jornal da câmara - 11/12/15

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EM DEBATE COM DEPUTADOS, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem que é necessária uma nova fonte de recursos para financiar a área. Ele defendeu a CPMF e a obrigação de as prefeituras investirem 25% do orçamento no setor. | 5 www.camara.leg.br/camaranoticias Disque - Câmara 0800 619 619 BRASÍLIA-DF, QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2015 CÂMARA DOS DEPUTADOS Ano 17 | Nº 3513 Os deputados aprovaram o substitutivo que cria um regime especial de regularização de recursos man- tidos no exterior sem conhecimento do Fisco, com a fixação de tributo único para sua legalização. A medida é direcionada aos recursos obtidos de for- ma lícita. Foi aprovada emenda que proíbe políticos, detentores de cargos e seus parentes de aderir ao programa de regularização dos recursos. | 3 Câmara aprova projeto que regulariza ativos no exterior Texto fixa um tributo único para a legalização dos recursos perante a Receita Federal Texto aprovado na CCJ define também medidas para prevenir deslizamentos e outros desastres ambientais. Debatedores alertaram que modelo não terá tarifas mais baixas e luz será cortada quando crédito terminar. Novas regras de prevenção de enchentes vão ao Senado Procons apontam riscos a consumidor em energia pré-paga O substitutivo do deputado Manoel Junior ao projeto de regularização de ativos foi aprovado em Plenário com 230 votos favoráveis, 213 contra e 7 abstenções | 6 | 7 Antonio Augusto Gustavo Lima Comissão aprovou ontem texto que cria regra especial para pagamento desses débitos por estados, municípios e DF. Plenário poderá votar substitutivo sobre pagamento de precatórios | 7

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Page 1: Jornal da Câmara - 11/12/15

EM DEBATE COM DEPUTADOS, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem que é necessária uma nova fonte de recursos para financiar a área. Ele defendeu a CPMF e a obrigação de as prefeituras investirem 25% do orçamento no setor. | 5

www.camara.leg.br/camaranoticiasDisque - Câmara 0800 619 619

BRASÍLIA-DF, QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2015 CÂMARA DOS DEPUTADOS Ano 17 | Nº 3513

Os deputados aprovaram o substitutivo que cria um regime especial de regularização de recursos man-tidos no exterior sem conhecimento do Fisco, com a fixação de tributo único para sua legalização. A

medida é direcionada aos recursos obtidos de for-ma lícita. Foi aprovada emenda que proíbe políticos, detentores de cargos e seus parentes de aderir ao programa de regularização dos recursos. | 3

Câmara aprova projeto que regulariza ativos no exterior Texto fixa um tributo único para a legalização dos recursos perante a Receita Federal

Texto aprovado na CCJ define também medidas para prevenir deslizamentos e outros desastres ambientais.

Debatedores alertaram que modelo não terá tarifas mais baixas e luz será cortada quando crédito terminar.

Novas regras de prevenção de enchentes vão ao Senado

Procons apontam riscos a consumidor em energia pré-paga

O substitutivo do deputado Manoel Junior ao projeto de regularização de ativos foi aprovado em Plenário com 230 votos favoráveis, 213 contra e 7 abstenções

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Antonio Augusto

Gustavo Lima

Comissão aprovou ontem texto que cria regra especial para pagamento desses débitos por estados, municípios e DF.

Plenário poderá votar substitutivo sobre pagamento de precatórios

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12 de novembro de 20152 | JORNAL DA CÂMARA

O deputado Alessandro Molon, que foi relator do projeto na CCJ

Projeto foi aprovado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e será analisado pelo Senado

Aprovada assinatura digital em iniciativa popular

» Tratamento de câncerA Comissão de Segurida-de Social e Família debate o uso de fosfoetanolami-na sintética para o trata-mento do câncer. Plenário 7, 9h.

» Sessão soleneHomenagem aos 40 anos do estabelecimento das re-lações diplomáticas entre Angola e Brasil. Plenário Ulysses Guimarães, 9h05

» Conferência de PequimA Comissão de Relações Ex-teriores e de Defesa Nacio-nal faz audiência sobre os 20 anos da Conferência Mun-dial sobre a Mulher de Pe-quim e o atual estágio dos acordos e convenções assi-nados pelo governo brasilei-ro que tratam de igualdade de gênero nas relações de trabalho. Plenário 13, 9h30

» Programa do esporteA Comissão Especial Refor-mulação da Legislação do Esporte discute dificulda-des de adesão dos clubes de futebol ao Profut. Plenário 3, 9h30

» Maus-tratosA CPI Maus-Tratos de Ani-mais faz audiência sobre o tema com entidades de de-fesa dos animais. 9h30, Ple-

nário 11, 9h30

» Fundos de pensão A CPI ouve representantes dos fundos Petros e Funcef. Plenário 5, 9h30

» Preços de defensivosA Comissão de Agricultu-ra reúne-se para “avaliar as razões do incremento de preços dos defensivos agrí-colas verificados nos últi-mos anos”. Plenário 6, 10h

» Venda de energiaA Comissão de Minas e Energia debate a venda de energia renovável de gera-ção distribuída no mercado livre. Plenário 12, 10h

» Direitos autoraisA Comissão Especial Direi-tos Autorais (PL 3968/97) debate o tema com compo-

sitores. Plenário 8, 10h

» Uvas e vinhosLançamento da Frente Par-lamentar de Defesa e Valori-zação da Produção Nacional de Uvas, Vinhos, Espuman-tes e Derivados. Cafezinho do Salão Verde, 10h

» Crimes cibernéticos A CPI ouve especialistas em segurança e privacida-de. Plenário 15, 10h

» Comissão geral Exposição de ministro do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Plená-rio Ulysses Guimarães, 11h

» Brasil Mais InclusãoA 2ª Secretaria da Câmara faz a escolha dos agraciados no Prêmio Brasil Mais In-

clusão: homenagem às em-presas públicas ou privadas, entes federados e personali-dades que tenham realizado trabalhos ou ações que me-reçam destaque na inclusão de pessoas com deficiência.

» EducaçãoA Comissão de Educação realiza o seminário “Brasil rumo à transformação na-cional”. Plenário 2, 14h

» Papel dos BricsA Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Na-cional debate países emer-gentes e papel do Brics. Au-ditório Nereu Ramos, 14h

Leia a agendacompleta no celular

(61) 3216-1500 [email protected]

[email protected] | Redação: (61) 3216-1660 | Distribuição e edições anteriores: (61) 3216-1626

1º Vice-PresidenteWaldir Maranhão (PP-MA)2º Vice-Presidente Giacobo (PR-PR)1º SecretárioBeto Mansur (PRB-SP)2º Secretário Felipe Bornier (PSD-RJ)

Presidente: Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Editora-chefeRosalva NunesEditoresSandra CrespoRalph Machado

DiagramadoresGilberto MirandaRenato PaletRoselene Guedes

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados - 55a Legislatura SECOM - Secretaria de Comunicação Social

Jornal da Câmara

Impresso na Câmara dos Deputados (DEAPA)

Secretário: Cleber Verde (PRB-MA)

Diretor-Executivo: Claudio Lessa

Presidente do Conselho de Ética e Decoro ParlamentarJosé Carlos Araújo (PSD-BA)Presidente do Centro de Estudos e Debates Estratégicos Lúcio Vale (PR-PA)Corregedor ParlamentarCarlos Manato (SD-ES)Procurador ParlamentarClaudio Cajado (DEM-BA)

3ª SecretáriaMara Gabrilli (PSDB-SP)4º SecretárioAlex Canziani (PTB-PR)Suplentes:Mandetta (DEM-MS)Gilberto Nascimento (PSC-SP)Luiza Erundina (PSB-SP)Ricardo Izar (PSD-SP)

Ouvidor Parlamentar Nelson Marquezelli (PTB-SP)Coordenadora dos Direitos da Mulher Dâmina Pereira (PMN-MG)Procuradora da MulherElcione Barbalho (PMDB-PA)Secretário de Relações InternacionaisÁtila Lins (PSD-AM)

Diretor-Geral: Rômulo de Sousa MesquitaSecretário-Geral da Mesa: Sílvio Avelino

Leia esta edição no celular

Papel procedente de florestas plantadas

A Comissão de Consti-tuição e Justiça e de Cida-dania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou ontem, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 2024/11, do deputado Felipe Maia (DEM-RN), que permite que os projetos de lei de inicia-tiva popular sejam total ou parcialmente subscritos por meio de assinatura digital, devidamente certificada.

Atualmente, as assina-turas precisam ser recolhi-das em folha de papel.

O projeto seguirá agora para análise do Senado, ex-ceto se houver recurso para que seja examinado antes

pelo Plenário da Câmara.A proposta altera a Lei

9.709/98, que regulamenta

instrumentos de participa-ção como o plebiscito, o re-ferendo e as proposições de

iniciativa popular.Critérios - Os crité-

rios para que um projeto de iniciativa popular seja apresentado à Câmara não foram modificados: ele pre-cisa ser subscrito por 1% do eleitorado nacional, distri-buído pelo menos por cin-co estados, com não menos 0,3% dos eleitores de cada

um deles. A única diferen-ça é que essas assinaturas, conforme o texto aprovado, poderão ser colhidas eletro-nicamente.

Internet - O relator da matéria na CCJ, deputado Alessandro Molon (Rede--RJ), destacou que a utili-zação da internet vai pro-piciar maior participação social no processo legisla-tivo. “De fato, é necessá-ria uma revisão do proce-dimento adotado, a fim de facilitar a representativi-dade dos eleitores. A assi-natura digital devidamen-te certificada é um desses caminhos”, afirmou.

Para o relator, a assinatura digital devidamente certificada facilita a representatividadedos eleitores

AGENDAQUINTA-FEIRA

12 de novembro de 2015

Luis Macedo

Page 3: Jornal da Câmara - 11/12/15

JORNAL DA CÂMARA | 312 de novembro de 2015

Mesmo depois de sema-nas de negociação de mudan-ças no texto, os deputados continuaram divididos sobre quem será beneficiado pelo projeto aprovado ontem. “O texto prevê punibilidade ex-tinta para crimes de sonega-ção fiscal, falsificação de do-cumento, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, desca-minho e uso de documento falso”, disse Pauderney Ave-lino (DEM-AM).

O líder do Psol, Chico Alencar (RJ), também criti-cou a anistia a crimes. “Isso não é irrelevante, configura de fato uma anistia ampla em demasia que pode bene-ficiar gente que está muito enrolada, contra os interes-ses do País”.

Líder do PPS, Rubens

Aprovada regularização de recursos no exteriorO Plenário também aprovou emenda ao projeto que proíbe políticos e detentores de cargo de aderir ao programa

O Plenário aprovou ontem o Projeto de Lei 2960/15, do Executivo, que cria um regi-me especial de regulariza-ção de recursos mantidos no exterior sem conhecimento do Fisco, fixando um tribu-to único para sua legalização perante a Receita Federal. A medida é direcionada aos re-cursos obtidos de forma líci-ta. A matéria será votada ain-da pelo Senado.

De acordo com texto, um substitutivo do relator Ma-noel Junior (PMDB-PB), po-derão aderir ao regime as pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliados no Brasil que tenham sido proprietários desses recur-sos ou bens em períodos an-teriores a 31 de dezembro de 2014. Elas terão 210 dias para aderir, contados a partir da publicação da futura lei.

Anistia - Aqueles que ti-verem a adesão aprovada serão anistiados de vários crimes tributários relacio-nados aos valores declara-dos, como sonegação fiscal ou descaminho, assim como para outros listados em leis específicas, a exemplo da lei sobre lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O relatório inclui mais crimes na lista de anistia da proposta: uso de documen-to falso, associação crimino-sa, contabilidade paralela,

O clima no Plenário ficou tenso em vários momentos; oposição pediu votação nominal de emenda

funcionamento irregular de instituição financeira e fal-sa identidade a terceiro para operação de câmbio.

A anistia somente valerá se o contribuinte não tiver sido condenado definitiva-mente pela Justiça em rela-ção a esses crimes até o início da vigência da lei, mesmo que a ação não se refira ao bem a ser repatriado.

Políticos - O debate mais acalorado da noite resultou na aprovação, por 351 votos a 48, de emenda do deputado Bruno Covas (PSDB-SP) que

proíbe os políticos e detento-res de cargos públicos e seus parentes até o segundo grau de aderir ao programa de re-gularização.

A intenção da oposição ao aprovar a emenda foi impedir que dinheiro ilícito enviado ao exterior devido a casos de corrupção fosse beneficiado pelo projeto devido à difi-culdade de rastreamento da origem ou de fiscalização da documentação oferecida pelo contribuinte.

Não residentes - As pes-soas habilitadas a participar

do programa que não possu-am mais os bens, mas quei-ram regularizar a situação, também poderão aderir, as-sim como os que atualmente não são mais residentes no Brasil e o eram em dezem-bro de 2014.

Imposto - O único impos-to que incidirá sobre os bens será o Imposto de Renda, com alíquota de 15%, mais uma multa de igual percen-tual, totalizando 30%. Quem regularizar será isento de to-dos os demais tributos fede-rais e penalidades aplicáveis

por outros órgãos regulató-rios que poderiam ter incidi-do sobre os fatos geradores relacionados aos bens decla-rados se ocorridos até 31 de dezembro de 2014.

Segundo Manoel Junior, os vários planos econômicos ao longo da história do Brasil provocaram uma evasão de divisas para proteger o capi-tal, tanto por parte de empre-sas quanto por parte de pes-soas físicas. “Dos 47 países que fizeram essa legislação, 19 o realizam em caráter per-manente”, lembrou.

Outra emenda aprovada, do próprio relator, possibili-tará o uso da declaração de regularização como indício para investigações posterio-res, contanto que não seja o único elemento.

Joias e animais - Na lista de bens que podem ser de-clarados estão desde depósi-tos bancários, investimentos, títulos, ações, veículos, em-barcações e imóveis, até os menos comuns, como direi-tos sobre marcas, software, patentes, joias, obras de arte, animais de estimação e ma-terial genético de reprodução animal.

Os valores deverão ser declarados pelo contribuin-te com base em documentos idôneos e descrição detalha-da, quer ele esteja de posse deles atualmente ou não.

Substitutivo causou debate intenso entre os deputadosBueno (PR) leu nota do Mi-nistério Público avaliando que a proposta vai facilitar a lavagem de dinheiro. “Se o dinheiro é lícito, que pro-blema tem o contribuinte de comprovar a origem? Não há como saber a origem pelo projeto, ou seja, pode ser do narcotráfico”, afirmou.

Raul Jungmann (PPS-PE) disse que a proposta vai in-viabilizar as operações da Lava Jato e da Zelotes, por-que se baseia na presunção da declaração “de um crimi-noso que sonegou, fraudou, e mandou ao exterior recursos que o Estado brasileiro não conseguiu alcançar”.

Clarissa Garotinho (PR--RJ) afirmou que o texto diz que restringe a legalização a recursos de origem lícita,

mas não exige comprovação de licitude ao mesmo tempo em que impõe sigilo fiscal e proíbe que a existência do recurso dê origem a inves-tigação.

Para o líder da Rede, Ales-sandro Molon (RJ), o texto terá repercussões negativas. “É verdade que pode servir para arrecadar recursos so-negados, mas é preciso dei-xar claro que o substitutivo piorou e há brechas para que dinheiro ilícito seja lavado.”

Defesa - A líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), defen-deu a medida e desafiou os oposicionistas a apontar qual ponto da proposta diz que haverá legalização de dinhei-ro vinculado ao crime. Mauro Pereira (PMDB-RS) também disse que a arrecadação vai

ajudar os brasileiros. O líder do governo, José

Guimarães (PT-CE), acusou a oposição de ser contra a proposta por motivos políti-cos. “A oposição é contra por uma razão básica: inviabili-zar o governo”. Para o líder do PMDB, Leonardo Piccia-ni (RJ), “negar que recursos existam no exterior é negar a nossa historia, de um País que viveu mais de uma déca-da com inflação na casa das centenas e, por isso, muitas pessoas amedrontadas man-daram seus recursos para fora do País.”

Exclusão de políticos - O clima ficou tenso na votação do último destaque, excluin-do políticos da possibilidade de legalização de dinheiro enviado ao exterior sem de-

claração. A oposição pres-sionou por votação nomi-nal, mas não havia condição regimental. Foi apresentado um requerimento, que foi re-jeitado, sob protestos dos de-putados contrários, que gri-taram palavras de ordem.

O presidente da Câma-ra, Eduardo Cunha, decidiu aplicar a votação nominal de ofício “para que não pairem dúvidas”. Ele disse que não se sentiu atingido por acu-sações dos contrários de que houve manobra do governo para que o texto não fosse votado com nominal.

Autor do destaque, Bru-no Covas (PSDB-SP) afirmou que a intenção foi de retirar dúvidas “de que a proposta vai beneficiar pessoas envol-vidas em escândalos”.

Thyago Marcel

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12 de novembro de 20154 | JORNAL DA CÂMARA

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que o PSDB nunca foi seu aliado e que pode se posicionar como quiser. A afirmação é uma resposta ao pedido de afas-tamento de Cunha da Presi-dência da Casa feito ontem, em entrevista e em pronun-ciamento no Plenário, pelo líder do PSDB, deputado Car-los Sampaio (SP). De acordo com Sampaio, as acusações contra Cunha são graves e impedem a sua permanên-cia no cargo. O documento lido por ele na tribuna foi assinado pelos 54 deputa-dos que compõem a banca-da do PSDB.

“Ninguém está aqui a prejulgar. Cabe a vossa ex-celência apresentar provas ao Conselho de Ética”, disse Sampaio no Plenário, diri-gindo-se a Cunha.

Ao ser questionado por jornalistas sobre a iniciativa dos tucanos, Cunha respon-deu: “O PSDB não me apoiou na minha eleição para presi-dente. Aliás, o candidato do partido foi o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que está investigado na Lava Jato por ter recebido recursos do de-lator Ricardo Pessoa. Esse foi quem o PSDB apoiou na campanha. Cada um tem o direito de se posicionar como quiser e não me cabe comen-tar, criticar; eu não vou tecer comentários, cada um tem

O  Conselho de Ética e Decoro Parlamentar forma-lizou ontem a abertura de processo contra o líder do Psol, Chico Alencar (RJ), e a entrada no colegiado do presidente do SD, Paulo Pe-reira da Silva (SP). O pedido de cassação de Alencar foi apresentado pelo SD sob os argumentos de suposto uso de notas frias para compro-var gastos da sua cota par-lamentar e de suposta irre-gularidade em doações à sua campanha eleitoral.

Alencar antecipou a sua defesa no conselho para, se-gundo ele, mostrar a corre-ção das doações e o arqui-vamento do procedimento no Ministério Público, que investigou o uso das notas.

Chico Alencar, no conselho: “25 mentiras e falsidades”

Conselho de Ética abre processo contra Chico Alencar

Ele disse ter detectado, na representação do SD, “25 mentiras, falsidades, afir-mações enganosas e impro-priedades”, e afirmou sentir orgulho da colaboração de

sete servidores do seu ga-binete, que fizeram doações voluntárias, dentro dos li-mites permitidos pela Justi-ça Eleitoral.

De acordo com Alencar,

a representação contra ele não passa de tentativa de vingança diante do processo de cassação que Psol e Rede movem contra o presidente Eduardo Cunha, com base em supostas contas secre-tas na Suíça e em delações da Operação Lava Jato.

“Ele está fazendo a dis-puta política baixa, retalia-ção e tentativa de intimi-dação por causa do aliado e amigo dele — não sei se de negócios — Eduardo Cunha. Não vai conseguir”, disse.

Substituição - Paulo Pe-reira da Silva foi oficializa-do como titular no conselho no lugar de Wladimir Costa (SD-PA), que renunciou por motivo de saúde. Ele afirmou que a representação contra

Alencar será uma “oportu-nidade de esclarecimento” para o líder do Psol. “O de-putado que mais fala de ética no Plenário não pode ter, so-bre ele, uma série de questio-namentos. Não adianta que-rer fazer comparação com o processo de Eduardo Cunha, pois a minha posição em re-lação a ele é conhecida. Não há intimidação nem retalia-ção”, ressaltou Pereira

Vice-líder do DEM, Paulo Azi (BA) questionou a parti-cipação de Paulo Pereira no julgamento do líder do Psol. “O deputado Paulo Pereira, presidente de um partido po-lítico, está querendo se ar-vorar, ao mesmo tempo, das funções de promotor e julga-dor”, disse Azi.

O líder do PSC, Andre Moura (SE), leu em Plenário manifesto assinado por 12 partidos em defesa do presi-dente da Câmara. Ele disse que está havendo politiza-ção do debate e que Cunha terá o direito de se defender

Carlos Sampaio fez discurso em Plenário para explicar aos deputados a decisão do PSDB

Cunha diz que PSDB se posiciona como quiserDeclaração do presidente da Câmara foi feita após o partido ter comunicado que apoia o seu afastamento do cargo

Manifesto de 12 partidos apoia presidenteno Conselho de Ética, sem que isso interfira na condu-ção da Casa. “Ratificamos total apoio e confiança em sua condução na Presidência eventuais disputas políticas não podem prevalecer para paralisar o funcionamento

da Casa num momento em que se espera a votação de projetos importantes”, disse, dirigindo-se a Cunha.

O documento é assinado pelos líderes de PR, PMDB, PSC, PP, PSD, PRP, PTB, PTdoB, PEN, PHS, PTB e SD.

todo o livre-arbítrio para se posicionar como quiser.” Julio Delgado afirma não ter cometido nenhuma irregu-laridade.

Em relação ao Conselho de Ética, Eduardo Cunha afirmou que nunca teve os votos dos dois representan-tes do PSDB e que o atual posicionamento do partido não vai mudar essa realida-de. Cunha também já disse que não vai se afastar da Pre-sidência da Câmara.

Explicações - Em entre-vista coletiva ontem, Carlos Sampaio disse que as expli-

cações prévias apresentadas pelo presidente à imprensa sobre a existência de contas no exterior não são convin-centes.

Em entrevista à TV Glo-bo, Cunha afirmou que os re-cursos usufruídos por ele no exterior vêm de negócios de venda de carne no continen-

te africano. Ele mostrou pas-saportes a líderes partidários para comprovar dezenas de viagens na década de 80 a países da África.

Impeachment - O líder do PSDB disse ainda que o partido mantém como “cau-sa maior” o impeachment da presidente Dilma Rousseff e que o afastamento de Cunha não interfere nesse objetivo.

Líder do Psol, Chico Alen-car (RJ) questionou o fato. “O PSDB pede que Cunha se afaste da função e vá se de-fender nos foros em que está sendo questionado, mas dá a entender que tem legitimi-dade para acolher processo de impeachment”, criticou.

Presidente do SD, Pau-lo Pereira da Silva (SP) dis-se estranhar a posição do PSDB, que, segundo ele, pa-rece não querer o impeach-ment de Dilma. “Nós somos todos da oposição e eles de-veriam ter combinado co-nosco e não combinaram.”

Gustavo Lima

Zeca Ribeiro

Page 5: Jornal da Câmara - 11/12/15

DEMARCAçõES

JORNAL DA CÂMARA | 512 de novembro de 2015

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem, em audiência públi-ca na Comissão de Educa-ção, que o Congresso Nacio-nal tem a responsabilidade de assegurar mais recursos para a área. Mercadante dei-xou claro que, diante da ne-cessidade de ajuste fiscal, será preciso uma nova fonte de recursos.

Ele defendeu a Contri-buição Provisória sobre Mo-vimentações Financeiras (CPMF). “Qual outro impos-to não vai ter impacto nos setores econômicos? Como

O deputado Alceu Morei-ra (PMDB-RS) foi eleito on-tem presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar as ações da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do Insti-tuto de Colonização e Refor-ma Agraria (Incra).

Trata-se dos dois prin-cipais órgãos responsáveis pela demarcação de terras indígenas e quilombolas, respectivamente. No proces-so de demarcação e titulação das terras, um estudo antro-pológico é realizado. É justa-mente com esses estudos que o presidente da CPI mais de-monstra preocupação.

“Vamos investigar todos os laudos antropológicos e também discutir com as co-munidades como podemos compor políticas públicas

Ao ser questionado na audiência pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ) so-bre a PEC 395/14, que auto-riza universidades públicas a cobrar pela pós-graduação latu sensu, o ministro da Educação disse ser favorá-vel sob condições.

“O Fórum Nacional de Educação é contra. Mas cur-so latu sensu não é mes-trado. Se eu cobro de quem pode pagar e dou bolsa para quem não pode, assim como forneço assistência de saúde, a medida não é necessaria-mente ruim”, disse.

A PEC, do deputado Alex Canziani (PTB-PR), teve o texto básico aprovado em 1º turno pelo Plenário. Os deputados aprovaram subs-titutivo de Cleber Verde (PRB-MA) que mantém a gratuidade do ensino públi-co superior de graduação e de pós-graduação acadêmi-ca, mas autoriza as institui-ções a cobrar pelos cursos de extensão, de pós-gradu-ação lato sensu e de mestra-do profissional. Ainda falta analisar destaques apresen-tados ao texto.

Ações - Mercadante apre-sentou aos deputados ações do governo para aumentar o número de alunos no ensi-no superior e cumprir outras metas do PNE, como a cons-trução de creches.

O PNE prevê que 50% dos brasileiros de 18 a 24 anos estejam cursando o ensi-no superior até 2025. “Hoje, esse índice é de 30% e mes-mo assim porque aumentou em 170% o número de ma-triculados nos últimos 20 anos”, disse.

Financimento - O mi-nistro da Educação admitiu ainda que o governo não vai conseguir manter o ritmo de financiamento de alunos nos cursos das universidades particulares como vinha fa-zendo por meio do Finan-ciamento Estudantil (Fies). “Temos um problema orça-mentário”, explicou Merca-dante.

Alceu Moreira: os laudos devem ser feitos de forma republicana

Alceu Moreira vai presidir CPI de Funai e Incra

honestas e dignas para ín-dios, quilombolas e também para os sem-terra. Queremos que os laudos não sejam mais feitos de forma unilateral, apenas pelo governo, que-remos que esse instrumen-to seja utilizado de forma re-

publicana.”PEC 215 - Questionado se

a CPI irá trabalhar pela apro-vação da Proposta de Emen-da a Constituição 215/00, que transfere para o Con-gresso a palavra final sobre a demarcações de terras in-

dígenas, Alceu Moreira en-fatizou que a proposta não faz parte dos trabalhos da comissão. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Quando, no começo da le-gislatura passada, eu pedi a instalação desta CPI, isso não estava sendo discutido”, afirmou.

Relatoria - O deputa-do Alceu Moreira designou como relator da CPI da Funai e do Incra o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que pre-sidiu a comissão especial que analisou a PEC 215. A esco-lha gerou críticas por parte dos indígenas que estavam presentes no plenário da co-missão.

Na próxima terça-feira, a CPI volta a se reunir para definição dos sub-relatores e dos vice-presidentes.

Lúcio Bernardo Jr

Mercadante deixou claro que, diante da necessidade de ajuste fiscal, será preciso uma nova fonte de recursos para o setor

Mercadante: CPMF pode dar recursos à educaçãoEm audiência pública, o ministro disse que o Legislativo tem de aprovar medidas para garantir mais verbas ao setor

imposto de transição, acho uma excelente solução, mas são os senhores que vão vo-tar”, disse.

A recriação da CPMF está prevista em uma proposta de emenda à Constituição (PEC  140/15) enviada pelo governo ao Congresso no fi-nal de setembro. A proposta prevê uma alíquota de 0,2% sobre as movimentações fi-nanceiras.

Segundo Mercadante, desde que a CPMF foi ex-tinta, em 2007, o governo deixou de arrecadar “meio trilhão de reais”. Além da

contribuição, o ministro de-fendeu que 100% dos recur-sos obtidos com a exploração do petróleo do pré-sal sejam aplicados na educação básica – outra medida que depende do Congresso.

Cortes - Aloizio Merca-dante compareceu à Câma-ra a convite do deputado Lo-

Cobrança em pós-gradução latu sensu

Segundo Mercadante, desde que a CPMF foi extinta, em 2007, o governo deixou de arrecadar “meio trilhão de reais”

bbe Neto (PSDB-SP) e outros deputados do PSDB para ex-plicar os impactos dos cortes orçamentários nas metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Além de defender a criação de novas fontes de recursos, ele defendeu a vin-culação obrigatória de inves-timentos do orçamento dos municípios em educação.

Ele criticou proposta do PMDB de desvincular o orça-mento dos municípios para a educação. “Se as prefeituras não forem obrigadas a inves-tir 25% não vamos cumprir as metas do PNE”, alertou.

Antonio Augusto

Page 6: Jornal da Câmara - 11/12/15

12 de novembro de 20156 | JORNAL DA CÂMARA

A proposta, que seguirá para o Senado, assegura medidas preventivas também contra deslizamentos e outros eventos

Câmara define normas de prevenção de enchentesA Comissão de Constitui-

ção e Justiça e de Cidadania aprovou em caráter conclu-sivo proposta que assegu-ra medidas de prevenção a enchentes, deslizamentos de terras e eventos simila-res, exigências que deverão estar presentes em todos os planos diretores. A proposta está aprovada pela Câmara e deve seguir para revisão do Senado.

Cada município possui seu plano diretor, que indi-ca as regras para a consoli-dação e a expansão urbana e traz as diretrizes para im-plantação dos sistemas de drenagem e de construção de áreas verdes.

Entre as regras aprova-das, a proposta inclui um limite máximo de imper-meabilização dos terrenos, prevê diretrizes para a re-gularização fundiária de assentamentos e planos de contingência em relação a áreas de risco e cria normas para operacionalização des-sas medidas.

O relator, Rubens Pereira Júnior (no detalhe), foi favorável às medidas de prevenção a enchentes

Calçadas ecológicas - O texto aprovado é o substi-tutivo acatado anteriormen-te pela Comissão da Ama-zônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Re-gional, e ratificado pela Co-missão de Desenvolvimen-

to Urbano. O texto incluiu a criação de calçadas eco-lógicas (que possuem área permeável) entre as dire-trizes do plano diretor do município. A proposta ori-ginal previa a implantação dessas calçadas apenas em

municípios com mais de 80 mil habitantes.

O substitutivo reúne o conteúdo dos projetos de lei  840/11, do deputado Chico Alencar (Psol-RJ), e 1385/11, do deputado Ri-cardo Izar (PSD-SP), que

tramitam em conjunto. As propostas alteram o Estatu-to da Cidade (Lei 10.257/01), a Lei do Saneamento Básico (11.445/07) e a Lei do Siste-ma Nacional de Defesa Civil (12.340/10).

O relator na CCJ, depu-tado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA), considerou que a proposta está de acor-do com a legislação brasilei-ra e, por isso, recomendou sua aprovação.

Pela norma aprovada, os municípios terão o prazo máximo de dois anos para se adaptar às novas regras. A União atuará no mapea-mento das áreas de risco, apoiando os estados, o Dis-trito Federal e os municí-pios.

Jorge Solla: oposição é irresponsável

DISCURSOS

Para Jorge Solla, oposição produz crise política que agrava a economia do País

O deputado Jorge Solla (PT-BA) criticou a oposição durante pronun-ciamento em Plenário. “Por conta da irresponsabilidade da oposição que apregoa o quanto pior, melhor, o Congresso se tornou um dos gran-des problemas da economia do País”, disse Solla.

“A oposição precisa fazer uma pe-sada autocrítica e pedir desculpas à população”, afirmou. “Quando se mantém viva a pauta golpista de um impeachment injustificado, e os em-presários não investem com medo de mais crise, quem fica desempregado é o trabalhador brasileiro.”

Segundo o deputado, depois de mais de 20 meses de investigações na Lava Jato, nada surgiu contra a presidente Dilma. Porém, ressaltou, nas décadas passadas “não faltaram provas da existência deste mesmís-simo esquema que vemos hoje na Lava Jato: o cartel de empreiteiras que fraudam licitações envolven-do pagamento de propina a agentes públicos e políticos”. Solla citou, en-tre outros, os escândalos da lista de Furnas e as operações Satiagraha e Castelo de Areia. “Em todos esses ca-

sos, os nomes que apareceram foram de deputados do PSDB, do DEM e do PMDB. As provas foram anuladas, as investigações foram interrompidas, ninguém foi punido”, protestou.

Solla também comentou as acu-sações contra o presidente da Câ-mara, Eduardo Cunha. “Quando elegeram Cunha presidente da Câ-mara sabiam o corrupto que esta-vam colocando aqui nesta cadei-ra”, disse. Ele enfatizou que Cunha foi eleito “com o único objetivo de criar instabilidade política, dificul-dades para o governo e tentar via-bilizar o impeachment de Dilma”.

Para Ronaldo Benedet, jovem brasileiro busca futuro apenas no serviço público

O tamanho da administração bra-sileira foi alvo de críticas do deputa-do Ronaldo Benedet (PMDB-SC). Em pronunciamento na tribuna, Bene-det disse que o Estado “está ficando grande demais” e que é sustentado pelo povo, através do pagamento de impostos, de taxas, de tributos de modo geral, “e isso fica muito caro para o cidadão brasileiro”.

“Nós quase não temos mais jo-vens, as melhoras cabeças, estudan-do e se preparando para ser empre-endedores, e sim para se tornarem funcionários públicos, concursados, para terem grandes valores de ga-rantia, por exemplo, com aposenta-dorias”, criticou.

“As grandes empresas deste País estão agora envolvidas em escânda-los, como o da Lava Jato. Por isso, sobram as grandes carreiras de Esta-do, os concursos públicos. As gran-des cabeças deste País não vão para a iniciativa privada, porque quase tudo é proibido”, afirmou Benedet.

De acordo com o deputado, a grande causa da corrupção no Bra-sil é o fato de que são dadas muitas atribuições ao Estado “para deter-

minar o que pode e o que não pode”. Benedet fez um apelo à presidente Dilma Rousseff para que implemen-te mudanças e “pare de criar a ne-cessidade de mais autorizações que dependam de pessoas”. 

Em relação ao momento atual, Benedet afirmou que vivemos uma crise política junto com uma crise econômica dentro e fora do Brasil. “Nós precisamos estimular quem produz”, defendeu. “Vai faltar di-nheiro ao governo — já está faltan-do —, porque não existe estímulo à produção”, avaliou, defendendo a redução da carga tributária no País.

Ronaldo Benedet: Estado menor

Sergio Vale /Fotos Públicas

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Gustavo Lima Gustavo Lima

O substitutivo aprovado prevê a construção de calçadas ecológicas - que possuem área permeável - nas cidades brasileiras

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CONSUMIDOR

JORNAL DA CÂMARA | 712 de novembro de 2015

A comissão especial que analisou proposta sobre pa-gamento de precatórios por estados e municípios apro-vou ontem o relatório do de-putado Paulo Teixeira (PT--SP) para a matéria. O texto aprovado é um substituti-vo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 74/15, que cria um regime especial transitório (2016-2020) para que estados, Distrito Federal e municípios possam quitar os débitos pendentes.

O texto seguirá agora para o Plenário, onde será votado em dois turnos.

Os precatórios consistem em dívidas acima de 60 sa-lários mínimos contraídas pelos governos em todas as esferas quando são condena-dos pela Justiça a fazer um pagamento, com regras de prioridades.

Segundo Paulo Teixei-ra, o substitutivo permitirá a retomada do pagamento dos precatórios em todo o País. A legislação anterior sobre o assunto (dispositi-vos da Emenda Constitucio-

O representante da Se-cretaria Nacional do Con-sumidor do Ministério da Justiça, Igor Britto, chamou atenção ontem para os ris-cos que o sistema pré-pago de energia poderá trazer aos consumidores. Britto parti-cipou de debate na Comissão de Defesa do Consumidor.

A secretaria reúne os Procons de todo o País. Se-gundo ele, pelo modelo pro-posto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o consumidor não terá tarifas mais baixas e terá a luz cor-tada imediatamente quando os créditos forem esgotados.

Já o assessor da Superin-tendência de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, Hugo Lamin, disse que o sistema possibilitará maior controle dos gastos pelo consumidor. Ele ainda destacou o desinteresse das distribuidoras em ofertar a modalidade para o usuário.

O sistema pré-pago de energia elétrica foi regula-

Deputados cobraram que o consumidor seja bem informado

Procons alertam para riscos de sistema pré-pago de energia

mentado pela Aneel em abril do ano passado, mas até hoje não está sendo oferecido pe-las distribuidoras.

Créditos - Essa modali-dade de energia oferecerá créditos de 20 quilowatts/hora (kw/h), que em média correspondem a três dias de consumo. O valor mínimo de compra é 5 kw/h.

Um sistema sonoro e lu-

minoso avisará quando os créditos estiverem próximos de acabar. Quando houver o esgotamento dos créditos, a luz será cortada, mas o con-sumidor poderá solicitar à distribuidora um crédito de emergência de 20 kWh, sen-do pago na primeira com-pra subsequente. No siste-ma pós-pago, o consumidor é notificado 15 dias antes da

suspensão do serviço.O representante dos Pro-

cons disse que a interrupção do serviço de energia pelo esgotamento de créditos causará muito impacto para o consumidor, por se tratar de um serviço essencial.

Já o representante da Aneel ressaltou que o siste-ma permitirá o controle di-ário da energia consumida. “O usuário poderá comprar energia em menores quanti-dades, conforme sua necessi-dade e possibilidade”, disse. Ele salientou que o consu-midor poderá voltar para o sistema tradicional, caso se arrependa da adesão ao pré--pago.

Informação - Deputados cobraram dos distribuidores que o consumidor seja bem informado sobre o sistema pré-pago. “Se a energia for cortada durante a madruga-da, lá no interior, o usuário poderá ser prejudicado e ter dificuldade de comprar mais créditos”, disse Márcio Mari-nho (PRB-BA).

O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) pediu à agên-cia reguladora que avalie a satisfação dos consumido-res em relação às experiên-cias-piloto de implantação da modalidade pré-paga de energia. Para ele, no caso da telefonia, o “pré-pago é uma desgraça”, por conta da bai-xa qualidade do serviço e dos preços elevados.

O presidente da comis-são, deputado Eli Corrêa Fi-lho (DEM-SP), que pediu o debate, informou que o co-legiado deverá realizar nova audiência para averiguar sa-tisfação do consumidor com essas experiências-piloto.

O sistema pré-pago de energia elétrica foi regulamentado pela Aneel em abril de 2014, mas até hoje não está sendo oferecido pelas distribuidoras

Lucio Bernardo Jr.

Segundo Paulo Teixeira, a proposta vai viabilizar o pagamento de precatórios em cinco anos

PEC sobre pagamento de precatórios vai a PlenárioMedida busca viabilizar que entes federados quitem até 2020 suas dívidas provenientes de condenações judiciais

nal 62/09) foi considerada inconstitucional pelo Supre-mo Tribunal Federal (STF). Com a decisão, o STF passou a obrigar que as dívidas acu-muladas em precatórios fos-sem quitadas até o final de 2020. A Emenda 62 permitia o parcelamento das dívidas em 15 anos.

“Muitos municípios pa-raram de pagar os seus precatórios. Esta emenda constitucional [PEC 74/15] equaciona o pagamento em um período de cinco anos. Então, esse estoque de pre-catórios será pago até 2020 pelos estados e pelos muni-cípios”, explicou o relator.

Prioridades - O texto da PEC assegura que pelo me-nos 50% dos recursos utili-zados para quitar as dívidas obedeçam à ordem crono-lógica de apresentação dos precatórios, garantindo prioridade aos débitos mais antigos, respeitando ainda a preferência para os valores

devidos a pessoas com mais de 60 anos e a portadores de doenças, além de dívidas de natureza alimentícia, como salários, pensões e benefí-cios previdenciários.

O relator acatou emenda apresentada por Mara Ga-brilli (PSDB-SP) para que as pessoas com deficiência cre-doras de precatórios também tenham prioridade.

“É do interesse de to-dos aprovar a proposta o mais rapidamente possível, aqui e no Senado, para que tenha validade a partir de 1º de janeiro de 2016, cum-prindo um calendário muito estreito que o STF determi-nou”, adiantou o presidente da comissão, deputado Silvio Torres (PSDB-SP).

A PEC foi apresentada pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e pelo go-vernador Geraldo Alckmin, sendo encampada pelos lí-deres de PT, Sibá Machado (AC); PSDB, Carlos Sampaio (SP); PMDB, Leonardo Pic-ciani (RJ); e PSD, Rogério Rosso (DF).

Lucio Bernardo Jr

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12 de novembro de 20158 | JORNAL DA CÂMARA

Em audiência, debatedores apontaram omissão do Estado em ameaças a moradores do Minha Casa Minha Vida

Proteção a testemunhas precisa de mais verbas

MIGRAçÃO

Organização pede que nova lei defenda direito de crianças

Participantes de audiência pública ontem na Comissão de Direitos Humanos e Minorias que discutiu denúncias de ameaças feitas por milicia-nos a moradores beneficiados pelo Minha Casa Minha Vida defenderam mais recursos para aperfeiçoar o programa de proteção a testemunhas, do governo federal.

A procuradora da Repú-blica no Rio de Janeiro Moni-que Cheker de Souza destacou que o programa revela-se um instrumento fundamental de combate à criminalidade e deve ser instalado em todos os estados. Ela informou que, em 2013, 113 testemunhas parti-ciparam do programa no Rio de Janeiro e, em 2014, esse nú-mero caiu para 67. Esses da-dos, de acordo com Monique, mostram que a iniciativa não está sendo eficaz.

Para melhorar esse cená-rio, a procuradora sugeriu a assinatura de convênios que assegurem a transferência de verbas entre o governo federal e os estados, além da adoção de projetos de reinserção so-cial, com assistência financei-ra, para evitar a perpetuação da testemunha no programa.

Alexandre Capote Pinto, ex-chefe da Delegacia de Re-pressão às Ações Criminosas Organizadas do Rio (Draco), também cobrou o fortaleci-mento do programa. “Se não

há como oferecer algo efi-ciente, como vamos conven-cer as testemunhas a depor? Elas vão morar onde? Dentro da delegacia?”, questionou.

Milícias - Sobre as denún-cias de ameaças feitas por milícias a beneficiários do Minha Casa Minha Vida, Mo-nique Cheker afirmou que o fato de o governo federal não fazer uma análise territorial antes da instalação de pro-

gramas habitacionais favo-rece o surgimento de orga-nizações criminosas. “A meu ver, parece claro que, se o go-verno coloca de 1000 a 1200 famílias em uma área que já é de risco, não fica difícil concluir que esse empreen-dimento pode dar problema. É importante antecipar isso para evitar ocorrências desse tipo”, destacou.

Alexandre Pinto infor-mou que cerca de 30 mil fa-mílias beneficiadas pelo Mi-nha Casa Minha Vida estão sob coação de milícias no Rio. Ele explicou que o primeiro passo dos criminosos é coop-tar os síndicos dos empreen-dimentos. “Se o síndico não se rende, é expulso ou assas-

sinado”, declarou.Após a cooptação do sín-

dico, continuou o delegado, os milicianos passam a ter informações privilegiadas dos moradores do condomí-nio (dados de parentes, fi-lhos, bens, cadastros e con-tas bancárias) para começar um processo de coação e ex-torsão. Ele sugeriu que uma pessoa jurídica assuma a administração dos condo-mínios, mais orientação aos moradores a respeito da ação das milícias e que seja aberto um canal de recepção eficien-te de denúncias.

Omissão - O advogado Paulo Fernando Melo da Cos-ta sustentou que a situação das famílias expulsas pelas

milícias é crítica e que o go-verno federal não tem inte-resse em resolver o problema. O coordenador da Pastoral da Criança da Diocese de Luziâ-nia, Pedro Stepien, disse que ajuda cinco famílias flumi-nenses a se esconder da per-seguição de milicianos. “Essa situação é revoltante.”

Sugestões - O atual chefe da Draco do Rio de Janeiro, Alexandre Herdy, defendeu uma atuação conjunta en-tre policiais estaduais e for-ças federais no combate ao contrabando de armas ad-quiridas pelas milícias e na repressão a essas organiza-ções criminosas.

O deputado Luiz Couto (PT-PB), que solicitou a au-diência, informou que a Co-missão de Direitos Humanos continuará a discutir o tema e produzirá um documento com as sugestões feitas pe-los debatedores. “A gente sabe que o Minha Casa Mi-nha Vida é muito importan-te, mas temos de enfrentar o crime organizado”, ressaltou.

“A gente sabe que o Minha Casa Minha Vida é muito importante, mas temos de enfrentar o crime organizado.”Deputado Luiz Couto

113 testemunhas participaram do programa de proteção no Rio de Janeiro em 2013; em 2014, o número caiu para 67.

O representante da Orga-nização Internacional para as Migrações (OIM) Matteo Mandrile, apresentou ontem sugestões à comissão espe-cial da Câmara que analisa o projeto da nova lei de migra-ção (PL 2516/15) e elogiou a proposta que, em sua avalia-ção, “contém os mais altos padrões internacionais de direito migratório, incluindo pilares de direitos humanos”.

Mandrile sugeriu, entre-tanto, que alguns artigos se-jam mais detalhados, espe-cialmente os que tratam de crianças e adolescentes. Ele argumentou, por exemplo, que deve ser expressamente proibida no texto a devolução de menores não acompanha-

O deputado Orlando Silva, relator do projeto da lei de migração

dos ou separados, conforme estabelecem instrumentos internacionais de direitos humanos, de direito huma-nitário e o relativo aos refu-

giados. Esses acordos deter-minam que os Estados não transladem um menor a um país com “perigo real de dano irreparável para a criança”.

Avaliação de riscos - O es-pecialista destacou, ainda, que a avaliação dos riscos deve ser feita considerando a idade e o sexo da criança, bem como o risco de ser submeti-da a alimentação e condições sanitárias inadequadas ou in-suficientes. O retorno ao país de origem, segundo Mandril-le, só poderá ser considerado se representar o melhor inte-resse da criança. “A adoção de um novo marco [legal] é uma boa oportunidade para am-pliar direitos e, em particular, os previstos na convenção so-bre os direitos das crianças”, defendeu.

Famílias - A OIM tam-bém sugeriu medidas que facilitem a migração com o

objetivo de reunir famílias, prevendo a concessão de vistos não apenas ao côn-juge, mas também ao com-panheiro ou companheira, sem distinção de gênero e orientação sexual.

Regulamentação - O rela-tor do projeto da nova lei de migração, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), prometeu analisar as sugestões, mas disse que muitas poderiam ser objeto de regulamenta-ção posterior.

Matteo Mandrile, entre-tanto, destacou que a lei de migração trata de áreas deli-cadas que poderiam ser mais detalhadas no projeto atual, sem prejuízo de futura regu-lamentação.

Participantes do debate relataram casos de ameaças de expulsão e extorsão a moradores por milícias

Alex Ferreira

Gustavo Lima

Page 9: Jornal da Câmara - 11/12/15

facebook/camaradeputados

twitter/camaradeputados

www.camara.leg.br Disque-Câmara 0800 619 619

Veja no verso os resultados da participação popular em outubro

PARTICIPAÇÃO POPULAR

DESARMAMENTO É DESTAquE EM PARTICIPAçõES PELO

TERCEIRO MêS CONSECuTIVOEm outubro, as interações da sociedade com a Câmara somaram 79.610 registros nos seguintes canais de relacionamento: Disque-Câmara e Fale Conosco, facebook e twitter institucionais, enquetes e matérias comen-tadas no Portal.  Os destaques foram a aprovação do projeto que altera o Estatuto do Desarmamento, a proposta que permite que vans e micro-ôni-bus atuem no transporte interestadual de passageiros, o projeto que pune com maior rigor o anúncio ou a indução de métodos abortivos e a propo-sição que efetiva titulares de cartórios sem concurso público.

No Disque-Câmara e no Fale Conosco do Portal (faleconosco.camara.leg.br), dos três temas que mais mobilizaram a sociedade em ligações e mensagens, dois são ligados à segurança pública: a PEC 534/12, que institui a guarda nacional e autoriza as guardas municipais a atuar na proteção da população, e o PL 3722/12, que  cria o Estatuto de Controle das Armas de Fogo, revogando os principais dispositivos do Estatuto do Desarmamento (Lei   nº 10.826/2003). No início de novembro, a comissão especial que analisa o projeto aprovou o substitutivo do relator. O texto segue para análise do Plenário e tramita apensado a outros 47 projetos. Já o PL 5069/13, que provoca mudanças no atendimento às vítimas de violência sexual e criminaliza o anúncio de métodos abortivos (o que hoje é uma contravenção penal), foi o segundo projeto com mais inte-rações dos cidadãos. A proposta tem gerado polêmica, sobretudo pela alegação de que dificulta o aborto nos casos previstos em lei, como os de estupro.

O assunto campeão em repercussão no facebook foi aprovação, pela Comissão de Viação e Transportes, do PL 274/15, que dá direito aos donos de animais domésticos de transportá-los em viagens municipais, estaduais e nacionais.  Em segundo lugar, ficou a divulgação da enquete sobre o PL 7581/14, que autoriza o fretamento de vans e micro-ônibus para o trans-porte interestadual de passageiros. Hoje, apenas os ônibus podem atuar

nesse tipo de traslado. No twitter, o destaque foi a afirmação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ocorrida em 13 de outubro, de que a liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o rito por ele estabeleci-do para a tramitação de um possível impeachment da Presidente da Repú-blica não o impede acolher ou indeferir o pedido.  Cunha chegou a recorrer das liminares no último dia 19, mas preferiu revogar o rito do impeachment antes de o STF julgar os recursos apresentados. Assim, o rito dos pedidos de impeachment será decidido caso a caso, de acordo com a Constituição e a lei 1.079/50, que regula o processo de julgamento.

No canal enquetes, ficou em primeiro lugar a consulta sobre a permissão de vans e micro-ônibus atuarem no transporte interestadual, seguida pela proposta que institui o ciclo completo de polícia (PEC 431/2014), para unificar as polícias civil e militar. Por último, a enquete sobre a modalidade de identificação dos cidadãos no Registro Civil Nacional (PL 1775/15), docu-mento único que pretende reunir em uma só interface os demais registros da vida civil, foi o terceiro assunto mais votado.

Nas matérias comentadas do Portal, as mudanças no Estatuto do Desarma-mento ocuparam três das cinco posições em interações dos internautas. Os outros destaques foram o transporte interestadual feito por vans e micro-ônibus e a chamada PEC dos Cartórios (PEC 471/05), que garante aos dirigentes de cartórios admitidos entre 1988 e 1994 a efetivação no cargo sem concurso público. Se aprovado, o texto beneficiará 4.928 pessoas que estão nessa situação – mais de um terço dos cartórios do País, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

A Coordenação de Participação Popular (CPP) da Secretaria de Comunicação Social (Secom) é responsável pela gestão e consolidação das demandas encaminhadas à Câmara como manifestações da sociedade. Os resultados são analisados e encaminhados mensalmente aos deputados para o acompanhamento do interesse popular sobre matérias em discussão na Casa. Acesse www.camara.leg.br ou Disque 0800 619 619.

Aprovação do Novo Estatuto repercute nos canais de interação. Transporte de animais domésticos, criminalização de auxílio ao aborto e vans e micro-ônibus no transporte interestadual de passageiros também tiveram grande engajamento 

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Relatório da Participação Popular | Coordenação de Participação Popular - CPP | SECOM | Disque Câmara - 0800 619 619 | [email protected]

Cenário da interação dos cidadãos por canais de participação popular da Câmara

Favoráveis Contrárias

0800 619 619 faleconosco.camara.leg.br

0800 E FALE CONOSCO

ENQUETES + VOTADAS

MATÉRIAS + COMENTADAS

1º Aprovada em 1º turno PEC que efetiva titulares de cartórios sem concurso 91 comentários

2º Comissão especial aprova texto-base de proposta que revoga o Estatuto do Desarmamento 85 comentários

3º Novo Estatuto autoriza compra de armas de fogo para maiores de 21 anos 60 comentários

4º Uso de vans e micro-ônibus no transporte interestadual é tema de enquete da Câmara 55 comentários

5º Comissão continuará a discutir nesta quarta mudanças no Estatuto do Desarmamento 32 comentários

Sim Não Opinião não formada

Você concorda com a proposta que autoriza vans e micro-ônibus

a transportar passageiros de um estado a outro, sem limite

de quilometragem?

2º 3º

FACEBOOK

TWITTER

2ºVans e micro-ônibus são uma

opção viável para longas distâncias ou somente

veículos de grande porte devem oferecer o serviço?

Vote na enquete e deixe sua opinião nos comentários.

http://goo.gl/bA87cR

2.454interações

47.615visualizações

Câmara cria regras para o transporte de animais

domésticos em qualquer viagem entre cidades ou

estados, seja ela em ônibus, barco ou avião.

http://goo.gl/q06gCI

2.884interações

59.238visualizações

Saiba o que será destaque ao longo da semana

na Câmara. http://t.co/b82KlmnfIu

Os temas que vão movimentar a Câmara nesta quarta-feira.

http://t.co/r1AfyafjfR

100%

A Comissão que analisa mudanças no Estatuto do

Desarmamento pode votar nesta terça-feira (20) o

parecer do relator.http://goo.gl/i7GHev

1.720interações

30.205visualizações

enquetes.camara.leg.br

noticias.camara.leg.br

1ºCunha diz que decisão do

STF não o impede de analisar pedidos de

impeachment de Dilma. http://t.co/k1rduDhFxR

99 interações 93 interações 80 interações

33.911 interações

13.663 interações

19.990 atendimentos

10.734 votos

1.312 comentários

Sobre o projeto de Lei que cria o Registro Civil Nacional (RCN), a forma

de identificar os cidadãos deve ser:

181

464

173

facebook.com/camaradeputados

twitter.com/camaradeputados

Criminaliza o anúncio de métodos abortivos, bem como a indução ou auxílio ao aborto

(PL 5069/2013)

202

1053

11

96%

4%

89%

11%

Você concorda com a proposta que extingue as polícias civil e militar para

criar uma única polícia desmilitarizada?

Usar o CPF como registro único, associado à biometria

Sou contra o Registro Civil Nacional

Criar um novo documento com certificação biométrica

8.144

506

Dispõe sobre as competências da guarda municipal e criação

da guarda nacional. (PEC 534/2002)

Revogação do Estatuto do Desarmamento

(PL 3722/2012)

PARTICIPAÇÃO POPULAR OUTUBRO