legislaÇÕes sobre guarda-vidas no …º o disposto no caput não se aplica a piscinas localizadas...
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Lei 1557 de 15 de julho de 1997
Art. 1° É obrigatória a presença de profissionais de
salvamento nas áreas de lazer públicas ou privadas do Distrito
Federal que facultem aos usuários o acesso a piscinas,
cachoeiras, saltos, lagoas, cavernas e grutas, abertas à
visitação pública, administradas pelo Poder Público ou por
particulares.
Art. 2° São considerados profissionais de salvamento os
técnicos em primeiros-socorros, salvamento em altura, aquático,
terrestre e em combate a incêndio.
Parágrafo único. Os profissionais de salvamento referidos
no caput deverão ter curso de treinamento vistoriado e
aprovado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
LEI Nº 1709, DE 13 DE OUTUBRO DE 1997
Art. 1º As piscinas de uso público ou coletivo, quando em
funcionamento, deverão estar sob a vigilância de salva-vidas
habilitados, na proporção de um para cada trezentos metros
quadrados.
§ 1º Nenhuma piscina pública poderá ser utilizada, sem
prejuízo de outras providências necessárias, sem estar dotada
dos seguintes equipamentos:
I - cadeira própria de salva-vidas, com altura mínima de um
metro e meio;
II - bóias presas por cordas;
III - varas compridas;
IV - cilindro de oxigênio com capacidade mínima de 1,5 m3
(um metro cúbico e quinhentos decímetros cúbicos).
§ 2º O disposto no caput não se aplica a piscinas localizadas
em academias registradas e habilitadas que proporcionam
ensino e treinamento de atividades desportivas.
Art. 2º As piscinas de uso público deverão ter a profundidade
indicada em letreiro afixado em local visível.
Parágrafo único. Nas piscinas com fundo em declive ou com
degrau, serão afixados letreiros indicativos do local de maior e
de menor profundidade.
Art. 3º O Poder Público, no ato de concessão do “habite-se”
para residência, edifício residencial, hotel e condomínio ou
qualquer outro imóvel com piscina, deverá dar ciência aos
proprietários das normas de segurança para utilização de
piscinas.
A CÃMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º A utilização de piscinas, artificial ou natural, explorados
por qualquer entidade, em recintos públicos ou privados,
destinados à utilização coletiva, ainda que sem fins lucrativos,
será regulada de acordo com o disposto nesta Lei.
§ 2º Incluem-se nas disposições desta Lei, as praias fluviais
ou lacustres e outras áreas de acesso ao público, onde exista
restrição de horários e ou cobrança de qualquer emolumento.
Art. 2º. As piscinas são classificadas em sete categorias:
I - Piscina Residencial: piscina construída em lote residencial,
para utilização por seus ocupantes;
II - Piscina Condominial: piscina construída em lote residencial
de habitação coletiva, com uma ou mais edificações, para
utilização por seus ocupantes;
III - Piscina de Uso Restrito: piscinas de hotel, motel e
similares, para uso de seus hóspedes;
IV - Piscina de Uso Controlado: piscinas coletivas de clubes,
escolas, entidades, associações, academias esportivas e
similares, inclusive as utilizadas para eventos, com ou sem fins
lucrativos;
V - Piscina de Uso Aberto: piscinas públicas, de acesso
franqueado ao público em geral.
VI - Piscina de Uso Terapêutico: piscina instalada em
estabelecimentos assistenciais à saúde, academias e
estabelecimentos similares, destinadas exclusivamente para a
atividade de reabilitação ou estimulação em ambiente aquático.
VII - Piscina de Água Corrente: aquelas que são abastecidas
por fontes naturais e que deverão atender as exigências da
legislação específica em vigor, exceto o que preceitua os
artigos referentes ao tratamento da água.
§ 1º As piscinas classificadas como residenciais ficam
excluídas das exigências desta Lei, desde que não seja
utilizada como piscina de uso controlado.
§ 2º Não são classificadas como piscinas os tanques de
banho, as banheiras de hidromassagem e similares em uso por
motéis e similares.
§ 3º No caso previsto no parágrafo anterior, o estabelecimento
deverá obrigatoriamente proceder ao esgotamento dos tanques
de banho, banheiras de hidromassagem e similares após cada
uso, com registro dos procedimentos realizados sempre
disponível para verificação pela autoridade competente.
Art. 3º O “GUARDA-VIDAS” é a pessoa devidamente habilitada
pelo Poder Público para atuar na proteção dos banhistas em
piscina, ou em área restrita ao banho conforme o paragrafo 20
do artigo 1º, mediante curso ministrado ou supervisionado pelo
Órgão Fiscalizador.
§ 1º Os guarda-vidas deverão, durante todo o horário de
trabalho, estar vestidos de sunga ou short e camisa que os
identificam.
§ 2º Os Cursos de formação de Guarda-Vidas serão
ministrados por Entidade Civil pública ou privada credenciada
pelo órgão fiscalizador do poder público.
§ 3º Será fornecido, exclusivamente pelo Órgão do Poder
Público, aos concludentes com aproveitamento de curso de
formação de guarda-vidas, documento que o habilite a exercer
a profissão com validade máxima de 3 (três) anos.
§ 4º A renovação do documento será precedida de reavaliação
do habilitado. A não aprovação na reavaliação, determina a
imediata suspensão da atividade de Guarda-Vidas, e, caso o
Guarda-Vidas não se proponha, a executar uma nova prova de
aptidão técnica no prazo de 30 dias uteis , implica a repetição
do curso de Guarda-Vidas.
§ 5º Será cobrado pelo órgão fiscalizador do poder público,
taxas de credenciamento e habilitação dos guarda-vidas, no
valor de 1/4 do salário minimo vigente no país, afim de manter
despesas de pessoal e material, utilizados na manutenção da
Lei.
Art. 4º O Guarda-Vidas, habilitado com o respectivo curso, está
apto a desenvolver as seguintes ações:
a) Identificar tipos, características e utilização dos diferentes
equipamentos de salvamento aquático;
c) Utilizar as técnicas de salvamento aquático;
d) Utilizar o suporte básico de vida adaptado ao meio aquático;
e) Utilizar as técnicas de salvamento aquático em áreas de
águas doce; e
g) Utilizar as técnicas de simulação de acidentes em ações de
prevenção.
Art. 5º São obrigatórias nos locais definidos nos artigos 1º e 20
desta Lei:
1) A presença de Guarda-Vidas durante todo o período de
funcionamento nas edificações que possuírem piscina com
profundidade superior a 0,5m e que possua área espelhada
superior a 30 m2.
2) A presença de Guarda-Vidas para situações que se tenham
duas ou mais piscinas deste de que o somatório das áreas
espelhadas seja superior a 30m2.
3) Para cada piscina com área espelhada superior a 30 m2 e
inferior a 315m2 deverá possuir no mínimo um Guarda-Vidas,
de forma que o tempo máximo de alcance de qualquer banhista
não seja superior a 20 (vinte) segundos e a visualização
individual de todos os banhistas não seja superior a 10 (dez)
segundos.
4) Em piscinas com área espelhada superior a 315m2 ou
dificuldade na visibilidade das pessoas deverá ser acrescido no
mínimo mais um Guarda-Vidas, sendo observado o tempo de
alcance e visualização descritos no item anterior para cada
Guarda-Vidas.
5) Situações que se tenham duas ou mais piscinas dentro
campo visual do Guarda-Vidas, o local poderá ser protegida
por um único Guarda-Vidas deste de que o máximo total de
áreas espelhadas seja de 315m2, e observado o tempo de
alcance e visualização descritos no item 3.
6) Para cada piscina com água em movimento, o local deverá
ser protegido por um Guarda-vidas para cada 200m² de área
espelhada, ou havendo dificuldade na visibilidade deverá ser
acrescido de um ou mais Guarda-Vidas.
7) Para as demais situações com dimensões inferiores as
previstas no item 1 do Art 50, deverão dispor no horário de
funcionamento no mínimo um funcionário por piscina com o
curso de emergências aquáticas.
8) No caso em que não houver Guarda-Vidas, conforme item
anterior, a piscina deverá possuir informativo com os seguintes
dizeres: “PROIBIDA A ENTRADA DE CRIANÇAS
DESACOMPANHADAS DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS ”.
9) Nos casos de margens de rios, represas, lagos e similares,
deverão manter serviço de segurança aquática, com a
presença mínima de 02 (dois) Guarda-Vidas durante todo o
período de funcionamento no posto de observação e a área
máxima de proteção para a dupla de Guarda-Vidas será
determinada pelo caminhamento máximo de 250m a partir do
posto de observação, dentro de um campo visual único que
permita manter vigilância permanente em 100% das áreas.
10) Nos parques aquáticos que possuírem piscinas com
sistema artificial de produção de ondas é obrigatória, durante
sua utilização, a presença de um operador habilitado para
interromper de imediato seu funcionamento, em caso de
emergência.
11) As piscinas que possuírem brinquedos do tipo
escorregador, tobo-água, rampa e similares, com altura
superior a 5m, deverão manter serviço de monitor treinado em
emergências aquáticas para auxiliar aos usuários dos
respectivos equipamentos.
12) Equipamento de salvamento para flutuação na piscina, tipo
Bóia circular ou tubo de resgate, quando houver profundidade
superior a 1,0 metro;
13) Cadeira adequada com altura mínima de 1,5 metros, com a
devida proteção solar;
14) Um cilindro de oxigênio com capacidade mínima de um
metro cúbico e meio ou quatrocentos litros, manômetro com
válvula redutora, fluxômetro e circuito capaz de fornecer
oxigênio;
15) Sistema que propicie assistência ventilatória adequada,
constituída de uma máscara oro-nasal para ventilação artificial
e/ou oxigênio tipo portátil, com as seguintes características:
•entrada para oxigênio;
•composição em silicone transparente ou similar;
•sistema de válvula unidirecional;
•sistema com entrada para ventilação com diâmetro de 15 a 22
mm;
•sistema com adaptação em diferentes faces ou idades;
•um cateter para fornecimento de oxigênio via naso-faríngeo.
16) Placa ou sinalização da profundidade regular da água nas
bordas ou nas paredes do tanque, com indicação de distintas
profundidades, quando couber;
17) Grade ou cerca de proteção, com altura mínima de 1,2
metros, largura máxima de 12 (doze) centímetros entre as
barras verticais, e no máximo 8 cm (oito centímetros) entre o
pavimento e o bordo inferior da vedação, quando se tratar de
piscina, e no caso de conter equipamento tipo “toboágua”, as
escadas de acesso deverão ter corrimão e grade de proteção.
§ 1º – O portão deve abrir para o exterior do recinto da piscina,
com sistema de fecho automático colocado na face interna do
portão, a 10 cm (dez centímetro) abaixo do bordo superior de
vedação, a fim de permitir que um adulto de pé abra facilmente
o trinco, mas dificultando significativamente o acesso de uma
criança a ele, sobretudo se ele estiver do lado de fora.
§ 2º - Quando se tratar de Parque Aquático a proteção poderá
ser para acesso ao complexo, não sendo necessário o
cercamento individual das piscinas.
18) Os equipamentos previstos nos itens 12, 13, 14 e 15 do Art
40 deverão permanecer à disposição do Guarda-Vidas, em local
de fácil acesso e em perfeitas condições de uso.
§ 2º As piscinas abrangidas pelo artigo 2º e seus parágrafos,
somente poderão ser utilizadas se portarem alvará de
funcionamento emitido pelo Poder Público, dentro da validade
estabelecida.
§ 3º No caso de praias fluviais, lacustres ou piscina com
ondas, a grade curricular das matérias a serem ministradas nos
cursos de formação, deverá abranger as situações peculiares a
estas áreas aquáticas, e não somente a piscina.
Art. 6º Aos clubes, parques aquáticos, sociedades recreativas,
hotéis e similares, condomínios, estabelecimentos de ensino e
quaisquer outras entidades, públicas ou privadas, que
explorem as áreas abrangidas pelo artigo 1º e seu parágrafo
único, além de outras atribuições previstas em Lei e norma
específica, compete:
I – cumprir e fazer cumprir por seus usuários as disposições
desta Lei e de normas específicas com ela relacionadas;
II – contratar os profissionais necessários ao cumprimento
desta Lei;
III – adquirir ou confeccionar e manter em bom estado e em
perfeitas condições de uso os equipamentos e meios de
proteção previstos no artigo 4º;
Art. 7º Aos guarda-vidas de piscina, quando contratados para
trabalharem em áreas abrangidas pelo artigo 1º, compete:
I – Auxiliar e advertir os banhistas para situações de risco ou
perigosas que, no meio aquático, constituam risco para a
saúde ou integridade física, próprias ou de terceiros:
II - Socorrer os banhistas em situações de perigo, de
emergência ou de acidente;
III – exigir o fornecimento dos equipamentos previstos
equipamentos previstos nos itens 12, 13, 14 e 15 do Art 40,
verificando se estão em perfeitas condições de uso;
IV – manter-se corretamente uniformizado e atento durante
todo o tempo em que estiver trabalhando;
V – encerrar as atividades na área aquática em caso de
necessidade de se ausentar do local no período de banho.
VI – Desempenhar as tarefas correspondentes à sua atividade
funcional e recusar quaisquer atividades estranhas à sua
função;
Art. 8º O cuidado com a integridade física dos usuários de
piscinas é de responsabilidade compartilhada, cabendo aos
usuários:
I – Zelar pela manutenção de comportamento responsável e
defensivo da piscina;
II – Respeitar e fazer respeitar a sinalização de advertências e
as normas de segurança da piscina.
Art. 9º A não observancia da presente Lei por parte dos clubes,
parques aquáticos, sociedades recreativas, hotéis e similares,
condomínios, estabelecimentos de ensino e quaisquer outras
entidades, públicas ou privadas, que explore área abrangida
pelo artigo 2º, implicará na aplicação de sanção aos
responsáveis por estes estabelecimentos.
§ 1º As sanções de que trata este artigo será a de advertência
e, caso persista o descumprimento, de multa no valor de 03
(três) salários minimos vigentes no país.
§ 2º A reincidência implicará no pagamento em dobro do valor
da multa aplicada e estarão sujeitas a interdição temporária ou
definitiva pelo Poder Público, além de responsabilidades civis e
criminais previstas em legislação.
Art. 10 Fica vedado o serviço de guarda-vidas, em praias
lacustres ou fluviais administradas por Poder Público, por
instituições de natureza particular, salvo quando autorizados.
Art. 11 A contratação pelo serviço de guarda-vidas é de
responsabilidade do administrador, proprietário ou não, dos
estabelecimentos previstos no art. 1º, 2º e seus parágrafos.
Art. 12 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo
máximo de 180 (cento e oitenta) dias.
Art. 13 Os clubes, parques aquáticos, sociedades recreativas,
hotéis e similares, condomínios, estabelecimentos de ensino e
quaisquer outras entidades pública ou privada que explorem as
áreas abrangidas pelo artigo 2º e seus parágrafos, terão 120
(cento e vinte) dias de prazo, após a regulamentação desta Lei,
para se adaptarem às normas estabelecidas.
Art. 14 Esta Lei entra vigor na data de sua publicação.
Art. 15 Revogam-se as disposições em contrário.