jornal do dia 07/01/2013

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NA I NTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110 Domingo e Segunda R$ 2,50 • Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Domingo e Segunda, 06 e 07 de Janeiro de 2013 - Ano XXV Fundado em 04 de Fevereiro de 1987 Confira as marcas mais vendidas em todo o país. nD2 VENDAS Batem novo recorde ELEIÇÃO Dos mais corruptos Demóstenes está na fren- te da votação Algemas de Ouro. nA5 Pesquisa mostra que 65% das crianças tem um. Saiba mais. nC1 AMIGO Imaginário das crianças CELIANE FREITAS CARNAVAL Preços de ingressos e camarotes vão variar entre R$ 5 e R$ 8 mil Para aqueles que pretendem assistir aos desfiles das escolas de sam- ba a coordenação da Liesap afirmar que os preços estão acessíveis a todas as classes. As arquibancadas de madeiras estão no valor de R$ 5, enquanto que os camarotes chegam a R$ 8 mil. nB1 JORNAL DO DIA Na sexta-feira, a abertura será com a escola de samba Império da Zona Norte DIVULGAÇÃO Uma Nissan LE 4X4, cor prata, transmissão au - tomática, ar, vidro elétrico, bancos de couro, air bag duplo, bússola eletrônica de navegação, tudo que uma picape-automóvel tem direito, inclusive, com um som de última geração. nD1 Antes da fronteira, veja a viagem que ela fez pelo interior VEÍCULOS Test Nissan: uma Frontier na fronteira do país DIFÍCIL COMEÇO Uma das explicações para as dificuldades financei - ras quanto aos investimentos no município pode estar nas contrapartidas dos municípios, que mui - tas vezes não pode ser dada. Isso porque muitos gestores não querem deixar de atender a Lei de Responsabilidade Fiscal. nB2 e B3 Sem contrapartidas, prefeituras se afundam em crise financeira DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO 6 de janeiro de 1981: naufrágio para lembrar Fortaleza de portas fechadas O episódio do Novo Amapá completa hoje, dia 6 de janeiro de 2013, 32 anos. E o caso tem muito a ensinar. A realidade da navegação amapaense nos dias de hoje não é tão diferen- te da época. nB4 PARA LEMBRAR Naufrágio do Novo Amapá completa 32 anos O momento financeiro complicado vivido pelo Flamengo toma conta do dia a dia no Ninho do Urubu. O assunto se tornou recor- rente nos bastidores da Gávea no ano passado e voltou com força total nos primeiros dias desta temporada. A disposição do Flamengo em honrar os compromis- sos anima os jogadores. O discurso é de paciência e confiança na capacidade dos cartolas. FLAMENGO Problema financeiro vira protagonista em 2013, mas aproxima time e diretoria nA6 ABSURDO Fortaleza de São José está de portas fechadas Uma das sete maravilhas do país está de portas fechadas em plena alta temporada pelo simples fato de não ter monitores para acom- panhar os visitantes. O con - trato encerrou no último dia 30. nB1 Um dos acusados foi detido e levado para o Ciosp do Pacoval Foram necessários quatro meses para desbaratar uma quadrilha de criminosos especializada em roubos a residências e estabelecimentos comerciais. nB4 ROUBOS E ASSALTOS Quadrilha é desarticulada em operação

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Jornal do Dia 07/01/2013

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Page 1: Jornal do Dia 07/01/2013

NA INTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110

• Domingo e Segunda R$ 2,50 • Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Domingo e Segunda, 06 e 07 de Janeiro de 2013 - Ano XXV

Fundado em 04 de Fevereiro de 1987

Confira as marcas mais vendidas em todo o país. nD2

VENDASBatem novo

recorde

ELEIÇÃODos mais corruptos

Demóstenes está na fren-te da votação Algemas de Ouro. nA5

Pesquisa mostra que 65% das crianças tem um. Saiba mais. nC1

AMIGOImaginário das crianças

CELIA

NE FR

EITAS

CARNAVAL

Preços de ingressos e camarotes vão variar entre R$ 5 e R$ 8 milPara aqueles que pretendem assistir aos desfiles das escolas de sam-ba a coordenação da Liesap afirmar que os preços estão acessíveis a todas as classes. As arquibancadas de madeiras estão no valor de R$ 5, enquanto que os camarotes chegam a R$ 8 mil. nB1

JORN

AL D

O D

IA

Na sexta-feira, a abertura será com a escola de samba Império da Zona Norte

DIVULGAÇÃO

Uma Nissan LE 4X4, cor prata, transmissão au-tomática, ar, vidro elétrico, bancos de couro, air bag duplo, bússola eletrônica de navegação, tudo que uma picape-automóvel tem direito, inclusive, com um som de última geração. nD1

Antes da fronteira, veja a viagem que ela fez pelo interior

VEÍCULOS

Test Nissan: uma Frontier na fronteira do país

DIFÍCIL COMEÇO

Uma das explicações para as dificuldades financei-ras quanto aos investimentos no município pode estar nas contrapartidas dos municípios, que mui-

tas vezes não pode ser dada. Isso porque muitos gestores não querem deixar de atender a Lei de Responsabilidade Fiscal. nB2 e B3

Sem contrapartidas, prefeituras se afundam em crise financeira

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

6 de janeiro de 1981: naufrágio para lembrar

Fortaleza de portas fechadas

O episódio do Novo Amapá completa hoje, dia 6 de janeiro de 2013, 32 anos. E o caso tem muito a ensinar. A realidade da navegação amapaense nos dias de hoje não é tão diferen-te da época. nB4

PARA LEMBRARNaufrágio do Novo Amapá completa 32 anos

O momento financeiro complicado vivido pelo Flamengo toma conta do dia a dia no Ninho do Urubu. O assunto se tornou recor-rente nos bastidores da Gávea no ano passado e voltou com força total nos primeiros dias desta temporada. A disposição do Flamengo em honrar os compromis-sos anima os jogadores. O discurso é de paciência e confiança na capacidade dos cartolas.

FLAMENGOProblema financeiro vira

protagonista em 2013, mas aproxima time e diretoria

nA6

ABSURDOFortaleza de São José está de portas fechadasUma das sete maravilhas do país está de portas fechadas em plena alta temporada pelo simples fato de não ter monitores para acom-panhar os visitantes. O con-trato encerrou no último dia

30. nB1

Um dos acusados foi detido e levado para o Ciosp do Pacoval

Foram necessários quatro meses para desbaratar uma quadrilha de criminosos especializada em roubos a residências e estabelecimentos comerciais. nB4

ROUBOS E ASSALTOSQuadrilha é desarticulada em operação

Page 2: Jornal do Dia 07/01/2013

A2JD OpiniãoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Opinião - A2, A3Especial - A4, A5Geral - A6Sociedade - A8Dia Dia - B1, B3, B4Geral - B2

Classidia - 12 Pag.

Esportes - A6, A7Atualidades - C3Diversão&Cultura - C4Carro e Moto - D1, D2, D3, D4Social Click JD - A8Economia - E1, E2, E3

Índice

Edição número8097

Durante todo o ano de 2012 prosseguiu a discussão iniciada em

2011 sobre a transparência no serviço público. Ao final do ano, apesar de toda a propaganda e esforço de algumas instituições, os avanços foram muito tími-dos sobre o dever dos ges-tores dos órgãos públicos tornarem de conhecimento do público a gestão.Os exemplos de descum-

primento das regras ge-rais da transparência pu-deram ser vistos em diversos órgãos do Estado e dos Municípios que ti-nham a obrigação de tor-narem do conhecimento do cidadão tudo o que o cidadão considere de seu interesse conhecer.Os portais, com raras e

honrosas exceções, em re-gra não possibilitaram àqueles que buscavam in-formações, mesmo que su-perficiais, sobre o desem-penho da administração pública, não possibilitavam o acesso pretendido e quando isso estava dispo-nível, permanecia cercado de tantas proteções que não atendiam aos interes-ses do cidadão.Nem mesmo a entrada

em vigor da Lei 12.527 – Lei Geral de Acesso à Infor-mações Públicas -, que de-

termina, no artigo 5º, que “é dever do Estado garantir o direito de acesso à infor-mação, que será franquea-da, mediante procedimen-tos objetivos e ágeis, de forma transparente, e em linguagem de fácil com-preensão” foi cumprido, bem como orientação para que fosse criada um setor com a atribuição de pres-tar todas as orientações e acatar os pedidos, em cada órgão mantido pelo di-nheiro público.Se a regra tivesse sido

aplicada com eficiência, se conheceria, por exemplo, os planos e os gastos de órgãos públicos como a Assembléia Legislativa e a Prefeitura Municipal de Macapá, entre outros.Todos acompanharam as

dificuldades para que a equipe do prefeito que as-sumiu no dia primeiro de janeiro a Prefeitura de Ma-capá enfrentou para co-nhecer a realidade finan-ceira do Município.É natural que se houvesse

transparência, essas dificul-dades não existiram e os dados, todos eles, estariam disponíveis. Mas a Lei de Acesso a Informação foi tão ignorada pela adminis-tração municipal do Muni-cípio de Macapá que as in-formações disponibilizadas

não servem para avaliar a eficiência do trabalho da equipe que deixou a Prefei-tura de Macapá.Os profissionais, os ativis-

tas e cidadãos apesar de ter a seu dispor uma lei, não conseguiu acessar às infor-mações que procuravam e o que resta é insistir em 2013 para que esses dados sejam disponibilizados e o acompanhamento feito. É preciso, entretanto, que

os dados estejam coloca-dos nos portais sem tru-ques ou que exijam conhe-cimento técnico para fazer a análise, isto é, o dato já dever estar “tratado” para atender o interesse do ci-dadão, do profissional ou do ativista.Se não houver alternativa

o cidadão pode seguir as seguintes orientações para fazer o pedido de informa-ção sobre o assunto que o interessar.Na hora de requisitar pro-

tocole formalmente seu pedido de informação ou envie carta com aviso de recebimento. Tenha alguma prova física

do recebimento do pedido de informação pelo ente público destinatário, assim como da data em que foi recebido.O pedido de informação

deve conter a identificação do requerente.Ninguém pode exigir jus-

tificativa para solicitar in-formação oficial de interes-

se público.O serviço de busca e for-

necimento de informação é gratuito, salvo custos de reprodução de documen-tos. Aqueles com situação de vulnerabilidade econô-mica, conforme Lei nº 7.115, estão isentos dos custos de reprodução.Ao requisitar várias infor-

mações, recomenda-se protocolar um pedido dife-rente para cada informação diferente, especialmente se as informações solicitadas forem de natureza diversa.Elabore um pedido obje-

tivo, usando linguagem clara e indicando expressa-mente e de forma delimita-da a informação desejada.Atenção ao prazo máxi-

mo de resposta: programe--se para atrasos.Perante qualquer exigên-

cia do agente público que possa inviabilizar o recebi-mento do pedido, questio-ne qual o fundamento le-gal dessa exigência. Se houver um, contate o Mi-nistério Público, o órgão de recurso e a art. 19 da Lei de Acesso à Informação.Lembre-se de fornecer al-

guma informação de con-tato para encaminhamento da resposta ao pedido.O papel que você estaria

nesse momento serio o pa-pel de cidadão, colaboran-do com os gestores para que cumpram a Lei que está em pleno vigor, a Lei 12.527.

O Amapá não cumpriu a Lei de Acesso à Informação

RODOLFO [email protected]

EndereçosRedação, Administração, Publicidade e Oficinas: Rua Mato Grosso, 296, Pacoval, Macapá (AP) - CEP 68908-350 - Tel.: (96) 3217.1110

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ContatosFale com a redação (96) 3217-1117Fale com o departamento comercial (96) 3217-1100 / 3217-1111 Geral (96) 3217-1110Conceitos emitidos em colunas e artigos são de responsabilidade de seus autores e nem sempre refletem a opinião deste jornal. Os originais não são devolvidos, ainda que não publicados. Proibida a reprodução de matérias, fotos ou outras artes, total ou parcial-mente, sem autorização prévia por escrito da empresa editora.

Uma publicação do Jornal do Dia Publicidade Ltda. CNPJ 34.939.496/0001-85Fundado em 4 de fevereiro de 1987por Otaciano Bento Pereira(+1917-2006) e Irene Pereira(+1923-2011)Primeiro Presidente Júlio Maria Pinto Pereira(+1954-1994)

Diretor Executivo: Marcelo Ignacio da RozaDiretora Corporativa: Lúcia Thereza Pereira GhammachiAssessoria Jurídica e Tributária: Américo Diniz (OAB/AP 194)Eduardo Tavares (OAB/AP 27421)Editor-Chefe: Janderson CantanhedeGerente Comercial: Andrew Gustavo Cavalcante dos Santos

CONSELHO EDITORIALPresidente: Aldenor Benjamim dos Santos

Secretário Executivo: Marcelo Ignacio da Roza

Conselheiros:

Carlos AugustoTork de Oliveira

José Arcângelo Pinto Pereira

DanieliAmanajás Scapin

Luiz Alberto Pinto Pereira

Janderson Carlos Nogueira Cantanhede

Maria Inerine Pinto Pereira

Editorial

Incensado por boa parte da mídia nacional, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL)

é apontado como provável candidato do seu partido à Presidência da República, em 2014. Para isso, seu nome já começa a ser traba-lhado por defensores da sua candidatura.

Seu correligionário, Milton Temer, é um dos entusiastas e nessa condição tem feito o senador amapaense circular entre intelectuais e econo-mistas brasileiros, com a fi-nalidade de adensar o proje-to político do PSOL.

A candidatura à Presidên-cia parece ser mesmo o so-nho acalantado por Randol-fe, pois isso pode lhe dar grande projeção nacional, ajudando a consolidar sua carreira num patamar acima da média dos políticos ama-paenses.

Por outro lado, com a conquista da Prefeitura de Macapá por Clécio Luis, é evidente que o senador do PSOL também passa a ser, quase que automaticamen-te, um possível candidato ao Governo do Estado, na sucessão de Camilo Capibe-ribe (PSB).

Nos dois projetos, se tem aliados para endossar seus voos, Randolfe também tem adversários. No caso da can-didatura à Presidência da República, as reações mais fortes, nesse primeiro mo-mento, vêm do próprio PSOL, da ala do partido que pretende emplacar Luciana Genro como candidata.

As críticas pesadas e ame-aças de expulsão do partido contra Randolfe, por conta das alianças políticas sela-das na disputa para a Prefei-tura de Macapá, partiram exatamente desse grupo,

encontrando eco em alguns setores da imprensa e nas redes sociais.

Já em relação à possível candidatura ao Governo do Estado, ainda não aventada oficialmente pelo senador no âmbito da política local, é evidente que as principais reações virão do PSB – gru-po mais ameaçado pela tra-jetória ascendente do PSOL amapaense.

Ainda que publicamente os dois partidos tenham ga-rantido que o decisivo apoio dado pelo PSB a Clécio Luis, na reta final do segundo turno da campanha para a Prefeitura de Macapá, tenha sido espontâneo e sem pontos condicionantes, os bastidores políticos revelam que houve condições, sim. Uma delas, Randolfe não enfrentar Camilo na disputa ao Governo do Estado, no próximo ano.

Se Randolfe for visto como uma ameaça política pelo PSB, dificilmente o Go-verno do Estado abrirá os cofres para socorrer a Pre-feitura de Macapá nesse pri-meiro ano. Sem ajuda do Governo, Clécio terá dificul-dades para executar suas promessas de campanha, o que poderá implicar em desgastes para o PSOL.

É a partir da análise dessa conjuntura complexa que Randolfe decidirá o cami-nho a seguir. Com uma van-tagem: além de muito jo-vem, está livre de grandes pressões, pois em 2014 seu mandato como senador es-tará apenas na metade, as-sim como o de Clécio, como prefeito de Macapá. Nessas condições, poderá traçar sua estratégia com tranqui-lidade. Coisa rara na política nacional.

Possibilidades de Randolfe

DecisivoInfluência do deputado fe-deral Vinícius Gurgel foi de-cisiva para definição de apoio à chapa encabeçada pelo vereador Acácio Fava-cho, para a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Macapá.

MaioriaMesmo que a chapa do ve-reador Nelson Souza conse-guisse deferir o pedido de registro para disputar a pre-sidência da Câmara, Acácio Favacho, com ajuda de Viní-cius Gurgel, já havia garanti-do a maioria e venceria e eleição de qualquer forma.

OpiniãoQuando a imprensa procura um senador para opinar so-bre questões éticas, um dos primeiros a ser ouvido é o amapaense Randolfe Rodri-gues (PSOL). Sobre a posse do deputado José Genoíno (PT--SP), mesmo condenado pelo STF a mais de seis anos de cadeia, Randolfe foi curto e grosso: “É legal, mas imoral!”.

EstratégiaGovernador Camilo Capibe-ribe deve anunciar novas mexidas na equipe de Go-verno, dentro do projeto de ajuste político da máquina. Próxima manobra visa levar Ruy Smith de volta a Assem-bleia Legislativa, a fim de fortalecer a base governista para 2014.

Começo difícilChuva apertando em Maca-pá, dando indicativo de que o inverno será rigoroso. O que significa problemas para o prefeito Clécio Luís admi-nistrar, juntamente com numerosas pendências na área da gestão.

Mudança?Nomeações de alguns per-sonagens que já passaram pela administração munici-pal, no tempo do prefeito Cícero, deixam moradores de Porto Grande preocupa-dos com o tipo de mudan-ça que o prefeito Tonho do Matapi (PCdoB) pretende implantar no município.

FracoAo contrário do que o go-vernador Camilo Capiberi-be andou declarando, em seu programa semanal de rádio, o final de ano não foi lá essas coisas para comer-ciantes amapaenses. Atra-sos e até falta de pagamen-to dos salários de servidores públicos comprometeu movimento nas lojas.

MovimentoPara desovar estoques, co-merciantes apelam para promoção nesse início de ano. Com isso, lojas que nor-malmente tem poucos clien-tes nesse período, estão bastante movimentadas. Mas as margens de lucro es-tão reduzidas.

Hora-Hora

MINUTOSAniversário – Sábado, 5, o Porto de Santana comemorou 56 anos de inauguração. Prefeito Robson Rocha diz que prefei-tura não vai abrir mão da gestão portuária.

Ensaio - Neste Domingo, 6, acontece mais um ensaio de Pi-ratas da Batucada na orla de Macapá. Escola trabalha para recuperar prejuízo de 2012.

Normalidade – Passadas as festas de final de ano, movimen-to no aeroporto de Macapá vai voltando a normalidade. Es-pera-se que os preços das passagens também.

DorVANESSA FREITASPalestrante, consultora de empresas, escritora, pro-fessora universitária, executive coach, apresentado-ra do programa “Espaço da Mulher” e diretora da melhoRH consultoria. Escreve aos domingos no JD.

Li várias definições sobre a dor para aprofundar meus reais conceitos so-

bre o inexplicável sentimen-to que ocorre de forma dife-renciada para cada um de nós.

De acordo com a Interna-tional Association for the Study of Pain, a dor é um fenômeno multidimensio-nal, envolvendo aspectos fí-sico-sensoriais e aspectos emocionais.

Mas isso é muito técnico para este negócio que lateja em meu peito quando eu sinto... Dor!

Considera-se que existem três principais tipos de dor:

Dor nociceptiva: é a origi-nada nos nociceptores me-cânicos, térmicos ou quími-cos junto da área física em que ocorre o estímulo que a origina.

Dor neuropática: A Dor neuropática é uma dor pro-vocada por uma lesão ou uma doença no sistema nervoso.

Dor psicológica: é a dor de origem emocional, poden-

do, no entanto ser incapaci-tante e de difícil tratamento. O paciente sente dor a partir de pequenos estímulos, que são como que amplificados pelo seu estado emocional de medo, ansiedade, etc...

Quer saber?Dor é muito mais que tudo

isso...Dor é se sentir um “nada”

diante das pessoas que nos cercam.

Por que quando estamos fragilizados, qualquer um é mais forte e qualquer pes-soa é aparentemente mais capacitada para viver do que nós.

Dor eu sentir quando vi meus sonhos sendo rouba-dos de mim mesma: enxer-guei a minha impossibilida-de em concretizá-los.

Dor eu ainda sinto, quan-do percebo que não recebo o que julgo merecer (ás ve-zes só eu acho que mereço), mas é por isso que se torna dor.

Dor foi não ter conhecido o meu pai e sequer ter um rosto para lembrar quando

em agosto, todas as emis-soras divulgam o “dia dos pais”.

Dor eu sentir quando mi-nha filha foi para a UTI, logo após o seu nascimento. Nesta hora a dor significava: “Não posso fazer nada para salvar a vida dela”.

Quantas vezes a sua dor se resumiu a impotência? Tão simples como sentir-se im-potente seria ter a certeza de que você não consegue viver sem amor, segurança, alegria, saúde e paz.

Tudo pode gerar dor, de-pende da posição em que estamos diante do nosso objetivo.

Dor pode servir para aprender, para crescer ou para simplesmente sofrer.

Quem nunca amou até sentir dor, muita dor?

Bobagem que amor não provoca dor. Você sabe que provoca sim.

Quando amamos quere-mos “ser importante” para alguém, é nessa hora que começamos a sofrer, pois jamais iremos alcançar a im-portância “merecida” para nós. Há sempre um saldo devedor, incapaz de ser pago.

O amor é infantil, quer es-tar perto, mesmo quando

três mil quilômetros separa você do seu amor.

O amor quer apagar as do-res de quem amamos.

O amor é tão infantil, que basta receber uma mensa-gem de texto de quem amamos que ficamos sor-rindo sozinhos como se a vida fosse melhorar após esta mensagem e melhora. Melhora por que quando temos o senso de pertenci-mento, melhoramos o nos-so olhar e nossas atitudes diante da vida, neste mo-mento tornamos a “nossa” vida mágica.

Se a pessoa amada não responde a uma ligação ou uma mensagem, você logo acha que pode ter aconteci-do uma tragédia. Mesmo que o cara esteja no shop-ping tomando um suco com uma morena gostosa!

Dor é algo tão dilacerante, que choro todas as vezes que lembro que corro o ris-co de enterrar algum dos meus três filhos... Quem não morreria de dor?

Quem pode apagar a per-da de quem tanto amamos?

Tão fácil sentir dor, tão di-fícil curá-las, superar é pos-sível, esquecê-las jamais!!!

Dor: não é tão simples as-sim!

Page 3: Jornal do Dia 07/01/2013

A3JD GeralEditor: Túlio Pantoja - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

“Abra sua mente – O povo do Amapá, principalmente os eleitores, precisam abrir a mente e sair da inércia do pensamento de que em nosso Estado existem, ainda, apenas duas forças políticas.

Um ou outro – Até poucas eleições atrás, quando se falava em eleição, logo vi-nha a pergunta: votarei nos Góes ou nos Capiberibes?

Dualidade - Esse tipo de pensamento é perfeita-mente compreensível na sociedade de hoje. Afinal de contas, a dualidade acompanha a humanidade desde os primórdios: bem e mal, amor e ódio, dia e noite, bom ou ruim, certo ou errado.

Característico - A dualida-de ajuda o ser humano a compreender essa vida. Serve como um farol para todos aqueles na hora de tomar uma decisão. No campo político, esse tipo de dualidade é característi-ca dos Estados recém cria-dos que ainda não pos-suem um quadro formado de várias lideranças.

Nova realidade - Apesar do Amapá ter apenas 21

”anos, essa realidade políti-ca começa a mudar. Por exemplo, além dos Góes e dos Capiberibes, hoje o eleitor já dispõe de novas lideranças: Favachos,

Família Favacho - Os Fa-vachos têm a presidência da Assembleia Legislativa, a presidência da Câmara de Vereadores de Macapá e também de Santana. Isso sem contar os vinte verea-dores que foram eleitos com o apoio da família no último pleito.

Família Gurgel - Tem também a família Gurgel que domina o PR no Ama-pá. No último pleito de 2010 conseguiu emplacar para federal Vinícius Gur-gel (mais votado) e sua ge-nitora para estadual, Telma Gurgel.

Mais votada - Nas elei-ções de 2012, a família Gurgel elegeu a vereadora Aline, sendo a mais votada, além de outros vereadores tanto na capital quanto no interior.Família PSOL - Uma outra

[email protected]

JANDERSON CANTANHEDEJornalista

Entre Aspasforça política que surge é a do PSOL que conseguiu eleger o senador mais vo-tado, Randolfe Rodrigues, e agora o primeiro prefei-to eleito pelo partido, Clé-cio Luís. Tudo isso sem contar com outros três ve-readores eleitos aqui em Macapá.

Pergunta - A grande per-gunta que devemos fazer é a seguinte: será que es-ses grupos vão sair juntos nas eleições de 2014 ou vão continuar mantendo a independência com a bus-ca e a fomentação de ou-tras lideranças políticas até então não descobertas?

Pureza - Um outro fator que devemos analisar é a pureza que o PSOL busca manter. A legenda não aceita parcerias com parti-dos conservadores. Inclu-sive as principais lideran-ças do Amapá chegaram a ser criticadas a nível nacio-nal por terem feito essas coligações.

Coligação - A meu ver, ou o PSOL muda sua forma de dialogar e coligar com as lideranças, ou então não terá um futuro tão promissor pela frente. So-zinho não se chega a lugar algum.

Bom domingo!Siga: @cantanhede_APEmail: [email protected]

O ateu e a grande dama promíscua

DORIEDSON ALVESProfessor

Qual a verdadeira responsabilidade daquele que crê? A

fé é o firme fundamento do sujeito desesperado, atordoado com os aspec-tos da vida que ele não domina, perdido na espe-ra desiludida de um mila-gre. Os fatos o assustam pela aleatoriedade, arbi-trariedade e a irreverência dos cursos prováveis que podem tomar, sem o me-nor compromisso com aquilo que ele, em sua vã desilusão, anseia, na pers-pectiva de superar a con-trariedade daquilo que realmente quer. Mas o que lhe resta, de fato, se-não o imperativo da fé. Isso pode, enfim, tornar mais aceitável a sua con-dição deplorável. Ele é es-cravo das ilusões, aqueles que dizem, em sonetos hipócritas, aquilo em que ele precisa crer. Seria bom se lembrasse da época em que não tinha fé em nada. Tudo era absurda-mente natural, feito re-presentação do mal que fora corrompido pelas lá-grimas do povo, revolvo entre as migalhas dos amigos da grande dama promíscua. Ela, a justiça, esqueceu seu nobre ofí-cio, tão majestosamente ataviada com as divisas de uma riqueza que não deveria ostentar. Contu-do, tateando no escuro, foi capaz de encontrar o pote de ouro puro da im-punidade, escondido na alma avarenta. Agora, desfila pelos refúgios do espírito opulento daque-les que podem pagar seus mimos, tão caros quanto sua capacidade dourada de julgar.Cabe, a partir desse mo-

mento, ao ateu, então, sa-borear o fel amargo do desencantamento de seu mundo, imposto pela for-ça coerciva de uma reali-dade judiciária que lhe parece irremediável. Ele atira contra o Sol, en-quanto se esconde entre os cacos da vida cidadão que ele sequer viu nascer, tão aviltada pelas implo-sões do seu mundo medí-

ocre, encoberto pelos im-pedimentos de alguém condenado a periferia das causas de uma consciên-cia comprada. Nos tribu-nais se vê a angústia: a grande dama expõe suas varizes enquanto corre, desesperadamente, ao encontro dos bolsos re-pletos daquilo que já fora de outrem, mas agora pe-rambula pelos impérios do desejo da mulher de alma meretriz. Ela está in-juriada de arbitrar ques-tões para os miseráveis, pois aos príncipes é que ela destina seus dotes, sem nenhum constrangi-mento. O pobre ateu, por isso, será condenado, pois a jurisprudência, em seu foro privilegiado, castrou o homem justo, restando, somente, a certeza da im-punidade que ronda, feito ave de rapina, as tribunas da grande dama. Desse modo, a fé, característica de seu comprometimen-to com o mundo, lhe foi tomada violentamente, dominada na convicção de que a deusa da justa medida só se compadece dos fortes. E os fracos, são meros peões de um jogo de peças marcadas: o rei está salvo, em seu castelo de impunidades, onde re-pousa seu coração.A justiça se tornou mãe

desalmada apenas dos pobres, aos abastados, por outro lado, dispõe das anuências de seu es-pírito alegre – ela foi en-torpecida pela embria-guez de sua luxúria –, enquanto aprecia, com grande contentamento, a agonia dos egressos das masmorras de alma crimi-nosa fingida, acusados pela injúria dos perjúrios nascidos defensores de uma ação enganosamen-te justificada, na negli-gência do seu justo de-fensor, sobretudo pela incapacidade de autode-fesa do indigente, surrado pela ligeireza do falso jul-gamento. Lá se vão às dis-córdias de processos jurí-dicos assinalados pela corrupção dos vereditos, despachados pelos juízes

da lei positivista, adulte-rados por seu compro-misso em determinar juí-zos baseados em “imparcialidades” (a letra da Lei), traficados nos cárceres do direito “com-prometido” com a força do “bom julgar”. Por isso, os erros são tão comuns; contudo, sem nada mos-trar do caos no judiciário, negando as atribuições jurídicas, da grande dama promíscua, a todo aquele que se vê impedido de ter aquilo que lhe é devi-do. Ora!, como não cum-pre o seu papel, condena, os desgostosos da inge-rência judiciária, a penú-ria das deliberações inin-teligíveis, onde o sentimento de fracasso se dá na culpa de não se poder comprar aquilo que se disputa em litígio. Agora, o cândido ho-

mem se vê desampara-do, sem ter a quem re-correr. O Estado que o fez cidadão, já se prosti-tuiu a muito tempo. Além disso, nos seus se-cretariados, destinados as céleres deliberações, a justiça fornica pelos di-versos gabinetes, como cortesã ninfomaníaca, fa-minta por mais um mo-mento de prazer: será o seu último, antes que desfaleça de tanto gozo, extenuada na sua concu-piscência, tão deslum-brada com as prerrogati-vas que possui. Enquanto isso, fora das áreas no-bres dos palácios de go-verno, perambula o ateu, perdido em seus sonhos de escassez, com a cons-ciência sendo confeccio-nada para a apatia desin-teressada de uma condição legitimadora de seu algoz: a lei nati-morta, germinada em útero constitucional atrofiado, quando os constituintes eram re-presentantes da ordem dos heréticos, de onde os ateus também já ha-viam sido expulsos, por condutas desrespeitosas. A pobreza das provisões que possuíam não era suficiente para adular, servilmente, a filha pró-diga do espírito das leis: a justiça, vil mulher de fi-nos traços sedutores.

DOM PEDRO JOSÉ CONTIBispo de Macapá

O novelo de lã

Tinha uma grande festa na corte. No salão mais bonito do

palácio, o rei recebia as homenagens e os pre-sentes dos súditos. A fila dos doadores já estava quase no final quando chegou uma pobre mu-lher idosa, apoiando-se num cajado e arrastando os pés. Carregava um pequeno embrulho. Quando chegou à frente do rei abriu o pacote e lhe ofereceu um simples novelo de lã. Era o pre-sente dela e das duas ovelhas que criava. To-dos viram e não conse-guiram segurar o riso. Aquele não era presente para um rei. No entanto o soberano aceitou a oferta, cumprimentou a senhora e deu a ordem para iniciar a festa.

A idosa saiu da sala en-tre os comentários sarcás-ticos dos convidados e voltou para a sua pobre morada. Quando chegou perto, ficou apavorada. A sua casinha estava toda circundada por soldados que estavam colocando piquetes no chão e esten-diam entre eles um fio de lã branca. A mulher pen-sou que tivessem vindo para prendê-la, porque o rei tinha ficado ofendido com o seu humilde pre-sente. O comandante dos guardas, porém, fez uma reverência para a idosa e disse:

- Por ordem do nosso bom rei toda a terra que poderá ser circundada pelo fio de lã, que você levou para ele, será sua.

Assim a generosa se-nhora recebeu com a mesma medida com que havia doado.

O sentido da solenidade

da Epifania vai muito além da forma literária do relato de uma viagem e do encontro dos Magos com o menino Jesus. Apesar do medo, da inve-ja e do ódio de Herodes, a Epifania é a festa da luz – a estrela – da alegria e da fé. Sobre os Magos, não sabemos de onde vieram e qual outro caminho pe-garam para voltar na terra deles. No entanto eles sempre representarão to-dos os homens e mulhe-res de boa vontade que buscam um sentido mais profundo e bonito da vida. Precisamos de luz, porque com ela todos nós enxergamos mais e melhor. Na escuridão da ignorância e da dúvida, é muito difícil acertar o ca-minho. A alegria é, tam-bém, a lógica consequên-cia de quem dá um rumo novo à sua vida, cheio de confiança porque está convencido que é o rumo certo. Por fim, confiança é outro nome da fé, sobre-tudo quando podemos conhecer mais de perto e melhor o nosso Deus. Por sua vez, a fé se torna luz para as nossas decisões nas encruzilhadas da vida e mantém o nosso cora-ção alegre e esperançoso.

Com efeito, a página do evangelho deste do-mingo reaviva em nosso coração a esperança que um dia todos os povos da Terra possam vibrar de alegria, felizes por ter en-contrado o Senhor, por serem capazes de adorá--lo como ele merece, cheios de gratidão e re-conhecimento por tão grande amor. Os Magos manifestam esses senti-mentos com os seus pre-sentes: o ouro, o incenso

e a mirra. Quem enten-deu o dom que Deus nos fez vindo ao nosso encontro com a sua hu-manidade sente a ne-cessidade de também oferecer algo. Mas o que podemos dar ao nosso Rei que ele já não tenha? Os presentes dos Ma-gos, bem entendemos, nada acrescentam à di-vindade do Menino Deus, nada mudam da pobreza humana que escolheu, em nada ame-nizam o seu sofrimento e a sua morte na cruz. Reconhecem, porém, quem ele é e o que irá realizar – e já realizou - para esta humanidade ainda tão temerosa e desconfiada.

“Que tens que não te-nhas recebido?” (1 Cor 4,11) pergunta Paulo aos Coríntios. É verda-de. Sempre pedimos tanto a Deus, cobramos felicidade, bens, alegria, saúde, vida. Damos tão pouco a ele – e aos po-bres - e raramente agra-decemos.

Ele não precisa dos nossos presentes, mas eles são uma declara-ção da nossa fé, um hu-milde reconhecimento da sua grandeza e do seu amor. Somente as-sim teremos o coração aberto para receber mais, não numa troca, mas na gratuidade e na generosidade que so-mente o amor explica. É isso que faz todo pre-sente precioso.

Como o novelo de lã da pobre senhora. O que para os outros era sem valor e objeto de zombaria, para o Rei foi um rico presente, por-que junto ao fio de lã estava o coração da mu-lher. É só o que Jesus nos pede, mas é tão difí-cil e por isso vale muito.

Muitos historiadores já declararam que sempre deparam

com a falta de evidência direta das coisas. No ro-mance O sentido de um fim, de Julian Barnes, um pequeno diálogo, aqui li-geiramente modificado, torna-se pertinente:

“— Nada pode substi-tuir a ausência do teste-munho!

— De certa forma, não. Mas os historiadores pre-cisam tratar a explicação de um evento dada por um participante, com cer-to ceticismo. Normalmen-te, a declaração feita com um olho no futuro é a mais suspeita.

— Se o senhor acha!— E estados de espírito

podem, muitas vezes, ser inferidos a partir de ações. O tirano raramente envia bilhete manuscrito solici-tando a eliminação de um inimigo”.

Como o excerto tenta mostrar, será que a histó-ria é, de fato, apenas uma versão escrita pelos vito-riosos com pitacos de la-múria dos derrotados? Isso significa que não há, nem nunca houve, um sentido objetivo para co-nhecer nossas trajetórias? Será que o método sem-pre amputará — talvez o método implique nisso — parte da realidade e ana-lise só o que lhe convém?

Se a história não é neu-tra, como confiar em qualquer relato, narrativa ou conhecimento? Afinal, se a história, como ciência das humanidades, é um procedimento científico, deve haver como aferir se o que se afirma de um pe-

Natureza do tempoPaulo RosenbaumMédico e escritor

ríodo corresponde ou não à verossimilhança (o má-ximo que podemos aspi-rar em relação à verdade).

Nossa sorte é contar-mos com contextos e efeitos. Efeitos são os re-gistros dos impactos — estes mais ou menos con-fiáveis — para detectar se os eventos realmente produziram os resultados que deles se afirma. Há uma patologia comum, da qual parcela significati-va da esquerda padece. Para ela e seus soldados acríticos, os desvios serão esquecidos — vale dizer, deletados — quando os “resultados sociais” forem melhor conhecidos. Uma bobagem perigosa! Em geral, este é o epicentro da corrosão, o grande ar-gumento de que, desde sempre, todos os regimes lançaram mão para justifi-car abusos e fomentar de-sejos autoritários.

Este pode ser um dos diagnósticos para a afa-sia da oposição, que, inerte, assiste aos des-mandos e manobras fe-derais. Sim, há motivos de sobra para desconfiar do tom pseudoconcilia-tório, um dia depois das posses. E como a oposi-ção insinua que não pode — será que não? — ir contra a bonança produ-zida às custas do descon-trole orçamentário, imo-biliza-se diante do aberto e imodesto uso da má-quina do Estado por par-te da administração fede-ral. Sem um pio, como qualquer resistência es-pera ser bem sucedida?

Assim, por uma omissão que tem custado a todos

nós a supremacia de uma dinastia, a oposição esco-lheu dois caminhos, igual-mente desastrosos: coçar a cabeça à espera de al-guma ideia brilhante ou torcer para que os escân-dalos sucessivos se con-vertam em asfixia política. Poder-se-ia chamar isso de improbidade oposicio-nista, e o resultado práti-co já está anunciado: per-deram o bonde.

Ainda não perceberam que — mesmo que apa-reça aquela prova mate-rial, uma gravação, um filme, o tal ato de ofício, assinado e rubricado, com firma reconhecida em cartório — o triunfo eleitoral deste regime está, por ora, garantido. Não é fortuito que mui-tos ganhadores das últi-mas eleições sejam ex--oposicionistas que pularam do navio para salvar suas peles e em-barcaram na fragata go-vernista, ávida por ade-sistas, venham de onde vierem. Já que, como diz o refrão, está tudo domi-nado e não há mesmo com quem contar, que tal embarcar na alienação controlada e esquecer um pouco a miséria psí-quica da política?

Faz tempo que gente independente da neurop-siquiatria descobriu que existe uma amnésia be-névola, implantada em nós como respiro. Então, na próxima rodada, seja mais generoso, esqueça o método e despache o destino para as mereci-das férias.

Assim vamos apren-dendo, solitários, que o tempo é apenas um lugar onde a memória selecio-na lembranças como bem entender.

Page 4: Jornal do Dia 07/01/2013

A4JD GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Veja a lista completa dos candidatos para as Algemas de Ouro 2012: Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Erenice Guerra (PT), Fernando Pimentel (PT), Fernando Cavendish (Delta),Jader Barbalho (PMDB-PA), José Roberto Arruda (ex-DEM--DF), Lula (PT), Paulo Maluf (PP-SP), Sérgio Cabral (PMDB-RJ)O Movimento 31 de

Julho, grupo criado no Rio de Janeiro e

que atua na internet no combate à corrupção, lan-çou na última segunda--feira, 2, a segunda edição do Troféu Algemas de Ouro. O concurso, cuja votação será realizada pelo Facebook, vai eleger o campeão da impunida-de depois de envolvimen-to em casos de corrupção no Brasil.

A lista dos candidatos é encabeçada pelo ex-sena-dor Demóstenes Torres, cassado após envolvi-mento no esquema che-fiado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em seguida, aparece o depu-tado Eduardo Azeredo (PSDB), cujo nome está enredado no caso do mensalão tucano em MG. Entre os candidatos, estão também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Paulo Maluf (PP).

ResultadoA votação acontece até

o dia 15 de janeiro e o re-sultado deve sair somente no dia 20.

A primeira edição do Troféu Algemas de Ouro, realizada em 2011, foi vencida pelo senador José Sarney (PMDB), que obte-ve 60% dos 7 mil votos. Nesse ano, as Algemas de Prata ficaram com o ex--ministro José Dirceu (PT) e as de Bronze, com a de-putada federal Jaqueline Roriz (PMN).

Movimento comça a ganhar força nas redes sociais que luta contra a corrupção no país, conforme dados não oficiais o ex-presidente Lula lidera com uma certa margem a votação

Movimento faz enquete para eleger político mais corrupto de 2012

PF apura suposto esquema ilegal de espionagem de políticosCom base em docu-

mentos entregues pelo deputado Miro

Teixeira (PDT-RJ) ao minis-tro da Justiça, José Eduar-do Cardozo, a Polícia Fe-deral apura ações de um suposto grupo criminoso que teria feito espiona-gem ilegal de políticos, se-gundo informou na edição deste sábado (5) o jornal “O Estado de S. Paulo”.De acordo com os docu-

mentos enviados por Miro Teixeira, parlamen-tares como Blairo Maggi (PR-MT) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) foram grampeados.Miro Teixeira disse ao G1

que, em julho de 2012, após uma sessão da CPI do Cachoeira, recebeu uma pessoa que se dizia ameaçada.Segundo o deputado,

essa pessoa disse que o grupo prestava serviços independentemente de partido ou linha ideológi-ca. “Eles se valiam de in-

formações sobre privaci-dade das pessoas para fazer chantagem e obter vantagens”, disse Miro Teixeira.O deputado afirmou

que, na documentação que enviou ao Ministério da Justiça, havia transcri-ções de telefonemas do senador Blairo Maggi, do deputado Carlos Leréia e do ex-senador Demóste-nes Torres, que teve o mandato cassado após suposto envolvimento com a organização do bi-cheiro Carlinhos Cachoei-ra. Para Teixeira, o grupo que faz espionagem não está vinculado ao esque-ma de Cachoeira. “É outra organização”, disse.Ainda de acordo com o

deputado, um trecho transcrito de uma grava-ção mostrava um arapon-ga oferecendo serviços e dizendo que conseguiria os dados de qualquer pessoa, “até da presiden-

te Dilma Rousseff”. “Essa menção à presidente é algo de um falastrão que queria mostrar seu traba-lho”, disse.Miro Teixeira diz que fez

cópia da documentação e entregou ao presidente da Câmara dos Deputa-dos, Marco Maia (PT), que encaminhou à Procurado-ria-Geral da República, e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.“Não há cidadão que te-

nha a sua privacidade ab-solutamente assegurada. Existem agentes de esta-do ou pessoas que ja-mais passaram por orga-nizações do estado que usam equipamentos pú-blicos para acompanhar a vida de outras pesso-as”, disse.Para o deputa-do, “há uma farra na compra de equipamen-tos e escutas telefôni-cas”. Segundo ele, é pre-ciso controlar a venda desse material.(G1) Polícia Federal apura ações de um suposto grupo criminoso que teria feito espionagem ilegal de políticos

Suplente preso pela PF em 2011 toma posse como deputadoPreso em agosto de

2011 pela Polícia Fe-deral durante a Ope-

ração Voucher, o suplente Colbert Martins (PMDB--BA) tomou posse na Câ-mara dos Deputados na noite desta quinta-feira (3). Martins assumiu a vaga pertencente ao de-putado Maurício Trindade (PR-BA), que se licenciou do mandato para assumir a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobre-za de Salvador.A operação Voucher ti-

nha por objetivo dissolver um suposto esquema de desvio de recursos no Mi-nistério do Turismo. Na época em que foi preso,

Colbert Martins era secre-tário nacional de Desen-volvimento de Programas de Turismo, órgao do mi-nistério. Ele ficou quatro dias detido.Nesta sexta (4), Colbert

Martins afirmou ao G1 que é inocente e que não se sente constrangido por retornar à Câmara após ter sido preso.“Eu estou absolutamen-

te tranquilo. Sou inocen-te. Espero que o julga-mento ocorra de forma rápida e vou mostrar mi-nha inocência. Fui vítima de uma situação e espe-ro que a Justiça faça sua parte”, disse.Colbert, que antes já ti-

nha sido deputado fede-ral, afirmou que ainda não foi ouvido pela Justi-ça no processo referente à Operação Voucher, e que espera prestar de-poimento em breve.“Só tive uma defesa pré-

via, mas ainda não fui ou-vido. A exposição que tive [com a prisão], consi-dero indevida. Vou provar que sou inocente”, disse.

Outra posseAlém de Colbert, tam-

bém foi empossado na noite de quinta o deputa-do Fernando Lopes (PMDB-RJ), que assumiu no lugar de Rodrigo Beth-lem, licenciado para assu-

mir a Secretaria de Gover-no do Rio de Janeiro.Com as posses ocorri-

das à noite, foram ao todo 17 os suplentes que assu-miram vagas na Câmara nesta quinta.Destes, 12 se tornaram

titulares do mandato no lugar de deputados que renunciaram porque se elegeram prefeitos na eleição do ano passado. Outros cinco assumiram nas vagas de parlamenta-res que estão licenciados.Quando um deputado

renuncia porque se ele-geu prefeito, o suplente que assume se torna o titular do mandato. No caso do parlamentar que

se licencia porque foi nomeado secretário de governo municipal, por exemplo, o suplente tem de deixar o mandato se o titular decidir voltar à Câmara.

Outros empossadosEntre os parlamentares

que assumiram manda-tos como titulares nesta quinta está o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos Nilmário Miran-da (PT-MG). Ele passou a ocupar o cargo que era de Paulo Piau (PMDB--MG), que renunciou ao mandato na Câmara para assumir a Prefeitura de Uberaba (MG).(G1)

Page 5: Jornal do Dia 07/01/2013

A5JD GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Veja a lista completa dos candidatos para as Algemas de Ouro 2012: Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Erenice Guerra (PT), Fernando Pimentel (PT), Fernando Cavendish (Delta),Jader Barbalho (PMDB-PA), José Roberto Arruda (ex-DEM--DF), Lula (PT), Paulo Maluf (PP-SP), Sérgio Cabral (PMDB-RJ)

Movimento comça a ganhar força nas redes sociais que luta contra a corrupção no país, conforme dados não oficiais o ex-presidente Lula lidera com uma certa margem a votação

Movimento faz enquete para eleger político mais corrupto de 2012

PF apura suposto esquema ilegal de espionagem de políticos

Assembleia venezuelana inicia sessão sob incerteza da posse de Hugo Chávez

O número de medidas provisórias (MPs) editadas nos dois

primeiros anos do gover-no da presidente Dilma Rousseff diminuiu 37% em relação ao mesmo perío-do do primeiro mandato do antecessor dela, o ex--presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Entre janeiro de 2011 e

dezembro de 2012, Dilma assinou 81 medidas provi-sórias; Lula editou 129 en-tre janeiro de 2003 e de-zembro de 2004. Até o momento, a média mensal de MPs de Dilma é de 3,3; a de Lula, no período equi-valente, é de 5,3.Mesmo com uma ampla

base de apoio ao seu go-verno no Congresso Na-cional, Dilma, a exemplo de seus antecessores, tem optado por recorrer à cria-ção das MPs para driblar o tempo de discussão dos temas no Legislativo, mes-mo em relação a assuntos que, aparentemente, po-diam ter sido analisados pelos parlamentares antes de serem colocados em prática. Segundo a Consti-tuição, as MPs devem ser utilizadas apenas em questões de caráter ur-gente e relevante. A partir de sua publicação, ela passa a ter eficácia ime-diata e tem prazo de até 120 dias para ser votada na Câmara e no Senado.Publicada em 10 de ou-

tubro de 2012, a MP 584 implementou medidas tri-butárias referentes à reali-zação, no Rio de Janeiro, dos Jogos Olímpicos e das Paralimpíadas. A me-dida retira impostos fede-rais da produção de tro-féus e medalhas para os eventos que irão ocorrer somente em 2016.Já a MP 593, de 5 de de-

zembro, instituiu o Progra-ma Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Empre-go (Pronatec). Entre ou-tras iniciativas, o dispositi-vo ampliou o rol de

MEC cerca deputados ‘educadores’A proposta de criação do INSAES – Instituto Nacio-

nal de Supervisão e Avaliação da Educação Superior visa em especial fechar o cerco a 2.081 instituições de ensino superior particulares, nas quais estudam 5.706.753 de alunos. Curiosamente, muitas delas são de propriedades de deputados federais e estaduais, com autorização do próprio MEC nos últimos 10 anos. O contingente de alunos é quatro vezes maior que o de matriculados nas federais (1.032.936).

Coluna

ESPLANADA POR LEANDRO MAZZINI JornalistaTwitter @leandromazzini

Há vagasComo divulgado pela

coluna, o INSAES pro-põe a criação de mais de 500 cargos para que funcione. A corrida já é grande entre funcioná-rios de ministérios.

Raios xDados do MEC: o país

tem 2.365 Instituições de Ensino Superior. 284 são públicas; 190 são univer-sidades, 131 centros uni-versitários, 2.004 são fa-culdades e 40 Cefets.

Freio diplomático

Ao contrário do ex-presidente Lula, que dis-tribuiu desde 2009 novas embaixadas por pa-íses da África e Ásia, a presidente Dilma freou o gasto internacional preocupada com o Or-çamento. A assessoria do Ministério das Rela-ções Exteriores garante que não há previsão de novas unidades no exterior até fim de 2014.

Tatto no prato

O ex-deputado Jil-mar Tatto, secretário de Transportes de Haddad, involunta-riamente pode deixar o prefeito em situa-ção delicada no Orça-mento da Educação. Ele apresentou em Brasília projeto que garante merenda aos professores da rede municipal pelo país.

Parlamento verde

O setor produtivo rural está furioso. Re-clama que só tem duas cadeiras e há ambientalistas de so-bra nas outras 11 va-gas do Conselho Na-cional do Meio Ambiente (Conama), que elege dia 25 membros para o biê-nio 2013-2015.

Ponto C

O Conama é dos mais importantes no governo. É por ele que passam licenças para muitas megao-bras do PAC. E às ve-zes ele trava, para va-ler.

Concorrido

Veja o prestígio do Conselho Nacional de Justiça. Terminou na sexta a inscrição, com registro recorde, para concurso com preenchimento de 177 vagas.

Altos Poderes

O ministro Carlos Alberto Reis de Paula, do Tribunal Superior

do Trabalho e inte-grante do CNJ, deixa o cargo de conselhei-ro em Março, quando assumirá a Presidên-cia do TST. “O CNJ veio para mudar a Justiça”, afirma.

Dobrada petista

O Ministério da Saú-de, de Alexandre Pa-dilha, investiu nos úl-timos três anos R$ 1,39 bilhão no Pro-grama Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitá-rios, desenvolvido em parceria com o MEC, outra pasta do PT.

Batalha Pantaneira A Comissão da Ama-

zônia da Câmara aprovou projeto que eleva o Pantanal à condição de patrimô-nio nacional. Para Mato Grosso, o Pan-tanal de lá é mais belo. Mas os sulma-togrossenses dizem que seu Estado tem a maior área do bioma.

Dinheiro no bolso

O brasileiro tem apostado mais na lo-teria. Levantamento da Caixa mostra que, só com as Mega da Virada, o bancão ar-recadou R$ 472,5 mi-lhões em 2010, R$ 549,3 milhões em 2011 e R$ 640,5 mi-lhões ano passado.

Ponto Final

Diploma universitá-rio virou um grande negócio.

ReaçãoPreocupado com a qualidade, o MEC enviou proje-

to para debate na Câmara e não vai recuar. A asso-ciação das faculdades promete reagir mês que vem.

Dilma edita menos MPs que Lula nos dois primeiros anos de mandato

beneficiários da Bolsa--Formação Estudante.Em outros casos, as me-

didas provisórias publica-das na gestão Dilma servi-ram tanto para abrir linhas de crédito extraordinárias para ministérios quanto para conceder à iniciativa privada a administração de portos, aeroportos e rodovias.Em 2012, duas medidas

provisórias se destacaram por tentar reverter derro-tas do Executivo na vota-ção de projetos de lei po-lêmicos no Congresso. A solução encontrada por Dilma Rousseff foi vetar re-gras aprovadas por sena-dores e deputados, com-pensando-as com MPs.Foi assim em maio, na

sanção do novo Código Florestal, em que o Execu-tivo alargou por MP as fai-xas de reflorestamento exigidas em desmatamen-tos nas margens de rio, entre outras regras mais duras para agricultores. Em dezembro, o Executi-

vo lançou medida para aplicar na educação royal-ties arrecadados com a produção de petróleo, o que havia sido derrubado na Câmara.

DescompassoLíder do governo na Câ-

mara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) atribui o excesso de MPs editadas pela Presidência da Repú-blica a um descompasso entre as prioridades do Legislativo e do Executivo. Segundo Chinaglia, “há um conflito inerente aos papéis dos dois poderes”.“Como vivemos em um

regime presidencialista, o Parlamento nem sempre compartilha das respon-sabilidades e dos prazos exigidos do governante”, analisa. Na visão de Chi-naglia, o governo federal precisa de mecanismos mais ágeis do que o rito legislativo para garantir o funcionamento da máqui-na pública.“O Parlamento tem seu

ritmo próprio. Cada pro-jeto passa por duas, três comissões antes de ser votado em plenário. Mas é preciso mudar alguma coisa [em relação ao alto número de MPs editadas pelos presidentes da Re-pública]”, ressalta o pe-tista.

ExcessoÀ frente da bancada do

PSDB na Câmara, o de-putado Bruno Araújo (PE) avalia que as medi-das provisórias foram uti-lizadas de forma “exces-siva” pelos últimos governos, inclusive, diz o líder tucano, pela gestão Fernando Henrique Car-doso (1995-2002).Ao lon-go dois oito anos em que esteve no comando da Presidência, FHC publi-cou 334 MPs. É o segun-do presidente que mais recorreu ao instrumento desde a redemocratiza-ção. O primeiro foi Lula, com 414 MPs em oito anos de governo. (G1)

Mesmo com uma ampla base de apoio ao seu governo no Congresso Nacional, Dilma, a exemplo de seus antecessores, tem optado por recorrer à criação das MPs

Polícia Federal apura ações de um suposto grupo criminoso que teria feito espionagem ilegal de políticos

A Assembleia Nacional venezuelana inicia as sessões neste sába-

do (5) em meio a um deba-te amargo entre o governo e a oposição sobre a pos-se, prevista para quinta--feira, do presidente Hugo Chávez, hospitalizado em Cuba em estado grave.O governo convocou

seus partidários a protes-tarem em frente à sede do Parlamento (unicameral), para evitar, segundo o pre-

sidente Diosdado Cabello, que a oposição utilize a sessão para “conspirar contra o povo”.Cabello, de 49 anos e

atual número dois do Par-tido Socialista Unido da Venezuelax (PSUV-gover-nista), considerado linha--dura, deve ser reeleito neste sábado presidente da Assembleia Nacional, indicam analistas. Chávez, de 58 anos, sofre uma in-suficiência respiratória

Suplente preso pela PF em 2011 toma posse como deputado

causada por uma severa infecção pulmonar, mais de três semanas depois de ter sido operado para a retirada de um câncer. O governo sustenta que o juramento de Chávez, previsto pela Constituição para o dia 10 de janeiro perante a Assembleia Na-cional, é uma mera forma-lidade, e que o próprio texto prevê que, em caso de impossibilidade, o pre-sidente pode fazê-lo pe-rante o Supremo Tribunal de Justiça, sem fixar uma data. A oposição insiste que, se o chefe de Estado não puder tomar posse, o presidente da Assembleia Nacional, que será eleito neste sábado, deverá fa-zê-lo de forma temporária. Segundo a oposição, no dia 10 de janeiro termina o mandato de Chávez, e, consequentemente, de todo o seu gabinete. As-sim, se não assumir a pre-sidência para o seu tercei-ro mandato, deverá ser declarada a “falta tempo-rária” do chefe de Estado.O debate constitucional

ocorre no âmbito de uma forte comoção dos segui-dores de Chávez por seu grave estado de saúde, e de acusações, por parte do governo, de que a oposição estaria traman-

do um “golpe de Estado” para tirar o presidente do poder. Centenas de pes-soas vestidas com as tra-dicionais camisas verme-lhas estavam concentradas na manhã deste sábado em frente à Assembleia Nacional, no centro histórico de Cara-cas, para apoiar o presi-dente.“E voltará, e voltará, o

comandante voltará. Chá-vez, te amamos e aqui te esperamos”, gritavam os simpatizantes do presi-dente. Os deputados da oposição, 40% do total, sofrem a acusação, lança-da na sexta-feira à noite pelo vice-presidente, Ni-colás Maduro, de que ten-tam um golpe contra o presidente, e de estarem na origem de rumores so-bre sua saúde.Chávez, hospitalizado

desde 11 de dezembro em Cuba, depois de pas-sar pela quarta cirurgia contra um câncer, estabe-leceu que, caso fique in-capacitado de exercer a presidência, quem deve assumir interinamente é Maduro - de 50 anos, e também chanceler - apon-tando-o como candidato do PSUV à presidência caso seja preciso convo-car eleições.(G1)

[email protected]@colunaesplanada

Com Vinícius Tavares, Marcos Seabra e Adelina Vasconcelos

Page 6: Jornal do Dia 07/01/2013

A6JD EsporteEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Por causa de penhoras que bloqueiam os recursos que entrariam no clube, joga-dores e comissão técnica voltaram ao trabalho com um mês de salário atrasado

São Paulo encaminha dispensa de encostados para se livrar de insatisfeitos no elenco

Problema financeiro vira protagonista no Fla em 2013, mas aproxima time e diretoria

Jogadores do Fla dão sinais de que confiam nos dirigentes por fim da crise financeira

O momento financeiro complicado vivido pelo Flamengo toma

conta do dia a dia no Ninho do Urubu. O assunto se tor-nou recorrente nos basti-dores da Gávea no ano passado e voltou com força total nos primeiros dias desta temporada. E a ques-tão não é ignorada pela di-retoria. Movimentações no mercado da bola ficam em segundo plano em meio aos salários atrasados. A disposição do Flamengo em honrar os compromis-sos anima os jogadores. O discurso é de paciência e confiança na capacidade dos cartolas. Por causa de penhoras

que bloqueiam os recursos

que entrariam no clube, jo-gadores e comissão técnica voltaram ao trabalho com um mês de salário atrasado, assim como parte do 13º. A nova gestão do Flamengo, comandada pelo presiden-te Eduardo Bandeira de Mello, não nega os débitos e prioriza forças para encer-rar os problemas. Apesar de não ser uma escolha agra-dável aos torcedores, a es-tratégia aproxima elenco e diretoria do Rubro-Negro.“Temos problemas finan-

ceiros e vamos enfrentá--los, sempre falando a ver-dade. Vamos tentar sanar tudo, mas agora toda a re-ceita que entra no Flamen-go é bloqueada. Nós va-mos pagar os salários,

vamos colocar as pendên-cias em dia. Estamos sendo transparentes, e os jogado-res entenderam”, afirmou o diretor executivo Paulo Pe-laipe, ao SporTV.Um dos líderes do elenco

do Flamengo, o goleiro Fe-lipe atuou como porta-voz para explicar que a nova di-retoria do clube tem o apoio dos atletas. “Sabe-mos que é complicado co-meçar o ano assim, mas eu entendo os problemas fi-nanceiros. Eu acompanho tudo pela imprensa e sei que as penhoras não dei-xam o dinheiro chegar no clube. A nova diretoria vai se empenhar para isso se resolver e vamos esperar”, avisou o camisa 1.

Pelaipe reforça a intenção de atender aos anseios dos profissionais que já estão no clube, antes de partir para o mercado em busca de reforços. Por enquanto, o Flamengo não contratou nenhum jogador. A direto-ria já descartou nomes como Vargas, Nenê e Jorge Henrique. “Não podemos deixar passar o poder de uma grife. O Flamengo é uma religião, dada a pai-xão dos torcedores. Temos que fazer um trabalho sé-rio e montar um time com-petitivo. Mas vamos traba-lhar dentro da realidade para cumprir os compro-missos com os profissio-nais que temos”, encerrou o cartola.. (uol)

O Fluminense conti-nuou com a rotina de exames médicos e

reavaliações físicas em seus jogadores na manhã desta sexta-feira. Os profissionais do clube dividiram atletas em grupos. Alguns deles fo-ram para o campo das La-ranjeiras, onde realizaram exercícios leves. Outros fica-ram na academia, enquanto uma parte do elenco trico-lor se deslocou até a beira da piscina do clube para re-alização de testes.

O segundo dia de trabalho do Fluminense na tempora-da 2013 foi intenso para os preparadores físicos tricolo-res. No gramado das Laran-jeiras, que sofre reformas para receber treinos da equipe no decorrer do ano, os atletas fizeram aqueci-mento e correram. Os exer-cícios foram bem leves.

O período de preparação

começou nas Laranjeiras, mas terá continuidade em Atibaia (SP). O elenco segue para a cidade neste sábado para trabalhos sob o co-mando do técnico Abel Bra-

ga até o dia 16 de janeiro.No mercado de contrata-

ções, o Fluminense segue tímido. O clube ainda busca um lateral direito - Welling-ton Silva está apalavrado e

será anunciado oficialmente nos próximos dias -, um la-teral esquerdo e um meia, que pode nem ser contrata-do caso Abel Braga não sin-ta necessidade.. (uol)

O São Paulo não fará esforço para manter quatro atletas que

considera insatisfeitos. Cí-cero, Juan, Henrique e Paulo Assunção foram dis-pensados do início da pré--temporada e já acertam com outros times para jo-gar nesta temporada.

Segundo o vice-presi-dente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, a li-beração não terá obstácu-lo e acontece para evitar que jogadores que não querem ficar no elenco fi-

quem infelizes. “A gente tem a linha de não segurar atletas infelizes. Claro que vamos sempre zelar pelos nossos interesses e não va-mos liberar qualquer atle-ta, mas entendemos que não podemos deixar atle-tas infelizes. O tempo nos mostra isso”, disse o carto-la. Sendo assim, Cícero será apresentado pelo Santos em breve. Ele até já treinou no clube na cidade litorânea na última sexta--feira. Paulo Assunção assi-nará um contrato de dois

anos e meio com o La Co-ruña, da Espanha. O volan-te veio para tapar buraco em uma época que muitos atletas da posição estavam sem condições de jogo. Henrique acerta os últimos detalhes para se transferir para o Botafogo. Juan é o único que tem seus deta-lhes ainda a definir. Segun-do a diretoria e também a assessoria de imprensa do lateral esquerdo, o jogador estuda propostas. Tudo porque ele não gostaria de ficar na reserva de Cortez,

titular absoluto de Ney Franco e jogador que mais partidas fez com a camisa do São Paulo em 2012.

Em contrapartida, o time já assegurou as chegadas do zagueiro Lúcio, que estava na Juventus-ITA, de Negueba, emprestado pelo Flamengo, de Aloí-sio, que jogou 2012 pelo Figueirense, e está bem perto de anunciar o acer-to com Eduardo Vargas e Wallysson, respectiva-mente, do Napoli-ITA e ex-Cruzeiro. (uol)

Apesar de Diego Tar-delli mudar discurso e admitir “forçar” a

saída do Al-Gharafa, do Qatar, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, disse que a negocia-ção para repatriar o ata-cante é complicada e evi-tou reavivar o ânimo da torcida. “Estamos lutando, mas continuo pouco espe-rançoso”, disse o dirigente.

Diego Tardelli disse que tentaria obter a liberação do Al-Gharafa para retornar ao Atlético. O atacante dis-se que deseja voltar a atuar no Brasil nesta temporada e irá conversar com o dono do clube na próxima sema-na. Apesar da dificuldade em repatriar o atacante, Alexandre Kalil afirma que Tardelli segue nos planos do Atlético para a tempora-da. O jogador, que defen-deu o time mineiro entre 2009 e 2011, seria a “cereja do bolo” que o presidente disse ainda faltar para o grupo atleticano.

“A torcida do Atlético pode saber que estou lu-tando. Estamos lutando em trazer o Tardelli, que não é barato, não é promessa nem nada, mas estamos lu-tando. Renovamos com o Ronaldinho, não abrimos

mão do Bernard, mantive-mos o nosso grupo e isso custa muito dinheiro”, res-saltou Kalil, em entrevista a Rádio Itatiaia.

A grande dificuldade en-contrada pela diretoria atle-ticana ainda é em relação às negociações com o Al-Gha-rafa, já que o dono do clube não aceita fixar um valor por Tardelli. Além disso, o clube mineiro terá de con-seguir um acordo financei-ro com o atacante.

Apesar da retomada das negociações, que já aconte-cem desde novembro, com advogados ligados ao Atlé-tico no Qatar, para tentar a liberação de Tardelli, o Atlé-tico iniciará a pré-tempora-da sem o anuncio da “cere-ja” prometida pelo presidente para a disputa da Libertadores.

A pré-temporada atletica-na, que acontecerá na Cida-de do Galo, terá como novi-dades apenas os volantes Gilberto Silva, que atua também como zagueiro, e Rosinei e o atacante Luan. Alecsandro também deverá se apresentar, apesar do acordo não estar totalmen-te fechado, dependendo ainda de um acerto do ata-cante Leonardo com o Vas-co. (uol)

O primeiro grande mico da Copa São Paulo de Futebol Jú-

nior abriu caminho para o Santos (SP) estrear com vi-tória na abertura da tem-porada 2013. Apontado como um dos candidatos ao bicampeonato da Copi-nha, o Peixe venceu o Remo por 3 a 0, nesta sex-ta-feira à tarde, no estádio Alfredo Chiavegato, em Ja-guariúna (SP), pelo Grupo V. O diferencial dos times, que fizeram um duelo equilibrado, foi a falha do goleiro do time paraense (assista ao vídeo com os principais lances).Logo a seis minutos de

partida, Elielton pratica-mente garantiu a vitória do Santos. Após cobrança de falta e desvio de cabeça de Jubal, o goleiro foi displi-cente ao tentar desviar para escanteio e ir com a mão frouxa para a bola. Acabou furando e vendo seu time atrás no placar logo nos primeiros movi-mentos da partida.A falha, porém, foi o único

erro de Elielton na partida. Forçado a trabalhar no res-tante do duelo, o goleiro pegou um pênalti cobrado por Gustavo Henrique, aos 16 minutos do primeiro tempo, e fez ótima defesa em chute de Lucas Otávio, de fora da área.No embalo do cresci-

mento de seu goleiro, o Remo dificultou a vida do Santos e poderia sair de Jaguariúna com um placar melhor. A primeira chance criada foi em contra-ata-que, finalizado por Biro

por cima do travessão. Na etapa final, Rodrigo acer-tou a trave esquerda de Gabriel, enquanto Jayme parou em grande defesa do camisa 1 santista.A chance de o Remo sur-

preender acabou aos 33 minutos. Destaque na base do Guarani (SP) e contratado pelo Santos no início do ano passado, Léo Citadini aproveitou jogada de Stefano Yuri pela esquerda e bateu cruzado, sem chance para Elielton. Quase nos acrés-cimos, o Peixe teve a chance de ampliar com Giva, em mais uma co-brança de pênalti. O cami-sa 11 bateu no canto di-reito, mas mandou fora.O que Giva não fez, Yuri

garantiu no último minuto do tempo regulamentar. O camisa 19 invadiu a área e bateu no canto direito alto. Elielton ainda tocou na bola com a ponta dos dedos, mas não evitou o terceiro gol do Santos.O Santos divide a lide-

rança do Grupo V com o São Mateus (ES) que, na preliminar, venceu o Co-rinthians (AL) por 1 a 0, gol do atacante Tácio (o Peixe tem vantagem por ter marcado dois gols a mais). Os dois clubes, aliás, dis-putam a primeira posição na próxima segunda-feira, às 16h, novamente em Ja-guariúna. Duas horas an-tes, Corinthians (AL) e Remo se enfrentam tam-bém no Alfredo Chiavega-to, em busca dos primei-ros pontos na Copinha. (remo100porcento)

Fluminense dá sequência à rotina de exames, mas coloca jogadores em campo

Kalil não se anima com mudança de discurso de Tardelli e se diz “pouco esperançoso”

Santos perde dois pênaltis, mas aproveita “mico” e vence o Remo

Jogadores do Fluminense, como Rafael Sobis (esq.), foram ao campo das Laranjeiras

Diego Tardelli admitiu “forçar saída” do Al-Gharafa para voltar ao Atlético

Page 7: Jornal do Dia 07/01/2013

A7JD EsporteEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Enquanto isso...

Preocupação corintiana era de que, ao pagar muito mais para o atacante, poderia deixar contrariados outros jogadores

Corinthians mantém salário oficial de Pato similar a outros para evitar guerra de egos

Riquelme diz que não volta ao Boca e reacende esperança do Palmeiras em contar com o meia

Oficialmente, Alexandre Pato deve receber entre R$ 400 mil e R$ 500 mil

Juan Román Riquelme pode voltar a ser assunto no Palmeiras para reforçar o time

Velásquez acerta Cigano na grade no UFC 155: brasileiro falou em “mentalidade errada”

Após ser vítima de insultos racistas em amis-toso, Boateng pensa em deixar a Itália

As ofensas sofridas racistas proferidas contra Boateng no amistoso entre o Milan e o Pro Patria, clube da quarta divisão italiana, na última sexta-feira podem ter sido a gota d’água para o alemão. Após o episódio, o meia decla-rou que irá se reunir com seu empresário e planeja deixar a Itália.

“Não é algo que você pode superar facilmente. Vou esperar mais três dias e falar com o meu agente para ver se ainda vale a pena ficar na Itália”, disse, em entrevista ao jornal alemão Bild.

Na entrevista, o jogador mostrou estar profundamente magoado com o ocorrido, mas ficou feliz com a atitude dos companheiros do Milan, que abandonaram o campo em sua solidariedade. Boateng disse ter sido chamado de ‘macaco pelos torcedores, o que o deixou muito nervoso. O jogador ainda apontou o ocorrido como uma vergonha para o esporte no mundo todo e explicou ter deixado o campo para chamar a atenção sobre o racismo no futebol.

“É fácil fechar os olhos para isso, difícil é tomar uma atitude. Eu faria a mesma coisa se fosse um jogo da Liga dos Campeões contra o Real Madri. Eu estava com raiva, triste e chocado que algo como isso pudesse ainda acontecer em 2013. É uma vergonha, não só para a Itália, como para o futebol em todo o mundo. Quis passar a mensagem de que coisas como essa não podem existir, precisamos abrir os olhos. Racismo não tem lugar no futebol”.

Neste sábado, cinco torcedores assumiram a autoria dos cantos em direção ao jogador do Milan e foram detidos pela polícia da província de Varese, região da cidade de Busto Arsizio, sede do Pro Patria. Eles serão processados por ‘racismo’.

Já o Milan demonstrou engajamento com a causa de Boateng ao ofe-recer ingressos para a tribuna de honra gratuitamente para torcedores negros. (espn.br)

Serena abre o ano com título em Brisbane e se diverte na comemoração

Maior vencedora de títulos entre as jogadoras em atividade no circuito feminino, a norte-americana Serena Williams abriu o ano de 2013 com a conquista de seu 47º troféu. Em Brisbane, na Austrália, ela foi campeã ao vencer a russa Anatasia Pavlyuchenkova na decisão, com parciais de 6-2 e 6-1. Depois da vitória, Serena se divertiu na comemoração. Em poses para os fotógrafos, a número 3 do mundo abusou das caras e bocas e mostrou o troféu de todas as formas possíveis. Serena jogou o torneio com preparação para o Aberto da Austrália, que começa no dia 14 de janeiro em Melbourne. A norte-americana vai buscar o seu sexto título no primeiro Grand Slam do ano. “Foi uma ótima semana aqui em Brisbane. Estava vendo uns jogos antigos no YouTube e percebi que agora estou jogando o meu melhor tênis. Sinto que ainda posso melhorar, assim como sempre achei que podia jogar melhor”, comentou Serena após o título.

O 47º troféu da carreira colocou Serena na lista das dez maiores vence-doras de títulos da era profissional do tênis feminino. Derrotada na decisão, Pavlyuchenkova se rendeu à norte-americana: “Sinto como se eu não sou-besse jogar tênis quando enfrento Serena”.. (espn.br)

O Corinthians fechou o salário oficial de Ale-xandre Pato próximo

ao teto do time para evitar melindres dos outros joga-dores. Seus vencimentos por contrato vão girar en-tre R$ 400 mil e R$ 500 mil, segundo apurou o UOL Es-porte. Mas ele tem possibi-lidades de ganhos muito maiores graças às condi-ções acertadas com o clu-be. A preocupação corin-tiana era de que, ao pagar muito mais para o atacan-te, poderia deixar contra-riados jogadores que fo-ram campeões mundiais em 2012. Por isso, fez ques-tão de fechar um salário oficial em patamares simi-lares ao que ganham atle-tas-chave do time, como Paulinho e Emerson Sheik. Também, oficialmente, Pato não terá luvas a rece-ber do Corinthians.A avaliação da diretoria

corintiana é que só um jo-gador como Ronaldo po-deria ganhar muito mais do

que os outros sem causar problemas no vestiário. Isso porque ele é um ídolo para os outros atletas, o que não é o caso de Pato, com apenas 23 anos.Com os vencimentos ofi-

ciais no Corinthians, o ata-cante tem uma redução significativa no salário que ganhava no Milan. Mas a questão é que seus ganhos podem se multiplicar com outras receitas variáveis.De cara, ele ficou com

40% sobre os direitos de seu contrato, o que signifi-ca que ficará com essa fatia de uma futura negociação. O Corinthians pagou 15 milhões de euros (R$ 40 milhões) para contar com Pato. Ou seja, na prática, deu lhe uma fatia pela qual pagou R$ 16 milhões.Se Pato for vendido pelo

mesmo valor que foi com-prado, isso significaria que ele levaria R$ 4 milhões por cada um de seus quatro anos de contrato. Isso re-presentaria R$ 333 mil a

O meia argentino Juan Román Riquelme declarou neste sá-

bado que não voltará ao Boca Juniors e mantém a esperança do Palmeiras em contar com o jogador, que não atua desde o iní-cio do segundo semestre, quando o Boca perdeu para o Corinthians na final da Copa Libertadores.O possível retorno de

Riquelme ao clube pas-sou a ser cogitado quan-do o técnico Carlos Bian-chi assumiu o cargo e afirmou que gostaria de contar com o jogador. Porém, o meia decidiu não voltar a vestir a cami-sa 10 do clube.“Não volto. Tenho pala-

vra. Pensei até o último momento, mas desde o dia que falei com o treina-dor, disse que seria muito difícil”, disse Riquelme após um encontro de cer-ca de meia hora com o técnico Carlos Bianchi e Daniel Angelici, presidente do Boca, ontemRiquelme decidiu não

atuar mais pelo clube ar-gentino após a decisão por não ter uma boa rela-ção com o então treina-dor Julio Cesar Falcioni e não entra em campo des-

de o dia 4 de julho de 2012. O meia despertou o interesse de alguns times brasileiros como Flamen-go, Santos, Cruzeiro e Pal-meiras. “Eu amo esse clu-be (Boca), tenho muitas recordações e o Boca sempre será a minha casa. Mas tenho a minha pala-vra”, disse. O Palmeiras já enviou

uma proposta a Riquel-me no fim de dezembro. No entanto, a negocia-

ção com o jogador não evoluiu, e a visão no clu-be era de que o argenti-no já tinha acertado o retorno ao Boca.“Pelo que estou saben-

do, ele vai ficar no Boca Juniors mesmo. Procura se informar melhor lá”, disse o presidente do Pal-meiras, Arnaldo Tirone, em entrevista ao UOL Es-porte, no fim de dezem-bro. O dirigente ainda avi-sou que não havia

desistido da contratação.Riquelme deixou aberta

a possibilidade de atuar em outro time durante a temporada e deu a dica de que seria fora da Ar-gentina.“Se tiver a possibilidade

de jogar, vou jogar. Aqui, vai ser difícil. Agora vou para minha casa tomar mate e viver a vida que levo há seis meses, estou indo muito bem”, afir-mou... (uol).

Após ser massacrado em cinco rounds por Cain Velásquez e per-

der o cinturão dos pesos pesados do UFC, Junior Ci-gano admitiu que sua ca-beça não estava bem no dia da derrota em Las Ve-gas. O brasileiro afirmou que assistiu ao combate e não se reconheceu dentro do octógono.

“Eu estava pronto para a luta, mas houve alguma coisa errada com a minha mentalidade”, revelou Ciga-no ao site MMA Junkie. “Eu não lutei. Não sei por quê. Se você assistir à luta, e eu já assisti três vezes, eu não lutei. Apenas me defendi. Não sei por quê. Não sei o que aconteceu comigo. Com certeza, foi uma expe-riência de aprendizado”.

Agora, Cigano só pensa na revanche contra Cain Velásquez. “Foi muito difícil para mim, então mal posso esperar. Fiquei muito triste,

porque não consegui mos-trar o que estava prepara-do para mostrar”, lamen-tou o brasileiro.

“A coisa mais importante para mim agora é lutar con-tra ele de novo. Não tem a ver com dinheiro. Quero essa luta para provar que sou melhor do que mostrei no último combate. Sou um lutador melhor do que

isso”, completou Cigano.Para voltar a disputar o

cinturão, no entanto, o bra-sileiro sabe que poderá ter obstáculos: “Sei que essa revanche vai acontecer. Se for o mais breve possível, melhor. Sei que eles têm o Alistair Overeem na fila, en-tão não sei o que vai acon-tecer. Mas estou aqui”.

Para Cigano, uma trilogia

poderia elevar sua rivalida-de com Velásquez a outro nível: “Com certeza eu acho que podemos ser como Muhammad Ali e Joe Fra-zier, e todos esses caras. Re-almente acho que podemos fazer um monte de lutas. Cain Velásquez é atualmen-te um adversário realmente muito, muito difícil nesta di-visão”. (espn.br)

Cigano admite apagão mental na derrota para Velásquez: “Não lutei, não sei por quê”

mais por mês. Caso seja ne-gociado em dois anos, teria R$ 8 milhões por ano, ou R$ 666 mil a mais por mês. Assim, dependendo da

sua futura negociação, o

atacante pode ter ganhos de mais de R$ 1 milhão mensal. Agora, pode não ganhar nada também se não houver proposta por ele. Ainda mais porque

Pato terá liberdade para fa-zer contratos de publicida-de, o que, dependendo de seu rendimento, pode lhe render mais dinheiro. En-tão, o atacante do Milan

aceitou se encaixar na faixa salarial corintiana e apostar em um considerável au-mento nos valores de acor-do com seu próprio de-sempenho. (uol)

Page 8: Jornal do Dia 07/01/2013

Aline LimaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Sociedade [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Mensagem do Dia

Toda a beleza de Josilene Modesto

Jeisi Balieiro sempre sorridente

Jornalista Patrick Almeida

Produtor de moda Júnior Beltrão

Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos. Luís de Camões

Capital Imóveis mais uma vez inovando, agora com a tecnologia QR Codes, proporcionando o acesso de imóveis através de código de barras em seu smartphone

Empresário Kenny Abrãao e Lara Shalita

Deputado Estadual Michel JK

Promoter de eventos Solangelo Fonseca e esposa Renata

Locutor Ivo Canute

Page 9: Jornal do Dia 07/01/2013

CadernoBEditor: Túlio Pantoja - [email protected]

DiaDiaMacapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Preços de ingressos e camarotes vão variar entre R$ 5 e R$ 8 mil no carnavalA grande novidade é a central de atendimento ao público e aos brincantes que foi instalada no Centro de Macapá

Há pouco mais de trin-ta dias para o carna-val, o coordenador

da Liga das Escolas de Samba do Amapá, a Lie-sap, garante que está tudo preparado para que o evento aconteça dentro das normalidades. Para um melhor atendimento ao público e aos brincan-tes, a liga instalou uma central no Mercado Cen-tral, onde já estão poden-do ser feitas as aquisições de CDs com os sambas en-redos das agremiações e ingressos de arquibanca-das e camarotes que darão acesso ao sambódromo nos dias de desfile. “Real-mente podemos dizer que o carnaval 2013 já come-çou. E este ano estamos com uma grande novida-de que é a central do car-naval. Aqui o público e os brincantes já podem com-prar seus ingressos, fazer a reservar de camarotes, comprar o CD do carnaval deste ano e a camiseta da sua escola preferida. As es-colas de samba já estão com seus estandes apos-tos. Esse é o lugar específi-co para todos acompa-nharem o carnaval. Nós trouxemos para cá para

facilitar o acesso às pesso-as e estaremos aqui até o final do carnaval. Mas vale lembrar que aqui funciona apenas a parte de comer-cialização. A parte admi-nistrativa continua no sambódromo”, disse Elton Jucá da coordenação do carnaval da Liesap.

Este ano os desfiles acontecerão nos dias 8 e 9 de fevereiro, sexta e sába-do. Para aqueles que pre-tendem assistir aos desfi-les das escolas de samba a coordenação da Liesap afirmar que os preços es-tão acessíveis a todas as classes.

De acordo com Elton Jucá, as arquibancadas de madeiras estão no valor de R$ 5. Já as de ferro e concreto estão custando R$ 15. “Nossos preços es-tão bastante variado e acessível. Esse já é o valor reduzido. É a chamada meia entrada”, expôs ele.

Praças de alimentação estarão à disposição do público nas áreas internas e externas.

Outra opção para quem quer curtir o carnaval em grupo são os camarotes Vip e Premium que já es-tão à disposição para 12 e 20 pessoas.

Os valores, segundo o coordenador, são os mes-

CELIANE FREITASELEN COSTAda Redação

A liga instalou uma central no Mercado Central, onde já estão podendo ser feitas as aquisições de CDs com os sambas enredos das agremiações e ingressos de arquibancadas e camarotes

mo do ano passado, e va-riam de R$ 3 mil a R$ 8 mil.

Ainda segundo a coor-denação, as pessoas que não desfrutam de um ele-vado poder aquisitivo também foram lembradas. Para a classe menos favo-recida, a Liesap colocou este ano à disposição, ar-quibancadas na área da concentração que serão gratuitas. Nós anos ante-riores o sambódromo comportava em suas de-pendências cerca de oito mil pessoas. Com a am-pliação logística da aveni-da do samba para 2013, esse número foi aumenta-do para 12 mil.

Os desfiles começarão a partir das 22h com térmi-no previsto para as 4h30. Na sexta-feira a abertura será com a escola de sam-ba Império da Zona Norte. No sábado será a Escola de samba Unidos do Buri-tizal que abrirá o desfile.

ApuraçãoAs campeãs serão divul-

gadas na quarta-feira de cinzas, dia 13. A apuração acontecerá no sambódro-mo a partir das 17h.

A Liesap convida aqueles que desejam fazer parte do processo de apuração, que entreguem seus currículos entre os dias 7 e 14 de ja-

neiro, na administração do sambódromo. “cada currí-culo será avaliado e passa-rá por um seminário.

Nós vamos pegar 72 jul-gadores e destes tiraremos 54 para terem a grande missão de julga e tirar a

grande campeã. Tanto a do grupo de acesso como a do grupo especial”, rela-tou Elton jucá.

ProgramaçãoTodos os domingos na

Central do Carnaval acon-

tecerão apresentações das escolas de samba com rai-nha de baterias e grupo de pagode. Para este final de semana a animação ficará por conta da aniversariante Emissário da Cegonha e Império da Zona Norte.

Fortaleza de São José está de portas fechadas em pleno período de férias

Enquanto que nessa época do ano os Esta-dos que levam o turis-

mo a sério abrem as portas de seus pontos turísticos para visitação, no Amapá é diferente. Uma das sete maravilhas do país, a Forta-leza de São José de Maca-pá, está de portas fechadas em plena alta temporada pelo simples fato de não ter monitores para acom-panhar os visitantes.

Localizada as margens do Rio Amazonas, a Forta-leza de São José de Maca-pá atrai milhares de visi-tantes durante o ano todo, principalmente no período das férias. O monumento é um dos mais antigos do Estado do Amapá, vai com-pletar 231 anos no dia 19 de março, o local é consi-derado o orgulho dos amapaenses e é conhecido nacionalmente como uma das 7 maravilhas do Brasil, o maior e mais preservado da América Latina.

De acordo com Cleide Martins, da Fortaleza de São José, o motivo do fe-chamento da área foi por causa do cancelamento dos contratos administrati-vos, que encerraram dia 31 de dezembro de 2012.

Segundo ela, os contra-tos serão reativados a par-tir de uma avaliação, o que ocorrerá em no máximo 15 dias.

“Um dos problemas sé-rios da Secult é que na ins-tituição não há um quadro permanente de monitores, ela é composta servidores a disposição, por cargos comissionados e contra-tos administrativos” res-saltou Cleide.

Cleide disse que além da Fortaleza de São José, o museu Joaquim Caetano e todos os patrimônios ad-ministrados pela Secretaria de Turismo estão tempo-rariamente sem visitação pelo mesmo motivo. O Sindicato de Turismólogos

também é parceiro com a instituição, porém, nesses períodos das férias eles têm suas próprias ocupa-ções. “A Secult projeta a efetivação do quadro de funcionários pelo concurso público que vai acontecer no próximo ano,” frisou.

Aproximadamente 20 monitores são necessários no quadro para atender a demanda. Os monitores passam por capacitações em historia em línguas, es-pecialmente a língua fran-cesa por causa dos turistas da Guiana Francesa que freqüentemente estão no Estado do Amapá.

No ano de 2012 a Forta-leza sediou exposições na-cionais de artes modernas com grandes artistas plás-ticos de renomes que o Amapá pode experimen-tar, e terá este ano de 2013 outras exposições de nível nacional para a população amapaense prestigiar. (Mônica Costa)

Localizada as margens do Rio Amazonas, a Fortaleza de São José de Macapá atrai milhares de visitantes duran-te o ano todo, principalmente no período das férias. No momento o morumento encontra-se fechado.

CELIANE FREITAS

Secretaria de Mobilização inicia planejamento para o aniversário da cidade

A Secretaria Extraordi-nária de Mobiliza-ção da Prefeitura

Municipal de Macapá (PMM) inicia planejamen-to de atividades em 2013 relatando que a proposta do órgão é trabalhar a política, tarefas executivas e as ações da Prefeitura diretamente com o povo. Uma das finalidades é fa-zer com que a população faça parte dessa nova gestão para o melhora-mento da cidade.

Efeito positivoO secretário Claudiomar

Rosa disse com exclusivi-dade a nossa equipe de reportagem, que a parti-cipação da população macapaense no governo do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) terá efei-to positivo. De acordo com ele, as possibilidades de externar discussões

junto à população sobre as tarefas executivas, con-tribuirão para o desenvol-vimento das ações da Prefeitura. “A gente pensa em bre-

ve também discutir as-suntos de interesse públi-co com o povo, núcleos de base e também ouvin-do os presidentes de bair-ros, assim como atuando em outras atividades que envolvem a sociedade di-retamente”, disse o secre-tário Claudiomar.

Aniversário de MacapáEntre tantos projetos a

serem executados dentro do planejamento de ativi-dades da Secretaria, o aniversário da cidade Ma-capá é um dos primeiros que começam a serem tratados. Pois, a secretaria já está promovendo reu-niões e discussões para a elaboração da programa-

ção de 255 anos de exis-tência.

Niver“O dia 04 de fevereiro é

o aniversário da cidade. Então, não é só uma festa, nós precisamos presente-ar a cidade, e isso requer um trabalho extraordiná-rio. Temos que estar dire-tamente ligado ao prefei-to Clécio Luís gerenciando essas ações”, concluiu o secretário.

ProgramaçãoTodo o aparato para a

realização da programa-ção alusiva aos 255 anos de existência da cidade de Macapá já está sendo dis-cutido, bem como: apre-sentações artísticas e cul-turais, estrutura de som e palco, homenagens, o tra-dicional bolo, e dentre outros itens ligados à co-memoração festiva.

Page 10: Jornal do Dia 07/01/2013

B2JD GeralEditor: Túlio Pantoja- [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Em outubro do ano passado, represen-tantes da Confedera-

ção Nacional de Municí-pios (CNM), chegaram a mencionar como os pre-feitos encontrariam as administrações este ano. Eles não estavam errados. Os desafios estão sendo sentidos logo no início dos mandatos, as dificul-dades financeiras atin-gem a maioria dos chefes de Executivos Municipais no Amapá e em várias re-giões do país. De acordo com a CNM,

o problema é do modelo, não apenas do atual ges-tor. Trata-se de uma crise estrutural que transfor-ma a administração em um caos, proporcionado pela ausência de pacto federativo. Isso significa dizer que

as reclamações são váli-das e pertinentes, mas devem ocorrer daqui a quatro anos novamente.Uma das explicações

para as dificuldades fi-nanceiras quanto aos in-vestimentos no municí-pio pode estar nas contrapartidas dos muni-cípios, que muitas vezes não pode ser dada. Isso porque muitos gestores não querem deixar de atender a Lei de Respon-sabilidade Fiscal. Do bolo tributário brasi-

leiro, 6% são arrecada-dos pelos municípios, porcentagem que sobe para 15,5% com as trans-ferências obrigatórias de Estados e da União. Já outros 6% são repas-

sados por meio de par-cerias com programas federais, ou seja, são 393 programas federais, que exigem dos municípios contrapartidas que ainda esbarram falta de recur-sos. Para enfrentar a crise

que se instala no início da gestão, a Confederação Nacional dos Municípios orientou para a redução do número de secretá-rios, adoção de pregões eletrônicos, custeio da administração nestes quatro anos.

REDAÇÃO JDDA REPORTAGEM

A dica deve ser seguida pelos gestores dos dois municípios com maior número de habitantes no Amapá, Macapá e Santa-na. Pelo menos é o que vem sendo anunciado. Clécio Luis (PSOL) e Ro-

bson Rocha (PTB) assu-miram assegurando me-didas como corte de gastos e busca de novas receitas para tirar as Pre-feituras da crise financei-ra e recuperar suas capa-cidades de investimento. Iniciativas que devem

atingir orçamento, cargos de confiança e revisão de contratos, chegando à implementação de recei-tas extras, que acabarão elevando impostos na tentativa de novas fontes de dinheiro.

Plano Emergencial O prefeito da capital

Clécio Luis parece estar afinado com a bancada federal, o que deve facili-tar o andamento do “Pla-nejamento dos 100 dias”. O gestor já assinou dois

decretos municipais. O primeiro, decreto

001/2012, institui o Plano Emergencial de Limpeza e Manutenção Urbanísti-ca de Macapá, cuja exe-cução de serviços de lim-peza e desobstrução de galerias, bueiros e canais da zona urbana e demais distritos já iniciou.

Gastos com pessoalA redução dos cargos

comissionados da Prefei-tura Municipal de Maca-pá, foi autorizado no se-gundo decreto, cuja identificação está sendo feita pela Controladoria Geral do município e as secretarias de Planeja-mento, Administração, Finanças e de Governo. Foram reduzidos cerca de 30% dos cargos comis-sionados.

Legalização de imóveis Clécio Luis deve imple-

mentar no município um serviço de informatiza-ção, necessária para tra-tar da regularização fun-diária. A iniciativa servirá de

instrumento para que a cidade cumpra suas fun-

ções sociais, que é mo-rar, trabalhar, circular e recrear.

IPTU O recolhimento do Im-

posto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em Maca-pá é um dos mais caros do país e a política corre-ta não é cumprida. Uma das medidas será ampliar a base de arrecadação, diminuindo a alíquota, cuja cobrança justa fará com que a população participe da arrecadação e veja serviço chegar a sua comunidade.

Educação A criação de um Plano

Municipal de Educação, é uma das medidas a ser adotadas por Clécio. A busca pelo creden-

ciamento da Prefeitura para acessar os recursos do Governo Federal na tentativa de resolver os problemas que afetam o sistema público munici-pal de educação deve

ser intensa nos próximos meses.

Qualidade das obras A qualidade das obras

públicas na capital tam-bém uma das dificulda-des enfrentadas pela atu-al gestão. De acordo com o Esta-

tuto das Cidades, uma obra deve durar pelo me-nos 10 anos, mas em Ma-capá isso não é cumpri-do, antes de serem concluídas já necessitam de reparos, resultado de obra mal planejada.

Pavimentação Está entre as priorida-

des da população. Esti-ma-se que a recuperação de capital deve custar R$ 850 milhões aos cofres públicos.

Caos em Santana O prefeito de Santana,

Robson Rocha (PTB), também está empenha-do em resolver o “caos”, segundo ele, instalado na

administração municipal. Segundo o gestor, nos

últimos anos, a Prefeitura Municipal de Santana não atendeu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e acumula dívidas que ultrapassam R$ 60 milhões. “Os gastos com pessoal é um exemplo da má administração, os sa-lários atrasados de servi-dores referentes a de-zembro de 2012, chega à R$ 2,5 milhões” garantiu o prefeito.Robson enfrenta ainda a

situação dos médicos bolsistas, que segundo ele, foi a maneira que o ex-prefeito encontrou para disfarçar a contabili-dade da prefeitura. O problema deve gerar

futuras indenizações para a nova administração. O esforço para garantir

recursos deve ser ainda maior em função do im-pedimento ao acesso aos recursos do Fundo de Participação dos Municí-pios (FPM), resultado do

não recolhimento do Pa-sep nos dois últimos me-ses. Na última semana, a Se-

cretaria de Meio Am-biente e Agricultura, ini-ciou serviços de limpeza e adequação de alguns espaços públicos no mu-nicípio, com objetivo de preservar os patrimônios públicos. A retirada dos entulhos,

são serviços que estão sendo otimizados nestes primeiros dias de gover-no. “População de Santa-na já está satisfeita com o trabalho realizado. E com relação aos cargos, cujo cortes serão feitos, é uma medida interna que deve ser feita para fazer cumprir a Lei de Res-ponsabilidade Fiscal” dis-se o gestor. A nova administração

deve agendar uma audi-ência com o governador para anunciar o plano prioritário para adequa-ções no município, solici-tando parcerias.

Prefeituras devem reafirmar Pacto Federativo para enfrentar crise financeiraUma das explicações para as dificuldades financeiras quanto aos investimentos no município pode estar nas contrapartidas que muitas vezes não pode ser dada

Prefeito da capital amapaense, Clécio Luis (PSOL) deve implementar no município um serviço de informatização, necessária para tratar da regularização fundiária.

O prefeito de Santana, Robson Rocha (PTB), também está empenhado em resolver o “caos”, segundo ele, instalado na administração muni-cipal. Segundo o gestor, nos últimos anos, a Prefeitura Municipal de Santana não atendeu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e acumula dívidas que ultrapassam R$ 60 milhões.

CELIANE FREITAS

CELIANE FREITAS

Page 11: Jornal do Dia 07/01/2013

B3JD GeralEditor: Túlio Pantoja- [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Prefeituras devem reafirmar Pacto Federativo para enfrentar crise financeiraUma das explicações para as dificuldades financeiras quanto aos investimentos no município pode estar nas contrapartidas que muitas vezes não pode ser dada

Dos 16 municípios, apenas Pedra Branca terá nova eleiçãoSão 12 prefeitos no-

vos, 2 reeleitos, um que volta e um inte-

rino que começaram o mandato que termina em 2016.

Desde o dia primeiro de janeiro que os 14 dos 16 municípios do Estado do Amapá estão com no-vos dirigentes, uma vez que os eleitores de Cal-çoene e de Ferreira Go-mes reelegeram os atuais prefeitos que reassumi-ram o cargo e continuam no comando daqueles dois municípios.

São 12 os novos prefei-tos, pois o prefeito de Serra do Navio, José Ma-ria, volta ao comando do Município depois e já ter sido prefeito em outro mandato de 4 anos.

Ao todo já são conhe-cidos 196 dos 198 ocu-pantes dos cargos ofere-cidos nas eleições de 2012 (16 cargos de pre-feito, 16 de vice-prefeito e 166 de vereadores). Faltam apenas serem co-

nhecidos o prefeito e o vice-prefeito de Pedra Branca do Amapari.

Nova eleiçãoNo Município de Pe-

dra Branca do Amaparí a candidata Socorro Pela-es, apesar de ter vencido a eleição com mais de 50% dos votos válidos, lhe foi negado o registro de sua candidatura de-pois de ter sido enqua-drada na Lei da Ficha Limpa, em consequência todos os votos que fo-ram dados a Socorro Pe-laes foram anulados e restaram menos de 50% dos votos válidos o que, segundo a legislação, obriga a realização de nova votação dentro de 90 dias.

Para que o Município não fique sem prefeito, assumiu o cargo, na condição de interino, até a realização da nova eleição e a posse do pre-feito ou da prefeita elei-ta, o vereador presiden-

O problema é do modelo e não apenas do atual gestor, diz Ziulkoski sobre desafios da gestão

O presidente da Con-federação Nacional de Municípios

(CNM), Paulo Ziulkoski, di-vulgou em outubro de 2012 previsões de como os prefeitos encontrariam as administrações em 2013. Ele anunciou que os desa-fios seriam sentidos logo no início dos mandatos, e em matéria publicada pelo jornal O Globo, as dificul-dades financeiras que atin-gem a grande maioria dos Municípios brasileiros fo-ram mencionadas.

Segundo falou Ziulkoski ao jornal, as reclamações dos novos prefeitos são pertinentes, mas deverão ser feitas de novo daqui a quatro anos. “O problema é do modelo, não apenas do atual gestor. É uma crise estrutural que torna as ges-tões um verdadeiro caos, pois o pacto federativo não é feito”, ponderou o líder municipalista.

Segundo explica Ziulkoski, do bolo tributário brasileiro, 6% são arrecada-

dos pelos Municípios. Esse porcentual cresce para 15,5% com as transferên-cias obrigatórias de Esta-dos e da União. Outros 6% são repassados por meio de parcerias com progra-mas federais, para ele a maior fonte de corrupção. Ao todo, diz, são 393 pro-gramas federais, como o Merenda Escola e o Bolsa Família, que exigem dos Municípios contrapartidas que muitas vezes não po-dem ser dadas.

Explicações de Ziulkoski“Por exemplo, o progra-

ma de construção de cre-ches. O governo dá recur-sos para a construção.

O prefeito constrói, mas não tem recursos suficien-tes para garantir o custeio da criança na escola. Cha-mam o Município para ser parceiro, mas como um prefeito pode fazer?”, disse o presidente da CNM.

Segundo Ziulkoski, em agosto deste ano, 2,5 mil

Municípios já estavam com meses de atraso no paga-mento de empresas con-tratadas porque não que-riam deixar de atender à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os prefeitos eleitos em outubro de 2012 assumiram os cargos no primeiro dia deste ano, exceto em 59 Municípios onde ocorrerão novas elei-ções. No entanto, mesmo antes de iniciarem suas gestões o presidente da Confederação os convidou para encontros promovi-dos pela entidade na maio-ria dos Estados.

No evento, foram apre-sentados os desafios, e também foram dadas dicas de como lidar com o dia a dia da gestão municipal. Entre os muitos os conse-lhos, ele destaca: reduzir o número de secretários, adotar o pregão eletrôni-co, ver o custeio da admi-nistração e não se preocu-par com a reeleição, mas com a administração nes-tes quatro anos. Presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski

CELIANE FREITAS

A receita estimada do Fundo de Manuten-ção e Desenvolvi-

mento da Educação Bási-ca e Valorização dos Profissionais da Educa-ção (Fundeb) para o exer-cício de 2013 é 13,9% maior que a de 2012. Os valores foram publicados no Diário Oficial da União (DOU), por meio da Por-taria Interministerial 1.496, de 28 de dezem-bro de 2012.De acordo com a Porta-

ria, a receita total do Fun-do estimada para este ano é de R$ 116,8 bi-lhões, sendo R$ 107,1 bi-lhões a soma das contri-buições de Estados, Distrito Federal e Municí-pios e R$ 9,7 bilhões de complementação da União aos mesmos nove Estados: AL, AM, BA, CE, MA, PA, PB,PE e PI.Essa previsão corres-

ponde a um aumento de R$ 14,2 bilhões ou de 13,9% para 2013 em rela-ção à estimativa corrigida para 2012 no último dia

do ano.O valor mínimo nacional

por aluno/ano também foi estimado na Portaria. Em 2013, o valor previsto é de R$ 2.243,71, corres-pondendo a um aumento de 7,0% ao estimado para 2012 em dezembro de 2011, que foi de R$ 2.096,68, e 20,6% maior do que o valor corrigido em dezembro de 2012, que ficou em R$ 1.867,15.

Cronograma da complementaçãoA Confederação Nacio-

nal de Municípios (CNM) explica que segundo a le-gislação do Fundeb, no mínimo, 85% da comple-mentação deve ser repas-sada até 31 de dezembro de cada ano e 45% até julho. Isso justifica a diferença

de valores no cronogra-ma entre os dois semes-tres do ano. Os 15% restantes para

integralizar a comple-mentação compreendem ao ajuste a ser realizado

Estimativa do Fundeb prevê aumento de 13,9% para 2013

te da Câmara Municipal de Pedra Branca.

Dois mapas, a seguir,

lista todos os prefeitos eleitos em 2012, desta-cando pontos importan-

tes de suas respectivas identificações. O outro mapa, que trata questão

numérica, mostra a elei-ção de vereadores por partido e por município.

no primeiro quadrimestre do ano subsequente.O presidente da CNM,

Paulo Ziulkoski, lembra que os Estados e Municí-

pios vêm enfrentando di-ficuldades para honrar os compromissos com a educação pública. “As dificuldades ocor-

rem especialmente na demanda por creches, na obrigatoriedade da pré--escola até 2016 e com os reajustes do piso nacional

do magistério, que cres-ceu mais do que a infla-ção e as receitas públicas nos últimos três anos”, observa Ziulkoski.

Este ano é de R$ 116,8 bilhões, sendo R$ 107,1 bilhões a soma das contribuições de Estados, Distrito Federal e Municípios e R$ 9,7 bilhões de comple-mentação da União aos mesmos nove Estados: AL, AM, BA, CE, MA, PA, PB,PE e PI.

Page 12: Jornal do Dia 07/01/2013

B4JD DiaDiaEditor: Túlio Pantoja - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

A ação da Polícia Civil contou com o apoio do Ministério Público e da Polícia Militar. Vários mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos na capital amapaense

Operação Feliz Ano Novo desarticula quadrilha especializada em roubos a residências

Naufrágio do Novo Amapá completa 32 anos

Foram necessários cer-ca de quatro meses de investigações para

que a Polícia Civil conse-guissem desbaratar uma quadrilha de criminosos especializada em roubos a residências e estabeleci-mentos comerciais, tráfico de drogas e corrupção de menores. A ação contou com o apoio da Polícia Mi-litar (PM) e do Ministério Público Estadual (MP).A Operação Feliz Ano

Novo foi deflagrada por volta das 6h deste sábado (5). Cerca de 30 viaturas e pelo menos 100 homens da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patri-mônio (Deccp), do Grupa-mento Tático Aéreo (GTA), da Promotoria de Investi-gação Civil e Criminal (Pic), do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Ba-talhão de Rádio Patrulha-mento Motorizado (BRPM), foram empregados na ação que abrangeu vários bair-ros das Zonas Sul, Norte e Central de Macapá. Os po-liciais deram cumprimento a 28 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária. Até o fechamento desta edição, 11 dos mandados de prisão haviam sido cumpridos.Durante todo o dia foram

feitas buscas em imóveis

residenciais e comerciais de propriedades dos acusados. Os policiais apreenderam cerca de 100 gramas de cocaína, um revólver cali-bre 38 com munições, mu-nições de pistola ponto 40, um HT (rádio comunicador das policias) com base fixa, aparelhos de telefones ce-lulares, not books, compu-tadores, tablets e a quantia de R$ 5 mil em espécie que as autoridades acreditam serem oriundos dos crimes praticados pelos bandidos.Segundo o delegado que

coordenou a operação, Paulo Reinner, titular da Deccp, os bandidos fazem parte de uma rede de cri-me organizado ligada com facções de outros estados e com detentos de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Ia-pen), onde a maioria cum-pre penas que vão de 23 a 50 anos de prisão.Em relatos de vítimas da

quadrilha ficou explicito que em todas as ações crimino-sas os meliantes usaram o emprego de violência. “São mais de sete inquéritos po-liciais que constam em nos-sa delegacia e cuja autoria dos crimes é imputada a essa quadrilha. Embora não tenhamos prendidos todos os membros desse bando, nós já temos a identificação dos demais. Vamos fazer o

CELIANE FREITAS

Abertura de valas coletivas tiveram que ser abertas para que o sepultamento das vítimas fossem realizado.

indiciamento dos mesmos e esperamos fazer a captura deles o mais breve possível. A Operação só se dará por encerrada depois que todos estiveram atrás das grades”, garantiu Reinner.Pelo que já foi apurado

até agora pela polícia, a quadrilha já vem agindo a pelo menos dez meses em

Macapá. Estima-se que as ações ilicitas tenham ren-dido ao ando cerca de R$ 800 mil.Allan Henry M. Augustin;

Kleber Wellington Vaz dos Santos, o “Kleber Gordo” ou “Kleber Bambam”; Jona-tas Rabelo Teles, conhecido como “Bagudo”; Léo Jean Vaz de Sá, o “Pimentinha”,

Ivanildo Monteiro Júnior, o “Batoré”; Patrick Paiva Bar-ros; e José Paulino da Silva; são alguns dos bandidos que foram presos e que até a segunda-feira (7) devem ser encaminhados a peni-tenciária, assim que a au-toridade policial concluir as oitivas e os indiciamentos.O delegado pede para

as famílias que foram víti-mas de roubos nos últimos meses, procurem a espe-cializada para fazer o reco-nhecimento dos criminosos e dos objetos que foram apreendidos. A Deccp fica sediada nos altos do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval.

A ação contou com o apoio da Polícia Militar (PM) e do Ministério Público Estadual (MP).

6 de janeiro de 1981. O crepúsculo já havia chegado e a multidão

que iria adentrar no Novo Amapá estava agitada. Al-

gumas pessoas moviam--se com certa pressa, bal-buciavam palavras de cansaço e aguardavam o chamado do comandan-

te. O rumo era Monte Dourado, no Estado do Pará, e a previsão era de escala em Laranjal do Jarí. As águas do Amazonas

Allan Henry Ivanildo Monteiro Jonata Rabelo

José Paulino kleber dos Santos Leo Jean

FOTOS: CELIANE FREITAS

pronunciavam quietude e ao mesmo tempo um prelúdio de desespero.

O Novo Amapá, embar-cação com capacidade para 400 pessoas e até meia tonelada de merca-doria de quaisquer tipos, recebera naquele fim de tarde mais de 600 tripu-lantes, além de cerca de uma tonelada de carga comercial. Prevendo que o Novo Amapá provavel-mente receberia mais pessoas do que seria ca-paz de suportar, equipou--o naquele dia com um motor hidráulico a mais. ]A Capitania dos Portos disponibilizou na época uma lista com aproxima-damente 150 pessoas li-cenciadas. O despachan-te era Osvaldo Nazaré Colares, que afirmara so-mente ter sido informado sobre a lista oras depois da partida.

Com todos a bordo, o barco iniciara a viagem que duraria cerca de um dia e meio rumo ao muni-cípio do interior paraen-

se. Tudo corria bem. Já na foz do Rio Cajari, próximo a Monte Dourado, toda a tripulação foi surpreendi-da por um forte estrondo, seguido de uma desor-dem dentro do navio. Embora muitos estives-sem dormindo naquela hora, ouvia-se vários gri-tos de desespero por to-dos os lados.

O barco batera num banco de areia e começa-ra a tombar. Nada podia ser feito.

Quase todas as pessoas que estavam a bordo do Novo Amapá tiveram ali o destino final da viagem; a morte os esperava no fundo do rio.

Não convém agora co-locar na mesa para dis-cussão os motivos do caso que é considerado o maior acidente marítimo do Brasil. Diversos sobre-viventes contaram suas perspectivas do aconteci-mento. Argumentou-se e se contra-argumentou. Poucas famílias que vi-venciaram a tragédia e

sobreviveram foram in-denizadas. O prazo para a indenização, aliás, há muito se esgotou. Só res-tam memórias.

O episódio do Novo Amapá completa hoje, dia 6 de janeiro de 2013, 32 anos.

E o caso tem muito a ensinar. A realidade da navegação amapaense nos dias de hoje não é tão diferente da época do Novo Amapá. Ainda se fa-zem viagens com excesso de pessoas a bordo, sem as mínimas condições de segurança. A fiscalização, apesar de ter crescido, não atende a demanda.

É preciso, portanto, que se traga para reflexão a história do Novo Amapá. O festival do Camarão, que ocorre todos os anos e atrai multidões, que chegam até o município de Afuá por via fluvial, tem que ser feito pensan-do nesse problema, para que se evite mais desas-tres e mais mortes. (Ga-briel Fagundes)

Operação contou com um grande efetivo de policiais que além da prisão dos meliantes, realizou a apreensão de armas de fogo e equipamentos eletrônicos, provavelmente fruto de assaltos que a quadrilha executava.

CELIANE FREITAS

CELIANE FREITAS

Page 13: Jornal do Dia 07/01/2013

Editora: Pablo Oliveira- [email protected]

CadernoC AtualidadesMacapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

De repente você perce-be que o seu filho tem um amigo imagi-

nário. O que fazer? Mante-nha a calma, isso é normal. De acordo com a Dra. Kari-na Sauma Resk, especialista em educação infantil, psi-cologia e pedagogia do Es-paço Saúde Guedala, esse é um comportamento co-mum em todas as crianças, independentemente se são filhos únicos ou se têm poucos ou muitos amigos.E então as mamães aca-

bam se perguntando o porquê desse amigo imagi-nário. A Dra. Karina comen-ta que essa é uma forma que os pequenos encon-tram para brincarem com alguém que os compreen-dem plenamente. “O ami-go imaginário é o mesmo que a conversa que nós adultos temos com nós mesmos. Os adultos falam consigo sobre seus medos, conflitos e desejos. As crianças materializam essa voz interior criando o ami-go imaginário. É o ego au-xiliador. Grosso modo, a psique é formada pelo ID, responsável pelo desejo; o superego, responsável pela crítica; e o ego, responsável pelo equilíbrio entre o de-sejo e a realidade. O amigo imaginário é o ego auxilia-dor, aquele que ajuda a equilibrar o desejo e a au-tocrítica para a tomada de decisão”, explica.Um estudo realizado pelo

Instituto da Educação em Londres mostra que cerca de 65% das crianças tive-ram um amigo imaginário em algum momento e que isso as tornam mais con-

65% das crianças tem um amigo imaginário

Bebês adquirem linguagem ainda no ventre da mãeNo entanto, o novo estudo mostra que os bebês têm capacidade de aprender e relembrar sons elementares da língua materna de suas mães durante as últimas dez semanas de gestação

Anteriormente, acreditava-se que os recém-nascidos começavam a reconhecer os sons nos seus primeiros meses de vida

De acordo com a notí-cia do jornal britânico The Daily Mail, cien-

tistas descobriram que os bebês adquirem lingua-gem mesmo antes de che-garem ao mundo. Ante-riormente, acreditava-se que os recém-nascidos co-meçavam a reconhecer os sons nos seus primeiros meses de vida. No entanto, o novo estudo mostra que os bebês têm capacidade de aprender e relembrar sons elementares da língua materna de suas mães du-rante as últimas dez sema-nas de gestação.“Sabemos há mais de 30

anos que começamos a re-conhecer as vozes antes do nascimento ao escutarmos os sons de nossa mãe fa-

lando. Mas esse é o primei-ro estudo que mostra que aprendemos sobre sons específicos da língua ma-terna de nossa mãe antes de nascermos”, explica Christine Moon, professora de psicologia da Pacific Lu-theran University, nos Esta-dos Unidos, responsável pela pesquisa.Para chegar a essas con-

clusões, os cientistas anali-saram 40 meninos e meni-nas com cerca de 30 horas de vida, nascidos em Taco-ma, nos Estados Unidos, e em Estocolmo, na Suécia. Os testes consistiam em dar aos bebês chupetas que estavam conectadas a um computador. Ao ouvir diferentes vogais do inglês e do sueco, os pesquisado-

res controlavam com que frequência as crianças re-conheciam os sons e res-pondiam ao estímulo so-noro chupando a chupeta.Foram escolhidos sons

vocálicos por serem mais reconhecíveis. Os cientistas acreditam que as vogais possam ser reconhecidas pelos bebês durante a fala da mãe até mesmo no ventre, que costuma ser um ambiente barulhento.Em ambos os países, os

recém-nascidos sugaram a chupeta por mais tempo ao ouvir os sons da língua estrangeira em compara-ção com os sons da língua nativa à qual eles estavam acostumados pela experi-ência que tiveram durante a gestação. Para Christine

Moon e sua equipe, isso indica que o bebê pode as-similar as vogais mesmo estando dentro do útero.Patricia Kuhl, coautora e

codiretora do Institute for Learning & Brain Sciences da Universidade de Wa-shington, nos Estados Uni-dos, completou: “Pensáva-mos que as crianças nasciam predispostas a aprender, mas agora sabe-mos que elas aprendem antes disso. Elas não nas-cem foneticamente leigas. Queremos saber qual é a mágica que acontece na infância e que não se repe-te com os adultos. As vo-gais da fala da mãe são as unidades mais sonoras e o bebê consegue apreendê--las”, conclui. (uol)

Lidar com desafios e pres-sões no ambiente profis-sional é cada vez mais

comum num mundo com tanta competição entre as empresas. Uma das alterna-tivas para superar essas ad-versidades é a resiliência.

Esse conceito da psicolo-gia veio da física, definido como a capacidade das pessoas lidar com proble-mas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situa-ções adversas, como o es-tresse, sem entrar em surto psicológico e se adaptando a cada situação.

O consultor e professor da Fundação Getulio Vargas Paulo Yazigi Sabbag estuda a resiliência na vida profis-sional e lançou este ano o livro “Resiliência: competên-cia para enfrentar situações extraordinárias na vida pro-fissional” (Campus/Elsevier, 216 págs., R$ 49,90). Veja abaixo 8 dicas de Sabbag para o profissional alcançar a resiliência no trabalho.

1. TenacidadeEssa característica é um

apego obstinado a uma ideia, a um projeto, é a per-sistência para alcançar uma meta. Isso é muito impor-tante para ter a capacidade de resistir à pressão por re-sultados extraordinários. Sabbag orienta que para desenvolver a tenacidade a pessoa pode, por exemplo, praticar esportes. “A com-petição dos esportes ajuda a ganhar disciplina e condi-cionamento. Também aprendemos a lidar melhor com as limitações do pró-prio corpo”, comenta.

2. Controle das tempe-ranças

É a capacidade de lidar melhor com as emoções. No trabalho, há muitas situ-ações que nos deixam aba-lados, mas com o controle das temperanças podemos evitar brigas, problemas de relacionamento e, assim, enfrentar melhor as situa-ções de crise. Para Sabbag a prática de meditação é uma das formas de controlar me-lhor as emoções.

“Os brasileiros têm a mais baixa pontuação no con-trole emocional. É uma ca-racterística cultural, mas que pode ser trabalhada para ser mudada aos pou-cos”, afirma.

3. Flexibilidade mentalA falta de flexibilidade

mental provoca uma maior dificuldade para aceitar mu-danças. Sabbag comenta que a rotina profissional atual exige transformações constantes, seja em mo-mentos de crise econômica ou para adaptação de novas tecnologias, desse modo, insistir em práticas ultrapas-sadas só é prejudicial ao profissional.

“Atividades lúdicas, artísti-cas são exercícios de criati-vidade que podem ajudar as pessoas a aceitarem me-lhor as mudanças no traba-

lho”, orienta.

4. Abertura para solucio-nar de problemas

Sabbag diz que essa carac-terística pode ser chamada de “espírito prático”, como “minha avó chamava”. É uma maior facilidade para encontrar estratagemas para solucionar problemas.

“Ter paciência e facilidade para resolver problemas é muito valorizado. Essa com-petência pode ser estimula-da se a pessoa estudar como é feito um projeto, suas fases, execução. O pla-nejamento para resolver um problema”, comenta.

5. Competência para fa-zer articulação social

As pessoas com baixa competência para articula-ções sociais, quando en-frentam um desafio, costu-mam se isolar dos colegas de trabalho, o que pode tornar ainda mais difícil re-solver o problema.

“A habilidade para fazer parcerias é muito impor-tante para alcançar resulta-dos. O profissional só tem sucesso se trabalha em grupo”, diz.

6. Auto eficáciaA autoconfiança vem das

crenças mais profundas que a pessoa tem. A falta de confiança faz muitos desis-tirem dos desafios ou se considerarem azarados. Para Sabbag, em casos ex-tremos só com terapia isso pode ser solucionado, mas existem hábitos que podem ser estimulados no dia a dia.

“Há estratagemas que po-dem ser trabalhados. O oti-mismo pode ser estimula-do, apreendido, com exercícios mentais. Muitas pessoas, quando a situação está preta, contam piada, ti-ram sarro de si mesmo. De-vemos tomar consciência das armadilhas da mente, que muitas vezes fica enre-dada em pensamentos ne-gativos. O pessimismo só deve existir para impedir exageros, para evitar riscos desnecessários”, comenta.

7. EmpatiaÉ a capacidade de com-

preender o sentimento ou reação da outra pessoa, imaginando-se nas mesmas circunstâncias dela.

“Isso é importante para aprender a lidar melhor com a diversidade, seja ela de qual tipo for”, afirma.

8. ProatividadeA primeira reação diante

de um obstáculo é fazer algo a respeito. Isso pode parecer simples, mas inú-meras pessoas não conse-guem, simplesmente ficam paralisadas.

“A proatividade pode ser aprimorada quando damos um sentido a própria vida. Ter um objetivo na vida, seja ele pequeno ou gran-de, é muito importante para nossa motivação diá-ria”, orienta. (uol)

Conheça 8 dicas para vencer dificuldades no trabalho

fiantes e articuladas. A Dra. Karina conta que a idade mais comum na qual essa atitude costuma surgir é a partir dos 3 anos de idade. “É nesse momento que a criança começa a brincar de faz-de-conta”, diz. Ela afirma que as crianças aprendem através da imi-tação, faz-de-conta, oposi-ção, linguagem e apropria-ção da imagem corporal.Portanto, os amigos ima-

ginários não são um gran-de problema. Contanto que as mamães fiquem de olho no comportamento da criança, essa atitude pode ser benéfica. Segun-

do a Dra. Karina, após os 10 anos de idade esse amigo imaginário se transforma na voz interior da criança. “No consultório ensino as crianças terem o amigo imaginário e a voz interna. Com ela, a criança nunca está sozinha e sempre está interagindo com alguém, mesmo que seja ela em dois papéis. As crianças se aconselham e discutem so-bre vários assuntos com seus amigos imaginários, concluindo qual a melhor atitude a ser tomada e, de-sempenhando vários pa-péis sociais ou de persona-gens, ampliam suas concepções sobre as coisas e as pessoas”, afirma.Segundo a Dra. Karina,

apenas que se o “relaciona-mento” com o amigo ima-ginário ficar com uma fre-quência exagerada, ou seja,

se a criança até mesmo deixar de brincar com ou-tras por conta dele aí sim isso pode ser prejudicial. “Outro fator é a idade. O amigo imaginário costuma desaparecer com a idade da criança. Em geral ele permanece aos 4 anos, in-tensifica aos 6 anos e desa-parece por volta dos 9, 10 anos. Entre os 7 para 8 anos, as crianças começam a ter vergonha de brincar publicamente com o ami-go imaginário, mas intera-gem com ele em silêncio e podem levá-lo a todos os lugares que estiverem sem que ninguém perceba. Isso faz parte do processo. É co-mum e saudável”, relata.Ela diz que os pais não

devem interferir nesse comportamento, se perce-berem que está tudo certo. “O processo, exceto os exa-geros, ocorre naturalmen-te”, diz. O que ela reco-menda é verificar com a escola se há um exagero na frequência com que a criança brinca com o ami-go imaginário e se ela está se relacionando normal-mente com os outros cole-guinhas. A psicóloga ainda deixa uma mensagem: “Nunca deixe de falar com sua criança interior. É com ela que você deve ter a dis-cussão final para a tomada de suas atitudes”. (uol)

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C2JD Geral Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

O governo paulista inicia dentro de dez dias a identificação

de usuários de crack com alto grau de deblidade que poderão ser interna-dos involutariamente para tratamento. As equipes médicas farão as aborda-gens na região central da Nova Luz, conhecida como Cracolândia.

Segundo o governador Geraldo Alckmin, o recolhi-mento compulsório ocorre-rá em casos mais graves quando o viciado demons-trar claramente dificuldade em tomar decisões por causa do efeito da droga. Neste caso, o viciado será levado para o Centro de Referência de Álcool, Taba-co e Outras Drogas (Cratod

), no bairro do Bom Retiro, onde um juiz, um promotor e advogados decidirão se cabe a internação involun-tária. De acordo com Alck-min, a interdição do usuário nessas condições está pre-vista em lei. “Muitos pais, tenho certeza, vão procurar o Cratod”, argumentou o governador, ao mencionar casos em que os pais já não sabem como lidar com fi-lhos dependentes de dro-gas. A medida é adotada um ano após o início da operação policial na Cra-colândia. No início de janei-ro de 2012, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropoli-tana passaram a atuar os-tensivamente contra os usuários e traficantes de crack que se aglomeram no

entorno da Estação da Luz.O Ministério Público de

São Paulo (MP) considerou a operação inútil, pois o uso e tráfico de crack permane-cem na região. Entrou com uma ação civil pública con-

tra o governo paulista pe-dindo indenização de R$ 40 milhões por danos morais individuais e coletivos por violações de direitos huma-nos na remoção dos usuá-rios. (agenciabrasil)

Ficar atento à etiqueta do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE),

que fornece informações sobre o desempenho dos produtos, considerando critérios como eficiência energética e ruído entre outros, pode fazer a dife-rença na conta de luz. A classificação dos produtos vai de A (mais eficiente) a E (menos eficiente).Instituto Nacional de Me-

trologia, Qualidade e Tec-nologia (Inmetro), que co-

ordena o PBE, destaca que em uma casa de dois quar-tos com refrigerador, três ventiladores de mesa, um aparelho de ar-condiciona-do e pontos de luz em to-dos os cômodos, a econo-mia anual pode passar de R$ 700, caso sejam usados equipamentos mais econô-micos, que trazem na eti-queta a classificação A.Outra maneira de econo-

mizar n consumo de ener-gia é trocar lâmpadas in-candescentes por

fluorecentes. A primeira tem o preço menor, mas dura menos. A fluorescen-te, de acordo com o Inme-tro, é quatro vezes mais econômica e duração de oito a dez vezes mais. Ape-nas com a troca, a econo-mia anual pode chegar a R$ 230, em um apartamen-to de dois quartos.O instituto também orien-

ta a substituição de gela-deiras com mais de dez anos de uso, quando ela começa a perder a eficiên-

cia no consumo de energia. Segundo o Inmetro, uma geladeira nova, de 300 li-tros de capacidade, classifi-cada como A, pode econo-mizar cerca de R$ 100 anualmente, na compara-ção com uma de eficiência E. O Inmetro ainda alerta que um aparelho de ar--condicionado de 9 mil BTUs classificado como A pode economizar R$ 176 por ano na comparação com outro de etiqueta E... (agenciabrasil)

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) suspendeu a

liminar da Justiça Federal no Ceará que determinava a divulgação imediata da correção das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012. Com a decisão, a divulga-ção ocorrerá a partir do dia 6 de fevereiro, conforme previsto no edital do Enem.A decisão foi proferida na

noite do último dia (4) pelo presidente do TRF5, de-sembargador federal Pau-lo Roberto de Oliveira Lima. Ele disse que se ba-seou no Termo de Ajusta-mento de Conduta (TAC) firmado entre o Instituto

Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministé-rio Público Federal (MPF) que prevê que a partir de 2012 o acesso aos espe-lhos de correção das reda-ções será liberado com um caráter “meramente peda-gógico”, sem a possibilida-de de recurso. O desem-bargador argumenta que a divulgação às vésperas da abertura das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) paralisaria a administração e poderia justificar uma possível ida à Justiça contra as corre-ções das redações.“É preciso reconhecer que

a postulação feita pelo

MPF insurge-se contra aquilo que o Inep e o pró-prio MPF deliberaram; vio-la a coisa julgada, portanto, já que pretende impor, à exibição dos documentos, um caráter que ela não de-veria ter, tudo para que se viabilizem recursos volun-tários que o ajustamento não prevê, nem, por con-sequência, o edital do exa-me”, registra Paulo Rober-to de Oliveira na decisão.O presidente do TRF5

observa ainda que a juris-prudência, inclusive no âmbito do Supremo Tri-bunal Federal, rechaça a intervenção do Poder Ju-diciário nos critérios ado-tados pelas bancas exami-

nadoras dos concursos públicos.Ontem, o MEC entrou

com recurso no TRF5 con-tra a decisão liminar da Justiça Federal no Ceará de determinar que fossem divulgados imediatamen-te os espelhos da correção das redações do Enem de 2012 acompanhados das justificativas da pontua-ção. Os estudantes podem usar a nota do Enem para concorrer às vagas ofere-cidas em universidades e nos institutos federais de ensino superior por meio do Sisu, que terá as inscri-ções abertas na próxima segunda-feira (7). (agen-ciabrasil)

A decisão foi proferida na noite de ontem (4) pelo presidente do TRF5, desem-bargador federal Paulo Roberto de Oliveira Lima

TRF5 suspende liminar que determinava divulgação imediata de correção das redações do Enem

JD MundoVenezuela

Investigação

Diplomata brasileiro vai acompanhar buscas por estudante de-saparecido no PeruO diplomata brasileiro Carlos Garcede foi deslocado

hoje (4) para o Peru para acompanhar as buscas pelo universitário brasiliense Arthur Paschoali, de 19 anos, que desapareceu na região de Machu Picchu. Garce-de permanecerá no país até o desfecho do caso. Ele deve chegar ainda esta noite e logo em seguida terá reunião com o chefe de polícia que está à frente das investigações.A Polícia Nacional Peruana se reuniu hoje em Lima

com o adido policial da Embaixada do Brasil no Peru e garantiu que vai dar prioridade às buscas pelo estudan-te, que foi visto pela última vez no dia 21 de dezembro, quando saiu para tirar fotografias na região. Uma equi-pe multitécnica, especializada em buscas em locais ín-gremes e de difícil acesso, foi acionada. Cães farejado-res ajudarão no trabalho.O ministro das Relações Internacionais do Peru vai re-

ceber amanhã (5) o encarregado de negócios do Brasil para que possam discutir o que já foi feito e as ações que ainda podem ser tomadas nas buscas pelo estu-dante. . (agenciabrasil)

Chávez continuará na Presidência e posse será adiada, diz MaduroO presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro,

disse que a posse de Hugo Chávez para o novo manda-to é apenas um “formalismo” e que ele poderá assumir em uma nova data, a ser combinada com o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). O Artigo 231 da Constituição venezuelana estabelece que o presidente eleito deve to-mar posse no dia 10 de janeiro, mas Chávez está em Cuba, onde faz tratamento médico contra um câncer.O governo se orienta pela segunda parte do artigo

231, que é ambigua e estabelece que “por qualquer mo-tivo inesperado” o presidente eleito pode ser juramen-tado pelo Tribunal Supremo de Justiça, sem especificar a data ou o lugar da cerimônia. “O presidente tem na Constituição as bases para defender seu mandato”, afir-mou Nicolás Maduro, em entrevista transmitida pelo canal estatal na noite de ontem (4).A última palavra será do TSJ, cujos magistrados foram

apontados pela maioria chavista do Parlamento. Se a interpretação da Suprema Corte coincidir com a do Exe-cutivo, na prática nada mudará e o atual gabinete cons-tituído permanecerá exercendo suas funções enquanto o presidente convalesce em Cuba.Apesar da insuficiência respiratória, ocasionada por

uma “severa” infecção pulmonar, Maduro disse que “mais cedo do que tarde”, Chávez voltará à Venezuela.Juristas vinculados à oposição venezuelana argumen-

tam, no entanto, que se Chávez não assumir na próxi-ma quinta-feira (10), deve ser declarada “ausência ab-soluta” do cargo. Legalmente, a ausência absoluta é declarada por morte, renúncia ou incapacidade física ou mental certificada por uma junta médica. Se isso ocorresse, o presidente da Assembleia Nacional ocu-paria interinamente o cargo e deveria convocar elei-ções em 30 dias. “À realidade de hoje, nenhuma dessas causas [para ausência absoluta] pode ser acionada pela oposição”, disse Maduro.O vice-presidente argumenta que ainda está em vi-

gor a autorização que o Parlamento outorgou a Chá-vez, em dezembro do ano passado, para ausentar-se por até 90 dias para a realização da cirurgia.Internado há quase um mês, em Havana, capital

cubana, Chávez não é visto em público desde o come-ço de dezembro. A Presidência do país está sendo exercida por Maduro, que é o vice-presidente da Re-pública e ministro das Relações Exteriores da Venezue-la. (agenciabrasil)

Governo paulista começa em dez dias internação involuntária de usuários de crack

Observar etiqueta do PBE ao comprar um eletrodoméstico pode trazer economia ao pagar conta de luz, orienta Inmetro

Com a decisão, a divulgação ocorrerá a partir do dia 6 de fevereiro, conforme previsto no edital do Enem

Page 15: Jornal do Dia 07/01/2013

C3JD Informe Publicitário Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Page 16: Jornal do Dia 07/01/2013

C4JD Diversão&CulturaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

A fim de evitar novas confusões durante a apuração, a Liga In-

dependente das Escolas de Samba de São Paulo promete uma mudança no regulamento para o Carnaval 2013. Para apa-gar de vez o que aconte-ceu em 2012, quando um integrante da Império de Casa Verde rasgou parte das notas que ainda não haviam sido lidas, foi in-cluído no regulamento uma punição em três pon-tos na somatória total, para as agremiações que se envolverem em episó-dios como este.Para o presidente da en-

tidade, Paulo Sérgio Fer-reira, o Serginho, o fato ocorrido serviu de lição para os participantes. “O problema que tivemos em

Para o presidente da entidade, Paulo Sérgio Ferreira, o Serginho, o fato ocorrido serviu de lição para os participantes

Após confusões na apuração, Liga faz ajustes para o Carnaval 2013 em São Paulo

A gata das gatasMen’s Health sai na frente e elege Katy Perry como a mais sexy de 2013

A revista americana Men’s Health elegeu esta semana as 100 mulheres mais sexy de 2013, sendo que o único critério era o quão bela a moça se-ria. Quem ficou em primeiro foi a cantora Katy Perry. A publica-ção cita que a popstar é a única a ficar mais de um ano no top 10 da Billboard, além, claro, de citar que os seios de Katy já a dei-xariam na primeira posição.. (uol)

Que exemploJustin Bieber curte festinha com cigarro estranho na mãoAo lado de amigos, em um hotel em Newport Beach, Califórnia, o can-

tor Justin Bieber foi flagrado no último dia 02 com um cigarro estranho na mão, um dia após o paparazzo morrer atropelado ao persegui-lo. Bieber não parecia tão preocupado, de acordo com matéria do site TMZ na última sexta-feira (04). Fontes confir-mam que o melhor amigo do popstar, Lil Twist, também esta-va na reunião. Este é o mesmo rapaz que dirigia a Ferrari de Bie-ber quando o fotógrafo sofreu o acidente. Ainda de acordo com pessoas que estavam na festa, tanto Lil quanto seu irmão esta-vam “enrolando” os cigarros de maconha na festinha.. (uol)

CantoraTaylor Swift revela que acreditava em amor de contos de fadas

Atualmente namorando Harry Styles, da boyband One Direction, a cantora Taylor Swift disse ao site Showbiz Spy, em nota deste sába-do (05), que sua visão otimista do mundo, influenciada pelos contos de fadas que leu, a deixava bastan-te desapontada quando a realida-de não ia de acordo com seus pen-samentos. “Pode ser ruim quando a sua imagem de um mundo de contos de fadas não é igual à re-alidade. Eu costumava ler contos de fadas quando era mais jovem e cresci com uma imaginação tão ví-vida. Tudo isso contribuiu para um pequeno mundo criado por mim”, contou.. (uol)

Celebridades

Áries (21 mar. a 20 abr.)Com a minguante lu-nar de hoje, a primei-

ra do ano, abre-se a temporada mensal boa pra terminar rela-cionamentos desequilibrados. Se houver um que não bate mais com seus projetos, apro-veite até 11/1 e acabe com isto.

Touro (21 abr. a 20 mai.)Vários astros no signo irmão de Capricórnio garantem visão am-pla, ajuda externa, in-

tuição prática. Pode começar um programa de saúde a partir de hoje; resultados ótimos es-tão prometidos. Ajuste vida fi-nanceira.

Gêmeos (21 mai. a 20 jun.)Chegou o momento certo pra você se de-sapegar de romances e casinhos chatos. A

minguante lunar de hoje facili-ta este desapego até 11/1. Pro-jetos pessoais que não lhe agradam mais também pode-rão ser descartados neste ínte-rim.

Câncer (21 jun. a 21 jul.)Agora que você já tem todos os dados nas mãos, resta se

posicionar de modo claro na família, a respeito de um as-sunto que envolve compra ou venda de imóvel, funciona-mento da casa e atribuições dos parceiros. De hoje a 11/1.

Leão (22 jul. a 22 ago.)Durante o período da Lua minguante em Libra - que co-

meça hoje e segue até 11/1 - tente se adaptar mais às pes-soas com quem convive habitualmente. Será mais fácil fazer isto agora do que em ou-tro período do ano.

Virgem (23 ago. a 22 set.)A minguante lunar de hoje ativa assuntos financeiros, pede

equilíbrio pra que você possa ter cacife pra bancar seus de-sejos, vontades e projetos pes-soais. Mas não é bom começar nada de novo. Filhos deman-dam seus recursos.

Libra (23 set. a 22 out.)Como é justo no seu signo que ocorre a

Lua minguante de hoje, apro-veite o embalo astral mega po-deroso pra engatar uma dieta de desintoxicação, o abandono de maus hábitos etc. Reposi-cionamento pessoal em mar-cha.

Escorpião (23 out. a 21 nov.)Tem coisas que é me-lhor não sair por ai falando, você sabe. E

funciona mais se você mudar de perspectiva: ao invés de in-terferir, observe. A convivência com irmãos, parentes e colegas ficará melhor, mais leve tam-bém.

Sagitário (22 nov. a 21 dez.)Prepare-se para a época de plantio de novas atitudes, proje-

tos pessoais e interesses. Até 11/1 você conta com um ótimo cenário astral pra se ajustar à sua realidade concreta. Tudo tem um limite, e você deverá respeitá-los agora.

Capricórnio (22 dez. a 20 jan.)Por mais que você queira, já deu pra per-ceber que algumas

máscaras sociais não funcionam como gostaria. Começa hoje a época certa do ano pra corrigir isto. Ser mais autentico consigo, zerando pendências com o mundo.

Aquário (21 jan. a 19 fev.)Um período de certa desconexão com o mundo externa come-

ça hoje pra você. Bom tempo pra se isolar, em busca de orien-tação interna. Até a Lua nova em Capricórnio (11/1), sacuda a ten-dência a se depreciar ou depri-mir.

Peixes (20 fev. a 20 mar.)Você poderá com-provar nos próximos

dias se aquele plano em co-mum com o cônjuge está de pé, ou não se sustenta mais. Mesmo somando os recursos de ambos, pode ser que tenha de se render a algo maior nes-tes dias.

Horóscopo

Guitarrista Rob Caggiano anuncia saída do Anthrax

Resumo das NovelasMalhação Lado a Lado

Guerra dos Sexos Salve Jorge

Rômulo pede para Valentina se afastar de Dinho. Nando comenta sobre a beleza de Valentina e Lia fica

intrigada por Dinho não ter comentado sobre a argentina antes. Bár-bara aproveita a despedida de solteira de Isabela para anunciar a loja que vai abrir ao lado do Misturama. Britney chega para a despedida de solteiro de Leandro e Robson finge ser o noivo dela para que Clô não suspeite da moça. Rômulo alerta Dinho sobre a volta da Valenti-na e Tatá ouve. Fatinha ameaça Valentina ao perceber o interesse da argentina por Dinho. Tico fica atento à conversa que o irmão tem com Mário sobre Valentina. (segunda-feira)

Gilda desconfia das intenções de Albertinho. Bo-nifácio confidencia a Margarida que, se a carga

de tecidos não for entregue, a fábrica pode falir. Laura aceita o convite de Celinha e Guerra para jantar. Isabel comunica a Neusi-nha que Diva continuará encenando A Dama das Camélias. Fer-nando avisa a Bonifácio e a Praxedes que o caminhão com a car-ga de tecidos foi roubado. Zé Maria chama Caniço para a roda de capoeira e o golpeia. Laura comenta com Isabel que a elite cario-ca se incomoda com seu estado civil. Constância avisa a Alberti-nho para ele nem pensar em fugir do compromisso com Esther. Zé Maria se oferece para ajudar Guerra no jornal.

Waleska e Rosângela temem que algo aconteça com Morena e Jéssica. Lívia manda Wanda não fazer nada contra Morena. Jéssica passa mal. Pes-

coço procura Vanúbia. Maitê fica surpresa ao saber que Bianca continuará na Capadócia. Stênio e Helô quase se beijam. Morena e Jéssica são revistadas no aeroporto. Isaurinha tenta convencer Antônia a desistir do divórcio. Celso combina de se encontrar com Amanda. Aída acredita que Nunes a pedirá em casamento. Theo briga com Élcio e o manda se afastar de Érica. Salete cobra seu salário para Drica. Ayla observa Demir abordar turistas. Mustafa elogia Berna por ter feito a suposta doação a Lívia em seu nome.

Fábio tenta salvar a vida de Ciça. Felipe não acre-dita que Fábio goste de Juliana. Veruska conse-

gue enganar Roberta. Charlô manda Nando ficar com Roberta. Manoela e Ciça são levadas para o hospital. Juliana passa mal ao saber do acidente. A vida de Manoela corre risco, e Fábio se pre-ocupa. Juliana pensa em ir para o hospital encontrar Fábio. Caro-lina tenta disfarçar a satisfação com o acidente de Manoela. Char-lô pergunta a Fábio como Manoela descobriu sobre seu caso com Juliana. Felipe proíbe Juliana de ir até o hospital. Carolina se faz de vítima para Nieta. Fábio vela o sono de Ciça e recebe a notícia de que Manoela está fora de perigo.

2012 é página virada. Um único acontecimento não

pode apagar o espetáculo que as escolas fazem na avenida, e sim servir de li-ção para que as agremia-ções tomem mais cuida-do”, declarou.O documento oficial de

leis para o Carnaval 2013 também traz um parágra-fo único, divulgado no site oficial da Liga, que definiu que quem dará a largada para os desfiles será a Acadêmicos do Tatuapé, vice-campeã do Grupo de Acesso em 2012, no dia 8 de fevereiro. A Nenê de Vila Matilde, primeira co-locada no ano passado, abrirá as apresentações do segundo dia do Grupo Especial.Já havia sido adiantado

em outubro deste ano pela Liga SP, que não ha-verá descenso nem subi-da no Grupo de Acesso em 2013. Ou seja, nenhu-ma das oito escolas do Acesso cairá para o Grupo 1 da UESP (União das Es-colas de Samba de São Paulo), assim como ne-nhuma das onze escolas do Grupo 1 subirá ao Acesso. A íntegra do re-gulamento ainda não foi publicada. No total, a elite do samba paulista é com-posta por 14 escolas, que passarão pelo sambódro-

mo do Anhembi até o dia 9. Junto com as outras seis agremiações do Acesso, as rebaixadas, Camisa Verde e Branco e Pérola Negra desfilam no dia 10 de fevereiro. A apuração será no dia 12, e o desfile das Campeãs fecha o ca-lendário da folia no dia 15. Segundo a Liga, cerca de 29 mil ingressos estarão à venda para o público acompanhar o espetácu-lo. Os valores ainda não foram divulgados.Campeã do Carnaval

2012 com o enredo “OJU-BÁ – No Céu, os Olhos do rei... Na Terra, a Moradia dos Milagres... No Cora-ção, Um Obá Muito Ama-do!”, a Mocidade Alegre tentará o bicampeonato apostando no desejo hu-mano de ser Deus. O sam-ba da escola tem o título “A Sedução Me Fez Pro-var... Me Entregar à Tenta-ção... Da Versão Original, Qual Será o Final?”.Já a Rosas de Ouro, vice-

-campeã por apenas dois décimos em 2012, vai falar sobre o folclore de várias partes do mundo com o enredo “Os Condutores da Alegria – Numa Fantástica Viagem aos Reinos da Fo-lia” para buscar seu oitavo título. (uol)

O guitarrista da banda Anthrax, Rob Cagian-no, anunciou sua saí-

da do grupo de thrash metal após nove anos na última sexta-feira (4). Cagianno dis-se ao site Hollywood Repor-ter que deixou a banda de forma amigável e quer se concentrar em outros proje-tos, principalmente na pro-

dução de outras bandas.Cagianno entrou no An-

thrax em 2001 e ficou até 2005. Em 2007, o músico voltou a trabalhar com o grupo e permaneceu até o começo deste ano. Em um comunicado, ele disse que está “extremamente orgu-lhoso do tempo que passou com a banda”. (uol)

Aline Oliveira, rainha de bateria, e integrantes da Mocidade Alegre voltam à quadra da escola para comemorar título

Page 17: Jornal do Dia 07/01/2013

CadernoDEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Carro&MotoMacapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

JOSÉ ARCANGELOda Redação

Test Drive Nissan: Uma Frontier na fronteiraUltrapassagens dos buracos e cabeças de pontes – muitas delas em estado lastimável – sempre foram com muita se-gurança e firmeza, pelo bom conjunto da suspensão dianteira, independente do tipo Double hisbone e traseira

Na terceira semana de dezembro do ano passado aproveita-

mos uma viagem para Vila Velha do Caciporé (Oiapo-que) para estendê-la até a fronteira. Uma Nissan LE 4X4, cor prata, transmissão automática, ar, vidro elétri-co, bancos de couro, air bag duplo, bússola eletrô-nica de navegação, tudo que uma picape-automó-vel tem direito, inclusive, com um som de última ge-ração, entrada para pen drive, este dispositivo ele-trônico com gravação de 800 músicas, todas, dos dourados Anos 60. Foi dis-ponibilizado pelo jovem gerente da Trilha Norte, Fernando Carvalho.

PorteAntes de chegar à frontei-

ra do Brasil com a Guiana Francesa passamos pelos municípios de Tartarugalzi-nho, onde fizemos uma pa-rada técnica como convem a viagens acima das seis horas no Restaurante O Mi-neiro. Em Calçoene, a entra-da foi para cumprimentar antecipadamente desejan-do Boas Festas no casal amigo de longas datas, o médico Ricardo Bravo e sua esposa, professora Nancy, que possuem um modelo da picape. Por onde passa-va o carro chamava atenção pelo seu porte e robustez. Antes, quando a montado-ra japonesa fabricava no Brasil o nosso modelo ante-rior, com motor MWM os franceses e guianenses já trafegavam na “Navara” (pronuncia-se Navarrá). Hoje elas são rigorosamen-te iguais.

EstradasA Frontier teve um com-

portamento exemplar quando trafegamos em pistas pavimentadas, seca e sobre ação de forte chuva, ou de terra seca na ida e muita lama na volta. A pas-sagem das trações 4X2 para 4x4 com apenas um pequeno giro num botão do console permitiu com segurança ultrapassarmos os trechos sujeitos a aqua-planagem e derrapagem, mesmo com pouco peso na carroceria e apenas o condutor e passageiro. Ne-nhuma vez saiu de traseira. As ultrapassagens dos bu-racos e cabeças de pontes – muitas delas em estado lastimável – sempre foram com muita segurança e fir-meza, pelo bom conjunto da suspensão dianteira, in-

Frontier no Igarapé Patauá, Oiapoque

Frontier em Tartarugalzinho

Frontier na entrada de Calçoene

Nissan na entrada da ponte binacional, lado brasileiro

Gerente da Trilha Norte Fernando Carvalho

O lado francês da ponte

Nissan - Ao fundo o Rio Oiapoque e mata da Guiana Francesa

dependente do tipo Dou-ble hisbone e traseira, de eixo rígido e mola semie-líptica. A direção hidráulica, mesmo leve, determinou boa condutividade, movida a pinhão e cremalheira. Os freios, com disco motor frontal em “V”, ABS (antitra-vamento), EBD (controle de frenagem) tanto na dian-teira como na traseira e ro-das de liga aro 16 e pneus mistos 255/70, completam o conjunto.

ConfortoNo habitáculo, o carro

mais parece uma “avião”. Seus ergonômicos bancos de couro envolvem por completo os usuários. O conjunto ótico é excelente, contando com a preciosa ajuda dos faróis de milha. O espelho interno contem a bússola digital e vem equipado com o anti-ofus-cante e os externos, com precisos botões para regu-lagens. Recomendamos um test drive. É uma exce-lente compra e um dos melhores custos-benefícios do mercado amapaense.

ConsumoNos 1,2 mil quilômetros

percorridos no trajeto Ma-capá/Oiapoque/Macapá a uma velocidade média de 90 km/hora, o consumo nos surpreendeu. Conse-guimos cravar 9,2 km/litro. O tanque tem capacidade para 80 litros, o suficiente para ir de Macapá a Oiapo-que sem precisar reabaste-cer. Na fronteira visitamos o marco “Aqui Onde Co-meça o Brasil” e a ponte binacional. Pena que a nos-sa Nissan não pode trafe-

gar até o outro lado por impedimento dos france-ses. Mas em julho estamos programando o primeiro test drive internacional Ma-capá/Caiena com muitas novidades para contar. En-tão até lá!

Ficha TécnicaMotor 2.5 l com 190 cv;

Transmissão automática de 05 velocidades com over-drive; revestimento dos bancos em couro; Para choque traseiro, grade frontal e retrovisores cro-mados; Piloto automático com controle no volante; faróis de neblina; Estribos laterais; Rack do teto com vistoso adesivo FRONTIER; Retrovisor interno eletro-crômico com bússola digi-tal; Sistema de fixação de carga Cargo Channel; Alar-me com Keylass e controle remoto; Rádio AM/FM/CD Player com display de 4,3 polegadas colorido; Fun-ção MP3, entrada auxiliar para MP3, Conector USB no console central e seis autos falantes.A Nissan Frontier é uma

picape que coloca, lado a lado, toda a força e potên-cia de um veículo utilitário e o conforto de um carro de passeio. Equipada com moderno e econômico motor Nissan 2.5 litros, 16V Turbo Diesel, câmbio auto-mático e o sistema Shift on the Fly, que permite o acio-namento da tração 4X4 mesmo com veículo em movimento. A Nissan está preparada no sentido de encarar qualquer desafio no campo ou na cidade.Veredito: Aprovada com

louvor!

Page 18: Jornal do Dia 07/01/2013

D2JD Carro&MotoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Vendas de veículos batem novo recorde em 2012Setor encerrou o ano de 2012 com crescimento de 6,1% nas vendas de auto-móveis e comerciais leves em relação ao ano anterior 2011

Versão especial do Ford GT é o novo carro mais rápido do mundo

A indústria automobi-lística nacional tem muito o que come-

morar, afinal 2012 entra para a história como o 6º ano consecutivo de recor-des de vendas. Segundo a Federação Nacional da Dis-tribuição de Veículos Auto-motores (Fenabrave), em 2012, foram comercializa-dos 3,634 milhões de auto-móveis e comerciais leves, número 6,1% superior ao registrado em 2011, quan-do foi alcaçada a marca de 3,425 milhões de unidades.No total, incluindo ainda

caminhões e ônibus, os emplacamentos chegaram a 3,8 milhões, representan-do um aumento de 4,65% em relação ao acumulado do ano anterior.

Modelos mais vendidosEntre os modelos de au-

tomóveis mais vendidos, o Volkswagen Gol continua na liderança, fechando o ano com mais de 291 mil unidades vendidas, segui-do de Fiat Uno e seu irmão maior Fiat Palio, que to-mou a terceira posição ocupada em 2011 por Chevrolet Celta.Lançados oficialmente

em outubro, tanto o Hyun-dai HB20 quanto o Che-vrolet Onix obtiveram um excelente desempenho no último trimestre de 2012. Em três meses, o HB20 al-

Entre os modelos de automóveis mais vendidos, o Volkswagen Gol continua na liderança

Ford Del Rey

Um carro que dei-xou muita

saudade. Em 1981 a Ford lan-çava o Del Rey, uma variação do Corcel, nas ver-sões básica e Ouro, de duas ou quatro por-tas, também oferecida como station wagon. Em 1985, as va-riações do mo-delo passaram a ser denonima-das L, GL, GLX e Ghia, com op-ções de duas ou quatro portas. O motor, no início 1.6, passou a 1.8. Fabrica-

do ao longo de uma déca-da, o modelo era conheci-

do pelo conforto e dirigibilidade e chegou a

vender aproximadamente 350 mil unidades.

Clássico da semama

FocoEste ano a VW focará mais no subcompacto Up! à ser montado no ABC paulista. Alem des-te, um pequeno crosso-ver, o Taigun assim como o novo Santana, um sedã no estilo mé-dio-grande deve ser produzido na fábrica de Taubaté (SP). Segundo informação da imprensa especializada, a monta-dora alemã no Brasil pretende imprimir pro-fundas mudanças na du-pla Gol/Fox já na linha 2014/2015, principal-mente no acabamento e internamente.

MudançaCom a chegada do Che-vrolet Onix, mais estiloso que o Agile, a montado-ra americana resolveu efetivar pequenas mu-danças neste último, in-clusive, com o lança-mento do câmbio automático Easytronic e reestilização da dianteira do automóvel, saindo os grandes faróis – pareci-dos olhões – entra um conjunto de perfil mais afilado, ficando o hatch mais parecido com a nova linha adotada.

AumentoNão vai demorar muito e o povo brasileiro vai experimentar o gostinho amargo do aumento de preço nos combustíveis, que deve ser majorado, em média, R$ 0,30 por litro. Assim, em Macapá, o litro da gasolina deve ultrapassar aos R$ 3,00, o álcool a R$ 2,80 e o diesel um pouquinho mais barato. Nas frontei-ras Norte (Oiapoque) a gasolina deve custar R$ 3,50 e na Sul (Jarí) R$ 3,40. Então, tudo irá au-mentar de preço, tra-gando o reajuste do Sa-lário Mínimo.

AlternativoNo Brasil, o combustível ecológico, o nosso eta-nol, bem que poderia substituir em pelo me-nos 50% o fóssil, deriva-do do petróleo. O álcool tem muitas vantagens, pois, aumenta a potên-cia do motor, gera mi-lhares de empregos, emite menos gases po-luentes que causam gra-ves desequilíbrios climá-ticos. Só que quem manda nos preços não é

o governo e sim os usi-neiros.

BonitoO Renault Clio ganhou novo visual dianteiro, re-toques na traseira e in-ternamente, alem do propulsor 1.0 16V Hi--Power retrabalhado para melhorar o desem-penho e economia. A versão Authentique é a mais encontrada nas concessionárias, inclusi-ve, o modelo duas por-tas, muito mais barata que o VW Gol. O cliente pode personalizar o compacto Clio com vis-tosas faixas dos kits ade-sivos por apenas R$ 299,00. O kit interno sai por R$ 499,00. Na Lagoa Automóveis Macapá.

IncrementoA Nissan do Brasil pre-tende este ano adequar suas cotas de importa-ções do compacto Mar-ch e do sedã Versa, am-bos produzidos no México e importados com isenção do Imposto de Importação (II). O compacto caiu como uma luva no gosto do brasileiro advindo da mídia inteligente lança-da como “Você pode ter um carro japonês”. Des-taque para o modelo de entrada do March, com motorização 1.0 e de sé-rie vidro e direção elétri-cos e air bag. Consumo urbano chega a 9,6 km/l e na estrada até 13,7 km/l. Na Trilha Norte Macapá.

FechadaA concessionária Cherry de automóveis e utilitá-rios chineses fechou as portas no Amapá. Com isso, quem comprou os veículos terá enormes prejuízos tanto na ma-nutenção como nos pre-ços para a revenda do usado. Um modelo QQ, o mais simples, que cus-tou em torno de R$ 28 mil, com pouco mais de um ano de uso, o merca-do amapaense está pa-gando apenas R$ 12 mil para a troca por um zero quilômetro. Pela Lei Re-nato Ferrari, que regula o comércio nas conces-sionárias, a fábrica chi-nesa ou nomeia outro representante imediata-mente ou assume o pro-blema em 30 dias. Com a palavra o MPF.

Com a nova administração municipal de Ma-capá vamos esperar que a CTMac conseguis-se disciplinar o trânsito de caminhões e car-retas na Av. Paraná, desde o bairro de Santa Rita até o Novo Buritizal. Nestes primeiros dias do ano novo nenhum guarda de trânsi-to foi visto no trecho. –x-x-x-x- Algumas con-cessionárias de automóveis ainda tem para pronta entrega várias unidades com o antigo desconto do IPI. Mas é por pouco tempo. A Be-tral Veículos (Fiat) é uma delas, no Meio do Mundo. –x-x-x-x- Casal Osvaldo e Heleni Mar-tins em visita a parentes e amigos. Eles estão radicados há mais de 10 anos em Goiânia. Um Bacalhau a Provençal regado a um bom tinto português na residência do empresário Eduardo e Fabrícia Martins (Auto Padrão Au-tomóveis) marcou o evento. O publicitário Fábio Pereira e eu estivemos lá. Grato. –x-x--x-x- Até outubro do ano passado o compacto chinês Cherry QQ já havia comercializado pou-co mais de sete mil unidades. Com o aumento do IPI para os importados seu preço aumentou e as vendas despencaram. Muitas concessioná-rias fecharam no País como a de Macapá (Bei Motors). –x-x-x-x- Ano, infelizmente, começa violento com mortes no trânsito como nas ocorrências policiais. –x-x-x-x- “Não basta fa-lar sobre a paz, é preciso pensar, sentir, agir e viver em paz”. (Provérbio Shenandoah). -x-x-x--x- Freando... e desejando paz a todos. –x-x--x-x- Bom Domingo!

Auto Pista

Pista livreJOSÉ ARCANGELOColunista

cançou a marca de 21.144 unidades vendidas, en-quanto o Onix chegou a 17.356.Do segmento dos com-

pactos populares, o único estreante que ficou para trás foi mesmo o Toyota Etios. A versão hatch ven-deu apenas 4.232 unida-des, enquanto o sedã fe-chou o ano com 2.519 unidades emplacadas. Para compensar o fraco movi-mento de vendas, as con-cessionárias Toyota anun-ciaram que irão manter até o dia 15 de janeiro o preço do modelo, sem repassar

ao consumidor o primeiro aumento do IPI.

Confira abaixo o ranking dos carros mais vendidos em 20121° VW Gol – 291. 0052° Fiat Uno – 254.6883° Fiat Palio – 184.9344° VW Fox – 146.1385° Chevrolet Celta – 136.6366° Fiat Strada – 116. 6687° Ford Fiesta – 112.8828° Fiat Siena – 102.6649° Chevrolet Corsa Sedan – 97.65710° Renault Sandero – 97.59811° VW Voyage – 95.545

12° Chevrolet Cobalt – 66.19213° VW Saveiro – 65.87814° Ford Ka - 5641815° Toyota Corolla – 55.85516° Chevrolet Agile – 53.73817° Honda Civic – 50.15418° Chevrolet Montana – 48.21319° Chevrolet S10 – 47.18220° Renault Duster – 46.42521° Fiat Punto – 41.92022° GM Cruze Sedan – 39.35023° Toyota Hilux – 38.56924° Honda Fit – 38.26125° Ford EcoSport – 37.787. (revistaautoesporte)

Carro desenvolvido por empresa americana registra máxima de 455 km/h e desbanca o Bugatti Veyron de seu posto

A empresa americana Performance Power Racing (PPR), espe-

cializada na preparação de carros, desenvolveu recen-temente uma versão espe-cial do Ford GT. Uma ino-vadora liga metálica na composição associada a um bruto motor de 1.723 cv de potência permitiram a criação do mais novo car-ro de rua mais rápido do mundo, desbancando o badalado Bugatti Veyron. O modelo atingiu 283,232 mi/h, o equivalente a 455,8 km/h, o que deu ele um lu-gar reservado no Guiness World Records.Segundo a Ford, o princi-

pal responsável pelo feito foi uma liga especial de alumínio chamada Pan-dalloy. O material é capaz de suportar altíssimas tem-peraturas e foi produzido com base em tecnologias aeroespaciais. A parceria entre a PPR e a empresa Pratt & Whitney estudou as adaptações e aplicações necessárias para usar o

Pandalloy nessa versão in-vocada do Ford GT já obje-tivando criar o carro mais rápido do mundo.Para o dono da perfor-

mance Performance Po-wer Racing, Johnny Boh-mer, as corridas de automóveis têm sido um campo perfeito para a

aplicação de algumas das novas tecnologias que se-rão desenvolvidas para o comercialização. “Essas novas ligas de alumínio são muito superiores às que existem hoje no mer-cado e estamos entusias-mados em ver até onde poderemos levar os limites

de desempenho e eficiên-cia, com impacto positivo no mundo. Nós quebrar-mos recordes para provar que esses sistemas e pro-jetos realmente têm uma função e podem ser apli-cados em veículos de to-dos os tipos”, disse, (car-ros.ig.com.br)

Page 19: Jornal do Dia 07/01/2013

D3JD Carro&MotoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

No caso do ano de 2013, aparentemente a maioria dos novos veículos lança-dos vai focar na tecnologia embarcada para conquistar o consumidor

2013 será marcado por novos compactos nacionais

Troller lança o nada discreto T4 PraiaA Troller anuncia a chegada da versão T4 Praia com uma série acessórios origi-

nais desenvolvidos para uso no litoral. São bancos revestidos de neoprene e supor-te para prancha de surf e pintura especial verde e amarelo. Além disso, há proteção especial da parte de baixo do motor e snorkel para tomada de ar na capota, útil para atravessar trechos alagados de até 80 centímetros de profundidade.,

O carro faz parte da linha 2013 e vem com motor 3.2 turbodiesel, com turbina de geometria variável e 165 cv. Funciona em conjunto com a tração 4x4, diferencial autoblocante, freio a disco nas quatro rodas, rodas de aro 15 montadas em pneus 255/75R, faróis de neblina e ganchos de reboque com capacidade de 2.400 kg.

A lista de equipamentos inclui direção hidráulica, ar condicionado, trio elétrico, relógio digital, conta-giros, tomada 12V, bagageiro e capota rígida removível . Como opcional, há como instalar capas de estepe e calha de chuva até barra de teto e GPS. A nova versão chega para dar sobrevida ao T4, que será substituído por um modelo mais sofisticado que terá como base o protótipo TR-X, mostrado no Salão do Automóvel, em outubro último. A marca não divulgou o preço da nova versão, mas o T4 custa a partir de R$ 94.490. (noticiasdecarros)

Mercedes terá novo V8 para SLS e C63 AMGFontes ligadas à Mercedes-Benz confirmaram para a Autocar que a AMG já está

desenvolvendo um novo motor V8 para a próxima geração do esportico C63 AMG e para o sucessora do supercarro SLS AMG. O motor será um V8, de 4 litros de cilin-drada e dois turbos. Agora a C/D norte-americana adiantou que o motor, chamado de M177, vai produzir entre 466 e 506 cv no novo C63, que chegará em 2015. Já o substituto do SLS AMG, programado para 2016, o motor se chamará M178 e vai entregar algo entre 598 cv. É possível que esse novo motor substitua o V8 de 5,5 litros M157 que equipa toda a linha AMG, menos a SLK55, que também deve ter o motor substituído pelo novo 4.0

A mudança de nomenclatura ainda não está muito clara, é muito provável que o numeral “63” continue nos carros com motor V8, mas também é possível que a AMG utilize o numero “60”. Fazer referência ao 4 litros usando “40” está fora de cogitação, por causa da A45 AMG e da CLA45 AMG, que usarão motores 2.0, de alto rendi-mento... (noticiasdecarros)

Audi desiste de fabricar novo A2O protótipo do que seria a nova geração do Audi A2, mostrado no Salão de Frank-

furt (Alemanha), em setembro de 2011, não terá uma versão definitiva, informa o site inglês Autocar. O novo modelo estava previsto para ser lançado em 2015, como um dos rivais do BMW i3, mas não vai sair da fase conceitual. Porém, o que foi aprendi-do no desenvolvimento do projeto será aplicado nos futuros lançamentos da marca.

O novo A2 seria fabricado sobre a nova plataforma MQB, com1.150 kg de peso, mesmo com as baterias e o motor elétrico de 113 cv e 27,5 kgfm de torque. O câm-bio do protótipo é de uma marcha e a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em aproxi-mados nove segundos. A velocidade máxima limitada do modelo é de 150 km/h.De acordo com a Audi, a autonomia do A2 é de 200 quilômetros. (noticiasdecarros)

Novo ForTwo pode perder ajuda da RenaultA parceria entre Daimler e a Renault/Nissan, oficializada no início de outubro últi-

mo, começa a enfrentar problemas, conforme a revista inglesa Car Magazine. De acordo com a publicação, a marca francesa está desistindo de colaborar com o projeto do novo Smart ForTwo (baseado no protótipo ForStars das fotos, mostrado no Salão de Paris, em setembro de 2012) para economizar dinheiro e mão de obra depois de ter gasto uma pequena fortuna em modelos elétricos como o Twizy e o Zoe. Agora os alemães terão que seguir desenvolvendo o novo modelo sozinhos. Previsto para o início de 2014, o novo ForTwo será completamente novo, com opção de motor aspirado, de 0,9 litro de cilindrada, de três cilindros, que tem se mostrado menos econômico que o atual. No conjunto mecânico também haverá novo câmbio sequencial de dupla embreagem e sete marchas como um opcional de 2 mil euros (cerca de R$ 5.400). E mais dois motores turbinados, de 85 e 105 cv. Também de-vem ser lançadas as versões cabriolet e elétrica, que terá motor Bosch e 88 cv. O novo ForTwo será apenas 3 centímetros a mais de comprimento que o atual, che-gando nos 2,73 metros. A largura aumentará mais, dos 1,75 m atuais para 1,87 m, o que vai ajudar com a estabilidade nas curvas, mas deixará prejudicada a praticidade de estacionar em qualquer vaga.. (noticiasdecarros)

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FOTOS DIVULGAÇÃO

Em detalhes

Uma das grandes dúvidas para 2013 é em relação à sétima geração do Volkswagen Golf será que vem para o Brasil

A cada ano o mercado brasileiro fica mais competitivo, atrain-

do novas marcas, todas de olha na sua fatia do bolo. Mas como os segmentos são basicamente os mes-mos, a saída para as em-presas é procurar lacunas estratégicas e diferencia-ções mercadológicas para seus modelos.No caso do ano de 2013,

aparentemente a maioria dos novos veículos lança-dos vai focar na tecnologia embarcada para conquis-tar o consumidor. O que prova que, aos poucos, o Brasil mostra que tem massa crítica para ter auto-móveis mais modernos. Coisa típica dos mercados mais maduros.Boa parte desses novos

modelos será fabricada no Brasil, principalmente por conta dos estímulos tribu-tários à produção local promovido pelo programa governamental Inovar-Au-to. A Peugeot, por exem-plo, chega com um produ-to recém lançado na Europa. A marca francesa vai lançar em abril o 208, compacto que foi apresen-tado mundialmente no pri-meiro trimestre deste ano.A produção será em Por-

to Real, no Rio de Janeiro, onde também já é feito o Citroën C3, carro com quem ele compartilha a plataforma. Os motores também devem ser iguais aos do C3. Espera-se, por-tanto, um 1.5 de 93 cv e um 1.6 de 122 cv. O dife-rencial do 208 deve ser a lista de equipamentos, mais recheada e com direi-to a sistema de entreteni-mento com tela sensível ao toque. Outro que vai ganhar cidadania brasileira é o New Fiesta. A Ford vai fabricar o modelo no Brasil agora em 2013 e pretende diversificar a linha com versões mais simples e mais baratas.Uma das grandes dúvi-

das para 2013 é em rela-ção à sétima geração do Volkswagen Golf. O médio foi apresentado na Europa no Salão de Paris e já foi especulado diversas vezes para chegar ao Brasil. Ele viria para – finalmente – aposentar o Golf de quarta geração, ainda à venda por aqui em uma versão com alguns “facelifts”.Uma das possibilidades

é que ele seja feito em São José dos Pinhais, no Para-ná, e seja vendido com motor 1.4 turbo e câmbio de dupla embreagem nas versões mais caras. A pro-dução do novo Golf em solo nacional pode até abrir espaço para a fabri-cação do novo Audi A3 no Brasil. Os dois modelos compartilham diversos elementos e a Audi já até afirmou que pretende vol-tar a fazer carros no Brasil. De qualquer maneira, a nova geração do A3 será importada a partir de fe-vereiro.Além de Volkswagen,

Hyundai, Ford e Citroën devem dar atenção ao segmento de hatches mé-dios este ano. A fabricante coreana vai iniciar as im-portações da segunda ge-ração do i30 já em janeiro. E com preços bem mais salgados. Mais equipado, o novo i30 vai custar cerca de R$ 70 mil e vai ser equi-pado com o motor 1.6 flex de 128 cv que é usado pelo HB20.Já a Ford e Citroën vão

continuar investindo em suas fábricas argentinas para as novas gerações de Focus e C4. O Ford deve manter o motor 2.0 Dura-

tec em algumas versões, mas terá um 1.6 Ecoboost nas configurações mais caras. Já o C4 vai apostar em um desenho mais ele-gante e com menos curvas do que o atual. Também está prevista uma variante com motor 1.6 THP ainda para 2013.Outra marca que aposta

nos médios é a Nissan. A fabricante japonesa vai im-portar do México a nova geração do Sentra, sedã que ficou mais elegante e ganhou alta dose de con-forto a bordo. Ainda entre os sedãs médios, a Honda vai lançar versões do Civic com o mesmo motor 2.0 do CR-V ainda em janeiro.Os hatches premium

também terão espaço em 2013. Além do Audi A3, a Mercedes vai importar a nova geração do Classe A. O modelo está mais espor-tivo, com linhas inspiradas e motores turbo para dei-xar o comportamento ain-da mais “nervoso”.A Volvo também renova

o seu concorrente na bri-ga. A marca sueca aposen-ta o C30 e apresenta o ver-sátil V40. Com carroceria no estilo Sportback, com mais espaço para baga-gens, o carro se destaca também pela alta dose de segurança embarcada. Há até airbag para pedestres, que é acionado em caso de atropelamentos.Depois de ter sido a

marca mais “novidadeira” de 2012, a Chevrolet vai continuar em 2013 com a mesma estratégia. Mas, além das novas gerações de modelos já presentes no mercado, a marca norte-americana vai se aventurar em novos seg-mentos.Um deles é o de utilitários

compactos. A venda do Tracker no Brasil já está confirmada, para disputar mercado com o Ford EcoS-port e o Renault Duster. O modelo será importado do México e deve receber o motor 1.8 de 140 cv igual ao do Cruze.O extremo superior do

mercado não será esqueci-do. A Land Rover prepara

para o início do ano o lan-çamento da nova geração do Range Rover Vogue. Com ainda mais tecnolo-gia embarcada, visual re-novado e uma redução de peso de mais de 400 kg em relação ao modelo an-terior, dependendo da ver-são. O jipão chega na faixa dos R$ 500 mil.Este ano também deve

marcar um retorno bem esperado. A Fiat ainda não dá como certo, mas a volta da Alfa Romeo ao Brasil é

bem provável para 2013. Os carros da fabricante ita-liana seriam vendidos nas concessionárias da Chrys-ler, integrante do Grupo Fiat. O mais cotado para ser vendido aqui é o MiTo, compacto feito na plata-forma do Punto europeu – mais moderno que o bra-sileiro, com direito a suspensão traseira multi-link – e que tem sob o capô o moderno motor 1.4 MultiAir. (noticiasauto-motivas)

Outra marca que aposta nos médios é a Nissan. A fabricante japonesa vai importar do México a nova geração do Sentra,

Page 20: Jornal do Dia 07/01/2013

Assi s Mot taEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

[email protected] Escreve...Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Me disseram....Motors BeachFoi ótimo o Reveillon do Motors na orla. No comando a banda Casa Nova que le-vou o público ao delírio tocando grandes sucessos que marcaram época. No se-gundo piso Djs viravam os principais agitos. Casal Mabel e Rui estão de parabéns pelo atendimento nota 10.

LondonFalando em Djs lembrei da boate London. Salim Haber o “Cap” da casa precisa com urgência trabalhar melhor a educação e o atendimento de seus funcionários que atuam muitas das vezes de forma truculenta e sem um pingo de bom senso. Uma casa que trabalha com entretenimento tem que prezar pelo bom atendimen-to. Nota ZERO.

Virada de Ano.Não consigo entender que toda Macapá estava na queima de fogos na virada de ano na praça do forte. Foram milhares de pessoas que se acotovelaram num espa-ço mínimo e sem estacionamento. Teve gente que viu a queima de dentro do seu carro. “Pasmem” foram só dez minutos e tchau.

Vivo Macapá trabalhando para melhorar seu atendimento. Treinamentos a todo dia buscando a excelência. Os produtos estão cada vez melhores com tarifas e preços diferenciados. A Vivo como sempre a frente de todas.

A Safira Honda começou o ano em alta. Todos os veículos da marca

são sem sombra de dúvida os melhores do mercado. Novidades estão chegando em breve na concessionária. FotosParabéns aos novos clien-tes Honda.

Vereador Aldrin convidou os ar-tistas Paulinha Abelha e Marlio ex integrantes da Banda Calci-

nha Preta para um almoço. No cardá-pio Tucunaré na manteiga uma das especialidades da Peixaria Amazonas. Em sua turnê pelo Brasil, os artistas es-tão tocando seus sucessos e algumas músicas da banda Calcinha Preta

A Associação Co-mercial e Indus-trial do Amapá

escolheu Marcio Faria da Amazonas Impor-tados como o empre-sário do ano. Na foto está ao Lado do Pre-feito Clécio Luis e do Empresário Ari Silva do Santa Lúcia

Ano novo começa e com ele novos projetos surgindo. Espero que você acompanhe tudo que iremos proporcio-nar na área de entretenimento. Em Março teremos o show de Jorge Vercillo e logo em seguida o MCP Fashion Weekend. Estamos trabalhando na volta da Revista Circulando. Já em parceria com o Jornal do Dia teremos uma

revista voltada para o mundo automobilístico. São muitas novidades para 2013. Tudo para que você esteja bem infor-mado e com produtos de qualidade. No decorrer do programa Circulando você terá mais informações sobre os proje-tos. Ah, lembrando que o programa vai ao ar todos os sábados a partir das 16h na Tv Tucujú, afiliada a Rede Tv Canal 24.

MACAPÁ FASHION WEEKEND.A primeira edição do MCP Fashion aconteceu em outubro de 2010 no Marco Zero do equador e foi um sucesso. O evento contou a participa-ção de 24 lojas da cidade e teve a presença Vip dos atores globais Max Fercondini e Henri Castelli. Foram dois dias voltados para o mundo da

moda. A produção já começou a trabalhar como parte da programação o Curso Profissional de Modelos que será ministrado pela Mega Models SP. Aliás a Mega foi responsável pela execução da Menina Fantástico. A idéia é de usar os modelos formados para em Maio participarem da se-

gunda edição do MCP Fashion Weekend.

Sr. Alderinda Ferreira

Dra Patrícia Lenora e filhos

Page 21: Jornal do Dia 07/01/2013

CadernoE Economia&NegóciosMacapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

A coleta de dados durou um ano, e se deu por meio de 834 entrevistas realizadas em domicílios

Alimentação fora do lar contribui com a obesidade

Aproximadamente 60% dos paulistanos que se alimentam

fora de casa sofrem com problemas relacionados ao sobrepeso, é o que aponta o estudo Alimentação fora do lar e sua relação com a qualidade da dieta dos mo-radores do município de São Paulo: estudo ISA-Ca-pital. A pesquisa, desenvol-vida na Faculdade de Saú-de Pública (FSP) da USP, foi objeto da dissertação de mestrado da nutricionista Bartira Mendes Gorgulho e faz parte de uma parceria de professores da FSP com a Secretaria Municipal de Saúde para a produção do Inquérito de Saúde do mu-nicípio de São Paulo.Bartira procurou mapear

a situação da alimentação fora do lar, e gerar estatísti-cas sobre a quantidade de pessoas que fazem ao me-nos uma das três principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) fora de casa, quais as diferenças qualitativas entre comer dentro e fora do lar e que tipo de alimento é consu-mido em ambientes exter-nos as residências. A coleta de dados durou um ano, e se deu por meio de 834 en-trevistas realizadas em do-micílios por toda a cidade, a fim de garantir a repre-sentatividade de todas as regiões. Além de colher in-formações sobre hábitos de vida em geral e condi-ções sociais, as perguntas procuravam saber o quê e onde as pessoas realizaram suas refeições nas ultimas 24 horas.Do total de entrevistados,

mais da metade, 482 pes-soas, afirmaram ter se ali-mentado fora de suas ca-sas. Entretanto, quase metade deste número cor-responde ao consumo de lanches, ou seja, o que se come entre as refeições. Apenas 55% havia realiza-do de fato uma das princi-

Além de colher informações sobre hábitos de vida em geral e condições sociais, as perguntas procuravam saber o quê e onde as pessoas realizaram suas refeições nas ultimas 24 horas.

Cai para R$ 300,00 o valor mínino do parcelamento do Simples

O Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou na última

semana de 2012 a Reso-lução nº 105, alterando de R$ 500,00 para R$ 300,00 o valor da parcela mínima a ser paga nos parcelamentos solicitados junto à Receita Federal do Brasil (RFB) ou à Procura-doria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).Os procedimentos a se-

rem adotados pelo con-tribuinte para pagamento da parcela mínima, bem como a partir de qual mês a medida valerá para os parcelamentos já soli-citados pelos contribuin-tes, devem ser anuncia-dos pela Receita agora no

pais refeições fora do lar. Destes, 15% correspondem ao café da manhã, 30% ao almoço, e 10% ao jantar.No café da manhã, 80%

dos alimentos consumidos foram pães, torradas, man-teiga, margarina, café e leite integral. Já no almoço, 70% do consumo correspondeu a arroz, feijão, carne bovina, verduras, legumes, refrige-rantes e aves. Enquanto isso, no jantar, os dados apontam também na casa dos 70% para o consumo de salgados, sanduíches, arroz, verduras, legumes, carne bovina, aves, refrige-rante e suco de frutas.

EquivalênciaA pesquisa apontou que

59% das pessoas que afir-

maram ter se alimentado fora de casa têm sobrepe-so, número acima da média geral brasileira, a qual ultra-passa os 50%. Como fora constatado na coleta de dados, em comparação ao que se come dentro do lar, não há grandes diferenças entre os alimentos consu-midos fora. “Não encontra-mos muitas diferenças en-tre o que se come dentro e fora de casa”, afirma Barti-ra. Os maus hábitos ali-mentares independem do local em que se realizam as refeições: “o refrigerante, por exemplo, é consumido com maior frequência fora de casa, mas quando o consumo ocorre dentro de casa corresponde a uma quantidade muito maior, o

início de janeiro.“A medida é importante

por facilitar a vida das mi-cro e pequenas empre-sas, que precisam estar com as contas em dia para permanecer no Sim-ples Nacional”, afirma o contabilista e consultor Glauco Pinheiro da Cruz, do Grupo Candinho As-sessoria Contábil.Os parcelamentos do

Simples Nacional estão disciplinados pela Receita por meio da Instrução Normativa nº 1.229, de 21 de dezembro de 2011, relativamente aos débi-tos sob sua gestão. Os parcelamentos de débi-tos inscritos em Dívida Ativa da União encon-

tram-se normatizados pela PGFN por meio da Portaria nº 802, de 9 de novembro de 2012.Há seis estados e 120

municípios que têm con-vênio com a PGFN para efetuar a inscrição em Dí-vida Ativa Estadual (ICMS) ou Municipal (ISS). Assim, após a transferência dos débitos de ICMS e de ISS para os estados e municí-pios conveniados, os pe-didos de parcelamento relativos a esses valores deverão ser solicitados diretamente ao estado ou município, aos quais ca-berá estabelecer o valor mínimo da parcela nos pedidos de sua compe-tência.

Brasília ocupa a 102ª posição em qualidade de vida

Viena mantém a pri-meira posição como a cidade com

a melhor qualidade de vida mundial, segundo a Pesquisa de Qualidade de Vida 2012 da Mercer. Zurique e Auckland ocu-pam o segundo e o ter-ceiro lugares, respectiva-mente, e Munique o quarto lugar, seguida de Vancouver, que alcançou o quinto lugar. Düssel-dorf caiu uma posição e atingiu o sexto lugar na classificação seguida por Frankfurt no sétimo lu-gar, Genebra em oitavo, Copenhague em nono e Berna e Sidney na décima posição. Entre as cidades brasileiras, Brasília ocupa a 102ª posição, enquanto Rio de Janeiro e São Pau-lo ocupam as posições 112 e 115, respectiva-mente. Nas Américas, as cidades canadenses con-tinuam dominando o topo do ranking, com Vancouver em 5º lugar, seguida por Ottawa (14), Toronto (15) e Montreal (23). Nos Estados Unidos, Honolulu (28) e São Fran-cisco são as cidades ocu-pando a primeira posição do país, seguida por Bos-ton (35). Chicago está classificado no 42º lugar, enquanto Washington, DC, ocupa a 43ª posição. Detroit (71) é a cidade americana que ocupa o último lugar na pesquisa realizada pela Mercer. Mundialmente, as cida-des com a qualidade de vida mais baixa são Khar-toum, Sudão (217); N’Djamena, República do Chade (218); Porto Prínci-pe, Haiti (219); e Bangui, República Centro-Africa-na (220).

que torna o impacto equi-valente”, garante a nutri-cionista.A única diferença sensível

constatada na pesquisa, e que pode explicar o maior número de pessoas com sobrepeso que comem fora de casa é o maior consumo de gorduras totais e satura-das nas refeições realizadas fora, o que pode ser atribu-ído a frituras e carnes em geral. “Em um restaurante ‘self-service’, proporcional-mente, consumir carnes é mais barato do que dentro de casa”, afirma.Apesar disto, para Bartira,

a conscientização sobre a necessidade da mudança de hábitos alimentares têm de ser geral, uma vez que o problema está em todos os

lugares: “as pessoas co-mem mal independente do local em que se realizam as refeições, como o consumo de frutas, por exemplo, que é baixo tanto dentro, quan-to fora de casa”.

MetrópoleMaior cidade do Brasil,

não apenas em extensão geográfica, mas também em número de habitantes, São Paulo é o grande polo da economia nacional. Trânsito, trabalho, escola, e outras tantas responsabili-dades, fazem da vida do paulistano uma eterna cor-rida contra o tempo. E nes-ta corrida, é cada vez me-nor a quantidade de horas que sua população passa dentro de casa.

Como a empresa pode eliminar fraudes e desperdícios

Esta é a época em que as empresas preparam seu planejamento para

o ano seguinte, levando em conta investimentos, des-pesas, receitas e, conse-quentemente, a lucrativida-de esperada. Mas será que não existem “ralos”, muitas vezes escondidos, que po-dem conter fraudes, des-perdícios e até ineficiência de alguns profissionais, im-pedindo o desempenho e o crescimento das empresas?Segundo Fernando Mace-

do, especialista em redução de gastos da ERA – Expense Reduction Analysts, consul-toria de origem inglesa que está no Brasil desde 2009, existem alguns indícios que podem levar os empresá-rios a descobrir situações veladas e que estão com-prometendo o caixa das corporações.“Já atendemos diversos

clientes que queriam redu-zir gastos, mas nem imagi-navam que havia proble-mas de fraudes dos próprios colaboradores ou falta de empenho de pro-fissionais que causavam desperdícios significativos”, comenta Macedo.Para que as empresas

possam se preparar melhor para o ano novo, de olho nos gastos desnecessários e, muitas vezes, de condu-tas duvidosas, a ERA prepa-rou algumas dicas:1 - Cuidado com relató-

rios gerenciais que contêm informações truncadas, ca-mufladas, ou falta de infor-mações:

É comum alguns departa-mentos entregarem ao Fi-nanceiro da empresa rela-tórios periódicos que justificam os gastos daque-la área. Aumente a vigilân-cia deste departamento se notar:- Relatórios extremamen-

te resumidos e mal explica-dos;- Relatórios sem conclu-

sões e, portanto, sem que os gestores possam validar as informações;- Relatórios mirabolantes,

com muita redação e pou-co foco;- Relatórios viciados, com

regras e padrões de longa data, sem revisões atuais.

O QUE FAZER:- Altere sua rotina de vali-

dação de informações pe-riodicamente;- Valorize os detalhamen-

tos das informações (mes-mo que por amostragem); - Crie novos critérios, ino-

ve sua gestão permanente-mente;- Solicite esclarecimentos

pontuais (mesmo que não necessários);- Crie Comitês Multide-

partamentais para gestão cruzada de informações.2 - Atenção redobrada

com o “caixinha” da empre-sa:Todas as despesas devem

ser justificadas e é comum os departamentos criarem o “caixinha” – dinheiro extra para “eventualidades” ou emergências, que quase nunca são justificadas nos relatórios. Ou quando são,

fazem parte dos custos ex-tras chamados “outros” ou “diversos”. Segundo o es-pecialista, o caixinha é cria-do pelas seguintes razões:- Preguiça, comodismo ou

descaso;- Despesas a título de “dis-

farçar” um eventual com-plemento salarial; - Tentativa de encobrir fa-

lhas anteriores;- Puro interesse pessoal

visando benefício financei-ro imediato.

O QUE FAZER:- Criar políticas internas

proibindo essas denomina-ções, tudo deve ter sua cor-reta alocação de recursos;- Centralizar a autorização

para exceções;- Revisar política de car-

gos & salários + benefícios.3 - Fique de olho nos gas-

tos “urgentes” ou “excep-cionais”. Eles podem escon-der incompetência.Normalmente, os gastos

deveriam ser planejados e aprovados previamente. O que surge como urgente ou excepcional, normal-mente ocorre pelos seguin-tes motivos:- Colaboradores incapaci-

tados ou não comprometi-dos com as demandas in-ternas da empresa;- Displicência ou inexis-

tência de alçadas superio-res;- Deficiência de processos

de compras/contratação de serviços;- Colaboradores são be-

neficiados por fornecedo-res.

Page 22: Jornal do Dia 07/01/2013

E2JDEditor: Túlio Pantoja- [email protected]

SAÚDE Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Nova dose consegue conter o vírus da Aids por, no máximo, um ano.Em testes com pacientes, imunização reduziu carga viral

Cientistas espanhóis criam vacina que controla HIV temporariamente

Cientistas espanhóis desenvolveram uma vacina que permite

controlar temporariamente o vírus da Aids em pacien-tes infectados. “O que fize-mos foi dar instruções ao sistema imunológico para que ele aprenda a destruir o vírus que, na infecção na-tural, não conseguiu”, ex-plicou Felipe García, que integra o grupo de pesqui-sadores do hospital Clinic de Barcelona, responsável pela descoberta.Em testes feitos com pa-

cientes, a vacina conse-guiu controlar tempora-riamente a replicação viral do HIV, com redução da carga superior a 90%. Essa situação é similar à res-posta obtida com terapia de medicamentos antirre-trovirais, segundo comu-nicado do hospital Clinic. No entanto, a vacina só

consegue controlar o vírus da Aids por um ano, no máximo. Depois disso, os doentes precisam voltar a tomar remédios antirretro-virais. Por essa razão, a equipe vai trabalhar para combinar essa dose com outras medidas. Apesar disso, a vacina representa um avanço no controle da doença sem os antirretro-virais usados agora e que precisam ser tomados por

toda a vida.“Não chegamos lá, mas

estamos perto”, disse nes-ta quarta-feira (2) o chefe do Departamento de Do-

enças Infecciosas do Clinic, Josep Maria Gatell, que chefiou a equipe. “Na Aids, falamos de preto ou bran-co, temos que conseguir a

cura funcional – controlar o vírus sem antirretrovirais por toda a vida – como passo para a erradicação”, acrescentou Gatell, duran-

te entrevista coletiva.“No futuro, haverá que

melhorar a vacina e possi-velmente combiná-la com outra terapia. Chegar até

aqui nos custou sete anos e, nos próximos três ou quatro, trabalharemos nessa direção”, insistiu Gatell.

Seis astronautas da Es-tação Espacial Interna-cional (ISS, na sigla em

inglês) vão servir de co-baias em ultrassonografias da coluna vertebral para entender, pela primeira vez, por que as pessoas podem ficar até 3 centíme-tros “mais altas” após me-ses morando no espaço.Esse efeito observado por

cientistas em ambientes de microgravidade, porém, é apenas temporário – acaba quando os indivíduos re-tornam à Terra.Os exames devem ser fei-

tos a partir deste mês e vão se concentrar nas áreas cervical e lombar da colu-na, além dos tecidos em volta. Um membro da tri-pulação vai escanear os companheiros aos 30, 90 e 150 dias de missão. Todos

também terão que ter pas-sado por testes antes de embarcar e os repetirão depois de partir da ISS. O objetivo, segundo a

Nasa, é analisar em tempo real, por vídeo em strea-ming, o impacto sobre o organismo dos astronau-tas. Uma máquina avança-da de ultrassom a bordo da ISS vai permitir estudar o impacto da baixa gravi-dade sobre a saúde e o funcionamento do corpo humano. Segundo o prin-cipal autor da pesquisa, Scoot Dulchavsky, essas avaliações poderão ser re-feitas no ano que vem e comparadas com os resul-tados atuais.O aparelho é capaz de

observar os ossos, os movimentos dos múscu-los e até o sangue dentro

dos vasos. Segundo a Nasa, esse trabalho po-deria ajudar no desenvol-vimento de melhores exercícios para os astro-nautas durante as mis-sões e orientá-los na rea-bilitação quando voltarem à Terra. Além disso, en-tender como a coluna vertebral se comporta no espaço poderá colaborar para as equipes prepara-rem futuras viagens de longa duração.Essa nova técnica de ul-

trassom espinhal tam-bém poderia ser usada por médicos aqui na Ter-ra, o que reduziria cus-tos, poderia ser aplicado em áreas remotas e ofe-receria aos pacientes uma opção mais segura de imagem, porque não usa radiação.

Em testes feitos com pacientes, a vacina conseguiu controlar temporariamente a replicação viral do HIV

Aeronave que quer mudar aviação fará teste na próxima semana

O protótipo de uma possível nova gera-ção de aeronaves

para uso turístico, militar e de transporte deve fazer seu primeiro voo teste na próxima semana, nos EUA.O dirigível Aeroscraft,

apelidado de “Pelicano”, que está sendo construído pela empresa californiana Aeros, tem 70 metros de comprimento e pesa mais de 16 toneladas. Ele é capaz de carregar,

por milhares de quilôme-tros, três vezes mais carga que os maiores aviões mili-tares da atualidade. Segundo o CEO da Aeros,

Igor Pasternak, a nave está em estágio final de desen-volvimento – deve ficar pronta em até três anos – e pode ser controlada a partir do cockpit, sem necessitar de pessoas em terra ou de uma pista de pouso.As próximas simulações,

que serão feitas na semana que vem, incluem uma de-colagem vertical e uma ma-nobra de carga e descarga para analisar a capacidade de flutuação do protótipo e sua viabilidade comercial.De acordo com informa-ções do site do jornal britâ-nico “Daily Mail”, dentro de alguns anos o Pelicano po-

deria transportar nos céus tudo o que hoje é levado por navios, trens e cami-nhões. Por essa razão, ele seria capaz de revolucionar o transporte aéreo, ao che-gar a áreas remotas e de desastres, onde não há pra-ticamente nenhum outro meio de acesso. A versão final da nave deve transpor-tar uma carga de 66 tonela-das a uma velocidade de mais de 220 km/h. Uma das novidades é que

ela consegue se manter “pesada” mesmo depois de descarregada, por meio de tanques em que compri-me o gás hélio.

Gravidez na adolescência cai 26% entre 2011 e 1998

O número de adoles-centes grávidas caiu 26% no estado

de São Paulo em 2011 e atingiu o menor índice dos últimos 13 anos. O balanço foi feito pela Se-cretaria de Estado da Saú-de em parceria com a Fundação Seade. Em 2011, 89.815 adolescentes paulistas com até 20 anos estavam gestantes, en-quanto em 1998 foram 148.018 grávidas. No ano retrasado as adolescentes representaram 20% do to-tal de crianças nascidas vivas, enquanto em 1998

foram 14,7% do total.Na faixa etária de 15 a 19

anos, a redução do índice de gravidez na adolescên-cia foi a mais significativa. Em 2011, as jovens repre-sentavam 14,1% (86.456) o total de partos em todo o estado, enquanto em 1998 era de 20,7% (143.490).De acordo com o gover-

nador Geraldo Alckmin (PSDB), a informação, conscientização das jovens e acesso aos métodos contraceptivos ajuda a di-

minuir o índice. “Não se deve ter gravidez

no período da adolescên-cia”, afirmou.Segundo a doutora Al-

bertina Takiuti, coordena-dora do Programa Saúde do Adolescente da Secre-taria de Saúde, a queda se deve ao treinamento de profissionais, distribuição de preservativos e contra-ceptivos em unidades de saúde. “Nós temos um ín-dice parecido com os Esta-dos Unidos, que é de 14%.”

Astronautas farão exames para saber por que a coluna “cresce” no espaço

Page 23: Jornal do Dia 07/01/2013

E3JDEditor: Túlio Pantoja- [email protected]

SAÚDE Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

A Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa) publi-

cou nota com esclareci-mentos sobre os direitos de pessoas que partici-pam de pesquisas clíni-cas no Brasil. A principal questão tratada é o Ter-mo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), um formulário no qual o voluntário afirma que irá participar de uma pes-quisa clínica de modo consentido, um procedi-mento obrigatório.As informações sobre

possíveis riscos e benefí-cios da participação num estudo devem estar des-

critos nesse documento e devem ser explicadas pelo médico-investiga-dor aos participantes. Além disso, se assim de-sejar, o voluntário pode sair do estudo a qual-quer momento, mesmo após ter assinado o ter-mo, explica a Anvisa.De acordo com a legis-

lação brasileira, é proibi-do o pagamento para pessoas participarem de pesquisas. É aceitável apenas o

ressarcimento de trans-porte e alimentação, de-finido antes do início do estudo e descrito no TCLE.

Meteorito rico em água achado no Saara pode ser de Marte, diz Nasa

Um meteorito rico em água que pode ter saído da superfície

de Marte foi identificado por pesquisadores finan-ciados pela agência espa-cial americana (Nasa). O objeto NWA 7034, que re-cebeu o apelido de “bele-za negra”, foi encontrado em 2011 no Deserto do Saara, no norte da África, e pesa 320 gramas.A descoberta está publi-

cada na edição desta quinta-feira (3) da revista “Science Express”. Até en-tão, objetos como esse eram estudados apenas pelos robôs e satélites que orbitam o planeta verme-lho. Essa nova classe de meteorito contém dez ve-zes mais água e é mais ve-lha que outras rochas marcianas já achadas. Após mais de um ano de estudos, a equipe de cien-tistas determinou que o objeto se formou há 2,1 bilhões de anos, durante o período geológico mais recente de Marte, chama-do Amazoniano.O NWA 7034 é feito de

fragmentos de basalto – rocha formada quando a lava vulcânica se resfria ra-pidamente –, que contêm substâncias chamadas fel-dspato e piroxênio.Segundo Mitch Schulte,

do Programa de Explora-ção de Marte, da Nasa, agora os pesquisadores têm um pedaço da histó-ria do planeta vermelho, que pertenceu a um mo-mento crítico de sua evo-lução, quando havia ativi-dade vulcânica e condições ambientais

Pesquisadores refuta-ram uma teoria de-fendida há muito

tempo sobre como algu-mas bactérias sobrevi-vem aos antibióticos e abriram as portas para novos tratamentos para combater as bactérias re-sistentes, segundo estu-do publicado nesta quin-ta-feira (3) nos Estados Unidos.Utilizando uma técnica

chamada “microfluidos”, os cientistas revelaram que, ao contrário da ex-plicação existente há mais de 50 anos, a bactéria re-sistente continua se divi-dindo e crescendo e, que, às vezes, morre. A velha teoria indicava que as bactérias que sobrevi-viam eram aquelas indivi-duais que paravam de crescer e de se dividir.

“A população bacteria-na que persiste, no en-tanto, é muito dinâmica, e as células que a consti-tuem estão em constan-te mutação, apesar de o número total de células se manter”, explicou o microbiólogo Neerak Dhar.Esta é uma informação

crucial, enfatizam os au-tores do estudo, e poderá ajudar os cientistas a de-senvolver novas terapias para cepas bacterianas mais difíceis de combater, como a tuberculose mul-tirresistente.“Uma população gene-

ticamente idêntica se compõe de bactérias in-dividuais com um com-portamento amplamente variável”, afirmou o pes-quisador que liderou o trabalho, John McKinney.

Procedimento científicoOs pesquisadores da

Escola Politécnica Fe-deral Suíça, em Lau-sanne, estudaram uma bactéria relacionada com outra causadora da tuberculose e a sub-mergiram em um fluido que continha isoniáci-dos, um agente que acaba com essa doen-ça. Então descobriram que a bactéria produzia apenas uma enzima chamada de KatG, ne-cessária para o antibió-tico trabalhar contra ela, de uma forma inter-mitente. O fato de quan-do e como a bactéria deixa de se dividir não está relacionado de maneira estreita com o momento em que ela morre, afirmaram os cientistas.

Anvisa publica esclarecimento para voluntários de pesquisas clínicas

Dinossauros usavam penas para conquistar parceiros, diz estudoUma pesquisa cana-

dense encontrou no-vas evidências de

que os dinossauros que ti-nham penas as usavam com o objetivo de atrair parceiros sexuais – de for-ma semelhante ao que fa-zem os pavões.

A equipe de Scott Per-sons, da Universidade de Alberta, analisou os fós-seis de um grupo de di-nossauros conhecidos como “oviraptores”, com foco nas vértebras da cau-da dos animais. Os cien-tistas encontraram nessas vértebras uma estrutura empinada, conhecida como “pigóstilo”, que só as aves têm, entre os ani-mais modernos.

Embora não tenham encontrado nenhum fós-sil com evidência direta das penas, os pesquisa-dores concluíram que a existência do pigóstilo in-dica que esses animais ti-nham penas nas caudas.

Os pesquisadores en-contraram ainda evidên-cias de que esses animais tinham uma musculatura forte na cauda, de forma

que conseguiam balançá--la para os lados, para cima e para baixo, como em uma dança de acasa-lamento.

Os oviraptores eram di-nossauros bípedes com patas dianteiras bastante

curtas, e não há nenhum sinal de que eles pudes-sem voar. Desta forma, a única função que os pes-quisadores conseguem conceber para essas pe-nas seria o cortejo dos parceiros.

muito diferentes na cros-ta. O administrador asso-ciado John Grunsfeld, do Diretório de Missões Científicas da Nasa, diz que esses resultados tam-bém podem servir de re-ferência para o jipe Curio-sity, que está em Marte desde agosto à procura de materiais orgânicos em minerais coletados na Cratera Gale.A equipe responsável

pelas análises incluiu cien-tistas da Universidade da Califórnia em San Diego, do Instituto Carnegie, em Washington, e do Institu-to de Meteorítica da Uni-versidade do Novo Méxi-co, em Albuquerque. Eles avaliaram a composição química e mineral do me-teorito, a idade dele e o teor de água.

Os pesquisadores su-põem que a grande quan-tidade de H20 contida no NWA 7034 pode ter se originado a partir da inte-ração entre as rochas de Marte e a água então pre-sente na superfície. Ou-tras características do ob-jeto, que o tornam único, seriam resultado do con-tato dele com a atmosfera do planeta.A maioria dos meteori-

tos marcianos se divide em três tipos de pedras, chamadas Shergotty, Nakhla e Chassigny. Atu-almente, há 110 “SNC” co-nhecidos, e o ponto de origem deles não é identi-ficado – mas dados recen-tes de missões apontam que eles são incompatí-veis com a superfície do planeta vermelho.

Estudo aponta novas informações sobre resistência das bactérias

Engenheiro cria “versão” de Marte com oceanos e florestas

Um engenheiro de sof-tware, Kevin Gill, criou imagens em que mos-

tra uma “versão” de como seria Marte se o planeta fos-se coberto por oceanos, flo-restas e tivesse atmosfera si-milar à da Terra.

A projeção, que leva em conta dados obtidos pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da agência espacial americana (Nasa), “não tem muita fundamentação cientí-fica”, ressaltou o engenheiro americano em redes sociais.

Ele afirmou que sua inten-ção foi realizar uma concep-ção artística seguindo al-guns critérios, como elevação do terreno de Mar-te, latitude, longitude, proxi-midade ou não da faixa equatorial do planeta e ou-tros fatores.

“Para as áreas identifica-das como desertos, por exemplo, eu usei texturas copiadas do Saara, na Áfri-ca, e algumas da Austrália. Assim, conforme o terreno fica mais alto ou mais baixo com a latitude, incluí vegeta-

ção mais escura, junto com gelo e a tundra”, pondera Gill, em entrevista a sites in-ternacionais. Regiões com verde intenso são baseadas

nas imagens de florestas tropicais na América do Sul, afirma o engenheiro, que ressalta ter feito um “exercí-cio imaginativo”.

Page 24: Jornal do Dia 07/01/2013

E4JD Educação Macapá-AP, domingo e segunda, 06 e 07 de janeiro de 2013

Editor: Túlio Pantoja- [email protected]

Sistema de Seleção Unificado (Sisu) abre inscrições para universidades federais nesta segunda-feira

Mais de dois terços das vagas do Sisu estão no Nordeste e no Sudeste

As vagas do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) do primeiro

semestre de 2013, que será aberto para inscrições dos candidatos nesta se-gunda-feira (7), estão con-centradas, mais uma vez, nas regiões Nordeste e Sudeste. Levantamento pela reportagem feito com base nos dados di-vulgados pelo Ministério da Educação em 28 de de-zembro, quando o sistema foi aberto para consulta, mostra que as duas regi-ões somam cerca de 68% do total de vagas ofereci-das nas universidades fe-derais e nos institutos fe-derais de ensino superior.

Em comunicado divulga-do no dia 28, o MEC afir-mou que o Sisu vai ofere-cer, no processo seletivo deste semestre, 129.279 vagas em 3.751 cursos de 101 instituições públicas de ensino superior, tanto federais quanto estaduais.A participação das uni-

versidades, institutos e centros de ensino tecno-lógico é facultativa e, se-gundo a assessoria de im-prensa do ministério, elas podem aderir e alterar o número de vagas ofereci-das até a abertura das ins-crições. Entre 2012 e 2013, o nú-

mero de vagas aumentou em termos absolutos em todas as regiões, mas a participação de cada uma na porcentagem total va-riou pouco. O Nordeste aumentou ti-

midamente sua participa-ção no total de vagas de quase 35% para mais de 36% e segue como a re-gião com o maior oferta

O Sisu seleciona estudantes com base na nota do Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem). O processo seletivo é feito exclusivamente por meio da internet e inclui, além das instituições federais, universidades mantidas por governos estaduais.

aos estudantes.Mas o maior avanço foi

na Região Norte, que ain-da tem o menor número de vagas, mas viu o volu-me aumentar em cerca de 45%, de cerca de 5.200 para mais de 7.600. Boa parte das novas vagas vêm da Universidade Fe-deral do Acre (Ufac), que em 2012 não participou do Sisu, e em 2013 ofere-cerá cerca de mil vagas em 21 cursos.Já o Sudeste viu sua por-

centagem cair de 33% para 32%, assim como a Região Sul, que somava cerca de 14% no ano pas-sado e neste ano respon-de por cerca de 13% das vagas. A Região Centro--Oeste manteve sua parti-cipação em cerca de 12%.

Modalidades e turnosA maioria das vagas do

Sisu 2013 é para cursos de bacharelado: cerca de 2 mil dos mais de 3.700 cur-sos são desta modalidade. Os cursos de licenciatura passam de 1.100, e a ofer-ta de cursos de graduação tecnológicos são cerca de 420. Boa parte dos candi-datos selecionados passa-rá a ter aulas em período integral, turno oferecido em cerca de 1.400 cursos. O segundo turno mais

comum é o noturno, caso de cerca de 1.300 cursos. Outros 500 cursos têm au-las apenas pela manhã, e 360 no horário vespertino.O Sisu seleciona estu-

dantes com base na nota do Ensino Nacional do En-sino Médio (Enem). O pro-cesso seletivo é feito ex-clusivamente por meio da internet e inclui, além das

instituições federais, uni-versidades mantidas por governos estaduais. Neste ano, participam, entre ou-tras, a Universidade Esta-dual do Piauí (Uespi), com vagas em 119 cursos, que aderiu ao sistema pela pri-meira vez, e universidades baianas como a Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), a Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a Universida-de do Estado da Bahia (Uneb). Juntas, elas so-mam 169 cursos e cerca de 3 mil vagas.Somente poderá se ins-

crever no processo seleti-vo do Sisu referente à pri-

meira edição de 2013 o estudante que tenha parti-cipado da edição do Enem e que, cumulativamente, tenha obtido nota acima de zero na prova de reda-ção, conforme disposto na Portaria MEC nº 391, de 7 de fevereiro de 2002.O estudante poderá se

inscrever no processo se-letivo do Sisu em até duas opções de vaga. Ao se ins-crever no processo seleti-vo do Sisu, o estudante deverá especificar em or-dem de preferência, as suas opções de vaga em instituição, local de oferta, curso, turno.

Candidatos comemoram aprovação no vestibular 2013 da UFPA

Um sonho realizado. Essa expressão pode definir o sentimento

de um candidato ao ver o seu nome no listão de aprovados nos cursos da Universidade Federal do Pará (UFPA). Mais de 7 mil pessoas puderam dividir essa mesma sensação na manhã deste sábado (5), quando o resultado do Pro-cesso Seletivo 2013 (PS 2013) da universidade foi divulgado. Centenas de pessoas, entre estudantes, familiares de estudantes e amigos, foram até o cam-pus I da instituição, em Be-lém, conferir ao vivo o mo-mento mais alto do fim desta maratona, a conquis-ta da aprovação.A previsão de divulgação

dos aprovados no PS 2013 da UFPA estava programa-da para às 10h, mas desde 8h já começavam a chegar pessoas ansiosas pelos re-sultados. Camila Barros, 20 anos, veio de Icoaraci às 7h para saber se o ir-mão Rodrigo, de 18 anos, tinha sido aprovado. Ela já cursa estatística na UFPA e ele busca uma vaga em engenharia biomédica.“Nós damos muita força,

somos seis irmãos e ele é o mais novo. Todos fazemos universidade publica e acho que por isso ele se cobra muito, mais do que a gente cobra ele. Acho que ele pensa que todos já passaram e ele tem obriga-ção de passar, mas para mim, ele é o mais inteligen-te da família. Como ele fa-zia curso técnico de estra-das no IFPA (Instituto Federal do Pará), só entrou no cursinho no segundo semestre. Parou tudo, de sair, de participar dos ani-versários, de ir nas festas,

Universidades federais vão destinar 30% das vagas para cotistas em 2013

Levantamento feito pela reportagem com base nos editais dos

processos seletivos das universidades federais para 2013 indica que, no primeiro ano da aplicação da nova lei de cotas, pelo menos 30% do total de vagas ofertadas serão preenchidas por estudan-tes que fizeram todo o en-sino médio em escolas públicas, número maior que o mínimo de 12,5% previsto pela lei.

A lei número 12.771/2012 sancionada em agosto determina que, até 2016, 50% das vagas sejam para alunos que fizeram todo o ensi-no médio em escola pú-blica. Além disso, metade deste índice será para alu-nos com renda familiar até 1,5 salário mínimo. Há ainda um percentual para estudantes autodeclara-dos pretos, pardos e indí-genas de acordo com a proporção desta popula-ção no estado da institui-ção, segundo o IBGE. A lei vale também para os ins-titutos federais de educa-ção superior, que não constam do levantamen-to da reportagem.

O país tem 59 universi-dades federais, sendo que 51 instituições já divulga-ram o número de vagas abertas no processo sele-tivo para ingresso no pri-meiro semestre e, em al-guns casos, no segundo semestre de 2013. São mais de 165 mil vagas anunciadas, das quais 48,9 mil serão preenchi-das pelo sistema de cota. Dessas, 19,5 mil (40% das cotas) serão destinadas a estudantes com renda fa-

miliar até um salário míni-mo e meio. E ainda 24,2 mil vagas (50%) da cota, será reservada para estu-dantes autodeclarados pretos, pardos ou indíge-nas. O processo seletivo varia de acordo com cada universidade. A maioria vai preencher as vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que será lançado no dia 7 de janei-ro e vai usar as notas dos estudantes no Exame Na-cional do Ensino Médio (Enem), que serão divul-gadas no próximo dia 28. Outras instituições têm seus próprios processos seletivos ou um sistema misto que combina as no-tas do Enem, vestibular próprio, e o Sisu.

Algumas universidades já se anteciparam às de-terminações da lei e defi-

niram o percentual de 50% das vagas para cotis-tas no ano que vem, como as federais do Ser-gipe (UFS), Juiz de Fora (UFJF), Oeste do Pará (Ufopa) e São João Del Rei (UFSJ). O caso mais extremo é da Universida-de Federal da Fronteira Sul (UFFS), de Santa Cata-rina, que destinará 85% das vatas para cotistas. Outras universidades vão usar a lei combinada com sistemas de cotas que já adotavam.

O estudante que for dis-putar uma vaga pelos cri-térios da lei de cotas de-verá ficar atento na hora de se inscrever para o Sisu. O Sisu seguirá usan-do como critério a nota de cada candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

disse que no ano que vem ele compensava tudo, mas que esse ano precisava se dedicar”, conta Camila.Mas o que parece ser

apenas coincidência, já es-tava traçado. A jovem con-ta que o irmão estava triste porque o curso que queria tanto não era ofertado na UFPA. “O curso de enge-nharia biomédica entrou esse ano. Ele ia fazer prova para fora, mas com a opor-tunidade ele resolveu ten-tar aqui mesmo. Nossa fa-mília é muito unida e nem viajar ele viajou com a gen-te, mas a família tem que dar forca”, afirma a jovem. Rodrigo foi aprovado e Ca-mila não pode conter as lágrimas de emoção ao te-lefonar para a família e con-tar a novidade. Uma entre as 19 vagas destinadas a cotistas já é de Rodrigo.A força da família é funda-

mental para a conquista. O

estudante Talles Mileo, 16 anos, disputava uma vaga entre os não cotistas para cursar direito, um dos mais concorridos do processo seletivo, e passou na pri-meira tentativa. A mãe or-gulhosa, Tatiana Silva, con-ta como foi para completar essa missão com êxito.“Foi uma vida de prepa-

ração. Nós sempre con-versamos com ele sobre estudar, sobre a importân-cia disso. Foi um investi-mento financeiro, emocio-nal, psicológico, mas sem pressão. No final do con-vênio, ele não aguentava mais a rotina de acordar cedo, ir para o colégio, voltar, estudar, isso é mui-to cansativo. Mas nós sen-tamos e conversamos com ele para incentivá-lo a não desistir, nessa hora precisa da força da família para continuar”, desabafa a odontóloga de 43 anos.