jornal da ufrn - fevereiro de 2013 - ano xv nº 58

12
ano XV | nº 58 | fevereiro de 2013 UFRN recepciona novos alunos e faz alerta sobre proibição do trote violento Página 3 COMUNICA é candidata a sediar Centro de Imprensa Alternativo durante Copa do Mundo Página 5 Reitoria discute com prefeitura de Caicó ações para criação do curso de Medicina no interior Página 9 FACISA investe em ampliação da estrutura do campus em Santa Cruz Páginas 6 e 7

Upload: agecom-ufrn

Post on 09-Mar-2016

222 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

FACISA investe em ampliação da infraestrutura do campus em Santa Cruz (pp. 6 e 7) UFRN recebe novos alunos e faz alerta sobre proibição do trote violento (p. 3) COMUNICA é candidata a receber centro de imprensa durante Copa do Mundo (p. 5) Reitoria discute com prefeitura de Caicó ações para criação do curso de Medicina no interior (p. 9)

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

ano XV | nº 58 | fevereiro de 2013

UFRN recepciona novos

alunos e faz alerta sobre

proibição do trote violento

Página 3

COMUNICA é candidata a sediar

Centro de Imprensa Alternativo

durante Copa do Mundo

Página 5

Reitoria discute com prefeitura

de Caicó ações para criação do

curso de Medicina no interior

Página 9

FACISA investe em ampliação da estrutura do campus em Santa CruzPáginas 6 e 7

Page 2: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

Jornal da UFRN

Por LUCIANO GALVÃO

Em três dias, perder o peso equiva-lente a quatro meses de regime. Não se trata da promessa de uma

nova e milagrosa dieta, mas de uma das informações auferidas pela pesquisa “Avaliação do perfil antropométrico, perfil nutricional e perfil bioquímico dos atletas de corrida de aventura do Rio Grande do Norte”.

Coordenado pela professora Thaiz Sureira, da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o estudo visa a entender o que ocorre com os praticantes de corridas de aventura antes, durante e imediatamente após a prova, além do comportamento do organismo no período de recuperação.

Os dados levantados até o momento são fruto de pesquisas realizadas em 2012 no Desafio Carbono Zero e na Ex-pedição Carcará – tradicional etapa do Circuito Potiguar de Corrida de Aven-tura. Na fase piloto, o estudo trabalha com amostras reduzidas, com o objetivo de aprimorar o projeto.

Thaiz afirma que não existem pes-quisas similares no Brasil, e o motivo são as dificuldades impostas pela própria modalidade. “O percurso da prova é revelado apenas na véspera, o que torna a corrida mais difícil de programar. São de 30 a 200 pontos de controle pelos quais os atletas devem passar e a equipe

que realiza as análises precisa acompa-nhá-los transportando toda a estrutura de pesquisa”, explica.

Além disso, a coordenadora do es-tudo afirma que conseguir a adesão dos atletas é quase sempre complicado. “Muitos não permitem que façamos coleta de sangue, mesmo que a quanti-dade colhida seja insignificante, porque acham que vai prejudicar o rendimento deles na prova”, conta.

São analisados peso, porcentual de gordura e porcentual de massa magra dos atletas. Dentre os resultados pre-liminares, Thaiz, que também é co-ordenadora do curso de Nutrição da FACISA, destaca que os cor-redores perdem em média seis quilos em três dias de prova. “Alguns terminam em situação de desnu-trição”, revela.

O estudo será executa-do de maneira definitiva na Expedição Carcará 2013, que acontece em maio. O resultado da pesquisa irá traçar o perfil do que acontece com o organismo dos atletas da modalidade e, a partir desse re-sultado, será pos-sível sugerir dire-trizes para orientar a nutrição dos com-petidores de maneira direcionada.

EXPEDIENTEReitora Ângela Maria Paiva CruzVice-reitora Maria de Fátima Freire de Melo XimenesSuperintendente de Comunicação José Zilmar Alves da CostaDiretor da Agência de Comunicação (Agecom) Francisco de Assis Duarte GuimarãesEditor Francisco de Assis Duarte GuimarãesJornalistas Antônio Farache, Cledna Bezerra, Enoleide Farias, HellenAlmeida, Juliana Holanda, Luciano Galvão, Marcos Neves Jr., Osni Damásio,Regina Célia CostaRevisão Emili Rossetti e a bolsista de Letras Karla Jisanny Azevedo da SilvaDiagramação Setor de Artes/Comunica

Bolsistas de Jornalismo Catarina Ferreira Sarmento de Freitas, Gaston René Pontanegra Poupard, Ingrid Dantas Freire, João Paulo de Lima Santos, Kalianny Bezerra de Medeiros, Natália Lucas de Souza, Rozana Ferreira Chagas, Silvia Paulo da Silva, Thalita Pereira do Nascimento Sigler, Thyara Graziella Negreiros DiasArquivo Fotográfico Taíze Aparecida Teixeira do NascimentoEndereço Campus Universitário - Lagoa Nova, Natal/RN - CEP 59072-970Telefones (84) 3215-3116/3132 - Fax: (84) 3215-3115E-mail [email protected] – Home-page www.ufrn.brImpressão EDUFRN Tiragem 3.000 exemplares

Pesquisadores acompanham competidores e resultados preliminares apontam situação de desnutrição ao fim do percurso

Estudo analisa o organismo de atletas de corrida de aventura antes, durante e depois das provas

NUTRIÇÃO

ano XV | nº 58 | fevereiro de 20132

“O percurso da prova é revelado apenas na véspera, o que torna a corrida mais difícil de programar. São de 30 a 200 pontos de controle pelos quais os atletas devem passar e a equipe que realiza as análises precisa acompanhá-los transportando toda a estrutura de pesquisa”

Thaiz SureiraCoordenadora

Pesquisa piloto realizada no Desafio

Carbono Zero

Fotos: Cedidas

Foto

: Ana

stác

ia V

az

Page 3: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

Por JOhNStON EVANGELIStA

A festa de recepção aos calouros da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) lotou o

Auditório Otto de Brito Guerra, na Reito-ria, na manhã de 4 de fevereiro. Na ocasião, a reitora Ângela Paiva Cruz deu as boas-vindas aos novos alunos e a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Janeusa Trindade de Souto, alertou para a proibição do trote violento e constrangedor.

Na abertura do evento, os calouros as-sistiram à exibição de um vídeo institucio-nal sobre a Universidade. Em seguida, uma apresentação do Quarteto de Clarinetas da Escola de Música da UFRN deu o tom das boas-vindas aos novos estudantes. Os alunos também foram saudados pela coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a aluna de Pedagogia Danyelle Guedes, que parabenizou todos pela conquista e explicou um pouco sobre o DCE.

Segundo Danyelle, os estudantes lutam por uma universidade mais democrática e justa. “Não queremos nada além do que está previsto na missão da UFRN, que é educar, produzir e disseminar o saber uni-versal, preservar e difundir as artes e a cul-tura e contribuir para o desenvolvimento

humano, comprometendo-se com a justiça social, a sustentabilidade socioambiental, a democracia e a cidadania”, disse.

O pró-reitor de Graduação, Alexandre Lara Menezes, falou sobre as atividades desenvolvidas e os serviços oferecidos aos alunos pela PROGRAD. Ainda durante sua fala, ele recomendou que os estudantes aproveitem tudo que a Universidade ofe-rece: aulas, laboratórios, bibliotecas, cur-sos, atividades de pesquisa e extensão.

Janeusa Trindade de Souto, pró-reitora de Assuntos Estudantis, também deu expli-cações sobre o funcionamento da PROAE, sobre a política de apoio aos estudantes e chamou atenção para a resolução que proíbe o trote violento e constrangedor. A Universi-dade, afirmou, não permite esse tipo de ação, que é passível de inquérito administrativo.

A reitora Ângela Maria Paiva Cruz deu as boas-vindas aos alunos, lembrando que eles estão entrando na melhor univer-sidade do Norte/Nordeste e afirmou: “essa recepção mostra que vocês são vitoriosos e essa vitória se deve ao esforço de cada um. É a justa premiação que, ao contrário do que possa sugerir, não é apenas de vocês, mas da própria Universidade Federal do Rio Grande do Norte”.

Na programação constou ainda apre-sentação da estrutura da Universidade pelo superintendente de Infraestrutura, Gustavo

Rosado Coelho; exposição sobre a Comissão de Apoio Permanente a Estudantes com Necessidades Especiais (CAENE), pelo pro-fessor Ricardo Lins; e apresentação sobre a Secretaria de Relações Internacionais, pelo professor Márcio Venício.

A recepção foi encerrada com pa-lestras sobre a utilização do Sistema Inte-grado de Gestão de Atividades Acadêmi-cas (SIGAA), proferida por Ricardo Wendel Rodrigues da Silveira, e Segurança no Campus, por Manoel Euflausino. No encerramento houve sorteio de brindes e um lanche para os estudantes.

UFRN dá boas-vindas aos novos alunos e alerta calouros sobre proibição do trote violento

RECEPÇÃO

ano XV | nº 58 | fevereiro de 20133

Reitora e demais membros da administração central saudaram os estudantes e fizeram apresentação da Universidade

Jornal da UFRN

Reitora Ângela Paiva Cruz saudou os alunos: “essa recepção mostra que vocês são vitoriosos”

Fotos: Cícero Oliveira

Resolução nº 166/2012

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) da UFRN aprovou em reunião extraordinária, realizada no dia 31 de julho de 2012, uma Resolução que proíbe o trote. De acordo com o documento, em seu Art. 1º, § 1º, a prática dessa atividade será considerada infração grave, “caracterizada como ato incompatível com o decoro ou a dignidade da vida universitária”. Como penalidade, os infratores ficarão sujeitos a suspensão de um a 120 dias ou à exclusão da Instituição.

Janeusa trindade: trote é incompatível com o decoro ou a dignidade da vida universitária

Foto: Anastácia Vaz

Page 4: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

Por LUCIANO GALVÃO

Gatos. Os animais são companhia constante para qualquer frequen-tador do Campus da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Sequer é preciso uma observação atenta para dar conta da presença dos felinos nas dependências da Universidade, sobretudo em ambientes como cantinas e quiosques de comidas, onde é maior a probabilidade de irem ao chão pedaços de alimento, seja de forma voluntária ou não.

O crescimento da população de ga-tos tornou-se alvo de preocupação per-manente da Diretoria de Meio Ambi-ente (DMA) da Superintendência de Infraestrutura (SIN) da UFRN. Jô Car-valho, coordenadora do Programa de Controle de Zoonoses (ProCZ) da DMA, relata que desde 2012 foi dado início a ações mais incisivas de conscientização a respeito dos inconvenientes causados pelo aumento descontrolado do número de animais.

Jô afirma que são poucos os que ficam indiferentes à presença dos gatos. Segun-do a arquiteta, ou as pessoas se incomo-dam ou se sensibilizam com o estado de sofrimento em que muitas vezes os bichos se encontram. “O animal doméstico não deve estar na rua, porque fica vulnerável a doenças. A rua não oferece a ele as condições corretas de higiene e alimenta-ção”, explica.

Além disso, os gatos podem atuar como vetores de doenças que atacam os seres humanos, como a raiva e a toxoplas-mose. A causa da superpopulação, nociva tanto para os animais quanto para os fre-quentadores da UFRN, é o abandono de gatos no Campus Universitário.

Para diminuir o problema, em 2012 o controle de zoonoses foi tema de ex-posições itinerantes da DMA, que levaram cartazes e distribuíram material informa-tivo por todos os setores da Instituição.

“Chamamos a atenção para a respon-sabilidade que é ter um animal de esti-mação. Muitas vezes as pessoas criam um gatinho, mas não lembram, por exemplo, que ele pode ter filhotes mais tarde”, diz Jô.

“Tentamos conscientizar as pessoas sobre as consequências do abandono e também sobre as questões legais”, afirma, ressaltando que soltar animais em locais públicos é infração ao Código Municipal

de Defesa e Bem Estar Animal.Quanto à contenção do crescimento

da população de gatos, Jô Carvalho expli-ca que a responsabilidade de fazer a coleta dos bichos é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A UFRN, além de não ter a incumbência de executar esse tipo de trabalho, também não teria condições de abrigar os animais capturados.

Como alternativa, a DMA, em traba-lho conjunto com o Centro de Biociên-cias (CB) e organizações não-governa-mentais, iniciou, no fim de 2011, um projeto de ações integradas que consiste no diagnóstico da situação dos gatos do

Campus, na realização de vermifugação e cas-tração e na organização de feiras de adoção.

“A gente faz a campanha, mas não tem como impedir que as pessoas abando-nem os animais aqui. Então é preciso um trabalho concomitante de educação e de redução da população”, afirma Jô.

Quanto aos resultados das ações, a arquiteta diz ser difícil mensurá-los, mas que já se percebem melhoras. “Cons-tatamos que houve uma diminuição do número de gatos, mas não sabemos ainda quantificar. Além disso, intuitivamente a gente sente que a mentalidade das pessoas mudou”, avalia.

Programa de Controle de Zoonoses promove ações para controlar a população de gatos no Campus

MEIO AMBIENTE

ano XV | nº 58 | fevereiro de 20134

Animais abandonados podem atuar como vetores de doenças que atacam os seres humanos, como a raiva e a toxoplasmose

Jornal da UFRN

Jô Carvalho: “o animal doméstico não deve estar na rua, porque fica vulnerável a doenças.A rua não oferece a ele as condições corretas de higiene e alimentação”

NOTAS

Pesquisa

O Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) está ultimando os preparativos do XVIII Seminário de Pesquisa do CCSA, confirmado para o período de 20 a 24 de maio, tendo como tema central “CCSA: construindo a universidade pública – 40 anos”. há 18 anos, o Seminário procura promover a interação entre universidade e sociedade, de modo a tornar acessível a produção científica existente no CCSA e estimular a comunidade acadêmica para a prática da pesquisa.

Cooperação

A Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ) comemora os resultados do projeto de pesquisa “Estudo da Produção e Qualidade da Biomassa em Plantios Energéticos na Região Semiárida do estado do RN, Brasil”, coordenado pela professora Rosimeire Cavalcante dos Santos, que resultou em acordos de colaboração técnica com centros de pesquisa da Espanha. A parceria entre a UFRN e as instituições espanholas foram firmadas a partir da visita da pesquisadora àquele país durante o mês de janeiro.

Linguística

A UFRN sediou, entre os dias 30 de janeiro e 6 de fevereiro, o VIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN), sob organização da ABRALIN e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da UFRN. Em conjunto com o congresso, também ocorreu o XXI INStItUtO da ABRALIN. A abertura do evento aconteceu no teatro Alberto Maranhão e as comunicações científicas, no Campus Central.

Pediatria

O Departamento de Pediatria (DEPED) realizou ato solene no dia 15 de fevereiro para marcar a fundação da Liga Acadêmica de Pediatria (LAPED) da UFRN. O professor Ney Marques Fonseca, do DPED, fez a palestra inaugural com o tema “Da varíola ao hPV”.

Wallacy Medeiros

Page 5: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

Da REDAÇÃO

A Superintendência de Comunicação da UFRN (COMUNICA) conclui proposta que disponibiliza sua es-

trutura para ser “Centro de Imprensa Al-ternativo” durante os jogos da Copa do Mundo de Futebol na capital potiguar, a exemplo de outras cidades-sede. A intenção é firmar parcerias com os organizadores do Mundial para oferecer uma base de apoio aos profissionais da imprensa que cobrirão os eventos fora do “Arena das Dunas”.

“Quem tem a credencial de acesso contará com o apoio da estrutura oficial da FIFA, mas há aqueles que, sem credencial, virão à cidade cobrir a movimentação, os eventos, os deslocamentos das seleções, a chegada dos torcedores, ou seja, o entor-no da Copa, precisando de algum apoio logístico para edição de imagens, de áudio ou mesmo de fotografia, de internet sem-fio e de computadores conectados”, justi-ficou o superintendente da COMUNICA, professor José Zilmar Alves da Costa.

Com um complexo de comunicação composto por uma emissora de televisão, uma emissora de rádio e uma agência de comunicação, além da proximidade com o estádio, a COMUNICA pode ser essa al-ternativa. Para isso, o apoio da FIFA e das demais entidades responsáveis pela orga-nização do evento será fundamental.

O professor Zilmar Alves acredita que é possível montar uma estrutura adequada aproveitando a base técnico-operacional existente hoje e já em processo de reestru-turação e modernização tecnológica.

“Quando a copa chegar, nosso canal

digital de televisão aberta já estará em funcionamento, teremos novas ilhas digi-tais de edição de áudio e imagens e uma agência, a AGECOM, mais equipada com modernos computadores, mas buscare-mos o apoio delas [das entidades promo-toras] para intensificar e preparar melhor a estrutura [da Superintendência]”, disse.

Atualmente, o estúdio principal da Universitária FM passa por uma reforma. Uma nova sala de direção de imagem da TVU, contígua ao estúdio B, também está sendo montada com equipamentos de última geração.

No âmbito interno, a COMUNICA conta com o apoio da Secretaria de Rela-ções Internacionais (SRI), formando uma equipe multilíngue, e com a Super-intendência de Informática (SINFO) na

adequação da estrutura tecnológica, prin-cipalmente no que concerne aos sistemas de informação via fibra ótica. “Mas outros esforços precisam ser feitos para construir uma estrutura satisfatória”, afirmou Zil-mar Alves.

Para concretizar o Centro de Impren-sa Alternativo, o superintendente conta ainda com a parceria da Associação dos Correspondentes Estrangeiros no Brasil, da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), da Federação Nacional dos Jornalis-tas (FENAJ) e do Sindicato dos Jornalistas do RN (SINDJORN). “Queremos envolver uma gama de parceiros para oferecer um grande serviço, de qualidade internacio-nal e no nível que requer um investimento como a Copa”, disse o professor Zilmar.

O superintendente Zilmar Alves es-

pera envolver muitos alunos dos cursos de Comunicação no CIA. “Vamos buscar al-gumas modalidades de bolsas com vigên-cia temporária e oferecê-las aos estudantes mediante processo de seleção, priorizando aqueles que dominam alguma língua es-trangeira, pois conviver com profissio-nais de comunicação de diversas áreas, de regiões e países diferentes, num evento mundial, é uma oportunidade rara para adquirir novos conhecimentos”, comentou.

Ainda no âmbito desse projeto, o pro-fessor Zilmar informou que outras parce-rias se desenham, inclusive para a reto-mada do “TVU Esporte” à programação da TVU. O programa encontra-se atual-mente suspenso por problemas operacio-nais. “Aproveitando o entusiasmo nosso com esse projeto [do CIA], o programa vai voltar logo, em novo formato”, garan-tiu o superintendente, acrescentando que ainda esta semana será lançado um edital de seleção de bolsistas e voluntários para se engajarem na sua produção.

Nos próximos dias, a COMUNICA finaliza o formato de uma “Central de Esportes” voltada à produção dos con-teúdos sobre essa temática, tanto para a rádio como para a televisão. A expectativa do professor Zilmar é que o novo “TVU Esporte” seja indutor de uma grande cobertura da Copa do Mundo em Natal, constituindo-se uma referência local das emissoras públicas.

O superintendente disse que já propôs à diretora de jornalismo da TV Brasil, Ne-reida Beirão, a formação de um cluster das emissoras públicas das praças que serão sede do Mundial. “Fizemos essa proposta no último encontro do Comitê de Rede Pública de Televisão, em Brasília”.

Superintendência de Comunicação pode ser Centro de Imprensa Alternativo da Copa do Mundo

PARCERIA

ano XV | nº 58 | fevereiro de 20135

Zilmar Alves: “Queremos envolver uma gama de parceiros para oferecer um grande serviço”

Jornal da UFRN

Infraestrutura ampla e proximidade do estádio fazem da COMUNICA candidata a abrigar profissionais de imprensa durante o evento

Fotos: Anastácia Vaz

Page 6: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

ano XV | nº 58 | fevereiro de 20136Jornal da UFRN

Por LUCIANO GALVÃO

Encravado no centro da cidade, o edifício repleto de janelas e reves-tido com azulejos brancos e azuis

ocupa quase um quarteirão inteiro e, apesar da simplicidade dos traços, ultra-passa em muito a modesta arquitetura das pequenas casas e prédios comerciais que o circundam.

A construção abriga o Pavilhão Acadêmico da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), unidade acadêmica especializada da UFRN em Santa Cruz, município da mesorregião Agreste Potiguar, com 36 mil habitantes e distante 120 km de Natal.

Apesar da patente proeminência frente às construções dos arredores, a estrutura da unidade continua em ex-pansão. Ao todo, quatro obras compõem o projeto de ampliação e duas delas já foram entregues: a Residência Univer-sitária e a segunda etapa do Bloco 1 do Pavilhão Acadêmico.

EstruturaO Pavilhão Acadêmico é composto por

dois blocos, separados por uma pequena rua. Um acordo firmado com a prefeitu-ra local permitiu que a via, que atravessa todo o terreno da Universidade, seja trans-formada em espaço de convivência, com

acesso às entradas principais dos blocos.O Bloco 1 abriga salas de aula, anfite-

atros, laboratórios, salas administrativas e a Clínica de Fisioterapia da FACISA. A clínica possui três salas de avaliação, sala de atividades em grupo, piscina própria para atividades terapêuticas e ginásio de reabilitação plenamente equipado.

A ampliação do bloco, que propor-cionou o espaço para instalação do esta-belecimento, custou R$ 1,6 milhão. Inau-gurada em outubro de 2012, a clínica fez 1.606 atendimentos à comunidade no seu primeiro período de funcionamento.

rEsidência“Cinco estrelas”. Assim a Residência

Universitária é qualificada pelo vice-di-retor da FACISA, Edvaldo Vasconcelos, quando comparada às residências de ou-tras universidades do País. “Parece nossa casa”, considera, sem esconder a satisfação.

O prédio custou R$ 951 mil, localiza-se a duas quadras do Pavilhão Acadêmi-co e abrigará sessenta estudantes, sendo vinte homens e quarenta mulheres.

Quando indagada sobre o motivo da distribuição desigual das vagas, Karine Ferreira, assistente social da unidade, ex-plica que os cursos da FACISA possuem uma maior demanda do público femi-nino. Enio Walker, diretor da Faculdade, esmiúça a proporção: “em nossos cursos, em média, 30% são homens. A maioria mesmo é de mulheres”.

Os alunos vindos de outras cidades que não conseguirem vagas na residência continuarão recebendo auxílio-moradia, verba da assistência estudantil anterior-mente destinada a suprir a inexistência dos alojamentos.

O Bloco 2 e o Restaurante Univer-sitário deverão ser entregues ainda no primeiro semestre. Os recursos para a ampliação são provenientes do Pro-grama de Apoio a Planos de Reestru-turação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), do Ministério da Educação (MEC).

Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi investe em ampliação da infraestruturaINTERIORIZAÇÃO

Recursos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais financiaram construção de Residência e Restaurante universitários e ampliação do Pavilhão Acadêmico

Acima: Pavilhão Acadêmico da FACISA.Ao lado: Enio Walker, diretor da unidade

CUSTOS DAS OBRASDE AMPLIAÇÃO DA FACISA

R$ 1,604 milhãoAmpliação do Bloco 1

R$ 2,559 milhõesAmpliação do Bloco 2

R$ 951 milResidência Universitária

R$ 915 milRestaurante Universitário

Page 7: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi investe em ampliação da infraestruturaRecursos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais financiaram construção de Residência e Restaurante universitários e ampliação do Pavilhão Acadêmico

Fotos: Anastácia Vaz

7Jornal da UFRN

Por WILLIANE SILVA

A cerimônia de Colação de Grau da primeira turma do curso de Nutrição da Faculdade de Ciên-

cias da Saúde do Trairi (FACISA), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi realizada na noite de sexta-feira, 25 de janeiro de 2013. Ob-tiveram o título de nutricionista 19 alu-nos da Instituição.

A reitora da UFRN em exercício, Ma-ria de Fátima Freire de Melo Ximenes, conduziu a Sessão Solene e aproveitou a oportunidade para reconhecer publica-mente o esforço dos professores e servi-dores técnico-administrativos ligados ao curso de Nutrição da FACISA, que traba-lham em favor da universidade pública,

gratuita e de qualidade. Ao longo do

discurso, a rei-tora em exercício ressaltou a im-portância social da profissão do nutri-cionista, voltada e m i n e n t e m e n t e para as questões da saúde coletiva.

A paraninfa Dinara Leslye lembrou que, em-

bora novo, o curso da FACISA con-seguiu conceito 4 do Ministério da Educação (MEC), quando o conceito máximo é 5. Ela comparou o corpo de alunos à árvore Algaroba, espécie ve-getal comum em Santa Cruz, que se des-taca pela resistência, nutrição e beleza.

A estudante Grazielle Louise Ribeiro de Oliveira, oradora oficial da turma, falou sobre a importância de ter uma faculdade em Santa Cruz, garantindo as-sim que os estudantes não precisem se distanciar de suas famílias para cursar o ensino superior. “Dedicamos nossos sinceros agradecimentos à UFRN”, disse.

A estudante Kaline Coelho Dantas prestou juramento em nome da turma e a professora Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes conferiu grau de nu-tricionista aos concluintes. Durante a cerimônia, foi realizada ainda a entre-ga da comenda do mérito estudantil à nutricionista Adelyanne Nicoly Morais dos Santos.

Também estiveram presentes à soleni-dade o vice-diretor e diretor em exercício da FACISA, Edvaldo Vasconcelos de Car-valho Filho; a coordenadora do curso, Thaiz Mattos Sureira; a paraninfa da tur-ma, Dinara Leslye Macedo e Silva Cala-zans; além de Vanessa Teixeira de Lima Oliveira, representando os professores homenageados, e o assessor parlamentar Cassio Rodrigues, representando a depu-tada federal Fátima Bezerra.

Primeira turma do curso de Nutrição da FACISA cola grau em janeiro

Em sentido horário: piscina e ginásio da Clínica de Fisioterapia e Laboratórios Multidisciplionares.

Abaixo:Residência Universitária

ano XV | nº 58 | fevereiro de 2013

Vice-reitora Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes conduziu a Sessão Solene

Cícero Oliveira

Page 8: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

Por JULIANA hOLANDA

Cerca de 120 solicitações por mês e garantia de resposta em curto pra-zo. Assim funciona a Ouvidoria

da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), setor que recebe recla-mações, queixas, sugestões, denúncias, críticas e elogios com o objetivo de ajudar o crescimento da Instituição através da melhoria das relações sociais e pessoais na Universidade.

Criada em 1999, a Ouvidoria é um espaço aberto que, além da comunidade acadêmica, atende qualquer pessoa da so-ciedade que tenha algo a contribuir com a UFRN. “Nossa missão é receber bem as pessoas, acolhê-las, ouvir atentamente os seus problemas, as suas sugestões, as suas reclamações e buscar soluções”, explica o ouvidor Joseleno Marques.

O método de atendimento é simples e em 90% dos casos a resposta sai em no máximo sete dias. As reivindicações po-dem ser feitas de forma presencial, na sede da Ouvidoria, que fica localizada no Centro de Convivência Djalma Marinho, sala 6, pelo e-mail [email protected] ou pelo site da UFRN, por meio do Siste-ma Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). Após o registro, a demanda é encaminhada para o chefe do departamento e para o diretor do centro acadêmico em questão.

Marques esclarece que “para o dire-tor, a gente envia o material para que ele saiba o que está acontecendo no centro. Já para o chefe do departamento, a gente

encaminha para ele tomar conhecimen-to, chamar a pessoa que foi abordada na questão, conversar e buscar uma solução. Quando a situação é mais delicada, o ou-vidor entra em campo também”.

atEndimEnto EspEcial Criada em julho de 2011, a Ouvidoria

Itinerante surgiu após o aparecimento de ocorrências mais complexas que tor-naram necessária a presença do ouvidor no local dos eventos. Dessa forma, o diálogo sobre os conflitos acontece nos próprios setores, envolvendo os vários participantes do problema.

“O trabalho itinerante tem sido muito satisfatório, porque as pessoas expõem as diversas visões da situação e, juntos, a gente constrói uma solução”, explica o ouvidor Joseleno Marques.

Além disso, a Ouvidoria tem um tra-balho proativo, que antecipa a resolução dos desentendimentos antes que ocorra a denúncia formal. “Quando ficamos

sabendo que alguma área está com uma determinada dificuldade, a gente faz um trabalho que antecede a piora da questão, o que certamente diminui o desgaste que seria gerado pela continuação do atrito e beneficia as relações pessoais existentes naquele ambiente”, relata o ouvidor.

docEntEs E discEntEs De acordo com pesquisa realizada

pelo setor, a maior demanda da Ouvi-doria está ligada ao relacionamento entre docentes e discentes. “Temos questões básicas. Muitos alunos não conhecem a legislação da Universidade, então a gente orienta que eles procurem o coordenador do curso, o chefe do departamento, mas, às vezes, o aluno não se sente à vontade ou se sente envergonhado e a Ouvidoria entra em ação”, conta Marques.

Para a funcionária da Ouvidoria Cléa Maria dos Santos, o serviço é indispensá-vel e realmente consegue ajudar as pessoas que o procuram. “Já houve casos que che-garam aqui chorando e conseguimos tran-quilizar as pessoas e orientar para o que deveria ser feito para solucionar a questão. Quando as pessoas conseguem visualizar uma solução, tudo melhora”, explica.

O atendimento é aprovado por usuários: “os estudantes e a comunidade acadêmica em geral devem procurar a Ouvidoria sempre que tiverem alguma questão. Além do bom atendimento, as demandas são resolvidas de forma sim-ples e sem atritos”.

“Sempre evitamos atritos e con-frontos”, enfatiza o ouvidor Joseleno Marques. “Eu acredito muito na força da comunicação. Acho que o mundo

só terá destino favorável, satisfatório, harmonioso e saudável se as pessoas dialogarem mais, conversarem mais e interagirem mais. Às vezes, um simples pedido de desculpas é o suficiente para resolver um problema que está incomo-dando várias pessoas”, ressalta.

Marques incentiva a utilização do ser-viço da Ouvidoria. “Se há um problema, as pessoas precisam reclamar e acreditar que aquela queixa vai surtir efeito. Mes-mo que a solução não seja imediata, mas só o fato de a questão ter sido discutida, de ter seguido adiante, isso vai ajudar em algum momento, em algum lugar”, de-staca.

“É importante jamais deixar de regis-trar, de reclamar, de dar um depoimento, de opinar e nunca ser omisso. Quando a sociedade se cala e se acomoda, nada muda. É preciso ter coragem de reivin-dicar, de reclamar, de correr atrás das soluções”, orienta Marques.

O ouvidor garante que o sigilo das in-formações é preservado. “Isso é sagrado. Quando há pedido de sigilo, a gente só divulga o nome da pessoa sob decisão ju-dicial”, assegura. Os dados são arquivados para controle interno, para que os fun-cionários tenham como se comunicar com a pessoa e dar resposta às solicitações.

A Ouvidoria, entretanto, não é só para queixas e conflitos. O setor tam-bém recebe muitos elogios e propostas que ajudam na gerência e no planeja-mento da Universidade. “Muitos temas encaminhados para a administração central são transformados em projetos por algumas pró-reitorias”, informa Jo-seleno Marques.

Ouvidoria da UFRN atende a cerca de 120 solicitações por mês e procura resolver questões com o diálogo

ACOLHIMENTO

ano XV | nº 58 | fevereiro de 20138Jornal da UFRN

Cléa Maria dos Santos, funcionária

Joseleno Marques diz que missão da Ouvidoria é ouvir os problemas das pessoas e buscar soluções

Foto: Anastácia Vaz

Page 9: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

Por INGRID DANtAS

Oferecer melhores condições de en-sino, pesquisa e extensão aos alu-nos. Essa é a meta fundamental

traçada pela direção do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para o primeiro semestre deste ano.

O CCS, que é responsável por três dos cinco cursos mais antigos da UFRN (Me-dicina, Farmácia e Odontologia), possui atualmente 16 cursos de graduação e 12 de pós-graduação, 19 departamentos e 45 bases de pesquisas.

Segundo o diretor do CCS, professor Hênio Ferreira de Miranda, o Centro deve focar este ano nos projetos que ficaram pen-dentes no último semestre e dar início aos novos projetos elaborados. Para o diretor, as mudanças na estrutura física e o investi-mento em equipamentos para laboratórios

e salas de aula são de grande importância para a melhoria das atividades acadêmicas.

Objetivando o incentivo ao ensino, à pesquisa e à extensão dentro da Univer-sidade, o CCS realiza, em 2013, o primeiro simpósio destinado às ações desenvolvidas pelo Centro. Segundo Hênio de Miranda, o objetivo é “incrementar de uma forma mui-to especial as atividades acadêmicas, princi-palmente no que diz respeito à divulgação do que é feito pelo CCS”.

O simpósio pretende divulgar as ações próprias dos departamentos que compõem o Centro e ouvir os docentes e discentes quanto às deficiências existentes para então elaborar propostas a serem efetuadas no decorrer do ano. Com isso, o CCS instrui os futuros profissionais quanto aos campos de atuação profissional e pesquisas realizadas na Instituição, bem como identifica oportunidades de melho-ria das atividades acadêmicas.

conquistasEm 2012, uma das principais conquistas

realizadas pelo CCS foi a reforma e moder-

nização do Setor de Medicina de Urgên-cia, localizado no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. O setor foi inaugurado em setembro e é utilizado para o ensino da disciplina de Urgência e Emergência do Curso de Medicina da UFRN.

A obra é uma parceria entre a UFRN e o Governo do Estado e é responsável por proporcionar melhor formação técnica e humana aos alunos, uma vez que o setor oferece recursos para o discente efetuar um exame clínico de forma rápida, utilizando senso crítico e obtendo um diagnóstico correto em contato direto com o paciente.

Ainda segundo o diretor do CCS, o Centro conseguiu, no último ano, atender a todos os pedidos de material permanen-te e a todas as necessidades básicas dos departamentos, com recursos próprios. Somente os materiais de alta complexi-dade, como equipamentos para labo-ratório, não puderam ser adquiridos com recursos da Universidade e sim através de inscrição em editais.

Centro de Ciências da Saúde traça metas para ampliar as atividades acadêmicas em 2013

MODERNIZAÇÃO

ano XV | nº 58 | fevereiro de 20139Jornal da UFRN

Professor hênio Ferreira de Miranda

Por WILLIANE SILVA

Areitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ân-gela Maria Paiva Cruz, recebeu o pre-

feito de Caicó, Roberto Germano, para traçar ações a serem desenvolvidas para a implanta-ção do curso de Medicina. A graduação terá atividades nos campi do interior, que serão iniciadas no segundo semestre de 2014.

Com uma proposta pedagógica regio-nal, o curso de Medicina terá ações desen-volvidas no Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES), localizado em Caicó e Cur-rais Novos, e na Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), em Santa Cruz.

“O sucesso desse curso depende de uma parceria nossa com os municípios, então é preciso criar um convênio para traçar a nossa parceria”, disse a reitora ao explicar o objetivo

da reunião. No encontro, ocorrido no dia 4 de fevereiro, foram discutidas as possibili-dades de espaço para salas de aulas, hospitais e como os profissionais da saúde do município

receberão os alunos. Para o prefeito de Caicó, Roberto Germano, a parceria com a Universi-dade é uma oportunidade de crescimento para o município. “O convênio com a UFRN para a

implantação do curso é uma prioridade que a gente não pode deixar passar,” disse o prefeito.

Ângela Paiva Cruz disse ainda que a chegada do curso no interior vai atender à demanda de profissionais da saúde na região do Seridó e Trairi. “Os alunos, que vão se formar, poderão ficar trabalhando no interior. Além disso, o curso vai atrair ainda profissionais para trabalhar nele”.

Além da reitora da UFRN e do prefeito de Caicó, estiveram presentes na reunião a vice-reitora Maria de Fátima Ximenes, que coordena o projeto pe dagógico do curso; a chefe de gabinete da Reitoria, Cé-lia Ribeiro; o secretário de Saúde de Caicó, Galvão Freire; o pró-reitor de Graduação, Alexandre Lara Menezes; o pró-reitor de Planejamento, João Emanoel Evangelista; a diretora do CERES - Caicó, Ana Aires; e o professor George Dantas, membro da comissão da elaboração da proposta pe-dagógica do curso.

UFRN define ações com a prefeitura de Caicó para implantar curso de Medicina no interior

PLANEJAMENTO

No encontro foram discutidas medidas para viabilizar implantação do curso em Caicó

Anastácia Vaz

Cícero Oliveira

Page 10: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

Jornal da UFRN

Por MARCOS NEVES JR.

Ao fazer uma analogia com o Egito antigo, remetendo ao governador José, retratado pela bíblia, que fez

reserva de recursos durante o período de fartura para os anos de escassez, o profes-sor João Abner Guimarães Júnior defende que o Nordeste tem condições técnicas de superar a seca. O pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) propõe a criação de uma reforma hídrica que ataque o problema em sua fonte: o acesso à água.

De acordo com o professor João Ab-ner, a região chamada de Nordeste Seten-trional, correspondente aos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, possui aproximadamente 10 bilhões de metros cúbicos de água em reservatórios. Apenas 20% desse to-tal seriam suficientes para suprir todo o consumo humano e animal da população local. No entanto, esses dados não têm se reproduzido na realidade e a seca assola mais uma vez o semiárido nordestino.

O professor João Abner representou a UFRN na audiência pública da Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados sobre a questão da seca no Nordeste, realizada em novembro de 2012, em Brasília. Na ocasião ele propôs a criação de um sistema integrado de abastecimento de água, que democratize o acesso ao recur-so para os moradores da região. Os mais de dez anos de pesquisas realizadas no Labo-ratório de Recursos Hídricos e Saneamento (LARHISA) dão ao professor a autoridade para tratar o tema.

“Os cerca de 60 mil açudes que o Nor-deste tem ficam na zona setentrional, sendo

reservados para consumo humano. Enquan-to isso, 95% da água se perde em evaporação. Assim que houver um sistema integrado que leve água das grandes barragens para o abas-tecimento humano, os pequenos açudes são liberados para a produção de feno”, explica João Abner. O professor ressalta ainda que a silagem, método de conservação de forra-gem para alimentação animal, precisa entrar em pauta.

Na prática, segundo ele, esse sistema in-tegrado seria equivalente ao programa Luz para Todos, do governo federal. O objetivo é tornar o acesso democrático à água em uma região que, apesar de se encontrar no

polígono das secas, tem índices pluviomé-tricos maiores que os de capitais europeias como Madrid, por exemplo. Nesse sentido, qual é, afinal, o motivo da seca que aflige o semiárido nordestino? Para João Abner a resposta é simples: ausência de políticas públicas efetivas na área.

“A recorrência dos problemas é a prova da falência das políticas públicas no setor de recursos hídricos; existem apenas medi-das emergenciais, que, certamente, são im-portantes em casos de catástrofes, mas, se acontecem todo ano, algo está errado. Tem água para consumo humano e animal, tem água sobrando e é necessário democratizá-

la”, afirma. Segundo Abner, o custo para um programa que leve água a todos da região seria de R$ 20 por habitante/ano, valor menor do que o gasto com carros-pipa.

É nesse ponto que João Abner evoca a prática elaborada por José no Egito bíblico, aplicando-a ao semiárido nordestino. “A solução para o período de vacas magras tem de passar pelo aproveitamento do de vacas gordas”, afirma o pesquisador. Com a implantação dessa estratégia milenar, os cerca de 20 milhões de brasileiros que vi-vem na região poderão enfrentar e superar a escassez de alimentos, de água e, princi-palmente, ter melhores condições de vida.

Pesquisador da UFRN expõe em Brasília alternativa para enfrentar a seca do Nordeste

ABASTECIMENTO

ano XV | nº 58 | fevereiro de 201310

Professor João Abner defende a criação de sistema integrado de abastecimento que democratize o acesso à água no semiárido nordestino

Anastácia Vaz

Page 11: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

Por LUCIANO GALVÃO

Unir os produtores rurais e a academia. Foi esse o principal objetivo da 1ª Se-mana de Aquicultura da Escola Agrí-

cola de Jundiaí (EAJ) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Entre os dias 29 e 31 de janeiro, os par-ticipantes do evento contaram com palestras, oficinas e debates sobre o cultivo, o beneficia-mento e a comercialização de pescado no Rio Grande do Norte.

Na ocasião, produtores tiveram também a oportunidade de dialogar com responsáveis de órgãos públicos voltados para a atividade rural.

Estiveram presentes representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrícola (MDA), do Instituto Nacional de Colo-nização e Reforma Agrária (INCRA), da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), do Instituto de Assistência Téc-nica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (EMATER) e do Instituto de Desen-volvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA).

O mercado da atividade aquícola foi o tema da palestra de abertura do evento, profe-

rida pelo professor Antônio Cortez, do Depar-tamento de Economia da UFRN. O primeiro dia foi encerrado com o debate “Assistência Técnica e Extensão Rural”.

No segundo dia, foram colocados em pau-ta o policultivo aquícola, questões de legaliza-ção da produção e as possibilidades de linhas de crédito para o setor.

O terceiro e último dia iniciou-se com a palestra “Beneficiamento do Pescado” e a mesa-redonda “Como Vender seu Peixe?”. A programação encerrou-se com o debate “Solucionando Entraves do Produtor Rural”, mediado pelo professor Paulo Mário Car-valho De Faria, membro da comissão orga-nizadora do evento e coordenador do Curso

Técnico em Aquicultura da EAJ.Em todos os dias foram ministradas ofi-

cinas sobre o manejo do pescado e o plane-jamento para a produção. “O tema principal dessa edição foi a piscicultura. Nas próximas ocasiões deveremos abordar também a carci-nicultura”, explica Paulo Faria.

A participante Clailma Ventura, técnica em agropecuária e piscicultora, afirmou ter ficado satisfeita com a Semana de Aquicultura. “Procurava esclarecimentos sobre manejo e relacionamento com órgãos do Estado. Aqui, tive acesso a essas pessoas e algumas das minhas dúvidas foram resolvidas”, disse.

Para Cléber Leite, turismólogo que deseja ingressar no ramo da produção de peixes, o evento também trouxe resultados positivos. “Minha intenção era angariar conhecimentos, pois desejo empreender na piscicultura. Achei o encontro uma iniciativa louvável da Institui-ção”, avaliou.

Devido à distância que separa o campus da EAJ dos locais de moradia dos produtores, o evento disponibilizou transporte, alojamento e alimentação aos participantes. Paulo Faria espera que o trabalho realizado possa incenti-var os aquicultores a procurar pela academia. “Acredito que eles perceberam que não estão sozinhos”, disse.

Escola Agrícola de Jundiaí debate cultivo de pescadono RN durante a 1ª Semana de Aquicultura

ECONOMIA

ano XV | nº 58 | fevereiro de 201311

Evento reúne especialistas, aborda a produção aquícola e conta com a presença de órgãos públicos voltados para a atividade rural

Jornal da UFRN

Pesquisador defende revisão na postura dos órgãos ambientais O Jornal da UFRN entrevistou o pro-

fessor Antônio Alberto Cortez, que pro-feriu a palestra de abertura da 1ª Semana de Aquicultura da EAJ. O economista recebeu a reportagem em sua sala, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFRN, e desenvolveu seu pon-to de vista sobre a atividade aquícola do Rio Grande do Norte.

Cortez enxerga uma regressão na produtividade do estado nos últimos anos e não tem dúvidas ao apontar a causa do retrocesso. “O Rio Grande do Norte segura a lanterna da produção pesqueira por conta de questões ambi-entais”, afirma.

Segundo o professor, os órgãos de fiscalização assumem posturas “xii-tas” ao estudar a concessão de licen-ças e impõem exigências descabidas que geram dificuldades intranspo-níveis aos produtores.

“hoje, 90% da piscicultura do estado é clandestina porque os órgãos ambien-tais insistem em não colaborar com o desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Norte”, revela Cortez.

Para o economista, os entraves pro-vocados pela cobrança desmedida geram também uma disparidade entre o esforço das instituições locais de ensino em for-mar recursos humanos para a aquicultura e o desempenho da produção pesqueira no estado.

“Estimo que, nos últimos dez anos, o Governo Federal investiu R$ 60 milhões nos cursos da área”, afirma, ressaltando que há cursos bem estruturados voltados para a piscicultura na UFRN, na UFERSA e nos IFRNs, mas que o setor segue ten-do dificuldades.

também é alvo de críticas do profes-sor a aplicação das sanções aos produ-tores que estejam em desacordo com as normas ambientais. Para ele, a proibição de funcionamento dos viveiros deveria ser a última, e não a única, sanção im-posta pelos órgãos responsáveis, como o Instituto de Desenvolvimento Sustentável

e Meio Ambiente do RN (IDEMA) e o Ins-tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

“Quando se proíbe a produção, fecham-se as portas e se quebra o diálogo”, avalia. “Os resíduos da pisci-cultura não são suficientes para sujar a água e essa não é a intenção dos produtores. Se a fiscalização fosse ad-equada, teríamos uma produção estu-penda”, afirma o economista.

Por conta desse cenário, Cortez con-sidera que as perspectivas para os es-tudantes da área são boas do ponto de vista da formação, mas que o mercado ainda não está como deveria.

“Não adianta termos potencial se ele não se transforma em produção. Fomen-tar o desenvolvimento e preservar o meio ambiente é uma tarefa complicada, mas é preciso que se encontre um denominador comum”, disse.

Debate “Solucionando Entraves do Produtor Rural” encerrou o evento

Professor Antônio Alberto Cortez

Fotos: Wallacy Medeiros

Page 12: Jornal da UFRN - Fevereiro de 2013 - Ano XV nº 58

ano XII | nº 47 | mês/201310Jornal da UFRN

Por MARCOS NEVES JR.

“Livros estáticos nas estantes são como pássaros engaiolados. Se você os ama, liberte-os”. Com

base nessa diretriz, Raimundo Muniz, bibliotecário da Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM), idealizou o projeto Libertando Livros, que pretende criar no-vos hábitos em relação à leitura dentro do campus e, principalmente, além dos mu-ros da Academia.

O Libertando Livros consiste em uma biblioteca itinerante de troca de livros na qual se pode encontrar grande variedade de títulos e gêneros. Romance, poesia, conto, literatura infanto-juvenil, publi-cações acadêmicas, entre outros tipos de publicações, fazem parte do acervo mon-tado a partir da biblioteca pessoal de Rai-mundo Muniz e de doações de amigos.

No modelo proposto pelo projeto, o acervo está em constante renovação e sem-

pre com qualidade, pois o bom estado de conservação e a equivalência de gêneros são critérios para a realização das trocas. Os leitores deixam livros usados e reali-zam a permuta por outros do seu gosto, mantendo assim, a sua rotina de boas leituras e cultivando a paixão pela prática.

A ideia de levar o costume da leitura ao maior público possível se desenvolveu enquanto Raimundo era estudante do mestrado de Ciência da Informação. Ser-viu ainda de inspiração o conceito do BookCrossing, movimento surgido nos Estados Unidos, em 2001, que consiste em deixar livros em locais públicos para serem encontrados e, consequentemente, lidos por outras pessoas.

Segundo Raimundo Muniz, o Liber-tando Livros é uma aplicação das cinco leis fundamentais da Biblioteconomia, instituídas pelo pensador indiano Ran-ganathan: os livros são escritos para serem lidos; cada leitor tem seu livro; cada livro tem seu leitor; poupe o tem-po do leitor; e a biblioteca é um orga-

nismo em crescimento. Na XVIII Semana de Ciência, Tecno-

logia e Cultura (CIENTEC) da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o projeto encontrou o palco perfeito para seu lançamento. Raimundo afirma que a procura foi bem superior à expectativa e o rodízio de livros nas prateleiras foi constante. Ao longo de todo o evento, foram efetuadas aproxi-madamente 200 trocas, de acordo com o balanço final da coordenação.

A iniciativa agradou aos visitantes da CIENTEC. Fagner Farias, bolsista do Curso de Comunicação da UFRN, pro-curou o estande do projeto e ficou satis-feito com as trocas que realizou. “Estou impressionado com a qualidade dos títu-los e com o ótimo estado de conservação dos livros”, disse o estudante após trocar quatro títulos.

Atualmente o grande desafio é levar o projeto para fora da Universidade. Um dos objetivos é descobrir leitores em po-tencial, ou seja, alcançar pessoas que não

têm o costume de ler e apresentá-las ao mundo da leitura. “Se no campus uni-versitário é possível encontrar quem não leia, imagine quantos poderemos formar com uma biblioteca itinerante?” – acredi-ta Raimundo Muniz.

Para chegar a esse novo público, o Li-bertando Livros deu passos importantes desde sua primeira ação. Além de mais do que dobrar o acervo, passando dos 150 iniciais para 400 livros, a partir de março, a ideia torna-se um projeto de extensão da UFRN. Também já há convites para le-var a biblioteca a outros municípios como Macaíba e Tibau do Sul.

Raimundo comemora as conquistas do Libertando Livros e pretende explorar todas as possibilidades que elas conce-dem. “A leitura é primordial à formação do indivíduo. Sendo assim, o projeto de-seja realizar a missão de estimular essa prática e disseminá-la pelo estado para gerar novos leitores e levar informação e conhecimento às pessoas” – afirma o co-ordenador do projeto.

Projeto de bibliotecário da Zila Mamede pretende estimular a paixão pela leitura no RN

LIVROS

ano XII | nº 47 | mês/201312Jornal da UFRN

Raimundo Muniz, bibliotecário da BCZM, idealizou o projeto Libertando Livros

Anastácia Vaz