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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | MARÇO DE 2017 | EDIÇÃO 188 | ANO 15 MÊS DA MULHER Juntas por mais respeito, colaboração, liberdade e igualdade salarial Marco Carraro

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITABENTO GONÇALVES | MARÇO DE 2017 | EDIÇÃO 188 | ANO 15

MÊS DA MULhER

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Mês da Mulher JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | 6 de março de 20172

Reportagem: Natália ZucchiEdição: Kátia Bortolini

s mais variadas formas de violência contra as mulheres residentes em Bento Gonçalves são atendidas pela Rede de Enfrentamento, formada pela Delegacia Especializada

de Atendimento à Mulher (DEAM), Centro de Referência da Mulher que Vivencia Violência (Revivi), Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Polícia Civil, Brigada Militar, Poder Judiciário, Defensoria Pública, OAB, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher - Comdim. Nesta reportagem foram ouvidas a delegada titular da DEAM, Deise Salton Brancher e a Coordenadora do Centro Revivi, Regina Zanetti.

Regina Zanetti conta que até 1962 poucas eram as mulheres em Bento Gonçalves que trabalhavam nas indús-trias. Entre elas, raras eram casadas, por-que os maridos e os próprios familiares do casal as induziam a abandonar seus empregos para servir somente ao lar. De acordo com Regina, as casadas que continuavam trabalhando eram vítimas de insultos de vizinhos e não eram con-sideradas “mulheres de família”. O ato de manter o emprego também era visto como desrespeito ao homem, provedor da família. “A situação também sugeria falta de masculinidade. O caso se agra-vava se o casal já tivesse filhos. Era um absurdo para a sociedade da época. Os empresários não contratavam mulhe-res casadas porque poderia ser uma má ação da empresa e as demissões eram

VIOLÊNcIA cONTRA A MULhER

1.380 ocorrências registradas em 2016

Segundo a titular da DEAM do mu-nicípio, Deise Salton Brancher, a Dele-gacia da Mulher tem a função de apurar crimes de violência familiar e doméstica realizada por homem contra mulher ou de mulher contra mulher, em relações homoafetivas. Ela explica que a violência doméstica se difere da familiar porque a primeira pode ser realizada por qual-quer pessoa residente no mesmo lar. “Já a familiar é praticada somente entre os membros da família”, acrescenta. Em relação a situação inversa, de homens agredidos por mulheres, a vítima pode registrar um Boletim de Ocorrência (BO) no DEAM, mas o inquérito será enviado à Delegacia de Polícia Civil.

De 1 de janeiro a 19 de dezembro de 2016, foram registradas 1.380 ocorrên-cias de agressão em Bento Gonçalves, entre a DEAM e o Pronto Atendimento da Polícia Civil. Desse montante, foram instaurados 940 inquéritos. A maioria das ocorrências, conforme Deise, são por ameaça, perturbação e lesão corpo-ral. No caso de lesão corporal, sempre é aberto inquérito, que segue em anda-mento mesmo se a vítima retroceder na acusação. Também nesse período foram expedidos pela DEAM 54 mandados de busca e apreensão.

“Os casos ocorrem em todas as

Ameaça, perturbação e lesão corporal

Para os ditos casos de mulheres que utilizam a Lei Maria da Penha em bene-fício próprio ou para incriminar o parceiro, Deise salienta que se no inquérito for provado que ela mentiu, deixará de ser vítima para ser ré, respondendo por denun-ciação caluniosa. Quanto a resistência de muitas mulheres em se separar do agres-sor, ela lembra que há vários fatores envolvidos, começando pelo sentimental. “Ninguém casa pensando em separação. Além disso, muitas alentam a esperança de mudança de comportamento do parceiro. Todas as realidades são respeitadas, não é a polícia que vai determinar a sequência da história. A lei oferece segurança, e as instituições amparo e atendimento especializado com médicos e psiquiatras para toda a família. Mas a decisão de dar ou não andamento ao processo é delas. A exceção é quando há lesão corporal”, acentua a Delegada.

classes sociais e em todos os bairros. As mulheres das classes mais altas relutam em denunciar e procurar ajuda devido a pressão e exposição social, medo do que a sociedade vai falar, medo do que a fa-mília vai pensar”, observa ela.

A Delegada ressalta que a mulher precisa se reconhecer como sujeito de direitos. Ela complementa que as leis vêm para proteger e dar segurança à mulher, prezando sempre pela igualda-de de gênero.

Natália Zucchi

Delegada Deise Salton Brancher

“Ninguém casa pensando em separação”

Revivi prestou 792 atendimentos em 2016O Centro Revivi atende mulhe-

res que passam por qualquer tipo de violência, sem haver necessidade de registro do Boletim de Ocorrência. O acompanhamento à vítima é presta-do por uma equipe multidisciplinar junto à rede pública de saúde. De acordo com a coordenadora Regina Zanetti, mensalmente são atendidas em torno de 70 mulheres. Ela acres-centa que já houve períodos com mais de 90 atendimentos mensais.

De janeiro a dezembro de 2016, o Revivi prestou 792 atendimentos, en-tre eles 141 novos casos de violência contra a mulher. Desses, foram 128 casos encaminhados pela Delegacia da Mulher, Delegacia de Polícia, Fó-rum e Ministério Público. Também houve 13 casos de procura espontâ-nea. Entre os novos casos, 56 mulhe-res têm filhos com o autor da agres-

são e não possuem renda própria. Ocorreram ainda 42 reincidências de casos em andamento. Os bairros com mais casos de violência domés-tica encontram-se na zona norte da cidade. A maioria das vítimas possui ensino fundamental incompleto. Mas em 2016 também foram registrados dez casos de vítimas com ensino su-perior completo, com acréscimo de 100% em relação a 2015, ano em que ocorreu cinco casos. A informação é da coordenadora Regina: “Nosso atendimento é para todas. Cada uma tem história e sentimentos diferentes. Umas frequentam o Revivi durante um mês, outras permanecem seis, oito meses. O importante é que cada uma quebre o ciclo de violência e passe a tomar atitudes. Toda mulher merece se olhar no espelho e se sentir livre, dona de si”, afirma Regina.

chefes de família frequentes quando os noivados eram anunciados”, reporta.

Ela observa que atualmente, em Bento Gonçalves, muitas mulheres são chefes de família. “Uma parcela delas é quem sustenta o marido. Mesmo em famílias que ambos colaboram para o sustento, a carga de trabalho da mulher é maior”, complementa.

Diferença salarialpode chegar a 30%Conforme pesquisas divulgadas

em 2015 e 2016, a diferença salarial en-tre homens e mulheres pode chegar a 30%, dependendo dos cargos e setores de atuação. “Isso depende das políticas de cada empresa, algumas já estão apli-cando igualdade nos salários, mas entre homens e mulheres formados em Enge-

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A origem do Dia Internacional da Mulher remete a uma série de fatos, lutas e reivindicações do gênero, nos Estados Unidos e em países europeus, que tive-ram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do século XX.

No dia 8 de março de 1857, trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizerem greve por melhores condições de trabalho e igualdade de di-reitos trabalhistas para as mulheres. O movimento foi reprimido com violência pela polícia. Em 8 de março de 1908, trabalhadoras do comércio de agulhas de Nova Iorque fizeram uma manifestação para lembrar o movimento de 1857 e exigir o voto feminino e fim do trabalho infantil. Este movimento também foi reprimido pela polícia.

Em 1910, durante a Conferência Internacional de Mulheres Trabalhadoras, realizada na Dinamarca, a jornalista e professora alemã Clara Zetkin sugeriu a criação do Dia Internacional da Mulher, ficando a cargo de cada país escolher a data de sua conveniência. Em 1911, mais de um milhão de pessoas partici-param de passeatas pela Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, reivindicando acesso a direitos trabalhistas, jurídicos e sociais restritos ao gênero masculino. Ainda em 1911, cerca de 145 trabalhadores (maioria mulheres) teriam morrido queimados num incêndio numa fábrica de tecidos em Nova Iorque. As mor-tes teriam ocorrido em função das precárias condições de segurança no local. Não há provas da tragédia, mas como reação ao possível episódio foram feitas várias mudanças nas leis trabalhistas e de segurança do trabalho, gerando me-lhores condições de labuta para os norte-americanos.

Em 1913, o dia 8 de março se tornou a data fixa de celebração porque, às vésperas da 1ª Guerra Mundial, milhares de mulheres russas se organizaram em manifestações pela paz.

A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1977, e desde 1996 recebe um tema específico a cada ano.

nharia Civil, entre outras profissões com predominância masculina, a diferença pode ser gritante”, comenta Regina. Ela diz ainda que, na maioria dos casos, as demissões começam pelas profissionais do sexo feminino, devido ao gênero e a capacidade de engravidar. “O emprega-dor enxerga como desvantagem a pos-sibilidade de ter a profissional afastada pela licença maternidade. Isso é muito comum na nossa cidade. A cultura, infe-lizmente, é esta”, lamenta ela.

DenúnciasAs agressões podem ser físicas,

verbais ou psicológicas, e geralmente ocorrem dentro de casa. Na maioria dos casos elas são praticadas por maridos, companheiros e namorados. Também são feitas pelos ex-companheiros. Mui-tas mulheres passam entre cinco e dez anos sofrendo violência doméstica, es-perando que seus companheiros mu-dem de atitude, sem que haja melhoras. “Muitas gerações realmente aguenta-ram caladas. Enfrentaram por causa dos filhos e da dependência financeira, onde os maridos impediram a profissionaliza-ção para manter a dominância. Hoje ain-da temos vovós sendo agredidas pelos maridos há mais de 40 anos. Infelizmen-te, a imagem da mulher como “tanque, fogão e cama” ainda existe. Conforme os números, o correto a afirmar é que visibi-lidade da violência contra a mulher está aumentando, porque houve aumento nas denúncias. Mas ainda há muitos ca-sos que não são conhecidos por diversos fatores sociais e psicológicos de cada ví-tima. O importante é que, com a maior procura, conseguimos ajudar mais mu-

lheres a reconstruir suas vidas. As mulhe-res devem saber que agora elas têm voz”.

Abuso de álcool e outras drogas são agravantes

As estatísticas apontam que o uso de álcool e outras drogas são dois fato-res que aumentam as agressões. “Além dos companheiros estarem alcoolizados e sob efeito de entorpecentes, as mulhe-res são agredidas também pelos filhos, motivados pelo uso dessas substâncias. Muitos destroem o patrimônio da mãe, roubam sua própria casa para sustentar o vício”, lamenta Regina.

Desenhos retratam aviolência domésticaA Coordenadoria da Mulher e o

Centro Revivi promovem palestras e encontros em salões de comunidades e escolas. Os órgãos também orientam os funcionários das Unidades de Pron-to Atendimento (UPAs) para identificar sinais de agressão. “Elas nem sempre apresentam dores ou marcas, mas mui-tas possuem sequelas tão sérias de abu-so que doenças se manifestam e nada é localizado em exames. Elas não se cura-ram emocionalmente desses abusos e o corpo traduz”, salienta Regina.

Nas escolas, os professores e orienta-dores podem identificar sinais de agres-sões domésticas através das crianças, por meio de comentários, desenhos que retraram a violência, ou manifestando os primeiros sinais de opressor x oprimida, praticando atitudes violentas com as co-legas. Professores das redes de ensino

podem realizar a capacitação para iden-tificar as famílias que se encontram nes-sa condição de violência. “É importante trabalhar a formação da personalidade das crianças que enxergam as agressões em casa, para que elas compreendam a gravidade do problema e não incorpo-rem isso para suas vidas. Muitos agres-sores de hoje são os filhos de mulheres oprimidas e agredidas, então para eles é normal”, observa.

Agressor tambémprecisa de ajuda

O auxílio também chega ao prati-cante da violência. A Coordenadoria da Mulher realiza anualmente encontros de grupos com uma equipe multidisci-plinar. São homens que se propõem a aceitar orientações e tratamento. Eles são encaminhados para psicólogos e psiquiatras, participam de conversas com o conselho de mulheres e buscam compreender a dimensão do problema para permanecerem com suas parceiras ou reiniciar uma nova relação afetiva saudável. “A Lei Maria da Penha não foi criada para separar casais, mas sim mi-nimizar a violência. Além da mulher, o homem e a família também sofre. Nada

impede que as mulheres agredidas per-maneçam com esses parceiros se eles também se esforçarem para a saúde da relação e não repetirem os atos de vio-lência. Os homens são nossos parceiros. Em nenhum momento os direitos das mulheres veio para desvalorizar o ho-mem. Pelo contrário. Homens e mulhe-res são seres humanos que merecem respeito, liberdade e uma vida digna, construindo seus sentimentos e dia a dia em relações construtivas e colaborativa de igualdade de gênero. Eles também têm que dar o exemplo ao filho, tem que conversar, enxergar seus erros e nos au-xiliar a preparar uma geração mais cons-ciente”, esclarece.

Enganadas pelasredes sociais

De acordo com Regina, mulheres de outros Estados menos desenvolvi-dos são seduzidas por homens de Bento Gonçalves pelas redes sociais. Elas são iludidas e persuadidas a se mudarem para a cidade através de promessas de emprego e qualidade de vida. “Muitas trazem consigo seus filhos. Aqui, o “prín-cipe” as obriga a trabalhos domésticos exaustivos e a prostituição. Algumas chegam até nós e então conseguimos que elas retornem para seus familiares, nos seus estados de origem em seguran-ça”, declara. Para custear as passagens, é comum o Centro Revivi promover rifas e solicitar doações. Em 2013, a coordena-dora recebeu um veículo dos governos federal e estadual para as necessidades atendidas pelo Centro Revivi. Ele é utili-zado no município e região.

AssociaçõesNa área rural e nos bairros do mu-

nicípio, mulheres estão se organizando em associações, realizando atividades para seu próprio bem-estar. Elas partici-pam de cursos, encontros e organizam viagens, sem a presença dos filhos e do marido, arcadas por meio de uma men-salidade. “As mulheres do interior tem se priorizado mais, gerando uma tímida mudança de comportamento com os maridos, exemplo extremamente neces-sário para os filhos. Essas mulheres têm aumentado a autoestima. Elas estão se libertando de um padrão inaceitável. Antes dependentes financeiramente e emocionalmente do marido, agora elas procuram formas de ter seu próprio di-nheiro em atividades dentro e fora da propriedade. Assim, passaram a ver o marido como companheiro, alguém para compartilhar a vida”, comemora.

A liberdade na terceira idade

“Mulheres idosas saíram de um ciclo de opressão ao ficarem viúvas, ganhan-do independência e autoestima. Outras mulheres do lar estão se abrindo mais para as possibilidades de entretenimen-to e educação disponíveis. Elas aprovei-tam as coisas boas da vida, afirmando sua vontade e enfrentando, muitas ve-zes, a opinião contrária do marido. É in-teressante porque os homens, aos pou-cos, vão se engajando e participam de algumas atividades”, comenta.

Natália Zucchi

Coordenadora do Revivi, Regina Zanetti

Encarceramentodoméstico

Em 2016 ocorreram quatro casos sérios de encarceramento doméstico em Bento Gonçalves, onde esposa e filhas foram impedidas de sair de casa em qualquer situação. “Nós per-tencemos a uma região culturalmen-te machista. Tanto na cidade quanto no interior do nosso município, exis-tem muitas famílias onde os homens se veem donos de suas filhas e de suas esposas. Infelizmente é comum os casos de encarceramento, onde o marido só autoriza a saída da mulher mediante sua presença e somente em determinados ambientes. Quan-do a filha mulher casa, eles enten-dem que a partir daí ela pertence a seu marido e ele será o responsável por controlar sua vida. Além disso, em muitas famílias a maior parte da herança ou o bem mais valorizado fica para o filho homem. Quando fica para a mulher, continua sendo a res-ponsabilidade do marido adminis-trar”, comenta.

Três anos sem feminicídiosEm 2013 ocorreu o último feminicídio - homicídio de mulheres devido ao

gênero. São crimes onde o homem se acha proprietário da mulher e não aceita ser contrariado por ela. Também são motivados por ciúmes e obsessão. De 2007 a 2013, ocorreram dez casos em Bento Gonçalves.

Origem do Dia Internacional da Mulher

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rente ao Sindicato dos Servido-res Públicos Municipais de Bento Gonçalves - SINDISERP-BG está

uma mulher. Ela é Isaura Bolesina, natural de Santa Tereza. Isaura é gra-duada em licenciatura em Ciências pela Universidade de Caxias do Sul (UCS-FERVI) e pós-graduada em Psi-copedagogia. Assumiu a presidência do Sindicato em 2013, dando início a quarta gestão da entidade liderada por mulheres. Ao todo, são 26 anos que mulheres presidem o SINDISERP--BG.

Filha de agricultores, Isaura come-çou a trabalhar aos 18 anos, na linha de produção de uma vinícola. Passou para o escritório e assim percebeu que, para ir além do chão de fábrica, era necessário estudar. Em 1987, aos 19 anos, ingressou na universidade e começou a trabalhar na rede munici-pal de ensino como professora. Parti-cipou da Diretoria do SINDISERP-BG nas três gestões anteriores a sua na Presidência. “É a motivação e a vonta-de de querer ir além na busca de rea-lizações. Todos podem conquistar um novo dia a dia”, afirma Isaura. Ela tam-bém ressalta que faz parte da missão dar continuidade ao bom trabalho desenvolvido pelas gestões anterio-

Papo só entre elas marca a primeira edição do pro-jeto “Dall’Onder é vida e mais saúde com Laura Medina”, que acontece no dia 17 de março, às 20h, no Centro de Eventos Malbec do Dall’Onder Grande Hotel. O encon-tro propõe um bate-papo sobre saúde da mulher, bele-za, comportamento e sexualidade.

Atualmente, estar de bem com o corpo, com a saú-de, ter vitalidade, bons amigos é mais que um objetivo: é um estilo de vida. Isso não significa seguir à risca todas as regras para se manter 100% saudável. “ É preciso ter prazer e saber como construir um novo jeito de se re-lacionar com a gente mesmo, com a nossa saúde, com as nossas emoções, com a nossa felicidade”, reforça a jornalista Laura Medina, que irá comandar o encontro ao lado da ginecologista e sexóloga Sandra Scalco e da hair styler Jane Beauty.

“Todos podem conquistar um novo dia a dia”

Isaura Bolesina, presidente do Sindiserp-BG

res, priorizando a ética e a honestida-de. “Luto por manter direitos conquis-tados e pela ampliação de convênios e parcerias que tragam benefícios aos associados, com amparo jurídico para garantir seus direitos”, complementa.

O SINDISERP-BG representa os funcionários públicos municipais a ele associados. Entre os cerca de 1.850 associados, 1.400 são mulheres. Professoras, auxiliares de educação infantil, técnicas em enfermagem, fiscais, entre outras profissões. “Uma de nossas conquistas foi a obtenção da trimestralidade salarial para os servidores, com reajuste a cada três meses, através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que atualiza o poder de compra”, ressal-ta. Nos quatro anos de sua gestão o Sindicato aumentou o investimento em cursos para os associados. “Am-pliamos os canais de comunicação com os associados, com ferramentas da web. Foi dado mais ênfase aos cur-sos de línguas atendendo associados e familiares, com valores de men-salidades abaixo do mercado. Além disso, a entidade tem convênio com os dois cinemas da cidade, o que ga-rante ingressos pela metade do preço quando retirados no Sindicato”, com-

plementa.Isaura prioriza a busca por igual-

dade salarial e direitos trabalhistas entre homens e mulheres. Cita como exemplo os salários pagos pela pre-feitura de Bento Gonçalves aos con-cursados. “Para cada cargo há um valor tabelado, independente do gê-nero. Porém, os salários de algumas categorias precisam com urgência de alterações de leis municipais. Há várias gestões essas categorias têm seu básico abaixo do salário mínimo nacional”, explica.

Na avaliação de Isaura, as políticas públicas que procuram a igualdade entre gêneros não levam em conside-ração a realidade da mulher brasilei-ra. “De fato, a mulher brasileira se tor-nou bem mais independente, mas em atividade constante. Passa até dez ho-ras no emprego e outras tantas ainda

cuidando da casa e dando atenção à família. Existe uma aproximação do homem aos afazeres domésticos, mas isso ainda está longe de ser algo co-mum nos lares, principalmente com gerações mais maduras. A realidade é que a mulher continua com mais res-ponsabilidade e não acho justo não terem considerado essa realidade na nova proposta de aposentadoria pelo governo federal”, observa Isaura.

Sobre o Dia Internacional da Mu-lher, ela reporta as palavras da profes-sora da Unicamp, Maria Célia Orlato Selem: “o dia 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retro-cessos ameacem o que já foi alcança-do em diversos países”.

Natália Zucchi

Dall´Onder lança evento inédito voltado para a saúde e bem-estarDe acordo com a gerente geral, Denise Araújo, a

ideia é organizar outros encontros ao longo do ano, com a mesma proposta de saúde e bem-estar, também com a participação da Laura Medina e convidados es-peciais das áreas, para compartilhar dicas, novidades e tudo aquilo que contribua para um estilo de vida mais saudável.

As inscrições são limitadas: R$ 50,00 convite (10% de desconto para estudantes).

A programação inicia com recepção com espuman-te e atendimento da equipe Jane Beauty, apresentação das palestrantes e dos patrocinadores, bate-papo so-bre saúde, sexualidade, comportamento e beleza com Laura Medina, a ginecologista e sexóloga Sandra Scal-co e a hair styler Jane Beauty. No final, confraternização com espumante e sorteios especiais de beleza.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | 6 de março de 2017 Mês da Mulher 5

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Seja um

Ligue

pedagoga Silvia Pagot Maro-din é a primeira mulher a as-

sumir a Direção do Colégio Marista Aparecida de Bento Gonçalves. Ela é natural de Bento Gonçalves, forma-da em Pedagogia licenciatura pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e em Orientação Educacional pela Educinter. Possui, entre as suas espe-cializações, MBA em gestão escolar pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS). Silvia já está há 15 anos fazendo parte da família Aparecida. Em 2001 entrou na escola como Orientadora Educacio-nal. Em 2007 assumiu a vice-direção e em 2009 passou ao atual cargo.

Segundo Silvia, o foco do seu tra-balho é a gestão do currículo, a forma que o colégio Marista Aparecida deve estar organizado e quais concepções teóricas e sociais precisam ser levadas para dentro de sala de aula. “Como ci-dadã e como educadora tenho que estar de olho no mundo e busco es-tar conectada com a linguagem que a garotada fala e com o ambiente que eles se relacionam. Tenho uma filha de 17 anos que está no terceiro ano do ensino médio e ela me ajuda mui-to nessas atualizações.”

Ela também observou o cresci-mento anual de estudantes matricu-lados da instituição. Hoje o Aparecida possui 720 alunos nos turnos de ma-nhã e tarde, contemplando Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. “Buscamos incentivar o prota-gonismo juvenil e damos uma forte base teórica. Além disso, propomos atividades que busquem a valoriza-ção do humano em cada ação reali-

Marilia Dalenogare

Educação voltada ao senso crítico, à responsabilidade e

ao empoderamento da mulher

Sílvia Pagot Marodin, diretora do Colégio Marista Aparecida

zada aqui dentro. Nossa preocupação é que esses jovens saiam da escola com senso crítico e responsabilida-de. É muito importante ter o Grêmio Estudantil e a Pastoral Juvenil Marista (PJM) ativos dentro do Marista”.

De acordo com a Diretora, a esco-la Marista Aparecida acredita que seja importante haver equilíbrio entre os gêneros dentro do ambiente escolar. Silvia observa que é recente a ocupa-ção de mulheres em cargos de gestão e liderança. “Não acho que as mulhe-res tenham conquistado seu lugar no mercado de trabalho plenamente. É preciso se empoderar de verdade, ter coragem e saber da capacidade imensa que cada uma tem. Se nós somos a maioria da população, por que na política temos poucas repre-sentantes? Por que não estamos na maioria dos cargos de liderança se investimos mais na nossa educação e temos melhor formação que os ho-mens? Nosso estilo pode ser diferente do homem. Servimos para qualquer tipo de trabalho, mesmo superando nossos limites.

Ela afirma que através da educa-ção, é possível dialogar e expor essas questões de gêneros para os estudan-tes, de maneira tranquila e gradativa. “ Mesmo assim, não podemos achar que a missão está cumprida. A nova geração de mulheres precisa estar consciente do cenário para iniciar sua carreira, porque elas têm uma grande luta pela frente. Só haverá igualdade de gênero quando todas mulheres puderem ser felizes com suas esco-lhas fazendo o entorno melhor”.

Silvia relata que nos últimos seis

anos constatou crescente participa-ção do pai com as ações que envolvem a escola. “Em muitas famílias houve a inversão dos papéis, a mulher traba-lhar fora o dia inteiro e o pai é que vem levar e buscar os filhos, participa de reuniões e de atividades escolares. Nas reuniões da educação infantil ve-mos também que quase metade dos pais acompanhando as mães mesmo estando divorciados. Percebe-se que os pais da geração mais nova são os que mais se interessam e preocupam. Essa nova geração de pais está mais atenta a dividir as responsabilidades da família com a companheira. Acho que por outro lado nós precisamos trabalhar mais a questão das mulhe-res para elas não se sentirem tão cul-padas por estar deixando o lar para o mercado de trabalho. Vemos que

muitas carregam esse sentimento. As mulheres trabalham por necessidade e porque também querem”.

Em caso de separação do casal muitos filhos permanecem com as mães. “Vemos aqui que numa boa parcela desses casos a mulher se responsabiliza por trabalhar, levar e buscar o filho na escola e cuidar do lar. Muitas vezes esses filhos nem re-cebem pensão alimentícia. O máximo exigido do homem é que ele cumpra sua obrigação financeira. Mas se judi-cialmente não está definido, parece que o homem tem uma responsabi-lidade a menos. Nesse caso eu vejo como o peso é muito maior para as mulheres. É uma questão cultural, as mulheres são as últimas que abando-nam, elas cuidam dos filhos, dos pais e dos familiares que adoecem”.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | 6 de março de 2017

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Periodicidade: MensalCirculação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos

Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Redação: Natália ZucchiÁrea Comercial: Moacyr RigattiAtendimento: Sinval Gatto Jr.Diagramação: Vania Maria BassoEditor de Fotografia: André PellizzariColaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ancila Dall´Onder Zat, Bruno Nascimento, Padre Ezequiel Dal Pozzo, Paulo Capoani, Paulo Wünsch, Rogério Gava, Thompsson Didoné

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ÓPICOST by Kátia Bortolini

TRÂNSITO NAOSWALDO ARANhA

Santa paciência para enfren-tar o trânsito na avenida Oswal-do Aranha nas horas de pique com pressa, que normalmente é o meu caso. A via, que tem tudo para ser mais rápida, é uma tran-queira no início, meio e término dos horários comerciais. Não entendo nada de engenharia de trânsito, sou leiga no assunto. Mas, por observação visual do tamanho da avenida, penso que ela comporta muito bem dois ve-ículos na pista no mesmo senti-do. Penso ainda que é só eliminar o estacionamento de veículos nas laterais da avenida. Fica a su-gestão!

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

ENTE POLÍTIcO

“O Vereador é o ente político mais próximo da popula-ção”, lembrou o presidente da Câmara de Bento Gonçalves, Moisés Scussel Neto, em entrevista coletiva à imprensa local, concedida na manhã do último dia 6. Na coletiva, Scussel apresentou seu modelo de gestão participativa e anunciou cortes emergenciais nos gastos do Legislativo, que podem chegar até R$ 500 mil neste ano. Além de apresentar os cor-tes para a economia anunciou medidas para a moderniza-ção do órgão, como implementação de um sistema de vo-tação eletrônica no plenário, protocolamento eletrônico de preposições dos Vereadores e do Poder Executivo, entre ou-tras mudanças. Nessa mesma tendência, ressaltou também que todos os documentos arquivados pela Câmara desde 1948 serão digitalizados e, posteriormente, disponibilizados para consulta pública. Além dessas modernizações, Scussel salientou que o Legislativo vai investir em cursos de qualifi-cação para os servidores nas dependências da Câmara. Boas iniciativas!

ExPEcTATIVA DE VIDA

O Hospital Tacchini, de Bento Gon-çalves, inaugurou na segunda-feira (6 de março) a Unidade de Cuidados Es-peciais - UCE. O evento foi marcado por palestra sobre o tema “Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida”, minis-trada pela Drª Lúcia Miranda Monteiro dos Santos, chefe do Programa de Cui-dados Paliativos e do Serviço de Trata-mento da Dor e Medicina Paliativa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e por visita de convidados ao novo espa-ço. Interessante, uma vez que a expec-tativa de vida no Brasil está cada vez maior. Parabéns ao Conselho de Ad-ministração e à Superintendência do Tacchini pela prestação de mais esse serviço à saúde.

EDUcAÇÃO SEMPRE é BEM-VINDA

A Fundação da Serra Gaúcha (FSG) também inaugurou seu novo campus em Bento Gonçalves na segunda-feira, 6 de março. O espaço, de três mil metros quadrados de área construída, situado na rua 13 de maio, 1130, bairro Cidade Alta, abrigará 25 salas de aula, para os dez cur-sos que a instituição oferece no município, mais laboratórios, biblioteca, setores administrativos e espaços de atendimento aos estudantes. O lo-cal também conta com cantina e estacionamento interno. Vida longa à FSG em Bento Gonçalves. A educação, em ambos os sentidos, sempre é bem-vinda!

Posto de Enfermagem da nova unidade

Divulgação

Divulgação

Kátia Bortolini

Além de Scussel, participaram da coletiva de imprensa os demais membros da Mesa Diretora da Câmara: o vice-presidente Eduardo

Virissimo (PP), o primeiro-secretário Rafael Pasqualotto (PP) e o segundo-secretário Valdemir Marini (PTB)

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | 6 de março de 2017 7

INHASV

Rodrigo de Marco é o mais novo formando

em Comunicação Social - Jornalismo

pela Universidade de Caxias do Sul (UCS).

Parabéns Rodrigo!

A bela Sophia

dos Santos na

sua festa de primeiro aninho

O belíssimo ensaio de Denise Arteiro e Fernando do Amaral

Diego Frigo

Veronica Ferrari, Alcir Ferrari e Veronice Ferrari na inauguração do Espaço Biazolli - Festas e Eventos, no interior de Farroupilha

André Pellizzari Fotografia

Bernardo Dal Pubel

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

A aniversariante

Gecie Pellizzari

na saúde de

seus 85 anos

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Opinião JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | 6 de março de 20178

há muito mais felicidade em viverexperiências do que comprar coisas

PadreEzequiel

[email protected]

Dal Pozzo

arro novo, casa nova ou reformada em breves inter-valos de tempo, móveis modernos, roupas e sapatos compõem a lista de possibilidades que o mercado

de consumo apresenta. Há nas compras uma possibilida-de quase que infinita. Compra-se um produto que é logo substituído por outro. Obtém-se uma satisfação que logo se desfaz para novamente se refazer o desejo de algo novo. Nisso se cria um drama em quem não consegue co-locar limites às compras.

O que percebemos é que há uma possibilidade nova despertando no coração das pessoas. Temos percebido, pelas experiências, que as pessoas são mais felizes quando não mergulham de cabeça no consumo, mas vão desper-tando para o novo. O dinheiro abre muitas possibilidades. A questão é decidir no que se quer investir e o que dá mais resultado para a realização humana. Comprar experiên-cias tem se apresentado como uma alternativa inteligente para a felicidade pessoal. Fazer uma viagem, jantar num restaurante com amigos, escalar o desafio de uma monta-nha, passar o fim de semana em lugares interessantes com

quem se ama, conhecer cidades e pontos turís-ticos e aprofundar o conhecimento histórico e cultural pode trazer muito mais realização do que comprar coisas. A compra sempre diz para mim: “eu sou alguém que pode investir”; ou “eu sou alguém que sabe se vestir”, mas essa noção é muito passageira e logo pede outra coisa. A compra tem pouca força de durabilidade na sa-tisfação. Logo vem outro modelo, outro produ-to, cor, tecnologia e a necessidade de consumo vai me perseguindo sem cessar. Seguir o ritmo do desenvolvimento deixa muitas pessoas an-siosas, sempre em busca da última novidade. Mostrar que comprou primeiro pode ser motivo de realização para muitas pessoas. Ocorre que esse jeito de viver mantém a vida presa ao que

aparece e não faz a pessoa responder a indagações mais profundas de sua alma. É parecido com o vício.

Consumir menos e consumir melhor pode ser uma forma de amenizar o impulso da compra de coisas, inves-tindo em experiências mais duradouras. A experiência me possibilita um retorno de memória, me fazendo sentir de novo a alegria daquilo que foi vivido. A experiência está mais ligada à profundidade do ser. A memória afetiva des-se momento continuará alimentando a realização dessa pessoa. Segundo o especialista em comportamento, da Universidade de Cornell, nos EUA, Thomas Gilovich, “as ex-periências, ao contrário dos produtos, seguem em nossa memória e são revividas sempre que compartilhadas, ex-pandindo nossa percepção de prazer e a de pessoas com quem as dividimos”. Um jovem empresário (Carlos Car-nelllas, Rev. Época, 19 de janeiro de 2015) depois de pas-sar por um acidente, decidiu fazer a experiência de escalar o Everest, maior monte do mundo. Vendeu alguns bens para fazer isso e a experiência fez com que ele percebesse a vida de um jeito diferente. “Nunca penso no que deixo de ter. A montanha me tornou alguém mais desapegado e feliz”. Além disso, segundo ele, “a noção de fragilidade que a montanha nos impõe é transformadora”. São atitudes como essa que vão resignificando a vida e mostrando que há algo mais valioso do que mergulhar nas compras.

As experiências, além de possibilitar um sentido mais duradouro, tem uma chance de arrependimento mui-to menor. Quem compra muito facilmente se arrepende diante da possibilidade enorme de escolhas de produtos. Esse arrependimento pode ser longo e ser vivido sempre que nos deparamos com o produto comprado ou com a fatura do cartão de crédito. Aliado a isso, constata-se que há um arrependimento muito maior nas pessoas pelo que deixam de fazer do que por aquilo que experimentaram. Diante disso, vale nos perguntarmos qual será a nossa pró-xima experiência e não qual será nossa próxima compra.

stamos, com alegria, preparando o coração e a fé para acolher o Cristo vivo, Ressuscitado, Luz das nações, na festa da Páscoa. O tempo da quaresma desperta para

acolher a centralidade do Mistério Pascal, a razão da fé de todos os cristãos. É o prenúncio da esperança que dina-miza a ação, a vivência e o testemunho dos seguidores de Jesus Cristo. A mística é fortalecida pelas inúmeras cele-brações, caminhadas, encontros nas famílias e nas comu-nidades. A preparação para a Páscoa convida a repensar a maneira de ser, superando o individualismo, o fechamento e as indiferenças. Ao mesmo tempo, esse tempo litúrgico nos faz rever projetos e optar cada vez mais pelo Ressusci-tado, em prol da vida e do cuidado pela criação.

O tema deste ano é “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”. O lema, inspirado no livro do Gênesis 2,15, é “Cultivar e guardar a criação”. A expressão bioma vem das palavras “bio” (vida) e “oma” (grupo/conjunto). Por-tanto bioma é um “conjunto de vida”. Em outras palavras, Bioma significa a vida que se manifesta através das seme-lhanças de paisagem, florestas, vegetação, água, animais, comidas, clima, com elementos comuns da natureza. São os seres vivos que pertencem a um determinado clima e são próprios para um determinado lugar, com os seus po-vos e diferentes modos de viver. No Brasil, seis biomas são reconhecidos oficialmente: a Mata Atlântica, a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e o Pampa.

A Campanha da Fraternidade, realizada no tempo da quaresma, é uma provocação para criar uma nova menta-lidade social e ecológica. O Papa Francisco desafia a pen-sar as questões globais com as locais. Em comunhão com a encíclica Laudato Si’ (n.217), do Papa Francisco, a Igreja pede uma “conversão ecológica”. A proposta ecológica do Papa é integral, entrelaçando todas as dimensões huma-nas com a natureza, pois tudo o que Deus criou tem uma

PadreGilmar Paulo

Pároco - Paróquia Cristo ReiBento Gonçalves

[email protected]

Marchesini

cultivar e guardar a criação(Gn 2,15)

mensagem que precisa ser respeitada. A pessoa humana, integrante da obra divina, cuida de tudo com opções cla-ras em prol da vida nova, das novas relações humanas, ze-lando a criação com gestos de amor. Cuidar da natureza é cuidar do homem para que ele não seja destruído por si mesmo, pelos seus instintos de depredação e consumo.

A Bíblia, desde as primeiras páginas, afirma que o mundo é obra de Deus, criado de forma interligada e har-moniosa, para nele o homem realizar a sua vocação à feli-cidade. Tudo o que existe é um ato de amor de Deus. O ho-mem, criado à imagem e semelhança, foi colocado como guardião de toda criação, frutificando este amor nas rela-ções humanas (Gn 1, 26-28). A Palavra de Deus insiste que mesmo que o homem tenha quebrado essa aliança com toda a criação, ela pode ser restaurada pelo amor compas-sivo e misericordioso de Deus. A plenitude que resgata a Aliança se dá na encarnação de Jesus Cristo que veio, não para condenar, mas para salvar a humanidade (Jo 3,17).

Diante da contínua depredação dos biomas brasilei-ros, da mentalidade infinita do progresso, da tecnologia que afasta as pessoas dos problemas socioambientais, da mentalidade do consumo e do ter, somos convidados ao cuidado com a criação, num espírito de conversão interior e com novas atitudes sociais, capazes de superar o passi-vismo diante da crise ecológica que afeta o planeta terra.

Compreender os diferentes biomas e as diferentes be-lezas cria uma consciência de respeito com a vida integral e os diferentes povos que ao longo da história se adaptaram e construíram o próprio jeito de viver e de se manifestar, em harmonia com a natureza nos seus territórios. É preciso salvar a cidadania, a casa comum, partilhando o planeta com os dons e as responsabilidades de toda humanidade. Somos cidadãos globais realizando ações locais. “Cuidar da criação” é Páscoa de Deus na vida do seu Povo.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | 6 de março de 2017 9

www.LOJASJUSTI.com.brBento Gonçalves | (54) 3451.2100Av. Osvaldo Aranha, 851Quem conhece reconhece a diferença

Preços e condições especiais

Por Natália Zucchi

Turismo de bike na região de morros da Serra é mesmo possível. O Dall’Onder Grande Hotel, de Ben-to Gonçalves, primeiro do segmento no Brasil a investir no cicloturismo, oferece passeios para os principais roteiros turísticos de Bento Gonçal-ves, Garibaldi e Farroupilha através do “Que tal de Bike?”. As opções são Vale dos Vinhedos, Estrada do Sabor, Cami-nhos de Pedra, Vale do Rio das Antas e Salto Ventoso, com durações opcio-nais de quatro, seis ou oito horas de percurso, flexibilidade que o visitante encontra para se aventurar sobre duas rodas. Que tal de bike no Vale dos Vi-nhedos? Numa manhã ensolarada do último mês de fevereiro testei o roteiro de quatro horas e me senti completa-mente turista na minha cidade natal - a experiência da bike traz novas pers-pectivas das paisagens que cercam a cidade - e encantam!

Por volta das nove horas da manhã, saímos do Dall Onder Grande Hotel com o carro de apoio com destino ao Vale dos Vinhedos. No grupo estavam as paulistanas Marcia Regina Colavite de Oliveira e Mariana Oliveira Tripoli de Mattos, mãe e filha que também

Desde novembro de 2014, a equipe do “Que tal de Bike?” já atendeu mais de 900 pessoas, 99% de-las turistas. A maioria são jovens, de 25 e 35 anos, de São Paulo e do Rio de Janeiro. O maior movi-mento é no verão. Até agora, o recorde de público é o de fevereiro de 2016, com 95 pessoas envolvi-das, entre os cinco roteiros. Mas no inverno não é diferente. Conforme o instrutor Ariel Kafer, o frio tem atraído ciclistas já adaptados ao clima rigoroso desses passeios. Kafer lembra que no ano passado, foram feitos passeios nos meses de junho a agosto com temperaturas a -2ºC. “É um atrativo turístico que está crescendo. Em meio a crise, é uma ino-vação. O turista busca o contato com a natureza, a tranquilidade. Nossos roteiros são longe das ro-dovias, em meio a cenários agradáveis para o visi-tante”, observa o empreendedor Tarcísio Michelon.

Que tal de

Bike?O Vale dos Vinhedos por novos ângulos

realizaram o passeio pela primeira vez. Fomos guiadas por Roger Leonardo e Luciano Pacheco, condutor e instrutor da equipe do Que tal de Bike?s Che-gamos ao posto DiTrento na RS 444, onde fizemos alguns alongamentos, recebemos os equipamentos de segu-rança e nossas bikes - super confortá-veis. No carro de apoio, bicicletas elé-

tricas também disponíveis para ajudar nos trechos mais íngremes.

Na Estrada Buarque de Macedo iniciamos o cicloturismo com uma leve subida, tranquila para iniciantes. Enquanto pedalávamos em compa-nhia do carro de apoio, Pacheco con-tava a história da região caracterizada por elementos do trajeto que íamos

avistando. Nossa primeira parada foi na Gruta Nossa Senhora de Lourdes. Seguimos para a Rota dos Espuman-tes até a Borghetto Estrada Geral. Nela, visitamos os parreirais a família viticul-tora de Olivio Milani, passeio perfuma-do por grandes cachos das variedades de uva Itália Branca e Ruby. Seguimos para a visita e degustação na vinícola Dom Laurindo, a primeira do roteiro.

Através da RS 444, chegamos até a Via Trento. A adrenalina das descidas fica por conta da velocidade alcançada pelas bikes e pela paisagem composta por vinhedos e propriedades históri-cas. Visuais incríveis! Entre as belezas naturais da região e as subidas, chega-mos na vinícola familiar Mariani, pro-dutora de produtos orgânicos, com degustações e visita a propriedade. Após, seguimos por estrada de chão até a Pizzato Vinhas e Vinhos, na Linha Santa Lúcia, parada final do nosso pas-seio. Antes da degustação, confraterni-zamos com picnic na área externa da vinícola, com uma vista linda para os parreirais. Foram servidos iogurtes da Casa da Ovelha, biscoitos, pães e su-cos produzidos pelo Dall´Onder, além de frutas diversas. Abastecidos, após a última degustação de vinhos e espu-mantes finos, retornamos para o hotel no carro de apoio, onde ainda é pos-sível apreciar as paisagens do roteiro.

Com tanta beleza, não podería-mos ter ficado menos satisfeitas com a experiência. “Achei fantástico, um ro-teiro encantador, foi uma experiência completa. O auxilio e as explicações dos guias tornou o passeio muito rico. A forma de vida e trabalho passada de geração e geração é muito bonita aqui e para nós foi uma forma bem íntima de conhecer a cultura da região”, sa-lienta a turista Márcia.

Luciano Pacheco

Natália Zuchi, Mariana Oliveira Tripoli de Mattos, Márcia Regina Colavite de Oliveira e o instrutor Luciano Pacheco

Roger Leonardo

ciclismociclismo

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Empresas JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | 6 de março de 201710

54 3452.4723 | [email protected] General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS

O Governo Federal editou a Medi-da Provisória 763/16 com a finalidade de liberar os valores do FGTS de contas inativas. A princípio, todos os trabalha-dores que pediram demissão ou tive-ram seu contrato de trabalho rescindi-do por justa causa até 31 de dezembro de 2015 tem direito de fazer o saque.

Os encaminhamentos para o sa-que podem ser feitos nas agências da Caixa Econômica Federal e também pela Internet, através do site do banco. Os valores serão liberados conforme o calendário abaixo. O dinheiro pode ser sacado nas lotéricas e no autoaten-dimento da Caixa no valor de até R$ 3.000,00. Para valores acima, o saque deve ser feito nas agências da Caixa.

Apoiar o desenvolvimento do setor moveleiro nacional, através da apresentação de tecnologias, insu-mos e equipamentos de ponta que se transformarão em oportunidades de negócios é o grande objetivo da Feira Internacional de Máquinas, Matérias--Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira - FIMMA Brasil 2017.

O evento, que acontece desde 1993 e está em sua 13ª edição, tornou--se referência no segmento e, hoje, é a quinta principal feira mundial de má-quinas e equipamentos do segmento. São mais de 600 marcas expositoras, contemplando os ramos de máquinas e similares, matérias-primas, acessó-rios e componentes, ferramentas e softwares, hardwares, eletrônicos e serviços.

A Feira será realizada no Parque de Eventos, em Bento Gonçalves, um dos maiores polos tecnológicos do setor moveleiro e líder na produção de mó-veis do país, nos dias 28 a 31 de março, num espaço de 58 mil metros quadra-dos de área coberta e climatizada.

Com o objetivo de atender a uma solicitação dos expositores, a edição de 2017 vai funcionar em novo horá-rio: das 13h às 20h, como as principais feiras internacionais com foco em ne-gócios. A mudança se tornou possível a partir da compra de energia elétri-ca do mercado, através do programa “Mercado Livre de Energia do Brasil”.

O presidente da FIMMA Brasil 2017, Rogério Francio, destaca que “as empresas participantes têm a chan-

FIMMA BRASILQuinta maior feira mundial do setor moveleiro inicia dia 28

ce de expor suas novidades em uma vitrine mundial, fortalecendo as mar-cas, ampliando a rede de contatos e fomentando alianças em potencial”. Conforme o presidente, “em mais de 20 anos de existência, a Feira construiu e consolidou sua credibilidade no se-tor moveleiro, sendo organizada pela Movergs, uma das mais sólidas e atu-antes entidades de classe do país”.

Para dar maior visibilidade aos expositores, a Feira realizará o Projeto Imagem, com o intuito de trazer for-madores de opinião e profissionais da imprensa internacional. Também in-centiva a ampliação do mercado para a cadeia de madeira e móveis, possibi-litando o contato direto entre impor-tadores e exportadores brasileiros nas rodadas do Projeto Comprador.

Inédito na Feira, o Laboratório de Inovação chega com um objetivo de-terminado: ser um espaço onde serão alavancadas as demandas da indústria e poderão ser questionadas soluções para empresas, através de uma rede integrada de tecnologia e projetos.

Além disso, a FIMMA Brasil pro-move o projeto FIMMA Marceneiro, que incentiva o desenvolvimento das micro e pequenas empresas do ramo, oferecendo atividades direcionadas para facilitar o acesso às informações, bem como aproximar os profissionais das novidades do setor.

Para complementar o intercâmbio de informações sobre desafios, design, tendências e mercado, a Feira realizará o “Workshop de Móveis”.

Advogado informa sobre saque do FGTS de contas inativas

Natália Zucchi

Advogado Jorge Werner atende na rua Marechal Deodoro, 230, sala 302,no anexo comercial do Shopping Bento

Os valores depositados nas contas inativas estarão disponíveis a partir de: Trabalhadores nascidos em: Janeiro e fevereiro a partir de 10/03/2017Março, abril e maio a partir de 10/04/2017Junho, julho e agosto a partir de 12/05/2017Setembro, outubro e novembro a partir de 16/06/2017Dezembro a partir de 14/07/2017

Há a possibilidade de autorizar ainda o crédito em conta para os clientes do banco. Os documentos necessários para encaminhamento são: número de inscrição do PIS/PASEP; documento de identificação do trabalhador e com-provante de finalização do contrato de trabalho (CTPS ou Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho).

As informações foram prestadas pelo advogado Dr. Jorge Werner OAB/RS 47.491, que atualmente atende na rua Marechal Deodoro, 230, sala 302, no anexo comercial do Shopping Ben-to. Werner atua nas áreas do direito trabalhista, da família e do trânsito.

Contato: (54) 3454-4250E-mail: [email protected]

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | 6 de março de 2017 Agricultura 11

Aldacir H.Pancotto

Técnico AgrícolaEMATER/RS-ASCAR

Santa Tereza

cultivoda Pitaya

itaya é uma fruta pouco conhecida no Brasil, mas que aos poucos vai con-quistando o paladar das

pessoas. O cultivo da Pitaya teve início na década de 90, com sua produção concentrada no esta-do de São Paulo.

É uma planta perene, trepa-deira, com caule classificado morfologicamente como cladódio, de onde se originam várias raízes adventícias que ajudam na absorção de nutrientes e fi-xação da planta em um tutor. O fruto tem sabor adocicado e suave, aparência exótica, propriedades organolépticas, rico em vitaminas, com polpa firme e rico em fibras, com excelentes qualidades digestivas e de baixo teor calórico, além de muitas sementes com ação laxante.

A forma de propagação mais indicada é a vegetativa, através de estacas. Estacas são segmentos do caule, conhecido como cladódio. Se utilizar a pro-pagação por sementes, além da planta originada não ser idêntica à planta--mãe, pode demorar vários anos para iniciar o florescimento. Por estaquia, a planta será idêntica à planta-mãe e já produz no primeiro ano de cultivo.

A Pitaya é uma frutífera perene e possui expectativa de produção apro-ximada de 15 anos. Por isso, no planejamento devem ser levados em consi-deração diversos fatores para garantir o sucesso da implantação e condução do pomar. É necessário obter informações sobre a comercialização de frutas na região, definir o número de plantas de acordo com o tamanho da área e o espaçamento que será utilizado, evitar solos rasos sujeitos a encharcamento, regiões onde ocorram geadas e outros fatores que danifiquem a planta em seu desenvolvimento vegetativo.

Existem diversos tipos de Pitaya. As principais espécies comerciais são a Pitaya vermelha com polpa branca, Pitaya vermelha com polpa vermelha, Pitaya amarela, que apresenta casca amarela e polpa branca e a Pitaya-do--cerrado ou saborosa, que pode ser encontrada vegetando naturalmente em algumas regiões do Brasil.

O maior problema da Pitaya está na polinização. Vários fatores interferem no florescimento e frutificação, como luminosidade, adubação, irrigação e aspecto fitossanitário. Mesmo com esses fatores em níveis adequados, é ne-cessário ter no pomar plantas geneticamente diferentes, ou seja, diferentes clones ou diferentes espécies, para que ocorra a polinização cruzada e, con-sequentemente, o vingamento dos frutos. A abertura da flor da Pitaya dura apenas uma noite. Se não houver polinização nesse período, a produção de frutos não acontecerá.

Na natureza, os polinizadores da Pitaya são mariposas e morcegos. Se não ocorrer visitas desses agentes no pomar é recomendado que o produtor faça a polinização manual. Para que ocorra a polinização cruzada ou autopoliniza-ção, é necessário que a flor se abra, o que ocorre à noite, mas sua abertura é precedida de várias etapas, ou seja: a partir das 12 horas há um inchamento do bulbo floral. No início da noite (após às 19 h), dá-se a abertura floral. A par-tir deste momento pode ser feita a polinização manual, com a própria mão ou com o auxílio de um pincel, pegando o pólen dos estames (estrutura sexual masculina da flor), passando no estigma de outra flor (parte sexual feminina que recebe o grão de pólen e dá condições para que ele germine).

O fruto de Pitaya vermelho desenvolve-se rapidamente. Entre 30 a 40 dias após a fecundação já está pronto para ser colhido. Como o florescimento ocorre entre dezembro e abril, em nossas condições, pode haver colheita de frutos nesse período, decorrente dos sucessivos períodos de florescimento. A amarela demora até seis meses para atingir a maturidade.

Apesar do alto custo na implantação do pomar, o retorno ao produtor pode ser muito bom, pois a Pitaya atinge preços elevados no mercado.

A produtividade das videiras culti-vadas no Rio Grande do Sul normalizou na safra 2017. Depois de uma perda de 57% em 2016, considerada a maior quebra desde 1969, a expectativa das entidades representativas do setor é de que a produção da safra 2017 no Rio Grande do Sul atinja 600 milhões de quilos de uva, cerca de 100% a mais se comparado ao ano anterior, quando foram colhidos pouco mais de 300 mi-lhões de quilos.

A Cooperativa Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves, entre o último dia 10 de janeiro ao próximo dia 24, esti-ma receber 70 milhões de quilos, entre eles, 18 milhões de uvas viníferas, de 610 famílias associadas. A informação é do engenheiro agrônomo Lidovino Bavaresco, responsável pelos setores de recebimento da fruta. Segundo ele, a produtividade da colheita foi cerca de 10% acima da média. Conforme Ba-varesco, as uvas tintas dessa safra es-

SAFRA DA UVA 2017Colheita chega ao fim com

previsão de 600 milhões de quilos

Divulgação

Sílvia Tonon

tão com bastante cor. Ele explica que a coloração faz diferença para a qualida-de do vinho tinto. Em relação ao teor de açúcar das frutas, Bavaresco afirma que está dentro do esperado.

Os números dasúltimas safras* Ano Volume (milhões de quilos)

2011 709,62012 696,92013 611,32014 606,12015 702,92016 300,3* Dados referentes ao estado do

Rio Grande do Sul, provenientes do Cadastro Vitícola, mantido por meio de parceria entre Ibravin e Embrapa Uva e Vinho, com recurso do Fundovitis.

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Eventos JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | 6 de março de 201712

O dia 1º de março de 2017 marcou o aniversário de 50 anos de fundação do STIMMME-BG, com o compromisso renovado na continuidade dos traba-lhos em defesa dos direitos das cate-gorias que representa. “A trajetória que o Sindicato construiu até aqui é, sem dúvida, motivo de grande orgu-lho para todos nós, trabalhadores do segmento. Motivados pela série de conquistas já alcançadas, neste mo-mento, voltamos nossa atenção para o futuro – reafirmando o compromis-so com a continuidade da atuação em defesa da família metalúrgica e na bus-ca constante de instrumentos capazes de ampliar sua qualidade de vida”, diz o presidente Elvio De Lima.

Vigilante permanente dos direitos dos profissionais, o STIMMME abre o mês alusivo ao seu 50º aniversário valendo-se da força, representativi-dade e credibilidade acumulados ao longo dos anos para alertar seus asso-ciados sobre as propostas prejudiciais contidas nas reformas Previdenciária e Trabalhista sugeridas pelo governo. Diversas ações de mobilização e cons-cientização estão sendo programadas, chamando a atenção para que interce-dam junto aos deputados federais pela não aprovação das propostas. “Neste momento, cabe a nós, cidadãos, inde-pendentemente do segmento em que atuamos, protestarmos contra essas

STIMMME-BG: meio século em defesa da família metalúrgica

reformas. Ambas roubam nossos di-reitos e, portanto, não podemos nos omitir diante dessa agressão”, reforça o presidente.

Abrindo as comemorações dos 50 anos, o Sindicato promove a tradicio-nal Festa do Dia da Mulher. Exclusiva-mente dedicada ao público feminino, a integração ocorrerá em 18 de março, no Dall´Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves, com expectativa de reunir mais de 500 pessoas. No evento será sorteada uma moto 0km, R$ 1,5 mil em prêmios diversos, além de apresenta-ções teatrais e musicais. As interessa-das em participar já podem garantir o ingresso na sede administrativa do Sindicato ou também nas subsedes de Veranópolis, Guaporé e Nova Bassano.

Momentos marcantesA trajetória de 50 anos começou

a ser escrita em 1967, quando o Sindi-cato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves recebeu a Carta Sindical, documento que oficiali-zou sua atuação em defesa dos direitos dos profissionais do segmento. Pas-sados 50 anos, a entidade congrega aproximadamente 3,5 mil associados, representando cerca de 14 mil traba-lhadores alocados em 18 municípios da região Nordeste do Rio Grande do Sul. O STIMMME foi uma das entidades

pioneiras na região a oferecer atendi-mentos médico e odontológico para os associados. Completam a grade, as-sistência jurídica e previdenciária, dis-ponibilizadas na Sede Administrativa.

O Sindicato também foi pioneiro ao inaugurar o Centro Profissionalizan-te do Setor Metalmecânico e Material Elétrico de Bento. A iniciativa surgiu em 2010 e, desde então, já capacitou mais de dois mil trabalhadores.

Lazer e socialEm 2004 o STIMMME entregou à

família metalúrgica sua sede campes-tre, exclusiva para associados e fami-liares, totalizando três hectares com infraestrutura completa, além do Cen-tro de Eventos.

O calendário de eventos do Sindi-cato tem atividades fixas como a Festa do Dia da Mulher, Gincana Metalúrgi-ca, Jantar-Baile dos Trabalhadores Me-talúrgicos, Dia da Criança, Festas nas Subsedes de Guaporé, Nova Bassano e Veranópolis e Festa Metalúrgica.

Sede Campestre do STIMMME

Elvio de Lima, presidente do STIMMME

Inauguração da sede administrativa do STIMMME, em 1971

Divulgação

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Caderno de Cultura e ArteJornal Integração da Serra

Nº 43 | Março 2017

Vintage

Foto: Kais Ismail Musa

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2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | 6 de março de 2017

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

Carpe Diem de Botequimmáxima é conhecida: Carpe Diem. “Aproveita, colhe o dia”. Nos foi legada pelo poeta ro-mano Horácio, que em suas Odes escreveu: “A vida é curta; abrevia as remotas expecta-

tivas. Mesmo quando falamos, o tempo, malvado, nos escapa. Aproveita o dia, e não te fies tanto no amanhã”. Uma verdadeira pérola de sabedoria.

Horácio escreveu esse texto há dois mil anos. Sua mensagem continua simples e encantadora. Pena que acabou mal interpretada. O Carpe Diem, coitado, virou sinônimo de puro hedonismo, de bus-ca pelo prazer desenfreado. Afinal, se algum dia va-mos morrer, o melhor é aproveitar ao máximo o aqui e agora. E que se dane o resto! É o “Carpe Diem de Botequim”, típico da conversa de bar. Pobre Ho-rácio: ficaria triste em saber que rumo tomou seu ensinamento.

Nestes tempos vaporosos, onde o novo fica ve-lho em um dia e os valores estão um tanto desbota-dos, o “Carpe Diem de Botequim” ganhou lugar de destaque: “Viva o hoje, esqueça do amanhã. Apro-

veite enquanto é tempo! Goze ao máximo! Afinal, você tem o direito de ser feliz”. O culto ao prazer instantâ-neo virou a religião moderna. Repare como ele domina a propaganda, os anúncios nas revistas e na televisão. Na internet. E vai entupindo a cabeça de todos nós, com a falsa promessa de que aproveitar a vida dessa forma exacerbada é o segredo da felicida-de. Ledo engano.

Se tudo fosse “aproveitar o pre-sente”, então para que se preocu-par com as gerações futuras? Com nossos filhos e netos? Por que lutar contra as injustiças? Se preocupar com as crianças abandonadas, re-fugiadas? Com a corrupção que grassa? Para que, afinal, ser hones-to? Fiel às pessoas que amamos? Se o negócio é aproveitar o dia, en-

tão, quem pode mais, chora menos! Eis justamente a falha do “Carpe Diem de Botequim”. Ele nos reduz a meros hedonistas festeiros, irresponsáveis, para quem curtir a vida é a única coisa que importa. Tris-te existência essa, subjugada pelo prazer egoísta e

insensato.O Carpe Diem legítimo tem outro significado.

Ele nos fala que nossa existência é curta, sim, frágil como a chama de uma vela ao vento. Que não te-mos certeza de nada, a não ser do instante que es-tamos vivendo. E que, cientes disso, não devemos perder o momento presente. O Carpe Diem verda-deiro não propõe que esqueçamos nossos projetos, dando de ombros ao dia de amanhã. Tampouco que devemos nos atirar ao gozo de todas as nossas ve-leidades. Ele só nos lembra que somos mortais, e, ao final, o que importa é viver enquanto é tempo. É bom fazer planos, mas, sejamos honestos, não sa-bemos se vamos estar aqui para realizá-los. O certo, então, é seguirmos com eles, mas sem jogarmos a felicidade para algum ponto futuro. O que importa é o caminho; não a chegada. Mais vale a paisagem da estrada do que o próprio destino.

Horácio nos diz que o tempo não deve ser des-perdiçado. Isso não significa, contudo, que deva-mos viver de forma irresponsável. Tresloucada. Pelo contrário: saber que a areia da ampulheta está es-correndo deve nos fazer viver “a cada dia o seu dia”. Sabiamente. De que forma? Por exemplo, quando não deixamos para amanhã aquilo que podemos fazer hoje, estamos sabendo “aproveitar o dia”. Quando, em meio à correria cotidiana, lembramos de dizer “eu te amo” para as pessoas especiais de nossa vida, estamos vivendo no verdadeiro espírito do Carpe Diem. Parar para contemplar o pôr do sol, admirar o firmamento estrelado, saborear uma re-feição singela feita com carinho. Sentir o cheiro da grama molhada. Tomar banho de chuva e voltar a ser criança. Tudo isso é Carpe Diem.

“Tempus fugit”, cantava Virgílio – outro poeta famoso –, lembrando que “o tempo voa”, foge de nossas mãos. Colhe o dia, responde Horácio. Mas, colhe-o com sabedoria. Há que se viver o hoje, sem dúvida. Mas, não há que se querer fazer tudo nes-te exato instante. “Apressa-te lentamente”, diziam os sábios antigos. Isso nos ensina a passear pelo nosso singelo jardim sem perder tempo, mas sa-boreando o instante. Sem a ansiedade de querer percorrê-lo em um só dia. Querendo todas as flores que encontramos pelo caminho. O Carpe Diem au-têntico nos lembra que colher flores, por certo, não é o mesmo que arrancá-las.

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Dicas de FilmesPor Bruno Nascimento

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Programe-seMosaico | Jornal Integração da Serra | 6 de março de 2017 | 3

A redação leu

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Meu quintal é maior do que o mundo

Autor: Manoel de BarrosPáginas: 168Editora: AlfaguaraAno: 2015

Meu quintal é maior do que o mundo

Até o Último HomemAno: 2016Título original: Hacksaw RidgeDiretor: Mel GibsonRoteiro: Robert Schenkkan, Andrew KnightElenco: Andrew Garfield, Sam Worthington, Rachel Griffiths, Luke Bracey

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Antologia de poemas do poeta Manoel de Barros – que morreu em 2014 –, colhidos ao longo de setenta anos.

Poeta popular e pantaneiro, Manoel de Barros cantou a na-tureza como ninguém. Sua obra é única, na maneira de tratar as palavras e prosar sobre o cotidiano. Esta antologia, inédita, reúne poemas de todas as fases do escritor. O resultado é um mosaico amplo e abrangente de sua produção literária.

Manoel de Barros descontruía as palavras, brincava com os verbos, como a ignorãça, que ele grafava, à antiga. Ou, na força poética dos versos: “Uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo”.

Nascido em Cuiabá em 1916, Manoel de Barros estreou em 1937 com o livro “Poemas Concebidos sem Pecado”. Sua obra mais conhecida é o “Livro sobre Nada”, publicado em 1996. Meu quintal é maior do que o mundo revela a força, a vitalidade e o alcance universal da obra deste poeta inimitável. Um livro para sa-borear.

Um soldado médico serve o exército americano durante a san-grenta batalha de Okinawa, na Segunda Guerra Mundial. O que o di-fere de seus irmãos de arma? Ele se recusa a matar pessoas. Essa é a história real de Desmond Doss, homem que conseguiu legalmente ir

lutar uma guerra sem sequer tocar em uma arma e acabou sendo uma figura decisiva para a vida dezenas de soldados.

A volta de Mel Gibson para o cinema como diretor não poderia ser melhor. Quando essa história incrível e real cai nas mãos de um cineasta que é tão competente em retratar histórias cruéis, o que sai é um ótimo filme anti-guerra, que consegue ser inspirador e ressaltar a ima-gem dos veteranos ao mesmo tempo. É interessante também notar que o longa-metragem não se rebaixa ao dizer que Doss fez tudo pela sua fé religiosa. Seus conflitos são tão bem apresentados – e bastante apresentados – que nos fica claro que seu ego e sua vontade de salvar são tanques de guerra imbatíveis.

O treinamento de Doss já é cruel. Ninguém o apoia pela decisão feita. Lutar na guerra sem arma não é só insanidade, mas também contra as regras. Quando o soldado vence e con-segue ir para a guerra, o filme escala um degrau de nossa expectativa e nos apresenta uma guerra gráfica e arrasadora, onde nosso herói leva uma porrada em cada passo dado. Uma porrada em nossa cara.

FotografiaO quê: Mostra Fotográfica BorboletasQuando: de 03 a 31 de marçoHorário: 8h às 11h45min e 13h30min às 17h45minLocal: Salão Nobre Anastácio Orlikowski da Fundação Casa das Artes

Dom QuixoteO quê: Palestra sobre Dom Quixote de Cer-vantes, com Uili BergaminQuando: 7 de março, às 20 horasOnde: Livraria Dom Quixote

Show Tati PortelaO quê: Show Noutra Direção - Tati Portela (Chimarruts) Quando: 8 de março, às 20 horasLocal: Fundação Casa das Artes

Cinema ao ar livreO quê: Cine Via Del VinoFilme: Comer, rezar e amarQuando: 9 de março, às 19h30minLocal: Via del Vino

YogaO quê: Palestra Kriya Yoga de BabajiQuando: 10 de março, às 20 horasLocal: Hridaya Centro de Yoga

LançamentoO quê: Lançamento do livro “Reflexões de uma mente inquieta”, de Bruno DreherQuando: 13 de março, às 19 horas Local: Fundação Casa das Artes

Rock n’rollO quê: III Festi Nelvi 2017Quando: 11 e 12 de março, 15 horasLocal: Fundaparque

VintageO quê: Garibaldi VintageQuando: 17 de março, às 19 horasLocal: Rua Buarque de Macedo - Garibaldi

Harley DayO quê: 2º Carlos Barbosa Harley DayQuando: 18 de março, às 11 horasLocal: Parque da Estação

Carrinhos da VindimaO quê: 2ª Corrida de Carrinhos de Lomba da VindimaQuando: 19 de março às 7 horasLocal: Via del Vino

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Feira de Artesna Rua Coberta

Mulheres que venceram o câncer fazem parte de um mundo mágico no ensaio fotográfico realizado pelo projeto Borboletas da Rede do Bem. Cada uma das nove mulheres partici-pantes, entre 20 e 88 anos, se torna-rem fadas, magas, anjas, guerreiras e índias, personagens que tivessem semelhanças com cada uma das modelos. O projeto foi desenvolvido pela fotógrafa Eliana Passarin, com o apoio da maquiadora Letícia Go-waski, do design Alexandre Pillotti, apresentação da jornalista Rosane Marchetti e do ator João Signorelli. A mostra fotográfica está exposta na Fundação Casa das Artes até o dia 31 de março. As visitações ocorrem nos horários das 8h às 11h45min e 13h30min às 17h45min.

O nome da Mostra Borboletas foi inspirada na frase de Rubem Al-

Na última segunda-feira, seis de março, a Secretaria da Cultura e a Fundação Casa das Artes inau-guraram as atividades do Confra-ternizando Arte. O projeto também ocorreu na terça-feira, em horário de expediente da Fundação Casa das Artes. Com duração prevista para até o fim de maio, o Confraternizan-do Arte será realizado toda semana, nas segundas e terças-feiras, onde artistas locais vão trabalhar suas obras nos turnos da manhã e tarde

Mundo fantasy na Mostra Borboletasera algo alegre, com estética feliz, longe do culto apenas da doença e com cunho solidário”.

Participaram das fotos Angela Bissolotti, Jaqueline Borile Fávero, Aline dos Santos, Rachel Casagran-de, Salete De Toni, Liziane Firmini, Simone Dias Jannke, Sheila Caron Matevi e Nona Maria Putton. “A expe-riência de estar viva para fazer parte deste projeto me enche de amor e gratidão”, agradece Aline dos San-tos, 39 anos.

A Rede do Bem é coordenada por Salete De Toni e não é ligada a nenhuma ONG ou instituição. São voluntários que arrecadam recursos por meio da venda de cartões pos-tais do projeto e de camisetas. A ren-da é doada para mulheres que estão passando pela doença e em situa-ção de vulnerabilidade social.

ves “Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silen-ciosas metamorfoses” e buscou re-tratar a beleza das metamorfoses na

vida das modelos. Segundo Eliana Passarin, fotógrafa do projeto, “as mulheres quando foram convidadas encantaram-se com a proposta, pois

Eliana Passarin

no hall de entrada da Fundação. Em parceria com a Associação dos Ar-tistas Plásticos de Bento Gonçalves (AAPLASG), os associados da enti-dade irão produzir, expor e comercia-lizar suas obras, enquanto o público pode acompanhar a criação artística.

Feira de Arte na Rua CobertaOutra atividade que será desen-

volvida até o mês de maio é a Feira de Artes na Rua Coberta. A primei-ra edição da Feira ocorreu nos dias

4 e 5 de março e reuniu artesanato, artes plásticas e visuais. Promovido pela Secretaria da Cultura e Funda-ção Casa das Artes, a Feira tem o intuito de promover e incentivar as obras produzidas por artistas locais, ampliando o acesso à comunidade e aos turistas. A Rua Coberta tornou--se um grande atelier ao ar livre e co-letivo. O evento também contou com food trucks e choop artesanal.

Para o secretário de Cultura e Presidente da Fundação Casa das Artes, Evandro Soares, a Feira de Arte vem ser uma reunião festiva que vai além do objetivo artístico: “É uma ótima oportunidade para os artistas exporem e comercializarem suas obras, já que as artes visuais

abrangem a pintura, a cerâmica, a fotografia, a escultura, o desenho. Este evento é um reconhecimento e uma valorização da diversidade des-se segmento”.

A promoção reuniu Ernani Cou-sandier, que produziu caricaturas na hora, Eliane Averbuck, Rubens Sant’Anna, Aido Dal Mass, Eliane Magnani, Mauri Menegotto, Nair Ben, Eracy Fracalossi, participantes da Associação dos Artistas Plásti-cos da Serra Gaúcha (AAPLASG) e a loja Arte Viva Arte. O fotógrafo Zeca também retratou pessoas com ves-timenta típica italiana. A gastrono-mia foi oferecida por Nega Maluca, Pedro dos Crepes e Basílico Casa Gourmet.

Fotos: Divulgação

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4ª edição do Garibaldi Vin-tage, evento que celebra os costumes e modas das dé-

cadas de 20 a 60, ocorre no próximo dia 17 de março, a partir das 19 ho-ras, no charmoso centro da cidade, caracterizado por um conjunto de 35 casarões construídos no início do século passado, preservados como patrimônio histórico do município. O evento remete ao século passado, enfatizando o glamour, os costumes e moda das décadas de 20 a 60.

O entretenimento é por conta de atrações musicais, de artistas que circulam pela rua Buarque de Ma-cedo interagindo com o público e da exposição de carros da época. O público é convidado a participar com roupas características do período.

Gastronomia, vinícolas e cer-vejarias artesanais, num total de 24 estabelecimentos comerciais, dispo-nibilizarão seus produtos em pontos estratégicos da área central. A última edição do Garibaldi Vintage ocorreu em outubro de 2016, reuniu cerca de 15 mil pessoas.

Os veículos da época ficam es-tacionados ao longo da avenida Rio Branco, numa exposição organiza-da pela AntiGar - Carros Antigos de Garibaldi e do Veteran Car Club dos Vinhedos. Criado no início de 2014, o Garibaldi Vintage se consagrou como um dos eventos que reflete a

GaribaldiVintage

As décadas de 20 a 60 serão lembradas no charmoso centro histórico de Garibaldi

A identidade do município. Participam desta edição os estabelecimen-tos Dolce Mattina, Famiglia Giova-naz, Gerson Ben, Novalle, Retrô 81, Trattoria Primo Camilo, Rer Divino, Sushiame, Valle Rustico, Estrada Do Sabor, Hostaria Casacurta, Caça e Pesca, Le Pankê e Devorata Trufas Artesanais. Entre os pratos, varieda-des de massas, carnes, frutos do mar, hamburgeres e doces diversos.

Integram o evento, por meio da Rota dos Espumantes, a Coopera-tiva Vinícola Garibaldi e as vinícolas Courmayeur, Casa Pedrucci, Domno, Don Laurindo, Vaccaro e La Cantina, além da presença da Cooperativa de Produtores Ecologistas de Garibaldi (Coopeg). Também participam as cervejarias artesanais Leopoldina, Guarnieri, Trinker e Ricompensa.

Nesta edição, também acontece-rá a apresentação dos trajes oficiais das soberanas da Fenachamp 2017, rainha Valéria Carniel e princesas Mônia Meneghetti e Gabriela Mattei.

O Garibaldi Vintage é uma reali-zação da Prefeitura de Garibaldi, por meio da Secretaria de Turismo e Cul-tura. O evento conta com o apoio das secretarias de Obras, de Segurança e Mobilidade Urbana, de Agricultura e Pecuária, de Meio Ambiente, do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS) de Gari-baldi e da Brigada Militar.

Foto: Kais Ismail Musa

Alexandre Ungarato

Kais Ismail Musa

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Após o hiato de um ano, a 3ª edi-ção do FESTI NÉLVI acontecerá nos próximos dias 11 e 12 de março em Bento Gonçalves, na Fundaparque, entre os pavilhões D e E em Bento Gonçalves. No sábado, o evento inicia às 15 horas, terminando na madrugada de domingo. O festival retorna no domingo à tarde, das 15 às 21 horas. Como de costume, o evento reunirá bandas de rock n’ roll, blues e metal, entre outros gêne-ros. Serão 75 músicos entre 15 ban-das regionais, com projetos covers e autorais, mais o Dj Zonatão que

A comunidade de Faria Lemos e a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário promovem a 8ª edição da Sagra Trevisana “...uno encontro dele fameie...” no próximo dia 12 de março. A festa busca restituir a tra-dição e cultura dos imigrantes da Província de Treviso, norte da Itália. O evento inicia às 9h30 na Igreja Ma-

Onde comprar os ingressos

Bento Gonçalves: Musical Center, Barbearia Mistura fina, Restaurante Barracão, BG Materiais de Construção, Musikando, Café com Arte, In Concert CDs, Musictália, Musictra-lhas, músicos e exposito-resPinto Bandeira: com Diego SoligoNova Prata: Sonora Insti-tuto MusicalFarroupilha: com Trubian

muito rockChopp, arte e

3ª FESTI NÉLVI: dois dias de festival na Fundaparque

tocarão em uma área coberta com capacidade para duas mil pessoas, garantindo que o festival aconteça mesmo com chuva. Para alimentar os roqueiros, haverá food trucks di-versos e chopp artesanal. O evento ainda conta com dez expositores, com brechó, artes visuais e artesa-nato, valorizando o cenário artístico da cidade ao mesclar tribos. O pas-saporte para os dois dias do festival custa R$ 30. Ingresso para os dias individuais custam R$ 20. O III FESTI NELVI conta com o apoio da Secreta-ria de Cultura Bento Gonçalves, Con-

selho Municipal de Política Cultural e Fundo Municipal de Cultura.

No primeiro dia do festival, estão confirmadas as bandas Malvinas, Jam, Os Comparsas, Hard Rockets. Tocam também Monty Python Band, Rocker, Libertino e o DJ Zonatão com a Liquid Souza Band. No domingo, os shows seguem com as bandas O Terceiro Olho, Pink Floyd Cover, Rev. Tabordex e as Velhas da Janela ou Unicórnios da Babilônia. Dr. Medeiro (com focus em seu olho) e Thanks to Queen encerram o festival.

“Eu sou um sonhador e quero ajudar a dar abertura para as ban-das regionais. Acima de tudo, este evento é para as pessoas”, declara o organizador e músico Marcelo Mon-tipó.

O Festi’Nélvis nasceu em 2014 e teve sua segunda edição em 2015, reunindo mais de 800 pessoas e 10 bandas nessas duas edições.

Faria Lemos promove a 8ª edição da Sagra Trevisanatriz com missa em Talian, animada pela Fanfara Bersaglieri e pelo Coro Caminhos de Faria Lemos. Sagra significa “festa” em italiano e para os imigrantes era o grande dia onde as famílias celebravam a vida, a fé, as conquistas e repartiam as alegrias e dificuldades, tudo em comunidade.

Às 12h30min acontece o almoço

típico com cantorias e às 15h30min, café da tarde, no salão paroquial. Já na praça, ocorrem apresentações de saberes e fazeres dos imigrantes - confecção de cestos com vime, ar-tesanato em palha de trigo, pão de

forno a lenha, pisa de uva, além de brincadeiras de antigamente com os alunos da Escola Ângelo Chiamole-ra, de Faria Lemos. Reservas para o almoço pelo telefone (54) 999055997 ou (54) 34391110 com Milena.

Divulgação

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Quem gosta de café vai adorar a novidade: no próximo dia 14, às 10 horas, inaugura em Bento Gonçalves o Ovelha Café, da jovem empreende-dora Bruna Bello. A cafeteria, com proposta literá-ria e gastronômica, fica situada na parte térrea de uma residência de alvenaria construída em 1920, na esquina da rua Agnaldo da Silva Leal com a travessa Manaus, no bairro Cidade Alta. Bruna procurou referências nos anos 40 a 60 e aplicou diversos elementos e mobílias restauradas para dar ao ambiente um toque retrô. “Sempre tive von-tade de abrir um pub, um café, um espaço cultural em Bento. Em outubro do ano passado percebi que o momento tinha chegado quando vi a placa de “aluga-se” nessa casa. O nome eu já tinha bem claro na minha mente, seria Ovelha, porque mi-nha família até hoje me chama de “ovelha negra”

CaféOvelha

Grãos de café especiais,literatura e charme a partir

do dia 14 em Bento

devido aos meus gostos peculiares e mi-nha paixão por livros. Sem contar que eu adoro ovelhas e as relaciono muito bem com café. A lã e o próprio desenho dela trazem aconchego. Queria que o ambien-te fosse acolhedor, literário e ao mesmo tempo vintage, com ar de nostalgia. Para mim, o café também é nostálgico”, revela Bruna.

Inicialmente serão quatro grãos dife-rentes disponíveis: Moka de origem Alta Mogiana/São Paulo, Topázio Amarelo de origem Chapadão de Ferro/Minas Gereais, Catuaí Verme-lho de origem Santa Maria de Jetibá/Espírito San-to e o Bourbon Amarelo de origem Cerrado Minei-ro. São quatro formas de preparação para cada grão, ampliando uma gama de 16 aromas e sabo-res disponíveis no cardápio, cada um apelidado carinhosamente com o nome de um personagem, livro ou ator de literaturas. Cafés com leite integral, desnatado e sem lactose também estão no menu. Além deles, o caseiro e gostoso café passado no pano será a opção mais econômica para quem busca simplicidade. Haverá ainda opções de ca-fés doces e alcoólicos, brownie, cookies, torta e sanduíches com quatro opções de pão também serão feitos na confeitaria própria. O interior da ca-feteria segue a linha retrô na decoração e mobília e abrigará livros e histórias em suas prateleiras e mesas, sendo também possível locar os exempla-res.

Na decoração do ambiente, rádios antigos, máquina de escrever, luminárias resgatadas em antiquários e cadeiras personalizadas. As xícaras, de porcelana, estampam bordados exclusivos do Ovelha. Além do charme, elas ajudam a manter a temperatura ideal da bebida. Investindo na arte da cidade, o local disponibilizará espaço para ex-posições transitórias de artistas locais. As primei-ras, já a partir do dia 13, serão de Bruna Maria e Diogo Carlet. Muitos livros estarão dispostos no ambiente entre obras do acervo da proprietária e de seu marido Tom Miele e outras doadas por amigos do casal. A troca de livros entre os clientes e a possibilidade de retirar os exemplares fixos do

Ovelha também faz parte da proposta. “Será um espaço para a convivência de todas as gerações e idades. Haverá saraus, grupos de discussões e teatros. O empreendimento contará ainda com um espaço infantil para atender a garotada mais nova”, ressalta Bruna

O Ovelha Café estará em funcionamento de terças a sextas-feiras, das 10 às 20 horas, aos sábados, das 8h30 às 18 horas e aos domingos, das 14 às 18 horas, com brunch especial pela ma-nhã (café da manhã americano com panquecas ao molho canadense Maple Syrup, que também será produzido pelo empreendimento) mais café ou suco de laranja.

Com atendimento personalizado, Bruna e seus colaboradores têm a missão de apresentar as ca-racterísticas de cada café para o cliente, numa conversa ao pé da mesa. Para aqueles que que-rem se aprofundar, o Ovelha realizará workshops e degustações para grupos fechados, que também podem ser agendados previamente. “Minha ideia é apresentar aos clientes cafés de qualidade, para que a bebida possa ser apreciada e esse hábito possa ser cultivado de maneira saudável”, ressal-ta. Se o cliente não quiser beber o café na hora, o Ovelha terá copos personalizado da própria mar-ca, no estilo Starbucks, para o transporte da bebi-da. Água fresca gratuita disponível para todos os clientes também será como um dos pontos dife-renciais do Café Ovelha. O local também terá um espaço para a venda de produtos personalizados do Ovelha e souveniers, como almofadas, cami-setas e canecas, entre outros.

Arquivo Pessoal

Bruna Bello, proprietária do Ovelha Café

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alternativoO CineSesc Bento Gonçalves traz um catálogo de produções

alternativas na programação de cinema para o mês de março, em sessões gratuitas. A agenda será aberta com o filme árabe “O Sonho de Wadjda” (2012), com exibição gratuita dia sete, às 20h, no Sesc local (Av. Cândido Costa, 88). Os próximos títulos a serem exibidos são “Amar, Beber e Cantar” no dia 14, e “Uma Viagem Extraordinária” no dia 21 de março. Após a exibição de cada filme será realizado um bate-papo sobre as questões apontadas nas tramas, conduzida por profissionais que vão de encontro com a temática do longa.

A Associação Bento-gonçalvense de Convi-vência e Apoio a Infância e Juventude (Abraçaí) promove, no dia 14 de março, uma viagem de Maria Fumaça de caráter solidário com o objetivo de angariar fundos para a manutenção da asso-ciação. O passeio sai de Bento Gonçalves com destino a Garibaldi, com percurso de 20 quilôme-tros movidos por atrações exclusivas. Além de apresentações artísticas ítalo-gauchescas, haverá refeições, filó e apresentação da Orquestra de Vio-lões e coro Abraçaí na estação de Garibaldi, e de-

Uma Viagem ExtraordináriaSinopse: Aos doze anos de idade, T.S. Spivet é um garoto superdotado, apaixonado por carto-grafia. Quando ele ganha um prêmio científico de prestígio, o garoto decide abandonar sua família em Montana para atravessar sozinho os Estados Unidos, até chegar em Washington. O único pro-blema é que o júri não sabe que o vencedor ainda é uma criança.País de origem: FrançaGênero: AventuraTempo de duração: 105 minIndicação: 10 anos

Amar Beber e CantarSinopse: Um grupo de teatro amador está en-saiando uma nova peça, quando uma notícia triste abala a todos: George, amigo próximo da trupe, está doente. De acordo com os médicos, ele tem no máximo seis meses de vida. Enquan-to as mulheres do grupo começam a relembrar a antiga paixão pelo mulherengo George, os homens têm uma ideia inusitada: e se o amigo doente fosse chamado para interpretar um dos personagens da peça?País de origem: FrançaGênero: Comédia/ DramaTempo de duração: 108 minIndicação: 12 anos

O Sonho de WadjdaSinopse: Wadjda tem dez anos de idade e mora no subúrbio de Riade, capital da Arábia Saudi-ta. É uma garota teimosa e cheia de vida, que gosta de brincar com os garotos. Um dia, após uma disputa com o amigo Abdullah, ela vê uma bela bicicleta verde à venda. Wadjda gostaria de comprar a bicicleta para superar o colega numa corrida, mas na sociedade conservadora onde vive garotas não podem dirigir carros ou bicicle-tas. Ela decide então fazer de tudo para conse-guir o dinheiro sozinha.País de origem: Arábia/AlemanhaGênero: DramaTempo de duração: 97 minIndicação: livre

Catálogo

07março

14março 21

março

Abraçaí promove passeio solidário de Maria Fumaçagustação de espumantes no trem. O “Abraçaí nos Trilhos” terá duração aproximada de duas horas e os ingressos individuais custam R$ 195.

O patrocínio é da Giordani Turismo. Também apoiam o projeto “Abraçaí Nos Trilhos” as empre-sas Alvo Global, Andreia Pilão Eventos, Boch Som e Luz, Buffet Dalla Costa, Dolce Gusto, Dolcetto do Vale, Embanor Embalagens, Gráfica Bento, Prato Mil e o 6º Batalhão de Comunicações, Le Petit Macarons, Dall Mass Consultoria Jurídica, Vinícola Aurora, Sicred, Vinícola Salton e outras empresas.

O Abraçaí atende 250 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social com ativi-dades lúdicas, culturais e esportivas que oportu-nizam novas experiências no contraturno escolar. A presidente da Abraçaí, Eliana Casagrande Lo-renzini, destaca a importância do engajamento de empresas e comunidade para a continuidade das ações da Entidade. “Quem abraça uma criança e um adolescente, saberá que colaborou com a construção de um sonho e uma história de vida diferente”, reforça.