, tao numerosas quanta passivel, desde que
jil tenha sido verificada a presenr;a de Cisticercus b~vis, na cabeya au na
lingua.
7.4 - Inspec;;ao Final
II
Na inspe~o final identifica-se a lesao parasitaria inicialmente observada e
examina...sesistematicamente 0$ museulos mastigadores, corayao, pon;,ao
muscular do diafragma, inclusive seus pilares, bern como as museu los do
pescoyo, estendendo~se a exame aos intercostais e a Qutros musculos,
sempre que necessaria, devendo-se evitar tanto quanta passivel cortes
desnecessarios que possam acarretar maior depreciac;ao a carcal):8.
FIGURA 2: CISTICERCOSE GENERALIZADA
12
8 - CRITERIOS DE JULGAMENTO DO DESTINO DAS
CARCAC;AS
Cisticercose sao vesiculas transparentes com urn ponto branco em seu
interior (Cisticerco vivo), au contendo material calcificado (Cisticerco
calcificado), localizado principalmente nos musculos mastigadores, coragao,
lingua, diafragma, podendo tambem aparecer em todo e qualquer local da
musculatura porem, com menor freqOemcia.
,.. Infestac;ao intensa: Urn au mais cistos em incis6es praticadas em
vilrias partes da muscuJatura;
Destino: Condenagao total (graxaria)
,.. Infestavao discreta: No maximo de dais a res cistos em varias
incisoes;
Destino: Salga (charque).
:r Infestagao acentuada: Nao atingindo a generalizagao - dais a tres
cistos;
Destino: Conserva (enlatados) ate cinco cistos.
>- Carca~s com ate dais cistos vivos;
Destino: Tratamento pelo frio (-15 C a -25'C par 10 dias).
Liberar para a salsicharia au 5alga por 21 dias.
>- Urn cisto caJcificado: na carca9a, visceras au cabe<;a;Destino: Libera~ao da carca~a.
14
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. MINISTERIO DA AGRICUL TURA. Divisao de Inspe~o de Pnodulos deOrigem Animal. Inspec;3o de Carnes: Padroniza<;8o de tacnicas,instalac;.6es e equipamentos. I. Bovinos. Brasilia. 1971.
2. MINISTERIO DA AGRICUL TURA. Servic;o de Inspe<;8o de Produtos deOrigem Animal. Divisao de Inspe<;8o de Carnes. Circular n.054 19 mal.1988. Trabalhos cienlificos sobre cislicercose. Brasilia
3. SANTOS, I.F. Diagnoslico da cisticercose bovina em matadouros: novastecnicas de exame de esolagos e dialragma. Sao Paulo: Faculdade deSaude Publica, USP, 1984. 127 p. Tese (Doutorado em Saude Publica)
4. SITE. htlp:/Iwww.dpd.cdc.gov/dpdx
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Faculdade de Ciiincias Biol6gicas e da Saude
Curso de Medicina Veterinaria
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO(T.C.C.)
CuritibaNovembro/2004
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Faculdade de Ciencias Biol6gicas e da SaOde
Curso de Medicina Veterinaria
TRABALHO DE CONCLUSAo DE CURSO(T.C.C.)
JEAN CARLO ANTONIACOMI
CuritibaNovembrol2004
ReitorProf" Luiz Guilherme Rangel Sanlos
Pr6-Reitor AdministrativoSr. Carlos Eduardo Rangel Santos
Pro-Reitora AcademicaProf' Carmen Luiza da Silva
Pr6-Reitor de PlanejamentoSr. Afonso Celso Rangel dos Santos
ProMReitora de PosMGraduat;;ao, Pesquisa e ExtensaoProf' Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini
Secretario GeralProf" Joao Henrique Ribas de Lima
Diretor da Faculdade de Ciencias Biol6gicas e da SaudeProf" Joao Henrique Faryniuk
Coordenador do Curso de Medicina VeterinariaProf" halo Minardi
Coordenador de Esi8gio Curricular do Curso de Medicina VeterinariaProF Sergio Jose Meireles Bronze
Metodologia CientificaProf' Lucimeris Ruaro Schuta
CAMPUS TORRESAv. Comendador Franco, 1860 - Jardim BotimicoCEP 80.215-090 - Curitiba - PRFone (41) 331-7600
APRESENTAc;:AO
Este Trabalho de Conclusao de Curso (T.C.C.) apresentado ao Curso de
Medicina Veterimiria da Faculdade de Ci~ncias Biol6gicas e da Saude da
UniversidadeTuiuti do Parana, como requisito parcial para a obten"ao do titulo deMedico Veterinario e compostode um Relat6rio de Estagio, no qual sao descritas
as atividadesrealizadasdurante0 periodo de 02/0812004 a 22/1012004, periodo este
em que estive na Empresa Matadouro Frigorifico Argus LTDA, localizada no
municipio de S~O Jose dos Pinhais cumprindo estagio curricular e tambem de umaMonografia que versa sabre 0 tema: "Cisticercose bovina"
Iii
DEDICATORIA
Dedico este trabalho de conclusao de curso ao meu pai Alaor, que sempre
Esteve presente me incentivando para que nao desistisse.
A minha querida mae Josimery, que sempre esta comigo em momentos
faceis au dificeis.
A minha naiva Cleo, que sempre me ajudou e em apoiou em todas as
minhas decisOes.
A minha mais nova alegria, minha filha Ralaela nascida em 0611112004, me
dando mais certeza de que n~oposso desistir jamais.
A minha grande irma Michelle, que tambem esteve ao meu lado durante
essa jornada.
E nao posso deixar de agradecer as pessoas que nao acreditavam em mim
e tambem aos que me prejudicaram, per que a partir deles me dediquei ainda mais e
o resultado foi a vitoria.Aos meus orientadores profissionais Or. Gasparetto e 0 Dr Bronze.
Dedico tambem a todos as prelessores da Universidade Tuiuti do Parana
que me ensinaram tudo da melhor forma passivel para eu chegar aonde cheguei.
Iv
Ntlo e 0 desafio com que nos deparamos que determin8 quem
somos e 0 que es/amos nos fomando. mas a maneira com que
respondemos ao desafio. Somos combatentes, idealistas, mas
plenamente consdentes, porque 0 ter consci~ncia ntlo nos obliga
a ter teoria sabre as coisas. S6 nos obriga 8 Seml0S conscienies.
Problemas para veneer, Iiberdade para provar. E enquanto
acreditarmos no 110550 sonho, nada e por Beaso.
\I
JEAN CARLO ANTONIACOMI
RELAT6RIO DE ESTAGIO CURRICULAR
Relat6rio de Esl~gio Curricular npresentado aoCurso de Medicina Veterinflria da Faculdadede Ci~ncias 8i~6gicas e da SSLide de Universidade Tuiutido Parana, como requi~ito parcisl paicl obtem;Aodotitulo de Medico VelerinArio.Professor Orientador: Dr. Sergio BronzeOrientador Profissional: Dr. Luiz Augusto Gosparetto
CuritibaNovembrol2004
Vi
SUMARIO
LlSTA DE FIGURAS ....
LlSTA DE TABELAS ..
1 - INTRODUCAO ...
2 - DESCRICAO DAS ATIVIDADES ...
2.1- Auxilio no Ante-Mortem ..
2.2 - Sala de Matan"" ..
2.3 - Linhas de Inspe<;iio ..
2.4 - Departamento de Inspe<;iio FinaL ..
2.5 - Envio de Dados ..
2.6 - Coleta de Amostras ..
3 - INSTALACOES ..
3.1 -INSTALACOES PARA 0 ABATE DE BOVINOS ..
3.1.1 - Currais ...
3.1.1.1 - Currais de Chegada e Sele<;iio ..
3.1.1.2 - Currais de Matan"" ..
3.1.2 - Departamento de Necropsia..
3.1.3 - Chuveiro de Aspersiio ..
3.1.4 - Seringa ....
3.1.5 - Atordoamento ..
3.1.6 - Area de Vomito ..
3.1.7 - Sala de Matan"" ..
3.1.8 - Area de Sangria ..
3.1.9 - Esfola ..
3.1.10- Oclusao do Reto e Esofago ..
3.1.11 - Lavadouro de Cabe""s ..
3.1.12 - N6ria .
3.1.13 - Mesa de Eviscera<;iio e inspe<;iio das Visceras ...
Vii
. IX
XI
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18
3.1.14 - Separa~o das Carca""s ..
3.1.15 - Inspe~o Pas-Mortem ..
3.1.16 - Rotina Olicial das Linhas ...
3.1.17-D.I.F ..
3.1.18 - Lesoes Mais Encontradas Durante a Estagio ...
3.1.19 - Carimbagem das Carca""s .
3.1.20 - Toalete, Pesagem e Banho das Carca""s ..
3.1.21 - Entrada das Carca""s nas Camaras ".
3.1.22 - Prepara~o das Visceras Comestiveis .
3.1.23 - Se91io de Triparia .
3.1.24 - Farinha de Carne e Ossos ".
3.1.25 - Desossa ..
3.2 - CORTES ..
4 - INSPEQAo ANTE-MORTEM .
5- TIPOS DE ABATE.................... .
5.1 - Abate Normal ".
5.2 - Abate de Emergimcia ....
5.3 - Abate Mediato ..
5.4 - Abate Imediato ..
6- CONCLUsAo .
7 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .
viii
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LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1: SIF .. .4
FIGURA 2: Currais de chegada .. 5
FIGURA 3: Currais de selegao .. 5
FIGURA 4: Currais de selegao .. 6
FIGURA 5: Matadouro sanitaria .. 8
FIGURA 6: Chuveiro de aspersao ... 8
FIGURA 7: Seringa.. 9
FIGURA 8: Pislola .. 10
FIGURA 9: Atordoamenlo .. 10
FIGURA 10: Guinchamento .. 11
FIGURA 11: Area de v6milo .. 13
FIGURA 12: Sangria .. 14
FIGURA 13: Descorna. .. 15
FIGURA 14: Eslola .. 16
FIGURA 15: Eslola.. 16
FIGURA 16: Retirada do couro .. 17
FIGURA 17: Saca rolha ... 17
FIGURA 18: Separagao do esolago da traqueia .. 18
FIGURA 19: Lavadouro de cabel"'s .... 19
FIGURA 20: Mesa de eviscera<;iio .. 20
FIGURA 21: Carimbo de identificagao .. 24
FIGURA 22: Linha B; cabel'" e lingua .. 24
FIGURA 23: Linha 0; Irato gastro intestinal.. 25
FIGURA 24: Linha E; ligado . 25
FIGURA 25: Linha E; ligado condenado .. 25
FIGURA 26: Linha F; pulmao .. 26
FIGURA 27: Linha F; cora<;iio .. 26
IV
FIGURA 28: Linha G; rim .. 27
FIGURA 29: Linha H; parte caudal e ganglios .. 27
FIGURA 30: Linha I; parte cranial e ganglios ...... 29
FIGURA 31: D.I.F .. 29
FIGURA 32: D.I.F .. 31
FIGURA 33: Carimbagem .. 32
FIGURA 34: Toalete final.. 32
FIGURA 35: Pesagem .. 32
FIGURA 36: Lavagem final ... 33
FIGURA 37: Entrada nas d'imaras .. 34
FIGURA 38: Prepara~o das visceras comestfveis .. 35
FIGURA 39: Prepara~o das visceras cornestfveis . 36
FIGURA 40: Caldeiras ... 36
FIGURA41: Farinha de carne e 05S0S .. 36
LlSTA DE TABELAS
TABELA 1 - 0 TRASEIRO Eo CONSTITUioo PELOS SEGUINTES CORTES..... 37
TABELA 2 - 0 OIANTEIRO E CONSTITUioo PELOS SEGUINTES CORTES.... 38
XI
RESUMO
Este relat6rio consta todD 0 fluxograma de abate de bovinos realizado no MatadouroFrigorifico Argus Uda, bern como as suas instalay6es e a retina das linhas deinspeyao, preparayao das visceras comestiveis e as opera<;oes de inspegaorealizadas palo medico veterinario nas carcac;as desviadas para a fiscalizayao.
Palavras-chave: S.I.F- Serviyo de Ins~o Federal, D.I.F- Departamento deInspe<;ao Final,
xii
1- INTRODUCAo
Estagio curricular realizado no Matadouro Frigorifico Argus Uda.
Numero de funcionarios: 216 pessoas.
Localiza<;Ao:Miringuava, Sao Jose dos Pinhais -PR
Numero do Registro no S.I.F/DIPOA: 1710
Classifica<;iio do estabelecimento: Matadouro Frigorifico, visando 0
fornecimento de carne "in naturaM
•
Responsavel: Medico Veterimirio Luiz Augusto Martins Gasparetto,
portador do CRMV n'0149.
Este estabelecimento abate em media: Bovinos (350 animais/dia), Suinos
(600 animais/semana), Bubalinos (25 animais/dia), Vitelos (30
animals/semana).Em busca de aprimorar meus conhecimentos em Higiene e Inspe<;Aode
Produtos de Origem Animal, optsi em realizar meu e5tagio curricular neste
matadouro, ande permaneci par aproximadamente 75 dias sob Supervisao doDr. Gasparetto e tendo como Orientador 0 Professor Sergio Bronze.
No decorrer do trabalho veremos as instalaQ6es e tecnologias para 0 abatede bovinos e suinos, bem como, as atividades realizadas pelo S.I.F. neste
estabelecimento.
2 - ATIV!DADES REALIZADAS NO ESTAGIO
2.1- AuxiLiO NO ANTE-MORTEM
o ante-mortem nada mais e do que 0 exame realizado visual mente nos
currais de descanso, nos quais as animais permanecem par 6 haras no
minima e 24 horas no maximo. Neste exame 0 veterinario sabre uma
plataforma a qual S9 visualiza as currais, avalia-se 0 andar, postura e
aparencia dos anima is, separando-os dos demais animais.
o destine dos animais suspeitos e 0 abate mediato au 0 imediato.
o abate chamado de mediato e aquele no qual os animais suspeitos sao
abatidos por ultimo, ja 0 abate imediato oj aquele no qual os animais sao
abatidos no abatedouro sanitario na hera em que sao encaminhados.
2.2- SALA DE MATANCA
E a sala onde sa realiza a sangria. Neste local 0 veterinario verifica se 0
responsavel pel a sangria esta utilizando duas facas e fazendo a esterilizac;ilo
del as, pais uma faca utiliza-se para a abertura da barbel a e a Dutra para a
sangria. Durante meu estagio todos as dias eu permanecia nesta sala alguns
minutos.
2.3- LlNHAS DE INSPECAo
Os exames de inspec;A.o sao realizados em determinados pontos, essas
chamadas linhas de inspec;ilo. Estas lin has SaO padronizadas e chamadas de
linha A, S, C, D, E, F, G, H, I, J, nestas linhas trabalham tecnicos do Ministerio
da Agricultura. Durante meu estagio permaneci tres dias em cada uma.
2.4- DEPARTAMENTO DE !NSPECAO F!NAL (DJ.F.).
E urn local restrifo a Inspe~o Federal. Este e 0 local chama do de desvio
cnde sao encaminhadas as carcacas com fasces para serem
minuciosamente examinadas pelo medico veterinario respons8vel. Todos as
dias eu permanecia durante bastante tempo neste local.
2.5- ENVIO DE DADOS
Todos as dados do frigorifico, como numero de anima is abatido, S8 emachos ou femeas, peso morta, doencas, sao enviados via internet para
Brasilia nos chamados mapas do Ministeria, par urn tecnico responsavel pela
estatistica do frigorifico. Durante meu estagio. urna vez par semana, au
auxiliava 0 envio desses dados
2.6- COLETA DE AMOSTRAS
Toda semana 0 Ministerio da Agricultura envia um pedido para 0 SIF
(Servic;ode Inspeyao Federal) de exames. Para a realiza~o desses exames 0
medico veterinario responsavel pelo frigor'ffico coleta as amostras de acordo
com 0 pedido.
Essas amostras consistem em pequenos pedac;os com aproximadamente
0,5 kg que podem ser de: carne, figado, rim, gordura e ate a agua do
frigorffico, os quais sao encaminhadas aos laborat6rios especificos para a
realiza~o dos exames. Os resultados s~o enviados para 0 Ministerio da
Agricultura. Durante meu estagio acompanhei todas as caletas realizadas.
FIGURA 1: S.I.F.
'Entende·se por matadauro frigorifico, 0 estabelecimento dotado de
instala<;6escompletas e equipamento adequado para 0 abate, manipulayao,
elaborac;ao, prepare e conservacao das especies de aGougue sob variadas
formas, com aproveitamento completo, racional e perfeito, de subprocutos nao
comestiveis; possuira instala<;6esde frio industrial'. (RIIPOA 1980. Art. 21
paragrafo 1°).
3 -INSTALACOES
lodes as instala~oes de um frigarifico, incluindo edifica90eS, devem ser
construidas dentro das normas exigidas pelo Ministena da Agricultura, de
modo que melhare a qualidade da praduta final.
3.1-INSTALA<;OES PARA 0 ABATE DE BOVINOS
3.1.1 - CURRAIS
Classificam-se em:
- Currais de chegada e sele<;iio;
- Currais de matanc;a.
3.1.1.1 - CURRAIS DE CHEGADA E SELE<;AO
FIGURA 2: CURRAIS DE CHEGADA
FIGURA 3: CURRAIS DE SELE<;AO
6
FIGURA 4: CURRAIS DE SELE';;.liO
Destina-s8 ao recebimento dos animais para a forma~o do late, as quais
se formam atrav9S do numero de animais de cada proprietario e de qual
cidade veia. Devern apresentar as seguintes requisitos:
- Area nunca inferior ados currais de matanr;a;
- lIumina<;lio adequada (5 watts/m 2)
- Rampa com suave declive, construfda de concreto com antiderrapantes;
- Pisos construidos com paralelepfpedos com rejuntes de facil
higieniza<;lio;
- Cercas de 2 m de altura, sem cantos vivos que possam lesionar a pele
dos animais;
- Tambem e necessaria que 0 cordao sanitaria (muro baixo (eito de
concreto que divide as lotes) tenha palo menDS 30 centimetros, para que
dejetos de urn late nao S8 misturem a outro;
- 8ebedouros isolados, sem encontros com de Qutros lotes;
- Davern canter bicos de irriga~o para refrescar as animals e tambem
para que as dejetos nao sequem para ficarem mais faceis de serem
removidos;
- Rampa para lavagem dos veiculos de transporte dos animais;
- Plataforma sabre as currais para realizayao do exame do Mante-mortem-;
- A lavagem dos currais deve ser feila com agua hiperclorada e apas a
relirada das fezes, deve ser realizada a desinfecc;aocom hipoclorito de sadio.
3.1.1.2 - CURRAIS DE MATANCA
Os animais aptos ao abate s~o encaminhados a estes currais.Devem apresentar as mesmas caracterfsticas dos currais de chegada e
selegao. Os currais devem apresentar:
- Porteiras direcionando-se a urn corredor central, esse corredor conduzira
as animais ate a infcio da rampa de acesso ao abate;
- A largura desse corredor deve sar de no minima 2 metros, e as parteiras
devem sar da masma largura;- A lavagem dos currais deve ser com agua hiperclorada e ap6s a retirada
das fezes, deve ser realizada a desinfecc;aocom hipoclorito de sadio.
3.1.2 - DEPARTAMENTO DE NECROPSIA
Tambsm chamado de matadouro sanitario. Deve sar localizado proximoaos currais. E urn local ande as animais nao qualificados para 0 abate devidoa doenyas infecto contagiosas, fraturas au chegados mortas sao lev ados para
esse local para fazer 0 abate san ita rio chamado tambem de abate imediato
para ser realizada a necropsia. Apos a necropsia esses animals devem ser
cremados.
Observa,oes:
No frigorifico Argus esse local enconlra-se desalivado, devido a nao ser
uma 9xigemcia a matadouros que nao exportam.
FIGURA 5: MATADOURO SANITARIO (DESATIVADO)
3.1.3 - CHUVEIRO DE ASPERSAo
FIGURA 6: CHUVEIRO DE ASPERSAO
Localizado logo ap6s as currais de matanya, contribuem para remover os
detritos do animal, alem do que diminuem a estado de tensAo do animal e
ainda promove uma vasoconstri~o penferica 0 que resultara em uma sangria
mais eficiente.
- A agua deve ter uma pressao de no minima 3 atm (atmosferas par
minuto) e hiperclorayao de 15 ppm (partes par milhilo);
- A largura deve ser de pelo menos 3 metros.
9
3.1.4 - SERINGA
Trata-se de urn corredor com paredes altas impermeabilizadas feitas com
cimento lisa, cujo aclive nao deve sar acentuado. E 0 ultimo corredor antes do
Box de atordoamento. Seu comprimento e variavel de acordo com a
capacidade de abate do matadouro. Apresenta chuveiros nas paredes, cujos
jatos direcionam para 0 centro da seringa, auxiliando a diminuir a ten sao dos
animais. A movjmenta~o dos animais e realizada com cheques de ate 110
volts.
FIGURA 7: SERINGA
3.1.5 -ATORDOAMENTO
"Art. 135 - S6 e permitido a sacrificio de bovideos par insensibiliza9iio
seguida de imediata sangria" (RIIPOA. 1980).
o atordoamento deve sar realizado individual mente em urn box de
constru9iio metalica com largura de no maximo 0,95 m, comprimento de no
maximo 2,7 m, com uma altura de aproximadamente 3,5 m, pois com isso,
masma que 0 animal S8 tevante MO consiga eventualmente sair do box.
10
o box deve conter um fundo falso onde 0 animal e despejado na area de
vbmito.
Para se realizar 0 abate, as responsaveis pelo atordoamento do animal
devem ser dotados de procedimentos adequados os quais devem conduzir 0
animal a urna morte rapida e com 0 mfnima de sofrirnento passIve!.
Para que isso ocorra a maioria dos estabelecimentos, utilizam a concussaocerebral, que e realizada atraves de fortes golpes no encefalo.
Esse metodo e realizado com uma marreta pneumatica au uma pistala de
dardo catiVD, a urna pressao equivalente a 400kg.
FIGURA 9: ATORDOAMENTO
II
3.1.6 - AREA DE V6MITO
Ap6s a abertura do fundo falso no box de atordoamento, 0 animal desliza
par uma rampa de ferros tubulares evitando uma queda brusca na area do
guinchamento. Ap6s isso 0 animal e suspenso par meio de urn guincho e
correntes ate as trilhos ande se inicia a n6ria mecanizada.
FIGURA 10: GUINCHAMENTO
12
FIGURA 11: AREA DE V6MITO
3.1.7 - SALA DE MATANCA
A sala de matanya corresponde as instala90es desde a seringa ate as
camaras frigorificas. A altura dos trilhos deve ser de 7 m, permitindo que 0
animal fique suspenso sem que toque no piso.Neste setor 0 piso dave ser em mosaico au azulejos em cores claras de
prefer€mcia na cor branca.As paredes devem ser revestidas em azulejos brancos a uma altura de
pelo menDS 2,5m, e as portas devem ser todas vaivem, com visor em vidro e
com largura de no minima 1,5m.Toda saida para 0 meio exterior deve possuir grade de ferro a prova de
roedores.A ilumina9ao e a ventila,ao do local devem respeitar as normas do
RIISPOA.
13
3.1.8 - AREA DE SANGRIA
Eo realizada atraves da secyao dos grandes vasos do pesco90. depois de
aberta a bartJela atrav"'s da linha Alba. 0 openlrio desse setor deve ser bem
treinado para que a sangria seja muito bem executada e seja a mais completa
passivel, ista at para que seja eliminado a maior quanlidade de sangue
possivel.
Dentre as exigencias higilmicas para a sangria, e que sejam utilizadas
duas facas, uma para a abertura de barbela e outra para a pun,ao dos
grandes vasos. Sempre as esterilizando com agua a uma temperatura de pelo
menos 90"C.
A sangria nunca deve ultrapassar de urn minuto ap6s a insensibilizayao, e
o animal deve ficar sangrando par pelo menos tres minutos, para melhor
conserva~o da came.
A serragem dos chifres deve ser realizada nesta area tambem com a
utiliza,ao de alicates pneumaticos.
FIGURA 12: SANGRIA
14
FIGURA 13: DESCORNA
3.1.9 - ESFOLA
A esfate do animal e realizada em sistema eereo, ista e, com 0 animal
suspenso ao trilho, par sues vantagens do ponto de vista higiemico sanitarias.Para a realiza~o de esfala Berea sao necessaries alguns criferios:- Plataformas elevadas aos operarios; s:io situadas na altura
correspondente para cada opera,ao possibilitando um desempenho comodo,
eficiente e higi~nico sem comprometer 0 fluxo da matan98. Estas plataformas
podem ser fixas au moveis e devem ter urna largura de no minima 0,70m.- Nestas plataformas e necessario que tenha ao alcance dos operarios
urna pia e esterilizadores de instrumentos, em numero suficiente e em posic;ao
de acordo com a Inspe<;iio Federal;
15
A esfola aerea pede ser realizada manual mente atraves da utilizac;ao de
facas eletricas ou pneumaticas ou mecanicamente atraves de maquinas
adequadas para cada operac;ao.
FIGURA 14: ESFOLA
16
FIGURA 15: ESFOLA
FIGURA 16: RETIRADA DO COURO
3.1.10 - OCLUsAo DO RETO E ESOFAGO
17
Essa elapa e realizada logo ap6s 0 lermino da esfola. Primeiro se faz a
oclusao do reta. Para isso utiliza~se urn fic 0 qual e amarrado no rela do
animal para que nao ocorra 0 extravasamento de conteudo fecal
compromelendo a carca9a. Segundo se faz a oclus1\o do esofago, mas para
isso primeiro, e necessaria que S8 separe 0 esbfago da traqueia utilizando asaca-rolha. FeitD isso 0 esafago e amarrado com urn fio evilando assim 0
extravasamento.
FIGURA 17: SACA ROLHA
3.1.11 -LAVADOURO DE CABECAS
FIGURA 18: SEPARACAO
Destina-se a indispensavel lava gem da parte exlerna da cabe98 e da
lingua, removendo as reslduDs, deixando-a mais limpa facilitando 0 trabalho
de inspe"ao da cabe98 e lingua que se iniciara logo em seguida.
18
FIGURA 19: LAVADOURO DECABECAS
3.1.12 - NORIA
Nada mais e do que urn sistema automatizado de trac;ao na trilhagem
8erea onde 0 movimento das cabeyas, Hnguas e da mesa de eviscerayao sao
sincronizados. De modo que S8 aparecer uma doenc;a na cabec;a, ou nas
visceras ja S8 sabe qual e a carcac;a correspondente para que seja
encaminhada ao DIF (Departamento de Inspec;aoFederal).
3.1.13 - MESA DE EVICERACAo E INSPECAo DAS vic ERAS
Trata-'S8 de uma mesa rolante, a qual as v[sceras toracicas e abdomina is
retiradas da carcac;a sao despejadas sabre essa mesa. Nesta mesa inida-se 0
trabalho de lecnicos do Ministerio da Agricultura, fazendo a inspec;ao das
mesmas. Essa mesa e utilizada para a inspec;aodo cora9~0, figado, pulmao e
dos linfonodos do trato gastrointestinal.
19
FIGURA 20: MESA DE EVISCERACAO
3.1.14 - SEPARA<;Ao DAS CARCA<;AS
Ap6s a eviscerac;ao,as carcac;assao serradas ao meio pela cotunavertebral e transformadas em meias carcac;as. A serra utilizada possui urn
sistema de esteritiza"ao automatico a qual libera um jato d'agua de 85°C na
serra, apes cada divisao.
Em seguida as carca""s recebem um carimbo de identifica9Bo 0 qual
contem a numero do animal, numero do late, 0 dia, eo mes do abate e depois
s~o encaminhadas para a linha de inspe"ao.
20
FIGURA 21: CARIMBO IDENTIFICADOR
3.1.15 - INSPEC;;Ao P6S-MORTEM
A inspe9ao p6s-mortem deve ser realizada par pessoas treinadas e
capazes de identificar qualquer anormalidade que comprometa 0 consumo
dessas carnes, sob 5upervisao do medico veterinario 0 qual tambem eresponsavel pelo Departamento de Inspe~o Federal e pelo cumprimento das
medidas higiimico-sanitarias (RIISPOA, 1963).
A tecnica de inspe~o compreende no exame visual, palpa~o, odores e
cortes especificos para a identifica<;aode qualquer problema. Esses exames
sao realizados em determinados pontcs especfficos, estes chamados de
linhas de inspe<;ao.
Estas linhas sao padronizadas como:
LlNHA A - Exame dos pes
LlNHA B - Exame da cabe9Be lingua
LlNHA C - Cronologia dentaria
LlNHA D - Exame do gastrointestinal, ba"", pancreas, bexiga e utero;
LlNHA E - Exame do figado
LlNHA F - Exame dos pulmoes e cora~o
LlNHA G - Exame dos rins
LlNHA H - Exame da parte caudal da carca9Be ganglios linfaticos
21
LlNHA I - Exame da parte cranial da carca"" e g1mglioslinfBticos
LlNHA J - Carimbagem das meias carcal'as
3.1.16 - ROTINA OFICIAL DAS LlNHAS
LlNHA A - Exame dos pes (realizado em frigorificos exporladores); exame
visual dos pes, principalmente no interdigitos para pesquisa de lesCesde febre
aftosa. Os pes lesados sao condenados a graxaria. (no Argus nao e realizado)
LlNHA B - Exame da cabe"" e lingua; faz-se duas incisoes em cada
masseter e uma nos pterigoides a tim de expor a superficie a procura de
cisticercoS8. Incisar as ganglios linfatioos sub maxi lares, parotideos, e
retrofaringeos para facilitar a visualizac;ao de adenites. Na presenc;.a de
cisticercose dave-S8 desviar a cab~ e a carcac;.a.
Na lingua deve-se fazer exame visual e tatil para percepc;ao da
consistencia. Incisar longitudinalmente e profundo para pesquisa de
cisticercos9. As tonsil as devem~se extirpa-Ias.
LlNHA C - Cronologia dentaria. Visa levantamentos para estudos
zQolecnicos para determinar idade aproximada dos anima is atraves da arcada
dentaria. (no Argus nao e realizado)
LlNHA D - Exame do trato gastrointestinal, bal'O, pancreas, bexiga e utero.
Nos intestinos proceder com exames de palpa,ao e visualiza98o. Deve-se
observar a colora~o, enterites e parasitoses. Incisar as linfonodos
mesentericos em busca de tuberculos8.
No ba9D deve-se observar a colora,ao, esplenite, esplenomegalia,
vesiculas esbranqui""das (sinal patognombnico de Brucelose).
No p1mcreas observar sinal de pancreatite e presen9a do parasita
euritrema.
Na bexiga observar-se presen"" de c';lculos.
No utero observar sinais de metrite e tetos ern fase adiantada de gestayao.
22
As pey8s condenadas sao desviadas aos "chutes", ande seguem para a
graxaria.
LlNHA E - Exame do figado: observa-se a oolora9ilo e a oonsistimcia
atraves da apalpac;ao. Deve·se fazer cortes longitudinais para comprimir os
ductos para pesquisar a presenya de parasitas, incisar 0 linfonodo hepatico.
Conctenar 0 orgao quando apresentar les6es como: teleangiectasia,cirrose, congestao, fasciolose, neoplasias, aderencias e contaminac;6es.
LlNHA F - Exame dos pulmoes e cora9ilo;
Nos pulmoes examinar visualmente observando a colorayao, fazer cortes
transversa is para visualizar a luz bronquial a fim de encontrar sangueaspirado, inspecionar as linfonodos apical, mediastfnico, traqueobrbnquico e
mediastinicos.Fazer a abertura da traquaia para a observayao S8 ha a
presenya de muco.
Os pulmoes que apresentarem as seguintes le5085 deveram sercondenados: aspira9aO de sangue, bronquite, congestao, hidatilose, pleurisia e
tuberculose.
No oora,ao deve-se desfolhar as cavidades atrio ventriculares para
melhorar a pesquisa de cisticercose e contamina¢es. Na presen9<3decisticercose encaminhar a cabe'YCI,corac;a:o e carcac;a ao DIF.
lINHA G - Exame dos rins;
Os rins sao inspecionados ainda aderidos a carc8g8. Examina-S8
visual mente observando a colora~o> volume, cistos urinarios.Deve-sa condenar as rins que apresentarem congestao, cistos, abscesso e
aderencia a capsula renal.
LlNHA H - Exame da parte caudal da carcaya;
Nesta linha examina-s8 0 estado geral da carcac;a observando acolora9ilo, adipoxantose, estado de magreza, contamina,ao fecal ou oonteudo
gastrointestinal, contusOes e edemas. Dave ser observadas tambem, as
anormalidades das articula,oes e a presenya de massas.
Nesta linha tambem tern como objetivo a inspe9ilo dos linfonodos do
traseiro as quais sao: iliacos, isquiaticos, pre-crural, inguinal nos machos,
23
retromamarios nas f~meas e 0 popHteo que se localiza internamente paraduvidas em casas de tuberculos8.
Qualquer alterayiio que apare~aessa carca~ deve ser desviada para 0
DIF.
LlNHA I - Exameda parte cranial da carca~;
Examinar 0 estado garal da carca<;a, observando contaminac;c3escomunsnesta regiao por conteudo gastrointestinale biliar. Verilicar tambem 0 estado
da pleura, presen~ de contusiies nas costelas, abscessos, que se possivel
devem sar retiradas au desviadas para 0 DIF.
Acima da musculatura da base do pesco~ localiza-se 0 ganglio pre-
escapular, esla dave sar inspecionado. Dave-sa tambem cortar 0 ligamentacervical a lim de observar a presen~ de higroma (urna bolsa com conteudo
gelatinoso) ou uma inftamayiio de aspecto rugosa (oouve-ftor) que sao
indicativos de brucelose.Fazer a retirada de abscesses provocados peta aplicac;ao de vacinas au
por bernes.
LlNHA J - Carimbagemdas meias carca~s;
As carca9as que passaram por toda a inspeyiio e ate pelo DIF, sao
Iiberadaspara 0 consumo atraves de carimbos realizados pelo SIF a fim de
identifica-Ias como carnes nao dandestinas.
24
FIGURA 22: CABECA E liNGUA
FIGURA 23: TRATO GASTROINTESTINAL
25
FIGURA 24: FiGADO INSPECIONADO
FIGURA 25: FIGADO CONDENADO
FIGURA 26: INSPE!;AO DO PULMAO
26
FIGURA 27: INSPECAO DO CORACAo
FIGURA 28: INSPECAO DOS RINS
27
FIGURA 29: PARTE CAUDAL E LlNFONODOS
FIGURA 30: PARTE CRANIA E LINFONODOS
28
3.1.17 - DIF (DEPARTAMENTO DE INSPECAO FINAL)
Este departamento e restrito a Insper;ao Federal. Nele sao destinadas as
carca~s as quais as tecnicos naD podem dar urn destino. Neste departamento
o medico veterinario respons8vel pelo local faz 0 exame com mais calma, po is
as carC8t;8S estao fora da noria automatica a qual naD pode demorar, pois etudo sincronizado.
Com isso 0 medico veterinario faz exames minuciosos e cortes profundos
para dar um destino adequado para a carcay8.
Urna carcac;a desviada par cisticercose, par exemplo, 0 medico veterinario
faz cortes mais detalhados a tim de encontrar cistos em pontcs especificos
comuns desta doenya. Os cortes sao no diafragma, museulos do peito,
pescoyo e paleta. No corayao, lingua e na cabeya sao feitos cortes mais
profundos.
Destines das carca-;as
Com base na inspeyao 0 medico veterinario pade dar as seguintes
destinos:
- LiberaC;8o para 0 consumo
- Aproveitamento condicional (salga, tratamento pelo frio em caso de
cisticercose viva, salsicharia e conserva).
- Rejeiyao parcial (condenayao de parte da carcaya)
- Condenayao total (graxaria)
29
FIGURA 31: D.I.F.
FIGURA 32: D.I.F.
30
3.1.18
ESTAGIO
LESOES MAIS ENCONTRADAS DURANTE 0
Cabec;a e lingua: Abscessos, cisticercose. Contamina~o par conteudo
ruminal.
Intestinos: Abscessos e parasitas.
8a,0: Aderencia.
Ffgado: Fasciolose, teleangiectasia, periepatite e congesteo.
Pulmao: Aspira91io de sangue e presen98 de mueo na traqueia e
bronquios.
Cora91io:Pericardite e cistieercose.
Rim: Congestao, aderemcia da capsula renal, cistas urinarios e abscesses.
Carea98: Contusao, eontamina91io por fezes, abscessos, tubereulose e
cisticercos8.
3.1.19 - CARIMBAGEM DAS CARCACAS
Segundo DIPOA (1981), as carca98s liberadas para 0 consumo, devem
receber 0 carimbo do SIF no coxao, lombo, ponta-de-agulha e na paleta. Esta
carimbagem vale como comprovac;ao da sanidade da carne e eontsm a
identificac;ao do estabelecimento responsavel. A tinta que e utilizada deve ser
adequada, de forma que 0 calimbo fique legivel.
31
FIGURA 33: CARIMBAGEM
3.1.20 - TOALETE, PESAGEM E BANHO DAS CARCA<;AS
Em seguida as carcac;as seguem para urna toalete onde s~o retiradas as
gorduras inguinais e pelvicas, limpeza de contusoes e 8cUmuios de coagulos.
Sao remal/idos ainda as rins, a medula espinhal e a cauda.
Antes de seguir para a pesagem, deve-s8 levantar 0 carpo com
movimentos sucessivos a fim de eliminar maior quanti dade de sangue ainda
presentes nos vasos do dianteiro.A lal/agem deve ser feita com agua clorada a 1 p.p.m, temperatura em
lorna de 38' e pressaa de 3 atm.
32
FIGURA 34: TOALETE FINAL
FIGURA 35: PESAGEM
FIGURA 36: LAVAGEM FINAL
33
3.1.21 - ENTRADAS DAS CARCAr;;AS NAS CAMARAS FRIAS
Apos a lav898m as carcayas devem seguir imediatamente para as
camaras frias com temperatura entre 0° a 4°C, umidade relativa do ar de 85 a95% e velocidade do ar entre 0,3 a 1,0 m/s. Deve-se ter 0 cuidado de
distanciar as carcayas de no minimo 20 em, para que ocorra melhor circulac;iio
do ar e S8 obtenha urn resfriamento rapido e uniforme.
FIGURA 37: ENTRADA NAS CAMARAS FRIAS
3.1.22 - PREPARAr;;Ao DAS ViCERAS COMESTivEIS
Conforme 0 Artigo 260 do RIISPOA, sao considerados como miudos, a
lingua, figado, pulmao, rim, cora~o, estomago e as pes. Comercialmente 0
rumem dos bovinos sao considerados miudos,Lingua: e feita uma toalete para a retirada das cartilagens, linfonodos e
glEmdulas salivares, em seguida e lavada em uma centrifuga, embalada e
segue para as camaras frias.
34
Figado: e retirada a aderencia, a vesicula biliar e retirada na linha de
inspe<;llo. A viscera e lavada com agua fria hipercJorada, em seguida fica
pendurada para 0 escorrimento do excesso de agua, embalado e armazenado
em camaras frias.
Pulmao: e feita urna toalete e em seguida e lavada. Todas as vfsceras
recebem a embala.gem primaria e sao congeladas.
Rim: os rins liberados para 0 consumo, sofrem os mesmos processos.
Corayao: e feita uma toalete, depois e lavado em centrifuga para
elimina9ao de coagulos. Em seguida e embalado e segue para as cllmaras
frias.
Estomago: comercialmente chamado de bucho. E feita uma limpeza com
agua sob pressao, sao colocados em uma centrifuga com agua quente e
carbonatos ou soda caustica. Posteriormente sao cozidos com agua, fosfato
trissodico e agua oxigenada 30 volumes para fazer 0 branqueamento. Depois
de mais uma taalete, slJo escorridos, embalados e congelados.
Pes: comercialmente chamados de mocotos. Sao escaldados para a
retirada dos cascos, e feita uma toalete para a retirada dos pelos, [avados e
congelados.
FIGURA 38: PREPARAt;:AO DAS VISCERAS
35
FIGURA 39: PREPARACAO DAS ViSCERAS
3,1.23 - SEc;:Ao DE TRIPARIA
Comercialmente as intestinos sao chamados de tripa. E serve como
envoltorios natura is para produtos embutidos. 0 intestino delgado eaproveitado como tripa fina, 0 ceca e 0 colon como tripa grossa.
Devida ao alto grau de contaminacao, deve~se ter agua em abundancianesta seyao. Os intestinos com n6dulos parasitarios, inflama9~o, necroses e
ulceray6es devem ser condenados.
Ap6s a retirada das fezes, as intestinos sao levados em agua corrente,
novamente em agua quente, e retirada a mucosa e e salgado.
3.1.24 - FARINHA DE CARNE E OSSOS
"Entende-se por farinha de came e asses 0 subproduto seeD e triturado,
obtido pelo CQzimento a seco de recortes em geral, apares, reslduDs de
limpeza, ligamentos, mucosas, fetos, placentas, orelhas, pontas da calda,
6rg;;os neo comestivei5 ou 6rg805 ou carnes rejeitada5 pela Inspe<;iioFederal,
alem dos ossos",(RilSPOA)
36
Os produtos destinados a farinha sao cozidos a seeD em digestores
durante 6 110ras na temperatura de 150'C. Em seguida sao prensados para a
retirada da gordura. A parte seca e triturada para a fabrica9ao da farinha e a
gordura e armazenada e vend ida para a fabric8980 de sabao, sabonetes e
pasta de dente.
FIGURA 40: CALDEIRAS
FIGURA 41: FARINHA DE CARNE E OSSOS
37
3.1.25 - DESOSSA
Atraves da Portaria n'5, de 08 de novemoro de 1988, da Secretaria de
Inspe9aOde Produto Animal (SIPA), do Ministerio da Agricultura foi aprovada a
padroniza9iio dos cortes de came bovina no Brasil. Isto contribui para
melhorar 0 direcionamento da carne beneficiada industrial mente e aperfeigoar
as condigoes de comercializ8<;80 do produto final. Para ser realizada a
desossa e necessario ter dependencias especificas com ambiente climatizado
(em torno de 10'C), boas condi96es de higiene dos manipuladores, da sala de
desossa e dos instrumentos de trabalho, a carc8y8 deve estar na temperatura
de 4°C para ser desossada e nao poden3 ultrapassar de 7°C depois de
embaladas, identificadas e transportadas (em caminh6es isoh3rmicos),
conforme a Portaria n.o304 de abril/1996.
3.2 - CORTES
Traseiro e constituido pelos seguintes cortes:
Cortes Peso Aproximado
Alcatra com Maminha 5,Okg
Picanha 2,Okg
Coxao Mole ou Postal 6,Okg
Vermelha ILagarto au Posta Branca 1,3kg
Coxao Duro 5,Okg
Patinho I 5,Okg
Musculo 4,Okg
Mignon au Tibone 0,8kg
o traseiro passui 2 subdivisoes:
38
;.. Traseiro Comum que e aquele 0 qual vem com a costela aderida. (8
partir da 6° vertebra toracica).
).- Traseiro Serrate e aquele no qual vern sem as costalas. E medida quatro
dedos entre a costela e a 6° vertebra toracica e e serrada.
Dianteiro oj constituido pel os seguintes corte"
Cortes Peso Aproximado
Pesco~ 5,Dkg
Peito DU Granito 4,4kg
Costela D,9kg
Lombo 6,2kg
Pelxinho O,9kg
Raquete 1,5kg
Sete 2.Dkg
4 - INSPE<;:Ao "ANTE-MORTEM"
E exclusiva do veterinario, a mesma escalado para fazer 0 exame p6s-
mortem do gada que ele inspecionou "in vivo~.
A primeira inspec;ao e feita na tarde em que 0 gada chega e meia hara
antes do infcio do abate no die seguinte.
Liminarmente a inspe~o "Ante-Mortem" e urn exame tao somente visual,
de carater geral, mas em que 0 tecnico necessita observer, com acuidade, 0
comportamento dos animais, no intuito de surpreender aqueles que, par
motivos de ordem sanitaria, insuficiencia de idade (femeas), parto recente, etc,
sao separados do late, para urn exame clinico rna is acurado, em curral a parte.
E indispensavel que, inicialmente as animais sejam abservadas em repousa,
pelo veterinario, que se tera colacada sabre as p!ataFormas elevadas das
currais, para que daqueles tenha urna vis~o ampla. Depots 0 gada e posto em
movimento, a rim de ser melhor observado.
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Objetivos:
- Exigir certificado de sanidade do gada, inclusive de febre aftosa;
- Examinar 0 estado sanitaria dos animais;
- Refugar vacas recem paridas (10 a 12 dias) e as que tenham abortado;
- Refugar as vacas em gesta,ao adiantada (ultimo terc;o de gesta,ao);
- Controlar as disposic;6es do ·Plano de Abate de Gado Bovino·,
particularmente quanta as restric;Oes ao abate das novilhas;
- Conferir 0 numero de anima is na rela~o discriminada ou global de
matanc;a para 0 dia seguinte, fornecido pela I.F como determina 0 Art. 102,
item 5;
- Certificar ~se das condiy6es higienicas e de conservac;ao dos currais,
assim como do provimento de agua dos bebedouros, tomando-..se, S8
necessario, as medidas indispens8veis para a sua regulariza9ilo.
5 - TIPOS DE ABATE
5.1 - Abate Normal
Realizado com 0 cumprimento de todas as normas de rotina indicadas
pelos regulamentos san itarias.
5.2 - Abate de Emergencia
Realizado apos 0 abate normal ou realizado no matadouro sanitario.
5.3 - Abate Mediato
Realizado em animais que permaneceram sob observayao, quando os
sinais dinicos nao sugerirem doenyas contagiosas. Pode sar realizado ap6s 1
ou 2 dias de obsarvay8o do animal.
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5.4 - Abate Imediato
Realizado com urgEmcia nos anima is que apresentarem sinais clinicos de
daen<;as contagiasas, fraturas, contus5es generalizadas, hemarragias, que
exprimam risco de morte.
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6 - CONCLUSAo
o meu objetivo foi alcan<;ado durante 0 estagio curricular, 0 qual
proporcionou a amplia~o dos meus conhecimentos nesta area de Higiene e
Inspe9ao de Produtos de Origem Animal.
Gostei muito do estabelecimento como urn todo. As instala90es sao
antigas, porem muito bern conservadas, pois existe uma equipe dentro do
frigorifico responsavel s6 pela manuten9aOdo local.
o frigorifico tern grande preocupa9Bo com sua imagem e mantem urna
funcionaria para orientar as funcionarios quanta a procedimentos de higiene.
Pude perceber facilmente 0 quanto urnMedico Veterinario e importante e 0
quanto e grande a sua responsabilidade num Frigorifico, pois ele tern 0 papel
de conscientizar os setores de beneficiamento e comercializa9iio dos produtos
e derivados, estimulando a usa de metodos idea is para a conservac;ao do
alimenta, evitando a diminui~o da qualidade dos produtos e 0 aumento da
contamina9iio, pedendo assim melhorar a qualidade final.
Pretendo trabalhar com carinho e dedica9iio como medico veterinario do
Servi90 de Inspe9iio Federal pois este servi90 exige muita responsabilidade eseriedade vista que envolve aspectos relacionados a saude publica e
conseqGentementeao bern estar da popula9iio.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. BRASIl. Ministerio da Agricultura. Departamento de Inspeyao deProdutos de Origem Animal. Divisao de Normas Tecnicas. RIISPOA,Regulamento da Inspeyao Industrial e Sanitaria de Produtos de OrigemAnimal. Diario Oficial da Uniao. Brasilia, 1980.
2. BRASIl. Secretaria de Defesa Agropecuaria de Inspe9ao de ProdutoAnimal. Padronizayao de Cortes de Carne Bovina. Brasilia. MAiSNAISIPA,1990.
3. Foi usado material de sala de aula como suporte para relat6rio, comotambem debates com meus professores orientadores.