jornal canal de integração
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Julho/Agosto/Setembro 2014
Volume 1, Edio 1
Por que um jornal feito por ns?
Bem, talvez por acreditarmos que
pouca coisa do que est a represen-
te nossos interesses, aquilo de que
precisamos, do que gostamos ou
que desejamos.
Quem d voz para dizermos o que
pensamos ou como nos sentimos?
Quem nos conhece o suficiente para
entender quais as coisas que acha-
mos importantes, quais os proble-
mas que enfrentamos todos os dias
ou quais foram nossas conquistas e
alegrias recentes?
Ningum melhor do que ns, pesso-
as da comunidade das regies do
Jardim Corisco, do Jardim Flor de
Maio e do Jardim Fontlis, para
falar sobre isso. Nem sempre conse-
guimos nos identificar com o que
vemos na televiso, nas manchetes
dos grandes jornais e nas capas das
revistas. Precisamos falar daquilo
que faz parte do nosso cotidiano,
daquilo que nos faz chorar, sorrir e
sonhar. Enfim, precisamos falar
sobre ns, para ns.
Portanto, a partir de agora, conta-
mos com este veculo de interao
que apresenta uma proposta de unir
interesses, integrar os bairros e re-
gistrar nosso dia a dia, imprimindo
nossa marca, a partir da nossa lei-
tura de mundo.
Utilizamos como ncleos de integra-
o as escolas da regio a EMEF
Cel. Hlio Franco Chaves, a
EMEF Jardim Fontlis e a EMEF
Hiplito Jos da Costa.
A partir destes locais, faremos reuni-
es e planejaremos nossas pautas. Por
isso, convidamos alunos, professores,
pais, funcionrios, direo, estagi-
rios, vizinhos, enfim, todos os que fa-
zem parte deste cenrio para colabo-
rarem e participarem com suas suges-
tes, reinvindicaes, dvidas e crti-
cas.
No importa a sua idade, sua religio,
sua orientao sexual, sua etnia, se
voc gosta de poltica ou no. O que
realmente conta o desejo de constru-
irmos, juntos, a partir da troca de
ideias e da busca de novos caminhos,
uma histria... A nossa histria!
Equipe de redatores
NESTA EDIO
Notcias rpidas.......................2
Acontece ..................................2
Eu Fui! .....................................3
Fique de olho ...........................4
Utilidade pblica .....................5
Fala A ......................................6
Todo dia dia de ler ................7
Nossa Escola ........................7-8
Crnicas ...................................9
Tnel do Tempo .....................10
Meu lugar, minha histria.......11
Rir o melhor remdio ..........12
Poeme-se ................................13
EDITORIAL
Reviso: Hervy Vicente da Silva
Edio: Deborah Lopes
Diagramao: Liamara Caruso
Esportes: Luciano Corsino
Cultura: Rodrigo Pignatari
Colaborao: Grmios Estudantis
Agradecimentos: Assoc. Amigos do
Jardim Fontalis, alunos e pais das UEs
Tiragem inicial: 300 exemplares
Apoio: Amanda Pes
Nasce o nosso jornal! Agora a vez e a voz da nossa regio...
Contamos com a sua colaborao nas
prximas edies.
Envie suas sugestes para
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Casa de cultura Jaan/Trememb promove sarau
A Subprefeitura Jaan/Trememb convida voc a participar do ''Sarau
ltero-musical'' na Casa de Cultura Trememb, que acontece sempre no
ltimo sbado de cada ms, com entrada FRANCA.
O Projeto iniciou-se em Agosto de 2003, a partir de um grupo de poe-
tas. Com objetivo de valorizar e estimular a cultura da populao, o p-
blico compartilha suas emoes por meio da arte, descobrindo e reve-
lando seus dons em benefcio da comunidade. O programa conta com
temas livres que envolve a arte, tais como: poesias, msicas, contos,
trovas e tudo que faz parte da cultura popular.
Para participar basta ir at a Casa de Cultura do Trememb nos dias e
horrios estipulados, para descobrir seu talento, fazer novas amizades,
perder a timidez, conhecer um pouco mais da
cultura, entre outros benefcios.
A Casa de Cultura Trememb promover seu
prximo ''Sarau ltero-musical'':
Dia: 30 de agosto Horrio: das 17 s 19 horas. Local: Avenida Maria Amlia Lopes de Azevedo, 190 Telefone: 2991-4291
Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/
CONEXO DE WI-FI LIVRE NO JAAN E NO TREMEMB
SARAU NA CASA DE CULTURA
Conexo de wi-fi livre se instala na re-
gio de Jaan/Trememb a partir de
julho.
A Zona Norte de So Paulo ganhou mais dois
pontos de internet livre, instalados nos locais
abaixo:
Praa Dr. Joo Batista Vasques - Jaan
Praa Mariquinha Sciascia Trememb
Trata-se de um programa da Prefeitura de So
Paulo que visa tornar a internet acessvel ao
usurio, em locais pblicos, por meio de sinal
WIFI (sem fio) LIVRE E GRATUTO. Os usu-
rios tero direito a velocidade de 512 KBIT/S,
estvel e de qualidade suficiente para assistir
vdeos, baixar arquivos e navegar pela inter-
net.
A conexo de banda larga, que pode atender
em velocidade mxima at 150 pessoas simul-
taneamente, oferece acesso irrestrito e gratui-
to a qualquer cidado, que poder fazer o uso
da rede por meio de notebooks, tablets, smar-
tphones ou qualquer outro dispositivo.
Para a implantao do Sistema, a Subprefeitu-
ra liberou o espao e a disposio de um poste
de energia permitindo a instalao do rack ex-
terno e da antena para atender a rede sem fio
possibilitando-a de prover o sinal de Internet
para os usurios. No necessrio nenhum
cadastro para navegar na internet, basta estar
em uma destas duas praas e navegar tranqui-
lamente na internet.
CIRCUITO POPULAR DE
CORRIDA DE RUA
Acontece no ms de setembro o CIRCUITO POPULAR DE CORRIDA DE RUA DA CIDA-DE DE SO PAULO'', etapa Jaan/Trememb e Santana/Tucuruvi. Para se inscrever e participar basta comparecer no: Antigo Sacolo - Av. Paulo Lincon do Valle Pontin, 800 Departamento de Esporte Tel: 2243-4522
A corrida ser no dia 14 de setembro, s
07:30hrs.
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23A BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO
No dia 27/08 (quarta-feira) visitamos a 23 Bienal do
Livro de So Paulo com os alunos do Fundamental I, II e
EJA da EMEF Hiplito Jos da Costa. Eles se divertiram
muito e ficaram encantados com a variedade de livros e
histrias que esto ao alcance das mos, que permitem conhecer vrias cultu-
ras diferentes da nossa e at mesmo conhecer melhor a nossa. maravilhoso
ver o brilho nos olhos dos alunos em contato com o mundo dos livros.
A primeira Bienal Internacional do Livro de So Paulo aconteceu entre 15 e 30
de agosto de 1970, no Pavilho da Bienal, no Ibirapuera. Foi resultado de um
projeto que nasceu em 1951, com o objetivo de introduzir no pas a tradio
europeia das feiras de livros encontradas na Frana, na Alemanha e na Itlia, a
CBL promoveu a primeira Feira Popular do Livro, na praa da Repblica.
Fonte: CBL.org.br Professora Liamara, POIE
EMEF Hiplito Jos da Costa
Saiba mais sobre a Bienal do Livro... Quando acontece? De 22 a 31 de Agosto de
2014 Onde? Pavilho de Exposies do Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1.209 - Santana - CEP 02012-021 So Paulo - SP Qual o horrio de Visitao? Segunda sexta-feira, das 9h s 22h (com en-trada at as 21h) Sbados e domingos, das 10h s 22h (com entrada at as 21h) Dia 31 de agosto, das 10h s 21h (com entra-da at as 19h) Embarque/Desembarque Rua Marechal Odylio Dennys, oposto ao n 70.
Legenda da imagem ou do elemento grfico
3
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rofa
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O Programa Fbrica Aberta promove shows, apresentaes de grupos de teatro e dana,
encontros de trocas culturais, eventos de difuso juvenil, entre as mais diversas atraes.
Programao
Teatro Iniciao Artstica Tarde (7 a 14 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Teatro Manh (8 a 11 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Teatro Manh (8 a 14 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Teatro Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h Msica Cordas Manh (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Cordas Manh (8 a 12 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Cordas Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Iniciao Musical Manh (7 a 11 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Iniciao Musical Tarde (7 a 11 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Msica Vocal Manh (8 a 12 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Msica Vocal Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h Percusso Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Percusso Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Sopros Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Sopros Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Multimeios Multimeios Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Multimeios Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Literatura Literatura Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Literatura Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Artes Visuais Artes Visuais Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Artes Visuais Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Desenho e Grafite 4a e 6a feiras das 14h s 17h
A FBRICA DE CULTURA MORA NO JAAN!
O Jaan recebeu a oitava unidade
das Fbricas de Cultura em maro
de 2013. Inaugurada para realizar
atividades culturais com moradores
dessa regio de alta vulnerabilidade
social, o local conta com ampla gra-
de de atividades de Atelis de Cria-
o e Trilhas de Produo, abor-
dando as linguagens artsticas de
teatro, circo, msica, artes visuais,
literatura, multimeios, dana e ca-
poeira. Tambm oferece uma bibli-
oteca dotada de acervo selecionado
e computadores para consultas na
internet.
Alm de atender jovens e adultos da
regio nos cursos e oficinas, pro-
porciona sesses de contaes de
histria, encontro de leitores e exi-
bies de filmes.
O equipamento tem rea de 4,4 mil
m, 16 salas equipadas, biblioteca
com um acervo de 2.200 livros e
computadores conectados inter-
net. O local ser administrado pelo
Poiesis - Instituto de Apoio Cul-
tura, Lngua e a Literatura, que
tem convnio com a Secretaria de
Cultura do Estado de So Paulo.
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Circo Circo Manh (8 a 12 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Circo Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Circo Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h Circo Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Capoeira Cultura Popular Manh (8 a 18 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Cultura Popular Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h
Dana Dana Contempornea Manh (8 a 12 anos) 4a e 5a feiras das 9h s 12h Dana Urbana Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Dana Urbana Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h Dana Urbana Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Danas Brasileiras Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Danas Brasileiras Tarde (8 a 18 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h
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A gente no quer s dinheiro A gente quer dinheiro e felicidade
A gente no quer s dinheiro A gente quer inteiro e no pela metade.
Comida, Tits
O que voc faz quando precisa tirar Car-
teira de Trabalho ou 2a via de RG?
Talvez voc responda rpido: Vou ao Poupa Tempo na S. Esta uma alterna-tiva. Mas, e se voc tivesse oportunidade de providenciar estes e outros documen-tos mais perto da sua casa? Isso poss-
vel!
O Centro Integrado de Cidadania um programa que procura levar para as regi-es mais distantes do Centro diversos ser-vios pblicos essenciais garantia dos direitos bsicos, cidadania e acesso Jus-tia. E tem um deles bem perto da gente,
no Jova Rural.
Nas unidades do CIC a populao pode participar de aes para o desenvolvi-mento local, por intermdio de palestras informativas sobre temas diversos, como oficinas culturais, orientaes sociais e jurdicas, mediao comunitria de con-flitos, reunies do Conselho Local de In-tegrao da Cidadania (CLIC) e ativida-des educativas de promoo e conscienti-zao acerca de direitos humanos e cida-dania, focadas no Programa Estadual de
Direitos Humanos. Vale a pena conferir!
Emisso de documentos: RG, carteira
de trabalho, segundas vias de certi-
des de casamento, nascimento e bi-
to e atestado de antecedentes crimi-
nais.
Alm disso, esto disponveis:
Acesso internet grtis, com o pro-
grama Acessa So Paulo;
Cmara de Mediao (preveno e
resoluo de conflitos);
Sala de leitura, com livros, jor-
nais e revistas;
Orientao social;
Posto de atendimento do Procon-
SP;
Posto de atendimento da CDHU;
Posto de Atendimento ao Trabalha-
dor (PAT);
Delegacias (atendimento a pequenas
ocorrncias e orientaes);
Defensoria Pblica;
Juizado Especial Cvel (antigo pe-
quenas causas);
Juizado Especial Federal (resoluo
de problemas com INSS, FGTS e Cai-
xa Econmica Federal);
Procuradoria de Assistncia Judici-
ria (orientao jurdica).
Os CICs funcionam de segunda a
sexta-feira, das 9 s 17 horas.
CIC Norte - Jova Rural
Rua Ari da Rocha Miranda, 36 -
Jova Rural Jaan
Fones: 2249-5384/2249 - 7083/2249 -
6372/2249 - 7431
Fica perto da Fbrica de Cultura, da EE
Felcio Tonetti, da EE Gustavo Barroso e
do Clube de Mes.
VOC CONHECE O CIC NORTE?
O QUE O CIC NORTE OFERECE?
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Regulamentada em 1932, a Carteira de Trabalho garante o acesso a al-guns dos principais direitos trabalhis-tas, como seguro-desemprego, benef-cios previdencirios e Fundo de Garan-tia do Tempo de Servio (FGTS), Pro-grama de Integrao Social (PIS). Pas-
sou a ser obrigatria em 1934.
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AGOSTO INDGENA
Um pedido de socorro
Durante este ms, houve a I
Mostra Cultural Agosto Indgena
nos CEUS que integra um pro-
grama de polticas pblicas de
valorizao e reconhecimento
dos povos originrios do Brasil.
Segundo ltimo Censo, estima-
se que 800 mil ndios estejam
espalhados pelos estados brasi-
leiros. Parte deles encontra-se
em reservas muito pequenas e
sem nenhuma infraestrutura.
Cerca de 700 ndios so
acomodados numa rea corres-
pondente a um estdio de fute-
bol. Nessas condies, no
possvel manterem seu estilo de
vida cultivando a terra, caando
e pescando para sobreviverem.
Em virtude das dificuldades,
muitos decidem abandonar suas
aldeias e morar nas zonas urba-
nas, buscando melhores condi-
es de vida. Contudo, tarefa
difcil. Eles sofrem discrimina-
o, abusos e violncia, alm de
serem vtimas de preconceito.
comum ouvirmos afirmaes de
que so brbaros, preguiosos e
atrasados. No sendo dignos,
portanto, de gozarem dos mes-
mos direitos dos outros cidados.
No entanto, a verdade que
governo e a sociedade tm com
eles uma dvida histrica, sendo
preciso reconhece-los e respeit-
los em sua diversidade cultural,
com seus dialetos e suas tradi-
es. urgente conversarmos a
respeito, pensarmos em solues
e construirmos possibilidades.
Em uma das palestras no CEU
Jaan, o pblico que ali estava
teve oportunidade de ouvi-los e
dar-se conta de que eles no fa-
zem parte do passado, mas so
nosso desafio no presente. Eles
esto se mobilizando, frequen-
tando cursos superiores e partici-
pam das discusses sobre a
questo indgena. Como vimos
no incio deste ano, esto articu-
lando esforos para irem s ruas
a fim de serem vistos e ouvidos.
No possvel que continuemos
ignorando suas vozes, que seja-
mos coniventes com a excluso
social, com a violncia e o des-
caso dos quais so vtimas.
preciso conhecer e cobrar daque-
les que recebem nosso voto pro-
postas e medidas a serem adota-
das, com urgncia, para garantir
a demarcao de suas terras, as
condies de exercerem efetiva-
mente sua cidadania e de conti-
nuarem preservando suas tradi-
es, enquanto, ao mesmo tem-
po, haja acesso sade, tecno-
logia, ao emprego, educao,
enfim, vida com dignidade.
inadmissvel que usemos como
libi para um massacre social o
isolamento, com a justificativa
de evitarmos que sejam contami-
nados por nosso estilo de vida
capitalista e consumista. Essa
questo deve ir para alm do dia
09 de agosto, dia Internacional
dos Povos Indgenas. At quando
vamos continuar permitindo esta
situao? At quando viveremos
como se isto no nos dissesse
respeito?
Deborah Lopes, Coordenadora
Pedaggica da EMEF Hiplito Jos
da Costa
Cena do filme Terra Vermelha (2008). Produo
talo-brasileira, retrata os conflitos de posse de terras
enfrentados por ndios guarani kaiow, cuja maioria
encontra-se no Mato Grosso do Sul e prximo fron-
teira trplice Paraguai/Argentina/Brasil.
Conhecemos pouco sobre nossos ndios e, por isso,
fica fcil cometermos equvocos. Ensinamos as
crianas a fazerem perninha-de-ndio ao se sen-
tarem em crculo, mas este costume algo perten-
cente cultura dos ndios norte-americanos e no
cultura dos nossos ndios brasileiros. Normalmen-
te, eles se agacham ou sentam-se com as pernas
para frente.
Apresentao de dana dos ndios Pankarar na
abertura do ltimo dia I Agosto Indgena no CEU
Jaan (Foto: Marcela Sacoman)
Aldeia Demini uma das retratadas na
Mostra de Cinema Indgena
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Como ensinar aos nossos filhos que ler um prazer
Pesquisas do mundo todo mostram que
a criana que l e tem contato com a
literatura desde cedo, principalmente se
for com o acompanhamento dos pais,
beneficiada em diversos sentidos: ela
aprende melhor, pronuncia melhor as
palavras e se comunica melhor de forma
geral. Por meio da leitura, a crian-
a desenvolve a criatividade, a imagi-
nao e adquire cultura, conhecimen-
tos e valores, diz Mrcia Tim, profes-
sora de literatura do Colgio Augusto
Laranja, de So Paulo (SP).
A leitura frequente ajuda a criar familia-
ridade com o mundo da escrita. A proxi-
midade com o mundo da escrita, por sua
vez, facilita a alfabetizao e ajuda em
todas as disciplinas, j que o principal
suporte para o aprendizado na escola
o livro didtico. Ler tambm impor-
tante porque ajuda a fixar a grafia cor-
reta das palavras. Quem acostumado
leitura desde bebezinho se torna
muito mais preparado para os estudos,
para o trabalho e para a vida. Isso quer
dizer que o contato com os livros pode
mudar o futuro dos seus filhos. Parece
exagero? Nos Estados Unidos, por
exemplo, a Fundao Nacional de
Leitura Infantil (National Childrens
Reading Foundation) garante que, pa-
ra a criana de 0 a 5 anos, cada ano
ouvindo historinhas e folheando livros
equivale a 50 mil dlares a mais na
sua futura renda.
Fonte: http://livrosepessoas.com/
Pesquisas mostram que quanto mais
cedo se comea a ler, maiores so as
chances de se tornar um leitor assduo
A EMEF Jardim Fon-
tlis est localizada no
bairro Jardim Flor de
Maio e sua existncia
resultado de uma im-
portante e efetiva mo-
bilizao da comunida-
de. A escola foi inaugurada no ano de 2009 e hoje atende
centenas de crianas e adolescentes da comunidade. No
mesmo ano, os professores de Educao Fsica, visando
atender as necessidades da comunidade, implantaram o Pro-
grama de Incentivo ao Esporte, que busca criar um espao
diferenciado de integrao, orientao, conscientizao das
crianas e adolescentes, com circuitos de atividades diversi-
ficadas, voltadas para a incluso social, mobilizao, articu-
lao, ampliao e participao popular dos jovens.
Ao longo desses cinco anos, o projeto aumentou considera-
velmente, atualmente, os trs professores de Educao Fsi-
ca atendem centenas de alunos e alunas no contra turno es-
colar, oferecendo diversas modalidades esportivas como
futsal, basquetebol, handebol, voleibol, atletismo, tnis de
mesa, tnis de campo, xadrez, ginstica rtmica, ginstica
artstica, rugby e kung-f. Essas atividades buscam a pro-
moo da valorizao da autoestima, construo da autono-
mia a partir de um maior vnculo com a escola e maior qua-
lidade de vida. Uma das misses do projeto o combate
violncia, excluso social, resgate de valores e transforma-
o social.
Ao oferecer um espao para tirar crianas e adolescentes do
cio e das ruas e proporcionar hbitos e atitudes positivas
para o empoderamento e protagonismo juvenil, considera-se
a implementao dos projetos imprescindvel para atender
os ideais da comunidade, pois promove a formao integral
dos alunos e alunas por meio das atividades, a fim de que as
mesmas tornem-se prticas habituais no cotidiano dos edu-
candos e assegure um trabalho de constante aprimoramento
na iniciao das prticas esportivas.
Prof. Luciano Corsino Ed. Fsica EMEF Jardim Fontalis
O esporte como um instrumento de aprendizagem e interao social
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RELATO DE PRTICA
Meu trabalho como AVE
Eu trabalho na EMEF Hiplito Jos da
Costa e exero a funo de Auxiliar de
Vida Escolar AVE, onde desenvolvo e
auxilio as crianas com necessidades
especiais em sua locomoo, alimenta-
o e higienizao. Trabalho h trs
anos e meio nesta escola onde fui muito
bem acolhida. Posso dizer que gosto e
que me orgulho do que fao. Essas tro-
cas de experincias me fazem refletir
sobre as minhas atitudes e procuro a
cada dia melhorar como ser humano.
Cuidar dessas crianas o mnimo que
gostaria que fizessem com a minha filha.
No uma misso fcil, mas tem suas
recompensas. Foi atravs delas que vol-
tei a estudar. Atualmente, estou termi-
nando o curso de Pedagogia, e pretendo
estudar uma especializao em deficin-
cia intelectual, onde creio que poderei
contribuir mais para o crescimento des-
sas crianas e me sentir mais til, com a
sensao de dever cumprido, porque
isso me faz muito bem. S tenho que
agradecer a Deus e a todas as pessoas
que contriburam para este crescimento.
Selma Regina de Moura Nascimento
AVE na EMEF Hiplito Jos da Costa
Foto: Revista Crescer
PALESTRA SOBRE
GRAVIDEZ NA ADOLESCNCIA
Agradecemos equipe da UBS Fon-
talis pela excelente palestra que foi
proferida pelas profissionais da sa-
de Maria Regina e Lucilene no dia 03
de agosto sobre gravidez na adoles-
cncia e as implicaes do sexo no-
seguro.
A palestra foi solicitada pelo 9o ano
B em virtude da realizao do Traba-
lho Colaborativo de AutoriaTCA
que trata deste assunto. Os alunos e
as alunas demonstraram muito inte-
resse e participaram com vrias per-
guntas.
As prximas palestras sero sobre os
temas Dengue e Obesidade Infan-
til.
Contamos com a presena de todos
para mais este evento especial.
Aguardem! RELATO DE PRTICA
Projeto de Teatro
Desde que estou na rede municipal de educao 1997 projetos os mais variados foram desenvolvidos com alunos e alunas pelas escolas nas quais lecionei.
Nas duas ltimas gestes Kassab e Haddad estes projetos tomaram maior intensidade.
H muito no fao a Jornada Especial Integrada de Formao, no participando dos projetos de forma direta. Mas este ano, a partir do segundo semestre, venho acompanhando os projetos do professor de arte Rodrigo Pignatari Fotografia e Vdeo e Teatro.
A experincia tem sido de uma vivacidade impressionante, para alm das cadeiras e carteiras enfileiradas e para adiante dos contedos engessados.
Bom seria se tivssemos nas salas de aula a mesma dinmica sem as fronteiras das fileiras e com os horizontes da ao criativa.
Eduardo Terra Coelho
Professor de Histria do Ens. Fundamental e EJA
EMEF Hiplito Jos da Costa
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MEMRIAS DE UM PASSADO NEM TO DISTANTE:
20 anos sem o eterno Ayrton Senna
Falar sobre Ayrton Senna sem dvida uma tarefa muito
gratificante e emocionante para um indivduo como eu, que
nasci no incio dos anos 80 e pude acompanhar grande parte
de sua carreira, com suas grandes glrias at aquele fim de
semana trgico naquele 1 de maio de 1994. Durante os 10
anos em que correu na Frmula 1, Ayrton Senna participou
de 162 provas (161 largadas), vencendo 41 delas e marcando
65 poles positions, por quatro equipes: Toleman, Lotus,
McLaren e Williams. Amado e admirado por milhes, odia-
do por alguns, Senna definitivamente foi o piloto mais queri-
do do Brasil e aclamado entre os melhores da histria do
automobilismo. Sendo uma das poucas personalidades a
atingir o status de heri nacional, em um pas onde no se
preserva seus dolos e que vivia um momento histrico
(1980-1990) onde no havia o que se comemorar.
Ayrton Senna da Silva, nascido em So Paulo, no dia 21 de
Maro de 1960, filho do Sr. Milton e Dona Neide, comeou
a competir oficialmente aos treze anos idade em provas de
Kart. Foi campeo de vrias categorias de acesso at ingres-
sar na F-1 em 1984. Desde bem sedo, Senna demonstrou o
seu enorme talento e sua maior ainda vontade de vencer na
categoria mais importante do automobilismo mundial.
Com a bandeira do Brasil em punho e embalado pelo Tema
da Vitria Senna transformou as manhs de domingo em
um momento nico e especial para os brasileiros. Pois, mes-
mo aquelas pessoas que no entendiam nada de automobilis-
mo queriam saber se o Senna estava na frente, se o Senna
ia ganhar ... Os inesquecveis duelos com Prost e Mansell,
culminando com o Tricampeonato Mundial (1988, 1990 e
1991) emocionavam boa parte dos brasileiros, fazendo Sen-
na parecer um parente prximo de todos aqueles que acom-
panhavam sua carreira ou apenas ligavam a televiso para
assistir suas corridas naquelas manhs de domingo.
A sua morte em 1994, no apenas o eternizou como o maior
dolo do esporte brasileiro (que me desculpem, Pel, Eder
Jofre, Oscar, Hortncia e Giba) mas deixou um enorme sen-
timento de vazio naqueles que o admiravam. Oficialmente,
Ayrton Senna da Silva foi declarado morto as 13:40 minutos
no horrio de Braslia no Hospital Maggiore, na provncia
italiana de Bolonha (na regio da Emlia-Romanha), oportu-
namente horas depois do final do trgico GP de San Marino
(que um dia antes vitimou o piloto austraco Roland Ratzen-
berger).
Nesses 20 anos sem Ayrton Senna, o Brasil nunca mais pro-
duziu um dolo que chegasse prximo da quase unnime ad-
mirao que o povo brasileiro tinha por Senna. Vinte anos
depois, crianas e jovens que nunca o viram correr citam o
piloto como exemplo a ser seguido, baseados nas Histrias
que seus pais contavam, como a inesquecvel e inacreditvel
vitria no GP-Brasil de 1991, no longnquo dia 24 de maro
do mesmo ano em uma tarde escura de outono.
Possivelmente, os especialistas em Poltica, Antropologia ou
Sociologia classificaro o Instituto Ayrton Senna como seu
maior legado. Todavia, como esse texto est sendo produzido
por um f incondicional de Ayrton Senna, declaro que seu
maior legado de Senna tenha sido o prprio Ayrton. Senna
foi um homem que extrapolou os limites do esporte, superan-
do as virtudes de um esportista. Ele fez pessoas acreditarem
que elas podiam ser pessoas (por mais redundante que pos-
sa parecer), que grande parte das dificuldades que a vida nos
impe podem ser superadas por ns mesmos, que nada termi-
na antes do fim (lembram do GP- Japo de 1988).
Por fim, encerro essa pequena encenao de minhas mem-
rias sobre Ayrton Senna citando o refro de uma msica
composta em 2005 pelo cantor italiano Cesare Cremonini que
diz Ahh! Desde que Senna no corre mais no mais do-
mingo".
Referncias: Instituto Ayrton Senna
Prof. Hervy Vicente da Silva - POIE EMEF Jardim Fontlis
-
30 ANOS DO SERIADO CHAVES
H 30 anos, no Brasil, as televises eram bem diferentes
das atuais. LCD? No tinha. Nem TV a cabo. TV digital
ento... E controle remoto era item de luxo. Popular mesmo
s a famigerada palha de ao pendurada na antena. Chacri-
nha estava no ar. Xuxa ainda era apresentadora da extinta
Rede Manchete e namorava Pel. O SBT se chamava TVS
e existia h apenas trs anos. Foi nesse contexto que
Chaves chegou ao Brasil, em 24 de agosto de 1984. A
televiso mudou. Vieram realities shows, interatividade,
canais segmentados, superprodues... Mas o seriado do
menino rfo louco por sanduche de presunto segue at
hoje, com seu formato simples, idntico ao da estreia, ar-
rancando risadas dos fs e sendo um eterno curinga na pro-
gramao da emissora de Silvio Santos.
Chaves foi ao ar pela primeira vez numa sexta-feira, s
18h, no TV Pow que teve, entre os apresentadores,
Bozo e Mara Maravilha , com o episdio Caando
lagartixas. J Chapolin estreou quatro dias antes. No
demorou para os seriados ganharem vida prpria na progra-
mao do SBT. Ao longo dos anos, eles foram retirados do
ar algumas vezes, mas sempre voltavam, graas s reclama-
es dos fs. O heri da marreta binica saiu da grade do
canal oficialmente em 2000, mas volta e meia faz a alegria
do pblico numa exibio inesperada no horrio de
Chaves e, desde tera-feira, suas aventuras so trans-
mitidas no site do SBT no horrio da propaganda eleitoral.
Todos ns (atores) somos responsveis pelo grande su-
cesso de Chaves e Chapolin. O grupo foi muito bem
entrosado afirma Carlos Villagrn, de 70 anos, que at
hoje faz turns interpretando Quico: Muitos pases tm
os programas no corao, mas, realmente, o Brasil um
dos mais apaixonados.
Quem gosta a, levanta a mo!!!
Fonte: http://extra.globo.com
-
JARDIM FONTLIS:
Como tudo comeou...
O bairro do
Jardim Font-
lis est localizado na Regio Norte da
capital paulista, prximo da Rodovia Fer-
no Dias. A origem do nome foi por cau-
sa da fonte de gua Fontlis (desde 1932),
que abasteceu o bairro at o comeo da
dcada de 80.
Um grupo de mulheres, liderado por dona
Lourdes Moreira Santos, iniciou trabalhos
junto Sabesp, at conseguir que fosse
enviado ao bairro caminho-pipa. A fonte
que existia no bairro e servia populao
acabou sendo coberta por terra por causa
da eroso do solo. A antiga Estrada do
Campo Limpo, que d acesso ao bairro,
por solicitao do vereador Kamia, ga-
nhou o nome de Ushikichi Kamiya.
Nos anos 70, no haviam ruas asfaltadas,
s picadas no mato, que eram cuidadas
pelos prprios moradores, ou seja, por
meio da capinao. Por volta de 1975, as
casas eram barracos de madeira. Quando
chovia, muito barro, os veculos no subi-
am. Dentre os moradores que viveram
essas dificuldades: Alzira Valdete Maria
de Oliveira, Manoel Pereira Rosa, Anto-
nio Moreira dos Santos, Alade Ferreira e
Silvio da Silva. A energia eltrica chegou
ao bairro em 1982. O asfalto, em 1988.
A Associao Amigos do Jardim Fontlis
foi fundada no dia 8 de maro de 1981. O
um dos presidentes da entidade, Dino Au-
gusto, conta que o local se assemelhava
uma grande fazenda de eucaliptos do
esplio de Eugnio Bruno Severino, em
12 de maro de 1931 at 7 de fevereiro de
1966, a fazenda passou a outorgante sra.
ngela Maria Filomena Brometi Severi-
na, em 1964. A rea foi loteada pela
imobiliria Secap, sem autorizao da
Prefeitura de So Paulo, de acordo com
histrico da Associao.
Datas da histria Em 1981, fundao
da Associao dos Amigos do Jd. Font-
lis. Em 1982, extenso domiciliar nas Ru-
as A, B e C. Em 1983, rede de gua no
bairro. Um ano depois, iluminao das
Ruas A, B e C. Em 1986, a comunidade
ficou esquecida por falta de liderana na
Associao Amigos do Jardim Fontlis.
Em 1987, renasceu com a volta de Dino
Augusto e forte diretoria. No mesmo ano,
foi inaugurada a escola EMEF. Hiplito
Jos da Costa (6 de novembro). Veja o qua-
dro ao lado.
PARA NO ESQUECER...
Em 1987, foi instalado, na Rua B (hoje Augusto Rodrigues), o primeiro telefone comunitrio. A pavimentao asfltica chegou s Ruas A, B e C, Manoel Pereira Rosa, Fausto Domin-gues e Augusto Rodrigues, respectiva-mente, em 1988. E tambm na Estrada do Campo Limpo at a Rodovia Fer-no Dias.
Em 1990, a empresa de transporte Naes Unidas colocou disposio trs nibus: ligando o Jd. Fontlis ao bairro de Santana, ou seja, s 6, s 6h30 e s 7 horas.
Em 1992, A Associao e moradores se mobilizaram no sentido de libera-o da documentao do loteamento do Jardim Fontlis. No mesmo ano, as ruas A, B e C tiveram nomes alterados para: Manoel Pereira Rosa, Fausto Domingues e Augusto Rodrigues, respectivamente. No mesmo ano, a Estrada do Campo Limpo teve seu nome mudado para Ushikichi Kamia. Um ano depois, chegava a rede de esgoto. A feira livre teve incio no bairro em outubro de 1995. Em 2002, a sede da Associao dos Amigos do Jardim Fontlis, que estava com laje pronta, foi invadida por uma famlia que veio do Interior que no tinha onde morar.
Fonte: Jornal Brasil Raiz e famili-
ares de alunos da EMEF Hiplito
Jos da Costa
Na prxima edio, a histria do
bairro Jardim Flor de Maio.
Colabore com informaes e fotos
-
Criao: Fbio Josias 8C EMEF Hiplito Jos da Costa
-
Casa Arrumada
Casa arrumada assim:
Um lugar organizado, limpo, com espao
livre pra circulao e uma boa entrada de
luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e no
um centro cirrgico, um cenrio de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpan-
do, esterilizando, ajeitando os mveis, afo-
fando as almofadas
No, eu prefiro viver numa casa onde eu
bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida
Casa com vida, pra mim, aquela em que
os livros saem das prateleiras e os enfeites
brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogo gasto pelo uso,
pelo abuso das refeies fartas, que cha-
mam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sof sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
T na cara que casa sem festa.
E se o piso no tem arranho, porque ali
ningum dana.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro
com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a
gente guarda barbante, passaporte e vela
de aniversrio, tudo junto
Casa com vida aquela em que a gente
entra e se sente bem-vinda.
A que est sempre pronta pros amigos,
filhos
Netos, pros vizinhos
E nos quartos, se possvel, tem lenis re-
virados por gente que brinca ou namora a
qualquer hora do dia.
Casa com vida aquela que a gente arruma
pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tem-
po pra viver nela
E reconhecer nela o seu lugar.
Carlos Drummond de Andrade
Contribuio de Suzane Maruca Jovem Tec
(manh)
EMEF HIPLITO JOS DA COSTA
So Paulo, 20 de agosto de 2014
Cara Branca de Neve
Eu estou aqui, mandando essa carta para te alertar sobre o plano de sua madrasta, para te prejudicar.
Sua madrasta est planejando encher uma fruta de agrotxico. S uma dica, ela estar vestida de velha. Fuja de
casa, pelo perodo da manh, pois ela estar a logo aps o meio dia ou, se puder, quando ela estiver passando
por a, voc tranque a casa e finja que no h ningum. Se ela tentar invadir, bata em sua cabea com uma pa-
nela, de preferncia, de presso.
Branca de Neve, voc to bela, ela recalcada, pois no tem essa sua beleza estupenda.
S uma pergunta, por que os sete anes trabalham, trabalham pra no ganhar dinheiro?
Obrigada pela sua ateno, ento vou deixar-te descansar, pra no cansar a minha beleza.
Paulo Henrique de Lima, 5 ano D,
EMEF Hiplito Jos da Costa
Este projeto desenvolvido nos 5o anos. Os alunos aprendem sobre as caractersticas do gnero textual e sua funo social e trocam cartas entre si e redigem cartas para outros destinatrios escolhidos. Sob orientao da professora Maricene.
Os desenhos ao lado so do autor da carta mencionado acima. Reproduzido mediante autorizao.
PROJETO CARTA
Carta Branca de Neve