legalização das drogas leves

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Legalização das drogas leves "A pergunta que se me coloca é se será benéfico ou prejudicial a sua legalização no nosso país (…). Não restam dúvidas que o seu consumo é prejudicial para a saúde (provoca, em certos casos, uma acentuação da esquizofrenia(…). Muitas vezes, verifica-se que os consumidores, por não terem nenhuma informação acerca do que estão a consumir, são enganados (…). Consequentemente, o Estado devia intervir neste problema(…)." -________________________________________ Não é por ficares feio, por te sentires melhor... Não é por te fazer sorrir, não é porque que faz feliz, não é porque te torna uma pessoa melhor. Não é ela que te tornará aceitável perante os outros, não é ela, nem por ela, que farás o que é correcto. Não sei quais os motivos que vos levam para este caminho, só sei que dele é difícil sair. Roubas, matas, destróis mais vidas para além da tua. Começas porque te sentes infeliz? Porque nada te eleva como isso? Por um bem estar momentâneo ? Faz de ti uma pessoa mais feliz? Resolve os teus problemas?... Não... traz-te mais... bem mais. Legalizar algo que faz mal? Algo pelo qual se mata e se rouba? É solução legalizar? Torna a droga mais barata, de maneira a que esta possa "manter vivos" os dependentes dela? Será assim a forma mais correcta de agir perante um problema desta natureza?

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Page 1: Legalização das drogas leves

Legalização das drogas leves

"A pergunta que se me coloca é se será benéfico ou prejudicial a sua legalização no nosso país (…).Não restam dúvidas que o seu consumo é prejudicial para a saúde (provoca, em certos casos, uma acentuação da esquizofrenia(…). Muitas vezes, verifica-se que os consumidores, por não terem nenhuma informação acerca do que estão a consumir, são enganados (…).Consequentemente, o Estado devia intervir neste problema(…)."

-________________________________________

Não é por ficares feio, por te sentires melhor... Não é por te fazer sorrir, não é porque que faz feliz, não é porque te torna uma pessoa melhor.

Não é ela que te tornará aceitável perante os outros, não é ela, nem por ela, que farás o que é correcto.

Não sei quais os motivos que vos levam para este caminho, só sei que dele é difícil sair.

Roubas, matas, destróis mais vidas para além da tua.

Começas porque te sentes infeliz? Porque nada te eleva como isso? Por um bem estar momentâneo ? Faz de ti uma pessoa mais feliz? Resolve os teus problemas?... Não... traz-te mais... bem mais.

Legalizar algo que faz mal? Algo pelo qual se mata e se rouba? É solução legalizar? Torna a droga mais barata, de maneira a que esta possa "manter vivos" os dependentes dela? Será assim a forma mais correcta de agir perante um problema desta natureza?

Na minha opinião não, não tornará as ruas mais seguras, não tornará os toxicodependentes  menos dependentes.

Legalizando as drogas talvez evitasse algumas mortes... talvez a partilha e seringas diminuísse , logo doenças como Hepatite e SIDA deixassem de se "propagar" com tanta rapidez... talvez num desespero total estes recorressem a um hospital para lhe darem a "dose" que eles precisam para ficarem anestesiados da dor que sentem... talvez...

Mas eu sou contra a sua legalização, contra a legalização das drogas...

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Ouvi falar nas "salas de xutos" onde essas pessoas podem recorrer, e não é preciso legalizar as drogas para que estas existam. Assim o atendimento dos toxicodependentes é feito por alguém que lhe dá a dosagem que estes precisam... quem sabe se eles até lhes possam abrir as portas para uma possível saída daquele mundo.

É obvio que muitos até tem acesso a estes espaços, no entanto não recorrem a eles por complexos...

É uma questão complicada...  

tags: drogas, eu, notícias, pensamentos, vida, videos

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27 comentários:

De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 15:33Calma:

O k se comenta é legalização de DROGAS LEVES sim ou não? Não as drogas no geral.

Legalização de drogas leves à semelhança de outras como o tabaco, o álcool. Nas mesmas condições, sem publicidade… ou com publicidade negativa indicando K “ o seu consumo provoca a morte ” ( por exemplo ).

Comenta-se k o consumo de drogas leves após a sua liberalização poderá aumentar, K irá induzir na população no consumo de drogas + pesadas… a pergunta k se coloca é:O tabaco e o álcool não têm as mm implicações? Igual, não? Para mim não há diferença.

O consumo de drogas “pesadas”:O vicio, o efeito das drogas pesadas toda a gente + / - informada conhece. Kem se envolve conhece os efeitos e as implicações futuras da droga.

Pk se envolvem? Isto para mim é um fenómeno social, comos os dependentes de álcool. Aliás uma coisa k não se comenta mas os viciados em droga tb são viciados em álcool. Não seria lógico proibir o álcool?

A decadência física e psicológica dos envolvidos… é real. Mulheres na prostituição, homens e mulheres no roubo… mas qtos se aproveitam dessa situação… as prostitutas drogadas são + baratas, idem, para os produtos roubados…Não passará por aki tb o combate à droga, a punição dos k se aproveitam destas pessoas fragilizadas.

Salas de chuto - finalmente à semelhança do k existe para os alcoólicos é importantíssimo k estas pessoas sejam apoiadas psicologicamente e k alguém trabalhe para a sua reinserção

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social.

E AINDA MAIS IMPORTANTE A PREVENÇÃO:A informação sobre os ricos envolvidos no consumo de droga ( penso k esta informação actualmente é satisfatória );A identificação e apoio de indivíduos considerados de risco;Criação de centros de apoio psicológico espalhados pelo país a k todas as pessoas acesso para estes e outros problemas pessoais.

O financiamento para estas actividades através do Estado. Por exemplo com dinheiros dos impostos provenientes de todas as drogas, álcool, tabaco, e das próximas…

Legalização de DROGAS LEVES sim ou não? Minha opinião SIM. A droga existe e existirá sempre pk ilegal.

Abraço.

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De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 15:53+ 1 coisita...

Acho k à semelhança do aborto, deveríamos estar a votar e debater em simultâneo outros assuntos polémicos:

Legalização de Drogas Leves, Prostituição, “Casas de Prostituição”.

Pela razão de mtos destes casos estarem directamente ligados aos Casos de Aborto.

Abraço

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De My Way a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:06Vamos lá então reflectir sobre legalizar as "Casas de Prostituição" ... :) o meu próximo post ... será disso...

Thanks

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De My Way a 2 de Fevereiro de 2007 às 15:58Bem... hoje inspiraste-te ... :)

Refletindo apenas nas drogas leves... eu acho que se as legalizarmos, o consumo delas vai aumentar exponencialmente... afinal tiram marcas de tabaco do mercado porque as substâncias ultrapassavam um certo limite considerado por lei , e nós legalizamos as drogas leves?! ;)

Assim parece que tiramos de um lado para meter noutro...

A diferença para mim entre o alcóol e as drogas leves e mesmo aquela em que... se tu bebes... não prejudicas os outros... mas se fumas... prejudicas...

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Vão existir fumadores passivos de... drogas leves... :)

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De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:39Mas a canábis não tem valores de nicotina acima de...

Efeitos nos passivos bem pensado.À semelhança do tabaco é proibido fumar em locais fechados.

Deverá subir o consumo de drogas leves, sim numa 1.ª fase, mas após o 1.º impacto baixará. Mas se subir será sempre em função da diminuição do consumo de álcool.Haverá problemas nisso?

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De levi a 14 de Abril de 2009 às 10:52quando dizes que se bebes n prejudicas os outros, tas enganado...todos os dias ouvimos falar de violencia domestica muitas vezes potenciada pelo alcool, pessoas que conduzem sob efeito de alcool provocam acidentes...

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De Rui Cruz a 2 de Fevereiro de 2007 às 15:43Muito bem dito. Não às drogas.

Rui

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De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:09Não às drogas, consumo - concordo, os efeitos são graves…Não às drogas, trafico - concordo, pessoas k enrikecem à custa de vida de outras…

E à legalização de drogas leves, k existem, estão por todo o lado, toda a gente tem acesso…

Hoje não se desce a Rua Augusta ( centro de Lisboa ) sem k nos seja oferecido varias vezes droga… k fazer? A zona é extremamente policiada. Acho k só falta estarmos a trocar umas palavras c 1 policia e aparecer alguém a interromper a conversa e a oferecer droga… A droga é real existe, k fazer?

Abraço.

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De My Way a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:16

Page 5: Legalização das drogas leves

Sim...que fazer?!

Pensemos assim, se formos a legalizar... tudo aquilo que é contra a lei... mas que existe a potes... hum... Não estaremos a dar muito trabalho ao estado?

Não sei se é correcto... por mim podem legalizar...aborto..drogas...casas de prostituição...armas..., ...

só que legalizando, não resolverá o problema (não me perguntes o que resolve que não faço o mais pálida ideia...)

Não as uso... nem conto usar, no entanto são problemas que existem...

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De My Way a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:17abraço...

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De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:51K fazer? Sim, é isso k se devia debater?

Soluções?

Correctas não existem, claro.

Mas é isso k chamo democracia, fazer o k a maioria de um povo ( Portugal ) acha o mais correcto ou o melhor.

À tua semelhança não fumo tabaco, drogas e beber só socialmente.

Abraço.

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De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 19:51

Raios, aposto k ainda não foi desta k te convenci.

Espero k não tenhas levado a mal nenhum dos comentários.

Abraço e fica bem.

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Page 6: Legalização das drogas leves

De My Way a 3 de Fevereiro de 2007 às 10:40Sabes... em entendo muito bem o pessoal que não está de acordo com a minha opinião... até porque eu própria, ás vezes, me sinto baralhada nestes assuntos...

Só que existem "valores" que não me deixam escolher "o outro lado" ... Por muitos motivos... ou ás vezes até por motivos quase inexplicáveis ...

Toda e qualquer opinião é bem vinda ao meu blog... obvio que ás vezes aparecem pessoas que não sabem aceitar as opiniões dos outros (o que não é o teu caso).

Felizmente nem todas as opiniões são iguais... se não este mundo seria uma seca !!!

Fica bem...

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De eltijas a 8 de Fevereiro de 2007 às 00:36Bem, antes de mais....eu sou a favor da legalização das drogas leves e tb das salas de xuto...Só vejo vantagens!!!!Eu tenho no meu blog (www.juroquepico.blogspot.com), na área de debates este tema, onde explico, a meu ver, as vantagens da legalização das drogas leves e das salas de xuto... e tenho um comentário que eu acho mt interessante..."onde esta a coragem e vontade politica para isso"todos sabemos que as drogas leves não fazem mais mal que o tabaco ou o alcool...Por isso....legalizem as drogas leves

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De My Way a 8 de Fevereiro de 2007 às 10:41E passarão a existir fumadores passivos de Drogas leves...

hum...

vou espreitar o teus argumentos...

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De marta a 12 de Abril de 2007 às 01:23bom eu sou a favor da legalizaçao das drogas leves...acho q com a informaçao qe temos hoje em dia...so entranesse mundo qem qer.e se qerem qem somos nós para os impedir? vao entrar nesse mundo qer qeiramos qer nao..por isso para qe tornar proibido? para terem qe se esconder? para pagarem + ? se as coisas tiverem legalizadas...e com a informaçao qe temos..sao eles proprios adizerem q nao qerem...eu sou totalmente a favor da legalizaçao...cada um deve ser livre de escolher o caminho q qer...e ao contrario dos comentario q tao acima..nem smp as pessoas se metem nisso para se afirmarem..mtas vezes é um refugio ..ou uma 'fuga' aos problemas..n a mais correcta..mas temos q ser nós a cair e a levantarmo-nos para aprendermos sozinhos...sou e serei smp a favor da liberdade de tdas as pessoas..e n vale a pena contrariar ou proibir..pq as pessoas fazem as coisas na mesma ..podem e faze-las escondidas..e isso ainda é pior...pq o fruto proibido é o mais apetecido

Page 7: Legalização das drogas leves

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De ... a 4 de Abril de 2008 às 15:46Queroo tentar ajudar aqueles que se perdem neste mundo da droga

Esperoo que não te importes que use algumas informações que postaste

Thanks

PEACE e que este blog ajudee aqueles que se aprisionaram aparentement perpétuament nas drogas, mas que com esforço e a nossa ajuda, um dia, sairão dele, e começaram de novo a

viver.

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De ... again a 4 de Abril de 2008 às 15:48FAÇAM TAMBÉM TRABALHOS SOBRE ESTE TEMA!

NÃO DAQUELES EM QUE EXPLIQUEM O QUE CADA DROGA REPRESENTA MAS QUE ENFATIZAM QUE A DROGA MATA PERMATURAMENTE E MUITOO DEPRESSA.

E com esses trabalhos, alertem os que que estão dentro e os que de fora observam os seus amigos mataram-se lentamente.

PEACE

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De Hugo a 31 de Julho de 2008 às 18:13As drogas leves nunca iriam fazer o que esse filme mostra, nunca. Agora com as drogas pesadas eu já acredito no filme...

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De Catarina Portela a 8 de Agosto de 2008 às 12:06O filme foi só para assustar :)

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De Fred Green a 13 de Setembro de 2008 às 05:08Acho que as drogas leves deveriam ser claramente legalizadas .É infeliz , que a maioria da nova geração esteja a enverdar nesses caminhos , mas há algumas excepções que devem ser olhadas com atenção .Eu próprio consumo drogas , o grupo de pessoas com quem fumo não são pessoas propriamente com a vida formada , grupos de jovens que estão ali para fumar umas ganzas .Muito bem , agora deveriam estar a pensar , aqueles putos só fuma droga para se armarem em

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frente aos outros , que é por dar estilo andar com um charro na mão e que é gratificante entre jovens já ter fumado ganza .Pensamento deveras errado , nós esta nova geração estamos muito mais informados que as gerações anteriores , e afinal se porque é que nos fumamos sabendo todos os melefícios que a droga nos trás ?Acima de tudo não somos viciados , apenas gostamos de passar uns bons momentos de riso entre amigos , a chamada "galhofa" . E se nós fumamos e temos a consciência do mal , mas mesmo assim definimos limites para nós , mesmo podendo fumar quase todos os dias , e gostamos disso , que mal tem ?É uma opção nossa , não estou a dizer que fumar drogas leves é certo , pelo contrário , é completamente errado , mas não é com o olhar de preconceito é que vamos aceitar as opções dos outros , a mentalidade da maioria dos portugueses ainda está um bocado retrógrada em relação a esse assunto .Talvez um dia , quando alguém pensar que as drogas leves , friso , que as drogas leves não são um acto incorrecto , mas sim uma simples opção , aí sim , poderemos ter uma legalização de drogas leves em Portugal com um grande sucesso social e monetário .

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De Krutsyuk a 5 de Fevereiro de 2009 às 19:21Boas...

Eu tenho um trabalho para fazer! É sobre a "legalizaçao de drogas". Para ser sincero, estou um bocado confuso na minha opiniao

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De Pedro a 23 de Abril de 2009 às 01:33Eu acho que o que estás a dizer é um ABSOLUTO DISPARATE, porque as drogas leves não te causam dependencia nenhuma ninguem mata por um "charro"! Naquilo que estás certo(a) e que há muita gente a roubar e a matar por causa de drogas PESSADAS (sao drogas que nao podes ter nem uma grama para consumo). Se achas mal a legalização das drogas leves nao achas que se deveria proibir o alcool e o tabaco? Tambem te destroem e fazem mal mas tu podes consumir estes em qualquer lado? É so por fumar um "charro" que me consideram má companhia? Sejam realistas e deixem de ser quadrados, vocês querem que volte o tempo de Salazar! Open your mind and free your spirit! (nós só vivemos uma vez e é bom saber de tudo um pouco e experimentar coisas novas (mas sem deixar cair na dependencia)). EU SOU A FAVOR DA LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS LEVES!

____________________________________________________-

A legalização das chamadas drogas, mais especificamente o cannabis tem vindo a ser

um assunto debatido em alguns países pelas suas consequências boas e más.Não

será a adopção desta medida um estereótipo por parte da sociedade, com base na

novidade de um novo estilo de vida ser considerado naturalmente como inferior?Será

que este tipo de droga leve pode trazer assim tão más consequências para a

Page 9: Legalização das drogas leves

sociedade?Será que existe também consequências positivas?O cannabis tem

benefícios como um aumento da socialização entre pessoas, uma perda do medo e do

stress, uma diminuição da dor em seropositivos, actua como uma boa medicação para

os viciados passarem a consumir drogas leves em vez de pesadas, também traz

benefícios para os doentes com a esclerose múltipla, diminui a agressividade, provoca

uma sensação constante de bem -estar, combate as alergias de pele, entre outros

benefícios como o aumento da esperança média de vida, porque o sentimento de

bem-estar/felicidade assume uma proporção considerável no período de vida de uma

pessoa, assim como, o crescimento económico que pode ser maximizado porque a

comercialização de drogas assume um peso morto no mercado, que pode ser

eliminado, assim imaginemos só por exemplo,que se uma metade do dinheiro

investido em drogas fosse investido noutras coisas, é claro que o crecimento

económico ia ser inevitável...É claro que quando falamos em consumir cannabis tem

que ser em proporções ajustadas para que alguns dos benefícios não se transformem

em malefícios. Tudo isto está provado por investigações com um grau de

conhecimento ideal para o fazer, mas também é provado que o cannábis em termos

de efeitos negativos para o cerebro é muito melhor do que as outras drogas, sobretudo

as mais pesadas, que o cannabis tem um grau de depência considerável e que o

cannabis pode causar cancro, mas é como tudo, alguns alimentos também podem

provocar cancro se não forem ingeridos nas quantidades ideais. Tendo em conta o

estatuto do alcool e do tabaco na sociedade actual, o cannabis não goza dos mesmos

direitos e não percebo o porquê de as pessoas não aceitarem a mudança...O tabaco e

o alcool são a principal causa de morte do mundo, enquanto o cannábis traz menos

perigos para o ser humano e continua ilegal...É necessário olhar às semelhanças e

diferenças entre alcool e tabaco e aos benefícios do cannabis, para de uma vez por

todas mudar para melhor, de forma a eliminar os preconceitos existentes na sociedade

e ver as coisas como elas realmente são, porque o que conta é mesmo os factos. Para

terminar, falando na primeira pessoa posso dizer que a sensação de fumar cannabis é

como um heterónio de Fernando Pessoa que diz que quer: "sentir tudo de todas as

maneiras"...

Embora o uso de drogas leves (cannabis, essencialmente) tenha sido aceite entre alguns segmentos da população de alguns países e, assim, em muitos casos, as autoridades já quase não ligam às proibições, o seu consumo continua a ser ilegal. Os efeitos dessas drogas leves, em muitos casos, não são piores do que álcool e tabaco que, por ser socialmente aceite, não é proibido.Essas proibições não fazem nada mais do que a agitar os direitos das pessoas, o direito de escolher o que fazer com a própria vida. Proponho a legalização do consumo das drogas leves e, portanto, também o comércio, e que o dinheiro arrecadado de impostos para o mesmo registo seja aplicado para cobrir as lacunas no sector da saúde (hospitais, médicos, etc .). Não faz sentido nenhum proibir o cultivo de uma planta só porque ela possui certas propriedades. O cultivo e a comecialização desta planta deveria ter a mesma penalizaçao que o chá, o tabaco ou qualquer outra planta que tenha comercialização e cultivo livres.

Page 10: Legalização das drogas leves

É inadmissível que pessoas estejam presas e a verem as suas vidas completamente destruídas,pelo simples facto de cultivarem uma planta natural para seu consumo,sem lesarem nada nem ninguém,num país que se diz livre e democrático.Quando já foram identificados todos os criminosos que fizeram que esta planta fosse proibida por motivos económicos,em proveito próprio. Está na hora de pedir perdão ao povo por este crime de que temos sido vítimas há décadas.

A cannabis não pode continuar a ser tratada como um mal social ao nivel de uma droga pesada.Num mundo regido por estatisticas , porque razão é legal uma substância responsável por milhares de mortes anuais nas estradas portuguesas e não só, e é ilegal uma substância natural que até hoje não está documentada com um único caso de morte associada? Não é esta a melhor definição de hipocrisia que pode exisitir?

A cannabis tem de ser legalizada (e com isto controlada, taxada e regulamentada) não porque faz bem, mas sim porque faz mal! Não a substância em si, mas sim a sua acessibilidade. Os perigos que ela actualmente causa por se encontrar nesta situação ilegal, fomentam a criminalidade, perigos de saúde e de extorsão que deveriam ser mais que suficientes para se chegar à conclusão ao mais superior nível que as coisas tal como estão não só não resultam como também pioram e degradam as sociedades actuais.

Não é por esta ser legal e uma pessoa a consumir que será criado um mal, o mal está na enorme procura que ela tem, daí existirem tantos consumidores e tantos criminosos a ela associados, e o que essa enorme procura associada a uma situação ilegal faz aparecer na sociedade.

Com tanto proibiccionismo pseudo-justificado com proteccionismo, será que ninguém no poder chega à conclusão que o perigo está no facto de ela ser ilegal e ser vendidas às escondidas o que provoca que menores e crianças possam ter acesso a ela, enquanto que se esta fosse legalizada e a sua venda e posse pré-definida esta estaria muito mais no controlo de quem nos quer obrigar e impor o que é bom ou mau para cada um?

Será mais fácil uma criança arranjar cannabis por via ilegal e escondida ou numa sociedade que proibe limita e controla o seu acesso e proibe a sua obtenção por menores?

Chega de hipocrisia e de ideias pré-concebidas.A humanidade já vai longa na sua evolução, está mais que na hora de ver o que realmente é ou não é bom para cada um, e quem melhor para isso do que nós próprios!

Quem são eles para se acharem donos da verdade? Os verdadeiros criminosos são os que reprimiram a cannabis e a criminalizaram. A quantidade de pessoas presas devido à droga é absurda.Já chega de andarmos atrás da Europa e dos Estados Unidos. Se Portugal é um país independente porque não tem leis independentes?Proibir uma planta? Tanta coisa se faz para se preservar uma espécie e neste caso tudo fazem para a sua extinção.Faz-me muita confusão o alcool ser legal e consumido à frente de toda a gente, por políticos e por "gente fina" como lhes chamam... e depois vêm com falsos moralismos reprimir e marginalizar as pessoas que usam uma planta sem fazer mal a ninguém.Legalizem ja!

A legalização da cannabis traz beneficios em várias vertentes da nossa sociedade, nomeadamente - Irá combater o tráfico e assim eliminar o enriquecimento de traficantes; - Irá impedir a compra de drogas leves em locais problemáticos como acontece em bairros sociais e assim baixar a criminalidade; - Ao não comprar ao traficante, não vai ter acesso a drogas pesadas, facto que acontece nos dias de hoje a qualquer comprador habitual de cannabis; - Irá melhorar a economia, pois assim as drogas leves vão ser alvo de pagamento de impostos; - Irá proporcionar uma grande evolução túristica , como sucede na Holanda, e assim se torna em mais um factor favorável à economia; - Irá ser possível dar reais informações acerca dos componentes químicos que a planta possuí e quais as suas consequências como tal se sucede com os maços de tabaco; - A cannabis como o algodão têm propriedades que podem ser utilizadas no fabrico de roupas e afins. e existem muitos mais pontos favoráveis à sua legalização. Façam como a Holanda que durante décadas se tem aproveitado do direito à liberdade e assim dinamizou e fez crescer a sua economia estrondosamente. Hoje, os EUA iniciam o aceitamento da planta e na Califórnia já é legal o consumo de cannabis a fins medicinais, sendo a Califórnia um dos grandes produtores de cannabis do mundo..mais uma vez..fazendo assim crescer a sua economia com transacções cujos valores são surreais. Portugal já nos habituou a ser sempre o último a tomar iniciativas... ...está na hora de deixar de o ser! Legalizem!

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Até quando vão continuar com esta proibição hipócrita sem sentido. A cannabis tem mais propriedades positivas que negativas, e só consome quem quer. A cannabis é considerada uma droga leve mas para droga é mesmo leve ainda mais leve que o álcool e a sálvia que é legal no nosso país.Eu acho que as pessoas contra o consumo de cannabis deviam  perder algum tempo a procurar informações sobre a cannabis e não ouvirem só a versão dos proibicionistas que praticamente é só o que passa nos media. Quem é que se prejudicaria com a legalização da cannabis? Agora com a proibição o tráfico aumenta, os consumidores correm mais riscos, esses “barões da droga” normalmente não são pessoas com quem se queira ter muito contacto. Temos outra opção o autocultivo que é ilegal e uma pessoa está sujeita a ficar com a vida prejudicada devido a uma planta. Quem fuma cannabis para muitas pessoas é descriminado e posto de parte;se há pessoas que apreciam um bom copo de vinho, também pode haver pessoas que apreciem uma boa erva, ao menos com o auto cultivo uma pessoa controla a qualidade e sabe o que está a consumir. O "zé "diz:Tenho uma vida social normal, mas cultivo cannabis para auto consumo, o que faz de mim um criminoso, graças às pessoas com o poder de controlar a minha liberdade tenho de manter este " hobby " escondido e sempre com receio de ser apanhado, lá virá o tempo em que eu direi as palavras: " Ainda sou do tempo em que se tinha de cultivar às escondidas" Proibicionista:A cannabis pode provocar esquizofrenia! Logo vamos proibi-la. A % de pessoas que têm esquizofrenia e consomem cannabis é pouca não passa de uma coincidência, mas mesmo que possa ajudar a provocar não quer dizer que provoque, há pessoas que vivem até aos 100 anos e fumam cannabis e não é por isso que ficam esquizofrénicas... Esse "pode" já estou farto dele (pode provocar, pode fazer) por mais que nós tentemos a legalização torna-se cada vez mais difícil lutar contra esses poderosos que controlam os media! Proíbam o álcool o ácido sulfúrico tudo o que pode afectar as pessoas mentalmente e fisicamente... Não preciso que se preocupem assim tanto comigo. Assim nunca mais! Apesar da Cannabis poder ter alguns aspectos negativos que tem, já está provado que ela contem mais efeitos positivos. Está mais do que na altura de pararem com essa perseguição sem sentido à cannabis, até um cego vê que por mais estudos que façam nunca vão deixar de puxar cada um para o seu lado, eles "os que são a favor da proibição " não vão apontar o que esta erva tem de bom, embora esteja errado é a vida. Acho que é urgente eles perceberem que a proibição não leva a lado nenhum só nos prejudica mesmo que possa ser verdade alguns factos desses estudos cabe a cada um de nós decidir se deve ou não consumir cannabis, é que não os prejudica absolutamente nada, qual é o produto hoje em dia que não tenha nenhum aspecto negativo? (poucos) É triste é que muitas das pessoas que têm má imagem da cannabis graças à má imagem que fazem passar dela, deixam-se ser formatadas não contestam não pensam:  não vou acreditar em tudo o que eles dizem, vou pensar por mim faz muito mais sentido. Mas não, a maioria das pessoas vai na "cantiga" deles, cabe a nós confrontar o sistema e moldar com a verdade essas pessoas ao menos tentar passar a maior quantidade de aspectos positivos possíveis para elas começarem ao menos a contestar um bocadinho o que "esses senhores" dizem, embora a nossa luta seja contra uma rede muito forte não é em vão se conseguirmos passar a maior quantidade de boa informação possível a essas pessoas. Fizemos o 25 de Abril por alguma coisa foi, na altura nem direito à liberdade de expressão tínhamos. Hoje em dia temos, mas ninguém nos ouve. Só quero ser livre dentro dos possíveis, pelo menos quero que o “povo” tenha a opção de escolha em relação à cannabis. O cultivo e consumo de cannabis devia de ser legal com a devida informação e para maiores de 18 anos. Vamos lá: .Legalizar o cultivo de cannabis para consumo próprio .Legalizar postos de venda de sementes .Legalizar cannabis em cafés específicos para maiores de 18 os chamados “coffee shops” Acho que até pode ser uma boa solução para o melhoramento da economia portuguesa: .Abertura de novas empresas. .Mais emprego .Mais turismo .Menos trafico .Menos criminalidade Tentar custa ! Muitos astrónomos foram queimados na fogueira por serem contra algo que outros desconheciam completamente. Tanto para dizer...

Legal ou ilegal.. droga sempre houve e sempre haverá. o que temos a perder com a legalização da cannabis? Eu não sei a resposta. Temos as prisões cheias de pequenos traficantes de droga, mas por outro lado, todos temos a ideia que só os pequenos são presos, porque os grandes traficantes ninguém lhes toca. Temos droga adulterada que faz aumentar e muito os potencias riscos da mesma cujo único objectivo é encher os bolsos à "máquina" que gere o tráfico de droga. Os consumidores, que embora tenham assistido há cerca de 8 anos a uma modificação na lei, que veio e bem, retirar o estatuto de criminoso aos consumidores de drogas, e veio permitir que os mesmos pudessem ter na sua posse uma pequena quantidade de um determinado estupefaciente sem que isso seja considerado crime. Mas por outro lado continua a não ser legal, e os cidadãos apanhados com a quantidade "permitida" por lei, são obrigados a faltar ao emprego, para se deslocarem a uma ridícula consulta médica. Registe-se também, que os resultados positivos provenientes dessa ou dessas mesmas consultas, é nulo. Os consumidores são obrigados a deslocar-se ao perigoso mercado negro para adquirirem o produto, e nesse mercado negro encontram não só o estupefaciente desejado, como também muitos outros que lhe são "oferecidos" pelo traficante. etc, etc, etc... o que temos? Tráfico, corrupção, desigualdade, criminalidade, mentira! E o que temos a ganhar com a legalização? Muito dinheiro, que virá dos impostos (impostos pagos pelas empresas produtoras, revendedoras, e pelo consumidor final),

Page 12: Legalização das drogas leves

deixará de se gastar balurdios de euros com os investigadores das mais variadas polícias,  juízes, advogados, administrativos, etc.. encarreguados pela investigação e resoluções dos casos de tráfico de droga. Teremos as prisões mais vazias, sobrando assim espaço para os verdadeiros criminosos que roubam e roubam e nunca ficam presos. teremos um controlo maior sobre os produtos consumidos, testando a sua composição, garantindo uma utilização segura e higiénica dos produtos. Daríamos um duro golpe ao narcotráfico, pois se os consumidores puderem adquirir o produto em locais certificados para o efeito, deixarão de se deslocar ao perigoso mercado negro. etc, etc etc.. Para terminar, quero só relembrar que consumidores de cannabis, posso ser eu.. você, o seu pai, ou mesmo ou seu filho. Até o melhor nadador de todos os tempos fuma

concordo plenamente com esta proposta, é uma hipocrisia penalizar o cultivo e consumo de cannabis

Legalizem-na é natural faz tão bem como sabe! É das drogas mais antigas do mundo.. Não percebo porque é ilegal.. A não ser que seja para dar dinheiro a certas e determinadas pessoas que não o querem dividir com o estado e assim juntam o util ao agradavel, proibem-na e depois comercializam-na iligalmente.. Neste mundo parece-me mais isso! Amanhã vou á MGM LISBOA que é a Marcha Global pela Marijuana, vou lutar por um direito que todos nós deviamos ter! Tenho esperança de um dia poder dizer (como disse outro opinador mais em cima) Ainda sou dou tempo em que se tinha de cultivar ás escondidas por ser ilegal! FORÇA MGM! Parece impossivel num País livre lutar pela liberdade de uma planta!!!!! LEGALIZEM JÁ =)

O MANIFESTO DA LEGALIZAÇÃO

6 Razões porque a Proibição das Drogas deveria acabar

1. A proibição é de longe a maior causa do crime. Em todo o mundo, os criminosos ganham anualmente uns surpreendentes 1000 biliões de dólares. Isto é, um sexto da economia mundial. 80 % dos quais resultam do tráfico de droga. 80% dos pequenos crimes resultam da droga.

2. Os prejuízos económicos causados pela proibição são enorm es. Uma enorme parte do dinheiro dos cidadãos é gasta numa política falhada. Os custos da guerra contra a droga nos EUA é de 400 biliões dólares, o dobro do défice nacional.

3. A proibição causa prejuízos pessoais e sociais à escala mundial. Doentes e desalojados, prostitutas toxicodependentes, jovens que acabam detidos em cadeias estrangeiras, famílias separadas, o medo de sair à rua de noite, duplas e triplas fechaduras de segurança - e muito, muito mais. Todos são prejudicados com isto - nem que seja por ter de levar o seu auto-rádio quando sai do carro.

4. A proibição não atinge nenhum dos seus efeitos pretendidos. O número de toxicodependentes aumenta e o problema de saúde agrava-se - enquanto a taxa criminal sobe. Quando a "Guerra contra a Droga" começou os lucros dos traficantes subiram de 100 para 500 biliões de dólares. Anualmente, e desde os últimos 10 anos, o estado de saúde dos heroínomanos degradou-se tanto que muitos comissários de polícia americanos passaram a concordar com o fornecimento de heroína por parte do estado.

5. Os conceitos morais estão-se a degradar devido à proibição. O consumo e a posse de droga coloca os cidadãos numa posição criminosa, o que os leva a rejeitar a moral que a sociedade estabelece. Nós vivemos numa sociedade em que 70 a 80 % de todos os crimes se relacionam com a proibição. Se estamos mesmo interessados em restaurar os conceitos morais, devemos primeiro eliminar as causas de todo este crime.

6. O problema de saúde que a proibição supostamente deveria resolver é insignificante em comparação com outros como o tabagismo e o alcoolismo. O tabaco é a causa de 6 % de todas as mortes. Nos E.U. 400.000 pessoas morrem devido ao tabaco anualmente, 100.000 devido ao álcool, enquanto 5000 morrem devido às drogas (a maior parte heroinómanos). Na

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Inglaterra os números são, respectivamente, 110.000, 30.000 e 1000.

Mas ... o que é a legalização ?

Legalização significa que as leis serão feitas de modo a condicionar o modo como as drogas serão utilizadas e comercializadas, tal como as leis que regulam outras substâncias como o álcool e o tabaco, as quais são potencialmente mais perigosas que a maior parte das drogas. Isto não significa que tudo será acessível a toda a gente.

Para controlar o álcool, as drogas e o tabaco, pedimos aos nossos políticos que façam leis racionais e consistentes !

. . .

O tráfico

Temos de perceber o problema da droga e da proibição, logo pela primeira falha do sistema, que é o tráfico. O proibicionismo engorda o tráfico e os barões que se alimentam dele. Não serve a sociedade, nem os toxicodependentes. Pelo contrário. A repressão não é o caminho indicado. Em Portugal a droga não consegue ser controlada nas prisões, muito menos o será noutro qualquer sítio. E isto é situação comum no resto do mundo.

É urgente debater o assunto com argumentos sérios, com os políticos sem medo de tomar decisões por causa dos votos que lhe caem nos bolsos.É urgente que a discussão dê lugar a soluções e o problema possa ser explicado ao povo e compreendido pelos professores.

É necessário encontrar soluções para o beco sem saída onde a sociedade vive encurralada.É recomendada a imediata despenalização de posse e consumo das drogas leves, que aliás no caso de derivados da cannabis, como o haxixe ou erva (marijuana), se sabe não existirem mortes por excesso de dose, ou dependência física (decisão apoiada pela Comissão Nacional de Combate à Droga, no relatório entregue ao Governo no final de 1998).

De qualquer forma esta droga leve, de efeitos menos desastrosos que o álcool, também deve ser compreendida culturalmente. Nos países arábes, onde o consumo se encontra muito difundido desde tempos remotos, diz a lenda que as propriedades da substância foram divulgadas por dois anjos a uma assembleia de crentes.

O cânhamo (cannabis sativa L.), tem uma uma história rica, de 10.000 (dez mil) anos a servir a humanidade. Como matéria-prima para fazer tecidos e cordas, velas que levaram as naus aos descobrimentos, papel onde muita sabedoria foi registada e onde Gutemberg imprimiu o seu primeiro livro, por sinal uma bíblia. As primeiras Levi's eram feitas de cânhamo devido à maior resistência do que o algodão; o líquido utilizado para iluminar muitas casas era óleo de sementes da cannabis.

Um estudo apresentado no final de 1998 pela O.M.S. (Organização Mundial da Saúde), mas não divulgado devido a alegadas pressões políticas, revelou que o consumo de cannabis chega a ser menos prejudicial do que o álcool! Este, em caso de dependência, transmitia um risco maior de acidentes e suicídios, e danos mais graves na saúde, como a cirrose (segundo a revista britânica New Scientist).

A experiência holandesa, de liberalização das drogas leves, em 1975, foi seguida este ano (2001), pela Bélgica, que descriminalizou o consumo e posse privado. O uso médico começa a tornar-se cada vez mais relevante face às últimas descobertas científicas, que apresentam diversas situações em que o consumo controlado de cannabis produz efeitos positivos.

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Casos de ajuda no tratamento da SIDA e anorexia (provoca aumento de apetite), no tratamento de esclerose múltipla (alivia a dor e as contracções), ansiedade e stress (tem efeitos ansiolíticos e relaxantes), na quimioterapia - no tratamento em casos de cancro - (evita o vómito e outros efeitos secundários muito chatos).

O PROBLEMA só poderá ser resolvido através da EDUCAÇÃO e da PREVENÇÃO, com esclarecimento adequado e não com histórias do bicho papão. Ou então estaremos condenados a viver na fantasia e a tapar o sol com a peneira. «A vida não é uma droga», mas também não é um mundo cor-de-rosa. Entre o uso e abuso existe o direito de estar informado e de escolher.

PEQUENO GLOSSÁRIO

Marijuana (ou erva, maconha [Brasil], liamba [Angola],kif [Norte de África] )É obtida a partir das pequenas folhas e flores secas da planta feminina,na sua extremidade (inflorescências).3% < Quantidade de THC < 24%

Haxixe (ou haxe, chamon, chocolate, porro)É a resina extraída das plantas femininas.3,6% < Quantidade de THC < 28%

Óleo de haxixeRaro líquido resinoso, destilado do haxixe.16% < Quantidade de THC < 43%

CannabisAbreviatura de cannabis sativa L.ou cannabis sativa var. IndicaO cânhamo industrial (também cannabis,tem um índice muito baixo de THC, por issonão é adequado ao uso recreativo).

THCDelta-9-tetrahidrocannabinol, o cannabinóidemais activo_____________________________________________________________________

To:  Assembleia da República

Considerando que:

1. Não existem razões objectivas para proibir o consumo de cannabis:

- Não existem riscos assinaláveis de saúde pública ou individual; - As consequências nefastas a nível físico são mínimas, a nível neuro-fisiológico são, mesmo no longo prazo, negligenciáveis e a nível psicológico limitam-se, em casos extremos, a um défice motivacional reversível; - O consumidor de cannabis não representa um perigo para a sociedade. Ao contrário do álcool, o consumo de cannabis induz a comportamentos pacíficos; - A adição à cannabis existe estritamente a nível psicológico e é comparável e inferior, respectivamente, às dependências causadas pelo café e tabaco; - A tolerância à substância desenvolve-se e desvanece-se com relativa rapidez (2 a 4 dias);

Page 15: Legalização das drogas leves

- A síndrome de abstinência manifesta-se apenas nos consumidores excessivos.

2. O proibicionismo provou ser não só ineficaz como pernicioso:

- Em qualquer país ocidental que proíba a cannabis, continua a ser possível adquiri-la sem dificuldades; - Nos EUA, país mais repressivo nesta matéria, o consumo tem vindo a aumentar progressiva e consistentemente, apesar da declarada "guerra às drogas"; - A Holanda, país desde sempre tolerante na matéria, tem dos mais baixos índices de consumo; - A proibição leva a que o produto final tenha qualidade inferior, sendo frequentemente adulterado com excipientes prejudiciais para a saúde.

3. Se for legalizada e regulamentada a produção, a venda, o consumo e a posse de cannabis:

- A produção será controlada e de acordo com as normas de segurança em vigor, melhorando a qualidade e a segurança; - Consegue-se uma efectiva separação dos mercados de drogas duras e leves não mais passando a mensagem que a cannabis está ao mesmo nível que as drogas duras; - Através de um imposto especial sobre o consumo (como acontece com o tabaco), os lucros que o tráfico actualmente gera deixariam de ser reinvestidos em actividades criminosas e poderiam ser usados pelo Estado para, por exemplo, políticas de prevenção do consumo de drogas duras, recuperação de toxicodependentes, campanhas de informação ou outras actividades; - Os recursos aplicados no combate ao consumo e tráfico de cannabis poderiam ser direccionados para o combate às drogas duras, nomeadamente as sintéticas.

Por tudo isto, os cidadãos e cidadãs abaixo-assinados vêm por este meio requerer a legalização e regulamentação da venda, produção consumo e posse de drogas leves derivadas da cannabis nas seguintes condições:

- A venda de cannabis estará restrita a cidadãos maiores de 18 anos; - A venda de cannabis será sujeita a impostos pesados, porém não tão altos que tornem atractivo para os consumidores a sua aquisição de forma ilegal; - A cannabis será vendida apenas em locais devidamente regulamentados e fiscalizados, sendo os produtos aí vendidos sujeitos a controlo de qualidade; - As autoridades locais terão poder de decisão relativamente à atribuição de licenças, horários, localização e dimensão dos estabelecimentos; - Será proibida a produção e venda de cannabis com um teor de THC superior a 13\% e em doses superiores a 5 grama; - Será interdito qualquer tipo de publicidade e a utilização de logomarcas

_____________________________________________________________________________-

Cannabis: O que é?

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Ora bem, hoje venho aqui falar-vos da Cannabis, o que é, o que faz, e porque é que a queremos legal.

Em primeiro lugar vou-vos deixar aqui uma definição de droga, sendo que não só a cannabis, heroína, cocaína, LSD, entre outras, são drogas. Neste grupo temos ainda incluído o álcool, tabaco e o café.

DROGA

Entende-se por droga qualquer substância que possui propriedades farmacológicas, que conduzem a uma tolerância e a uma dependência do organismo e não só, e que na maioria dos casos conduz à toxicodependência. A droga é uma substância legal ou ilegal utilizada com um objectivo não farmacêutico de busca de prazer ou para evitar a dor física ou psicológica.

As drogas que se conhecem nem sempre foram substâncias consideradas nocivas. Na verdade, muitas delas começaram por ser usadas em tratamentos específicos de certas doenças e como paliativo (aliviar, ou atenuar o problema temporáriamente). Outras fizeram parte de contextos sócio-culturais de outras épocas. Existem vários tipos de drogas: as depressoras, as estimulantes e as psicadélicas.

As drogas depressoras são consideradas as mais perigosas. Este tipo de droga deprime o sistema nervoso central e pode causar dependência física. Leva, muitas vezes, à morte por consumo exagerado. Temos, a título de exemplo, a heroína e o álcool.

As drogas estimulantes têm em comum o facto de acelerarem o funcionamento do sistema nervoso central, reduzirem o apetite e tirarem o sono a quem as consome. São estas as anfetaminas, o ecstasy, a cocaína e a nicotina.

Por último, as drogas psicadélicas confundem as mensagens que os sentidos enviam ao cérebro, alterando, assim, a percepção da realidade. Os objectos ficam distorcidos e as cores mais brilhantes. São disto exemplo a cannabis, o LSD e o nitrato de amyl/butyl. Este último caso é uma droga menos conhecida, vendida em líquido, geralmente, numa garrafa pequena. Os seus vapores são inalados e provocam uma agitação no utilizador que os leva a um estado de euforia passageira.

Agora que têm uma definição de droga vamos perceber o que é, de facto, a cannabis.

CANNABIS OU MARIJUANA

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Estes dois termos referem se, normalmente, à Cannabis Sativa (sendo que pode ser constituída por várias espécies: Indica, Sativa, Rudelaris e mistas), esta é uma planta originária da Ásia e da América do Sul, sendo cultivada em várias partes do mundo, dos EUA à Europa. A sua popularidade entre os consumidores de drogas deve-se à presença de um químico psicoactivo nos elementos que formam a planta feminina (folha, fruto e caule), o delta-9-tetrahidrocanabiol (THC). No entanto, a Cannabis sativa é uma planta polifacetada, sendo múltiplos os seus usos, para além da produção de drogas: dela se extraem fibras têxteis para a elaboração de tecidos, desde os jeans às velas das caravelas com que Colombo descobriu a América, fibras para a elaboração de papel, substratos para a elaboração de sabão, tintas, calçado e produtos de beleza, entre outras utilizações possíveis.

Estão presentes na Cannabis mais de 60 substâncias psicoactivas (canabinóides), entre as quais o THC (Delta9Tetraidrocanabinol), responsável pelos efeitos mais típicos da Cannabis e especialmente das Sativas e o CBN (canabinol), responsável por efeitos mais tranquilizantes das variedades Indica, além do CBD (canabidiol), que reduz a intensidade da experiência e aumenta a sua duração, sendo mais sedativo. Plantas pouco maduras tendem a conter elevada concentração de THC e baixa concentração de CNB e CBD e com o amadurecimento a tendência inverte-se. A concentração do THC é variável consoante as condições de cultivo e as variedades da planta, sendo que o cânhamo usado na produção industrial praticamente não possui o princípio psicoactivo. A Cannabis pode ser usada para a produção de estupefacientes sob três formas distintas: “erva”, haxixe e óleo de haxixe (sendo que estas duas últimas têm uma maior concentração de THC).

A “erva”, formada por folhas e flores secas da planta, apresenta uma cor castanho-esverdeada e um cheiro adocicado, tendo um efeito alucinogénico suave, mais acentuado quanto maior a quantidade de THC. É conhecida por diferentes nomes, sendo marijuana, liamba e maconha os mais vulgares. O consumo faz-se de um modo idêntico ao de um cigarro de tabaco ou cachimbo.

O haxixe é uma resina obtida a partir das folhas e do caule, comprimida em blocos, de cor (castanho-claro a preto) e consistência (quebradiço a semelhante a goma) variáveis. Normalmente é misturado com tabaco, num cigarro enrolado (charro) e fumado, podendo também ser consumido em cachimbo ou comido, tal como a “erva”, adicionado a alimentos.

O óleo da haxixe é produzido a partir da resina da planta, misturada com um solvente, que, após evaporação e filtragem, liberta um óleo espesso com cheiro a plantas podres, variando de verde a preto. É consumido enrolado em mortalhas e fumado, geralmente misturado com tabaco.

A marijuana pode também ser utilizada em aplicações culinárias, sendo empregue na produção de pequenos bolos com efeitos alucinogéneos ou, ainda, em infusões, na preparação de chás, nos quais a concentração da molécula com efeitos psicotrópicos é muito mais baixa.

EFEITOS

Page 18: Legalização das drogas leves

O consumo provoca olhos vermelhos, boca seca e um aumento do apetite, levando a uma intensificação do modo como a pessoa se sente, aumentando a desinibição, gerando alegria, verborreia e euforia ou, então, passividade e sonolência. Como efeitos secundários podem surgir alucinações (quando consumidas variedades potentes e em quantidades elevadas), alterações de humor exageradas e o desencadear de problemas mentais, em indivíduos com predisposição. Ao contrário de outras drogas, como a heroína, não provoca dependência física, podendo surgir dependência psicológica, geradora de grande ansiedade, insónias e a sensação do consumidor achar que só se pode desinibir, ou concentrar, com a droga.

DESPENALIZAÇÃO

Utilizada na Ásia e América do Sul durante largos séculos pelas culturas tradicionais, a marijuana – tal como o haxixe e o óleo do mesmo – é uma substância actualmente proibida na maioria dos países. Embora considerada uma droga ilegal, existem vários movimentos que advogam a liberalização do consumo de derivados de Cannabis sativum, com base em argumentos de que esta droga não provoca dependência, tem menos consequências negativas que o álcool e o tabaco, não gerando problemas sociais nem de saúde pública. Na medicina têm-se desenvolvido, com sucesso, terapias que recorrem à Cannabis (geralmente sob a forma de erva) para o alívio dos enjoos causados pela quimioterapia, redução da pressão intraocular nos doentes com glaucoma e para estimular o apetite em doentes com SIDA.

A engenharia genética tem tentado produzir variedades da Cannabis sem o THC, dado que esta apresenta inúmeras possibilidades económicas para países desfavorecidos, dadas a sua elevada facilidade de cultivo e a diversidade de aplicações industriais dos seus produtos.

Sexta-feira, 10 de Abril de 2009

Liberalização das drogas...sim ou não...

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Nas últimas décadas a “droga” tem vindo a difundir-se nas sociedades contemporâneas com

um enorme cortejo de prejuízos sociais e individuais. O negócio da “droga” tornou-se num dos

mais rentáveis domínios da actividade económica, mobilizando grandes interesses

internacionais, tanto ao nível da produção como da comercialização.

O alastramento internacional do fenómeno provocou por todo o mundo uma onda de

preocupações e esforços no sentido de refrear quer o tráfico quer o consumo de “droga”,

empenhando-se particularmente os governos nesse combate.

As Nações Unidas firmaram uma convenção contra o tráfico ilícito de estupefacientes e

substâncias psicotrópicas, em 1988, o mesmo fazendo o Conselho da Europa em Novembro de

1991, visando o tráfico da droga. Apesar desta multiplicidade de esforços, alguns dos quais

nem sempre sinceros e consequentes, a “droga” não desapareceu das sociedades, antes

continua a constituir um dos maiores flagelos sociais do nosso tempo. Em Portugal, o

fenómeno conheceu, tal como no resto do Mundo, um preocupante desenvolvimento, desde os

primeiros anos de 70, atingindo expressões por vezes dramáticas, mobilizando-se por isso

energias e recursos para o combater, tanto ao nível do tráfico ilegal e clandestino, como ao

nível do consumo proibido e punido por lei.

Nos últimos tempos, têm começado a surgir na sociedade portuguesa, tal como aliás noutros

países, opiniões que põem em causa a eficácia e o mérito das estratégias adoptadas para

debelar o fenómeno, e esboçam, alternativamente, a defesa de uma mudança de atitudes e

medidas legais, para minorar os efeitos perversos da difusão da “droga”. Entre elas, algumas

vozes chegam mesmo a preconizar a liberalização do tráfico e do consumo da “droga”, como

forma de melhor controlar o fenómeno nas suas manifestações, e melhor o atacar nas suas

causas e efeitos nocivos.

Concorda com a despenalização do consumo de drogas "leves"? Para que fins?

Publicada por Sílvia Costa em 4/10/2009 06:40:00 PM

5 COMENTÁRIOS:

Lili disse...

Eu não concordo com a despenalização do consumo de drogas leves, porque de seguida pensar-se-ia na despenalização das restantes drogas e isso levaria ao flagêlo total.Eu sou da opinião que deveria haver mais informação sobre o assunto, levando as pessoas a perceber as consequências que o consumo de drogas pode trazer para a vida e para a saúde das pessoas, para não falar que deveria haver uma fiscalização

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mais apertada sobre o consumo e mais importante sobre o tráfico.

13 de Abril de 2009 09:43

[email protected] disse...

Não concordo com a despenalização do consumo de drogas leves, porque para mim isso é um passo para que as drogas sejam todas livres.O que eu penso é que deveria haver mais informação sobre os malefícios que as drogas fazem á saúde.E também todos nós sabemos que é uma vontade política não acabar com as drogas porque envolve muitos milhões de euros, todos sabem a onde é plantada a onde é vendida

14 de Abril de 2009 12:11

estrelalunar disse...

Não concordo com a despenalização , porque a droga não nos dá nada de bom pelo contrário só provoca dor, sofrimento, solidão, doenças como a sida e hepatites etc. Por isso e para podermos defender quem cai nessa armadilha difícil de livrar--se dela . Devemos de mostrar aos jovens pessoas que passaram por esse trauma e contar-lhes como foi a sua vida nesse pesadelo que por vezes leva ao roubo, aos maus tratos de familiares para conseguirem dinheiro para a sua dose.Por isto e muito mais: Eu NÃO SOU A FAVOR DA DESPENALIZAÇÃO DE DROGAS LEVES OU NÃO.

21 de Abril de 2009 16:56

david disse...

Page 21: Legalização das drogas leves

Eu até concordo com a legalizaçao das drogas leves,mas , realmente os meus colegas referiram e bem, seria um caminho para legalizar outras drogas.Legalizar sim,mas colocar bem a questão,para não deixar alastrar caminhos errado

22 de Abril de 2009 00:17

Rui Costa disse...

Sou a favor da despenalização das drogas leves, mas apenas essas. Não atribuo ao simples facto de fumar um charro, em que a droga usada é o haxixe, qualquer inconveniente ou drama. Claro que devemos assumir um autocontrole sobre as quantidades e variedades consumidas, para assim nunca ficarmos reféns dessas mesmas drogas e problemas a elas associados.

O consumo de drogas ilícitas tem registado um aumento crescente nas sociedades contemporâneas e tornou -se numa das mais rentáveis actividades económicas a nível mundial, mobilizando grandes interesses internacionais tanto ao nível da produção como da comercialização. Apesar dos esforços desenvolvidos, tanto a nível interno como externo, as Nações Unidas adoptaram, em 1988, uma convenção contra o tráfico ilícito de estupefacientes e substâncias psicotrópicas, tal como o Conselho da Europa, em 1991, o facto é que muitos países, sobretudo europeus, questionam cada vez mais a eficácia das estratégias e das políticas adoptadas nos últimos anos e defendem uma mudança de atitude e da moldura legal como forma de tentar debelar este problema. TRÁFICO E CONSUMO DE DROGA AUMENTAM A NÍVEL MUNDIAL De acordo com o mais recente relatório da Organização das Nações Unidas sobre o consumo de drogas no mundo, publicado no fina l de Junho, cerca de 200 milhões de pessoas, representando cerca de 5% da população mundial com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, consumiram drogas ilícitas no último ano. Este número representa um acréscimo de 15 milhões de consumidores relativamente às estimativas do ano anterior, mas

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ainda assim é muito menor do que a percentagem da popula ção mundial que, de acordo com o mesmo documento, abusa de substâncias psico -activas lícitas, como é o caso do tabaco (30%) e do álcool (50%). Em relação às drogas ilícitas, a cannabis é a mais consumida, com cerca de 160 milhões de utilizadores, o que rep resenta aproximadamente 4% da população mundial entre os 15 e os 64 anos, e a que maior crescimento tem registado. O número de utilizadores de drogas sinté ticas, como as anfetaminas e o ecstasy, calculados respectivamente em 26,2 milhões e 7,9 milhões, decresceram relativamente ao ano passado, em especial no sudeste asiático e na América do Norte. No que se refere ao consumo de opiáceos, dos quais a heroína é a face mais visível, calcula -se que o número de utilizadores ronde os 15,9 milhões (10,6 são considerados dependentes), tendo havido um ligeiro acréscimo do seu consumo no continente asiático. Também o número de consumidore s de cocaína, estimado em 13,7 milhões, aumento u relativamente ao ano passado. As análises estatísticas realizadas pela ONU, em colaboração com os organismos nacionais de cada país, sugerem, aliás, um aumento generalizado do consumo de drogas. Ainda de acordo com este relatório da ONU, apesar de o número de países que assistiram ao crescimento do consumo de drogas co ntinuar a suplantar aqueles cujo índice diminuiu, a proporção entre os dois tem tido uma evolução favorável a favor dos últimos. Assim, se em 200 0 a percentagem do número de países onde o consumo tinha aumentado era de 53%, em 2003 ela tinha diminuído para 44%. Paralelam ente, a proporção de países onde o consumo declinou aumentou de 21% em 2000 para 25% em 2003. Um negócio de milhões Em 2003, o valor global estimado para o mercado de drogas ilícitas era de 13 mil milhões de dólares no sector de produção, 94 mil milhões no sector intermediário e 322 mil milhões ao nível do sector retalhista, montantes que representam cerca de 0,9% do Produ to Interno Bruto (PIB) mundial. Para se ter um termo de comparação com alguns dos sectores da economia mundial, pode dizer -se que aqueles valores foram equivalentes a 12% das exportações da indústria química, 14% das exportações agrícolas, excedendo mesmo, em termos absolutos, o valor total das expo rtações agrícolas provenientes da América Latina. De acordo com as estimativas das Nações U nidas, o maior mercado é o da erva de cannabis, com uma fatia de mercado de aproximadamente 113 mil milhões de dólares, seguida pela cocaína (71 mil milhões de dólares), os opiáceos (65 mil milhões de dólares) e a resina de c annabis (29 mil milhões de dólares). O mercado de drogas sintéticas, como as anfetaminas e o ecstasy, está calculado em 44 mil mil hões de dólares. Apesar de a indústria ilícita de droga operar oficialmente à margem da lei, as suas empresas não estão presentes no mercado de acções e não têm contabilidade organizada. Sabe-se que o mercado da droga actua, à semelhança dos mercados oficiais, nos mesmos termos de oferta e de procura, e

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que em muitos países os principais traficantes têm aliados no seio do poder político e financeiro. Liberalizar ou proibir? Os custos sociais e económicos decorrentes do consumo de drogas fazem com que este seja um problema de primeira ordem na agen da internacional. E nele se debatem duas grandes posições: os defensores da liber alização e os proibicionistas. Os primeiros argumentam que o mercado negro das drogas ilícitas propicia a existência de uma economia clandestina e proporciona grandes margens de lucro a quem a comercializa, gerando, por inerência, a prática criminosa por parte de quem a procura. Através da legalização do comércio e consumo das drogas, os abolicionistas defendem que se diminuiria largamente as margens de lucro dos cartéis de traficantes e se banalizaria o seu consumo em termos simbólicos, levando, em princípio, à sua crescente diminuição; ou seja, o fruto proibido deixaria de ser tão apetecido. A corrente liberalizadora sustenta, sobretudo, o princípio de que as pessoas devem ter o direito de consumir aquilo que desej arem desde que não prejudiquem terceiros, assumindo esta questão como um pr oblema de liberdade, de responsabilidade individual, sobre a qual o Estado não deveria intervir. No entanto, nem todos os abolicionistas vêm a questão da liberalização da mesma forma. Assim, enquanto alguns defendem que a liberalização se deveria restringir às chamadas drogas leves (como a erva e a resina de cannabis) criticando, neste sentido, a incongruência da legalidade do consumo de drogas lícitas como o tabaco e do álcool, outros advogam a liberalização do consumo socialmente integrado, o que pressuporia uma educação para o consumo das drogas, que, em última an álise, controlaria o seu abuso.

Por outro lado, os defensores da manutenção da proibição legal, quer do tráfico quer do consumo, tanto de drogas leves como d e drogas pesadas, argumentam que a abolição da proibição não diminui a dimensão do problema, alegando a experiência mal sucedida de alguns países europeus como evidência. De acordo com esta corrente, estas experiências de liberalização apenas contribuíram para aumentar o tráfico, nã o tendo conseguido diminuir os lucros ilícitos, acabando por favorecer também o consumo das drogas duras, dand o fundamento aos defensores da teoria da escalada , segundo os quais o uso das primeiras conduz, a prazo, à i niciação e abuso das segundas. Por outro lado, afirmam que não é sustentável a comparação entre as drogas ilícitas e o tabaco e o álcool, já que aquelas se revela m mais tóxicas e acarretam mais efeitos nefastos na saúde individual e pública.

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Além disso, afirma-se que é ilegítimo sustentar o fracasso da estratégia proibicionista na medida em que este modelo está longe de estar esgotado, e que a ineficácia da luta contra o crime não é motivo para passar a admi ti-lo como norma aceitável. Assim, concluem, a legalização e liberalização do tráfico não resolveria nenhum dos graves problemas associad os à droga, antes os agravaria. Uma solução a meio termo Em termos internacionais, as opiniões dividem -se entre a posição europeia e a política norte -americana de combate repressivo ao narcotráfico. Apes ar dos argumentos contra e a favor serem igualmente legítimos, o facto é que a realidade demonstra que as políticas repressivas e proibicionistas já mostraram não produzir efeitos prático s na resolução deste problema. Aliás, segundo o Relatório Anual sobre a Evolução do Fenómeno da Droga na União Europeia de 2004, do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, o consumo problemático de droga é menor na Alemanha e na Holanda, este último país conhecido pela sua polí tica liberalizadora, com dois a três indivíduos em cada mil, com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, a demonstrarem ter consumos problemáticos, ao contrário da Itália, do Luxemburgo, de Portugal e do Reino Unido, com cinco a oito em cada mil indivíduos afectados. Actualmente, calcula-se que existam em Portugal cerca de 50 mil consumidores de drogas ilícitas pesadas, o que coloca o nosso país na linha da fre nte deste problema na Europa. O primeiro rastreio nacional sobre a utilização de drogas, realizado em 2001, mostrou que 7, 8% dos inquiridos entre os 15 e os 64 anos tinha, pelo menos uma vez na vida, consumido uma droga ilícita. A mais referida foi a cannabis (7,6% consumia -a regularmente), ao passo que as restantes drogas (cocaína, heroína, ecstasy, anfetaminas e LSD) eram c onsumidas regularmente por menos de 1% da população. A proporção de homens que referiram o consumo deste tipo de substância pelo menos uma vez na vida é mais elevada do que as mulheres (11.5 % / 3.9% para cannabis; 1.2% / 0.2% para heroí na e 1.5% / 0.3% par a cocaína). Apesar destes números, Portugal desde sempre optou sempre por uma política proibicionista e repressiva relativamente aos cons umidores. No entanto, em meados da década de 90, começou a questionar -se se esta seria de facto a política mais adequad a, já que se tornou relativamente consensual que a política de repressão e de proibição utilizada no combate ao tráfico de droga obtinha resultados apenas ao nível da apreens ão de estupefacientes. A droga, essa, continuava, e continua, a ser vendida e cons umida, acarretando enorme s custos sociais e económicos. Em Julho de 2001, o governo socialista aprovou legislação que foi ao encon tro das políticas discriminalizadoras seguidas em países como a Holanda, a Espanha ou, mais recentemente, o Reino Unido. A pr incipal novidade nesta nova estratégia de luta contra a droga baseou -se precisamente no esforço

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de alterar a tradicional política reactiva e dogmática no sentido de uma abordagem fundad a na informação e na prevenção. Apesar de manter o estatuto ilegal de todas as drogas, previsto nas convenções das Nações Unidas, esta política passou a não condenar judicialmente a posse de pequenas doses de drogas para consumo individual, encarando os consumidores como indivíduos a necessitar de tratam ento e não como criminosos de delito comum, atribuindo-lhes penas administrativas ou multas -, acentuando, ao mesmo tempo, a pro ibição e repressão do tráfico. A moldura penal para o tráfico de droga em Portugal prevê penas de prisão que podem ir de um a doze anos de cadeia, havendo, no entanto, diferentes critérios consoante a natureza da substância em causa. Nos casos em que o toxicodependente vende droga para financiar o seu p róprio consumo a pena é reduzida. Para avaliar individualmente cada situação foram criadas Comissões para a Dissuasão do Uso de Drogas a nível local, compostas por um advogado, um médico e um assistente social, que encaminham os prevaricadores para tratamento. O presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência, João Goulão, refere que a politica que tem vindo a ser seguida neste domínio é um passo importante na intervenção dissuasora, mas que não responde ao problema na sua globalidade. Apesar de tudo, recusa uma visão catastrofista da política de descriminalização, nomeadamente a hipótese de transformação de Portugal num paraíso das drogas, já que, explica, o lapso de tempo decorrido permite -nos afirmar que tal não se verifica.

Legalizar as drogas: diminuiria a violência sim ou não? Por que?

4 anos atrás Denuncie

by Gabi Membro desde:

23 de outubro de 2006

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Melhor resposta - Escolhida por votaçãoOlha só eu tenho 16 anos e to vivendo essa onde de ter alguns amigos que usam drogas, outros fumam e outras naum fazem nada assim como eu....

Page 26: Legalização das drogas leves

Mais de fato se legarizarem as drogas naum vai mudar muita coisa pq quem fuma ai continuar fumando e quam naum se interessa por isso ia continuar assim tambem...

O que diminuiria é o numero de pessoas mortas pelo trafico de drogas pq se fosse legal qualquer um iria chegar em qualquer lugar e fumar de boa ou seja os traficantes venderiam paraum numero reduzido de pessoas...O que diminuiria seus lucros impedindo assim q eles comprassem armas e munição.... Mas é claro que muitos de nos sabemos que tem pessoas poderosas envolvidas nisso... por isso que esse pais naum muda...

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by Daska

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Não! Só os problemas psíquico,família desistuturada a má gestão politica, já fazem esse estrago,imagine liberação...

Abraço afetuoso.

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ans_qp_1 drogas leve

Page 27: Legalização das drogas leves

25% 1 Voto

by marciobo...

Membro desde: 03 de março de 2007

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não diminuiria ,só iria aumentar a oferta e encaminhar o país para uma guerra civil declarada,se o governo não consegue controlar as drogas chamadas lícitas ,como vai ter o controle sobre essas drogas que pretende legalizar,os governos devem reprimir com firmeza os narcotraficantes e pararem de jogar a responsabilidade para a sociedade.

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by akksonli...

Membro desde: 04 de fevereiro de 2007

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nao sei

o 4 anos atrás o Denuncie

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Page 28: Legalização das drogas leves

by welpitic...

Membro desde: 20 de outubro de 2006

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É brincadeira cogitar isto, um país onde a maioria do povo não tem estudo e muito menos cultura.Seria a mesma coisa que jogar bananas em jaula de macacos e proibir de come-las.

o 4 anos atrás o Denuncie

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by Eu

Membro desde: 16 de janeiro de 2007

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Droga não...maconha. Claro que vai diminuir, pois os traficantes vão ficar com menos mercadoria para vender, consecutivamente, com menos grana para armas. É a mesma coisa que tirar o pão da padaria. Cargo chefe!

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by Eduardo

Page 29: Legalização das drogas leves

Membro desde: 07 de janeiro de 2007

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Conserteza não, dizem que pra ver se o cara é loco é só mandar ele rasgar uma nota de R$50, se ele rasgar é que ele é loco, um cara viciado não rasta, ele transforma em pó e tudo que ele tem na casa dele vira pó, a Droga além de deixar o cara locão ela faz a pessoa mudar de comportamento quando esta normal, a maioria dos assaltos que se tem na rua é feito por drogados, e estes caras não pensa 2x em meter uma bala na cabeça de alguém porque já estão em um estado agravado. droga hj em dia é meio que moda, a molecada tudo usa pra se destacar, mas depois se viciam, eu já usei droga quando tinha uns 15 anos, contava para as pessoas como se fosse vantagem, queria q as pessoas me achassem doido, cresci e vi q é eu era um bobão querendo se aparecer.Muitas pessoas se acham independente"livres" usando drogas, como pode ser livre se vc depende dela depois.

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by meloli

Membro desde: 14 de setembro de 2006

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Sim e não - acredito que em partes sim - mas drogas pesadas deveriam ser controlodas em vendidas em locais específicos fora do alcance de menores - Não - veja o álcool que é um droga que massacra famílias a anos não tem controle nenhum, tudo é uma bagunça as vezes penso que é esta a finalidade do alto consumo de drogas alienar pessoas mante-las fora de qualquer tipo de organização social

o 4 anos atrás

Page 30: Legalização das drogas leves

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by Gis

Membro desde: 09 de março de 2007

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O que diminuiria a violência é a extinção de tantas desigualdades...e principalmente a concientização de que drogas não levam a nada de bom.

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o 2 pessoas avaliadas como good

by Caldeira

Membro desde: 05 de outubro de 2006

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Com a legalização das drogas leves como a Canabis Sativa, com certeza iríamos ter uma redução significativa do índice de violência no Brasil, porem continuaríamos a ter problemas com o trafico de drogas pesadas como a cocaína, pois, seria desculpa para os "policiais" tidos como vermes de entrar nas comunidades carentes dando tiros a esmo sem preparo nenhum para o manuseio de armas de fogo, como vemos diariamente noticias nos jornais, infelizmente parece que temos o alto escalão das policias envolvidos indireta ou diretamente com a criminalidade no Brasil, o que vemos são banqueiros assassinos do jogo do bicho contrabandeando equipamentos

Page 31: Legalização das drogas leves

para maquinas de bingos e videobingos os quais tem um envolvimento com traficantes de drogas e armas contando inclusive com a conivência das corregedorias de policias do Brasil, caso contrario veríamos esses banqueiros assassinos vagabundos presos ou nas valas, o que não ocorre, somente cortando o mal pela raiz vamos conseguir um pouco mais de segurança e Paz no Brasil, porem acho que ta faltando Generais, Almirantes, Magistrados, parlamentares e Brigadeiros machos, Homens de verdade para impor a esses marginais medidas mais duras; FARBIL já!!! BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO!!!

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by Prof. Lindolpho

Membro desde: 21 de outubro de 2006

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COM CERTEZA NÃO. PRIMEIRO QUE O CONTROLE APENAS IRIA MUDAR DE MÃOS, SEGUNDO PORQUE A IMPUNIDADE E A INJUSTIÇA IRIAM CONTINUAR NO MESMO PATAMAR, PORTANTO, ENQUANTO HOUVER IMPUNIDADE, POLÍTICOS PROFISSIONAIS, JUSTIÇA TENDENCIOSA, E DESIGUALDADE SOCIAL, A VIOLÊNCIA SÓ TENDERÁ A AUMENTAR, INDEPENDENTE DA LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS OU NÃO.

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by alemaoes...

Membro desde: 01 de março de 2007

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Page 32: Legalização das drogas leves

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a violência não,a corrupção sim,penso que o ser humano tem fascinação pelo proibido,com alegalização perde a graça,na verdade já está legalizada,nunca se usou tanta droga no planeta,pelo menos com a legalização a corrupção acabaria,como espírita tenho certeza que tudo isso passará,basta a humanidade evoluir,tenhamos paciência.

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by COMANDO DE CAÇA a terroristas

Membro desde: 02 de fevereiro de 2007

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.Uma pessoa não pode viver drogada dentro de nossa sociedade.Se liberassem o uso de drogas o governo teria que fazer estoques reguladores para forçar preços e o produto não faltar.Drogas poderosas e até de nível médio, por ser consumida em grande quantidade levariam os consumidores à morte rapidamente.Os drogados vão causar mais problemas que um consumidor de álcool ou até piores. Não teriam controle sobre si, ou ao volante de um automóvel, só para citar algumas situações.

Já existe um monte de coisas que diminui a violência, como EDUCAÇÃO, TRABALHO, ESPORTES.

Falta PENA DE MORTE, TRABALHO DURO NAS CADEIAS E JUSTIÇA EFICIÊNTE

Narcotizantes, estimulantes ou simples liberadores de endorfina são, historicamente, parte da vida de homens e mulheres de diferentes grupos sociais.

Se nem todos os exemplos citados podem ser classificados como drogas, uma vez tomado como referência o significado tradicional do termo – algo como “substância

Page 33: Legalização das drogas leves

que leva à alteração do estado de consciência” –, ao menos se pode dizer que todos são igualmente desnecessários ao adequado funcionamento do organismo e psiqué humanos.

No caso dos programas de entretenimento de massa mencionados, estes sequer têm alguma relação fisiológica (direta) com o corpo dos telespectadores, embora, no longo prazo, seu “uso” constante e excessivo possa levar a complicações físicas, como a obesidade e atrofia muscular, e psicológicas, como o desenvolvimento mental insatisfatório para os padrões mercadológicos e acadêmicos atuais.

Mesmo a par dessas informações, as pessoas – do ignorante ao erudito – seguem fazendo uso dessas substâncias ou produtos, sem que isso represente necessariamente uma escalada rumo à decadência ou morte. Tais drogas são aceitas com naturalidade, ou melhor, sequer são classificadas como narcotizantes, embora seu princípio, no final das contas, seja produzir algum tipo de efeito ou resposta física e mental por parte do “usuário”. Além dessa alteração, que é, sem dúvida, prevista pelo fabricante, não raro esses produtos geram consequências sobre a saúde e vida social dos consumidores, seja direta ou indiretamente.

No entanto, cumpre perguntar: é, por isso, imprescindível que se proíba seu consumo? A vida seria efetivamente melhor sem esses e tantos outros produtos que aqui não foram mencionados? Não oferecem, todos eles, benefícios (ainda que relativos) à sociedade?

O bicho homem não é apenas animal, é sujeito. É dotado de linguagem, cultura e desejos. Diferencia passado, presente e futuro. Não basta, por conseguinte, apenas viver a vida de modo saudável – embora essa seja a maior preocupação de todos, mesmo daqueles que consciente ou inconscientemente se matam. É preciso mais.

“A gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão e arte”, já diziam os Titãs.

Será que as drogas classificadas como ilícitas não têm, da mesma maneira, um papel a cumprir neste mundo? Se foram inventadas, desenvolvidas e consumidas com tamanha intensidade, por mais desnecessárias e nocivas que sejam, deve haver alguma razão para isso, não?

Produtos inteiramente inseridos na celebrada lógica do consumo e busca pelo prazer, as drogas são uma consequência perversa do capitalismo, incorrigdrogasível estimulador daquele modelo de vida e bem-estar. A questão é que o que aparece nos comerciais é tão somente um ideal fantasioso em que todos consomem na justa medida o que quer que esteja sendo vendido. Senão vejamos: algum obeso aparece nos comerciais de verão do McDonald’s? Quantas barrigas de chop, acidentes de trânsito ou vidas destruídas são mostrados em anúncios de cerveja? Nas telenovelas, porém, aqueles que se aventuram pelas drogas ditas ilícitas acabam sempre no fundo do poço, como nas propagandas do Ministério da Saúde.

Ainda assim, apesar da avalanche de informações sobre os efeitos degradantes dessas drogas e da repressão cada vez mais violenta, os índices de consumo aumentam em todo o mundo. Por que isso ocorre? Porque tal uso não é algo da ordem do racional, mas do desejo, que corre por entre às diversas operações subjetivas que estão por trás do comportamento humano.

Page 34: Legalização das drogas leves

A estratégia de combate às drogas – se é que deve haver uma – precisa ser revista, bem como o próprio conceito de “droga” e o ordenamento das substâncias que podem ou não ser consumidas legalmente. A constar pelo frequente uso de produtos comerciais legalizados que geram efeitos sobre os corpos e mentes, fica a impressão de que a proibição de algumas drogas não é mais que um ato atravessado pela arbitrariedade e preconceito.