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João Pessoa - PB 30 de Junho de 2017 - nº 60 Jurisprudência TJPB Este boletim tem caráter informativo. É elaborado a partir de acórdão selecionado junto aos gabinetes dos Eminentes Desembargadores e dos julgados resultantes dos processos de Uniformização de Jurisprudência do TJPB. Apresenta também notícias e súmulas editadas pelos Tribunais Superiores, com matérias relacionadas à competência da justiça estadual, como também notícias e recomendações do Conselho Nacional de Justiça. APELAÇÃO CRIMINAL 0000092-95.2013.815.0141 – Rel. Exmº. Des. João Benedito da Silva – j. 09 de maio de 2017. APELAÇÃO CRIMINAL. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL - CRIME - EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE JÁ DECRETADA EM RAZÃO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL. NÃO CONHECIMENTO DO APELO. Evidencia-se a falta de interesse em recorrer para discussão acerca da autoria e materialidade delitivas, vez que foi declarada extinta a punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva estatal, instituto esse que equivale à absolvição e assim, mantém a presunção constitucional de inocência do acusado. APELAÇÕES CÍVEIS Nº 0000907-67.2013.815.0311 – Rel. Exmª. Desa. Maria das Graças Morais Guedes – j. 17 de abril de 2017. APELAÇÃO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRELIMINAR. CERCEAMENTO DE DEFESA. CONDENAÇÃO BASEADA EM PROVA PRODUZIDA EXCLUSIVAMENTE EM INQUÉRITO POLICIAL SEM CONJUGAÇÃO COM OUTROS ELEMENTOS PRODUZIDOS EM INSTRUÇÃO PROCESSUAL. IMPOSSIBILIDADE. ANALOGIA AO ART. 155 DO CPP. NATUREZA PENAL DA AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ACOLHIMENTO. ANULAÇÃO DA Leia Mais

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João Pessoa - PB30 de Junho de 2017 - nº 60

Jurisprudência TJPB

Este boletim tem caráter informativo. É elaborado a partir de acórdão selecionado junto aos

gabinetes dos Eminentes Desembargadores e dos julgados resultantes dos processos de

Uniformização de Jurisprudência do TJPB. Apresenta também notícias e súmulas editadas pelos

Tribunais Superiores, com matérias relacionadas à competência da justiça estadual, como

também notícias e recomendações do Conselho Nacional de Justiça.

APELAÇÃO CRIMINAL

Nº  0000092-95.2013.815.0141 – Rel. Exmº. Des. João Benedito da Silva – j. 09 de

maio de 2017.

APELAÇÃO CRIMINAL. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL - CRIME - EXTINÇÃO DA

PUNIBILIDADE JÁ DECRETADA EM RAZÃO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL.

NÃO CONHECIMENTO DO APELO. Evidencia-se a falta de interesse em recorrer para discussão

acerca da autoria e materialidade delitivas, vez que foi declarada extinta a punibilidade pela prescrição

da pretensão punitiva estatal, instituto esse que equivale à absolvição e assim, mantém a presunção

constitucional de inocência do acusado. 

APELAÇÕES CÍVEIS

Nº 0000907-67.2013.815.0311 – Rel. Exmª.  Desa. Maria das Graças Morais

Guedes – j. 17 de abril de 2017.

APELAÇÃO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.

PRELIMINAR. CERCEAMENTO DE DEFESA. CONDENAÇÃO BASEADA EM PROVA PRODUZIDA

EXCLUSIVAMENTE EM INQUÉRITO POLICIAL SEM CONJUGAÇÃO COM OUTROS ELEMENTOS

PRODUZIDOS EM INSTRUÇÃO PROCESSUAL. IMPOSSIBILIDADE. ANALOGIA AO ART. 155 DO CPP.

NATUREZA PENAL DA AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ACOLHIMENTO. ANULAÇÃO DA

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SENTENÇA. RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM PARA A REGULAR INSTRUÇÃO PROCESSUAL. - A

condenação por ato de improbidade administrativa  não pode se basear exclusivamente nas provas

colhidas durante o inquérito policial, exceto se conjugados tais elementos com aqueles produzidos

durante a instrução processual. (Analogia ao art. 155 do Código de Processo Penal)

APELAÇÃO CÍVEL

Nº 0001274-46.2004.815.0331 – Rel. Exmª. Desa. Maria das Graças Morais

Guedes   – j. 23 de março de 2017.

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. ACIDENTE DE VEÍCULO. NÃO

ACIONAMENTO DO SISTEMA AIRBAG. DEFEITO DE FABRICAÇÃO. DANO MATERIAL NÃO

IMPUGNADO ESPECIFICAMENTE. DEVER DE INDENIZAR. DANO MORAL OCORRENTE. QUANTUM

INDENIZATÓRIO. RAZOABILIDADE. REFORMA INTEGRAL DA SENTENÇA. PROCEDÊNCIAS DOS

PEDIDOS. PROVIMENTO. - Não havendo impugnação específica quanto ao prejuízo material

suportado, reputa-se ocorrente a revelia substancial, portanto, incontroverso o dano material

experimentado.  Não há como considerar que o não funcionamento do airbag no momento do acidente

em que foi vítima o autor foram meros dissabores ou aborrecimentos do cotidiano, porquanto, uma das

expectativas daquele que adquire um veículo assim equipado é de que seja protegido num eventual

acidente. 

REMESSA OFICIAL 

Nº 0000504-74.2011.815.0471 – Rel. Exmº. Des. Oswaldo Trigueiro do Valle Filho  –

j. 06 de junho de 2017.

REMESSA DE OFÍCIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. IRREGULARIDADE.

BURLA À OBRIGATORIEDADE DO CONCURSO PÚBLICO. CARGO EM COMISSÃO EXERCIDOS

FORA DAS HIPÓTESES PREVISTAS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.

DESPROVIMENTO. - Em se tratando de a investidura em cargo ou emprego público, a realização de

certame prévio é procedimento obrigatório, somente podendo ser obviada na hipótese de nomeação

para cargo em comissão ou contratação por tempo determinado para atender a excepcional interesse

público. - Além disso, a Carta Magna estabelece que as funções de confiança deverão ser exercidas

exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo e os cargos em comissão deverão ser

preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,

destinando-se em ambos os casos para atribuições de direção, chefia e assessoramento. - Havendo

comprovação de irregularidades nas contratações temporárias, em nítido desrespeito a obrigatoriedade

de realização de prévio certame público para a admissão de servidores, bem como a existência de

cargos em comissão exercidos fora dos ditames constitucionais, há de ser mantida a sentença de

primeiro grau, cabendo ao Ente Municipal adotar as medidas impostas no decreto judicial.

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REMESSA NECESSÁRIA

Nº 0000480-53.2012.815.0231– Rel. Exmº. Des. Oswaldo Trigueiro do Valle Filho – j.

06 de junho de 2017.

REMESSA NECESSÁRIA. MANDADO DE SEGURANÇA. MATRÍCULA DE ALUNA COM IDADE

INFERIOR A 06 ANOS NO ENSINO FUNDAMENTAL. NEGATIVA PELA AUTORIDADE COATORA.

EXIGIÊNCIA PREVISTA NO RESOLUÇÃO Nº 05/2009, DO CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO.

POSSIBILIDADE. MITIGAÇÃO DA EXIGÊNCIA LEGAL PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. APLICA- ÇÃO

DO CRITÉRIO DA RAZOABILIDADE. PRECEDENTES DESTA CORTE E DE TRIBUNAIS PÁTRIOS.

DIREITO LÍQUIDO E CERTO. DESPROVIMENTO DO REEXAME NECESSÁ- RIO. - Como é sabido, o

mandado de segurança tem a finalidade de salvaguardar direito certo e incontestável, ameaçado ou

violado por ato manifestamente ilegal e abusivo de qualquer autoridade investida no exercício de

função pública. - A exigência de idade mínima de 6 anos até o mês de março do ano letivo para a

realização de matrícula no ensino fundamental, prevista na Resolução nº 05/2009, merece

relativização/mitigação, tendo em vista que a norma deve ser conciliada com o dever de concretizar o

acesso aos níveis mais elevado do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade

de cada um (artigo 208, V, da Constituição Federal). - Outrossim, a negativa à realização da matrícula

para cursar o 1º do ensino fundamental obstar-lhe-ia, de modo reflexo, a continuidade dos estudos na

série compatível com sua capacidade intelectual. Ora, não seria razoável impedir a matrícula,

obrigando a impetrante a cursar novamente a mesma séria até que se cumpra o requisito etário

exigido, em nítido contrassenso à política educacional. 

Notícias TJPB(*) Os links podem sofrer

alterações por serem extraídos

de fonte original.

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Boletim Recurso Repetitivo

JULGAMENTO DE MÉRITO FINALIZADO, COM FIXAÇÃO DA TESE PELO STJ

1. Tema: 592 (REsp n. 1.559.965/RS)

“Os dispositivos do art. 4º, caput, e §§ 1º e 2º, da Lei n. 11.738/2008 não amparam a tese de que

a União é parte legítima, perante terceiros particulares, em demandas que visam à sua

responsabilização pela implementação do piso nacional do magistério, afigurando-se correta a

decisão que a exclui da lide e declara a incompetência da Justiça Federal para processar e

julgar o feito ou, em sendo a única parte na lide, que decreta a extinção da demanda sem

resolução do mérito.”

Data da publicação do acórdão: 21/06/2017.

2. Tema: 98 (REsp n. 1.474.665/RS)

“Possibilidade de imposição de multa diária (astreintes) a ente público, para compeli-lo a

fornecer medicamento à pessoa desprovida de recursos financeiros.”

Data da publicação do acórdão: 22/06/2017.

PROCESSOS AFETADOS PARA JULGAMENTO SOB A SISTEMÁTICA DE

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RECURSO REPETITIVO

1. Tema: 976 (REsp n. 1.643.856/SP)

“Competência para processo e julgamento de demandas com pedidos ilíquidos contra massa

falida: se é competente o juízo no qual se processa o feito falimentar ou o juízo cível em que

proposta a ação de conhecimento respectiva.”

Informamos ainda que a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça determinou a

"suspensão de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem acerca da

questão delimitada e que tramitem no território nacional".

SUSPENSÃO NACIONAL DE PROCESSOS DETERMINADA EM INCIDENTE DE

RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS

1. IRDR n. 5024326-28.2016.4.04.0000/PR

discute-se a "legalidade da Resolução Contran n. 543/2015 quanto à obrigatoriedade da

inclusão de aulas em simulador de direção veicular para os candidatos à obtenção da Carteira

Nacional de Habilitação – CNH".

No caso, o Ministro acolheu o pedido formulado na Suspensão em Incidente de Resolução de

Demandas Repetitivas - SIRDR n. 7/PR e determinou a suspensão nacional de todos os

processos em tramitação no País, inclusive nos juizados especiais.

Legislação Federal

LEI Nº 13.460, DE 26 DE JUNHO DE 2017

 

Dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da

administração pública.

LEI Nº 13.456, DE 26 DE JUNHO DE 2017

Altera o Programa de que trata a Lei no  13.189, de 19 de novembro de 2015, para denominá-lo

Programa Seguro-Emprego e para prorrogar seu prazo de vigência.

LEI Nº 13.455, DE 26 DE JUNHO DE 2017

 

Dispõe sobre a diferenciação de preços de bens e serviços oferecidos ao público em função do prazo

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ou do instrumento de pagamento utilizado, e altera a Lei no 10.962, de 11 de outubro de 2004.

DECRETO Nº 9.081, DE 21 DE JUNHO DE 2017

 Altera o Decreto nº 8.469, de 22 de junho de 2015, que regulamenta a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro

de 1998, e a Lei nº 12.853, de 14 de agosto de 2013, para dispor sobre a gestão coletiva de direitos

autorais.

Notícias STF* (*) Os links podem sofreralterações por serem extraídos defonte original.

STF conclui julgamento sobre limitesda atuação do relator emcolaborações premiadas

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)

concluiu o julgamento conjunto da questão de

ordem e do agravo regimental na Petição (PET)

7074 e decidiu, por maioria de votos, que o

acordo de colaboração homologado como

regular, voluntário e legal deverá, em regra,

produzir seus efeitos em face ao cumprimento

dos deveres assumidos pela colaboração,

possibilitando ao órgão colegiado a análise do

parágrafo 4º do artigo 966 do Código de

Processo Civil.

O dispositivo citado diz que “os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros

participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no

curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei”.

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Relator encaminha denúncia contra presidente da República para Presidência doSTF

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a remessa da denúncia

contra o presidente da República, Michel Temer, à Presidência do Tribunal, para que a peça acusatória

apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e cópia dos autos do Inquérito (INQ)

4483 possam ser encaminhados à Câmara dos Deputados. Conforme preveem os artigos 51 (inciso I) e

86 da Constituição Federal, cabe àquela Casa Legislativa decidir se autoriza a instauração de

processo contra o chefe do Poder Executivo por crime comum.

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A denúncia oferecida pelo procurador-geral imputa ao presidente da República e ao ex-deputado

federal Rodrigo Rocha Loures a prática do crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 do

Código Penal. Em sua decisão, o ministro Fachin explicou que, diante “das magnânimas funções da

Presidência da República”, instituição à qual, num regime de governo presidencialista, compete a

chefia de Governo e a chefia de Estado, a Constituição Federal condiciona a instauração de processo

penal por crime comum contra seu titular a um duplo juízo de admissibilidade. “A Câmara dos

Deputados realiza um juízo predominantemente político de admissibilidade da acusação, enquanto

compete ao Supremo Tribunal Federal um juízo técnico-jurídico”, explicou. “O juízo político deve

preceder à análise jurídica porque, como visto, assim o determina a correta interpretação da Carta

Magna”.

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Responsabilidade do Estado por ato protegido por imunidade parlamentar é temade repercussão geral

O Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir se o Poder Público pode ser responsabilizado civilmente

por eventuais danos causados por atos protegidos por imunidade parlamentar. A matéria é tratada no

Recurso Extraordinário (RE) 632115, de relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, e teve repercussão

geral reconhecida em deliberação no Plenário Virtual da Corte. No RE, o Estado do Ceará questiona

acórdão do Tribunal de Justiça local (TJ-CE) que reconheceu a responsabilidade do ente público por

dano à imagem e à honra praticados por um deputado estadual em pronunciamento na tribuna da

Assembleia Legislativa.

O Estado do Ceará sustenta que não pode ser condenado ao pagamento de indenização por danos

morais decorrente do pronunciamento porque o ato é amparado pela imunidade material dos

parlamentares em decorrência de suas opiniões, palavras e votos, conforme prevê o artigo 53 da

Constituição Federal.

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Ministros aplicam jurisprudência que afasta necessidade de autorização préviapara julgamento de governador

Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deram

provimento a duas ações que questionavam a necessidade de prévia autorização da Assembleia

Legislativa para o recebimento de denúncia ou queixa-crime e instauração de ação penal contra

governador de estado. Os relatores aplicaram  recente jurisprudência da Corte que afastou a

necessidade da autorização legislativa para que o Superior Tribunal e Justiça (STJ) possa processar

chefe de Poder Executivo estadual. As decisões se deram nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade

(ADIs) 4771, do ministro Fachin, e 185, do ministro Alexandre de Moraes, ajuizadas contra dispositivos

das Constituições do Amazonas e da Paraíba, respectivamente.

Em maio deste ano, o STF alterou seu entendimento ao julgar ações relativas a Minas Gerais, Acre e

Mato Grosso. Na ocasião, o Plenário fixou tese explicitando que é vedado às unidades federativas

instituírem normas que condicionam a instauração de ação penal contra o governador. O Pleno fixou

ainda a possibilidade de os ministros deliberarem monocraticamente sobre outros casos semelhantes

em trâmite.

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2ª Turma concede prisão domiciliar para duas mulheres cuidarem de seus filhosmenores de 12 anos

Com base no artigo 318 (inciso V) do Código de Processo Penal (CPP), segundo o qual

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o juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar para mulheres com filho de até12 anos, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu pedidos feitosnos Habeas Corpus (HCs) 142593 e 142279, para aplicar a duas mulheres acusadas detráfico de drogas o regime de prisão domiciliar, diante da necessidade de cuidarem deseus filhos menores de idade.

HC 142593

Presa juntamente com o marido pela acusação de tráfico de entorpecente e recolhida àPenitenciária de Pirajuí (SP), a defesa de T.G.M. impetrou habeas corpus perante oTribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), emambos sem sucesso. No STF, além de alegar que a acusada não estava envolvida nosdelitos apontados, a defesa salientou que, ao determinar a prisão preventiva, o juiz deprimeiro grau teria deixado sem os devidos cuidados a filha da acusada, que tem quatroanos de idade. Em 20 de abril, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso do Supremo,deferiu pedido liminar para substituir a prisão preventiva por prisão domiciliar..

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Notícias STJ* (*) Os links podem sofreralterações por serem extraídos defonte original.

Aplicar lei não invocada pelas partesnão ofende princípio da não surpresa

“Os fatos da causa devem ser submetidos aocontraditório, não o ordenamento jurídico, o qualé de conhecimento presumido não só do juiz(iura novit curia), mas de todos os sujeitos aoimpério da lei, conforme presunção  jure et dejure (artigo 3º da LINDB).”

O entendimento da ministra Isabel Gallotti foi acompanhado de forma unânime pela Quarta Turma do

Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento de embargos de declaração em que se alegava

ofensa ao princípio da não surpresa, em razão de a decisão ter adotado fundamentação legal diferente

daquelas apresentadas pelas partes.

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Recuperação judicial não impede homologação de sentença estrangeira

A homologação de sentença estrangeira possui caráter constitutivo de direito e, dessa forma, é possível

mesmo nos casos em que a sentença é contra uma empresa em processo de recuperação judicial.

Ao votar pela homologação de uma sentença de arbitragem internacional, o relator do caso, ministro

Luis Felipe Salomão, disse que o procedimento não viola o dispositivo do artigo 6º da Lei 11.101/05 –

ou seja, nesse tipo de feito o juízo universal da falência não tem competência para decidir acerca do

pedido de homologação da sentença estrangeira.

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Cobrança de juros pode ocorrer após liquidação extrajudicial se houver quitação

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integral do passivo principal

O pagamento dos juros de mora, cujo cômputo fica suspenso durante a liquidação extrajudicial,

depende do adimplemento total do passivo principal, e não necessariamente do encerramento da

liquidação extrajudicial.

Esse foi o entendimento da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar recurso

interposto por empresa sócia de uma instituição financeira em processo de liquidação extrajudicial, nos

termos da  Lei 6.024/74, que prevê a não fluência de juros nesse tipo de ação enquanto não

integralmente pago o passivo.

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STJ defere primeiro pedido de suspensão nacional de processos em decorrênciade IRDR

O presidente da Comissão Gestora de Precedentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro

Paulo de Tarso Sanseverino, determinou a suspensão de todos os processos em tramitação no país,

inclusive nos juizados especiais, que versem sobre a mesma questão jurídica debatida em Incidente de

Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) admitido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região

(TRF4): se o Contran extrapolou ou não os limites de seu poder regulamentar ao dispor na Resolução

543/2015 a respeito da inclusão de aulas em simulador de direção veicular para a obtenção da carteira

nacional de habilitação.

Trata-se da primeira decisão do STJ favorável a um pedido de suspensão nacional em IRDR. Em

atenção ao artigo 982, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil (CPC) de 2015, o STJ, por meio da

Emenda Regimental 22/2016, introduziu em seu Regimento Interno o artigo 271-A, que estabelece que

o presidente do tribunal poderá suspender as ações que versem sobre o objeto do incidente por motivo

de segurança jurídica ou por excepcional interesse social.

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Aposentadoria de professor não autoriza exclusão de fator previdenciário

O tratamento especial dado às aposentadorias de professores apenas reduz o tempo de contribuição,

não significando equiparação às aposentadorias especiais previstas na legislação.

Com esse fundamento, a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu recurso do

INSS contra decisão que havia excluído o fator previdenciário do cálculo de uma aposentadoria por

tempo de serviço concedida após a vigência da Lei 9.876/99, por entender que a aposentadoria seria

equiparada à aposentadoria especial.

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Empresa responsável pela retenção e recolhimento do IR não tem legitimidadepara requerer restituição de indébito tributário

“O sujeito responsável pela obrigação de fazer consistente em retenção e recolhimento do Imposto de

Renda não tem legitimidade ad causampara pleitear a restituição de valores eventualmente pagos a

maior por ocasião do cumprimento de referida incumbência normativa.”

Essa foi a tese que prevaleceu em julgamento de embargos de divergência na Primeira Seção do

Superior Tribunal de justiça (STJ). O colegiado, por unanimidade, entendeu que a repetição de indébito

tributário só pode ser postulada pelo sujeito passivo que pagou, ou seja, que arcou efetivamente com o

ônus financeiro da cobrança, conforme a interpretação dos artigos 121 e 165 do Código Tributário

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Nacional (CTN).

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Responsabilidade solidária de cooperativa de crédito com cooperada não podeser presumida

A responsabilização solidária de cooperativas centrais e de bancos cooperativos com a cooperada

local não pode ser presumida, e não há legislação vigente que estabeleça esse tipo de

responsabilização por atos de gestão da cooperada local.

Após diferenciar o papel de cada instituição, os ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de

Justiça (STJ) excluíram a responsabilização solidária do Bancoob (banco cooperativo) e da Cecremge

(cooperativa central) por atos praticados pela Creditec, cooperada singular do interior de Minas Gerais

que foi liquidada após ficar sem dinheiro para cobrir os depósitos dos correntistas.

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Lojas terão de incluir em contrato multa por atraso na entrega de mercadoria

Por maioria de votos, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão do

Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que determinou, em ação civil pública, que a Via Varejo S.A.

(administradora das redes Casas Bahia e Ponto Frio) inclua em seus contratos cláusula com previsão

de multa por atraso na entrega de mercadoria e também por atraso na restituição de valores pagos em

caso de arrependimento do consumidor.

No STJ, a empresa alegou ausência de previsão legal e contratual para a multa e que a decisão a

colocaria em situação de desvantagem em relação à concorrência, uma vez que a medida não é

adotada pelos demais fornecedores do ramo.

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Previdência privada fechada não é partilhável em caso de dissolução de uniãoestável

O benefício de previdência privada fechada inclui-se no rol das exceções do  artigo 1.659, VII, do

Código Civil de 2002 e, portanto, é excluído da partilha em virtude da dissolução de união estável, que

observa, em regra, o regime da comunhão parcial dos bens.

A decisão é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tomada em julgamento de recurso

especial interposto contra acórdão que negou a ex-companheira a partilha de montante investido em

previdência privada fechada pelo ex-companheiro.

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Norma impeditiva de prescrição para menor não pode prejudicar direito tutelado

A regra que prevê que o prazo prescricional só passa a contar quando a pessoa completa 16 anos

pode ser afastada para não inviabilizar o direito tutelado, em casos que envolvem a transição do

Código Civil de 1916 para o de 2002.

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o recurso de uma seguradora que

contestava um pedido de indenização do seguro DPVAT, feito em 2007.

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