jornal de abrantes

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Espera-se um Verão quente… As forças de combate e es- peciais dos concelhos do Médio Tejo estão prontas para enfrentar mais uma Fase Charlie. A prevenção é o segre- do para evitar a devastação florestal que tem aconteci- do na região nestes últimos anos. páginas 4 e 5 jornal Director ALVES JANA - MENSAL - Nº 5485 - ANO 112 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA abrantes de JUNHO2011 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] GRATUITO PREVENIR É A PALAVRA DE ORDEM... Nuno Falcão é o enólogo do ano Nuno Falcão Rodrigues, do Centro Agrí- cula de Tramagal, é o enólogo do ano. Do percurso já feito e dos novos projectos fa- la-nos na página 3 ENTREVISTA Azeites e vinhos premiados Os azeites SAOV e a Casa Anadia e os vi- nhos Casal da Coelheira e Vila Jardim não param de surpreender com novas meda- lhas. páginas 14 e 15 ECONOMIA Muita animação nas festas de Mação e Gavião Gavião e Mação vão estar em total anima- ção com artesanato, gastronomia e activi- dades económicas. E muita música, é cla- ro. página 17 REGIÃO Reabilitação urbana no centro histórico O Centro Histórico de Abrantes já tem um projecto de revitalização que foi apresen- tado e que conta com a participação de to- dos. página 6 ABRANTES

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Jornal de Abrantes - Junho 2011

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Page 1: Jornal de Abrantes

Espera-se um Verão quente… As forças de combate e es-peciais dos concelhos do Médio Tejo estão prontas para enfrentar mais uma Fase Charlie. A prevenção é o segre-do para evitar a devastação fl orestal que tem aconteci-do na região nestes últimos anos. páginas 4 e 5

jornalDirector ALVES JANA - MENSAL - Nº 5485 - ANO 112 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

abrantesde

JUNHO2011 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected]

PREVENIR É A PALAVRA DE ORDEM...

Nuno Falcão é o enólogo do anoNuno Falcão Rodrigues, do Centro Agrí-cula de Tramagal, é o enólogo do ano. Do percurso já feito e dos novos projectos fa-la-nos na página 3

ENTREVISTA

Azeites e vinhos premiadosOs azeites SAOV e a Casa Anadia e os vi-nhos Casal da Coelheira e Vila Jardim não param de surpreender com novas meda-lhas. páginas 14 e 15

ECONOMIA

Muita animação nas festas de Mação e GaviãoGavião e Mação vão estar em total anima-ção com artesanato, gastronomia e activi-dades económicas. E muita música, é cla-ro. página 17

REGIÃO

Reabilitação urbana no centro históricoO Centro Histórico de Abrantes já tem um projecto de revitalização que foi apresen-tado e que conta com a participação de to-dos. página 6

ABRANTES

Page 2: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO20112 ABERTURA

Pretende frequentar as praias fl uviais da região, durante este Verão?

Marco BarataSardoal

Sim pretendo ir à Aldeia do Mato,

Cabeça Gorda, Vale de Manso. Para

além de serem mais perto, têm um

ambiente agradável, são sítios cal-

mos e com muito pouca confusão.

Q

IDADE 52

RESIDÊNCIA Constância

PROFISSÃO Estudante

UMA POVOAÇÃO Constância, a

vila poema

UM CAFÉ «Pézinhos no Rio», em

Constância

UM BAR não costumo frequentar

UM PETISCO ovos verdes e peixi-

nhos da horta

UM RESTAURANTE «Remédio d�

Alma», em Constância

PRATO PREFERIDO Cozido à Por-

tuguesa

UM LUGAR PARA PASSEAR Serral-

ves, no Porto

UM RECANTO PARA DESCOBRIR

Portugal

UM DISCO «Quiet Nights», de Dia-

na Krall

UM FILME «Forrest Gump», de Ro-

bert Zemeckis

UMA VIAGEM Egipto

UM LEMA DE VIDA A vida é uma

viagem a ser apreciada com sereni-

dade e beleza.

FICHA TÉCNICA

DirectorAlves Jana (TE.756)

[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

E-mail: [email protected]

RedacçãoJerónimo Belo Jorge

(CP.1907)[email protected]

Joana Margarida Carvalho(CP.9319)

[email protected]é Lopes

PublicidadeAndreia Almeida

[email protected] Ângelo

[email protected]

Design gráfico e paginaçãoAntónio Vieira

ImpressãoImprejornal, S.A.

Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa

Editora e proprietáriaMedia On

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65

2204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Santos,

Ângela Gil

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves

[email protected]

MarketingCatarina Fonseca

[email protected]

Recursos HumanosSónia Vieira

[email protected]

Sistemas InformaçãoTiago Fidalgo (Direcção)

Hugo [email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia 100%

jornal abrantesde

FOTO DO MÊS EDITORIAL

INQUÉRITO

SUGESTÕES

Mudar a página da crise política foi

fácil. Bastou a convocação de elei-

ções e… já está. O resto, veio por

acréscimo. Hoje respira-se ar fres-

co, esperança renovada, mesmo

que sob uma grande incógnita.

Mas não vai ser fácil, nada fácil mes-

mo, resolver as crises fi nanceira,

económica e cultural sobre as quais

assentam a actual crise política.

E se ao nível da alta política muito

há a fazer, não é aí que está o es-

sencial do trabalho que falta. É ao

nível dos vários níveis da socieda-

de que há que fazer as mudanças

que nos permitam passar do ca-

minho da crise para o da solução.

O grande problema é que existe

um Portugal que é capaz, que tem

futuro, que está a um nível interna-

cional, e um Portugal inqualifi ca-

do, de baixa capacidade de resolu-

ção, de grande inefi cácia. O desafi o

é aumentar a extensão do primei-

ro e, assim, diminuir a do segun-

do. Goste-se ou não, este é o nó do

problema. Apenas sobre a solução

deste se podem resolver os outros.

Mas não é apenas o desafi o do país.

Por natureza, é também o desafi o

desta nossa região. Também aqui

há secções, empresas, serviços, or-

ganizações com um nível de pri-

meira e outros de refugo, de lixo.

O grande desafi o que temos pela

frente, aqui, ao longo de todo o te-

cido social, - vamos a isso? - é o de

potenciar o factor Q, de Qualidade.

ALVES JANA

Rúben ToméAbrantes

Penso ir até à Aldeia do Mato e Ala-

mal. Gosto bastante do ambiente.

Não fi cam muito longe e no Alamal

temos esplanadas e um areal, o que

se torna agradável.

Nuno MachadoChainça

Costumo ir todos os anos para Cas-

telo de Bode. A água é uma das me-

lhores, qualidade de ouro, e como

gosto muito do contacto com a na-

tureza. Lá posso usufruir de um sí-

tio calmo sem muita gente.

ANA MARIA ROMÃOZINHO DIAS, professora

Abrantes, 2011palavras para quê? É uma intervenção urbana,

arte pública, cultura portuguesa.

Page 3: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO2011 ENTREVISTA 3

NUNO FALCÃO, ENÓLOGO

Do “melhor rosé do mundo” para “enólogo do ano”JOANA MARGARIDA CARVALHO E ALVES JANA

Nos 25 Anos do Casal da Coelheira, o seu enólogo tem a satisfação de ver o “seu” vinho obter novos pré-mios e ele próprio ser reconhecido como “o melhor enólogo do ano”. A palavra a ele.

O que é a distinção “enólogo do ano”?

Refere-se à prestação das empre-

sas, produtores e enólogos e à for-

ma como os vinhos foram distin-

guidos nos concursos nacionais e

internacionais no ano de 2010. Foi

atribuída pela Comissão Vitiviníco-

la Regional, que é o organismo que

tutela os vinhos do Tejo, responsá-

vel pelo controlo de qualidade e

certifi cação dos mesmos.

Normalmente, o enólogo do ano

é um consultor de várias adegas

em várias regiões. Ora, estando

eu apenas a trabalhar num produ-

tor, não estava a contar com este

prémio, por isso mesmo tão impor-

tante para a minha carreira profi s-

sional. Acredito que seja complica-

do voltar a receber esta distinção,

pelo que é um culminar da minha

carreira. Foi um reconhecimento do

trabalho que tem sido feito duran-

te estes 25 anos no Centro Agríco-

la de Tramagal. O reconhecimento

de pequenos passos, mas de pas-

sos certos que tomei até aqui.

Como nasceu esta paixão?Eu sempre estive ligado à agricul-

tura. Desde os meus bisavós, a agri-

cultura sempre foi a actividade do-

minante da família, mas não tínha-

mos uma ligação com os vinhos.

Em 1986, comprámos o Casal da

Colheira com apenas sete hectares

de vinha, mas nem tínhamos ade-

ga. A qualidade da uva não era fan-

tástica e nem conseguíamos fazer

uma avaliação do nosso produto,

porque vinifi cávamos com um vizi-

nho. O vinho não estava nos meus

horizontes.

Em 1989, comprámos a adega e

mais umas vinhas que pegavam

aos terrenos que já tínhamos. Nes-

ta altura, comecei a acompanhar

as vinifi cações e coincidiu com o fi -

nalizar do curso que tirei na Escola

Agrária de Castelo Branco. O bicho

começou a mexer e parti para Fran-

ça, em Erasmus, onde estive numa

Estação de Investigação bastante

reconhecida na área dos vinhos.

Foi uma experiência óptima, uma

vez que os meus conhecimentos

em vinhos eram menos do que bá-

sicos. Tive a oportunidade de con-

viver com profi ssionais de alta ca-

tegoria que me ajudaram imenso.

Senti aí sempre um apoio fantásti-

co e uma simplicidade muito gran-

de na forma como me explicavam

por vezes o mais básico. Quando

regressei senti que deveria conti-

nuar a apostar na minha formação

em vinhos, e decidi tirar o curso

de Engenharia Agro-industrial, em

Lisboa. Foi nesta altura, que come-

cei a fazer enologia na adega, mas

ainda acompanhado por um enó-

logo profi ssional. Ao fi m-de-sema-

na lá vinha eu provar os vinhos, fa-

zer análises e defi nir estratégias.

Em 1997, fi z a primeira vindima

sozinho. Nesta etapa, ainda não

estava a 100% na empresa e de-

cidi dedicar-me durante mais al-

gum tempo à investigação. Pude

conviver com o especialista em vi-

nho Virgílio Loureiro, uma referên-

cia nacional que me desafi ou para

ingressar num doutoramento. Foi

algo em que apostei ainda duran-

te dois anos, mas acabei por não o

concluir. Em 2000, o meu pai ado-

eceu e sentimos ambos a necessi-

dade de eu assumir a casa por in-

teiro. Acabou por correr tudo bem

com o meu pai, e neste momento

gerimos ambos o Centro Agrícola

de Tramagal.

Qual é o trabalho de um Enólo-go?

O trabalho mais apaixonante de

um enólogo é termos à nossa dis-

posição 30 depósitos com 30 vi-

nhos diferentes e termos como ob-

jectivo produzir um vinho único,

por exemplo o Casal da Coelheira

tinto 2009.

É um trabalho um pouco desgas-

tante, que leva tempo a concluir e

que exige uma prova dos vinhos

todos os dias. Quando terminamos

a vindima começo a prova e a defi -

nir patamares qualitativos dos de-

pósitos. No fi nal, há defi nição dos

vinhos, com o estilo e perfi l que

ambicionamos.

Outra etapa do trabalho é a vin-

dima. Durante um mês e meio é

um trabalho intensivo. Nesta fase

há decisões que tenho de tomar

no momento, mas sempre com a

noção que os vinhos têm os seus

tempos. No caso dos vinhos tintos,

desde o sumo da uva até à fase em

que já temos vinho, a transforma-

ção demora cerca de uma sema-

na. Relativamente ao branco, o pe-

ríodo é mais prolongado, cerca de

um mês, uma vez que fermenta a

temperaturas mais baixas em re-

lação ao tinto. Depois haverá sem-

pre uma fase de maturação e afi -

namento dos vinhos. A fase de en-

garrafamento e comercialização

também é acompanhada por mim,

pois é importante garantir o esta-

do sanitário dos vinhos.

Os óptimos resultados na qua-lidade dos vinhos portugueses no exterior não se tem traduzido em resultados comerciais…

Nós sofremos com a imagem de

que os vinhos de Portugal são me-

dianos e por isso têm de ser bara-

tos. A nossa estratégia, enquan-

to pequeno produtor, é contornar

esta ideia e, em vez de entrarmos

em guerra com os países mais

competitivos, é apostar nos merca-

dos emergentes, como a Roménia,

a Rússia, a Ucrânia, a Polónia, onde

já estamos, o Brasil e a China.

Quais são os objectivos fu-turos do Centro Agrícola do Tramagal?

Temos em mãos dois projectos.

Um está relacionado com o aten-

dimento e acolhimento do públi-

co, pretendemos melhorar a di-

vulgação do nosso produto com a

construção, aqui, de uma loja, para

os vinhos terem uma apresentação

mais moderna e espaçosa. Para

além da loja, vamos ampliar a nos-

sa área social aumentando o espa-

ço para receber os nossos convi-

dados. O segundo projecto, com o

grosso do investimento, é na área

produtiva. Queremos dotar a ade-

ga de uma maior capacidade de vi-

nifi cação. Neste momento a adega

encontra-se no seu limite.

(Nas páginas 14 e 15, leia um tra-

balho sobre os prémios do vinhos

do Casal da Coelheira em 2011.)

Nuno Falcão, 40 anosBacharelato em Produção Agrí-

cola, Escola Superior Agrária, em

Castelo Branco. Licenciatura em

Engenharia Agro-Industrial, Insti-

tuto Superior de Agronomia, em

Lisboa.

Enólogo do ano 2011 (Gala dos

Vinhos do Tejo)

Quinta do Casal da Coelheira, TramagalInauguração: 1986

Vinha: 64 hectares

Produção anual: 450 mil litros

Trabalhadores: 7 a tempo inteiro

Países já de exportação: Bél-

gica, Suíça, Luxemburgo, Sué-

cia, Polónia, França, Alemanha,

Espanha, Brasil, Canadá e Angola.

Page 4: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO20114 DESTAQUE

A Floresta é um barril de pólvoraPROTECÇÃO CIVIL EM TEMPO DE VERÃO

JERÓNIMO BELO JORGE

A fl oresta da região, constituída na sua maior parte por pinheiro e eu-calipto, está um barril de pólvora. É assim que comandantes de bom-beiros e responsáveis de protecção civil municipais caracterizam o ac-tual estado das coisas.

Apesar de algum trabalho de lim-

peza nas proximidades de estradas

e nas povoações, o certo é que, se

entrarmos pelos estradões fl orestais,

encontramos a mata desordenada,

suja, com muita matéria combustível

e, nalguns casos, com muitas árvores

caídas. Situação que, perante a pers-

pectiva de um Verão quente, causa

muitas preocupações nos respon-

sáveis pela defesa da fl oresta contra

os incêndios e para aqueles que têm

por missão combater os fogos.

A ausência de trabalhos na fl oresta,

a inexistência, na maior parte do ter-

ritório, de um ordenamento correcto

e o desinteresse dos seus proprietá-

rios colocam hectares e hectares de

pinhal e eucaliptal em risco, quando

se aproxima mais um Verão.

À partida para a época mais quen-

te do ano e face à crise económica

do País, o anterior Governo diminuiu

o dispositivo aéreo contratado para

este ano. Mesmo assim, há a expec-

tativa de uma maior operacionali-

dade no ataque rápido a cada fogo

nascente. Aliás, na região, foi esse o

registo dos últimos dois anos e com

resultados visíveis. “Um incêndio

nascente com cinco minutos apaga-

se a pontapé, enquanto que um in-

cêndio com 15 minutos pode ser ne-

cessária uma grande quantidade de

meios e pode não se apagar”, defen-

dem os homens da protecção civil e

Eugénio Sequeira, ex-presidente da

Liga Para a Protecção da Natureza.

É neste sentido que no período

mais crítico do Verão, meses de Julho

e Agosto, os dispositivos de bombei-

ros são reforçados com equipas per-

manentes e com o pré-posiciona-

mento dos meios na prevenção e vi-

gilância da fl oresta.

Em AbrantesEm Abrantes, o maior concelho,

existem muitas preocupações. Há vá-

rios anos que não há um incêndio de

grandes dimensões mas, alerta João

Pombo, o rastilho está colocado. A

mata tem muita matéria combustí-

vel face ao crescimento natural e de-

sordenado. No período do Verão os

bombeiros deslocam viaturas para o

Norte do concelho, onde fazem vigi-

lância. Já o Sul do concelho fi ca com

as equipas de Sapadores Florestais

da Associação de Agricultores. São

estes meios no terreno que consti-

tuem a primeira intervenção a qual-

quer fogo que possa defl agrar.

Mesmo assim, a protecção civil mu-

nicipal tem uma lista de contactos

com todos os meios existentes no

concelho. Entre máquinas de rastos,

que podem abrir estradões fl ores-

tais, a agricultores que têm tractores

que podem servir para fazer aceiros

ou então juntas de freguesia ou as-

sociações de caçadores que têm pe-

quenos kits de combate a fogos, to-

dos podem dar uma ajuda.

Mesmo assim, a limpeza das matas,

segundo João Pombo, da protecção

civil municipal, é uma das grandes

preocupações, face à ausência do or-

denamento correcto em todo o con-

celho.

No SardoalEm Sardoal o sistema é idêntico.

Pedro Curado, segundo comandan-

te dos bombeiros, revelou ao JA que

no Verão deslocam viaturas para a

Serra de Alcaravela, a maior mancha

fl orestal do concelho. Já a equipa de

Sapadores Florestais, da autarquia,

irá trabalhar mais na zona de Santia-

go de Montalegre. Pedro Curado re-

velou os mesmos receios do Verão

face à situação da fl oresta.

Sardoal conta com uma equipa de

Canarinhos, a Força Especial de Bom-

beiros, que operam com o helicóp-

tero que, novamente, está estacio-

nado no heliporto do concelho, as-

sim como uma outra que opera em

terra. Estas equipas podem sair para

qualquer ponto da região mas cons-

tituem também uma intervenção es-

pecializada e rápida no concelho de

Sardoal e concelhos limítrofes.

Em MaçãoAntónio Louro, o vereador respon-

sável pela protecção civil do con-

celho de Mação explicou que a pri-

meira intervenção rápida é funda-

mental para impedir a propagação

e a destruição da fl oresta. Também

aqui, tanto os bombeiros voluntá-

rios como a autarquia vão posicionar

meios nas zonas mais afastadas da

sede do concelho.

António Louro não se coíbe, no en-

tanto, de apontar a prevenção e o

trabalho na fl oresta como o mais im-

portante. “Quando se olhar de for-

ma séria para a fl oresta, quando for

feita uma prevenção correcta, então

teremos menos incêndios fl orestais”.

O vereador destacou ainda os meios

que existem nas juntas de freguesia

e que podem ser, a qualquer mo-

mento, a primeira intervenção em

caso de incêndio.

Em ConstânciaAdelino Gomes, comandante dos

Bombeiros Voluntários de Constân-

cia, destacou desde logo o traba-

lho de prevenção feito em todo o

seu território, sublinhando que esse

tem sido um esforço constante. Tam-

bém aqui tem meios deslocados no

Posto de Bombeiros de Santa Mar-

garida, Sul do Concelho, para uma

deslocação rápida aos incêndios que

ocorram. F

ace aos problemas fi nanceiros do

País, também no que diz respeito

aos cortes na protecção civil, Cons-

tância vai ter menos uma equipa de

intervenção, o que “não prejudica o

concelho mas pode não permitir o

apoio aos concelhos vizinhos de for-

ma tão rápida como aconteceu nos

anos anteriores”.

O Sul de Constância tem uma con-

siderável área militar. Adelino Gomes

sublinhou que a intervenção dentro

do Campo Militar de Santa Margari-

da é sempre dos Bombeiros, embora

conte sempre com algum apoio mi-

litar. Aliás, o apoio militar pode acon-

tecer em qualquer parte do conce-

lho, embora reconheça que os meios

existentes no campo militar não têm

grande capacidade de intervenção.

Em sínteseSeja como for, todos os responsá-

veis de bombeiros e protecção ci-

vil deixam os mesmos conselhos.

Limpar a mata junto às habitações,

criando faixas de contenção no caso

de existirem incêndios fl orestais. Por

outro lado, no caso de detecção de

algum incêndio, devem os cida-

dãos contactar o 118, 112 ou então

os bombeiros de cada localidade

porque uma intervenção rápida no

combate a um incêndio é fulcral.

O Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS)

de Santarém, que está instalado em Almeirim desde

Setembro de 2009, passou a ser considerado o Cen-

tro Nacional de Operações de Socorro (CNOS) alter-

nativo.

Quer isto dizer que, se a estrutura principal da Pro-

tecção Civil em Lisboa deixar de fi car operacional por

catástrofe ou outro qualquer motivo, o comando na-

cional de socorro passará a estar concentrado em Al-

meirim, sendo esta a base de resposta a todas as si-

tuações de emergência.

A cidade ribatejana foi escolhida pela sua localiza-

ção central, a nível do país, e pela excelente rede de

acessibilidades à sua volta, justifi cou Arnaldo Cruz,

explicando que esta situação vai manter-se até à

construção defi nitiva de um CNOS alternativo em

Viseu.

Caso se verifi que a necessidade do CDOS de San-

tarém responder como CNOS alternativo, a cen-

tralização dos meios de socorro afectos ao distri-

to será transferida para o quartel dos bombeiros de

Abrantes.

Santarém tem o comando nacional alternativo

Page 5: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO2011 DESTAQUE 5

O dispositivo de combate aos incên-dios foi reduzido este ano em meios aéreos devido à crise, mas a Protec-ção Civil reorganizou os meios huma-nos em terra, para atingir melhores resultados e contrariar este constran-gimento, disse fonte daquela autori-dade.

A efi cácia dos meios de combate

aos incêndios está muito dependen-

te da rapidez da detecção e do tem-

po que demora até ao início do ata-

que ao fogo. Foi de resto, na região

de Abrantes, a grande mais valia do

ano passado que evitou a propaga-

ção dos muitos fogos nascentes que

se registaram.

As estruturas, segundo a Protecção

Civil, estão montadas de tal forma

que todo o território está coberto por

meios aéreos de primeira interven-

ção que operam em raios de 40 quiló-

metros, existindo em cada um desses

raios pelo menos uma estrutura ope-

racional - centro de meios aéreos -

com todos os meios terrestres e aére-

os preparados para atacar o fogo, para

além dos recursos disponíveis nos

corpos de bombeiros, afi rmou a mes-

ma fonte. Na fase “Charlie”, a mais críti-

ca, entre 1 de julho e 30 de setembro,

vão estar disponíveis este ano 24 he-

licópteros ligeiros, dez de capacidade

média e cinco helicópteros pesados e

apenas dois aviões anfíbios (quando

no ano passado estiveram ao serviço

16 aviões, dois deles anfíbios). Dos 41

meios aéreos, apenas sete pertencem

ao estado português, todos os outros

resultam de contratos feitos pela EMA

(Empresa de Meios Aéreos).

O heliporto de Sardoal, situado jun-

to ao quartel de bombeiros, voltará

a ter um helicóptero que vai operar

na região. A Associação dos Produto-

res de Pasta de Papel (CELPA) volta-

rá a colocar na Herdade da Caniceira

(Tramagal) um helicóptero que pode-

rá ajudar nas operações de combate

a incêndios.

Mac Fire ou o comando móvel de Mação

Depois dos incêndios que

destruíram em 2003 e 2005

quase toda a mancha fl orestal

do concelho de Mação a autar-

quia voltou-se ainda mais para

a prevenção mas não deixou de

lado os meios de combate aos

fogos. Nesse trabalho de pre-

venção Mação passou a dispor

de uma viatura própria de co-

mando e coordenação. Trata-

se o MacFire. O Mac Fire (Mac

de Mação, Fire de fogo) foi de-

senvolvido por técnicos infor-

máticos maçaenses e por es-

pecialistas de uma empresa do

ramo das novas tecnologias - a

PLogP. Na base do sistema está

a cartografi a militar, mas tam-

bém as cartas de risco de incên-

dio e os hortofotomapas (fotos

aéreas rectifi cadas no solo). A

novidade introduzida por An-

tónio Louro foi integrar esta in-

formação e sobrepor os mapas,

permitindo visualizá-los todos

ao mesmo tempo. A tudo isto,

junta-se a tecnologia GPS, dan-

do a localização exacta das via-

turas no terreno, bem como a

posição das frentes de fogo e

o valor rigoroso da área atingi-

da, o que permite prever a sua

provável evolução. “É uma fer-

ramenta informática que pode

ser usada pelo comando numa

situação de catástrofe”, explicou

António Louro. A situação no

terreno é acompanhada a par

e passo, fi cando ainda disponí-

veis informações importantes

sobre a localização, caracterís-

ticas e operacionalidade de to-

das as infra-estruturas fl orestais

relevantes no combate aos in-

cêndios, como tanques, char-

cas e estradões. Quando as áre-

as atingidas são descomunais

e os meios envolvidos imensos

é que “se torna necessária uma

ferramenta que permita ao co-

mandante evitar descoordena-

ções”, adiantou António Louro.

O sistema Mac Fire é único no

mundo e recebeu, em 2006 o

“El Batefuegos de Oro”, atribuí-

do pelo Ministério do Ambiente

de Espanha.

Mais rapidez no ataque inicial aos fogos• Sardoal conta com uma equipa de Canarinhos, a Força Especial de Bombeiros.

Page 6: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO20116 ABRANTES

O Projecto de Revitalização do

Centro Histórico de Abrantes foi

apresentado ao público no Dia do

Concelho, 14 de Junho. A proposta

é da responsabilidade da equipa de

Augusto Mateus e foi elaborada com

base nos projectos da Câmara Mu-

nicipal e com contributos de vários

grupos de cidadãos reunidos em ses-

sões de trabalho para esse efeito. Em

síntese, pode dizer-se que a aposta é

revitalizar o Centro Histórico como

“centro comercial” de ar livre, como

“centro residencia” tipo condomínio

e como “centro cultural”.

O conceito de centro comercial de

ar livre já há tempos que vem a ser

trabalhado, tendo sido criada uma

associação para o efeito. Trata-se,

portanto, de revitalizar este mesmo

projecto. O centro residencial, que

visa disponibilizar novos fogos para

habitação através da recuperação

de imóveis degradados e fi xar novos

habitantes, de preferência jovens, vai

exigir um signifi cativo esforço fi nan-

ceiro. O centro cultural começa pelo

próprio património edifi cado ou o

casco do centro histórico e passa por

projectos vários de equipamentos e

programas de actividades.

No projecto a desenvolver há três

componentes essenciais. Desde logo

o fi nanceiro, como não podia deixar

de ser, para o que há vários progra-

mas de apoio e fi nanciamento a que

a Câmara e os particulares poderão

recorrer. Depois, o apoio técnico es-

pecializado de que as equipas de

Augusto Mateus e Carrilho da Graça

farão parte, entre outros. Finalmen-

te, a participação activa e concerta-

da dos habitantes, dos comerciantes

e dos utilizadores do Centro Históri-

co com as várias autoridades e orga-

nizações que têm poder no Centro

Histórico. E esta é talvez a compo-

nente mais difícil a conseguir tornar

efectiva. Com efeito, os contratos

de fi nanciamento e os projectos de

construção são fáceis de concretizar,

desde que para o efeito sejam feitos

os competentes estudos qualifi ca-

dos. Mas a participação das pesso-

as, o envolvimento dos interessados,

a concertação de opiniões e interes-

ses, exigem mudanças de hábitos e

afectos que são difíceis de conseguir.

Contudo, todo o projecto assenta

num compromisso entre e com es-

ses actores privilegiados. Para esti-

mular e sustentar essa participação,

o projecto prevê vários empreen-

dimentos a realizar pelo Município

que são, por si mesmos, acção de

qualifi cação do Centro Histórico e vi-

sam devolver alguma da vida que foi

perdendo.

Alguns projectos para o Centro Histórico

A lista de projectos que compõem

a intervenção directa da Câmara Mu-

nicipal no centro Histórico não está

fechada e os exemplos dados foram

isso mesmo, exemplos. No entanto,

podemos dar uma listagem dos que

foram referidos. Desde logo, a cons-

trução do Museu Ibérico de Arque-

ologia e Arte, talvez o investimento

mais avultado e o mais discutido. A

mudança da ESTA para Alferrarede

vai permitir a instalação onde ela se

encontra dos serviços centrais da Câ-

mara. Por detrás, vai fi car o Centro de

Saúde, onde em tempos foi a rodo-

viária. Em frente, fi ca o Mercado Di-

ário, já em construção, com ligação

ao parque de estacionamento sub-

terrâneo no largo do tribunal, ainda

à espera de projecto. Onde hoje se

encontra o mercado diário da fruta,

fi cará a Segurança Social, e onde até

há cerca de um ano era o mercado

diário já está a arrancar o Mercado

Criativo. No antigo centro de empre-

go foi prometido que vai abrir já em

setembro a residência para estudan-

tes da ESTA e uma Loja da Juventu-

de. Onde está hoje a galeria de arte

e chegou a estar prevista a residên-

cia de estudantes vai ser construída

habitação a custos controlados. E a

Galeria de Arte vai subir para o anti-

go quartel dos bombeiros. Junto ao

castelo foi já inaugurado um parque

de estacionamento, requalifi cado, e

o jardim do castelo tem já um pro-

jecto de requalifi cação aprovado.

Mesmo ao lado, a Ofi cina da Cultu-

ra, onde em tempo funcionou a Uni-

versidade Internacional, portanto

na Casa carneiro, vai ser um espaço

para associações culturais. Para ligar

tudo isto e facilitar o acesso ao Cen-

tro Histórico, um mini bus eléctrico

vai entrar ao serviço lá para o fi nal do

ano. Entretanto, está já a funcionar a

Internet sem fi os acessível no Centro

Histórico.

Como os leitores do JA depres-

sa percebem, estes projecto não

são uma verdadeira novidade, pois

têm sido já anunciados pela Câma-

ra Municipal. No entanto, o que ago-

ra se pretende é, por um lado, testar

e fundamentar tecnicamente a ló-

gica do processo, depois constituir

um dossier coerente para candida-

turas, e fi nalmente desenvolver um

processo de apropriação pelos par-

ceiros locais que reforce o seu envol-

vimento. O objectivo fi nal é, então,

a revitalização e requalifi cação do

Centro Histórico. Alves Jana

CENTRO HISTÓRICO

Projecto de revitalização aposta nos 3 cês

Page 7: Jornal de Abrantes

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Page 8: Jornal de Abrantes

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JUNHO20118 ECONOMIA

AOS 60 ANOS DE EXISTÊNCIA

Castelo de Bode é barragem de referênciaFoi em Janeiro de 1951 que a barra-gem de Castelo de Bode foi inaugu-rada. Fez, portanto, 60 anos há pou-cos meses. Mas está jovem, se assim se pode dizer, depois das obras de requalifi cação de que foi alvo nesta última década.

Nasceu à sombra da “política de

electricidade” anunciada em Julho

de 1945 pelo Governo de Salazar

e foi a primeira grande hídrica que

veio alterar profundamente a geo-

grafi a física e social desta região.

A sua albufeira tem cerca de 60 km

de comprimento e constitui uma

importante reserva de água com

várias utilizações, entre elas dar de

beber sobretudo através da EPAL a

cerca de três milhões de pessoas e

produzir uma média de 400 GWh de

electricidade por ano. Para lá disso,

funciona como regulador dos cau-

dais do Zêzere e do Tejo, espaço de

recreio e lazer e tem um elevado po-

tencial turístico com as múltiplas

efeitos directos e indirectos.

Os sistemas básicos de produ-

ção de electricidade, as válvulas, as

turbinas e os alternadores, são os

mesmos que forma montados há

60 anos, embora restaurados. Mas,

como seria de prever, os sistemas au-

xiliares de produção e sobretudo os

de gestão estão hoje profundamen-

te modernizados. Por isso, a barra-

gem de Castelo de Bode cuida com

esmero do seu acervo museológico

e abastece o Museu de Electricidade

em Lisboa. Os sistemas de gestão,

onde a informática e o telecontro-

lo são essenciais, estão hoje ao nível

do melhor do mundo.

Por tudo isso, a barragem de Cas-

telo de Bode recebe uma média de

10.000 visitantes por ano, desde

crianças do jardim de infância até

estudantes universitários e mesmo

responsáveis por sistemas de pro-

dução eléctrica por esse mundo fora

que vêm ver como se faz numa bar-

ragem que é tida como de referên-

cia a nível mundial.

Alves Jana

O Centro de Produção Tejo-Mondego gere directamente 36 centrais de produção eléctri-ca que vão de Palhal e Riba Côa, a norte, até à de Alqueva.

Com um total de 126 traba-

lhadores, distribuídos por todas

as centrais, as várias unidades

de produção são comandadas

em termos de produção eléc-

trica a partir do Centro de Tele-

comando de Centrais Hidroe-

léctricas, localizado na Régua.

Carlos Rosário, o director deste

centro de produção explica que

“tem de haver um equilíbrio ri-

goroso, em cada momento, en-

tre a energia fornecida à rede e

a energia solicitada por todos os

tipos de consumidores. Por isso,

é necessário gerir o sistema em

contínuo, articulando as várias

unidades dos vários sistemas de

produção.” Sistemas hidroeléc-

tricos, eólicos, a carvão e a gás, e

ainda a fuel mas já em processo

terminal, são assim articulados,

visando ainda alcançar objecti-

vos de efi ciência económica e

de redução de CO2. Como sa-

bemos, há horas e dias em que

há mais vento, e meses e anos

em que há mais água, pelo que

as fontes renováveis de energia

têm que ser articuladas com as

unidades de produção que per-

mitem estabilizar o sistema e

garantir resposta às necessida-

des.

O Centro de Produção Tejo-

Mondego faz a gestão técnica

de proximidade de cada cen-

tral e da requalifi cação das mes-

mas, bem como a supervisão

das centrais em construção, no-

meadamente a segunda do Al-

queva e a de Alvito, que será

construída no rio Ocreza, 3 km

acima da barragem da Pracana,

embora já no concelho de Vila

Velha de Ródão, e uma mini-

hídrica abaixo da barragem de

Castelo de Bode.

EDPA EDP opera hoje em 14 países, pelo que

é já uma empresa internacional. Em Portu-

gal produz cerca de 52% da electricidade

fornecida à rede eléctrica. A Tejo Energia,

por exemplo, é outra entidade produtora

de electricidade, para lá de muitas empre-

sas e famílias. Além disso, a EDP também já

não é a única fornecedora de energia eléc-

trica, pois desde 1999 há já a possibilidade

de os clientes escolherem o seu fornecedor

de energia eléctrica.

A EDP, além de contribuir para a garantia

de fornecimento da energia eléctrica neces-

sária em Portugal, participa ainda no esfor-

ço para garantir o cumprimento do objecti-

vo europeu 20 20 20, ou seja, que em 2020

haja uma diminuição de 20% das emissões

de CO2 e um ganho de 20% em efi ciência

energética.

CENTRO DE PRODUÇÃO TEJO-MONDEGO

46 barragens são geridas a partir de Castelo de Bode

• Carlos Rosário, Director do Centro de Produção Tejo-Mon-dego, da EDP.

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JUNHO2011 ACTUALIDADE 9

Nasceu um Borboletário na Es-cola Secundária Dr. Manuel Fer-nandes, um projecto que teve início no ano de 2009 e acabou por ser inaugurado neste mês de junho.

Maria José Oliveira, professo-

ra de biologia e geologia e co-

ordenadora do projecto, dis-

se que “tudo começou a par-

tir de um concurso nacional

de Ciência Viva, no ano lecti-

vo 2009/2010 a que acabámos

por concorrer. O intuito era pro-

porcionar algo de diferente aos

alunos e docentes e trazer uma

novidade para a Escola. Na al-

tura, fi cámos todos um boca-

do receosos porque não tínha-

mos muito tempo para prepa-

rar todo o projecto, mas para

nosso espanto este foi mesmo

aprovado. Os trabalhos come-

çaram iniciámos com a recu-

peração da estufa, que se en-

contrava em péssimo estado,

foi necessário retirar as ervas

que nos chegavam à cintura,

lavrar o terreno, colocar uma

rede própria e plantar novos

canteiros. Na selecção das plan-

tas contámos com o apoio do

Borboletário do Museu de His-

tória Natural de Lisboa. Feliz-

mente, com a contribuição de

todos, pessoal docente e dis-

cente, conseguimos cultivar to-

das plantas, seleccioná-las da

melhor forma e iniciámos uma

nova etapa”.

O Borboletário já alberga al-

gumas espécies de borbole-

tas, como por exemplo, a bor-

boleta da couve, uma espécie

de cor branca e bastante vul-

gar em Portugal, a borboleta

cauda de andorinha com várias

cores e ligeiramente maior que

as outras, a borboleta malhadi-

nha com uma cor acastanhada

e bastante frequente no país e,

por último, a borboleta pirónia

e a maravilha. São estas as es-

pécies que os alunos e profes-

sores podem visitar naquele es-

paço.

No dia 4 de Julho, as obras ar-

rancam na escola, o Borboletá-

rio vai mudar de espaço dentro

do recinto escolar e vai bene-

fi ciar de um novo laboratório,

que servirá para experiências e

apoio ao equipamento. A aber-

tura ao público é um objecti-

vo que a escola gostaria de ver

concretizado, mas segundo a

professora responsável “tere-

mos de aguardar. É uma situa-

ção a ponderar para o próximo

ano lectivo e teremos de estu-

dá-la com a Câmara Municipal

de Abrantes”.

JMC

O Mercado Criativo de Abrantes é, a partir de

agora, um espaço onde os jovens podem mos-

trar a sua obra. Abrantes é uma cidade com uma

comunidade muito rica quer artisticamente, quer

ao nível de produtos regionais. Daí a necessidade

cada vez maior de um espaço onde seja possí-

vel dar a conhecer tudo isso. Foi com este objec-

tivo que o Mercado Criativo nasceu. Criado com

base na “Agenda 21 Local”, onde foi trabalhado o

empreendedorismo, vai servir como espaço que

também quer ser de lazer. As lojas que se encon-

tram no Mercado vão ser disponibilizadas aos jo-

vens, não apenas em idade, mas sobretudo em

criatividade, para assim poderem dar azo à sua

imaginação e criarem oportunidades. Vai ser ali

também o novo ponto de distribuição dos caba-

zes do PROVE. A presidente da Câmara Munici-

pal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, afi r-

ma que este projecto “é o reaproveitar de um es-

paço repensado de maneira a devolvê-lo à nossa

comunidade e a quem nos visita, com o intuito

de fomentar a nossa economia”. A presidente da

Câmara reconhece a qualidade artística dos jo-

vens, e espera que o projecto se torne cada vez

maior visto que ainda existem algumas lojas va-

zias. Aquele que era anteriormente o mercado di-

ário de Abrantes sofreu algumas obras a fi m de

criar as condições necessárias para a convivência

das pessoas.

Daniela Santos

Mercado criativo em Abrantes

Borboletas já habitam na escola Manuel Fernandes

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JUNHO201110 ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

PSD ganha no distrito e elege cinco deputados

ABRANTESPS 32,4% 6.917PSD 31,1% 6.642CDS-PP 12,0% 2.572CDU 7,9% 1.687BE 7,2% 1.528PCTP/MRPP 1,5% 327PAN 0,8% 180MEP 0,6% 128MPT 0,6% 120PTP 0,5% 96PNR 0,3% 68PPM 0,3% 68PND 0,3% 59POUS 0,3% 56ABSTENÇÃO 41,0% 14.870 VOTANTES 58,9% 21.356 NULOS 1,2% 268 BRANCOS 3% 640

CONSTÂNCIAPS 30,9% 681PSD 26,7% 587CDU 13,5% 297CDS-PP 13,4% 295BE 4,6% 102PCTP/MRPP 1,8% 40PAN 1,1% 25PNR 0,8% 17MPT 0,7% 16MEP 0,5% 12PPM 0,5% 10POUS 0,3% 7PTP 0,3% 6PND 0,1% 3ABSTENÇÃO 36,5% 1.265VOTANTES 63,5% 2.202NULOS 2,0% 45BRANCOS 2,7% 59

MAÇÃOPSD 46,9% 2.312PS 28,2% 1.391CDS-PP 9,5% 467BE 4,1% 204CDU 3,3% 164PCTP/MRPP 0,8% 41PAN 0,7% 35MPT 0,6% 30MEP 0,6% 29PPM 0,4% 19PNR 0,3% 16POUS 0,3% 13PTP 0,3% 13PND 0,2% 11ABSTENÇÃO 31,7% 2.289VOTANTES 68,3% 4.930NULOS 1,7% 87BRANCOS 2,0% 98

SARDOALPSD 45,5% 1.142PS 22,3% 560

CDS-PP 12,4% 311

CDU 4,8% 120BE 4,6% 115PCTP/MRPP 1,7% 42MPT 1,2% 29PAN 0,8% 21MEP 0,8% 20PTP 0,4% 11PPM 0,4% 10PNR 0,3% 7POUS 0,2% 6PND 0,2% 6ABSTENÇÃO 30,0% 1.075VOTANTES 70,0% 2.511NULOS 1,6% 41BRANCOS 2,8% 70

VILA NOVA DA BARQUINHAPS 29,9% 1.211PSD 29,6% 1.199CDS-PP 13,2% 536CDU 10,3% 417BE 6,6% 266PCTP/MRPP 1,6% 66MPT 1,2% 49PAN 1,0% 41PNR 0,6% 23MEP 0,5% 21PND 0,4% 15PPM 0,4% 14PTP 0,4% 14POUS 0,1% 4ABSTENÇÃO 38,5% 2.541VOTANTES 61,5% 4.051NULOS 1,3% 53BRANCOS 3,0% 122

O PSD ganhou as eleições Legislativas de 5 de Junho no País e no distrito de Santarém. Na área de infl uência do JÁ, os social-democratas ganham em Ma-ção e Sardoal. Já em Abrantes e Cons-tância ganham os socialistas com uma ligeira margem. Em Vila Nova da Barqui-nha o PS fi ca à frente do PSD mas com uma curtíssima diferença.

No distrito, com uma subida de 10,75

por cento, conseguindo 37,72% em re-

lação às legislativas de 2009, o PSD con-

seguiu eleger cinco deputados.

O grande derrotado no distrito foi o

Bloco de Esquerda, com uma queda de

6,12 por cento (de 11,91 por cento, ter-

ceira força mais votada em 2009, para

5,79 por cento) e a perda do seu depu-

tado.

Outro derrotado desta noite, o PS pas-

sou dos 33,7 por cento em 2009 para os

25,85 por cento (uma queda de 7,85 por

cento), perdendo um dos quatro depu-

tados então eleitos.

O CDS/PP ultrapassou a fasquia dos

12 por cento no distrito (12,3 por cento,

mais 1,08 por cento do que em 2009).

Sem grande variação em relação a

2009, a CDU manteve o deputado Antó-

nio Filipe (eleito com 9,02 por cento dos

votos contra 9,26 por cento nas últimas

legislativas).

Contas feitas, o PSD elegeu cinco de-

putados – Miguel Relvas, Vasco Cunha,

Carina Oliveira, Duarte Marques (natural

de Mação) e Nuno Serra; o PS conquis-

tou três mandatos – António Serrano,

Idália Serrão e João Galamba; o CDS/PP

elegeu Filipe Lobo d’Ávila; e a CDU, An-

tónio Filipe.BE – 7,15

Votantes – 58,95

201189.52637,72%5 Deputados

Miguel Relvas50 anos

SecretárioGeral do PSDEmpresário

Vasco Cunha46 anos

Deputado

Carina Oliveira34 anos

Deputada

Duarte Marques30 anos

Presidente da JSD nacional

Nuno Serra

38 anosPresidente da Concelhia do

PSD Santarém

201161.34325,85%3 Deputados

201129.19612,30%1 Deputados

201121.4169,02%1 Deputados

AntónioSerrano46 anosProfessor

Catedrático

Idália Serrão47 anos

Empresária

João Ga-lamba35 anos

Deputado

Filipe Lobo d’Ávila36 anos

Deputado

António Filipe

48 anosDeputado

Page 11: Jornal de Abrantes

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JUNHO2011 CONSTÂNCIA 11

A ponte de Constância,

sobre o rio Tejo, reabriu ao

trânsito no início de abril,

depois de ter recebido uma

primeira intervenção na es-

trutura do tabuleiro, que

continuará nos próximos

dez meses. Agora, fi cou a

saber-se que esta mesma

ponte vai ter uma nova in-

tervenção, a partir de agos-

to, mas para manutenção e

reforço dos pilares que su-

portam a estrutura.

Máximo Ferreira, presi-

dente da Câmara Municipal

de Constância, revelou que

esta empreitada foi lançada

depois de uma inspecção

da REFER ter detectado esta

necessidade. Inicialmente,

a REFER apontou o início da

intervenção para maio, mas

«surge agora a notícia de

que se iniciará em agosto».

As obras de manutenção

não vão interferir na nor-

mal circulação sobre a pon-

te. Contudo o presidente da

Câmara afi rma que, se mais

tarde for necessário estipu-

lar um horário de encerra-

mento, este será das 21h00

às 7h00.

Quanto à intervenção no

tabuleiro, que começou no

início de 2011, está a de-

correr no tempo previsto,

«até porque uma das inter-

venções terminou a seis de

abril, altura em que a pon-

te reabriu ao trânsito». Está

agora numa fase de deca-

pagem, pintura e isolamen-

to da oxidação. Segundo

Máximo Ferreira, esta situ-

ação apenas é possível de-

vido «a um entendimento

entre a Câmara Municipal

de Constância e o emprei-

teiro». Apesar de todos os

cuidados de segurança e

exigências de limite de ve-

locidade sobre a ponte, os

trabalhos decorrem nor-

malmente. A nova inter-

venção nos pilares da pon-

te sobre o rio Tejo vai custar

2,1 milhões de euros.

Cátia Romualdo

Ponte recebe nova intervenção

Foi em Constância, no dia das Comunidades Portuguesas, de Camões e de Portugal, que se celebrou o casamen-to de Anabela Ferreira e João Paulo Morais. Um momento que foi vivido à época renas-centista e onde todos se ves-tiram a rigor.

Os noivos referiram que há

muitas formas de casar e esta

foi a mais original e diferen-

te que encontraram. “A ideia

teve início nas noivas de San-

to António, mas como o am-

biente das Pomonas Camo-

nianas era mais interessan-

te, do nosso ponto de vista,

decidimos associar o nosso

momento ao dia de Camões

e à época renascentista. Vi-

vemos na região e gostamos

muito desta vila que tem mís-

tica, história e um forte valor

cultural. Depois, os nossos

amigos aderiram muito bem

à ideia. Todos se vestiram a ri-

gor e vivenciaram connosco

este dia. Sem adesão deles

tudo perdia a piada”. A noi-

va chegou de barco pelo rio

Zêzere, e foi na margem des-

te que aconteceu, logo de se-

guida, um momento de con-

vívio entre os convidados do

casamento, que aqui prova-

ram pratos típicos e foram

servidos por uma equipa que

trajou com os fatos de cria-

dos. Ainda pela manhã, os

noivos partiram de carrua-

gem para a igreja matriz de

Constância e foi lá que se ce-

lebrou o casamento. Da par-

te da tarde, houve um cortejo

pela vila, danças, comida da

época e muita animação.

Os convidados aceitaram

muito bem a ideia e classifi -

caram-na de original, diferen-

te e única. Uma das convida-

das, que se vestiu de aia, Fá-

tima Morte, chegou mesmo

a afi rmar ao JA que “um dia

gostava de casar assim…”.

Constância pode começar

a rivalizar com a tradição dos

casamentos de Santo Antó-

nio, em Lisboa, após a realiza-

ção deste casamento real, in-

cluído nas ‘Pomonas Camo-

nianas’.

JMC

Uma forma diferente de casar

Page 12: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO201112 ACTUALIDADE

Francisca Laia, jovem cano-ísta abrantina, conquistou o primeiro lugar do pódio na II Taça de Portugal de Canoagem na categoria de 500 e 200 metros femininos. Ao vencer nas duas elimina-tórias das provas, Francis-ca conquistou a medalha de Ouro sem ter de realizar as semifi nais.

Com apenas 14 anos, a jo-

vem canoísta foi chamada à

Selecção Nacional de Cade-

tes (15/16 anos), tornando-se

assim a primeira praticante

desta modalidade no distrito

de Santarém a consegui-lo.

“Para mim, ser chamada à Se-

lecção Nacional foi uma ex-

periência nova! Não conhe-

cia e assim subi mais um ní-

vel na canoagem”.

No seu vasto currículo cano-

ístico, a jovem atleta já conta

com muitas vitórias, quer a

nível regional, quer nacional.

Ao tornar-se campeã nacio-

nal de canoagem, Francisca

Laia sentiu-se muito alegre e

revela ainda que “era o meu

grande objectivo para esta

época e, sendo a última vez

que podia fazer uma das pro-

vas, realizei o meu sonho”.

Francisca Laia começou a

praticar este desporto no

Clube Desportivo “Os Pa-

tos”, no Rossio ao Sul do Tejo,

Abrantes, com apenas seis

anos, por infl uência do seu

pai, João Laia, também ele

atleta da modalidade. “Co-

mecei a praticar, gostei e fi -

quei até hoje”, disse a atleta

ao JA. Neste momento a atle-

ta encontra-se em Monte-

mor-o-Velho em estágio para

o Campeonato da Europa de

Júniores e Sub23.

No que toca a previsões

para o futuro Francisca en-

contra-se ainda reticente,

“tudo vai depender desta

época”. No entanto Francisca

Laia conta que seja uma épo-

ca boa e promissora. Para o

ano a atleta ainda se encon-

trará no escalão de Júniores

de último ano.

Francisca Laia é sem dúvi-

da mais uma atleta abranti-

na que, com apenas 17 anos,

traz muitas alegrias à cidade

fl orida e da qual todos se or-

gulham.

O PROVE, começou já a ser

distribuído no espaço do

Mercado Criativo, continua

a obter um êxito bem acima

do esperado. No presente,

abastece já uma centena

de consumidores inscritos,

o que implicou um esforço

dos produtores para garan-

tir uma capacidade de res-

posta acrescida. Em lista de

espera encontram-se ainda,

ou já!, mais oito dezenas de

candidatos, à espera de de-

sistências ou de um novo

reforço da capacidade de

produção. O PROVE já era

em Abrantes um caso de

sucesso face aos outros lu-

gares onde o sistema está

instalado. Mas, pelos vistos,

não pára de crescer.

Tiago Aperta bate o recorde nacional absoluto de lança-mento do dardo, com a mar-ca de 73,82 metros.

Apesar de ser ainda júnior,

o atleta conseguiu o feito de,

no meeting de Leiria, ter ul-

trapassado a marca dos 73

metros, feito nunca antes al-

cançado em Portugal.

15 dias depois, em Alcane-

na, voltou a bater o seu pró-

prio recorde, fi xando a nova

marca em 73,82 metros. O

grande objectivo do jovem

passa, agora, por conseguir

os mínimos para estar pre-

sente nos Jogos Olímpicos

de Londres, no próximo ano.

Até lá, Tiago Aperta, vai ten-

tar ultrapassar os 79 metros,

marca que lhe dará bilhete

para Londres 2012.

O atleta abrantino, que des-

de pequeno pratica natação

e futebol, afi rma ter sido uma

«sensação boa bater o recor-

de», porque é uma motiva-

ção para trabalhar e conse-

guir melhores resultados.

Conheceu o mundo do

atletismo, quando ainda an-

dava na escola primária,

numa visita de estudo, ao es-

tádio municipal de Abrantes,

onde conheceu o professor

Manuel Gonçalves. Começou

por praticar as diversas disci-

plinas dentro do atletismo, o

que considera «ter sido im-

portante» para a sua «evo-

lução como atleta». O lan-

çamento do dardo acabou

por ser a sua opção, pois era

onde mais se destacava e de-

vido a «lesões sofridas» deci-

diu então especializar-se nes-

sa área. Quando começou a

destacar-se a nível nacional

nos juvenis, surgiu o convite

para ingressar na equipa de

atletismo do Sport Lisboa e

Benfi ca. Contudo, devido aos

regulamentos, só pode trans-

ferir-se para o Benfi ca no seu

primeiro ano de júnior.

Apesar de ter começado no

futebol, Tiago Aperta, sente

alguma tristeza pela forma

como o desporto é encarado

em Portugal, pois «o futebol

é o desporto rei e o resto é se-

cundário». Acredita que isto

esteja relacionado com a cul-

tura do país, mas sente pena

«por as pessoas não perce-

berem que o atletismo traz

grandes alegrias ao país».

Tiago Aperta «espera entrar

para o ano na faculdade»,

pois considera importan-

te ter um curso, porque não

sabe quanto mais tempo irá

lançar o dardo. Continuará a

fazê-lo até «sentir» que está a

«contribuir para a modalida-

de». Um atleta medalhado,

que muitas alegrias traz ao

país e à cidade que o viu nas-

cer, tem um futuro de suces-

sos à frente.

Tiago Aperta, recordista no lançamento do dardo

Francisca Laia conquista ouro na canoagem

Posto de turismo reabre a 1 de Julho

MAÇÃO

O Posto de Turismo de Ma-

ção vai ser inaugurado na

sexta-feira, 1, de Julho, pelas

18 horas no âmbito das Fei-

ra Mostra do concelho. “Pre-

tendemos que seja um espa-

ço vivo, interactivo e dinâmi-

co. As pessoas vão lá buscar

o mapa ou a informação

mas também podem pro-

var um pouco do nosso pre-

sunto ou mel”, explicou José

Saldanha Rocha, presiden-

te da Câmara Municipal de

Mação. Outra das novidades

passa pelos serviços que es-

tão disponíveis aos muníci-

pes que ali podem esclarecer

as dúvidas sobre os serviços

da câmara, eventos, cam-

panhas, entre outros. O ser-

viço vai ser assegurado por

funcionários da autarquia

e alunos do ensino supe-

rior que recebem bolsas de

estudo por parte da autar-

quia. Este trabalho será feito

em regime de voluntariado.

Médicos colombianos no ACES Zêzere

SAÚDE

São cinco medidos colom-

bianos que vão entrar ao

serviço no Agrupamento de

Centros de Saúde do Zêzere.

Os cinco clínicos foram con-

tratados por um período de

três anos e serão colocados

em Abrantes (4) e Sardoal

(1). Os médicos chegaram

no dia 16 de Junho, inicia-

ram um período de forma-

ção no sistema informático

utilizado em Portugal. Ao

que o JA conseguiu saber os

clínicos estão alojados, pro-

visoriamente, na Pousada

da Juventude de Abrantes a

sua entrada no ACES permi-

tirá a dez mil utentes volta-

rem a ter médico de família.

Fernando Siborro, director

do ACES Zêzere revelou no

entanto que os problemas

não terminaram já que mais

dois médicos entraram com

pedidos de reforma.

Aldeia do Mato e Carvoeiro galardoadas

BANDEIRA AZUL

Mais uma vez, pelo ter-

ceiro ano consecutivo, as

praias fl uviais de Aldeia do

Mato e Carvoeiro recebe-

ram a tão ambicionada Ban-

deira Azul. Este galardão

vem garantir não só a qua-

lidade da água, mas tam-

bém um conjunto de carac-

terísticas que nos garantem

uma qualidade que não se

encontra em todos os lu-

gares. Para a atribuição da

Bandeira Azul são tidos em

conta 32 factores, o que sig-

nifi ca um largo espectro de

análise aos candidatos. Este

ano a Bandeira Azul foi atri-

buída apenas a 271 praias

portuguesas. Na nossa

zona, apenas as de Aldeia

do Mato e Carvoeiro conse-

guiram a tão ambicionada

distinção.

PROVE soma e segue

Page 13: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO2011 ACTUALIDADE 13

Depois de Leiria, a empresa

Destinos Práticos abriu por-

tas no dia 18 de junho em

Alferrarede. Trata-se de uma

empresa que trabalha na área

da formação de condutores e

em testes psico-técnicos para

estes profi ssionais.

O edifício está dotado de

duas salas de formação e

um gabinete para os psico-

técnicos. A Destinos Práti-

cos arrancou logo com uma

acção de formação pedagó-

gica inicial de formadores.

Hélder Marques, Paula Carva-

lho e Sílvio Gaspar são geren-

tes da Destinos Práticos.

Consideram-se empreen-

dedores, instalaram-se em

Abrantes porque o mercado

assim o ditou e, para já, pre-

tendem sedimentar esta em-

presa.

Tudo começou no ano de 2005. Na altura Rui André era o presidente de Junta de Freguesia e lembrou-se em estabelecer um encontro entre as gentes das várias localidades de Portugal cha-madas Rio de Moinhos.

Há sete anos atrás nem se

“pensava nas dimensões e

nos recursos humanos e fi -

nanceiros que eram neces-

sários para se concretizar a

iniciativa, mas valeu a pena”,

disse ao JA João Paulo Ro-

sado, actual presidente de

Junta. O primeiro encontro

aconteceu na freguesia de

Rio de Moinhos, Abrantes, e

foi quando o projecto teve

realmente pernas para arran-

car. Desde do primeiro que

as amizades, as trocas cultu-

rais e o convívio que se esta-

beleceu foram motivos mais

do que sufi cientes para dar

continuidade à iniciativa.

São seis as freguesias com o

nome de Rio de Moinhos que

estão envolvidas no projecto,

Rio de Moinhos de Abrantes,

de Sátão, de Aljustrel, de Ar-

cos de Valdevez, de Borba e

de Penafi el. Todos os anos,

pela altura do início do verão

há um encontro entre todos,

numa das localidades. O ob-

jectivo primordial é estabele-

cer um intercambio cultural e

gastronómico e rever aqueles

que de ano para ano já se tor-

naram amigos. Nesta iniciati-

va é sempre promovida uma

feira mostra, onde todos ex-

põem o que de melhor têm

os Rio de Moinhos de Portu-

gal. No ano passado, colo-

cou-se a dúvida de continu-

ar com o projecto. “Quando

chegámos ao fi nal do primei-

ro ciclo, ou seja quando já ti-

nha sido feito o encontro em

todas as localidades, fi zemos

uma reunião com os envolvi-

dos e ponderámos terminar

com o intercâmbio, devido à

actual situação fi nanceira do

país. Mas decidimos continu-

ar com o projecto, embora

repensado”, explicou o pre-

sidente. “Com isto não quero

dizer que este ano não temos

um programa tão rico, mas

será menos complexo”.

O evento de 2011 aconte-

ce durante dois dias, 2 e 3 de

julho, e é presenteado com

o lançamento do livro “En-

contros Nacionais dos Rio de

Moinhos”. “Esta é uma obra

que reúne e faz um resu-

mo do que foram estes sete

anos, com diversas fotogra-

fi as e mensagens deixadas

pelos intervenientes. Refi ro-

me aos presidentes de Junta,

grupos de folclore, bandas fi -

larmónicas, grupos corais, de

dança, associações etc.” refe-

riu João Paulo Rosado.

Nesta sétima edição, a ini-

ciativa realiza-se na Quinta

Fernando Ferreira, em Rio de

Moinhos, Abrantes e espe-

ram-se dois dias com várias

actuações e muita animação.

Grupos de bombos, de dan-

ça, de rock, de contorcionis-

tas, música popular tradicio-

nal, actuação da Banda Filar-

mónica de Rio de Moinhos,

Abrantes, e folclore vão estar

em palco. “Este é um encon-

tro que muitos momentos

de alegria tem promovido e

vai continuar a promover…

Quem sabe, no futuro, pos-

samos internacionaliza-lo e

fazê-lo com todos os Rio de

Moinhos do mundo. É um

desejo do meu amigo Rui”, fi -

nalizou o presidente.

Joana Margarida Carvalho

• Sílvio Gaspar, Paula Carvalho e Hélder Marques.

Destinos Práticos abre portas em Alferrarede

FORMAÇÃO

Um encontro de riomonhenses

Page 14: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO2011

JOANA MARGARIDA CARVALHO

Os vinhos e azeites do concelho de Abrantes e Sardoal foram premia-dos nos concursos nacionais e in-ternacionais mais conceituados e exigentes das respectivas especiali-dades. Os vinhos Casal da Coelheira e Vale do Armo e os azeites SAOV e Casa da Anadia foram os produ-tos regionais que arrecadaram um conjunto de medalhas. Esta é mais uma prova de que o que é nacional é bom! E o que se faz no Ribatejo faz-se bem!

SAOV com duas medalhas de ouro

Os azeites da Sociedade Agríco-

la Ouro Vegetal foram novamente

premiados. Desta vez, a SAOV fez-

se representar nos concursos com

o azeite Cabeço das Nogueiras Pre-

mium e Quinta do Pouchão Dop.

Ambos bem diferentes, segundo

Ana Francisco, sócia da empresa,

“o Cabeço das Nogueiras bastante

equilibrado entre o doce, o amargo

e o picante, com cinco variedades

de azeitona e perfeito para o tem-

pero de um bom bacalhau, uma sa-

lada e bastante apreciado pelos es-

pecialistas da área.” Um azeite que

arrecadou quatro medalhas.

Em Espanha, no concurso Expoli-

va foi premiado com a medalha de

ouro e no concurso Mário Solinas,

também em Espanha, onde nova-

mente ganhou a medalha de ouro”.

Dois concursos que, segundo Ana

Francisco, são dos melhores, dos

mais conceituados e dos mais exi-

gentes a nível mundial. Outra me-

dalha foi conquistada na OviBeja,

uma feira de agricultura que se re-

aliza na cidade de Beja, onde este

azeite foi premiado com a meda-

lha de prata. Para fi nalizar, foi na Fei-

ra da Agricultura em Santarém, que

aconteceu neste mês de junho, que

o Cabeço das Nogueiras foi nova-

mente prendado, então com a me-

dalha de bronze.

O Quinta do Pouchão Dop, outra

gama de azeite da SAOV, com duas

variedades de azeitona, mais doce e

suave, ganhou a medalha de ouro

na Feira da Agricultura de Santa-

rém. Em Jerusalém, a empresa rece-

beu ainda menções honrosas.

Foram prémios e reconhecimen-

tos de um árduo trabalho que têm

uma elevada importância para a

SAOV. “É sempre bom recebermos

estes prémios porque nos dá mais

força para continuar, uma vez que

estamos a passar por momentos

difíceis na nossa economia. Este re-

conhecimento dá-nos alento e gar-

ra para seguir em frente. É nosso in-

tuito continuar apostar neste tipo

de concursos, pois é uma forma de

reconhecimento do azeite de quali-

dade que produzimos.”A SAOV ca-

racteriza-se por equipa jovem, com

dez trabalhadores, que tem como

objectivo primordial apostar na ex-

portação e entrar no mercado das

lojas gourmet. Holanda, Suíça e

Polónia são alguns dos países onde

já se encontra azeites da SAOV. Em

Portugal a empresa trabalha com o

grupo Sonae e com o Intermaché

de Alferrarede. Também faz venda

ao público no seu lagar e em lojas

goumert da região.

Casa da Anadia arrecada três medalhas

Os azeites da Casa da Anadia

DOP trouxeram para a cidade de

Abrantes três medalhas. Duas de

ouro que conquistaram na Feira da

Agricultura de Santarém, uma de

prata que receberam num concurso

de azeites no Canadá e por último,

ainda obtiveram uma menção hon-

rosa na China. Os azeites responsá-

veis pelos prémios foram o DOP Ga-

lega Cobrançosa e o Blend Extra Vir-

gem, ambos com o selo da Casa da

Anadia.

São muitos anos de trabalho e de-

dicação ao cultivo da azeitona, con-

forme explicou ao JA Ilídio Maga-

lhães, consultor da quinta. A pro-

dução de azeitona é da quinta da

Anadia, mas a moagem e produção

do azeite opera-se na SAOV, Socie-

dade Agrícola Ouro Vegetal, que

deste modo produz um bom con-

junto dos melhores azeites do mun-

do.

Na próxima edição esperamos

olhar mais atentamente para a Casa

Anadia, de Alferrarede.

Vinhos do Tramagal em ano de glória

Os vinhos do Casal da Coelheira,

no Tramagal, estão a passar por um

ano cheio de prémios. Em destaque

está o prémio Enólogo do Ano, atri-

buído a Nuno Falcão (que entrevis-

tamos na pag. 3). Como o mesmo

diz, é um prémio de carreira, tanto

mais prestigioso quanto os candi-

datos “naturais” a um prémio destes

são os enólogos que trabalham em

várias regiões e com várias casas e,

por isso, apresentam um portfolio

de vinhos que acabam por dar nas

vistas.

Nuno Falcão trabalha apenas na

sua Casa Agrícola, pelo que se apre-

senta apenas com os seus vinhos.

O prémio alcançado tem, portan-

to, um sabor especial para ele e dão

um esplendor especial aos vinhos

da casa. Para que conste, fi cam re-

gistados os vários prémios até ao

momento conquistados pelos vi-

nhos do Casal da Coelheira.

Prémios ano 2011Casal da Colheira BrancoMedalha de prata: Vinalies Interna-

tionales - Paris

Casal da Colheira Reserva BrancoMedalha de prata: Concurso de Vi-

nhos Engarrafados do Tejo;

Casal da Colheira RoséMedalha de Ouro: Vinalies Interna-

tionales - Paris

Terraços do Tejo TintoCommended – International Wine

Challenge - Londres

Casal da Colheira TintoMedalha de Prata: Concurso Nacio-

nal de Vinhos

Casal da Colheira Reserva TintoMedalha de Bronze: Internacional

Wine Challenge – Londres

Medalha de Prata: Concurso Vinhos

Engarrafados do Tejo e Concours

Mondial Bruxelles;

Medalha de ouro: Concurso Nacio-

nal de Vinhos

MythosMedalha de ouro: Concurso de Vi-

nhos Engarrafados do Tejo

Medalha de prata: Concours Mon-

dial de Bruxelas e Internacional

Wine Challenge;

Medalha de ouro: Concurso Nacio-

nal de Vinhos

14 ECONOMIA

VINHOS E AZEITES

Produtos regionais premiados

Page 15: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO2011 ECONOMIA 15

Os vinhos da Quinta Vale do

Armo, sediada no concelho

de Sardoal, foram distingui-

dos no segundo concurso Vi-

nhos do Tejo que se realizou

no Cartaxo, este último mês

de maio.

A medalha de ouro foi entre-

gue ao vinho Vila Jardim tinto

2009 e ao Vila Jardim branco

2010, a gama intermédia da

Quinta Vale do Armo. Tiago

Alves, responsável pela quin-

ta, disse ao JA que este era

um reconhecimento do tra-

balho bem feito que é realiza-

do desde o ano de 2008. “Foi

muito bom receber estas me-

dalhas. Eu penso que deve

haver alguma consistência

nos prémios, ou seja, não é

sermos premiados num ano

com um prémio e depois

passam três e não consegui-

mos alcançar nenhum. Isso

não é muito normal. É sem-

pre bom haver alguma con-

tinuidade. Não é importante

termos muitos prémios mas

sim, alguns todos os anos.

É sinal que estamos a fazer

um bom trabalho no dia-a-

dia e estamos no caminho

certo”. Com uma aposta cla-

ra na produção de mais vi-

nhos, a Quinta Vale do Armo

vai lançar este mês de junho,

um novo vinho denominado

“Valle Zangão”. “O Valle Zan-

gão é mais uma novidade da

quinta Vale do Armo, está en-

quadrado no inicio de gama

e pode ser uma alternativa

ao nosso vinho AlTejo. Va-

mos ter Valle Zangão tinto e

branco. O branco com 100%

fernão pires, uma casta bem

tradicional do Ribatejo, o tin-

to com três castas, aragonês,

trincadeira e a cabernet”.

A Quinta Vale do Armo re-

úne cerca de 27 hectares de

uva e tem uma produção

anual de 140 mil litros de vi-

nho. Com uma aposta clara

na exportação, os vinhos Vale

do Armo já se encontram em

países como Alemanha, Di-

namarca, Inglaterra, Brasil,

Hong Kong e recentemente

em Angola. Na região, Tiago

Alves referiu que “o clien-

te pode comprar na loja da

quinta, no recente Mercado

Criativo de Abrantes e no In-

termaché”.

São alguns os vinhos que

pode optar com selo Vale do

Armo: AlTejo, branco e tin-

to, Vila Jardim, branco, tinto

e rosé, Vale do Armo reserva

e Vale do Armo espumante,

Casal das Mansas, para rres-

tauração, e agora a mais re-

cente novidade Valle Zangão,

tinto e branco.

Inov´Linea cria azeite com sabor a alhoUm azeite com sabor e aroma a alho foi desenvolvido no Inov’Linea, no Tecnopolo do Vale do Tejo, e já co-meçou a ser comercializado pela Di-terra, empresa de Comércio Agro-Industrial.

O novo azeite com sabor a alho,

vem juntar-se ao azeite virgem extra

que já faz parte da linha Fadista, des-

ta empresa sedeada em Portalegre.

Este azeite foi concebido em

Abrantes a pedido do cliente, que

procurou o Inov’Linea para o criar. O

processo, segundo Joana Grácio, da

Inov’Linea, durou cerca de três meses,

de acordo com o interesse do cliente.

O produto foi alvo de um prolon-

gado estudo de forma a garan-

tir o típico sabor e aroma do alho,

no azeite, sem que este último fos-

se descaracterizado e mantives-

se todas as suas propriedades

Joana Grácio confi rma que este é o

primeiro trabalho com visibilidade

para esta estrutura já que outros são

mais técnicos. Ainda numa fase ini-

cial, o Centro procura nas feiras liga-

das ao sector potenciais clientes. A

presença na Feira Nacional de Agri-

cultura, em Santarém, representou,

segundo aquela responsável, criar

uma “boa carteira de contactos”.

Com apenas três funcionários, o

Inov’Linea tem como objectivo ser

uma plataforma que disponibiliza

às empresas conhecimentos e con-

tactos científi cos para o desenvolvi-

mento, melhoria ou criação de pro-

dutos, com ligações a universidades.

Em jeito de conclusão, Joana Grá-

cio revelou que o Inov’Linea prepa-

ra, para breve, a criação de um pai-

nel de provadores e preferências. A

ideia é criar um grupo de pessoas

que possam testar produtos que as

empresas entendam, antes de se-

rem colocados no mercado, para

aferir a sua aceitação, já que as ques-

tões técnicas são garantidas pelo

Centro de Transferência Alimentar.

Diz a empresa produtora que o azei-

te Fadista com Alho é ideal para tem-

perar massas, peixes e saladas, para

confecionar molhos (ex. tomate e vi-

nagretes) ou até para os tradicionais

gaspachos. Estará disponível a partir

de Julho, no mercado nacional, em

lojas gourmet, mercearias e charcu-

tarias fi nas com o PVP recomendado

de 3,50€ em embalagem de PET.

Vinho Vila Jardim foi medalha de ouro

Page 16: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO201116 REGIÃO

A Associação de Jovens de Sardoal (AJS) completa em Outubro deste ano dois anos de vida e comemora a data com uma mão cheia de actividades. Umas já realiza-das e outras a serem preparadas até ao fi -nal do ano. Será em Novembro que a Estí-mulo, como é designada a associação, vai a eleições e a nova direcção entrará em funções em Janeiro do próximo ano.

Andreia Costa, secretária desta Associa-

ção sedeada no Sardoal, refere ao JA que o

balanço destes dois anos é bastante positi-

vo e que “actualmente a Estímulo tem cer-

ca de 90 sócios, o que nos deixa muito satis-

feitos”. Das actividades projectadas para os

próximos meses consta o Festival Estímulo

que terá lugar nos dias 19 e 20 de Agosto,

onde 40% dos lucros revertem a favor dos

Bombeiros de Sardoal. Pelo segundo ano

consecutivo, o festival vai levar ao Parque

de Merendas bandas regionais e nacionais

e as entradas são gratuitas. A AJS vai tam-

bém marcar presença nas Festas do Conce-

lho de Sardoal, que este ano decorrem de

22 a 25 de Setembro, com actividades pró-

prias e uma tasquinha nos mesmos moldes

dos últimos anos. Os dois anos de existên-

cia não vão ser deixados em branco e no

início de Outubro está planeado um acam-

pamento no Penedo Furado (Vila de Rei)

com música e várias actividades para sócios

e não sócios. Em Abril passado, a Estímulo

deu início a uma nova aventura. Reabriu

o Bar Puro, no centro da vila, fazendo dele

um novo espaço. Andreia Costa conta ao JA

que “pegar no bar foi um risco calculado” e

que, passados três meses desde a reabertu-

ra, “está a correr bem, já conseguimos tirar

dinheiro do bar para a associação, que era o

objectivo pretendido”. O bar, aberto todos

os dias, conta com o trabalho voluntário de

20 sócios por mês. A AJS recebe o apoio fi -

nanceiro do Instituto Português da Juven-

tude e de algumas entidades privadas. Se-

gundo a secretária da Estímulo, o “municí-

pio tem apoiado a Associação com tudo o

que é necessário. Sabemos que não é pos-

sível apoiar com dinheiro e por isso pedi-

mos ajuda a nível logístico e este tem sido

sempre cedido”. A pensar na construção de

um sítio próprio na Internet, a associação

tem divulgado as suas actividades na pági-

na do Facebook. As inscrições a novos só-

cios estão abertas todo o ano.

André Lopes

Associação de jovens de Sardoal prepara actividades para o futuro

Page 17: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO2011 REGIÃO 17

O concelho de Gavião organiza, mais

uma vez, a Mostra de Artesanato, Gastro-

nomia e Actividades Económicas, nos dias

15, 16 e 17 de Julho, no jardim do Cruzeiro.

O certame que pretende dar a oportunidade

à população de conhecer “o que de melhor

se faz em Portugal”, contará com 52 artesãos.

A abertura da Mostra será pela hora do jan-

tar com a actuação da Banda Juvenil do

Município de Gavião, seguida do Grupo

de Cantares “Terras de Guidintesta” e Gru-

po de Música Tradicional da Região. No dia

16, os visitantes serão presenteados com o

concerto da banda portuguesa “Expensive

Soul”. O último dia do certame será abrilhan-

tado, pelas 22h, por “José Cid e Big Band”.

Com apenas três dias de festa e este ano

sem Feira Medieval, devido à crise que

o país atravessa, mas sempre manten-

do a qualidade do certame, o vereador

Germano Profírio declara «que será as-

sim para reduzir os custos para metade».

O vereador do concelho acredita que este

ano a Mostra terá o mesmo êxito que nos

anos anteriores e espera que «tal como no

ano anterior, as vendas sejam boas».

O concelho de Mação organiza a 18ª Feira Mostra, que se realizará nos dias 1,2 e 3 de ju-lho. Esta feira tem como objectivo a promo-ção do concelho a nível regional e nacional, em termos culturais, económicos e sociais.

Este ano estarão 55 stands de exposição e

nove espaços de restauração. Num dos stan-

ds será promovida a “Marca Mação”, que já se

encontra materializada nos presuntos, que in-

tegram já os circuitos do mercado nacional.

Apesar de uma redução de 40% nos custos, o

certame conta com variadas actividades mu-

sicais, culturais e desportivas. Na música, os

visitantes poderão assistir ao concerto dos

“Clã”, Filipe Pinto e o grupo de música popu-

lar “Adiafa”, e no fi nal dos concertos haverá

a animação por um DJ. A par do cartaz mu-

sical, a Câmara Municipal promove, em par-

ceria com as associações do concelho, várias

actividades desportivas, tais como, o torneio

de futsal, concurso de pesca, jogos tradicio-

nais, passeio de BTT e pedestre, e canoagem.

Na cultura, os visitantes poderão visitar a 13ª

edição da feira do livro, onde pais e fi lhos po-

dem participar em algumas actividades.

Será realizada uma sessão sobre empre-

endedorismo, seguida de uma cerimó-

nia pública de homenagem às empre-

sas do concelho distinguidas pelo IAPMEI.

Realiza-se também o desfi le de marchas Po-

pulares no recinto do certame, com a parti-

cipação de várias associações do concelho.

Quem pretender deslocar-se à feira poderá

contar com um comboio turístico, que duran-

te o horário da feira, que fará o percurso dentro

da vila até ao recinto.

GAVIÃO

XX Mostra de Artesanato

18ª Feira Mostra do concelhoMAÇÃO

ADMINISTRATIVO PARA ÁREA FINANCEIRA

(M/F)

Para desempenhar funções administrativas na área fi nanceira da empresa

Função:- Controlo de operações com bancos, clientes e / ou fornecedores

Os candidatos deverão possuir formação / experiência em contabilidade, gestão e afi ns, e o seguinte perfi l:

- Competência para a gestão de contas de contas de fornecedores e clientes;

- Registo e manutenção de contas bancárias;- Capacidade para preparar relatórios de acção;- Conhecimentos de informática na óptica do utilizador;

Outros requisitos:- Motivação- Dinamismo e proactividade- Vontade de trabalhar e crescer- Residência na zona- Disponibilidade e imediata

Os interessados deverão enviar C.V. actualizados para [email protected] com a refª Adm.Fin.

Page 18: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO2011

O Barquinha Parque recebe de

2 a 10 de julho a Feira do Livro.

Entre as 15 e as 19 horas mui-

tas vão ser as iniciativas progra-

mas, como uma mostra de arte-

sanato, Hora do Conto e ateliês

de expressão plástica. Durante

dois dias (3 e 9 de julho), o au-

tor Emílio Miranda dará sessões

de autógrafos, pelas 17 horas. O

abrantino José Manuel Heleno

estará presente nesta feira, dia

3 de julho, enquanto o escritor

torrejano Hugo Santos marca-

rá presença no dia 9 do mesmo

mês. Estes encontros com escri-

tores estão agendados para as

16 horas. Esta Feira do Livro é or-

ganizada pela Câmara Munici-

pal da Barquinha.

18 CULTURA

Abrantes

Exposição permanente – Antevisão III do Museu Ibérico de

Arqueologia e Arte – Castelo de Abrantes – Visitas guiadas a

1, 8 e 15 de julho, às 21h30

1 a 29 de julho – Exposição de Paulo Canilhas - Pintura, dese-

nho, instalação e digital – Galeria de Arte

1 de julho – Animação de Verão – Concerto com “ALF” – Praça

Barão da Batalha, às 22h00

4 a 29 de julho – Exposição “À descoberta de Abrantes”, traba-

lhos dos alunos dos Jardins de Infância e 1º Ciclo de Abrantes

– Edifício Pirâmide, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00

6 de julho a 12 de agosto – Exposição de banda desenhada

de Alain Corbel – Biblioteca António Botto

7 de julho – Que é isso de Cultura? Por José Alves Jana - Apre-

sentação do nº 17 da revista de história local “Zahara” – Biblio-

teca António Botto, às 21h30

8 de julho – Animação de Verão – Concerto com “The Never-

minds Bastards” – Praça Raimundo Soares, às 22h00

15 de julho – Animação de Verão – Concerto com “Apple Pie”

– Praça Barão da Batalha, às 22h00

22 de julho – Animação de Verão – Concerto com “The Scart”

– Praça Raimundo Soares, às 22h00

Cinema Espalhafi tas – Cine-teatro São Pedro, às 21h30:

6 de julho – “Banksy –Pinta a Parede” e “Lixo Extraordinário”

11 de julho - “Inside Job”

20 de julho – “Potiche”

25 de julho – “Diário”, “Territórios”, “A history of Mutual Res-

pect” e “Olimpia I e II”

Barquinha 2 a 10 de julho – Feira do livro – Mostra de artesanato, ses-

sões de autógrafos, encontro com autores – Barquinha Par-

que

2 de julho – Sábados às cinco com…Fernando Freire – Pa-

lestra sobre património – Centro Cultural da Barquinha, às

17h00

Constância Até 3 de julho – Exposição “Vitrais – Tiff any”, de Maurício Be-

xiga – Posto de Turismo

Mação 1 a 3 de julho – 18ª Feira Mostra de Mação – Feira de expo-

sições, restauração, Feira do Livro, parque infantil, exposições

e animação com Clã, Filipe Pinto e Adiafa – Largo Infante D.

Henrique

Sardoal Até 23 de julho – Exposição - II Salão de Artes Plásticas da

Casa do Concelho de Sardoal – Centro Cultural Gil Vicente

9 de julho – Teatro “Dois Irmãos”, pela companhia Palha de

Abrantes – Centro Cultural Gil Vicente, às 21h30

Cinema - Centro Cultural Gil Vicente, às 16h00 e 21h30

3 de julho – Winx – “A Aventura”

16 de julho – “Água para Elefantes”

AGENDA DO MÊS

Galena lança concurso literário ...

Pintura, desenho e instalação de Galeria de Arte de Abrantes

A Galena, associação cultural do

concelho de Abrantes está a promo-

ver um concurso de contos, ou nar-

rativas curtas. A iniciativa tem a par-

ceria da editora Tecto de Nuvens,

que editará os contos seleccionados,

e esse é o prémio a que se habilitam

os concorrentes. O prazo de entrega

dos originais decorre até 1 de Agos-

to e as obras a concurso devem ter

um máximo de 15.000 caracteres (in-

cluindo espaços).

As obras a concurso podem incluir

ilustrações e potenciais ilustradores

podem candidatar-se a ilustrar as

obras a concurso.

O objectivo é dar oportunidade

aos criadores desta região.

... e cria ofi cina de escrita

A Galena vai abrir um atelier de es-

crita literária, com vista a ajudar a

desenvolver as potencialidades de

escrita de eventuais interessados em

concorrer ao concurso de narrativas

curtas que também está a lançar.

Os interessados podem obter in-

formação através do endereço gale-

[email protected]

Feira do Livro no Barquinha Parque

MIAA em Antevisão IIIO Museu Ibérico de Arqueologia e

Arte volta a mostrar-se no Castelo de

Abrantes. A exposição Antevisão III tem

patentes alguns dos materiais dos qua-

tro núcleos ou colecções que vão inte-

grar o futuro Museu. Sobretudo bronzes

da colecção João Estrada e da doação

de Charters de Almeida, mas também

uma muito interessante mostra de al-

guns materiais arqueológicas das explo-

rações feitas no concelho de Abrantes

e ainda alguns dos quadros da doação

de Maria Lucília Moita, desta vez cen-

trados na fi guração do rosto humano.

Inaugurada a 10 de Junho, a exposição

vai manter-se até fi nal de Outubro. Com

estas sucessivas mostras, a que deverá

suceder uma quarta, pelo menos, a Câ-

mara Municipal pretende dar a conhe-

cer as potencialidades que o futuro Mu-

seu pode ter quer para o turismo cultu-

ral, quer para colocar Abrantes no mapa

da cultura, “onde já está, pelo estudo das

colecções que está a ser feito por uma

equipa de especialistas, que é caso úni-

co em Portugal”, disse na inauguração

Miguel Baptista Pereira, o museólogo

responsável pelo projecto.

A Galeria de Arte de Abrantes acolhe o artista plás-

tico Paulo Canilhas para uma exposição de pintu-

ra, desenho, instalação e vídeo. Tomando como

exemplo o trabalho em chapa, o autor raramente

inicia um trabalho isolado, preferindo sempre tra-

balhar em séries que vai desenvolvendo em con-

junto formando “famílias” artísticas com laços bas-

tante fortes entre si. Paulo Canilhas, artista multi-

disciplinar, foi distinguido pelo Movimento de Arte

Contemporânea com o Prémio Artista Revelação

2010. A mostra pode ser vista de 1 a 29 de julho.

Artes plásticas no SardoalTreze artistas plásticos vão expor a sua

arte no Centro Cultural Gil Vicente, numa

exposição que pode ser vista até dia 23

de julho. O II Salão de Artes Plásticas é

fruto de uma parceria entre a Casa do

Concelho de Sardoal e o Município da

referida vila. Alberto Dias, Alexandra Rol-

dão, Álvaro Mendes, Fernanda Andrade,

Miguel d’Hera, são alguns dos artistas

naturais de Sardoal ou de alguma ma-

neira ligados ao concelho, que vão apre-

sentar os seus trabalhos nesta exposi-

ção colectiva. O Centro Cultural poderá

ser visitado de terça a sexta-feira, entre

as 16 e as 18 horas e aos sábados, entre

as 15 e as 18 horas.

Page 19: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO2011 CULTURA 19

TERESA APARÍCIO

Das duas pontes construídas, na re-gião de Abrantes, em consequência da expansão do caminho-de-ferro, na segunda metade do século XIX, esta é a mais antiga, pois integra o troço da linha Santarém – Abrantes, cuja inauguração se situa em 1862.

Nos Anais do Município de então

podemos ler:

“O dia 7 de Novembro foi um dia de

regozijo público para os moradores

desta Vila, por se abrir à exploração o

traçado do caminho-de-ferro de San-

tarém até à estação do Rossio. Perto

de duas mil pessoas de ambos os se-

xos se juntavam junto à estação para

admirar o espectáculo grandioso da

chegada do comboio, o qual atra-

vessou a ponte do Rio Torto à uma da

tarde.

(…) O Exmo. Duque de Loulé, Minis-

tro dos Estrangeiros e Obras Públicas

e Anselmo J. Braancamp, Ministro do

Reino, quiseram honrar, com a sua

presença, este acto.

(…) Os Exmos. Ministros tinham

mandado vir de Lisboa um primoro-

so jantar, que terminou depois das

três horas da tarde e regressaram a

Lisboa próximo das quatro”.

Mas nem só de festas é feita a his-

tória desta ponte. Presenciou bas-

tantes tragédias, uma delas a me-

nos de um mês após a sua inaugu-

ração. Referem também os Anais:

No dia 2 de Dezembro de 1862, aba-

teu um dos tubos, na altura em que

passava um comboio de materiais

para as obras da via férrea, precipi-

tando no rio parte dos carros e com

estes muitas pessoas de ambos os se-

xos, empregadas nos mesmos traba-

lhos: destes infelizes, muitos morre-

ram logo e vinte e dois deram entra-

da no Hospital da Misericórdia desta

Vila.”

Consta que o total de vítimas foi

ao todo de catorze, pelo que a pon-

te passou também a ser conheci-

da por “Ponte dos Catorze”, deno-

minação que aparece nos Anais de

1868, na altura em que já precisava

de alguns arranjos e a Câmara de

Abrantes providenciava à sua repa-

ração.

Mas os acidentes não se fi caram

por aqui. Na primeira metade do sé-

culo XX começaram a chamar-lhe

“Ponte Corta – Cabeças”, pois como

era bastante estreita, deu origem

à morte de alguns incautos que,

inadvertidamente, punham a cabe-

ça fora da janela, na altura em que o

comboio passava sobre ela.

Durante muitos anos foi reclama-

da a sua remodelação, mas só em

Dezembro de 1964 o tabuleiro da

mesma foi substituído por um ou-

tro mais largo.

No “Nova Aliança” de 1/ 1/ 1965

podemos ler:

“Depois de muitos anos de

lamentações justifi cadas pelo núme-

ro de vítimas decapitadas pelos com-

boios, a ponte do Rio Torto deixou de

cortar cabeças (…) e acabou fi nal-

mente o natural arrepio que muitos

passageiros sentiam ao passar por

ali, com paragem de comboios obri-

gatória, antes e depois”.

Nos últimos anos e, felizmente,

esta ponte velhinha, pouco tem

tido para nos contar, a não ser uma

história de resistência a muitas

cheias que, ciclicamente, os inver-

nos vão trazendo ao Rio Torto que

sob ela corre.

Bibliografi a: MORATO, Manuel

António e Mota, João Valentim

– “Memória Histórica da Notável

Vila de Abrantes” – E. Câmara Mu-

nicipal de Abrantes.

LUGARES COM HISTÓRIA

A ponte ferroviária sobre o Rio Torto

Page 20: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO201120 CARTAS AO DIRECTOR

Senhor Director

Junto informação elemen-

tar que esclarece qual é a re-

presentação actual dos Con-

des de Abrantes, de acordo

com os critérios geralmente

aceites. Se, quando se abor-

da este tema, houver quem

pretenda atingir outros ob-

jectivos para além da divul-

gação de curiosidades histó-

ricas, será saudável que esses

objectivos e os métodos para

os atingir sejam assumidos

e exolicados, para que, sem

ambiguidades ou equívocos,

se perceba quem quer o quê.

Acrescento, por talvez ser

útil ou pelo menos inte-

ressante, que existe, só em

Portugal, milhares de des-

cendentes dos Condes de

Abrantes, por diversas linhas,

dos quais alguns vivem no

concelho de Abrantes.

Subscrevo-me com os me-

lhores cumprimentos.

Paulo Guedes de Campos

Condes de AbrantesTítulo criado por

D. Afonso V, rei de Portugal

Por carta de 13-06-1476

a favor de D. Lopo de Almei-

da, 1º conde de Abrantes *

1416

É actual representantes

D. José Maria da Piedade de

Lancastre e Távora, 11º mar-

quês de Abrantes * 1960

NotasPor morte sem sucessão

masculina de D. João de Al-

meida, último alcaide-mor de

Abrantes e neto do 3º conde,

considerou o rei D. Filipe III

(IV de Espanha) que o título

vagara para a Coroa, conce-

dendo-o então ao marquês

de Porto Seguro, que elevou

depois (já depois da Restau-

ração de 1640) a duque de

Abrantes. Este título conti-

nuou em Espanha, estando

actualmente a representação

na família Carvajal.

Em Portugal, o título foi re-

novado pelo rei D. João IV

noutra linha da descendên-

cia do 2º conde, na pessoa de

D. Miguel de Almeida, 4º con-

de de Abrantes, um dos acla-

madores de D. João IV.

Por morte do 4º conde sem

sucessão, a representação

desta Casa recaiu em D. Isa-

bel de Mendonça, bisneta do

3º conde, casada com João

Rodrigues de Sá e Menezes,

1º conde de Penaguião. Des-

te casal foi bisneto o 1º mar-

quês de Fontes, Francisco

de Sá e Menezes, de quem

foram fi lhos os 2º e 3º mar-

queses de Fontes. A este úl-

timo, mudou o rei D. João V o

título de marquês de Fontes

para marquês de Abrantes

(1º marquês de Abrantes).

D. Lopo de Almeida, 1º con-

de de Abrantes * 1416

D. João de Almeida, 2º con-

de de Abrantes * c. 1445

D. Lopo de Almeida, 3º con-

de de Abrantes * c. 1470

D. Miguel de Almeida, 4º

conde de Abrantes * c. 1575

N.R. – O actual marquês de

Abrantes tem maior noto-

riedade pública como José

Abrantes, autor de banda

desenhada.

Na última edição, a publi-

cação do conto “A febre do

jogo”, de José Falcão Tavares,

devia ter sido seguida de uma

nota sobre o autor. Por razões

de falta de espaço, a mesma

acabou por cair, o que lamen-

tamos, pois se José Falcão

Tavares é bem conhecido por

muitos, sobretudo como mé-

dico, mas também como es-

critor, outros haverá que gos-

tariam de mais alguma infor-

mação. Aqui vai, portanto.

José Falcão Tavares nasceu

em 15 de Julho de 1953, em

Abrantes, cidade onde resi-

de e trabalha como médico

desde 1982. Criou em 1986

com outros médicos o Clube

de Clínica Geral de Abrantes,

organizando o I Encontro de

Saúde de Abrantes e realizan-

do actividades de formação

contínua e convívio.

Sócio fundador da Associa-

ção Portuguesa dos Médicos

de Clínica Geral em 1983 e do

Grupo de Estudos da Família

em 1997, alcançou notorieda-

de ao fundar o jornal Médico

de Família de que foi director

entre 1988 e 1994. Recebeu o

Prémio Bial de Medicina Clíni-

ca relativo a 1990 pela obra O

Diário do Orientador, relativo

à sua actividade pedagógica.

Único chefe de serviço do

Centro de Saúde de Abrantes,

aposentou-se então em 31 de

Dezembro de 2010. Dois me-

ses mais tarde voltaria para

um período excepcional de

três anos face à grave falta de

clínicos.

Entretanto, continua a es-

crever e, por isso, esperam-

se dele novas publicações. O

conto aqui publicado para

disso aperitivo.

OBRAS DO AUTOR1978 - Poesia, O Tu das Ma-

nhãs, Ed. do autor

1991 - Diário, O Diário do

Orientador, Ed. Laboratórios

Bial

1995 - Ensaio, O Mundo da

Família,Ed. Labratórios Bial

1997 - Monografi a, Os Pri-

meiros Dez Anos, Associação

Portuguesa dos Médicos de

Clínica Geral

1999 - Comunicações,

Anamnese e Saber (co-autor),

Ed. Faculdade de Medicina de

Lisboa

1999 - Ensaio, A Consulta

Consultada, Ed. Temática

1999 - Poesia, Cartas ao Co-

ração de Lisboa, Colecção

Alma Nova, Ed. O Mirante

2003 - Ensaio, Da Memória -

20 Anos de Medicina Geral e

Familiar (co-autor), APM CG,

MVA-Invent

O palácio do Marquês de Abrantes, actual embaixada de França em Lisboa

José Falcão Tavares

Page 21: Jornal de Abrantes

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JUNHO2011 CORREIO DO LEITOR 21

Querido País,Espero que te encontres bem… Eu por aqui cá vou lutando todos os dias!

Como sabes cheguei a Moçambi-

que em Janeiro de 2006 e por aqui

tenho enfrentado vários desafi os,

com altos e baixos, mas principal-

mente ganho muita experiência de

vida e de trabalho, coisa que tu nun-

ca me poderias dar! Mas continuo a

gostar de ti!

Moçambique é um país enorme,

sabias? Para teres uma ideia, con-

taram-me que uma vez o Presiden-

te Samora fez de avião uma viagem

que delimitou todo o país, demo-

rou 11 horas! O mesmo tempo que

demoro a fazer Maputo/Lisboa! É

mesmo grande! Do Rovuma ao Ma-

puto é uma riqueza! Ai se tu visses

as praias! E a Ilha de Moçambique?

E o Zalala? O Xai-Xai? É lindo! Tens

de vir ver! É “maningue nice” (mui-

to bom)!

Tem uma história muito rica, tam-

bém, feita pelos portugueses que

aqui deixaram muitas marcas, umas

positivas e outras negativas, pró-

prias da história! Um povo fantás-

tico, super simpático e que sabe

aproveitar a vida mesmo com todas

as difi culdades sociais e económicas

com que vive todos os dias! Às ve-

zes questiono-me como é possível

ver crianças com 6 e 7 anos a irem

para a escola sem comerem o “ma-

ta-bicho” (pequeno-almoço), mas

sempre com um sorriso estampado

na cara e ainda me dizem: “Bom dia

mama!” (sinal de respeito)

Maputo, a cidade das acácias, ca-

pital do país, todos os dias se ergue

das cinzas, passou pela guerra, mui-

tos edifícios foram destruídos mas

“pouco–pouco” (devagar) vai cres-

cendo e tentando reerguer-se!

Aqui não nos falta nada, temos su-

permercados, farmácias, hospitais,

mercado, jardins, museus, cinema,

teatro, bares e discotecas e tantas

outras coisas! É claro, não com o de-

senvolvimento daí, mas o essencial

existe!

Hoje é Sábado! Daqui a pouco vou

ao Mercado do Pau! É uma verda-

deira maravilha, todos os tipos de

artesanato do país aqui se reúnem

para mostrar a toda gente o melhor

que eles produzem! As cores dos

batiques, as esculturas em madeira,

o cheiro das especiarias e as capola-

nas são uma mistura incrível! Quan-

do cá vieres tenho de te mostrar! E,

acredita, é muito bom, só não en-

tendo porque não é mais divulgado

além fronteiras!

Sabes o que descobri ontem?

Num dos meus passeios, fui até ao

Museu de História Natural, e esti-

ve, novamente, a ver a exposição da

gestação dos elefantes desde em-

briãozinho até nascer. Sabias que é

única no mundo? Pois é, aqui todos

os dias encontro algo de novo, um

novo tesouro, uma nova forma de

ver o mundo!

Bom, muita coisa havia para te

contar! Nem ias acreditar! Existe

tanta coisa!

Prometo voltar a escrever um dia

destes!

Vai dando noticias!

Kanimanbo (obrigado) por te lem-

brares de mim! Eu nunca me esque-

ço de ti!

Dá cumprimentos a todos!

Até qualquer dia!

Mafalda Brízida

Mafalda Brízida foi aluna de co-

municação social na ESTA. Está em

Maputo como correspondente da

TSF, onde também já deu aulas.

Carta de Maputo

Recordamos o”Ti Américo” no primei-

ro aniversário da sua morte. Américo

Martinho Pimenta era o seu nome, po-

rém era por Ti Américo que era mais co-

nhecido na sua terra e era desta forma

que mais familiarmente era tratado.

Pessoa conceituada e grande amigo

da sua terra, foi agente da PSP em Lis-

boa durante muitos anos, partilhando

os mesmos locais de trabalho com o seu

irmão Manuel Martinho Pimenta Subin-

tendente da referida P.S.P. também ele fa-

lecido poucos meses após a morte do ir-

mão.

O “Ti Américo” foi durante toda a sua

vida um autodidacta, conservando até

ao fi m o gosto pela leitura e pelo conhe-

cimento em geral, quem sabe se para

compensar o seu grande sonho, nunca

realizado, de ter sido professor.

Após a aposentação veio viver em

permanência para o Souto, cultivando o

seu pequeno quintal com o mesmo gos-

to com que cultivava amizades com os

seus conterrâneos.

Um acidente com uma arma de guer-

ra, quando tinha 22 anos, e outros pro-

blemas de saúde, bem como a idade a

avançar fi zeram-no depender de uma

cadeira de rodas. A partir daí, habituámo-

nos a vê-lo rodar pelas ruas do Souto na

sua cadeira de rodas eléctrica que mitiga-

va as suas difi culdades de deslocação.

No fi nal do ano de 2009, já com a saú-

de bastante fragilizada, deu entrada no

hospital de Santa Maria em Lisboa, onde

também criou amizades e era admirado

pela sua paciência e estoicismo face ao

sofrimento e também pela sua postura

sempre correcta e educada. Ali viria a fa-

lecer no dia 14 de Fevereiro de 2010, com

86 anos de idade.

Ao meu amigo “ Ti Américo” o meu

Adeus para sempre.

Manuel Batista Traquina

DO SOUTO

Américo Pimenta

Page 22: Jornal de Abrantes

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OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIADr. Luís CardigaORTOPEDIADr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIADr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIADr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTADr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

ABRANTES: Ed. S. Domingos - Rua de S. Domingos – 336 – 2º A – Apart. 37Tel. 241 372 831/2/3 – Fax 241 362 645 - 2200-397 ABRANTES

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ASSEMBLEIA MUNICIPALDE SARDOAL

EDITAL N.º 06/2011MIGUEL JORGE ANDRADE PITA MORA ALVES

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL

FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro e, dando cumprimento ao art.º 16.º do Decreto – Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro, se realiza no próximo dia 28 de Junho de 2011, pelas 20 horas, no Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, a sessão ordinária da Assembleia Municipal, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Período Antes da Ordem do Dia

Ordem de Trabalhos

1. Informação do Presidente da Câmara, em cumprimento da alínea e) do n.º 1 do art.º 53º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a nova redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro;

2. Transferências Financeiras para os Municípios – FEF;3. Implicações das Medidas do Memorando da Troika no Município de Sardoal;

Período de Intervenção do Público

E para constar, se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos de estilo.

Paços do Município de Sardoal, 17 de Junho de 2011

O Presidente da Assembleia MunicipalMiguel Jorge Andrade Pita Mora Alves

Clube Desportivo e Recreativo de Alferrarede “Os Dragões”

ASSEMBLEIA GERAL - CONVOCATÓRIA

Nos termos do artigo 42.º dos estatutos do Clube Desportivo e Recreativo de Alferrarede “Os Dragões” convoco os Exmos Associados a participar na Assembleia Geral a realizar no próximo dia 8 de Julho de 2011, pelas 21 horas na sede do Clube, Pavilhão Gimnodesportivo de “Os Dragões” de Alferrarede, com a seguinte ordem de trabalhos:1) Apreciar, discutir e votar o Relatório e Contas do

exercício de 2010, bem como, o parecer do Conselho Fiscal e Disciplinar

2) Eleger os Corpos sociais para o Biénio 2011/20123) Discutir e analisar outros assuntos de interesse para

o clube

Se à hora marcada o número de associados presentes não constituir quorum necessário, nos termos do artigo 43.º dos estatutos, funcionará a mesma, com qualquer número de associados, meia hora mais tarde, em segunda convocatória.

O Presidente da Assembleia GeralJorge Mariano

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE

Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia vinte e um de Junho de dois mil e onze, exarada de folhas cento e vinte e cinco a folhas cento e vinte e seis verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas NOVENTA – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores MANUEL ROLDÃO e mulher MARIA NATÁLIA ANTUNES ROSA ROLDÃO, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia de Abrantes (S. Vicente), do concelho de Abrantes e ela da freguesia de Fundada, do concelho de Vila de Rei, residentes na Rua da Sociedade, número 33, em Casais de Revelhos, Alferrarede, Abrantes, DECLARARAM que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do Prédio urbano, sito em Vale da Vinha, no lugar de Casais de Revelhos, na freguesia de Alferrarede, do concelho de Abrantes, composto de arrecadação de dois pisos com a área coberta de quarenta metros quadrados e logradouro com a área de setenta e cinco metros quadrados, a confrontar de Norte com Manuel Alves Venâncio, de Sul com Estrada Pública, de Nascente com Francisco Roldão e de Poente com Manuel Alves Venâncio, omissona Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3471 (anterior artigo 1242).Que o prédio está inscrito na matriz em nome dele justifi cante marido que eles justifi cantes são possuidores do prédio acima identifi cado por lhes ter sido doado verbalmente, por ALEXANDRINA MARIA e marido ANTÓNIO LOPES MOLEIRO, casados que foram no regime da comunhão de geral de bens, residentes no lugar de Casais de Revelhos, em Alferrarede, Abrantes, no ano de mil novecentos e sessenta e três, logo há mais de quarenta e cinco anos.Que, desde a referido data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do prédio, fazendo a sua conservação e obras de benefi ciação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verifi cando-se assim todos os requisitos legais para que ocorra a aquisição do citado imóvel por usucapião.Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.

Abrantes, 21 de Junho de 2011.

A NotáriaSónia Maria Alcaravela Onofre

(em Jornal de Abrantes, edição 5485 – Junho de 2011)

Page 23: Jornal de Abrantes

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JUNHO2011 SAÚDE 23

Ondas de calorSAÚDE É ... Secção da responsabilidade da Unidade de Saúde Publica do ACES do Zêzere

O calor em excesso pode agravar as do-

enças crónicas ou originar desidratação,

esgotamento e o golpe de calor, que re-

presenta uma situação extrema de ele-

vada gravidade, pode provocar danos

irreversíveis, ou até a morte. Uma onda

de calor caracteriza-se por temperatu-

ras extremamente elevadas, superiores

à média usual para a época, durante um

período longo de dias, e constitui uma

preocupação crescente dos serviços de

saúde pública, devido aos possíveis efei-

tos nefastos sobre a saúde das popula-

ções.

Qualquer pessoa pode ser susceptí-

vel aos efeitos do calor, particularmen-

te durante uma onda de calor, mas são

especialmente vulneráveis as crian-

ças nos primeiros anos de vida, os ido-

sos, em especial os acamados, as pes-

soas portadoras de doenças crónicas

(cardiovasculares, respiratórias, renais

e diabetes mellitus) e pessoas com ex-

cesso de peso. A implementação anual,

desde 2004, do Plano de Contingência

para as Ondas de Calor tem-se revelado

uma importante ferramenta na minimi-

zação dos seus efeitos adversos.

É preciso estarmos atentos e pôr

em prática algumas das recomen-

dações amplamente divulgadas pe-

los serviços de saúde, tais como:

- Evitar a exposição directa ao sol

em horas “de risco” (idealmente, en-

tre as 11 e as 17 horas);

- Utilizar protectores solares com

factor de protecção elevado (≥ 30),

e proteger a cabeça com chapéu de

abas largas ou lenço, usar óculos es-

curos e, se possível, caminhar pela

sombra;

- Usar roupas leves, largas e de co-

res claras de algodão;

- Preferir as horas de menor calor

para viajar;

- Ingerir líquidos várias vezes ao dia

(água e sumos naturais) e oferecer fre-

quentemente água às crianças, idosos

e doentes crónicos, mesmo sem terem

sede;

- Consumir refeições frescas e saudá-

veis (saladas, sopas, fruta);

- Tomar duche com água tépida ou

fria;

- Fazer pausas frequentes nas activida-

des ou trabalho no exterior e descansar

em locais frescos;

- Arrefecer a casa, fechando as janelas

durante o dia e abrindo-as à noite, para

que o ar circule.

Fique atento e acompanhe diariamen-

te os Alertas difundidos pelos meios de

comunicação social ou através do ende-

reço www.dgs.pt. Se tiver dúvidas ligue

para a Linha de Saúde 24 - 808 24 24 24.

Lígia AlvesTécnica Saúde Ambiental

Page 24: Jornal de Abrantes