Kramer X Kramer - Resenha 

Personagens: Ted Kramer (Dustin Hoffman)Joanna Kramer (Meryl Streep) 

Esse filme retrata turbulenta relação entre um casal em processo de divórcio e guarda do filho menor de idade, Billy. Ted Kramer é um homem cuja vida profissional está em primeiro plano, negligenciando completamente sua esposa Joanna. Cansada de uma vida monótona, ela decide abandonar a família. Eles acabam se divorciando, mas Joana prefere deixar o filho com o pai. Joanna o acusa da sua infelicidade, ao ponto de dizer que o abandono da criança de seis anos é meramente culpa de Ted, uma vez que a mesma estava infeliz em a beira de uma crise de nervos. Ted começa uma nova etapa na sua vida, tendo que educar, trabalhar e ser dono de casa. Após um período de adaptação e cheios de novas responsabilidades, Ted consegue dar seguimento a sua vida, quando Joana decide que quer ter a guarda do filho de volta. Joanna e Ted começam uma batalha pessoal que se estende e provoca um litígio no tribunal. O filme mostra muitas cenas de brigas e acusações nas audiências pela guarda do filho. Ted tenta evitar que Joanna tenha contato com o filho, nitidamente é um caso de alienação parental, no entanto ele é informado por meio de seu advogado que Joanna tem o direito de ver o filho, pois é a mãe biológica.No próximo momento do filme, dá-se início ao julgamento da custódia no Tribunal. Começa então, uma dolorosa batalha judicial. A personagem de Joanna narra os problemas de ordem conjugal, tais como a proibição de Ted de que Joanna trabalhasse, pois a mesma não conseguiria ganhar o suficiente para pagar uma babá e desta feita, alegando que por meio dessa atitude do marido, havia abdicado de todos os seus interesses pessoais, passando a desenvolver somente as atividades domésticas e de cuidado do filho. Joanna também esclarece em juízo as razões pelas quais não levou o filho consigo, pois não estava em condições satisfatórias mentais e psicológicas para ter a custódia do menino.Por fim, após muitas acusações e brigas, o juiz dá a custódia à mãe, dando ao pai o direito de visitação em fins de semana alternados e a passar metade das férias escolares com o filho. No entanto, a mãe, que, após refletir sobre os efeitos negativos que aquela mudança iria ter para o seu filho, acaba por deixar o filho ficar com o pai, visto a relação destes deles é realmente afetiva e sadia. Esse tipo de guarda , no nosso ordenamento jurídico é a uniparental, na qual somente um dos pais tem a guarda do filho e ao outro dá-se o direito de visitação em datas pré-determinadas. Esse filme expõe uma situação bastante comum, que a luta pela guarda dos filhos menores após a dissolução do casamento. Ainda mostra de forma evidente a tendência dos tribunais de resguardar a guarda dos filhos menores para a mãe.

Ainda que Joanna fosse uma excelente mãe, Ted acabou sendo preterido, mesmo tendo mostrado que era plenamente capaz de cuidar, e suprir as necessidades do filho, financeiras e emocionais. O filme por filme por fim, tem uma revés, quando Joanna abdica do seu direito de guarda conquistado, ao reconhecer que o filho Billy estaria mais à vontade e feliz ao continuar vivendo sob a tutela do pai.