jornal da fentect especial 03/10/2013

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fenteCt JORNAL DA A partir das 7h da manhã, carava- nas de trabalhadores de vários es- tados estarão presentes para o ato nacional. Parte do Comando de Nego- ciação da FENTECT aprovou uma “contraproposta” para a direção da ECT. A proposta foi apresenta- da, mas a empresa nem deu bola. Esse fato revela mais uma vez que a intenção dos Correios não é nego- ciar com os trabalhadores. Desde o começo, tudo o que a empresa quis foi impor sua política de arrocho salarial e de ataques à categoria. Uma importante lição para os trabalhadores nessa cam- panha salarial foi que nós não conseguiremos nada se não for com a luta. Basta analisar um pouco para perceber isso. No início, a empresa queria impor à FENTECT que o Co- mando de Negociação amplo de 41 membros não poderia participar das negociações. Era uma tentativa patronal de intervir na organização da ca- tegoria. A ECT também tentou impor que a Federação Pirata (Fin- dect) participasse das negociações em uma mesa única, a FENTECT se negou e desmascarou a farsa da Findect, que sequer é uma federa- ção de verdade. Os trabalhadores só consegui- ram superar essas imposições da empresa com a luta. Desde o pri- meiro momento a FENTECT vem travando uma luta contra a ECT. Para quem não se lembra, logo no primeiro dia de negociação, o Comando Nacional foi obrigado a interromper as catracas do Edifício Sede da empresa para exigir que a ECT recebesse o Comando amplo, eleito democraticamente em todas as bases sindicais. No decorrer da campanha, a em- presa continuou sua intransigência e precisou que a categoria reali- zasse um ato nacional, com ocupa- ção da empresa, em 30 de agosto para exigir uma proposta por parte da empresa. A ECT foi obrigada a ceder e ofereceu um reajuste de 5,27%, um índice menor que a in- flação oficial, mas maior do que as duas propostas do ano passado, de 3 e 5%. Diante da proximidade da data da greve e da total rejeição à pro- posta miserável, a direção da em- presa foi obrigada a aumentar um pouco. Propôs 8%, com a esmola de pouco mais de 1% de aumento real. Para mostrar que realmente não respeita sequer o direito do tra- balhador de fazer uma campanha salarial, a ECT chamou o dissídio entes mesmo da greve nacional da FENTECT. A categoria, que sabe que a empresa só cede sob pres- são, não se intimidou e entrou em greve, porque esse é único o cami- nho: a luta e a mobilização. A empresa mostrou-se in- transigente mais um vez e simplesmente ignorou qual- quer tentativa dos trabalha- dores de demonstrar “boa vontade”. Agora, o julga- mento está marcado para o dia 8 de outubro. A FEN- TECT chama os trabalha- dores a encher Brasília para mostrar para a ECT e o TST o tamanho da nossa mobili- zação e que a categoria não está disposta a mais uma vez ter que engolir a seco as im- posições do tribunal e da di- reção da empresa. Vamos organizar caravanas de todos os cantos do País! Vamos fechar todos os setores de Brasília para que os trabalhadores venham ao ato! Esse é o momento de au- mentar nossa mobilização! Mobilize o seu setor e procure a FENTECT para organizar a vinda de todos! 8 de outubro em Brasília. Não negociou, o Correio parou! Todos ao ato nacional em Brasília, dia 8, pressionar a empresa e o TST Edição ESPECIAL - Nº3 - ano II - quinta-feira, 03 de outubro de 2013 CHeGa de intransiGÊnCia

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Convocação para o ATO nacional em Brasília no dia 8 de outubro.

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fenteCtJORNAL DA

A partir das 7h da manhã, carava-nas de trabalhadores de vários es-tados estarão presentes para o ato nacional.

Parte do Comando de Nego-ciação da FENTECT aprovou uma “contraproposta” para a direção da ECT. A proposta foi apresenta-da, mas a empresa nem deu bola. Esse fato revela mais uma vez que a intenção dos Correios não é nego-ciar com os trabalhadores. Desde o começo, tudo o que a empresa quis foi impor sua política de arrocho salarial e de ataques à categoria.

Uma importante lição para os trabalhadores nessa cam-panha salarial foi que nós não conseguiremos nada se não for com a luta. Basta analisar um pouco para perceber isso. No início, a empresa queria impor à FENTECT que o Co-mando de Negociação amplo de 41 membros não poderia participar das negociações. Era uma tentativa patronal de intervir na organização da ca-tegoria. A ECT também tentou impor que a Federação Pirata (Fin-dect) participasse das negociações em uma mesa única, a FENTECT se negou e desmascarou a farsa da Findect, que sequer é uma federa-ção de verdade.

Os trabalhadores só consegui-ram superar essas imposições da empresa com a luta. Desde o pri-meiro momento a FENTECT vem travando uma luta contra a ECT.

Para quem não se lembra, logo no primeiro dia de negociação, o Comando Nacional foi obrigado a interromper as catracas do Edifício Sede da empresa para exigir que a ECT recebesse o Comando amplo, eleito democraticamente em todas as bases sindicais.

No decorrer da campanha, a em-presa continuou sua intransigência e precisou que a categoria reali-zasse um ato nacional, com ocupa-ção da empresa, em 30 de agosto

para exigir uma proposta por parte da empresa. A ECT foi obrigada a ceder e ofereceu um reajuste de 5,27%, um índice menor que a in-flação oficial, mas maior do que as duas propostas do ano passado, de 3 e 5%.

Diante da proximidade da data da greve e da total rejeição à pro-posta miserável, a direção da em-presa foi obrigada a aumentar um

pouco. Propôs 8%, com a esmola de pouco mais de 1% de aumento real.

Para mostrar que realmente não respeita sequer o direito do tra-balhador de fazer uma campanha salarial, a ECT chamou o dissídio entes mesmo da greve nacional da FENTECT. A categoria, que sabe que a empresa só cede sob pres-são, não se intimidou e entrou em greve, porque esse é único o cami-nho: a luta e a mobilização.

A empresa mostrou-se in-transigente mais um vez e simplesmente ignorou qual-quer tentativa dos trabalha-dores de demonstrar “boa vontade”. Agora, o julga-mento está marcado para o dia 8 de outubro. A FEN-TECT chama os trabalha-dores a encher Brasília para mostrar para a ECT e o TST o tamanho da nossa mobili-zação e que a categoria não está disposta a mais uma vez ter que engolir a seco as im-posições do tribunal e da di-reção da empresa.

Vamos organizar caravanas de todos os cantos do País! Vamos fechar todos os setores de Brasília para que os trabalhadores venham ao ato! Esse é o momento de au-mentar nossa mobilização!

Mobilize o seu setor e procure a FENTECT para organizar a vinda de todos!

8 de outubro em Brasília. Não negociou, o Correio parou!

Todos ao ato nacional em Brasília, dia 8, pressionar a empresa e o TST

Edição ESPECIAL - Nº3 - ano II - quinta-feira, 03 de outubro de 2013

CHeGa de intransiGÊnCia

Boletim da Fentect - edição Nacional - quinta-feira, 03 de outubro de 2013 página 2

Companheiro trabalhador, receba os informativos da nova diretoria da Fentect

Não caia nas armadilhas da empresa e da imprensa capitalista. Através do Primeira Hora do Blog e de notícias para a impresa, a direção dos Correios mente e procura desmoralizar e desmobilizar os trabalhadores.$FRPSDQKH�SDVVR�D�SDVVR�D�OXWD�XQL¿FDGD�GD�FDWHJRULD�FRQWUD�RV�DWDTXHV�

da ECT através dos informativos dos próprios trabalhadores.O objetivo da nova diretoria da Federação é informar a base de tudo sobre

a campanha salarial, por meio de notícias diárias, informes e análises de to-dos os episódios da nossa luta. Procure a FENTECT nas redes sociais.

unir as lutas das categorias

Correios e bancários nas ruas contra o arrocho salarial

Os trabalhadores dos Correios iniciaram sua greve nacional no dia 17. Em todo o País, a categoria entrou em luta contra as péssimas condições de trabalho nos setores, a falta de funcionários e em defesa do Convênio Médico.

A greve dos Correios marcou o início das campanhas salariais das mais importantes categorias do País após as grandes manifesta-ções da juventude no mês de ju-lho.

Correios e bancários unidos em torno de reivindicações comuns são mais fortes. Chegou a vez dos trabalhadores organizados toma-rem as ruas do País para exigir dos patrões e do governo que suas pautas sejam ouvidas. Ninguém aguenta mais tanta exploração, baixos salários e ataques aos direi-tos mais elementares dos trabalha-dores.

Nos Correios, a direção da em-presa, além de enrolar nas nego-ciações, apresentou um reajuste miserável. A proposta mal cobre a inflação oficial do período, que todo mundo sabe é uma grande manipulação. Basta ir ao super-mercado para verificar que os pro-dutos mais essenciais para a sobre-vivência dos trabalhadores estão aumentando 10%, 20% ou mais.

Mas a direção da ECT quer fazer ainda pior. Os banqueiros que es-tão por trás da cúpula dos Correios estão preparando um duro golpe ao principal direito da categoria. Querem destruir o nosso convênio médico para privatizar esse direito essencial para a existência do tra-balhador e sua família. A categoria ecetista de todo o País não está disposta a permitir esse ataque e alerta inclusive os companheiros bancários e os trabalhadores em geral: os banqueiros preparam ataques parecidos em todas as empresas. A ordem dos capitalis-tas é reduzir os custos para garan-tir os lucros à custa do sangue do trabalhador.

A FENTECT e os trabalhadores dos Correios de todo o País cha-mam os companheiros bancários a se unir numa luta em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Propomos uma plataforma uni-ficada de reivindicações que diga respeito às duas categorias e aos trabalhadores em geral.

Fim da terceirização!Não à privatização dos Correios!Estatização do sistema financei-

ro!Fim dos leilões do PetróleoControle das empresas pelos

trabalhadoresAbaixo a direita golpista

AGORA É A HORA!

dia 8, todos juntos no ato naCional em frente ao ed.

sede Com passeata até o tstA FENTECT está convocando o

ato nacional em Brasília para fazer pressão no Tribunal Superior do Trabalho e na empresa. Mais uma vez em nossa campanha salarial, o governo e a direção da ECT não quis negociar e decidiu usar o TST para tentar acabar com a greve e nosso plano de saúde.

Até agora, a empresa só chegou na proposta de 8% porque os tra-balhadores lutaram. Mas essa pro-posta é ainda miserável e prevê apenas 1,7% de aumento real.

É hora de aumentar a luta e a mobilização, colocar milhares de trabalhadores em Brasília e mostrar para o TST que os trabalhadores é que mandam na empresa. Que os trabalhadores não aguentam mais a exploração. Que os trabalhadores

não aguentam mais tanta miséria, enquanto o presidente da empresa recebe R$ 40 mil de salário. E prin-cipalmente, que os trabalhadores não vão aceitar a ditaura do judici-ário sobre o movimento sindical e vão defender os seus direitos.

Vamos organizar o ATO nacional com participação de trabalhadores de todo o país. Vamos encher os ônibus em todos os sindicatos e lotar Brasília.

A FENTECT também está articu-lando com os companheiros ban-cários para participarem do ato na-cional para unificar as lutas.

TODOS AO ATO NACIONAL, DIA 8, A PARTIR DAS 7h.

VAMOS PARAR TUDO E TRA-ZER OS TRABALHADORES DOS SETORES!