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IMMANUEL KANT (1724-1804)

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Immanuel Kant(1724-1804)

Principais obras:Crtica da razo pura (1781)Idia de uma histria universal de um ponto de vista cosmopolita (1784)Fundamentao da metafsica dos costumes (1785)Crtica da razo prtica (1788)Crtica do juzo (1790)A religio nos limites da simples razo (1793)A paz perptua (1795)Doutrina do direito (1796)Metafsica dos costumes (1797)

Metafsica e epistemologiaDoutrina do Idealismo transcendentalCrtica ao racionalismo e ao empirismo

tica e filosofia polticaMoralidade como ao incondicionadaIdia de uma Confederao das NaesLiberalismo

Idealismo transcendentalNenhum conhecimento em ns precede a experincia, e todo ele comea com ela. Mas embora todo o nosso conhecimento comece com a experincia, nem por isso todo ele se origina justamente da experincia. Pois poderia bem acontecer que mesmo o nosso conhecimento de experincia seja um composto daquilo que recebemos por impresses e daquilo que a nossa prpria faculdade de conhecimento fornece de si mesma.

Por um lado, Kant faz uma concesso ao empirismo: todo o conhecimento provm da experincia; por outro, faz uma concesso ao racionalismo: existem condies a priori para que as impresses se tornem conhecimento.Idealismo transcendentalDenomino transcendental todo o conhecimento que em geral se ocupa no tanto com os objetos, mas com nosso modo de conhecimento de objetos na medida em que este deve ser possvel a priori. Um sistema de tais conceitos denominar-se-ia filosofia transcendental.

O objeto dos sentidos se regula pela nossa faculdade de intuio.

A razo tem que ir natureza tendo numa das mos os princpios unicamente segundo os quais fenmenos concordantes entre si podem valer como leis, e na outra o experimento que ela imaginou segundo aqueles princpios.

SENSIBILIDADE (receptividade)ENTENDIMENTO (espontaneidade dos conceitos)INTUIESCONCEITOSPURASEMPRICASPURASEMPRICASFORMA (espao, tempo) e MATRIAde nossas SENSAESFORMA (categorias) e MATRIAde nossos PENSAMENTOSEstticaTranscendentalAnalticaTranscendentalCategoriasQuantidade: unidade (formas universais), pluralidade (formas particulares), totalidade (formas singulares).

Qualidade: Realidade (afirmao), negao (negativa), limitao (infinito).

Relao: Categrico (inerente), causalidade, disjuntivo (comunidade).

Modalidade: possvel, existente, necessrio.A Revoluo Copernicana do conhecimentoO espao e o tempo so formas subjetivas necessrias da intuio a priori, que servem de base para todas as aparncias. Os objetos reais se orientam segundo as condies de nossa sensibilidade (caso contrrio, eles no se combinariam com a nossa conscincia).

A grande descoberta de Kant a da autonomia do conceito, enquanto produto da atividade sinttica da conscincia. Conceitos como espao, tempo, necessidade, causalidade, existncia, verdade, opinar, saber, querer, pedido, prometido, fim, bem e liberdade so produtos nossos.A Revoluo Copernicana do conhecimentoA determinao do sujeito pelo outro sempre a auto-determinao do sujeito.

A tentativa de construo de uma cincia do ser enquanto ser, ou das determinaes universais das coisas como elas so em si mesmas, no mais considerada, mas o ser tratado sempre como ser pensado.

O objeto no apresenta a si prprio, motivo pelo qual no fazemos perguntas diretamente ao objeto, mas comunidade cientfica. Em suma, o pensamento conhece apenas determinaes que so elas mesmas pensamento.A Revoluo Copernicana do conhecimentoEsta idia vem no mnimo desde Giambattista Vico, que dizia que o homem s conhece aquilo que faz.

A boa notcia que existe uma unidade no sistema da razo, e sobre ela ns podemos fazer cincia. A m notcia que estamos presos ao aparecer das coisas (fenmeno).

O homem tanto sujeito da razo quanto sujeito razo, ele senhor e escravo de si mesmo.Juzos analticos e juzos sintticosOu o predicado B pertence ao sujeito A como algo contido (ocultamente) nesse conceito, ou B jaz completamente fora do conceito A, embora esteja em conexo com o mesmo. No primeiro caso denominamos o juzo analtico, no outro sinttico.

Os juzos analticos ou elucidativos so verdadeiros em virtude do significado dos seus termos. Se por exemplo digo: todos os corpos so extensos.Juzos analticos e juzos sintticosQuando digo: todos os corpos so pesados, ento o predicado algo bem diverso daquilo que penso no meu conceito de um corpo em geral, e o juzo sinttico ou ampliativo, pois neste caso preciso sair do conceito de corpo para encontrar o peso.

Os juzos matemticos so sintticos a priori. Ex.: que a linha reta seja a mais curta entre dois pontos, uma proposio sinttica, pois o meu conceito de reto no contm nada de quantidade, mas s qualidade. O conceito do mais curto , portanto, acrescentado inteiramente e no pode ser extrado do conceito de linha reta.Juzos analticos e juzos sintticosEm todas as mudanas do mundo corpreo a quantidade de matria permanece imutvel, ou, em toda a comunicao de movimento ao e reao tem que ser sempre iguais entre si.

Ao contrrio de Newton e da epistemologia empirista, Kant afirma que os princpios fsicos no podem ser obtidos pela experincia.tica e filosofia polticaUniversalismo:1) crena de que existe uma natureza humana comum a todos os seres humanos;2) tese de que possvel justificar princpios morais em virtude de razes imparciais;3) tese de que todos os homens so merecedores do mesmo respeito;4) todos os homens devem ter direitos bsicos.Fundamentao da metafsica dos costumes (1785)A) centralizao na idia do dever como fenmeno bsico do estudo da filosofia moral;B) procedimento de universalizao de mximas morais como critrio de correo;C) irrelevncia dos aspectos materiais das aes e predomnio de um formalismo abstrato, do qual seria possvel derivar regras de conduta substantivas;D) concepo da pessoa autnoma como elemento normativo capital da teoria.Fundamentao da metafsica dos costumes (1785)Em nenhum lugar do mundo, porm tampouco sequer fora do mesmo, possvel pensar nada que pudesse ser tido sem restrio por bom, a no ser unicamente a boa vontade.

Boa vontade = fazer o bem por dever e no por nenhuma outra inclinao.

uma ao por dever tem seu valor moral no no propsito que vai ser alcanado por meio dela, seno na mxima segundo a qual ela foi decidida; no depende, assim, pois, da realidade do objeto da ao, seno meramente do princpio de querer segundo o qual a ao aconteceu sem ter em conta objeto algum da faculdade de desejar.Fundamentao da metafsica dos costumes (1785)devo proceder sempre de forma que possa querer tambm que minha mxima se converta em uma lei universal.

Qual a necessidade dessa lei? Para isso necessrio uma metafsica dos costumes, sem relao com determinaes empricas.

Kant examina os princpios de uma vontade pura e expe como se comportariam os agentes morais com uma vontade pura efetiva, governada pelos princpios da razo prtica.tica e filosofia polticaA simples conformidade de uma ao com a lei a legalidade. A ao feita unicamente pelo respeito lei moralidade (inteno moral).

Legislao tica: no pode ser externa, a idia interna do dever por si mesma um motivo determinante da vontade do agente.

Legislao jurdica: admite como motivo da ao um impulso diferente da idia de dever. Os deveres so exteriores.

O direito trata da relao externa de uma pessoa para com outra, enquanto as suas aes, podem, de fato, exercer influncias umas sobre as outras.Metafsica dos costumes (1797)O direito trata da relao externa de uma pessoa para com outra, enquanto as suas aes, podem, de fato, exercer influncias umas sobre as outras.

Lei de liberdade: Age eternamente, de modo que o livre uso do teu arbtrio possa harmonizar-se com a liberdade de todos os outros, segundo uma lei universal.

Direito inato: dado a todos pela natureza.Direito adquirido: a) privado: define a legitimidade e os limites da posse das coisas exteriores, b) pblico: vida social dos indivduos numa comunidade juridicamente ordenada.tica e filosofia polticaTrs poderes do estado: legislativo, executivo e judicial.

O poder legislativo deve provir da vontade coletiva do povo. Deve ser tal que no possa praticar injustias.

Kant condena as revolues inglesa e francesa que processaram e executaram os seus soberanos.

A punio jurdica deve aplicar-se ao ru apenas porque ele cometeu um delito, e no para ser utilizado como exemplo.Direito internacionalProjeto poltico cosmopoltico, idia constitutiva de um mundo pacificado e de uma ordem jurdica mundial. O ideal racional de uma economia pacfica de todos os povos da terra o nico fio condutor que pode e deve orientar o homem atravs das vicissitudes da histria.

A maior garantia da paz o respeito dos governantes mxima a honestidade mehor do que toda a poltica.