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    CURSO ON-LINELEGISLAO APLICADA AO MPU P/ ANALISTA E TCNICO

    TEORIA E EXERCCIOSPROFESSORES: ANDERSON LUIZ E ERICK MOURA

    Prof. Anderson e Erick www.pontodosconcursos.com.br 1

    AULA 01(Professor: Anderson Luiz)

    ASSUNTO:Lei de Improbidade Administrativa (Lei n 8.429/1992).

    1. IMP ROBIDADE E ATO DE IMP ROBIDADE ADMINI STRATIVA

    De acordo com o Professor De Plcido e Silva (Vocbulo Jurdico, 6 ed.

    V.2. Ed. Forense, 1980, pp. 798-9) improbidade revela a qualidade do homemque no procede bem, por no ser honesto, que age indignamente, por no tercarter, que no atua com decncia, por ser amoral. Improbidade aqualidade do mprobo. E mprobo o mau moralmente, o incorreto, otransgressor das regras da lei e da moral.

    Quando esse ato desonesto praticado por um agente pblico, nombito da Administrao Pblica, tal ao qualificada como ato deimprobidade administrativa .

    A Constituio Federal de 1988 refere-se improbidade administrativaem vrias passagens de seu texto. Por exemplo:

    No art. 14, 9, a improbidade tratada como parmetro paradefinio de casos de inelegibilidade.

    No art. 15, V, a improbidade tratada como causa de suspensodos direitos polticos.

    No art. 37, 4, a CF elenca as sanes que devem ser cominadas prtica do ato de improbidade administrativa.

    No art. 85, V, a improbidade administrativa tratada como crimede responsabilidade do Presidente da Repblica.

    Dos dispositivos constitucionais citados, os mais relevantes em nossadisciplina so o art. 15, V e o art. 37, 4. Por isso, recomendo que ambossejam memorizados por vocs.

    CF, ART. 15, V: vedada a cassao de direitos polticos, cuja perda ou suspenso s sedar nos casos de:(...)V- improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4.

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    CF, ART. 37, 4: Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitospolticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e oressarcimento ao errio, na forma e na gradao previstas em lei, semprejuzo da ao penal cabvel.

    IMPORTANTE: vedada a cassao de direitos polticos.

    Os atos de improbidade administrativa importaro (PRIS):Perda da funo pblica;Ressarcimento ao errio;Indisponibilidade dos bens; eSuspenso dos direitos polticos.

    ATENO:A maioria das questes de prova que trata desses artigos tenta confundir oscandidatos dizendo que os atos de improbidade administrativa importaro aperda (ou cassao) dos direitos polticos.No caiam nessa! Lembrem-se de que os direitos polticos serosuspensos e a p erda ser da funo pblica. Moleza, n?

    A fim de concretizar o art. 37, 4, da CF, foi editada a Lei n8.429/ 92 , que se aplica a todas as entidades polticas (U, E, DF e M). Achamada Lei de I mprobidade Administrativa dispe sobre:

    Os sujeitos ativo e passivo do ato de improbidade (arts. 1 a 3). O ato de improbidade (arts. 9 a 11). As sanes cabveis (art.12). A ao judicial por ato de improbidade (art. 17).

    A seguir, estudaremos cada um desses artigos. Vamos l!

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    2. SUJEITO PASSIVO DO ATO DE IMP ROBIDADE

    Podem ser sujeito passivo do ato de improbidade administrativa (art.1):

    Os rgos da Administrao Direta e Indireta , de quaisquer dosPoderes (PL, PE e PJ) de quaisquer esferas de governo (U, E, DFe M ) e dos Territrios .

    A empresa incorporada ao patrimnio pblico ou a entidade paracuja criao ou custeio o errio haja concorrido ou concorra commais de 50% do patrimnio ou da receita anual.

    A entidade que receba Benefcio, Incentivo ou Subveno, fiscal oucreditcio, de rgo pblico (por exemplo: as ONGs) bem comoaquelas para cuja criao ou custeio o errio haja concorrido ouconcorra com menos de 50% do patrimnio ou da receita anual(pargrafo nico). (*)

    (*) Nesses casos, diferentemente dos demais, a sanopatrimonial limitada (proporcional) repercusso do ilcito sobrea contribuio dos cofres pblicos.

    ATENO:No preciso saber como essa limitao ocorre na prtica. Para provas deconcurso pblico basta conhecer a redao do pargrafo nico de art. 1.

    Esto tambm sujeitos s penalidades desta lei os atos de improbidadepraticados contra o patrimnio de entidade que receba subveno, benefcioou incentivo, fiscal ou creditcio, de rgo pblico bem como daquelas paracuja criao ou custeio o errio haja concorrido ou concorra com menos decinqenta por cento do patrimnio ou da receita anual, limitando-se, nestes

    casos, a sano patrimonial repercusso do ilcito sobre a contribuio doscofres pblicos.

    IMPORTANTE: Sujeitos Passivos:

    Administrao Direta e Indireta + 3 Poderes + U/E/DF/M/T. Incorporada ou + 50% BIS ou -50% (LIMITADA)

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    3. SUJEITO ATIVO DO ATO DE IMP ROBIDADE

    Podem ser sujeito ativo da improbidade administrativa: Os agentes pblicos. Os terceiros.

    IMPORTANTE: Sujeitos Ativos:

    Agentes pblicos. Terceiros.

    De acordo com a LIA, considerado agente pblico todo aquele queexerce, ainda que transitoriamente ou sem remunerao , por eleio,nomeao, designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ouvnculo, mandato, cargo, emprego ou funo nas entidades citadas comosujeito passivo (art. 2).

    Portanto, para que o agente pblico sujeite-se aos ditames da LIA no necessrio que possua vnculo efetivo com Administrao Pblica ou ento,desta, receba remunerao. Assim, as condutas dos mesrios de eleies e dos

    jurados do Tribunal do Jri, por exemplo, tambm podem ser avaliadassegundo a LIA.

    Percebam que a Lei n 8.429/92 tambm estende a responsabilizaopela prtica de ato de improbidade administrativa a terceiros (arts. 3, 5, 6e 8), quais sejam, aqueles que:

    Mesmo no sendo agente pblico, induzam (deem a idia) ouconcorram (auxiliem) para a prtica do ato de improbidade ou

    dele se beneficiem sob qualquer forma direta ou indireta. Figurem como sucessores do agente pblico que praticou o ato

    de improbidade administrativa ou sucessores dos terceiros referidos no item acima (induzam/concorram/beneficiem-se).

    Deve ficar claro que a prtica de ato de improbidade administrativapressupe o envolvimento de um agente pblico. Assim, a responsabilizaode particular depende de co-autoria com um agente pblico.

    No que tange aos sujeitos ativos, a Lei n 8.429/92 estabelece que:

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    Ocorrendo leso ao patrimnio pblico por ao ou omisso,dolosa ou culposa , do agente ou de terceiro, dar-se- o integral

    ressarcimento do dano (art. 5). No caso de enriquecimento ilcito , perder o agente pblico ou

    terceiro beneficirio os bens ou valores acrescidos ao seupatrimnio (art. 6).

    O sucessor daquele que causar leso ao patrimnio pblicoou se enriquecer ilicitamente est sujeito s cominaes da LIAat o limite do valor da herana (art. 8).

    Em relao ao sucessor do mprobo, notem que as sanes de naturezapecuniria cominadas na LIA limitam-se ao valor da herana . Tal fatodecorre do regramento contido no art. 5, XLV da Constituio Federal,segundo qual, nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo aobrigao de reparar o dano e a decretao do perdimento de bens ser, nostermos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, at o limitedo valor do patrimnio transferido.

    IMPORTANTE: Em relao ao sucessor do mprobo, as sanes de natureza pecuniriacominadas na LIA limitam-se ao valor da herana (art.8).

    JURI SPRUDNCIA DO STF: INFORMATIVO N 471 Quanto ao mrito, o Tribunal, por maioria, julgou procedente a reclamaopara assentar a competncia do STF para julgar o feito e declarar extinto oprocesso em curso no juzo reclamado. Aps fazer distino entre os regimes

    de responsabilidade poltico -administrativa previstos na CF, quais sejam, o doart. 37, 4, regulado pela Lei 8.429/92, e o regime de crime deresponsabilidade fixado no art. 102, I, c, da CF e disciplinado pela Lei1.079/50, entendeu-se que os agentes polticos, por estarem regidospor normas especiais de responsabilidade, no respondem porimprobidade administrativa com base na Lei 8.429/ 92, mas apenaspor crime de responsabilidade em ao que somente pode serproposta perante o STF nos termos do art. 102, I, c, da CF. (...) Rcl2138/DF, rel. orig. Min. Nelson Jobim, rel. p/ o acrdo Min. Gilmar Mendes,13.6.2007. (Rcl-2138)

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    4. ATOS DE IMP ROBIDADE ADMINISTRATIVA

    De acordo com a Lei, h 3 espcies de improbidade administrativa. Soelas:

    Improbidade administrativa que importa enriquecimento ilcito (art. 9).

    Improbidade administrativa que causa leso ao errio (prejuzoaos cofres pblicos) (art. 10).

    Improbidade administrativa que consiste na violao aosprincpios da Administrao Pblica (art. 11)

    Improbidade administrativa(3 espcies)

    Enriquecimento ilcito

    Leso ao errio

    Violao aos princpios da Administrao Pblica

    4.1. ENRIQUECIMENTO IL CITO

    Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimentoilcito auferir (receber, obter) qualquer tipo de vantagem patrimonialindevida em razo do exerccio de cargo, mandato, funo, emprego ouatividade nas entidades mencionadas como sujeito passivo.

    Nesse contexto, a Lei n 8.429/92 lista um rol exemplificativo dediversos atos cuja prtica caracteriza a improbidade administrativa namodalidade enriquecimento ilcito. So eles:

    Receber , para si ou para outrem , dinheiro, bem mvel ou imvel,

    ou qualquer outra vantagem econmica, direta ou indireta , a ttulode comisso, percentagem, gratificao ou presente de quem tenhainteresse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado porao ou omisso decorrente das atribuies do agente pblico;

    Perceber vantagem econmica , direta ou indireta, para facilitar aaquisio, permuta ou locao de bem mvel ou imvel, ou acontratao de servios pelas entidades referidas no art. 1 por preosuperior ao valor de mercado;

    Perceber vantagem econmica , direta ou indireta, para facilitar a

    alienao, permuta ou locao de bem pblico ou o fornecimento deservio por ente estatal por preo inferior ao valor de mercado;

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    Utilizar, em obra ou servio particular, veculos, mquinas,equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou

    disposio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei,bem como o trabalho de servidores pblicos, empregados ou terceiroscontratados por essas entidades;

    Receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ouindireta, para tolerar a explorao ou a prtica de jogos de azar, delenocnio, de narcotrfico, de contrabando, de usura ou de qualqueroutra atividade ilcita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

    Receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ouindireta, para fazer declarao falsa sobre medio ou avaliao emobras pblicas ou qualquer outro servio, ou sobre quantidade, peso,medida, qualidade ou caracterstica de mercadorias ou bens fornecidos aqualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei;

    Adquirir, para si ou para outrem , no exerccio de mandato, cargo,emprego ou funo pblica, bens de qualquer natureza cujo valorseja desproporcional evoluo do patrimnio ou renda do agentepblico;

    Aceitar emprego, comisso ou exercer atividade de consultoria ouassessoramento para pessoa fsica ou jurdica que tenha interessesuscetvel de ser atingido ou amparado por ao ou omisso

    decorrente das atribuies do agente pblico, durante aatividade ; Perceber vantagem econmica para intermediar a liberao ou

    aplicao de verba pblica de qualquer natureza; Receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ou

    indiretamente, para omitir ato de ofcio, providncia ou declarao a queesteja obrigado;

    Incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimnio bens, rendas,verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades

    mencionadas no art. 1 desta lei; Usar, em proveito prprio, bens, rendas, verbas ou valores

    integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1desta lei.

    Para facilitar o entendimento de vocs, dividi os exemplos de atos deimprobidade administrativa que importam enriquecimento ilcito em 3 grupos.So eles:

    1 grupo: caracteriza-se pelo recebimento de vantagem econmicae pela ostentao de sinal de riqueza incompatvel com a renda.

    2 grupo: caracteriza-se pelo uso particular do patrimnio pblico.

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    3 grupo: caracteriza-se pela presena do conflito de interesses . Porexemplo: um AFRFB no pode prestar servios de consultoria contbil para

    empresas. O tema conflito de interesses ser estudado na aula 4.

    Ressalto que para caracterizao da improbidade por enriquecimentoilcito deve haver a efetivao da vantagem indevida, e no, necessariamente,a existncia de prejuzo aos cofres pblicos.

    Por exemplo: imagine que um agente pblico receba propina parafavorecer determinada empresa em um processo licitatrio. Imagine ainda queessa empresa tenha oferecido a proposta mais vantajosa para a administraopblica. Nessa situao, restaria configurado o ilcito de improbidade

    administrativa?A resposta afirmativa. Percebam que, apesar de no ter ocorridoprejuzo aos cofres pblicos, j que a proposta da empresa foi a maisvantajosa para a administrao pblica. Todavia, caracterizou-se orecebimento da vantagem indevida, o que suficiente para a configurao doenriquecimento ilcito.

    Ademais, a Lei n 8.429/92 no fixou valores nem determinou que osacrscimos patrimoniais devam ser relevantes. Com efeito, se um auditor fiscalrecebe R$ 100 de propina pode ser responsabilizado pela prtica deimprobidade administrativa.

    Amigos(as), vimos que um dos exemplos de ato de improbidadeadministrativa que importa enriquecimento ilcito a evoluo patrimonialincompatvel com a renda percebida pelo agente pblico. A algum pode estarse perguntando: como a Administrao Pblica exerce esse controle?

    A resposta est na prpria Lei. Segundo o art. 13, a posse e o exercciode agente pblico ficam condicionados apresentao de declarao dosbens e valores que compem o seu patrimnio privado, a fim de serarquivada no servio de pessoal competente. Tal medida visa a instituir ummecanismo que permita controlar a licitude da evoluo patrimonial do agente

    pblico.A declarao compreender imveis, mveis, semoventes (bovinos,

    ovinos, sunos, caprinos, equinos, etc.), dinheiro, ttulos, aes , e qualqueroutra espcie de bens e valores patrimoniais , localizado no Pas ou noexterior , e, quando for o caso, abranger os bens e valores patrimoniais docnjuge ou companheiro , dos filhos e de outras pessoas que vivam sob adependncia econmica do declarante, excludos apenas os objetos eutenslios de uso domstico (art. 13, 1).

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    IMPORTANTE: A declarao compreende:

    Imveis Mveis Semoventes Dinheiro Ttulos Aes Bens e valores patrimoniais

    No P as ou no exterior. Abrange cnjuge ou companheiro , filhos e dependentes. Exclui apenas os objetos e utenslios de uso domstico.

    A fim de efetivar o controle da evoluo patrimonial a Lei dispe que adeclarao de bens ser atualizada anualmente e na data em que oagente pblico deixar o exerccio do mandato, cargo, emprego ou funo(art. 13, 2).

    Em substituio declarao obrigatria, bem como s devidasatualizaes, o agente pblico poder (faculdade) entregar cpia daDeclarao do Imposto de Renda Pessoa Fsica apresentada ReceitaFederal (art. 13, 4).

    O agente pblico que se recusar a prestar declarao dos bens, dentrodo prazo determinado, ou que a prestar falsa ser punido com a pena dedemisso , a bem do servio pblico, sem prejuzo de outras sanescabveis (art. 13, 3).

    IMPORTANTE: A declarao de bens ser atualizada anualmente e na data em que

    o agente pblico deixar o exerccio do mandato, cargo, emprego oufuno.

    O agente pblico poder (faculdade) entregar cpia da Declaraodo Imposto de Renda Pessoa Fsica apresentada Receita Federal.

    O agente pblico que se recusar a prestar declarao dos bens, dentrodo prazo determinado, ou que a prestar falsa ser punido com a penade demisso , a bem do servio pblico, sem prejuzo de outrassanes cabveis.

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    CURIOSIDADE:Ao regulamentar o art. 13 da Lei n 8.429/92, o Decreto n 5.483/05estabeleceu que, no mbito do Poder Executivo Federal, sempre que julgarnecessrio, a CGU poder analisar a evoluo patrimonial do agente pblico,a fim de verificar a compatibilidade desta com os recursos e disponibilidadesque compem o seu patrimnio.Por conseguinte, verificada a incompatibilidade patrimonial, a CGU instaurarprocedimento de sindicncia patrimonial ou requisitar sua instaurao aorgo ou entidade competente.Assim, como AFC/CGU, possuo, dentre outras, as atribuies de analisar aevoluo patrimonial de agentes pblicos federais e compor comisso desindicncia patrimonial. Por isso, no incio de 2009, participei do Curso deAnlise de Evoluo Patrimonial e Principais Fraudes, realizado pela ESAF.Ademais, por diversas vezes, j coloquei em prtica os conhecimentosadquiridos.

    4.2. LESO AO ERRIO (OU P REJUZO AOS COFRES PBLI COS)

    A leso ao errio ocorre quando o agente pblico pratica qualquerconduta que cause prejuzo ao patrimnio pblico ou das entidades protegidaspela Lei de Improbidade Administrativa, seja por ao ou omisso , de formadolosa ou culposa .

    A Lei n 8.429/92 lista um rol exemplificativo de diversos atos cujaprtica caracteriza a improbidade administrativa que causa leso ao errio.So eles:

    Facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporao aopatrimnio particular , de pessoa fsica ou jurdica, de bens, rendas,verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidadesmencionadas no art. 1 desta lei.

    Permitir ou concorrer para que pessoa fsica ou jurdica privada utilizebens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial dasentidades mencionadas no art. 1 desta lei, sem a observncia dasformalidades legais ou regulamentares aplicveis espcie (utilizaoilegal = prejuzo).

    Doar pessoa fsica ou jurdica bem como ao ente despersonalizado,ainda que de fins educativos ou assistncias, bens, rendas, verbas ou

    valores do patrimnio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1desta lei, sem observncia das formalidades legais e regulamentaresaplicveis espcie; (doar ilegalmente = prejuzo).

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    Permitir ou facilitar a alienao, permuta ou locao de bemintegrante do patrimnio de qualquer das entidades referidas no art. 1

    desta lei, ou ainda a prestao de servio por parte delas, por preoinferior ao de mercado; (vender barato = prejuzo). Permitir ou facilitar a aquisio, permuta ou locao de bem ou

    servio por preo superior ao de mercado; (comprar caro =prejuzo).

    Realizar operao financeira sem observncia das normas legais eregulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidnea.

    Conceder benefcio administrativo ou fiscal sem a observncia dasformalidades legais ou regulamentares aplicveis espcie.

    Frustrar a licitude de processo licitatrio ou dispens-lo indevidamente. Ordenar ou permitir a realizao de despesas no autorizadas em lei ou

    regulamento. Agir negligentemente na arrecadao de tributo ou renda, bem como no

    que diz respeito conservao do patrimnio pblico. Liberar verba pblica sem a estrita observncia das normas pertinentes

    ou influir de qualquer forma para a sua aplicao irregular. Permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriquea

    ilicitamente. Permitir que se utilize, em obra ou servio particular, veculos, mquinas,

    equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou disposio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei,bem como o trabalho de servidor pblico, empregados ou terceiroscontratados por essas entidades.

    Celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestaode servios pblicos por meio da gesto associada sem observar asformalidades previstas na lei.

    Celebrar contrato de rateio de consrcio pblico sem suficiente e prviadotao oramentria, ou sem observar as formalidades previstas na lei.

    Muitos candidatos erram questes relativamente fceis porqueconfundem os exemplos listados no art. 9 com os listados no art. 10. Paraque isso no acontea com vocs, deixo a tabela abaixo.

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    ENRIQUECIMENTO IL CITO LESO AO ERRIO

    Perceber vantagem econmica. Permitir, facilitar ou concorrer para queterceiro se enriquea ilicitamente.

    Utilizar, em obra ou servioparticular, veculos, mquinas,equipamentos ou material dequalquer natureza, de propriedadeou disposio de qualquer dasentidades mencionadas no art. 1desta lei, bem como o trabalho deservidores pblicos, empregadosou terceiros contratados por essasentidades.

    Permitir que se utilize , em obra ouservio particular, veculos, mquinas,equipamentos ou material de qualquernatureza, de propriedade ou disposiode qualquer das entidades mencionadasno art. 1 desta lei, bem como o trabalhode servidor pblico, empregados outerceiros contratados por essas entidades.

    Incorporar , por qualquer forma,ao seu patrimnio bens, rendas,verbas ou valores integrantes doacervo patrimonial das entidadesmencionadas no art. 1 desta lei.

    Facilitar ou concorrer por qualquerforma para a incorporao aopatrimnio particular , de pessoa fsicaou jurdica, de bens, rendas, verbas ouvalores integrantes do acervo patrimonialdas entidades mencionadas no art. 1desta lei.

    Perceber vantagem econmicapara intermediar a liberao ouaplicao de verba pblica dequalquer natureza.

    Liberar verba pblica sem a estritaobservncia das normas pertinentes ouinfluir de qualquer forma para a suaaplicao irregular.

    Perceber vantagem econmica ,direta ou indireta, para facilitar aalienao, permuta ou locao debem pblico ou o fornecimento de

    servio por ente estatal por preoinferior ao valor de mercado.

    Permitir ou facilitar a alienao,permuta ou locao de bem integrantedo patrimnio de qualquer das entidadesreferidas no art. 1 desta lei, ou ainda a

    prestao de servio por parte delas, porpreo inferior ao de mercado

    Perceber vantagem econmica ,direta ou indireta, para facilitar aaquisio, permuta ou locao debem mvel ou imvel, ou acontratao de servios pelasentidades referidas no art. 1 porpreo superior ao valor demercado

    Permitir ou facilitar a aquisio,permuta ou locao de bem ou serviopor preo superior ao de mercado

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    4.3. VIOLAO AOS PRI NCPI OS DA ADMI NISTRAO P BLICA

    Nos termos da Lei n 8.429/92, os agentes pblicos de qualquer nvel ouhierarquia so obrigados a velar pela estrita observncia dos princpios delegalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntosque lhe so afetos (art. 4).

    Assim, constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra osprincpios da administrao pblica qualquer ao ou omisso que viole osdeveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade sinstituies (art. 11).

    So exemplos de atos de improbidade administrativa que violam osprincpios da administrao pblica:

    Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diversodaquele previsto, na regra de competncia.

    Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio. Revelar fato ou circunstncia de que tem cincia em razo das

    atribuies e que deva permanecer em segredo. Negar publicidade aos atos oficiais. Frustrar a licitude de concurso pblico. Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a faz-lo. Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da

    respectiva divulgao oficial, teor de medida poltica ou econmica capazde afetar o preo de mercadoria, bem ou servio .

    LESO AO ERRI O PRI NCPI OS DA ADM. PBLICA

    Frustrar a licitude de processo licitatrio

    ou dispens-lo indevidamente.

    Frustrar a licitude de concurso

    pblico.

    Notem o seguinte: ainda que a conduta do agente pblico no tenhaimportado enriquecimento ilcito ou causado prejuzo ao patrimnio pblico,ser possvel a caracterizao do ato de improbidade administrativa. Para isso,basta que esteja configurada a violao aos princpios da AdministraoPblica.

    importante registrar que o mesmo ato pode se enquadrar em mais deuma hiptese de improbidade prevista na Lei de Improbidade Administrativa.Todavia, se o caso concreto se enquadrar nos art. 9 e 10 da Lei deImprobidade Administrativa, no se deve tipificar a conduta no art. 11. Pois,aqueles dispositivos so mais especficos que este.

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    5. PENAS

    O art. 12 da Lei n 8.429/92 estabelece as penas aplicveis aoresponsvel pela prtica de atos de improbidade administrativa. Ressalta-seque as cominaes previstas no referido artigo, que podem ser aplicadasisoladamente ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato,independem das penalidades penais, civis e administrativas, previstas emlegislao especfica.

    Por exemplo: um servidor pblico pratica um ato que configura infraodisciplinar punvel com a pena de demisso. Esse ato est previsto no CdigoPenal, como crime contra a Administrao Pblica, e na Lei n 8.429/92, comoato de improbidade administrativa.

    Nessa hiptese, ele ser punido administrativamente, com a pena dedemisso; ademais, no h impedimento para que seja punidocriminalmente e, tambm, por improbidade adminis trativa.

    Amigos, esse artigo muito cobrado em provas de concursos pblicos.Por isso, tenham muita ateno ao estud-lo! Memorizem-no!

    COMI NAES POR ENRI QUECIMENTO ILCITO

    Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio . Ressarcimento integral do dano , quando houver. Perda da funo pblica . Suspenso dos direitos polticos de 8 a 10 anos . Pagamento de multa civil de at 3 vezes o valor do acrscimo

    patrimonial. Proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou

    incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que porintermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazode 10 anos .

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    COMINAES POR LESO AO ERRI O

    Ressarcimento integral do dano . Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio , se

    concorrer esta circunstncia. Perda da funo pblica . Suspenso dos direitos polticos de 5 a 8 anos . Pagamento de multa civil de at 2 vezes o valor do dano. Proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou

    incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por

    intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazode 5 anos ;

    COMI NAES POR VI OLAO AOS PRINCPIOS DA ADM. PBLI CA

    Ressarcimento integral do dano , se houver. Perda da funo pblica . Suspenso dos direitos polticos de 3 a 5 anos . Pagamento de multa civil de at 100 vezes o valor da remunerao

    percebida pelo agente. Proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou

    incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que porintermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazode 3 anos .

    Do exame da gravidade dessas sanes, percebe-se que a Lei n8.429/92 estabeleceu uma idia de hierarquia entres as espcies deimprobidade administrativa. Assim, os atos que importam enriquecimentoilcito seriam os mais lesivos e juridicamente reprovveis. J os atos quecausam prejuzo aos cofres pblicos (sem importar enriquecimento ilcito doagente) ocupam uma posio intermediria. Por fim, os atos que violam osprincpios da Administrao Pblica so menos graves que os demais.

    Nesse diapaso, o pargrafo nico do art. 12 estabelece que na fixaodas penas previstas na Lei o juiz levar em conta a extenso do danocausado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. Issosignifica que as sanes previstas na Lei da Improbidade Administrativa podem

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    ser graduadas pelo juiz, em face da extenso do dano ou do proveitopatrimonial obtido pelo agente.

    IMPORTANTE: SUSPENSO MULTA PROIBIO

    ENRIQUECIMENTO 8 a 10 anos at 3 x ganho 10 anos

    LESO 5 a 8 anos at 2 x dano 5 anos

    PRINCPIOS 3 a 5 anos at 100 x R$ 3 anos

    JURI SPRUDNCIA DO STF: Caracterizado o ato de improbidade administrativa com prejuzo aoerrio , o ressarcimento no deve ser considerado como propriamenteuma sano , mas sim uma consequncia imediata e necessria doprprio ato combatido, devendo, portanto, ser cumulada com aomenos alguma outra das medidas previstas pelo art. 12 da Lei n8.429/ 97 . Permitir-se que a devoluo de valores aos cofres pblicos seja anica punio a quem pratica o ilcito significaria conferir questo umenfoque de simples responsabilidade civil, o que, toda evidncia, no oescopo da Lei n 8.429/97. A ao de improbidade se destinafundamentalmente a aplicar sanes de carter punitivo ao agente mprobo, afim de inibir a reiterao da conduta ilcita. Assim, embora seja certo queas sanes previstas na Lei n 8.429/ 92 no so necessariamenteaplicveis cumuladamente (podendo o juiz, sopesando ascircunstncias do caso e atento ao princpio da proporcionalidade,eleger a punio mais adequada), tambm certo que, verificado oato de improbidade, a sano no pode se limitar ao ressarcimento dedanos . (REsp 622.234/SP, Informativo 409)

    Acerca deste tema, importante saber que, em decorrncia do princpioda presuno de inocncia (CF, art. 5, LVII), a perda da funo pblica e asuspenso dos direitos polticos s se efetivam com o trnsito em

    julgado da sentena condenatria (art. 20).Assim, a improbidade administrativa s pode ser decretada mediante o

    devido processo legal por meio de processo administrativo ou judicial, em quesejam assegurados ao acusado o contraditrio e a ampla defesa, aps decisotransitada em julgado.

    No obstante, a autoridade judicial ou administrativa competentepoder determinar o afastamento cautelar do agente pblico do exerccio

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    do cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao , quando amedida se fizer necessria instruo processual (art. 20, pargrafo nico).

    Segundo o art. 21, a aplicao das sanes previstas na Lei deImprobidade Administrativa independe da: Efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico, salvo quanto

    pena de ressarcimento . Aprovao ou rejeio das contas pelo rgo de controle

    interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

    Isso significa que um agente pblico responsvel pela prtica de ato deimprobidade administrativa, em regra, no pode usar como justificativa parase eximir das sanes cabveis, os seguintes argumentos: os atos que cometino causaram dano ao patrimnio pblico. Alm disso, as contas que gerencieiforam aprovadas pela CGU (ou pelo TCU).

    IMPORTANTE: Na fixao das penas previstas na Lei o juiz levar em conta a

    extenso do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

    A perda da funo pblica e a suspenso dos direitos polticos sse efetivam com o trnsito em julgado da sentena condenatria.

    A autoridade judicial ou administrativa competente poderdeterminar o afastamento cautelar do agente pblico do exercciodo cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao.

    A aplicao das sanes previstas na Lei de Improbidade Administrativaindepende da:

    1) Efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico, salvoquanto pena de ressarcimento.

    2) Aprovao ou rejeio das contas pelo rgo de controleinterno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

    6. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E PROCESSO JUDICIAL

    Qualquer pessoa poder representar autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigao destinada a apurar a

    prtica de ato de improbidade (art. 14). Essa previso legal decorre do direitode petio (CF, art. 5, XXXIV).

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    A representao, que no poder ser verbal , ser escrita oureduzida a termo e assinada ; e conter a qualificao do representante ,

    as informaes sobre o fato e sua autoria e a indicao das provas de quetenha conhecimento (art. 14, 1).

    IMPORTANTE: Qualquer pessoa poder representar autoridade

    administrativa competente para que seja instaurada investigaodestinada a apurar a prtica de ato de improbidade.

    Requisitos da representao: ser escrita ou reduzida a termo eassinada (no pode ser verbal), com a qualificao do representante,possuir as informaes sobre o fato e sua autoria e a indicao dasprovas.

    De acordo com o art. 14, 2, se no atendidos os requisitos darepresentao (ser escrita ou reduzida a termo e assinada, com a qualificaodo representante, possuir as informaes sobre o fato e sua autoria e aindicao das provas), ela ser rejeitada pela autoridade administrativa ,mediante despacho fundamentado .

    Todavia, essa rejeio no impede a representao ao MP , quepoder requisitar a instaurao de inqurito policial ou procedimentoadministrativo para apurar qualquer ilcito previsto na Lei (art. 22). Ou seja,mesmo que a representao no mbito administrativo no possua oselementos necessrios para a apurao, o MP poder determinar investigaescomplementares.

    Atendidos os requisitos da representao, a autoridade determinar aimediata apurao dos fatos que, em se tratando de servidores federais, serprocessada na forma prevista na Lei n 8.112/90 (Processo AdministrativoDisciplinar) e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivosregulamentos disciplinares (art. 14, 3).

    Instaurado o processo administrativo disciplinar para apurar a prtica deimprobidade administrativa, a comisso processante dar conhecimentoao Ministrio Pblico e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existnciado referido procedimento apuratrio (art. 15). Esses rgos podero, arequerimento, designar representante para acompanhar o procedimentoadministrativo (art. 15, pargrafo nico).

    Quando o ato de improbidade causar leso ao patrimnio pblico ouensejar enriquecimento ilcito , caber a autoridade administrativa

    responsvel pelo inqurito representar ao Ministrio Pblico , para aindisponibilidade dos bens do indiciado (art. 7).

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    Essa indisponibilidade de bens, que uma medida de natureza cautelar afim de garantir o ressarcimento do errio, recair sobre bens que assegurem

    o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acrscimo patrimonialresultante do enriquecimento ilcito (art. 7 pargrafo nico).Ressalta-se que, independentemente dessa representao da autoridade

    administrativa, o MP poder requerer a indisponibilidade dos bens do indiciado.Ou seja, o MP poder propor medida cautelar para indisponibilidade dos bensdo agente ou de terceiro que tenha praticado ato de improbidadeadministrativa.

    Ademais, se houver fundados indcios de responsabilidade, a comissorepresentar ao Ministrio Pblico ou procuradoria do rgo para querequeira ao juzo competente a decretao do sequestro dos bens do agenteou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimniopblico (art. 16).

    A fim de prover eficcia medida cautelar de sequestro de bens, a Leipermite que o pedido inclua a investigao , o exame e o bloqueio de bens,contas bancrias e aplicaes financeiras mantidas pelo indiciado noexterior , nos termos da lei e dos tratados internacionais (art. 16, 2).

    IMPORTANTE:

    A medida cautelar de indisponibilidade de bens pode ser requerida antesde transitar em julgado a sentena condenatria.

    A Lei n 8.429/92 confere, de forma clara, competncia ao MinistrioPblico para a propositura de ao civil de improbidade administrativa.Todavia, de acordo com o art. 17 da Lei, a ao judicial para apurao deeventual prtica de improbidade administrativa no prerrogativa doP a r q u e t .

    Pois, a referida ao pode ser proposta pelo MP ou pela pessoa jurdica interessada . Entende-se por pessoa interessada aquela em cujombito ocorreu a prtica do ato de improbidade administrativa. Esta ao

    judicial, que possui natureza civil , ser proposta em at 30 dias aps aefetivao da medida cautelar de sequestro de bens , se for o caso.

    Conforme dispe o art. 17, 1 da Lei, vedada a transao, acordoou conciliao nas aes judiciais para apurao de eventual prtica deimprobidade administrativa.

    Tal vedao visa a garantir a aplicao integral das penas cabveis, bemcomo a restituio aos cofres pblicos dos prejuzos causados. decorrnciado princpio da indisponibilidade do interesse e dos bens pblicos, que veda aoadministrador a pratica de atos que impliquem renncia de direitos daAdministrao Pblica ou que injustificadamente onerem a sociedade.

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    Ademais, a Administrao Pblica, quando for o caso, promoveras aes necessrias complementao do ressarcimento do

    patrimnio pblico (art. 17, 2). Ou seja, quando o ressarcimentoresultante do processo no for suficiente para cobrir os reais prejuzos aoscofres pblicos, a Fazenda Pblica obrigatoriamente tomar as medidasnecessrias devida complementao.

    O art. 17, 3, da Lei n 8.429/92 prev que se a ao de improbidadefor proposta pelo Ministrio Pblico, a pessoa jurdica poder contestar(apresentar defesa) a referida ao ou, abstendo-se de contest-la, poderatuar ao lado do Ministrio Pblico.

    Esse dispositivo de complexa redao diz respeito ao litisconsrcio, que um mecanismo de economia processual cujo objetivo reunir em um mesmoprocesso as pessoas com interesses comuns, conexos ou afins, para evitar quecada uma mova um processo diferente.

    Com efeito, a pessoa jurdica poder abster-se de contestar o pedido, ouseja, poder deixar de apresentar defesa na seguinte situao: existindo maisde uma pessoa jurdica, se uma delas apresentar a contestao, as outraspodero no apresentar defesa. Pois, o direito de abster-se de apresentardefesa se fundamenta na presuno da existncia de contestao apresentadapor outra pessoa jurdica integrante do litisconsrcio.

    Alm disso, a pessoa jurdica poder atuar ao lado do Ministrio Pblico,

    desde que isso se afigure til ao interesse pblico. Por exemplo, a pessoa jurdica foi prejudicada pelos atos de improbidade administrativa (prejuzo aoerrio); por isso, pode atuar ao lado do MP.

    Quando o Ministrio Pblico no figurar no processo como parte (a aofor proposta pela pessoa jurdica interessada), atuar obrigatoriamente ,como fiscal da lei , sob pena de nulidade (art. 17, 4).

    Ou seja, conforme dispe o caput do art. 17, a ao principal serproposta pelo Ministrio Pblico ou pela pessoa jurdica interessada. Assim, seo Ministrio Pblico no for o autor da ao, atuar no processo,obrigatoriamente, como fiscal da lei.

    A propositura da ao de improbidade administrativa previne acompetncia para futuras aes intentadas que possuam a mesma causa depedir ou o mesmo objeto (art. 17, 5).

    Essa regra impe jurisdio nica para o conhecimento,processamento e julgamento das aes de improbidade administrativa ,adotando como regra a unidade do processo e julgamento perante o mesmorgo jurisdicional de aes conexas .

    O art. 17, 5, da Lei n 8.429/92, ao fixar jurisdio nica para asaes conexas, visou a evitar a ocorrncia de decises conflitantes , bemcomo a impedir a insegurana jurdica e a instabilidade das relaes jurdicasdecorrentes da possibilidade de a qualquer momento serem proferidas

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    decises judiciais discrepantes em diversos juzos sobre a mesma relao jurdica.

    A ao de improbidade administrativa ser instruda com documentosou justificao que contenham indcios suficientes da existncia do ato deimprobidade ou com razes fundamentadas da impossibilidade deapresentao de qualquer dessas provas, observada a legislao vigente,inclusive as disposies inscritas nos arts. 16 a 18 do Cdigo de Processo Civil.(art. 17, 6).

    Esse dispositivo visa a evitar a propositura de aes temerrias einfundadas, movidas com o propsito claro de prejudicar o ru. Nesse sentido,o art. 19 da Lei tipifica como crime (pena: deteno de 6 a 10 meses e multa)a representao por ato de improbidade contra agente pblico ou terceirobeneficirio, quando o autor da denncia o sabe inocente. Ademais, odenunciante est sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,morais ou imagem que houver provocado (art. 19, pargrafo nico).

    IMPORTANTE: Constitui crime a representao por ato de improbidade contra agente

    pblico ou terceiro beneficirio, quando o autor da denncia o sabeinocente .

    Alm da sano penal, o denunciante est sujeito a indenizar odenunciado pelos danos materiais, morais ou imagem que houverprovocado.

    CPC, ARTS. 16 A 18:Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual

    Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de m-f comoautor, ru ou interveniente.

    Art. 17. Reputa-se litigante de m-f aquele que:I - deduzir pretenso ou defesa contra texto expresso de lei ou fato

    incontroverso;II - alterar a verdade dos fatos;III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;IV - opuser resistncia injustificada ao andamento do processo;V - proceder de modo temerrio em qualquer incidente ou ato do

    processo;Vl - provocar incidentes manifestamente infundados.

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    VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatrio.Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofcio ou a requerimento, condenar o

    litigante de m-f a pagar multa no excedente a um por cento sobre o valorda causa e a indenizar a parte contrria dos prejuzos que esta sofreu, mais oshonorrios advocatcios e todas as despesas que efetuou.

    1o Quando forem dois ou mais os litigantes de m-f, o juiz condenarcada um na proporo do seu respectivo interesse na causa, ousolidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrria.

    2o O valor da indenizao ser desde logo fixado pelo juiz, em quantiano superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado porarbitramento.

    Estando a petio inicial da ao de improbidade em devida forma, o juizmandar autu-la e ordenar a notificao do requerido, para oferecermanifestao por escrito, que poder ser instruda com documentos e

    justificaes, dentro do prazo de 15 dias (art. 17, 7).Ou seja, se petio inicial, que o documento que d incio ao

    processo, atender aos requisitos legais, o juiz iniciar o processo e ordenarque seja dado conhecimento oficial deste pessoa contra a qual pesa aacusao relativa improbidade administrativa. A partir da notificao, essapessoa tem 15 dias para apresentar sua defesa prvia .

    Recebida a manifestao, o juiz, no prazo de 30 dias, em decisofundamentada, rejeitar a ao, se convencido da inexistncia do ato deimprobidade, da improcedncia da ao (no aceitao devido inexistnciade fundamentos jurdicos ou probatrios) ou da inadequao da via eleita(caso a ao deva ser analisada em outra instncia jurdica) (art. 17, 8).

    JURI SPRUDNCIA DO TRF-1:

    PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AOCIVIL PBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - RECEBIMENTODA INICIAL -AUSNCIA DE FUNDAMENTAO - PRELIMINAR DE NULIDADE DADECISO ACOLHIDA - RECURSO PROVIDO.I - A Lei de Improbidade Administrativa, na fase de admissibilidadeda ao, exige do Juzo maior rigor nos fundamentos no paraaceitar, mas para rejeitar a ao. No ela admitida em trshipteses: se convencido da inexistncia do ato de improbidade, daimprocedncia da ao ou da inadequao da via eleita. Se omagistrado, no juzo prvio de delibao, que caracteriza a fasepreliminar da ao de improbidade, no verifica a presena dequalquer dessas hipteses, tem de receber a inicial e dar regular

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    prosseguimento ao feito.II - Todavia, a deciso que recebe a ao de improbidade , embora possaser concisa, deve fundamentar minimamente o nexo causal entre osfatos narrados na pea inaugural e o tipo descrito na Lei 8.429/ 92,sob pena de nulidade. Adequao ao disposto nos arts. 5, inciso LVII e93, inciso IX, da CF/88 e 165 do CPC. Precedentes da Corte.III - Na hiptese vertente, a deciso recorrida no se mostra motivada, namedida em que o magistrado oficiante limitou-se a dizer que no ficou"convencido da inexistncia do ato de improbidade, da improcedncia daao ou da inadequao da via eleita."IV- Agravo provido. Deciso anulada. (AG 2008.01.00.043447-0/BA, Rel. Juiz

    Federal Reynaldo Soares Da Fonseca (conv), Terceira Turma,e-DJF1 p.141 de02/02/2009)

    Recebida a petio inicial, ser o ru citado para apresentar contestao(art. 17, 9). Ou seja, caso o juiz tenha admita a ao, por consider-la emconformidade com as exigncias legais, o ru ser citado para apresentardefesa contra as acusaes feitas na ao.

    Da deciso que receber a petio inicial, caber agravo deinstrumento (art. 17, 10). Isto , caber recurso contra a deciso do juiz deaceitar a petio inicial.

    Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequao da ao deimprobidade, o juiz extinguir o processo sem julgamento do mrito (art. 17,11).

    O disposto no art. 221, caput e 1 o, do Cdigo de Processo Penal (queestabelece procedimentos especiais para a tomada de depoimentos deautoridades), aplica-se aos depoimentos ou inquiries realizadas nosprocessos regidos pela Lei de Improbidade Administrativa (art. 17, 12).

    Por fim, nos termos do art. 18 da Lei, a sentena que julgar procedenteao civil de reparao de dano ou decretar a perda dos bens havidosilicitamente determinar o pagamento ou a reverso dos bens, conforme ocaso, em favor da pessoa jurdica prejudicada pelo ilcito (art. 18).

    7. PRESCRIO

    As aes destinadas a levar a efeitos as sanes previstas nesta leipodem ser propostas:

    At 5 anos aps o trmino do exerccio de mandato, de cargo emcomisso ou de funo de confiana.

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    Dentro do prazo prescricional previsto em lei especfica para faltasdisciplinares punveis com demisso a bem do servio pblico, nos

    casos de exerccio de cargo efetivo ou emprego.Por fim, cabe-me ressaltar que as regras acerca da prescrio contidasno art. 23 da Lei de Improbidade Administrativa valem para todas as sanesnela previstas.

    JURISPRUDNCIAS: STF, AI-AgR 538389/SP, AG. REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO, RelatorMin. EROS GRAU, Julgamento em 29/08/2006: (...) inexiste foro porprerrogativa de funo nas aes de improbidade administrativa...

    STJ, REsp 737279/PR, Rel. Min. Castro Meira, DJ 21/05/2008 p.1: (...)1. A leso a princpios administrativos contida no art. 11 da Lei n8.429/ 92, em princpio, no exige dolo ou culpa na conduta doagente nem prova da leso ao errio pblico. Basta a simples ilicitudeou imoralidade administrativa para restar configurado o ato deimprobidade. Caso reste demonstrada a leso, o inciso III do art. 12da Lei n 8.429/ 92 autoriza que seja o agente pblico condenado aressarcir o errio. 2. A conduta do recorrente de contratar e manterservidores sem concurso pblico na Administrao amolda-se aocaput do art. 11 da Lei n 8.429/ 92, ainda que o servio tenha sidodevidamente prestado. 3. No havendo prova de dano ao errio, noh que se falar em ressarcimento, nos termos da primeira parte do doinciso II I do art. 12 da Lei n 8.429/ 92. As demais penalidades,inclusive a multa civil, que no ostenta feio indenizatria, soperfeitamente compatveis com os atos de improbidade tipificados noart. 11 da Lei n 8.429/ 92 (leso aos princpos administrativos) ...

    STJ COMPETNCIA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. GOVERNADOR. (...)o STJ no tem competncia para apreciar processos em que sediscute atos de improbidade administrativa supostamente praticadospor Governador de Estado . A prerrogativa de foro dos governadores estrelacionado prtica de ilcitos criminais comuns, sendo certo que ainvestigao deatos de improbidade administrativa refoge competnciaexpressa preconizada no art. 105, I, a, da CF/1988 (...) Rel. Min. VicenteLeal, julgado em 16/05/2003.

    STJ ACP. IMPROBIDADE. EX-PREFEITO.REELEIO.O ex-prefeito exerceu o primeiro mandato eletivo de 1 de janeiro de 1997 a31 de dezembro de 2000 e foi reeleito para segundo mandato, de 1 de

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    janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2004, sendo que o ato imputado comomprobo foi perpetrado em maio de 1998, durante o primeiro mandato. O

    cerne da questo consiste na definio do termo a quo para a contagem doprazo prescricional para ajuizamento da ao de improbidade administrativa.Se tem incio o lapso temporal com o fim do primeiro mandato ou quando dotrmino do segundo mandato. Para o Min. Relator, A Lei de ImprobidadeAdministrativa (LIA), promulgada antes da EC n. 16/1997, que deu novaredao ao 5 do art. 14 da CF/1988, considerou como termo inicial daprescrio exatamente o final de mandato . No entanto, a EC n. 16/1997possibilitou a reeleio dos chefes do Poder Executivo em todas as esferasadministrativas, com o expresso objetivo de constituir corpos administrativosestveis e cumprir metas governamentais de mdio prazo, para oamadurecimento do processo democrtico. A Lei de I mprobidade associa,no art. 23, I, o incio da contagem do prazo prescricional ao trminode vnculo temporrio, entre os quais o exerccio de mandato eletivo.De acordo com a justificativa da PEC de que resultou a EC n. 16/1997, areeleio, embora no prorrogue simplesmente o mandato, importa em fatorde continuidade da gesto administrativa. Portanto, o vnculo com aAdministrao, sob o ponto de vista material, em caso de reeleio, no sedesfaz no dia 31 de dezembro do ltimo ano do primeiro mandato para serefazer no dia 1 de janeiro do ano inicial do segundo mandato. Em razodisso, o prazo prescricional deve ser contado a partir do fim dosegundo mandato. O administrador, alm de detentor do dever deconsecuo do interesse pblico, guiado pela moralidade e por ela limitado, o responsvel, perante o povo, pelos atos que, em sua gesto, em umou dois mandatos, extrapolem tais parmetros. A estabilidade da estruturaadministrativa e a previso de programas de execuo duradourapossibilitam, com a reeleio, a satisfao, de forma mais concisa e eficiente,do interesse pblico. No entanto, o bem pblico de titularidade do povo, aquem o administrador deve prestar contas. E se, por dois mandatosseguidos, pde usufruir de uma estrutura mais bem planejada e deprogramas de governo mais consistentes, colhendo frutos ao longo dos doismandatos principalmente, no decorrer do segundo, quando os resultadosconcretos realmente aparecem deve responder inexoravelmente perante otitular da res publica por todos os atos praticados durante os oito anos deadministrao, independente da data de sua realizao. No que concerne ao civil pblica em que se busca a condenao por dano ao errio eo respectivo ressarcimento, este Superior Tribunal considera que talpretenso imprescritvel , com base no que dispe o art. 37, 5, daCF/1988. REsp 1.107.833-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em8/9/2009.

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    IMPORTANTE:

    De acordo com o art. 23, I da Lei n 8.429/92, as aes de improbidadeadministrativa podem ser ajuizadas at 5 anos aps o trmino doexerccio de mandato, de cargo em comisso ou de funo deconfiana.

    Percebam que a contagem no inic iada na data da prtica do ato de improbidade.

    No caso de reeleio , a contagem do prazo quinquenal se inicia aps otrmino do segundo mandato .

    As aes de ressarcimento so imprescritveis .

    8. RESUMO

    1) vedada a cassao de direitos polticos.

    2) Os atos de improbidade administrativa importaro (PRIS):Perda da funo pblica;Ressarcimento ao errio;Indisponibilidade dos bens; eSuspenso dos direitos polticos.

    3) Sujeitos Passivos: Administrao Direta e Indireta + 3 Poderes + U/E/DF/M/T. Incorporada ou + 50% BIS ou -50% (LIMITADA)

    4) Sujeitos Ativos: Agentes pblicos. Terceiros.

    5) considerado agente pblico todo aquele que exerce, ainda quetransitoriamente ou sem remunerao , por eleio, nomeao,designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ou vnculo,

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    mandato, cargo, emprego ou funo nas entidades citadas como sujeitopassivo (art. 2).

    6) Ocorrendo leso ao patrimnio pblico por ao ou omisso, dolosaou culposa , do agente ou de terceiro, dar-se- o integral ressarcimento dodano (art. 5).

    7) Em relao ao sucessor do mprobo, as sanes de natureza pecuniriacominadas na LIA limitam-se ao valor da herana (art.8).

    8) Os agentes polticos, por estarem regidos por normas especiais deresponsabilidade, no respondem por improbidade administrativa com base naLei 8.429/92, mas apenas por crime de responsabilidade.

    9)

    Improbidade administrativa(3 espcies)

    Enriquecimento ilcito

    Leso ao errio

    Violao aos princpios da Administrao Pblica

    10) A declarao compreende: Imveis Mveis Semoventes Dinheiro

    Ttulos Aes Bens e valores patrimoniais

    No P as ou no exterior. Abrange cnjuge ou companheiro , filhos e dependentes. Exclui apenas os objetos e utenslios de uso domstico.

    11) A declarao de bens ser atualizada anualmente e na data em que oagente pblico deixar o exerccio do mandato, cargo, emprego ou funo.

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    12) O agente pblico poder (faculdade) entregar cpia da Declarao doImposto de Renda Pessoa Fsica apresentada Receita Federal.

    13) O agente pblico que se recusar a prestar declarao dos bens, dentro doprazo determinado, ou que a prestar falsa ser punido com a pena dedemisso , a bem do servio pblico, sem prejuzo de outras sanescabveis.

    14)

    ENRI QUECI MENTO IL CITO LESO AO ERRI O

    Perceber vantagem econmica. Permitir, facilitar ou concorrer para queterceiro se enriquea ilicitamente.

    Utilizar, em obra ou servioparticular, veculos, mquinas,equipamentos ou material dequalquer natureza, de propriedadeou disposio de qualquer dasentidades mencionadas no art. 1desta lei, bem como o trabalho deservidores pblicos, empregadosou terceiros contratados por essasentidades.

    Permitir que se utilize , em obra ouservio particular, veculos, mquinas,equipamentos ou material de qualquernatureza, de propriedade ou disposiode qualquer das entidades mencionadasno art. 1 desta lei, bem como o trabalhode servidor pblico, empregados outerceiros contratados por essas entidades.

    Incorporar , por qualquer forma,ao seu patrimnio bens, rendas,verbas ou valores integrantes doacervo patrimonial das entidadesmencionadas no art. 1 desta lei.

    Facilitar ou concorrer por qualquerforma para a incorporao aopatrimnio particular , de pessoa fsicaou jurdica, de bens, rendas, verbas ouvalores integrantes do acervo patrimonialdas entidades mencionadas no art. 1desta lei.

    Perceber vantagem econmicapara intermediar a liberao ouaplicao de verba pblica dequalquer natureza.

    Liberar verba pblica sem a estritaobservncia das normas pertinentes ouinfluir de qualquer forma para a suaaplicao irregular.

    Perceber vantagem econmica ,direta ou indireta, para facilitar aalienao, permuta ou locao de

    bem pblico ou o fornecimento deservio por ente estatal por preoinferior ao valor de mercado.

    Permitir ou facilitar a alienao,permuta ou locao de bem integrantedo patrimnio de qualquer das entidades

    referidas no art. 1 desta lei, ou ainda aprestao de servio por parte delas, porpreo inferior ao de mercado

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    Perceber vantagem econmica ,direta ou indireta, para facilitar aaquisio, permuta ou locao debem mvel ou imvel, ou acontratao de servios pelasentidades referidas no art. 1 porpreo superior ao valor demercado

    Permitir ou facilitar a aquisio,permuta ou locao de bem ou serviopor preo superior ao de mercado

    15)

    LESO AO ERRI O PRI NCPI OS DA ADM. PBLICA

    Frustrar a licitude de processo licitatrioou dispens-lo indevidamente.

    Frustrar a licitude de concursopblico.

    16)IMPORTANTE: SUSPENSO MULTA PROIBIO

    ENRIQUECIMENTO 8 a 10 anos at 3 x ganho 10 anos

    LESO 5 a 8 anos at 2 x dano 5 anos

    PRINCPIOS 3 a 5 anos at 100 x R$ 3 anos

    17) Na fixao das penas previstas na Lei o juiz levar em conta aextenso do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido peloagente.

    18) A perda da funo pblica e a suspenso dos direitos polticos s seefetivam com o trnsito em julgado da sentena condenatria.

    19) A autoridade judicial ou administrativa competente poder determinaro afastamento cautelar do agente pblico do exerccio do cargo, empregoou funo, sem prejuzo da remunerao.

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    20) A aplicao das sanes previstas na Lei de Improbidade Administrativaindepende da:

    Efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico, salvo quanto pena de ressarcimento.

    Aprovao ou rejeio das contas pelo rgo de controle interno oupelo Tribunal ou Conselho de Contas.

    21) Qualquer pessoa poder representar autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigao destinada a apurar aprtica de ato de improbidade.

    22) Requisitos da representao: ser escrita ou reduzida a termo e assinada(no pode ser verbal), com a qualificao do representante, possuir asinformaes sobre o fato e sua autoria e a indicao das provas.

    23) A medida cautelar de indisponibilidade de bens pode ser requeridaantes de transitar em julgado a sentena condenatria.

    24) vedada a transao, acordo ou conciliao nas aes judiciais paraapurao de eventual prtica de improbidade administrativa.

    25) Constitui crime a representao por ato de improbidade contra agentepblico ou terceiro beneficirio, quando o autor da denncia o sabeinocente .

    26) Alm da sano penal, o denunciante est sujeito a indenizar odenunciado pelos danos materiais, morais ou imagem que houverprovocado.

    27) As sanes previstas na Lei da Improbidade Administrativa prescrevemem 5 anos, contados do trminino do exerccio de mandato, de cargoem comisso ou de funo de confiana.Cuidado: a contagem no se inicia na data da prtica do ato deimprobidade administrativa.

    28) No caso de reeleio , a contagem desse prazo quinquenal se inicia apso trmino do segundo mandato (STJ, julgado em 8/9/2009).

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    29) Inexiste foro por prerrogativa de funo nas aes de improbidadeadministrativa.

    30) A leso a princpios administrativos contida no art. 11 da Lei n 8.429/92,em princpio, no exige dolo ou culpa na conduta do agente nem prova daleso ao errio pblico. Basta a simples ilicitude ou imoralidade administrativapara restar configurado o ato de improbidade. Caso reste demonstrada a leso,o inciso III do art. 12 da Lei n 8.429/92 autoriza que seja o agente pblicocondenado a ressarcir o errio.

    31) A conduta do recorrente de contratar e manter servidores sem concursopblico na Administrao amolda-se ao caput do art. 11 da Lei n 8.429/92,ainda que o servio tenha sido devidamente prestado.

    32) No havendo prova de dano ao errio, no h que se falar emressarcimento, nos termos da primeira parte do do inciso III do art. 12 da Lein 8.429/92. As demais penalidades, inclusive a multa civil, que no ostentafeio indenizatria, so perfeitamente compatveis com os atos deimprobidade tipificados no art. 11 da Lei n 8.429/92 (leso aos princposadministrativos.

    33) O STJ no tem competncia para apreciar processos em que se discuteatos de improbidade administrativa supostamente praticados por Governadorde Estado.

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    9. EXERCCIOS COMENTADOS

    (CESPE/ TRT-17Regio/ 2009) A respeito dos atos de improbidadeadministrativa, julgue os itens a seguir de acordo com a Lei n. 8.429/1992.

    41. (CESPE/ TRT-17Regio/ 2009) Retardar, indevidamente, ato de ofcioconstitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princpios daadministrao pblica.

    Comentrios:

    Certo. So exemplos de atos de improbidade administrativa que violamos princpios da administrao pblica:

    Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diversodaquele previsto, na regra de competncia.

    Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio. Revelar fato ou circunstncia de que tem cincia em razo das

    atribuies e que deva permanecer em segredo.

    Negar publicidade aos atos oficiais. Frustrar a licitude de concurso pblico. Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a faz-lo. Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da

    respectiva divulgao oficial, teor de medida poltica ou econmica capazde afetar o preo de mercadoria, bem ou servio.

    42. (CESPE/ TRT-17Regio/ 2009) Concorrer, dolosa ou culposamente,para que terceiro se enriquea ilicitamente constitui ato de improbidadeadministrativa que causa prejuzo ao errio.

    Comentrios:

    Certo.

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    ENRIQUECIMENTO IL CITO LESO AO ERRI O

    Perceber vantagem econmica. Permitir, facilitar ou concorrer para queterceiro se enriquea ilicitamente.

    43. (CESPE/ Tcnico/ TRE-MG/ 2009) No constitui ato de improbidadeadministrativa, considerado pela Lei n. 8.429/1992 como atentatrio aosprincpios da administrao pblica,

    a) praticar ato administrativo que dispense ou declare a inexigibilidade de

    processo licitatrio.b) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio.c) revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da

    respectiva divulgao oficial, teor de medida poltica ou econmica capazde afetar o preo de mercadoria, bem ou servio.

    d) negar publicidade aos atos oficiais.e) deixar de prestar contas quando for legalmente obrigado a faz-lo.

    Comentrios:

    Letra a. So exemplos de atos de improbidade administrativa queviolam os princpios da administrao pblica:

    Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diversodaquele previsto, na regra de competncia.

    Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio. Revelar fato ou circunstncia de que tem cincia em razo das

    atribuies e que deva permanecer em segredo. Negar publicidade aos atos oficiais. Frustrar a licitude de concurso pblico. Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a faz-lo. Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da

    respectiva divulgao oficial, teor de medida poltica ou econmica capazde afetar o preo de mercadoria, bem ou servio.

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    (CESPE/Analista/STJ/2008) Quanto Lei de Improbidade ( Lei n.8.429/1992 ), julgue os itens a seguir.

    44. (CESPE/ Analista/ STJ/ 2008) Se um indivduo pretende tomar posse eentrar em exerccio em cargo pblico efetivo no mbito do STJ, nesse caso,como no se trata de cargo em comisso, ele no estar obrigado a fornecer adeclarao de bens e valores que compem seu patrimnio privado, a fim deser arquivada no servio de pessoal competente.

    Comentrios:

    Errado. considerado agente pblico todo aquele que exerce, aindaque transitoriamente ou sem remunerao , por eleio, nomeao,designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ou vnculo,mandato, cargo, emprego ou funo nas entidades citadas como sujeitopassivo (art. 2).

    Segundo o art. 13, a posse e o exerccio de agente pblico ficamcondicionados apresentao de declarao dos bens e valores quecompem o seu patrimnio privado, a fim de ser arquivada no servio depessoal competente. Tal medida visa a instituir um mecanismo que permitacontrolar a licitude da evoluo patrimonial do agente pblico.

    A declarao compreender imveis, mveis, semoventes (bovinos,ovinos, sunos, caprinos, equinos, etc.), dinheiro, ttulos, aes , e qualqueroutra espcie de bens e valores patrimoniais , localizado no Pas ou noexterior , e, quando for o caso, abranger os bens e valores patrimoniais docnjuge ou companheiro , dos filhos e de outras pessoas que vivam sob adependncia econmica do declarante, excludos apenas os objetos eutenslios de uso domstico (art. 13, 1).

    A fim de efetivar o controle da evoluo patrimonial a Lei dispe que adeclarao de bens ser atualizada anualmente e na data em que oagente pblico deixar o exerccio do mandato, cargo, emprego ou funo(art. 13, 2).

    Em substituio declarao obrigatria, bem como s devidasatualizaes, o agente pblico poder (faculdade) entregar cpia daDeclarao do Imposto de Renda Pessoa Fsica apresentada ReceitaFederal (art. 13, 4).

    O agente pblico que se recusar a prestar declarao dos bens, dentrodo prazo determinado, ou que a prestar falsa ser punido com a pena dedemisso , a bem do servio pblico, sem prejuzo de outras sanescabveis (art. 13, 3).

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    (CESPE/Analista/STF/2008) O Ministrio da Sade firmou convnio comuma instituio privada, com fins lucrativos, que atua na rea de sade pblicamunicipal. O objeto desse convnio era a instalao de uma UTI neonatal nohospital por ela administrado. Conforme esse convnio, a referida instituioteria o encargo de, utilizando-se de subvenes da Unio, instalar a UTIneonatal e disponibilizar, para a comunidade local hipossuficiente, pelo menos50% dos leitos dessa nova UTI. No entanto, essa instituio acabou por utilizarparte desses recursos pblicos na reforma de outras reas do hospital e naaquisio de equipamentos mdico-hospitalares de baixssima qualidade.Maria, que ali foi atendida, viu sua filha recm-nascida falecer nesse hospital.Apurou-se, por meio de percia, que a morte da recm-nascida ocorreu porfalha tcnica na instalao e devido baixa qualidade dos equipamentos aliinstalados. Em face dessa constatao e visando evitar novas mortes, omunicpio suspendeu provisoriamente o alvar de funcionamento da referidaUTI, notificando-se o hospital para cincia e eventual impugnao no prazolegal.Considerando a situao hipottica apresentada acima, julgue os itens, acercados contratos administrativos, dos servios pblicos, da responsabilidade civil eda Lei n. 8.429/1992.

    45. (CESPE/Analista/STF/2008) No houve, no caso em tela, ato deimprobidade, j que os dirigentes de instituio privada no respondem por atode improbidade, de que trata a Lei n. 8.429/1992.

    Comentrios:

    Errado. Podem ser sujeito passivo do ato de improbidade administrativa

    (art. 1): Os rgos da Administrao Direta e Indireta , de quaisquer dos

    Poderes (PL, PE e PJ) de quaisquer esferas de governo (U, E, DFe M ) e dos Territrios .

    A empresa incorporada ao patrimnio pblico ou a entidade paracuja criao ou custeio o errio haja concorrido ou concorra commais de 50% do patrimnio ou da receita anual.

    A entidade que receba Benefcio, Incentivo ou Subveno, fiscal oucreditcio, de rgo pblico (por exemplo: as ONGs) bem como

    aquelas para cuja criao ou custeio o errio haja concorrido ouconcorra com menos de 50% do patrimnio ou da receita anual(pargrafo nico). (*)

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    (*) Nesses casos, diferentemente dos demais, a sanopatrimonial limitada (proporcional) repercusso do ilcito sobrea contribuio dos cofres pblicos.

    IMPORTANTE: Sujeitos Passivos:

    Administrao Direta e Indireta + 3 Poderes + U/E/DF/M/T. Incorporada ou + 50%

    BIS ou -50% (LIMITADA)

    46. (CESPE/Procurador/PGE-PI/2008) O servidor pblico processado porato de improbidade administrativa que importe em violao aos princpios daadministrao pblica est sujeito perda do cargo pblico.

    Comentrios:

    Certo.

    COMI NAES POR ENRI QUECIMENTO ILCITO

    Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio . Ressarcimento integral do dano , quando houver.

    Perda da funo pblica . Suspenso dos direitos polticos de 8 a 10 anos . Pagamento de multa civil de at 3 vezes o valor do acrscimo

    patrimonial. Proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou

    incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que porintermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazode 10 anos .

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    COMINAES POR LESO AO ERRI O

    Ressarcimento integral do dano . Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio , se

    concorrer esta circunstncia. Perda da funo pblica . Suspenso dos direitos polticos de 5 a 8 anos . Pagamento de multa civil de at 2 vezes o valor do dano. Proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou

    incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por

    intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazode 5 anos ;

    COMI NAES POR VI OLAO AOS PRINCPIOS DA ADM. PBLI CA

    Ressarcimento integral do dano , se houver. Perda da funo pblica . Suspenso dos direitos polticos de 3 a 5 anos . Pagamento de multa civil de at 100 vezes o valor da remunerao

    percebida pelo agente. Proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou

    incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que porintermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazode 3 anos .

    IMPORTANTE: SUSPENSO MULTA PROIBIO

    ENRIQUECIMENTO 8 a 10 anos at 3 x ganho 10 anos

    LESO 5 a 8 anos at 2 x dano 5 anos

    PRINCPIOS 3 a 5 anos at 100 x R$ 3 anos

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    47. ( CESPE/Procurador/PGE-PI/2008) Ser punido com pena de multa oagente pblico que se recusar a prestar declarao dos bens e valores que

    compem seu patrimnio, a fim de ser arquivada no servio de pessoalcompetente.

    Comentrios:

    Errado. Ser punido com a pena de demisso , a bem do serviopblico, sem prejuzo de outras sanes cabveis, o agente pblico que serecusar a prestar declarao dos bens, dentro do prazo determinado, ou quea prestar falsa (art. 13, 3).

    48. ( CESPE/Procurador/PGE-PI/2008) Segundo a Lei n. 8.429/1992 - Leide Improbidade Administrativa -, para que o servidor pblico seja punido comas penalidades nela previstas, imprescindvel a efetiva ocorrncia de dano aopatrimnio pblico.

    Comentrios:

    Errado. Segundo o art. 21, a aplicao das sanes previstas na Lei deImprobidade Administrativa independe da:

    Efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico, salvo quanto pena de ressarcimento .

    Aprovao ou rejeio das contas pelo rgo de controleinterno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

    49. (CESPE/ TRT-9Regio/ 2007) As penalidades previstas na lei deimprobidade (Lei n. 8.429/1992) se aplicam, no que couber, quele que,mesmo no sendo agente pblico, induza ou concorra para a prtica do ato deimprobidade ou dele se beneficie sob qualquer forma, direta ou indiretamente.

    Comentrios:

    Certo.

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    IMPORTANTE: Sujeitos Ativos:

    Agentes pblicos. Terceiros.

    A Lei n 8.429/92 tambm estende a responsabilizao pela prtica deato de improbidade administrativa a terceiros , quais sejam, aqueles que:

    Mesmo no sendo agente pblico, induzam (deem a idia) ouconcorram (auxiliem) para a prtica do ato de improbidade ou

    dele se beneficiem sob qualquer forma direta ou indireta. Figurem como sucessores do agente pblico que praticou o ato

    de improbidade administrativa ou sucessores dos terceiros referidos no item acima (induzam/concorram/beneficiem-se).

    50. (CESPE/ Analista/ TJDFT/ 2003) O dever de probidade exige que oadministrador pblico desempenhe suas atribuies com o mximo de rigor emrelao moralidade. Os atos de improbidade, de acordo com a Lei n. 8.429,

    de 2 de junho de 1992, so aqueles que determinam enriquecimento ilcito,causam prejuzo ao errio e atentam contra os princpios da administraopblica, sendo passveis de sanes administrativas, civis e polticas, conformeo caso, dispensando a ao penal para as situaes em que o Poder Judiciriodecidir por aplicar a perda do cargo pblico combinada com a indisponibilidadedos bens e o ressarcimento ao errio.

    Comentrios:

    Errado. Os atos de improbidade administrativa importaro a suspensodos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens eo ressarcimento ao errio, na forma e na gradao previstas em lei, semprejuzo da ao penal cabvel . (CF, art. 37, 4)

    (CESPE/AGU/2002)Marcos governador de um estado-membro do Brasil e,por isso, tem o poder de remover servidores pblicos de uma localidade paraoutra, para melhor atender ao interesse pblico. Um servidor do estadonamorava a filha de Marcos, contrariamente a sua vontade. A autoridade,

    desejando pr um fim ao romance, removeu o servidor para localidade remota,onde, inclusive, no havia servio telefnico.

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    Acerca da situao hipottica apresentada e considerando os preceitosconstitucionais da administrao pblica, a doutrina e a legislao de

    improbidade administrativa (Lei n. 8.429/1992), julgue os itens que seseguem.

    51. (CESPE/ AGU/ 2002) Na hiptese, tambm haveria ato de improbidade,em tese, pois houve violao de princpios administrativos, mesmo sem terhavido dano direto ao errio.

    Comentrios:

    Certo. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra osprincpios da administrao pblica qualquer ao ou omisso que viole osdeveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade sinstituies (art. 11).

    52. (CESPE/ Fiscal/ SEFAZ-AL/ 2002) Um indivduo apresentou perante oMinistrio Pblico uma representao imputando ato de improbidade

    administrativa contra agente pblico, configurador exclusivamente de infraoadministrativa, ciente de que era inocente. Instaurado inqurito civil paraapurar os fatos concluiu-se pela improcedncia da imputao, tendo oMinistrio Pblico arquivado os autos. Nessa situao, o indivduo responderpelo crime previsto na Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992).

    Comentrios:

    Certo. O art. 19 da Lei tipifica como crime (pena: deteno de 6 a 10meses e multa) a representao por ato de improbidade contra agente pblicoou terceiro beneficirio, quando o autor da denncia o sabe inocente. Ademais,o denunciante est sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,morais ou imagem que houver provocado (art. 19, pargrafo nico).

    53. (ESAF/Analista/ANA/2009) O dirigente de um rgo pblico sediadoem Braslia e os servidores responsveis pelas licitaes e compras dessergo compareceram a um evento de demonstrao de um novo produto deinformtica que estava sendo lanado no mercado e que poderia interessar aorgo adquiri-lo. O evento ocorreu em um hotel resort situado no Nordeste eas despesas de transporte, hospedagem e alimentao desses agentes

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    pblicos foram custeadas pela empresa fornecedora do produto porque o rgopblico no dispunha de verba para tanto. Esse tipo de conduta dos agentes

    pblicos:a) lcita porque o rgo no dispunha de verba para pagar as dirias queso devidas nos deslocamentos no interesse do servio.

    b) configura ato de improbidade administrativa que causa leso ao errio.c) configura ato de improbidade administrativa somente na hiptese de o

    produto vir a ser adquirido pelo rgo, por preo superior ao demercado.

    d) no configura ato de improbidade administrativa porque agiram nointeresse do rgo e no no interesse pessoal deles.

    e) configura ato de improbidade administrativa que importa enriquecimentoilcito no exerccio da funo .

    Comentrios:

    Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimentoilcito auferir (receber, obter) qualquer tipo de vantagem patrimonialindevida (as despesas de transporte, hospedagem e alimentao desses

    agentes pblicos foram custeadas pela empresa fornecedora do produto) emrazo do exerccio de cargo, mandato, funo, emprego ou atividade emrgos pblicos.

    Lembrem-se de que a Lei bastante rigorosa, no exigindo que hajaprejuzo ao errio para a configurao do enriquecimento ilcito.

    Portanto, a resposta desta questo a letra e.

    54. (ESAF/ Auditor/ SEFAZ-CE/ 2007) So conseqncias da prtica de atode improbidade pelo agente pblico infrator, exceto:

    a) a perda da funo pblica, aps sentena condenatria transitada em julgado.

    b) a perda dos direitos polticos, aps sentena condenatria transitada em julgado.

    c) ressarcimento integral do dano, se houver.

    d) pagamento de multa civil.e) proibio de contratar com o Poder Pblico.

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    Comentrios:

    Os atos de improbidade administrativa importaro (PRIS): Perda da funo pblica; Ressarcimento ao errio; Indisponibilidade dos bens; e Suspenso dos direitos polticos.

    Lembrem-se de que os direitos polticos sero suspensos e a perda

    ser da funo pblica.

    Portanto, a resposta desta questo a letra b.

    55. (ESAF/AFC/CGU/2008)A respeito da improbidade administrativa deque trata a Lei n 8.429, de 2 de junho de 1992, incorreto afirmar que:

    a) caracteriza-se como ilcito disciplinar, mas no constitui ato de

    improbidade administrativa, deixar de prestar contas quando estiverobrigado a faz-lo.b) se constitui pela aquisio, para si ou para outrem, no exerccio de

    mandato, cargo, emprego ou funo pblica, bens de qualquer naturezacujo valor seja desproporcional evoluo do patrimnio ou renda doagente pblico.

    c) caracteriza ato de improbidade administrativa utilizar-se o agente pblicode veculo oficial para realizar compras para sua famlia, mesmo quandoautorizado por superior hierrquico.

    d) agente pblico que exerce atividade de consultoria ou assessoramentopara pessoa fsica ou jurdica, que tenha interesse suscetvel de seratingido ou amparado por ao ou omisso decorrente de suasatribuies, durante a atividade, incorre em ato de improbidadeadministrativa.

    e) retardar ou deixar de praticar indevidamente ato de ofcio configuraimprobidade administrativa.

    Comentrios:

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    A letra a est errada . Deixar de prestar contas quando estejaobrigado a faz-lo constitui ato de improbidade administrativa que viola os

    princpios da administrao pblica (art. 11, VI).

    A letra b est certa . Adquirir, para si ou para outrem, no exercciode mandato, cargo, emprego ou funo pblica, bens de qualquernatureza cujo valor seja desproporcional evoluo do patrimnio ou renda do agente pblico constitui ato de improbidade administrativa queimporta enriquecimento ilcito (art. 9, VII).

    A letra c est certa . Utilizar, em obra ou servio particular,veculos, mquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, depropriedade ou disposio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1da LIA, bem como o trabalho de servidores pblicos, empregados outerceiros contratados por essas entidades constitui ato de improbidadeadministrativa que importa enriquecimento ilcito (art. 9, IV).

    A letra d est certa . Aceitar emprego, comisso ou exerceratividade de consultoria ou assessoramento para pessoa fsica ou

    jurdica que tenha interesse suscetvel de ser atingido ou amparado

    por ao ou omisso decorrente das atribuies do agente pblico,durante a atividade constitui ato de improbidade administrativa que importaenriquecimento ilcito (art. 9, VIII).

    A letra e est certa . Retardar ou deixar de praticar,indevidamente, ato de ofcio constitui ato de improbidade administrativaque viola os princpios da administrao pblica (art. 11, II).

    Assim, a resposta desta questo a letra a.

    56. (ESAF/AFT/2006) Incorre em ato de improbidade administrativa,definido como enriquecimento ilcito no exerccio da funo pblica, o Auditor-Fiscal do Trabalho que:I. deixa de autuar uma empresa, que cometeu infrao legislao dotrabalho, porque o proprietrio da mesma seu amigo pessoal.II. presta servios de consultoria, durante o perodo de frias, para empresasediada no municpio onde exerce as suas funes.III. adquire, no exerccio do cargo, bens de valor incompatvel com sua renda,caso no consiga comprovar a origem lcita dos recursos.

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