jornal radiola

8
Radiola Jornal Radiola.indd 1 Jornal Radiola.indd 1 18/11/2009 10:51:55 18/11/2009 10:51:55

Upload: wallace-aguiar

Post on 19-Feb-2016

219 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

jornal radiola

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Radiola

Rad i o l a

Jornal Radiola.indd 1Jornal Radiola.indd 1 18/11/2009 10:51:5518/11/2009 10:51:55

Page 2: Jornal Radiola

Roteiro

2 Pearl Jam3 Rock Brasileiro5 Ultraje a Rigor6 Dicas7 Cat Power

Novembro de 2009 – edição número 2

Jornalista responsável: João Almeida Alves

Editor: Ernesto Silva Santos

Diagramação: Wallace Aguiar

Tiragem desta edição: 1000 exemplares

Jornal Radiola.indd 2Jornal Radiola.indd 2 18/11/2009 10:52:0018/11/2009 10:52:00

Page 3: Jornal Radiola

Pearl Jam 2

Quem acompanha estas mal traçadas linhas já sabe quem é Monaliza Souza, que fez uma ótima participação especial em um texto que escrevi sobre o papel redentor das mulheres na vida de certos homens.Pois bem, minha querida amiga enviou um texto bem legal a respeito da experiência que ela teve ao assistir a uma apresentação do Pearl Jam dias atrás na cidade natal dos caras, Seattle (EUA). Por isso, vou dividir com vocês o relato preciso e poético que a Monaliza fez desse show, que teve ainda como brinde o sempre ótimo Ben Harper fazendo o show de abertura.“’I’m still alive’. É com esta frase

Pearl Jam mostra como é bom

estarmos vivosecoando na cabeça que centenas de pessoas deixaram o Key Arena, em Seattle, após uma performance enlouquecedora do Pearl Jam. A banda está mais viva do que nunca e encerrar o show com “Alive” é mais signifi cativo do que parece. A apresentação de 21 de setembro foi o início ofi cial da turnê de Backspacer, o novo álbum da banda, lançado no dia anterior. Embora já viesse se apresentando para o público desde agosto, o grupo escolheu Seattle para tal empreitada. E deu para entender o motivo: em meio a vizinhos, amigos de infância, colegas de outras bandas, família e fãs, a banda parecia relaxada e confortável, com Eddie Vedder fazendo brincadeiras

do tipo “Estamos um pouco nervosos em tocar aqui hoje”. O Pearl Jam entrou no palco tocando “Long Road” e seguiu misturando canções de todos os álbuns com músicas novas. O único disco que não teve qualquer canção incluída no show foi o Binaural. Ao todo, foram 27 músicas, tocadas de forma visceral e performática, sendo oito do mais recente trabalho. Foi até difícil dizer quais eram as músicas novas e quais eram as antigas, visto que o público cantava em uníssono todas as canções. As quase três horas de show tiveram ainda duas boas participações especiais: o Octava String Quartet tocou com a banda “Just Breath”.

Bebendo vinho como se fosse água, Vedder foi crescendo e enlouquecendo ao longo do show, com uma performance de palco arrasadora. E ele não foi o único. O guitarrista Mike McCready também esteve com a sua veia punk ativada e correu por todo o palco, pulando como se estivesse em uma cama elástica, mexendo com a platéia e fazendo contato com o público que estava em todos os locais do estádio, mesmo nas cadeiras mais altas e distantes. Ele se mostrou livre para solar o quanto quisesse, pois em sua retaguarda estava Stone Gossard - Vedder fez questão de dizer, em determinado momento do show, que o outro guitarrista era realmente um porto seguro para a banda.

Por Regis Tadeu, colunista do Yahoo! Brasil

Jornal Radiola.indd 3Jornal Radiola.indd 3 18/11/2009 10:52:0218/11/2009 10:52:02

Page 4: Jornal Radiola

Não é de hoje que os gringos “pagam pau” para música brasileira. Já vi japoneses na feira de discos da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros (SP), pagando fortunas por discos de bossa nova para venderem no Japão por milhares de yens. Na Alemanha, existe um selo chamado Shadocks que se especializou em rock psicodélico do mundo inteiro. Do Brasil eles descobriram tesouros enterrados durante anos e que pouca gente conhecia. Visite o site (clique aqui) e dê uma olhada nos lançamentos dos caras. Só obscuridades do mundo inteiro. Há alguns anos eles editam uma série chamada “Love, Peace & Poetry” e um dos volumes dessa coleção é dedicado à psicodelia brasileira.

Nesse disco solo, Hugo Filho gravou duas músicas de Zé Ramalho. Daí muitos vão me questionar: “mas isso é rock?”. Sim, rock brasileiro com infl uencias de MPB, assim como um dos primeiros trabalhos de Zé Ramalho com o pernambucano Lula Cortes, o álbum duplo “Paêbirú”, de 1975. Esse eu considero um dos clássicos mais obscuros da música brasileira. O disco virou uma raridade e foi relançado somente na Alemanha, em edição limitada há alguns anos. Daí vem novamente aquele questionamento, mas Zé Ramalho é MPB e não rock, engano seu, meu amigo, Zé Ramalho é mais rock and roll que qualquer garoto emo por aí.

Com certeza, muitos dos leitores nunca devem ter ouvido falar da maioria desses grupos, acho que com exceção do Terço, o restante é para poucos ouvidos.A mesma gravadora alemã lançou individualmente discos da maioria desses interpretes, o mais recente foi o paraibano Hugo Filho e seu álbum “Paraibô”, gravado em 1978 e lançado em edição limitada de 500 LPs na época. Hugo Filho fez parte da banda The Gentlemen, na Paraíba, nos anos 60 e 70 (O LP do The Gentlemen é outra raridade ). Conheça e ouça o disco de Hugo Filho, aqui.

Só para te dar uma ideia, o paraibano lançou há pouco tempo tributos a Bob Dylan e Raul Seixas, e sua discografi a é uma das mais belas nessa fusão de rock e ritmos brazucas. Vale a pena vocês lerem a fascinante história do disco “Paêbirú”, clique aqui.Continuando nessa questão “é rock ou MPB”, encontramos outro lançamento só na Europa, a banda Os Brazões, que acompanhavam Gal Gosta no fi nal dos anos 60. Dizem que os caras tinham um tremendo suingue, que poderiam até ser o Santana brasileiro, mas não chegaram a tanto, pois fi zeram apenas um LP. Mais um para essa coleção de ilustres desconhecidos é a banda Assim Assado, o nome já remete a Secos & Nolhados.

Rock Brasileiro3Não é de hoje que os gringos “pagam pau” para música brasileira.

Jornal Radiola.indd 4Jornal Radiola.indd 4 18/11/2009 10:52:0218/11/2009 10:52:02

Page 5: Jornal Radiola

Na verdade, foi uma estratégia de gravadora aproveitando o sucesso dos Secos & Molhados, na década de 70, para lançar esse grupo nos mesmos moldes. Leia mais sobre a história desses discos, clique aqui. E no rock tropicalista dos Mutantes, quem foi na mesma onda na década de 60? Assim como os Mutantes se tornaram banda de respeito mundialmente, os gringos descobriram obscuridades na mesma linha, como por exemplo, LIVERPOOL. Essa era uma banda gaúcha, que lançou apenas um disco em 1969 e um compacto que vem de bônus na edição em vinil lançada recentemente pela gravadora Shadocks na Alemanha.

O Liverpool é responsável por uma parte da história do rock gaúcho, que acabou gerando na década de 70 outra banda bastante cultuada, o Bixo da Seda. Mais história sobre Liverpool e o disco “Por Favor Sucesso” de 1969, . E tem também aqueles que cantavam a psicodelia em inglês, como por exemplo: Os Baobás vieram da safra da Jovem Guarda cantando sucessos do rock sessentista americano e inglês e fi zeram até uma versão do clássico dos Rolling Stones “Paint It Black” que virou “Pintada de Preto”. Veja a história e os discos dos Baobás.

4SELEÇÃOBrazilian Nuggets

SOUND FACTORY (1970)Essa é mais uma “gema” do rock feito por aqui na década de 70 e cantado em inglês, incluindo alguns temas orignais e alguns covers de (Traffi c, Johnny Winter, It´s a Beautifull Day, Blind Faith e Jefferson Airplane), esse é outro disco que virou raridade e foi resgatado também na Alemanha pela gravadora Shadocks.

A BARCA DO SOLNa década de 70, trabalhei na gravadora Continental e descobri os dois discos mais espetaculares do rock progressivo e folk rock brasileiro. Na sua formação A barca do Sol trazia o sensacional músico Jacques Morelembaum (violoncelo, piano e voz) e dentre outros ainda tinha Richard Court (o famoso Ritchie) tocando fl auta. O primeiro disco foi produzido por Egberto Gismonti. Esses dois álbuns da Barca do Sol: “Durante o Verão” (1976) e “A Barca do Sol” (1974), foram reeditados em CD em 2000 pela Warner e vale muito a pena tentar consegui-los.

Jornal Radiola.indd 5Jornal Radiola.indd 5 18/11/2009 10:52:0318/11/2009 10:52:03

Page 6: Jornal Radiola

5

Ultraje a Rigor

Por: Tiago Agostini

Com quase 30 anos de carreira, Roger Moreira

parece ter cansado da lógica do mercado e

resolveu tocar o Ultraje a Rigor a seu modo. A

banda está gravando um disco a longo prazo,

sem data para acabar, lançando pacotes de

músicas na internet. “Com o aumento do acesso

à internet e como a nossa fonte de renda conti-

nua sendo os shows, temos liberdade de lançar

só três músicas”, conta o vocalista.

Produzido por Roger, Mingau e Flavio Decarolli,

esse será o primeiro registro inédito da banda

desde 2002, quando saiu Os Invisíveis. Roger

assume a culpa pela demora. “Tive crise de in-

spiração.” A formação do Acústico MTV, lançado

em 2005, foi mantida. “Quebramos a estética de

que a banda precisava ter apenas duas guitarras,

baixo e bateria”, diz Roger, com um ar sossega-

do. “O objetivo deste disco não é fazer sucesso.

Queremos continuar tocando e nos divertindo.”

Conheça mais os trabalho da banda Ultraje a

Rigor no site www.ultrajearigor.com.br

Jornal Radiola.indd 6Jornal Radiola.indd 6 18/11/2009 10:52:0318/11/2009 10:52:03

Page 7: Jornal Radiola

6Dicas

Algumas dicas para começar a tocar guitarra!

1- Procure uma guitarra que satisfaça o seu gosto musical

A primeira coisa a se fazer é procurar uma guitarra de verdade, certo? Isto vai depender da música que você curte, é importante pegar um instrumento que vai se adequar mais aquilo que você gosta de ouvir. Hoje, no Brasil, é possível encontrar guitarras de todos os preços, de todos os tipos e marcas. Procure uma guitarra que não seja tão cara mas que tenha um bom acabamento e seja equilibrada, que mantenha a afi nação. Imite o seu ídolo, vá atrás de uma guitarra parecida, ou igual, a que ele usa.

2- Use cordas leves no começo

No começo, para os primeiros acordes e solos, é melhor colocar cordas mais leves na sua guitarra, as pontas dos dedos ainda não estão calejadas sufi cientes e as cordas mais leves são menos agressivas aos dedos. Vai ser um processo em que os dedos vão doer mesmo, não tem jeito. Com uma rotina de estudo adequada e muitos exercícios de escalas e acordes, os dedos vão fi cando mais fortes. Sugiro as cordas conhecidas como “09”.

3- Teste várias palhetas antes de decidir por uma

A palheta é uma escolha muito pessoal, vai depender muito do estilo de som que você vai fazer e da maneira como você vai segurá-la: cada um tem um jeito bem diferente de pegar na palheta. Veja, por exemplo, guitarristas como Van Halen, Marty Friedman, James Hetfi eld, George Benson, B.B. King e Keith Richards e observe que cada um tem o seu jeito de tocar. Ache o mais confortável, teste várias maneiras e crie o seu próprio estilo. Existem dezenas de possibilades de espessura, das mais fl exiveis até as mais duras. O tamanho e o formato também variam bastante.

4- Pesquise vários amplifi cadores

A escolha do amplifi cador também segue a mesma linha da escolha da guitarra, faça o som que você gosta, procure aquela resposta sonora que sempre sonhou. Há dezenas de modelos disponíveis e você pode testá-los com calma, pesquisando e aprendendo diferentes combinações entre os graves, agudos, médios, o gain, os efeitos, etc… Observe também a praticidade dele, se é muito pesado e de difícil locomoção. Comece procurando um estilo chamdo “combo”.

5- Conheça o instrumento, passe tempo com ele

O próximo passo é conhecer o instumento, ser curioso. Passe tempo com ele, mas sem esquecer das suas responsabilidades com a escola ou trabalho, ache um tempo do dia para ter esta “conversa” com ele. Coloque as músicas que você gosta e procure as notas do braço da guitarra, observe a relação das posições que você faz com o som emitido. Procure também um professor, que vai te passar a parte mais teórica da música, pratique as escalas, acordes e exercícios com diciplina e curta o instrumento o máximo possível! Brinque também com o seu amplifi cador, teste sons mais pesados e distorcidos, sons mais limpos e suaves, sinta a relação das cordas com o captador, a palheta, enfi m, seja curioso, a guitarra tem muito a oferecer.

Na próxima semana eu continuo como as cinco dicas restantes.

Grande abraço,Andreas Kisser

Jornal Radiola.indd 7Jornal Radiola.indd 7 18/11/2009 10:52:0418/11/2009 10:52:04

Page 8: Jornal Radiola

The GreatestOnce I wanted to be the greatest

No wind or waterfall could stall meAnd then came the rush of the fl ood

Stars of night turned deep dust

Melt me down Into big black armor

Leave no trace of graceJust in your honor

Lower me downTo culprit south

Make’em wash a space in townFor the lead

And the dregs of my bedI’ve been sleeping

Lower me downPin me in

Secure the groundsFor the later parade

Once I wanted to be the greatestTwo fi sts of solid rock

With brains that could explainAny feeling

Lower me downPin me in

Secure the groundsFor the lead

And the dregs of my bedI’ve been sleeping

For the later parade

Once I wanted to be the greatestNo wind or waterfall could stall me

And then came the rush of the fl oodStars of night turned deep to dust

7Cat Power

Jornal Radiola.indd 8Jornal Radiola.indd 8 18/11/2009 10:52:0418/11/2009 10:52:04