killerpumpkin

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1 OUTUBRO 2015 | KILLERPUMPKIN Luthier LUKAS HOLTZ ENTREVISTA ANTENADO O SOM DE SP LANÇAMENTOS BLOCO DO CAOS profissão e arte outubro 2015 / edição 02 Você sabe quem faz? O olhar do rock Lança clipe de “ O Mensageiro” RAFAEL LOPES

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Outubro 2015 - Edição #2 Luthier, profissão e arte www.horigami.com.br

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1 outubro 2015 | KillerPumPKin

Luthier

LUKAS HOLTZ

ENTREVISTAANTENADOO SOM DE SP

LANçAmENTOSBLOCODOCAOS

profissão e arte

outubro 2015 / edição 02

Você sabequem faz? O olhar

do rock

Lança clipe de “ O Mensageiro”

RAFAEL LOPES

2 KillerPumPKin | outubro 2015

3 outubro 2015 | KillerPumPKin

4 KillerPumPKin | outubro 2015

ÍNDICEKILLERPUMPKIN EDIÇÃO 02 - OUTUBRO DE 2015

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8

12

14

22

24

40

34

46

BLOCO DO CAOS

VENTRE

FREDDY GROOVERS

LUKAS HOLTZ

BARULHO INFERNAL

LUTHIER (RAFAEL LOPES)

HALLOWEEN

O SOM DE SP

SANTA CRUZ

LANÇA CLIPE DE “O MENSAGEIRO”

FOGO E SUOR NO CLIPE DE “QUENTE”

PARTICIPA DO “SONZEIRA”

O OLHAR DO ROCK

A HISTÓRIA DEFINITIVA DO HEAVY METAL

PROFISSÃO E ARTE

TODO DIA

VOCÊ SABE QUEM FAZ?

EM FASE FINAL DE GRAVAÇÃO DE SEU EP

LANÇAMENTOS

LANÇAMENTOS

ENTREVISTA

LEIA

STYLE

EM ESTÚDIO

CAPA

JORNALISTA RESPONSÁVELAmauri da Rocha Mtb: 36124

EDIÇÃOHorigami

Amauri da Rocha

TEXTOSHorigami

Amauri da RochaAssessorias de Imprensa

COMERCIALHorigami

[email protected]

DIAGRAMAÇÃO E ARTEElias Setin

FOTO CAPAArquivo Pessoal

CIRCULAÇÃODigital

ANTENADO

10

14

24

40

outubro 2015 / edição 02

Facção CaipiraBanda fluminense mistura blues e MPB em álbum de estreia NOVIDADE

5 outubro 2015 | KillerPumPKin

LUTHIER (RAFAEL LOPES)

6 KillerPumPKin | outubro 2015

LANÇ

AMEN

TOS Bloco

do Caoslança clipe de “O Mensageiro”

Música conta com as participações de Toni Garrido, do Cidade Negra, e Quino McWhinney, do Big Mountain

Ficha Técnica:Produção: Ritmo Visual FilmesDireção: Pedro H. M. Marques

Direção de Fotografia: Marco LomillerMontagem: Ale Casarotto

Pós: Junior Muniz

Cor: Marco LomillerRoteiro: Raphael Coraccini, Pedro H. M. Marques e Ale Casarotto

Sound Design: Prime Jingles por Rafael ValleriProdução de Set: Raphael Polichetti

Apoio: Hipershow Produções

7 outubro 2015 | KillerPumPKin

Gislaine Ruiz/BlessinG ComuniCações

youtube.com/user/blocodocaos

www.blocodocaos.com.br

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Uma kombosa style, mochilão nas costas, e o melhor visual praiano

O clipe foi gravado no litoral norte de São Paulo, nas praias da Cocanha, em Caraguatatuba e Lagoinha, em Ubatuba.

“O Mensageiro” passa a mensagem de soma, da importância em ajudarmos uns aos outros, de maneira simples e natural.

Produzido pela Ritmo Visual Filmes, a captação das imagens foram feitas com câmera de cinema, que oferece alta qualidade de vídeo, uma “Red Digital”. Para completar a belíssima fotografia das praias com imagens aéreas, uma câmera GoPro com Drone registrou tudo lá de cima.

A canção faz parte do EP de estreia do Bloco do Caos, “Singular”,e conta com participações especiais de artistas mundialmente reconhecidos e referências do reggae, Quino McWhinney, líder da banda californiana Big Mountain, e Toni Garrido, do Cidade Negra. Dois grandes nomes que fortalecem a credibilidade do projeto, com suas assinaturas.

“O Mensageiro” é a semente da empatia, paz, amor, respeito ao próximo e a natureza. A mensagem já existia, mas o roteiro foi acontecendo naturalmente, em torno da energia boa que fluiu através da música e com o clima que rolava na viagem. A estilosakombi e o barco foram emprestados, as locações foram combinadas na hora em conversas com moradores locais, enfim, toda atmosfera criada, ficou em perfeita sintonia com a mensagem.

8 outubro 2015 | KillerPumPKin

A banda carioca Ventre acaba de divulgar o segundo single do seu álbum de estreia, de mesmo

nome, que será lançado em breve.

A música “Quente” surge acompanhada da vídeo arte criada pela dupla Alice Turnbull e o argentino Pablo Leal, que conseguiram desenvolver neste projeto todo o conceito imaginado pela banda: suor, corpo, combustão e proximidade. A Ventre é formada pela bateria de Larissa

Conforto, a guitarra e a voz de Gabriel Ventura e o baixo de Hugo Noguchi.

“Gosto quando tudo fica quente/ Gosto de quando falta o ar”. O refrão de “Quente”, a nova música da banda Ventre, é um daqueles trechos que hipnotizam. E a vídeo arte da canção não fica atrás quando coloca na tela o fogo como personagem principal. Filmes de super8 são queimados durante a execução da música, enquanto a guitarra de Gabriel Ventura gentilmente chora.

VentrePedro Arantes

Fogo e suor no clipe de “Quente”, da

LANÇ

AMEN

TOS

9 outubro 2015 | KillerPumPKin

youtube.com/channel/UCgLNc2kTLEuSU3RbTmiygjA

www.ventreventre.com.br

instagram.com/ventreventre/

facebook.com/ventreventre

Pálpebras, poros e fios de cabelo também entram como personagens em “Quente”. Desenvolvido em cima do conceito de uma atmosfera saturada, o que aparece no vídeo era a ideia que a banda tinha em mente: suor, corpo, combustão e proximidade. Com a parceria de Alice Turnbull e o argentino Pablo Leal, o clipe de “Quente” nasceu. Ela, desenhista e entusiasta da experimentação em arte e vídeo e ele, um argentino que vive no Rio há pouco mais de um ano e também toca na banda instrumental argentina Acantilados.

A bAteristA dA Ventre, LArissA Conforto, ContA Como se deu A pArCeriA Com A dupLA:

“Queria que o clipe fosse feito por uma mulher, pelos mesmos motivos que me fazem vibrar quando mulheres se destacam em qualquer meio. Conheço a Alice desde a época de escola, e foi ela que me apresentou ao Pablo. Nós produzimos alguns shows da Acantilados no Rio, e ficamos amigos. Hugo (Noguchi, baixista da Ventre) está produzindo um single com os dois (Alice e Pablo) no nosso estúdio, e em um desses papos trocamos uma ideia sobre vídeo arte, anos 90, e bateu! Na semana seguinte sentamos juntos pra discutir o conceito, e em menos de um mês o vídeo já estava finalizado!”, conta entusiasmada.

O single “Quente” é o segundo clipe do álbum de estreia da Ventre - o primeiro foi o vídeo de “Peso do Corpo”.

10 KillerPumPKin | outubro 2015

LANÇ

AMEN

TOS

A tradição do blues sulista americano pega a estrada do rock rural brasileiro e do folk nordestino no

eclético e contagiante “Homem Bom”, álbum de estreia da Facção Carioca. Um dos nomes mais originais da cena musical carioca, a banda de Niterói coloca suas botas e chapéus e se prepara para conquistar o Brasil com seu Blues Brasileiro Foragido Americano.

Desde o primeiro acorde do disco, a faceta explosiva da banda vem à tona. Intenso e orgânico como as apresentações da Facção Caipira, “Homem Bom” é um registro da química entre o vocal rasgado e a guitarra de Jan Santoro, a inventiva gaita de Daniel Leon e a precisa e acelerada cozinha do baterista

Renan Carriço e do baixista Vinícius Câmara.

O álbum marca também uma trajetória crescente da banda de Niterói, formada em 2009, e que em tão pouco tempo de estrada conseguiu grandes feitos. Inicialmente, a proposta era de ser uma banda de blues com um repertório formado de clássicos de Muddy Waters, Stevie Ray Vaughan e Johnny Winter.

Seu primeiro lançamento, um EP homônimo lançado em 2012, veio para firmar a identidade da Facção Caipira. O trabalho logo alcançou a marca de duas mil cópias vendidas e mais de 10 mil downloads. Em seguida, os shows realizados em várias partes

Facção Caipira

Banda fluminense mistura blues e MPB em álbum de estreia

Da esquerda pra direita: Daniel Leon, Jan Santoro, Vinicius

Camara e Renan Carriço

11 outubro 2015 | KillerPumPKin

do Brasil e a participação e prêmios em festivais de música levaram a apresentações contagiantes, registradas ao vivo no Teatro Municipal de Niterói e no Circo Voador, com ingressos esgotados. Ambos os shows estão disponíveis para serem assistidos online e já somam quase 200 mil visualizações.

Foi também em vídeo que a Facção Caipira chamou a atenção do Brasil, no reality show “Mais Vinicius, Por Favor”, do canal por assinatura Multishow. O programa foi uma homenagem ao centenário do Poetinha, celebrado em 2014, e contou com a participação de Mahmundi, da banda Baleia e de outros nomes importantes do cenário independente brasileiro.

Posteriormente, a Facção foi selecionada para um novo time de peso: o do programa Superstar, da Rede Globo, disputando com bandas de todo o Brasil e sempre

impressionando o público com a força de suas performances ao vivo, misturando o blues como um grito primal do rock. Marcando essa fase e a maturidade da banda no palco, o disco era necessário para apresentar ao público as múltiplas facetas da Facção Caipira, que bebe de fontes do passado e traz para o presente suas raízes country e blues mais acessíveis, com um toque do rock inglês, passando pelo Alabama e chegando ao Brasil em performances enérgicas.

O álbum foi produzido por Felipe Rodarte (Ava, Nervoso e os Calmantes, Lafayette e os Tremendões), na lendária Toca do Bandido (Maria Rita, O Rappa, Raimundos). A mixagem ficou por conta do americano Aaron Bastinelli, do Converse Rubber Tracks, que já trabalhou com outras bandas da cena carioca e nomes como Bono (U2), Marky Ramone (Ramones), Mark Foster (Foster The People), entre outros.

Fotos: Caio talask

Ficha Técnica:Produção: Ritmo Visual FilmesDireção: Pedro H. M. Marques

Direção de Fotografia: Marco LomillerMontagem: Ale Casarotto

Pós: Junior Muniz

Cor: Marco LomillerRoteiro: Raphael Coraccini, Pedro H. M. Marques e Ale Casarotto

Sound Design: Prime Jingles por Rafael ValleriProdução de Set: Raphael Polichetti

Apoio: Hipershow Produções

www.faccaocaipira.com.br/ soundcloud.com/faccaocaipira

twitter.com/FaccaoCaipira www.deezer.com/album/11138878

facebook.com/faccaocaipira itunes.apple.com/br/album/homem-bom/id1036279389

www.rdio.com/artist/Facção_Caipira/album/Homem_Bom/

12 KillerPumPKin | outubro 2015

NOVID

ADES

H á cerca de um mês, o músico e percussionista, Juninho Lima e seus parceiros, lançaram para o

mundo o canal do Youtube: “Sonzeira”. O foco do canal é proporcionar uma nova visão sobre os músicos do Circuito das Águas Paulista e RMC (Região Metropolitana de Campinas). E para gravar o segundo vídeo do veículo, a banda paulista Freddy Groovers foi a convidada para uma entrevista super descontraída, que foi lançado na última quinta, 15.

“Gravar para o “Sonzeira” foi muito bom, tivemos o prazer de ser uma das primeiras bandas do programa, sem contar que o apresentador “Juninho Lima” é um amigo de longa data e nos sentimos em casa” explica sobre a participação, Diogo Cappellette, guitarrista da Freddy Groovers.

Como citado anteriormente, Juninho Lima é o criador do canal e este também é músico percussionista, tornando assim, o bate papo agradável como uma conversa entre amigos.

“O objetivo é levar uma pitada de descontração, mas com seriedade, visando dar mais notoriedade aos artistas de nossa região que por aqui passam. Gravar o “Sonzeira” com a banda Freddy Groovers foi um misto de amizade e muito profissionalismo. Como músico percussionista, tive o prazer de acompanha-los em um show e lá vi que esta banda só tende a crescer cada vez mais e ganhar seu espaço entre as maiores bandas de nosso país. Com um som envolvente eles trazem clássicos de grandes nomes da música nacional e composições

Fotos: ana ColomBini

FREDDY GROOVERSparticipa do “Sonzeira”NA REDE Novo canal do Youtube convida músicos para

entrevista exclusiva com muita música e descontração

13 outubro 2015 | KillerPumPKin

próprias. Eu particularmente torço muito pelo sucesso desses”, detalha o criador do “Sonzeira”, Juninho Lima.

A participação em um programa deste segmento, foi para a Freddy Groovers um grande aprendizado, nos conta os integrantes da banda.

“Acredito que seja uma grande vitrine, um dos principais meios de divulgação atual. Tudo isso é fruto de um trabalho que vem sendo feito com muito carinho e dedicação,

tanto de nós, quanto do nosso amigo Juninho Lima, pessoa esta que agradecemos pela oportunidade e desejamos muito sucesso nesta nova jornada”, ressalta Diogo.

No programa, o público pode esperar muita conversa em um bate papo divertido e uma amostra das músicas do EP Freddy Groovers que está por vir.

Acesse o canal “Sonzeira” através do link: https://www.facebook.com/canalsonzeira e confira o programa na íntegra.

youtube.com/channel/UCexfbPvExsx_bUsEDewEaeA

facebook.com/freddygrooversoficial

[email protected]

Renato: (019)99663-0307

Everton: (019) 99667-0489

Diogo: (019) 997639743

14 outubro 2015 | KillerPumPKin

ENTR

EVIST

A

LUKAS HOLTZ

o olhar do rock

15 outubro 2015 | KillerPumPKin

LUKAS HOLTZ

16 KillerPumPKin | outubro 2015

Um riff bem executado, um solo de bateria, slap de baixo, os movimentos do vocalista e a vibração da galera.

Momentos como estes são marcantes num show de rock e podem, e devem, ser registrados por olhos, ou melhor, lentes atentas.

É deste ângulo que vive o fotógrafo Lukas Holtz, de 26 anos, responsável por captar cada cena de várias bandas de rock, como Gloria, Fresno, Teatro Mágico entre outras.

Como é esse trabalho? Fique sabendo na entrevista a seguir.

17 outubro 2015 | KillerPumPKin

Como e porque você começou a fotografar?

Eu comecei a fotografar balada. Fui estudando e conhecendo melhor o campo da fotografia, logo depois comecei a fazer books ensaios, até chegar onde estou hoje.

Como você se tornou um fotógrafo de bandas?Eu morava no interior de São Paulo, até

que vim para Capital e conheci a banda Nec. Fiz um trabalho com eles, e em um evento que eles estavam, eu conheci a banda Lipstick e logo depois Fake Number,

18 KillerPumPKin | outubro 2015

19 outubro 2015 | KillerPumPKin

e assim as bandas começaram a vir atrás de mim e do meu trabalho. Foi quando comecei a fotografar o Gloria, Fresno, Strike, Teatro Mágico, Matanza, Dead Fish, Cueio Limão etc.

O que você mais gosta ao fotografar shows?Gosto de pegar momentos de salto com

a guitarra ou aquele momento que a iluminação toda do palco está incrível, e tu pega a vibe de toda a galera que está curtindo o show.

Qual foi a maior dificuldade?A maior dificuldade é ganhar nome no

mercado, principalmente nesse meio de bandas de rock, pois tem muita pessoa que está começando e, às vezes, nem estuda e está lá fazendo trabalhos de graça para as bandas.

Você está inserido no universo da música. Qual a origem disso? Você já teve banda, toca algum instrumento?

Sim, eu já tive banda, chamada Forgan, tocávamos pop rock, e muita musica própria.

Tem uma banda ou artista que você adoraria fotografar, mas ainda não teve a chance?

Blink 182, This Wild Life.

Como funciona sua sessão de fotos?Bom, minha sessão de fotos funciona da

seguinte forma, sempre que agendo o dia das fotos, marco uma reunião antes com a banda e vamos discutir a ideia da banda e tentar chegar a uma melhor ideia para as

20 KillerPumPKin | outubro 2015

lukasholtz.com.br

twitter.com/LukasHoltz

instagram.com/lukasholtz89/

facebook.com/lukasholtzfotografia

fotos e dar minhas opiniões como fotografo para melhor foto. Logo em seguida pensamos na locação e depois eu vou até o local para saber como funciona. Chegado o dia, vamos por em prática tudo o que foi discutido antes.

Como você define seu estilo?Eu tenho um estilo próprio de fotografar. Por

mais que siga o que a banda pede, sempre deixo minha assinatura nas fotos de uma forma que todos que virem saibam que são minhas.

Se você tivesse que escolher um outro fotógrafo para fazer uma foto sua, quem seria?

Igor Moura e Luringa. Os dois são meus amigos, eu tenho fotos dos dois inclusive.

Quais as vantagens e desvantagens de fazer um trabalho independente e como fazer para se destacar no meio de tantos outros fotógrafos novos que estão surgindo?

Vantagem é ver seu nome crescer e não depender de uma empresa por trás porque você está independente no mercado. A desvantagem é que sempre o mês termina positivo, aí temos que nos virar em mil para conseguir (risos). Para se destacar no meio de tantos fotógrafos, sempre fazendo um trabalho incrível, tem que se preocupar com detalhes na edição que deixe suas fotos melhores ou que chamem a atenção de alguma forma.

Quais suas expectativas para o futuro das

bandas brasileiras?Grande, o mercado do rock está

voltando. Tudo bem que está devagar, mas vai voltar a ser forte a cena do rock.

21 outubro 2015 | KillerPumPKin

22 KillerPumPKin | outubro 2015

LEIA

De Black Sabbath a Slipknot, Barulho Infernal conta a história definitiva do heavy metal a partir do relato

dos artistas que definiram os rumos do movimento. Com base em 400 entrevistas,

Barulho Infernal A História Definitiva do Heavy Metal

feitas nos últimos 25 anos, os renomados jornalistas de música Jon Wiederhorn e Katherine Turman revelam histórias inéditas, admissões de culpa e a verdade por trás de alguns momentos mais selvagens do metal.

O leitor se surpreenderá com os trechos que tratam do acidente que mudou a história do Black Sabbath, as experiências que fizeram Dave Mustaine ser expulso do Metallica e os rituais de sangue praticados por bandas como Morbid Angel e Deicide. Barulho Infernal é repleto de comentários cortantes dos maiores ícones do metal, desde a sua concepção nos idos anos 1960 até os dias de hoje, incluindo Ozzy Osbourne, Bruce Dickinson, Eddie Van Halen, Tommy Lee, Lars Ulrich, James Hetfield, Kerry King, Vince Neil, Axl Rose, Jonathan Davis, Corey Taylor, Pete Steele, Dave Grohl, Trent Reznor, Marilyn Manson, Rob Zombie, Dimebag Darrel e dezenas de outros.

23 outubro 2015 | KillerPumPKin

24 KillerPumPKin | outubro 2015

CAPA

LUTHIER

25 outubro 2015 | KillerPumPKin

LUTHIERprofissão e arte

26 KillerPumPKin | outubro 2015

Recentemente a lendária banda Queen se apresentou no Brasil tendo nos vocais o jovem Adam Lambert que assumiu o

posto antes ocupado pelo insubstituível Fred Mercury. Mesmo com a ótima performance do atual vocalista, o destaque, sem dúvida, foi o guitarrista Brian May.

Além da exímia técnica com o instrumento, Brian May, que também é astrofísico (estudou matemática e física na faculdade Imperial College, em Londres), exibe outros talentos. Um desses dons é também uma curiosidade: fabricar instrumento musical.

Isso mesmo. Brian construiu junto com seu pai Harold uma guitarra batizada de Red Special, que também é apelidada de Fireplace ou The Old Lady. Brian se inspirou em Jeff Beck, tocando sua guitarra virada para o amplificador e conseguindo diferentes sonoridades ao mover o instrumento.

Brian queria um instrumento vivo, que interagisse com o ar. A guitarra começou a ser feita em 1963, a partir da madeira de uma lareira velha que uns amigos tinham e iam jogar fora.

27 outubro 2015 | KillerPumPKin

O que Brian fez lá nos anos de 1960 é o ofício do profissional que leva a alcunha de luthier, palavra que vem do francês e significa “fabricante de alaúde”. Ao longo do tempo foi atribuída a todo artesão que fabrica instrumentos musicais de cordas com caixa de ressonância.

É muito comum utilizar o termo luthier para outras profissões relacionadas ao reparo de instrumentos ou a outras categorias de instrumento, mas o correto uso da palavra luthier é artesão que fabrica instrumentos musicais de corda.

Amante de músicas de altíssima qualidade e também guitarrista, o técnico em Eletrônica Rafael Santos Lopes, de 36 anos, atua como luthier há aproximadamente 5 anos, num claro sinal de que a arte da música sempre se manifesta de várias formas.

Assim, como Brian May, Rafael quis dar novos caminhos aos sons, à música.

Em entrevista à Killer Pumpkin, Rafael conta detalhes dessa paixão, ou paixões: música e luthieria.

28 KillerPumPKin | outubro 2015

Quando surgiu a vontade de trabalhar nesse ramo? E quando ela foi colocada em prática?

Bom, toco guitarra ou pelo menos tento (rsrs) desde meus 15 anos. Sempre gostei de blues e, há mais ou menos uns 8 anos, resolvi fazer uma Cigar Box Guitar, que é uma guitarra rústica feita em cima de uma caixa de charutos. Postei um vídeo em um site relacionado ao assunto.

E o que aconteceu? Minha guitarra virou a capa do jornalzinho deles nos EUA. Aí falei: porque não? Foi então que surgiu a oportunidade de fazer o curso de construção de violões com o mestre luthier

Carlos Bicalho (Carlão da Viola). Enquanto fazia o curso fui montando o ateliê e, paralelo ao curso, já construindo outros instrumentos.

Foi quando um amigo pediu para fazer um ukulele com madeiras nobres e de qualidade para fazer as gravações, pois no Brasil ainda não era tão grande a cultura do ukulele e o mesmo só era encontrado em modelos que mais parecem brinquedos. Fiz 17 ukuleles sob encomenda e com isso consegui terminar de montar meu ateliê e começar a fabricação, restauração e consertos em geral de instrumentos musicais de corda.

29 KillerPumPKin | outubro 2015

Conte um pouco sobre esse trabalho que você realiza. Qual a sua rotina para fazer instrumentos?

Bom tem dois lados da moeda, existem as encomendas e os momentos de inspiração. Encomenda você tem de seguir uma rotina para que o mesmo seja concluído no prazo. Aí acabo virando uma fábrica, sigo as especificações que o dono me pede e me atenho a um projeto que normalmente é uma réplica de um instrumento famoso.

Os momentos de inspiração são quando o trabalho vira arte, vem a ideia na cabeça e confecciono um instrumento único com características específicas que muitas vezes acabo usando em projetos tradicionais para dar ênfase ao meu trabalho.

Tem de ter muita paciência pois a madeira é um bicho selvagem, precisa ser domado. Somos controlados pelo clima, então é preciso se organizar e contar com as variações climáticas mesmo que não estejam previstas.

Normalmente não se faz apenas um instrumento de cada vez, pois enquanto um espera a cola secar outros são lixados

ou envernizados, uma pequena linha de produção mesmo.

Outra coisa que adoro fazer dentro da profissão é a restauração de instrumentos musicais antigos. Acabei até me especializando um pouco devido à demanda de mercado. Muita gente tem amor pelo seu primeiro instrumento e muitas vezes ele vale mais do que qualquer dinheiro no mundo. Desde as marcas mais simples até os top de linha, o amor pelo instrumento faz o dono querer vê-lo como era quando novo.

Também acabei unindo o útil ao agradável. O fato de trabalhar com eletrônica me facilitou montar e reparar as partes elétricas dos instrumentos, e tenho colegas de profissão que enviam os instrumentos dos seus clientes até a mim para efetuar a montagem ou reparo da parte elétrica.

Você está inserido no universo da música.

Como se deu isso? Você já tem banda, toca algum instrumento?

Posso dizer que sim. Mesmo não tocando ao vivo o quanto queria, tenho minha banda The Travelling “B” Sides há 9 anos; sou guitarrista e vocalista da banda.

30 KillerPumPKin | outubro 2015

Sempre fui apaixonado por rock clássico, mas não sou fã das músicas comerciais, então resolvemos montar uma banda focalizada em tocar as músicas lado “B”, assim chamadas as músicas sem foco comercial de um disco. Tocamos músicas desde a década de 30 até década de 70. Damos ênfase ao rock, blues, bluegrass e folk.

Como você vê o cenário atual da música

brasileira? Infelizmente as pessoas representadas

por selos atualmente só produzem lixo, não gosto de quase nada do mercado atual. Geralmente quando curto algo, vou ver a origem: é produção independente. Ainda bem que nos dias de hoje é bem mais fácil trabalhar com música sem depender de gravadoras.

Pouca gente tem acesso, mas o Brasil tem grandes músicos no mercado atual que ficam encostados de lado enquanto uma modinha que fica repetindo rimas ou até mesmo sílabas fazendo sucesso e recebendo incentivos do governo.

Qual o perfil da maioria das pessoas que

pro por instrumentos? A gente acha que vai trabalhar com

músicos que estão nos palcos, mas na verdade boa parte dos meus clientes é de pessoas que tocaram na sua adolescência e que e buscam hoje retomar os velhos tempos e tentar sair do terno e gravata.

É claro que atendo músicos profissionais, mas achei bem interessante o mercado estar aberto a quem quer retomar, assim como eu mesmo retomei, fiquei 10 anos sem tocar até montar minha banda atual.

31 outubro 2015 | KillerPumPKin

Tem uma banda ou artista que você adoraria ver com seus trabalhos de luthier?

Na verdade o que eu gosto do trabalho não é ver alguém famoso tocando o instrumento e sim ver a paixão do dono do instrumento. Adoro quando vou ver uma banda tocar, e o músico está usando um instrumento meu.

Tenho clientes que só tocam ao vivo com o instrumento que fiz. Isso é uma alegria muito maior do que dinheiro e fama. É claro que seria muito legal ver um guitarrista de renome tocando um instrumento meu e gostando do mesmo. Mas independente da fama a paixão pelo instrumento fala mais alto para mim.

Se você tivesse que escolher outro luthier para

fazer um instrumento para você, quem seria? Aí você me pegou. Tenho tantos colegas

em que admiro o trabalho, mas um luthier em específico que me agrada muito o estilo é o Ledu Faraco, de Ribeirão Preto.

Adoro a classe dos instrumentos dele e sábias escolhas nas madeiras e modelos, inclusive ele foi minha inspiração quando comecei.

Quais as vantagens e desvantagens de

fazer um trabalho independente e como fazer para se destacar no meio de tantos outros luthiers novos que estão surgindo?

A desvantagem é o isolamento, a dificuldade de expandir o trabalho que acaba ficando no boca-a-boca. Quanto à concorrência, é uma coisa interessante dessa profissão, não é igual às outras, nos ajudamos, sempre passo ou pego uma informação ou outra com os colegas de trabalho. Por ser uma coisa regional, um acaba não atrapalhando ao outro.

32 KillerPumPKin | outubro 2015

facebook.com/rafael.basshp

[email protected]

Rafael: (19) 9-9972-4274

Quais suas expectativas para o futuro da música brasileira?

Espero que as pessoas parem de pensar na fama e voltem a pensar na qualidade do seu trabalho. Se continuar do jeito que está não vejo um bom futuro para a música brasileira.

Deixe uma mensagem para o leitor da Killer

Pumpkin. Quer fazer algo, faça bem feito, não

pense no momento, pense no que você vai deixar para as gerações futuras. Às vezes fico pensando que em um futuro depois de minha morte, alguém vai pegar um instrumento que eu fiz e tocar, ou até mesmo contar a história para seu neto sobre o amor que coloquei naquela peça de madeira.

33 outubro 2015 | KillerPumPKin

34 KillerPumPKin | outubro 2015

STYL

E

35 outubro 2015 | KillerPumPKin

Outubro é o mês do Halloween, mas por mais que essa data não seja uma verdadeira tradição

brasileira, muitas pessoas gostam de comemorar o “Dia das Bruxas” por aqui.

O evento, que acontece dia 31 de outubro, é comemorado em muitos países e acredita-se que é nessa data que os espíritos voltam ao mundo dos vivos tomando posse de seus corpos, por isso é preciso que as pessoas se fantasiem como seres mortos e passem despercebidas.

36 KillerPumPKin | outubro 2015

Mas, além da lenda, esse evento é uma ótima forma de fazer festa com os amigos e aproveitar o dia para criar fantasias criativas e assustadoras.

Pela festa estar relacionada à morte em sua origem, as fantasias resgatam elementos e figuras assustadoras, como fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.

Porém a nossa dica é você ir além, que tal usar alguns dos acessórios de Halloween para incrementar os looks do dia-a-dia? Assim você pode trazer um pouco desse ar de mistério que a data carrega para as composições de roupa do cotidiano.

Nossa coluna “Style” separou algumas dicas de acessórios macabros que você pode

usar para complementar o visual...

Anel - Morcego Agarradinho (Dourado)

Ideal Shop - idealshop.com.br

37 outubro 2015 | KillerPumPKin

Colar Abóbora- HalloweenCerejas Cintilantes

cerejascintilantes.com.br

Colar Odditie Cameo Siamese Twins

Miniminou - loja.miniminou.com.br

Blusa Colcci Caveira Preta

Dafiti - dafiti.com.br

38 KillerPumPKin | outubro 2015

Pingente BooCerejas Cintilantes

cerejascintilantes.com.br

Vestido Rodado Caveiras e Rosas

Reversa - lojareversa.com.br

Blusa Caveira Manga Longa

Posthaus - posthaus.com.br

39 outubro 2015 | KillerPumPKin

Suéter Caveiras Skulls

Reversa - lojareversa.com.br

Bracelete Caveira Preta

Posthaus - posthaus.com.br

Saia Rodada Caveira e Rosas

Reversa - lojareversa.com.br

40 KillerPumPKin | outubro 2015

ANTE

NADO

O SOM DE SP?

Você sabe quem faz

41 outubro 2015 | KillerPumPKin

O SOM DE SP?

42 KillerPumPKin | outubro 2015

O projeto idealizado por Priscilla Rocha provou que existe muito amor em São Paulo e que esse

amor é espalhado através da música. “O Som de SP” tem como objetivo mostrar artistas de rua e suas histórias, a primeira temporada conta com 12 episódios em formato websérie e dentre eles diversos estilos musicais.

Diego Goldas veio do interior do Rio Grande Do Sul para São Paulo e hoje se mantém com o que recebe na cartola em suas apresentações pela Avenida Paulista.

Ele convidou sua parceira e amiga Yalís para cantar a música autoral SAUDADE.

43 KillerPumPKin | outubro 2015

Entre tantos motivos, acompanhar “O Som de SP” é se permitir conhecer uma diversidade cultural que normalmente passa despercebida devido a correria da metrópole, ter a certeza que depois de assistir até o último vídeo, a visão de quem assiste mudará completamente em relação a esses talentos que contagiam as ruas com seus instrumentos.

A parceria da Geração Y com a Crossover Sound Professionals apresentaram ao público artistas como Sax in the Beats, Caique e Daniel, Elzo Henschell, Octávio Augusto, Amaru Ducorre, Diego Goldas, Danilo Benício, os Repentistas e Yalís, foram alguns meses de gravação e produção que proporcionaram tanto aos músicos como aos seus idealizadores uma experiência única, que apesar de algumas adversidades, gerou grande repercussão e se tornou uma ação visada.

Os Repentistas João e Adão

Amaru DUCORRE

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O Som de SP conta com os parceiros: Show Livre, Atlantis Produções, Estúdio Manilha e Agência Misto e, já garantiu espaço na TV Cultura em alguns dias específicos que são divulgados conforme pauta. Para saber mais sobre o projeto, basta acessar as redes sociais e aguardar as próximas temporadas que virão.

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Danilo Benício

Elzo Henschell

Os Repentistas João e Adão

Caique e Daniel

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EM ES

TUDIO

Santa Cruz

em fase final de gravação DE SEU EP

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A banda Santa Cruz está em processo de finalização da gravação de seu primeiro álbum,

que começou a ser produzido em 2014 por Alex Gill, ex-integrante do grupo Polegar. As gravações foram feitas no estúdio Master Music, que fica em São Paulo.

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O EP tem previsão de lançamento ainda nesse ano e conta também com a participação de outro ex-polegar, Marcelo Souza. O CD irá contar com 10 faixas, sendo que todas as músicas foram compostas pelos integrantes da própria banda.

A Santa Cruz, que já se apresenta em renomadas casas do cenário musical paulista, como Hangar110, teve sua formação em 2011, sendo que tudo começou por acaso; na época o baixista Erick Souza ainda não tocava baixo, apenas teclado, e o baterista Zyon Guimarães começou a ir aos ensaios apenas como espectador e nem imaginava que entraria para a banda.

A formação atual do grupo de Pop/Rock conta com Lucas Andrade, na guitarra e voz, Erick Souza, no baixo e voz, Luca D’ Amario, na guitarra e backing vocal e Zyon Guimarães, na bateria.

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