jornal do dia 19e20/08/2012

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NA I NTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110 Domingo e Segunda R$ 3,50 Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Domingo e Segunda, 19 e 20 de Agosto de 2012 - Ano XXV Fundado em 04 de Fevereiro de 1987 A SEIS MESES DO CARNAVAL Cidade do Samba vive fechada e sem programação Independência e profissionalização eram as palavras mais utilizadas para justificar a construção da Cidade do Samba. Hoje, após ser concluída, nenhuma programação cultural é feita para angariar recursos. nB1 O encontro de domingo entre Ronaldinho, que é um dos maiores jogadores que vi jogar, e Seedorf vai ser um momento particular desse Brasileiro. nA6 Em entrevista exclusiva ao Jornal do Dia, o juiz da 10ª zona eleitoral, Luciano Assis, fa - lou sobre como a Justiça se preparou para as eleições deste ano, além de orientar os candidatos sobre o pleito. nE4 HEVERTON MENDES JORNAL DO DIA JORNAL DO DIA À espera do governo, escolas perdem a oportunidade de gerar recursos e buscar independência A votação do mérito estava 4 a 2, a favor da procedência parcial (marcação de uma nova partida entre o Santos e o Oratório), do pro - cesso. A sessão inédita começou na quinta – feira 16 de agosto de 2012. nA6 Pedido de inspeção pausou na última sexta o julgamento INDEFINIÇÃO TJD tem prazo de 48 horas para julgar a decisão do Amapazão EM CAMPO Ronaldinho tem retrospecto favorável contra Seedorf ENTREVISTA Precisamos de menos ataques e mais propostas, diz juiz Confira as primeiras informações do lançamento. nD1 GENESIS 2013 Tem foto revelada BRASILEIRÃO Love pronto para enfrentar Dedé Veja a briga pela artilharia do campeonato que segue hoje. nA7 Confira nesta edição. A re- vista não pode ser vendida separadamente. NOSSA GENTE O que há de melhor para você X A partir da próxima terça–feira (21), os eleitores ama - paenses já poderão conhecer e avaliar as propostas dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador de seus municípios. Nesta edição, o Jornal do Dia mostra qual a estratégia que será utilizada por cada um dos políticos para convencer o eleitorado. nB1 Para atender a legislação em vigor, seis dos candidatos a prefeito de Macapá apresentam as propostas em forma de plano de governo. A maioria está sem a identificação e ape - nas um assinado pelo candidato. n E2 e E3 Candidatos apostam em propostas para convencer na TV PLANO DE GOVERNO Veja as promessas que cada candidato faz JORNAL DO DIA PROPAGANDA ELEITORAL Na capital, mais de 250 postos fixos e volantes estiveram abertos para disponibilizar as gotinhas que protegem contra a pólio ATUALIZANDO A CADERNETA Campanha de vacinação tem bom público no primeiro dia em Macapá nC1 PROVIDÊNCIAS Sinsepeap recorre ao STF contra o GEA ACIDENTE Três mortos em colisão na BR-156 Após aguardar a manifes- tação do governo em rela- ção ao pagamento do piso salarial dos professores, o Sindicato dos Professores (Sinsepeap) informou que a categoria entrará com duas ações no Supremo Tribunal de Justiça contra as atitudes tomadas pelo Governo do estado. nB4 nB3

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jornal do dia 19e20/08/2012

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Page 1: jornal do dia 19e20/08/2012

NA INTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110

• Domingo e Segunda R$ 3,50 • Terça a Sábado R$ 1,50

Macapá-AP, Domingo e Segunda, 19 e 20 de Agosto de 2012 - Ano XXV

Fundado em 04 de Fevereiro de 1987

A SEIS MESES DO CARNAVAL

Cidade do Samba vive fechada e sem programaçãoIndependência e profissionalização eram as palavras mais utilizadas para justificar a construção da Cidade do Samba. Hoje, após ser concluída, nenhuma programação cultural é feita para angariar recursos. nB1

O encontro de domingo entre Ronaldinho, que é um dos maiores jogadores que vi jogar, e Seedorf vai ser um momento particular desse Brasileiro. nA6

Em entrevista exclusiva ao Jornal do Dia, o juiz da 10ª zona eleitoral, Luciano Assis, fa-lou sobre como a Justiça se preparou para as eleições deste ano, além de orientar os candidatos sobre o pleito. nE4

HEVERTON M

ENDESJO

RNAL DO DIA

JORNAL DO DIA

À espera do governo, escolas perdem a oportunidade de gerar recursos e buscar independênciaA votação do mérito estava 4 a 2, a favor da procedência parcial (marcação de uma nova partida entre o Santos e o Oratório), do pro-cesso. A sessão inédita começou na quinta – feira 16 de agosto de 2012. nA6

Pedido de inspeção pausou na última sexta o julgamento

INDEFINIÇÃOTJD tem prazo de 48 horas para julgar a decisão do Amapazão

EM CAMPORonaldinho tem retrospecto favorável contra Seedorf

ENTREVISTAPrecisamos de menos ataques e mais propostas, diz juiz

Confira as primeiras informações do lançamento. nD1

GENESIS 2013Tem foto

revelada

BRASILEIRÃOLove pronto para enfrentar DedéVeja a briga pela artilharia do campeonato que segue hoje. nA7

Confira nesta edição. A re-vista não pode ser vendida separadamente.

NOSSA GENTEO que há de melhor para você

X

A partir da próxima terça–feira (21), os eleitores ama-paenses já poderão conhecer e avaliar as propostas dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador de seus municípios. Nesta edição, o Jornal do Dia mostra qual a estratégia que será utilizada por cada um dos políticos para convencer o eleitorado. nB1

Para atender a legislação em vigor, seis dos candidatos a prefeito de Macapá apresentam as propostas em forma de plano de governo. A maioria está sem a identificação e ape-nas um assinado pelo candidato. nE2 e E3

Candidatos apostam em propostas para convencer na TV

PLANO DE GOVERNO

Veja as promessas que cada candidato faz

JORNAL DO DIA

PROPAGANDA ELEITORAL

Na capital, mais de 250 postos fixos e volantes estiveram abertos para disponibilizar as gotinhas que protegem contra a pólio

ATUALIZANDO A CADERNETACampanha de vacinação tem bom público no primeiro dia em Macapá nC1

PROVIDÊNCIASSinsepeap recorre ao STF contra o GEA

ACIDENTETrês mortos em colisão na BR-156

Após aguardar a manifes-tação do governo em rela-ção ao pagamento do piso salarial dos professores, o Sindicato dos Professores (Sinsepeap) informou que a categoria entrará com duas ações no Supremo Tribunal de Justiça contra as atitudes tomadas pelo Governo do estado. nB4

nB3

Page 2: jornal do dia 19e20/08/2012

A2JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012OpiniãoEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Opinião - A2, A3Especial - A4, A5Geral - A6Sociedade - A8Dia Dia - B1, B3, B4Polícia - B2

Classidia - 12 Pag.

Esportes - C1, C2Atualidades - C3Diversão&Cultura - C4Carro e Moto - D1, D2, D3Social Click JD - D4Economia - E1, E2, E3, E4

Índice

Edição número7984

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Uma publicação do Jornal do Dia Publicidade Ltda. CNPJ 34.939.496/0001-85Fundado em 4 de fevereiro de 1987por Otaciano Bento Pereira(+1917-2006) e Irene Pereira(+1923-2011)Primeiro Presidente Júlio Maria Pinto Pereira(+1954-1994)

Diretor Executivo: Marcelo Ignacio da RozaDiretora Corporativa: Lúcia Thereza Pereira GhammachiAssessoria Jurídica e Tributária: Américo Diniz (OAB/AP 194)Eduardo Tavares (OAB/AP 27421)Editor-Chefe: Janderson Carlos Nogueira CantanhedeGerente Comercial: Andrew Gustavo Cavalcante dos Santos

CONSELHO EDITORIALPresidente: Aldenor Benjamim dos Santos

Secretário Executivo: Marcelo Ignacio da Roza

Conselheiros:

Carlos AugustoTork de Oliveira

José Arcângelo Pinto Pereira

DanieliAmanajás Scapin

Luiz Alberto Pinto Pereira

Janderson Carlos Nogueira Cantanhede

Maria Inerine Pinto Pereira

Os responsáveis pelo desenvolvi-mento do Estado

do Amapá: governador, senadores, deputados federais, deputados es-taduais, prefeitos, verea-dores, lideranças empre-sariais, imprensa e todos os órgãos representam os interesses do Estado precisam tomar uma po-sição com relação à aten-ção que deve ser dado ao desenvolvimento lo-cal.Percebe-se o desenro-

lar de atividades ao largo do controle e da fiscali-zação daqueles que te-riam essa direta respon-sabilidade e que, em confiança a terceiros, deixa que, aos poucos, esses terceiros tomem conta do sentido que precisa ser dado ao de-senvolvimento estadual.Setores importantes da

economia dão a impres-são que não obedecem qualquer regra que inte-ressa à população ama-paense. E, por isso, a si-tuação precisa ser compreendida pelos de-tentores dos cargos pú-blicos e principalmente

por aqueles que têm mandato, representando o povo e o Estado, nas discussões de interesse geral.Apenas como exemplo

se pode citar o setor de geração de energia. As empresas estão ai, de-pois de ganharem as concessões, como um acompanhamento dis-tante das autoridades fe-derais, que consideram, em regra, o Amapá como uma Unidade da Federa-ção que tem pouca re-presentatividade no Pro-duto Interno Bruno Nacional e que, por isso, tem pouco interesse da matriz de desenvolvi-mento nacional.Acontece que o que é

de pouco interesse para a matriz do desenvolvi-mento nacional é de fun-damental importância para a matriz de desen-volvimento de interesse local. Aqui nada pode ser dis-

pensado e tudo precisa ser cuidado. Os mais de três e meio bilhões de reais que estão sendo aplicados no setor ener-gético local precisam ser

otimizados de acordo com as características lo-cais. De nada adianta o desenvolvimento de uma malha da matriz econô-mica se o desenvolvi-mento social está em re-trocesso.O não cumprimento pe-

las empresas que detêm a concessão para cons-trução das usinas de energia elétrica, com uti-lização da energia hi-dráulica dos rios amapa-enses e exploração dos megawatts gerados por essas usinas, desequili-bra grupos sociais que estão equilibrados no momento e geram pro-blemas tão graves que os custos sociais são muito mais representativos dos que os benefícios econô-micos. Além de atrofia-rem o desenvolvimento esgotam os potenciais que estariam à espera de um bom uso.Esperar que as agência

reguladoras tomem con-ta, por nós, atendendo os nossos interesses em prioridades, pode ser um grande sonho agora, mas, certamente, será um continuo pesadelo para as famílias que vive-rão os infernos deixados pelos rescaldos que le-vam os pequenos em-

Ainda há tempo, mas nem tantoRODOLFO [email protected]

preendedores e a micro-economia regional para os campos abaixo da mi-séria.Não se trata de alarde

ou falso aviso. Esse é o caminho mais curto para a perpetuação da pobre-za e está sendo oferecido por àqueles que anun-ciaram, na chegada, que tinham a intenção de contribuir com o desen-volvimento local, mas depois de ver a paciência e o pouco caso local, re-solveram se apropriar dos bônus e deixar os ônus entregues às admi-nistrações e às socieda-des.O Estado do Amapá

precisa deixar explorar as suas riquezas minerais e os seus potenciais ener-géticos, mas precisa fa-zer isso com zelo e res-ponsabilidade, sabendo o que vai resultar para ser mantido pelo Amapá.Se continuar assim, lo-

go-logo estarão os go-vernos, tanto do Estado, como dos municípios di-retamente envolvidos, às voltas com as dificulda-des resultantes do mal-trato dado à vertente so-cial dos programas de desenvolvimento.Ainda há tempo, mas

nem tanto.

Convênio - O presidente interino da Assembleia Legislativa, deputado Ju-nior Favacho (PMDB), irá repassar um cheque de R$ 15 mil para apoio das atividades da APAE de Macapá, nesta segunda--feira, 20, às 09h30, no salão nobre Nelson Salo-mão da Assembleia Le-gislativa.

Controle – Um dos argu-mentos do Legislativo, para limitar a margem de remanejamento orça-mentário do Governo do Estado, é a necessidade de fechar torneiras que possam irrigar eventuais caixas 2 de campanha eleitoral, por parte do Executivo.

Limites - O controle so-bre a circulação de recur-sos deve estender-se a outros setores da socie-dade. Um exemplo é o projeto do senador Anto-nio Carlos Valadares (PSB-SE), que regula-menta o saque em espé-cie de valor superior a R$ 20 mil em anos em que se realizam eleições.

Justificativa - O projeto de Valadares altera a Lei Eleitoral, estabelecendo que a partir de 1º de julho do ano em que houver eleição, saque em espé-cie, em valor superior a R$ 20 mil, só poderá ser efetuado mediante a apresentação de justifica-ção efetuada em formulá-rio próprio, que ficará reti-do na agência bancária.

Prazo - O projeto deter-mina que o controle de saques vigorará até 30 dias após o pleito, apli-cando-se também em caso de realização de se-gundo turno, no âmbito da circunscrição corres-pondente. A proposta aguarda a designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Ci-dadania (CCJ).

Objetivo – Segundo Va-ladares, seu propósito é tornar perene a regula-mentação de saques em espécie neste valor em anos eleitorais. Ele lem-bra que, em 2010, já hou-ve restrições da Justiça Eleitoral para saques aci-ma desse valor em al-guns estados, a fim de prevenir a compra de vo-tos. O que o senador de-seja é institucionalizar essa restrição.

Saneamento – Não cau-sou surpresa para nin-guém a notícia de que Macapá é uma das cida-des com pior nível de sa-neamento básico do Bra-sil. O Amapá foi transformado em Estado no início da década de 90, tempo em que os re-cursos para investimen-tos em obras de sanea-mento eram escassos.

Atraso – Com obras do PAC, situação de sanea-mento pode melhorar na capital amapaense. Mas para tirar o atraso, ainda vai ser preciso muito tem-po e trabalho.

Hora-Hora

Editorial

A ministra Eliana Cal-mon termina em breve, no mês de

setembro, sua passa-gem pelo cargo de cor-regedora nacional de Justiça, por meio do qual conduziu os trabalhos do Conselho Nacional de Justiça. Sob o coman-do de Eliana Calmon, o CNJ ajudou a tornar o Judiciário brasileiro mais aberto ao controle da sociedade.

A ministra conseguiu, sem sombra de dúvidas, aumentar a transparên-cia dos órgãos da Justi-ça, acabando com o sentimento prevalecen-te de que o Judiciário estaria infenso a qual-quer poder fiscalizador externo.

Essa realidade hoje já mudou. Prova disso é que quase todos os tri-bunais de Justiça do Bra-sil já cumpriram deter-minação de expor, em portais de transparência, os salários de seus servi-dores, incluindo os de desembargadores.

Mais ainda há avanços a serem conquistados. Um deles é a adoção da eleição direta para esco-lha dos ocupantes dos cargos de direção dos tribunais de Justiça. Uma proposta defendida por um expressivo segmen-to do Judiciário, entre os quais se inclui a própria ministra Eliana Calmon.

Atualmente, apenas juízes de segunda ins-tância votam nas elei-ções da direção dos tri-bunais e a escolha é feita entre os membros

de maior antiguidade. A ministra Calmon defen-de que os juízes de pri-meiro grau também possam eleger os mem-bros da direção dos Tri-bunais e que o critério da antiguidade não seja determinante.

A intenção de adotar a eleição direta para es-colha dos dirigentes dos tribunais é respal-dada por uma Proposta de Emenda à Constitui-ção (PEC), de autoria do senador Eduardo Su-plicy (PT), que tramita no Congresso Nacional, estabelecendo esta nova modalidade elei-toral nos Tribunais de Justiça.

Como se vê, o proces-so de transformação em curso nos órgãos do Judiciário é consistente e já se tornou irreversí-vel, pois é inconcebível que a sociedade, depois dos avanços conquista-dos, aceite retrocessos, neste e noutros setores da vida pública nacional.

Da mesma forma, será inevitável que as diver-sas instâncias do Poder Legislativo também en-carem a obrigação de adaptarem-se às novas demandas da popula-ção. Não dá mais para admitir que a represen-tação legislativa esteja em total dissintonia com as aspirações do povo brasileiro. Este é um dos mais prementes desa-fios da classe política, se almeja mesmo ser um poder reconhecido e respeitado pela popula-ção.

Sintonia com a sociedade

Vai sobrar o que de você?VANESSA FREITASPalestrante, consultora de empresas, escritora, pro-fessora universitária, executive coach, apresentado-ra do programa “Espaço da Mulher” e diretora da melhoRH consultoria. Escreve aos domingos no JD.

Estamos todos en-louquecendo, de formas distintas, por

motivos diversos e con-traditórios, mas esta-mos de alguma forma enlouquecendo.Nunca pensei em ver

um aborto “transparen-te e escancarado” na imprensa mundial, como vimos semana passada da chinesa que teve que abortar o se-gundo filho devido ao rigoroso controle de natalidade da china. Outras vezes este fato deve ter acontecido, mas agora eles mos-tram... Não sei qual horror é

pior; se é o fato em se-gredo ou a revelação do fato.Acho que as pessoas

tornam a vida pior do que deveriam.Quando quero pensar

em cenas de beleza, distração e inteligência, nada melhor que as ce-nas do filme: A vida é bela!

Sabemos que ela não é tão bela assim, mas também sabemos que piorá-la ou melhorá-la, depende da forma como escolhemos viver!Eu confesso que tenho

buscado inspiração emRoberto Benigni, para conduzir muitos momentos não tão feli-zes como gostaria que fossem, mas quem os possui como quer?Sempre acreditei que

o meu céu e o inferno habitam dentro de nós. Então os convido para

um domingo farto de imaginação e muito bom humor com a sua própria vida.Se não tem motivos

para se alegrar, vamos nos alegrar por nada e por tudo o que ainda não temos. Vamos construir pontes neste domingo sereno e levar chances de uma vida não mais fácil (isso é ilusão), mas uma vida mais tranquila diante do que de fato pode-

mos fazer por nós.Se não podemos so-

nhar, se não podemos andar na chuva (mesmo que venha uma gripezi-nha depois), se não po-demos nos declarar ar-dentemente para quem amamos se não pode-mos pedir dinheiro em-prestado na hora da “dureza” do bolso, se não podemos comprar aquele vestido maravi-lhoso para nos sentir-mos “uma linda mulher” só uma vez na vida, se não podemos faltar à missa no domingo em que estamos descren-tes, se não podemos pedir “socorro” por que não estamos mais su-portando tanta dor...Vai sobrar o que de

você?Já temos tantos desa-

fios diários para vencer, tantas tarefas difíceis de cumprir, tantos me-dos, tantos sonhos des-feitos, tanta dor para sufocar.Se eu não puder gritar

de vez em quando ou ainda ser ridícula quan-do preciso for.Vai sobrar o que de

mim?Diante da vida real, do

papel que temos que cumprir e de quem de fato somos; pode haver uma grande distância. Mas pagamos o preço para mantermos nossas escolhas. Porém preci-samos compreender que muito além dos fa-tos reais, existem os nossos desejos.Domar o desejo que

habita em nós é uma das tarefas mais desa-fiadoras da vida. Existe aquilo que está

claro que queremos, existe o que não quere-mos de jeito nenhum e os “enlouquecedores” desejos...Estes são subjetivos,

duvidosos, incertos, etc. Você pode até sufocá-

-los por alguns dias, meses ou anos... Mas eles voltam, sem-

pre voltam para te mos-trar que existe algo a mais entre pensar e agir... E se você desconside-

rá-los... Vai sobrar o que de

você?Pense nisso!

Page 3: jornal do dia 19e20/08/2012

A3JD GeralEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012

“Pior - É incrível como o nosso Estado sempre apa-rece no rabo da fila quando o assunto é desenvolvi-mento. Foi o pior em em-pregos no Censo 2010, foi um dos últimos colocados no Ideb, e o pior no sanea-mento básico.

Fantasmas - Para comple-tar, hoje no Fantástico (Glo-bo) nossa belíssima Forta-leza de São José vai aparecer contando estórias de fantasmas. Se a diretoria do programa viesse comi-go, iria falar para eles onde estão os verdadeiros fan-tasmas. Sei de cada histó-ria...

Esperança - Não quero ser negativo, mas mesmo com todos os problemas, eu amo esse Amapá. Minha esperança é que um dia ele seja muito melhor e ofereça a mínima qualidade de vida para o nosso povo. Assim espero. Que assim seja!

Voto - Essa semana, o rela-tor do caso mensalão, mi-nistro Joaquim Barbosa (STF), apresentou seu voto no julgamento: nada me-nos que mil e duzentas pá-ginas que precisarão de três dias para ser lidas.

Comparação – Já pensou se fosse dada a oportuni-dade para cada eleitor aqui do Amapá fazer o comen-tário do seu voto ao depo-sitá-lo na urna?! As eleições durariam uns três meses e as sessões eleitorais teriam que ser colocadas em gal-pões de grandes áreas, pois a revolta da população é

”grande!

Boca fechada – Essa sema-na desembarcou no Amapá uma comissão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para visitar as instituições que tratam de menores in-fratores. Por incrível que pareça, o assunto ficou guardado a sete chaves. Todo mundo comeu abiu.

Situação - A comissão do CNJ reuniu tanto com re-presentantes do governo do Estado, como também com membros do Judiciá-rio. Ninguém quis comen-tar nada. Por aí, dá para se imaginar em que pé anda a situação dos abrigos de menores...

Briga – A OAB Amapá está parece aquele fogo de ser-ragem, ou seja, por fora só aparece fumaça, mas por dentro está pegando fogo. Que o diga o ex-presidente Washington Caldas que moveu várias ações contra membros da atual diretoria da Ordem.

Aviso – Quanto a disputa pela vaga de desembarga-dor, Washington já avisou que promete mover outra ação caso a disputa mante-nha o sistema híbrido de votação.

De lado - Pelo o que ob-servo por aí, os principais candidatos a vereador do PSB, estão levando para o

[email protected]

JANDERSON CANTANHEDEJornalista

Entre Aspas

eleitor apenas o seu nome, deixando de lado o de Cris-tina Almeida.

Rachado - Pelo o que sou-be, a briga dentro do parti-do deixou fragmentada a relação entre Cristina e os candidatos a vereador, di-ferente do que observo aos candidatos Roberto Góes (PDT) e Clécio Luis (PSOL), cujo os candidatos a verea-dor comungam do mesmo pensamento.

Pano de fundo - Já o can-didato Davi Alcolumbre (DEM) está usando como pano de fundo de sua can-didatura a figura do candi-dato Lucas Barreto (PTB) que é candidato a vereador por Macapá. Isso é sinal de Lucas ainda tem um bom eleitorado...

Cresceu - O candidato Evandro Milhomen (PCdoB), nos últimos dias, colocou seu bloco na rua. Observei pelas minhas an-danças que o movimento das bandeiras vermelha cresceu.

Adesão - Como ando mui-to de coletivo, notei tam-bém que o candidato Geni-val Cruz (PSTU) anda direto no transporte público le-vando suas propostas aos eleitores. É lá onde ele vai ter o maior número de adeptos.

Bom domingo...

Siga: @cantanhede_APEmail: [email protected]

O homem mauDORIEDSON ALVESProfessor

A maldade é reflexo preciso e exato da ação humana, além

de um dos maiores signos da humanidade, tanto que a história, como não pode-ria deixar de ser, retrata esta faceta do gênero hu-mano de forma inegável: Nero (ateou fogo em Roma, além de torturar cristãos), o papa Alexandre VI (era promíscuo, assassi-no, manipulador dos fi-lhos), Hitler (matou e perse-guiu centenas de milhares de judeus) etc. Eles pode-riam ser enquadrados cate-gorialmente, sem sombras de dúvida, como ícones do mau, pois suas atitudes ex-pressam a crueldade e a disposição incontida de fa-zer, perpetuar, desencade-ar o sofrimento alheio, sim-plesmente para atingir seus objetivos egoísticos de ri-queza, glória, poder. A am-bição desses indivíduos ge-rou desgraça, medo e morte de muitas pessoas, consideradas obstáculos superáveis em busca da-quilo que almejavam. É como se a malvadez esti-vesse irremediavelmente li-gada à sua essência huma-na (se é que existe uma); e, portanto, não fosse possí-vel se desunir dela. É a ca-pacidade de engendrar o ato maléfico, no deleite que ele traz consigo, principal-mente quando não há a menor esperança de auto-defesa ou resistência, a grande razão motivadora da crueldade do antagonis-mo marcante entre o que nós definimos como bem ou mal.

O individuo é mau quan-do age de tal forma a cau-sar prejuízo ao outro, e co-varde quando o furta de desfrutar de sua liberdade – suprimindo o direito que lhe é julgado justo e legíti-mo, dentro da moral ou norma legal vigente – tor-nando-o objeto espúrio de seu ódio, cultivado gentil-mente pelo desejo de ani-quilamento, neutralização ou, simplesmente, pelo sa-

dismo de sua conduta éti-ca. Logo, o ato ruinoso, em seu âmago destrutivo, não pode deixar de ser associa-do a destemperos, nos quais prevalece o ímpeto violento, mas também a si-tuações premeditadas, onde o único intento é ge-rar, nocivamente ao outro, aquilo que caracteriza o prazer produzido ou moti-vado pela efetivação da agressividade da índole animalesca. A essência des-tas ações está na antipatia (em oposição clara a empa-tia), quando o sentimento de repulsa, germinado no seio da inconveniente pre-sença do não-eu, culmina no mais vil ato violento, convertido em recurso de imposição pela força (física, discursiva, moral, religiosa etc.), além da ostentação de posturas intolerantes de toda e qualquer ordem (política, afetiva, étnica etc.). Em face disso, o escritor russo Fiódor Dostoiévski (em Notas do Subsolo), afirma: “É indiscutível que o homem gosta muito de construir e traçar caminhos; mas como acontece então que ele ame tão apaixona-damente a destruição e o caos?”.

Não é possível, no entan-to, fazer qualquer distinção ou diferenciação, entre o bem e o mal, sem levar em conta os valores sociais que ditam as normas de condu-ta a distingui-los, eviden-ciá-los, notabilizá-los. Des-se modo, a maldade para ser compreendida como desvalor, vinculada a com-portamentos reprováveis, precisa, para a apreensão de seu real (ou relativo) sig-nificado, de pressupostos conjecturais diferenciado-res, passando a ser vista como construção/ conse-quência indissociável das relações intersubjetivas, instituída entre os tons da convivência e seus imprevi-síveis desdobramentos di-nâmicos. Por isso, é tão difí-cil, até mesmo para os “pseudomoralistas de plan-

tão”, estabelecer parâme-tros imparciais e indis-cutíveis, realmente consistentes, para a deter-minação objetiva da mal-dade, isto é, na tentativa de estabelecê-la como possí-vel objeto do conhecimen-to. Entretanto, fazendo uso do imperativo categórico kantiano, que prescreve, em sua natureza normati-va, a prevalência da liber-dade de ação de maneira indistinta e não-descrimi-natória, para se chegar à ideia de valor universal-mente aceito, como dire-triz de conduta. Ou seja, toda ação emerge sempre enquanto referencial uni-versalmente válido, sendo por isso, regra moral a ser praticada por todos em qualquer lugar ou ocasião.

Contudo, a violência é a mais nua, crua e corpulen-ta expressão da maldade do homem. Não estando, por conseguinte, preesta-belecida por qualquer di-ferenciação possível, seja ela social, educacional, cul-tural, econômica; enfim, é um traço quase inconfun-dível de cada indivíduo, embora em alguns casos ainda não tenha se mani-festado explicitamente, de forma marcante: todo indi-víduo é, potencialmente, violento. Na verdade, é como se fosse uma “im-pressão digital” comum a todos, em qualquer época ou período histórico, tudo se resumindo a meras (ou espantosas) histórias trági-cas, onde o símbolo autên-tico se descortina no es-panto contínuo, ante a crueldade do ato violento, a desvelar a alma do sujei-to. Nesse sentido, o impor-tante é entender a magni-tude, as consequências e a repercussão associadas aos casos nos quais os in-divíduos se deparam com quadros assombros de medo, quando o excesso de agressividade da ação compromete, principal-mente, a continuidade da vida, resultando na supres-são do direito de viver, na imposição do “mau” ao outro, através do enfrenta-mento entre o bem e o mal em suas lutas antológicas.

DOM PEDRO JOSÉ CONTIBispo de Macapá

O pedaço de pano

Seguindo os ensina-mentos do mestre, um discípulo deixou

toda riqueza, construiu uma cabana de ramos e folhas, bem afastada do vilarejo, e iniciou a sua vida de ascese. Ele pos-suía apenas um pedaço de pano para cobrir-se durante o dia. De noite, dormia no chão e pendu-rava o pano num galho. Uma manhã, quando acordou, viu que os ratos tinham roído quase todo o seu pano. Tomou cora-gem e foi até a aldeia para pedir outro pano em es-mola. Conseguiu e voltou feliz para o seu esconderi-jo. Infelizmente, na manhã seguinte, viu que nova-mente os ratos tinha feito a festa com o segundo pedaço de pano. Voltou à aldeia para pedir mais; os habitantes lhe sugeriram:

- Por que você não arru-ma um gato, nós não te-mos condição de lhe dar um pano todos os dias.

O homem seguiu o conselho e levou o gato para casa. Porém viu que o gato precisava comer e foi para a aldeia pedir um pouco de leite. Nova-mente os aldeões ajuda-ram, mas também lhe disseram:

- Já que você precisa de leite todo dia, porque não cria uma vaca?

O homem conseguiu a vaca, mas também ela precisava se alimentar. Mais uma vez os mora-dores da aldeia foram ge-nerosos, mas lhe sugeri-ram cultivar os terrenos livres ao redor da sua ca-bana, assim a vaca teria capim à vontade.

O homem achou a ideia interessante e começou a cultivar os campos. A ter-ra era boa e o capim cres-ceu rápido. Em pouco tempo, ele precisou de ajudantes para plantar, colher os frutos e cuidar dos animais. Tornou-se, assim, um rico fazendei-ro, construiu uma casa e plantou um jardim boni-to ao redor dela, com flores e fontes de água cristalina.

Um dia o seu antigo mestre passou por lá. O lugar era o mesmo, mas tudo tinha mudado. Onde estava o eremita? Entrou no jardim e viu o antigo discípulo deitado numa rede pendurada na varanda.

– O que faz aqui? – per-guntou o mestre.

O discípulo enrubesceu de vergonha, jogou-se aos pés do mestre e bal-buciou:

- A culpa não foi minha, foi do pano que os ratos comeram!

O idoso mestre escutou e depois disse:

- A culpa não foi da-quele pedaço de pano, mas do teu coração que a ele ficou agarrado.

Esta simples história nos lembra de como é fá-cil esquecer, com o pas-sar do tempo, também os melhores propósitos. Quantos juramentos aca-bam perdidos e, talvez, tenhamos que reconhe-cer que fomos fiéis a bem poucos daqueles com-promissos assumidos, muitas vezes, com tanta solenidade. Pode ser um casal que prometeu amor eterno e acaba se sepa-rando, um religioso ou religiosa que desiste dos seus votos, um homem honesto que se deixa corromper, silenciando a sua consciência. Nin-guém escapa desse peri-go. “Quem julga estar de pé, tome cuidado para não cair” diz São Paulo em 1Cor 10,12.

Será que existe um se-gredo para conseguir – ou ao menos tentar – ser perseverantes até o fim às promessas que, um dia, assumimos livremen-te? Acredito que muito depende do horizonte que escolhemos como li-mite da nossa vida. Para quem acha que tudo aca-ba neste mundo, parece mais conveniente mudar ideais e projetos confor-me os interesses passa-geiros. O que se pensa ser a felicidade deve ser alcançado aqui e agora. O resto é conversa.

Diferente é para quem acredita na vida eterna, que somente Deus pode doar aos seus amigos. O tempo não é mais so-mente o hoje, a nossa vida vai muito além des-ses poucos dias. Pode-mos confiar em quem nos aguarda e que nos dá o tempo de agora para aprendermos a construir, mas também a desejar, o mundo de amanhã. Como todos, também quem acredita na ressurreição e na vida eterna busca com difi-culdade o caminho do bem e da justiça, porque sabe que, neste mundo, nunca alcançará toda a perfeição, toda a alegria e todo o amor que o seu coração gostaria experi-mentar. No entanto, nunca desiste de procu-rar esses bens, porque sabe que o que ele tanto espera um dia o encon-trará. Faz isso, não como uma ilusão, mas com a certeza da fé naquele que é fiel e não decep-ciona os seus amados: o próprio Deus.

Nesta altura, não pre-ciso mais falar muito de Maria, que neste domin-go contemplamos ele-vada ao céu, participan-do, com seu filho Jesus, antecipadamente, da-quela ressurreição pro-metida àqueles que acreditarem no Deus da vida, vencedor da morte.

Também não pode-mos esquecer os nossos irmãos religiosos e reli-giosas que, com os três votos de pobreza, casti-dade e obediência, lem-bram a todos nós, todos os dias, o horizonte da vida eterna, onde en-contraremos muito mais do que os pobres tesou-ros fascinantes e tão co-biçados neste mundo passageiro.

Cada um de nós tem o seu pedaço de pano que lhe serve de desculpa para olhar somente o que está por perto, para satisfazer seus interesses materiais. Aprendamos a olhar mais longe, lá onde Maria, Nossa Se-nhora da Assunção, já está: na glória do céu com seu Filho Jesus.

Em outubro deste ano aprox imadamente 140 milhões de brasi-

leiros irão às urnas eleger 5,6 mil prefeitos e 60 mil vereadores em todo o país. Um processo eleito-ral é uma notável mobili-zação nacional, que ocor-re a cada dois anos e impacta diretamente no dia a dia dos cidadãos. É corriqueiro encontrar opi-niões que destacam os efeitos danosos que as campanhas eleitorais oca-sionam, principalmente o desperdício e o desvio de recursos públicos, mas também a paralisação das atividades dos parlamen-tos, a sujeira nas cidades, a poluição sonora, os transtornos no trânsito, a alteração da programa-ção de televisão, dentre outros.

Estas considerações são verdadeiras, mas os im-pactos na economia do país dos processos eleito-rais não são tão evidentes assim.

Por exemplo, se tomar-mos como indicador a va-riação do Produto Interno Bruto (PIB), constata-se que a média do cresci-mento do Brasil nos anos em que houve eleições, entre 1990 e 2011, foi de

3% ao ano. Já a variação média do PIB nos anos ímpares do mesmo perío-do foi de aproximada-mente 2,5%.

Assim, tomando como base os últimos 22 anos, é possível se inferir que, em anos eleitorais a econo-mia cresce mais. É claro que existem outros fato-res que influenciam o de-sempenho da economia, tanto interna quanto ex-ternamente, mas não se pode negar que há uma clara relação direta entre eleições e crescimento do PIB.

Para especular sobre as razões deste fenômeno, poderíamos apostar nos três fatores que mais im-pactam a formação do PIB e, consequentemente, no crescimento da econo-mia: os gastos dos gover-nos; o consumo e os in-vestimentos (obras e aquisição de máquinas e equipamentos). São três itens que se comportam de maneira atípica em anos de eleição, pois os entes públicos não costu-mam cortar gastos neste período, muito pelo con-trário, aumentam seus dispêndios. Além de gas-tar mais, nos meses que antecedem as eleições se

Eleições e Economia

CHARLES CHELALAEconomista

aceleram as obras para serem entregues antes do pleito, ampliando a conta “investimentos” no PIB.

Por outro lado, o consu-mo aumenta pela injeção de recursos das campa-nhas eleitorais. Para se ter uma noção do volume, nestas eleições serão mais de 300 mil candidatos re-gistrados no país, gastan-do em diversas escalas com os mais variados itens, de santinhos a ma-terial de construção, pas-sando por combustíveis e aluguel de comitês. Se-gundo o site do TSE, só para prefeitos a estimati-va oficial de gastos em todo o Brasil ultrapassa 1,2 bilhão de reais. Além desses, têm os dispêndios não declarados e as des-pesas para vereador.

Era de se esperar que este consumo gerasse in-flação, mas não. A média da inflação nos anos pa-res é praticamente a mes-ma dos anos ímpares, por volta de 7% ao ano no pe-ríodo de 1990 a 2011.

É claro que todos estes gastos seriam mais bem aplicados se dirigidos para investimentos na so-lução das carências do país. Mesmo assim, pela ótica Keynesiana, por mais inútil e supérflua que seja, ainda é “demanda efetiva” fazendo girar a roda da economia.

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A4JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), em-

presa de tecnologia ligada ao Ministério da Fazenda, quer ampliar os serviços de atendimento ao cidadão e passou a investir no desen-volvimento de aplicativos para dispositivos móveis, como tablets [pranchetas eletrônicas] e smartphones [celulares inteligentes].Logo será possível, por

exemplo, bloquear, por meio de um celular, com o envio de um SMS (serviço de mensagens curtas), os comandos de um veículo à distância. Outra novidade é que a declaração do Im-posto de Renda poderá ser previamente preenchida pela própria Receita Fede-ral para o contribuinte que tem apenas uma fonte de renda, bastando que ele dê o aval ao documento que será apresentado.Os médicos da família do

programa de atenção à saúde básica irão preen-cher eletronicamente o prontuário dos pacientes em qualquer região do país com equipamentos móveis e transmiti-los para os ban-cos de dados do Ministério da Saúde, da mesma forma que os pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE) fazem atualmente, ao cole-

Depois de ter a sua principal prova contra José Dirceu questio-

nada pelos advogados, o procurador-geral da Repú-blica, Roberto Gurgel, en-tregou na última quinta--feira,16, um novo memorial aos ministros do Supremo Tribunal Federal

(STF) defendendo a valida-de de depoimentos como prova do suposto envolvi-mento do ex-ministro com o esquema do mensalão e reafirmando as acusações.A iniciativa de Gurgel de

apresentar um novo docu-mento após a acusação e as sustentações orais das defe-

sas provocou reações entre os advogados. Eles argu-mentam que conforme as regras dos processos penais, as defesas têm o direito de falar por último antes dos votos dos ministros. Mas integrantes do STF

consultados pelo Estado disseram que a prática é

Para o presidente da Associação Nacional de Carreiras de Planejamento e Orçamento (Assecor), Eduardo Rodrigues, a proposta é “altamente decepcionante”

Trabalhadores das carreiras de gestão recebem proposta de 15,8%

Serpro investe na ampliação de serviços de atendimento

Gurgel entrega memorial ao STF para defender acusações contra José Dirceu

Atendendo à decisão do STJ, Polícia Federal reduz inspeções em aeroportos

O diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, destacou que é importante para o governo acompanhar as mudanças que vêm ocorrendo com o uso da internet

Iniciativa de Gurgel apresentar um novo documento após a acusação e defesas provocou reações dos advogados

Os policiais federais do país acataram a decisão do Superior

Tribunal de Justiça (STJ) e reduziram a inspeção de documentos e bagagens nos aeroportos do país. Segundo o diretor de Es-tratégia Sindical da Fede-ração Nacional dos Poli-cias Federais (Fenapefe), Paulo Paes, a determina-ção judicial implica em “não fiscalização” por par-te dos agentes, chamada informalmente de opera-ção sem padrão.“Temos que respeitar,

mas é no mínimo questio-nável que a Justiça deter-mine que a Polícia Federal não realize suas atribui-ções de competência constitucional”, argumen-tou. Paes destacou que não existe número sufi-ciente de servidores para atender a demanda dos aeroportos e fronteiras. “Mostramos ao governo que os aeroportos estão fragilizados pela pouca efetividade de pessoal. Agora voltamos à fiscaliza-ção normal, que é não fis-calizar”, disse.A decisão judicial consi-

derou “ilegal” a operação--padrão dos agentes e de-terminou que a Polícia Federal e a Polícia Rodovi-ária Federal “se abstenham de realizar qualquer ope-ração-padrão, que impli-que abuso ou desafio, de modo que mantenham o seu exercício profissional no nível da sua respeitável tradição”. O descumpri-mento da determinação implicará multa diária de R$ 200 mil aos sindicatos da categoria.Os agentes da Polícia Fe-

deral intensificaram a che-cagem de documentos e bagagens nos principais aeroportos do país, em protestos por reestrutura-ção de carreira. A medida provocou filas e atraso nos voos. “O governo não gos-tou porque mostramos a eles a fragilidade dos ae-roportos e das fronteiras”, disse o diretor do Fenape-fe.Paes diz que a categoria

continua em greve. Os únicos serviços prestados é segurança de instalação, custódia de presos e emis-são de passaportes emer-genciais. Os representan-tes da categoria têm uma nova reunião agendada com o governo na próxi-ma terça-feira (21).

Representantes dos in-tegrantes das carrei-ras do ciclo de gestão

receberam do governo fe-deral uma proposta de re-ajuste de 15,8%, a ser pago até 2015, a mesma que foi apresentada ontem a 18 setores do serviço público federal. Eles estiveram reu-nidos ontem (18) os com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Cada categoria vai avaliar a proposta em

assembleias durante a se-mana e, no próximo sába-do (25), haverá nova reu-nião com o governo.Para o presidente da As-

sociação Nacional de Car-reiras de Planejamento e Orçamento (Assecor), Edu-ardo Rodrigues, a propos-ta é “altamente decepcio-nante”, porque implica perda salarial de 23% des-de 2008. “Com essa pro-posta, ficaremos mais três anos sem possibilidade de negociação, e ela não trata

de várias questões rele-vantes, como a restrutura-ção de algumas carreiras, eliminação de distorções e atualização de benefícios”, disse Rodrigues, que re-presenta analistas e técni-cos do Ministério do Pla-nejamento.Os trabalhadores da Co-

missão de Valores Mobili-ários (CVM) já determina-ram greve a partir de terça-feira (21). A proposta foi submetida à assem-bleia de servidores na últi-

ma sexta-feira, antes mes-mo da reunião com o governo. “Vamos esperar voltar aqui na semana que vem e ouvir a categoria, mas o indicativo é de greve por tempo indeterminado”, informou o presidente do sindicato da CVM.O presidente da Associa-

ção dos Analistas de Co-mércio Exterior, Rafael Marques, também consi-derou a proposta do go-verno fraca, por não cobrir as perdas salariais dos ser-

vidores desde 2008. A ca-tegoria vai se reunir na próxima terça-feira para avaliar a proposta do go-verno.Neste momento, Sérgio

Mendonça está reunido com com advogados pú-blicos federais, que ainda não iniciaram a paralisa-ção. Mais tarde, haverá novo encontro com repre-sentantes da Confedera-ção dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

tar dados durante o censo. O mesmo já ocorre na fis-calização de obras, proce-dimento que dá agilidade ao agente público para cumprir as tarefas.Em entrevista o diretor-

-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, destacou que é importante para o governo acompanhar as mudanças que vêm ocor-rendo com o uso da inter-net, já que grande parte

dos acessos à rede mun-dial de computadores no país tem ocorrido por meio de dispositivos por-táteis. Mazoni destacou que a necessidade de me-lhorar o atendimento ao

cidadão, inclusive, por meio do governo eletrôni-co e também dos proces-sos de gestão pública. Se-gundo ele, o governo também terá a sua “nu-vem” computacional.

comum e que os próprios advogados dos réus tam-bém podem apresentar memoriais a qualquer momento. Esses docu-mentos não podem trazer fatos novos, mas apenas reafirmar o que já foi sus-tentado ao longo do pro-cesso.

Gurgel fez a sua acusa-ção no início do mês, logo após a leitura do relatório do ministro Joaquim Bar-bosa. Depois dele, os ad-vogados dos 38 réus da ação do mensalão tiveram a oportunidade de falar por até uma hora para de-fender seus clientes. Após as sustentações orais, Joa-quim Barbosa iniciou a lei-tura de seu voto na última quinta-feira.A falta de um ato de ofí-

cio provando que Dirceu participou do esquema do mensalão é a principal arma da defesa do ex-mi-nistro. Não existe nenhu-ma assinatura ou grava-ção comprovando que ele participou das negocia-ções com parlamentares para aprovação de projetos de interesse do governo.

Page 5: jornal do dia 19e20/08/2012

A5JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

A pressa de SarneyJosé Sarney quer fazer da reforma do Código Penal

a sua última marca na despedida da cúpula do Po-der, em Janeiro. Ele pediu à comissão especial a vo-tação do pacote até o fim do ano. Mas os senadores temem a reação popular. Enquanto uma turma de juristas debateu o assunto por sete meses, os con-gressistas terão apenas três meses para discutir po-lêmicas que ficaram engavetadas por 72 anos, como a redução da maioridade penal, a eutanásia, descri-minalização das drogas e aborto, criminalização do Jogo do Bicho etc.

Coluna

ESPLANADA POR LEANDRO MAZZINI JornalistaTwitter @leandromazzini

PrazosNa quinta-feira, após

encontro com Sarney, o ministro Gilson Dipp (STJ) disse à coluna que o Senado saberá cuidar do assunto apesar do curto prazo.

O romancistaSarney não disputa

mais eleição em 2014, quando encerra o man-dato e a vida política. Aí parte para outro projeto de eleição: a presidência da ABL, no Rio.

E o povo?O PSDB cobra da presidente Dilma a sanção da

MP 563/12 com a emenda apresentada pelo lí-der tucano, deputado Bruno Araújo (PE), que zera os tributos federais da cesta básica e reduz o custo em 15%. Por ora, o governo só anunciou dois pacotes de isenção tributária para monta-doras e setor produtivo, beneficiando os em-presários.

Poder & MPBO deputado e edu-

cador Newton Lima (PT-SP) apresentou Moção de Louvor pelos 70 anos de Ca-etano Veloso. Quem vai gostar é o presi-dente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que é fã da MPB e de Fagner, que plagiava para cantar quando adolescente.

Homens ao mar!Depois de tanto

anunciado pelo go-verno, há anos, a Ma-rinha iniciou no fim de Julho o projeto de engenharia do nosso submarino nuclear. É porque acabam de chegar do treina-mento na França os engenheiros que passaram um ano lá.

Afogamento... O novo submarino é

sonho de anos da Ar-mada. A construção é uma forma de apa-gar o vergonhoso naufrágio do subma-rino Toneleros na Praça XVI, no Rio.

... de carreiraAliás, submetidos a

tribunal militar, os marinheiros que es-tavam de plantão no caso Toneleros afun-daram com ele seus sonhos de patentes na Marinha.

Plano$A Câmara sofre

pressão dos planos de saúde para não votar este ano o rela-tório do novo marco regulatório da saúde suplementar. En-quanto isso, cerca de 10 mil processos de reclamação contra os planos foram para o arquivo na ANS.

$aúde Quem lembra é o

deputado Mandetta (DEM-MS), presiden-

te da Comissão de Seguridade Social: a lei beneficiou os grandes planos de saúde. Eram 2.200 há 10 anos. Hoje, são menos de mil. Os que funcionam.

A falta de DuvanierA morte do secretá-

rio de Recursos Hu-manos do Ministério do Planejamento , Duvanier Ferreira, fez desandar a relação com os servidores fe-derais. Era ele quem dialogava com as ca-tegorias hoje em greve e controlava a situação. Não e nãoA ministra Miriam

Belchior, do Planeja-mento, cansou de dialogar com as ca-tegorias. Fez levanta-mento de reajustes na última década para cada classe em greve e mostrou que o governo está com saldo no limite.

Pedala, cidadãoEm Santa Rita do

Sapucaí (MG), a pra-ça principal é ilumi-nada com energia gerada há poucos metros dali, por... 22 presos que pedalam em bicicletas instala-das na cela.

Epa, epaA Câmara aprovou,

em votação simbóli-ca, projeto de Lei 4.668/04, do ministro da Justiça, José Car-dozo, que retira a va-diagem da Lei de Contravenções Pe-nais.

Ponto Final‘O maior problema

do Brasil é a impuni-dade’ De José Alen-car, então vice-presi-dente da República, para este repórter em 2010.

www.colunaesplanada.com.br [email protected]

UrgênciaNa quarta, meia dúzia de senadores, como o presi-

dente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), entrou a noite debatendo o cronograma. As eleições podem melar tudo.

Dilma sanciona LDO com vetos ao texto do Congresso

Com votação fatiada, Peluso deve ficar sem julgar Dirceu, Delúbio e Genoino

A presidenta Dilma Rousseff sancionou no último dia (17),

com vetos, a Lei de Dire-trizes Orçamentárias (LDO) de 2013, aprovada pelo Congresso Nacional em julho. A Secretaria de Imprensa da Presidência da República não infor-mou quantos vetos nem quais trechos foram su-primidos. O texto final só deverá ser publicado no Diário Oficial da União na segunda-feira (20).Pelo texto aprovada

pelo Congresso, o valor do salário mínimo no ano ficou determinado em R$ 667,75. Ele também pre-via que o superávit pri-mário do setor público consolidado seja 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), dos quais a União (orçamentos fiscal e da seguridade social) vai contribuir com 2,15% e os estados e municípios com 0,95%.Na redação final da LDO

no Congresso, ficou

mantida a flexibilidade fiscal solicitada pelo Exe-cutivo de diminuir a meta em até R$ 45,2 bilhões (0,9% do PIB), caso a pro-gramação se destine a investimentos prioritá-rios. Pelo texto do Con-

gresso, a dívida líquida do setor público consoli-dado deve ser equivalen-te a 32,5% do PIB, em 2013.Durante a votação, os

parlamentares retiraram da LDO um dispositivo

que instituía o regime di-ferenciado para estatais, como a Petrobras e Ele-trobras, fazerem contra-tações, via licitação, com critérios de preços dife-rentes das tabelas oficiais de custos.

A decisão de fatiar o julgamento do men-salão no Supremo

Tribunal Federal tornou in-viável a participação do ministro Cezar Peluso até o fim do processo. Com apenas mais seis sessões até sua aposentadoria, no dia 3 de setembro, quando completa 70 anos, Peluso

não julgará os principais réus da ação penal, como o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT De-lúbio Soares e o ex-presi-dente do PT José Genoino. A participação de Peluso

já era, de fato, uma incóg-nita e motivou discussões entre integrantes da Corte. O fatiamento estabelecido

pelo relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, apenas confirmou o que alguns ministros já anteci-pavam. O tribunal julgará vários réus da ação penal com dez integrantes - o que não vai gerar proble-mas para o julgamento, a não ser que algumas vota-ções terminem empata-

das.O cronograma estabele-

cido para o julgamento já era exíguo. Se tudo corres-se como calculou o presi-dente do tribunal, Carlos Ayres Britto, Peluso teria a sessão do dia 30 reservada para que proferisse seu voto. Caso o prazo não fosse cumprido, Britto já preparava a convocação de uma sessão extraordi-nária para o dia 31, apenas para que Peluso julgasse o caso.Com o fatiamento dos

votos, esse cronograma dificilmente será cumpri-do. Ao menos, afirmou um dos integrantes, Peluso poderá participar do julga-mento de alguns itens do processo. Se a metodolo-gia estabelecida por Joa-quim Barbosa não fosse seguida, argumentou um dos ministros, Peluso não participaria de nada.

ManobrasA partir de agora, somen-

te uma manobra poderia garantir que Peluso julgas-se todos os réus: ele teria de ler a íntegra de seu voto, antecipando-se ao relator do caso e ao minis-tro revisor, Ricardo Lewan-dowski. A antecipação ge-raria novos conflitos e um ministro adiantou que Pe-luso não se disporia a isso.Além disso, o revisor do

processo, depois de ouvir apelos de colegas, terá de fatiar seu voto para seguir a sistemática definida pelo relator da ação penal. Não teria sentido, diz outra in-tegrante do tribunal, que Peluso pudesse fazer o que Lewandowski não pôde - ler a íntegra de seu voto de uma só vez.Em evento na sexta-feira,

17, organizado pelo Con-selho Nacional de Procu-radores-Gerais do Ministé-rio Público Estadual do Rio, o ministro Ayres Britto evitou falar na possibilida-de de antecipar o voto de Peluso. “Qualquer tribunal gostaria de contar com a participação do ministro Peluso, porque honra, qualifica, adensa qualquer decisão. Não se pode an-tecipar se ele terá condi-ções de votar, depende muito do tempo de coleta dos votos. Se o cronogra-ma for observado e cum-prirmos o calendário, vai dar tempo”, afirmou.

A presidenta Dilma Rousseff sancionou, com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013

Page 6: jornal do dia 19e20/08/2012

A6JD EsporteEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, quarta-feira 01 de agosto de 2012

Seedorf vem vivendo no Botafogo uma tempo-rada de reencontros

com ex-companheiros e adversários em sua longa carreira na Europa. Depois de Zé Roberto, Juninho Per-nambucano e Dida, chegou a vez de o holandês enfren-tar Ronaldinho Gaúcho, que defende o Atlético-MG. O confronto acontecerá neste domingo, em Belo Horizon-te, às 16h (de Brasília), pelo Campeonato Brasileiro.Em 2010, Ronaldinho e Se-

edorf foram companheiros no Milan-ITA, mas antes disso o craque brasileiro brilhou no Barcelona-ESP. Foram quatro confrontos, todos em jogos pela Liga dos Campeões, e o holan-dês terminou em desvanta-gem, com duas derrotas, um empate e uma vitória.- Outro dia já teve com o

Dida, que é mais um joga-dor desse tipo. Eles dão muito brilho ao campeona-tro. Ainda tem Juninho, Luís Fabiano, Zé Roberto, que são expoentes e atraem atenção pela qualidade que demonstraram. O encontro de domingo entre Ronaldi-nho, que é um dos maiores jogadores que vi jogar, e Seedorf vai ser um momen-to particular desse Brasileiro - comentou o técnico do Botafogo, Oswaldo de Oli-veira.O último confronto termi-

nou empatado em 0 a 0, no dia 26 de abril de 2006, no Camp Nou, pela semifinal da Liga dos Campeões, que classificou o Barcelona para final. Naquela temporada, o clube espanhol se sagraria campeão da competição ao vencer o Arsenal-ING na decisão.

Ronaldinho e Seedorf se enfrentaram quatro vezes

Julgamento do Amapazão é suspenso por 48 horasA votação do mérito estava 4 a 2, a favor da procedência parcial (mar-cação de uma nova partida entre o Santos e o Oratório), do processo

A advogada, Mara Góes pediu diligencia (revisão) do processo

na inédita sessão da ultima sexta – feira 17, que envol-ve a final do segundo turno do Campeonato Estadual de 2012. Após muita dis-cussão ocorrida no auditó-rio da Federação Amapa-ense de Futebol (FAF), partes dos auditores solici-taram a Presidência do Tri-bunal de Justiça Desportiva (TJD) a suspensão da ses-são por 48 horas. Mara Góes alegou que a presi-dência do TJD não entre-gou a ela, todo o processo para apreciação como de-termina a Lei Federal. A vo-tação do mérito estava 4 a 2, a favor da procedência

parcial (marcação de uma nova partida entre o Santos e o Oratório), do processo. A sessão inédita começou na quinta – feira 16 de agosto de 2012.Segundo o auditor, Ber-

nardo Rodrigues, Mara Góes deve apreciar o pro-cesso para emitir nova vo-tação. “Ela tem 48 horas para estudar o processo, onde a presidência do TJD deve marcar uma nova data para dar continuidade da sessão, o que estava sendo votado na primeira proposta era a aprovação por 5 a 4, da liminar consi-derando o Oratório cam-peão do certame estadual, (procedência total) deter-minada pelo tribunal. A ou-tra proposta era a legalida-de da liminar com a realização de uma nova

partida, (procedência im-parcial), a votação estava 4 a 2” disse Rodrigues.Mara Góes alegou que o

processo foi entregue a ela parcialmente pela presi-dência do TJD na manhã da sexta – feira 17, a qual mo-tivou o pedido de vista ao processo do julgamento.Carlos Tork, advogado do

Oratório Recreativo Clube, disse que o pedido de vista já foi feito pela própria au-ditora. Por isso, ele fica tranqüilo quanto a nova sessão que será marcada pela presidência do TJD/AP. “É um direito dela pedi vista do processo, o Orató-rio conquistou o primeiro turno de forma invicto dentro de campo, e estava invicto no segundo turno, isso demonstra que a nos-sa tese está correta, por

que ela é clara, se baseia no artigo 206 no TJD do pará-grafo 5º regulamento do campeonato” explicou Tork.Vicente Cruz, advogado

do Santos Futebol Clube disse que a defesa vai con-tinuar com a tese contes-tando e manifestando voto contrario aos auditores que defendem a aprovação da liminar que garante o Ora-tório campeão do campeo-nato. “Não há o placar de w x o, por que as equipes não adentraram ao gramado do Glicério Marques. Isso não existe em lugar nem um do planeta, não há su-mula proferida pelo árbitro escalado para o jogo, a de-fesa solicita que o TJD deve marcar uma nova partida entre, o Santos, e o Orató-rio” alegou Cruz.

Thiago pode funcionar como um terceiro atacante

Da Reportagem

Elcio Barbosa

Flagrante da sessão do TJD no auditório da Federação Amapaense de Futebol: até decisão de futebol acaba na Justiça

Vicente Cruz quer nova partida entre Santos e Oratório Carlos Tork diz que Oratório é campeão do Amapazão de 2012

Atlético-MG x Bota: Ronaldinho tem retrospecto favorável contra Seedorf

Atualmente, Lecheva atua como auxiliar técnico de Givanildo

Oliveira, aliás, o ex-joga-dor bicolor conhece o atu-al elenco por ter coman-dado a equipe no segundo turno do Campeonato Pa-raense. Mesmo assim, Gi-vanildo Oliveira ainda tra-balha com a intenção de saber o que cada jogador pode render dentro de campo, assim, o treinador realizou mais um coletivo de 50 minutos ininterrup-tos ontem. Giva chamou a atenção da equipe no mo-mento da marcação du-rante a recomposição táti-ca.

Thiago Potiguar foi um dos jogadores que rece-beu orientações individu-ais do chefe. “Ele (Givanil-do Oliveira) não pediu muito para eu voltar. Eu acho que a minha caracte-rística que ele viu foi de um cara que tem que pe-gar a bola ali perto dos zagueiros”, revela Poti-guar, que vem sendo

aproveitado no ataque, ao lado de Rafael Oliveira. “Eu acho que o Rafael fica muito isolado ali na frente, e foi no momento que eu conversei com ele e ele me pediu para não voltar muito. E é o que eu queria, pois voltando muito, fico cansado na hora do ata-que”, completa.

O novo treinador alviazul acredita que Potiguar tem que ficar mais atento aos contra-ataques e as joga-das velozes pelos lados do campo, diferente de Davi-no, que cobrava uma maior entrega do atleta na marcação.

A liberdade para atacar agrada o meia-atacante. “Eu tenho muita dificulda-de de entrar na área ad-versária em decorrência de eu ter que voltar muito. Mas com essa ajuda que ele (Givanildo Oliveira) está me dando para eu não voltar muito, eu vou entrar mais na área para ajudar o Rafael e fazer gol”, analisa Potiguar.

PositivoO meia Leandro, 13 anos, joga um bolão e desperta o interesse de clubes pa-raenses. O garotão é filho de Heraldo Almeida e atua na Escolinha Zico 10.

NegativoSaem os atletas, entram os advogados e Amapa-zão é decidido no tape-tão. Uma pena que acabe no TJD a mais importante competição do futebol amapaense.

Tapetão ISaem passe, drible e gol,

entram ‘medida inomina-da’, ‘rito processual’, sus-tentações’...

Tapetão IIEnquanto isso, a galera fica a ‘ver navios’ e con-centra atenção em outros campeonatos.

Brasileirão IOs clássicos Santos x Co-rinthians e Flamengo x Vasco agitam a rodada deste domingo.

Brasileirão IIJogos Atlético/MG x Fo-gão e Grêmio x Figuei-

rense podem mexer com o topo da tabela.

Rio Norte IRetorna aos gramados o simpático clube presidido pelo comandante Ivan Machado.

Rio Norte IIAdervane Baraquinha ge-rencia o clube nos Cam-peonatos Feminino e Não Profissional.

Papão da AmazôniaPaysandu viajou 15 horas e encara o Salgueiro. To-mara que não sirva de desculpa pra...

Copa Marcílio DiasSábado de festa para a abertura desse evento que reúne 153 seleções e completa 50 anos.

Toque de PrimeiraColunista ANTONIO LUIZ

[email protected]

Boxe INelsinho dos Anjos é simples, humilde, corajo-so e ganha R$ 700,00 como vigilante.

Boxe IINesta condição, Nelsinho montou academia e aten-de 76 crianças e jovens no Congós.

Ramilton FariasAniversariou o presidente da ACLEAP e apresenta-dor do programa “Jogo Aberto AP”, TV Band Ma-capá. Tim-Tim!

Seleção BrasileiraÉ triste ver o futebol atual desfigurado e sem brilho. Para quem já teve Pelé e Ronaldo.

Voleibol IPlaca Clube brilha na rede

e conquista o Campeona-to Amapaense Juvenil Masculino.

Voleibol IIZona Sul e Placa Clube disputam em Florianópo-lis/SC a forte Liga Nacio-nal de Clubes.

Fenômeno AzulRemo enfrenta este do-mingo o Penarol/AM e basta empatar para clas-sificar na Série D.

Futebol Sub-19Oratório x São Paulo é a grande pedida deste do-mingo no Gigante da Fa-vela, às 09h30.

JudôMestre André Santiago vibra com o sucesso da academia que montou em Oiapoque.

ReplayPipocam buchichos en-volvendo Ronaldinho Gaúcho e diretoria do Atlético/MG. Hum!

Série D IO Santos já foi eliminado, mas este domingo en-frenta o Araguaina para cumprir tabela.

Série D IIO presidente Paulinho Ceará exige que o peixe da Amazônia se despeça com dignidade.

Você Sabia?Fora da Olimpíada desde 1904, o golfe volta ao Rio 2016. Uma equipe multi-disciplinar trabalha para o Brasil fazer bonito no primeiro campo olímpico do mundo.

Page 7: jornal do dia 19e20/08/2012

A7JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012Esporte

Federer vence Fish, vai à semi em Cincinnati e pega compatriota para manter liderança

Roger Federer está perto de manter a liderança do ranking mundial, mesmo após fracassar na disputa pelo ouro nas Olimpíadas de Londres. O suíço avançou às semifinais do Masters 1000 de Cincinnati ao vencer o norte-americano Mardy Fish por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 7/6 (7/4).

Federer vai enfrentar seu compatriota Stanislas Wawrinka, que venceu Milos Raonic de virada por 2 sets a 1 (2/6, 7/6 (7/5) e 6/4) em uma partida difícil de 2h21.

Federer se mostra recuperado após ficar com a prata em Londres por uma derrota para o britânico Andy Murray. Depois de reassumir primeira colocação do ranking após o sétimo título em Wimbledon, Federer tenta manter o posto em Cincinnati.

O suíço só perderá o primeiro lugar caso não alcance a final e o sérvio Novak Djokovic, atual vice-campeão, fique com o troféu. Djokovic também está nas semifinais e enfrentará o argentino Juan Martin Del Potro para quem perdeu a medalha de bronze nas Olimpíadas.

Diante de Mardy Fish, Federer mostrou porque é o melhor do mundo desde o início do jogo. O suíço começou a partida inspirado com devolu-ções indefensáveis e quebrou o saque adversário logo no primeiro game.

Enquanto isso...

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Timão se anima com arrancada, mas evita falar em briga pelo títuloHá nove rodadas sem

perder (cinco vitórias e quatro empates), o

Corinthians prefere man-ter os pés no chão no Campeonato Brasileiro. Em uma bela arrancada desde que conquistou a Taça Libertadores, jogado-res e o técnico Tite ainda não querem falar sobre uma possível briga pelo tí-tulo, mas já olham a classi-ficação de maneira dife-rente.Com a vitória por 1 a 0

sobre o Internacional, no Pacaembu, o Alvinegro pulou para a nona coloca-ção, com 24 pontos. A dis-tância ainda é grande para o Atlético-MG, líder com 39. Entretanto, os quatro primeiros colocados (Galo, Vasco, Fluminense e Grê-mio) tropeçaram na roda-da, colaborando para a distância ser reduzida.– A rodada nos ajudou.

Precisamos de umas três vitórias seguidas. Contra o Inter foi a segunda e dá para pensar em coisas maiores. Vamos devagar. Precisamos ver como va-mos terminar o primeiro turno para falar – disse o lateral-esquerdo Fábio

Santos. Pode pesar nos próximos meses a aproxi-mação do Mundial de Clu-bes, em dezembro, no Ja-pão. A partir de novembro, o Timão deve esquecer o Brasileirão para começar a se planejar para o torneio de clubes mais importante do planeta. Até lá, a meta é somar o maior número de pontos possíveis. – Não dá para falar em

Atlético-MG ainda. Temos de pensar nos próximos três pontos. Essa é a nossa realidade. Não dá para sa-ber se vamos chegar ou não – afirmou o lateral-di-reito Alessandro.O Corinthians, aliás, ini-

ciou diante do Colorado uma sequência complica-da que poderá determinar qual o futuro dele na com-petição. A equipe do Par-

que São Jorge enfrenta na sequência Santos (fora), São Paulo (casa), Flumi-nense (fora) e Atlético-MG.– Nosso discurso é sobre

o próximo jogo. No Brasi-leirão é assim. São jogos de alto nível, com muita exigência e intensidade. Ficamos muito atrás na ta-bela e agora temos de projetar jogo a jogo – lem-brou Tite.

Há tempos Vagner Love não aparecia na sala de imprensa do

Flamengo para dar entre-vista. A última coletiva do jogador no Ninho do Uru-bu ocorreu em abril, vés-pera da semifinal da Taça Rio. O Artilheiro do Amor se preparava para enfren-tar o Vasco. Dias depois, o Rubro-Negro perdeu por 3 a 2 e ficou fora da disputa pelo título. Na última sexta, coincidentemente, o cami-sa 99 voltou a falar às vés-peras do clássico. Neste domingo, as equipes se enfrentam pela 18ª rodada do Brasileirão, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão.Será a sexta vez que o

atacante vai enfrentar o ri-val com a camisa do Fla-mengo. Até aqui, três vitó-rias e duas derrotas, balançando a rede cruz--maltina quatro vezes. Os gols, aliás, voltaram. De-pois de ficar oito jogos sem marcar, Love fez qua-tro em duas partidas, con-tra Figueirense e Náutico, chegando a oito no Brasi-leirão, mesmo número de Alecsandro, do Vasco, e um a menos que Fred, do

Fluminense, artiheiro da competição. Mas passou em branco na última quar-ta-feira, na derrota para o Palmeiras por 1 a 0, na Are-na Barueri.Para se recuperar e conti-

nuar firme na briga pela artilharia, Vagner terá de superar Dedé. O zagueiro volta ao Vasco após defen-der a seleção brasileira no amistoso contra a Suécia. Das últimas vezes que se enfrentaram, Love teve tra-balho.- É um desafio muito

bom, o Dedé é um exce-lente zagueiro, de seleção brasileira. Espero que pos-sa levar vantagem dessa vez. Eu me imagino pas-sando por ele e fazendo o gol. Sempre imagino isso, independentemente do zagueiro que terei de en-frentar.Love espera um clássico

equilibrado, apesar de as equipes estarem separa-das por 13 pontos. O Vas-co é o terceiro, com 35, está na zona da Libertado-res, enquanto o Flamengo é o décimo, com 22, e um jogo a menos. Na rodada passada, ninguém venceu.

O Rubro-Negro perdeu para o Palmeiras (1 a 0), e os vascaínos empataram com o Coritiba (2 a 2).Os resultados das duas

equipes no meio de sema-na tornam o jogo ainda mais decisivo para ambos. Temos de procurar vencer para subir na tabela, e o Vasco tenta vencer para se manter nas primeiras posi-ções. Vai ser difícil para as duas equipes e as duas vão entrar em campo para ven-cer. O Vasco vem fazendo um bom campeonato.Sobre a briga pelo posto

de goleador do campeo-nato, Love vê o tricolor Fred em vantagem no mo-mento.- A briga está boa, legal,

briga sadia. Primeiro pen-so nos resultados positi-vos do Flamengo, mas sempre quero ser artilhei-ro. O Fred está na frente no momento, por en-quanto é o mais forte (ri-sos).O camisa 99 diz que es-

tava com saudade de en-frentar o rival. A última partida entre eles foi em 22 de abril.- É bom estar dentro do

clássico, todo mundo quer jogar. Se pudesse ter clássico o ano todo seria bom, aquela coisa da dis-puta, vocês (jornalistas) virem aqui. Eu sinto sau-dade. É bom jogar contra o Vasco, sempre quero entrar e fazer gols. Não é que tenha gosto especial, mas quero chegar dentro do jogo e vencer.O grupo do Flamengo

realiza o último treino an-tes do clássico na manhã de ontem, às 10h, no Ni-nho do Urubu.

Os jogos de Love contra o Vasco:

Flamengo 1x0 Vasco - 14/03/2010 - Taça Rio/CariocaFlamengo 2x1 Vasco - 11/04/2010 - Taça Rio/Carioca - 2 golsFlamengo 1x2 Vasco - 22/02/2012 - Taça Guana-bara/Campeonato Cario-ca - 1 golFlamengo 2x1 Vasco - 07/04/2012 - Taça Rio/Campeonato CariocaFlamengo 2x3 Vasco - 22/04/2012 - Taça Rio/Campeonato Carioca - 1 gol.

DIVULGAÇÃO

Na briga pela artilharia do Brasileirão, atacante do Flamengo elogia o zagueiro do Vasco e espera clássico equilibrado hoje

Vagner Love se apronta para encarar Dedé: “Eu me imagino passando por ele”

Vagner Love diz que estava com saudade de enfrentar o Vasco

Brasileira do BMX revela perda de memória após queda, diz gostar do perigo e refutar parar

A ciclista brasileira Squel Stein se recupera ainda da queda sofrida em sua rápida participação nos Jogos Olímpicos de Londres, na prova do BMX. Ela está apenas em um período de repouso e precisa realizar mais dois exames para depois voltar a treinar normalmente. Stein sofreu uma queda logo na primeira subida e saiu de maca e imobilizada após levar uma pancada na cabeça.

Logo após o fim da bateria, o grupo de apoio foi até a brasileira e levou para o ambulatório do local. A brasileira não foi para a segunda série após sofrer o acidente. Ela revelou que pensou em voltar a disputar a prova, mesmo após o acidente, só que os médicos não liberaram por ela ter perdido a memória. A ciclista sofreu um pequeno nódulo na cabeça e toma remédios.

“O médico falou para eu ficar de sete a 14 dias bem tranquila, de férias, pelo fato de eu ter perdido a memória. Foi algo preocupante. Mas eu não lembro muito bem [do que aconteceu], de ter competido. Só lembro de ter acordado na ambulância. Eu falava para os médicos que estava bem de-pois do desmaio”, falou.

“Eu não lembrava do que tinha acontecido antes. Eu estava bem con-fusa, falava que estava bem. Eles fizeram uma massagem no pescoço e tive um pequeno nódulo [na cabeça]. Tenho dois exames ainda para fazer e estou tomando remédios para dor de cabeça.”

No Pan de Guadalajara, em 2011, a participação de Squel também acabou mal. A brasileira sofreu uma queda, bateu a cabeça e teve que ser medicada em um hospital na cidade mexicana. Naquela oportunidade, ela disse ter pensado em abandonar o esporte em função do risco de aciden-tes.

Mas o pensamento da atleta agora é completamente diferente. Ela diz que tudo isso faz parte e que vai continuar. “Eu famo o que faço, se eu não gostasse, não faria. Eu gosto da adrenalina, dos pulos, do perigo. O medo não existe. Se tivesse medo, não estaria competindo”, falou.

Passageiro fará boletim de ocorrência por “bagunça” de Bruninho e Lucão em voo

A volta da seleção brasileira masculina de vôlei, após a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres, vai ficar marcada para muitos jogado-res. Enquanto Giba e Serginho falam em despedida da equipe e Bruninho rebate as críticas de ser protegido pelo pai e treinador, Bernardinho, o levantador e o meio de rede Lucão ainda arrumaram confusão com um passageiro no voo de volta ao Brasil.

Logo após o desembarque no Aeroporto de Guarulhos, Fernando Levi, que viajou no mesmo voo dos atletas, procurou os integrantes da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e revelou um bate boca com dois joga-dores.

“O Bruninho e o Lucão foram muito desrespeitosos. Ficaram fazendo barulho durante a viagem e acabamos discutindo. Pedi para eles pararem com a bagunça, mas fui alvo de comentários”, disse o passageiro ao jor-nal Marca Brasil. Levi não deu detalhes do ocorrido, mas garantiu que tomará providências. “Vou procurar a polícia e fazer o Boletim de Ocor-rência”.

Ainda segundo o jornal, Bruninho confirmou o episódio e pediu descul-pas ao passageiro. O jogador sabia que Levi procuraria a polícia, mas não imaginava que fizesse uma ocorrência. “Na verdade, nós estávamos ou-vindo música e ele reclamou. Depois, tiramos algumas fotos com as aero-moças e ele disse que tinha virado bagunça”, disse Bruninho.

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Apesar da evolução, Tite evita colocar o Timão na briga pelo título

Page 8: jornal do dia 19e20/08/2012

Aline LimaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Sociedade [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012

Marcos Nogueira e sua namorada

Arno e João Batista

Expresso Itália recebe a sociedade amapaense

Expresso Itália na Presidente Vargas, 781 - A Centro Faça-nos uma visita e conheça o nosso Cardápio

Juiz de Direito Cesar ScapinPierre Alcolumbre

Clientes Vip do Expresso Italia

Chefe Berllusconi com seu Petit Gateau Andrei de Almeida

Page 9: jornal do dia 19e20/08/2012

CadernoBMacapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

DiaDia

Programações culturais, vendas de alimentos e até mesmo cursos foram deixados de lado pelas escolas

A seis meses da folia, Cidade do Samba vive fechada e sem nenhuma programação

FIEAP, SESI e Sinduscon comemoram o Dia Nacional da Construção Social

A Federação das In-dústrias do Estado do Amapá (FIEAP)

e o Serviço Social da In-dústria (SESI) em parce-ria com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (SINDUSCON) reali-zou na manhã do último sábado, 18, a comemo-ração do Dia da Constru-ção Social, no Centro de Atividades Homero Charles Platon – SESI.

O objetivo foi o de

promover a qualidade de vida dos trabalhado-res da Construção Civil e seus dependentes, além de garantir a inclusão e a integração social através do acesso dos trabalha-dores da Construção Ci-vil e familiares aos servi-ços básicos das áreas de cidadania, saúde, educa-ção, lazer, esporte e cul-tura.

Durante o sábado, os participantes tiveram

acesso a consultas médi-cas nas áreas de: gineco-logia, odontologia, pe-diatria e clínica geral. E também foram disponi-bilizados serviços de medição de pressão ar-terial, teste de PSA, apli-cação tópica de flúor e glicemia entre outros serviços.

Para a indústria da Construção, o Dia Nacio-nal da Construção Social representa uma oportu-

nidade de valorizar os trabalhadores do setor, alem de apresentar à so-ciedade os avanços que têm sido alcançados nos últimos anos.

Realizado simultanea-mente em 18 Estados da Federação e no Distrito Federal no mês de agos-to, o Dia Nacional da Construção Social é um marco nas ações de res-ponsabilidade social do setor da construção civil.

Em 2011 foram mais de 300 mil atendimentos nas áreas de saúde, lazer e cidadania para os tra-balhadores da indústria da construção e do mer-cado imobiliário e seus familiares. Mais do que o dobro dos atendimentos registrados em 2010, que foi 135 mil.

O projeto está basea-do no conceito de Cons-trução Social e nos pila-res Saúde, Lazer e

Cidadania e já integra o calendário anual do se-tor. Os objetivos do evento são: construir o patrimônio ético da In-dústria da Construção consolidando e amplian-do a atenção no campo da Responsabilidade So-cial além de proporcio-nar ganhos em produti-vidade para as empresas por meio da melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores.

Independência e profis-sionalização eram as palavras mais utilizadas

para justificar a constru-ção da Cidade do Samba. A Liga das Escolas de Samba do Amapá (Liesa) e as agremiações carna-valescas afirmavam que a partir da sua implantação haveria um local para se confeccionar carros ale-góricos e também para realizar eventos durante o ano inteiro, mas não é o que acontece.

Desde o carnaval até agora poucos eventos fo-ram feitos pelas escolas de samba, sendo que a maior parte do tempo o complexo fica abandona-do. Até hoje a proposta inicial de realizar oficinas, cursos de capacitação e outras ações ainda não saiu do papel.

Os cinco galpões foram entregues no dia 20 de dezembro de 2011, mas há projeto para a cons-trução de mais cinco, vis-to que hoje duas escolas de samba dividem cada espaço.

A obra iniciou em 2009 e deveria ter sido entre-gue no mesmo ano, po-rém parou em 2010 por falta de repasse do go-verno do estado para a empreiteira. Em 2011 as obras foram retomadas.

O governo do Estado cedeu em regime de co-modato os galpões para a Liesa, que ficou com a responsabilidade de ad-ministrar junto com as escolas, que assumiram as responsabilidades pelo uso. A distribuição dos ocupantes de cada gal-pão foi definida pelo Conselho da Liga das Es-colas de Samba, que priorizou as afinidades

entre as escolas.Orles Braga, ex-presi-

dente da Liesa, que foi afastado do cargo na últi-ma semana, declara que falta interesse das agre-miações carnavalescas. “Falta interesse das esco-las. Quando o Governo entregou a Cidade do Samba foi um ponto cru-cial para o carnaval, só que as escolas de samba ainda não entenderam e acham que aquele espa-ço só deve utilizado na época carnavalesca”, dis-se o ex-presidente.

Braga disse que o espa-ço poderia até ser utiliza-do por outras instituições que promovem a cultura no Estado. “A Cidade do Samba é um espaço para promover a cultura, que poderia ser utilizado por outras instituições. Se você for lá agora, as ale-gorias ainda estão do mesmo jeito, ainda nem foram desmontadas”, fa-lou.

Orles disse ainda que há um projeto para reali-zar programações no lo-cal. “Desde que eu fui afastado nenhuma provi-dência foi tomada. Tínha-mos um projeto de reali-zar em um dos barracões uma programação, para realmente fazer valer à pena a verba que foi in-vestida pelo Governo na-quele local. O meu proje-to além de eventos é realizar oficinas, como por exemplo, de costura e carpintaria”, comentou.

O ex-presidente ressal-tou que dirigentes de es-colas de samba só espe-ram ajuda governamental. “A maior parte das pesso-as envolvidas no carnaval só querem saber de pe-gar o repasse do Governo do Estado e da Prefeitura. Eles estão esperando no-vamente chegar à época

do carnaval para movi-mentar o local. Era uma pressão enorme para ter um espaço para confec-cionar alegorias e realizar eventos e agora que tem, ninguém faz nada”, de-nunciou o Orles.

A não realização do carnaval em 2011 é uma amostra da total depen-dência governamental das escolas de samba, visto que as agremiações decidiram não desfilar por causa do valor pro-posto de repasse pelo GEA. “Se não tiver apoio do Governo não tem car-naval. E é isso que o GEA quer fazer, dar condições para as escolas para que elas produzam e come-cem a se profissionalizar, mas os presidentes ainda

Os cinco galpões foram entregues no ano passado, mas há projeto para a construção de mais cinco, visto que hoje duas escolas dividem cada espaço

FOTOS HEVERTON MENDES

Foram investidos R$ 8.417.217,92 na construção da Cidade do Samba, garantidos pelo BNDES

CINTHYA PEIXEDa Redação

não entenderam”, lamen-tou Braga.

EstruturaForam investidos R$

8.417.217,92 na constru-ção da Cidade do Samba, garantidos pelo Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e So-cial (BNDES). São cinco galpões, medindo 25 x 60 m, e 14 m de altura.

Têm banheiros masculi-nos, femininos e adapta-dos para deficientes, piso industrial, setor adminis-trativo, cozinha, bar, caixa d’água e cisterna com ca-pacidade para armazenar 23 mil litros, portão em chapa, instalação elétrica e hidráulica industrial. A área externa terá bancos, iluminação e estaciona-mento.

A administração foi en-tregue com refrigeração e portas e janelas com vi-dro temperado. A área central terá exaustor e abertura para ventilação natural. O bar e cozinha são revestidos com cerâ-mica e balcão em granito. Nos banheiros, o piso é modelo copacabana e nas paredes foram usa-das lajotas multicolori-das, lembrando a época carnavalesca. Os barra-cões possuem ainda lixei-ras seletivas.

O tamanho dos galpões é suficiente para a cons-trução dos carros e saída para o desfile. Os portões frontais dão acesso à Ivaldo Veras, onde as es-colas desfilam. O com-plexo foi construído em nível acima da rua, com uma pequena descida que facilita o deslizamen-to e transporte

Exemplos a seguirOs dirigentes das esco-

las de samba de Macapá não gostam de comparar o carnaval local com o que é realizado no Rio de Janeiro e em São Paulo, por exemplo.

É fato que estes dois Estados têm mais tradi-ção do que o Amapá na realização do carnaval, entretanto, desde muito tempo eles entenderam que há a necessidade de se profissionalizar, dife-rente do que acontece no Amapá.

Além de receber patro-cínio de diversos empre-sários e multinacionais, as agremiações carnava-lescas do Rio faturam to-dos os meses com a reali-zação de eventos na quadra da escola.

Uma reportagem pu-blicada pelo diário eco-nômico britânico Finan-cial Times investiga o nível de profissionaliza-ção nas escolas de sam-ba brasileiras e diz que elas estão “descobrindo a arte da administração”.

Desde os tempos em que as Escolas de Samba se profissionalizaram se constituindo em verda-deiras empresas comer-ciais, onde tudo é dire-cionado visando lucro, não há mais lugar para amadorismos.

As escolas de samba do Rio de Janeiro têm a consciência que em ter-mos de economia, o car-naval, é uma grande fonte geradora de recur-sos, que movimenta a indústria têxtil, a fono-gráfica, eletrônica e, so-bretudo o turismo. Des-ta forma, movimentando o setor hoteleiro, ali-

mentação e bebidas, agentes de viagens e aumentando considera-velmente a oferta de postos de trabalho.

A evolução dos desfi-les representa um gran-de exemplo de como uma criação da cultura popular pode evoluir da esfera não-mercantil para a centralidade da indústria de serviços de lazer em massa do Rio de Janeiro. Não há dúvi-das em relação a trans-formação do carnaval em um grande negócio.

No Rio de Janeiro, se-gundo a Associação Bra-sileira da Indústria de Ho-téis, a taxa de ocupação dos hotéis durante os dias de festa atingiu 95% em 2011, alcançando 100% nos bairros próxi-mos aos eventos. Já o Sindicato de Hotéis, Ba-res e Restaurantes desta-cou que um milhão de visitantes ajudaram a au-mentar em 15% o fatura-mento dos bares e dos restaurantes da cidade.

Em 2012 o carnaval do Rio atraiu um número re-corde de turistas. Segun-do a Empresa de Turismo do Rio de Janeiro (Riotur), 1,144 milhão de visitan-tes passaram pela cidade entre os dias 13 e 26 de fevereiro, período que concentra as comemora-ções. Desse total, 32% eram estrangeiros.

De acordo com o ór-gão, a receita gerada nos dias de folia foi de US$ 850 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão). Em 2011, o número de visitantes ti-nha sido de cerca um mi-lhão e a receita, de US$ 740 milhões (aproxima-damente R$ 1,2 bilhão).

Page 10: jornal do dia 19e20/08/2012

B2JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012GeralEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Segundo o presidente, a ação foi à forma que a oposição encontrou para ganhar eleição sem necessidade de voto

Após ação judicial, Sindicato dos Rodoviários volta a fazer nova eleição

Detran vai realizar atividades educativas na 49ª Expofeira Agropecuária

O Departamento Es-tadual de Trânsito (Detran/AP) estará

realizando ações educa-tivas na 49ª Expofeira Agropecuária do Amapá, que ocorrerá no período de 31 de agosto a 8 de setembro, no Parque de Exposições da Fazendi-nha. Na quinta-feira, 16, os servidores responsá-veis pelas atividades fi-zeram uma visita ao local com a finalidade de divi-dir espaços e verificar onde ficarão equipamen-tos e outros objetos para o desenvolvimento das ações dentro do evento.

O Detran levará ações como educação para o

trânsito, com apresenta-ção de vídeos educativos atendendo ao púbico adulto e crianças, de-monstrando atitudes po-sitivas para se ter um trânsito com segurança. Outra atividade será a trilha do trânsito, especi-ficamente para crianças, que nessa atividade aprendem brincando. Haverá também distri-buição de brindes e pa-lestras.

O visitante poderá fa-zer uma consulta na sua Carteira Nacional de Ha-bilitação (CNH) sobre número de pontos, assim como verificar documen-tos de seu veículo, atra-

vés dos funcionários do Núcleo de Infrações (Nuinf), Corregedoria e Registro Nacional de Ve-ículos Automotores (Re-navam).

Caso algum usuário es-teja na ilegalidade com suas obrigações junto ao Detran, o mesmo será orientado sobre como proceder para regulari-zar a situação, receben-do as informações no momento em que estiver visitando o estande da instituição. Os servidores estarão devidamente identificados com cami-sas do Departamento para realizar o atendi-mento ao público.

Em março desse ano foi iniciado o proces-so de eleição da dire-

toria do Sindicato dos Rodoviários (Sincont-trap), porém a chapa de oposição, em meio ao processo entrou com ação judicial alegando que a atual diretoria, que estava concorrendo à re-eleição, havia realizado desvios de dinheiros, para ajudar o partido que a apóia, o PSTU.

Porém, hoje quase cin-co meses depois, a Justi-ça deu seu veredito e constatou que as denún-cias eram infundadas, e que as eleições podem ocorrer normalmente. “Após ter a eleição sus-pensa, nós continuare-mos os processos e a mesma deve ocorrer no dia 24 desse mês” con-tou Carlos Clay, atual presidente do sindicato, que foi acusado pela chapa de oposição de desvio de dinheiro.

Segundo o presidente, a ação foi a forma que o candidato de oposição, Cantuária, achou para tentar ganhar as eleições sem a necessidade de

votações. “O candidato de oposição, sabendo que não conseguiria im-pedir a reeleição dessa chapa nas urnas, entrou com a ação para tentar impugnar a nossa inscri-ção ao pleito, pois assim poderia assumir a presi-dência, já que só duas chapas foram inscritas” acrescentou Carlos Clay.

AçãojudicialApós ter sido conside-

rado inocente das acusa-ções, o presidente do sindicato promete entrar com uma ação contra o candidato Cantuária por calúnia e difamação, ati-tude que também será tomada pelos demais di-retores do Sincottrap, que foram envolvidos nas denúncias.

“Até o PSTU entrará com uma ação, pois na ocasião as acusações afirmavam que o dinhei-ro desviado era repassa-do ao PSTU, que é o par-tido que a diretoria do Sindicato é filiada, e como as acusações fo-ram infundadas, e a nos-sa gestão provou a sua inocência, nos resta en-trar com essas ações ju-diciais” concluiu Carlos Clay. Presidente do Sindicato, Carlos Clay, disse que a previsão da eleição é para o dia 24 deste mês

HEVERTON MENDES

49ª Expofeira Agropecuária do Amapá acontece no período de 31 a 8 de setembro

ANDERSON CALANDRINIDa Redação

Rodovia Note/Sul depende da transferência das terras da União para o Estado

A Secretaria de Es-tado dos Trans-portes (Setrap)

informou nesta sexta--feira, 17, que as obras na Rodovia Norte/Sul continuam avançan-do, mas, para dar iní-cio à terceira etapa, o Governo do Amapá precisa da autorização da Secretaria de Patri-mônio da União (SPU) e da Infraero.

NegociaçãoO diretor de Obras

da Setrap, Edson Va-lente, informou que, por determinação do governador Camilo Capiberibe, o secretá-rio de Estado dos Transportes, Sérgio La-Rocque, está em Brasília empenhado na negociação desse entrave para que os

trabalhos prossigam. “Não queremos que tenha atraso no prazo de entrega da obra para a população”, ponderou o diretor.

Ele explicou ainda que a transferência das terras para o Esta-do está sendo vincula-da à remoção de famí-lias que moram no entorno dos bairros do Pacoval e Infraero

II. “Essas exigências são difíceis. Não po-demos aceitar certas imposições, logo ago-ra que estamos avan-çando muito nos tra-balhos. Contamos com a ajuda da ban-cada federal para um melhor diálogo junto à Infraero”.

ObraA Rodovia Norte/Sul

é uma importante ação do governo do Estado, que está dentro do maior Programa de Obras e Ações para Mudar o Amapá (PRO-AMAPÁ). Os trabalhos foram divididos em três lotes, sendo que dois já estão em execução.

A obra é considerada um avanço que com-pleta o progresso da zona Norte de Macapá,

desafogando o trânsito conturbado pelos mais de 25 mil veículos que atualmente só têm a Rodovia Tancredo Ne-ves como opção. Ela beneficia diretamente os mais de 120 mil mo-radores dos dez bairros do Norte da capital com mais uma escolha de tráfego, e valorizará os imóveis das proxi-midades.

Mutirão Cirúrgico devolve a autoestima às vítimas de escalpelamento

O mutirão que ini-ciou no período da tarde de sexta

e seguiu até ontem (18), nos hospitais São Camilo e Alberto Lima, operou 38 vítimas de escalpela-mento. A jornalista Mara Régia, da Rádio Nacional da Amazônia, fez a en-trega simbólica dos ca-belos arrecadados du-rante a campanha que está mobilizando toda a região.

O mutirão é fruto da sensibilização que ini-ciou com a repercussão nacional das tragédias

que acontecem com muitas mulheres da Amazônia. Elas comu-mente são vítimas de acidentes causados quando o cabelo fica preso no eixo do motor das embarcações. A tra-gédia atinge principal-mente as mulheres por ser delas a tarefa de tirar a água do interior dos barcos e terem os cabe-los longos. Elas perdem não somente o cabelo, mas também sobrance-lhas e até orelhas, o que as deixa deformadas fisi-camente e atingem seu

emocional, com a discri-minação que ainda so-frem.

As mulheres escalpela-das ganharam espaço na mídia e a partir daí o Bra-sil conheceu a triste his-tória das amazônidas.

Por meio das secreta-rias de Estado da Saúde (Sesa) e da Inclusão e Mobilização Social (SIMS), foram criadas es-tratégias de acolhimento e contatos para que as parcerias fossem forma-lizadas. A Sociedade Bra-sileira de Cirurgia Plásti-ca (SBCP), Associação de

Mulheres Ribeirinhas Ví-timas de Escalpelamento e Defensoria Pública da União se uniram ao GEA para que o mutirão se tornasse realidade.

No primeiro semestre deste ano, uma equipe de 42 médicos de todo o Brasil veio para a primei-ra etapa do mutirão, a de avaliação, em seguida o Estado trabalhou a inclu-são das pacientes em programas sociais e in-serção no mercado de trabalho e agora, na últi-ma etapa, os médicos estão realizando as cirur-

gias em 38 mulheres que tiveram a avaliação posi-tiva.

Durante um encontro na noite desta sexta-fei-ra, Luciano Ornelas, da SBCP, relatou os desa-fios e felicidade em par-ticipar do mutirão. “Quando começamos a nos envolver com a causa, sabíamos que não seria fácil, mas é um desafio que nos faz crescer. Viemos de co-ração aberto, dá felici-dade e fazer o bem. É uma contribuição cirúr-gica, científica e huma-

nitária”, disse. “Estamos empenhados para que estas mulheres tenham não somente o aspecto físico transformado, mas também a autoes-tima. Agradecemos a todos que estão contri-buindo para que os ob-jetivos sejam cumpri-dos. Todos estão fazendo a sua parte, médicos, governo e so-ciedade. Após as cirur-gias, o Estado vai conti-nuar acompanhando as pacientes”, ressaltou o governador Camilo Ca-piberibe.

Page 11: jornal do dia 19e20/08/2012

B3JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012DiaDiaEditor: Fabrício Costa - [email protected]

O acidente aconteceu no KM 92 da BR 156, próximo o assentamento Nova Colina, quando três veículos colidiram

Três pessoas morrem em colisão na BR 156

Estatísticas revelam aumento da violência no Estado

Um grave acidente ocorrido por volta das 22h40 da noite

de sexta-feira, envolven-do três veículos, culmi-nou com a morte de três pessoas.

O acidente aconteceu no KM 92 da BR 156, pró-ximo à entrada do Assen-tamento Nova Colina quando colidiram a Cour-rier de placas NEP 9784, o Pálio vermelho de placas JVU 7518 e uma caçamba de placas NEJ 1046.

Manoela Silva de Jesus, de 33 anos, Haroldo Soa-res, de 54 anos e Ronaldo Carlos Pereira, de 28 anos, tiveram morte ins-tantânea e morreram no local. A jovem de 22 anos, Gilmara Souza, foi levada as pressas para o Hospital de Emergências e está in-ternada. Até o fechamen-to desta edição ela ainda não havia recebido alta.

Estatísticas Um novo índice para o

cálculo do risco no trânsi-to, com base no número de mortes por quilômetro, acaba de ser testado na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. O método avaliado pelo engenheiro civil Jorge Bastos considera a distân-cia efetivamente percorri-da pela frota de veículos para calcular o índice de mortes por quilômetro percorrido por transporte rodoviário em todo o Bra-

sil e em cada Estado. O índice permite direcionar de forma mais precisa os investimentos em segu-rança no trânsito.

O cálculo do número de mortes por bilhão de qui-lômetros percorridos não era realizado no Brasil por não existir um con-trole preciso do fluxo de veículos, como nos Esta-dos Unidos e Europa. “Para fazer uma estimati-va da quilometragem to-tal percorrida no Brasil, o pesquisador utilizou os dados sobre consumo de combustíveis — álcool, gasolina, óleo diesel, gás natural — fornecidos pela Agência Nacional de Pe-tróleo (ANP), de acordo com as características da frota — carros, motos, caminhões e ônibus. “O número total de mortes é dividido pelo número de quilômetros”, explica o engenheiro. “Isto gera números mais adequa-dos, pois leva-se em con-ta a distância efetivamen-te percorrida em cada Estado ou no País todo”.

A pesquisa calculou as médias nacionais e em cada Estado entre os anos de 2004 e 2008. Em todo o Brasil houve uma redu-ção do número de mortes por bilhão de quilôme-tros percorridos, de 68,26 para 55,87. “A diminui-ção, no entanto, se deve ao aumento da frota e do consumo de combustí-vel”, conta Bastos, “pois em termos absolutos, houve um aumento do

número de mortes de aproximadamente 34 mil em 2004 para cerca de 38 mil quatro anos depois”.

EstadosO estudo aponta que

São Paulo é o Estado com menor índice de mortes, 35,81 por bilhão de qui-lômetros em 2008. “Há uma relação entre o nível

de desenvolvimento dos Estados e os investimen-tos em segurança no trânsito”, aponta o enge-nheiro. “Os índices mais elevados foram registra-dos no Nordeste, com destaque para o Piauí, com 146 mortes por bi-lhão de quilômetros em 2008, número que equi-vale ao dos Estados Uni-

dos no início do processo de motorização, em 1926”. De acordo com Bastos, a média brasileira é muito superior a dos países desenvolvidos. “Nos Estados Unidos ela é de 7,10 mortes, no Ja-pão 7,7, na Alemanha 6 e na Súecia, que tem os menores níveis mundiais, é de 4,4”, compara.

A pesquisa teve a orien-tação do professor Antô-nio Clóvis Ferraz, do De-partamento de Transportes da EESC. Se-gundo o engenheiro, o método de cálculo per-mite uma melhor defini-ção das prioridades de investimento em cada Es-tado. (Via Portal do Trân-sito)

O cálculo do número de mortes por bilhão de quilômetros percorridos não era realizado no Brasil por não existir um controle preciso do fluxo de veículos

DIVULGAÇÃO

ESTATÍSTICA DAS MOR-TES VIOLENTAS DE 01. 01

a 16.08.12

1º ARMA BRANCA: com 84 homicídios35 em Macapá;13 em Santana;5 em Laranjal do Jari4 em Oiapoque e 4 em Pe-dra Branca;3 em Porto Grande, 3 na Vila do Maracá, 3 em Vitória do Jary e 3 em Ferreira Go-mes;2 em Fazendinha;1 nas seguintes localidades: Igarapé da Fortaleza, Car-mo do Macacoary (Itaubal), BR-210, Rio Preto/MZG, Distrito do Coração (MCP), Calçoene, Areial do Matapi (MCP), Itaubal e Rodovia Duca Serra.78 do sexo masculino e 6 do sexo feminino.Obs.: No mesmo período do ano passado foram 69 homicídios sendo 31 em Macapá.

2º ARMA DE FOGO: com 69 homicídios ( 2 culposos)46 em Macapá;4 em Fazendinha e 4 em Santana;2 na Rod. JK, 2 na BR-156, ( Entre Rios) e 2 em Porto Grande;

1 em Vitória do Jary, 1 em Cupixi ( Porto Grande) ,1 em Oiapoque, 1 no Piassacá /MCP, Porto Grande, 1 no Calafate (Calçoene) e 1 no Bailique.66 do sexo masculino e 3 do sexo feminino.Obs.: No mesmo período do ano passado foram 46 homicídios, com 31 casos em Macapá.

3º TRÂNSITO: com 67 óbi-tos20 em Macapá;09 na BR-156;07 em Santana;05 na Rodovia Duca Serra, 5 na Rodovia do Curiaú ;4 na Rodovia JK;3 na BR-210, 3 em Laranjal do Jari ; 2 na Rodovia Alceu Paulo Ramos e 2 em Ferreira Go-mes;1 nas localidades de: Rodo-via MCP/MAZ, Distrito do Lourenço/Calçoene, na Rod. AP-20, Vitória do Jari, Rodovia Salvador Diniz e Igarapé da Fortaleza, Cuju-bim (Pracuúba).57 do sexo masculino e 10 do sexo feminino30 de moto, 13 pedestres, 13 de carro e 11 ciclistas.Obs.: No mesmo período do ano passado, foram re-

gistrados 67 óbitos com 24 em Macapá.

4º AFOGAMENTO: com 50 óbitos12 em Macapá ( 3 na orla da Cidade) ;07 em Mazagão04 em Calçoene;3 em Oiapoque e 3 no Lon-tra da Pedreira;2 no Rio Amapari (Porto Grande), 2 na Rodovia Duca Serra, 2 no Bailique , 2 em Santana, 2 em Tartarugalzi-nho e 2 em Laranjal do Jari e 2 em Ferreira Gomes;1 nas seguintes localidades: Distrito do Lourenço (Cal-çoene), Bailique, Rio Pirati-va/MCP, Santo Antônio da Pedreira, Amapá, Pedra Branca e Fazendinha.41 do sexo masculino e 9 do sexo feminino.Obs.: No mesmo período do ano passado 42 casos, 7 em Macapá.

5º SUICÍDIO: com 21 casos12 em Macapá.1 em Laranjal do Jari,1 em Santana , 1 no Corre Água (MCP) e 1 no Matão do Piassacá (MCP), 1 em Porto Grande, 1 no São Tomé do Pacuí , Vitoria do Jary e 1 no Igarapé da Fortaleza e 1 na Rodovia Duca Serra;

17 do Sexo masculino e 4 do sexo feminino.16 por enforcamento, 3 por arma de fogo, 1 por enve-nenamento e 1 que ateou fogo no corpo.Obs.: No mesmo período do ano passado foram 28 casos com 12 em Macapá.

6º TRAUMATISMOS DI-VERSOS: com 17 óbitos9 em Macapá;2 no Distrito o Lourenço (Calçoene);1 nas Localidades de : Pedra Branca, Ferreira Gomes, La-ranjal do Jari e 1 em Fazen-dinha, Tartarugalzinho e Ajuruxi (Mazagão).15 do sexo masculino e 2 feminino.Obs.: No mesmo período do ano passado foram 17 casos, e 04 Macapá.

7º ASFIXIA: 08 casos2 em Macapá e 2 e Santana;1 em Santa Luzia do Pacui (MCP) ,1 em Laranjal do Jari, 1 no Distrito do Lourenço e 1 no Camaipi (MAZ).8 do sexo masculino.Obs.: No mesmo período do ano passado 03 óbito e 01 em Macapá.

8º HOMICÍDIO POR PAU-LADA: 09 casos

5 em Macapá;2 Laranjal do Jari,1 no Calafate (Calçoene) e 1 em Itaubal.8 do Sexo masculino e 1 do sexo feminino.Obs.: No mesmo período do ano passado 10 homicí-dios, 03 em Macapá.

9º CHOQUE ELÉTRICO: 06 óbitos03 em Macapá;1 em Pedra Branca, 1 no Cupixi e 1 em São Joaquim do Pacuí;6 do Sexo masculino.Obs.: No mesmo período do ano passado 02 caso em Macapá.

10º ACIDENTE AÉREO: 02 óbitos2 em Macapá;1 do sexo masculino e 1 do sexo feminino.Obs.: No mesmo período do ano passado nenhum caso.11º HOMICÍDIO POR AGRESSÃO FÍSICA: 01 casoEm Macapá;Sexo masculino.Obs.: No mesmo período do ano passado nenhum caso em Macapá.

12º FETO: 01 caso

1 No Rio Vila Nova (Maza-gão) ;Obs.: No mesmo período do ano passado 01 caso em Tartarugalzinho.

13º CAUSA DESCONHE-CIDA: 07 óbitos3 em Macapá;1 em Tartarugalzinho, 1 em Santana, 1 em Fazendi-nha (MCP) e 1 no Curiaú.6 do sexo masculino e 1 do sexo feminino.Obs.: No mesmo período do ano passado 13 óbitos com 07 em Macapá.

14º LINHA DE PAPA-GAIO: 01 óbitoEm Santana.Sexo masculino.Obs1.: No mesmo período do ano passado nem um óbito.OBS2.: No ano passado nesse mesmo período, já haviam ocorridos 03 óbi-tos por acidente ferroviá-rio, 02 em Santana e 1 BR-156, os 03 do sexo masculino.Uma morte por Raio (tro-voada) em Pedra Branca, do sexo feminino.Um assassinato por enve-nenamento injetável, no H.E de Macapá, do sexo masculino.

Denúncias de abusos contra crianças serão passadas online para os ministérios públicos

Denúncias feitas ao telefone Disque 100 sobre violência contra crianças e adolescentes vão ganhar mais agilidade

ALINE KAISERDa Redação

As denúncias feitas ao telefone Disque 100 sobre violência con-

tra crianças e adolescentes vão ganhar mais agilidade. Um convênio assinado no último dia 17 entre a Se-cretaria de Direitos Huma-nos da Presidência da Re-pública e todas as unidades do Ministério Público (MPs) do país vai permitir que as denúncias feitas ao serviço telefônico do go-verno federal sejam repas-sadas, na mesma hora, aos diversos MPs, por meio de um sistema de computa-dor com acesso comum.

O convênio faz parte da criação da Rede Protege--Disque Direitos Humanos (Disque 100) e foi assinado pela ministra dos Direitos

Humanos, Maria do Rosá-rio, e representantes dos MPs, reunidos durante o 1º Congresso Internacio-nal do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG).

“Este termo de coopera-ção faz com que quando uma pessoa telefone de qualquer lugar do Brasil, a qualquer hora, esta li-gação seja transcrita e, via online, apareça na tela do Ministério Públi-co de cada um dos esta-dos brasileiros. Desta forma, nós vamos enca-minhar a denúncia dire-tamente para conselhos tutelares, para toda a rede de apoio e para de-legacias, e o Ministério

Público já estará ajudan-do a cobrar e a atender essa denúncia para pro-teger a criança”, expli-cou Maria do Rosário.

Ela destacou que o ob-jetivo também é fortale-cer a rede de proteção a crianças e adolescentes. Atualmente apenas 12 municípios no país não têm conselhos tutelares, mas o desafio é qualifi-car esses órgãos.

O Disque 100 também pode ser usado para de-núncias de violência contra idosos, deficien-tes físicos, tortura, vio-lência policial e homofo-bia. O serviço é gratuito, anônimo e funciona 24 horas todos os dias da semana.

Page 12: jornal do dia 19e20/08/2012

B4JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012DiaDiaEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Categoria discutiu ontem, em assembleia geral, providências as serem tomadas quanto ao descumprimento do Piso

Sinsepeap promete entrar com ação contra o governo do Estado no STF

Campanha de vacinação recebe bom público no primeiro dia

Começou no último sá-bado, 18, em todo o País a primeira cam-

panha de atualização da caderneta de vacinação in-fantil. A expectativa do go-verno é que até o dia 24 de agosto, mais de 14 milhões de crianças menores de 5 anos compareçam aos postos de saúde.

O objetivo da ação, de acordo com o Ministério da Saúde, é ampliar a cobertu-ra vacinal e reduzir o risco de transmissão de doen-ças.

Estarão disponíveis todas as vacinas do calendário básico infantil, incluindo a pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VOP), lançadas este ano. A primeira reúne em uma única aplicação a tetrava-lente (que protege contra a difteria, o tétano, a coque-luche e a meningite) e a dose contra a hepatite B. Já a VOP é indicada para crianças que nunca foram imunizadas contra a pólio.

A ação faz parte do Pro-grama Brasil Carinhoso, lançado em maio deste ano, que tem como meta a

superação da extrema po-breza na primeira infância.

Ao todo, 2.434 municí-pios das regiões seleciona-das vão distribuir o suple-mento. A expectativa do governo é que 3 milhões de crianças tenham acesso à megadose de vitamina A.

Em Macapá mais de 250 postos fixos e volantes es-tarão abertos para disponi-bilizar as gotinhas que pro-tegem contra a pólio. Além disso, mais de mil pessoas serão mobilizadas para re-alizarem a campanha que acontece simultaneamente na zona urbana e rural da capital. A vacina poderá ser encontrada nas unidades de saúde, praças, igrejas, escolas, padarias, lojas en-tre outros.

Cálculos do Ministério da Saúde indicam que aproxi-madamente 20% dos me-nores de 5 anos apresen-tam algum tipo de deficiência de vitamina A. A previsão é que, até o fim do ano, a distribuição do su-plemento chegue a todos os municípios que fazem parte do Programa Brasil sem Miséria.

A partir deste ano, o Mi-nistério da Saúde incluiu no calendário as vacinas pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), injetável. As crianças de dois a quatro meses que terão o primeiro con-tato com a vacina contra pólio, receberão a primeira e segunda dose na forma injetável e as restantes na forma oral. As demais crianças que já tiveram contato com a vacina per-manecerão recebendo as duas gotinhas.

Juntamente com o dia “D” da pólio em todo o Brasil terá inicio a Campa-nha Nacional para a Atua-lização da Caderneta de Vacinação, que se esten-derá até o dia 24 de agos-to e pretende melhorar a cobertura vacinal da po-pulação. No sábado serão disponibilizadas outras va-cinas como: BCG, hepatite B, rotavírus, pmeumocóci-ca 10 valente, meningocó-cica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sa-rampo, rubéola e caxum-ba), DTP (difteria, tétano e coqueluche) e outras.

Após aguardar a ma-nifestação do go-verno em relação ao

pagamento do Piso sala-rial dos professores, o Sindicato dos Professores (Sinsepeap) informou que a categoria entrará com duas ações no Supremo Tribunal de Justiça contra as atitudes tomadas pelo governo do Estado.

Para discutir a situação, a categoria entrou em as-sembleia na manhã do úl-timo sábado, 18, para que informes referentes à ação fossem repassados aos demais sindicaliza-dos. A categoria também iria colocar em votação o retorno à greve, já que ainda não ocorreu nenhu-ma negociação desde a suspensão da greve no fi-nal de julho. “A categoria votará tanto em relação à entrada das ações quanto o movimento grevista, e na segunda-feira, com certeza já teremos a res-posta. Mas, pelo acompa-nhando das conversações dentro do sindicato, há uma boa possibilidade da greve ser retomada” ex-plicou Cristiane Barbosa, representante do coman-do de greve.

Para debater a situação a categoria entrou em assembleia na manhã do último sábado, 18, para que informes referentes à ação fossem repassados aos demais sindicalizados

DIVULGAÇÃO

Gestores recebem formação sobre educação inclusiva

A Secretaria de Es-tado da Educa-ção (Seed), por

meio, do Núcleo de Educação Especial (Nees), promove de 20 a 24 de agosto, a partir das 8h, no Cen-tro de Difusão Cultu-ral João Batista de Azevedo Picanço, a Formação Continuada sobre Educação Espe-cial na Perspectiva da Educação Inclusiva. O evento é voltado para gestores de Macapá e Santana e tem o obje-tivo de socializar in-formações sobre a atual Política Nacional da Educação Especial.

Segundo a gerente do Núcleo de Educa-ção Especial, Lúcia Valente, é muito im-portante que os ges-

tores conheçam a le-gislação da Educação Especial, pois é co-mum os diretores procurarem a secreta-ria para se informar sobre o assunto.

“Os diretores preci-sam saber como agir, quando uma criança especial vai ser matri-culada na escola, mas principalmente co-nhecer quem é o pú-blico-alvo da Educa-ção Especial para poder inserir seus alu-nos e tornar o am-biente escolar inclusi-vo”, explicou.

TemáticaUm dos assuntos

que será debatido é o Decreto 7.611, que entrou em vigor em novembro do ano

passado, e trata justa-mente da temática da Educação Especial.

O Decreto 7.611 consolida a legislação anterior e confirma a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educa-ção Inclusiva, revigo-rando o conceito de dupla matrícula, pre-sente desde 2007 atra-vés do Decreto 6.278, que restituiu às escolas especiais o direito de ofertar educação espe-cial no âmbito da polí-tica governamental em vigor. Além disso, o de-creto também dispõe sobre a oferta de edu-cação bilíngue para surdos e outros dispo-sitivos de financiamen-to aos sistemas de en-sino.

Expectativa do governo é que até o dia 24 de agosto, mais de 14 milhões de crianças menores de 5 anos compareçam

Conferência Estadual vai discutir direitos da pessoa com deficiência

O Conselho Estadu-al dos Direitos da Pessoa com Defi-

ciência do Amapá (Con-deap), através da Secre-taria de Estado de Inclusão e Mobilização Social (SIMS), realiza em Macapá, nos dias 21 e 22 de agosto, a III Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Amapá, que desenvol-verá trabalhos sobre a temática: “Um olhar através da convenção sobre os direitos da Pessoa com Deficiência da ONU: novas pers-pectivas e desafios”.

O objetivo da confe-rência é apreender, dis-cutir, avaliar, propor, divulgar e acompanhar a implementação da Convenção da ONU para a Integração da Pessoa com Deficiência, mais especificamente o

Eixo Orientador - Uni-versalizar Direitos em um contexto de Desi-gualdades.

A Conferência está programada para acon-tecer nos dias, horários e locais abaixo relacio-nados:

Dia: 21/08/2012Hora: a partir das 16h

às 22h

Local: Auditório da Ueap, avenida Presi-dente Vargas, 650, Cen-tro

Dia: 22/08/2012Hora: 7h30 às 12h /

14h às 18hLocal: Centro Educa-

cional Raimundo Nona-to Dias Rodrigues, rua Barão de Mauá, 52, Bu-ritizal

Page 13: jornal do dia 19e20/08/2012

Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

CadernoCMacapá-AP, sexta-feira, 03 de agosto de 2012

Em nove meses, Viver Sem Limite cumpre principais metas

Água para Todos: mais de R$ 1 bilhão será investido em 12 Estados

COTIDIANOJustiça

Após extinção de pena no Rio, defesa do goleiro Bruno vai ao STFO advogado do goleiro Bruno Souza disse que vai ao

Supremo Tribunal Federal (STF) com cópia da decisão dada pela Justiça do Rio de Janeiro no último dia 14, que reduziu e extinguiu a pena do jogador no Estado. A condenação, de quatro anos e seis meses, havia sido dada em 2010 pelos crimes de sequestro e cárcere pri-vado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Eliza Samudio, a ex-amante de Bruno. Os crimes teriam ocorrido em 2009.Pelo posterior desaparecimento dela, o goleiro e mais

sete pessoas vão a júri popular, ainda sem data marca-da, em Minas Gerais. Bruno está preso acusado pelo crime.O advogado Rui Pimenta disse que a determinação

dada pela Justiça do Rio poderá influenciar na decisão dos ministros do Supremo, que ainda não se posicio-naram sobre pedido de habeas corpus feito a favor do atleta. Caso seja solto, Bruno aguardaria o julgamento em liberdade.“Isso foi extremamente benéfico. Eu vou semana que

vem a Brasília com a decisão que foi publicada no Diá-rio Oficial do Rio de Janeiro e juntá-lo ao pedido do habeas corpus”, disse. Pimenta afirmou que vai aguar-dar a publicação do acórdão da decisão da Justiça do Rio para incluí-lo no processo sobre o homicídio que tramita em Minas Gerais.

A combinação de dois ou três antirretrovirais diminui o risco de mães portadoras do vírus HIV contaminarem seus bebês recém-nascidos

Nova combinação de remédios diminui risco de transmitir HIV para o bebê, mostra pesquisa

Em nove meses de atua-ção, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa

com Deficiência Viver Sem Limite conseguiu atingir diversas metas, entre elas, a oferta de 20 mil vagas em cursos de capacitação e o repasse de recursos para projetos-piloto de in-clusão social, como os Centros-Dia e as Residên-cias Inclusivas, coordena-dos pelo Ministério do De-senvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O balanço do plano foi feito durante reunião do Conse-lho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiên-cia (Conade).O plano tem quatro eixos

de atuação: educação, saú-de, acessibilidade e inclu-são social. A maior parte das ações do Ministério está no eixo de inclusão social, como os Centros--Dia e as Residências Inclu-sivas.A nossa avaliação é de

que o plano que está ob-tendo resultados concre-tos para a vida das pesso-as, mobilizando a sociedade brasileira, esta-dos e municípios, pelos di-reitos das pessoas com de-ficiência, disse a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH) da Presi-dência da República, Maria do Rosário Nunes.Pilotos Dois grandes pro-

jetos estão funcionando de forma piloto: os Centros--Dia e as Residências Inclu-sivas. Os Centros-Dia são espaços de atendimento multidisciplinar. Incluem acompanhamento e asses-soramento em todas as atividades da vida diária, atividades recreativas e ocupacionais e orientações à família, entre outros ser-viços.O MDS repassou os re-

cursos para quatro municí-pios instalarem Centros--Dia: Curitiba (PR), Campo Grande (MS), Belo Hori-zonte (MG) e João Pessoa (PB). Durante o balanço, a secretária nacional de As-sistência Social adjunta do MDS, Valéria Gonelli, expli-cou que os centros funcio-narão dez horas por dia,

oferecendo serviços que deem respaldo às famílias no cuidado das pessoas com deficiência.Além disso, outras seis ci-

dades que vão criar Resi-dências Inclusivas recebe-ram verbas do MDS: Cascavel (PR), São José (SC) e Bauru (SP), onde se-rão instaladas duas unida-des cada; e João Pessoa (PB), Campo Grande (MS) e Ponta Grossa (PR), que te-rão uma em cada.

Outras áreas A meta para todo o ano

de 2012 na área de educa-ção foi atingida, com a oferta de 20 mil vagas no Programa Nacional de Acesso ao Emprego e Ensi-no Técnico (Pronatec). Ou-tra meta também supera-da foi a da compra de ônibus acessíveis a serem repassados aos municípios depois do período eleitoral para o transporte escolar de crianças e adolescentes com deficiência. A previsão era de 609 e foram adquiri-dos 678.No eixo da acessibilidade,

foram contratadas quase 100 mil moradias adaptá-veis, dentro do Minha Casa, Minha Vida, destina-das a pessoas com renda mensal entre um e três sa-lários mínimos. Outra me-dida importante foi a de-soneração do Imposto sobre Produtos Industriali-zados (IPI) para veículos para pessoas com defici-ência e, a partir de janeiro do ano que vem, do Im-posto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).O secretário nacional de

Promoção das Pessoas com Deficiência da SDH, Antônio José Ferreira, disse que, com as desonerações, o desconto na compra do veículo varia de 30% a 40%. Na área da saúde, foram aprovadas 32 propostas de Centros de Referência em Reabilitação (CER).Segundo o Censo 2010,

existem mais de 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, o que correspon-de a aproximadamente um quarto da população.

Após dez anos de pesquisa, um estu-do da Fundação

Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Uni-versidade da Califórnia (Ucla) – feito na África do Sul, Argentina, nos Esta-dos Unidos e no Brasil – aponta que a combinação de dois ou três antirretro-virais diminui o risco de mães portadoras do vírus HIV contaminarem seus bebês recém-nascidos.O protocolo, até então

adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a chamada transmissão vertical, quan-do o vírus vai da mãe para o bebê durante a gestação, era iniciar o tratamento do recém-nascido com o an-tirretroviral AZT em até 48 horas depois do parto. Essa medida reduz o risco de contaminação da crian-ça para 5%.Uma das coordenadoras

gerais da pesquisa, a mé-dica infectologista Valdi-léa Veloso, diretora do Instituto de Pesquisa Clí-nica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), explica que participaram do estudo mulheres que não sabiam da condição de soroposi-tivas durante a gestação e descobriram a doença pouco antes do parto. Portanto, não foram tra-tadas com o AZT durante a gravidez.“Para essas crianças

cujas mães são diagnosti-cadas muito tardiamente, dando uma combinação de medicamentos, em parte, compensa-se o tra-tamento da mãe que não foi feito. Assim, se conse-gue proteger melhor es-

sas crianças”, explicou Valdiléa Veloso.A pesquisa foi feita com

1.684 crianças, separadas em três grupos. O primei-ro foi tratado apenas com o AZT. O segundo grupo recebeu AZT e nevirapina. E o terceiro grupo rece-beu AZT, nelfinavir e lami-vudina. Em todos os ca-sos, a primeira dose foi ministrada nas primeiras 48 horas de vida da crian-ça e o tratamento durou seis semanas.

TratamentoO resultado mostrou

que 140 bebês foram contaminados antes do tratamento, sendo 97 du-rante a gestação e 43 no parto. Três meses depois do tratamento, 4,8% dos bebês que tomaram ape-nas AZT tinham sido con-taminados. Entre os que receberam dois medica-

mentos, o índice caiu para 2,2% e, entre os que to-maram a combinação de três antirretrovirais, a taxa de contaminação ficou em 2,8%, sendo essa tera-pia a mais tóxica.A pesquisadora lembra

que filhos de mães soro-positivas tratadas durante a gestação já apresentam menos de 1% de chance de serem contaminados. Sem o tratamento, o risco chega a 25% e sobe para 40% no caso da mãe ama-mentar a criança.

PrevençãoValdiléa Veloso lembra

que o protocolo de pre-venção e tratamento da aids no Brasil existe desde 1994, mas nem sempre é seguido. “Infelizmente, nem todas fazem o pré--natal, nem todas que fa-zem o pré-natal fazem o teste, nem todas que fa-

zem o teste recebem o resultado a tempo de se-rem medicadas, nem to-das que são indicadas para o tratamento dão continuidade ao trata-mento durante o pré-na-tal. Então, a gente vai per-dendo um pouquinho em cada etapa. E o mais gra-ve é que, infelizmente, em uma parte das mulheres, ainda, o diagnóstico é fei-to ali, na hora que ela chega na maternidade já em trabalho de parto”.A pesquisa foi publicada

na revista científica The New England Journal of Medicine, em junho. De acordo com a médica, os padrões de tratamento no mundo já mudaram com base nesses resulta-dos, sendo recomenda-dos oficialmente pela OMS e adotados nos Es-tados Unidos, na Europa e no Brasil.

Protocolo de prevenção é antigo, mas nem sempre é seguido

O Ministério da Inte-gração Nacional vai investir neste ano R$

1,1 bilhão em 12 estados por meio do Água para To-dos. O programa já foi im-plantado na Bahia, Alagoas, Sergipe, Ceará, Piauí, Mara-nhão, Paraíba, Pernambu-co, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Amazonas e Rio Grande do Sul. Serão instaladas cisternas de pla-ca e de polietileno, sistemas simplificados de abasteci-mento e pequenas barra-gens. As tecnologias serão implantadas em parceria com os governos dos esta-dos e órgãos federais. A meta é beneficiar 750 mil famílias até 2014.“O objetivo do Água para

Todos é unir tecnologias que se complementam para matar a sede da popu-

lação, além de atender também o consumo ani-mal. O foco principal é o semiárido do país, mas to-das as regiões do Brasil fa-rão parte do programa”, afirmou João Francisco Ma-ria, coordenador do Água para Todos no Ministério da Integração Nacional, nesta quinta-feira, dia 16, durante evento em Brasília com a participação de re-presentantes de 12 estados envolvidos.Os números de beneficia-

dos por estado e a verba destinada ainda será defini-da após o trabalho de terri-torialização, que consiste na indicação exata dos lo-cais - nos municípios - onde as tecnologias serão insta-ladas.No Piauí, os benefícios so-

ciais, econômicos e am-

bientais proporcionados pelo Água para Todos já são percebidos. No total, até o fim deste ano, mais de 9 mil famílias contarão com pequenas barragens, que servem tanto para con-sumo humano quanto para a dessedentação animal. Sistemas simplificados de abastecimento capazes de atender de 20 a 40 famílias simultaneamente também serão instalados no estado nos próximos dias.Em Pernambuco, nesta

primeira etapa de execução do Água para Todos, 122 municípios serão beneficia-dos, 56 do sertão e 66 loca-lizados no agreste do esta-do. Até 2013, mais de 900 assentamentos, comunida-de quilombolas e indígenas terão água de qualidade para o consumo. Além dis-so, a população pernambu-cana já tem à disposição 5 mil cisternas de polietileno para abastecer suas casas. Na Bahia, de acordo com

a secretária de Desenvolvi-mento Social do estado, Mara Mota, 66% da popu-lação que vive na zona rural não têm acesso à água de qualidade. Esta realidade já está sendo revertida pelo Água para Todos. Em Iboti-rama, por exemplo, a Com-panhia de Desenvolvimen-to dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Co-devasf), uma das principais executoras do programa, instalou 823 cisternas, com

investimento aproximado de R$ 4 milhões. Os mora-dores das comunidades de Areia Branca, Assentamen-to de Linha, Caraíbas, Barro Branco e Itapeba de Baixo manifestaram satisfação com o recebimento das cis-ternas, e destacaram que nunca ficaram tão esperan-çosos com a espera da chu-va como neste ano.Municípios de estados do

Rio Grande do Sul e do Amazonas também já fo-ram mapeados para rece-ber tecnologias do Água para Todos. Apesar de não pertencerem ao semiárido, moradores de ambos fo-ram afetados pela estia-gem. “As áreas rurais do Amazonas ficam sem água nos meses de agosto e se-tembro, por isso, o progra-ma tem sido a nossa salva-ção”, ressaltou Antônio Luiz, representante da se-cretaria de Desenvolvimen-to Social do estado.A estratégia de matar a

sede da população com água de qualidade vai além. Para garantir o perfeito funcionamento e uso ade-quado das cisternas, assim como os sistemas simplifi-cados de abastecimento, são promovidos cursos de Gestão da Água com a par-ticipação das famílias bene-ficiadas. Eles são orientados quanto à utilização da água sem desperdício e recebem instruções para a manuten-ção dos reservatórios.

Page 14: jornal do dia 19e20/08/2012

C2JD GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012

Mineiros minutos antes do confronto que deixou 34 mineiros grevistas mortos e cerca de 80 feridos

As imagens mostram os agentes abrindo fogo contra manifestantes, que caem em meio a uma nuvem de poeira

A polícia sul-africana alegou ter agido em legítima defesa em

uma operação repressiva mais sangrenta desde o fim do Apartheid, em 1994 que deixou, segundo seu pró-prio registro, 34 mineiros grevistas mortos e cerca de 80 feridos.“O grupo de militantes

atacou a polícia, disparan-do e brandindo armas peri-gosas”, sustentou a chefe policial, Riah Phiyega, ao se referir aos confrontos ocor-ridos na última quinta-feira em Marikana (noroeste) com os grevistas na mina de platina Lonmin.“A polícia se retirou siste-

maticamente e se viu força-da a recorrer à força máxi-ma para se defender. O registro é de 34 mortos e mais de 78 feridos”, assim como de 259 detidos, acrescentou.Este é o primeiro balanço

oficial dos confrontos. Uma fonte do sindicato havia in-formado anteriormente a morte de 36 mineiros.O movimento, considera-

do ilegal, começou com uma reivindicação de um grupo de mineiros que exi-gia que seu salário, atual-mente de 4.000 rands mensais (486 dólares), fos-se triplicado.O massacre provocou co-

moção mundial, já que muitas redes de televisão cobriam as negociações com os grevistas quando a operação teve início.As imagens mostram os

agentes abrindo fogo con-tra manifestantes, que caem em meio a uma nu-vem de poeira.Phiyega mostrou outros

vídeos, nos quais é possível ver policiais se esforçando para dispersar os mineiros, negociando com eles e re-correndo a armas conven-cionais de dispersão de manifestações, como ca-nhões de água e balas de borracha.De qualquer forma, esta

foi a intervenção policial mais sangrenta desde 1985, quando a polícia matou 20 manifestantes negros que protestavam contra o regime segrega-cionista do Apartheid.Desta vez, foram policiais

negros que abriram fogo contra mineiros também negros, cujas condições materiais de vida sofreram escassas melhorias desde a instauração de uma demo-cracia multirracial, há 18 anos. A greve

A operação repressiva foi a mais sangrenta desde o fim do Apartheid, em 1994DIVULGAÇÃO

Polícia da África do Sul alega autodefesa em maior massacre desde o Apartheid

JD MundoAustrália

Aliviar tensões

Espanha

Japão deporta ativistas chinesesO Japão enviou para casa na última sexta-feira, 17, um grupo de ativistas chineses detidos após desembarca-rem em uma ilha disputada por Tóquio e Pequim, mas a ira na China e na Coreia do Sul mostra que o mais recente impasse territorial está longe de terminar. Japão e China, as duas maiores economias da Ásia, en-frentam tensões nas relações diplomáticas desde que os ativistas foram detidos na quarta-feira após usarem um barco para chegar às ilhas inabitadas conhecidas como Senkaku no Japão e Diaoyu na China.Sete ativistas foram enviados de Okinawa para Hong Kong, afirmou o Departamento de Imigração, e o resto do grupo de 14 integrantes deve voltar para casa de barco mais tarde.A TV japonesa mostrou as ativistas fazendo o sinal “V”, de vitória, enquanto eram levados ao aeroporto.O ministro japonês das Finanças, Jun Azumi, adiou uma viagem à Coreia do Sul para uma reunião com seu ho-mólogo agendada para 24 de agosto por causa de uma visita feita pelo presidente sul-coreano, Lee Myung--bak, a outras ilhas disputadas há uma semana.

Desemprego atinge novo recorde, com taxa de 24,63%O desemprego na Espanha atingiu um novo recorde no segundo trimestre deste ano, com uma taxa de 24,63%, acima de 24,44% no primeiro trimestre, informou o Ins-tituto Nacional de Estatísticas (INE). O recorde anterior havia sido registrado nos três primeiros meses de 1994. No entanto, a pesquisa mostrou sinais de que a taxa de desemprego na Espanha pode estar perto de começar a diminuir. As vagas perdidas no segundo trimestre so-maram 15,9 mil, em comparação com as 870 mil elimi-nadas nos três trimestres anteriores, e o número de estrangeiros desempregados caiu 59,7 mil em compa-ração com o primeiro trimestre.Essa leve melhora pode estar ligada ao aumento sazo-nal da atividade dos setores de serviços e construção, que são os mais relacionados ao turismo, atualmente a principal fonte de postos de trabalho e fluxos positivos de caixa na Espanha. Cerca de 42,8 mil empregos foram criados no setor de serviços e 6,2 mil na construção durante o segundo trimestre. Por outro lado, foram perdidos 44,0 mil empregos no setor agrícola e 21,0 mil na indústria.

Preparada para possível extradição de Julian Assange aos EUA

O Governo da Austrália garantiu neste sábado que man-teve contato com Julian Assange em oito ocasiões desde que o ativista australiano passou a refugiar-se na Embai-xada do Equador em Londres.

As autoridade de Canberra também confirmaram ter fei-to preparativos para o caso de o fundador do site WikiLe-aks ser extraditado para os Estados Unidos.

O último destes contatos ocorreu na terça-feira, 14, dois dias antes de o Equador lhe conceder asilo diplomático, assinalou em uma nota à imprensa o ministro das Rela-ções Exteriores australiano, Bob Carr.

Durante essa conversa, Assange, que desde 19 de junho está na legação equatoriana em Londres, recusou a oferta de assistência consular, mas agradeceu a ajuda, segundo informou a emissora estatal “ABC”.

O fundador do WikiLeaks se refugiou na Embaixada do Equador para evitar sua extradição à Suécia, onde é acu-sado por supostos delitos sexuais.

A greve de Lonmin, que começou há uma semana, já havia deixado dez mor-tos em supostos confron-tos entre dois sindicatos: o AMCU (Sindicato de Minei-ros e Trabalhadores da Construção, que é radical) e NUM (o Sindicato Nacio-nal de Mineiros), um pode-roso aliado do CNA (Con-gresso Nacional Africano), o partido no poder.O presidente sul-africano,

Jacob Zuma, que participa-va de uma cúpula regional em Moçambique, retornou às pressas nesta sexta-feira ao seu país, em um voo que o levou diretamente a Rustenburg, a cidade mais próxima à mina. Ele anun-ciou a criação de uma co-missão para investigar os fatos.“Devemos tentar esclare-

cer a verdade do que ocor-reu aqui, por isso decidi

instaurar uma comissão de investigação para descobrir as causas reais deste inci-dente”, declarou o chefe de Estado, em um discurso transmitido ao vivo pela te-levisão.Na última sexta-feira, em

meio às casas de madeira e depósitos da riquíssima mina, cerca de cem mulhe-res denunciavam a violên-cia policial, com os cantos e danças utilizados há duas décadas para acusar o Apartheid.“A polícia veio aqui para

matar nossos maridos, nossos irmãos. Nossos fi-lhos!”, gritava uma delas, Nokuselo Mciteni, de 42 anos. Cerca de 2.000 minei-ros voltaram a se reunir, al-guns com barras de ferro e paus.Um imigrante de Moçam-

bique, Luis Macuacua, de 35 anos, deu sua versão

dos incidentes da véspera. “Estávamos reunidos, e a polícia chegou para nos ex-pulsar. Era uma guerra”.Antes dos episódios de

quinta-feira, a direção da mina havia intimado os grevistas a retomar o tra-balho na sexta-feira, sob pena de demissão.A Lonmin afirma que a

greve a impedirá provavel-mente de alcançar sua meta de produção anual de 750.000 onças de plati-na.A tensão social na África

do Sul levou na última sex-ta-feira (17) o preço da pla-tina ao seu nível máximo em um mês. No London Platinum and Palladium Market, às 10h (7h de Bra-sília) a onça era negociada a US$ 1.460,99, em alta de US$ 60 (+4%) em compa-ração com o meio-dia de da última quinta-feira (16).

Page 15: jornal do dia 19e20/08/2012

C3JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012Informe PublicitárioEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Page 16: jornal do dia 19e20/08/2012

C4JD Diversão&CulturaEditor: Franck Figueira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012

Cleo Pires falou sobre sua personagem Bianca, na próxima

novela do horário nobre da TV Globo, que estreia em outubro, Salve Jorge, em entrevista para a revis-ta Isto É Gente. “Adoro personagens com arcos bem marcados, que come-ça de um jeito e a vida vai transformando, sabe? Ela é bem assim: forte, volunta-riosa, curiosa, determina-da. Farei par com o Do-mingos (Montagner)”, disse a atriz.Após passar 40 dias na

Turquia gravando as pri-meiras cenas da trama, ela contou como foi a experi-ência: “Foi bem intensa. Acordávamos às 3 horas para fazer maquiagem e às 5 horas já estávamos gra-vando, voando de balão, e

só parávamos na hora do almoço. Em dias com ce-nas mais difíceis, o horário se estendia. Mas, se fosse só isso, seria fácil. O pro-blema foi trabalhar assim com seis horas a mais de fuso horário. O organismo sente bastante. Mesmo as-sim, era muito gratificante estar ali, poder conhecer um mundo tão diferente, entender como as pessoas daquele lugar funcionam, o que faz sentido para eles. Para ajudar a encon-trar o personagem tam-bém foi muito legal”.Mas não foi fácil ficar lon-

ge do namorado João Vi-cente Castro. “Ah, a sauda-de dele foi gigantesca. Nos falamos menos do que queríamos porque o fuso não ajudava nada”, contou Cleo.

Após passar 40 dias na Turquia gravando as primeiras cenas da trama, ela con-tou como foi a experiência: “Foi bem intensa

Cleo Pires fala sobre experiência de 40 dias na Turquia para gravar cenas de Salve Jorge

Cleo Pires falou sobre sua personagem Bianca, na próxima novela TV Globo

A primeira parte teve início às 20h, contando um pouco da história do cantor

Divulgação

Saiu um novo pôster oficial do seriado do super-herói da DC Comcis Arqueiro Verde

A produção é de David Nutter e o elenco tem também Katie Cassi-

dy, David Ramsay e a ideia é colocar o Arqueiro Verde numa trama bem realista, provocativa e mordaz.

No papel principal está Stephen Amell (Oliver Que-en/Arqueiro). O elenco tem ainda Colin Donnell como Tommy, Katie Cassidy inter-pretando Laurel Lance, Da-

vid Ramsey como John Di-ggle, Willa Holland como Thea Queen, Susanna Thompson vivendo Moira Queen e Paul Blacthorne in-terpretando o Detetive Quentin Lance.

O Arqueiro Verde já apare-ceu várias vezes em Small-ville, mas esta versão não terá nada a ver com a antiga série. Inclusive o ator é ou-tro.

MadonnaProcessos por “danos morais” na RússiaNove processos reivindicando compensações financeiras su-periores a US$ 10 milhões [R$ 20 milhões] foram apresenta-dos contra Madonna em um tribunal de São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia, informou n o advogado dos queixosos, Aleksander Pochuev.Os processos por “danos morais” também se estendem aos organizadores do show da diva do pop na sexta--feira passada na antiga capital russa, afirmou Pochuev em entrevista à agência oficial RIA No-vosti.Os queixosos, acrescen-tou, reivindicam com-pensações econômicas por causa do “forte sofri-mento moral” causado por Madonna ao fazer “propaganda das uniões homossexuais” durante sua apresentação em São Petersburgo.

Lady Gaga

Show já tem ingressos de três setores esgo-tadosJá estão esgotados os ingressos para os setores Pista Premium, Superior 2

e Inferior B do show que a cantora Lady Gaga fará em São Paulo no dia 11 de novembro, no Estádio do Morumbi.Para a apresentação da cantora no Rio de Janeiro (programada para o dia 9, no Parque dos Atletas), no entanto, ainda há ingressos em todos os setores.Nas duas cidades, Gaga vai apresentar a tur-nê mundial “Born This Way Ball”, inspi-rada em seu último álbum, “Born This Way”, e trará também músicas dos dis-cos anteriores, como “The Fame” e “The Fame Monster”. A turnê começou na Coréia do Sul, em abril.

Vanessa ParadisDiz ser possível ficar “infeliz” e “apaixonada” A atriz francesa Vanessa Paradis, de 39 anos, deu mais detalhes sobre a recente separação do ator Johnny Depp, de 49 anos, em entrevista à revista “Harper’s Bazaar” de setembro.Vanessa tinha se negado a dar detalhes sobre o fim do relacionamento de 14 anos com o ator. “Quando você encontra o amor da sua vida, as coisas são óbvias, fáceis e naturais”, disse a atriz. “Mas de vez em quan-do você pode amar muito uma pessoa e mesmo assim estar infeliz.”

Celebridades

Resumo das NovelasMalhação Amor Eterno Amor

Cheias de Charme Avenida Brasil

Ju fica arrasada ao ver Fatinha beijar Dinho e é con-solada por Lia. Dinho vai embora sozinho para casa. Lorenzo tenta falar com Lia sobre Raquel. Letícia,

Tatá e Juca brincam juntos. Orelha faz comentários provocativos sobre o comportamento de Mocotó, Rafael e Fatinha na festa de Ju e os publica no TV Orelha. Fatinha faz elogios da festa para Ju que fica arrasada, mas finge não se importar. Mocotó mostra o vídeo de sua dança na festa aos professores. Mathias fica irritado com as ofensas que Orelha faz a Rafael e exige um pedido de desculpas.

Melissa obriga Virgílio a revelar o paradeiro de Angélica. Uma freira leva a carta de Angélica

para o correio. Rodrigo vê Lexor em sua regressão. Rodrigo se declara para Miriam e os dois se beijam. Laudelino avisa a Angé-lica que seu filho está com Virgílio e ela pede para vê-lo. Clara conta para Miriam que Lexor a ajudou a se acertar com Rodrigo. Laís avisa a Marlene que passará o dia com Eduardo. Melissa re-clama de Virgílio. Gracinha pede ajuda a Jair. Elisa percebe a troca de olhares entre Rodrigo e Miriam. William fica emocionado ao ver Deolinda pronta para o casamento.

Jorginho não acredita nas explicações de Nina sobre o dinheiro do sequestro de Carminha. Lu-

cinda chama Ivana para levar Max para casa. Tufão estranha quando Carminha sugere que Max volte para a mansão. Jorgi-nho fica perturbado com as intrigas de Nilo contra Lucinda. Max se comove com os elogios de Ivana. Nina avisa a Carminha que não quer que Max volte para a mansão. Jorginho destrata o pai e deixa Nina tensa. Débora se entristece ao ver Jorginho defen-der Nina. Ivana conta para Tufão que Lucinda telefonou pedindo que ela buscasse Max e ele tenta convencê-la a não ir.

Rosário estranha o jeito de Fabian, mas não per-cebe que é Inácio. Otto pensa em Conrado ao

ver Sandro jogar bola com Patrick. Sidney estranha o interesse de Romana em Fabian. Socorro conta para Chayene que Kleiton e Tom estão cada vez mais distantes. Valda chama Sandro para consertar o vazamento na cozinha. Kleiton descobre que não foi avisado da gravação do novo clipe das Empreguetes. Elano vê a foto de Cida com a família Sarmento e fica decepcionado. Cida recebe a Liga das Patroas. Branca se surpreende ao ver Sônia como empregada. Lia e Ariela brigam por causa de Gracinha.

Áries (21 mar. a 20 abr.)Mesmo com a queda de braço com parcei-

ros, sócios ou com o conjuge, você segue bem hoje, devido a uma percepção apurada do que deve preservar nestas rela-ções. No campo sentimental, prove seu amor na rotina.

Touro (21 abr. a 20 mai.)Com seu conheci-mento você vai fazer sucesso hoje, assim

como em suas observações ajustadas e pertinentes. Pontos pra você, taurino! Amor, amiza-de e acolhida boa chegam nes-te pacote astral. Romance em alta.

Gêmeos (21 mai. a 20 jun.)Tendências a exage-ros exige autocontro-le para não prometer

mais do que poderá cumprir a alguém querido. Vênus e Lua favorecem diálogos gentis so-bre temas delicados com pes-soas queridas. Rotina cuidado-sa favorece vitalidade.

Câncer (21 jun. a 21 jul.)Muitas perguntas e algumas preocupa-ções - hoje você está

em busca de respostas e de dialogo objetivo. Também con-ta com uma boa percepção do seu ambiente. Inspiração vem forte de noite, e um encontro será promissor.

Leão (22 jul. a 22 ago.)Mude alguma coisa, leonino! Urano das reviravoltas inespera-

das está favorecendo todas as suas iniciativas que tenham um toque de novidade e de surpre-sa. Isso vale no amor, mas tam-bém no visual e nas relações de família.

Virgem (23 ago. a 22 set.)Lua em seu signo hoje anuncia um final de semana ótimo pra você cuidar de si

mesmo com aquele capricho especial. Se puder saia da roti-na, procure um local calmo e pertinho da natureza. O resto fica mesmo em segundo plano.

Libra (23 set. a 22 out.)Clima astral bom pra você manter um pas-

so calmo e respeitar seus limi-tes com seriedade. Seu orga-nismo se ressente de uma condição astral que demanda mais energia e fôlego. Concen-tre-se no que é fundamental agora. De noite, sossego!

Escorpião (23 out. a 21 nov.)Pessoas que gostam de você estão perto, e

ajudam mesmo sem atrair sua atenção. Neste sábado, vale muito caprichar na meditação, ou em alguma técnica que o ajude a equilibrar mente e cor-po. De noite, mais entendimen-to no amor.

Sagitário (22 nov. a 21 dez.)A boa pedida para hoje é ficar em casa,

curtindo seu cantinho com toda a informalidade e sem es-tresse. Uma pessoa da família precisa de mais atenção - e você tem de ter calma com ela hoje. Musica e dança ajudam a soltar amarras.

Capricórnio (22 dez. a 20 jan.)Inspirações, sonhos, viagens e quebra de

rotina - isso é tudo que você merece e precisa hoje. Chame um amigo para empreender essa jornada ao seu lado. Visite um templo. Converse com um mestre. No amor, observe mais por enquanto.

Aquário (21 jan. a 19 fev.)Assuntos chatinhos do cotidiano pedem sua

atenção nesta manhã. Até a noite, talvez você não tenha muito tem-po de fazer aquela programação legal com seu amor. Deixe tudo para a noite, quando Vênus e Ura-no ressaltam seus encantos!

Peixes (20 fev. a 20 mar.)Foco maior no seu parceiro faz deste sábado um dia óti-

mo pra você mostrar como é grande seu amor. Sua vida so-cial também estará animada e variada, não negue convites, mesmo feitos de última hora. Você terá ótima surpresa.

Horóscopo

Page 17: jornal do dia 19e20/08/2012

CadernoDMacapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

Carro&Moto

A Fiat enfim revelou o interior do seu novo sedã médio Viaggio.

O modelo praticamente não apresenta alterações em relação ao seu irmão quase gêmeo, o Dodge Dart. Isso porque a parte central do painel e sua tela multimídia, os ban-cos, os comandos do ar--condicionado e até o vo-lante e seus comandos são os mesmos vistos no modelo norte-americano.As únicas alterações per-

ceptíveis estão no painel de instrumentos que, além de ter ganhado ilu-

minação na cor azul (novo padrão dos mais recentes modelos da marca italia-na), perdeu a tela de LCD que ficava entre o conta--giros e o marcador de combustível e assumiu um padrão mais comum.De acordo com a Fiat, o

Viaggio começará a ser vendido no mês de agos-to no mercado chinês. O modelo terá seis versões diferentes, três opções de transmissão – manual de cinco ou seis velocidades e automatizado de dupla embreagem e seis mar-chas – e uma opção de

motor: T-Jet 1.4 16V turbo e potência entre 120 cv e 150 cv.

Homônimo nacional?Ainda não existem infor-

mações sobre a chegada do Viaggio ao Brasil, mas, caso o modelo venha, po-derá ser produzido na nova fábrica da Fiat em Goiana, Pernambuco, substituindo o Linea no mercado interno. O sedã médio, apesar de estar no mercado há pouco tem-po, já não vende tanto quanto na época de seu lançamento..

Hyundai divulga foto do novo Genesis 2013Sedã não muda estaticamente, mas muda o motor

A Hyundai anunciou oficialmente o próxi-mo Genesis. A versão

de 2013 do sedã de luxo não muda esteticamente, mas sofre reformulações na mecânica. Os motores 4.6 V8, de 390 cv, e 5.0 V8 não estarão mais disponí-veis. Restam somente, sob o capô, o 3.8 V6 de 337 cv e o R-Spec’s 5.0 V8 de 435 c v . Ambos

fazem parte da versão de entrada, com transmissão automática de oito mar-chas e tração nas rodas tra-seiras.

DivulgaçãoO novo Genesis traz tam-

bém um Sistema de Infor-mação ao Motorista (DIS), de 8 polegadas e capacida-

de de armazenar qualquer tipo de dado nos 64 GB disponíveis. A Hyundai afir-ma que a interface da ver-são 2013 será mais intuitiva que a anterior. Outra tec-nologia do sedã de luxo é a Blue Link, que permite a abertura e o fechamento das portas, mesmo à dis-tância, além de serviço de

assistência técnica e de auxílio em estra-

das.

Os motores 4.6 V8, de 390 cv, e 5.0 V8 não estarão mais disponíveis. Restam somente, sob o capô, o 3.8 V6 de 337 cv e o R-Spec’s 5.0 V8 de 435 cv

Fiat revela interior do sedã médio Viaggio

Modelo começa a ser vendido em agosto no mercado chinês em seis versões e com uma opção de motor

Page 18: jornal do dia 19e20/08/2012

D2JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012Carro&MotoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

ComparaçãoO mercado automobi-lístico brasileiro é cra-que em rotular lança-mentos comparando aos concorrentes. Em muitos casos é pura im-plicância, mas outros acertam em cheio. O próximo lançamento da Chevrolet, o hatch Ônix, que deve aparecer com pompas no próximo Salão de Automóveis de São Paulo, em outu-bro, tem a traseira mui-to semelhante ao WV Gol G5, com a diferença apenas para o para choque traseiro, mais parrudo. A conferir! IPIO Imposto sobre Pro-dutos Industrializados (IPI) teve sua alíquota zerada para carros po-pulares e diminuída para os mais potentes, deve (sic?) encerrar neste final do mês, con-forme a promessa do Governo Federal, de não prorrogá-lo. A re-dução visou dois pon-tos: aquecimento nas vendas e manutenção dos empregos pela in-dústria. As vendas de novos aumentaram, mas os empregos nem tanto. NúmerosMesmo tendo as ven-das de novos aquecidas com a consequente baixa de valor dos se-minovos que entupi-ram os pátios das “bo-cas”, VW e GM deram um jeitinho para dribla-rem a “promessa” de segurar os empregos estimulando a demis-são voluntária. A GM foi mais além: diminuiu a produção de 66 para 44 veículos/hora prevenin-do a lotação dos seus pátios. Mês passado a indústria automobilísti-ca empregava 147 mil, 2,9% a mais do que em junho e 1,3% se compa-rado a maio. ApostaBrasileiros e brasileiras apostam todas as fichas que o Governo Federal deve prorrogar – pelo menos até depois das

eleições municipais nos mesmos moldes –, a re-dução temporária do IPI. A quase certeza da prorrogação, segundo especialistas seria man-ter os empregos atuais evitando dar munição pesada à oposição nas próximas eleições. A opção seria política e não técnica. HB20Investindo mais de R$ 1,2 bi (R$ 370 mi do BNDES), em Piracicaba (SP), a Hyundai anuncia o inicio das suas ativi-dades no Brasil, numa fábrica de 70 mil me-tros quadrados de área construída. Deve pro-duzir a partir de outu-bro um compacto po-pular (HB20), um sedã e um Crossover, para ba-ter de frente com o Ford EcoSport, todos na plataforma do i20 europeu. O HB20 vem mesmo para concorrer na vera com o VW Gol, Fiat Palio e Chevrolet Ônix. ProduçãoA Hyundai no Brasil prevê a nacionalização de 75% dos veículos a serem montados. Pre-tende produzir 150 mil unidades/ano ou 12,5 mil/mês, podendo atin-gir ate 180 mil/ano conforme a demanda. Inicialmente serão três versões; motorizações 1.0 litro e 1.6, partindo inicialmente de R$ 27,9 mil, podendo o 1.6 ter câmbio automático de quatro velocidades. NovidadeVem ai o Fiat 500X, um SUV a ser produzido na futura fábrica de Goia-na (PE), com uma nova plataforma comparti-lhada com a GM na Eu-ropa, a SUSW (Small United States Wide) e pode ser usada em mo-delos pequenos e mé-dios. A meta da monta-dora italiana e lançar o utilitário-esportivo para concorrer com o novo Ford EcoSport e o Re-nault Duster, atualmen-te o campeão do seg-mento.

Semáforos da Rodovia Duca Serra foram im-plantados para serem desobedecidos. O que passa de condutores com o farol vermelho, principalmente motos é um absurdo. –x-x-x-x- A Chevrolet “desovando” as unidades do Classic e Corsa que estão saindo de linha. A montadora está oferecendo os carros com grandes descon-tos. O cliente precisa ficar atento ao custo-bene-fício. Um carro que sai de linha o preço para a troca em um novo tem depreciação no Meio do Mundo em até 30%%. -x-x-x-x- Em nosso verão tropical é obrigatório calibrar os pneus de 15 em 15 dias por causa do calor. Pneus com bai-xa calibragem tendem a desgastar nas laterais e com alta o desgaste é no centro. –x-x-x-x- Vendas de motos em queda atingem todas as marcas no Meio do Mundo. Quem tem a maior fatia no mercado, a Honda, é a que está sentindo mais. –x-x-x-x- Um abraço o médico Cláudio Leão, leitor cativo da coluna. –x-x-x-x- E os combustíveis terão aumento logo depois das eleições. Só vou apostando!-x-x-x-x- É difícil ex-plicar como a gasolina custa por litro R$ 3,04 em Tartarugalzinho, a 232 km de Macapá, R$ 3,05 em Calçoene (385 km) e R$ 2,80 em Oia-poque a 590 km. –x-x-x-x- Estrada de pouco mais de 35 km ligando o município de Calçoene a praia oceânica do Goiabal está sofrendo repa-ros para o grande evento turístico, o Festival da Tainha, na Semana da Pátria, com direito a pre-sença de Reginaldo Rossi. –x-x-x-x-“ É triste pensar que a natureza fala e que o gênero hu-mano não a ouve”. (Vitor Hugo). –x-x-x-x- Fre-ando... e torcendo para que os desobedientes da sinalização de trânsito criem juízo. –x-x-x-x- Mesmo assim: Bom Domingo!

Auto Pista

Pista livreJOSÉ ARCANGELOColunista

Palio na versão 1.6: essencialA versão Essence oferece bom desempenho e itens de série importantes

Brasil consolida 5º lugar em vendas no mundo

A soberania da China foi confirmada ao longo dos primeiros

meses do ano. De acordo

com dados da JATO Dyna-mics, o país manteve a pon-ta no ranking de vendas globais, com 7.848.998 uni-

dades emplacadas - um crescimento de 5,6% em re-lação a 2011. A nação chi-nesa é seguida pelos Esta-dos Unidos, que comercializou 7.270.632 ve-ículos. Esse número traduz a alta de 14,8% nas vendas locais. O percentual de ele-vação só perde para o da Tailândia, 13ª da lista, com desempenho 40,8% supe-rior ao do ano passado, e para o do Japão, terceiro maior mercado em vendas mundiais. De janeiro a ju-nho, o mercado japonês consumiu 2.921.007 unida-des, 53,4% além do ano an-terior.

O Brasil surge no quinto lugar do ranking, atrás da Alemanha (1.742.181). En-tre os cinco primeiros colo-cados, ele é o único a regis-trar queda nas vendas na comparação com 2011: 0,3%. É pouco, mas o sufi-ciente para permitir que a Índia “cole” na classificação. Enquanto as ruas brasileiras receberam 1.632.497 novos carros, as indianas ganha-ram 1.620.496. Essa é, sem dúvida, a área mais “con-gestionada” do top 10. Na sequência, aparecem Rús-sia, França, Grã-Bretanha e Itália (veja detalhes no grá-fico e na tabela abaixo).

Encontrar um carro po-pular bem equipado por um preço não tão

assustador – algo abaixo de R$ 40.000 - é tarefa compli-cada no mercado brasileiro, mas não impossível. O novo Fiat Palio na versão Essen-ce, como bem diz o nome, traz o essencial, que são itens de conforto, seguran-ça e a força extra do motor 1.6 16V E.torQ.Essa é a versão do com-

pacto para atender à faixa de consumidores que já podem se dar ao luxo de guiar um automóvel com, no mínimo, direção hidráu-lica e ar-condicionado, ou então dotado de itens de segurança mais avançados, como freios ABS e airbags. Geralmente são clientes migrando de carros 1.0 “pelados” para uma condi-ção mais favorável, que permite adquirir um auto-móvel mais equipado.Os itens que o Palio Es-

sence traz são cruciais para quem busca o mínimo de conforto em um automó-vel, especialmente para tra-fegar pelo trânsito pesado das grandes cidades brasi-leiras. Nada traz maior alí-vio do que o frescor de um ar-condicionado em dias quentes ou então a facilida-de de realizar uma mano-bra “apertada” com ajuda da direção com assistência hidráulica. É outra vida, ou-tro mundo...

Cavalaria na medida certa

A presença do motor 1.6 também é outro alento quando falamos em conve-niência. O bloco usado nes-se carro gera (abastecido com etanol) até 117 cv a 5.500 rpm e 16,2 kgfm de torque máximo a 4.500 rpm, proporcionando bom desempenho ao veículo. Segundo a Fiat, o tempo do carro no 0 a 100 km/h é de 9,9 segundos e a velocida-de máxima bate nos 192 km/h. São bons números, ainda mais por se tratar de um compacto “semipopu-lar” Devido à cavalaria rela-tivamente alta para um car-ro de pequeno porte, esse Palio ganha velocidade com desenvoltura, sem en-gasgos ou sobressaltos, e, sobretudo, fazendo menos barulho que o estridente motor 1.0 dos modelos de entrada, que precisa roncar alto para gerar torque e fa-zer o automóvel se mover. O ajuste do câmbio, firme e com bons encaixes, deixa no passado a moleza da alavanca da geração ante-rior e melhora considera-velmente a sensação de di-rigibilidade, mas ainda há alguns resquícios.Quando desenvolve a sus-

pensão, a prioridade da Fiat é o conforto, por isso opta--se por amortecedores de respostas mais macias e molas não tão rígidas. O re-sultado é um carro que não tem respostas agressivas de amortecimento, fato que o deixaria mais estável, mas que aceita as imperfei-

ções da pista com maior sutileza, absorvendo os bu-racos com certa suavidade, tornando o rodar mais agradável. Entretanto, a dose pode parecer exage-rada e faz a carroceria osci-lar ao ritmo do conjunto mecânico. Por exemplo, o carro balança entre as tro-cas de marcha e, em arran-cadas, a parte frontal do veículo “empina”.

Bom pacote, preço justoA reformulação trouxe ao

Palio uma sensação de sta-tus mais acentuado, pois é um carro com design atual e um projeto mais avança-do comparado à maioria de seus concorrentes na cate-goria. Quem esmiuça os detalhes do carro pode acabar preferindo o Palio justamente por esses pon-tos. Além disso, o espaço interno do compacto pode surpreender, especialmen-te na parte traseira, que fi-

cou maior. O porta-malas, todavia, continua pequeno: leva apenas 280 litros.Por R$ 36.590, o Palio 1.6

Essence reúne um pacote de equipamentos que não está presente em produtos equivalentes de outras mar-cas. O Chevrolet Agile LT começa em R$ 34.430 tam-bém com boa lista de itens, mas peca ao não possuir ar--condionado e freios ABS. Outro rival é o Volkswagen Gol 1.6, por R$ 38.290, mas nessa configuração o mo-delo ainda é fraquíssimo no quesito “itens de série”: to-dos os diferenciais do Fiat são opcionais no VW. Em-bora também não seja ba-rato, o Palio avaliado pelo iG Carros é um carro “ho-nesto”, pois ainda conta com boa assistência técnica da montadora, com pontos no Brasil inteiro, baixo custo de manutenção e até bom valor de revenda. É sem dú-vida, um bom negócio.

Os itens que o Palio Essence traz são cruciais para quem busca o mínimo de conforto em um automóvel, especialmente para trafegar pelo trânsito pesa-do das grandes cidades brasileiras

Marca registradaA Toyota não teve difi-

culdade para manter a li-derança no ranking de montadoras. Depois de vender 52,5% a mais que em junho de 2011, a so-mou 558.766 emplaca-mentos no último mês do primeiro semestre. Com isso, fechou a conta com 3.239.630 unidades ven-didas, 523.085 a mais que a segunda colocada, a VW. Ao analisar o com-portamento das vendas da montadora em 2012, o crescimento atinge 37,4% este ano. De acor-do com os números da JATO, a Ford é a terceira empresa com mais ven-das no mundo: 2.434.710. Depois, aparecem Che-vrolet, Nissan, Honda, Hyundai e Kia.No pé da classificação,

estão Fiat e Renault, res-pectivamente. As duas foram as únicas que vi-ram o volume de vendas recuar nos seis meses ini-cias do ano. No caso da montadora italiana, a re-tração nas vendas foi de 9,3% em relação a 2011: 863.33 emplacamentos ante 951.544. Já a marca com sede na França ano-tou queda de 3,7%, refle-xo das vendas de 860.021, frente a 892.796. Acom-panhe toda a movimen-tação do mercado mun-dial na tabela ao lado.

Page 19: jornal do dia 19e20/08/2012

D3JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012Carro&MotoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Kit Premium acrescenta equipamentos de segurança, estéticos e de conectividade

Nissan inclui ABS e novos itens para March SR 1.6

Primeiras fotos do novo Honda Accord são divulgadas

Gurgel BR 800O sonho de ter um carro

compacto 100% nacional durou pouco, entre 1988 e 1991. Mas teve seus méritos enquanto durou. O motor 0,8 litro, feito de alumínio e silício, foi um deles. Projeta-do pela própria Gurgel, fun-cionava bem com refrigera-ção a água e sistema de ignição que dispensava dis-tribuidor. Mas não se enten-dia bem com a transmissão de relações longas, vinda a picape Chevy 500. O resulta-do era pouca agilidade. Ou-tro problema ficava por con-ta da ventilação precária da cabine, o que tentou ser re-solvido com uma pequena entrada de ar na capota. Pre-judicado pela legislação tri-butária e pelos fortes con-correntes no mercado, o BR 800 deixou de ser fabricado quatro anos depois do lan-çamento.

Porsche pode revelar versão perua do Panamera Segundo o site inglês Auto Express, a Porsche vai apresentar uma versão concei-

tual do Panamera Shooting Brake no Salão de Paris (França), entre os dias 29 de setembro e 14 de outubro. Trata-se de uma versão perua com ares de cupê, ideia lançada recentemente pela Mercedes-Benz com o modelo CLS Shooting Brake. O protótipo estará na mostra francesa para saber o quanto uma versão definitiva seria bem aceita pelo público. Dependendo das informações que forem colhidas, será possível lançar a perua Panarmera em breve, talvez com alguns ajustes. Outro fator determinante será o número de vendas da CLS Shooting Brake. A Porsche estará de olho para saber como uma perua-coupê se sai na hora das vendas. Com essas informações em mãos, os alemães podem decidir se o projeto deles vai adiante.

Novo Kia Soul será lançado no fim de 2013A Kia já está em fase bem avançada dos testes da nova geração do Soul, segun-

do o site francês Blogautomobile. Mas a marca está bem satisfeita com o desempe-nho do carro nas vendas e deverá adotar mudanças discretas no visual do novo modelo. Além de segundo colocado no ranking de vendas da marca nos Estados Unidos, o Soul já teve 43.482 unidades comercializadas mundialmente no primeiro trimestre de 2012, ficando entre os 100 mais vendidos no planeta hoje em dia. Por isso, entre as mudanças da versão 2014 deverão estar incluídas apenas melhorias no acabamento interno e algumas mudanças no desenho, mas sem descaracterizar a silhueta do modelo atual que foi considerada revolucionária logo que o Soul foi lançado, no início de 2009.

Lamborghini leva Sesto Elemento e Urus a Pebble BeachO Monterey Car Week de Pebble Beach (EUA) começou no último dia 17 e a

Lamborghini anunciou que estará no evento, com o utilitário esportivo Urus e o con-ceito Sesto Elemento, os dois próximos lançamentos inéditos da marca - até 2017, também teremos três variações do Aventador e Gallardo. O Sesto Elemento, concei-to baseado no Gallardo e revelado no Salão de Paris 2010. Apenas 20 unidades serão produzidas em 2013, com motor V10 de potência desconhecida, cada um custando US$ 2,2 milhões (R$ 4,4 mi). Já o crossover Urus utiliza a mesma platafor-ma do Audi Q7, Porsche Cayenne, Volkswagen Touareg e o futuro SUV da Bentley. A Lamborghini gostou da reação do público no Salão de Pequim (China) e quer adiantar o lançamento para o final de 2016, com um motor V8 4.0 biturbo de 600 cavalos e 67,4 de torque.

McLaren mostra o 12C Can-Am, o devorador de curvasA McLaren divulga as fotos oficiais da 12C Can-Am Edition, a versão de pista

mais monstruosa do 12C GT3. Apenas uma unidade foi produzida na tradicional cor laranja McLaren, que contrasta com o preto da fibra de carbono. O carro será apre-sentado no Pebble Beach Concours d’Elegance, daqui a quatro dias.

A supermáquina foi feita para homenagear Bruce McLaren e Denny Hulme, que competiram na categoria Can-Am nos anos 60 e 70. As diferenças básicas estão nos para-choques mais largos e no aerofólio traseiro que, juntos, oferecem mais 30% de “downforce”. O motor continua o mesmo V8 3.8 biturbo, mas a galera de Woking decidiu dar uma atualizada na ECU para deixar o sistema de refrigeração mais eficiente, o que fez a potência pular de 625 cavalos para 638 cv.

Volvo S60 T5 Comfort começa a ser vendidoA Volvo começa a vender no mercado brasileiro a versão T5 Comfort do sedã S60

por R$ 125.900. O carro tem como principal atrativo a vasta lista de equipamentos que inclui controle de estabilidade, sistema de som de alta-fidelidade com oito alto--falantes, rodas de aro 17 e alguns dispositivos de segurança sofisticados, como o City Safety, que reduz a possibilidade de impactos em velocidades inferiores a 30 km/h. A versão T5 do S60 vem com motor 2.0 turbo, de quatro cilindros, capaz de render 240 cavalos, potência suficiente para acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 7,5 segundos, conforme a fabricante. Ainda no conjunto mecânico, o carro conta com câmbio automático sequencial de seis marchas e tração dianteira.

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FOTOS DIVULGAÇÃO

Em detalhes

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A Nissan anuncia um novo pacote de itens tecnológicos e de se-

gurança para a versão 1.6 SR do compacto March. Batizado de Premium, o pacote conta com conecti-vidade Bluetooth e coman-dos de áudio e telefone no volante, rádio CD/MP3 e conexão para iPod. Em ter-mos visuais inclui faróis de neblina, bancos em dois tons (preto e cinza) e ma-

çanetas externas na cor do veículo. Os itens de segu-rança presentes no pacote são freios com ABS e assis-tência de frenagem (BA).O March equipado com o

pacote Premium sai por R$ 38.690. Para efeito de com-paração, a versão SR regu-lar

sai por R$ 37.190, já com a redução do IPI, válida até o final deste mês – sem o desconto o preço é de R$ 39.990. De série, ele traz os mes- mo itens da versão

1.6 SR: ponteira de

escapamento cromada, re-trovisores externos perso-nalizados, rodas de liga leve aro 15 na cor titanium calçadas em pneus 175/60 R15, saias laterais, spoilers dianteiro e traseiro e aero-fólio, airbag duplo, direção

com assistência elétrica, entre

outros.

O March equipado com o pacote Premium sai por R$ 38.690. Para efeito de compara-ção, a versão SR regular sai por R$ 37.190

É um dos carros mais vendidos na história da fabricante no mercado ianque, foi o primeiro carro japonês produzido no Estados Unidos

Clássico da semama

Em meio a todas as re-novações das fabrican-tes neste ano, existe

uma que merece um pou-co mais de atenção: a nona geração do Honda Accord será lançada este ano, mais precisamente durante o outono nos EUA (primave-ra por aqui). Sendo assim, já passou da hora da marca japonesa mostrar o visual do sedã.A importância do Accord

para os norte-americanos é simples: ele é o pãozinho quente na padaria de ma-nhã da Honda. É um dos carros mais vendidos na história da fabri-cante no mer-cado ianque, foi o pri-m e i r o

carro japonês produzido no país e recebeu dezenas de prêmios em todas as suas gerações. A Car and Driver gringa elegeu o Ac-cord como um dos 10Best “apenas” 26 vezes. Levando a sério aquele di-

tado que diz “Em time que está ganhando não se mexe”, os japoneses evita-ram grandes mudanças na aparência. Os faróis ficaram mais longos e colados à nova grade, mais larga. A novidade ficou para a tra-seira, com lanternas mais retangulares e longas, com

parte delas no porta-ma-las.O Accord chega com dois

motores a gasolina, um de-les será o novo 2.4 quatro cilindros com injeção dire-ta, que produz 183 cv e 24,4 mkgf, contra os 156 cv do motor 2.0 da versão na-cional. Sua outra motoriza-ção é um novo V6 aspira-do, que substitui o atual 3.5 V6, desta vez com câmbio manual, ou automático de seis marchas. A Honda promete que ambos os motores irão oferecer a melhor economia de com-bustível do segmento.

A terceira opção de

motor

para o Accord é um híbrido 2.0 quatro cilindros, que irá trabalhar junto com um motor elétrico de 120 kW e uma bateria de lítio-íon de 6kwh. Pelo que a Honda diz, o Accord será capaz de andar por 16 a 24 km ape-nas com a carga da bateria, contanto que a velocidade não passe de 100 km/h. Ao acabar a bateria, o carro irá recarregá-la sozinha por um sistema regenerativo de freios. Ou, se estiver com pressa, plugue em uma tomada de 240v que ela carrega em uma hora e meia.Será que esse modelo vai

agradar os americanos e receber o 27º prêmio 10Best da Car and Driver EUA? Só vamos descobrir

quando ele chegar às concessionárias dos

EUA..

Page 20: jornal do dia 19e20/08/2012

CadernoEMacapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012Editor: Fabrício Costa - [email protected]

Economia&Negócios

Candidatos a prefeito e vice terão oportunidade de apresentar seus programas às segundas, quartas e sextas

Confira o que cada um dos candidatos vai apresentar no rádio e na televisão

Veja o que os principais candidatos a prefeito de Macapá reservam aos eleitores amapaenses em seus programas

A partir da próxima ter-ça–feira (21), os elei-tores amapaenses já

poderão conhecer e avaliar as propostas dos candida-tos a prefeito, vice-prefeito e vereador de seus municí-pios. No calendário eleito-ral, a data marca o início da veiculação da propaganda eleitoral gratuita na televi-são e na rádio, veiculadas nos 45 dias anteriores à an-tevéspera das eleições, que ocorrem no dia 7 de outu-bro.

De acordo com as regras do Tribunal Regional Eleito-ral do Amapá (TRE/AP), para as propagandas na te-levisão é obrigatória a utili-zação da linguagem dos si-nais ou o recurso de legenda, para que os defi-cientes auditivos tenham acesso ao conteúdo dos programas.

As propagandas eleito-rais são divididas em duas espécies, em bloco e inser-ções. Os programas (bloco) serão divulgados em duas oportunidades, sendo no rádio, das 07h às 07h30 e das 12h às 12h30. Para tele-visão, nos horários de 13h as 13h30 e das 20h às 20h30.

Os candidatos a prefeito e vice-prefeito terão opor-tunidade de apresentar seus programas de gover-no as segundas, quartas e sextas-feiras. Já os candida-tos as proporcionais, as ter-ças, quintas-feiras e sába-dos. Os programas não serão veiculados aos do-mingos e permanecerão até o dia 4 de outubro.

Segundo a legislação eleitoral, será possível a exi-bição de acessórios com

referência ao candidato majoritário, como cartazes ou fotografia ao fundo, apresentação de depoi-mentos de outros candida-tos da mesma coligação, exclusivamente para pedi-do de votos ao “dono” da-quele espaço de propagan-da gratuita. É permitida ainda, a participação de qualquer cidadão, desde que não seja remunerado e não seja filiado a partido

político adversário. Ainda, é possível a divul-

gação de pesquisas infor-mando com clareza, o perí-odo de sua realização e a margem de erro, não sendo obrigatória a menção aos concorrentes, desde que o modo de apresentação dos resultados não induza o eleitor em erro quanto ao desempenho dos demais.

No entanto, as regras quanto à proibição são

bem claras.Fica proibido a divulgação no rádio e na TV de qualquer propaganda eleitoral paga. A lei eleitoral proíbe também a utilização de gravações externas, montagem ou trucagem, computação gráfica, dese-nhos animados e efeitos especiais, mensagens que possam degradar ou achincalharcandidato, par-tido ou coligação.

É vetado a transmissão

de entrevistas jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer ou-tro tipo de consulta popu-lar de natureza eleitoral em que seja possível iden-tificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados, bem como não é permitido utilizar de meios publicitários com fins de criar artificialmente na opinião pública, esta-dos mentais, emocionais

ou passionais. Segundo a Legislação

eleitoral, não pode ser in-cluído, no horário desig-nado aos candidatos a ve-reador, propaganda das candidaturas e eleições majoritárias, ou vice-versa. Somente é possível a colo-cação de legendas com re-ferência aos candidatos majoritários, ou, ao fundo, de cartazes ou fotografias desses candidatos.

HEVERTON MENDES

ANDREZA SANCHESDa Redação

Davi Alcolumbre (DEM)

Da coligação Ma-capá Melhor, composta pelos partidos PTB, DEM, PRP e PSDB, tendo como vice-prefeita Jurema Ie-rece Nascimento Costa. O candidato a prefeito da capital, Davi Alcolum-bre terá 5 minutos e 9 segundos de propagan-da eleitoral, dando enfo-que na divulgação das propostas mudar a for-ma de administrar Maca-pá, uma vez que os mo-radores da cidade e do estado mostram uma to-tal descrença na classe política.

O programa eleitoral também vai mostrar como o trabalho do de-putado federal Davi ga-rantiu recursos para rea-lização de diversas obras e projetos sociais na ci-dade e em todos os mu-nicípios do Amapá.

Segundo o candidato Davi Alcolumbre, todo candidato a prefeito de-veria passar primeiro pelo Congresso Nacional para entender como fun-ciona os repasses fede-rais para os municípios, já que é impossível ad-ministrar Macapá sem esses recursos.

A assessoria de comu-nicação da campanha do candidato preferiu não identificar os profissio-nais responsáveis pelas estratégias de marketing, mas informou que para a realização do programa eleitoral, o candidato

contratou profissionais de Brasília e de Macapá. Todas as peças são apro-vadas diretamente por Davi Alcolumbre.

Cristina Almeida (PSB)

Do Partido Socialista Brasileiro, a candidata a coligação Frente Popu-lar, composta pelos par-tidos PT, PTN, PSB e PPL-deve investir R$ 6.000.000,00 durante a campanha.

Amapaense, Cristina Almeida leva como ban-deira de luta o combate ao preconceito, discri-minação e todas as for-mas correlatas de into-lerância, defensora na batalha pela inclusão de políticas públicas para as mulheres, bem como os negros e homossexu-ais, O projeto Gabinete Itinerante Compromisso e Participação, visita se-manalmente os bairros de Macapá e nos finais de semana desenvolve ações na zona rural, co-lhendo reivindicações da população, valendo ressaltar que em 2009 realizou inúmeras reu-niões, conseguindo in-tervir com mais de 1.000 requerimentos a Prefei-tura Municipal de Maca-pá.

A assessoria de comu-nicação da campanha da candidata não informou a reportagem, quais es-tratégias deve adotar em seus programas eleito-rais.

Evandro Milhomen (PC do B)

Com a coligação “A Macapá que Queremos”, o Partido Comunista do Brasil (PC do B ) traz a majoritária o candidato Evandro Milhomen e sua vice Patriciana Guima-rães Araujo. Para dispu-tar na corrida eleitoral, o candidato conta com um marqueteiro próprio.

Segundo a assessoria de comunicação do can-didato, a campanha na rádio e TV será utilizada na tentativa de conscien-tizar a comunidade, de que é possível traçar ações e políticas públicas com a participação de todos, através da instala-ção dos Conselhos Ad-ministrativos.

No 4º mandato como deputado federal, Evan-dro Milhomen pretende mostrar a população que é preciso mais do que boa vontade, é necessá-rio ter experiência para atuar na administração municipal.

O candidato se utiliza do perfil, cuja imagem nunca foi difamada, por envolvimento em práti-cas de corrupção. Segun-do ele, não há tempo para ataques e sim para apresentar propostas de governo.

Roberto Góes (PDT) O candidato Roberto

Góes da Construindo e Gerando Emprego, com-posto pelos partidos PP, PDT, PMDB, PSL, SC, PR,

PSDC, PHS, PSD e PT do B, tendo como vice-pre-feita Telma Lucia de Aze-vedo Gurgel, incluiu nos seus gastos com campa-nha, previsto em R$ 3.200.000,00, os serviços de Sérgio Macedo.

O marqueteiro é de São Luiz (MA), secretário de comunicação do go-verno Roseana Sarney e é conhecido pelo profis-sionalismo e conceito de estratégias de comunica-ção. Com experiência de quase duas décadas em campanhas políticas, Macedo esteve em Ma-capá no segundo turno da campanha municipal de 2008, revertendo os índices de aprovação de Roberto e o elegendo para o primeiro mandato de prefeito.

A campanha do prefei-to Roberto está pautada nas suas realizações e na discussão com os eleito-res sobre a ampliação e melhoria dos projetos que já beneficiam a po-pulação. O momento é de demonstração de re-sultados e de exposição das ações que serão de-senvolvidas nos próxi-mos quatro anos.

O plano de ações para os próximos quatro anos está focado em compro-missos e resultados. Ro-berto explicará para a população nos progra-mas de rádio, TV e redes sociais quais os novos projetos que serão exe-cutados por meio de uma gestão participativa e da

definição clara de um cronograma de execução, caso seja eleito. Cada in-serção tem “duração de 30”. O quantitativo diário reservado à coligação Construindo e Gerando Emprego é de 23 comer-ciais.

Clécio Luiz (PSOL) O candidato do PSOL

da coligação Unidade Po-pular, previu gastos de R$ 1.900.000,00 na corrida eleitoral, incluindo os ser-viços de Chiquinho Ca-valcante. Natural de Be-lém (PA), o marqueteiro é conhecido por atuar em campanhas vitoriosas como a do prefeito Ed-milson Rodrigues (PA). Com uma trajetória de esquerda, o marqueteiro também trabalhou na campanha do governo Lula e utilizará de uma linguagem objetiva ao tratar do candidato Clé-cio Luiz em Macapá.

A assessoria de impren-sa da campanha do can-didato preferiu não reve-lar detalhes sobre o programa eleitoral de Clécio Luiz, mas informou que a ideia é abordar o potencial da capital ao se referir sobre as políticas públicas planejadas no programa de governo.

O marketing atuará sob cinco eixos conside-rados fundamentais para o candidato Clécio Luiz, cujos temas são: Macapá em primeiro lugar, O povo no comando, Prefeito é mais que um zelador, Ma-

capá sem obstáculos, Ma-capá bonita, humana e ecológica e Terra de opor-tunidades, isso como for-ma de transmitir a comu-nidade, o interesse por uma gestão ética, eficien-te e democrática.

Segundo o marketing do candidato, Macapá merece mais do que uma disputa política atrasada entre dois grupos que se alternam no poder sem resolver os problemas da cidade, transformando o município em um objeto de disputa entre famílias que sempre a relegaram o segundo plano. Neste sentido, colocando a po-pulação como principal agente na condução dos destinos da cidade, com participação e decisão so-bre a aplicação dos recur-sos e a condução das po-líticas públicas para Macapá.

Quando a gestão da ci-dade, o marketing combi-nará dos problemas de hoje com uma visão estra-tégica de futuro, já grande parte dos problemas de podem ser resolvidos, a exemplo da acessibilida-de, princípio defendido por Clécio Luiz, que pre-tende também criar condi-ções para o desenvolvi-mento econômico e a geração de emprego e ren-da em todos os setores, por meio de incentivos e apoio, com foco ainda na cultura, cuidado, manutenção, em-belezamento, preocupação ambiental, esporte e lazer. (Andreza Sanches)

Page 21: jornal do dia 19e20/08/2012

E2JD Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de junho de 2012EleiçõesEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

A maioria dos planos está sem a identificação dos seus elaboradores e apenas um assinado pelo candidato; apenas o candidato Genival Cruz, do PSTU apresentou as propostas em forma de lista

Veja o que cada um dos candidatos a prefeito promete fazer por Macapá

Pesquisa Ibope: Dilma perde popularidade em capitais

A popularidade da presidente Dilma Rousseff conti-

nua altíssima (aqui, to-das as avaliações), mas em capitais de Estado ela tem perdido pon-tos.

O Ibope vem pesqui-sando a taxa de popu-laridade presidencial junto com seus levan-tamentos sobre inten-ção de voto para pre-

COLIGAÇÃO CONSTRUINDO E GERANDO EMPREGO

(PP/PDT/PMDB/PSL/PSC/PR/PSDC/PHS/PSD/PT do B)

A primeira parte do Plano de Governo do candidato Roberto Góes (PDT) é um ba-lanço do que fez no mandato que termina

em 31 de dezembro de 2012. Um relatório de gestão antecipado e que deve apresentar ao fi-nal do primeiro mandato.

Roberto Góes concorre à reeleição e coloca no plano de governo muito do que consta no Plano Plurianual que tem vigência até 2013.

Divide o plano em 5 eixos estratégicos “eixos estratégicos” e quando trata desses eixos, apre-senta-se confuso, chegando a dar entender que a candidata a vice-prefeita é a atual vice-prefeita, Helena Guerra (DEM), que concorre a uma vaga de vereadora na Câmara Municipal de Macapá.

No Eixo 5, por exemplo, que trata do “fortale-cimento institucional e aprendizagem de gover-no” fecha escrevendo: “assim, a prioridade da Administração do Prefeito Roberto Góes e de sua vice Helena Guerra, é ampliar e qualificar a participação da sociedade na gestão da cidade ...”.

Não faz qualquer referência a candidata a vice--prefeita, Telma Gurgel (PR).

A Lei 12.034/2009 in-cluiu o inciso IX ao parágrafo primeiro,

do artigo 11, da Lei das Eleições (Lei 9.504/97), no capítulo referente ao re-

gistro de candidatos, que mando que entre os do-cumentos que instruem o pedido de registro este-jam “as propostas defen-didas pelo candidato a Prefeito...” e se essa exi-gência não for cumprida na hora da apresentação

do pedido e seus anexos, a legislação manda que seja dado ao candidato até 72 horas para fazê-lo.

O conjunto dessas pro-postas passou a ser co-nhecido como Plano de Governo, um dos docu-mentos que instrui o pe-

dido de registro de candi-dato a Prefeito nas eleições municipais; can-didato a Governador nas eleições regionais; e can-didato a Presidente nas eleições nacionais.

Não pose ser encarado como uma mera formali-

dade que acompanha o pedido de registro de candidato e sim, um ins-trumento que pode fazer a diferença na tomada de decisão do eleitor conhe-cendo o que propõe este ou aquele candidato.

Como a lei foi aprovada

em 2009 é a primeira vez que os candidatos a pre-feito apresentam os seus planos de governo. A exi-gência já foi cumprida du-rante as eleições regionais e nacionais de 2010 para os candidatos a Presiden-te da República e a Gover-

O documento apresentado pela Coligação Frente Po-pular por ocasião do pedido de registro da candi-datura da candidata a prefeita de Macapá recebeu

o nome de “Programa de Governo”. O detalhe é que o subtítulo sugere ser o plano de outra coligação que não a coligação Frente Popular, pois está com o nome de “Coli-gação Todos por uma Nova Macapá”.

Seja como for a sustentação do plano, segundo os seus autores, “além das qualidades individuais da candidata, poderá contar com o legado histórico da boa gestão de João Capiberibe na Prefeitura de Macapá, no período de 1989 a 1993, seguido pela gestão do Governo do Estado do Amapá de 1995 a 2002 e, com o acompanhamento da gestão de Camilo Capiberibe no Governo estadual”.

As diretrizes do plano estão definidas em 8 pontos que são os seguintes: - Gestão democrática e participativa; - Desenvolvimento sustentável e economia verde; - Plane-jamento urbano; - Equidade e Universalização; - Desen-volvimento econômico; - Transparência e controle social; - Transversalidade; - Economia solidária e criativa.

O plano tem muitas informações que não tiveram as confirmações encontradas nos recentes índices divulga-dos, inclusive pelo IBGE, o que, certamente, não invalida a proposta mas que precisa ser melhor elaborada quando de sua execução.

O plano não destaca os nomes dos seus construtores e está assinado, ao final, pela própria candidata.

Apesar de ainda ter a simpatia do povo brasileiro, a presidente Dilma Rousseff tem perdido popularidade

ROBERTO GÓES

COLIGAÇÃO FRENTE POPULAR(PT/PTN/PSB/PPL)

CRISTINA ALMEIDA

O organizador ou os organizadores do plano não o chamou, ou o chamaram de Plano de Governo, mas Programa de Governo. Tam-

bém não estão identificados os seus elaboradores e não está assinado pelo candidato a prefeito.

É um plano que está bem distribuído e com as propostas bem identificadas, atendendo perfeita-mente a regra e dando condições aos eleitores de analisar o que está preparando para Macapá caso o candidato vença a eleição.

Estão destacadas neste Programa de Governo o que chama de “diretrizes programáticas”, o cená-rio em que vê o Município de Macapá e principal-mente a cidade de Macapá para, em seguida, apresentar a lista de propostas que pretende im-plementar em um eventual mandato.

Atende perfeitamente às exigências da legisla-ção e sempre apresenta o vice, Allan Sales (PPS).

COLIGAÇÃO UNIDADE POPULAR(PCB/PPS/PRTB/PMN/PTC/PV/PSOL)

CLÉCIO LUIZ

O organizador ou os organizadores do plano que contém as propostas do candidato Davi Alco-lumbre para prefeito de Macapá resolveu ou

resolveram “batizar” o plano de “Plano Macapaense de Desenvolvimento Integrado – Gestão para a Cida-dania”.

Também não estão identificados os elaboradores do plano e nem está com a assinatura do candidato.

“Programa de Governo” é o subtítulo usado no do-cumento apresentado por ocasião do pedido de re-gistro de candidatura. São 4 capítulos: Cenários, Olhar para o Futuro, Visão de Futuro e Estratégia de Desen-volvimento.

O plano de vale do que chamou de Rede para apre-sentar os objetivos estratégicos e as estratégias, com as seguintes sínteses: - Macapá sem pobreza e com baixa desigualdade social; - Economia dinâmica, mais diversificada, competitiva, com crescimento sustentá-vel e inclusivo; - Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento e cidadania; - Mais produção e qua-lidade na agricultura familiar e no agronegócio de município; - Macapá singular, diversa e criativa na cul-tura, no esporte e no turismo; - Áreas urbanas com mais qualidade de vida e ordenamento territorial; - Infraestrutura adequada proporcionando mais com-petitividade e qualidade de vida; - Gestão pública efe-tiva e próxima da sociedade.

COLIGAÇÃO MACAPÁ MELHOR(PTB/DEM/PRP/PSDB)

DAVI ALCOLUMBRE

Os organizadores escolheram para título do documento “Programa de Governo para o Município de Macapá”.

O programa é desenvolvido no confronto entre contexto/cenário e objetivos/ações propostas, destacando 15 eixos e seus respectivos progra-mas.

Os eixos são os seguintes:- Habitabilidade e Urbanização;- Infraestrutura;- Mobilidade;- Juventude;- Esporte;- Cultura;- Políticas sociais;- Igualdade racial;- Igualdade de gênero;- LGBT- Educação; - Assistência Social;- Meio Ambiente;- Turismo;- Finanças municipais, economia e gestão.

COLIGAÇÃO A MACAPÁ QUE QUEREMOS

(PRB/PC do B)

EVANDRO MILHOMEN

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unifica-dos (PSTU) apresentou, por ocasião do pedido de registro de candidatura o documento que cha-mou de “Propostas Programáticas”, destacando:

- Educação;- Saúde;- Transporte;- Habitação;- Mulheres;- Negros;- Homossexuais;- Segurança.Uma lista simples e com poucos dados.

PARTIDO NÃO COLIGADO(PSTU)

GENIVAL CRUZ

nador de Estado.Todos os sete candidatos

que pediram registro de suas candidaturas a prefeito do Município de Macapá junta-ram o Plano de Governo ao rol de anexos ao pedido de registro da candidatura e es-tão disponíveis, juntamente com os demais dados dos candidatos, no ícone Divulga-Cand no site do TSE.

Plano de GovernoUm plano, qualquer que

seja, é uma peça técnica e, como tal, precisa ser elabora-do tecnicamente, contendo todos os elementos indispen-sáveis a um plano, por mais simples que seja.

Como se dá a divisão do horário reservado para a propaganda eleitoral no rádio e na TV?O horário reservado para a

propaganda eleitoral no rádio e televisão é dividi-

do entre os partidos e coliga-ções, e não entre os candidatos.

Assim prevê o §2º do artigo 47 da Lei nº 9.504/97:

“Os horários reservados à propaganda de cada eleição, nos termos do parágrafo ante-rior, serão distribuídos entre to-dos os partidos e coligações que tenham candidato e repre-sentação na Câmara dos Depu-tados, observados os seguintes critérios:”

Para participar desta divisão, é necessário, portanto, que os partidos/coligações cumpram certas premissas.

A primeira delas é que possu-am candidatos registrados para concorrer a determinado cargo.

Por exemplo: um partido lan-ça um candidato a prefeito (eleição majoritária), mas não lança um candidato a vereador (eleição proporcional). Então, só terá direito à reserva de tempo nos dias destinados à propa-ganda eleitoral do candidato a prefeito.

A segunda premissa é que os partidos/coligações tenham re-

RODOLFO JUAREZDa Redação

Page 22: jornal do dia 19e20/08/2012

E3JD Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de junho de 2012EleiçõesEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

A maioria dos planos está sem a identificação dos seus elaboradores e apenas um assinado pelo candidato; apenas o candidato Genival Cruz, do PSTU apresentou as propostas em forma de lista

Veja o que cada um dos candidatos a prefeito promete fazer por Macapá

Pesquisa Ibope: Dilma perde popularidade em capitais

A popularidade da presidente Dilma Rousseff conti-

nua altíssima (aqui, to-das as avaliações), mas em capitais de Estado ela tem perdido pon-tos.

O Ibope vem pesqui-sando a taxa de popu-laridade presidencial junto com seus levan-tamentos sobre inten-ção de voto para pre-

feito. Em períodos variados, Dilma tem perdido terreno em grandes centros urba-nos.

Em São Paulo, a aprovação ao governo Dilma caiu 10 pontos percentuais de maio até agora, no início de agosto.

No Rio e em Recife, a queda de Dilma foi de 6 pontos percentuais

(em períodos distin-tos). Em Curitiba, a baixa foi de 14 pontos.

O que isso quer di-zer? Ainda não dá para saber. Pode ser a eco-nomia crescendo pou-co, o efeito das greves dos servidores públi-cos federais. Os insti-tutos de pesquisa po-deriam indagar mais a respeito em suas no-vas pesquisas.

Apesar de ainda ter a simpatia do povo brasileiro, a presidente Dilma Rousseff tem perdido popularidade

nador de Estado.Todos os sete candidatos

que pediram registro de suas candidaturas a prefeito do Município de Macapá junta-ram o Plano de Governo ao rol de anexos ao pedido de registro da candidatura e es-tão disponíveis, juntamente com os demais dados dos candidatos, no ícone Divulga-Cand no site do TSE.

Plano de GovernoUm plano, qualquer que

seja, é uma peça técnica e, como tal, precisa ser elabora-do tecnicamente, contendo todos os elementos indispen-sáveis a um plano, por mais simples que seja.

A Lei não manda que seja elaboro um plano e sim que no pedido de registro este-jam as propostas que o can-didato vai defender, ou seja, a parte de um plano. Pode ser por isso que as coordenações de campanha partam para a elaboração de um plano, onde para chegar às propos-tas tenha que ultrapassar as outras etapas técnicas como o cenário atual, os dados dis-poníveis, as estratégias a se-rem utilizadas, a forma e as condições de financiamento, o período de execução, entre outros dados.

A decisão tomada pela maioria dos candidatos em apresentar um plano, ao invés

de simplesmente listar as pro-postas que pretende defender como candidato e que acredita convencer o eleitor, antecipa, com detalhes, aquilo que indu-zirá às perguntas básicas de como, quando e onde.

É provável que as coorde-nações de campanha queiram aproveitar a oportunidade para mostrar o quando o can-didato e a sua provável equi-pe de governo conhece os problemas do Município e que tem as condições para resolvê-los.

Para as disputas do cargo de Prefeito Municipal do Mu-nicípio de Macapá, onde está a Capital do Estado, maior co-légio eleitoral, duas zonas

eleitorais, 253 mil eleitores, 28 partidos se dividiram em 7 unidades partidárias (5 coli-gações e 2 partidos “solteiros) e pediram o registro de 7 candidatos a Prefeito Munici-pal dos quais 6 estão consi-derados aptos para as dispu-tas e apenas um está com pedido indeferido, mas que está com o seu “plano de go-verno” disponível na internet.

Planos dos candidatos

Dos sete candidatos a pre-feito de Macapá, seis apre-sentaram a lista de propostas defendidas pelos candidatos, a que se refere o inciso IX, do parágrafo primeiro do art. 11

da Lei das Eleições (Lei 9504/97). Apenas o candidato do PSTU apresentou as pro-postas em forma de lista.

Os planos não identificam os seus construtores, têm di-versos nomes e apenas o da candidata Cristina Almeida está assinada por ela, mesmo sendo um plano que exige uma equipe multidisciplinar na sua construção. Os demais não estão assinados o infor-mando que é o responsável pelo conteúdo.

Mesmo assim, todos os seis planos e a lista de propostas são de responsabilidade da coligação ou partido que o apresentou com o compro-misso de executar estando

implícito, ao candidato a pre-feito.

Os planos, apesar de objeti-varem o mesmo resultado – o exercício do cargo de Prefeito de Macapá -, não têm pontos de coincidência. Cada candi-dato apresentou um plano que, em alguns deles, não têm as propostas.

Mas para entender o que pretende cada candidato é importante comparar as teses que eleve vai desenvolver pelo rádio, pela televisão, a partir do dia 22 de agosto, ou nos comícios e reuniões, com o que está escrito nos planos ou na lista, como é o caso do candidato Genival Cruz do PSTU.

Distribuição de combustível para carreata não é compra de votos Os ministros do Tribunal Su-

perior Eleitoral (TSE) rejeita-ram, por unanimidade de

votos, dois Recursos Especiais Eleitorais apresentados por Maria Jozeneide Fernandes Lima, candi-data que ficou em segundo lugar no pleito municipal de 2008 na ci-dade de Guadalupe-PI, que bus-cava a impugnação do mandato eletivo da chapa eleita - Wallen Rodrigues Mousinho (prefeito) e Francineth Lima da Costa (vice--prefeita). Relator do recurso, o ministro Marco Aurélio manteve a decisão regional segundo a qual a distribuição de combustível a ca-bos eleitorais para que possam participar de carreata não confi-gura compra de votos.

“Consignou-se que, objetivando a feitura de carreata, realmente

ocorrera a entrega gratuita de combustível à razão de dois litros para moto e cinco litros para carro, ou seja, ninguém teve o tanque completo. Conforme fez ver o Re-gional, os pronunciamentos do Tribunal são no sentido de ‘em se tratando de distribuição limitada de combustíveis para viabilizar carreata descabe cogitar da figura do artigo 41-A da Lei 9.504/97’. O TRE-PI apontou o gasto total como sendo de R$ 5.600,00, con-tabilizado na prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral e por esta aprovada”, enfatizou o minis-tro Marco Aurélio.

A defesa da candidata derro-tada argumentou, sem sucesso, que numa cidade de apenas 10 mil habitantes, a diferença en-tre o candidato eleito e sua

cliente foi de apenas 124 votos. Segundo ele, foram distribuídos 2,9 mil litros de combustível no dia 30 de setembro de 2008, com o abastecimento total de 438 veículos. A defesa do pre-feito eleito argumentou, por sua vez, que testemunhas arro-ladas pela própria recorrente (Maria Jozeneide) não confir-mam que o combustível foi dis-tribuído mediante pedido ex-presso de votos, o que afasta a tese de que teria havido capta-ção ilícita de sufrágio. Além dis-so, sustentou o advogado da chapa eleita, não se pode falar em abuso de poder econômico tendo em vvista a pequena quantidade de combustível dis-tribuída, se esgotou no percur-so da carreata.

Como se dá a divisão do horário reservado para a propaganda eleitoral no rádio e na TV?O horário reservado para a

propaganda eleitoral no rádio e televisão é dividi-

do entre os partidos e coliga-ções, e não entre os candidatos.

Assim prevê o §2º do artigo 47 da Lei nº 9.504/97:

“Os horários reservados à propaganda de cada eleição, nos termos do parágrafo ante-rior, serão distribuídos entre to-dos os partidos e coligações que tenham candidato e repre-sentação na Câmara dos Depu-tados, observados os seguintes critérios:”

Para participar desta divisão, é necessário, portanto, que os partidos/coligações cumpram certas premissas.

A primeira delas é que possu-am candidatos registrados para concorrer a determinado cargo.

Por exemplo: um partido lan-ça um candidato a prefeito (eleição majoritária), mas não lança um candidato a vereador (eleição proporcional). Então, só terá direito à reserva de tempo nos dias destinados à propa-ganda eleitoral do candidato a prefeito.

A segunda premissa é que os partidos/coligações tenham re-

presentação na Câmara dos De-putados, ou seja, possuam de-putados federais eleitos.

Tal premissa deixa margem para interpretações divergen-tes.

Entendendo-se restritivamen-te, poder-se-ia dizer que é ne-cessário que todos os parti-dos/coligações tenham representantes na Câmara dos Deputados para que obte-nham o direito de participa-rem da divisão de tempo do horário eleitoral.

Entretanto, o TSE tem adota-do interpretação mais branda, no seguinte sentido:

- o primeiro terço do tempo (dez minutos) deve ser dividido igualitariamente entre todos os partidos/coligações com candi-datos, inclusive aqueles que não tenham representantes na Câmara dos Deputados;

- os dois terços restantes (20 minutos) ficam reservados ex-clusivamente para os partidos/coligações que possuam repre-sentação na Câmara dos Depu-tados, dividindo-se o tempo de forma proporcional ao número de representantes de cada par-tido/coligação.

Portanto, para que um parti-do/coligação possa participar da divisão dos dois terços do tempo reservado para o horário eleitoral, é necessário que pre-encha os seguintes requisitos fixados em lei:

- tenha lançado candidatos;- tenha representação na Câ-

mara dos Deputados Estes dois terços do horário

eleitoral gratuito serão dividi-dos, entre os partidos/coliga-ções, de forma proporcional ao número de seus deputados fe-derais eleitos na eleição ante-rior, ou seja, “a representação de cada partido na Câmara dos Deputados é a resultante da eleição.” (art. 47, §3º da lei nº 9.504/97).

Os partidos/coligações não podem apresentar programa de rádio e televisão em tempo in-ferior a 30 segundos.

Então, se após a distribuição do tempo do horário eleitoral, um partido/coligação obtiver tempo inferior a 30 segundos, a lei assegura o direito de acumu-lar este tempo até atingir o limi-te de 30 segundos, e apresentar um só programa, e assim, su-cessivamente.

Gravação feita por eleitor sobre tentativa de compra de voto é prova ilícita

Por quatro votos a três, o Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE) considerou ilícita a gravação

ambiente feita sem o conheci-mento dos interlocutores. Acom-panhando o voto do relator, mi-nistro Marco Aurélio, a Corte manteve decisão do Tribunal Re-gional Eleitoral da Bahia (TRE--BA), que havia rejeitado a referi-da gravação como meio de prova e mantido o diploma de Délcio Mascarenhas de Almeida Filho, eleito vereador de Santo Antônio de Jesus-BA, nas eleições de 2008.

Segundo o voto do relator, a gravação ambiente submete-se à regra da inviolabilidade dos da-dos, sendo que o afastamento da

proteção não pressupõe grava-ções escondidas ou dissimuladas por um dos interlocutores, mas sim decorrentes de ordem judi-cial e sempre vinculadas a inves-tigação criminal ou a instrução processual penal.

Para o ministro Marco Aurélio, a questão ganha ainda mais rele-vo quando se trata de processo eleitoral, onde as disputas são acirradas, prevalecendo, muitas vezes, reações passionais. “Penso que na situação em exame houve violação ao direito da intimidade, não se devendo admitir a prova como lícita”, afirmou em seu voto.

O ministro ressaltou, ainda, que se constitui verdadeiro para-

doxo reconhecer como válida gravação ambiente feita sem o conhecimento dos interlocuto-res, tendo em conta admitir-se tal prova somente quando auto-rizada pelo Poder Judiciário.

A ação de impuganção de mandato eletivo contra Délcio Mascarenhas de Almeida Filho foi promovida pela coligação “Com a Força do Povo” e pelo PMDB municipal, por suposta captação ilicita de sufrágio ou compra de votos. Segundo os autos, o eleitor Israel Nunes dos Santos teria gravado, clandesti-namente, utilizando um telefone celular, um suposto oferecimen-to de dinheiro por seu voto e de sua família.

Page 23: jornal do dia 19e20/08/2012

E4JD Macapá-AP, domingo e segunda, 19 e 20 de agosto de 2012EleiçõesEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Juiz da 10ª zona, Luciano Assi, diz que uma das principais estratégias da Justiça será combater os abusos

“Os candidatos precisam abandonar os ataques e apresentar propostas”, destaca juiz eleitoral

Em entrevista exclusi-va ao Jornal do Dia, na estreia do cader-

no Eleições 2012, que será publicado aos do-mingos, o juiz da 10ª Zona Eleitoral, Luciano Assis, falou sobre suas expectativas quanto ao pleito que se avizinha. Ele destacou o trabalho que a Justiça Eleitoral vem fazendo junto aos eleitores, os andamentos de providências quanto as denúncias de abuso e qual será a estratégia para as eleições de outu-bro. Acompanhe na en-trevista de Andreza San-ches.

JD: Qual a expectativa para as eleições munici-pais que se aproximam?

Juiz Luciano Assis: Ob-serva-se com grande in-tensidade a expectativa, porém com vista no êxito da atuação, exemplo dis-so é o trabalho da Justiça Eleitoral que vem sendo feito dentro dos prazos, visto que os servidores que estão trabalhando nesta eleição tem tido uma dedicação bastante proveitosa e isso os cola-boradores e juízes, para que o serviço tenha êxito.

JD: Sobre as denúncias encaminhadas à Justiça Eleitoral, é fato de que este pleito deve contar, mais uma vez, com mui-tos processos judicializa-dos. Quais providências serão tomadas?

Juiz Luciano Assis:Isso é uma postura natural, pois em uma disputa partidária, os conflitos e interesses são muito pontuais e não há possi-bilidade de solução paci-fica por uma auto com-posição, ou seja, uma solução adotada pelos próprios partidos. Por-tanto como a disputa é acirrada, não haverá es-

paço para uma composi-ção amigável extrajudi-cial, então todos os assuntos que envolvem o processo eleitoral e que contrariem interesses desse ou daquele parti-do acabam na Justiça Eleitoral. Isso ocorre com as propagandas irregula-res, abuso de poder eco-nômico, políticos e con-dutas vedadas. É normal que todas as discussões que envolvem as elei-ções acabem desaguan-do na Justiça Eleitoral.

JD: Macapá tem duas Zonas Eleitorais. A 10ª é considerada a maior da capital e ainda contem-pla os municípios de Itaubal e Cutias. Neste pleito, o que competirá à 10ª Zona Eleitoral?

Juiz Luciano Assis:Por decisão do Tribunal Re-gional Eleitoral e orienta-ção do Tribunal Superior Eleitoral, os serviços do juízo eleitoral foram divi-didos. Coube à 10ª Zona tratar dos registros de candidatura, apuração de eventuais condutas vedadas a agentes públi-cos, abuso de poder eco-nômico ou político, além das pesquisas eleitorais e as chamadas prestações de conta. Nas eleições nos temos nossos traba-lhos convencionais, mas também atuamos no tra-balho direto com os can-didatos.

JD: Qual planejamento de atuação foi adotado pela 10ª Zona Eleitoral para dar bom encami-nhamento do pleito des-te ano?

Juiz Luciano Assis: Há uma gestão estratégica, uma divisão planejada das atividades, com isso conseguimos dar um di-namismo muito bom para o trabalho. Para se ter ideia nós conseguimos

decidir todos os pedidos de candidatura dentro do prazo. Hoje nós estamos preocupados com a or-ganização administrativa das instituições.

JD: Qual a participação do Ministério Público Eleitoral nesse processo?

Juiz Luciano Assis: A parceria do Ministério Pú-blico Eleitoral foi funda-mental nesse planejamen-to estratégico adotado pela 10ª Zona. Nós conse-guimos agilizar os proces-sos, porque muitas das formalidades legais que levam a burocratização dos processos, foram eli-minadas graças a boa atu-ação do MPE.

JD: A Justiça Eleitoral tem realizado palestras nas instituições escolares, demonstrando preocupa-

ção com a formação de cidadãos mais conscien-tes. Como anda esse tra-balho?

Juiz Luciano Assis: Esse trabalho já iniciou e tem ocorrido em parceria com a Escola Judicial Eleitoral nas escolas tanto da rede pública, estadual ou pri-vada de ensino. Ideia é transmitir a comunidade escolar através de pales-tras, o que significa uma eleição, bem como qual o papel do vereador e pre-feito, importância do voto, como se coíbe ou se pro-cede em caso de compra de votos. Todo um traba-lho pedagógico e didático para incentivar a popula-ção a ir a urnas no dia das eleições com mais consciência de seu papel. A mesma atuação será feita também nos muni-cípios de Cutias e Itaubal

nas escolas e centros co-munitários.

JD: Qual a principal orientação ao eleitor neste pleito?

Juiz Luciano Assis: O maior problema hoje da nossa democracia é o co-mércio por voto. Consi-dero a forma mais absur-da que nós temos de ofensa ao processo de-mocrático da eleição. O fornecimento de uma cesta básica, remédios, aterro ou telha, é um desrespeito ao exercício da cidadania, e o abuso do poder econômico é terrível e a ideia que nos temos que repassar é que o voto é garantia constitucional. Cidadania não se vende, se preser-va, portanto não venda seu voto.

JD: A Justiça Eleitoral mostra que está atenta aos abusos durante a eleição. Qual orientação aos candidatos?

Juiz Luciano Assis: A Justiça Eleitoral está como verdadeiro árbitro deste processo eleitoral. Os candidatos têm toda liberdade do mundo para praticar a boa polí-tica. Nós queremos que o voto seja conquistado de maneira licita, limpa, honesta e ética. Por exemplo, sou seguidor das redes sociais, mas não consigo acompa-nhar, porque o candida-to se atém a atacar uns aos outros e não surge uma proposta política a so-ciedade. Portanto concla-mo a todos os políticos que abandonem os ataques e as críticas, que evitem as agressões pessoais.

Juiz Luciano Assis: o maior problema hoje da nossa democracia é o comércio por voto

HEVERTON MENDES

Legislação eleitoral não exige registro de pesquisa divulgada em ano anterior às eleições

O ministro Arnaldo Versiani, do Tribu-nal Superior Eleito-

ral (TSE), reformou deci-são do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) que condenou Francisco de Assis de Oliveira e Souza ao pagamento de multa por divulgação de pes-quisa eleitoral, em seu site na internet, sem o devido registro na Justiça Eleitoral, para a disputa da prefeitura de Apodi--RN.

Conforme os autos, o Juízo da 35ª Zona Eleito-ral do Rio Grande do Norte julgou procedente representação eleitoral proposta pelo Diretório Municipal do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) contra Francisco de Assis de Oli-veira e Souza, e o conde-nou ao pagamento de multa de 5.000 UFIRs. A decisão foi confirmada pelo TRE-RN.

Inconformado, Francis-co de Assis recorreu ao TSE. Ao decidir, o minis-tro Arnaldo Versiani rei-terou que a intenção do legislador ao estabelecer exigências mínimas a se-rem observadas na divul-gação de pesquisas elei-torais, foi justamente a de garantir a escolha livre e democrática dos candi-datos pelos eleitores, evi-tando-se, assim, que a manipulação de dados possa influenciá-los em

Ministro Arnaldo Versiani, do TSE: recurso especial (Respe 2813) para cancelar a multa aplicada ao recorrente

Confira o calendário eleitoral para AgostoAGOSTO - SÁBADO, 18.8.2012(50 dias antes) Último dia para os partidos políticos recorrerem

da decisão do juiz eleitoral sobre a nomeação dos membros da mesa receptora, observado o prazo de 3 dias, contados da publicação da decisão (Lei nº 9.504/1997, art. 63, § 1º).

Último dia para os responsáveis por todas as re-partições, órgãos e unidades do serviço público oficiarem ao juízo eleitoral, informando o número, a espécie e a lotação dos veículos e embarcações de que dispõem para o primeiro e eventual segun-do turnos de votação (Lei nº 6.091/1974, art. 3º).

AGOSTO - TERÇA-FEIRA, 21.8.2012(47 dias antes) Início do período da propaganda eleitoral gra-

tuita no rádio e na televisão (Lei nº 9.504/1997, art. 47, caput).

Último dia para os tribunais regionais eleitorais decidirem sobre os recursos interpostos contra a nomeação dos membros das mesas receptoras, observado o prazo de 3 dias da chegada do recur-so no Tribunal (Lei nº 9.504/1997, art. 63, § 1º).

AGOSTO - QUINTA-FEIRA, 23.8.2012(45 dias antes) Último dia para os tribunais regionais eleitorais

tornarem disponíveis ao Tribunal Superior Eleitoral as informações sobre os candidatos às eleições majoritárias e proporcionais registrados, das quais constarão, obrigatoriamente, a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem, para fins de centrali-zação e divulgação de dados (Lei nº 9.504/1997, art. 16).

Data em que todos os recursos sobre pedido de registro de candidatos deverão estar julgados pela Justiça Eleitoral e publicadas as respectivas deci-sões (Lei nº 9.504/1997, art. 16, § 1º).

AGOSTO - TERÇA-FEIRA, 28.8.2012(40 dias antes)Último dia para os diretórios regionais dos parti-

dos políticos indicarem integrantes da Comissão Especial de Transporte e Alimentação para o pri-meiro e eventual segundo turnos de votação (Lei nº 6.091/1974, art. 15).

sua preferência, em detri-mento dos demais candi-datos, com indiscutível força persuasiva.

Entretanto, ressalta o ministro, o art. 1º da Res.--TSE nº 23.364/2011, que dispõe sobre as pesquisas eleitorais para as eleições de 2012, estabelece: que a partir de 1º de janeiro de 2012, as entidades e em-presas que realizarem pesquisas de opinião pú-

blica relativas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar no Juízo Eleitoral ao qual compete fazer o registro dos candidatos, com no mínimo 5 dias de antece-dência da divulgação.

No caso em questão, conforme consta da pró-pria decisão do TRE-RN, a pesquisa relativa às elei-

ções de 2012, foi divulga-da no dia 20 de maio de.2011.”Desse modo, não ficou configurada, na espécie, a divulgação de pesquisa eleitoral sem o devido registro na Justiça Eleitoral”, concluiu em seu voto.

Assim, o ministro aco-lheu o recurso especial (Respe 2813) para cance-lar a multa aplicada ao recorrente.