karla yotoko – dbg universidade federal de viçosa

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Karla Yotoko – DBG Universidade Federal de Viçosa

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Page 1: Karla Yotoko – DBG Universidade Federal de Viçosa

Karla Yotoko – DBGUniversidade Federal de Viçosa

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Theodosius Dobzhansky, 1973

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Senso comum: Melhora, progresso

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“Mudança das características hereditárias de uma população de uma geração para outra“

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Alteração das freqüências gênicas em uma população ao longo das gerações

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Freqüências gênicas = freqüências alélicas

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A/A

A/a

a/a

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3 elefantes A/A 6 alelos A

6 elefantes A/a 6 alelos A 6 alelos a

3 elefantes a/a 6 alelos a

Total: 24 alelos, dos quais 12 são A.

Freqüência de A=0,5

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Freqüência gênica = freqüência alélica. Ok, e a evolução?

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6 elefantes A/A 12 alelos A

4 elefantes A/a 4 alelos A 4 alelos a

2 elefantes a/a 4 alelos a

Total: 24 alelos, dos quais 16 são A.

Freqüência de A=0,66

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Geração 1F(A) = 0,5

Geração 2F(A) = 0,66

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Geração 1F(A) = 0,5

Geração 2F(A) = 0,66

SIM!SIM!Houve alteração das freqüências

gênicas!!!Houve alteração das freqüências

gênicas!!!

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Mutação Migração Seleção Natural Acaso Acasalamentos entre parentes *

*precisa estar associado a outros fatores

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Os filogenistas estão interessados na história da diversificação dos organismos.

Para tentar recuperar esta história, utilizam os mais variados documentos: Morfologia dos organismos Fisiologia Comportamento Moléculas etc

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A idéia básica é procurar semelhanças, ou melhor, procurar por novidades evolutivas ou APOMORFIAS compartilhadas (SINAPOMORFIAS)

Para isso, estudam as características dos organismos vivos, e, se possível, utilizam fósseis.

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= =

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==

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==

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≠ ≠

==

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Fóssil 1 Fóssil 2

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Será que ter orelhas grandes é uma

novidade evolutiva?

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35 milhões de anos

27 milhões de anos

Orelhas grandes pode ser uma novidade

evolutiva!

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A saída é estudar o maior número de caracteres possível e construir uma história

A cada nova evidência, testar a hipótese novamente

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A

B

C

Nós Terminais

Nó Ancestral

Nó AncestralRamos Terminais

Ramo Ancestral

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Outgroup ou espécie irmã

Ingroup ou grupo de interesse

Ancestral Extinto!

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Outgroup ou espécie irmã

Ingroup ou grupo de interesse

Ancestral Extinto!Não confunda espécie irmã com espécie

ancestral!!!

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Ancestral Extinto!

Não confunda espécie irmã com espécie

ancestral!!!

O elefante amarelo, apesar de não ter se modificado muito em forma, continuou

evoluindo tanto quanto o rosa e o verde

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Ancestral Extinto!

Não confunda espécie irmã com espécie

ancestral!!!

O elefante amarelo, apesar de não ter se modificado muito em forma, continuou

evoluindo tanto quanto o rosa e o verde

O tempo passou igualmente para os três, e as freqüências gênicas certamente se alteraram

ao longo deste tempo...

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Melhor compreender a evolução de diversos caracteres e assim tentar datar o aparecimento de estruturas interessantes e sua manutenção e diversificação

Classificar os organismos de acordo com parentesco filogenético

Melhor compreender a estrutura de comunidades naturais e assim propor alternativas de reflorestamento

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Pura curiosidade Talvez esse seja o melhor

motivo para fazer qualquer tipo de ciência...

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Sir Charles Darwin

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Platão – Tipos existentes no mundo real, dos quais os organismos são apenas cópias imperfeitas

Darwin – Existem populações, compostas de indivíduos que são únicos. As “imperfeições” são em realidade variáveis, e é nelas que a seleção natural opera.

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Criacionismo religioso – o mundo vivo, bem como o não vivo, surgiu por obra e graça de um criador, onipotente, onipresente e onisciente

Darwinismo – o mundo vivo é o resultado do processo evolutivo, que envolve pura e simplesmente a diversificação ao longo do tempo

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Biologia antes do darwinismo – ciência de coleção

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Biologia depois do darwinismo – ciência que estuda padrões e processos. Modificações ontogenéticas (desenvolvimento embrionário) Resistência a antibióticos ou agrotóxicos Manipulação genética Localização da origem de organismos (inclusive da nossa) Datação da origem de organismos (idem)

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Darwin mudou nossa forma de pensar o mundo Antes era necessário pensar no sobrenatural para que a vida

fizesse algum sentido Hoje temos o sobrenatural como opção, mas temos um

mecanismo racional de compreender a vida, o que nos dá uma liberdade sem precedentes de pensamento

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Com liberdade de pensamento somos capazes de inferir como foi o mundo antes de nós, como ele está por nossa causa e apesar de nós e o que podemos e não podemos fazer pela continuidade de nossa existência neste mundo

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Fascinantes detalhes bioquímicos escondidos em nossas células, que por parecerem tão perfeitamente “engenheirados”, sem um raciocínio comparativo (evolutivo) é impossível compreendê-los sem ter que recorrer novamente à intervenção sobrenatural.

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Graças à evolução do cérebro humano, hoje já não somos susceptíveis ao ataque de grandes predadores. Paradoxalmente ainda somos reféns de uma série de pequenos parasitas. O controle adequado destes organismos simplesmente não pode ser feito sem um conhecimento apropriado das teorias evolutivas, especialmente da seleção natural.

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Controle de pragas da agricultura e da pecuária

Obtenção de novos cultivares e novas raças de animais requer um conhecimento profundo de mecanismos evolutivos- a seleção artificial não pode operar em sentido oposto ao da seleção natural.

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Por que ainda temos apêndices?

Por que caminhamos eretos?

Por que algumas pessoas têm siso e outras não? Por que ele nasce aos 18? Por que é tão incômodo?

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Quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?

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Por que algumas libélulas pousam de asas fechadas e outras pousam de asas abertas?

Antônia, Amanda e Janine (UFV)

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Por que algumas espécies de libélulas possuem espermatozóides com flagelos e outras sem flagelo?

Isso é constante nas subordens?

EspermatozóideSem flageloAnisoptera

EspermatozóideCom flageloZigoptera

Felipe, Karina e Lino (UFV)

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Por que num mesmo gênero há espécies com flores super coloridas e outras quase sem cores?

Paquisa, Loreta (UFRGS) e Marcelo (UNICAMP)

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Por que o tamanho do genoma não está correlacionado com o número de genes?

Por que o tamanho do genoma varia tanto entre as plantas?

1383 Mpb 207 Mpb

Paquisa, Loreta (UFRGS) e Marcelo (UNICAMP)

Page 85: Karla Yotoko – DBG Universidade Federal de Viçosa

Se os parasitas se especializam cada vez mais a seus hospedeiros, esta interação tende a ficar cada dia mais especializada? Isso leva a um bêco sem saída evolutivo?

Vera (UNICAMP), Paulo (USP), Cláudia (UFRJ)

Page 86: Karla Yotoko – DBG Universidade Federal de Viçosa

Quem é o hospedeiro ancestral das espécies de Plasmodium existentes hoje?

Plasmodium de galinha é aparentado com Plasmodium do homo sapiens?

Carina (EMBRAPA)

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