jornal do cce

8
O Festival Internacional de Teatro de Animação chega a 4ª edição com mais de 40 apresentações em vários espaços cul- turais da capital, inclusive a Concha Acús- tica e o Centro de Cultura e Eventos. A programação do festival conta com espetáculos de grupos brasileiros e es- trangeiros, tanto para o público adulto quanto para o infantil, três oficinas gra- tuitas, uma mesa de discussão com pro- fissionais da área e uma exposição de bonecos. Página 7 Cena do Espetáculo El Último Heredero, do grupo chileno Teatro Viaje Inmóvel, confirmado para este ano Divulgação Jornal do CCE Procuradoria analisa Resolução para dar parecer sobre festas Peça “Ensaio sobre carta” será encenada nesta quinta-feira Nova coordenadora defende reformas no curso de Jornalismo Ano 3 Nº11 Florianópolis, Junho de 2010 www.jornaldocce.ufsc.br Página 4 Página 6 Página 8 Índice de evasões supera 48% CCE fica em segundo lugar entre todas as unidades da UFSC em vagas ociosas Dos alunos do CCE que ingressa- ram no primeiro semestre de 2005, 48,65% não concluíram o curso no tempo regular, em 2009/2. Este índi- ce fica acima da média da Universi- dade, de 32,4%, e da média nacional, de 33%. O único Centro com índice de evasões maior que o do CCE é o CFM, com 73,12%. Os cursos com mais evasão são do Departamento de Língua e Lite- ratura Estrangeiras (DLLE), sendo os três maiores Letras/Alemão, Letras/ Italiano e Letras/Francês. Os cursos com menor índice são Jornalismo e Design Gráfico. Rafaella Coury Índice de evasão no Centro é acima da média da UFSC e da média nacional, segundo dados da PREG NPD adia testes de pontos eletrônicos O teste dos pontos eletrônicos recebidos em abril atrasou devido a uma falha nos softwares dos apa- relhos, o que impediu a interligação do sistema com os dados de recur- sos humanos. A fase inicial de testes foi reali- zada nos aparelhos instalados no Núcleo de Processamento de Dados (NPD), com uma rede experimen- tal. Os pontos deveriam estar insta- lados desde o início do ano. A em- presa responsável trabalha para re- solver o problema do software. Página 5 Página 3 Festival de Teatro de Animação começa dia 20

Upload: adri-zanchet

Post on 30-Mar-2016

219 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

O Jornal do CCE é feito pelo alunos da Segunda Fase do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina.

TRANSCRIPT

O Festival Internacional de Teatro de Animação chega a 4ª edição com mais de 40 apresentações em vários espaços cul-turais da capital, inclusive a Concha Acús-tica e o Centro de Cultura e Eventos.

A programação do festival conta com espetáculos de grupos brasileiros e es-

trangeiros, tanto para o público adulto quanto para o infantil, três oficinas gra-tuitas, uma mesa de discussão com pro-fissionais da área e uma exposição de bonecos.

Página 7

Cena do Espetáculo El Último Heredero, do grupo chileno Teatro Viaje Inmóvel, confirmado para este ano

Div

ulga

ção

Jornal do CCEProcuradoria analisa Resolução para dar parecer sobre festas

Peça “Ensaio sobre carta” será encenada nesta quinta-feira

Nova coordenadora defende reformas no curso de Jornalismo

Ano 3 Nº11 Florianópolis, Junho de 2010 www.jornaldocce.ufsc.br

Página 4 Página 6 Página 8

Índice de evasões supera 48% CCE fica em segundo lugar entre todas as unidades da UFSC em vagas ociosas

Dos alunos do CCE que ingressa-ram no primeiro semestre de 2005, 48,65% não concluíram o curso no tempo regular, em 2009/2. Este índi-ce fica acima da média da Universi-dade, de 32,4%, e da média nacional, de 33%. O único Centro com índice de evasões maior que o do CCE é o CFM, com 73,12%.

Os cursos com mais evasão são do Departamento de Língua e Lite-ratura Estrangeiras (DLLE), sendo os três maiores Letras/Alemão, Letras/Italiano e Letras/Francês. Os cursos com menor índice são Jornalismo e Design Gráfico.

Rafaella Coury

Índice de evasão no Centro é acima da média da UFSC e da média nacional, segundo dados da PREG

NPD adia testes de pontos eletrônicos

O teste dos pontos eletrônicos recebidos em abril atrasou devido a uma falha nos softwares dos apa-relhos, o que impediu a interligação do sistema com os dados de recur-sos humanos.

A fase inicial de testes foi reali-zada nos aparelhos instalados no Núcleo de Processamento de Dados (NPD), com uma rede experimen-tal.

Os pontos deveriam estar insta-lados desde o início do ano. A em-presa responsável trabalha para re-solver o problema do software.

Página 5

Página 3

Festival de Teatro de Animação começa dia 20

2 Jornal do CCE Junho 2010

Para se considerar que um fato realmente existiu, é preciso que haja a sua ocorrência e, posteriormente, a sua fixação em uma memória que pode falhar na tentativa de relembrá-lo integralmente. Toda a rememora-ção de um fato envolve inflexão e distorção que se aglutinam conforme o tipo de vivência que se estabelece do ponto em que o fato aconteceu.

As lembranças são os pontos certos de uma ocorrência. Entretanto, o fato, às vezes, acontece de forma opaca: a ocorrência pode se ocultar, e, igualmente, a fixação. Se a fixação está oculta, a memória também está. A falha passa a não ser apenas da memória que falhou na tentativa da relembrança. A falha está, também, na ocorrência do fato em si, quando o fato passa a ser demasiadamente enquadrado num campo de anormalida-de lógica e temporal. A fixação é debilitada, pois o fato não corresponde ao modelo habitual. A memória, portanto, é a idéia vaga das coisas que foram.

A falha está na raiz: o fato. Tenho a tentativa de sobrepujar as falhas e preencher as lacunas atra-

vés de pontos que partem das próprias coisas já vividas. Os preenchimen-tos são as distorções agregadas ao acontecimento linear. Tenho elevações e declives do que realmente é fato e do que realmente existe.

O tempo passa a ser, então, uma forma estranha, e os dias da semana são uma contagem lógica dentro das limitações de uma fixação que se prende ao que é trivial. A segunda-feira é um círculo que se repete de for-ma inesperada por mais seis dias. E depois ela reaparece.

Todas as histórias se repetem e possuem repetições que nelas mes-mas se repetem mais uma vez. Todas as histórias são o reflexo de outras histórias. Todas as histórias possuem um fragmento que se bifurca, mas mesmo assim continuam na sua constância de repetições.

Todas as histórias parecem um círculo, e os círculos parecem uma his-tória completada de forma incessante. Todas as histórias sempre existi-ram, de alguma forma, dentro de uma segunda-feira, dentro de uma reme-moração constante, dentro da fixação falha e dentro da fixação completa.

As atividades acadêmicas na univer-sidade têm sido afetadas pelo concurso para contratação de professores efetivos, mas o Jornal do CCE não interrompeu seus trabalhos.

A décima primeira edição destaca o alto índice de evasão de alunos no CCE, além da situação das festas no Campus e dos pontos eletrônicos que serão implan-tados na UFSC. Em Cultura, você confere as informações sobre o 4º Festival Inter-nacional de Teatro de Animação, o Fita Floripa, e a entrevista do mês é com a coordenadora do curso de Jornalismo, Ra-quel Longhi, sobre sua gestão no cargo.

Quer contribuir com pautas, crônicas ou charges para o Jornal do CCE? Fale com a gente através do e-mail: [email protected]. E acesse também o nosso blo-gue: www.jornaldocce.ufsc.br

Até a próxima!

Carta ao Leitor

CLAUDINEI SEVEGNANI, 5ª FASE DO CURSO DE ARTES CÊNICAS

PARA A COMPLEIÇÃO

OPINIÃO

O Jornal do CCE é um órgão de extensão do Departamento de Jornalismo, com textos dos Alunos de Redação II.

Professor responsável Elias Machado DRT/RJ 16.936Monitora de Redação IIGabrielle EstevansBolsista de Redação IIRogério Moreira Jr. Edição: Adriana Zanchet, Amanda Melo, Bruno Batiston, Giovanni Bello, Jessica Melo, Jéssica Fuchs, Mariana Rosa, Mariane Ventura, Rafaella Coury, Thomé Granemann, Tulio KruseDiagramação: Giovanni Bello, Jéssica Fuchs, Lucas Pasqual, Mariana Rosa, Rafaella CouryReportagem: Adriana Zanchet, Amanda Melo, Ana Carolina Paci, Bruno Batiston, Daniel Lemes, Ediane Mattos, Giovanni Bello, Lucas Pasqual, Manuela Lenzi, Mariane Ventura, Milton Schubert, Rodrigo Chagas, Tulio KruseFoto: Daniel Lemes, Giovanni Bello, Rafaella CouryColaboração: Alexandre Oliveira, Claudinei SevegnaniContato: [email protected]: 500 exemplaresImpressão: Gráfica POSTMIX

Jornal do CCE

ALEXANDRE OLIVEIRA, 4ª FASE DO CURSO DE DESIGN GRÁFICO

Segundo dados da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (PREG), 48,65% dos alunos do CCE que entraram no primei-ro semestre de 2005 não terminaram o curso em 2009/2. Este índice fica acima da média da UFSC, de 32,4%, e é superior à média nacional calculada no Censo da Educação Superior de 2008, de 33%. O CCE fica em segundo lugar dentre os cen-tros da Universidade, perdendo apenas para o CFM, com uma taxa de 73,12%.

Apenas dois alunos de Letras/Alemão que entraram em 2005/1 se formaram no tempo normal; sete continuam ativos e os 41 restantes se evadiram. “Muitos de-sistem por terem escolhido o Curso como segunda opção no vestibular, ou por terem que trabalhar e não conseguirem acompa-nhar o ritmo de estudos”, explica Ina Em-mel, coordenadora do curso de Alemão.

A evasão representa um custo para a UFSC, pois as despesas com o aluno são orçadas no começo do ano. De acordo com o último Relatório de Gestão, de 2009, o

custo médio de cada aluno é de R$ 10 mil por ano. “O número de evadidos está de certa forma relacio-nado com a deman-da que o curso tem no vestibular”, ava-lia Felício Margotti, diretor do CCE.

Menor Evasão - O curso de Jorna-lismo é o que tem o menor índice de evasões e a maior concorrência, por exemplo. O quadro contrário acontece principalmente nos cursos de Alemão, Italiano e Francês.

Para análise estatística, o MEC utiliza a diferença entre a quantidade de alunos que ingressam num curso em um ano e os alunos que se formam neste curso quatro

anos depois. Um aluno é considerado eva-dido quando muda de curso, é transferido, jubilado ou, mais frequentemente, quando abandona ou desiste da graduação.

Índice de evasão supera marca de 48%CCE fica em segundo lugar na quantidade de vagas ociosas entre todas as unidades

Um novo projeto de sinalização visual, com campainhas e alarmes luminosos, será implan-tado no CCE até o final do segundo semestre. A si-nalização busca garantir a segurança de professo-res, alunos e servidores portadores de necessi-dades especiais em caso de emergências.

O projeto beneficia-rá a segurança de todos e atende a uma solicita-ção da coordenação do curso de Letras/Libras. “Há um pedido para ins-talação de sinalização luminosa para deficientes auditivos. Não viabilizamos ainda, mas já está aqui na diretoria”, disse o diretor Felí-cio Margotti. “É preciso primeiro defi-nir as necessidades e especificidades em relação ao assunto, que servirão de base para elaboração do projeto de

sinalização adequada” completa o diretor do Escritório Técnico-Ad-ministrativo da UFSC (ETUSC), Luiz Antônio Zenni. Atualmente, o bloco A possui luzes de emergência nos corre-dores e escadas, mas não dispõe de sinali-zação visual adequada nas salas de aula, e na sala da coordenação do Curso.

O Centro possui dois elevadores no Bloco B que receberão campainhas luminosas, em caso de pane, vagas

de estacionamento para portadores de necessidades especiais e rampas de acesso para locomoção. Nos corredo-res dos andares do Bloco B existe sina-lização visual, indicando a localização da saída de emergência.

Nova sinalização visual será implantada no segundo semestre

Junho 2010 CAMPUS Jornal do CCE 3

Giovanni Bello

Daniel Lemes

Arte

: Gio

vann

i B

ello

/ D

ados

: Van

essa

Liv

ram

ento

Rafaella Coury

Reuni oferece cursos de apoio

Desde maio, estão sendo rea-lizadas, pela 1ª vez, 16 atividades de apoio oferecidas pelo Projeto Bolsistas Reuni de Pós-Graduação para os alunos da UFSC, sendo dez só no CCE. Os cursos, oficinas e workshops são relacionados à produção de textos acadêmicos, à desenvoltura em seminários, às lín-guas portuguesa e estrangeira e ao uso de ferramentas na internet. A iniciativa pretende contribuir para a redução dos índices de reprova-ção e evasão escolar, principalmen-te das primeiras fases dos cursos.

O projeto conta com 306 pós-graduandos e faz parte do Apoio Pedagógico da UFSC. “O objetivo é justamente fortalecer a graduação,” afirma a coordenadora do Projeto de Apoio Pedagógico Viviane He-berle. Os assuntos foram escolhi-dos de acordo com as áreas mais problemáticas na graduação.

Amanda Melo

Jornalismo

Letras - Português (noturno)

Design Gráfico

Letras - Espanhol

Letras - Inglês

Cinema

Letras - Português

Letras - Italiano

Letras - Secretariado Executivo

Letras - Francês

Letras - Alemão 82%

74%

61,4%

54,54%

54,34%

48,33%

45,9%

39,02%

37,5%

26,22%

20% Estes índices consideram os alunos que ingressaram em

2005/1 e não finalizaram o curso no tempo normal, em 2009/2.

Os cursos de Design de Produto e Design de Animação não

constam pois são cursos novos.

Índice de evasão por curso - CCE

Arte

: Gio

vann

i B. B

ello

/ Da

dos:

Van

essa

Livr

amen

to

Elevadores não têm sinalização

O Planejamento Estratégico contém os projetos de graduação, pós-gradua-ção e da direção do CCE, e será entregue até julho para a Secretaria de Planeja-mento e Finanças (SEPLAN). O relatório será anexado aos dos outros Centros, dos três Campi e das Pró-reitorias para a elaboração do Planejamento da UFSC

2011-2021. A SEPLAN trabalha para que o CUn aprove o documento até o fim do ano.

Após a entrega dos termos, a Dire-ção vai rever cada projeto para evitar conflitos no planejamento. “A ideia é que até o início de julho os departamentos e as coordenadorias façam os seus pla-nejamentos, preenchendo também os

termos de referência”, adianta o diretor Felício Margotti.

No Planejamento do CCE estão pre-vistos projetos de extensão e propostas de melhorias do ensino e da infraestru-tura. “É um planejamento aprovado pe-las instâncias superiores da instituição, para que em 2012, com a mudança da

gestão, as ações tenham uma continuidade,” explica Luiz Al-berton, Secretário da SEPLAN.

A primeira etapa de discus-sões no CCE aconteceu nos dias 28 e 30 de abril, quando foram definidos os parâmetros que servirão de base para a elabo-ração das principais demandas. Os responsáveis para elabora-ção de metas em cada setor e as formas de captação de recursos para a realização dessas deman-das ainda serão escolhidos.

A elaboração do Planejamento de cada Centro atende a exigência do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), aprovado em dezembro de 2009. O PDI é um pré-requisito do MEC para a ava-liação de todas as Instituições de Ensino Superior no Brasil.

4 Jornal do CCE

NPD instala sistema de redes sem fio

O Núcleo de Processamento de Dados (NPD) está terminando de instalar um novo Sistema de Ge-renciamento de Redes Wireless na UFSC. O Sistema já atende quase todo o Campus e está sendo melho-rado. O CCE está entre os locais que já possuem novos roteadores em funcionamento e possui dez unida-des distribuídas entre o Bloco A e B.

A vantagem dos novos equipa-mentos é a estabilidade da conexão. Os roteadores trabalham juntos e transferem o sinal entre si. Assim, o usuário caminha com seu computa-dor pelo Campus sem se desconec-tar da rede. Foram comprados 150 roteadores e o orçamento para a implementação foi de R$500 mil.

O NPD criou nomes diferentes para as duas redes que fazem par-te do Sistema Wireless (redeUFSC-semfio2 e redeUFSCsemfio2x). Os interessados em acessar a Wireless da UFSC precisam se cadastrar no sítio www.ras.ufsc.br

O reitor Álvaro Prata solicitou à Pro-curadoria Federal parecer jurídico so-bre a aplicação da legislação de festas no Campus, a pedido do diretor Felício Margotti. A resolução 002/CUn/2009 será analisada pelo procurador Gio-vanni Goedert, que está de licença mé-dica e deve retornar nos próximos 15 dias. Entre os pontos polêmicos, estão a venda de bebidas alcoólicas e a sub-missão ao Conselho de Unidade.

Os últimos três pedidos foram ne-gados pela direção do CCE, o que levou a diretoria do Centro Acadêmico Livre de Letras (CALL) a consultar o Diretó-rio Central dos Estudantes (DCE) e a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis.

Diferentes Interpretações - Para Margotti, a Resolução dá margem a interpretações diferentes entre a dire-ção e alunos. “Confraternização é uma coisa, festa como atividade comercial

é outra”, diz o diretor. “A legislação foi um avanço, mas a resolução precisa ser adequada. O som, a segurança e a limpeza precisam ser garantidos, bem como um calendário para um controle maior”, afirmou o Pró-reitor de Assun-tos Estudantis, Claudio Amante.

O prazo para a Resolução ser atu-

alizada termina no mês de outubro. A criação de um espaço fechado para as festas é uma das propostas que está sendo cogitada. No Conselho do CCE, as festas voltarão a ser discutidas quando a Procuradoria enviar o pare-cer jurídico.

Resolução sobre festas aguarda parecerProcurador encarregado da análise jurídica sobre resolução está de licença médica

Dan

iel L

emes

Roselane Neckel, diretora do CFH, organizou uma reunião no dia 2 de junho para discutir legislação

Mariane Ventura

Ana Carolina Paci

Planejamento termina em julho

Adriana Zanchet

CAMPUS Junho 2010

Rafaella Coury

Reuniões aconteceram no Hotel Quinta Bica D’Água

Uma incompatibilidade entre os softwares dos pon-tos eletrônicos, entregues há dois meses, atrasou o proces-so de teste e, por consequên-cia, a implantação do controle de carga horária dos servido-res técnico-administrativo. Os primeiros três aparelhos digitais de ponto eletrônico foram instalados no Núcleo de Processamento de Dados (NPD), em fase de teste, na primeira semana deste mês. A primeira previsão para conclusão desse processo, estimava que o atual ano leti-vo já começaria com os pon-tos instalados.

A empresa Intellisistemas, vence-dora da licitação e responsável pelo fornecimento e instalação dos leitores, iniciou o teste dos pontos com uma rede experimental. As digitais dos funcio-nários do NPD foram cadastradas para

participarem do piloto. “O cruzamento desses dados com o cadastro de RH do NPD não foi possível e os aparelhos não foram postos na rede definitiva”, explica o diretor do NPD, Márcio Clemes, afir-mando que empresa prometeu uma res-posta para o problema, mas sem definir

prazos.Ação Judicial - Os últimos

53 leitores foram entregues no dia 31 de maio. Outros 50 haviam sido recebidos no dia 13 de abril, totalizando os 103 previstos. O pagamento da primeira parte dos R$ 330 mil pela prestação do serviço, empenhado no orçamento de 2010 da UFSC, só será con-cluído quando os pontos ele-trônicos forem instalados nos locais definitivos. A medida que implementa o controle da carga horária dos 2588 servi-dores técnico-administrativos, através dos pontos, atende à

determinação de uma ação judicial mo-vida pela Controladoria Geral da União contra a UFSC, ainda em 2008. O CCE re-ceberá apenas um aparelho para o con-trole da frequência dos 43 servidores.

Rafaella Coury

As seis pós-graduações do CCE têm até 120 dias para adaptar os seus regimentos internos, a partir do dia 18 de maio, data de publi-cação da nova resolução para os cursos stricto sensu (mestrado e doutorado), aprovada pelo Conse-lho Universitário (Cun) no dia 27 de abril.

Uma das principais mudanças é a possibilidade de criação de dois colegiados em cada Curso, um ple-no e outro delegado. O primeiro tratará sobre questões envolvendo o regimento interno, como a alte-ração nos currículos dos Cursos e o segundo acompanhará os alunos no programa, com a aprovação de pla-nos de trabalho, bolsas e transfe-rências. A nova resolução possibili-ta ainda a existência de doutorados em cotutela bem como e a criação de programas de pós-graduações

em parceria com outras instituições de ensino superior ou de pesquisa, no Brasil e no exterior.

Antes existia somente uma reso-lução geral que envolvia os cursos stricto sensu, e os lato sensu, (Es-pecialização e MBAs). “Seria mais adequado para a agilidade no uso e atualização das resoluções ter uma normativa para cada assunto espe-cífico: uma para a pós stricto sensu, outra para o lato sensu e outra para o reconhecimento de títulos, em vez de reuni-las, como na antiga resolu-ção”, explica a Pró-reitora de Pós-Graduação, Maria Lúcia Camargo.

A tramitação da nova resolução, desde a elaboração até a aprovação no Cun, levou cerca de seis anos. A antiga norma estava em vigor des-de 29 de julho de 1997.

Junho 2010 CAMPUS Jornal do CCE 5

Manuela Lenzi

Rodrigo Chagas

Rede de telefoniausa protocolo VoIP

O Núcleo de Processamento de Da-dos (NPD) está instalando, em todos os Campi, a nova rede de telefonia. Através do VoIP (Voz sobre IP) é possível utilizar os telefones fixos por meio da rede de in-ternet em vez da rede telefônica conven-cional. No CCE, já foram instalados 24 aparelhos. Ao total já são 478 novos tele-fones e serão instalados 650 até julho.

O novo sistema possibilita falar gratuitamente dentro da UFSC e com qualquer outra instituição que tenha aderido ao VoIP. Os benefícios dessa mudança são a dispensa do uso da rede telefônica, a instalação sem passagem de cabos, a economia de recursos e a con-vergência tecnológica entre as universi-dades. A UFSC terá uma economia de 50 mil reais ao mês.

A Universidade teve um gasto de 195 mil reais na compra dos novos aparelhos telefônicos, 500 ao total. A ampliação do sistema de internet já está sendo feita para comportar a tecnologia, além da criação de novas políticas de gastos.

Cursos de Pós-Graduação têm 90 dias para adaptar regimentos

Adriana Zanchet

Falha no software atrasa teste dos pontosImplantação do sistema em todas unidades depende de resolução no problema

NPD recebe um dos primeiros pontos eletrônicos da UFSC para fase de testes

Rafaella Coury

As inscrições para o Prêmio Valo-rização da Biodiversidade em Santa Catarina - Edição 2010 estão abertas até o dia 14 de julho. Serão premia-das reportagens impressas e publi-cações científicas sobre plantas nati-vas do Estado e temas relacionados. Professores, pesquisadores, alunos e jornalistas com registro profissional podem participar do concurso.

Para concorrer ao prêmio, cada candidato pode inscrever apenas um projeto em cada uma das três mo-dalidades disponíveis: I - Categoria Roberto Miguel Klein - trabalho de pesquisa científica, monografia ou reportagem jornalística voltados à ecologia, biodiversidade, preserva-ção ou conservação de plantas nati-vas do estado de Santa Catarina; II - Categoria Raulino Reitz - trabalho de pesquisa científica, monografia ou reportagem jornalística voltados à recuperação e à conservação de ma-

tas ciliares e da vegetação atrelada a recursos hídricos; e III - Categoria Burle Marx - trabalho de pesquisa científica, monografia ou reporta-gem jornalística nas áreas de conser-vação da biodiversidade urbana e do paisagismo ecológico.

Serão três premiações por catego-ria. Os primeiros colocados de cada uma delas receberão R$10 mil, além de passagens de ida e volta entre Florianópolis e Rio de Janeiro para visitarem o Jardim Botânico e o Sítio de Roberto Burle Marx.

O resultado será divulgado no dia 01 de novembro e a premiação será realizada a partir da segunda quinze-na do mesmo mês.Mais informações sobre o concurso e inscrições estão no edital, que se encontra no ende-reço www.fapesc.rct-sc.br na seção Chamadas Públicas.

A peça “Ensaio sobre cartas”, de Antonin Artaud, será apresentada no dia 17, às 22h30, na sala 402 do Cen-tro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM). O espetáculo retrata episódios transcritos nas cartas escritas pelo autor no período em que esteve in-ternado no manicômio de Rodez, na França, para tentar preservar a luci-dez. A apresentação faz parte do pro-jeto Sol da Meia-Noite, uma iniciativa dos alunos de Artes Cênicas, que tem apoio da coordenadoria do Curso e da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC.

Lançado no segundo semestre de 2009, o projeto pretende mostrar à comunidade trabalhos realizados pelos alunos no Curso. No mês de maio, já houve duas apresentações e outras três estão previstas até julho. Todas as apresentações são gratuitas, abertas à comunidade e acontecem às quintas-feiras, às 22h30, nas salas 402 e 403 do CFM, de acordo com a programação. “O horário alternativo facilita a participação dos alunos da

Universidade, que nos têm dado um retorno bastante positivo”, afirma Cé-lio Alves, aluno do curso de Artes Cê-nicas e coordenador do projeto.

Outras apresentações estão pre-vistas para os dias 24 de junho e 1º

de julho. Mais informações sobre a programação do Sol da Meia-Noite podem ser obtidas através do e-mail [email protected]

Junho 2010 CULTURA 6 Jornal do CCE

Abertas inscrições para Prêmio de Valorização da Biodiversidade

O espetáculo faz parte do projeto Sol da Meia-Noite, dos alunos do curso de Artes Cênicas

Peça retrata cartas de Antonin Artaud

Revista do NUPILL chega a 10ª edição

Ediane Mattos

Milton Schubert

Bruno Batiston

A 10ª edição da revista Texto Digital, do mês de julho, terá como tema “Ensino e aprendizagem no meio digital”. A revista, vinculada ao Núcleo de Pesquisa em Infor-mática, Literatura e Lingüística (NUPILL) da UFSC, aborda a Lite-ratura em meio digital e é publica-da sempre em julho e dezembro.

O Núcleo recebe textos e arti-gos que são avaliados pelo conse-lho editorial, formado por profis-sionais de universidades nacionais e internacionais. A Texto Digital está disponível apenas em forma-to eletrônico, no endereço www.textodigital.ufsc.br. O projeto foi iniciado em 2004 no I Simpósio Nacional de Literatura e Informá-tica. Doi anos depois, o NUPILL assumiu a responsabilidade edito-rial da revista.

Célio Alves, coordenador do projeto Sol da Meia-Noite, mostra acervo do curso de Artes Cênicas

Rafa

ella

Cou

ry

O 4º Festival Interna-cional de Teatro de Ani-mação, o Fita Floripa, será realizado entre 20 e 27 de junho em Florianópolis. O Fita contará com mais de 40 apresentações de 15 grupos brasileiros, de países latino-americanos e europeus, e ocupará vá-rios espaços culturais da capital, como o Centro de Cultura e Eventos e a Con-cha Acústica, na UFSC, o CEART, na Udesc, o Teatro Álvaro de Carvalho e o Teatro da Ubro.

Nos dias 22 e 23 o Festival vai até Criciúma, e entre 25 e 26 estará em Joinville, com apresentações do gru-po Mamulengo Presepada, do Distrito Federal, e da paulistana Cia. Truks. A equipe belga Des Chemins de Terre se apresentará no Largo da Alfândega no dia 21, logo após um cortejo de bone-cos que passará pelas ruas do centro de Florianópolis.

Outros grupos confirmados são a Companyia Pelmànec, da Espanha, e o chileno Teatro Viaje Inmóvel.

Além dos espetáculos para adultos e crianças, três oficinas gratuitas serão oferecidas durante o Festival: Vivência no Teatro de Sombras, com a Cia. Tea-tro Lumbra, do Rio Grande do Sul; Poé-tica de La Cosa: Oficina de Dramaturgia Criativa para Bonecos e Objetos, pelo argentino Mauricio Kartun; e Introdu-ção ao Teatro de Animação, com o Gru-po Sobrevento, de São Paulo.

Recorde de Público - As inscrições para as duas primeiras vão até o dia 17, pelo endereço eletrônico www.fitaflo-ripa.com.br - a última oficina encerrou

seu período de inscrições no dia 15.

Outras atrações do Fes-tival serão a Mesa de Con-versa - um debate com ato-res, diretores, professores e críticos sobre o tema “A Dramaturgia do Objeto” - e a exposição de bonecos.

Em 2009, o Fita Flori-pa registrou participação recorde de 30 mil pessoas. De acordo com o assessor de imprensa do evento, Fifo Lima, o público espe-

rado para 2010 é de 40 mil pessoas.Idealizado pela doutoranda em Lite-

ratura Brasileira na UFSC Sassá Moretti, o Fita Floripa existe desde 2007, e tem por objetivo ampliar o acesso a espetá-culos de teatro de bonecos e animação no país e divulgar suas diferentes lin-guagens. O Festival é patrocinado pela UFSC, Udesc, Tractebel e Banco do Bra-sil, e tem apoio cultural da Secretaria do Estado de Santa Catarina, do MinC e da Funcultural.

Junho 2010 CULTURA Jornal do CCE 7

O lançamento da Enciclopédia de Estudos da Tradução (Enciclotrad) está previsto para o final de junho. A Enciclo-pédia está sendo produzida e editada pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) da UFSC em conjunto com o Laboratório Experimental de Tra-dução (LETRA) da Universidade Federal de Minas Gerais. A obra é uma publicação on-line que tem como objetivo catalogar autores e princípios relevantes para os Es-tudos da Tradução.

Atualmente a Enciclotrad conta com sete colaboradores, entre eles a profes-sora do curso de Letras/Francês da UFSC Marie Hèléne Torres, doutora em Estudos da Tradução e coordenadora do Núcleo de Pesquisas em Literatura e Tradução (NUPLITT). A Enclicotrad está disponível em www.enciclotrad.ufsc.br/enciclotrad

4ª edição do Fita Floripa começa dia 20 Festival traz mais de 40 apresentações de grupos brasileiros, europeus e latino-americanos

O professor Andre Berri, do DLLE, promove encontros de es-tudo e conversação em francês, projeto de extensão desenvolvi-do há nove anos, com objetivo de oferecer apoio pedagógico a quem estuda o francês e dar a oportu-nidade a quem nunca estudou de entrar em contato com a língua.

As sessões gratuitas e abertas a qualquer interessado, indepen-dente do nível de conhecimento do idioma, acontecem de segun-da a sexta das 12h30 às 13h30 na sala 212 do Bloco B.

O grupo que frequenta as ses-sões é composto por uma média de 20 pessoas de 18 a 70 anos. Entre eles estão professores de outros Cursos, membros da co-munidade e uma maioria de es-tudantes de graduação de fora do

CCE. “Alunos de Engenharia, Di-reito e Medicina são a maioria. Os de Letras são raros”, disse o pro-fessor Berri.

Os estudos são feitos a partir de textos sugeridos e debatidos pelos alunos. O professor traz, todas as semanas, exercícios de gramática para serem resolvidos em sala, e um relatório semestral com os avanços da turma é envia-do ao Departamento de Projetos de Extensão.

Berri começou a trabalhar com o projeto em 1994. Após dois anos na condução dos encontros, o professor se desligou da Uni-versidade e o projeto ficou para-lisado até 2001, quando Berri foi admitido no DLLE como docente.

Tradução publica enciclopédia on-line Projeto promove conversação em francês

Lucas Pasqual

Mariane VenturaTulio Kruse

Divulgação

Cena do espetáculo “Cidade Azul”, da Cia. Truks Teatro de Bonecos, de São Paulo

A professora Raquel Lon-ghi assumiu a coordenado-ria do curso de Jornalismo no dia 13 de maio de 2010, após ter sido eleita por pro-fessores, alunos e funcio-nários. Ela ocupava o cargo desde o final de abril como pró-tempore, substituindo o professor Áureo Moraes. O mandato de Raquel Longhi, que tem como vice Orlando Tambosi, será de dois anos, até maio de 2012.

Na proposta de gestão dos coordenadores, estão a atualização do projeto pe-dagógico e a renovação da matriz curricular, para se adequar às necessidades do mercado jornalístico atual. A nova gestão da coordena-doria pretende ainda reali-zar reuniões mensais com o Centro Acadêmico Livre de Jornalismo (CALJ) para ou-vir as demandas dos alunos e aumentar o diálogo com o corpo discente.

Jornal do CCE: É atribui-ção do Colegiado do Curso a elaboração do projeto pedagógi-co. O que está sendo proposto em sua gestão?

Raquel Longhi: Tenho conver-sado com alguns colegas sobre esta questão. É algo de urgência para re-solvermos. O Curso não conta com um projeto pedagógico atualizado. As disciplinas e os tipos de ensino vie-ram mais em função do que os colegas e os alunos propuseram. Precisamos de um projeto pedagógico e de linhas de atuação mais claras, para termos como orientação.

JCCE: O Curso de Jornalismo completou 30 anos em 2009. Há alguma proposta de revisão da ma-triz curricular?

RL: Há necessidade de se adequar a matriz curricular. Teremos duas no-vas vagas com os concursos que estão em andamento. Assim que terminar este processo, há duas prioridades a

serem discutidas: a revisão da matriz curricular e o projeto pedagógico.

JCCE: Em que medida os dois no-vos professores contratados pode-rão melhorar a oferta de discipli-nas na graduação?

RL: Em grande medida. Algumas áreas da graduação e da pós precisam de maior número de professores. E buscamos atender a estas áreas neste concurso. No caso de televisão, exis-te necessidade tanto na graduação quanto na pós-graduação. Embora atualmente contemos com dois pro-fessores, precisávamos de mais do-centes nesta área. Outra lacuna a ser preenchida é na área de editoração eletrônica.

JCCE: O Curso está entre os cinco mais concorridos na UFSC, e é o pri-meiro no CCE. Como a concorrência contribui para aumentar o nível

dos alunos?RL: O aluno que ingressa

deve se dedicar para fazer um bom vestibular. O nível de exigência sendo maior, o nível de preparo também deve ser maior. Em geral, o nível do nosso aluno é alto. O Curso é um dos mais con-corridos. É o que se demons-tra na qualidade do aluno. A Universidade tem se preocu-pado com o seu planejamen-to como instituição, pensan-do na formação deste aluno.

JCCE: Nos últimos dois anos houve uma redução de cinco candidatos na relação de candidato por vaga. A que a Sra. atribui esta queda? O fim da exi-gência do diploma influen-cia nessa redução?

RL: Não sei se tem a ver com a queda da exigência do diploma, mas não pode ser o único fator, pois são vários os aspectos que in-fluem neste tipo de situação. Há fatores sociais, a criação

de outros cursos e outras universidades. É preciso um estudo organizado e estatístico para verificar melhor esta situação.

JCCE: Até pouco tempo, os alu-nos estavam sem representantes no Colegiado de Graduação. O que será proposto para melhorar o re-lacionamento dos alunos com a Co-ordenação do Curso?

RL: Os alunos sentem necessidade de saber mais sobre o Curso. Proponho reuniões mensais abertas no auditório do CCE, onde todos possam participar. No próximo semestre, faremos estas reuniões partindo das demandas de conhecimento do aluno. É um espaço necessário para ter uma comunicação mais abrangente. Pelo fato de ser nova no cargo, vou atuar para conhecer as propostas dos alunos e melhorar a in-fraestrutura do Curso.

8 Jornal do CCE ENTREVISTA Junho 2010

“Há necessidade de se adequar a matriz curricular”Coordenadora do Jornalismo defende participação dos alunos na discussão de projetos

Daniel Lemes

Rafaella Coury

Raquel Longhi assumiu a coordenadoria do Jornalismo em maio