jovens escritores - 8º ano
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“Viajando em nossa história” é uma reunião de textos produzidos pelos alunos que estão cursando o Nono Ano (8ª série) do Ensino Fundamental na CNEC, unidade de Capivari, São Paulo, neste ano de 2015.TRANSCRIPT
Célia Regina de Oliveira Possignolo
(Organização)
CNEC – Capivari/SP
2015
Apresentação.
“Realidade e ficção” é uma reunião de textos produzidos pelos alunos que
estão cursando o Oitavo Ano do Ensino Fundamental na CNEC, unidade de Capivari,
São Paulo, neste ano de 2015.
Leram “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, escrito por Carolina Maria
de Jesus, no qual retratou o dia a dia das comunidades pobres da cidade de São Paulo.
Essa leitura, além de contribuir com a aprendizagem, também os orientou na
construção do “Projeto Plataforma”.
Explorando a reflexão, a emoção e a linguagem poética nos textos líricos, os
autores se deixaram guiar por um caminho expressivo e refletiram sobre suas
habilidades.
Segundo Tom Clancy, “a diferença entre ficção e realidade é que a ficção tem
que fazer sentido”. Embarcar nessa viagem é o convite desses adolescentes sensíveis e
criativos para explorar um mundo de sonho e de realidade, de lembrança... que
permite viver o mais íntimo encontro com o eu.
Boa leitura!
Célia Regina de Oliveira Possignolo.
(Professora da área de Língua Portuguesa).
ÍNDICE
Beatriz de Lima Bonfim Quando faltar....................................................................................................p. 06 Poesia da Carolina ............................................................................................p. 07 Camila de Almeida dos Santos Realidade e felicidade .......................................................................................p. 08 A vida de Carolina de Jesus ...............................................................................p. 09
Diogo Pavan Conselvan Sempre só .........................................................................................................p. 10 Favelada............................................................................................................p. 11 Frederico Aloia Miyasaki Realidade e mundo virtual ...............................................................................p. 12 Maria Carolina de Jesus, a guerreira do Tietê ..................................................p. 13
Gabriel Pereira Bresciani Meu mundo de crime ......................................................................................p. 14 Quarto de despejo.............................................................................................p.15 Giovanna Nunes Padovani Lembrança boa ..............................................................................................p. 16 Carolina.......................................................................................................... p. 17 Gustavo Piccinin Tebom Comunicação.....................................................................................................p. 18 Carolina Maria de Jesus ....................................................................................p. 19 Heloíse Estanislau Quando... ........................................................................................................p. 20 Carolina............................................................................................................p. 21 Henrique Camargo Quagliato Naruto Uzumaki...............................................................................................p. 23 Poema de Carolina ..........................................................................................p. 24
Igor Palamartchuk Azevedo Favela na real ....................................................................................................p. 25 Maria humilde ...................................................................................................p. 26 Ingrid Oliveira Andrade Tristeza x alegria ...............................................................................................p. 27 Carolina de Jesus...............................................................................................p. 28 João Victor Galvão Canobre Futebol..............................................................................................................p. 29 A simplicidade de uma heroína ........................................................................p. 30 João Vitor Pastana A guerra ...........................................................................................................p. 31 Carolina, a heroína............................................................................................p. 32 Júlia Bresciani de Campos Amor incondicional ..........................................................................................p. 33 A vida de uma favelada.....................................................................................p. 34 Leonardo Monaro Nascimento S.A.O. ...........................................................................................................p. 35 História de Carolina ..........................................................................................p. 36 Lívia Marisa Ribeiro Bonfá Apenas a natureza ...........................................................................................p. 37 História de pobreza ..........................................................................................p. 38 Mateus Girardi Sanches A favela .............................................................................................................p. 39 A vida de Carolina..............................................................................................p. 40 Pietra Ferrari da Silva Minha mãe ......................................................................................................p. 41 Carolina............................................................................................................p. 42 Rafael Armelin Desigualdade social .........................................................................................p. 43 Carolina de Jesus..............................................................................................p. 44
5
Sara Almeida Moreira Nunca desista de si..............................................................................................p. 45 Carolina Maria de Jesus ......................................................................................p. 46 Stefan Assmann Movimento e tecnologia.....................................................................................p. 47 Carolina...............................................................................................................p. 48 Valéria Nere Dias Solidão ................................................................................................................p. 49 A vida de Carolina ...............................................................................................p. 50 Rafael Moraes
Amizade de amigo ..............................................................................................p. 51 Minha casa .........................................................................................................p. 52
6
Quando faltar
Quando faltar inspiração,
Lembre-se dos segredos
Do coração...
Quando faltar felicidade,
Lembre-se de sua melhor
Amizade...
Quando faltar motivo,
Lembre-se de seu melhor...
Sorriso!!!
Beatriz de Lima Bonfim
7
Poesia da Carolina
Carolina foi a primeira a contar como era a favela,
Do ponto de vista de quem vivia nela.
Morou na rua por um tempo
Com três filhos a tiracolo.
Escreveu o livro “Quarto de Despejo” e
Fez do Brasil seu auditório.
Era vaidosa, era cuidadosa, fazia os próprios
Brincos que a deixavam mais charmosa.
Carolina revelou a miséria da sociedade
Invisível para a comunidade.
Ninguém podia pegar comida lá,
Mas não tinha escapatória, era comer ou
Morrer sem ter sua história.
Quando vendia papel,
Comia bife, pão com manteiga, batata frita
E salada...
Que realidade amarga!
Saiu de Sacramento decidida a nunca mais voltar,
Mas foi surpreendida
Ao ser presa.
Morreu às margens da pobreza
Com muita nobreza.
De você vamos sentir saudade,
De sua vida de simplicidade!
Beatriz de Lima Bonfim
8
Realidade x Felicidade
A música do coração
Nos faz perder a noção.
Sinto muito, meu amor,
Se a realidade não te agradou.
“Penso, penso, logo existo”.
Esse amor um pouco sinistro...
Eu aqui na realidade,
Você aí buscando felicidade.
Na busca do mundo perfeito,
Você se esqueceu dos defeitos
Que há de assombrar o povo...
Algo que não é novo.
Por favor, eu lhe peço:
Não crie um mundo só seu,
Para que a realidade
Não o deixe como eu.
Sente-se aqui do meu lado,
Contarei uma história
Desse mundo sem coração,
Dessa realidade sem noção!!!
Camila de Almeida dos Santos
9
A vida de Carolina de Jesus
“Essa negrinha inteligente
sabe tudo sobre a gente”.
Cochichava uma vizinha
Com a sua amiguinha.
“Cita naquele livro
até seu pior inimigo”.
Outra comentava
Enquanto passava.
Amava fazer poesia
Tudo com muito esmero
Sempre levou a educação dos filhos
Muito a sério.
Anos se passaram
E o sucesso veio à tona.
Ficou reconhecida
Pela humildade de sua vida!
Depois de muito abalo,
Caiu no anonimato
Morreu há muito tempo
Com muito reconhecimento.
Camila de Almeida dos Santos
10
Sempre só
Sou um empresário
Muito solitário,
Vivo sozinho
Até no meu coração!
Assim... aprendi a abraçar a solidão.
Desde então,
Minha vida está entre laços e
Num conjunto me embaraço.
Meu sonho não passa
De um lapso.
Já não sei mais o que faço,
Vivendo nessa escuridão...
Diogo Pavan Conselvan
11
Favelada
Carolina era linda,
Mas fedia uma catinga.
Era pobre, não tinha pão.
Meu Deus! Que judiação!
Era pobre, não tinha mansão
Muito menos alfabetização.
Ficou conhecida da noite para o dia
E muita gente sorria.
Depois de viver, se cansou e
Em um caderno desabafou.
O livro publicou e o mundo abalou.
Diogo Pavan Conselvan
12
Realidade e mundo virtual
Um mundo diferente
Que está na ficção
Ele não é real,
Só para a nossa imaginação.
Mesmo não existindo
Há muitas coisas para se fazer
Bater papo com alguém
Falar e conhecê-los.
A internet, meu caro,
É um lugar diferente
Tudo é imaginação
Mas ela nunca está ausente.
Internet é um amigo
Novo a se conhecer.
Mas, meus amigos,
Há muitas coisas a se viver.
Não abandonem a sua vida
Para ficar no mundo virtual,
Internet é bom demais
Mas não é ninguém real!
Frederico Aloia Miyasaki
13
Carolina Maria de Jesus, a guerreira do Tietê
Carolina de Jesus
Uma mulher especial
Combatendo a fome,
De modo fenomenal.
Nas margens do rio
Acontecia muita coisa
Você não queira saber
Era bem pesado.
No rio Tietê
Havia um cheiro.
Não dava para aguentar.
Após muita luta
Ela fez sucesso
Você nem está ligado
Fez mais que Michael Jackson.
Frederico Aloia Miyasaki
14
Meu mundo de crime
Um homem sem casa, sem trabalho,
Praticamente um mendigo
Conheceu um pirralho
Muito metido.
Que mostrou o caminho
Me ensinou a não ter piedade em meu coração
Como se fosse de espinho
Assim aprendi a arte de ser um ladrão...
Roubando bancos e galpões,
Pegando reféns,
Com a polícia fazendo negociações,
Matando homens e mulheres, roubando todos os seus bens...
Sou um refém da corrupção!!!
Gabriel Pereira Bresciane
15
Quarto de Despejo
Quarto de Despejo,
Um livro escrito por uma favelada.
Poucos acreditavam que seria bom,
Mas se surpreenderam.
O dia a dia de uma moradora de favela
Conta esse livro de Carolina,
Era vítima de abuso,
Sofria racismo.
Teve quatro filhos,
Um abortado.
Quando o livro fez sucesso,
Todos a reconheceram.
Foi morar numa casa luxuosa
Mas ninguém gostava dela.
Seus vizinhos falavam que ela fedia
E seus costumes os aborrecia.
Então... foram se esquecendo de quem ela era,
Para uns uma negra favelada,
Para outros, Carolina Maria de Jesus...
Gabriel Pereira Bresciane
.
16
Lembrança boa
Antigo bicho de pé,
Confortável. A casa aberta para todos,
E os animais bem comportados.
Lá dentro, havia um cheiro bom...
Havia também um homem que não era guia
Mas foi bondoso.
Ele nos guiou até o local da comida,
Logo fizemos a refeição e
Já estava na hora da ida.
Como era criança, saí correndo,
Com o sorvete na mão e comendo...
Aquele dia foi inesquecível!!!
Na semana seguinte voltamos,
E o dia inteiro lá ficamos.
Giovanna Nunes Padovani
17
Carolina
Carolina escreve seu primeiro livro
Tão importante que foi inesquecível...
A partir de muitas vendas ficou famosa
Estava ficando conhecida e “poderosa”.
Isso foi mudando a sua vida
Mas chegou o seu dia.
Sua morte não foi agradável
Uns sorriram, outros choraram...
Na hora, seus filhos não podiam pagar o caixão
Emprestaram dinheiro da vizinha de bom coração.
Seu sucesso foi aumentando
E uns invejando.
Essa foi a vida dela (Carolina Maria de Jesus)
Guerreira, trabalhadora e honesta!
Giovanna Nunes Padovani
18
Comunicação
A comunicação
É uma espécie de informação,
As diversas culturas se misturam
E assim se integram.
Existe a televisão,
No telejornal a previsão,
à noite exibe novelas,
que são muito belas.
Existe o rádio
Que é transmitido do alto do prédio,
Durante o dia toca música,
Vai do sertanejo à clássica.
Essa é a comunicação,
É um universo em expansão,
Sua base é o conhecimento
E necessita de discernimento.
Gustavo Piccinin Tebom
19
Carolina Maria de Jesus
Carolina de Jesus, moradora da favela
Não tinha comida dentro da panela
Catadora de papel
Vivia no fel.
Escreveu “Quarto de Despejo”
Com um só desejo
Mostrar a realidade
Com muita fidelidade.
Conseguiu seu sonho realizar
Em uma casa residível morar.
Os vizinhos não gostavam dela,
Pois negra era ela.
Morreu no anonimato e na pobreza
Em meio à tristeza.
2014 foi seu centenário
E abalou o mundo literário.
Gustavo Piccinin Tebom
20
Quando...
Quando fecho os olhos
Imagino um lugar,
Sem nenhum tipo de desigualdade,
O local perfeito para se morar!
Onde todos tenham casa,
Saúde, alimentação,
Educação,
E muito amor no coração!!!
Quando abro os olhos,
Vejo um lugar
Não muito bom para se morar...
Cheio de desigualdades,
Pessoas nas ruas sem oportunidades,
Mas com um coração cheio de vontades...
Heloíse Estanislau
21
Carolina
Uma mulher muito sofrida
Que batalhou por sua vida
O nome dela é Carolina.
Vivia na favela do Canindé
Ela tinha três filhos
Eles andavam a pé.
Cansada de tudo o que acontecia
Resolveu contar para o mundo que
A favela não era o que parecia.
A dura realidade
Dói mais que a verdade.
Imagina não ter o que comer...
Mas que crueldade!
Quando lançou seu livro
Se surpreendeu.
Quem diria que uma semianalfabeta
Conseguiria escrever uma obra daquela!
O livro tão interessante
Vendeu onze mil cópias
Somente em uma semana.
Finalmente alcançou seu sonho
Morar numa casa residível
Seu filho ficou risonho.
Carolina mal sabia administrar o que ganhava.
Então sua filha mais nova lhe falava:
“Mamãe pare com isso,
Logo não conseguiremos viver com tão pouco dinheiro,
Mas que desperdício!”
Acabou morrendo em anonimato
Quem diria saiu do lixo direto para o estrelato
22
Foi um sucesso efêmero
Mas, com certeza, mudou seu gênero.
Entrou para a história
Olha! Olha, Carolina!
Mas que bela trajetória.
Heloíse Estanislau
23
Naruto Uzumaki
Naruto Uzumaki
É um jovem ninja,
Comia muito lâmen
E seu amigo era um Uchiha.
Lutar por um laço
De um verdadeiro amigo
Vai mudar a sua vida.
Se não gostou, desculpe, pois esse é seu jeito ninja.
Com o poder da raposa de nove caudas,
Selado em seu corpo,
Era desprezado pelo povo,
Mas ele tinha um sonho
De se tornar um Hokage
E ser respeitado pela sociedade!
Criou seu próprio jutsu:
Rasengan gigante
Podia até derrotar
O jutsu do tsunami.
Enfim, conquistou o seu sonho
De se tornar um Hokage,
Dar a sua vida pela aldeia da Folha
E ser respeitado pela sociedade.
Henrique Camargo Quagliato
24
Poema de Carolina
Carolina de Jesus era uma pobre,
E na sua casa nem tinha luz;
Quando lançou o “Quarto de Despejo”,
Ficou famosa e poderosa, até um tempo.
Com três filhos para cuidar,
Tinha que amar,
Com sua posição,
Como cidadão.
Foi morar em um porão,
Lá ganhava pão e macarrão,
Mas cansou da escuridão.
Um sítio ela comprou,
E sua vizinhança a criticou.
O jornalista Audálio Dantas a conheceu,
Pois ela mereceu.
Após citar a pobreza,
Ela faleceu.
Como era catadora de papel,
Vivia no fel.
Henrique Camargo Quagliato
25
Favela na real
Na favela há muita humildade.
Lá as pessoas têm muita capacidade!
Mas também tem traficante.
Muitas delas não têm ostentação,
Só um prato de arroz e feijão!
A casa não tem couro,
Mas tem coração de ouro!
Igor Palamartchuk Azevedo
26
Maria humilde
Maria não tinha teto e não tinha chão
Mal conseguia o pouco dinheiro pro pão
Sozinha cuidou dos três filhos
Com muita humildade, sofrendo desnutrição.
Era pisoteada como chão
Ao procurar folhas no lixo
Até que um repórter a ajudou
E com esforço famosa ficou.
Ao sair de perto do rio Tietê
Seus vizinhos a xingavam de etê
Com seu dinheiro comprou um sitio no interior
E acabou que morreu sem dor.
Igor Palamartchuk Azevedo
27
Tristeza x alegria
Tanta tristeza para quê?
Somente para sofrer!
Ou para se isolar
De tudo ou de todos...
Até mesmo para ter a atenção
Dos pais, dos amigos ou até mesmo...
Daquele amor que não o enxerga.
Mas tenho a solução!
Encha seu coração
De amor, de paz, de vida...
Para lutar e passar por todos os dias.
Me encho de tristeza,
Quando tenho uma derrota.
Mas a alegria toma conta de mim,
Quando tenho uma vitória...
Ingrid Oliveira Andrade
28
Carolina de Jesus
Carolina era pobre,
Porém apesar de ter muito pouco
Não passava fome.
Ela era humilde,
Mas não tinha alfabetização
Por conta da sua pobreza.
Então comprou um sítio
Mas morreu na pura pobreza
Com o coração cheio de nobreza!
Ingrid Oliveira Andrade
29
Futebol
Futebol é a arte dentro de campo
Onde a magia acontece quando se toca na bola.
Emociona vendo a movimentação no meio-campo,
Cheio de marcas dos cravos da sola.
Em Times de coração não se muda por nada.
Elenco que mostra bravura na partida.
Mesmo que a torcida seja desvalorizada,
Ela nunca deixará de ser extrovertida.
A alegria de uma vitória,
Que causa gritos na arquibancada.
O time após sua trajetória,
Vive dias de glória!!!
João Victor Galvão Canobre
30
A simplicidade de uma heroína
Carolina era uma favelada
Que depois de anos, ficou cansada.
Decidiu, então, fazer uma autobiografia
Empregando assim, erros de grafia,
Já que saiu da escola antes do primário.
Apesar disso, criou um livro revolucionário.
Contando a história de sua vida e luta,
Sem dinheiro, comida e labuta,
Ignorada pela sociedade por ser negra e pobre
No seu livro conta sua história nobre.
Em busca de uma casa boa para morar,
Viajou para São Paulo para uma procurar.
Nesta cidade encontrou Audálio Dantas,
Um repórter que editou suas lembranças.
Após uma semana do lançamento do seu sonho,
Diante desse grande mundo medonho,
Conseguiu onze mil vendas.
O dinheiro para pagar um sítio com suas rendas,
O lugar onde acabou sua história,
Mas não podemos deixar de nos lembrar de sua vitória.
João Victor Galvão Canobre
31
A guerra
A guerra se faz
Em base dos pecados capitais.
Luxo, arrogância e inveja são seus pais.
A guerra é algo destrutivo,
Mata, destrói e arruína a todos que não têm abrigo.
Eu sempre me pergunto:
“Por que existe a guerra?”
A Primeira Grande Guerra já não foi o suficiente...
Já provocaram a Segunda... A Terceira estará pendente?
Eu acredito que a paz pode ser restaurada,
Mas para isso são necessárias duas coisas:
A existência do amor e da fé...
João Vítor Pastana
32
Carolina, a heroína
Carolina, mulher guerreira,
Lutou contra a pobreza e o preconceito,
Ganhou respeito, morou num quarto de despejo,
Escreveu um livro e conquistou seu maior desejo:
Morar numa casa residível, onde
A boa comida é cabível.
Porém a luxúria durou pouco, acabou morando
Num sítio na cidade de Parelheiros.
Voltou para a pobreza, num barraco
Sem luz nem energia, onde a única
Fonte de vida eram os animais que recolhia.
Os anos foram passando e Carolina foi esquecida,
Morreu no anonimato, num lugar onde
Ninguém dela se lembraria.
Porém, a história não
A esqueceu.
Me ensinou a ajudar e não
orar apenas pelo que é meu.
João Vitor Pastana
33
Amor incondicional
Os animais são arcanjos
Que sobrevivem no mundo
Para orientar os humanos
Sobre o que é o amor incondicional!
Estou ciente de que
Quando eu necessitar
Posso contar com vocês
Que estarão sempre lá.
Enquanto algumas pessoas escolhem
As amizades certas
Eu os escolho, pois me fazem bem.
Amor é coisa para se preservar
Do lado esquerdo do peito,
Mesmo que alguém diga não!
Júlia Bresciani de Campos
34
A vida de uma favelada
Carolina
Maria de
Jesus,
Publicou
O livro
“Quarto
de despejo”
Em 1960.
Carolina
Foi a primeira
Mulher
Negra semianalfabeta
A escrever um livro.
Ela não completou
O primário.
Carolina
Era convidada
Para programas
De auditório,
Palestras e até
Para almoçar
Na casa da tradicional
Família Matarazzo.
“Saiu de casa para o estrelato”,
Diz Audálio Dantas, que a descobriu e
Escreveu o prefácio de “Quarto de Despejo”.
Parte do material, virou matéria
De jornal.
Depois, uma edição
Mais curiosa e completa.
Júlia Bresciani de Campos
35
S. A. O.
Sentia que no mundo real não achava
Meu lugar.
Então decidi o NerveGear ligar.
Nesse dia havia acabado de sair.
O jogo pelo qual eu aguardava,
Mas não percebi o que o destino me reservava.
Agora, estou preso nesse mundo virtual
E preciso lutar para chegar ao final.
Para assim voltar ao mundo real
E viver uma vida normal.
Conheci muitas pessoas durante essa jornada.
Dentre elas me apaixonei
Por uma cujo nome é Asuna.
Fiquei preso por dois anos, até que chegou o fim.
Voltei ao mundo real e me sentia perdido.
Mas uma coisa não vou negar.
“Após retornar, sinto que estou mais vivo”!
E dos amigos feitos virtualmente
Pude conhecer todos pessoalmente.
Leonardo Monaro Nascimento
36
História de Carolina
Carolina de Jesus, uma mulher humilde
Registrou num livro a sua vida,
Pois estava cansada de tanta injustiça.
Então... começou a escrever.
Porque já estava cansada de sofrer,
Pobre e semianalfabeta não sabia dizer,
Mas não importava como ela escrevia,
O editor não corrigiu sua grafia.
O livro foi um sucesso total,
Copiado mais de onze mil vezes
E em treze línguas diferentes
Começou a ficar conhecida.
“Botou o pé na estrada”
Com três filhos para cuidar,
Até que em São Paulo ela conseguiu chegar,
Onde assumiu o cargo de empregada.
Infelizmente ela morreu,
Mas seu legado permaneceu.
Leonardo Monaro Nascimento
37
Apenas a natureza
Um lugar enorme e colorido,
Cheio de emoção e de paisagem,
Apenas a natureza,
Como pode ser tão bela?
Simples e agradável
Apenas duas cores, um horizonte,
Borboletas, animais, bichinhos e brinquedos.
Um sítio cheio de lembranças...
E cheio de esperanças.
Tudo isso é apenas a natureza!
Lívia Marisa Ribeiro Bonfá
38
História de pobreza
Carolina de Jesus morava em um barracão,
Atrás havia um lixão
Em dias de chuva o rio enchia,
E a lama fedia.
O dinheiro mal dava para a comida,
E um dia começou a escrever tudo o que lhe acontecia.
Primeira mulher negra, solteira e pobre,
A lançar um livro.
“Saiu do lixo para o estrelato”.
Em uma casa residível,
Carolina viu seus filhos tendo felicidade incrível.
Não morou mais às margens do rio Tietê,
Porém não parava de sofrer.
Comprou um pequeno sítio,
Onde não tinha nem luz.
“Negrinha feia e chata”.
Com essas palavras Carolina registrava,
Como as pessoas a nomeavam.
Com essa história de pobreza,
Em “Quarto de Despejo” contou sua história,
Graças a ela, a periferia teve voz!
Lívia Marisa Ribeiro Bonfá
39
A favela
A favela não tem outra realidade.
Muito diferente da cidade,
Diferente da maioria das opiniões
Lá existem corações.
A favela é muito retratada
Em jornais, TV, livros e é muito dilacerada,
Só retratam informações ruins,
Esmagamento de caráter e emoções.
Diferente da maioria dos pensamentos
Lá também tem desenvolvimento
Que devemos reconhecer e
Parar com o preconceito.
Escrevi esse poema para demonstrar minha indignação.
Esse povo sofrido, com muita preocupação...
Lá existe má influência como na cidade
Mas, como todo mundo, existe uma sociedade.
Mateus Girardi Sanches
40
A vida de Carolina
Depois de um tempo morando na rua,
Embaixo do sol quente e à noite de lua,
Junto com sua família arrumou um teto para morar,
Se aliviou e não precisou chorar.
Carolina foi a primeira mulher negra e pobre a criar um livro.
“Quarto de Despejo” era bem vivo.
Ela foi um sucesso
E para sua vida, um grande progresso!
O lançamento dele mudou sua vida.
Quando viu, tinha saída
E foi morar em uma casa de alvenaria.
Quase me esqueci!
Passou muita dificuldade por ali,
Na beira do rio Tietê,
Onde falavam que vivia só ET.
Com o lançamento realizou um sonho
Que antes para os moradores era tristonho.
Foi morar em uma casa residível
Depois de um tempo ficou falível.
Morreu no anonimato e na pobreza
E seus filhos ficaram com despesa.
Pediram dinheiro emprestado para comprar o caixão
E sua família ficou muito triste e sem chão.
Mateus Girardi Sanches
41
Minha mãe
É preciosa feito uma pérola,
Sem ela não sou nada.
Mesmo brava, não consigo
Parar de amá-la.
É minha segunda razão de viver.
Sem ela sou capaz de morrer!
Mesmo brigando, conseguimos sair do drama.
É mais valiosa
Que qualquer pedra preciosa
E é mais importante que qualquer formosa.
Sem ela eu não estaria aqui,
É o que me faz sorrir!!!
Pietra Ferrari da Silva
42
Carolina
Escritora da favela que
Morava na beira do rio
Tinha um sonho de morar
Em uma casa residível.
Um dia cansada de
Sofrer resolveu escrever
Mesmo analfabeta
Conseguiu vencer.
Parecia invisível
Mas conseguiu
Aparecer.
Conseguiu fama,
Mas sem sair
Do drama.
Morreu pobre, mas
Com coração
Nobre!
Pietra Ferrari da Silva
43
Desigualdade social
A desigualdade
É uma forma de crueldade,
Enquanto alguns são nobres,
Outros são pobres.
Ela é necessário combater
Para um mundo melhor ter,
Construir, ajudar e doar,
Para de boas lembranças nos recordar.
Para um mundo sem desigualdade devemos lutar,
Pois muitos pobres vão parar de matar,
Porque só assim eles conseguem sobreviver.
Então, um mundo melhor iremos ter...
Rafael Armelin
44
Carolina de Jesus
Carolina de Jesus vivia em uma favela,
Era muito magrela.
Por ela ser uma negra catadora de lixo,
Muita gente a tratava como um bicho.
Depois de um certo tempo, um livro ela escreveu
Erro ortográfico aconteceu.
O nome era “Quarto de Despejo”
Nele escreveu seu desejo.
Um sítio ela comprou
E depois muita gente a criticou.
Logo após, ela morreu,
Todo mundo a reconheceu.
Rafael Armelin
45
Nunca desista de si
Se você quer chegar onde
a maioria não chega, faça o que
a maioria não faz.
Porque amador treina
Até que tenha certeza de que vai dar certo.
Nós treinamos até que seja impossível dar errado.
Quer?
Então faça acontecer,
Porque a única coisa que cai do céu é a chuva.
Tente uma, duas, três vezes e
Se possível tente a quarta, a quinta e
Quantas vezes for necessário.
Para ser campeão, você tem que acreditar em si mesmo,
Quando ninguém mais acreditar.
Só não desista nas primeiras tentativas,
A persistência é amiga da conquista!!!
Sara Almeida Moreira
46
Carolina Maria de Jesus
O dinheiro mal dava para comprar a comida,
Cansada, começou a escrever
Tudo o que lhe acontecia.
Assim nasceu “Quarto de Despejo”, escrevendo
Todos os seus desejos...
Audálio Dantas, que descobriu Carolina,
Fez dela uma heroína.
Catadora de papel e escritora mineira, que não
Tinha dinheiro na carteira.
Duvidaram que uma mulher
Com tão pouca instrução fosse capaz de escrever
Um livro, e agora virou uma mulher
Conhecida pelo seu serviço.
Sara Almeida Moreira
47
Movimento x Tecnologia
Inicio com um pensamento,
Nosso corpo foi feito para ficar em movimento,
Mas com tanta tecnologia,
Mudou nosso dia a dia.
Criança e adolescente,
Cada vez mais dependentes,
De botões e videogames,
Tornam-se mais inteligentes.
Porém, o corpo permanece parado.
O movimento é descartado,
E a saúde é comprometida.
Mas existe uma saída:
A prática de atividade física.
Stefan Assmann
48
Carolina
Esse livro retrata muito preconceito
Só por causa da cor pensavam que não tinha direito.
Duvidaram do seu potencial,
Devido a sua classe social.
S, ss ou cedilha,
Não importa a forma da escrita.
O sucesso foi total,
Porque contou a vida real.
Com fome e dificuldade,
Superou a realidade.
Tornou-se mundialmente conhecida,
Mostrando sua melhor qualidade.
Mulher guerreira e lutadora,
Com sua escrita libertadora,
Nos deixou uma lição:
Que a verdade é sempre a melhor opção!
Stefan Assmann
49
Solidão
A solidão é algo obscuro,
Abstrato, sem sentido.
Faz mal à pessoa, sem razão,
E fere o coração.
A solidão é um sentimento ruim,
Acaba com qualquer um,
Chega sem avisar
Tentando te abalar.
Só os mais fortes
Conseguem escapar
E os fracos
Nelas têm que ficar.
Tente fugir dela,
Pois se entrar
Sua vida estará acabada.
Ela te destruirá.
Valéria Nere Dias
50
A vida de Carolina
Carolina Maria de Jesus
Foi vítima de preconceito e abuso
Sempre procurou uma luz
Para poder sair dessa miséria.
Cansada dessa vida de pobreza
Começou a escrever “Quarto de Despejo”.
Ali contava sua vida inteira,
Mas tudo em cada tempo.
Dantas descobriu Carolina
E assim publicou seu “diário”.
Foi chamada para várias palestras,
Sempre se lembrando do que sofreu.
Muitos duvidavam de seu potencial,
Pensavam “como uma mulher como ela
Fez uma obra assim?”
Mas ela calou a boca do povo com uma fama sem fim!
Assim era Carolina Maria de Jesus,
Que com três filhos na rua não deixou de lutar.
Sempre batalhadora e poderosa
Procurando o melhor para colocar em sua história!
Valéria Nere Dias
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Amizade de amigo
Pra você que não sabe o que
É amigo...
Amigo é aquele que sempre
Está contigo.
Amigo é aquele que te dá carinho,
Como os pais que te chamam
De filhinho.
Amigo é também seu irmão.
Que mesmo distante,
Está sempre no coração.
Amigo de infância
E também de colégio
Tínhamos em abundância
Isso era um privilégio.
Amigo é aquela pessoa importante,
Com quem se pode contar.
Com atenção abundante sempre
Que precisar.
Rafael Aparecido Tomazin Morais
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Minha casa
Na minha casa
Foi onde nasci,
Foi onde cresci.
Nela há muito amor e carinho...
Lá é um grande ninho.
Na minha casa,
Há pessoas que eu amo
Do fundo do meu coração...
Rafael Aparecido Tomazin Morais
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