jogos pedagÓgicos como recurso de ensino e aprendizagem em · contextualização, como por...
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______________ ¹Profª PDE/2010, área Biologia, graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá, docente no CEEP – Profª Maria do Rosário Castaldi de Londrina. ²Profª Dra,docente do Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Londrina, orientadora.
JOGOS PEDAGÓGICOS COMO RECURSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM
BIOLOGIA CELULAR
COSTA, Sueli Rodrigues da (UEL)¹
OLIVEIRA, Vera Lúcia Bahl de (UEL)²
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo descrever as atividades realizadas em
cumprimento da etapa final do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional). O
objeto da investigação proposto os jogos pedagógicos, seus limites e suas
possibilidades como um dos recursos para o ensino e a aprendizagem nas aulas de
biologia. Trabalho desenvolvido junto aos alunos das primeiras séries do ensino
médio do CEEP- Professora Maria do Rosário Castaldi, no município de Londrina –
PR, no ano de 2011. A problematização do estudo foi formulada a partir de um dos
grandes desafios encontrados em sala de aula, a desmotivação e desinteresse dos
educandos em relação aos conteúdos de biologia celular. Tomamos como
referenciais autores como Kishimoto, Moyles, Piaget e outros para o embasamento
teórico acerca dos jogos pedagógicos. As atividades foram elaboradas com
conteúdos pertinentes a 1ª série do Ensino Médio. Podemos concluir, a partir dos
resultados obtidos, que essas atividades bem planejadas e bem elaboradas motivam
os alunos a interessar-se mais pela aprendizagem dos conteúdos de biologia, além
de tornar o ensino e a aprendizagem um momento de maior interação entre os
pares.
Palavras-chave: jogos pedagógicos; célula; motivação; recursos.
1 INTRODUÇÃO
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Considerando que um dos pilares fundamentais e básico da Biologia é o
estudo da célula, uma vez que a célula representa a unidade morfofisiológica da
vida, logo os conceitos e os fenômenos relacionados a esse tema são fundamentais
para o entendimento dos demais conceitos que envolvam o estudo da Biologia. Não
é possível deixar de abordar esse tema e auxiliar os alunos a compreensão do
mesmo, uma vez que esse conteúdo articula-se com os seres vivos, as suas funções
e complexidade.
No cotidiano da sala de aula, percebemos o desinteresse, a falta de
motivação dos educando em relação a determinados conteúdos presentes na
disciplina de biologia, principalmente os de biologia celular, uma vez que esse
conteúdo é trabalhado de forma abstrato e, muitas vezes, de difícil compreensão
devido a excesso de vocabulário técnico, abordagem fragmentada e não
contextualizada. Outra questão importante além do ensino é tornar a sala de aula
um ambiente afetivo e que favoreça a aprendizagem.
Assim, um dos desafios que enfrentamos nessa implementação foi o de fazer
com que as aulas de biologia ficassem mais interessante, motivadora e significativa
para os alunos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Gasparim (2007, p. 53) cita que “a Instrumentalização é o caminho pelo qual o
conteúdo sistematizado é posto à disposição dos alunos para que o assimilem e o
recriem e, ao incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e
profissional”. Em relação à motivação, Brody (1999) ressalta que a perspectiva
educacional sobre motivação tem como foco os professores como pessoas que
buscam influenciar a motivação de seus alunos no contexto de sala de aula. A tarefa
dos professores é desenvolver a motivação dos alunos para a aprendizagem e
induzi-los a se engajarem nas atividades acadêmicas com uma orientação para
aprender.
Macedo e colaboradores (2005, p. 87) apontam a influência da afetividade no
desenvolvimento e na aprendizagem, pois dificilmente se adquirem conhecimento
sem desejo, interesse e motivação.
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Em relação a aspectos do jogar, Macedo e colaboradores, afirma:
(...) dar mais sentido às tarefas e aos conteúdos, aprender com mais
prazer, encontrar modos lúdicos de construir conhecimentos, saber
observar melhor uma situação, aprender a olhar o que é produzido,
corrigir erros, antecipar ações e coordenar informações. (MACEDO,
2005, p.105)
Neste sentido, os jogos didáticos podem se constituir em estratégias de
ensino e de aprendizagem que podem ser explorados, de acordo com o conteúdo
trabalhado, buscando sempre a compreensão e o diálogo com a realidade.
“Estratégias de ensino como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a atividade
experimental, o estudo do meio, os jogos didáticos, entre tantas outras, devem
favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas percepções,
significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação de
novos significados, pois esse processo acarreta o encontro e o confronto das
diferentes idéias propagadas em sala de aula” (DCE, 2009, p.66).
Também os jogos didáticos contribuem para gerar desafios, conforme Moura
(1994), o jogo é considerado uma estratégia impregnada de conteúdos culturais a
serem veiculados na escola. Ele detém conteúdos com finalidade de desenvolver
habilidades de resolução de problemas, o que representa a oportunidade de traçar
planos de ações para atingir determinados objetivos (DCE, 2009, p. 67).
Segundo Cunha (1998), Gomes e Friedrich (2001), Kishimoto (1996) o jogo
pedagógico ou didático tem como objetivo proporcionar determinadas
aprendizagens, diferenciando-se do material pedagógico, por conter o aspecto lúdico
e por ser utilizado para atingir determinados objetivos pedagógicos, sendo uma
alternativa para melhorar o desempenho dos estudantes em alguns conteúdos de
difícil aprendizagem. Nessa perspectiva, o jogo não é o fim, mas o eixo que conduz
a um conteúdo didático específico, resultando em um empréstimo da ação lúdica
para a aquisição de informações (Kishimoto, 1996). Gomes e Friedrich (2001)
salientam que o jogo no ambiente educacional nem sempre foi visto como didático,
pois como a idéia de jogo encontra-se associada ao prazer, ele assumia pouca
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importância para a formação do estudante. Sua utilização como meio educativo
demorou a ser aceita. E ainda hoje é pouco utilizado nas escolas e seus benefícios
são desconhecidos por muitos professores.
Os jogos educativos além de serem divertidos dando destaque ao lúdico,
quando usados pedagogicamente, auxiliam os educando na criação e familiarização
de conhecimentos, possibilitam interação entre os jogadores e/ou trabalho em
equipe. Destacam-se os jogos como uma estratégia a mais a ser construído e
explorado com os alunos, vindo a somar positivamente no processo de ensino-
aprendizagem. Utilizados de forma adequada e com mediações por parte dos
educadores, com certeza poderá, acrescentar-se à educação como mais um agente
transformador, enriquecendo as aulas de forma divertida e animada, pois brincando
também se aprende e é muito mais prazeroso.
Estudos a respeito de atividades lúdicas comprovam que o jogo, além de ser
fonte de prazer e descoberta para o aluno, é a tradução do contexto sócio-histórico
refletido na cultura, podendo contribuir significativamente para o processo de
construção do conhecimento do aluno.
Para Piaget (apud Kishimoto, 2005), o jogo é a construção do conhecimento,
principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório, pois as crianças
desenvolvem a noção de causalidade, chegando à representação e a lógica. No
entanto, salientam alguns autores que a brincadeira não está direta ou linearmente
ligada à alegria e ao prazer. Ao brincar exercita-se, também, a perda, a angústia, a
frustração, o medo, a excitação, a dúvida, a busca, um misto de sensações não
necessariamente agradáveis, mas certamente, importantes para a constituição da
pessoa como sujeito (VIGOTSKY, 1998; BROUGÈRE, 2001, apud Afonso, 2006).
Gomes e Friedrich (2001) salientam que o jogo no ambiente educacional nem
sempre foi visto como didático, pois como a idéia de jogo encontra-se associada ao
prazer, ele assumia pouca importância para a formação do estudante. Sua utilização
como meio educativo demorou a ser aceita.
De acordo com Kishimoto (1998, 2002) o jogo educativo possui duas funções
que devem estar em constante equilíbrio. Uma delas diz respeito à função lúdica,
que está ligada a diversão, ao prazer e até o desprazer. A outra, a função educativa,
que objetiva a ampliação dos conhecimentos do educando.
Os jogos educativos com finalidades pedagógicas revelam a sua importância,
pois promovem situações de ensino-aprendizagem e aumentam a construção do
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conhecimento, introduzindo atividades lúdicas e prazerosas, desenvolvendo a
capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. “A estimulação, a variedade, o
interesse, a concentração e a motivação são igualmente proporcionados pela
situação lúdica...” (MOYLES, 2002, p.21).
De acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL,
2006, p.28):
“o jogo oferece o estímulo e o ambiente propícios que favorecem o
desenvolvimento espontâneo e criatividade dos alunos e permite ao professor
ampliar seu conhecimento de técnicas ativas de ensino, desenvolverem
capacidades pessoais e profissionais para estimular nos alunos a capacidade
de comunicação e expressão, mostrando-lhes uma nova maneira, lúdica,
prazerosa e participativa de relacionar-se com o conteúdo escolar, levando a
uma maior apropriação dos conhecimentos envolvidos.”
Para Macedo e colaboradores (2005, p. 36) os jogos é um importante
instrumento para trabalhar com alunos que apresentam dificuldade de conquistar
autodisciplina e que também favorece a conquista de uma relação de reciprocidade
entre aluno e professor.
Neste contexto um dos desafios é tornar as aulas mais interessantes e
atrativas, despertando assim no educando gosto pelos conteúdos de biologia e
potencializar a apropriação dos conhecimentos de forma significativa.
3 METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, inicialmente foi escolhida uma turma de 1ª
série de ensino médio, do colégio CEEP – Castaldi, onde atuo como professora do
Ensino Médio, o planejamento foi elaborado de acordo, com o currículo escolar de
Biologia, e ainda atende sugestões dos conteúdos das Diretrizes Curriculares de
Biologia do Estado do Paraná, que se iniciam com conhecimentos básicos de
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biologia, e a unidade inicial esta relacionada à compreensão dos aspectos
morfofisiológicos da célula nos conteúdos de biologia celular.
A implementação pedagógica foi desenvolvida junto aos alunos da 1ª série do
Ensino Médio do CEEP - Profª Maria do Rosário Castaldi, especificamente com uma
turma do período vespertino.
Foram utilizados alguns jogos pedagógicos como recursos motivadores para
o ensino de biologia celular; dentre esses baralho celular. Cara a Cara com a Célula,
bingo Celular, jogo da memória e jogo do sim e do não. Estes jogos foram criados e
adaptados de acordo com os conteúdos específicos de biologia celular e aplicados
em momentos pontuais, como na introdução de conteúdos, no levantamento de
conhecimentos prévios, na contextualização dos conhecimentos científicos, na
fixação, revisão, onde este recurso era uma das alternativas para diversificar as
aulas.
A pesquisa teve base qualitativa, e como forma de atingir os objetivos foi feito
observações de desempenho e interesse dos alunos durante o desenvolvimento e
aplicações de atividade com a inserção dos jogos.
Os instrumentos que foram utilizados para realizar as observações de
desempenho e interesse dos alunos:
- Observações dos educando no decorrer das aulas em que foram aplicados
os jogos didáticos específicos.
- Aplicação de questionário (pré-teste e pós-teste) para levantar com os
educando a validade e os limites dos jogos didáticos como estratégia mediadora do
ensino e aprendizagem.
Fonte: Costa, Sueli (2011).
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A utilização de jogos com informações, imagens, figuras da Biologia celular
permitiram desenvolver diferentes enfoques da Biologia, permitindo maior
contextualização, como por exemplo, importância da membrana celular em relação à
manutenção das propriedades do ser vivo, as trocas possíveis relacionadas à
difusão, osmose em situações naturais de manutenção, e em situações artificiais
como no uso de medicamentos. Outros enfoques foram utilizados como por
exemplo; a cristalização de frutas, salinização (salgamento) de carne ou de peixe,
que evita sua putrefação. Outro exemplo discutido em sala de aula foi sobre o
episódio da Inconfidência Mineira, a corte portuguesa enforcou e esquartejou
Tiradentes; e também queimou sua casa e salgou o terreno, para garantir que neste
solo nada mais se desenvolvesse.
O projeto de intervenção pedagógico na escola foi desenvolvido no segundo
semestre de 2010. Ao repensar e reavaliar a prática pedagógica percebemos a
necessidade em desenvolver um estudo sobre um dos diversos recursos e/ou
estratégias que poderiam tornar as aulas de biologia mais significativas,
desafiadoras e que poderiam despertar o interesse dos alunos para os conteúdos de
biologia celular.
A produção didático-pedagógica foi elaborada no primeiro semestre de 2011,
juntamente com revisão literária e pesquisa. A proposta do material didático-
pedagógico foi de inserir uma abordagem facilitadora do tema Biologia Celular, com
uma estratégia embasada na utilização de Jogos Pedagógicos, aliados a outros
recursos que despertassem maior interesse e participação dos alunos nas aulas,
além de reforçar o nível de aprendizagem significativa sobre a célula.
No terceiro semestre de 2011, foi aplicado à implementação do Projeto na
Escola e concomitante o desenvolvimento do GTR (Grupo de Trabalho em Rede) no
ambiente Moodle, onde tivemos a oportunidade de socializar nosso trabalho com
outros professores da rede Estadual de Educação do Paraná. Os materiais do
trabalho foram analisados, e discutidos pelos professores participantes com
sugestões e avaliaram o material produzido por nós do GTR.
A nossa implementação ocorreu no 4º bimestre de 2011, no CEEP-Professora
Maria do Rosário Castaldi, em uma turma da 1ª série do ensino médio, do período
vespertino. Foram utilizadas 64 horas, incluindo a preparação do material utilizado
nas atividades.
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A turma na qual ocorreu a aplicação do material era constituída de 28 alunos
com faixa etária entre 15 a 18 anos, sendo 12 do sexo masculino e 16 do sexo
feminino. Dos 28 alunos, 26 estavam cursando pela primeira vez a 1ª série do
Ensino Médio.
4 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E OS RESULTADOS
Atividades desenvolvidas com a inserção dos jogos pedagógicos:
ATIVIDADE 1
Neste momento foi realizada a apresentação do Projeto, os objetivos e como
este seria desenvolvido. Os alunos demonstraram interesse e curiosidade sobre o
trabalho. Os mesmos indagaram sobre o que é o PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional), como e onde ocorre o curso, por quais razões o
professor faz o curso. Essas indagações foram importantes para os alunos perceber
que eles são os elementos importantes no processo de ensino. Não existiria escola
e nem professores participando de cursos se não existisse o comprometimento de
melhoria do processo ensino-aprendizagem.
ATIVIDADE 2
Antes de iniciar as atividades foi aplicado um pré-teste, com o objetivo de
investigar as dificuldades que os alunos encontram ao estudar biologia, o que acham
das aulas, que estratégia de ensino poderia tornar as aulas mais interessantes,
atrativa e facilitadora do aprendizado, se o aluno conhece ou já vivenciou em sala de
aula atividades com jogos pedagógicos e também se conhece algum jogo que
poderia ser utilizado nas aulas de biologia.
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Ao aplicar esse pré-teste, solicitamos que os alunos respondessem as
questões, tomando o cuidado para não interferir em suas respostas. Para a
aplicação do pré-teste foi utilizado uma aula.
Resultado de algumas das questões do pré-teste em forma de gráficos.
•Disciplinas que apresentam maior dificuldade de aprendizagem:
Fonte:Costa, Sueli (2011).
•Aulas mais interessantes e dinâmicas e prazerosas:
Fonte: Costa, Sueli (2011).
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•Recursos que poderia tornar as aulas mais interessante e motivadora:
Fonte: Costa, Sueli (2011).
•Jogos que conhece e que poderia ser utilizado nas aulas:
Fonte: Costa, Sueli (2011).
A partir da análise das respostas dos alunos em relação às questões pré-
teste, percebemos que, embora os alunos achassem que a biologia era uma das
disciplinas mais difíceis para aprender, alguns também consideraram esta uma das
mais interessantes e dinâmicas. Os aspectos, segundo os alunos, que mais
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contribuiria para tornar o estudo e aprendizagem difícil seriam o vocabulário repleto
de termos desconhecidos e o excesso de conteúdo para um número reduzido de
aulas. Em relação aos recursos que poderiam tornar as aulas mais interessantes,
motivadoras e atrativas, seria ter mais aulas práticas experimentais nos laboratórios,
e aulas dialogadas, ou seja, ao desenvolver as aulas o professor dê voz ao aluno
para que esse exponha seus pensamentos. Em relação aos jogos, percebemos que
os alunos conheciam muitos jogos que fazem parte do seu cotidiano, porém estes
praticamente não faziam parte do ambiente da sala de aula.
ATIVIDADE 3
Para introduzir o vocabulário citológico e facilitar a construção de conceitos
biológicos no contexto da biologia celular, optou-se por inserir um bingo citológico,
com seguintes objetivos: Favorecer a socialização e a relação professora X aluno;
Introduzir o vocabulário citológico para facilitar a construção de conceitos; Inserir o
histórico do desenvolvimento do estudo da célula.
Assim, selecionamos os termos ou palavras que estão relacionadas com o
estudo da biologia celular; após elaboramos as cartelas com as palavras chaves
(exemplos: microscópio, unicelular, pluricelular, acelular, núcleo, procariótica,
eucariótica, etc.); todas as palavras que foram inseridas nas cartelas foram digitadas
e colocadas em uma caixinha para serem sorteadas e “cantadas” pelo professor no
momento que iniciar o bingo;
Com grãos de arroz e de feijão os alunos marcaram as cartelas no momento
do jogo.
Procedimento do jogo:
- Distribuímos as cartelas para os alunos e em seguida estabelecemos juntamente
com os alunos as regras; o primeiro que preenchesse primeiro a cartela ganharia o
jogo.
- Em seguida, iniciamos o bingo, retirando da caixinha as palavras que foram
selecionadas, e fomos “cantando” em voz audível cada uma das palavras como
ocorre em um bingo social, anotamos no quadro as palavras “cantadas”;
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-Cada aluno que preencheu sua cartela primeira, ganhava a rodada. O prêmio foi
algumas guloseimas
Cartelas do Bingo Celular. Cartelas do Bingo Celular.
Fonte: Costa, Sueli (2011) Fonte: Costa, Sueli (2011)
Percebemos um clima de descontração na sala de aula, a grande maioria
participou de forma ativa, todos queriam bater o jogo, ou seja, completar a cartela
primeira. Nessa atividade todos os alunos ajudaram a sortear as palavras do bingo.
Ocorreu bastante agitação no sentido de “falarem” uns para os outros se já estavam
com cartelas na “boa”, isto é esperando sair à palavra para completar a cartela.
Contextualizando: Após o jogo foi solicitado que estes escolhessem algumas
palavras e elaborassem uma frase que refletisse algum conceito de biologia celular,
como referência eles podiam usar o livro ou compartilhar com os colegas e trocar
idéias.
Muita das frases foi necessária a correção, mas no momento que foram
relacionadas achei melhor valorizar o que o aluno fez. Foi um exercício bastante
interessante e descontraído, pois nesse momento o objetivo era desmistificar o
vocabulário citológico.
Exemplos de frases elaboradas pelos alunos: “No núcleo da célula é
encontrado DNA”; “Pluricelulares são animais que tem várias células”; “Unicelular
são animais que tem uma célula”; “Com o microscópio da pra ver a célula.”
ATIVIDADE 4
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Ao escolher a temática biologia celular que compreende: Caracterizar a célula
como uma unidade biológica; Identificar as principais estruturas que compõem a
célula; Identificar as organelas citoplasmáticas; Diferenciar célula procariótica de
eucariótica; Diferenciar célula animal de célula vegetal; Relacionar as células e o
sistema de classificação dos seres vivos, segundo a classificação de wittaker;
Identificar vírus como organismo acelular; utilizamos o jogo Cara a Cara por este
abordar todos estes aspectos citados.
Reprodução das cartelas do Jogo Cara A Cara com a Célula.
Fonte: Costa, Sueli (2011).
O jogo Cara A Cara é um excelente recurso para trabalhar, em sala de aula,
o conceito de célula e suas correspondentes organelas e estruturas. Segundo a
classificação de Wittaker estão contemplados, no jogo, os reinos: Monera, Fungi,
Protista, Plantae e Animallia. Os vírus, agentes acelulares também estão presentes
no jogo. No presente jogo permitem classificar as células segundo suas
características morfológicas, estruturais e fisiológicas e ainda torna a aprendizagem
uma grande e divertida brincadeira.
Jogo Cara A Cara com a célula:
- Nessa atividade foi utilizado o jogo Cara A cara com a célula, como recurso para
introduzir e desenvolver o conteúdo;
- Previamente fez-se a reprodução do jogo de acordo com as instruções fornecidas
no manual do professor.
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- Dividimos a turma em seis equipes de quatro alunos, cada equipe escolheu uma
equipe para ser o seu oponente no jogo.
- Antes de iniciar o jogo foi solicitamos que os grupos observassem os desenhos
contidos nas cartas do baralho e verificassem quais eram as características comuns
e as diferenças entre todas as cartas.
- Em seguida, para cada equipe foi fornecido um baralho completo.
- Duas equipes de alunos se colocaram frente a frente, visualizando as próprias
cartas dispostas na carteira. As bases foram utilizadas para manter as cartas “em
pé”.
- Um terceiro baralho foi embaralhado pelo professor, que solicitou para cada equipe
retirar uma carta do baralho. Esta foi colocada no suporte de forma a não permitir a
visualização da mesma pela equipe adversária. Neste momento as equipes passam
a formular perguntas sobre a carta com o objetivo de descobrir qual a carta que esta
com a equipe adversária.
Nesse jogo, ganha o jogo a equipe que primeiro descobre o nome da figura
que está na mão do opositor;
- Após o jogo, discutiu-se sobre os critérios que os mesmos utilizaram para ganhar o
jogo. A partir desses critérios com a participação de todos foram construídos os
conceitos de procariótico, eucariótico, acelular. Também foram relacionados os
componentes celulares. A partir das cartas do jogo pode-se desdobrar para outros
aspectos celulares, como as organelas e suas respectivas funções, diferenças entre
células animais e vegetais.
-Todas as regras e forma de jogar e suas orientações estão no site de referência.
Jogo cara A cara com a célula
Material componente do jogo Cara a Cara com a célula:
Três baralhos iguais: dois baralhos com suportes (que ficam em pé) e
Um baralho sem suporte. Cada baralho é formado por 14 cartas.
Autores do jogo:
Cibele C. Berto,
Maria Lígia C. Carvalhal,
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Constant Pires, F.C.,
Ilustração:
Constant Pires, F.C.
Deneno, R.C.
Berto, C.C.
Diagramação: Regina de Siqueira Bueno.
SITE DE REFERÊNCIA:
CENTRO DE ESTUDOS DO GENOMA HUMANO
http://genoma.ib.usp.br/educacao/CARA_A_CARA_manual_Dez_2008.pdf
Questões que foram discutidas com os alunos após o jogo Cara A Cara com a
Célula:
1. Quais estruturas são encontradas em todas as células representadas no baralho?
2. Quais as diferenças entre as célula animais das células vegetais?
3. Que estruturas são encontradas nas células animais e vegetais, e que não são
encontradas nas células das bactérias?
4.Que estruturas são encontradas no nível básico de organização dos animais,
vegetais, de fungos, protozoários, bactérias, mas que não são encontradas nos
vírus?
Depois de discutidas as questões acima, solicitamos que os alunos fizessem
um quadro comparativo para diferenciar célula procariótica de célula eucariótica e
outro para diferenciar célula animal de célula vegetal.
Nessa atividade ocorreu uma grande participação dos alunos, principalmente
no momento do jogo. Por ser uma atividade em grupo, favoreceu a interação entre
aluno X aluno e a interação com o professor.
Nesse jogo Cara a Cara foi muito bom, deu para classificar as células
segundo suas características morfológicas, estruturais e fisiológicas, além de ter
tornado a aula prazerosa, divertida, e descontraída.
Após a atividade questionamos os alunos sobre o jogo. Algumas das
respostas dos alunos:
“é um jogo legal, e dá pra aprender brincando.” “é bacana aprender o que tem nas
células vendo as cartas”. “bom, mas acho mais legal ver no microscópio.”
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“é divertido.” “é legal quando ganhamos o jogo.” “gostei, mas achei difícil entender o
jogo.” “bom, mas tem que pensar nas perguntas e nas respostas.”
“é difícil ganhar o jogo.”
ATIVIDADE 5
Objetivos:
- Discutir e refletir sobre a importância dos envoltórios celulares e reconhecer as
propriedades, funcionamento e importância desses envoltórios.
Estratégias:
-Inicialmente foi proposto que os alunos fizessem uma leitura do livro texto (Paulino,
W.R.) que contempla o conteúdo sobre envoltórios celulares. Os mesmos foram
orientados que após a leitura e discussão do texto seria realizada uma atividade que
exigirá os conhecimentos do texto.
- Após a leitura e a discussão foi realizado o jogo da memória.
JOGO DA MEMÓRIA SOBRE ENVOLTÓRIOS CELULARES
Objetivo:
Discutir, revisar e fixar os conteúdos sobre envoltórios celulares de maneira mais
dinâmica e cooperativa.
Para montagem do jogo da memória
1 - Digitar em folha de papel ofício ou em papel vêrge as frases propostas, como
sugestão as frases que estão no jogo no anexo I. A palavra em azul é o início da
frase que o aluno irá relacionar com as demais frases. Cada palavra em azul deve
relacionar com três frases em vermelho.
2 – Recortar as frases.
3 – Passar plástico tipo contact.
4 – Pedir aos alunos que formem grupos de quatro ou cinco componentes.
5 – Nesta atividade, todos os alunos devem estar com o livro didático no qual estava
inserido o texto utilizado.
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Recursos necessários:
- papel vêrge/cartolina ou até mesmo papelão; plástico tipo contact; frases referentes
ao texto do livro (no caso usei o texto sobre envoltórios celulares).
Procedimentos durante a aula:
- Dividir a turma em grupos. A sugestão é grupos de três ou quatro alunos por
grupo.
- Distribuir o texto para cada grupo. (no caso usei o próprio livro)
- Pedir que os alunos leiam o texto e troquem idéias com o seu grupo acerca
do que foi lido, e que tirem as dúvidas com o professor.
- Dar cerca de 30 minutos para que possam ler e discutir o texto.
- Após isso, pedir para que guardem o livro, distribuir o jogo da memória com
as peças viradas ao contrário, e pedir para que cada grupo vá desvirando as peças
e montando seu jogo (achar o trio correspondente de cada peça).
- À medida que os grupos forem terminando, dar uma olhada para verificar se
montaram os trios corretos.
Ganha o jogo, o grupo que conseguir terminar corretamente e primeiro. Os
demais alunos devem continuar o jogo, até que formem todos os trios do jogo.
Nessa atividade percebemos que na parte inicial, que era necessário a leitura,
alguns grupos não participaram de forma adequada, tanto na leitura, quanto no
momento de discutir e tirar as dúvidas sobre o texto, mas a maioria se engajou na
proposta e participaram de forma efetiva, discutindo, grifando as palavras que não
entendiam e também solicitando a orientação do professor. No momento de montar
o jogo da memória, tiverem algumas dificuldades, pois alguns não prestaram muita
atenção na leitura. Após todos os grupos terminarem de montar o jogo, fizemos a
correção audível, citando qual era os trios correspondentes. Neste momento de
correção foi muito importante, pois verificamos que todos estavam eufóricos e
ansiosos para ganhar o jogo e a cada trio que acertavam, comemoravam com
palavras de ordem com os integrantes do grupo, como por exemplo, “não disse que
essa estava certa”, “erramos por um erro bobo”, “essa erramos por pouco”. O
momento de maior entusiasmo nesta atividade foi o momento de correção oral,
muito importante para revisão e fixação de conceitos biológicos, pois os alunos
estavam curiosos para descobrir qual grupo havia ganhado o jogo. O que
proporcionou um ambiente adequado e favorável à aprendizagem e o ensino.
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ATIVIDADE 6
Objetivo da aprendizagem:
-Entender a estrutura do hialoplasma e sua composição química; Relacionar
as funções das organelas citoplasmáticas com os processos vitais que ocorrem na
célula e no organismo como um todo.
Estratégias:
- Para desenvolver o conteúdo, inicialmente foi utilizado um modelo de uma
célula animal e de uma célula vegetal, e para a fixação do conteúdo foi utilizado um
baralho citoplasmático; a partir desse modelo foi socializada toda a dinâmica de
integração e sincronia que há entre todas as componentes do hialoplasma que
mantém as atividades vitais das células animais e vegetais;
após ser apresentado esse modelo e socializado a dinâmica da fisiologia celular,
utilizamos para fixar o conteúdo desenvolvido o jogo baralho citoplasmático; esse
jogo pode ser utilizado como baralho ou como jogo de memória, utilizamos como
jogo de memória.
-Para o jogo da memória, dividimos os alunos em 7 equipes de 4 alunos, o
objetivo era relacionar cada figura de organela com a sua definição e função;
-O grupo que formasse de maneira correta todos os trios primeiro ganharia o
jogo.
Nessa atividade percebemos um clima de muita descontração e participação,
os alunos acharam bem fáceis montar os trios, pois rapidamente conseguiram
terminar, embora alguns apresentaram trios errados ao relacionar a organela com a
função. Dois grupos conseguiram em 10 minutos montar os trios corretamente.
Nessa atividade, além da fixação e revisão, foi utilizada a atividade como avaliação
sobre organelas citoplasmática. Nesta atividade houve bastante integração,
socialização e solidariedade entre todos os grupos, um ajudando o outro. O que
percebemos é que à medida que a implementação foi ocorrendo, os alunos
começaram a se habituar a trabalhar em grupo, o que inicialmente foi mais difícil.
Outra questão importante foi o de verificar, a alegria e o contentamento quando os
grupos conseguiam superar seus próprios limites e expectativas.
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Fonte: Costa, Sueli (2011) Fonte: Costa, Sueli (2011)
ATIVIDADE 7
Objetivos de aprendizagem
-Compreender como o núcleo controla e coordena todas as atividades vitais
da célula; Reconhecer os componentes de um núcleo interfásico de uma célula
eucariótica; Entender a diferença entre cromatina, cromossomos, gene, DNA;
Compreender as conseqüências das alterações cromossômicas na espécie humana
e tornar-se sensível a essas manifestações.
Estratégia:
- Para introduzir o conteúdo de núcleo celular escolhemos a simulação da
merotomia dos protozoários Stentor e ameba e a simulação do crescimento ou
reprodução do chapéu da alga marinha Acetabularia mediterrânea e a Acetabularia
crenulata. Esta simulação esta inserida no livro pedagógico dos autores Amabis e
Martho (1994, p. 174 e 175).
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Fonte: Costa, Sueli (2011).
Fonte: Costa, Sueli (2011).
- O objetivo dessa atividade de simulação foi perceber a importância do
núcleo celular.
- Após ter discutido e concluído essa atividade de simulação, desenvolveu-se
o conteúdo sobre os componentes do núcleo interfásico de forma dialogada.
- Como forma de avaliação sobre esse recorte de conteúdo foi solicitado uma
pesquisa sobre alterações cromossômicas e a elaboração de um jogo sobre núcleo
celular.
Para encerrar e fechar os conteúdos de biologia celular foi solicitado que os
alunos fizessem uma montagem de uma célula animal e de uma vegetal.
Alguns desses trabalhos:
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Fonte: Costa, Sueli (2011) Fonte: Costa, Sueli (2011)
Fonte: Costa, Sueli (2012).
Resultados obtidos nessa atividade: inicialmente os alunos tiveram certa
dificuldade em entender o esquema da merotomia, mas à medida que fomos
explicando os desenhos, muitos dos alunos conseguiram concluir a importância do
núcleo na regeneração, no desenvolvimento das atividades vitais de uma célula e
como sendo o portador das informações que caracterizam um ser vivo. A montagem
das células animais e vegetais também foi um momento lúdico, que foi importante
para resgatar os conhecimentos sobre a estrutura e fisiologia da célula animal e
vegetal.
ATIVIDADE 8
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Questões pós-teste
Objetivos:
-Verificar se a inserção de jogos facilitou ou não o ensino e a aprendizagem
se favoreceram as interações entre os pares e se as aulas tornaram-se mais
prazerosas e interessantes.
Resultados e conclusões do pós-teste
•Em relação ao estudo da célula, os jogos :
Fonte: Costa, Sueli (2011).
•Em relação aos jogos utilizados:
Fonte: Costa, Sueli (2011).
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•Recursos que devemos continuar a utilizar:
Fonte: Costa, Sueli (2011).
•O que achou dos jogos utilizados:
Fonte: Costa, Sueli (2011)
• O que você achou das aulas de Biologia:
Fonte: Costa, Sueli (2011)
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A partir das observações feitas durante todo o desenvolvimento e aplicação
da implementação na escola, percebemos que utilizando recursos alternativos, como
os jogos pedagógicos, aliados a outros recursos, as aulas tornam-se mais
dinâmicas, prazerosas e facilitadoras, pois com recursos diversos e alternativos
podemos atender de forma mais adequada as especificidades individuais de cada
aluno, pois cada aluno se ajusta melhor a um determinado recurso.Os jogos
pedagógicos, por sua vez, vem a corroborar com essa diversidade, tornando as
aulas mais interessantes, prazerosas e divertidas, pois nos momentos pontuais em
que o utilizamos percebemos um clima agradável e descontraído, o que tornou o
ambiente da sala de aula um lugar propício para o ensino e aprendizagem. A
inserção dos jogos permitiu que os alunos trocassem informações entre si e
compartilhassem responsabilidade em relação à construção de um conhecimento
mais contextualizado e útil no cotidiano.
Analisando as respostas do pós-teste concluímos que os alunos passaram a
ter mais motivação e interesse pelo estudo da biologia, outros passaram a ter uma
visão mais positiva em relação aos conteúdos de biologia.
Concluímos que este trabalho conseguiu resgatar a motivação dos alunos em
relação ao ensino e aprendizagem na disciplina de biologia.
5 Considerações Finais
A reflexão sobre a inserção dos jogos pedagógicos no contexto de sala de
aula no Ensino Básico, como recurso pedagógico alternativo, sugerido nas DCNS do
Paraná/2008 permitiu corroborar este trabalho e assegurar aos alunos e professora
a importância e necessidade de implementar novas estratégias de ensino, com
possibilidades reais de participação ativa dos alunos. O alcance dos objetivos não
apenas previstos no projeto de intervenção, mas, também o alcance dos objetivos
das temáticas da disciplina de Biologia foi muito importante para alcançar os
objetivos deste trabalho. O trabalho desenvolvido durante o período de vigência do
PDE/2010 que compilou dados dos alunos durante o período de aplicação prática
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dos jogos no espaço escolar, dimensionando conteúdos de Biologia ao ser
finalizado, mostrou seus efeitos positivos na motivação e interesse dos alunos bem
como na aprendizagem dos conteúdos de biologia celular.
Referências
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concepções sobre o brincar em histórias de vida. 2006. Dissertação (Mestrado em
Psicologia) – Universidade Estadual de São Paulo, 2006.
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Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da natureza, matemática e suas
tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2006.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:
Autores Associados, 2007.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 8. ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
MACEDO, L.; PETTY, A. L.; PASSOS, N. C. Os jogos e o lúdico na aprendizagem
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Maria Adriana Veronese. Porto Alegre: Artmed, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado e da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica – Biologia. 2009. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/2
_edicao/BIOLOGIA.pdf>. Acesso em: 20 set. 2010.
26
PAULINO, W.R. Biologia, volume1: Citologia/histologia. 1.ed.São Paulo: Ática,
2005.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e
representação. Tradução de: Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.