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O CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: sua dimensão política e a ampliação do orçamento público voltada para a população infanto-
juvenil Valdir Anhucci1
Vera Lucia Tieko Suguihiro2
RESUMO A efetivação dos direitos de crianças e adolescentes requer a destinação privilegiada de investimentos para execução de políticas públicas nesta área. O orçamento público é colocado como um dos instrumentos fundamentais para efetivação dos princípios propostos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. A destinação, execução e fiscalização dos gastos dos públicos é papel dos diferentes atores sociais. Neste sentido, o debate ampliado sobre as decisões em torno do orçamento público torna-se condição para a ampliação dos recursos, exigindo a consolidação dos conselhos de direitos enquanto espaço em que se expressa a dimensão política. Palavras Chaves: Conselhos de Direitos, Orçamento Público e Dimensão Política
ABSTRACT Achievement of children and adolescents’ rights requires the prime investment destination in order to make it possible to implement public policies in this area. Public budget is presented as one of the main instruments to the accomplishment of the principles proposed by the Children and Youth Constitution – ECA/CYC. The destination, implementation and inspection of public expenses are up to different social actors. In this sense, the debate extended over the decisions concerning public budgeting becomes a condition to increase resources, requiring the consolidation of the council of rights while an area in which it expresses political dimension. Keywords: Council of Rights, Public Budget, Political Dimension
1 Mestre. Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana / Universidade Estadual de Londrina
[email protected] 2 Doutora. Universidade Estadual de Londrina – UEL. [email protected]
1 – INTRODUÇÃO
Com a Constituição Federal de 1988, a sistemática orçamentária foi alterada
com a introdução de um instrumento de planejamento que passou a ser elaborado pelas três
esferas de governos, seja no âmbito municipal, estadual e federal: Plano Plurianual (PPA) e
a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), constituindo-se
nos elementos centrais que compõem as leis reguladoras da atividade orçamentária. Este
processo pode e deve ser acompanhado de perto pelos diferentes atores sociais, com vistas
a priorizar recursos para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes.
Nesta perspectiva, o exercício da participação e do controle social, a partir dos
diferentes espaços públicos, sobre o referido processo orçamentário é que pode dar uma
maior visibilidade às decisões tomadas no que diz respeito ao orçamento público. O
princípio da prioridade absoluta previsto no ECA pode ser atendido na medida em que se
garante recursos para as políticas públicas que atendam crianças e adolescentes. Assim, o
orçamento público é fundamental para efetivação dos direitos da população infanto-juvenil,
pois sua importância não é apenas econômica, mas principalmente tem caráter político e
social.
O Estado deve ser responsabilizado pelo provimento de políticas públicas, o que
exige o reconhecimento da sua atribuição na destinação de recursos do orçamento público
em ações que ressaltem a defesa, a promoção, a proteção e a garantia dos direitos de
crianças e adolescentes, prezando pela institucionalização de ações programáticas de
caráter formativo e contínuo. A sociedade civil por sua vez, deve cumprir o seu papel
exigindo, a partir da participação e do controle social, uma fatia maior do orçamento público
para os investimentos na área da criança e do adolescente.
Sendo assim, é fundamental reconhecer o aspecto político dos conselhos no
processo de discussão e construção do orçamento público. Estes espaços públicos,
legitimamente constituídos têm um papel determinante, qual seja o de redefinir a relação
entre sociedade civil e Estado, prezando pela preocupação em democratizar as decisões
tomadas sobre os recursos públicos.
A dimensão política do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente se expressa a partir do debate ampliado e do confronto de posições em torno
da discussão sobre orçamento público. Tal processo permite elencar prioridades no que diz
respeito à aplicação dos recursos públicos, prezando pelo cumprimento da Constituição
Federal de 1988 e do ECA no que se refere aos direitos da população infanto-juvenil. Neste
sentido, este estudo tem como objetivo refletir sobre a importância da dimensão política dos
conselhos de direitos na ampliação do orçamento público voltado para crianças e
adolescentes.
2 – OS ESPAÇOS PÚBLICOS ENQUANTO LÓCUS DA DIMENSÃO POLÍTICA
O reconhecimento dos conselhos de direitos como espaço público de expressão
da dimensão política os qualificam como importantes arenas de debate em torno de
questões de interesse comum. Por se tratar de algo que interfere na vida de todos, o
orçamento público deve ser objeto de discussão coletiva, o que requer a construção de
espaços públicos onde a política se faça presente cotidianamente. Ou seja, a destinação
dos recursos que financiam as diferentes políticas públicas deve passar pelo crivo da
população, prezando pela socialização do debate em torno do orçamento público.
Para Telles (1994), a garantia de direitos passa pela construção de um novo
contrato social, prezando por princípios que sejam capazes de regular a vida social a partir
de interlocuções. A autora está se referindo à necessidade de se consolidar espaços
públicos democráticos voltados para o amplo debate sobre a coisa pública. No entanto, ao
se referir ao espaço público, Telles (1994) chama a atenção para um terreno em que se dá a
invenção da política. Quando não há por parte da sociedade, uma discussão sobre os
direitos a partir de um processo de mediação pública prevalece a privatização das relações
sociais. Neste sentido, a autora afirma que as experiências de instâncias de decisão do
poder local, quando construídas a partir da interface entre Estado e sociedade,
[...] permitem tornar a gestão pública permeável às aspirações e demandas emergentes da sociedade civil, retirando do Estado o monopólio exclusivo da definição de uma agenda de prioridades e problemas pertinentes à vida em sociedade. E isto significa um outro modo de se construir uma noção de interesse público; uma noção plural e descentrada, rompendo, por isso mesmo, com uma versão autoritária, solidamente enraizada na história política do país, sinonimizada com a razão do Estado e identificada com a imposição autoritária da lei (TELLES, 1994, p. 13).
Sendo assim, exercer qualquer influência sobre o processo de gestão do
orçamento público requer da sociedade uma apropriação maior, a partir dos diferentes
espaços públicos, sobre os assuntos ligados à destinação dos recursos que financiam as
políticas voltadas para a população. Isto significa dizer que orçamento público deve ser algo
a ser debatido por todos, e não só pelo poder legislativo ou por técnicos do poder executivo.
Nesta perspectiva, a necessidade de potencializar a organização política através
consolidação de espaços públicos se faz urgente, na medida em que está em curso uma
forte ofensiva ideológica que fortalece e cristaliza a hegemonia das classes dominantes.
Trata-se do projeto neoliberal, que não condiz com o fortalecimento da dimensão política
dos espaços públicos. No que diz respeito às decisões sobre o orçamento público, o projeto
de inspiração neoliberal tem contribuído para o isolamento da população, dificultando sua
interferência nas diferentes arenas de debate. Na concepção neoliberal, Iamamoto (2004)
destaca que o orçamento público é apreendido como uma mera peça técnica na medida em
que as prioridades sobre a utilização dos recursos são dadas pelo bloco do poder, em
detrimento da ausência do debate que aponte para a utilização de critérios políticos no que
se refere à condução do orçamento público. Com isso,
A viabilização dos direitos sociais – e em especial aqueles atinentes à seguridade social – pauta-se segundo regras de um livro-caixa, do balanço entre crédito e déficit no ‘cofre governamental’. [...] a elaboração e interpretação dos orçamentos passam a ser efetuados segundo os parâmetros empresariais de custo-benefício, eficácia-inoperância, produtividade-rentabilidade. O resultado é a subordinação de respostas às necessidades sociais à mecânica técnica do orçamento público, orientada por uma racionalidade instrumental. A democracia vê-se reduzida a um ‘modelo de gestão’, desaparecendo os sujeitos e a arena pública em que se expressam e defendem seus interesses (IAMAMOTO, 2004, p. 29).
Isso demonstra que a lógica neoliberal tem contribuído para fragilizar ainda mais
os espaços públicos de decisão, negando a política ao não valorizar o debate plural no que
diz respeito aos recursos públicos. Ao considerar que a implementação de políticas públicas
exige a garantia de recursos suficientes através das prioridades estabelecidas no âmbito do
orçamento público, este torna-se alvo de inúmeros interesses, de forma que a classe
dominante tem se utilizado de todas as estratégias para se apropriar de uma fatia maior. Aí
está o importante papel a ser desempenhado pelo espaço público, na medida em que “[...] é
o espaço do aparecimento e da visibilidade – ‘tudo que vem a público pode ser visto e
ouvido por todos’ – e, se isso importa, é porque essa visibilidade pública é o que constrói a
realidade” (TELLES, 1999, p. 40).
O espaço público, ao se constituir como lócus de debate cotidiano sobre aquilo
que é comum a todos, expressa sua dimensão política, uma vez que possibilita o confronto
de interesses e a disputa de projetos, permitindo maior aproximação dos diversos atores
sociais junto ao debate em torno dos recursos públicos. No Brasil, dentre os espaços que
tem a possibilidade de contribuir para tais mudanças no âmbito da gestão do orçamento
público estão os conselhos de direitos.
Trata-se de instrumentos capazes de redefinir as relações entre Estado e
sociedade civil na medida em que os conselhos podem “[...] imprimir níveis crescentes de
democratização às políticas públicas e ao Estado que, em nosso país, têm forte trajetória de
centralização e concentração de poder” (RAICHELIS, 2006, p. 110).
Os conselhos enquanto espaços públicos possibilitam uma relação horizontal
entre Estado e sociedade civil, através de discussões e embates que possam expressar os
problemas enfrentados pela população, a fim de dar importância para as questões de
interesse comum, entre elas o debate sobre o orçamento público. Dessa forma, a partir dos
conselhos é possível
[...] imprimir um novo formato às políticas sociais, pois se relacionam ao processo de formação das políticas e tomada de decisões. Com os conselhos, gera-se uma nova institucionalidade pública. Eles criam uma nova esfera social-pública ou pública não-estatal. Trata-se de um novo padrão de relações entre Estado e sociedade, porque eles viabilizam a participação de segmentos sociais na formulação de políticas sociais e possibilitam à população o acesso aos espaços nos quais se tomam as decisões políticas (GOHN, 2003, p.85-88).
Assim, se contribui para o fortalecimento da esfera pública, na medida em que o
espaço dos conselhos viabiliza o debate público, permitindo que as decisões políticas sejam
negociadas, acordadas de forma coletiva e transparente. Isso pressupõe que os conselhos
penetrem “[...] na lógica burocrática estatal para transformá-la e exercer o controle
socializado das ações e deliberações governamentais” (DEGENNSZAJH, 2000, p.66).
Como se pode perceber, o conselho é o lócus “[...] do fazer político, como
espaço contraditório, como uma nova modalidade de participação, ou seja, a construção de
uma cultura alicerçada nos pilares da democracia participativa e na possibilidade da
construção da democracia de massas” (BRAVO, 2002, p.47-48). Isto significa a construção
de espaços públicos capazes de manifestarem sua dimensão política no âmbito da gestão
do orçamento público.
Nesta perspectiva, o CMDCA pode exercer um papel determinante no processo
de gestão do orçamento público, haja vista que é um dos espaços capazes de influenciar a
tomada de decisões no que diz respeito aos recursos a serem investidos na área da criança
e do adolescente. Isso significa que o referido conselho é responsável por exercer o controle
social sobre orçamento público com vistas a garantir investimentos suficientes para a
efetivação da política pública voltada para a população infanto-juvenil.
Assim, a importância deste estudo está na necessidade de se verificar em que
medida o CMDCA tem se configurado enquanto lócus de manifestação da dimensão política
no processo de gestão do orçamento público. O que se verifica são as dificuldades e os
desafios enfrentados pelo conselho, no que diz respeito ao controle das decisões tomadas
no âmbito do orçamento público.
A pesquisa aponta para o fato de que com freqüência as discussões em torno do
orçamento público ficam restritas ao domínio do poder executivo, o que denota a dificuldade
em ampliar o debate sobre o assunto. Pode-se verificar o quanto o orçamento público ainda
é visto como objeto de decisões técnicas, dificultando que o mesmo seja compreendido
como objeto de um debate mais amplo, que envolva uma maior participação da população,
com vistas ao atendimento do interesse comum.
Os conselhos não tem se configurado como lócus de debate, prejudicando sua
dimensão política, na medida em que parte significativa dos conselheiros afirma não ter
qualquer envolvimento com o tema.
O entendimento que se tem, por parte dos conselheiros, é que as decisões sobre
o orçamentos são de responsabilidade do poder público, não considerando o fato do
CMDCA ser um espaço importante para a ampliação dos recursos a serem investidos nas
políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes.
Entre os fatores que dificultam o debate político sobre o orçamento público, os
conselheiros apontam também a ausência de informações sobre o mesmo, na medida em
que o acesso é dificultado pelo próprio poder público. Este nem sempre está disposto a
submeter as decisões sobre o orçamento ao crivo dos diferentes atores sociais.
A dimensão política do CMDCA fica prejudicada, na medida em que se pode
constatar que os conselheiros pouco participam do processo de elaboração do orçamento
público de seu município, alegando que isso não é papel do conselho. O que se pode
vislumbrar é a fragilidade dos conselheiros para o pleno exercício de suas atribuições,
determinada, muitas vezes pela omissão da administração pública. Tal situação se agrava
ainda mais diante da passividade dos conselheiros. Ao ficarem alheios do processo
orçamentário, os diversos atores sociais ligados ao segmento criança e adolescente, entre
eles os conselheiros, perdem a oportunidade de ampliar os recursos voltados para as
políticas públicas voltadas para a população infanto-juvenil.
A dificuldade em se sentir parte do processo de discussão sobre os recursos
públicos demonstra o quanto a gestão democrática está distante de se efetivar. Ao não
compreender a dimensão política do conselho, os atores sociais abrem mão de um espaço
privilegiado no que diz respeito à construção de prioridades que possam exigir do poder
público maiores investimentos na área da criança e do adolescente.
Se faz urgente medidas voltadas para a mudanças no que diz respeito à
compreensão sobre o processo de discussão do orçamento público. Torna-se imperioso um
trabalho de qualificação, instrumentalização e domínio de conhecimento por parte dos
diferentes atores sociais sobre a importância política de influir no processo de definição
orçamentária enquanto instrumento fundamental para a viabilização das políticas públicas
de interesse coletivo de crianças e adolescentes.
Além disso, a submissão do orçamento público ao debate dos diferentes atores
sociais requer uma postura diferenciada tanto do Estado como da sociedade civil. Do Estado
no sentido de respeitar as instâncias de decisão, valorizando-as e contribuindo para o seu
fortalecimento. A sociedade civil, por sua vez tem o papel de exigir do Estado o
cumprimento de suas obrigações, a partir da ocupação das diferentes arenas de debate,
valorizando e compreendendo estes espaços como lócus de expressão da dimensão
política. Tal dimensão se efetiva quando os atores sociais envolvidos se enfrentarem no
debate em torno da construção de prioridades no que diz respeito ao orçamento público,
não permitindo que o mesmo seja objeto do interesse particular de determinados setores.
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A efetiva implementação de direitos da população infanto-juvenil exige maiores
investimentos em recursos públicos. As potencialidades de novas arenas que podem vir a
estruturar campos de proteção e lutas por direitos socioeconômicos, civis e políticos,
constituem o estatuto legal de defesa das crianças e adolescentes. Entretanto, os esforços
de abertura de canais de proteção e reivindicação são embrionários, o que sustenta a
ocorrência de amplo e variado processo de destituição de direitos.
A sociedade brasileira precisa movimentar-se com urgência, no sentido de se
mobilizar e lutar pela conquista de seus direitos. Isso requer o enfrentamento da apatia
política em que se encontra a população brasileira, ocupando os espaços e se posicionando
frente às ingerências daqueles que ainda dominam a coisa pública.
A construção e consolidação do processo participativo passa pelo estímulo de
espaços públicos que promovam as discussões coletivas e deliberações transparentes com
visibilidade ética, social e política. O resgate de movimentos e diferentes formas de ações
coletivas potencializam a organização, a socialização de informações e o desenvolvimento
de uma gestão democrática voltada para o interesse comum.
O desafio se torna ainda maior diante de um contexto neoliberal em que o Estado
tem se furtado em cumprir com suas obrigações no que se refere à ampliação de
investimentos em políticas sociais públicas. Além disso, o neoliberalismo tem contribuído
para a neutralização do amplo debate no âmbito do espaço público, desqualificando a
dimensão política destas arenas.
Neste sentido, o desafio está na possibilidade de acionar a capacidade da sociedade
em exercer o seu papel na defesa incondicional dos seus direitos, a partir da participação e
do controle social sobre o orçamento público.
Isto significa que a sociedade civil não tem o papel de assumir para si
responsabilidades que são do Estado, mas deve ser capaz de monitorar o cumprimento da
determinação legal vigente no país, a fim de exigir do poder público o compromisso com a
prioridade absoluta no que diz respeito aos investimentos voltados para a população infanto-
juvenil.
A expressão da dimensão política no âmbito dos conselhos, com o objetivo de
influenciar as decisões sobre o orçamento público, passa pelo protagonismo não só dos
conselheiros, mas, sobretudo dos diferentes atores sociais que se comprometem com a
democratização da gestão de políticas públicas, em especial no que se refere à condução
do processo orçamentário.
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