jornal da aldeia edição 45, ano 5
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Edição 45 do Jornal Aldeia de CaboclosTRANSCRIPT
EditorialPrezados irmãos de fé e caros leitores, estamos no mês de maio, mês de reverências mais intensas as nossas amadas Mamães.
É claríssimo e notório que as Dádivas de Deus ao Universo, as Mães, devem ser aclamadas, profun-damente respeitadas e amadas intensa e verdadei-ramente a todo instante.
Mãe, ente adorado, a figura que emana luz, carinho e amor da forma mais real, intensa e incondicional tanto aos filhos gerados como aos filhos tidos como seus por afinidade.
Mãe, sustentáculo da família, esteio e segurança para todos os momentos.
Mãe, fonte de bondade, solidariedade e compreen-são.
Mãe, guerreira, defensora e propagadora de uma causa sem fim, o amor à família e a um mundo me-lhor!
Mãe, nascente de bons sentimentos e de fluídos curadores!
Mãe, raiz da compaixão e do perdão!
Mãe, disseminadora dos ensinamentos do bem, postos ao mundo de maneira sem igual por nosso senhor Jesus Cristo!
E viva as nossas amadas e preciosas Mamães sa-gradas do Universo! Deus as abençoe, e lhes pro-porcione saúde sempre, as ilumine e lhes estenda o caminho da longevidade e felicidade, florescendo o amor mais intenso a cada dia, e com a incondi-cionalidade que lhes é inerente, frise-se, desde que
geraram seus tão adorados e desejados frutos.
Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi!
Alexandros Barros Xenoktistakis
PREVISÃO BARALHO CIGANOCartas: Pássaros – Jardim - Crianças
Amor - Período ótimo para renovar o relacionamento. Pureza nos sentimentos, coração tranquilo e liberdade a dois. Momento ideal para deixar algumas atitu-des infantis no relacionamento de lado e amadurecer. Sua liberdade é importante dentro do relacionamento, mas cuidado sempre para não ferir a pessoa amada. Seja amoroso se quiser amor, seja carinhoso se quiser carinho, evite cobranças.
Profissional e Financeiro - Novas oportunidades no lado profissional podem surgir nesse momento. Convites para novos trabalhos e parcerias podem trazer mais estabilidade para seu lado financeiro. Recomece sempre acreditando em seu potencial. Agora é hora de organizar seu planejamento, colocar organização em sua agenda para colher bons frutos futuramente. Financeiramente, cuidado com gastos movidos pela carência.
Saúde - Momento de cuidar da parte respiratória. Exercícios como yoga, medi-tação, e até mesmo uma boa caminhada, podem ajudar a você equilibrar corpo, mente e espírito.
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Diretor: Engels B. Xenoktistakis
Direção de Arte: Daniel Coradini
Redator: Engels B. Xenoktistakis
Colaboradores: Adriano Camargo /
Ronaldo Linares e
Alexandros Xenoktistakis
Assessoria Jurídica: Alexandros Barros
Xenoktistakis – OAB/SP 182.106
contato: [email protected]
tel.: (11) 2796.4374 9 9736.2970 - Vivo
Nextel: 94785-5874 94726-7609 - VivoANUNCIE CONOSCO
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Alegria é uma das palavras que traduz fielmente o povo cigano. Não há como não se alegrar ao ver o colo-rido de suas roupas, de seus lenços e adereços.
Com os ciganos de Umbanda não é diferente; alegria é sua marca registrada. A profusão de cores não pode faltar numa gira cigana.
“Mas quem são os ciganos? Quem são esses espíri-tos que se incorporaram à Umbanda para trabalhar? Como eles trabalham? Pra que tanta cor, tanto “luxo”? Eles não são humildes? A Umbanda não prega a hu-mildade”?
Queridos, primeiramente vamos deixar de lado a hi-pocrisia que assombra muitos terreiros de Umbanda e também a mentalidade de muitos irmãos de fé...
É marca registrada do povo cigano o colorido de suas roupas, as saias com muitos tecidos, os instrumentos mu-sicais, os lenços que cobrem a cabeça das ciganas casadas.
Agora eu pergunto: qual o problema dos ciganos tra-
zerem para os terreiros algo que faz parte de sua tradi-ção e que é bonito?
Os ciganos são místicos por excelência, se apresen-tam e trabalham de maneira peculiar à sua linha, com as características de seu povo.
Outro dia uma irmã, conversando comigo, lamentava que no terreiro do qual ela faz parte não trabalha com os ciganos porque os dirigentes não os conhecem...e seus olhos se encheram de lágrimas, pois ama os ci-ganos.
Chorei junto com ela, pois sei o quanto eles são pro-tetores, amorosos e bondosos.
Se a Umbanda pratica a caridade, e eles se apresen-taram como trabalhadores junto a nós, o que mais eles fariam?
Os ciganos trabalham na caridade, como qualquer verdadeiro guia de Umbanda.
Ter uma roupa bonita pra trabalhar com seus guias
ciganos faz de alguém mais ou menos humilde? Ora, raciocinar não é pecado. A beleza afronta a humildade por acaso?
O único problema nisso tudo é causado pelos seres humanos; achar que sua cigana precisa de um baralho de ouro, fazer uma roupa com o intuito de chamar a atenção, extrapolar os limites do bom senso, isso sim é afrontar a humildade!
Geralmente, as giras ciganas são as mais apreciadas. Infelizmente porque as pessoas acham que os ciganos só servem para ver o futuro.
Sabem o que “minha” cigana pensa sobre isso? “Sai-ba viver o presente e construa seu próprio futuro”.
Os oráculos usados pelos ciganos nada mais são do que ferramentas para nos direcionar para os caminhos onde as possibilidades de êxito são maiores.
Os médiuns que os usam para questões banais não respeitam os ciganos que carregam.
UmbandaLegal
OPTCHÁ! ARRIBA POVO CIGANO!
Escrito por:Valéria Siqueira
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Relegar um guia espiritual a determinado arquétipo aquém do que ele merece é negar a ele o direito de tra-balhar para evoluir.
Sabe aqueles consulentes que param na frente do guia e cruzam os braços esperando que os guias “adi-vinhem” sua vida? Eles não estão procurando ajuda, apenas querem que alguém diga o que eles querem ou-vir...isso não é caridade, isso não é Umbanda. Os ciga-nos não têm a obrigação de “adivinhar” absolutamente nada.
Este é um equívoco que existe em relação aos ciga-nos. Infelizmente muitos não enxergam a grandiosi-dade desse povo.
Perdem tempo com bobagens, ao invés de comparti-lhar bons momentos ao lado desses guias encantado-res, vindos de todos os cantos do mundo, e que como todos os outros querem apenas a oportunidade de tra-balhar.
Um povo com uma bagagem imensa, construída com sangue, suor e lágrimas, sendo perseguidos, expulsos e discriminados por vários lugares por onde passaram.
Um povo que é filho do vento, da lua, do sol, das es-trelas, da natureza.
Um povo que tem o céu estrelado como teto, e a Mãe Terra sob seus pés.
Um povo que não tem medo do trabalho, e se recusa
a ter qualquer patrão que não seja seu próprio livre--arbítrio.
Um povo que não pertence a uma nação, mas sim ao mundo.
Amados Ciganos da luz! Obrigada por me ensinar que a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.
Obrigada por me mostrar que podemos ser felizes com pouco, desde que possamos fazer o que nossa alma anseia; que não importa o tamanho do problema, ele nunca deve ser maior que o sorriso em nossos lá-bios. Que nossa casa não é medida em metros quadra-dos, nossa casa é a Mãe Terra. Que a vida é muito mais do que nascer, crescer, trabalhar, pagar contas, enve-lhecer, adoecer e morrer. Que é muito melhor ser livre do que ser rico. Que ninguém deveria ser julgado pela aparência ou pelas roupas que veste. Que a humildade está no coração. Que cada cultura deve ser respeitada exatamente como é. Que não adianta parar de dançar e cantar, pois o que tiver que ser, será...
Obrigada pela alegria, pela dança, pela esperança.
Obrigada pelos conselhos, pela força, pelas lições.
Sinto-me honrada por ter a oportunidade de conhe-cê-los como realmente são.
A minha querida Cigana Carmelita, faltam palavras para expressar a grandeza do meu amor e da minha gratidão.
Trouxe para a minha vida prosperidade em todos os sentidos. Abriu as portas do nosso terreiro e de nossos corações para novas experiências. Novos Mestres, no-vos caminhos, me mostrando ainda mais a infinita luz do nosso Criador.
Aos guardiões Exu e Pomba-Gira ciganos, agradeço pela proteção, cuidado e pela certeza de nunca estar sozinha.
Às crianças ciganas, grata pela certeza de que, acon-teça o que acontecer, a caravana, assim como tudo, sempre passa...
Que nossas dores, dúvidas e angústias sejam consu-midas na sua fogueira; que nossos caminhos sejam abertos na sua força de vontade; que nossas esperan-ças de renovem na sua garra; que a alegria de viver es-teja em nossos corações, e que a liberdade de nos ape-gar no que bem entendermos seja a nossa bandeira.
Por Mãe Valéria Siqueira
Terreiro de UmbandaPai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas
e Mestre Zé PilintraCríticas e sugestões:
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25 de Julho1º PREMIO
MILTON FERNANDESData: 25 de JulhoHorário: 18:00 hsLocal: Clube Atlético JuventusEndereço: Rua Comendador Roberto Ugolini, 20Mooca, São Paulo - SPRealizador: Escola de Curimba Nilton FernandesInformação: 97616-2890 – 2721-3015
21 de Junho11º HOMENAGEM, LOUVAÇÃO
E PROCISSÃO AO ORIXÁ XANGÔHorário: 12:00 hsLocal: Parque da Mooca Endereço: Rua Taquari, nº 635Mooca, São Paulo - SPTraje: BrancoRealizador: Engels de Xangô da AldeiaInformações: 94785-5874 – 94726-7609
19 de Julho3º FESTIVAL DE CURIMBA E DANÇA DA WEB RÁDIO BATUQUEIROS DA LUZData: 19 de JulhoLocal: Salão KaikanEndereço: Rua Monte das Gameleiras, nº 374,Vila Ré, São Paulo – SP.Realizador: Web Rádio Batuqueiro da LuzInformação:96027-3709
24 de Maio45º FESTA DE PRETO VELHOS Data: 24/05/2015 Horário: 13:00 hsLocal: Centro Cultural Teatro ADAMASTOR- Guarulhos Endereço: Av. Monteiro Lobato nº 74 Centro Guarulhos - SPRealizador: UMUG - União MunicipalUmbandista de GuarulhosInformação:2405-1908Traje: Branco
12 de JulhoPROJETO:
"ESTE SAMBA É PRA VOCÊ"Data: 12/07/2015 às 15:00 hsLocal: Aldeia XEndereço:Rua Juvenal Parada, nº 35,
Mooca, São Paulo - SPEntrada: Mulheres: R$10,00 / Homens R$15,00
Realizador: Celso da AldeiaInformações: Facebook/estesambaepravoce.com.br
CalendárioDatas e Eventos
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DALA PAES LEME E O FAMOSOQUADRO DE YEMANJÁ
ArtigoEscrito por Diamantino Fernandes Trindade
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De acordo com o escritor José Beniste a imagem de Yemanjá usada pela Umbanda, da mulher pai-rando sobre as ondas, foi criada na década de 50 como uma forma da Dra. Dalla Paes Leme ser ho-menageada pelo marido.
Ela era magra e tinha traços indígenas, por isso o quadro que foi pintado a óleo, era de uma mu-lher morena de cabelos longos e negros. Este qua-dro percorria casas e terreiros, dentre os quais o de Benjamin Figueiredo, da Tenda do Caboclo Mirim e a casa de Alziro Zarur que na época era ligado ao es-piritismo. Este mesmo quadro foi que deu inicio às giras de fim de ano promovidas pela Umbanda nas praias cariocas e cultuada no dia 02 de Fevereiro pelo Candomblé.
Outra versão diz que a Dra. Dalla Paes Leme teve a visão de Yemanjá e que um artista teria feito a pin-tura.
Tudo isto teria acontecido em 1955 e, a partir des-se quadro surgiram inúmeras imagens de Yemanjá presentes no imaginário dos umbandistas.
Na edição 62, de janeiro de 1956, do Jornal de Umbanda, aparece a seguinte legenda referente ao quadro:
Este quadro, que está percorrendo os Estados, está à disposição dos Presidentes e Chefes de Terreiros dos Centros, Tendas, Terreiros, Cabanas etc.
Aqueles que queiram receber a visita do Quadro de Yemanjá da Bahia, ou adquirir gravuras do respec-tivo quadro, dirijam-se a D. DALLA – Rua Visconde de Rio Branco, 38 (centro) – Rio – Tel. 22-2689 – Livraria Freitas Bastos – Largo da Carioca – Bazar Santa Sofia – Rua Santa Sofia, 2 – Tijuca e em di-versos Centros e Tendas.
O Jornal de Umbanda, número 78, de abril de 1958, registrou a presença do quadro de Yemanjá em Niterói:
Desde o dia 25 de janeiro, quando tiveram início as festividades de 6o aniversário de fundação da
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Homenagem a um radialista
YemanjáDalla Paes Leme (Agosto de 1954)
Tenda Espírita Tujupiara, que se encontra na cida-de de Niterói o belo quadro de Yemanjá, para lá le-vado em procissão marítima pelos componentes do Centro Espírita São Thiago de Circular da Penha. No dia 21 de fevereiro a Tenda Tujupiara fez levar em bela procissão, à noite, sob as luzes de milhares de velas, com enorme acompanhamento o referido quadro para o Centro São Sebastião, sito à Travessa Filgueiras, no bairro do Fonseca, e que obedece à direção material do irmão Custódio, seu presidente e que tem como Babá a irmã Maria de Oliveira. Ofe-
receram os componentes deste conceituado terreiro uma magnífica manifestação à chegada do quadro e a todos que acompanhavam a procissão. Foi aí, igualmente homenageada a Comissão de Divulgação do Quadro de Yemanjá, na pessoa da Dra. Dalla Paes Leme, que, junto com os demais membros , acom-panhou a procissão até aquele local. No dia 1o de março o Centro São Sebastião conduziu o quadro de Yemanjá para a Casa de Caridade Nossa Senhora da Glória – Terreiro do Caboclo Tupinambá – à Rua Álvaro Neves, 121, também no Fonseca, em bela ro-
maria que reuniu mais de uma centena de filhos de fé, apesar do temporal que caiu na ocasião.
A Dra. Dalla Paes Leme presidia a COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO DA IMAGEM DE YEMANJÁ. Era uma umbandista fervorosa, filha de Yemanjá, muita ativa nos eventos umbandistas. Apresentamos uma matéria do número 82 do Jornal de Umbanda, de agosto de 1958, relativa à homenagem à Rádio Gua-nabara e ao jornalista Átila Nunes.
Realizou-se domingo, dia 10, singular homena-gem à “Rádio Guanabara” e ao radialista Átila Nu-nes. Prestou-a a “COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO DA IMAGEM DE YEMANJÁ”.
Na ocasião, fazendo surpresa ao homenageado, a Dra. Dalla Paes leme, presidente daquela co-missão, ocupou o microfone e fez uma saudação à Rádio Guanabara e ao Sr. Átila Nunes. Enalteceu a colaboração do conhecido locutor à divulgação da Imagem de Yemanjá, ressaltando as suas qua-lidades de umbandista e homem publico e salien-tando, com propriedade, a sua cooperação na obra daquela comissão de confraternização entre todos os terreiros e centros do Distrito Federal e do In-
terior do Brasil. Fez questão de mostrar, numa de-monstração autêntica de sinceridade umbandista, a gratidão da “Comissão de Divulgação da Imagem de Yemanjá” ao homenageado.
Terminando a sua alocução, a Dra. Paes Leme, em nome da “Comissão de Divulgação da Imagem de Yemanjá”, ofereceu ao Sr. Átila Nunes a primei-ra imagem que veio a publico. Trata-se da imagem esculpida com grande arte e que representa a ver-dadeira Yemanjá. Atila Nunes, dirigindo-se a todos os presentes agradeceu aos presentes a homena-gem e, grandemente emocionado pela subtileza da deferência com que lhe distinguia a “Comissão de Yemanjá”, enalteceu o grande trabalho de fraterni-
dade que vem realizando sob o signo de Yemanjá e sob a presidência da Dra. Dalla Paes Leme, cujas prendas de grande umbandista e espírito de luta de confraternização entre os meios de Umbanda, salientou com entusiasmo, concitando à todos os umbandistas a formarem sob a bandeira da frater-nidade desfraldada pela “Comissão”.
Estiveram presentes à homenagem, vários cen-tros e terreiros, bem como numerosos umbandis-tas.
Encerramos com um belo poema da Dra. Dalla Paes Leme à Yemanjá, publicado no número 75 do Jornal de Umbanda, de dezembro de 1957.
A tarde ia descendoE, contra as areias da praia arrebentando,E os pescadores, cansados,As suas redes pesadas recolhendo;Despreocupados, uns iam cantando...
Nisto, uma onda que, ao longo, em segredo,Aos poucos vinha se formando,Foi-se avolumando, avolumando...E, contra as areias da parais arrebentando,Causou aos pescadores grande medo.E, quando, enfim, desceuE em espumas se perdeu...Misteriosamente,Encantadoramente,Uma linda mulher apareceu.
Uma estranha mulher! Calma, serena,Que serenamente parou:– Olhos verdes, cabelos acastanhados,Não era branca, nem cabocla, nem morena;
Tinha o semblante para, lívido, mestiço,Com muito de quebrante e muito de feitiçoNão sorria. Não falou.
Os pescadores, pasmados,Entreolharam-se,Interrogaram-se tanto... tanto... Depois... unidos pelo espanto,Foram-se chegando...Se chegando...
Nisto, outra onda que ao longe se formou,Rapidamente foi-se avolumando, avolumando...E, bem á frente dos surpresos pescadores,Contra as areias da praia, desceuE em espumas se perdeu...Ninguém... Somente o chão coalhado de flores...
No ar, uma suavidade,Uma alacridade,Um halo de amor e piedade...
A tarde ia descendoE os pescadores, cansados,Maravilhados,Suas redes repletas recolhendo.
No Céu brilhava a primeira estrela;Nuvens misteriosasDisputaram a graça de envolvê-la...
E o ar ficou cheio de amor...E o mar ficou cheio de rosas...E o chão ficou cheio de flores...
Esta matéria é um capítulo do livro “História da Um-banda no Brasil” – Volume três, que será lançado no
segundo semestre pela Editora do Conhecimento.
Diamantino Fernandes TrindadeDoutor em Educação pela PUC-SP
Sacerdote da Cabana de Pai Benguela
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Falando de UmbandaEscrito por:Pai Ronaldo Linares
SALVE OSPRETOS-VELHOS
Nada melhor para homenagear a data dos pre-tos-velhos que o poema escrito por Pai Ronaldo Linares em 1964.
Prece-poema a Pai Benedito de Aruanda
Meu bondoso Preto-Velho!
Aqui estou de joelhos, agradecido contrito, aguardando sua bênção.
Quantas vezes, com a alma ferida, com o coração irado, com a mente entorpecida pela dor da injus-tiça eu clamava por vingança, e Tu, oculto lá no fundo do meu “eu”, com bondade compassiva me sussurravas ESPERANÇA!
Quantas vezes desejei romper com a humanida-de, enfrentar o mal com maldade, olho por olho, dente por dente, e Tu escondido em minha mente, me dizia simplesmente:
“Sei que fere o coração a maldade e a traição, mas, responder com ofensas, não lhe trará a so-lução. Pára, pensa, medita e ofereça-lhe o perdão. Eu também sofri bastante, eu também fui humi-lhado, eu também me revoltei, eu também fui in-justiçado”.
Das savanas africanas, moço, forte, livre, num instante transformado em escravo acorrentado,
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nenhuma oportunidade eu tive. Uma revolta cres-cente me envolvia intensamente, por que algo me dizia, que nunca mais eu veria minha Aruanda de então: não ouviria a passarada, o bramir dos ele-fantes, o rugido do leão. Minha raça de gigantes que tanto orgulho tivera, jazia despedaçada, nua, fria, acorrentada num infecto porão.
Um ódio intenso o meu peito atormentava: Por que Oiá não mandava uma grande tempestade? Por que Xangô com seus raios não partia aquela nave amaldiçoada, não matava aquela gente, que tão cruel sem mostrara? Até minha mãe pobrezi-nha, tão frágil, já tão velhinha, por maldade acor-rentada. E Iemanjá, onde estava que nossa des-graça não via? Que nossa dor não sentia? O seu peito não sangrava? Seus ouvidos não ouviam a súplica que eu lhe fazia? Se Iemanjá ordenasse, o mar se abriria; as ondas nos envolveriam; ao meu povo ela daria a desejada esperança, e aos que nos escravizavam, a necessária vingança.
Porém, nada aconteceu. Minha mãe não resistiu e morreu. Seu corpo, ao mar foi lançado. O meu povo amedrontado, no mercado foi vendido, uns pra cá outros pra lá e, como gado, com ferro em brasa marcado.
Onde é que estava Ogum que aquela gente não vencia? Onde estavam as suas armas, as suas lan-ças de guerra?
Porém, nada acontecia, e a toda parte que olhava, somente uma coisa via... Terra. Terra que sempre exigia mais, de nossos corpos suados, de nossos corpos cansados.
Era a senzala, era o tronco, o gato de sete rabos que nos arrancava o couro, era a lida, era a colhei-ta (que para nos era estafa, para o senhor era o ouro).
Quantas vezes, depois que o sol se escondia lá no fundo da senzala, com os mais velhos aprendia que o nosso destino no fim, não seria sempre assim. Quantas vezes me disseram que ZAMBI olhava por mim.
Bem me lembro uma manhã que o rancor era grande, vi sair da casa grande, a filha do meu pa-trão. Ingênua, desprotegida... Meu pensamen-to voou: “Eis a hora da vingança, vou matar essa criança, vou vingar minha gente e se por isso mor-rer vou morrer contente”.
E a pequena caminhava alegre, despreocupada. Vinha em minha direção. Como a fera aguarda a caça, eu esperava ansioso. Minha hora era che-gada. Eu trazia as mãos suadas, nesse momento odioso, meu coração disparava. Vi o tronco; vi meu povo sofrendo, apodrecendo, morrendo e...
Mais nada vi então. Correndo como um possesso agarrei-a por um braço e levantei-a do chão.
Porém, para minha surpresa, mal eu ergui a me-nina, uma serpente ferina, como se fora o próprio vento, fere o espaço errando por minha causa; o seu bote foi tão fatal, que ali parado eu ficara, olhando para a serpente, que sumia no matagal.
Depois, com a criança nos braços, olhei meus pu-nhos de aço que a deveriam matar... Olhei seus olhinhos que insistiam em me fitar. Fez-me um gesto de carinho. Eu estava emocionado, não sa-bia o que falar. Não sabia o que pensar.
Meus pensamentos estavam numa grande confusão, vi a corrente, o tronco, as minhas mãos que vingavam, vi o chicote, a serpente errando o bote... Senti um aperto no coração. As mãos ca-lejadas pelo machado, pela enxada, minhas mãos não matariam, não haveria vingança, pois meu Deus não permitiria que morresse essa criança.
Assim, o tempo passou. Do rapaz forte de
ontem, bem pouca coisa restou, até que um dia chegou e... Benedito acabou!
Mas, do outro lado da morte, eu encontrei nova vida, mais longa, muito mais forte, mas de amor e de perdão. Os sofrimentos de outrora já não im-portam agora, porque nada foi em vão...
Fomos mártires nesta vida, desta Umban-da tão querida, religião do coração, da paz, do amor, do perdão”.
Pai Ronaldo Antônio Linares, presidente da Federação Umbandista do Grande ABC
é responsável peloSantuário Nacional da Umbanda.
www.facebook.com/santuariodaumbanda.fugabc
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58º festa de Ogum –Vale do Orixás – JuquitibaOrganização União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasile Associação Paulista de Umbanda
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18º Encontro de Dirigentes Espirituais Organização T.U.C Cacique Pena Vermelha e o Projeto Filhos do Cacique
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44º Festa Vamos Saravá OgumAconteceu no dia 26 de Abril em Osasco-SPRealizador: União Regional Umbandista da Zona Oeste da Grande São Paulo
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18º Festa de Ogum pela FOUCESP
24º Festa de Ogum em Diadema pela FUCABRAD
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Aconteceu 26 Abril festa de ogum e Homenagem ao Pai Rubens Saraceni pela A.U.E.E.S.P.
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Feijoada de Ogum beneficente, no Clube Atlético Indiano, organizada pela entidade Mata Virgem, responsável por um importante projeto social voltado para criançase adolescentes
3o Caminhada de Ogum Fucesp
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página 26Ano 5 número 45
O Vereador Quito Formiga comparece asfestividades em Homenagem a Ogum
Conferencia Odus conferência sobre a Tradição Africana do culto de Ifá
APEU - Associação de Pesquisas Espirituais Ubatuba
Associação Paulista de Umbanda e União de Tendas De Umbanda e Candomblé Do Brasil
FOUCESP
Templo Escola Casa de Lei AUEESP
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ArtigoEscrito por:Valéria Siqueira
DOAR É UM GESTO DE AMORSem dúvida a maior caridade na Umbanda é a es-
piritual. Através da incorporação o médium se tor-na um instrumento, para que o espírito se manifes-te para a caridade.
Mas existem pessoas carentes em todos os senti-dos, inclusive no campo material.
E nesse ponto, independentemente dos motivos que possam tê-los levado a passar por esse tipo de dificuldade, penso que não devemos virar as costas para essas pessoas.
Não ter dinheiro para pagar as contas que nós mesmos fizemos, para ter um celular último mo-delo ou até mesmo para comer uma pizza é uma coisa...não ter o que comer na mesa é outra bem diferente.
E as pessoas que não tem o privilégio de ter um bom emprego e mesmo assim têm que pagar alu-guel, água, luz, gás, alimentar e vestir seus filhos, etc., necessitam da bondade alheia para não passar fome.
Um terreiro de Umbanda, assim como qualquer outra instituição religiosa, tem condições de abra-çar essa causa e amenizar a necessidade de muitos irmãos que passam por esse tipo de dificuldade.
Pensando nisso é que em diversos eventos o in-gresso é apenas um quilo de alimento não perecível.
Assim, aliamos a caridade material à espiritual, e
conseguimos fazer um importante trabalho social.
Seria perfeito se as pessoas abraçassem esse tipo de causa e colaborassem para que fosse não apenas um ato de caridade, mas também de bondade para com o próximo.
Mas infelizmente não é o que acontece...não é nas religiões que falta consciência, mas sim nos seres humanos.
Talvez muitos de vocês não acreditem, mas exis-tem pessoas que “doam” coisas imprestáveis para instituições de caridade, não por bondade, mas porque não tem onde jogar fora...e pasmem, é mais comum do que se imagina.
Doar um quilo de sal, porque é mais barato, não é caridade. Doar o que você tem vencido na despensa não é caridade. Doar coisas quebradas ou rasgadas não é caridade.
Caridade é doar com amor, com carinho, com cui-dado. É abençoar o que se está doando para que o outro receba e se sinta amparado.
Caridade é fazer pelo outro o que gostaria que fi-zessem a você.
Não precisa lavar a roupa que vai doar? Não pre-cisa doar alimentos que você mesmo comeria? Por-quê? Porque “cavalo dado não se olha os dentes”?
E se fosse você do outro lado? Se você vivesse da
caridade alheia? Se alguém te desse comida ven-cida para dar ao seu filho comer? Você se sentiria bem? Sentiria que alguém se preocupa? Acreditaria na bondade humana?
Ninguém é obrigado a fazer nada, concordo plena-mente. Mas se vocês forem a um evento desses, que tem o objetivo de ajudar aos que necessitam, façam seu melhor.
Faça o que estiver ao seu alcance, leve algo que não irá fazer falta, mas que seja útil a quem receber.
Doe algo que você gostaria de receber se precisas-se. Abençoe a doação. Deseje de todo o seu coração que aquele alimento seja imantado com boas ener-gias e ofereça com amor.
Não são os grandes milagres que movem o mun-do, são as pequenas gentilezas que tornam a vida das pessoas melhor.
Caridade não é dar o que não te serve, é comparti-lhar o que você tem, Axé.
Por Mãe Valéria Siqueira
Terreiro de UmbandaPai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas
e Mestre Zé PilintraCríticas e sugestões:
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Salve sagrado leitor, irmãozinhos e irmãzinhas em Mãe Natureza!
O conhecimento sobre as ervas não pode ser restrito a uma religião, ou a um meio acadêmico. Está na natureza, como parte integrante da criação Divina e é o elemento que mais se aproxima da natureza material humana.
Carrega a força dos quatro elementos primordiais, terra – água – fogo e ar. E devidamente ativado, transfere para o ambiente ou o organismo humano, a energia contida em si. Erva é poder, erva é força, é poder realizador, erva é cura.
A água é concentradora da energia do elemento vege-tal. A energia aquática carrega a força vegetal, fazendo com que ela seja absorvida mais facilmente pelo nos-so organismo espiritual. Não esqueça que nosso corpo humano é formado por pelo menos 75% de água.
Através de um banho de ervas, nosso fator aquático humano, em contato com o fator aquático carregado de energia vegetal, se funde, formando assim, energe-ticamente falando, um elemento mais leve e fácil de ser absorvido pelo nosso organismo espiritual. É o veiculo que o espírito vegetal encontra para se unir a nós.
Sempre me perguntam se devemos tomar banho de ervas na cabeça. Na verdade, esse assunto é o mais polêmico de todos, porque envolve conceitos religio-sos tradicionais, e sobre eles, eu não opino. O que digo é, se você não está ligado a alguma doutrina que lhe impõe isso, não se preocupe.
Existem ervas, como veremos mais adiante, que deve-mos realmente evitar colocar na cabeça, em nosso cen-
tro de forças, ou chacra coronário. Mas por outros mo-tivos energéticos, que devem se estudados caso a caso.
É comum ouvir que filhos de determinados Orixás não podem usar ervas de outro Orixá na cabeça, até com risco de morte. Os especialistas em Orixá que digam isso em suas publicações e sejam ouvidos por quem está ligado a essa energia. Mesmo em minhas práticas religiosas, tenho visto muitas pessoas usar todo tipo de erva na cabeça e continuar com seu juí-zo perfeito, sem risco nenhum. Muitos dos acúmulos energéticos negativos, que são o motivo da limpeza espiritual com ervas, localizam-se exatamente no chacra coronal, na coroa mediúnica, no alto da cabe-ça. Porque então não deveríamos colocar ervas lá, no foco da atuação?
Preparar os banhos não requer muita prática. Re-quer muito amor e bom senso.
O banho pode ser preparado quente ou frio, depen-de do tipo de erva a ser utilizada.
Se for usar apenas ervas ou flores frescas, pode colocá-las, depois de lavadas em água corrente, em uma bacia ou panela com água fria e deixar por umas duas horas. Esse processo chama-se maceração. Você pode também, nesse processo, amassar as er-vas com as mãos, dentro da bacia com água e depois deixá-las descansar por uma hora, coberta com um pano branco. Ë muito positivo também, nesse caso, acender uma vela branca ao lado do preparo, e na reza evocatória pedir que ilumine e envolva o prepa-ro com as energias do fogo vivo.
Essa prática é muito positiva, pois enquanto você amassa as ervas com as mãos, pode fazer a reza ati-vadora, e ali, pode ter certeza, o banho já começará agir no seu campo astral. Mentalize a aura vegetal envolvendo suas mãos, absorvendo a partir da pal-ma delas, todo o negativismo, as formas pensamen-to, os miasmas astrais do seu espírito.
Se as ervas forem secas, mesmo que sejam folhas, flo-res, raízes ou cascas, simplesmente coloque água para ferver em uma panela e quando atingir a fervura, colo-que as ervas já separadas dentro da água, deixe ferver por um minuto e desligue. Tampe e deixe amornar.
Você pode unir os dois processos, fazendo a fervura com as ervas secas e depois de amornar, fazer a ma-ceração com esse preparo e as ervas frescas.
Depois disso, deixe o preparo descansar e coe antes de usar.
Podemos coar o banho porque já concentramos na água aquilo que precisamos da erva, seu organismo espiritual energético.
Os banhos são administrados após o banho nor-mal. Coloque o preparo pronto em uma panela, ba-cia, balde, etc e complete com água quente do pró-prio chuveiro. Não é necessário tomar o banho frio, exceto em alguns casos muito específicos, a partir de solicitação e acompanhamento religioso.
Ao terminar seu banho higiênico, levante a panela acima de sua cabeça e faça essa oração:
Senhor Deus, meu amado Pai Criador, Amada Mãe Terra, Amada Mãe Água, Sagradas Forças Vegetais,
ERVA É PODER, ERVA É FORÇA,É PODER REALIZADOR, ERVA É CURA!
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oErvas naAldeiaEscrito por:Adriano Camargo
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peço de coração que abençoem esse banho. Que ele seja verdadeira força viva em minha vida, em meu campo energético, proporcionando saúde espiritual e física, limpeza astral, e que todas as formas de vida atuando negativamente em minha vida sejam alcan-çadas por ele e assim tenham também em sua vida os efeitos positivos dessas ervas. Assim seja e assim será.
Ao terminar de jogar esse preparo sobre o corpo, respire profundamente umas três vezes e mentalize círculos coloridos à sua volta, descendo pelo seu cor-po em espirais nas seguintes cores: verde, azul, viole-ta, branco e rosa.
Deixe alguns instantes assim, com o banho em seu corpo, sem enxaguar e sem enxugar também.
Deixe seu espírito vibrar junto com a erva. Sinta a energia viva envolvendo seu corpo físico e espiritual e penetrando nos corpos internos e nos órgãos, mui-tas vezes doentes e debilitados.
Preferencialmente tome os banhos antes de dormir, exceto os energéticos e estimulantes, que devem, preferencialmente, ser tomados pela manhã.
Em relação à quantidade, a proporção é sempre um bom punhado para cada meio litro de água. Não usa-mos medida exata, primeiramente por não se tratar de preparo fitoterapêutico, e também porque a melhor medida para seu uso é sua própria mão em concha.
Os banhos não são apenas para nosso corpo, nosso
organismo espiritual humano. Podem e devem ser usados também para nossas casas, locais de trabalho e casas de trabalho espiritual.
Preparamos o banho para casa da mesma forma descrita e passamos no chão com um pano branco, de preferência novo ou destinado apenas para esse fim. É interessante também passar esse preparo em pa-redes que possam receber liquido (cuidado para não manchar a pintura), e principalmente nos batentes das portas e janelas.
O uso das essências prontas – à base de água ou álcool - no banho não têm contra indicação, porém não devem ser as únicas fontes de energia vegetal no banho, o único elemento. As essências têm grande valor aromaterápico, causando pelo seu odor agra-dável, verdadeira fusão dos elementos vivos das er-vas. Vemos o uso prático das essências nos banhos de cheiro, principalmente para casa.
O resíduo de ervas usado para o preparo dos ba-nhos, deve ser devolvido à natureza. Ou à terra do jardim ou a um rio. Como parte e continuidade da magia, essa prática deve acompanhar a intenção de o elemento natural, água ou terra, receber e diluir todo e qualquer resíduo negativo em que a prática de ma-gia esteja envolvida.
Pode devolvê-la ao jardim de sua própria casa, ou um vaso, por exemplo, ou mesmo numa praça, ao pé de uma árvore. Se jogada num rio, tomar o cuidado
para não jogar saco plástico ou outro material sin-tético, mas somente os resíduos vegetais; regra que também se aplica a resíduo de velas, porque nada mais são do que parafina, elemento petroquímico. Não precisamos poluir ainda mais a natureza.
Pra finalizar, vamos a algumas receitinhas de banhos:
Banho para descarrego energético
Arruda, Guiné, Picão Preto, Dandá da Costa, Euca-lipto, Jurema Preta, Angico
Banho para limpeza energética leveFolhas de Pitanga, Abacateiro, Arruda, Eucalipto,
Aroeira, Barba de Velho, Folhas de Carambola
Banho para equilíbrio energético e fortalecimento espiritual
Calêndula, Sálvia, Alecrim, Alfazema, Camomila, Hortelã e Folhas de Pitanga
É isso, muitíssimo obrigado!
Sucesso, saúde e muito poder natural a todos!
Adriano Camargo / Erveiro da [email protected]
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Eventos
No dia 19 de Abril, foi realizada pela FENUG - Fe-deração Núcleo Umbandista de Guarulhos, a X FES-TA EM HOMENAGEM A OXÓSSI. Realizada todos os anos, a festa é uma homenagem de Louvor ao Pa-trono da federação, Oxóssi, na qual é realizada uma grande gira com os terreiros filiados a federação e
convidados, um momento de comunhão e partilha.
Frutas são ofertadas, abençoadas por Oxóssi e seus caboclos, e partilhadas por todos os presentes como símbolo de comunhão e fraternidade. Nos últimos 2 anos a festa vem sendo realizada ao ar livre em plena harmonia com as forças dos nossos Orixás
X FESTA EM HOMENAGEM A OXÓSSI PELA FENUG
Eventos
http://umbandaeucurto.com/
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Eventos
2º Festival de Curimba e Danças - Umbanda JovemFoi realizado no dia 17 de Maio de 2015 o 2º. Fes-
tival de Curimbas e danças organizado pelo Grupo Umbanda Jovem, tendo este sido realizado na Qua-dra da Escola de Samba Unidos do Peruche, Bairro do Limão, na zona norte de São Paulo.
Evento este que contou com um público de apro-ximadamente 300 pessoas.
Agradecemos a todos que ajudaram a construir este evento, todas a Curimbas concorrentes, atra-ções, jurados, visitantes e toda a equipe de traba-lho do grupo Umbanda Jovem, que não mediram esforços para que fosse possível a realização do evento.
Concorreram os seguintes grupos: Grupo Nostal-gia da Umbanda, Grupo Emoriô, Curimba Clauber Dias, Grupo Ojuobâ, Grupo Geração de Luz e Gru-po Raízes de Iansã, onde todos de uma forma bri-lhante louvaram nossos guias e Orixás.
Resultado Final:1o.Emoriô
2o.Clauber Dias
3o.Nostalgia da Umbanda
4o.Ojuobá
5o.Geração de Luz
6o. Raízes de Iansã
Curimba solo
1º Grupo Emoriô
2º. Curimba Clauber Dias
3º. Grupo Nostalgia da Umbanda
Todos os grupos foram premiados, sendo que o 3º. colocado, Grupo Nostalgia da umbanda, está classi-ficado para o evento 3º. Festival da Rádio Batuquei-ros da Luz a ser realizado em Julho de 2015 em São Paulo, 2º. Colocado Curimba Clauber Dias foi indi-cado para o Festival do Pai Genildo de Oxóssi a ser realizado em 2015 em São Paulo e, o 1º. Colocado
Grupo Emoriô foi indicado para o 6º. Festival Aldeia de Caboclos 2015 e também indicado a participar do atabaque de Ouro 2016 a ser realizado na cidade do Rio de Janeiro.
Contamos ainda com as respectivas Parti-cipações Especiais:
Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia de Caboclos;
Curimba Filhos da Umbanda;Curimba Vinha de Luz;Curimba Caminhantes de Oxalá;Grupo Samba Certo;
Parabéns a Todos os Participantes!
Acreditamos que estamos no caminho certo, na ajuda da divulgação da nossa querida Umbanda aqui fica o nosso muito Obrigado a todos!
Grupo Umbanda Jovem
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47º Homenagem ao Orixá Oxóssi e ao Caboclo Arranca- Toco
Eventos
Dia 12 de Abril de 2015 foi um domingo muito ilu-minado, harmonioso e com muitas pessoas queridas, onde tivemos a honra de realizar a 47ª Homenagem ao Orixá Oxóssi e ao Caboclo Arranca Toco, no Clube Escola Mooca, situado na Taquari, nº 635, Mooca, São Paulo-SP.
O Primado do Brasil e sua diretoria agradecem a pre-sença de todas as tendas, amigos e irmãos que estive-ram ao nosso lado para compartilhar esse momento de fé. Hoje, são raros os amigos que nos dão coragem e força para que possamos lutar em favor da nossa
Umbanda. Pessoas que estão sempre presentes e que não nos deixam desanimar, e que principalmente, nos ajudam a manter nosso caminho sempre iluminado.
Tivemos a sorte de encontrar esses amigos, e por isso somos muito gratos.
Que o futuro permita que vocês alcancem todos os seus sonhos. Muita paz e amor é o nosso sincero dese-jo para com as suas casas. Jamais esqueceremos o que fizeram pelo nosso evento, e todas as boas vibrações que recebemos nesse dia especial. Nossa amizade é um verdadeiro privilégio!
Mais uma vez nosso muito obrigado! Contamos com todos para o próximo ano, e um forte abraço!
Que a bênção de nosso Pai Oxóssi proporcione pros-peridade, equilíbrio e paz.
Maria Aparecida Primado do Brasil
[email protected]://www.primado.com.br
Rua Herval,1415Belenzinho– São Paulo – SP
Fones (11) 2693 4399 e 2796 8466
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Uma noite especial, um encontro com a Umbanda na praia. À frente, Ogum Beira-mar conduziu nossa cele-bração. Com o coração cantamos e dançamos alegres com a espiritualidade que nos acolheu. A beira mar vivemos a simplicidade dos céus. Como nossa vida, ora nublada, ora estrelada compartilhamos na alegria o bem estar que a Umbanda nos oferece. Entre irmãos na fé e de coração saboreamos o dom da vida que com todas as suas fragilidades é fortaleza quando há sin-ceridade no agir. Gratidão pelo dom da Umbanda que nos foi concedido.
O encontro aconteceu dia 25 de abril numa praia do litoral de Ubatuba – SP. Pela primeira vez realizamos um culto de louvação aos Orixás e linhas de trabalho sem a incorporação. Cada filho expressou do seu jeito aquele momento sagrado. Alguns dançaram, outros cantavam dirigindo seus olhares para a fogueira, para as estrelas ou para o mar. As energias dançavam ao nosso redor convidando-nos a sermos partes da natu-
reza que nos abrigava. Tudo muito alegre, leve e livre.
O diálogo era através da curimba, louvando, rezan-do e agradecendo. A cada arrepio provocado por vi-brações, a consciência da disciplina em atender o que nos foi orientado. Não houve incorporações e nem por isso deixamos de aprender. Sem oferendas e nem por isso deixamos de ter o encontro com nossos Orixás, afinal, nós éramos a própria oferenda. Realizamos um rito de quatro horas com três intervalos, respeitando o limite físico de cada um e oportunizando a todos a participarem. O material de culto usado, apenas 6 ve-las, nada mais. Não precisamos de excessivos gastos, as energias dos Orixás são gratuitas e estão ao nosso dispor. Basta apenas nosso sincero sentimento para sintonizá-las. Cada filho levou frutas que durante os intervalos serviu para nos alimentarmos. Momentos de partilha, de alegria e união.
Terminamos a celebração com saudades. Lembran-ças que cada um carregará em seu íntimo. Nesse en-
contro de amor experimentamos nossas essências, nossas limitações, nossos medos e nossos desejos. Re-tornamos revigorados com clara noção do caminho a seguir e do que corrigir, porém com a certeza de que estaremos sempre no caminho da Umbanda se nosso agir for verdadeiro.
Obrigada Umbanda, obrigada Sr Ogum Beira-mar regente de nossa casa. Obrigada por nos ensinar que no caminho há pedras, espinhos e buracos. Passare-mos por eles sim, com coragem sem pegar atalhos, pois somos teus filhos e por teus caminhos sempre al-cançaremos as vitórias.
Saravá Ogum. Saravá Umbanda
Templo de Umbanda Caboclo Pena Branca – Tau-baté SP.
Mãe Márcia MoreiraEndereço Rua Cinco n. 158 –
bairro Marlene Miranda – Taubaté –spwww.caboclopenabranca.com.br
12 9 9118-5000
UM ENCONTRO COM A UMBANDA NA PRAIA
Eventos
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Amor aoPróximoPor:
Babá Maria Silvia
FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM
E por mais um ano os médiuns do Templo de Um-
banda e Orações Caboclo Peri e Baiano Zé dos Co-
cos realizaram no dia 25 de Abril a distribuição da
Feijoada de Ogum para os nossos irmãos de rua que
sobrevivem embaixo do Viaduto Bresser. Neste ano
distribuímos 190 marmitas onde cada uma acompa-
nhava uma fruta e um refrigerante.
Não existe nada mais gratificante que ver o sorri-
so estampado, a gratidão, o reencontro de pessoas,
o respeito entre eles mesmos e até com os próximos
e além disso a interação feita por todos nós indepen-
dente do modo que estavam vestidos e arrumados.
Uma lembrança que sempre vou carregar comigo é
o de ter reencontrado um morador de rua que ano
passado me contou um pouco da sua história de vida
e o porque estava na rua, e através das suas lágrimas
me pediu ajuda para sair da rua e ser uma nova pes-
soa. Ao me deparar com aquela situação citei pala-
vras de encorajamento principalmente para voltar ao
lar de sua família e procurar tratamento para comba-
ter o álcool e as drogas.
Esse ano ao me deparar com o mesmo morador fui
surpreendida por ver como o mesmo estava muda-
do, exalando um novo semblante e o mesmo contou
sobre as mudanças que transcenderam em sua vida,
que voltou para o seio de sua família mas devido uma
confusão voltou a morar na rua, porém, tinha aban-
donado as drogas e bebia moderadamente e mais
uma vez me abraçou e agradeceu pelas palavras que
lhe dei a um ano atrás.
Gestos de gratidão, agradecimento, abraços, troca
de energias me fazem ter a certeza que eu e meus mé-
diuns estamos no caminho certo, sem distinguir nin-
guém, afinal somos todos filhos do nosso pai maior
que é nosso Pai Oxalá.
Agradeço a todos meus médiuns e colaboradores
pela dedicação, carinho, amor e a fé de todos para a
realização dessa missão. Que Senhor Ogum sempre
esteja presente na caminhada de cada um de vocês
e lembrem-se sempre que damos ou recebemos um
abraço nos unimos cada vez mais no amor, na fé e
principalmente na caridade.
Que Oxalá e Ogum abençoe a todos!
Babá Maria SilviaTemplo de Umbanda e Orações Caboclo Peri
é Baiano Zé dos Cocos
página 39Ano 5 número 45
Avenida Vila Ema, 3248- Vila EmaSão Paulo/SP
Tel.: 11 2604-5524 / 98564-1207Nextel=78250655 id122*72459
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