jornal alternativa 1949

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Quarta-Feira, 29 de Abril de 2015- Edição nº1949 Quarta-Feira, 29 de Abril de 2015- Edição nº1949 1 Previsões económicas de Moçambique para 2015 Analistas e governo divergem Suspensos trabalhadores ilegais nas futuras instalações do Ban- co de Moçambique As previsões macroeconómicas do governo de Moçambique para 2015 diferem, à excepção da rubrica da inflação, das apresentadas por dois dos principais analistas económicos independentes, que acompanham com regularidade os desenvolvi- mentos da economia moçambicana. Das várias previsões macroeconó- micas avançadas durante o mês de Abril pela Economist Intelligence Unit (EIU) e pelo Standard Bank Moçambique (SBM), que divulgam Um grupo de 16 trabalhadores es- trangeiros, maioritariamente por- tugueses e sul-africanos, foi sus- penso das suas actividades por se encontrar em situação ilegal numa obra da construtora Teixeira Duar- te em Maputo, informou a IGT. "A Inspecção-Geral do Trabalho, ao nível da Cidade de Maputo, sus- pendeu, com efeitos imediatos, um total de 16 cidadãos estrangeiros, maioritariamente de nacionalida- des portuguesa e sul-africana, con- tratados pela empresa construtora Teixeira Duarte-Moçambique, que se encontravam a trabalhar ile- galmente na obra de construção das futuras instalações do Banco de Moçambique, na avenida 25 de Setembro, na baixa da cidade", de- clara um comunicado da entidade. mensalmente um boletim económi- co sobre o país, apenas a da inflação média anual corresponde à meta de 5,1% fixada no Orçamento Geral do Estado (OGE), que foi aprovado na generalidade pelo parlamento moçambicano, na segunda-feira. Considerando a taxa de inflação de 2,3% registada em 2014 e aten- dendo à tendência de preços bai- xos dos combustíveis nos mercados internacionais, a EIU arrisca, de resto, uma taxa de 3,7%, que justi- Em comunicado de imprensa o IGT informa que a actividade dos traba- lhadores na obra no centro da capi- tal foi suspensa com efeitos imedia- tos e a empresa será sancionada. "Os trabalhadores em causa foram surpreendidos nas empresas sub- contratadas pela Teixeira Duarte, nomeadamente o Consórcio Impro- vair Soclima, a JFS Forjadora e a Perplan", segundo a IGT, que vai en- caminhar o processo para os Serviços Nacionais de Migração "para os pas- sos subsequentes, mais concretamen- te com vista ao seu repatriamento". A Inspecção informou também que outros três trabalhadores foram encontrados em condição ilegal e sancionados, embora a sua qua- lidade de membros da estrutura directiva, tenha evitado a suspen- fica com factores internos, como o possível aumento dos tarifários de energia e a depreciação do metical. Menos optimistas do que as autori- dades moçambicanas, que estimam um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 7,5%, os analistas da EIU antecipam uma expansão do PIB de 7,2%, enquanto o Stan- dard Bank apresenta o cenário mais pessimista, fixando em 6,5% a taxa de crescimento económico. Por outro lado, o executivo revela-se mais conservador na meta para as reservas internacionais líquidas, que fixa em 2491 milhões de dólares, ao passo que a EIU eleva este montan- te para 2640 milhões de dólares e o SBM para 3623 milhões de dólares. Também no valor global das exporta- ções o governo de Moçambique apre- senta a meta mais baixa, em torno de 4188 milhões de dólares, enquanto a EIU espera que atinja o montante de 4306 milhões de dólares, sendo a previsão do boletim económico do Standard Bank a mais optimista: mais de 5,9 mil milhões de dólares. Sobre o défice orçamental, que os economistas do SBM não apre- sentam uma previsão, a EIU é também mais optimista (8,2% do PIB) do que o governo, que ante- cipa um défice de 11,1% do PIB. Relativamente ao défice da conta corrente, sobre o qual ainda não se conhece a previsão do executivo mo- çambicano, de salientar a variação de 16 pontos percentuais entre as previ- sões do Standard Bank (47,50% do PIB) e da EIU (31,50%). (Macauhub)

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Page 1: Jornal Alternativa 1949

Quarta-Feira, 29 de A

bril de 2015- Edição nº1949

Quarta-Feira, 29 de Abril de 2015- Edição nº1949

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Previsões económicas de Moçambique para 2015

Analistas e governo divergem

Suspensos trabalhadores ilegais nas futuras instalações do Ban-co de Moçambique

As previsões macroeconómicas do governo de Moçambique para 2015 diferem, à excepção da rubrica da inflação, das apresentadas por dois dos principais analistas económicos independentes, que acompanham com regularidade os desenvolvi-mentos da economia moçambicana.Das várias previsões macroeconó-micas avançadas durante o mês de Abril pela Economist Intelligence Unit (EIU) e pelo Standard Bank Moçambique (SBM), que divulgam

Um grupo de 16 trabalhadores es-trangeiros, maioritariamente por-tugueses e sul-africanos, foi sus-penso das suas actividades por se encontrar em situação ilegal numa obra da construtora Teixeira Duar-te em Maputo, informou a IGT."A Inspecção-Geral do Trabalho, ao nível da Cidade de Maputo, sus-pendeu, com efeitos imediatos, um total de 16 cidadãos estrangeiros, maioritariamente de nacionalida-des portuguesa e sul-africana, con-tratados pela empresa construtora Teixeira Duarte-Moçambique, que se encontravam a trabalhar ile-galmente na obra de construção das futuras instalações do Banco de Moçambique, na avenida 25 de Setembro, na baixa da cidade", de-clara um comunicado da entidade.

mensalmente um boletim económi-co sobre o país, apenas a da inflação média anual corresponde à meta de 5,1% fixada no Orçamento Geral do Estado (OGE), que foi aprovado na generalidade pelo parlamento moçambicano, na segunda-feira.Considerando a taxa de inflação de 2,3% registada em 2014 e aten-dendo à tendência de preços bai-xos dos combustíveis nos mercados internacionais, a EIU arrisca, de resto, uma taxa de 3,7%, que justi-

Em comunicado de imprensa o IGT informa que a actividade dos traba-lhadores na obra no centro da capi-tal foi suspensa com efeitos imedia-tos e a empresa será sancionada."Os trabalhadores em causa foram surpreendidos nas empresas sub-contratadas pela Teixeira Duarte, nomeadamente o Consórcio Impro-vair Soclima, a JFS Forjadora e a Perplan", segundo a IGT, que vai en-caminhar o processo para os Serviços Nacionais de Migração "para os pas-sos subsequentes, mais concretamen-te com vista ao seu repatriamento".A Inspecção informou também que outros três trabalhadores foram encontrados em condição ilegal e sancionados, embora a sua qua-lidade de membros da estrutura directiva, tenha evitado a suspen-

fica com factores internos, como o possível aumento dos tarifários de energia e a depreciação do metical.Menos optimistas do que as autori-dades moçambicanas, que estimam um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 7,5%, os analistas da EIU antecipam uma expansão do PIB de 7,2%, enquanto o Stan-dard Bank apresenta o cenário mais pessimista, fixando em 6,5% a taxa de crescimento económico.Por outro lado, o executivo revela-se mais conservador na meta para as reservas internacionais líquidas, que fixa em 2491 milhões de dólares, ao passo que a EIU eleva este montan-te para 2640 milhões de dólares e o SBM para 3623 milhões de dólares.Também no valor global das exporta-ções o governo de Moçambique apre-senta a meta mais baixa, em torno de 4188 milhões de dólares, enquanto a EIU espera que atinja o montante de 4306 milhões de dólares, sendo a previsão do boletim económico do Standard Bank a mais optimista: mais de 5,9 mil milhões de dólares.Sobre o défice orçamental, que os economistas do SBM não apre-sentam uma previsão, a EIU é também mais optimista (8,2% do PIB) do que o governo, que ante-cipa um défice de 11,1% do PIB.Relativamente ao défice da conta corrente, sobre o qual ainda não se conhece a previsão do executivo mo-çambicano, de salientar a variação de 16 pontos percentuais entre as previ-sões do Standard Bank (47,50% do PIB) e da EIU (31,50%). (Macauhub)

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(Agência)

Suspensos trabalhadores ilegais nas futuras... são da sua actividade, podendo ainda regularizar a sua situação."Nos últimos meses, a IGT tem es-tado a desmantelar redes de con-tratação e emprego de mão-de-obra estrangeira ilegal", assinala ainda o comunicado, destacando que "muitas das empresas contratantes de traba-lhadores expatriados ilegais foram autuadas por serem reincidentes sobre a matéria, enquanto outras foram advertidas no sentido de, den-tro do prazo deixado pelas brigadas inspectivas, corrigirem as irregu-laridades detectadas e, caso sejam surpreendidas novamente com a mesma situação, serão punidas nos termos previstos pela legislação".

Os países da África subsaariana de-verão crescer 4,5% este ano e 5,1% em 2016, com a Guiné Equatorial a ser o único país de língua portu-guesa a enfrentar uma recessão de 15,4% do PIB, segundo o Fun-do Monetário Internacional (FMI).A previsão mais optimista relativa-mente à expansão do PIB vai, no en-tanto, para Moçambique, que depois de uma desaceleração para 6,5%, o que coloca o país ao nível de 2009, de-verá registar em 2016 uma subida de 8,1%, a maior dos últimos dez anos.De acordo com o Regional Economic Outlook referente à África subsaa-riana, divulgado ontem em Washin-gton pelo Fundo Monetário Interna-cional, a Guiné Equatorial é o único país de língua portuguesa em África a enfrentar uma recessão brutal, embora os técnicos prevejam que no ano seguinte a economia cresça 3,7%.Ao longo das 123 páginas do relató-rio, não é avançada uma explicação

Entretanto, fontes da empresa Tei-xeira Duarte explica que os por-tugueses apontados como ilegais não se encontravam no local, no momento da inspecção das auto-ridades moçambicanas, estando apenas registados como visitas.Do grupo de estrangeiros decla-rados em situação ilegal, "quatro ou cinco são portugueses" e todos estavam registados como "visitan-tes", declarou um representante da construtora, que pediu para não ser identificado, alegando um acordo de confidencialidade com o cliente.A mesma fonte assegurou que a inspecção não detectou nenhuma irregularidade na Teixeira Duarte e

para esta previsão, que aprofunda o crescimento negativo dos últimos dois anos: em 2014 a economia da Guiné Equatorial contraiu-se 3,1% e no ano anterior o crescimento ti-nha sido negativo em 4,8%, segun-do os números avançados pelo FMI.Explica-se apenas que "a percen-tagem de exportações nos países exportadores de matérias-primas, como Angola, Guiné Equatorial ou Zâmbia, decaiu ao longo do tempo, sublinhando a dificuldade de alargar a base de exportações em países que confiam há muito nas exportações de matérias-pri-mas", nomeadamente o petróleo.A Guiné Equatorial, de resto, é o país africano que mais vai ver a economia contrair-se, seguindo-se a Serra Leoa, com uma reces-são estimada para este ano em 12,8%, mas que no próximo ano deverá ter um crescimento de 8,4%.Todos os outros países lusófonos

que todos os casos dizem respeito a subconcessionárias, que "foram no-tificadas perante a situação de algu-mas pessoas como estando ilegais".Segundo o representante da cons-trutora em Moçambique, todas as pessoas que acedem a uma obra da empresa são registadas, quer se-jam trabalhadores ou visitantes, e das 16 mencionadas pela IGT, 12 não se encontravam no local, in-cluindo os cidadãos portugueses.A Teixeira Duarte, prosseguiu, exige das subconcessionárias a regulariza-ção de todos os seus trabalhadores, "mas não faz parte das suas respon-sabilidades fiscalizá-las", instando as empresas a normalizar a situação caso se verifique o vínculo com os fun-cionários em condição ilegal.(R/Lusa)

apresentam crescimentos este ano, com alguns casos em que, apesar da crise financeira motivada pela descida dos preços do petróleo, até é registado uma aceleração do PIB, como em Angola, que cresceu 4,2% em 2014 e que deverá acelerar o crescimento para 4,5% este ano, abrandando para 3,9% em 2016.A previsão mais optimista relativa-mente à expansão do PIB vai, no en-tanto, para Moçambique, que depois de uma desaceleração para 6,5%, o que coloca o país ao nível de 2009, de-verá registar em 2016 uma subida de 8,1%, a maior dos últimos dez anos.Nos restantes - Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe - os va-lores são relativamente semelhan-tes aos do ano passado, mostrando que os países que não são produ-tores de petróleo ou não tiveram um evento particular com impacto no crescimento da economia, vão manter os níveis dos últimos anos.Cresc imento dos PALOP.

África subsaariana cresce 4,5%, es-tima o FMI

País Ano Crescimento (valores em % do PIB

Ano Crescimento (valores em % do PIB)

Angola 2015 4,5 2016 3,9

Cabo Verde 2015 3,0 2016 4,0

Guiné-Bissau 2015 5,0 2016 5,2

Guiné-Equatorial 2015 -15,4 2016 3,7

Moçambique 2015 4,5 2016 3,9

São Tomé e Principe 2015 5,0 2016 5,2

África subsariana 2015 4,5 2016 5,1

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Mineira Triton garante financiamento chinês para a operação em Nicanda Hill, Moçambique

Camponeses de Malema contes-tam projecto agrícola ProSavana

Xenofobia fora da agenda oficial da cimeira da SADC em Harare

A Triton Minerals anunciou ontem que assinou uma carta de intenções com a chinesa Shenzhen Qianhai Zhongjin Group para o financiamen-to de 190 milhões de dólares para a operação de Nicanda Hill, no norte de Moçambique.”Segundo a carta de intenção, a SQZG concordou quanto a fornecer o financiamento inicial de até 200 milhões de dólares para construir e desenvolver uma opera-ção de grafite concentrado com capa-cidade inicial para produzir até 200 mil toneladas de grafite concentrado em Nicanda Hill”, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçam-

Camponeses do distrito de Malema, norte de Moçambique, criticaram ontem a alegada falta de informa-ção clara sobre o ProSavana, uma iniciativa agrária dos governos mo-çambicano, brasileiro e japonês, con-cebida para o Corredor de Nacala.Os camponeses de Malema, pro-víncia de Nampula, contestaram a forma como o empreendimento está a ser executado, durante uma reunião de auscultação pública so-bre o Plano Director do ProSava-na."O ProSavana não está claro. As informações que temos a partir do Brasil onde já foi implementado

A violência xenófoba na África do Sul, assunto que tem vindo a pola-rizar os debates nos países da região e nos noticiários internacionais, não faz parte da agenda oficial da Ci-meira dos Chefes de Estado e Go-verno da Comunidade de Desenvol-vimento da África Austral (SADC), a decorrer hoje, quarta-feira, em Harare, a capital do Zimbabwe.O Conselho de Ministros da organi-zação regional, durante a sua reu-nião de preparação da cimeira, não se debruçou sobre o assunto, segun-do confirmou o ministro moçambica-

bique, lê-se no comunicado disponí-vel no site da empresa australiana.O acordo é mais um passo na ex-pansão das operações da Triton em Moçambique, principalmen-te no norte, onde a empresa acre-dita que existe a maior reserva de grafite e vanádio do mundo.O acordo é o passo prévio ao acor-do final, que terá de ser assinado até 30 de Junho, estando sujeito a um conjunto de diligências formais a serem seguidas pela entidade fi-nanceira chinesa, que assim garante o financiamento total do projecto.De acordo com o director executivo

um programa idêntico não nos ani-mam. Sabemos que muitos brasi-leiros perderam suas terras e vira-ram nómadas", disse Júlio Cornélio, um dos participantes no encontro.Os camponeses protestaram igual-mente a alegada falta de garan-tias do direito de posse de ter-ra, observando que o ProSavana está apenas preocupado em pro-teger os direitos dos produtores.O tipo de assistência que os cam-poneses vão receber no quadro do ProSavana foi igualmente alvo de questionamento por par-te dos presentes na auscultação.

no da Indústria e Comércio, Ernesto Tonela. Contudo, o governante ad-mitiu que a questão poderá vir a ser levantada no decurso da Cimeira."A questão da xenofobia não foi abordada na reunião do Conselho de Ministros, mas a mesma poderá vir a ser levantada no decurso da Cimeira Extraordinária dos Che-fes de Estado e de Governo", disse Tonela, durante um briefing que deu a jornalistas moçambicanos que se encontram em Harare para a cobertura do evento de um dia.Os actos de violência contra estran-

da Triton, Brad Boyle, que classifica a SQZG como “uma casa financeira muito grande, com banca de repu-tação”, este entendimento “é mais um grande feito da Triton, uma vez que este acordo de intenções signifi-ca um passo importante para asse-gurar o financiamento completo e abrangente para o desenvolvimen-to do projecto em Nicanda Hill”.No final de Março, a Triton tinha anunciado uma parceria estratégica com a AMG Mining, através da sua subsidiária GK Ancuabe Graphite Mine, durante um período inicial de dois anos, na exploração e desen-volvimento de grafite no distrito de Ancuabe, em Cabo Delgado.(Agência)

Em comunicado de imprensa o Ministério da Agricultura e Se-gurança Alimentar indica que as consultas públicas em torno do ProSavana têm o objectivo de apresentar e discutir com as par-tes interessadas as estratégias a seguir para o desenvolvimento da agricultura no corredor de Nacala.O ProSavana foi concebido para ser executado em 19 distritos do cen-tro e norte de Moçambique, onde serão produzidas monoculturas destinadas à exportação, situação que levanta receios de usurpação de terras e extinção de culturas que servem de fonte de sobrevivên-cia dos camponeses da região.(R)

geiros naquele país tiveram início há pouco mais de três semanas, em Durban, depois de o rei zulu, Goodwill Zwelithini, ter apelado aos imigrantes a se retirarem do país, acusando-os de serem res-ponsáveis pelo recrudescimento do crime e de outras práticas ilícitas.O pronunciamento do rei atiçou os ânimos dos sul-africanos, que tam-bém acusam os imigrantes de "rou-barem" postos de trabalho, fazendo ressurgir o cenário vivido em 2008, quando actos de xenofobia resulta-ram em mais de setenta mortos en-

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Xenofobia fora da agenda oficial da cimeira da...

Unilever oferece furo de água à comunidade da Matola

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Quarta-Feira,10 de Dezembro de 2014 - Edição nº 1870

Quarta-Feira

, 10 de Dezembro de 2014 - Edição nº1870

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A inflação em Moça

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Afinal! Guebuza faz negócios

com a EDM

Infla

ção acelera em Moçambique

Quarta-Feira,10 de Dezembro de 2014 - Edição nº 1870

Quarta-Feira, 10 de Dezembro de 2014 - Edição nº1870

1

A inflação em Moçambique

nas três maiores cidades do

país, nomeadamente Maputo,

Beira e Nampula, subiu 0,36%

em Novembro último, o que

representa uma aceleração

0,23% comparativamente ao

mês anterior, anunciou o In-

stituto Nacional de Estatísti-

cas (INE).

Como resultado, a inflação

acumulada para o período

compreendido entre Janeiro

e Novembro do corrente ano é

O estadista moçambicano, Ar-

mando Guebuza, é dentre vári-

as figuras políticas envolvidas

em vários negócios da empresa

pública Electricidade de Moçam-

bique (EdM), conclui um estudo

do Centro de Integridade Pública

(CIP), uma ONG moçambicana

que defende a Boa Governação,

Transparência e Integridade Pú-

blica.Da lista das figuras cujas empre-

sas têm na EDM uma fonte de

negócios constam, para além do

presidente da República, Arman-

do Guebuza, o antigo ministro de

várias pastas e ex-juiz conselhei-

ro do Conselho Constitucional,

Teodato Hunguana, o general

Jacinto Veloso, antigo ministro

de Segurança, entre outros.

Intitulado “Electricidade

de

Moçambique: mau serviço, não

transparente e politizada”, ana-

lisa as seguintes questões: a má

qualidade dos serviços presta-

de 1,21%, o que significa que

até o final do ano poderá situ-

ar-se em menos de 2%.

A chefe do Departamento de

Preços e Conjuntura no Insti-

tuto Nacional de Estatística

(INE), Perpétua Michangula,

explicou em conferência de

imprensa que em Novembro,

o nível geral de preços na cap-

ital registou um agravamento

na ordem de 0,41% compara-

tivamente ao mês de anterior.

Na cidade da Beira o nível

dos pela Empresa Pública, a

politização dos serviços de elect-

ricidade; a limitação no forneci-

mento de energia eléctrica para o

país, apesar da grande produção

da Hidroeléctrica de Cahora Bas-

sa; o custo de energia eléctrica

para a EDM e para os consum-

idores; a falta de transparência

na adjudicação de empreitadas,

beneficiando empresas das elites

políticas e económicas do país.

EDM é, de facto, uma fonte de

negócio para elites políticas

De acordo com o estudo ontem

apresentado em Maputo, a falta

de transparência e integridade,

faz com que a empresa seja uma

fonte de negócios para as elites

políticas e económicas do país.

O estudo avança que dados ofici-

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não são do domínio público, con-

firmam esta realidade da EDM

como fonte de negócios das elites

políticas e económicas nacionais.

O esquema funciona através de

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dores cativos da EDM. Estas

empresas são, na sua maioria,

participadas por figuras da elite

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Só em 2009, estas figuras fechar-

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de meticais. A título de exemplo,

o presidente da Replica factur-

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MT através da Aberdare Intelec,

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cimento, venda, distribuição e

manutenção de equipamento,

materiais e acessórios eléctricos

e electrónicos entre outros e 146.

151. 733, 00MT num negócio

entre EdM e sua empresa Elec-

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serviços no ramo da indústria,

ligada à área de engenharia elec-

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Afinal! Guebuza faz negócios

com a EDM

Inflação acelera em M

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Quarta-Feira,10 de D

ezembro de 2014 - Edição nº 1870

Quarta-Feira, 10 de Dezembro de 2014 - Edição nº1870

1

A inflação em Moçambique nas três maiores cidades do país, nomeadamente Maputo, Beira e Nampula, subiu 0,36% em Novembro último, o que representa uma aceleração 0,23% comparativamente ao mês anterior, anunciou o In-stituto Nacional de Estatísti-cas (INE).Como resultado, a inflação acumulada para o período compreendido entre Janeiro e Novembro do corrente ano é

O estadista moçambicano, Ar-mando Guebuza, é dentre vári-as figuras políticas envolvidas em vários negócios da empresa pública Electricidade de Moçam-bique (EdM), conclui um estudo do Centro de Integridade Pública (CIP), uma ONG moçambicana que defende a Boa Governação, Transparência e Integridade Pú-blica.Da lista das figuras cujas empre-sas têm na EDM uma fonte de negócios constam, para além do presidente da República, Arman-do Guebuza, o antigo ministro de várias pastas e ex-juiz conselhei-ro do Conselho Constitucional, Teodato Hunguana, o general Jacinto Veloso, antigo ministro de Segurança, entre outros.Intitulado “Electricidade de Moçambique: mau serviço, não transparente e politizada”, ana-lisa as seguintes questões: a má qualidade dos serviços presta-

de 1,21%, o que significa que até o final do ano poderá situ-ar-se em menos de 2%.A chefe do Departamento de Preços e Conjuntura no Insti-tuto Nacional de Estatística (INE), Perpétua Michangula, explicou em conferência de imprensa que em Novembro, o nível geral de preços na cap-ital registou um agravamento na ordem de 0,41% compara-tivamente ao mês de anterior. Na cidade da Beira o nível

dos pela Empresa Pública, a politização dos serviços de elect-ricidade; a limitação no forneci-mento de energia eléctrica para o país, apesar da grande produção da Hidroeléctrica de Cahora Bas-sa; o custo de energia eléctrica para a EDM e para os consum-idores; a falta de transparência na adjudicação de empreitadas, beneficiando empresas das elites políticas e económicas do país. EDM é, de facto, uma fonte de negócio para elites políticas De acordo com o estudo ontem apresentado em Maputo, a falta de transparência e integridade, faz com que a empresa seja uma fonte de negócios para as elites políticas e económicas do país.O estudo avança que dados ofici-ais da empresa que, entretanto, não são do domínio público, con-firmam esta realidade da EDM

como fonte de negócios das elites políticas e económicas nacionais.O esquema funciona através de empresas que operam no ramo de fornecimento de material eléctrico e execução de serviços de electrificação, que são fornece-dores cativos da EDM. Estas empresas são, na sua maioria, participadas por figuras da elite e, ou, mantêm negócios com em-presas de figuras das elites.Só em 2009, estas figuras fechar-am com EdM negócios de biliões de meticais. A título de exemplo, o presidente da Replica factur-ou com a EdM 57. 577. 647,00 MT através da Aberdare Intelec, firma dedicada a fabrico, forne-cimento, venda, distribuição e manutenção de equipamento, materiais e acessórios eléctricos e electrónicos entre outros e 146. 151. 733, 00MT num negócio entre EdM e sua empresa Elec-trotec, virada a prestação de serviços no ramo da indústria, ligada à área de engenharia elec-trotécnica, electricidade, gás, en-ergias renováveis e energia em geral; execução, fiscalização e manutenção de empreendimen-tos e assistência técnica à sua re-alização, em alta, médias e baixa tensão.Teodato Hunguana, através da Efacec Moçambique, Lda, factut-ou 60.593.654, 00MT. Hunguana já foi ministro da Justiça (1978-1983), Vice-ministro do Interior (1983-1986), ministro da Infor-mação (1986-1991), ministro do

Afinal! Guebuza faz negócios com a EDM

Inflação acelera em Moçambique

Quarta-Feira,10 de Dezembro de 2014 - Edição nº 1870

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Quarta-Feira,10 de Dezembro de 2014 - Edição nº 1870

Quarta-Feira, 10 de Dezem

bro de 2014 - Edição nº1870

1

A inflação em M

oçambique

nas três maiores cidades do

país, nomeadam

ente Maputo,

Beira e Nampula, subiu 0,36%

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bro último, o que

representa um

a aceleração

0,23% com

parativamente ao

mês anterior, anunciou o In-

stituto Nacional de Estatísti-

cas (INE).

Como resultado, a inflação

acumulada

para o

período

compreendido entre Janeiro

e Novembro do corrente ano é

O estadista moçam

bicano, Ar-

mando Guebuza, é dentre vári-

as figuras políticas envolvidas

em vários negócios da em

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-

bique (EdM), conclui um

estudo

do Centro de Integridade Pública

(CIP), uma ONG m

oçambicana

que defende a Boa Governação,

Transparência e Integridade Pú-

blica.

Da lista das figuras cujas empre-

sas têm na EDM

uma fonte de

negócios constam, para além

do

presidente da República, Arman-

do Guebuza, o antigo ministro de

várias pastas e ex-juiz conselhei-

ro do Conselho Constitucional,

Teodato Hunguana, o general

Jacinto Veloso, antigo ministro

de Segurança, entre outros.

Intitulado “Electricidade

de

Moçam

bique: mau serviço, não

transparente e politizada”, ana-

lisa as seguintes questões: a má

qualidade dos serviços presta-

de 1,21%, o que significa que

até o final do ano poderá situ-

ar-se em m

enos de 2%.

A chefe do Departamento de

Preços e Conjuntura no Insti-

tuto Nacional de Estatística

(INE), Perpétua Michangula,

explicou em conferência de

imprensa que em

Novembro,

o nível geral de preços na cap-

ital registou um agravam

ento

na ordem de 0,41%

compara-

tivamente ao m

ês de anterior.

Na cidade da Beira o nível

dos pela Empresa Pública, a

politização dos serviços de elect-

ricidade; a limitação no forneci-

mento de energia eléctrica para o

país, apesar da grande produção

da Hidroeléctrica de Cahora Bas-

sa; o custo de energia eléctrica

para a EDM e para os consum

-

idores; a falta de transparência

na adjudicação de empreitadas,

beneficiando empresas das elites

políticas e económicas do país.

EDM

é, de facto, uma fonte de

negócio para elites políticas

De acordo com o estudo ontem

apresentado em M

aputo, a falta

de transparência e integridade,

faz com que a em

presa seja uma

fonte de negócios para as elites

políticas e económicas do país.

O estudo avança que dados ofici-

ais da empresa que, entretanto,

não são do domínio público, con-

firmam

esta realidade da EDM

como fonte de negócios das elites

políticas e económicas nacionais.

O esquema funciona através de

empresas que operam

no ramo

de fornecim

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de electrificação, que são fornece-

dores cativos da EDM. Estas

empresas são, na sua m

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participadas por figuras da elite

e, ou, mantêm

negócios com em

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presas de figuras das elites.

Só em 2009, estas figuras fechar-

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de meticais. A título de exem

plo,

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ou com a EdM

57. 577. 647,00

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firma dedicada a fabrico, forne-

cimento, venda, distribuição e

manutenção

de equipam

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materiais e acessórios eléctricos

e electrónicos entre outros e 146.

151. 733, 00MT num

negócio

entre EdM e sua em

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trotec, virada a prestação de

serviços no ramo da indústria,

ligada à área de engenharia elec-

trotécnica, electricidade, gás, en-

ergias renováveis e energia em

geral; execução, fiscalização e

manutenção de em

preendimen-

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alização, em alta, m

édias e baixa

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Teodato Hunguana, através da

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tre estrangeiros e milhares de outros abandonaram aquele pais, incluindo moçambicanos, sem a possibilidade de levar consigo os seus haveres.Nesta nova onda de violência, se-gundo dados recentes, morreram três moçambicanos, sendo que o corpo de uma das vítimas, que em vida respondia pelo nome de Emmanuel Sithole, será transla-dado para a sua terra natal, em Muxungue, provincial central de

No âmbito de seu Plano Global de Vida Sustentável (USLP), a Unile-ver Moçambique lançou a campanha "Sunlight Toca Vidas" para contri-buir a minorar os desafios de água e saneamento no país. A Comunidade de Matlhemele, cidade da Matola, foi uma das primeiras beneficiárias de um furo de água, uma campanha que está planeada a beneficiar mais co-munidades no acesso à água potável.De acordo com a Directora Geral da Unilever Moçambique, Pru-dence Makuwa, através do PSVU a empresa traçou objectivos para ajudar a melhorar a saúde e hi-giene de um bilião de pessoas a nível mundial, até 2020. O PVSU se compromete a reduzir o impac-to ambiental e melhorar os meios de subsistência nas comunidades.A campanha "Sunlight Toca Vi-das" será implementada através da marca Sunlight património da Unilever. Nesta promoção, na com-pra de 500g do detergente em pó Sunlight e a colecção pacotes va-zios vai permitir aos consumidores a troca-los por prémios. Os prémios, que incluem os baldes, recipientes, tanques de plástico e furo de água, foram especialmente concebidos para as comunidades, como uma forma de ajudar as famílias a colec-

Sofala, onde, próximo sábado, te-rão lugar as cerimónias fúnebres. A violência resultou também na morte de alguns outros cidadãos de paí-ses africanos, incluindo da SADC.A cimeira extraordinária, que contará com a participação do presidente moçambicano, Fili-pe Nyusi, vai decorrer sob o lema "Uma estratégia regional para os caminhos da industrialização".Assim, espera-se que os chefes de Es-

tar e armazenar água potável.“Esta campanha é uma intervenção sim-bólica da Unilever e endossa o nos-so compromisso para permitir que nossas comunidades desfrutem de um futuro mais brilhante. Reduzir o nosso impacto ambiental não ter-mina connosco os produtores mas é uma parceria com o consumidor final. Através desta campanha, a saúde e o bem-estar das nossas co-munidades vai ser melhorado. Além disso, iremos estabelecer parcerias com os nossos consumidores para reduzir nosso impacto ambiental, ao mesmo tempo em que melhoramos vidas, levando água para as nos-sas comunidades", disse Makuwa.Ela acrescentou que a Unilever continua a trabalhar arduamente para garantir que a empresa forne-ce marcas que têm uma finalidade para seus consumidores, a fim de alcançar o seu objedtivo de criar um futuro melhor para as comunidades.“Actualmente, em Moçambique, cer-ca de 48% da população tem acesso à água potável. Foi com esta estatís-tica em mente que decidimos criar esta campanha. Na Unilever sabe-mos que todas gotas de água potável contam, especialmente em um país onde se continua a ser um sonho para a maioria das famílias," ela disse.

tado e de Governo aprovem a Estra-tégia e o Roteiro para a Industriali-zação Regional e o Plano Estratégico Indicativo do Desenvolvimento Re-gional Revisto. Passarão ainda em revista assuntos relacionados com a Zona do Comércio Livre Tripartida, envolvendo a SADC, a COMESA e a Comunidade dos Estados de África Oriental, bem como a Zona de Co-mercio Livre Continental, entre ou-tros de carácter económico.(Agência)

A missão corporativa da Unilever, criado nos anos 1890, foi fundada so-bre uma visão de fazer limpeza um local habitual. Hoje, centenas de anos mais tarde, essa visão ainda é relevante, pois a empresa faz esforços para evitar a proliferação de doen-ças, aumentar o acesso à água limpa, melhorando saneamento e higiene.Em resposta as recentes inunda-ções, a Unilever distribuiu 1.500 caixas do seu sabonete anti-bacte-riano Lifebuoy para ajudar a con-ter a propagação de germes e os surtos de diarreia. O sabonete foi oferecido às famílias nos campos de emergência que foram criados próxi-mo aos locais mais afectados pelas cheias na região da Zambézia. (R)