legislaÇÃo institucional - concurso pÚblico da secretÁria de estado de seguranÇa pÚblica do...
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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL – CARGO:
TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR
CONCURSO PÚBLICO DA SECRETARIA DE
ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO
ESTADO DO AMAZONAS
2015
► CONTEÚDO:
Lei Delegada nº 79, de 18 de maio de 2007, e suas alterações.
Lei nº 3.204, de 21 de dezembro de 2007.
Lei nº 3.281, de 25 de julho de 2008.
Lei nº 3.719, de 12 de março de 2012.
Lei nº 3.930, de 13 de setembro de 2013.
Lei Nº 1.762, de 14 de novembro de 1986.
LEI DELEGADA Nº 79, DE 18 DE MAIO DE 2007
DISPÕE sobre a SECRETÁRIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA –
SSP, definindo suas finalidades, competências e estrutura organizacional,
fixando o seu quadro de cargos comissionados e estabelecendo outras
providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS
FAÇO SABER a todos os habitantes que, no exercício da delegação que me
foi conferida pela Resolução Legislativa nº 408, de 27 de dezembro de 2006,
com a modificação de prazo promovida pela Resolução Legislativa nº 415, de
02 de maio de 2007, edito a seguinte
LEI DELEGADA:
CAPÍTULO I
DAS FINALIDADES E DAS COMPETÊNCIAS
Art. 1º - A SECRETÁRIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA – SSP,
órgão integrante da Administração Direta do Poder Executivo, tem como
finalidades:
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I – coordenação geral das atividades setoriais do Sistema de Segurança
Pública do Estado do Amazonas, composto pelas Polícias Civil e Militar, pelo
Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas e pelo Departamento Estadual de
Trânsito do Amazonas – DETRAN, de modo a garantir o livre exercício dos
Poderes Constituídos e a segurança física e patrimonial dos cidadãos mediante
atuação integrada e presente desses organismos junto à comunidade;
II – assessoramento ao Governador do Estado na formulação das diretrizes e
da política de garantia e manutenção da ordem pública.
Art. 2º - Para o cumprimento do disposto no artigo anterior, sem prejuízo de
outras ações e atividades previstas em normas legais e regulamentares,
compete à Secretária de Estado de Segurança Pública – SSP:
I - a formulação, a execução e a supervisão das atividades de natureza policial
ou correlata, objetivando o livre exercício dos Poderes Constituídos, a ordem e
a segurança pública;
II – a manutenção de intercâmbio policial com organizações congêneres
Sistema de Segurança Pública, em âmbito nacional;
III – o acompanhamento, com as autoridades administrativas e judiciárias, da
aplicação de medidas legais e regulamentares;
IV – a organização e o acompanhamento de serviços policiais relacionados
coma prevenção e a repressão da criminalidade intermunicipal e interestadual;
V – o acompanhamento de medidas para segurança e controle do trânsito;
VI – a concessão de autorização para funcionamento das empresas de
vigilância e congêneres;
VII – a assistência, a orientação e o acompanhamento que salvaguardem a
segurança, em caso de calamidade pública;
VIII – a execução de outras ações e atividades concernentes à sua natureza ou
determinadas pelo Chefe do Poder Executivo.
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Art. 3º - Dirigida pelo Secretário de Estado de Segurança Pública, com o auxílio
de um Secretário Executivo e de três Secretários Executivos Adjuntos, a
Secretária de Estado de Segurança Pública – SSP, tem a seguinte estrutura
organizacional:
I - ÓRGÃOS COLEGIADOS
a) Conselho Estadual de Segurança Pública – CONESP
b) Conselhos Interativos Comunitários de Segurança Pública – CONSEG
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c) Comitê de Gerenciamento de Crises
d) Gabinete de Gestão Integrada – GGI
II - ÓRGÃOS DE ASSITÊNCIA E ASSESSORAMENTO
a) Gabinete
b) Assessoria
II – ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
a) Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do
Amazonas
1. Corregedoria Adjunta de Inspeção e Correição da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar
2. Corregedoria Adjunta de Inspeção e Correição da Polícia Civil e do
Departamento Estadual de Trânsito
IV – ÓRGÃOS DE ATIVIDADES-MEIO
a) Secretária Executiva
1. Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública – IESP
2. Departamento de Administração
3. Departamento de Orçamento e Finanças
4. Departamento de Planejamento e Controle de Projetos e Convênios
5. Departamento de Tecnologia
6. Junta Médico-Pericial
b) Secretária Executiva Adjunta de Inteligência
1. Departamento de Inteligência – DEINT
2. Departamento de Contra-Inteligência
3. Departamento de Logística
V – ÓRGÃOS DE ATIVIDADES-FIM
a) Secretária Executiva Adjunta de Operações
1. Centro Integrado de Operações de Segurança – CIOPS
b) Secretária Executiva Adjunta do Programa Ronda no Bairro – SEARB
VI – ENTIDADE VINCULADA
a) Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas – DETRAN
VII - ÓRGÃO DE APOIO
a) Ouvidoria de Segurança
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Parágrafo único: a Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do
Estado do Amazonas, as Corregedorias Adjuntas de Inspeção e Correição da
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Civil e do
Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas, o Instituto Integrado de
Ensino de Segurança Pública – IESP, bem como o Conselho Estadual de
Segurança Pública – CONESP, os Conselhos Interativos Comunitários de
Segurança da Capital – CONSEG, o Comitê de Gerenciamento de Crises e o
Gabinete de Gestão Integrada – GGI, têm suas composições, competências e
formas de funcionamento disciplinadas em atos específicos, conforme o
disposto na legislação aplicável.
CAPÍTULO III
DAS COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES
Art. 4º - As unidades integrantes da estrutura organizacional da Secretária de
Estado de Segurança Pública – SSP, têm as seguintes competências, sem
prejuízo de outras ações e atividades previstas no seu Regimento Interno:
I – GABINETE – programação, coordenação, supervisão e execução das
atividades de representação política, administrativa e social do Secretário;
II – ASSESSORIA – assistência ao Secretário de Estado, ao Secretário
Executivo, aos Secretários Executivos Adjuntos e aos Chefes de Departamento
em assuntos técnicos e administrativos; assessoramento aos gestores
principais da Pasta em matéria jurídica, por meio de orientação ou mediante
emissão de pareceres ou elaboração de outros documentos, em processos ou
procedimentos pertinentes às finalidades e competências da Secretária, com
vistas ao controle prévio da conformidade à lei dos atos a serem praticados;
III – SECRETÁRIA EXECUTIVA – assistência ao Secretário de Estado na
supervisão geral das atividades da Secretária, incluídas as ações das
Secretárias Executivas Adjuntas e da entidade vinculada; coordenação e
controle das atividades desenvolvidas no órgãos que lhe são subordinados;
auxílio ao Secretário de Estado na definição de diretrizes e no desenvolvimento
das ações na área de sua competência;
IV – DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO – supervisão, coordenação e
execução, no âmbito da Pasta, das atividades pertinentes a pessoal, material,
patrimônio, informática e serviços gerais, em consonância com as diretrizes
emanadas dos respectivos órgãos centrais do Poder Executivo;
V – DEPARTAMENTO DE ORÇAMENTOS E FINANÇAS – coordenação,
supervisão e execução das atividades relativas à execução orçamentária e
financeira da Secretária;
VI – DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS
E CONVÊNIOS – coordenação, planejamento e articulação, junto aos órgãos
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federais, estaduais e municipais e à iniciativa privada, de programas
pertinentes a política estadual de Segurança Pública;
VII – DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA – coordenação dos Sistemas
Tecnológicos da Segurança Pública; fiscalização da regularidade do uso e
manutenção de equipamentos; execução das Políticas de Evolução
Tecnológica, propondo melhoramento das atividades-fim; proposição de
medidas, acompanhamento dos procedimentos de aquisição de bens e
equipamentos tecnológicos e avaliação e certificação do regular recebimento
dos bens adquiridos no âmbito do Sistema de Segurança Pública;
VIII – JUNTA MÉDICO-PERICIAL – execução das atividades médico-periciais
no atendimento aos servidores da Secretária de Estado de Segurança Pública
– SSP, das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e do
Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas – DETRAN/AM;
IX – SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA DE INTELIGÊNCIA - coordenação
e controle das atividades desenvolvidas pelos Departamentos de Inteligência –
DEINT, de Contra-Inteligência e de Logística; competência exclusiva para
coletar dados e informações, pesquisar, analisar, processar, produzir e difundir
conhecimentos de Inteligência para o Sistema de Segurança Pública do
Estado, devendo as Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiro Militar, Sistema
Prisional e Departamento Estadual de Trânsito, contribuir com dados e
informações de interesse do Estado, quando solicitadas ou por sua própria
iniciativa;
X – DEPARTAMENTO DE INTELIGÊNCIA – DEINT – coordenação do
levantamento de informações específicas sobre incidências criminais no Estado
e realização de investigações em assuntos relacionados à segurança pública;
XI – DEPARTAMENTO DE CONTRA-INTELIGÊNCIA – identificação e
neutralização de ações adversas, realizadas por organismos ou por pessoas,
produzindo conhecimento para proteger a atividade de inteligência e a
instituição a que pertence, de modo a salvaguardar todos os conhecimentos
sigilosos oriundos de estrutura da inteligência da Secretária;
XII – DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA – planejamento, coordenação,
fiscalização e controle das atividades de suprimento geral, manutenção do
material e obras da Secretária;
XIII – SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA DE OPERAÇÕES – coordenação
e controle das atividades desenvolvidas no Centro Integrado de Operações de
Segurança – CIOPS;
XIV – CENTRO INTEGRADO DE OPERAÇÕES DE SEGURANÇA – CIOPS –
integração das ações das Polícias Militar e Civil, e do Corpo de Bombeiros
Militar para atendimento de ocorrências solicitadas pela população, através de
190, 193 e 199, e centralização das informações decorrentes deste serviço
para subsidiar o planejamento, a tomada de decisões e a efetiva ação destes
órgãos, contribuindo para maior agilidade no atendimento ao cidadão e para
conseqüente melhoria da ordem pública em defesa da coletividade;
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XV – SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA DO PROGRAMA RONDA NO
BAIRRO – coordenação e controle das atividades desenvolvidas pelos
Departamentos de segurança pública e atividade policial integradas; e de
infraestrutura, reaparelhamento e tecnologia das instituições de segurança
pública, com competência exclusiva para planejar, coordenar e integrar as
ações de segurança pública do Programa Ronda no Bairro para o Sistema
Integrado das Ações de Segurança Pública do Estado do Amazonas;
XVI – OUVIDORIA DE SEGURANÇA.
CAPÍTULO IV
DAS COMPETÊNCIAS DOS DIRIGENTES
Art. 5º - As competências do Secretário de Estado, do Secretário Executivo e
dos Secretários Executivos Adjuntos são as estabelecidas nos artigos 16 a 19
da Lei Delegada nº 67, desta data.
Art. 6º - Sem prejuízo do disposto no Regimento Interno da Pasta, são
atribuições comuns dos demais dirigentes das unidades que compõem a
estrutura organizacional da Secretária de Estado de Segurança Pública – SSP:
I – gerir as áreas operacionais sob sua responsabilidade;
II – assegurar padrões satisfatórios de desempenho em suas áreas de
atuação;
III – zelar pelos bens e materiais sob sua guarda, garantindo adequada
manutenção, conservação, modernidade e funcionamento;
IV – promover permanente avaliação dos servidores que lhes são
subordinados, com vistas à constante melhoria dos serviços;
V – propor medidas disciplinares, na forma da legislação específica;
VI – julgar os recursos contra atos de seus subordinados, quando couber;
VII – executar outras ações, em razão da natureza da unidade sob sua direção,
sob a orientação ou por determinação do Secretário de Estado, do Secretário
Executivo ou dos Secretários Executivos Adjuntos.
CAPÍTULO V
DOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO
E DAS FUNÇÕES GRATIFICADAS
Art. 7º - Os cargos de provimento em comissão da Secretária de Estado de
Segurança Pública – SSP são os especificados no Anexo I desta Lei, extintos
os cargos constantes do Anexo Único da Lei Delegada nº 59, de 29 de julho de
2005.
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§ 1º - A remuneração do titular de cargo de provimento em comissão de Diretor
Geral do Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública do Estado do
Amazonas – IESP é fixada em R$ 6.000,00
§ 2º - Os cargos a que se refere este artigo serão ocupados, preferencialmente,
por servidores da Secretária de Estado de Segurança Pública – SSP.
§ 3º - Os limites de efetivos de policiais e bombeiros militares requisitados para
desempenharem funções na Secretária Executiva Adjunta de Inteligência, na
Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas
e no Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública do Estado do
Amazonas são os definidos no Anexo IV desta lei.
§ 4º - Os policiais e bombeiros militares em exercício nos organismos
constantes do § 3º deste artigo terão seu funcionamento regulado em ato
próprio das respectivas Chefias, respeitando os parâmetros legais dos
Regulamentos Policiais Militares e os limites estabelecidos, vedada a atribuição
de tarefas de cunho privado.
5º - Os policiais e bombeiros militares em exercício nos organismos constantes
do § 3º deste artigo serão requisitados pelo Secretário de Estado de Segurança
Pública à Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar.
Art. 8º - O Secretário de Estado de Segurança Pública poderá atribuir aos
servidores da Pasta e aos servidores solicitados dos órgãos que compõem o
Sistema de Segurança Pública, por meio de ato próprio, Função Gratificada
(FG) pelo exercício de encargo de chefia, assessoramento ou direção, nos
termos do Anexo II, Anexo III, Parte II, e Anexo IV, Parte II, desta Lei.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 9º - A Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do
Amazonas e o Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública do Estado
do Amazonas serão implantados no prazo de 90 (noventa) dias, ficando os
responsáveis pelas Corregedorias das Polícias Civil e Militar do Estado do
Amazonas, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas e do
Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas, bem como os titulares das
Academias de Polícia Civil e Militar, da Escola de Bombeiros, dos Centros de
Pesquisa e Treinamento e de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da
Polícia Militar incumbidos, no mesmo prazo, de transferir todas as atividades
administrativas e os feitos em tramitação e já arquivados, para a Corregedoria
Geral e para o Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública do Estado
do Amazonas.
Art. 10 – As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta das
dotações consignadas no Orçamento do Poder Executivo para a Secretária de
Estado de Segurança Pública – SSP.
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Art. 11 – Revogado o artigo 3º da Lei Delegada nº 64, 04 de maio de 2007, a
Lei Delegada nº 59, de 29 de julho de 2005, e as demais disposições em
contrário, esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
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ANEXO I
CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO
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ANEXO II
FUNÇÕES GRATIFICADAS DA SSP
ANEXO III
PARTE I
(CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO
DA SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA DE INTELIGÊNCIA)
PARTE II
(FUNÇÕES GRATIFICADAS DA SECRETARIA
EXECUTIVA ADJUNTA DE INTELIGÊNCIA)
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ANEXO IV
LIMITE DE EFETIVO POLICIAL e BOMBEIRO MILITAR REQUISITADOS
PARA DESEMPENHAR FUNÇÃO NA SECRETARIA ADJUNTA DE
INTELIGÊNCIA, NA CORREGEDORIA GERAL DO SISTEMA DE
SEGURANÇA PÚBLICA E NO INSTITUTO INTEGRADO DE ENSINO
DE SEGURANÇA PÚBLICA
SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA DO
PROGRAMA RONDA NO BAIRRO – SEARB
PARTE I
QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA
SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA DO PROGRAMA
RONDA NO BAIRRO
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PARTE II
QUADRO DE FUNÇÕES GRATIFICADAS DA SECRETARIA
EXECUTIVA ADJUNTA DO PROGRAMA RONDA NO BAIRRO
PARTE III
QUADRO DE EFETIVO PREVISTO DE POLICIAIS CIVIS
PARTE IV
QUADRO DO LIMITE DE EFETIVO POLICIAL MILITAR REQUISITADO
PARA DESEMPENHAR FUNÇÃO NA SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA
DO PROGRAMA RONDA NO BAIRRO
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LEI Nº 3.204, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2007
DISPÕE sobre a Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do
Estado do Amazonas, estabelece normas para a sua organização e
manutenção, define sua competência, atribuições e estrutura organizacional e
dá outras providências. Com as alterações feitas pela Lei Ordinária nº
3930/2013 de 13 de setembro de 2013.
CAPÍTULO I
DAS FINALIDADES E ATRIBUIÇÕES
Art. 1.° - A CORREGEDORIA GERAL DO SISTEMA DE SEGURANÇA
PÚBLICA DO ESTADO DO AMAZONAS - CORREGEDORIA GERAL/SSP,
criada pela Lei Delegada n.º 62, de 04 de maio de 2.007, órgão superior de
controle e fiscalização das atividades funcionais e da conduta disciplinar interna
das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, do Departamento
Estadual de Trânsito, e dos demais servidores integrantes do Sistema de
Segurança Pública do Estado do Amazonas, sem prejuízo das finalidades e
competências constantes dos artigos 2.º e 3.º da Lei Delegada n.º 62, de 04 de
maio de 2.007, tem as suas atribuições e estrutura organizacional nos termos
previstos nesta Lei.
Art. 2.° - A Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do
Amazonas tem como finalidades:
I - a defesa dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório,
da legalidade, legitimidade, impessoalidade, moralidade, eficiência,
economicidade e publicidade, bem como dos direitos e interesses individuais e
coletivos, no âmbito do Sistema Estadual de Segurança Pública;
II - o exercício das funções de fiscalização, disciplina e orientação
administrativa das atividades desenvolvidas pelas Polícias Civil e Militar, pelo
Corpo de Bombeiros Militar, pelo Departamento Estadual de Trânsito do
Amazonas, e demais Órgãos que compõem o Sistema Estadual de Segurança
Pública.
Art. 3.° - Para o cumprimento do disposto no artigo anterior, compete à
Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas,
sem prejuízo de outros procedimentos que lhe forem atribuídos, na forma legal,
regulamentar e regimental:
I - apurar as transgressões funcionais praticadas por policiais civis e militares,
bombeiros militares, de servidores do Departamento Estadual de Trânsito e
demais servidores do Sistema de Segurança Pública do Estado;
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II - requisitar a instauração de Conselhos de Disciplina e Justificação,
Sindicância Disciplinar Militar para apurar se o militar estadual reúne ou não
condições morais de permanecer no serviço ativo;
III - requisitar a instauração de inquérito policial civil ou militar e acompanhar a
apuração dos ilícitos;
IV - instaurar, promover e acompanhar sindicâncias, no âmbito de suas
atribuições;
V - instaurar, promover e acompanhar processos administrativos disciplinares;
VI - realizar, de ofício ou mediante solicitação, inspeções, vistorias, exames,
investigações e auditorias nas unidades das Polícias Civil e Militar do Estado
do Amazonas, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas e do
Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas;
VII - requisitar diretamente aos órgãos integrantes do Sistema de Segurança
Pública do Estado do Amazonas ou dos demais órgãos do Poder Executivo
Estadual, toda e qualquer informação ou documentação necessária ao
desempenho de suas atividades de fiscalização, vistoria e investigação;
VIII - requisitar informações acerca do fiel cumprimento das Requisições
Judiciais, do Ministério Público e de cartas precatórias;
IX - acompanhar os atos de afastamento relacionados a policiais civis e
militares, bombeiros militares e demais servidores do Sistema de Segurança
Pública do Estado do Amazonas, que estejam respondendo a procedimentos
disciplinares;
X - manter arquivo atualizado e pormenorizado com todos os dados relativos a
processos judiciais, procedimentos administrativos disciplinares, inquéritos
policiais civis ou militares que envolvam agentes públicos integrantes do
Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas;
XI - expedir instruções normativas, ordens de serviço, portarias, provimentos
disciplinares, correcionais ou orientadores das atividades de polícia judiciária e
disciplinar;
XII - instituir mecanismos de controle de inquéritos policiais e demais
procedimentos investigativos realizados pela Polícia Civil, Polícia Militar e
Corpo de Bombeiros Militar;
XIII - receber denúncias, reclamações e representações sobre atos
considerados ilegais, arbitrários, desonestos, indecorosos ou que violem os
direitos humanos individuais ou coletivos, praticados por policiais civis e
militares, bombeiros militares, servidores do Departamento Estadual de
Trânsito do Amazonas e demais funcionários do Sistema de Segurança Pública
do Estado;
XIV - propor ao Secretário de Estado de Segurança Pública a adoção das
providências que entender pertinentes ao aperfeiçoamento dos serviços
prestados à população pelas Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros
Militar, Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas e demais órgãos que
compõem o Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas;
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XV - verificar a procedência de denúncias, reclamações e representações,
propondo aos órgãos competentes da Administração a instauração de
sindicâncias, inquéritos e outras medidas destinadas à apuração das
responsabilidades administrativas, civis e criminais, fazendo ao Ministério
Público a devida comunicação, quando houver prova irrefutável da autoria e
materialidade da prática de crime;
XVI - fiscalizar quaisquer procedimentos de natureza administrativa ou criminal
instaurados no âmbito do Sistema de Segurança Pública do Estado do
Amazonas;
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Art. 4.º - A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do
Amazonas tem a seguinte estrutura organizacional:
I - ÓRGÃOS DE DIREÇÃO SUPERIOR:
a) Corregedoria-Geral;
b) Corregedoria-Geral Adjunta:
1. Assessoria
c) Corregedoria Auxiliar da Polícia Civil:
1. Assessoria;
2. 1.ª Unidade de Apuração de Transgressões Disciplinares atribuídas a
Policiais Civis e Servidores do Sistema de Segurança Pública;
3. 2.ª Unidade de Apuração de Transgressões Disciplinares atribuídas a
Policiais Civis e Servidores do Sistema de Segurança Pública;
4. 1.ª Comissão Permanente de Disciplina;
5. 2.ª Comissão Permanente de Disciplina;
6. 3.ª Comissão Permanente de Disciplina;
7. 4.ª Comissão Permanente de Disciplina;
d) Corregedoria Auxiliar da Polícia Militar:
1. Assessoria;
2. 1.ª Unidade de Apuração de Transgressões Disciplinares (PMAM);
3. 2.ª Unidade de Apuração de Transgressões Disciplinares (PMAM);
4. 3.ª Unidade de Apuração de Transgressões Disciplinares (PMAM);
5. Conselho Permanente de Justificação (PMAM);
6. 1.º Conselho Permanente Disciplinar (PMAM);
7. 2.º Conselho Permanente Disciplinar (PMAM);
8. 3.º Conselho Permanente Disciplinar (PMAM).
e) Corregedoria Auxiliar do Corpo de Bombeiros Militar:
1. Unidade de Apuração de Transgressões Disciplinares (CBMAM);
2. Conselho Permanente Disciplinar (CBMAM);
3. Conselho Permanente de Justificação (CBMAM).
f) Corregedoria Auxiliar do Departamento Estadual de Trânsito;
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II - ÓRGÃOS DE APOIO:
a) Chefia de Gabinete;
b) Assessoria;
c) Departamento de Assuntos Internos;
d) Coordenação Geral de Administração:
1. Setor de Documentação;
2. Setor de Informática;
3. Setor de Estatística;
4. Setor de Recursos Humanos;
5. Setor de Serviços Gerais;
6. Setor de Material e Patrimônio;
7. Setor de Denúncia.
e) Departamento de Orçamento e Finanças;
III - ÓRGÃOS TÉCNICOS:
a) Coordenação Geral de Estudos, Legislações e Pareceres:
1. Assessoria;
2. Assessoria para Assuntos Civis;
3. Assessoria para Assuntos Militares.
b) Coordenação Geral de Correições:
1. Secretaria;
2. Departamento de Correições de Inquéritos Policiais Civis;
3. Departamento de Correições de Inquéritos Policiais Militares;
4. Departamento de Orientação, Inspeções, Auditoria, Vistorias e fiscalização;
IV - ÓRGÃO DE EXECUÇÃO:
a) Coordenação Geral de Disciplina:
1. Secretaria;
2. Assessoria;
3. Departamento de Notificações, Intimações, Investigações e Diligências;
4. Departamento de Orientação, Acompanhamento e Apuração de Infrações
Administrativas atribuídas a Servidores Civis do Sistema de Segurança Pública
do Estado do Amazonas;
5. Departamento de Orientação, Acompanhamento e Apuração de Infrações
Disciplinares atribuídas a Policiais Militares e Bombeiros Militares.
Art. 5.º - As Comissões, os Conselhos Permanentes e as Unidades de
Apuração, serão integrados por Delegados de Polícia, Peritos, Policiais Civis,
Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar e por servidores do
Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas, bem como, por funcionários
integrantes do sistema.
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§1.º As Comissões, Conselhos Permanentes e as Unidades de Apuração,
serão instalados em número compatível com as necessidades do serviço,
conforme critérios definidos pelo Corregedor-Geral.
§2.º Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas
designados para comporem as Comissões referidas no caput deste artigo,
deverão fazer parte do quadro do Órgão há, pelo menos, 10 (dez) anos.
§3.º Poderão ser designados para comporem as Comissões, Conselhos e
Unidades referidas no caput deste artigo, Policiais e Bombeiros Militares da
Reserva, os quais serão considerados convocados para o serviço ativo para
efeito desta Lei, Policiais Civis e demais funcionários aposentados integrantes
do Sistema de Segurança Pública.
§4.º Os membros que integram as Unidades, serão nomeados para cargo de
provimento em comissão, atribuída por ato próprio do Chefe do Executivo
Estadual, pelo exercício de suas atividades, mediante indicação pelo
Corregedor-Geral ao Secretário de Estado de Segurança Pública.
Art. 6.º - O Relatório Mensal contendo os resultados dos procedimentos
administrativos disciplinares instaurados e concluídos deverá ser remetido pela
Corregedoria-Geral do Sistema ao Secretário de Estado de Segurança Pública,
sempre que solicitados.
Art. 7.º - O Corregedor-Geral poderá requisitar servidores dos órgãos que
integram o Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas, que
passarão a ter exercício na Corregedoria-Geral, sem que tal requisição importe
em relotação ou redistribuição, sendo reconhecida como atividade policial.
Parágrafo único: No caso do deslocamento de militares nos moldes previstos
neste artigo, a função por eles exercida será considerada de natureza militar.
CAPÍTULO III
DO PESSOAL
Art. 8.º - A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do
Amazonas será dirigida por um Corregedor-Geral indicado pelo Secretário de
Segurança e por um Corregedor-Geral Adjunto, com auxílio de quatro
Corregedores Auxiliares, indicados pelo Corregedor-Geral ao Secretário de
Segurança, todos nomeados em comissão pelo Governador do Estado.
Art. 9.º - Ao Corregedor-Geral caberá coordenar, planejar e supervisionar as
atividades da Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado
do Amazonas.
§1.º O Corregedor-Geral será substituído em suas ausências ou impedimentos
legais pelo Corregedor-Geral Adjunto.
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§2.º Nas ausências ou impedimentos legais do Corregedor-Geral e do
Corregedor-Geral Adjunto, responderá pela Corregedoria-Geral do Sistema de
Segurança Pública o Corregedor Auxiliar indicado pelo Corregedor-Geral;
§3.º O Corregedor-Geral, o Corregedor-Geral Adjunto e os Corregedores
Auxiliares que integrarem órgãos diretivos ou consultivos de entidades públicas
ou privadas só poderão fazê-lo a título gratuito.
§4.º O Corregedor-Geral poderá delegar outras atribuições ao Corregedor-
Geral Adjunto ou aos Corregedores Auxiliares, sempre que necessário ao bom
andamento do serviço.
Art. 10 - Ao Corregedor-Geral Adjunto caberá coordenar, planejar e
supervisionar as atividades administrativas da Corregedoria-Geral do Sistema
de Segurança Pública do Estado do Amazonas.
Art. 11 - Nas ausências ou impedimentos legais dos Corregedores Auxiliares,
responderá pela respectiva Corregedoria Auxiliar o servidor da ativa mais
antigo ou mais graduado daquele órgão.
Art. 12 - Os cargos de provimento em comissão de Corregedor Auxiliar serão
exercidos por Delegados de Polícia Civil, integrantes das duas últimas classes
de carreira, Oficiais dos dois últimos postos da Polícia Militar e Bombeiro
Militar, e por servidor do Departamento Estadual de Trânsito, cumpridos os
seguintes requisitos:
I - idade mínima de 35 anos;
II - bacharelado em Direito, com mais de 05 anos de formação;
III - notório saber jurídico no campo administrativo, disciplinar, penal e
processual penal;
IV - não integrar órgãos diretivos, deliberativos ou consultivos de entidades
públicas ou privadas;
V - reputação ilibada.
Parágrafo único: Na ausência de servidores que preencham o pré-requisito
previsto no inciso II deste artigo, os cargos de Corregedores Auxiliares da
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, poderão ser ocupados por oficiais
dos dois últimos postos das respectivas corporações, com curso de formação
superior em suas áreas.
CAPÍTULO IV
DA REMUNERAÇÃO DOS CARGOS
Art. 13 - A remuneração dos titulares dos cargos de provimento em comissão,
de Corregedor-Geral, Corregedor-Geral Adjunto e de Corregedor Auxiliar, é
fixada em R$15.000,00 (quinze mil reais), R$13.000,00 (treze mil reais) e
19
R$10.000,00 (dez mil reais), respectivamente, e em R$7.000,00 (sete mil reais)
a remuneração de Coordenador-Geral, sendo composta de R$2.000,00 (dois
mil reais) a título de vencimento, e o restante a título de representação.
Parágrafo único: A remuneração prevista no caput será devida sem prejuízo
da remuneração integral do órgão de origem.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 16 - Além dos cargos especificados no artigo 4.º da Lei Delegada n.º 62, de
04 de maio de 2007, ficam criados no Quadro de Pessoal da Secretaria de
Estado de Segurança Pública os cargos de provimento em comissão, abaixo
especificados, que passam a compor o Anexo I desta Lei:
I - um de Corregedor Geral Adjunto,
II - dois de Corregedor Auxiliar;
III - quatro de Coordenador Geral;
Art. 17 - Ficam criados, no Quadro de Pessoal da Secretaria de Estado de
Segurança Pública, para a Corregedoria Geral do Sistema de Segurança
Pública do Estado do Amazonas, os cargos de provimento em comissão e as
funções gratificadas especificados nos Anexos I e II desta Lei.
Art. 18 - Havendo necessidade do serviço e inexistindo Comissões
Permanentes, Conselhos Permanentes e Comissões Especiais em número
suficiente, fica delegada ao Corregedor-Geral, em caráter extraordinário, a
criação, por Ato próprio, de tantas Comissões Permanentes, Conselhos
Permanentes e Comissões Especiais que se fizerem necessárias, caso em que
os membros farão jus ao jeton a que se refere o artigo 14, desta Lei, até que
sejam nomeados pelo Chefe do Poder Executivo.
Art. 19 - É facultada a criação de estágio acadêmico pela Corregedoria-Geral
para acadêmicos dos cursos de graduação em Direito e demais áreas das
ciências humanas, por meio de convênios institucionais entre a Corregedoria-
Geral e Universidades Públicas ou Particulares ou instituições por estas
credenciadas.
Art. 20 - Havendo necessidade do serviço, fica delegada ao Corregedor- Geral,
a criação, por Ato próprio, de Comissões que se fizerem necessárias para
atender as demandas administrativas.
Art. 21 - As requisições da Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança
Pública do Estado do Amazonas serão atendidas no prazo de 15 (quinze) dias,
20
se outro não for especificado pela autoridade requisitante, sob pena de
responsabilização Civil, Criminal e Administrativa.
Art. 22 - A fiscalização e o controle externo das atividades desenvolvidas pelos
órgãos que integram o Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas
serão exercidos por membros do Ministério Público, nos termos da lei.
Art. 23 - A oposição, o retardamento, a resistência injustificada e o não
atendimento ao disposto nesta Lei constituem falta grave, sujeitando os
servidores civis e militares à aplicação de sanção administrativa disciplinar,
sem prejuízo da responsabilidade penal e por improbidade administrativa, na
forma legal.
Parágrafo único: Ocorrendo indícios de infração de natureza criminal nos
termos descritos no caput deste artigo, deverá o Corregedor-Geral comunicar o
fato imediatamente ao Ministério Público para as providências cabíveis.
Art. 24 - Será mantido sigilo sobre o teor das denúncias e reclamações
recebidas, bem como sobre sua fonte, de modo a preservar a segurança e a
privacidade dos envolvidos.
Art. 25 - As atribuições e atividades administrativas da Corregedoria-Geral do
Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas, dos órgãos que a
integram, assim como as competências, atribuições e estrutura, serão
disciplinadas em Regimentos próprios, aprovados por ato do Secretário de
Estado de Segurança Pública.
Art. 26 - A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do
Amazonas terá autonomia orçamentária e financeira.
Art. 27 - A Corregedoria-Geral e seus órgãos não poderão funcionar no
mesmo conjunto arquitetônico de órgãos integrantes do Sistema de Segurança
Pública do Estado do Amazonas.
Art. 28 - O Corregedor-Geral terá direito e prerrogativas de Secretário de
Estado.
Art. 29 - Os cargos de provimento em comissão bem como as funções
gratificadas, criados por esta Lei, passam a integrar o quadro de cargos de
provimento em comissão e funções gratificadas da Secretaria de Estado de
Segurança Pública, constantes da Lei Delegada n. 79, de 18 de maio de 2007.
21
Art. 30 - Fica criada, no âmbito da Corregedoria-Geral do Sistema de
Segurança Pública do Estado do Amazonas, a Carteira de Identificação
Funcional do Agente de Corregedoria, a ser regulamentada por Decreto do
Chefe do Executivo Estadual.
Art. 30-A - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta
das dotações próprias consignadas no Orçamento do Poder Executivo para a
Secretaria de Estado de Segurança Pública, mediante transferência de
recursos orçamentários dos demais órgãos do Sistema de Segurança Pública
do Estado do Amazonas, conforme disposto em ato específico, na forma da lei.
Art. 30-B - Os casos omissos e/ou não contemplados nesta Lei serão dirimidos
pelo Corregedor-Geral, em consenso com o Secretário de Estado de
Segurança Pública.
ANEXO I
CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO
QUANTIDADE CARGO SIMBOLOGIA
01 Corregedor Geral -
01 Corregedor Geral Adjunto -
04 Corregedor Auxiliar -
04 Coordenador Geral -
01 Ouvidor Geral -
01 Chefe de Gabinete AD-1
09 Assessor I AD-1
08 Chefe de Departamento AD-1
06 Chefe de Unidade AD-1
ANEXO II
FUNÇÕES GRATIFICADAS
QUANTIDADE FUNÇÃO SIMBOLOGIA VALOR
07 Chefe de Setor FG-1 R$ 1.900,00
14 Chefe de Secretaria FG-1
22
LEI ORDINÁRIA Nº 3281/2008 DE 30/07/2008
INSTITUI o FUNDO DE RESERVA PARA AS AÇÕES DE INTELIGÊNCIA,
CRIA cargos de provimento em comissão na Secretaria de Estado de
Segurança Pública, ALTERA a Lei Delegada n.º 63, de 04 de maio de 2007,
e a Lei Delegada n.º 79, de 18 de maio de 2007, e dá outras providências.
Art. 1.º Fica instituído, no âmbito do Poder Executivo Estadual, o FUNDO DE
RESERVA PARA AS AÇÕES DE INTELIGÊNCIA, com a finalidade de prestar
auxílio financeiro na execução das atividades de inteligência de segurança
pública no Estado, sobretudo nos procedimentos investigatórios e operacionais
de qualquer ordem.
Art. 2.º Constituem recursos financeiros do Fundo de Reserva para as Ações
de Inteligência:
1 o valor mensal de R$ 100.000,00 (cem mil reais), previstos no orçamento
estadual;
2 as transferências e repasses que lhe forem conferidos;
3 os juros de depósitos bancários e outros rendimentos de aplicações
financeiras do Fundo;
4 recursos provenientes de convênios, acordos ou contratos celebrados com
entidades, organismos ou empresas nacionais e internacionais;
5 outros recursos ou bens que lhe vierem a ser destinados.
Art. 3.º A liberação dos recursos provenientes do Fundo de Reserva para as
Ações de Inteligências será autorizada, conjuntamente, pelos Secretários de
Estado da Fazenda e de Segurança Pública.
Art. 4.º As hipóteses de liberação dos recursos e a respectiva prestação de
contas, as competências e formas de funcionamento do Fundo de Reserva
para as Ações de Inteligência serão definidas em regulamento próprio,
aprovado pelo Chefe do Poder Executivo Estadual.
Art. 5.º O servidor público estadual, titular do cargo de Secretário Executivo
Adjunto de Inteligência, quando da sua exoneração, ficará automaticamente em
disponibilidade, garantidas as vantagens pecuniárias do cargo efetivo e a
representação do cargo comissionado, para fins de garantir a sua integridade
física.
§ 1.º O servidor exonerado do cargo de Secretário Executivo Adjunto de
Inteligência, em disponibilidade na forma do caput deste artigo, somente
poderá exercer cargos de provimento em comissão do Sistema de Segurança
Pública.
23
§ 2.º Para fins de garantir o disposto no caput deste artigo, o servidor
exonerado do cargo de Secretário Executivo Adjunto de Inteligência terá direito
de utilizar os serviços de 03 (três) policiais civis e/ou militares, a sua escolha,
para prestar serviços de apoio pessoal e segurança, pelo período 01 (um) ano.
§ 3.º Ao titular do cargo de Secretário Executivo Adjunto de Inteligência, que
não possuir vínculo com a Administração, será garantido somente o direito
previsto no § 2.º deste artigo.
Art. 6.º As agências de Inteligências dos outros poderes do Estado, do
Ministério Público e das Prefeituras Municipais e da Iniciativa Privada,
eventualmente criadas, poderão compor o Sistema Integrado de Segurança
Pública do Estado do Amazonas mediante o estabelecimento de termos de
cooperação ou instrumentos congêneres, respeitando-se as prerrogativas
constitucionais e o interesse da Segurança Pública, sendo consideradas
Agências Afins.
Art. 7.º Ficam criados, no âmbito da Secretaria de Estado de Segurança
Pública, os cargos de provimento em comissão e as Funções Gratificadas
especificadas nos Anexos I e II, respectivamente, desta Lei, para exercício
exclusivo na Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência.
§ 1.º Os cargos e as Funções Gratificadas criadas no caput deste artigo,
passam a integrar o Quadro de Cargos de Provimento em Comissão da
Secretaria de Estado de Segurança Pública e de Funções Gratificadas, na
forma do Anexo III, Parte I e II, respectivamente, da Lei Delegada n.º 79, de 18
de maio de 2007.
§ 2.º Os cargos a que se refere o caput deste artigo serão ocupados,
preferencialmente, por servidores da Secretaria de Estado de Segurança
Pública e por servidores requisitados dos Órgãos que compõem o Sistema de
Segurança Pública, sendo considerados de função de natureza Policial Militar,
quando ocupados por Policial Militar, e de Função Policial, quando ocupados
por Policial Civil.
Art. 8.º Fica fixado o limite do efetivo de policiais civis, militares e bombeiros
militares, para o exercício de atribuições junto à Secretaria Executiva Adjunta
de Inteligência, na forma do Anexo III desta Lei.
Art. 9.º Os artigos 4.º, IX, e 8.º da Lei Delegada n.º 79, de 18 de maio de 2007,
passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 4.º ...........................................................................................
IX – SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA DE INTELIGÊNCIA – coordenação
e controle das atividades desenvolvidas pelos Departamentos de Inteligência –
DEINT, de Contra-Inteligência e de Logística; competência
24
exclusiva para coletar dados e informações, pesquisar, analisar, processar,
produzir e difundir conhecimentos de Inteligência para o Sistema de Segurança
Pública do Estado, devendo as Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiro
Militar, Sistema Prisional e Departamento Estadual de Trânsito, contribuir com
dados e informações de interesse do Estado, quando solicitadas ou por sua
própria iniciativa;”
..........................................................................................................
“Art. 8.º O Secretário de Estado de Segurança Pública poderá atribuir aos
servidores da Pasta e aos servidores solicitados dos órgãos que compõem o
Sistema de Segurança Pública, por meio de ato próprio, Função Gratificada
(FG) pelo exercício de encargo de chefia, assessoramento ou direção, nos
termos do Anexo II e Anexo III, Parte II, desta Lei.”
Art. 10. A Lei Delegada n.º 63, de 04 de maio de 2007 passa a vigorar com a
inclusão do inciso XI ao artigo 3.º e com a alteração do artigo 5.º, com a
seguinte redação:
“Art. 3.º ...........................................................................................
XI – requisitar diretamente de qualquer órgão estadual informações, certidões,
cópias de documentos ou volumes de autos relacionados com investigações
em curso sem o pagamento de quaisquer taxas, custos ou emolumentos.”
“Art. 5.º Caberá ao Secretário Executivo Adjunto de Inteligência a designação e
autorização para acesso de todos os agentes componentes do Sistema
Integrado de Inteligência de Segurança Pública do Estado do Amazonas –
SISPEAM, a quaisquer dependências do Sistema de Segurança Pública
Estadual e do Sistema Penitenciário, sem embargo da ampliação da
autorização para ingresso e permanência em quaisquer órgãos públicos.”
Art. 11. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir, no Orçamento Fiscal do
Poder Executivo, crédito adicional especial no valor de R$500.000,00
(quinhentos mil reais), no valor global, respeitado o limite mensal de
R$100.000,00 (cem mil reais), conforme as dotações indicadas no Anexo IV
desta Lei.
Art. 12. Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior
decorrerão de Excesso de Arrecadação, a se verificar no Exercício Financeiro,
relativo a fonte 121 - Cota Parte do Fundo de Participação dos Estados e
Distrito Federal.
Art. 13. O Poder Executivo promoverá, por intermédio da Casa Civil, no prazo
de 30 (trinta) dias, as republicações das Leis Delegadas n.º 63, de 04 de maio
de 2007, e 79, de 18 de maio de 2007, com texto consolidado em face das
alterações promovidas por esta Lei.
25
Art. 14. Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
ANEXO I
(CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA SECRETARIA EXECUTIVA
ADJUNTA DE INTELIGÊNCIA)
QUANT. CARGO SIMBOLOGIA
05 Assessor I AD-1
13 Gerente AD-2
05 Assessor II
21 Subgerente AD-3
24 Assessor III
07 Assessor IV AD-4
ANEXO II
(FUNÇÕES GRATIFICADAS DA SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA
DE INTELIGÊNCIA)
QUANT. SIMBOLOGIA VALOR
01 FG-1 R$ 2.400,00
03 FG-2 R$ 1.900,00
ANEXO III
(EFETIVO PREVISTO DE POLICIAIS CIVIS E MILITARES E CORPO
DE BOMBEIROS MILITAR)
ÓRGÃO OF. SUP CAP/TEN PRAÇAS TOTAL
Polícia Militar do Amazonas 02 04 Sub/Sgt Cb/Sd 50
08 36
ÓRGÃO OF. SUP CAP/TEN PRAÇAS TOTAL
Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas 01 01 Sub/Sgt Cb/Sd 10
02 06
ÓRGÃO DELEGADO ESCRIVÃO INVESTIGADOR TOTAL
Polícia Civil do Amazonas 01 04 45 50
ANEXO IV - SUPLEMENTAÇÃO
22000 SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
22701 FUNDO DE RESERVA PARA AÇÕES DE INTELIGÊNCIA
26
FUNCIONAL PROGRAMÁTICA CÓD REGIÃO TIPO DE AÇÃO FONTE DE
RECURSOS NATUREZA DE
DESPESA PESSOAL E ENCARGOS JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA
OUTRAS DESPESAS CORRENTES
INVESTIMENTOS INVERSÕES FINANCEIRAS AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA
FISCAL
0011 PROGRAMA INTEGRADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
2035 Combate ao Crime Organizado e ao Narcotráfico
06 183 0011 2035 0001 A 121 309030 200.000,00
0001 A 121 339036 100.000,00
0001 A 121 339039 150.000,00
0001 A 121 449052 50.000,00
TOTAL - 450.000,00 50.000,00
TOTAL DAS SUPLEMENTAÇÕES 500.000,00
27
LEI ORDINÁRIA Nº 3719/2012 DE 12/03/2012
CRIA o Sistema Integrado das Ações de Segurança Pública do Programa
Ronda no Bairro, estabelecendo normas para a sua organização e
manutenção, CRIA cargos de provimento em comissão na Secretaria de
Estado de Segurança Pública, ALTERA a Lei Delegada n. 79, de 18 de
maio de 2007 e dá outras providências.
Art. 1.º Fica criado, no âmbito do Poder Executivo Estadual, e inserido na
estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP,
o Sistema Integrado das Ações de Segurança Pública do Programa Ronda no
Bairro, com a finalidade precípua de planejar, coordenar, controlar e integrar as
ações de segurança pública no Estado, para o alcance dos objetivos e metas
propostos no Programa Ronda no Bairro, unificando as ações até então
desenvolvidas pela Polícia Civil, pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar
e Departamento de Estadual de Trânsito do Estado do Amazonas.
Art. 2.º A coordenação do Sistema Integrado das Ações de Segurança Pública
do Programa Ronda no Bairro constitui competência da Secretaria Executiva
Adjunta do Programa Ronda no Bairro - SEARB, à qual se subordinam as
seguintes coordenações:
I - Coordenação Geral de Segurança Pública e Atividade Policial Integrada; e
II - Coordenação Geral de Infraestrutura, Reaparelhamento e Tecnologia das
Instituições de Segurança Pública.
Art. 3.º Para os efeitos do artigo 2.º desta Lei, fica criado, no quadro de cargos
comissionados da Secretaria de Estado de Segurança Pública, o cargo de
confiança de Secretário Executivo Adjunto do Programa Ronda no Bairro.
Parágrafo único: As composições, competências e formas de funcionamento
das coordenações serão disciplinadas em atos específicos.
Art. 4.º Sem prejuízo do disposto no artigo 19 da Lei Delegada n. 67, de 18 de
maio de 2007, e de outros encargos, ações e atividades que lhe venham a ser
atribuídos, na forma legal, regulamentar e regimental, compete ao Secretário
Executivo Adjunto do Programa Ronda no Bairro:
I - auxiliar diretamente o Secretário de Estado de Segurança Pública nos
assuntos inerentes às ações de Segurança Pública do Programa Ronda no
Bairro dos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Segurança Pública;
II - acompanhar o planejamento e execução das ações, programas, planos e
projetos desenvolvidos pelos Órgãos do Sistema;
28
III - acompanhar e controlar o planejamento e a execução das ações,
programas, planos e projetos desenvolvidos pelos órgãos do Sistema, criando
mecanismos para esse fim, bem como disponibilizando, permanentemente,
suporte técnico-operacional, quando requisitado;
IV - promover e manter a integração e o intercâmbio com outros órgãos e
instituições, preservando sempre o grau de confiabilidade mútua;
V - avaliar, em todos os níveis, as informações obtidas, compartimentando-as;
VI - participar, quando de interesse, da execução das ações, planos, projetos,
dando o suporte necessário;
VII - fiscalizar a utilização e emprego dos recursos pelos órgãos, em
conformidade com os planos de ação, programas e projetos;
VIII - executar outras atividades que lhe sejam determinadas ou delegadas pelo
Secretário de Estado de Segurança Pública.
Art. 5.º Ficam centralizados todos os procedimentos relacionados com ações,
planos, programas e projetos, desde a sua fase inicial, na Secretaria Executiva
Adjunta do Programa Ronda no Bairro.
Art. 6.º Ficam os responsáveis pelas correspondentes Coordenações e
Gerências das Polícias Civil e Militar incumbidos de prestar todas as
informações solicitadas sobre ações, planos, programas e projetos, em
tramitação e já arquivados, para a Secretaria Executiva Adjunta do Programa
Ronda no Bairro.
Art. 7.º Ficam criados, no âmbito da Secretaria de Estado de Segurança
Pública, os cargos de provimento em comissão e as Funções Gratificadas
especificadas no Anexo Único, desta Lei, para exercício exclusivo na
Secretaria Executiva Adjunta do Programa Ronda no Bairro.
§1.º Os cargos e as Funções Gratificadas criadas no caput deste artigo passam
a integrar o Quadro de Cargos de Provimento em Comissão da Secretaria de
Estado de Segurança Pública e de Funções Gratificadas, na forma do Anexo
IV, Partes I e II, respectivamente, da Lei Delegada n. 79, de 18 de maio de
2007.
§2.º Os cargos a que se refere o caput deste artigo serão ocupados,
preferencialmente, por servidores
requisitados dos Órgãos que compõem o Sistema de Segurança Pública,
sendo considerados de função de natureza Policial Militar, quando ocupados
por Policial Militar, e de Função Policial, quando ocupados por Policial Civil.
§3.º A remuneração dos titulares dos cargos de provimento em comissão,
composta de vencimento e representação em partes iguais, de Coordenador
Geral, é fixada em R$ 7.000,00 (sete mil reais).
29
Art. 8.º Fica fixado o limite do efetivo de policiais civis para o exercício de
atribuições junto à Secretaria Executiva Adjunta do Programa Ronda no Bairro,
na forma do Anexo Único desta Lei, passando a integrar o Anexo IV, Parte III
da Lei Delegada n. 79, de 18 de maio de 2007.
Parágrafo único: O limite de efetivo de policiais militares para os fins
constantes do caput deste artigo é o constante do Anexo Único desta Lei,
passando a integrar o Anexo IV, Parte IV da Lei Delegada n. 79, de 18 de maio
de 2007.
Art. 9.º Em virtude do disposto nesta Lei, a Lei Delegada n. 79, de 18 de maio
de 2007, passa a vigorar com a alteração do caput do artigo 3.º, a inclusão a
alínea b no inciso V do artigo 3.º, inclusão do inciso XV no artigo 4.º e alteração
do artigo 8.º, com as seguintes redações:
“Art. 3.º Dirigida pelo Secretário de Estado de Segurança Pública, com o auxílio
de um Secretário Executivo e de
três Secretários Executivos Adjuntos, a Secretaria de Estado de Segurança
Pública - SSP tem a seguinte
estrutura organizacional:
...............................................................................................................................
......”
“Art. 3.º ............................................................................................................
V - ORGÃOS DE ATIVIDADES-FIM
b) Secretaria Executiva Adjunta do Programa Ronda no Bairro - SEARB;”
“Art. 4.º ...........................................................................................................
XV - SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA DO PROGRAMA RONDA NO
BAIRRO - coordenação e controle das atividades desenvolvidas pelos
Departamentos de segurança pública e atividade policial integrada; e de
infraestrutura, reaparelhamento e tecnologia das instituições de segurança
pública, com competência exclusiva para planejar, coordenar e integrar as
ações de segurança pública do Programa Ronda no Bairro para o Sistema
Integrado das Ações de Segurança Pública do Estado do Amazonas.”
“Art. 8.º O Secretário de Estado de Segurança Pública poderá atribuir aos
servidores da Pasta e aos servidores solicitados dos órgãos que compõem o
Sistema de Segurança Pública, por meio de ato próprio, Função Gratificada
(FG) pelo exercício de encargo de chefia, assessoramento ou direção, nos
termos do Anexo II, Anexo III, Parte II, e Anexo IV, Parte II, desta Lei.”
Art. 10. As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta das
dotações consignadas no Orçamento do Poder Executivo para a Secretaria de
Estado de Segurança Pública, conforme o disposto em ato específico, na forma
da lei.
30
Art. 11. O Poder Executivo promoverá, por intermédio da Casa Civil, no prazo
de 30 (trinta) dias, a republicação da Lei Delegada n. 79, de 18 de maio de
2007, com texto consolidado em face das alterações promovidas por esta Lei.
Art. 12. Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
ANEXO ÚNICO
ANEXO IV
SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA DO PROGRAMA
RONDA NO BAIRRO - SEARB
PARTE 1
QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA
SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA DO PROGRAMA
RONDA NO BAIRRO
QUANT. CARGO SIMBOLOGIA
01 Secretário Executivo Adjunto 02 Coordenador Geral -
02 Assessor I AD-1
11 Gerente 02 Assessor II AD-2
PARTE 2
QUADRO DE FUNÇÕES GRATIFICADAS DA SECRETARIA
EXECUTIVA ADJUNTA DO PROGRAMA RONDA NO BAIRRO
QUANT. SIMBOLOGIA VALOR
02 FG-1 R$ 2.400,00
04 FG-2 R$ 1.900,00
PARTE III
QUADRO DE EFETIVO PREVISTO DE POLICIAIS CIVIS
ÓRGÃO DELEGADO PERITO ESCRIVÃO INVESTIGADOR TOTAL
Polícia Civil do Amazonas 03 03 05 04 15
PARTE IV
QUADRO DO LIMITE DE EFETIVO DE POLICIAL MILITAR REQUISITADO
PARA DESEMPENHAR FUNÇÃO NA
SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA DO PROGRAMA RONDA NO BAIRRO.
GRADUAÇÃO/ÓRGÃO OFICIAL SUPERIOR OFICIAL INTERMEDIÁRIO E
SUBALTERNO SUB-TENENTE E
SARGENTO CABO E SOLDADO PM TOTAL
Secretaria Executiva Extraordinária do Programa Ronda no Bairro 05 05 01 04
15
31
LEI ORDINÁRIA Nº 3930/2013 DE 13 DE SETEMBRO DE 2013
ALTERA, na forma que especifica a Lei n. 3.204, de 21 de dezembro de 2007,
que “DISPÕE sobre a Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança
Pública do Estado do Amazonas, estabelece normas para a sua
organização e manutenção, define sua competência, atribuições e
estrutura organizacional e dá outras providências.”, e dá outras
providências.
Art. 11 - A Ouvidoria de Segurança, criada na estrutura da Corregedoria-Geral
do Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas através da Lei n.
3.204, de 21 de dezembro de 2007, passa a integrar a estrutura orgânica da
Secretaria de Estado da Segurança Pública, com a denominação de Ouvidoria
Geral do Sistema de Segurança Pública, a quem competirá em caráter
exclusivo, os trabalhos referentes à área de ouvidoria no âmbito do Sistema de
Segurança Pública do Estado.
§1.º Decreto do Poder Executivo definirá as competências e atribuições da
Ouvidoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas.
§2.º O cargo de Ouvidor, bem como a estrutura de pessoal e de material
atualmente existente, comporão a Ouvidoria na nova estrutura.
§3.º A Gratificação de Atividade de Corregedoria (GAC) hoje paga aos
servidores da Ouvidoria, passa a ser denominada Gratificação de Atividade de
Ouvidoria (GAO), e terá os mesmos critérios de concessão da GAC já referida.
§4.º A remuneração do titular do cargo de provimento em comissão de
Ouvidor- Geral do Sistema de Segurança Pública é fixada em R$ 13.000,00
(treze mil reais), sendo composta de R$2.000,00 (dois mil reais) a título de
vencimento, e o restante a título de representação.
§5.º O Anexo I da Lei Delegada n. 79, de 18 de maio de 2007, passa a vigorar
com a inclusão de 02 (dois) cargos de provimento em comissão de Gerente,
AD-2, com exercício exclusivo na Ouvidoria Geral do Sistema de Segurança
Pública.
Art. 13 - Os procedimentos penais em curso no âmbito da Corregedoria
deverão ser encaminhados, sistematicamente, ao Delegado-Geral da Polícia
Civil e aos Comandantes Gerais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros
Militar, os quais redistribuirão para Unidades específicas de Inquéritos Policiais,
a serem criadas dentro da estrutura de seus respectivos órgãos.
Parágrafo único: Todos os procedimentos penais, civis ou militares, deverão
ser registrados em sistema de dados interligados com a Corregedoria-Geral do
Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas, a ser criado
especificamente para fins de controle, fiscalização, informação,
acompanhamento e estatística.
32
Art. 15 - O Poder Executivo promoverá, por meio da Casa Civil, com o auxílio
da Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do
Amazonas, no prazo de 60 (sessenta) dias, a republicação da Lei n. 3.204,
de 21 de dezembro de 2007, com texto consolidado em face das disposições
desta Lei.
Art. 16. Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na
data da sua publicação.
*Os demais artigos consistem em alterações no texto da Lei n. 3.204, de 21 de
dezembro de 2007, já incluídas na versão apresentada aqui.
33
LEI ORDINÁRIA Nº 1762/1986 DE 17/11/1986
DISPÕE sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do
Amazonas.
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o regime jurídico dos funcionários Públicos Civis
do Estado do Amazonas.
Parágrafo único - As disposições desta Lei, salvo norma legal expressa, não se
aplicam nos servidores regidos por legislação especial.
Art. 2º - Para efeito desta Lei:
I - Funcionário é a pessoa legalmente investida em cargo público;
II - Cargo é a designação do conjunto de atribuições e responsabilidades
cometidos a um funcionário identificando-se pelas características de criação
por lei, denominação própria, número certo e pagamento pelos cofres do
Estado;
III - Classe é o conjunto de cargos de igual denominação e com atribuições,
responsabilidades e padrões de vencimento;
IV - Série de Classes é o conjunto de classes da mesma denominação
dispostas, hierarquicamente, de acordo com o grau de complexidade das
atribuições, nível de responsabilidade, e constitui a linha natural de promoção
do funcionário.
V - Lotação é o numero de cargos e funções gratificadas fixado para cada
repartição, ou ainda o número de servidores que devem ter exercício em cada
unidade administrativa.
Art. 3º - Ao funcionário não serão atribuídas responsabilidades ou cometidos
serviços alheios aos definidos em lei ou regulamento como típicos do seu
cargo, exceto funções gratificadas, comissões ou mandatos em órgão de
deliberação coletiva do Estado ou de que o Estado participe.
Art. 4º - É vedada a prestação de serviços gratuitos, salvo no desempenho de
função transitória de natureza especial ou na participação em comissões ou
grupos de trabalho.
34
TÍTULO II
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA
DOS CARGOS PÚBLICOS
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º - São formas de provimento dos cargos públicos:
I - Nomeação;
II - Promoção;
III - Acesso;
IV - Readmissão;
V - Reintegração;
VI - Reversão;
VII - Transferência; e
IX - Readaptação.
Art. 6º - Lei ou regulamento estabelecerá as qualificações para o provimento e
as atribuições dos cargos públicos em geral.
SEÇÃO II
DA NOMEAÇÃO
Art. 7º - A nomeação será feita:
I - Em caráter efetivo;
II - Em comissão, quando se tratar de cargo que, por lei, assim deva ser
provido;
III - Em substituição, nos casos de impedimento do titular do cargo em
comissão.
Art. 8º - A nomeação em caráter efetivo dependerá, sempre, de prévia
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, devendo
obedecer, obrigatoriamente, à ordem de classificação dos concursados para
cada cargo, observados ainda o prazo de validade do concurso e o número de
vagas existentes.
Art. 9º - Ressalvados os casos previstos em lei, é exigida a idade mínima de
dezoito e a máxima de sessenta anos completos, na data do encerramento da
inscrição em concurso público.
35
Parágrafo único - Não dependerá de limite de idade a inscrição em concurso do
ocupante de cargo público estadual de provimento efetivo.
Art. 10 - Dentre os candidatos aprovados, os classificados até o limite de
vagas, existentes à época do edital, têm assegurado o direito a nomeação, no
prazo de validade do concurso.
Parágrafo único - Os demais candidatos aprovados serão nomeados à medida
que ocorrerem vagas, dentro do prazo de validade do concurso.
Art. 11 - O regulamento ou edital do concurso indicará o respectivo prazo de
validade, que não poderá ser superior a quatro anos, incluídas as
prorrogações.
Art. 12 - O cargo em comissão será sempre de livre escolha do Governador,
dos Presidentes dos Poderes Legislativo ou Judiciário e dos Tribunais e dos
Tribunais de Contas.
SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO
Art. 13 - Promoção é a forma pela qual o funcionário progride na série de
classes, e consiste na passagem da referência em que se encontra, para a
imediatamente superior, observadas as normas constantes de Regulamento
próprio.
Art. 14 - A promoção pode ocorrer mediante avanço horizontal e vertical.
Art. 15 - A promoção vertical consiste na passagem de referência final de uma
classe para a inicial da classe imediatamente superior, dentro da mesma série
de classes, e dependerá da existência da vaga.
Art. 17 - As promoções obedecerão aos critérios de antigüidade e de
merecimento, alternadamente, sendo a primeira sempre por antigüidade.
Art. 18 - A promoção por antigüidade recairá no funcionário com mais tempo de
efetivo exercício na referência, apurado em dias.
Parágrafo único - Havendo empate, terá preferência sucessivamente, o
funcionário:
I - de maior tempo na classe;
II - de maior tempo na série de classe;
III - de maior tempo no serviço público estadual;
36
IV - de maior tempo no serviço público;
V - mais idoso.
Art. 19 - O merecimento obedecerá a critérios pelos quais serão aferidos os
graus de pontualidade, assiduidade, eficiência, espirito de colaboração ético-
profissicional e cumprimento dos deveres por parte do funcionário.
Art. 20 - O interstício para a promoção horizontal será de dezoito meses.
Art. 21 - Para efeito de promoção vertical, o interstício, na classe, será de vinte
e quatro meses.
Art. 22 - Somente por antigüidade será promovido o funcionário em exercício
de mandato legislativo.
SEÇÃO IV
DO ACESSO
Art. 23 - O acesso é o ato pelo qual o funcionário obtém, mediante processo
seletivo, elevação de uma série de classes ou classe singular para outra do
mesmo ou de outro grupo, na jurisdição do mesmo ou de outro órgão
integrante da Administração Direta.
§ 1º - Quando se tratar de série de classes, o acesso só poderá ocorrer para a
classe inicial de carreira.
§ 2º - O acesso procederá ao concurso público.
Art. 24 - O processo seletivo exigirá concurso interno, de caráter competitivo e
eliminatório no qual serão indispensáveis nível de conhecimento compatível
com atividade própria do cargo a ser provido, formalidades e condições
idênticas às estabelecidas para o concurso público, exceto limite de idade.
Parágrafo único - Somente poderá inscrever-se, no concurso interno,
funcionário com mais de três anos de serviço público estadual, sob regime
deste Estatuto, e com habilitação profissional ou escolaridade exigida para o
ingresso na classe em concorrência.
SEÇÃO V
DA READMISSÃO
Art. 25 - Readmissão é o ato pelo qual o funcionário exonerado reingressa no
serviço público, sem direito a ressarcimento de qualquer espécie e sempre por
conveniência da administração.
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Parágrafo único - A readmissão dependerá da existência de vaga e far-se-á
no cargo anteriormente ocupado pelo funcionário exonerado ou, se
transformado, no cargo resultante da transformação.
SEÇÃO
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 26 - Reintegração é o ato pelo qual o demitido reingressa no serviço
público, em decorrência de decisão administrativa ou judicial transitada em
julgado, com o ressarcimento de todos os direitos e vantagens, bem como dos
prejuízos resultantes da demissão.
Art. 27 - Deferido o pedido por decisão administrativa ou transitada em julgado
a sentença, será expedido o ato de reintegração.
§ 1º - Se o cargo houver sido transformado, a reintegração dar-se-á no cargo
resultante da transformação.
§ 2º - Se extinto o cargo antes ocupado, a reintegração ocorrerá no cargo de
vencimento equivalente, respeitada a habilitação profissional.
§ 3º - Se inviáveis as soluções nos parágrafos precedentes, será restabelecido
automaticamente o cargo anterior, no qual se dará a reintegração.
SEÇÃO VII
DA REVERSÃO
Art. 28 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço
público, a pedido ou “ex-offício”.
§ 1º - A reversão “ex-offício” ocorrerá quando insubsistentes as razões que
determinaram a aposentadoria por invalidez.
§ 2º - A reversão somente poderá se efetivar quando, em inspeção médica ficar
comprovada a capacidade para o exercício do cargo.
§ 3º - Será tornada sem efeito a reversão “ex-offício” e cassada a
aposentadoria do funcionário que não tomar posse ou não entrar no exercício
dentro de prazo legal.
Art. 29 - A reversão far-se-á no mesmo cargo ou em cargo resultante da
transformação.
Parágrafo único - Em casos especiais, a juízo da Administração, poderá o
aposentado reverter em outro cargo de igual vencimento, respeitados os
requisitos para o respectivo provimento.
38
SEÇÃO VIII
DO APROVEITAMENTO
Art. 30 - Aproveitamento é o retorno à atividade do funcionário em
disponibilidade. VETADO.
Art. 31 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade
do funcionário que não tomar posse ou não entrar no exercício dentro do prazo
legal.
Art. 32 - O aproveitamento dependerá da existência de vaga e da capacidade
física e mental do funcionário, comprovada por junta médica oficial.
Art. 33 - Será aposentado no cargo que ocupava o funcionário em
disponibilidade que, em inspeção médica, for julgado definitivamente incapaz
para o serviço público.
SEÇÃO IX
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 34 - Transferência é o ato pelo qual o funcionário estável passa de um
cargo para outro, de quadro diverso, ambos de provimento afetivo.
Art. 35 - A transferência ocorrerá a pedido do funcionário ou “ex-offício”,
atendidos, sempre, a conveniência do cargo.
Art. 36 - A transferência será feita para cargo de mesmo padrão de vencimento
ou de igual remuneração, ressalvados os casos de transferência a pedido,
quando o vencimento ou a remuneração poderá ser inferior.
SEÇÃO X
DA READAPTAÇÃO
Art. 37 - Readaptação é a investidura em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha o funcionário sofrido
em sua capacidades física ou mental, apurada por junta médica oficial.
Parágrafo único - A redução ou o aumento de vencimento que acaso decorrer
da readaptação serão disciplinados em regulamento.
CAPÍTULO II
DA POSSE
Art. 38 - Posse é o ato de investidura em cargo público.
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§ 1º - A posse será formalizada com a assinatura do termo pela autoridade
competente e pelo empossado.
§ 2º - Não haverá posse nos casos de promoção, acesso, substituição,
reintegração, transferência e readaptação.
Art. 39 - A posse em cargo público depende de prévia inspeção médica, para
comprovar se o candidato satisfaz os requisitos físicos mentais exigidos para o
desempenho do cargo.
Art. 40 - Poderá haver posse mediante procuração quando se tratar de
funcionário ausente do Estado, em missão da Administração ou ainda em
casos especiais, a juízo da autoridade competente.
Art. 41 - A posse ocorrerá no prazo de trinta dias, contados da Publicação do
ato de provimento do Diário Oficial do Estado.
§ 1º - O prazo previsto neste artigo poderá ser prorrogado por igual período, a
juízo da autoridade competente para empossar.
§ 2º - Quando o funcionário não tomar posse no prazo legal, o ato de
provimento será tornado sem efeito.
Art. 42 - São requisitos para a posse:
I - Nacionalidade brasileira;
II - Idade mínima de dezoito anos;
III - Exercício pleno dos direitos políticos;
IV - Quitação com o Serviço Militar, quando do sexo masculino;
V - Sanidade física e mental comprovada em inspeção médica;
VI - Habilitação prévia em concurso, quando se tratar da primeira investidura
em cargo público de provimento efetivo;
VII - Preenchimento das condições especiais prescritas para o cargo.
Art. 43 - São competentes para dar posse:
I - O Chefe do Poder Executivo, aos Secretários de Estado e demais
autoridades que lhes sejam diretamente subordinadas, e o responsável pelo
órgão de pessoal, nos demais casos;
II - Quando se tratar de funcionário dos Poderes Legislativos e Judiciários, dos
Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios, ou ainda das autarquias, as
autoridades designadas em regimento interno, lei orgânica ou regulamento.
Parágrafo único - A autoridade que empossar verificará, sob pena de
responsabilidade, de forma satisfeitas as condições legais para investidura no
cargo.
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CAPÍTULO III
DO EXERCÍCIO
Art. 44 - Exercício é o desempenho das atribuições do cargo.
Art. 45 - O exercício começará no prazo máximo de trinta dias, contados da
data da posse.
Parágrafo único - Tornar-se sem efeito o ato de provimento, se o funcionário
não entrar em exercício no prazo legal.
Art. 46 - O funcionário que deva ter exercício em outro órgão terá quinze dias,
contados do desligamento do órgão de origem, para assumir o cargo.
CAPÍTULO IV
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO E DA ESTABILIDADE
SEÇÃO I
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 47 - Ao entrar em exercício, o funcionário nomeado para cargo de
provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de dois anos,
durante o qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo.
Parágrafo único - Dentro do período do estágio probatório, a autoridade
competente fica obrigada a pronunciar-se sobre o cumprimento das condições
pelo estagiário, nos termos do regulamento.
Art. 48 - O funcionário não aprovado no estágio será exonerado.
SEÇÃO II
DA ESTABILIDADE
Art. 49 - Cumprindo satisfatoriamente o estágio probatório, o funcionário
adquirirá a estabilidade no serviço público, após o segundo ano de efetivo
exercício.
Art. 50 - O funcionário estável somente poderá ser demitido por efeito de
sentença judicial ou processo administrativo em que se lhe tenha assegurado
amplo direito de defesa.
41
CAPÍTULO V
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 51 - Haverá substituição nos casos de impedimento legal ou afastamento
do titular do cargo em comissão ou função gratificada.
Parágrafo único - A substituição será remunerada, qualquer que seja a
natureza do afastamento, por período igual ou superior a cinco dias.
CAPÍTULO VI
DA REMOÇÃO
Art. 52 - Remoção é o ato pelo qual o funcionário é deslocado de um órgão
para outro, dentro da mesma repartição.
Parágrafo único - A remoção do funcionário será feita a seu pedido, por
permuta, ou “ex-offício”.
Art. 53 - A remoção por permuta ocorrerá a pedido escrito de ambos os
interessados.
CAPÍTULO VII
DA VACÂNCIA
Art. 54 - A vacância de cargo público decorrerá de :
I - Exoneração;
II - Demissão;
III - Acesso;
IV - Promoção;
V - Transferência;
VI - Readaptação;
VII - Aposentadoria; e
VIII- Falecimento.
Art. 55 - Dar-se-á exoneração:
I - A pedido do funcionário;
II - “Ex-Offício”.
a) quando se tratar de cargo em comissão e não ocorrer a hipótese do item I;
b) quando o funcionário não entrar em exercício dentro do prazo legal;
c) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório.
42
TÍTULO III
CAPÍTULO ÚNICO
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 56 - Será considerado como de efetivo exercício o afastamento do
funcionário em virtude de :
I - Férias;
II - Casamento, até oito dias;
III - Falecimento do cônjuge ou parente consangüíneo ou afim, até o segundo
grau, não excedente a oito dias;
IV - Serviços obrigatórios por lei;
V - Licença, salvo a que determinar a perda do vencimento;
VI - Faltas justificadas, até o máximo de três por mês, na forma prevista no
artigo 86 deste Estatuto;
VII - Missão ou estudo fora da sede de exercício, quando autorizado o
afastamento pela autoridade competente;
VIII- Trânsito em decorrência de mudança da sede de exercício, até quinze
dias;
IX - Competições esportivas em que represente o Brasil ou o Estado do
Amazonas;
X - Prestação de concurso público;
XI - Disposição ou exercício de cargo de confiança no serviço público.
Art. 57 - O tempo de serviço do funcionário afastado para exercício de mandato
eletivo federal, estadual ou municipal, será contado para todos os efeitos
legais, exceto para promoção por merecimento.
Art. 58 - Para efeito de aposentadoria, disponibilidade e adicional, será
computado integralmente:
I - O tempo de serviço federal, estadual ou municipal;
II - O tempo de serviço ativo nas Forças Armadas prestado durante a paz
computado em dobro quando em operação de guerra.
III - O tempo de serviço prestado em autarquia;
IV - O tempo de serviço prestado à instituição ou empresa de caráter privado,
que houver sido transformada em estabelecimento de serviço público.
VETADO
V - O tempo de licença especial não gozada, contada em dobro; e
VI - O tempo de licença para tratamento de saúde.
Parágrafo único - VETADO.
43
Art. 59 - O tempo em que o funcionário esteve em disponibilidade ou
aposentado será considerado, exclusivamente, para nova aposentadoria ou
disponibilidade.
Art. 60 - O cômputo do tempo de serviço será feito em dias.
§ 1º - O número de dias será convertido em anos, considerado o ano como de
trezentos e sessenta e cinco dias.
§ 2º - Para efeito de aposentadoria ou disponibilidade a fração do ano superior
a cento e oitenta dias será arredondada para um ano.
§ 3º - O tempo de serviço será computado à vista de documentação expedida
na forma da lei, incluindo o prestado à União, Estados, Municípios VETADO,
bem como o relativo a mandato eletivo.
§ 4º - Somente após verificada a inexistência de documentos bastantes na
repartição do interessado e no Arquivo Geral correspondente, admitir-se-á a
comprovação de tempo de serviço através de justificação judicial.
Art. 61 - É vedada a acumulação de tempo de serviço prestado concorrente e
simultaneamente em dois ou mais cargos ou funções da União, do Estados, do
Distrito Federal, Territórios, Municípios e Autarquias.
TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPITULO I
DA FÉRIAS
Art. 62 - O funcionário gozará férias anuais de trinta dias, percebendo, sem
qualquer prejuízo financeiro, um salário correspondente ao seu vencimento
mensal, conforme a Lei nº 1312, de 22 de dezembro de 1978, obedecendo, no
caso de acumulação de períodos, ao § 2º do artigo 63 deste Capítulo.
§ 1º - Somente depois do primeiro ano de exercício, o funcionário terá direito a
férias.
§ 2º - É vedado levar á conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3º - O órgão de pessoal de cada repartição organizará, no mês de novembro,
a escala de férias para o exercício seguinte.
(Obs. Lei nº 1.897 - ALTERA o art. 62 e o parágrafo 2º do art. 63.)
§ 4º- Atendida a conveniência do serviço público, observar-se-á na organização
da escala, quando possível, o interesse do funcionário.
§ 5º- A escala de férias poderá ser alterada por necessidade de serviço.
Art. 63 - Poderão ser acumuladas até três períodos de férias, por imperiosa
necessidade do serviço, declarada por escrito pelo chefe imediato do
funcionário e, quando for o caso, reconhecida pelo titular da Secretária de
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Estado ou da Autarquia competente, ou ainda, pelo Presidente do Poder
Legislativo ou do Judiciário e dos Tribunais de Contas.
§ 1º - A declaração constante do “caput” deste artigo será formulada até dez
dias antes da data prevista para início do gozo de férias.
§ 2º - A acumulação de períodos de férias não autoriza a acumulação do
salário-férias, que será pago obedecendo rigorosamente a escala antes
estabelecida.
§ 3º - O período de férias acumuladas com base neste artigo será incluído na
escala do ano seguinte, imediatamente após o período normal, VETADO.
Art. 64 - Durante as férias o funcionário terá direito a todas as vantagens do
cargo, como se em efetivo exercício estivesse.
CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 65 - Conceder-se-á, nos termos e condições de regulamento, licença:
I - Para tratamento de saúde;
II - Por motivo de doença em pessoa da família;
III - A gestante;
IV - Por motivo de afastamento do cônjuge, funcionário civil, militar, ou
servidor de autarquia;
V - Para tratamento de interesse particular;
VI - Para serviço militar obrigatório; e
VII - Especial.
Art. 66 - A licença, concedida dentro de sessenta dias, após o término da
anterior, será considerada como prorrogada.
Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, somente serão levadas
em consideração as licenças da mesma espécie.
Art. 67 - O funcionário não poderá permanecer licenciado por prazo superior a
vinte e quatro meses, consecutivos, salvo nos casos dos itens IV, V e VI do
artigo 65.
45
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 68 - A licença para tratamento de saúde depende de inspeção médica e
será concedida sem prejuízo da remuneração.
Art. 69 - Quando a inspeção médica verificar redução da capacidade física do
funcionário, ou estado de saúde a impossibilitar ou desaconselhar o exercício
das funções inerentes ao seu cargo, e não se configurar necessidade de
aposentadoria nem licença, poderá o funcionário ser readaptado na forma do
artigo 37.
(Obs. Lei nº 1.897 - ALTERA o parágrafo 2º do art. 63)
Art. 70 - O funcionário licenciado para tratamento de saúde não poderá
dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena de imediata suspensão
da licença, com perda total de vencimento e vantagens, até reassumir o cargo.
Art. 71 - O funcionário acidentado em serviço que necessite de tratamento
especializado, não atendido pelo sistema, médica-assistencial previdenciário,
será tratado em instituição indicada por junta médica oficial, por conta dos
cofres públicos.
SEÇÃO III
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA
EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 72 - O funcionário poderá obter licença por motivo de doença em parente
consangüíneo ou afim até segundo grau, e do cônjuge ou companheiro,
quando provado que a sua assistência pessoal é indispensável e não pode ser
prestada sem se afastar da repartição.
Parágrafo único - A licença dependerá de inspeção por junta médica oficial e
será concedida com vencimento ou remuneração integral até um ano, reduzida
para dois terços quando exceder esse prazo.
SEÇÃO IV
DA LICENÇA Á GESTANTE
Art. 73 - Será concedida à funcionária gestante, mediante inspeção médica,
licença por quatro meses, com vencimento ou remuneração.
§ 1º - Salvo parecer médico em contrário, a licença será concedida a partir do
início do oitavo mês de gestação.
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§ 2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do dia do
parto.
SEÇÃO V
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE
Art. 74 - O funcionário terá direito à licença, sem remuneração, para
acompanhar o cônjuge removido ou transferido para outro ponto do território
nacional ou para o exterior, ou eleito para exercer mandato eletivo.
Parágrafo único - Existindo no novo local de residência, repartição estadual, o
funcionário nele terá exercício, enquanto perdurar aquela situação.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO
DE INTERESSE PARTICULARES
Art. 75 - A critério da Administração, poderá ser concedida ao funcionário
estável licença para tratar de interesses particulares, pelo prazo de dois anos,
prorrogável pelo mesmo período, sem remuneração.
§ 1º - O funcionário aguardará em exercício a concessão da licença.
§ 2º - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do
funcionário ou a critério da Administração.
§ 3º - Após o gozo de quadro anos de licença, só poderá ser concedida nova
licença, passados dois anos do término da anterior.
SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR
OBRIGATÓRIO
Art. 76 - Ao funcionário convocado para o serviço militar e outras obrigações de
segurança nacional será concedida licença remunerada.
§ 1º - Da remuneração descontar-se-á a importância que o funcionário
perceber pelo serviço militar.
§ 2º - A licença será concedida à vista de documento que prove a
incorporação.
§ 3º - Ocorrido o desligamento do serviço militar o funcionário terá prazo de
trinta dias para reassumir o exercício do cargo.
Art. - Ao funcionário oficial da reserva das Forças Armadas será concedida
licença remunerada, durante os estágios previstos pelos regulamentos militares
quando pelo serviço militar não perceber vantagem pecuniária.
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Parágrafo único - Quando o estágio for remunerado, assegurar-se-á ao
funcionário o direito de opção.
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA ESPECIAL
Art. 78 - Após cada quinquênio de efetivo exercício, o funcionário fará jus à
licença especial de três meses, com todos os direitos e vantagens do seu cargo
efetivo, podendo acumular o período de dois qüinqüênios.
§ 1º - Não será concedida licença especial se houver o funcionário, no
qüinqüênio correspondente:
I - Sofrido pena de multa ou suspensão;
II - Faltado ao serviço sem justificação;
III - Gozado licença:
a) Para tratamento de saúde, por prazo superior a cento e oitenta dias,
consecutivos ou não;
b) Para tratamento de saúde em pessoa da família, por prazo superior a cento
e vinte dias, consecutivos ou não;
c) Para tratamento de interesses particulares;
d) Por motivo de afastamento do cônjuge, funcionário civil ou militar, por prazo
superior a sessenta dias, consecutivos ou não.
§ 2º- Cessada a interrupção prevista neste artigo, recomeçará a contagem de
qüinqüênio, a partir da data da reassunção do funcionário ao exercício do
cargo.
Art. 79 - O funcionário efetivo, ocupante de cargo em comissão ou função
gratificada, terá direito à percepção, durante o período de licença especial, das
vantagens financeiras do cargo em comissão ou da função gratificada que
ocupar.
CAPÍTULO III
DO VENCIMENTO E A REMUNERAÇÃO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 80 - Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício
do cargo, correspondente ao valor fixado em lei para o respectivo símbolo,
padrão ou nível.
(Obs. Lei nº 2.400, de 19.06.96 - ACRESCENTA o § 3º ao artigo 78 a este
Estatuto).
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Art. 81- Remuneração é a retribuição pecuniária paga ao funcionário pelo
efetivo exercício do cargo, mais as vantagens pecuniárias atribuídas em lei:
Art. 82 - O funcionário que contar seis anos completos, consecutivos ou não, se
exercício em cargo um função de confiança, fará jus a ter adicionada ao
vencimento do respectivo cargo efetivo, como vantagem pessoal, a importância
equivalente a um quinto:
I - Da diferença entre a remuneração do cargo em comissão e o vencimento
do cargo efetivo;
II - Do valor da função gratificada.
§ 1º - O acréscimo a que se refere este artigo ocorrerá a partir do sexto ano, à
razão de um quinto por ano completo de exercício de cargo ou função de
confiança até completar o décimo ano.
§ 2º - Quando mais de um cargo ou função houver sido desempenhado no
período de um ano ininterruptamente, considerar-se-á, para efeito de cálculo da
importância a ser adicionada ao vencimento do cargo efetivo, o valor do cargo
ou da função de confiança exercido por maior tempo, obedecidos os critérios
fixados nos itens I e II deste artigo.
§ 3º - Enquanto exercer cargo em comissão ou função de confiança, o
funcionário não perceberá a parcela a cuja adição fez jus, salvo no caso de
opção pelo vencimento do cargo efetivo,...VETADO...
§ 4º - As importâncias referidas neste artigo não serão consideradas para efeito
de cálculo de vantagens ou gratificações incidentes sobre o vencimento do
cargo efetivo, nem para a gratificação por tempo de serviço.
§ 5º - Na hipótese de opção pelas vantagens do artigo 140 desta Lei, o
funcionário do benefício previsto neste artigo.
Art. 83 - Perderá o vencimento do cargo efetivo o funcionário.
I - Nomeado para cargo em comissão, salvo se por ele optar ou acumular
legalmente;
II - Cumprindo mandato eletivo remuneração federal, estadual ou municipal,
ressalvado, em relação ao último, o direito de opção ou de acumulação legal;
III - Licenciado na forma do artigo 65, itens IV e V.
Art. 84 - O funcionário perderá:
I - O vencimento ou remuneração do dia, se não comparecer ao serviço, salvo
por motivo legal ou por doença comprovada, de acordo com as disposições
deste Estatuto;
II - Um terço do vencimento ou remuneração do dia, se comparecer ao serviço
na hora seguinte ao início do expediente ou dele se retirar antes da hora
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regulamentar, ou ainda, ausentar-se, sem autorização, por mais de sessenta
minutos;
III - Um terço do vencimento ou remuneração durante o afastamento por motivo
de prisão preventiva, pronúncia por crime comum ou denuncia por crime
funcional, ou ainda, condenação por crime inafiançável em processo em que
não haja pronúncia, tendo direito à diferença se absolvido;
IV - Um terço do vencimento ou remuneração, durante o período de
afastamento em virtude de condenação, por sentença definitiva, à pena que
não acarrete a perda do cargo.
Parágrafo único - Para efeitos deste artigo, serão levadas em conta as
gratificações percebidas pelo funcionário.
Art. 85 - Nenhum funcionário perceberá vencimento inferior ao salário-mínimo
fixado para o Estado do Amazonas.
Art. 86 - Serão abonadas até três faltas, durante o mês , por motivo de doença
comprovada mediante atestado passado por médico ou dentista do serviço
oficial particular.
Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, o funcionário apresentará o
atestado no primeiro dia em que retornar ao serviço.
Art. 87 - O vencimento, as gratificações e os proventos não sofrerão descontos
além dos previstos em lei, nem serão objeto do arresto, seqüestro ou penhora,
salvo quando se tratar de :
I - Prestação de alimentos determinada judicialmente;
II - Reposição ou indenização devida à Fazenda do Estado.
Art. 88 - As reposições e indenizações à Fazenda do Estado serão
descontadas em parcelas mensais, não excedentes da décima parte do valor
da remuneração.
Parágrafo único - Quando o funcionário for exonerado ou demitido, ou tiver a
sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, o débito deverá ser quitado no
prazo de sessenta dias, findo o qual, e no caso de não pagamento, será
inscrito como dívida e cobrada judicialmente.
Art. 89 - Os vencimentos e proventos devidos ao funcionário falecido não serão
considerados herança, devendo ser pagos, independentemente de ordem
judicial, ao cônjuge ou companheiro ou, na falta deste, aos legítimos herdeiros.
50
SEÇÃO II
DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 90 - Poderão ser concedidas ao funcionário, na forma regulamentar, as
seguintes gratificações:
I - De função;
II - De representação;
III - Por tempo de serviço;
IV - De produtividade ou de prêmio por produção;
V - Pela prestação de serviços extraordinários;
VI - Pela execução de trabalhos de natureza especial, com visto de vida ou de
saúde;
VII - Pela participação em órgão de deliberação coletiva.
VIII- Pela participação como membro ou auxiliar de comissão examinadora
de concurso;
IX - Pela prestação de serviço em regime de tempo integral ou tempo integral
com dedicação exclusiva;
X - Pela participação em comissão, grupo de trabalho ou grupo especial de
assessoramento técnico, de caráter transitório;
XI - Pelo exercício em determinadas zonas ou locais; e
XII - Pelo exercício do magistério em cursos especiais de treinamento de
funcionários, se realizado o trabalho fora das horas de expediente.
Art. 91 - A função gratificada é a vantagem pecuniária atribuída pelo exercício
de encargos de chefia, assessoramento ou secretariado e outros julgados
necessários.
(Obs. Lei nº 1.839 de 18.05.88 - FICA vedada as gratificações concedidas pelo
inciso IV e IX do art. 90 desse Estatuto.
Lei nº 1.869 de 07.10.88 - ALTERA o art. 90, acresce parágrafo 1º, 2º e 3º
Lei nº 1.899 de 11.05.89 - REVOGA o parágrafo 3º do artigo 90)
§ 1º - Em havendo recursos orçamentários, o Poder Executivo poderá criar
funções gratificadas, previstas em regulamento próprio, onde se estabelecerá
também competência para designação.
§ 2º - A dispensa da função gratificada cabe à autoridade competente para a
designação.
Art. 92 - A gratificação por serviço extraordinário destina-se a remunerar o
trabalho executado fora do período normal de expediente.
§ 1º - A gratificação será paga por hora de trabalho, prorrogado ou antecipado,
na mesma razão de cada hora do período normal de trabalho.
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§ 2º - Ressalvados os casos de convocação de emergência, o serviço
extraordinário não excederá de noventa horas mensais.
§ 3º - É vedado conceder gratificações por serviços extraordinários com o
objetivo de remunerar outros serviços ou encargos.
§ 4º - O exercício de cargo em comissão ou função gratificada impede o
pagamento de gratificação por serviços extraordinários.
Art. 93 - Para o serviço extraordinário noturno, o valor da gratificação será
acrescido de vinte e cinco por cento.
Art. 94 - A gratificação por tempo de serviço, devida ao funcionário efetivo, será
calculada sobre o vencimento do cargo ocupado e corresponderá a cinco por
cento por quinquênio de serviço público.
Parágrafo único - A gratificação incorporar-se-á ao vencimento para todos os
efeitos legais.
SEÇÃO III
DA AJUDA DE CUSTO
Art. 95 - A administração pagará ajuda de custo ao funcionário que, no
interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede.
§ 1º - A ajuda de custo destina-se a indenizar ao funcionário as despesas de
viagem e de nova instalação.
§ 2º - O transporte do funcionário, sua família e um serviçal, ocorrerá por conta
do Estado.
§ 3º - O nomeado para cargo em comissão, que não seja funcionário do Estado
e não resida na sede designada, também fará jus aos benefícios deste artigo.
Art. 96 - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do cargo efetivo ou
do cargo em comissão.
Parágrafo único - A ajuda de custo não excederá a importância correspondente
a três meses de remuneração.
Art. 97 - Não será concedida ajuda de custo.
I - Quando o funcionário for posto à disposição de outro órgão;
II - Quando o funcionário for transferido ou removido a pedido, mesmo por
permuta; e
III - Quando o funcionário deixar a sede ou voltar em virtude de mandato
eletivo.
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Art. 98 - Restituirá a ajuda de custo, sem prejuízo da pena disciplinar cabível:
I - O funcionário que não se deslocar para a nova sede dentro do prazo fixado,
salvo por motivo devidamente comprovado;
II - Quando retornar ou pedir exoneração antes de completar cento e oitenta
dias de exercício na nova sede.
Parágrafo único - Se o funcionário regressar por ordem superior, ou por
comprovado motivo de força maior não haverá restituição.
Art. 99 - O transporte do funcionário inclui as passagens e, no limite
estabelecido em regulamento próprio, as bagagens.
Parágrafo único - O funcionário será obrigado a repor a importância
correspondente ao transporte irregularmente requisitado, além de sofrer a pena
disciplinar cabível.
SEÇÃO IV
DAS DIÁRIAS
Art. 100 - O funcionário, que a serviço se deslocar da sede em caráter eventual
e transitório, fará jus a diárias correspondente ao período de afastamento, para
cobrir as despesas de alimentação e pousada.
§ 1º - Entende-se por sede o lugar onde o funcionário reside.
§ 2º - Não serão pagas diárias ao funcionário removido ou transferido, quando
designado para função gratificada ou nomeado para cargo em comissão.
§ 3º - Não caberá pagamento de diárias quando a viagem do funcionário
constituir exigência inerente ao cargo ou função.
Art. 101 - Será paga diária especial ao funcionário designado para serviços
intensivos de campo, em qualquer lugar do Estado.
Parágrafo único - A diária especial de campo é devida a partir da entrada em
serviço, obedecendo seu pagamento aos valores fixados por ato
governamental.
Art. 102 - O funcionário que, indevidamente, receber diárias, restituirá de uma
só vez igual importância, sujeito ainda à punição disciplinar.
Art. 103 - Será punido com suspensão e, na reincidência, com demissão, o
funcionário que, indevidamente, conceder diárias.
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SEÇÃO V
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Art. 104 - O salário-família é devido por dependente, menor de 21 anos, do
funcionário, ativo ou inativo.
§ 1º - A cada dependente corresponderá uma cota de salário-família.
§ 2º - A cota do salário-família destinada a dependente inválido será paga em
dobro.
Art. 105 - Não será devido o salário-família quando o dependente passar a
perceber qualquer rendimento, em importância igual ou superior à do salário-
mínimo.
Art. 106 - Quando o pai e a mãe forem funcionários e viverem em comum, o
salário-família será pago a um deles apenas; se não viverem em comum, será
pago ao que tiver os dependentes sob sua guarda ou; se ambos os tiverem,
será concedido a um e a outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.
Art. 107 - O salário-família é devido mesmo quando o, funcionário não receber
vencimentos ou proventos.
Art. 108 - O salário-família não está sujeito a qualquer imposto ou taxa, nem
servirá de base para qualquer contribuição, mesmo para a previdência social.
Art. 109 - Fica assegurada, nas mesmas bases e condições, ao cônjuge
sobrevivente ou ao responsável legal pelos filhos do casal, a percepção do
salário-família a que tinha direito o funcionário ativo ou inativo, falecido.
Art. 110 - Quando o funcionário, em regime de acumulação legal, ocupar mais
de um cargo , só perceberá o salário-família por um dos cargos.
SEÇÃO VI
DO AUXÍLIO-DOENÇA
Art. 111 - Ao funcionário será devido um mês de vencimento, a título de auxílio-
doença, após cada período de doze meses consecutivos de licença para
tratamento de saúde, em conseqüência das doenças previstas no item I, letra
“b” , do artigo 132, quando a inspeção médica não concluir pela necessidade
imediata de aposentadoria.
Art. 112 - O auxílio-doença será concedido a partir do dia imediato ao término
do período referido no artigo anterior, até o máximo de dois períodos.
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SEÇÃO VII
DO AUXÍLIO-FUNERAL
Art. 113 - Será pago auxílio-funeral correspondente a um mês de vencimento,
remuneração ou provento, mediante prova da despesa, a quem providenciou o
sepultamento do funcionário falecido.
§ 1º - O vencimento, remuneração ou provento corresponderá àquele do
funcionário, no momento do óbito.
§ 2º - Em caso de acumulação legal de cargos do Estado, o auxílio-funeral
corresponderá ao pagamento do cargo de maior vencimento ou remuneração
do funcionário.
§ 3º - A despesa com auxílio-funeral correrá à conta da dotação orçamentária
própria do cargo, que não será provido antes de decorridos trinta dias da
vacância.
CAPÍTULO IV
DAS CONCESSÕES
Art. 114 - Sem prejuízo da remuneração e qualquer outro direito ou vantagem,
o funcionário poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos, por motivo de :
I - Casamento; ou
II - Falecimento do cônjuge ou companheiro, pais, filhos ou irmãos.
Art. 115 - Ao funcionário estudante será permitido ausentando-se do serviço,
sem prejuízo do vencimento, remuneração ou vantagem, para submeter-se a
prova ou exame, mediante apresentação de atestado fornecido pelo
estabelecimento de ensino.
Art. 116 - Poderá o funcionário ser autorizado para estudo ou aperfeiçoamento
fora do Estado, a critério do Chefe do Poder a cujo Quadro de Pessoal integre,
e por prazo não superior a três anos, sem prejuízo do vencimento ou
remuneração.
§ 1º - O funcionário, amparado por este artigo, ficará obrigado a prestar serviço
ao Estado, pelo menos por período igual ao de seu afastamento.
§ 2º - Não cumprida a obrigação de que trata o parágrafo anterior, o funcionário
indenizará os cofres públicos da importância despendida pelo Estado, como
custeio da viagem de estudo ou aperfeiçoamento.
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CAPÍTULO V
DA ASSISTÊNCIA E DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 117 - O Estado prestará assistência ao funcionário e à sua família através
de instituição própria criada por lei.
CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 118 - É assegurado ao funcionário o direito de requerer, representar, pedir
reconsideração e recorrer, desde que o faça dentro das normas de urbanidade.
Art. 119 - O requerimento é cabível para defesa de direito ou de interesse
legítimo e será dirigido à autoridade competente em razão da matéria.
Art. 120 - A representação é cabível contra abuso de autoridade ou desvio de
poder, encaminhada pela via hierárquica, será obrigatoriamente apreciada pela
autoridade superior àquela contra a qual é interposta.
Art. 121 - Caberá pedido de reconsideração dirigido à autoridade que houver
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, quando contiver novos
argumentos.
Parágrafo único - O prazo para apresentação do pedido de reconsideração é
de quinze dias a contar da ciência do ato, da decisão ou da publicação oficial.
Art. 122 - O recurso é cabível contra indeferimento de pedido de
reconsideração e contra decisões sobre recursos sucessivamente interpostos.
Art. 123 - O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que
tiver expedido o ato ou proferido a decisão recorrida.
§ 1º - O recurso será interposto por intermédio da autoridade recorrida, que
poderá reconsiderar a decisão, ou mantendo-a, encaminhá-la à autoridade
superior.
§ 2º - É de trinta dias o prazo para a interposição de recurso, a contar da
publicação ou ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.
Art. 124 - O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá:
I - Em cinco anos, quando aos atos de demissão, cassação de aposentadoria
ou disponibilidade e aos referentes a matéria patrimonial;
II - Em cento e vinte dias, nos demais casos.
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Art. 125 - Os prazos de prescrição estabelecidos no artigo anterior, contar-se-
ão da data da publicação, no órgão oficial, do ato impugnado, ou da data da
ciência pelo interessado.
Art. 126 - Os pedidos de reconsideração e os recursos, quando cabíveis, e
apresentados dentro do prazo, interrompem a prescrição até duas vezes,
determinando a contagem de novos prazos a partir da data da publicação de
despacho denegatório ou restritivo ao pedido.
Art. 127 - O ingresso em juízo não implica necessariamente suspensão, na
instância administrativa, de pleito formulado pelo funcionário.
CAPÍTULO VII
DA DISPONIBILIDADE
Art. 128 - Disponibilidade é o ato pelo qual o funcionário estável fica afastado
de qualquer atividade, no serviço público em virtude da extinção ou declaração
da desnecessidade do seu cargo.
Parágrafo único - O funcionário em disponibilidade perceberá proventos
proporcionais ao seu tempo de serviço, mais as vantagens incorporáveis à data
da inativação e o salário-família.
Art. 129 - Restabelecido o cargo, mesmo modificada a sua denominação, será
nele aproveitado, com prioridade, o funcionário em disponibilidade.
Art. 130 - O funcionário em disponibilidade poderá ser aposentado,
preenchidos os requisitos legais.
CAPÍTULO VIII
DA APOSENTADORIA
Art. 131 - O funcionário será aposentado:
I - Compulsoriamente, aos setenta anos de idade;
II - Voluntariamente;
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se do sexo masculino;
b) aos trinta anos de serviço, se do sexo feminino; e
III - Por invalidez.
Art. 132 - Os proventos de aposentadoria serão:
I - Integrais, quando o funcionário:
a) Aposentar-se voluntariamente por tempo de serviço;
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b) Invalidar-se por acidente ocorrido em serviço, por moléstia profissional, ou
quando acometido de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna,
doença dos órgãos da visão, com diminuição de auidade abaixo de um décimo,
lepra, leucemia, cardiopatia grave, doença de Parkinson, e outras moléstias
que a lei indicar com base nas conclusões da medicina especializada; e
II - Proporcionais, fora das hipóteses previstas no item anterior.
Parágrafo único - Os proventos proporcionais não serão inferiores a cinqüenta
por cento do vencimento e vantagens percebidas na atividade, e, em caso
nenhum inferiores ao salário-mínimo.
Art. 133 - Para efeitos deste Estatuto, considera-se acidente em serviço o
evento danoso que tiver como causa imediata o exercício das atribuições
inerentes ao cargo.
§ 1º - Equipara-se ao acidente em serviço a agressão física sofrida e não
provocada pelo funcionário, no exercício das suas atribuições.
§ 2º - A prova do acidente será formalizada em processo especial, no prazo de
oito dias, prorrogável, quando as circunstâncias o exigirem, por período que a
autoridade competente considerar necessário.
Art. 134 - Entende-se por doença profissional a proveniente das condições do
serviço ou de fatos nele ocorridos, devendo o laudo médico estabelecer-lhes
rigorosa caracterização.
Art. 135 - A aposentadoria compulsória será automática e o funcionário deixará
o exercício do cargo no dia que atingir a idade limite, devendo o ato retroagir
aquela data.
Art. 136 - A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para
tratamento de saúde, por período não excedente a vinte e quatro meses, salvo
quando o laudo médico declarar logo incapacidade definitiva para o serviço
público.
Art. 137 - Aposentadoria produzirá efeito com a publicação do ato no órgão
oficial.
(Obs. Lei nº 2.293 de 15.08.94 - REVOGA o parágrafo único do art. 139)
Art. 138 - No caso do item II do artigo 131 o funcionário aguardará em exercício
a publicação do ato de aposentadoria.
Art. 139 - O funcionário que se aposentar de acordo com o item II do artigo 131
fará jus:
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I - A proventos correspondentes ao vencimento da classe imediatamente
superior;
II - A proventos acrescidos de vinte por cento, quando ocupante da última
classe da carreira;
III - A proventos estabelecidos no inciso anterior, quando ocupante de cargo
isolado, durante três anos no mínimo.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplicar-se-á às aposentadorias
decretadas a partir da data da vigência deste Estatuto.
Art. 140 - O funcionário ao se aposentar passará à inatividade:
I - Com vencimento do cargo em comissão, da função de confiança ou função
gratificada que houver exercido, sem interrupção, por no mínimo cinco anos;
II - Com as vantagens do item anterior, desde que o exercício de cargo ou
função de confiança tenha somado um período de dez anos, consecutivos ou
não.
§ 1º - No caso do item II deste artigo, quando mais de um cargo ou função
tenha sido exercido, serão atribuídas as vantagens do cargo ou função de
maior valor, desde que lhe corresponda o exercício mínimo de um ano.
§ 2º VETADO.
Art. 141 - Os proventos da inatividade serão revistos sempre na mesma base
percentual do aumento concedido aos funcionários em atividade, ou de
categoria igual ou equivalente.
§ 1º - VETADO.
§ 2º - O funcionário aposentado com proventos proporcionais, quando
acometidos de doença prevista na letra “b” inciso I, do artigo 132, positivada
em inspeção médica, passará a ter proventos integrais.
Art. 142 - Será acrescido aos proventos da aposentadoria o valor
correspondentes às gratificações “prolabore” desde que o funcionário venha
percebendo dita vantagem há mais de cinco anos.
Art. 143 - O cálculo dos proventos da aposentadoria terá por base o
vencimento mensal do cargo, acrescido das vantagens incorporáveis por lei.
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TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA ACUMULAÇÃO
Art. 144 - É vedada a acumulação remunerada de cargos ou funções pública,
exceto de:
I - Um cargo do magistério com o de Juiz;
II - Dois cargos de professor;
III - Um cargo de professor com outro técnico ou científico;
IV - Dois cargos privativos de médico.
§ 1º- Em qualquer dos casos, a acumulação somente será permitida quando
houver correlação de matéria e compatibilidade de horários.
§2º - a proibição de acumular estende-se a cargos, funções ou empregos, em
autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista.
§ 3º - A proibição de acumular proventos não se aplica ao aposentado, quando
no exercício do mandato eletivo, quando ocupante de cargo em comissão ou
quando ocupante de cargo em comissão ou quando contratado para prestação
de serviços técnicos ou especializados.
Art. 145 - Não se enquadra na proibição de acumular a percepção conjunta de:
I - Pensões civil e militar;
II - Pensões com vencimento, remuneração ou salários;
III - Pensões com proventos de disponibilidade, aposentadoria ou reforma.
Art. 146 - As acumulações serão apuradas por meio de comissão constituída
em caráter transitório ou permanente.
Parágrafo único - Verificada a acumulação proibida e provada a boa fé, o
funcionário optará por um dos cargos ou funções exercidas.
Art. 147 - Na hipótese de má fé, provada mediante inquérito administrativo, o
funcionário perderá, também, o cargo que exercia há mais tempo.
Parágrafo único - O inquérito administrativo obedecerá às normas disciplinares
na Seção IV do Capítulo VII deste Título.
Art. 148 - As autoridades que tiverem conhecimento de qualquer acumulação
indevida, comunicarão o fato, sob pena de responsabilidade, ao órgão de
Pessoal, para os fins indicados no artigo 146.
60
CAPÍTULO II
DOS DEVERES
Art. 149 - Além do exercício das atribuições do cargo, são deveres do
funcionário:
I - Lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas;
II - Assiduidade e pontualidade;
III - Cumprimento de ordens superiores, representando quando manifestamente
ilegais;
IV - Desempenho, com zelo e presteza, dos trabalhos de sua incumbência;
V - Sigilo sobre os assuntos da repartição;
VI - Zelo pela economia do material e pela conservação do patrimônio sob sua
guarda ou para sua utilização.
VII - Urbanidade com companheiros de serviços e público geral;
VIII- Cooperação e espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho;
IX - Conhecimento da leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de
serviços referentes às suas funções; e
X - Procedimento compatível com dignidade da função pública.
CAPÍTULO III
DAS PROIBIÇÕES
Art. 150 - Ao funcionário é proibido:
I - Referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso em informação, parecer
ou despacho, às autoridades e a atos da Administração Pública, podendo,
porém , em trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da
organização do serviço;
II - Censurar, por qualquer órgão de divulgação pública, as autoridades
constituídas;
III - Pleitear, como procurador ou intermediário junto às repartições públicas,
salvo quando se tratar de percepção de vencimentos e proventos do cônjuge
companheiro ou parente consangüíneo ou afim, até segundo grau;
IV - Retirar, modificar ou substituir, sem prévia autorização, qualquer
documento de órgão estadual;
V - Empregar materiais e bens do Estado em serviço particular ou, sem
autorização superior, retirar objetos de órgãos oficiais;
VI - Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal;
VII - Coagir ou aliciar subordinados com objetivo de natureza partidária;
VIII- Receber propinas, comissões, presentes e vantagens de qualquer
espécie, em razão do cargo;
IX - Praticar a usura, em qualquer de suas formas;
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X - Promover manifestações de apreço ou desapreço, mesmo para obsequiar
superiores hierárquicos, e fazer circular ou subscrever lista de donativos na
repartição;
XI - Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em Lei,
o desempenho de encargos de sua competência ou de seus subordinados.
XII - Participar da diretoria gerência, administração, conselho-técnico ou
administrativo de empresa ou sociedade:
a) Contratante ou concessionária de serviço público;
b) Fornecedora de equipamento ou material de qualquer natureza ou espécie,
a qualquer órgão estadual;
c) Com atividades relacionadas à natureza do cargo ou função pública
exercida;
XIII- Exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como
acionistas, cotistas ou comanditário;
XIV- Entreter-se, nos locais e horas de trabalho, em palestras, leituras ou
atividades estranhas ao serviço;
XV - Atender pessoas estranhas ao serviço no local de trabalho, para tratar
de assuntos particulares;
XVI - Incitar greves ou delas participar ou praticar atos de sabotagem contra
o serviço público;
XVII- Fundar sindicato de funcionário ou dele participar; e
XVIII- Ausentar-se do Estado, mesmo para estudo ou missão oficial de
qualquer natureza, com ou sem ônus para os cofres públicos, sem autorização
expressa do Chefe do Poder a cujo Quadro de Pessoal integre.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 151 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde
civil, penal e administrativamente.
Art. 152 - A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo,
que importe em prejuízo à Fazenda Pública ou a terceiros.
§ 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública será liquidada
mediante desconto em prestações mensais, não superiores à décima parte do
vencimento ou remuneração, à falta de outros bens que respondam pela
reposição.
§ 2º - Tratando-se de danos causados a terceiros, responderá o funcionário
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva, proposta depois de transitada
em julgado a decisão que houver condenado a Fazenda a indenizar o
prejudicado.
62
Art. 153 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputados ao funcionário, nesta qualidade.
Art. 154 - A responsabilidade administrativa resulta de omissões ou atos
praticados no desempenho do cargo ou função.
Art. 155 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, umas
e outras, independentes entre si, bem assim as instâncias cível, penal e
administrativa.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 156 - São penas disciplinares:
I - Repreensão;
II - Suspensão;
III - Demissão; e
IV - Cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 157 - Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza
e a gravidade da infração, os danos que dela resultarem para o serviço público
e os antecedentes funcionais do culpado.
Art. 158 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de
indisciplina ou falta de cumprimentos dos deveres funcionais.
Art. 159 - A pena de suspensão, que não excederá a noventa dias, será
aplicada em casos de falta grave ou reincidência.
Parágrafo único - O funcionário suspenso perderá, durante o período de
cumprimento da pena, todos os direitos e vantagens decorrentes do exercício
do cargo.
Art. 160 - As penas de repreensão e suspensão até cinco dias serão aplicadas
de imediato pela autoridade que tiver conhecimento direto de falta cometida.
§ 1º - O ato punitivo será motivado e terá efeito imediato, mas provisório,
assegurando-se ao funcionário o direito de oferecer defesa por escrito, no
prazo de três dias.
§ 2º - A defesa prevista no parágrafo anterior é independente de autuação e
será apresentada mediante recibo, diretamente pelo funcionário à autoridade
que aplicou a pena.
63
§ 3º - As penalidades aplicadas nas condições deste artigo, somente serão
confirmadas mediante novo ato, após a apreciação da defesa, ou pelo decurso
do prazo para tanto estabelecido, se tal direito não for exercido pelo
funcionário.
§ 4º - Somente se confirmada a penalidade constará no assentamento
individual do funcionário.
Art. 161 - A pena de demissão será aplicada nos casos de:
I - Crime contra a administração pública, assim definido na Lei Penal;
II - Abandono de cargo;
III - Inassiduidade habitual;
IV - Incontinência pública ou escandalosa e prática de jogos proibidos;
V - Insubordinação grave em serviço;
VI - Ofensa física em serviço contra funcionário ou particular, salvo em legítima
defesa e em estrito cumprimento do dever legal;
VII - Aplicação irregular de dinheiro público;
VIII- Revelação de fato ou informação de natureza sigilosa que o funcionário
conheça em razão do cargo;
IX - Corrupção passiva, nos termos da Lei Penal;
X - Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;
XI - Acumulação proibida de cargo público, se provada a má fé; e
XII - Transgressão de quaisquer dos itens IV, V, VI, VII e IX do artigo 150.
§ 1º - Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa
causa, por mais de trinta dias consecutivos.
§ 2º - Entende-se como inassiduidade habitual a falta ao serviço sem causa
justificada, por sessenta dias intercaladas durante o período de doze meses.
Art. 162 - O ato de imposição de penalidade mencionará sempre a causa da
sanção e o fundamento legal.
Art. 163 - São competentes para aplicação das penalidades disciplinares:
I - Governador;
II - O Secretário de Estado ou autoridade diretamente subordinada ao
Governador e os dirigentes de autarquias, nos casos de suspensão por mais
trinta dias; e
III - Os chefes de unidades administrativas, na forma regimental, nos casos de
repreensão ou suspensão até trinta dias.
Parágrafo único - Quando se tratar de funcionário dos Poderes Legislativo e
Judiciário, e dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios, as
penalidades serão aplicadas pelas autoridades designadas em regimento
interno, lei orgânica ou regulamento.
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Art. 164 - Constarão obrigatoriamente do seu assentamento individual as
penalidades disciplinares impostas ao funcionário.
Art. 165 - Além da pena judicial cabível, serão consideradas como de
suspensão os dias em que o funcionário deixar de atender, sem motivo
justificado, à convocação do júri e outros serviços obrigatórios previstos em lei.
Art. 166 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que
praticou, quando em atividade, falta punível com demissão.
Art. 167 - Será cassada a disponibilidade quando o funcionário, nessa situação,
investiu-se ilegalmente em cargo ou função pública, ou aceitou comissão,
emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem prévia e expressa autorização
do Presidente da República.
Parágrafo único - Será igualmente cassada a disponibilidade do funcionário
que não assumir no prazo legal o exercício do cargo em que for aproveitado.
Art. 168 - Prescreverá:
I - Em dois meses, a falta sujeita à repreensão;
II - Em dois anos, a falta sujeita à pena de suspensão; e
III - Em cinco anos, a falta sujeita às penas de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
Parágrafo único - Também a falta, prevista em Lei Penal como crime,
prescreverá juntamente com ele.
Art. 169 - A prescrição começa a contar da data em que autoridade tomar
conhecimento da existência da falta.
Parágrafo único - O curso de prescrição interrompe-se pela abertura do
competente procedimento administrativo.
CAPÍTULO VI
DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E DA
SUSPENSÃO PREVENTIVA
Art. 170 - Cabe dentro das respectivas competências ao Secretário de Estado e
demais chefes de órgãos diretamente subordinados ao Governador, ordenar a
prisão administrativa, mediante despacho fundamentado, de todo e qualquer
responsável por dinheiro ou valores pertencentes à Fazenda Estadual ou que
se acharem sob sua guarda, nos casos de alcance, remissão ou omissão em
efetuar as entradas nos devidos prazos.
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§ 1º - Em se tratando de funcionários dos Poderes Legislativo e Judiciário, e
dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios, a prisão administrativa
será ordenada pelas autoridades designadas em regimento interno, lei orgânica
ou regulamento.
§ 2º - Ordenada a prisão, será ela comunicada imediatamente à autoridade
judiciária competente.
§ 3º - A prisão administrativa não excederá de noventa dias, podendo, no
entanto, ser revogada, a critério da autoridade que a decretou, sem prejuízo do
processo disciplinar e penas cabíveis, se o funcionário ressarcir os danos
causados ao erário público ou oferecer garantia idônea.
§ 4º - No curso do processo disciplinar compete ao Presidente da Comissão
suscitar a prisão administrativa do indiciado, perante a autoridade competente
para decretá-la, nos casos legalmente cabíveis.
Art. 171 - A suspensão preventiva até trinta dias será ordenada pelo chefe da
unidade administrativa, mediante despacho fundamentado, se o afastamento
do funcionário for necessário, para que não venha a influir na apuração da falta
cometida.
§ 1º - Caberá ao Secretário de Estado ou às autoridades designadas em
regimento interno, lei orgânica ou regulamento, prorrogar, até noventa dias, o
prazo de suspensão já ordenada, mas cumprida a penalidade, cessarão os
respectivos efeitos, ainda que o processo disciplinar não esteja concluso.
§ 2º - A suspensão preventiva do funcionário não impede a decretação de sua
prisão administrativa.
Art. 172 - Durante o período da prisão administrativa ou da suspensão
preventiva, o funcionário perderá um terço do vencimento ou remuneração.
Parágrafo único - Reconhecida sua inocência, o funcionário terá direito à
diferença de remuneração e à contagem, para todos os efeitos, do período
correspondente à prisão administrativa ou suspensão preventiva.
CAPÍTULO VII
DO PROCESSO DISCIPLINAR
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 173 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é
obrigada a tomar providências para apurar os fatos e responsabilidades.
§ 1º - As providências de apuração começarão logo após o conhecimento dos
fatos e serão tomadas na unidade onde eles ocorreram, devendo consistir, no
mínimo, em relatório circunstanciado sobre as possíveis irregularidades.
66
§ 2º - A averiguação preliminar será cometida a um só funcionário ou a uma
comissão.
SEÇÃO II
DO PROCESSO SUMÁRIO
Art. 174 - Instaura-se o processo sumário quando a falta disciplinar, pela
gravidade ou natureza, não motivar demissão, ressalvado o disposto no artigo
160.
Parágrafo único - No processo sumário, conclusa a instrução, a decisão será
tomada após cinco dias do prazo para o funcionário apresentar a sua defesa.
SEÇÃO III
DA SINDICÂNCIA
Art. 175 - A sindicância constitui a peça preliminar e informativa do inquérito
administrativo, devendo ser instaurada quando os fatos não estiverem definidos
ou faltarem elementos indicativos da autoria.
Art. 176 - A sindicância não comporta a contraditório e tem caráter sigiloso,
devendo obrigatoriamente serem ouvidos, no entanto, os envolvidos nos fatos.
Art. 177 - O relatório da sindicância conterá descrição articulada dos fatos e
proposta objetivo ante as ocorrências verificadas, recomendando o
arquivamento do feito ou a abertura do inquérito administrativo.
Parágrafo único - Quando recomendar abertura do inquérito administrativo. o
relatório deverá apontar os dispositivos legais infringidos e a autoria do infrator.
Art. 178 - A sindicância deverá estar conclusa dentro de trinta dias, prazo
prorrogável mediante justificação fundamentada.
SEÇÃO IV
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
Art. 179 - Instaura-se inquérito administrativo quando a falta disciplinar, por sua
gravidade ou natureza, possa determinar a aplicação da penas de suspensão,
por mais de trinta dias, demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade.
Parágrafo único - No inquérito administrativo é assegurado o amplo e irrestrito
exercício do direito de defesa.
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Art. 180 - Além do Governador, dos Presidentes dos Poderes Legislativo,
Judiciário, dos Tribunais de Contas e do Secretário de Estado, são
competentes para determinar a instauração do inquérito disciplinar os
dirigentes dos órgãos diretamente subordinados ao Chefe do Poder Executivo
e os dirigentes de autarquias, respeitadas as atribuições estabelecidas em
regulamento, regimento interno ou lei orgânica.
Art. 181 - O inquérito administrativo será conduzido por uma Comissão,
permanente ou especial, composta por cinco funcionários estáveis.
§ 1º - Entre os membros da Comissão, dois, no mínimo serão Bacharéis em
Direito.
§ 2º - A Comissão obedecerá a regimento próprio e o mandato de seus
membros será de dois anos, admitida a recondução por uma única vez.
§ 3º - A Comissão procederá a todas as diligências necessárias, recorrendo,
quando aconselhável, a técnicos ou peritos.
§ 4º - Os órgãos estaduais responderão com a máxima presteza às solicitações
da Comissão, devendo comunicar a impossibilidade de atendimento, em caso
de força maior.
§ 5º - Terá caráter urgente e prioritário e expedição de documentos
necessários à instrução do inquérito administrativo.
Art. 182 - O inquérito administrativo começará no prazo de cinco dias,
contados do recebimento dos autos pelas Comissão, e terminará no prazo de
noventa dias.
Parágrafo único - O prazo para conclusão do inquérito poderá ser prorrogado,
mediante justificação fundamentada e a juízo da autoridade competente.
Art. 183 - Recebidos os autos, a Comissão formalizará o indiciamento do
funcionário, apontado o dispositivo legal infringido.
§ 1º - A citação será pessoal e contará com a transcrição do indiciamento, bem
como data, hora e local marcados para o interrogatório.
§ 2º - Não sendo encontrado o indiciado, ou ignorando-se o seu paradeiro, a
citação será feita por editais, publicados no órgão oficial, durante três dias
consecutivos.
§ 3º - Se o indiciado não comparecer, será decretada a sua revelia e designado
um defensor dativo, de preferência Bacharel em Direito, ou funcionário da
mesma classe e categoria, para a promoção da defesa.
Art. 184 - Nenhum funcionário será processado sem assistência de defensor
habilitado.
68
Parágrafo único - Se o funcionário não constituir, advogado, ser-lhe-á
designado um defensor dativo, na forma do disposto no artigo anterior.
Art. 185 - O indiciado estará presente a todas as diligências do inquérito e
poderá intervir em qualquer ato da Comissão.
Art. 186 - Para todas as provas e diligências será intimada a defesa, com
antecedência mínima de quarenta e oito horas.
Art. 187 - Realizadas as provas da Comissão, a defesa será intimada para
apresentar, em três dias, as provas que pretender produzir.
Art. 188 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor para apresentação,
por escrito e no prazo de dez dias, das razões de defesa do indiciado.
§ 1º - Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum de vinte dias.
§ 2º - O prazo de defesa será prorrogado pelo dobro, para diligências
reputadas imprescindíveis.
§ 3º - Compete ao Presidente da Comissão indeferir, mediante despacho
fundamentado, as diligências de caráter procrastinatório ou manifestamente
desnecessárias.
Art. 189 - As certidões de repartições públicas, necessárias á defesa, serão
fornecidas sem qualquer ônus, a requerimento do defensor, dirigido ao
Presidente da Comissão.
Art. 190 - Produzida a defesa escrita, a Comissão apresentará o relatório no
prazo de dez dias.
Art. 191 - No relatório da Comissão serão apreciadas, as provas colhidas e as
razões da defesa, justificando-se, com fundamento objetivo, a absolvição ou
punição, e indicando-se, neste caso, a pena cabível e seu embasamento legal.
Parágrafo único - A Comissão poderá sugerir outras medidas que se fizerem
necessárias á defesa do interesse público.
Art. 192 - Recebidos os autos com o relatório, a autoridade competente
proferirá a decisão por despacho fundamentado.
Art. 193 - O funcionário só poderá requerer exoneração após a conclusão do
processo disciplinar, e se reconhecida a sua inocência.
Art. 194 - As decisões serão publicados no Diário Oficial, dentro do prazo de
oito dias, a contar da data do despacho final.
69
Art. 195 - Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera
administrativa, a autoridade que determinou a instauração do inquérito
administrativo providenciará para se instaurar, simultaneamente, o inquérito
policial.
CAPÍTULO VIII
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 196 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do processo
administrativo de que haja resultado pena disciplinar, quando forem aduzidos
fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido.
§ 1º - Não constitui fundamento para revisão a simples alegado de injustiça da
penalidade.
§ 2º - Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá ser
formulado pelo cônjuge ou parente até segundo grau.
Art. 197 - A revisão processar-se-á apensa ao processo original.
Art. 198 - O pedido de revisão será dirigido à autoridade que tiver proferido a
decisão.
§ 1º - A revisão será realizada por uma Comissão composta de três
funcionários estáveis, de categoria igual ou superior à do punido.
§ 2º - Estarão impedidos de integrar a Comissão revisora os funcionários que
constituíram a Comissão que concluiu pela aplicação da penalidade ao
requerente.
Art. 199 - Conclusos os trabalhos de Comissão, em prazo não excedentes a
sessenta dias, será o Processo, com o respectivo relatório, encaminhado à
autoridade competente para julgamento.
Parágrafo único - Caberá entretanto, aos Chefes dos Poderes o julgamento,
quando do processo revisto houver resultado pena de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 200 - Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determinará
a redução ou anulação da pena.
Parágrafo único - A decisão será sempre fundamentada e publicada no órgão
oficial do Estado.
Art. 201 - Aplicam-se ao processo de revisão, no que couberem, as disposições
concernentes ao processo disciplinar.
70
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 202 - O dia do Funcionário Público será comemorado a 28 de outubro.
Art. 203 - Salvo disposição em contrário, a contagem do tempo e dos prazos
previstos neste Estatuto será feita em dias corridos, excluindo-se o dia do
começo e incluindo-se o do seu término.
Parágrafo único - Considerar-se-á prorrogado o prazo até o primeiro dia útil, se
o término coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia em que não haja
expediente, ou este não prossiga até a hora normal do encerramento.
Art. 204 - São isentos de quaisquer tributos as certidões e outros documentos
relacionados com o serviço público e de interesse do funcionário.
Art. 205 - O Governador determinar o número de horas diárias de trabalho das
várias categorias de funcionários nas repartições estaduais.
Parágrafo único - Em se tratando de funcionários dos Poderes Legislativo e
Judiciário, a providência do que trata este artigo constará de regulamento
administrativo.
Art. 206 - Nos dias úteis somente por Decreto do Governador deixarão de
funcionar as repartições públicas estaduais ou será suspenso o expediente.
Art. 207 - Os atos de provimento de cargos públicos, das designações para
funções gratificadas, bem com todo os demais relativos a direitos, vantagens,
concessões e licenças, só produzirão efeitos após publicados no órgão oficial.
Art. 208 - Para os efeitos deste Lei, e quando nela não definida, é considerada
pessoa da família do funcionário quem viva às suas expensas e conste de seu
assentamento individual.
Art. 209 - Para fins de percepção dos benefícios previstos na legislação,
obrigatoriamente são contribuintes da Previdência Social do Estado os
funcionários regidos por este Estatuto, ressalvados os ocupantes de cargo em
Comissão vinculados a outro sistema previdenciário público.
Art. 210 - Nos órgãos da Administração pública, cujo Quadro de Pessoal for
regido por este Estatuto, na hipótese de existência de servidores vinculados a
outro regime jurídico, estes poderão optar pelo regime disciplinado nesta Lei,
obedecendo aos seguintes procedimento:
71
I - A opção deverá ser manifestada expressamente, no prazo de trinta dias
contados da data da vigência deste Estatuto.
II - Após a opção o servidor deverá ser submetido a processo seletivo,
regulamentado por Decreto do Governador.
§ 1º - Para fins do estabelecido neste artigo, os Chefes dos Poderes
acrescerão ao Quadro Estatutário dos órgãos, os cargos necessários ao
enquadramento dos servidores aprovados no processo seletivo.
§ 2º - O enquadramento do servidor no regime deste Lei deverá ocorrer no
cargo de igual denominação e vencimento do emprego ou função que ocupava
no outro regime.
§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos titulares de empregos e
funções do Magistério.
Art. 211 - O Poder Executivo expedirá os atos complementares necessários à
plena execução das disposições da presente Lei.
Art. 212 - Ficam revogados o artigo 12 da Lei nº 1221, de 30/12/1976, a Lei nº
701, de 30/12/1967, com suas alterações, e demais disposições em contrário.
Art. 213 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, e terá efeitos a
partir de 28 de outubro de 1986.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS,
em Manaus, 14 de Novembro de 1986.
GILBERTO MESTRINHO DE MEDEIROS RAPOSO
Governador do Estado
ALTERAÇÕES
Lei nº 1.839, de 18 de maio de 1988.
Fica vedada pelo Art. 7º da Lei 1.839, de 18/05/88, todas as gratificações
concedidas através do inciso IV e IX do artigo 90 da Lei 1.762 de 14/11/86.
Art. 7º - É vedada a percepção cumulativa da gratificação de produtividade ou
de prêmio por produção com a gratificação pela prestação de serviço em
regime de tempo integral ou tempo integral com dedicação exclusiva, a que se
referem os incisos IV e IX, respectivamente, da Lei nº 1.762, de 14 de
novembro de 1986.
72
Art. 22 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus
efeitos a partir de 1º de maio de 1988.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
18 de maio de 1988.
AMAZONINO ARMANDO MENDES
Governador do Estado
Encontra-se na Pg. 13 do Estatuto.
Lei nº 1.869, de 07 de outubro de 1988.
O Art. 11 da Lei nº 1.869, de 07/10/88 altera o artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14
de novembro de 1986, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos:
Art. 11 - O art. 90 da Lei 1.762, de 14 de novembro de 1986, passa a vigorar
acrescido dos seguintes parágrafos:
“Art. 90..................................................................................................
§ 1º - Os percentuais de atribuição das gratificações previstas nos incisos deste
artigo, à serem fixados por ato legal, somente incidirão, para efeito de cálculo
das referidas vantagens, sobre o valor do vencimento do cargo efetivo do
funcionário.
§ 2º - O percentual para percepção da gratificação pela prestação de serviço
em regime de tempo integral com dedicação exclusiva, não poderá ser
superior a 60% (sessenta por cento) e a gratificação pela participação em
comissão, grupo de trabalho ou grupo especial de assessoramento técnico, de
caráter transitório, não poderá ter percentual de atribuição acima de 100%
(cem por cento).
§ 3º - É vedada a percepção cumulativa da gratificação de produtividade ou de
prêmio por produção com a gratificação pela prestação de serviço em regime
de tempo integral com dedicação exclusiva; e a gratificação pela execução de
trabalhos de natureza especial, com risco de vida ou de saúde com a
gratificação pelo exercício em determinadas zonas ou locais”.
Art. 22 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus
efeitos a partir de 1º de outubro de 1988.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
1º de outubro de 1988.
73
AMAZONINO ARMANDO MENDES
Governador do Estado
Encontra-se na Pg. 13 e 14 do Estatuto.
Lei nº 1.897, de 05 de janeiro de 1989.
Art. 10 - Ficam alterados o artigo 62 e o parágrafo 2º do artigo 63 da Lei nº
1.762, de 14 de novembro de 1986, que passam a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 62 - O funcionário gozará férias anuais de trinta dias, percebendo sem
qualquer prejuízo financeiro, um valor correspondente a um terço da
remuneração mensal”.
“Art. 63 - .........................................................
........................................................
§ 2º - A acumulação de períodos de férias não autoriza a acumulação do valor
das férias anuais remuneradas a que se refere o “caput” do artigo anterior, que
será pago obedecendo rigorosamente a escala antes estabelecida”.
Art. 13 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação e seus efeitos a
partir de 1º de janeiro de 1989.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
05 de janeiro de 1989.
VIVALDO BARROS FROTA
Governador do Estado do Amazonas, em exercício
Encontra-se na Pg. 08 e 09 do Estatuto.
Lei nº 1899, de 11 de maio de 1989.
Art. 13 - Ficam revogados o parágrafo 3º do artigo 90 da Lei nº 1.762, de
14/11/86, acrescentado pela Lei 1869, de 07 de outubro de 1988, e demais
disposições em contrário.
Art. 14 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, vigorando seus
efeitos a partir de 1º de maio de 1989.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
11 de maio de 1989.
74
VIVALDO BARROS FROTA
Governador do Estado do Amazonas, em exercício
Encontra-se na Pg. 13 e 14 do Estatuto.
Decreto no 15.681, de 27 de outubro de 1993.
DISCIPLINA a disposição, com ônus, de servidores estaduais para órgãos ou
entidades da Administração distinta do Poder Executivo do Estado do
Amazonas.
DE CRETA
Art. 1.º - Aos servidores do Poder Executivo do Amazonas, quando cedidos
para os outros Poderes do Estado ou quando colocados à disposição de
órgãos ou entidades federais, de outros Estados ou Municípios, com ânua para
a repartição de origem, ficam assegurados o pagamento, no seu órgão de
lotação, do vencimento básico ou soldo acrescido da gratificação de
representação do cargo ou posto efetivo, do adicional por tempo de serviço, do
adicional pelo exercício de cargo ou função de confiança e do salário-fámilia.
Art. 2º - Não se incluem no ânua do cedente as seguintes gratificações:
I - de produtividade;
II - de tempo integral;
III - por serviço extraordinário;
IV - de participação em comissão;
V - de risco de vida ou saúde;
VI - gratificação policial;
VII - pro-labore.
Parágrafo Único - Durante o período cm que o servidor estiver afastado de sua
repartição de origem, a disposição dos órgãos referidos no artigo l~, ficam,
suspensos os pagamentos das vantagens pecuniárias relacionadas no “caput”
deste artigo, cuja a retribuição está ligada ao efetivo exercício da atividade do
cargo no órgão de lotação do funcionário.
Art 30 - A inclusão na folha de pagamento das vantagens relacionadas no
artigo 20, ao servidor afastado de suas funções, nos casos estabelecidos, no
artigo P, implicara na responsabilidade do respectivo órgão de pessoal e será
apurado em processo administrativo, com vistas à aplicação de penalidades.
Art. 40. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
75
Art. 5.º - Revogam-se as disposição em contrário.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
27 de outubro de 1993.
GILBERTO MEST1UNHO DE MEDEIROS RAPOSO
Governador do Estado
Lei nº 2.293, de 15 de Agosto de 1994.
Revoga o parágrafo único, Art. 139, da Lei nº 1762/86 dá outras providências.
L E I:
Art. 1º Fica revogado o Parágrafo único, Art. 139, da Lei nº 1762, de 14 de
novembro de 1986, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado do Amazonas.
Art. 2º - Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
15 de agosto de 1994.
GILBERTO MESTRINHO DE MEDEIROS RAPOSO
Governador do Estado
Encontra-se na Pg. 19 do Estatuto.
Lei nº 2.400, de 19 de junho de 1996.
ACRESCENTA o § 3º ao artigo 78, da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de
1986, e dá outras providências.
L E I:
Art. 1º - Fica acrescido o § 3º ao art. 78, da Lei nº 1762, de 14/11/86, nos
seguintes termos:
Art. 78- ........................................................................................
§ 3º - As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença
prevista neste artigo, na proporção de um (um) mês para cada falta.
76
Art. 2º - Revogam-se disposições em contrário.
Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
19 de junho de 1996.
AMAZONINO ARMANDO MENDES
Governador do Estado
Encontra-se na Pg. 11 do Estatuto.
Lei nº 2.452, de 18 de junho de 1997.
DISPÕE sobre inclusão das moléstias graves que especifica, no texto do artigo
132, inciso I, alínea “b”, da Lei nº 1762, de 14 de novembro de 1996.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS
D E C R E T A :
Art. 1º - Ficam incluídas as moléstias Síndrome da Imunodeficiência Adquirida-
AIDS e acidente vascular, no texto da alínea “b”, inciso I, do artigo 132, da Lei
nº 1762, de 14 de novembro de 1986.
Art. 2º - Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
26 de junho de 1997.
AMAZONINO ARMANDO MENDES
Governador do Estado
Encontra-se na Pg. 18 do Estatuto.
DECRETO GOVERNAMENTAL Nº18.881, DE 02 DE JULHO DE 1998
REGULAMENTA, para o âmbito das Procuradorias das Autarquias do Estado,
o pagamento da vantagem do inciso IV do artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14 de
novembro de 1986.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência
que lhe confere o artigo 54, VIII, da Constituição Estadual, e
77
CONSIDERANDO a natureza das atividades que os Procuradores das
Autarquias do Estado desenvolvem nas áreas administrativas e judicial,
D E C R E T A:
Art. 1º - Aos titulares dos cargos de Procurador no âmbito das Autarquias de
Estado será pago, pelo efetivo exercício das respectivas funções, a vantagem
prevista no inciso IV do artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986,
sob a denominação de Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica.
Parágrafo único - É considerado como efetivo exercício, para fins de percepção
da vantagem de que trata este Decreto, o afastamento em virtude de:
I - férias;
II - licença para tratamento de saúde;
III - licença à gestante;
IV - licença-paternidade;
V - licença especial;
VI - júri e serviço eleitoral obrigatório;
VII - exercício de mandato eletivo ou classista;
VIII - serviço de interesse do Gabinete do Governador;
IX - exercício de cargo de confiança no âmbito da Administração Estadual.
Art. 2º - A Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica, segundo os
parâmetros fixados no artigo 3º deste Decreto, será paga mediante a aferição
do trabalho desenvolvido pelo Procurador, desde que:
I - tenha adotado, no mês precedente, as medidas jurídicas pertinentes aos
casos que lhe forem distribuídos;
II - mantenha rigorosamente em dia os atos processuais que lhe competirem
em processos judiciais e administrativos.
§1º - Da vantagem serão descontados, proporcionalmente, os valores
correspondentes aos novos casos não diligenciados pelo Procurador nos dez
dias úteis ao respectivo recebimento.
§2º - não perceberá a vantagem o Procurador que, em relação aos casos
ajuizados, deixar de praticar, nos prazos legais, qualquer ato para o qual tenha
sido intimado.
§3º - O teto da Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica
corresponderá a:
I - R$ 4.374,00(quatro mil, trezentos e setenta e quatro reais) para o
Procurador de 1ª Classe;
78
II - R$ 4.155,30 (quatro mil, cento e cinqüenta e cinco reais, e trinta centavos)
para o Procurador de 2ª Classe;
III - R$ 3.936,60 (três mil, novecentos e trinta e seis reais e sessenta centavos)
para o Procurador de 3º Classe.
Parágrafo único - Aplica-se o disposto no inciso I deste artigo aos Procuradores
Autárquicos constituídos em classe única.
Art. 4º - É vedada a percepção cumulativa da Gratificação de Produtividade
Jurídica com vantagem de natureza semelhante e com as gratificações
previstas nos incisos V, VI, IX e X do artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14 de
novembro de 1986.
Art. 5º - A Gratificação de produtividade Jurídica Autárquica não será
computada para o cálculo de qualquer outra vantagem, salvo para o da
remuneração das férias regulamentares e do 13º salário.
Art. 6º - As faltas no serviço não-justificadas, quando em número superior a
três num mesmo mês, determinarão a perda integral da Gratificação de
Produtividade Jurídica Autárquica no mês de seu cometimento.
Art. 7º - Aos Procuradores aposentados, por força do § 4º do artigo 40 da
Constituição Federal, será paga a Gratificação de Produtividade Jurídica
Autárquica em valor igual ao do teto da classe respectiva.
Parágrafo único - O disposto neste artigo se aplica também às pensões
havidas por morte de Procurador de Autarquia, consoante o § 5º do artigo 40
da Constituição Federal.
Art. 8º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entra em vigor
na data de sua publicação.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
02 de julho de 1998.
AMAZONINO ARMANDO MENDES
Governador do Estado
Encontra-se na Pg. 13
Lei nº 2.531, de 16 de abril de 1999.
79
ESTABELECE normas relativas ao Regime Estatutário dos Servidores Públicos
Estaduais e dá outras providências.
L E I:
Art. 1º - Fica extinto o adicional pelo exercício de cargo ou função de confiança
instituído pelo artigo 82 da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986, e previsto
nas Leis nºs 1.778, de 08 de janeiro de 1987, 2.271, de 10 de janeiro de 1994,
e 1.869, de 07 de outubro de 1988.
Parágrafo único - A importância relativa ao adicional de que trata o caput deste
artigo, adquirida e/ou incorporada na forma da lei até a data da publicação
deste diploma, passa a constituir vantagem individual nominalmente
identificada, sujeita exclusivamente à atualização decorrente da revisão geral
da remuneração dos servidores públicos estaduais, sendo sua percepção
incompatível com o exercício de cargo ou função de confiança, salvo se o
servidor optar pela remuneração do cargo efetivo por ele ocupado.
Art. 2º - Os valores pecuniários incluídos ou acrescidos, em qualquer data, aos
proventos de aposentadoria, com base no artigo 139, da Lei nº 1.762, de 14 de
novembro de 1986, ficam deles expressamente suprimidos, em cumprimento
ao estabelecido no artigo 109, inciso XXII, da Constituição Estadual,
combinado com a determinação do artigo 5º do Ato das Disposições
Transitórias da mesma Constituição.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se às aposentadorias
decretadas até à data da publicação desta Lei.
Art. 3º - A decretação de atos concessivos de transferência para a inatividade
observarão o estabelecido no § 2º do artigo 40 da Constituição Federal e no
artigo 17 do Ato das Disposições Transitórias da mesma Constituição.
Art. 4º - Fica extinto o direito ao adicional por tempo de serviço de que tratam
os artigos 90, III, e 94 da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986, e demais
regras similares do ordenamento jurídico estadual, respeitadas as situações
constituídas até a data desta Lei.
Art. 5º - É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração do pessoal do serviço público
estadual.
80
Art. 6º - Os acréscimos pecuniários percebidos por qualquer servidor público
não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos
ulteriores.
Art. 7º - Os artigos 30, 31, 32, 42, 47, 48, 49, 50, 51, 75, 80, 81, 88, 132, I, b,
144, 145, 146, 147, 161, XI, e 174, da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de
1986 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Amazonas -,
passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 30 - O retorno à atividade do servidor em disponibilidade far-se-á mediante
adequado aproveitamento em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis
com o anteriormente ocupado, se existente vaga e mediante comprovação, por
junta médica oficial, da capacidade física e mental do aproveitando. “
“Parágrafo único - O aproveitamento de servidor de que trata este artigo
somente ocorrerá, mediante solicitação devidamente fundamentada do órgão
interessado e autorização expressa do Chefe do Poder Executivo”.
“Art. 31 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade
se o servidor não entrar em exercício no prazo de trinta dias contados da
publicação do ato, salvo doença comprovada por junta médica oficial.”
“Art. 32 - O aproveitamento precederá a realização de concurso público
destinado ao provimento de cargo que atenda as condições do artigo 30.”
“Art. 42 - São requisitos para posse:
I - nacionalidade brasileira ou estrangeira, esta quando admitida por legislação
federal específica;
II - idade mínima de dezoito anos;
III - exercício pleno dos direitos políticos;
IV - quitação com o serviço militar, quando o empossando for do sexo
masculino;
V - sanidade física e mental atestada por junta médica oficial;
VI - preenchimento das condições especiais prescritas para o cargo;
VII - declaração de bens e valores que constituem o patrimônio do
empossando.”
“§ 1º - O servidor, no ato de posse, declarará expressamente se ocupa outro
cargo ou emprego público, especificando cada um deles com os respectivos
horários,
se for o caso, ou comprovará haver requerido exoneração ou dispensa, na
hipótese de acumulação não-permitida.”
“§ 2º - Na hipótese de o empossando perceber proventos, fará declaração
correspondente, indicando o cargo em que se deu a inatividade.”
“Art. 47 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento
efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de três anos, durante o
qual seu desempenho será avaliado por comissão especialmente constituída
para essa finalidade.”
“Art. 48 - Cumprindo satisfatoriamente o estágio probatório, o servidor adquirirá
estabilidade no serviço público após o terceiro ano de efetivo exercício.”
81
“Art. 49 - O servidor não aprovado no estágio será exonerado, salvo se já
estável no serviço público, hipótese em que será reconduzido ao cargo de que
era titular ou aproveitado em outro de atribuições e vencimentos compatíveis
com o anteriormente ocupado, se aquele se encontrar provido.”
“Art. 50 - O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar federal, assegurada ampla defesa.”
“Art. 51 - Haverá substituição nos casos de impedimento legal ou afastamento
de titular de cargo em comissão, função gratificada ou função de confiança.”
“§ 1º - A substituição de que trata este artigo será remunerada, qualquer que
seja a natureza do afastamento, desde que por período superior a trinta dias
consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição que
excederem o referido período.”
“§ 2º - Em nenhuma hipótese haverá remuneração por substituição automática,
entendida esta como a que integra a função própria do cargo de que o servidor
for titular.”
“Art. 75 - A critério da Administração, ao servidor poderá ser concedida licença
para tratar de interesses particulares, por período fixado no ato concessivo e
sempre sem remuneração.”
“§ 1º - O servidor aguardará em exercício a concessão da licença.”
“§ 2º - A licença de que trata este artigo poderá ser interrompida a qualquer
tempo, a pedido do servidor ou a critério da Administração.”
“§ 3º - A licença poderá ser prorrogada por requerimento do servidor
interessado, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais,
observado o disposto no caput deste artigo.”
“§ 4º - A licença suspende o vínculo do servidor com a Administração, não se
computando o tempo correspondente para qualquer efeito, inclusive o de
estágio probatório.”
“Art. 80 - Considera-se:
I - vencimento, a retribuição pecuniária mensal, com valor fixado em lei, devida
na Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional de qualquer dos
Poderes do Estado, pelo efetivo exercício de cargo público;
II - vencimentos, a soma do vencimento básico com as vantagens permanentes
relativas ao cargo público.”
“Art. 81 - Remuneração é a soma do vencimento com as vantagens criadas por
lei, inclusive as de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de
trabalho.”
“Parágrafo único - Em se tratando de cargo comissionado ao qual seja
atribuída gratificação distinta da de representação, o servidor que o ocupar
optará por uma delas.”
82
“Art. 88 - As reposições e as indenizações à Fazenda do Estado serão
descontadas em parcelas mensais e sucessivas, aquelas não excedentes da
décima parte do valor da remuneração e as outras, em no máximo seis vezes.”
“Art. 132 -.........................................................
I - ........................................................................
b) invalidar-se por acidente ocorrido em serviço, moléstia profissional, ou
quando acometido de tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público,
hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e
incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados
avançados do mal de Paget (osteite deformante), Síndrome de
Imonudeficiência Adquirida - AIDS, acidente vascular e outras que a lei indicar,
com base na medicina especializada.”
“Art. 144 - É vedada a acumulação remunerada de cargo com outro cargo,
emprego ou função públicos, abrangendo a Administração Direta, Autarquias,
Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público, exceto, quando houver compatibilidade de horários:
I - a de dois cargos ou empregos de professor;
II - a de um cargo ou de emprego de professor com outro técnico ou científico;
III - a de dois cargos ou empregos privativos de médico.”
“Parágrafo único - É vedada a percepção simultânea de proventos com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvadas as hipóteses
de acumulação permitida na atividade, de exercício de mandato eletivo, de
cargo em comissão ou de contrato para a prestação de serviços de natureza
técnica ou especializada.”
“Art. 145 - O reconhecimento da licitude da acumulação de cargos fica
condicionado à comprovação da compatibilidade de horários a ser declarada
pelo servidor em ato próprio perante os órgãos ou entidades a que pertencer.”
“Parágrafo único - A qualquer tempo a Administração poderá solicitar
declaração do servidor atestando que não acumula cargos, empregos ou
funções em órgão da União, Estado e Municípios.”
“Art. 146 - As acumulações e a percepção de proventos vedadas pelo art. 144
serão apuradas em processo sumário, nos termos do artigo 174 deste Estatuto,
por meio de comissão constituída em caráter transitório ou permanente.”
“Art. 147 - Transitada em julgado a decisão do processo sumário que concluir
pela acumulação ou pela percepção de proventos vedadas pelo art. 144, o
servidor:
I - optará, no prazo de 05 (cinco) dias, por um dos cargos, empregos ou
funções exercidos, ou pelos proventos, se patenteada a boa fé;
II - será demitido do cargo ou cargos estaduais ilegalmente ocupados, ou terá
cassada a aposentadoria ou a disponibilidade, nos casos de má-fé
comprovada.”
83
“Art. 161 - ..........................................................................
“XI - ocorrência de qualquer das vedações previstas no art. 144, se provada a
má-fé;”
“Art. 174 - Instaura-se o processo sumário quando a falta disciplinar, pela
gravidade ou natureza, não motivar demissão, ressalvado o disposto nos
artigos 146 e 160.”
“Parágrafo único - Concluída a instrução, a decisão do processo sumário será
tomada após 05 (cinco) dias do prazo para o servidor apresentar a sua
defesa.”
Art. 8º - As regras do art. 144 da lei nº 1762, de 14 de novembro de 1986, são
aplicáveis aos servidores que prestem serviços ao Estado, suas autarquias ou
fundações em decorrência de contrato celebrado com cooperativas ou
empresas de qualquer natureza.
Art. 9º - A Gratificação do Procuratório do Estado, instituída pelo art. 8º da Lei
nº 2.461, de 17 de setembro de 1997, é fixada no valor atualmente pago,
desvinculada da Unidade Básica de Avaliação (UBA), sujeita à revisão de que
trata o art. 20 desta lei.
Art. 10 - A percepção da Gratificação de que trata o artigo anterior, pelos
Procuradores do Estado em atividade, fica condicionada ao exercício da
advocacia exclusivamente no desempenho das atribuições institucionais.
Art. 11 - O inciso III do art. 1º e os arts. 5º e 9º da Lei nº 2.461, de 17 de
setembro de 1997, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º - ...........................................................................
III - ÓRGÃO DE ASSESSORAMENTO E DE ASSISTÊNCIA:
- Coordenadoria de Assuntos do Gabinete.”
“Art. 5º - No Gabinete atuarão dois Assessores Especiais, símbolo AD-1,
nomeados em comissão pelo Governador do Estado, dentre bacharéis em
Direito, indicados pelo Procurador-Geral do Estado.
“Art. 9º - Ao Corregedor, aos Procuradores-Chefes, aos Assessores Especiais
e aos Coordenadores de que trata esta Lei será paga gratificação mensal no
valor de R$ 1.050,00 (um mil e cinqüenta reais).”
Art. 12 - Os arts. 61 e 129 da Lei nº 1639, de 30 de dezembro de 1983, passam
a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 61 - Os membros da série de classes de Procurador do Estado, após o
primeiro ano de exercício, terão direito, anualmente, a 30 (trinta) dias de férias.”
“Art. 129 - Os Procuradores do Estado quando aposentados ficarão vinculados
ao órgão Central do Sistema de Pessoal, para fins administrativos e
financeiros”.
Parágrafo único – Os processos de aposentadoria dos Procuradores do Estado
serão instruídos pela Procuradoria Geral do Estado e submetidos à Secretaria
de Estado da Administração, Coordenação e Planejamento, para exame e
posterior encaminhamento ao Governador do Estado.
84
Art. 13 - O inciso III do art. 30 da Lei nº 2.377, de 3 de janeiro de 1996, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 30 - ............................................................................
“III - Gratificação de Localidade, atribuída ao servidor da Carreira do Magistério
em efetivo exercício do cargo em município do Interior do Estado, calculada
sobre o vencimento-base correspondente, em percentuais, forma e condições a
serem definidos em regulamento.”
Art. 14 - O servidor beneficiário da Gratificação de Produtividade de Saúde,
prevista no inciso I do art. 3º da Lei 2.383, de 18 de março de 1996, que faltar
ao serviço, salvo por motivo legal ou por doença comprovada, perderá, do valo
mensal correspondente:
I - trinta por cento, por uma falta;
II - sessenta por cento, por duas faltas;
III - cem por cento, por três ou mais faltas no mês.
Art. 15 - A Gratificação de Risco de Vida de servidores do Sistema Estadual de
Saúde, prevista no inciso II do art. 3º da Lei nº 2.383, de 18 de março de 1996,
incidirá sobre o vencimento-base do cargo correspondente e será fixada em
percentuais, forma e condições a serem definidos por ato do Chefe do Poder
Executivo.
Art. 16 - A representação pelo exercício de cargo de direção ou
assessoramento nos órgãos e entidades do Sistema Estadual de Saúde,
prevista no art. 5º da Lei de que trata o artigo anterior, é fixada pelo Anexo
Único desta Lei.
Art. 17 - Aos Procuradores Autárquicos aplica-se o disposto no art. 61 da Lei nº
1639, de 30 de dezembro de 1983.
Art. 18 - O Índice de Desempenho Fazendário, de que trata o art. 1º da Lei nº
2.444, de 08 de julho de 1997, é, a contar de 01 de março deste ano, o valor
resultante da equação ali fixada multiplicado por 0,8 (oito décimos).
Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, considera-se:
I - INi - Desempenho Fazendário nas atividades de desembaraço e controle de
mercadorias e serviços, constantes dos registros oficiais, efetivamente
recolhidos;
II - Di - Desempenho Fazendário na atividade de controle do movimento
econômico dos contribuintes referente às saídas de mercadorias e serviços,
constantes dos registros oficiais, efetivamente recolhidos.
Art. 19 - É garantida aos servidores fazendários a percepção da remuneração
do último mês anterior à vigência desta Lei, sempre que da aplicação da
fórmula do artigo anterior resultar valor a ela inferior.
Art. 20 - O “caput” do art. 14 da Lei nº 2.343, de 19 de julho de 1995, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 14 - A atividade de julgamento em primeira instância, do Processo
Tributário-Administrativo, é de competência de servidores fiscais ocupantes dos
cargos Níveis AF-11, AF-10 e AF-09, preferencialmente, graduados em
Direito.”
85
Art. 21 - A remuneração e o subsídio dos servidores públicos somente poderão
ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em
cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem
distinção de índices.
Art. 22 - A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, empregos e
funções públicas da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo, bem
como os proventos pensões ou outra espécie remuneratória devida nesse
mesmo âmbito, incluídas as vantagens pessoais ou outra de qualquer
natureza, não poderão exceder a R$ 8.000,00 (oito mil reais).
Art. 23 - Não se considerarão parcelas de remuneração do cargo público, para
efeito de cálculo de outras vantagens, as gratificações de caráter temporário.
Art. 24 - As vantagens eventualmente absorvidas pelas gratificações
temporárias de que trata o artigo anterior integrarão os proventos da inatividade
se originariamente incorporáveis.
Art. 25 - Consideram-se dependentes do servidor público, para efeito de
pensão, além do cônjuge, companheiro ou companheira, os filhos menores ou
inválidos, enquanto comprovadamente não possuírem renda própria e que
hajam sido registrados naquela condição pelo segurado no órgão de
previdência pública.
Art. 26 - O servidor do Poder Executivo nomeado para exercer cargo em
comissão em órgão diverso do de sua lotação e no âmbito do mesmo Poder
terá os valores despendidos com o pagamento decorrente da opção de que
trata o inciso I do art. 83 da Lei nº 1762, de 14 de novembro de 1986,
contabilizados nas despesas do órgão onde estiver servindo.
Art. 27 - Sem prejuízo das demais regras aplicáveis à espécie, o não
recolhimento mensal da retenção, em folha de pagamento dos órgãos e
entidades da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo, dos demais
Poderes, do Tribunal de Contas e do Ministério Público, do imposto de que
trata o inciso I do art. 157
da Constituição Federal e das contribuições devidas ao órgão de previdência
estadual autoriza a automática compensação, pelo Tesouro, dos valores
correspondentes no mês subseqüente.
Art. 28 - É assegurado o prazo de dois anos de efetivo exercício para aquisição
da estabilidade aos servidores que em 4 de junho de 1998 cumpriam estágio
probatório, sem prejuízo da avaliação a que se refere o § 4º do art. 41 da
Constituição Federal.
Art. 29 - O disposto nesta Lei aplica-se, no que couber, aos servidores
estatutários da Administração Direta, Indireta e Fundacional do Estado, no
âmbito de qualquer dos Poderes, bem assim aos inativos e pensionistas.
Art. 30 - Revogadas as disposições em contrário, especialmente os artigos 82,
90, III, 94 e 139, da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986, e as demais
regras similares do ordenamento jurídico estadual, esta Lei entra em vigor na
86
data de sua publicação.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
16 de abril de 1999.
AMAZONINO ARMANDO MENDES
Governador do Estado
ANEXO ÚNICO
REPRESENTAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE CARGOS DE DIREÇÃO OU
ASSESSORAMENTO NO SISTEMA ESTADUAL DE SAÚDE
Quantidade CARGO VALOR R$
04 Coordenador 2.125,00
04 Assessor de Gabinete 2.125,00
01 Chefe de Gabinete 2.125,00
17 Gerente-Nível Central 1.700,00
07 Diretor de Unidade - Grande Porte 1.700,00
01 Diretor de Laboratório Central de Saúde Pública 1.700,00
38 Subgerente - Nível Central 1.275,00
02 Assistente de Gabinete 1.275,00
07 Gerente de Departamento Clínico - Grande Porte 1.275,00
07 Gerente de Departamento/Enfermagem - Grande Porte 1.275,00
07 Gerente de Departamento Adm./Fin. - Grande Porte 1.275,00
02 Gerente de Departamento de Urgência - Grande Porte 1.275,00
11 Diretor de Unidade - Médio Porte 1.275,00
01 Gerente de Departamento de Bromatologia 1.275,00
01 Gerente de Departamento de Análises Clínicas 1.275,00
01 Gerente de Departamento de Toxicologia 1.275,00
01 Gerente de Depart. Adm./Fin. - Lab. de Saúde Pública 1.275,00
13 Diretor de Unidade Mista de Referência 1.275,00
45 Diretor de Unidade Mista 1.275,00
20 Auxiliar de Gabinete 850,00
11 Gerente de Divisão Clínica - Médio Porte 850,00
11 Gerente de Divisão de Enfermagem - Médio Porte 850,00
11 Gerente de Div. Adm./Financeira - Médio Porte 850,00
38 Diretor de Centro de Saúde 850,00
13 Gerente de Divisão Clínica - U. M. Referência 850,00
13 Gerente de Div. de Enfermagem - U. M. Referência 850,00
13 Gerente de Div. Adm./Financeira - U. M. Referência 850,00
45 Gerente de Divisão de Enfermagem - Unidade Mista 850,00
45 Gerente de Div. Adm./Financeira - Unidade Mista 850,00
02 Diretor de Laboratório Regional 850,00
87
DECRETO Nº 2.237, DE 12 DE AGOSTO DE 1999
MODIFICA o Decreto nº 18.881, de 2 de julho de 1998, que regulamenta, no
âmbito das procuradorias integrantes da estrutura das Autarquias do Estado, o
pagamento da vantagem do inciso IV do artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14 de
novembro de 1986.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, usando das atribuições que
lhes são conferidas pelo artigo 54, VIII, da Constituição Estadual, e
CONSIDERANDO a necessidade de ajustar os gastos com pessoal à atual
política de redução dos custos da máquina administrativa do Estado;
CONSIDERANDO, enfim, o disposto no Decreto nº 19.399, de 13 de novembro
de 1998, e o que mais consta no processo nº 3088/99-0-sSPT/GAGOV.
D E C R E T A;
Art. 1º - Ficam alterados o parágrafo único do artigo 1º, e o artigo 3º do Decreto
nº 18.881, de 2 de julho de 1998, que passam a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 1º - ....
Parágrafo único - É considerado como efetivo exercício, para fins de percepção
da vantagem de que trata este Decreto, o afastamento em virtude de:
I - férias;
II - Licença para tratamento de saúde.”
“Art. 3º - O teto da Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica
corresponderá a:
I - R$ 3.061,80 (três mil, sessenta e um reais e oitenta centavos) para o
Procurador de 1ª Classe;
II - R$ 2.908,71 (dois mil, novecentos e oito reais e setenta e um centavos)
para o Procurador de 2ª Classe;
III - R$ 2.755,62 (dois mil, setecentos e cinqüenta e cinco reais e sessenta e
dois centavos) para o Procurador de 3ª Classe.”
Art. 2º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entra em vigor
na data de sua publicação.
GABINETE DO DOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
12 de agosto de 1999.
AMAZONINO ARMANDO MENDES
Governador do Estado
88
Encontra-se na Pg. 37
DECRETO Nº 23.218 , DE 06 DE JANEIRO DE 2003
REGULAMENTA o artigo 83, I, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do
Estado.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência
que lhe confere o artigo 54, VIII, da Constituição Estadual, e
CONSIDERANDO que a Administração priorizará o preenchimento de cargos
comissionados com a utilização de servidores efetivos dos órgãos e entidades
que integram o Poder Executivo;
CONSIDERANDO que a atual configuração dos estipêndios pagos a titulares
de cargos comissionados não vinculados a símbolo é realizada em parcela
única, o que implica na necessidade de compatibilização da opção prevista no
Estatuto com as regras de acumulação de cargos e vencimentos,
DECRETA:
Art. 1º - A opção a que se refere o inciso I do artigo 83 do Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado far-se-á na forma prevista neste
Decreto.
Art. 2º - O servidor titular de apenas um cargo de provimento efetivo, quando
nomeado para ocupar cargo comissionado, poderá optar:
I - pela integralidade da remuneração do cargo comissionado, hipótese em que
deixará de perceber os vencimentos do cargo efetivo; ou
II - pela integralidade de sua remuneração no cargo efetivo adicionada de 50%
(cinqüenta por cento) da remuneração do cargo comissionado.
Parágrafo único - Nas hipóteses de acumulação permitidas pelo artigo 37, XVI,
da Constituição da República, o titular de dois cargos de provimento efetivo,
quando nomeando para ocupar cargo comissionado, poderá optar:
I - pela remuneração integral do cargo comissionado; ou
II - pela remuneração integral de um cargo de provimento efetivo acrescida de
50% (cinqüenta por cento) da remuneração do cargo comissionado.
Art. 3º - O servidor titular de apenas um cargo de provimento efetivo, quando
designado pura o exercício de função de confiança, poderá optar.
I - pela percepção das parcelas de vencimento e de representação de seu
cargo acrescidas do valor integral da função de confiança hipótese em que
deixará de perceber qualquer outra vantagem relativa ao cargo efetivo, ou
II - pela integralidade de sua remuneração no cargo efetivo adicionada de 50%
(cinqüenta por cento) do valor da função de confiança.
89
Parágrafo único - Nas hipóteses de acumulação permitidas pelo artigo 37, XVI,
da Constituição da República, o titular de dois cargos de provimento efetivo,
quando designado para o exercício de função de confiança, poderá optar:
I - pela percepção das parcelas de vencimento e de representação dos cargos
de que é titular, acrescidas do valor integral da função de confiança, hipótese
em que deixará de perceber quaisquer outras vantagens relativas aos cargos
efetivos;
II - pela remuneração integral de um cargo de provimento efetivo acrescida de
50% (cinqüenta por cento) da remuneração do cargo comissionado.
Art. 4º - Nos termos do artigo 81, parágrafo único, do Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis do Estado, ao titular de cargo de provimento efetivo no exercício
de cargo comissionado é vedada a percepção cumulativa de gratificações de
produtividade – incluída a Gratificação de Atividades Técnico-Administrativas
com a gratificação de representação.
Art. 5º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entra em vigor
na data de sua publicação, operando efeitos a partir de 1º de janeiro de 2003.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
13 de janeiro de 2003.
CARLOS EDUARDO DE SOUZA BRAGA
Governador do Estado
Encontra-se na Pg. 12
DECRETO Nº 23.224, DE 13 DE JANEIRO DE 2003.
MODIFICA o artigo 2º do Decreto nº 23.218, de 06 de janeiro de 2.003, que
regulamenta o inciso I do artigo 83 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
do Estado.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência
que lhe confere o artigo 54, VIII, da Constituição Estadual, e
CONSIDERANDO que a Gratificação de Atividades Técnico-Administrativas,
por sua natureza de vantagem pra labore, não integra a remuneração do cargo
de provimento efetivo, sendo devida apenas ao servidor em efetivo exercício;
CONSIDERANDO, ademais, que o titular de cargo de provimento efetivo
nomeado para cargo comissionado se afasta do exercício do primeiro para ter
exercício tão-somente no cargo de confiança,
DECRETA:
90
Art. 1º - O artigo 2º do Decreto nº 23.218, de 06 de janeiro de 2003, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2º - Nomeado para cargo de provimento em comissão, o servidor titular de
apenas um cargo de provimento efetivo poderá optar:
I - pela integralidade da remuneração do cargo comissionado, hipótese em que
deixará de perceber os vencimentos do cargo efetivo, ou
II - pelo vencimento e demais vantagens do cargo efetivo, excluídas a
Gratificação de Atividades Técnico-Administrativas e as gratificações de
natureza similar a esta, adicionados de 50% (cinqüenta por cento) da
remuneração do cargo comissionado.
§ 1º - Nas hipótese de acumulação permitidas pelo artigo 37, XVI, da
Constituição da República, o titular de dois cargos de provimento efetivo,
quando nomeado para cargo comissionado com exercício na área de formação
profissional dos cargos efetivos, poderá optar:
I - pela remuneração integral do cargo comissionado; ou
II - pelos vencimentos e demais vantagens desses cargos, excluída a
Gratificação de Atividades Técnico-Administrativas ou as gratificações da
mesma natureza, acrescidos de 50% (cinqüenta por cento) da remuneração do
cargo comissionado.
§ 2º - Quando nomeado para cargo comissionado com exercício em área
distinta da formação profissional dos cargos efetivos, o titular de dois cargos de
provimento efetivo poderá optar por apenas um desses cargos, ficando sujeito
à regra dos incisos I e II do caput deste artigo.”
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sus publicação, retroagindo
efeitos a 1º de janeiro de 2.003.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
13 de janeiro de 2003.
CARLOS EDUARDO DE SOUZA BRAGA
Governador do Estado
Encontra-se na Pg. 50
DECRETO Nº 23.278, DE 11 DE MARÇO DE 2003.
DISPÕE sobre o pagamento da vantagem do artigo 90, inciso IV, da Lei nº
1.762, de 14 de novembro de 1.986, ao beneficiário que especifica.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência
que lhe confere o artigo 54, VIII, da Constituição Estadual, e
91
CONSIDERANDO a natureza das atividades desenvolvidas nas áreas
administrativa e Judicial pelo Procurador, Símbolo AD-2, da Junta Comercial
do Estado do Amazonas, cujo cargo foi criado pelo Decreto nº 21.873, de 20
de abril de 2.001, publicado no Diário Oficial da mesma data,
DECRETA:
Art. 1º - O Procurador da Junta Comercial do Estado do Amazonas – JUCEA
fará jus á Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica fixada no artigo 3º,
inciso I, do Decreto nº 18.881, de 02 de julho de 1.998, publicado no Diário
Oficial da mesma data.
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus,
11 de março de 2003.
CARLOS EDUARDO DE SOUZA BRAGA
Governador do Estado