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JORNADA TAREFA EXTRA REPÓRTER POR UM DIA Matérias enviadas pelas comunidades novas

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JORNADA TAREFA EXTRAREPÓRTER POR UM DIA

Matérias enviadas pelas comunidades novas

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CACHOEIRINHA I/SE Autores: Laiane, Raiane, Givaldo, Taílson, Aílton e Ana Paula

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CACHOEIRINHA I/SE Autores: Laiane, Raiane, Givaldo, Taílson, Aílton e Ana Paula

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CATOLÉ/CE Autores: Cicera Hiarly, Alexandra, Halana e JordâniaProjeto de incentivo para agricultores da de comunidade CatoléA comunidade de Catolé recebeu um grande incentivo da ONG: ACB (Associação Cristã de Base), que proporcionou às comunida-des a oportunidade de diversificar e intensificar a produção agrícola com base nos meios agroecológicos, através do projeto: “Jovens fa-miliares produzindo no Cariri”, patrocinado pela Petrobrás, com o apoio do governo federal.A comunidade de Catolé já se encontra com o primeiro sistema PAIS- Produção Agroecológica Integrada e Sustentável, em pleno funcionamento na casa do Senhor José Abílio, agricultor da co-munidade, que diz estar muito feliz com a conquista: “Achei muito bom, tanto para minha família como também para comunidade, estou muito satisfeito e agradecido.”

José em seu sistema pais onde cultiva uma produção diversificada.

Esse sistema foi construído com a mão-de-obra da própria comuni-dade, através de um trabalho voluntário, que foi concluído em apro-ximadamente três dias e meio. Era contrapartida da comunidade construir o sistema pioneiro, realizando todas as etapas: o galinhei-ro, o local dos canteiros e a área de pastejo assim como montar o quite de irrigação por gotejamento. Houve uma intensa participação de todos e o resultado foi excelente.

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Construção do sistema pais.

Esse tipo de iniciativa é muito importante para quem convive com o semiárido e conhece bem os problemas da seca na região. Hoje, na propriedade do senhor José está sendo produzido na horta: Alface, coentro, pepino, pimentão, cebolinha, quiabo, abobrinha, hortelã, malva do reino, cenoura, abacaxi, mamão, batata doce e coloral, além de plantas nativas como ypê e imburana de cheiro. É importante salientar que todos esses produtos são isen-tos de agrotóxicos. A esposa do senhor José, Maria Agda relatou a importância projeto e como o mesmo trouxe autonomia e qualidade de vida à todos: “Considero que foi muito bom o projeto, aumentou nossa renda e melhorou a qualidade de nossa alimentação, pois consumimos produtos orgânicos.”

Senhora Agda observando o plantio de cebolinha.

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Horta e galinheiro.

Sistema Pais

Equipe de reportagem

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RIACHO DE PEDRA/CE Autores: Cicera Hiarly, Alexandra, Halana e Jordânia

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COXÁ/CE Autores: Delvânia Aparecida, Dailane Aparecida, Juscelino Saraiva e Maria da ConceiçãoReporter por um dia! Edicao do dia 27 de Marco de 2015 as 10hs da manha do jornal noticia da Comunidade Coxa. A nossa entrevista foi cm o sr Viturino Ferrera,filho de Joao Ferreira Sobrinho e Raimunda Rita de Jesus,pai já falecido,casado,agricultor,analfabeto,tem 46anos de idade,pai de 04 filhos,tem no total 12 irmaos,sendo o mais velho da segunda familia,nascido e criado nesta comunidade.Comecou a trabalhar ao 06anos de idade para ajudar a seu pai cm as dispersar da casa por ser mais velho teve q batalhar muito cedo acordava as 7hs da manha para alida no campo.Mas para ele nao foi problemas apenas solucoes para um futuro brilhante,superando todas as barreiras e dificuldades.Ao se casar cm a sra Maria Aparecida Ferreira tmb agricultora continuou lutando e trabalhando para sustentar a sua familia.Devido a este arduo trabalho em 2002 comecou a sentir algumas dores e cansaco mais mesmo assim nao empediu de trabalhar fez uma consulta mas as dores nao passavam por isso resolveu er ao medico q falou se ele nao diminui-se o ritimo de trabalho o seu problema na coluna poderia se agravar,dias depois retornou ao seu trabalho pq era o unico meio q tinha para sustentar sua familia.Alguns anos depois ja em 2012 as dores voltam e ain-da mais fortes e ele volta ao medico q examina e receita umas emjercoes q so podem ser aplicadas no hospital e exige muito repouso mas nao havia outra alternativas se voltar ao trabalho.Infelismente dias depois voltou a sentir dores e q o levou a fazer exame e descobriu q estava cm 4 hernias de disco na columa em estdo avancado.Os medicos pro-puzeram uma cirurgia q custaria 35 mil reais mais nao solucionaria o problemas,apenas pararia as dores o deixando paralitico,ouvino isto o seu mundo desmoronou pois ja nao conseguiu mais se locomover.Passou dias de cama sem andar,teve comeco de deprecao e avc so q a fe foi mais forte comecou a fazer promessa a Padre Cicero Romao Batis-ta,e tmb para outros santos e nao aceitou a fazer a cirurgia.

E hoje em 2015 esta bem melhor anda de moleta e consegui fazer alguns servicos q nao exiga muita forca fisica e vai ater a roca para sastifazer o seu desejo de esta no campo olhando sua plantacao de milho e feijao,e dis em alto e bom tom q a fe e o melhor remedio para o ser humano, uma superacao!

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MARIMBAS/PB Autores: Tony Francisco e José NetoNossa entrevista foi feita com a agricultora Socorro Martins, moradora de São José Marimbas.E falamos sobre Associação comunitária e o que ela está fazendo em nossa comunidade, numa reportagem de Antonio Francisco e Jose neto.

QUANDO COMEÇOU E QUEM FOI OS FUNDADORES DA ASSOCIAÇÃO?Começou em 18 de setembro de 1995, numa reunião entre alguns agricultores de nossa comunidade agricultores e agricultoras que tinha em mente o sonho de trazer para esse lugar algo melhor,fizemos uma reunião com a presença dos senhores Alcides Francisco de Sousa, Francisco de Assis Gonçalves, Manuel Cosmo, Antônia Ferreira, Antônia Nonato, Tómaz Camilo, manuel Adriano, Pedro Alves da Silva, Santino Francisco de Sousa Socorro martins Ferreira entre outros da comunidades no grupo escolar de Marimbas Cachoeira dos índios-PB e fundamos uma associação comunitária rural, na época era muito precária pois não tinha dinheiro para regulariza a associação.Naquele tempo os políticos só vinha aqui pra pedir voto e depois quando alguma pessoas fazia uma comida pra eles, havia um vereador daqui que era pedro Belo que brigava muito por essa comunidade. COMO ERA O PAPEL DA ASSOCIAÇÃO AQUI NA COMUNIDADE?Logo no inicio foi bom por que era realmente o interesse de todos, depois passou a ser de interesse político ai come-çou a cai, por que tudo que vinha pra ela tinha alguém queriam ganhar nome em cima disso, e acabou por bem dizer, fechando as portas. E NOS DIAS DE HOJE COMO ESTA A ASSOCIAÇÃO?Melhorou muito esta mais organizada, as pessoas acreditam na associação apesar de sempre ter aquele que não quer ver ela se desenvolver, mais esta muito bem, temos reuniões mensais e sempre tem novidades na comunidade, como também a esperança de vir sempre coisa boas. A AÇÕES DA ASSOCIAÇÃO ESTA TENDO RESULTADO?Sim, já veio muitas coisa nesses últimos anos pra gente através do esforço da diretoria da associação é como diz o dita-do a união faz a força e aos poucos vem acontecendo a exemplo de feiras, cisternas, abastecimento de água, compra da sede e outra coisa a mais. E O QUE JÁ VEIO ATRAVÉS DA ASSOCIAÇÃO TEM RESULTADO?claro, essas cisternas que foi construída aqui é uma bença pra todos, a água do açude São Joaquim pra cá e a chegada da rede coep é muito bom pra gente além de mais coisa que não lembro agora mais é bastante coisas que a associação trouxe pra nos. QUAL O RECADO QUE A SENHORA DEIXA PRA COMUNIDADE?Para que as pessoas não só de Marimbas mais de todas comunidades que deem valor a suas associações por que é atrávez delas que se consegue as melhoras pra comunidades e que não deixe que as associações se acabem por que nos que somos agricultores temos que nos unir pra conseguir algumas coisa pra nossas comunidade e a associação é o caminho.

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MARIMBAS/PB Autores: Tony Francisco, Maria Irlandia e Josefa Cerlândia

Chuvas animam os agricultores de São Jose de Marimbas

As regularidades das chuvas caída no mês de março tem animado os agricultores de São Jose de Marimbas para uma safra pelo menos melhor que no ano de 2014. No mês de março vem chovendo bastante em nossa região, alguns açudes estão sangrando e quem plantou cedo ou em terras baixa poderá colher um pouco de legume como eu, declara o agricultor Normando Ferreira em nossa entrevista no dia 28 de março de 2015. Seu Ormando como é mais conhecido revelou que já passou por muito aperto na vida, ele disse que todos os anos ia pra São Paulo cortar cana e deixava sua roça já pronta para que sua esposa cuidasse, e muitas vezes gravida “eu tinha filhos e uma mulher que ficava gestante pra dar de comer e não havia bolsa família e outras ajudas ou eu ia cortar cana ou não dava o que comer a meus filhos

passava seis meses distante de minha família, era muito difícil as coisa naquela época”. Seu Normando disse que esses anos de seca não chegou nem a metade da seca na década de

80, aonde foram quatros anos de seca 1980,81,82,83,84 onde as pessoas se obrigava a sofre na emergência com os fiscais carrascos, pois eles não tinham pena de ninguém, vir pessoas carregando pedras pesadas na cabeça chega ficava sangrando por que era muito pesado o serviço e quando ficavam doente tinha seu ponto cortado eu também sofri muito nesse tempo e agora os governantes dão muitas ajudas pra as famílias.

Ele disse que este ano a expetativa dos agricultores é de que a lavoura seja pelo menos melhor do que nos outros anos, por que ora chuvas em excesso, ora escassas. Vale destacar também que as chuvas até o momento estão sendo poucas mais estamos tendo uma sequência que ajuda muito boa para o milho e o feijão. Então voltamos a fala de sua vivencia Normando falou que fez de tudo um pouco pra cria seus nove filhos, já fui fotografo quando não tinha dias de serviços pra trabalha, trocador, tive uma pequena banda de forro onde ajudei um de meus filhos Cicero que hoje toca em São Paulo, trabalhei em um circo e hoje continuo

trabalhando na roça e só vou para quando um dia Deus quiser por que sou sertanejo e tenho muito orgulho disso.

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Criei nove filhos trabalhando na roça no cabo da enxada da foice e do facão em São Paulo, sofri muito pra não deixa faltar o feijão e o arroz deles, hoje seu Ormando emocionado diz “todos os meus filhos estão criados casados só não IOLANDA milha filha que Deus levou, e Amilton o mais nova mais os outros graças a Deus estão felizes “Iolanda faleceu em 2010 teve um problema muito grave na cabeça ficou uns anos sendo cuidado pelos nossos braços e nos deixou foi muito duro perder uma filha tão nova mais se Deus quis assim só nos resta aceitar”, disse seu Ormando emocionado.

Reportagem de Irlândia Martins, Josefa Cerlândia e Antonio Francisco.

 

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FRANKILÂNDIA/CE Autores: Joathan Magalhães, Marcos Antonio, Marcia Dantes, Marlene Dantas, Ednaldo Silva e Ronaldo Sousa

Isaquiel, Jailma, José Geraldo, Maria de Lourdes, Edileuza e Wellington.

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SERRA DO MEIO/AL Autores: Fabio Pereira e equipe

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TABULEIRO/AL Autores: Isaquiel, Jailma, José Geraldo, Maria de Lourdes, Edileuza e Wellington

Tarefa extra: Repórter por um dia.

BANCO COMUNITÁRIO DE SEMENTES: COMO SURGIU NO ESTADO DE ALAGOAS? O que é um banco comunitário de sementes? Qual objetivo para os agricultores? Quais os benefícios para os agricultores locais?

O banco comunitário de sementes é um local onde são armazenadas as sementes, de um grupo de pessoas, para

futura utilização. Tem como objetivo garantir aos agricultores as suas futuras plantações.

Mas como surgiu na nossa região?

Nas palavras da nossa entrevistada, Dona Maria de Lourdes (agricultora de 60 anos): “- Antes do banco de

semente nós tinha muita dificuldade, os próprio agricultor pegava emprestado com os outros alguns quilo de

semente e tinha que devolver três vez mais do que foi emprestado, a gente pensou então em criar um banco de

semente, com a roça comunitária. Era assim: nós duou três quilo para a roça comunitária, nós plantou tudo e

depois da colheita nós colocou as semente nos vaso e assim nós criemo o banco de semente. Então acabou a

dificuldade, no tempo do plantio nós tudo tinha o que plantar. Esse exemplo se espalhou nas comunidade aqui

perto e depois a gente ficou sabendo que Alagoas toda seguiu nosso exemplo, hoje todo o território tem banco de

semente e não vi nenhum agricultor dizer que achou ruim o banco de semente, todos gostaram da ideia. Através

desse banco a gente fundou a COPPABACS , que hoje tá lá em Delmiroi, e escuto falar que ela tá ajudando uma

ruma de gente que nem nós.”

Com essa explicação já responde a pergunta seguinte: Quais os benefícios para os agricultores locais?

Essa ideia pioneira do Distrito Tabuleiro proporcionou segurança aos agricultores em relação ao que plantar na

próxima época de plantio, facilitou a vida dos moradores e proporcionou o desenvolvimento da comunidade com a

sede do banco de sementes (antes as sementes ficavam na casa dos irmãos freis - Frei Angelino e Frei Afonso -

que foram responsáveis pela organização das lutas no desenvolvimento da comunidade) e a chegada de

maquinários para facilitar o trabalho dos agricultores. Maquinários como a selecionadeira e a batedeira de grãos,

que por ser de motor trifásico está a oito anos sem funcionamento devido a baixa potência de energia na

comunidade.

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(Banco comunitário de Sementes do Distrito Tabuleiro)

(Vasos que armazenam as sementes e máquina batedeira ao lado)

(Máquina batedeira de grãos)

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(Máquina selecionadeira de grãos)

Até hoje a COPPABACS (Cooperativa dos Bancos Comunitários de Sementes), citada por dona Maria, realiza seus

trabalhos, tem atuação em todo o estado de Alagoas na prestação de serviços para agricultores e agricultoras familiares,

contudo, o trabalho com bancos comunitários de sementes tem sido focado nos municípios que fazem o semiárido

alagoano.

Delmiroi – Delmiro Gouveia é uma cidade do estado de Alagoas vizinha ao município de Água Branca – AL. Reportagem do Comitê Mobilizador do Distrito Tabuleiro: Isaquiel, Jailma, José Geraldo, Maria de Lourdes, Edileuza e Wellington.

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TABULEIRO/AL Autores: Isaquiel, Jailma, José Geraldo, Maria de Lourdes, Edileuza e Wellington

Tarefa Extra: Repórter por um dia

AGRICULTORES DO DISTRITO TABULEIRO E PROBLEMAS COM LOCOMOÇÃO AUTOMOTIVA. Como lhe dar com isso? Quais as dificuldades enfrentadas por eles?

O problema do transporte público está em todo país, no Alto Sertão Alagoano não é diferente. No Distrito Tabuleiro os moradores, onde grande parte são agricultores, também são vítimas desse descaso. Mas o que seria o transporte público nessa região? Segundo dona Maria Rudilenes, uma das nossas entrevistadas, ao ser abordada sobre o assunto, ela relata que “-o transporte que nós tem não deve se chamar de carro e sim de lata de sardinha, é isso que sinto quando venho aperriada da feira. Chego em casa dando graças a Deus” retrata a agricultora de 41 anos.

E os problemas não param por aí, além das más condições de locomoção do pessoal que precisa ir à cidade para fazer a feira e resolver suas coisas, há o problema de transporte com os alunos da zona rural que estudam na cidade, só que dessa vez não é pelas condições que o transporte se encontra e sim pela falta dele. Vejam o que foi feito e a repercussão nas redes sociais:

(Estudantes em frente a prefeitura municipal de Água Branca no dia 12/03 protestando com a falta de transporte escolar nas zonas rurais)

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(Repercussão nas redes sociais)

Como se não bastasse todo esse caos no transporte, a agricultora que viveu toda sua vida na roça, Dona Carmelita (78 anos), expressa sua indignação quanto a passagem:

Repórter: “-Dona Carmelita, o que a senhora tem a dizer com o aumento da passagem?”

Dona Carmelita: “ -Me a lembro que dias atrás a passage custava dois real, a gente ia e voltava tranquilo com esse preço, mas hoje tem a precupação de deixar de comprar arguma coisa pra poder pagar a passage.”

Ao perguntar o que ela acha que deve ser feito para resolver o problema, ela diz que “agora num tem um tal dum potesto? Apois é só portestar na perfetura e vê o que vão dizer”

O jovem Maciel, também entrevistado, que mora no Rio de Janeiro e está a passeio, (filho de agricultores da comunidade) fez a seguinte indagação:

“-No Rio de Janeiro onde a gente vive pagamos três e vinte para andar duas horas em um transporte e se for o caso de não chegar ao tempo total, tem o direito de pegar nova condução de graça, sem pagar nenhum centavo, que é a chamada integração. Já aqui a gente anda oito quilômetros, menos de quinze minutos e é obrigado a pagar cinco reais”. Coloca o Jovem. Da mesma forma completa a agricultora Maria de Lourdes dizendo: “-e se eu comprar um saco de milho ainda tenho que pagar dois reais pelo volume”. Nesse caso, a melhor das soluções para a resolução do problema seria invocar o poder público para seguir o exemplo de outros estados e padronizar os preços de acordo com a realidade local, tendo em vista que a grande maioria da1 população de Água Branca são agricultores da zona rural, que dependem de assistências do governo.

1 Uma reportagem do comitê mobilizador: Isaquiel Dias, Jailma Feitosa, José Geraldo, Maria de Lourdes, Maria Edileuza e Wellington

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MAXI/AL Autores: Maria Ferreira de Andrade, Maria Janiele dos Santos E Roberlânia Ferreira de Andrade

AGRICULTORES DA COMUNIDADE MAXI NO MUNICÍPIO DE ÁGUA BRANCA-AL ENFRENTAM A SECA NA SUA REGIÃO COM CRIATIVIDADE E DISPOSIÇÃO.

Pov. Maxi, Água Branca-AL, 19 de março de 2015.

Agricultores do município de Água Branca-AL, localizados na região da caatinga, na Comunidade Maxi, enfrentam a seca prolongada com muita criatividade e disposição, segundo os agricultores, o que não falta é fé para continuarem lutando, disse uma das moradoras entrevistadas em nossa reportagem. Muitos sãos as dificuldades em tempos de seca para os pequenos agricultores que moram em uma das regiões mais carentes do município de Água Branca. Em todo o Alto-sertão alagoano, a seca segue a

passos largos e não cessa a mais de três anos. Na comunidade Maxi, as dificuldades enfrentadas pelos moradores sãos imensas, porém com criatividades e disposição, os moradores buscam soluções alternativas para enfrentarem esse momento duro que afeta a subsistência dos moradores e suas propriedades.

Na entrevista feita a agricultora Maria José e o vizinho o Sr. Antônio José, segundo eles, a lavoura e a criação de animais sãos os grandes afetados. Os agricultores, falam com tristeza sobre a perda de seu rebanho e plantações feita em três anos consecutivos, perdemos o nosso trabalho e toda a lavoura, disse os agricultores. Somada a falta d’água, os agricultores e seus familiares sofrem ainda mais com o problema, vale lembrar que o município de Água Branca é cortado pelo Canal do Sertão, projeto do Governo Federal para ajudar no combate à seca na região.

Repórter- Dona Maria José, para você o que é mais difícil no cultivo da agricultura em sua região?

Maria José - O mais difícil é a seca que a três anos estamos enfrentando, porque com a falta da água e a falta da chuva tudo fica mais difícil. Para melhor

ajudar na criação dos meus animais plantei palma pela falta dos pastos.

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Repórter- Seu Antônio José, como você faz para criar seu rebanho nessa época de seca?

Antônio José - Passo a maior dificuldade, tenho que buscar água de carro de boi, comprar ração, mas esse ano me preparei prevendo a falta de chuva, fazendo um silo para ajudar na alimentação do meu rebanho.

Repórter- Com a falta de água e de chuvas na região, o senhor sente medo?

Antônio José- Medo é algo que não acompanha o nordestino! Tenho que ter mais coragem, mais disposição e mais criatividades para enfrentar as dificuldades no campo.

Repórter- O senhor fala em criatividade, que tipo de criatividade vocês empregam para ajudar na manutenção da sua propriedade nesse tempo de seca?

Antônio José- Não queremos ir embora da nossa terrinha, queremos viver aqui, e para viver por aqui, temos que aprender a conviver com a nossa realidade. Temos que ser criativos, e ser criativos quer dizer que temos que estar inventando coisas para ajudar no combate à seca. Assim, usamos por aqui reserva de água em caixas, armazenamento de outros tipos de ração para darmos aos animais, além disso buscamos informações nos órgãos da prefeitura para nos ajudar com auxílios e outros benéficos que os agricultores tem direito.

Repórter- Dona Maria José, a senhora já perdeu muito com a seca prolongada?

Maria José- Ixe, demais! É muito triste trabalhar muito, acordar cedo, plantar, e não colher. Às vezes bate uma tristeza, mas a fé em Deus vale tudo. Eu digo pra você que sem fé não se planta nem se colhe por aqui.

Repórter- Dona Maria José, os meios alternativos empregados por vocês para driblarem as dificuldades da seca, causa efeito?

Maria José- Sim, hoje a pessoa que vive de roça, deve estar atento ao um monte de coisa, para isso, buscar informações, usar nossa criatividade é

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importante demais. Buscamos apoio com a comunidade, com a associação e com outras pessoas que estão ai para nos ajudar né!

Repórter- Vocês dois moram em uma região distante da sede da cidade Água Branca, e moram ainda mais distante da região por onde passa o canal do sertão, obra do Governo Federal que existe justamente para ajudar os pequenos agricultores para conviverem com a seca e ajudarem na agricultura familiar. Como vocês pensam que o canal do sertão poderá ajudá-los?

Maria Jose- Não penso, acredito que o projeto é bom para os agricultores, acredito que será bom para muita gente, porém, não sei como farão para chegar água até aqui na nossa região. Sei que se o homem quando quer fazer as coisas ele faz, abaixo de Deus, mas não sei como nós da região vamos poder utilizar essa água.

Antônio José- Olha, eu acho uma coisa boa. O canal é bom e a ideia é bom, não tenho ideia de como usaremos essa água que passa pelas bandas de Água Branca, mas já somos beneficiados com essa água pelos carros-pipa que passam por aqui.

Repórter- O que pode ajudar os agricultores na luta em combate à seca?

Maria José- Olha, tem dificuldades, mas a gente precisa se unir, participar das coisas, usar nossa sabedoria e a sabedoria dos mais velhos para ajudar na nossa roça, acho que é importante para a comunidade buscar sempre participar e se informar dos seus direitos. Participar da associação daqui do Maxi fortalece a todos.

Repórter- Seu Antônio, e os jovens, como são a relação deles com a agricultura?

Antônio José- Olha, os jovens estão saindo, não querem ficar tanto, mas como eu e outros sempre querem dar continuidade as coisas por aqui. Se tiver apoio e projetos, os jovens ficam, ganham dinheiro e não querem sair. Porém, com a seca e esses problemas, quem vai esperar por dinheiro de roça? Ninguém né, por isso a maioria quer ir embora.

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Maria José- Os meninos vão pra escola, ai depois quando ficam maiorzinhos querem ir por mundo, vão embora. Fazer o que né, se tivesse renda por aqui, e terra boa, os jovens ficavam, mas num tem. Mas eles gostam daqui, e querem ficar, mas é muito difícil em tempos de seca. Já dura mais de três anos.

Repórter- Seu Antônio e Dona Maria José, mesmo diante das dificuldades, qual a mensagem final que vocês

deixam para os agricultores.

Que ser agricultor é tudo de bom é pisar e lhe dar com a terra, é criar nossos rebanhos é acordar com o galo cantando, é lutar pelas nossas coisas é viver com a natureza.

Reportagem: Associação de Moradores do Povoado Maxi

Equipe:

Maria Ferreira de Andrade

Maria Janiele dos Santos

Roberlânia Ferreira de Andrade

Fotos:(Foto.1-

Fotógrafo – Maria

Andrade)

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(Foto.2- Fotógrafo – Maria Andrade)

(Foto.3- Fotógrafo – Maria Andrade )

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(Foto.4- Fotógrafo – Maria Janiele dos Santos )

(Foto.5- Fotógrafo – Maria Janiele dos Santos)

 

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Venho aqui contar um pouco da história de Heleno Francisco Filho, mais conhecido na região como Lenilson, agricultor, 49 anos, que reside na comunidade de Distrito de Tambor, Cachoeira dos Índios--PB. O mesmo é filho de Heleno Francisco de Sousa e Doralice Lins de Sousa, infelizmente não teve a opor-tunidade de conhecer o seu pai, pois Deus o levou para junto dele quando Lenilson tinha apenas 13 dias de nascido. Lenilson sempre foi agricultor da roça, trabalhava arduamente para ajudar sua mãe quando era viva junto com seus sete irmãos.Naquela época as coisas eram bem difíceis de se conquistar, ele com seus irmãos sempre batalhara, tra-balhavam na roça para dar o sustento da família, e por esse motivo não teve a oportunidade de ir à uma escola. “Naquele tempo tinha que trabalhar né, colocar comida para dentro de casa, hoje me arrependo muito de não ter aprendido a ler, não tive escolhas“, conta ele.Aos 23 anos de idade casou-se com Maria do Socorro, que residia no Sitio Azévem a mais ou menos uns 6km daquela localidade. Com muito amor, teve seus sete filhos (Fátima, Lídia, Maria do Carmo, Lucas, José Neto, Marcílio e Eliziane).Sempre fez de tudo para dar uma boa educação para eles, característica magnífica na pessoa dele. “A maior herança que podemos deixar para os nossos filhos é o estudo, já que eu não tive faço de tudo para que eles tenham, o meu papel de pai é sempre cobrar deles que estudem, hoje em dia se não tiver-mos o estudo não temos nada.” conta ele.Sempre foi um homem simples, humilde, apesar de ser da roça sempre foi dotado de uma boa inteligên-cia, possuía apenas uma casa e um pedaço de terra, algumas vacas e aquilo para ele já era suficiente para levar sua vida.“Nunca desejei ser rico, ter mansão, automóveis luxuosos, para mim tá de bom tamanho o que tenho, o que me importa é ter um amanhecer tranquilo, um cantar de pássaros logo quando acordo, minha famí-lia reunida, não tem coisa melhor que isso.” conta ele. Seus filhos também sempre colaboraram... Sabemos que no nosso sertão é um lugar escasso de água, Lenilson nos contou que passou por um mo-mento muito difícil onde no ano de 1979 houve uma seca grande, o que levou a deslocar para um outro estado com o objetivo de trabalhar e com isso dar o sustento de sua família.“Tive que ir para São Paulo, passei uns meses lá longe da minha família, infelizmente não tinha como ficar aqui, o meu trabalho sempre foi a agricultura.” Com os olhos cheios de lágrima de alegria e de orgulho Lenilson finalizou dizendo:“Hoje eu já tenho uma filha que é formada em administração, outra que é professora de Letras, tenho uma filha na faculdade estudando Direito, meus filhos trabalham, três deles já casaram. O meu maior orgulho é verem que alguns deles já tem uma profissão. São filhos exemplares, não me dão nenhum trabalho, não tem vícios, não bebem, não fumam, e isso é o que me deixa satisfeito, posso ver que o meu trabalho, o sofrimento valeu a pena. Poder ter dado para eles uma educação para vida toda é o meu maior orgulho, sei que com isso eles podem partilhar com os meus futuros netos.E essa bela história desse cidadão, essa realidade vivida nos faz concluir que é possível sim um agricultor vencer na vida.(Foto da formatura de sua filha)

TAMBOR/PB Autores: Eliziane Sousa, Lucelia Oliveira e equipe