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10• uuAHTA ~EIRA 08· 0J ·89 OI AR IUD (BA U RU _____ __ J{FFSA· ________ _ , - -- · •• •• •• ...,,,. ,. .. -~ ... .. ,. ' ao ~- _ ..,.. A modem• quadra de esportes construida pare os engenheiros longo da linha .. Mas o lazer é i~nfe para o merecido · descanso após árduos dias d~ - trabalho, possivelmente reestudando plantas e projeto s anti - gos, para a re c uperação da via permanente ; para reforma de préd ios relegados ao tempo vistos a olho nu em todo seu trajeto. Ou sentados diante das pranchetas dedicando-se ao pl anejamento de restauração de seus vagões, estacionados que pos- sibilitem oferecer aos passageiros, quando em via- gem, melhores condições de higiene e limpeza. Um 9.rupo de ferroviários.- poucos d.ias atrás, encemlnhou flO mlnlstro Oscar Olàs Cor:rla, Ma Justiça, farto material, que formou um dossiê con- tendo doc;umentos relacionados com a construção de uma praça esportiva para a prática de futebol de salão, cuja obra foi concretizada através de recursos oriundos da Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA, e que segundo os estatutos ora em elaboração, será utilizada exclusivamente aos elementos que inte- gram o Clube dos Engenheiros da referida empre- sa. Tal quadra, toda concretada, conta ainda com modelar sistema de iluminação noturna e está to- talmente cercada com tela de arame, tendo recebi- do pinturas em vários ton s no conjunto esportivo, acreditando-se tenha sido gasta uma vultosa im - portância, unicamente restrita uso dos enge- nheiros. Esse quadrilátero está situado justamente no final da ruela que serve a Colõnia da Noroeste, formada por diversas casas destinadas a funcioná- rios e cerca de 15 sobrados exclusivos ao quadro de engenharia da superintendência local. ALOJAMENTO Dos sobrados ali existentes alguns estão ocu- pados, porém um deles, o de n~ 32, foi destinado ' para aer usado como alojamento e vestiários. E di- retor de esportes desse Clube de Engenheiros Ri- cardo Lopes, que ficou incumbido de elaborar a minuta do futuro regulamento da agremiação. Fica abaixo do viaduto Juscelino Kubitschek, bem ao lado dos trilhos da Fepasa, sendo que as obras foram Iniciadas na gestão do então superin- tendente de Produção da RFFSA de Bauru , engAntõnio Grito Neto e terminada no atual mandato do eng~ Joio Batista Pacheco Fantin. Essa constru- ção f:,i acompanhada nos mlnimos detalhes pelo presidente do Clube dos Engenheiros Marcos Wan- dertey Ferreira. Se não bastasse apenn isso, vale lembrar que os engenheiros gozam de uma colônia de férias , com sofisticadas Instalações à margem do rio Para- guai, em Porto Esperança, Estado de Mato Grosso do Sul, para onde se dirigem, em caravanas escalo- nadas para "suas grandes pescarias". Obviamente, para chegar a Nae merecido dllil!WD terão de ch9gar ao rancho dos engenheiros da Noroeste, que compeslçlo da RF FSA, em que viajaram - de graça - estaciona na parada de Agente lnoc-êncio, localizada a poucos metros de seu destino de lazer pe1queiro. Em Porto Esperança existem outros ran chos, que esporadicamente recebem pescadores, muitos dos quais se utilizam de vagões-dormitórios da Noroeste. Como 6 o caso do ·Pedacinho do Ceu" , pintado de amarelo e azul, cujas acomodações anualmente agasalham inúmeros bauruenses. Da mesma forma que o rancho pertencente ao empre- drio Cl6udio Amantlnl, também recebendo durante ó ano, v6rios grupos de plnngu1lr0&. O culto deaa viagem Bauru /A gente Inocên- cio nlo fica barato. Gira em torno de NCz.$ 600,00 a 700,00, dependendo do vagão flUe eetivff à.dj•posi- ção no depósito. São carros-dormitórios com capa- cidada para ocupar as 16 camas e cabines exis- tentes. Comumente são destinadaos a essas via- gens somente carros de madeira, cujas const ru ções datam de muitas décadas. Para a realização desses deslocamentos e custear as despesas, os integran- tes da caravana rateiam o valor total. E os enge- nheiros? É sabido que el es contam com carros ex - clusivos, especialmente r eservados à administração. São vagões melhores - se bem q ue de madeira - melhor conservados, etc. DEFICIT Num momento em que a RFFSA vem de su- primir quatro horários de seus trens que cobrem a linha Bauru/Corumbá e vice-versa, alegando pro- bf emas deficitárics e em detrimento ao usuá rio, destinando as quatro locomotivas que seriam utili- zadas nos horários extintos, para o transporte de cargas,. cujo aumento de fluxo é notório, tem sido crescente, vem de " nas barbas de qualquer um", desviar do próprio orçamento da Rede, verbas, que poderiam, talvez, subsidiar ou aliviar o propalado e aventado prejuízo gerado pela redução do número de passageiros em suas composições. É· de se frisar, i gualmente, qué a obra foi feita por funcionários da empresa, cuja mão-de-obra tem um preço , não se falando nos materiais utiliza- dos. Mão - de-obra que falta para limpeza dos va- , gões (feita por part iculare s empreitados); que muito bem poderia ser usada nos reparo s de carros dani- ficado~ - sem vidros, estofados rasgado s, janelas quebradas, etc ••• Ou mesmo na repintura dos va- gões, onde ainda se notam as sequelas de sua Clri- gem. Em nosso caso, o ferro-velho recebido das estradas de ferro Leopoldina, Campos do Jor- dão/São José dos Campos e outras. Esse custo de execução pode ria ser aplicado em muitas coisas em beneffcio de seus costumeiros · viajantes. Mas não foi. É lógico que os engenheiros pensaram primeiro neles e, a pretensa realização de eventos esportivos ' na quadra construída, como campeonatos internoi:; de futebol de salão têm a preferência da alta admi- ni',stração da empresa. Como nada mais se falou a respeito do as- sunto da supressão dos quatro dias de circulação dos comboios de passageiros, cuja determinação foi posta em prá tica e se encontra em vigência, não teve a intermediação de nenhum engenheiro em defesa dos interesses não daqueles que soube- ram dar o suor, derramar lágrimas e se sacrificar por um ideal, da mesma forma do desprezo ao usuário. Ficaram irre dutíveis os integrantes do se- tor de engenharia da Rede, m as não se esqueceram dos passatempos e divertimentos, proporciona dos pelas...suas âreas de lazer. ~ ada valeram as m anifestações oriundas de várias fontes, cuja norma de extinção chegou a atingir. Como de nada adiantou a ingerência de for- ças vivas e polfticas de municípios espalhados ao Esse eno r me pa tr imónio, l egado de outras administra ções, teve corno criadores e seguidores também ilu stres engenheiros, que souberam dei x ar seus nomes nos anais históri cos da cidade. Muitos se destacaram com hombridade e denodo a ponto de sere m homenageados com a destinação de seus apelidos para designação de obras e logradouros. Difí cil seria enumerá-los. A partir do inicio das obras da então Estrada de Ferro Noroeste do Brasil os engenheiros da ferrovia tiveram g rande partici- , pação no desenvolvimento da nossa Bauru. E de se re conhece r que sabiam defender os interesses da NOB, mas não menosprezavam igualmente os di- reito s daqueles que se serviriam de seus serviços, fossem eles no trans porte de car gas como de pas- sageiros. Por isso se sobressalram. Recordemo-nos de um eng <J Arlindo Luz, po r exemplo, eng~ Alfredo Castilho, co ronel José de Lima Figueiredo, Ma j or Danilo da Cunha Nunes, general Américo Marinho Lutz , eng~ Ubaldo Me- deiros. Também as ativas, profícuas e eficazes atua- ções dos engenhei ro s Oquendo Lopes e Di rço Dur- val dos Sa ntos, que não mediram esforços, princi- palmen te com relação ao Estádio Alfredo Castilho, no sentido de ser emancipado esse património ao Esporte Clube Noroeste, que stão felizmente ora re- solvida. A cidade de Bauru, assim como muitas outras espal hadas em territórios do nosso Estado e de Mato Grosso do Sul, não se co nformam com essa enérg ica medida adotada pelos altos escalões da RFFSA. O pior entretanto, é ver minguar à nossa fren te um patrimô nio conq uistado com ardor e de- n odado esforço. ' LESADOS A cada dia os usuários da Rede são mais lesa- dos. Ao s poucos vão se esvaindo as esperanças de termos uma modelar ferrovia . De serem consuma- dos os sonhos daqueles que passaram pela direção da Noroeste, que se preocuparam em fortalecer seu património e que agora é dilapidado, alienando-se aos poucos o que restou dos e rro s cometidos; dos gas tos sup érfluos efetuado s; di nheiro que vem de uma f on te, cuja história se calca numa indisc ritível gama de heroísmo : a força e o desprendim ento dos desbravadores do sertão agreste, rasgando a terra que re ceberia os tr i lhos de uma ferrovia, fin- cando -os até às barrancas do Paraguai, ,a mil e tantos quilómetros longe daqui. Levando, poste- rior me nte água salgada do Atlântico para as tor- rentes do Pacífico. - Sindicato intercede sobre a Superintendência do BB O presidente do Sindicato dos Ferroviár ios da ex-NOB, Antonio Jorge Vendramini , considerou a atitude dos polfticos e empresários de nossa cidade, --- · - ---,---·-·-- , ..., ,.:1u,,U'W a r,, a rru• tenção da Superintendência d9 Banco do Brasil, em Bauru, como autêntica, " pois devemos preservar o que é nosso com todas as forças", 3duziu o sindica- lista. Vendramini espera, que atitude idêntica ve- nha a ser tomada, éxigíndo -se para a e'X-Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, maior autonómia. com a criação cJ u a DIVISÃO ESPECIJ\L em Bauru , de modo q i} o a sua receita fiqu e em nossa cidade. - . AÇAO E DECADENC:IA clj o da ferrovia a uma superin- tend' ~Jg~ff1\.S A, na capital paulista. " fo i o mo - tivo pre .dõ'.Mmiote da decadência e do a. g,avamento dos prpbte-.me :q:om falta de recursos e de autor i- l\:titgf T~J;;I ~!'i{ tu 'i i¾B , 9\!e a f er rovia p 1:1de~se evo· ,r 1 g:e an ae on'àt~tame nto dos usuários e da .a." g~~ 6}ij J' eía E e\ 1vêlb 1 esvaziamento cl cada dia que passa. com aumento apenas das c rít icas". defi- niu o sindicalista: Exl).ressa. outrossim _,_ Veo..d{ao:üni _;,or-acl"' ci- ,,. , ç-,n<r.rov ea1T'1.tllZ rl os ['abo rda; "que se ma· ni fest ou favorável à lut a por melhores condições à · ex-NOB que, preservando para Bauru, aquilo que fo i um dos maiores marcos no seu desenvolvimen- to ", finalizou o presidente do Sindicato dos Trab a- lh adores em Empresas Ferroviárias de Baur u. O Sindicato da ex-NOB. ve,n r eivindicando alguns a no s aos ferroviários da DISPONIBILI· DADE e àqueles aposentados que percebem a OU- ' . PLA APOSENTADORIA, o direito de receberem a COMPLEMENTAÇÃO, decorrente do Decreto-Lei 956/69 cujos proventos ser iam em condições idê nt i- cas aos fer Foviários da ativa que p restam serviços à RFFSA. Neste trabalho , diz o presidente do Sindica to dos Fer roviár ios. An t onio Jorge Vendram ini, consta tan1bén1 reivindicações idên ticas para as pensionis- tas desses ferroviários e au tárquicos, que por rece- berem suas pensões a tr avés de benefícios "27 ", e pensõe& especiais, côrn bases nas leis 3.738!60 e 6.782/80 11{10 ti>n, nir <t ito n comp lementação. ESPERA OE 13 ANOS o ex - Oep u1o do Federal Al cides Francisc~to foi um dos defendores dessa causa. que aliás muito f ez para que o estudo tivesse tram itação nos Mi- nistérios da Fazenda. Previência e Transport es, tran s form ando - se no final do ano de 1987 n um proje to de lei qu e at ualmente se encontra na Co- missão de t=inan ças da Câmara Federal. Antes das eleições de novembro passado, o Deputado Federal de nossa cidade. Tidei de Lima se prontificou a tr abalhar para que essa reivi nd icação se tornasse uma realidade, terminando assim uma espera rle 13 anos desses ferroviárjos em disponibi- lidad es. μor connições financeir as melho r es. " Contud o, nflo temos tido nenhum pronun - ciamento ele deputado ferteral. que esperam os o fa - ça com notícias ;iuspiciosc1s a todos os f~rrovi-ári·os. não só da ex- NOB, corno ne todo o Brasil. que cer- tamen te irão .i\JíéHh !t:cr aos es forços dos parlamen- tares", frisou A111õ1110 Jor!Je Vendramini, presid en- te do Sindit:,,tu dos Ft!rroviános de Bauru.

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Page 1: J{FFSA·...Antõnio Grito Neto e terminada no atual mandato do eng~ Joio Batista Pacheco Fantin. Essa constru ção f:,i acompanhada nos mlnimos detalhes pelo presidente do Clube dos

10•uuAHTA ~EIRA 08·0J ·89 OIARIUD(BAURU •

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A modem• quadra de esportes construida pare os engenheiros longo da linha .. Mas o lazer é i~nfe para o merecido · descanso após árduos dias d~ -trabalho, possivelmente reestudando plantas e projetos anti ­gos, para a recuperação da via permanente; para reforma de prédios relegados ao tempo vistos a olho nu em todo seu trajeto. Ou sentados diante das pranchetas dedicando-se ao planejamento de restau ração de seus vagões, estacionados que pos­sibilitem oferecer aos passageiros, quando em via­gem, melhores condições de higiene e limpeza.

Um 9.rupo de ferroviários.- poucos d.ias atrás, encemlnhou flO mlnlstro Oscar Olàs Cor:rla, Ma Justiça, farto material, que formou um dossiê con­tendo doc;umentos relacionados com a construção de uma praça esportiva para a prática de futebol de salão, cuja obra foi concretizada através de recursos oriundos da Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA, e que segundo os estatutos ora em elaboração, será utilizada exclusivamente aos elementos que inte­gram o Clube dos Engenheiros da referida empre-

sa. Tal quadra, toda concretada, conta ainda com

modelar sistema de iluminação noturna e está to­talmente cercada com tela de arame, tendo recebi­do pinturas em vários tons no conjunto esportivo, acreditando-se tenha sido gasta uma vultosa im­portância, unicamente restrita ?º uso dos enge­nheiros. Esse quadrilátero está situado justamente no final da ruela que serve a Colõnia da Noroeste, formada por diversas casas destinadas a funcioná­rios e cerca de 15 sobrados exclusivos ao quadro de engenharia da superintendência local.

ALOJAMENTO

Dos sobrados ali existentes alguns estão ocu­pados, porém um deles, o de n~ 32, foi destinado

' para aer usado como alojamento e vestiários. E di-retor de esportes desse Clube de Engenheiros Ri­cardo Lopes, que ficou incumbido de elaborar a minuta do futuro regulamento da agremiação.

Fica abaixo do viaduto Juscelino Kubitschek, bem ao lado dos trilhos da Fepasa, sendo que as obras foram Iniciadas na gestão do então superin­tendente de Produção da RFFSA de Bauru, eng~ · Antõnio Grito Neto e terminada no atual mandato do eng~ Joio Batista Pacheco Fantin. Essa constru­ção f:,i acompanhada nos mlnimos detalhes pelo presidente do Clube dos Engenheiros Marcos Wan­dertey Ferreira.

Se não bastasse apenn isso, vale lembrar que os engenheiros jê gozam de uma colônia de férias, com sofisticadas Instalações à margem do rio Para­guai, em Porto Esperança, Estado de Mato Grosso do Sul, para onde se dirigem, em caravanas escalo­nadas para "suas grandes pescarias". Obviamente, para chegar a Nae merecido dllil!WD terão de ch9gar ao rancho dos engenheiros da Noroeste, jê que • compeslçlo da RF FSA, em que viajaram - de graça - estaciona na parada de Agente lnoc-êncio, localizada a poucos metros de seu destino de lazer pe1queiro.

Em Porto Esperança existem outros ranchos, que esporadicamente recebem pescadores, muitos dos quais se utilizam de vagões-dormitórios da Noroeste. Como 6 o caso do ·Pedacinho do Ceu", pintado de amarelo e azul, cujas acomodações anualmente agasalham inúmeros bauruenses. Da mesma forma que o rancho pertencente ao empre­drio Cl6udio Amantlnl, também recebendo durante ó ano, v6rios grupos de plnngu1lr0&.

O culto deaa viagem Bauru/Agente Inocên­cio nlo fica barato. Gira em torno de NCz.$ 600,00 a

700,00, dependendo do vagão flUe eetivff à.dj•posi­ção no depósito. São carros-dormitórios com capa ­cidada para ocupar as 16 camas e ~ cabines exis­tentes. Comumente são destinadaos a essas via­gens somente carros de madeira, cujas construções datam de muitas décadas. Para a realização desses deslocamentos e custear as despesas, os integran­tes da caravana rateiam o valor total. E os enge­nheiros? É sabido que eles contam com carros ex ­clusivos, especialmente reservados à administração. São vagões melhores - se bem q ue de madeira -melhor conservados, etc.

DEFICIT

Num momento em que a RFFSA vem de su­primir quatro horários de seus trens que cobrem a linha Bauru/Corumbá e vice-versa, alegando pro­bf emas deficitárics e em detrimento ao usuário, destinando as quatro locomotivas que seriam utili­zadas nos horários extintos, para o transporte de cargas,. cujo aumento de fluxo é notório, tem sido crescente, vem de " nas barbas de qualquer um", desviar do próprio orçamento da Rede, verbas, que poderiam, talvez, subsidiar ou aliviar o propalado e aventado prejuízo gerado pela redução do número de passageiros em suas composições.

É· de se frisar, igualmente, qué a obra foi fe ita por funcionários da empresa, cuja mão-de-obra tem um preço, não se falando nos materiais utiliza­dos. Mão-de-obra que falta para limpeza dos va-

, gões (feita por particulares empreitados); que muito bem poderia ser usada nos reparos de carros dani­ficado~ - sem vidros, estofados rasgados, janelas quebradas, etc ••• Ou mesmo na repintura dos va­gões, onde ainda se notam as sequelas de sua Clri­gem. Em nosso caso, o ferro-velho recebido das estradas de ferro Leopoldina, Campos do Jor­dão/São José dos Campos e outras. Esse custo de execução poderia ser aplicado em muitas coisas em beneffcio de seus costumeiros ·viajantes. Mas não foi. É lógico que os engenheiros pensaram primeiro neles e, a pretensa realização de eventos esportivos

' na quadra construída, como campeonatos internoi:; de futebol de salão têm a preferência da alta admi­ni',stração da empresa.

Como nada mais se falou a respeito do as­sunto da supressão dos quatro dias de circulação dos comboios de passageiros, cuja determinação foi posta em prática e se encontra em vigência, não teve a intermediação de nenhum engenheiro em defesa dos interesses não só daqueles que soube­ram dar o suor, derramar lágrimas e se sacrificar por um ideal, da mesma forma do desprezo ao usuário. Ficaram irredutíveis os integrantes do se­tor de engenharia da Rede, m as não se esqueceram dos passatempos e divertimentos, proporcionados pelas...suas âreas de lazer.

~ ada valeram as m anifestações oriundas de várias fontes, cuja norma de extinção chegou a atingir. Como de nada adiantou a ingerência de for­ças vivas e polfticas de municípios espalhados ao

Esse enorme património, legado de outras administrações, teve corno criadores e seguidores também ilustres engenheiros, que souberam deixar seus nomes nos anais históricos da cidade. M uitos se destacaram com hombridade e denodo a ponto de serem homenageados com a destinação de seus apelidos para designação de obras e logradouros. Difícil seria enumerá-los. A partir do inicio das obras da então Estrada de Ferro Noroeste do Brasil os engenheiros da ferrovia tiveram g rande partici-, pação no desenvolvimento da nossa Bauru. E de se reconhecer que sabiam defender os interesses da NOB, mas não menosprezavam igualmente os di­reitos daqueles que se serviriam de seus serviços, fossem eles no transporte de cargas como de pas­sageiros. Por isso se sobressalram.

Recordemo-nos de um eng<J Arlindo Luz, por exemplo, eng~ Alfredo Castilho, coronel José de Lima Figueiredo, Major Danilo da Cunha Nunes, general Américo Marinho Lutz, eng~ Ubaldo Me­deiros. Também as ativas, profícuas e eficazes atua­ções dos engenheiros Oquendo Lopes e Dirço Dur­val dos Santos, que não mediram esforços, princi­palmente com relação ao Estádio Alfredo Castilho, no sentido de ser emancipado esse património ao Esporte Clube Noroeste, questão felizmente ora re­

solvida. A cidade de Bauru, assim como muitas outras

espalhadas em territórios do nosso Estado e de Mato Grosso do Sul, não se conformam com essa enérg ica medida adotada pelos altos escalões da RFFSA. O pior entretanto, é ver minguar à nossa frente um patrimônio conquistado com ardor e de-nodado esforço. '

LESADOS

A cada dia os usuários da Rede são mais lesa­dos. Aos poucos vão se esvaindo as esperanças de termos uma modelar ferrovia. De serem consuma­dos os sonhos daqueles que passaram pela direção da Noroeste, que se preocuparam em fortalecer seu património e que agora é dilapidado, alienando-se aos poucos o que restou dos erros comet idos; dos gastos supérfluos efetuados; dinheiro que vem de uma fonte, cuja história se calca numa indiscritível gama de heroísmo: a força e o desprendimento dos desbravadores do sertão ag reste, rasgando a terra que receberia os trilhos de uma ferrovia, fin­cando-os até às barrancas do Paraguai, ,a mil e tantos quilómetros longe daqui. Levando, poste­riormente água salgada do Atlântico para as tor­

rentes do Pacífico.

-

Sindicato intercede sobre a Superintendência do BB O presidente do Sindicato dos Ferroviários da

ex-NOB, Antonio Jorge Vendramini, considerou a atitude dos polfticos e empresários de nossa cidade,

---· - ---,---·-·--, ..., ,.:1u,,U'W a r,, a rru• tenção da Superintendência d9 Banco do Brasil, em Bauru, como autêntica, " pois devemos preservar o que é nosso com todas as forças", 3duziu o sindica­lista.

Vendramini espera, que atitude idêntica ve ­nha a ser tomada, éxigíndo-se para a e'X-Estrada de Ferro Noroeste do Brasil , maior autonómia. com a criação cJ u a DIVISÃO ESPECIJ\L em Bauru, de modo qi} o a sua receita fique em nossa cidade.

- . AÇAO E DECADENC:IA

clj o da ferrovia a uma superin-tend' ~Jg~ff1\.SA, na capital paulista. " foi o mo -tivo pre.dõ'.Mmiote da decadência e do a.g,avamento dos prpbte-.me :q:om falta de recursos e de autor i-

l\:titgf T~J;;I~!'i{tu'ii¾B ,9\!e a ferrovia p1:1de~se evo · ,r1 g:e an ae on'àt~tamento dos usuários e da

.a."g~~6}ijJ'eía E e\ 1vêlb1 esvaziamento cl cada dia

• que passa. com aumento apenas das críticas". defi -niu o sindicalista:

Exl).ressa. outrossim_,_ Veo..d{ao:üni _;,o r-acl"'ci­,,. ,ç-,n<r.rov ea1T'1.tllZ Cãrlos ['aborda; "que já se ma· nifestou favorável à luta por melhores condições à · ex-NOB que, preservando para Bauru, aquilo que foi um dos m aiores marcos no seu desenvolvimen­to", f inalizou o presidente do Sindicato dos Traba­lhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru.

O Sindicato da ex-NOB. ve,n reivindicando há alguns anos aos ferroviários da DISPONIBILI· DADE e àqueles aposentados que percebem a OU-

' . PLA APOSENTADORIA, o direito de receberem a COMPLEMENTAÇÃO, decorrente do Decreto -Lei 956/69 cujos proventos seriam em condições idênti­cas aos ferFoviários da ativa que prestam serviços à RFFSA.

Neste trabalho, diz o presidente do Sindicato dos Ferroviários. Antonio Jorge Vendram ini, consta tan1bén1 reivindicações idênticas para as pensionis­tas desses ferroviár ios e au tárquicos, que por rece­berem suas pensões através de benefícios "27", e pensõe& especiais, côrn bases nas leis 3.738!60 e 6.782/80 11{10 ti>n, nir<tito n complementação.

ESPERA OE 13 ANOS

o ex - Oepu1o do Federal Alcides Francisc~to foi um dos defendores dessa causa. que aliás muito fez para que o estudo t ivesse tramitação nos Mi­nistérios da Fazenda. Previência e Transportes, transformando -se no final do ano de 1987 num projeto de lei que atualmente se encontra na Co­missão de t=inanças da Câmara Federal.

Antes das eleições de novembro passado, o Depu tado Federal de nossa cidade. Tidei de Lima se prontificou a trabalhar para que essa reivindicação se tornasse uma realidade, terminando assim uma espera rle 13 anos desses ferroviárjos em disponibi ­lidades. µor connições financeiras melhores.

" Contudo, nflo temos tido nenhum pronun­ciamento ele deputado ferteral. que esperamos o fa ­ça com notícias ;iuspiciosc1s a todos os f~rrovi-ár i·os. não só da ex- NOB, corno ne todo o Brasil. que cer­tamente i rão .i\JíéHh!t:cr aos esforços dos parlamen­tares", frisou A111õ1110 Jor!Je Vendramini, presiden­te do Sindit:,,tu dos Ft!rroviános de Bauru .