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Ministério da Agricultura e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuária Departamento de Defesa Animal Coordenação de Vigilância e Programas Sanitários Programa Nacional de Sanidade Avícola LEGISLAÇÃO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL AVICULTURA PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA Maio de 2002

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Page 1: LEGISLAÇÃO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL€¦ · 2 Índice defesa sanitÁria _____ 7 decreto n° 24.548, de 3 de julho de 1934 - aprova regulamento do serviÇo de defesa sanitÁria

Ministério da Agricultura e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuária

Departamento de Defesa Animal Coordenação de Vigilância e Programas Sanitários

Programa Nacional de Sanidade Avícola

LEGISLAÇÃO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL

AVICULTURA

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA

Maio de 2002

Page 2: LEGISLAÇÃO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL€¦ · 2 Índice defesa sanitÁria _____ 7 decreto n° 24.548, de 3 de julho de 1934 - aprova regulamento do serviÇo de defesa sanitÁria

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ÍNDICE

DEFESA SANITÁRIA___________________________________________________ 7

??DECRETO N° 24.548, DE 3 DE JULHO DE 1934 - APROVA REGULAMENTO DO SERVIÇO

DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL. ___________________________________________ 7

??LEI Nº 569, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1948 - ESTABELECE MEDIDAS DE DEFESA

SANITÁRIA ANIMAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS . _____________________________ 17

??DECRETO Nº 27.932, DE 28 DE MARÇO DE 1950 - APROVA O REGULAMENTO PARA

APLICAÇÃO DAS MEDIDAS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL.________________________ 18

MÉDICO VETERINÁRIO _____________________________________________ 21

??DECRETO-LEI Nº 818, DE 5 DE SETEMBRO DE 1969 - DISPÕE SOBRE A ACEITAÇÃO,

PELO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PARA FINS RELACIONADOS COM A DEFESA SANITÁRIA

ANIMAL, DE ATESTADOS FIRMADOS POR MÉDICO VETERINÁRIO SEM VÍNCULO COM O

SERVIÇO PÚBLICO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS._______________________________ 21

??PORTARIA Nº 9, DE 8 DE JANEIRO DE 1970 – NORMAS DE ATESTADO ZÔO-SANITÁRIOS

FIRMADO POR MÉDICOS VETERINÁRIOS SEM VÍNCULO COM O SERVIÇO PÚBLICO________ 22

??RESOLUÇÃO Nº 63/71 DO CFMV – DETERMINA COMO RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DO

MÉDICO VETERINÁRIO A EMISSÃO DE ATESTADO DE SANIDADE E DE ÓBITO DE ANIMAIS BEM

COMO DE SANIDADE DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E VACINAÇÃO E APLICAÇÃO DE

QUALQUER PRODUTO QUE VISE A PROTEÇÃO SANITÁRIA DOS ANIMAIS _______________ 23

??PORTARIA Nº 24, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1977 – REGULAMENTA O

CREDENCIAMENTO DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS SEM VINCULO COM O SERVIÇO PÚBLICO 24

DESINFECÇÃO DOS MEIOS DE TRANSPORTE _____________________ 27

??DECRETO–LEI Nº 8.911, DE 24 DE JANEIRO DE 1964 - DISPÕE SOBRE A EXECUÇÃO DOS

SERVIÇOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DOS MEIOS DE TRANSPORTES UTILIZADOS NA

LOCOMOÇÃO DE ANIMAIS VIVOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS._____________________ 27

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA _________________ 29

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??PORTARIA MINISTERIAL Nº 193, DE 19 DE SETEMBRO DE 1994 –INSTITUI O

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA NO ÂMBITO DA DAS E CRIA O COMITÊ

CONSULTIVO DO PROGRAMA DE SANIDADE AVÍCOLA. ___________________________ 29

??PORTARIA Nº 115, DE 04 DE OUTUBRO DE 1995 – DETERMINA AS ATRIBUIÇÕES DO

COMITÊ CIENTÍFICO DO PNSA ___________________________________________ 29

??PORTARIA Nº 39, DE 21 DE JULHO DE 1999 - REFORMULA O COMITÊ CONSULTIVO DO

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA________________________________ 30

DOENÇA DE NEWCASTLE ___________________________________________ 32

??PORTARIA Nº 070, DE 03 DE MARÇO DE 1994 – REGULAMENTA A OBRIGATORIEDADE

DE COMUNICAÇÃO DA SUSPEITA DA DOENÇA DE NEWCASTLE. _____________________ 32

??PORTARIA Nº 182, DE 08 DE NOVEMBRO DE 1994 – NORMAS DE CREDENCIAMENTO E

MONITORAMENTO DE LABORATÓRIOS D E DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE NEWCASTLE ___ 32

?? INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 32, DE 13 DE MAIO DE 2002- NORMAS TÉCNICAS

DE VIGILÂNCIA PARA DOENÇA DE NEWCASTLE E INFLUENZA AVIÁRIA E DE CONTROLE E

ERRADICAÇÃO DA DOENÇA DE NEWCASTLE

SALMONELOSE AVIÁRIA____________________________________________ 57

??PORTARIA Nº 8, DE 23 DE JANEIRO DE 1995 - MÉTODO ANALÍTICO DE CARCAÇA DE

AVES E PESQUISA DE SALMONELLA ________________________________________ 57

??PORTARIA N° 126, DE 03 DE NOVEMBRO DE 1995 - NORMAS DE CREDENCIAMENTO E

MONITORAMENTO DE LABORATÓRIOS DE DIAGNÓSTICO DAS SALMONELOSES AVIÁRIAS (S.

ENTERITIDIS, S. GALLINARUM, S. PULLORUM E S. TYPHIMURIUM)_________________ 63

?? INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03, DE 09 DE JANEIRO DE 2002 - NORMAS TÉCNICAS

PARA CONTROLE E CERTIFICAÇÃODE NÚCLEOS E ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS COMO

LIVRES DE SALMONELLA GALLINARUM E DE SALMONELLA PULLORUM E LIVRES OU

CONTROLADOS PARA SALMONELLA ENTERITIDIS E PARA SALMONELLA TYPHIMURIUM __ 78

RETIFICAÇÃO------------------------------------------------------------------------------------

MICOPLASMOSE AVIÁRIA __________________________________________ 86

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??PORTARIA Nº 208, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1994 - NORMAS DE CREDENCIAMENTO E

MONITORAMENTO DE LABORATÓRIOS DE DIAGNÓSTICO DAS MICOPLASMOSES AVIÁRIAS 86

?? INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 44, DE 23 DE AGOSTO 2001 - APROVAR AS NORMAS

TÉCNICAS PARA O CONTROLE E A CERTIFICAÇÃO DE NÚCLEOS E ESTABELECIMENTOS

AVÍCOLAS PARA A MICOPLASMOSE AVIÁRIA __________________________________ 90

RETIFICAÇÃO

NORMAS PARA HABILITAÇÃO, REGISTRO E FISCALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS___________________________________ 98

??PORTARIA N.º 542, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1998 - DISPÕE SOBRE NORMAS DE

HIGIENE E SEGURANÇA SANITÁRIA PARA HABILITAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS

DE CRIAÇÃO DE AVES E INCUBATÓRIOS AVÍCOLAS PARA INTERCÂMBIO NO MERCOSUL_ 98

?? INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998 - NORMAS PARA

REGISTRO E FISCALIZAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS _________________ 105

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE AVES E OVOS FÉRTEIS _____ 111

??PORTARIA N.º 49, DE 11 DE MARÇO DE 1987 - REGULAMENTA A IMPORTAÇÃO DE

ANIMAIS VIVOS ______________________________________________________ 111

??DECRETO Nº 94.959 DE SETEMBRO DE 1987 - DISPÕE SOBRE A IMPORTAÇÃO DE AVES

MATRIZES, DO GÊNERO PALMÍPEDES, PARA REPRODUÇÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 117

??PORTARIA MINISTERIAL Nº 548 DE 25 DE AGOSTO DE 1995 – RECONHECE O BANCO

DA INDÚSTRIA AVÍCOLA E ASSEGURA A UBA A SUA GESTÃO OPERACIONAL __________ 117

??PORTARIA Nº 116, DE 29 DE FEVEREIRO DE 1996 – IMPORTAÇÃO DE AVES E OVOS

FÉRTEIS DESTINADOS À REPRODUÇÃO _____________________________________ 118

??PORTARIA Nº 144, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1997 – SUSPENDE A ENTRADA EM

TERRITÓRIO NACIONAL DE AVESTRUZES, AVES ORNAMENTAIS DOMÉSTICAS E SILVESTRES E

OVOS FÉRTEIS DESSAS MESMAS AVES ______________________________________ 119

?? INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 14, DE 29 DE JUNHO DE 1999 - NORMAS TÉCNICAS PARA

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE AVES DE UM DIA E OVOS FÉRTEIS PARA INCUBAÇÃO,

DESTINADOS A REPRODUÇÃO ____________________________________________ 119

?? INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA N° 001/99 - REQUISITOS PARA INGRESSO DE AVES DE

COMPANHIA NO TERRITÓRIO NACIONAL. ___________________________________ 123

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?? INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 7 DE ABRIL DE 2000. – AUTORIZA A SECRETARIA

DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO A CERTIFICAR A AUTENTICIDADE DE CONTRATO DE

FORNECIMENTO PARA AS EXPORTAÇÕES DE CARNE DE FRANGO___________________ 123

GUIA DE TRÂSITO ANIMAL ________________________________________ 126

??PORTARIA N.º 22, DE 13 DE JANEIRO DE 1995 – MODELO DA GUIA DE TRÂNSITO

ANIMAL ___________________________________________________________ 126

FEIRAS E EXPOSIÇÕES _____________________________________________ 127

??PORTARIA N.º 108, DE 17 DE MARÇO DE 1993 - NORMAS TÉCNICAS PARA

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS EXPOSIÇÕES E FEIRAS AGROPECUÁRIAS, LEILÕES

RURAIS E DOS COLÉGIOS DE JURADOS DAS ASSOCIAÇÕES ENCARREGADAS DA EXECUÇÃO

DOS SERVIÇOS DE REGISTRO GENEALÓGICO_________________________________ 127

??PORTARIA N.º 162, DE 18 DE OUTUBRO DE 1994 - NORMAS COMPLEMENTARES QUE

VERSAM SOBRE A FISCALIZAÇÃO E O CONTROLE ZOOSSANITÁRIO DAS EXPOSIÇÕES, FEIRAS,

LEILÕES E OUTRAS AGLOMERAÇÕES DE ANIMAIS, EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL____ 134

INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS DESTINADOS A ALIMENTAÇÃO ANIMAL ___________________________________________ 140

??DECRETO Nº 76.986 – DE 6 DE JANEIRO DE 1976 - REGULAMENTA A LEI N. 6.198 (*),

DE 26 DE DEZEMBRO DE 1971, QUE DISPÕE SOBRE A INSPEÇÃO E A FISCALIZAÇÃO

OBRIGATÓRIAS DOS PRODUTOS DESTINADOS À ALIMENTAÇÃO ANIMAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS. ______________________________________________________ 140

MEDICAMENTOS, VACINAS, ANTÍGENOS E DILUENTES_________ 152

??PORTARIA N ° 186 DE 13 DE MAIO DE 1997 – REGULAMENTO TÉCNICO PARA A

PRODUÇÃO, O CONTROLE E O EMPREGO DE VACINAS, ANTÍGENOS E DILUENTES PARA

AVICULTURA ________________________________________________________ 152

??PORTARIA Nº 193, DE 12 DE MAIO DE 1998 - REGULAMENTO TÉCNICO PARA O

LICENCIAMENTO E A RENOVAÇÃO DE LICENÇA DE ANTIMICROBIANOS DE USO VETERINÁRIO

__________________________________________________________________ 191

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NORMAS PARA A PRODUÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS VEGETAIS E ANIMAIS ______________________________________________ 195

?? INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 7, DE 17 DE MAIO DE 1999 - NORMAS

DISCIPLINADORAS PARA A PRODUÇÃO, TIPIFICAÇÃO, PROCESSAMENTO , ENVASE,

DISTRIBUIÇÃO, IDENTIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE PRODUTOS

ORGÂNICOS, SEJAM DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL _________________________ 195

INSPEÇÃO DE CARNE DE FRANGO E OVOS _______________________ 205

??DECRETO–LEI Nº 334, DE 15 DE MARÇO DE 1938 - ESPECIFICAÇÕES PARA A

CLASSIFICAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO OVO ___________________________________ 205

??DECRETO Nº 56.585, DE 20 DE JULHO DE 1965 - APROVA AS NOVAS ESPECIFICAÇÕES

PARA A CLASSIFICAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO OVO._____________________________ 206

??PORTARIA Nº 15 DE 07.DE JULHO DE 1970. – INSTRUÇÕES PARA O TRÂNSITO DE OVOS

DESTINADOS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL, ORIUNDO DE ESTABELECIMENTO SUJEITOS À

INSPEÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA DE PADRONIZAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E INSPEÇÃO DE

PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL. _________________________________________ 208

??CIRCULAR Nº 01.36-15/9.2 061 EM 02.09.83 – PADRONIZAÇÃO DA NOMENCLATURA DE

CONSERVA DE OVOS __________________________________________________ 212

??CIRCULAR / SIPA/Nº 01.36.15/9.1 007/85 EM 20/05/85 - NOVO MODELO DE CERTIFICADO

SANITÁRIO _________________________________________________________ 212

??PORTARIA Nº 09, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1986 - INSTRUÇÕES PARA REGISTRO DE

RÓTULO E MEMORIAL DESCRITIVO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL______________ 214

??CIRCULAR Nº 024/DICAR EM 23.03.88 - NOMENCLATURA DE CARNE E DERIVADOS DE

AVES, COELHOS E OVOS.________________________________________________ 217

??CIRCULAR Nº 127/DICAR EM 20.09.88 - TRÂNSITO DE OVOS E DERIVADOS. _______ 221

??PORTARIA Nº 01, DE 21 DE FEVEREIRO DE 1990 - NORMAS GERAIS DE INSPEÇÃO DE

OVOS E DERIVADOS___________________________________________________ 222

??RESOLUÇÃO Nº 005 DE 05 DE JULHO DE 1991. - PADRÃO DE IDENTIDADE E

QUALIDADE PARA O OVO INTEGRAL _______________________________________ 243

??PORTARIA N° 210 DE 10 DE NOVEMBRO DE 1998 (*) - REGULAMENTO TÉCNICO DA

INSPEÇÃO TECNOLÓGICA E HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE CARNE DE AVES_____________ 246

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DEFESA SANITÁRIA

DECRETO N° 24.548, DE 3 DE JULHO DE 1934 - Aprova Regulamento

do Serviço de Defesa Sanitária Animal.

O Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, usando das atribuições que lhe confere o art. 1° do Decreto nº 19.398, de 11 de novembro de 1930, decreta:

Art. 1º - Fica aprovado o regulamento que com esta baixa, para execução, no país, do Serviço de

Defesa Sanitária Animal. Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 3 de julho de 1934; 113º da Independência e 46º da República.

GETÚLIO VARGAS Juarez do Nascimento Fernandes Távora

REGULAMENTO DO SERVIÇO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

Art. 1º - O Serviço de Defesa Sanitária Animal executará as medidas de profilaxia previstas neste regulamento, para preservar o país de zoonoses exóticas e combater as moléstias infecto-contagiosas e parasitárias existentes no seu território.

Art. 2º - Como medida de defesa dos rebanhos nacionais, fica terminantemente proibida a entrada

em território nacional de animais atacados, ou suspeitos de estarem atacados de doenças, direta ou indiretamente transmissíveis, mesmo estando aparentemente em estado hígido e ainda dos portadores de parasitas externos e internos cuja disseminação possa constituir ameaça aos rebanhos nacionais.

Art. 3º - É igualmente proibida a entrada em território nacional de produtos ou despojos de animais

forragens ou outro qualquer material presumível veiculador de agentes etiológicos de doenças contagiosas. Art. 4º - São condições essenciais para a entrada no país de animais procedentes do estrangeiro: a. apresentação de certificado sanitário de origem, firmado por veterinário oficial; b. apresentação, segundo os casos, de certificado oficial de tuberculinização, maleinização, soro-

aglutinação, de brucelas e salmonelas pulorum. Parágrafo único - Os certificados sanitários de origem só terão valor quando: a. forem visados por autoridade consular brasileira do país de procedência dos animais; b. atestarem boa saúde dos animais no dia do embarque; c. declararem que nos quarenta dias anteriores ao embarque não grassava, no lugar de

procedência, moléstia infecto-contagiosa. Art. 5º - Os animais procedentes de países onde grassem, em estado enzoótico, as tripanosomíases,

a peste bovina, a peripneumonia contagiosa e outras doenças infecto-contagiosas exóticas, só terão entrada no país, mediante prévia autorização do diretor do Serviço de Defesa Sanitária Animal, que estabelecerá as condições em que a importação será permitida.

Art. 6º - Os importadores deverão avisar aos funcionários da inspeção de portos de fronteira, com

antecedência mínima de 24 horas, a hora da chegada dos animais. Para a exportação, o aviso deverá ser dado com

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10 dias de antecedência do dia da partida dos animais, a fim de serem os mesmos submetidos às provas biológicas a que se refere o artigo 4º.

Art. 7º - O atestado de saúde, de origem, ficará em poder do funcionário incumbido da inspeção dos

animais, o qual concederá uma guia de livre trânsito, caso estejam os mesmos em boas condições de saúde. Art. 8º - No intuito de evitar a propagação de moléstias no território nacional, fica estabelecida a

obrigatoriedade de certificado sanitário para o trânsito interestadual de animais por via marítima, fluvial ou terrestre, assim como o de animais destinados à matança nos frigoríficos abastecedores de mercados internacionais.

Parágrafo único - Os infratores deste artigo incorrerão na multa de Cr$ 50,00 por animal, dobrada em cada reincidência.

Art. 9º - Para os animais reprodutores em trânsito interestadual, por via marítima, fica estabelecida

a exigência, além de certificado sanitário de origem, de atestado, segundo os casos de tuberculinização, maleinização e soro-aglutinação de brucelas.

Parágrafo único - Sempre que julgar conveniente, o Serviço de Defesa Animal tornará obrigatória a prova de soro-aglutinação para salmonela pulorum e vacinação anti-rábica dos cães.

Art. 10 - O Ministério da Agricultura providenciará, junto a quem de direito, para que as

autoridades competentes, federais, estaduais e municipais, cumpram e façam cumprir o presente regulamento.

CAPÍTULO II Inspeção de Portos e Postos de Fronteira

Art. 11 - A importação e exportação de animais só serão permitidas pelos portos e postos de

fronteira devidamente aparelhados pelo Serviço de Defesa Sanitária Animal. Art. 12 - Por proposta da diretoria do Serviço de Defesa Animal, serão designados pelo Ministro da

Agricultura quais os portos de fronteira por onde poderão ser importados e exportados animais. Art. 13 - Para cumprimento do disposto no artigo 11 serão criados Lazaretos Veterinários nos

portos de São Salvador, Santos, Rio Grande e mantido o do Porto do Rio de Janeiro e aparelhados os postos de fronteira, designados de acordo com o artigo anterior.

Parágrafo único - Os Lazaretos a que se refere o presente artigo serão instalados logo que os recursos orçamentários o permitirem.

Art. 14 - A importação e exportação de animais ficam subordinadas ainda às seguintes condições.

I. serem reconhecidos clinicamente sãos; II. não apresentarem reação positiva às provas biológicas oficiais, nem sintomas de qualquer moléstia,

durante a observação a que forem submetidos. Art. 15 - No momento de se proceder à inspeção sanitária dos animais importados, deverá o

respectivo proprietário ou seu representante apresentar à autoridade competente, além dos documentos exigidos no artigo 4º, capítulo I e suas alíneas, os seguintes esclarecimentos:

a. residência do proprie tário; b. destino e finalidade da importação; c. o número de dias gastos na viagem; d. se ocorreu alguma morte de animal durante a mesma. Parágrafo único - A inspeção a que se refere este artigo deverá ser feita em pleno dia e solicitada,

no mínimo, com 24 horas de antecedência. Art. 16 - Os animais importados, assim como forragens, boxes e quaisquer utensílios transportados

conjuntamente, não terão saída dos meios de transporte que os conduzirem sem o certificado ou guia sanitária passada por autoridade veterinária encarregada da respectiva inspeção.

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Parágrafo único - O Ministério da Agricultura providenciará junto a quem de direito para que as autoridades aduaneiras cumpram e façam cumprir o presente artigo.

Art. 17 - Excepcionalmente, e a juízo do diretor geral do DNPA poderá entrar no país, animal sem

certificado sanitário de origem, desde que, aparentemente sadio, no momento do desembarque, seja considerado isento de moléstia, depois de submetido a quarentena para observações, exames e provas biológicas julgadas necessárias.

Art. 18 - Constatando a peste bovina, todos os ruminantes que fizerem parte do carregamento serão

imediatamente sacrificados e tomadas as medidas de profilaxia que se fizerem necessárias sem que o proprietário tenha direito a indenização de qualquer espécie.

Art. 19 - Se for diagnosticada a tuberculose, para-tuberculose, peripneumonia contagiosa,

tripanosomíase, carbúnculo hemático e sintomático, raiva, pseudoraiva, anemia perniciosa, brucelose, mormo, varíola ovina, caprina e suína, tifo, peste suína, ruiva, pleuro-pneumonia séptica caprina, coriza gangrenosa, peste e tifose aviária e salmonela pulorum, serão sacrificados somente os animais atacados e tomadas as medidas profiláticas que se fizerem necessárias a cada caso, sem que o proprietário tenha direito a qualquer indenização.

Parágrafo único - As despesas decorrentes da execução das medidas profiláticas, previstas neste artigo, correrão por conta dos donos dos animais.

Art. 20 - O sacrifício dos animais, nos termos dos artigos 18 e 19, será realizada perante

funcionários competentes do Serviço de Defesa Sanitária Animal, e desse ato será lavrado um termo circunstanciado, que será assinado pelos dois funcionários mais graduados presentes, pelo proprietário ou consignatário dos animais e por duas testemunhas.

Parágrafo único - É facultado ao proprietário ou ao seu representante requerer no ato do sacrifício, a necropsia do animal.

Art. 21 - Quando a necropsia e outros exames do animal sacrificado não demonstrarem lesões ou

elementos patognomônicos característicos das moléstias capituladas nos artigos 18 e 19, caberá ao proprietário indenização em dinheiro correspondente ao valor integral do animal e dos objetos que o acompanharem e forem destruídos.

Art. 22 - A necropsia de que trata o artigo 21, deverá ser requerida ao diretor de Serviço de Defesa

Sanitária Animal, quando a importação for feita pelo porto do Rio de Janeiro, e aos inspetores-chefes ou inspetores de Portos e Postos de Fronteira, quando por um dos outros portos previstos no artigo 13, capítulo II.

Art. 23 - Quando a necropsia requerida deixar de se realizar, dentro de 24 horas, a contar do

momento em que for sacrificado o animal, por falta de providências do funcionário competente, ficará reconhecido o direito do reclamante à indenização de que trata o artigo 21, sendo responsável pela mesma o referido funcionário.

Art. 24 - No caso de ser o diagnóstico confirmado pela necropsia, as despesas respectivas correrão

por conta do interessado que a houver requerido. Art. 25 - As despesas de que trata o artigo anterior, serão pagas em estampilhas federais,

inutilizadas nos próprios laudos das autopsias, de acordo com as taxas que forem criadas pelo Ministério da Agricultura.

Art. 26 - No caso previsto no artigo 21, cabem ao Governo da União as despesas decorrentes. Art. 27 - Quando o interessado não concordar com o resultado da necropsia, poderá requerer novo

exame, imediatamente, designando, neste caso, um profissional de sua confiança para verificar os trabalhos. Se os dois profissionais não chegarem a acordo, será por eles colhido e autenticado material para exame em laboratório do DNPA, que decidirá a dúvida suscitada.

Parágrafo único - Em caso algum despojos do cadáver necropsiado deixarão de ser cremados, no mesmo dia em que se praticou a autopsia.

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Art. 28 - No caso previsto no artigo 26 o diretor geral do Departamento Nacional da Produção

Animal nomeará uma comissão de três membros, da qual fará parte o proprietário o seu representante para arbitrar a indenização, cabendo recurso voluntário ao Ministro.

Art. 29 - A importação e a exportação de animais, pelos postos de fronteira, quando destinados ao

corte, serão permitidas, independente das provas biológicas a que se refere a alínea II do artigo 14, capítulo II, desde que estejam aparentemente em bom estado de saúde, isentos de ectoparistos e procedam de zonas onde não estejam grassando moléstia infecto-contagiosas.

Parágrafo único - Neste caso, é obrigatório o aviso da chegada ou partida dos animais com antecedência de 24 horas, a fim de ser feita a respectiva inspeção, expedido ou recebido o respectivo certificado sanitário.

Art. 30 - Serão enviadas aos representantes dos Governos dos países que importarem animais do

Brasil, as assinaturas do diretor do Serviço de Defesa Sanitária Animal e dos funcionários autorizados a assinar certificados para exportação internacional em tantas vias quantas forem exigidas pelos respectivos consulados.

CAPÍTULO III

Trânsito de Animais no País

Art. 31 - As empresas concessionárias do transporte fluvial do gado, nas fronteiras dos Estados, deverão construir banheiros carrapaticidas, assim como currais para repouso de animais, com piso resistente para evitar atoladouros.

§ 1º - Os animais transportados por via fluvial, em batelões especialmente usados para esse fim, ficam obrigatoriamente sujeitos à inspeção sanitária pelo Serviço de Defesa Sanitária Animal.

§ 2º - Tais balcões serão lavados e desinfetados, logo após o desembarque dos animais, com desinfetantes aprovados pela Diretoria do Serviço de Defesa Sanitária Animal, sendo as despesas custeadas pelos seus proprietários.

Art. 32 - Os animais de campo, destinados ao corte, quando transportados por estradas de ferro,

não poderão permanecer embarcados por espaço de tempo superior a 72 horas. Parágrafo único - As companhias de estrada de ferro deverão instalar campos para repouso dos

animais, nos quais permanecerão, no mínimo 24 horas, quando a viagem exceder o prazo estipulado neste artigo. Art. 33 - Quando se tratar de reprodutores que possam ser alimentados em viagem, o prazo

estabelecido no artigo 32 poderá deixar de ser observado. Art. 34 - O trânsito interestadual de animais conduzidos a pé, só se fará pelos pontos previamente

indicados pelo Serviço de Defesa Sanitária Animal, mediante acordo com as autoridades estaduais. § 1º - Todo o gado será obrigatoriamente examinado nas estradas de trânsito normal, nos pontos

indicados pelo Serviço de Defesa Sanitária Animal, sendo-lhe fornecido um certificado de livre trânsito quando isento de moléstias infecto-contagiosas.

§ 2º - Os infratores incorrerão em multa de Cr$ 50,00 a 100,00 por animal, dobrada nas reincidências.

Art. 35 - Os animais transportados por estradas de ferro e destinados aos matadouros frigoríficos

que abatam para exportação internacional serão inspecionados nos currais e bretes de embarque ou nas próprias fazendas, pelos funcionários do Serviço de Defesa Sanitária Animal, ou pelos funcionários dos Estados, quando este serviço houver sido confiado pelo Ministério da Agricultura.

Art. 36 - Os animais destinados a outros Estados, para o corte, criação ou engorda, serão

examinados nos currais ou bretes de embarque por funcionário do Serviço de Defesa Sanitária Animal que expedirá o respectivo certificado sanitário, ou por funcionários estaduais, de acordo com o artigo anterior.

§ 1º - Nos pontos de embarque onde não houver funcionário destacado, o Serviço de Defesa Sanitária Animal providenciará para que a inspeção seja feita em outro local previamente indicado em instruções especiais, antes dos trens de animais atravessarem a fronteira do Estado vizinho.

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§ 2º - Serão impedidos os trens que transportarem animais atacados de febre aftosa ou de outras doenças cuja disseminação possa constituir ameaça aos rebanhos da região e reconduzidos ao ponto de partida, correndo as despesas por conta dos respectivos proprietários.

§ 3º - As reclamações dos proprietários de animais cujo trânsito tenha sido impedido só poderão ser tomadas em consideração quando os animais estiverem no local de partida ou aí tenham sido reconduzidos, salvo casos especiais, a juízo do diretor do Serviço de Defesa Sanitária Animal.

Art. 37 - As companhias de estradas de ferro que transportarem animais ficam obrigadas a

construir carros adequados às diversas espécies. Art. 38 - As companhias de estradas de ferro, empresas de navegação ou quaisquer outras empresas

que transportem animais, ficam obrigadas à limpeza e desinfecção de seus carros, veículos, embarcações e boxes, assim como os locais de embarques ou desemb arques, currais, bretes e todas as instalações ou locais que tenham sido ocupados por animais.

Art. 39 - As exigências estabelecidas no artigo 38 ficam sob fiscalização direta do Serviço de

Defesa Sanitária Animal. § 1º - Os veículos deverão ser lavados e desinfetados após no máximo 24 horas do desembarque. § 2º - Os vagões ou quaisquer veículos que hajam transportado animais para frigoríficos e

matadouros, deverão ser limpos e desinfetados imediatamente após a descarga, quando houver instalação apropriada.

§ 3º - Os infratores incorrerão em multa de Cr$ 500,00 a 1.000,00, dobrado nas reincidências. Art. 40 - Em instruções aprovadas pelo ministro serão fixados os métodos de limpeza e

desinfecção e indicadas as substâncias desinfetantes adotadas. Art. 41 - Em casos de surtos epizoóticos poderá o Serviço de Defesa Sanitária Animal tomar

providências que visem tornar mais severas as medidas determinadas neste regulamento, mediante instruções aprovadas pelo ministro.

Art. 42 - Os postos para desinfecção de vagões de estradas de ferro serão construídos às expensas

das próprias companhias, cabendo-lhes também o ônus do material de limpeza e desinfecção e o pagamento do pessoal necessário a este Serviço.

Parágrafo único - Para o custeio das despesas cobrarão as companhias as taxas previstas em lei. Art. 43 - Os projetos de construção e orçamentos de postos de desinfecção serão organizados pelas

companhias transportadoras, de acordo com planos fornecidos pela diretoria do Serviço de Defesa Sanitária Animal, devendo neles constar especificações sobre canalização de água, força, luz, drenagens e resíduos e detalhes de construção.

Art. 44 - Os postos de desinfecção serão instalados nos pontos indicados pela diretoria do Serviço

de Defesa Sanitária Animal devendo a escolha do local recair nos pontos naturalmente indicados pelo tráfego, nos desvios dos matadouros e exposições de gado.

Art. 45 - Os veículos, vagões, ou quaisquer instalações, depois de limpos e desinfetados, só

poderão ser retirados dos postos e usados, após vistoria de um funcionário do Serviço de Defesa Sanitária Animal que afixará uma etiqueta em que conste a palavra - "Desinfetado"- a data e a sua assinatura.

Art. 46 - Constatado óbito, no decorrer da viagem, deverá ser imediatamente autopsiado no ponto

de desembarque, o cadáver, para verificação da causa mortis e aplicação de medidas sanitárias aconselháveis. Art. 47 - Os infratores das medidas sanitárias a que se refere o artigo anterior incorrerão na multa

de Cr$ 300,00 a Cr$ 1.000,00, dobrada nas reincidências.

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Art. 48 - Os interessados poderão aproveitar como adubo o produto residual das limpezas dos vagões, desde que o mesmo seja tratado de modo torná-lo inócuo, por processo aprovado pela diretoria do Serviço de Defesa Sanitária Animal.

Art. 49 - Para efeito do disposto no art. 42 e em relação às estradas de ferro pertencentes à União, o

Ministério da Agricultura entrará em acordo com o Ministério da Viação para transferir a este, mediante prévia avaliação, os atuais postos de desinfecção situados em Santa Cruz, Barra do Piraí e Carlos de Campos, na Estrada de Ferro Central do Brasil.

CAPÍTULO IV

Importação e Exportação de Produtos de Origem Animal

Art. 50 - É proibida a importação de produtos de origem animal, quando não acompanhados de certificado fornecido por autoridade competente do país de procedência.

Art. 51 - Tais certificados só serão válidos: a. quando os modelos e fórmulas forem aprovados pelo Ministério da Agricultura; b. quando forem visados por autoridades consulares brasileiras; c. quando os regulamentos de inspeção de produtos de origem animal, dos países de procedência,

forem aprovados pelas autoridades sanitárias brasileiras; d. quando os produtos forem procedentes de estabelecimentos inspecionados. Art. 52 - Os certificados que acompanharem os produtos importados destinados à alimentação

humana, serão visados pelos funcionários do Serviço de Defesa Sanitária Animal para efeito do disposto no artigo anterior e transmitidos às autoridades sanitárias do DNSP, a quem compete a inspeção de tais produtos nos centros consumidores.

Art. 53 - Em se tratando de couros, peles, lãs, chifres, cabelos, etc. para fins industriais, tais

produtos só serão desembaraçados quando os certificados trouxerem a declaração de que procedem de zonas onde não estava grassando o carbúnculo hemático, a febre aftosa ou a peste bovina.

Art. 54 - Os produtos comestíveis de origem animal, elaborados no país, só terão livre trânsito

pelos portos e postos de fronteira quando procedentes de estabelecimentos inspecionados e acompanhados de certificado de sanidade, fornecido pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

§1º - Os certificados a que se refere este artigo serão válidos pelo prazo máximo de um mês e controlados pelos funcionários competentes do Serviço d e Defesa Sanitária Animal.

§2º - Os infratores incorrerão na multa de Cr$ 500,00 a 1.000,00 dobrada em cada reincidência e lhes será negado o desembaraço dos produtos.

Art. 55 - Verificado no ato do desembarque que os produtos procedem de estabelecimentos

registrados e inspecionados pelo SIPOA, os certificados que os acompanharem serão visados e transmitidos às autoridades sanitárias do DNSP ou dos Estados, para efeito do disposto no artigo 52.

Art. 56 - Quando produtos procedentes de fábricas do interior não forem embarcados em um só

lote ou se destinarem a portos diversos, os funcionários do Serviço de Defesa Sanitária Animal poderão desdobrar os certificados que os acompanharem, usando os mesmos modelos do SIPOA, indicando o nome e sede da fábrica e o nome dos funcionários que assinou o certificado de procedência.

Parágrafo único – Os certificados deverão ser adquiridos para efeito de controle. Art. 57 - Os produtos de origem animal, para fins industriais, procedentes de estabelecimentos

registrados no SIPOA, tais como couros, lãs e peles de animais silvestres, só terão livre trânsito quando procedentes de zonas onde não grassava, no momento, a febre aftosa, em se tratando de couros verdes ou carbúnculo hemático, em qualquer hipótese, se vierem acompanhados de certificado fornecido pelo Serviço de Defesa Sanitária Animal.

§ 1º - Quando tais produtos se destinarem ao comércio internacional, o certificado que lhes permitirá o embarque só será fornecido após desinfecção por processo aprovado pelo SDSA.

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§ 2º - Tais certificados serão fornecidos no mesmo modelo usado pelo SIPOA.

CAPÍTULO V Inspeção de Mercados e Feiras de Gado Vivo

Art. 58 - As feiras e mercados de gado vivo só poderão funcionar quando inspecionados pelo

SDSA e estiverem devidamente aparelhadas, permitindo o controle sanitário a cargo deste Serviço. Parágrafo único - As instalações que obedecerão ao modelo aprovado pela diretoria do SDSA,

constarão de currais em número suficiente, com piso resistente para evitar atoladouros, casa para administração, com gabinete destinado ao funcionário incumbido da inspeção sanitária dos animais, curral para isolamento de animais doentes, banheiro carrapaticida e pavilhão com sala de autopsias e forno crematório.

Art. 59 - Quando se verificarem casos de molés tias infecto contagiosas nos animais expostos, a

feira será interditada e, em se tratando de carbúnculo hemático ou sintomático, vacinados gratuitamente todos os animais do lote em que a moléstia tiver sido constatada, sendo pago pelos interessados apenas o custo da vacina.

Art. 60 - Os animais procedentes de outros Estados que demandarem as feiras de gado deverão vir

acompanhados de certificados de sanidade fornecido por funcionários do SDSA, funcionário técnico de outro Serviço subordinado ao DNPA, devidamente autorizados, os funcionários estaduais, de acordo com o disposto no artigo 35.

Parágrafo único - Quando procedentes do mesmo Estado ou de zonas onde não estejam grassando moléstias infecto-contagiosas, os animais serão examinados em local próximo às feiras antes de lhes ser permitida a entrada no recinto das mesmas.

CAPÍTULO VI

Profilaxia das Doenças Infecto-contagiosas

Art. 61 - São passíveis de aplicação das medidas de defesa sanitária animal, previstas no presente Regulamento, as moléstias abaixo especificadas:

A peste bovina - nos ruminantes; A febre-aftosa - nos ruminantes e suínos; A raiva e a pseudo-raiva - nos mamíferos; A tuberculose - nos bovinos, suínos e aves; O carbúnculo hemático - nos ruminantes, suínos e eqüinos; O curbúnculo sintomático e peripneumonia - nos bovinos; As bruceloses - nos ruminantes, suínos e eqüinos; As salmoneloses - nos bovinos, suínos e aves; As pasteureloses - nos mamíferos e aves; As tripanossomoses - nos mamíferos; As piroplasmoses - nos ruminantes, eqüinos e caninos; A anaplasmose - nos bovinos; O mormo - nos eqüinos, asininos e muares; A encefalite enzoótica - nos eqüinos; A ruiva e peste suína - nos suínos; A cravagem - nos ovinos; A vaginite granulosa e coriza gangrenosa - nos bovinos; As coccidioses - nos mamíferos e aves; A psitacose, espiroquetose, difteria e peste - nas aves; As sarnas - nos ruminantes, eqüinos, suínos, aves e pequenos animais domésticos; O mixoma e a encefalite - nos coelhos Parágrafo único - A presente lista de doenças poderá ser alterada pelo Ministro da Agricultura

mediante proposta do diretor da SDSA de acordo com o resultado dos estudos e investigações científicas de quaisquer procedências.

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Art. 62 - Serão empregadas providências equivalentes às mencionadas anteriormente, para quais quer animais de qualquer espécie que ofereçam perigo de serem portadores de vírus das doenças de que trata o artigo anterior, ainda que esses animais sejam refratários àquelas doenças.

Art. 63 - É obrigatório, por motivo de interesse da Defesa Sanitária Animal ou da Saúde Pública, o

sacrifício de todos os animais atacados das seguintes zoonoses: mormo, raiva e pseudo-raiva, tuberculose, salmonela pulorum, peste suína.

Parágrafo único - Quando se tratar de peste bovina, peripneumonia contagiosa, para-tuberc ulose ou qualquer doença infecto-contagiosa ainda não oficialmente reconhecida como existente no país é obrigatório o sacrifício dos animais atingidos e dos que forem necessários para a defesa dos rebanhos nacionais.

Art. 64 - Os animais atacados ou suspeitos de doenças contagiosas enumeradas no parágrafo único

do artigo anterior e cujo sacrifício for requisitado, serão abatidos perante duas testemunhas idôneas, no prazo máximo de 24 horas, a contar da chegada, às mãos do proprietário ou detentor dos animais, da cópia da ordem de matança, emanada do diretor do SDSA, ou de um dos inspetores chefes das Inspetorias Regionais do mesmo Serviço.

§ 1º - Quando o funcionário de Defesa Sanitária Animal encontrar dificuldade para executar as medidas constantes do pre sente artigo requisitará às autoridades federais apoio material para o cumprimento do seu dever.

§ 2º - Aos proprietários que criarem dificuldades para a execução do presente artigo serão aplicadas multas de Cr$ 200,00 a Cr$ 1.000,00 duplicada na reincidência.

Art. 65 - Não estão sujeitos às medidas constantes dos artigos 2º e 3º os animais atacados ou

suspeitos de doenças contagiosas que, no interesse da ciência, sejam conservados nos lazaretos e estabelecimentos de ensino ou em Institutos Científicos.

Art. 66 – Se o proprietário de um animal, cujo sacrifício se impuzer, contestar o diagnóstico da

doença poderá proceder de acordo com o disposto no parágrafo único do artigo 20. Parágrafo único - Enquanto durarem as provas esclarecedoras, o animal será posto em quarentena

rigorosa e a propriedade ou local interditado, sem prejuízo de outras medidas profiláticas aconselháveis a cada caso, correndo todas as despesas por conta do seu proprietário.

Art. 67 - As autoridades municipais, estaduais e federais competentes e os médicos veterinários

deverão indicar aos funcionários do SDSA os estabelecimentos onde houver animal atacado ou suspeito de uma das doenças especificadas no artigo 61 ou se verificar violação das medidas de seqüestro, isolamento ou interdição, prescritas no presente regulamento, ou ainda de quaisquer ordens expedidas no sentido de evitar o contágio de tais doenças.

Art. 68 - Ocorrendo em alguns dos meios de transporte usuais qualquer caso de doença

transmissível, o veículo, depois de desembarcados os animais, será submetido, no primeiro ponto de inspeção sanitária, à mais completa desinfecção.

Art. 69 - Todo o animal que tiver de figurar em exposição ou feira poderá ser detido em

observação, isolado e desinfetado nos portos, fronteiras, estações de embarque, estradas, etc., a juízo da autoridade veterinária competente ou do seu representante.

Art. 70 - No intuito de evitar a propagação das piroplasmoses a anaplasmoses, o Governo Federal

consoante o acordo que for estabelecido com os governos locais e quando as condições financeiras o permitirem, delimitará as zonas infestadas e limpas de carrapatos e construirá banheiros carrapaticidas nos pontos mais adequados.

Art. 71 - As medidas de caráter especial, relativas à profilaxia de cada moléstia contagiosa serão

estabelecidas em instruções aprovadas pelo ministro da Agricultura.

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Art. 72 - As doenças dos peixes, caça de pena e de pêlo, previstas nos regulamentos do Serviço de Caça e Pesca, serão notificados pelos funcionários do Serviço de Defesa Sanitária Animal, às autoridades competentes.

CAPÍTULO VII

Assistência Veterinária

Art. 73 - Com fim de tornar mais eficiente o combate às moléstias infecto-contagiosas será organizado um serviço de propaganda, divulgação e educação sanitária pelo qual serão distribuídos, gratuitamente, folhetos, prospectos, cartazes ou monografias e efetuadas conferências pelo seu pessoal técnico.

Art. 74 - O Serviço de Defesa Sanitária Animal, por intermédio do seu pessoal técnico, cooperará

gratuitamente com os criadores, na assistência veterinária aos seus rebanhos. § 1º - A assistência veterinária a que se refere o presente artigo consistirá na vacinação e

revacinação dos rebanhos, identificação, profilaxia e tratamento de moléstias contagiosas, infecto-contagiosas, parasitárias internas e externas;

§ 2º - As vacinas e demais produtos biológicos usados na vacinação e tratamento dos rebanhos serão adquiridos pelos criadores, sendo inteiramente gratuita a aplicação pelos funcionários do SDSA.

§ 3º - Será também gratuito o transporte dos funcionários por estrada de ferro até o ponto mais próximo às fazendas dos interessados, competindo-lhes fornecer condução aos funcionários desses pontos aos seus estabelecimentos.

Art. 75 - Os pedidos de criadores para a verificação de doenças em animais serão obrigatoriamente

atendidos pela ordem de entrada nas dependências do Serviço de Defesa Sanitária Animal. Parágrafo único - Quando se tratar de casos que pela sua natureza requeiram providencias

imediatas, a juízo do diretor e dos inspetores chefes, a estes será dada preferência.

CAPÍTULO VIII Do Conselho Nacional de Defesa Sanitária Animal

Art. 76 - Fica instituído, no Ministério da Agricultura, o Conselho Nacional de Defesa Sanitária

Animal, que tem por objetivo o seguinte: a. estudar e propor ao ministro as medidas de defesa sanitária animal complementares ou

previstas neste regulamento, bem assim outras que se fizerem necessárias; b. manifestar-se sobre casos omissos e interpretações relativas à execução do presente

regulamento; c. julgar em grau de recurso as penalidades aplicadas por infração deste regulamento. Art. 77 - O Conselho Nacional de Defesa Sanitária Animal compor-se-á de membros permanentes

e consultivos. § 1º - Serão membros permanentes: O ministro da Agricultura; O diretor geral do Departamento Nacional da Produção Animal; O diretor do Serviço de Defesa Sanitária Animal; O diretor do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal; O diretor do Instituto de Biologia Animal. § 2º - Serão membros consultivos os demais diretores, os presidentes das associações rurais do

país, assistentes-chefe e os funcionários de repartições técnicas do Ministério da Agricultura, os quais só tomarão parte nas reuniões quando convocados pelo Ministro, ou pelo presidente em exercício.

§ 3º - Servirá de secretário do Conselho Nacional de Defesa Sanitária Animal o funcionário que for designado pelo ministro.

Art. 78 - O Conselho Nacional de Defesa Sanitária Animal reunir-se-á em dia, hora e local

previamente determinados, sob a presidência do ministro ou, na sua ausência, do diretor geral do DNPA, que nos seus impedimentos será substituído pelo diretor do Serviço de Defesa Sanitária Animal.

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Art. 79 - Todas as deliberações do Conselho Nacional de Defesa Sanitária Animal serão tomadas por maioria de votos dos membros presentes.

Art. 80 - O Conselho se reunirá e deliberará com a maioria de seus membros. Quando, porém, não

se tratar de assunto urgente poderá ser remetida aos membros ausentes à sessão, cópia da ata para que estes emitam opinião sobre os assuntos debatidos.

Parágrafo único - As decisões do Conselho Nacional de Defesa Sanitária Animal serão publicados no Diário Oficial.

Art. 81 - Quer as decisões tomadas na forma do artigo 79, quer na do artigo 80, serão comunicadas

aos funcionários encarregados de sua execução, por intermédio do diretor membro do Conselho, a que os mesmos estejam hierarquicamente subordinados.

CAPÍTULO IX

Disposições Gerais

Art. 82 - As funções técnicas atinentes à defesa sanitária animal e constantes deste regulamento serão exercidas pelo Serviço de Defesa Sanitária Animal em todo o território da República.

§ 1º - O Serviço de Defesa Sanitária Animal promoverá a mais estreita colaboração com os demais serviços do DNPA na execução do presente regulamento.

Art. 83 - Os funcionários encarregados da execução do presente regulamento terão, mediante a

apresentação da carteira de identidade funcional, livre acesso às propriedades rurais, estabelecimentos oficiais de criação, depósitos, armazéns, estações de estrada de ferro, aeroportos, bordo de navios atracados ou não, alfândegas ou outro qualquer lugar onde possam existir animais ou despojos de animais a inspecionar.

Parágrafo único - Os referidos funcionários poderão requisitar o auxílio de força pública para as diligências que se fizerem necessárias na execução deste regulamento.

Art. 84 - Tornando-se necessário realizar algum trabalho de caráter experimental, ou adquirir

conhecimentos relacionados com os trabalhos que se realizam em outros estabelecimentos, fica o diretor do SDSA autorizado a solicitar a colaboração do chefe desses estabelecimentos.

Art. 85 - No caso de trabalhos extraordinários executados fora das horas de expediente, por

solicitação expressa de particulares, os funcionários perceberão gratificações previamente determinadas por portaria do ministro da Agricultura.

Art. 86 - Os casos omissos do presente regulamento ou que necessitarem de posteriores instruções

serão resolvidos por portaria do ministro da Agricultura, ouvido o Conselho Nacional de Defesa Sanitária Animal.

Art. 87 - O presente regulamento entrará em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 3 de julho de 1934.

Juarez do Nascimento Fernandes Távora

(Publicado no Diário Oficial de 14/07/34)

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LEI Nº 569, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1948 - Estabelece medidas de Defesa Sanitária Animal, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

seguinte Lei: Art. 1º - Sempre que, para salvaguardar a saúde pública, ou por interesse da defesa sanitária animal

venham a ser determinado o sacrifício de animais doentes, destruição de coisa ou construções rurais, caberá ao respectivo proprietário indenização em dinheiro, mediante prévia avaliação.

Parágrafo único - Far-se-á devido desconto na avaliação quando parte das coisas ou construções condenadas seja julgada em condições de aproveitamento.

Art. 2º - Serão sacrificados os animais atingidos por qualquer das zoonoses especificadas no art. 63

do Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934. Parágrafo único - Não caberá qualquer indenização quando se tratar de raiva, pseudo-raiva, ou de

outra doença considerada incurável e letal. Art. 3º - A indenização devida pelo sacrifício do animal será paga de acordo com as seguintes

bases: a. quarta parte do valor do animal se a doença for tuberculose; b. metade do valor, nos demais casos; c. valor total do animal, quando a necropsia ou outro não confirmar o diagnóstico clínico. Art. 4º - A indenização por coisas ou construções rurais será igual ao valor total da respectiva

avaliação. Art. 5º - A avaliação será feita por uma comissão, composta de representantes do Governo Federal,

obrigatoriamente profissional em veterinária, um representante do Governo Estadual e um representante das Associações Rurais, criadas pelo Decreto-lei nº7.449, de 9 de abril de 1945, substituindo o último nas zonas ou regiões onde não existirem tais entidades, por um ruralista de reconhecida capacidade técnica, indicado pela parte interessada.

Parágrafo único - Do laudo caberá recurso, dentro do prazo de trinta dias, para o Ministro da Agricultura, devendo ser interposto:

a. pelo representante do Governo Federal, quando este considerar excessiva a avaliação ou incabível indenização;

b. pelo proprietário do animal, coisas ou instalações rurais, quando for negada a indenização ou reputada insuficiente a avaliação.

Art. 6º - A indenização será paga pelo Governo da União, a conta da dotação consignada em

orçamento especialmente para esse fim, do crédito adicional a que se dê o mesmo destino, ou da dotação orçamentária destinada às despesas com a profilaxia e combate a epizotias.

Parágrafo único - Quando houver acordo ou convênio entre o Governo da União e do Estado, com a contribuição de uma outra entidade, para execução de serviços públicos de defesa sanitária animal, um terço da indenização sairá da contribuição estadual, saindo da contribuição federal os dois terços restantes.

Art. 7º - O direito de pleitear a indenização prescreverá em noventa dias, contados da data em que

for morto o animal, ou destruída a coisa. Art. 8º - O poder executivo expedirá dentro do prazo de sessenta dias, o regulamento necessário à

execução da presente Lei. Art. 9º - Esta Lei entrará em vigor noventa (90) dias após a sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1948, 127º da Independência a 60º da República.

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EURICO G. DUTRA

Daniel Carvalho Corrêa Castro

(Publicado no Diário Oficial de 23/12 /48, Página 18.256).

DECRETO Nº 27.932, DE 28 DE MARÇO DE 1950 - Aprova o regulamento para aplicação das medidas de defesa sanitária animal.

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 87, inciso I da

Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 8º da Lei nº 569, de 21 de dezembro de 1948, decreta: Art. 1º - Fica aprovado o regulamento que a este acompanha assinado pelo Ministro de Estados do

Negócios da Agricultura, relativa à execução das medidas de defesa sanitária animal a que se refere a Lei nº 569, de 21 de dezembro de 1948.

Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em

contrário. Rio de Janeiro, 28 de março de 1950, 129º da Independência e 62º da República.

EURICO G. DUTRA

Carlos de Sousa Duarte

REGULAMENTO REFERENTE À APLICAÇÃO DAS MEDIDAS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL, DE QUE TRATA A LEI Nº 569,

DE 21 DE DEZEMBRO DE 1948. Art. 1º - O sacrifício de animais portadores de qualquer das zoonoses especificadas no artigo

seguinte e a destruição de coisas e construções rurais, no interesse da saúde publica ou da defesa e construções rurais, serão autorizadas pelo Diretor da Divisão de Defesa Sanitária Animal (D.D.S.A), do Departamento Nacional da Produção Animal (N.P.A), do Ministério da Agricultura, por proposta do Chefe de Inspetoria Regional, na mesma Divisão, em cuja jurisdição se impuser a aplicação das referidas medidas.

§ 1º - O cumprimento do disposto neste artigo deverá ser realizado no menor prazo possível, após a avaliação de que cuidam os artigos 5º e 6º.

§ 2º - Se a ocorrência determinante do sacrifício for de natureza que justifique providência imediata a verificar-se fora do Distrito Federal, a autorização poderá caber ao próprio Chefe de Inspetoria Regional, ratificada posteriormente pelo Diretor da Divisão de Defesa Sanitária Animal.

Art. 2º - São possíveis de sacrifícios os animais atacados de mormo, raiva, pseudo-raiva,

tuberculose, pulorose, peste suína e quaisquer doenças infecto-contagiosas não oficialmente reconhecidas como existentes no País, bem como todos aqueles que, tendo tido contato, direto ou indireto, com animais doentes, sejam, a juízo de autoridade sanitária competente, considerados suspeitos de contaminação e possam representar perigo de disseminação da doença.

Art. 3º- Autorizado o sacrifício, na forma do artigo 1º deste Regulamento, o Chefe da Inspetoria

Regional da Defesa Sanitária Animal preferirá despacho designando a Comissão Avaliadora de que trata o art. 5º da Lei 569, de 21 de dezembro de 1948, e declarando nominalmente o representante do Governo Federal a quem caberá a Presidência da Comissão.

§ 1º- Como representante da Associação Rural, se esta existir na região, será designado o seu presidente, o qual poderá delegar a outro associado de sua imediata confiança e competência para representá-lo na Comissão Avaliadora.

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§ 2º- Não existindo na região Associação Rural, será designado, em lugar do representante daquela entidade, um ruralista de reconhecida capacidade, escolhido pela parte interessada.

§ 3º - Quando as medidas prescritas pelo art. 1º devem ser tomadas no Distrito Federal, as providências, contidas neste artigo, da alçada do Chefe da Inspetoria Regional, caberão ao Diretor da Divisão de Defesa Sanitária Animal.

Art. 4º - Proferido o despacho estipulado no art. anterior, a autoridade que o lavrar comunicará sua

decisão ao órgão estadual e à Associação Rural competente, ou aquele e a parte interessada, na hipótese prevista no § 2º do artigo anterior aos quais incumbirá promover as providências necessárias para que seus representantes compareçam ao local em que tiver de verificar-se o sacrifício dos animais ou a destruição de objetos ou construções rurais.

Art. 5º - A avaliação dos animais a serem sacrificados, far-se-á tomando-se por base seu valor em

fase das características raciais, idade, sexo, fim econômico e outros elementos, a juízo da comissão. Parágrafo único - Em se tratando de coisa ou construções rurais a avaliação será feita por estimativa

das despesas que, a critério da Comissão se tornarem necessárias à reconstrução das instalações ou aquisição das coisas.

Art. 6º - A avaliação do animal deverão suceder, imediatamente, seu sacrifício e a respectiva

necropsia, realizada perante a Comissão Avaliadora, para efeito de confirmação do diagnóstico. § 1º - Realizada a necropsia, colher-se-á, material para posterior exame em laboratório do DNPA,

se subsistirem dúvidas sobre o diagnóstico. § 2º - A juízo da Comissão Avaliadora, na hipótese do aproveitamento condicional de animal, o

sacrifício será efetuado no matadouro mais próximo, cabendo à Inspetoria Regional a tomada das providências tendentes a evitar qualquer possibilidade de disseminação da doença.

Art. 7º - A destruição dos cadáveres, objetos e construções, deverá ser realizada por inumação

profunda ou pelo fogo, conforme o caso. Art. 8º - O valor atribuído pela Comissão Avaliadora aos animais sacrificados e às coisas e

construções destruídas, na forma do art. 5º e seu parágrafo, representará a base sobre a qual será calculada a indenização a que se refere o artigo 1º da Lei 569, de 21 de dezembro de 1948, atendendo ao disposto nos incisos seguintes: I. a importância da indenização corresponderá ao valor total da avaliação:

a. quando não for pela necropsia ou por exames posteriores; b. quando se tratar de coisas e construções rurais, confirmando o diagnóstico.

II. se o diagnóstico for tuberculose a importância da indenização será a quarta parte do valor de avaliação. III. a importância da indenização corresponderá à metade do valor atribuído na avaliação, nos demais casos,

com exceções previstas no § 2º deste artigo. § 1º - Quando houver aproveitamento condicional, a importância da indenização resultará da

diferença entre o arbitrado na forma deste artigo e a quantia apurada no referido aproveitamento, mediante comprovação hábil, salvo se tratar de reprodutores com características raciais de valor zootécnico, caso em que não será feito o aludido desconto.

§ 2º - Não caberá qualquer indenização, quando a zoonose motivadora no sacrifício for a raiva, pseudo-raiva ou outra considerada incurável ou letal.

Art. 9º - Feito o arbitramento da indenização a Comissão Avaliadora lavrará um auto de avaliação,

em que três vias, das quais a primeira será entregue, à guiza de notificação, à parte interessada, a segunda será remetida à DDSA, para ser anexada ao processo de indenização que se iniciará com requerimento do interessado, na formalidade do artigo 10, e a terceira ficará arquivada na Inspetoria Regional respectiva ou na DDSA, caso a ocorrência se dê no Distrito Federal.

§ 1º - O auto de avaliação mencionado neste artigo, além de outros pormenores, a juízo da Comissão conterá:

a. declaração do sacrifício do animal ou animais e da destruição dos objetos ou construções rurais.

b. nome, nacionalidade, residência e profissão do proprietário;

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c. espécie, raça, idade aproximada, marca e outras características do animal ou dos animais sacrificados;

d. natureza dos objetos e descrição das construções destruídas; e. valor arbitrado do animal ou animais e dos objetos ou construções, observado o disposto no art.

5º; f. laudo da necropsia a que se refere o art. 6º; g. laudo do exame a que se alude o § 1º do 6º se for o caso; h. valor da indenização, calculada mediante o disposto no art. 8º. § 2º - Do Auto de Avaliação caberá recurso, dentro do pra zo de trintas dias, para o Ministro da

Agricultura, por intermédio do Chefe Regional, devendo ser interposto: a. pelo representante do governo Federal, quando este considerar excessiva a avaliação ou

incabível a indenização; b. pelo proprietário do animal, coisas ou instalações rurais, quando lhe for negada a indenização

ou a reputa insuficiente. § 3º - A contagem do prazo estabelecido no parágrafo anterior iniciará a partir da data da lavratura

do auto, se o recurso for imposto pelo representante do Governo Federal, ou do dia do recebimento da notificação, se o recurso for interposto pelo criador interessado.

Art. 10 - O criador interessado terá o prazo de 90 (noventa) dias para requerer ao Ministro da

Agricultura, por intermédio do Chefe da Inspetoria Regional nos Estados ou do Diretor da D.D.S.A., na capital, a indenização a que se julgar com direito, devendo o Diretor da D.D.S.A. instruir o requerimento com o processo do qual constem todos os elementos para o arbitramento da indenização e indicar a verba por correrão as despesas, de acordo com o art. 6º e seu parágrafo, da Lei nº 569/48.

Parágrafo único - O prazo a que se refere este artigo será contado a partir da data em que se for morto o animal ou destruída a coisa; a solução do pedido dependerá, porém, da prévia decisão do recurso, quando houver.

Art. 11 - Os processos de pagamento de indenização terão caráter de urgência, devendo ser

ultimados no mais breve espaço de tempo possível.

Rio de Janeiro, 28 de março de 1950.

CARLOS DE SOUZA DUARTE

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MÉDICO VETERINÁRIO

DECRETO-LEI Nº 818, DE 5 DE SETEMBRO DE 1969 - Dispõe sobre a

aceitação, pelo Ministério da Agricultura, para fins relacionados com a Defesa Sanitária Animal, de atestados firmados por médico veterinário sem vínculo

com o Serviço Público e dá outras providências.

Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar, usando das atribuições que lhes confere o art. 1º do Ato Institucional n° 12, de 31 de agosto de 1969, combinado com o § 1° do artigo 2° do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam:

Art. 1º - Nas unidades administrativas onde não existirem, ou forem em número insuficiente,

Médicos Veterinários pertencentes ao serviço público federal, fica o Ministério da Agricultura autorizado a aceitar atestados zoo-sanitários firmados por médicos veterinários não vinculados a administração federal, que sejam portadores de carteira de identificação profissional expedida pelos Conselhos Federal ou Regionais de Medicina Veterinária.

§ 1º - A aceitação dos atestados fica condicionado à comprovação pelos médicos veterinários, de conhecimento da legislação específica de defesa sanitária animal e das normas referentes à profilaxia das doenças infecciosas, infecto-contagiosas ou parasitárias, objeto de programas federais de controle ou erradicação, a critério do Ministério da Agricultura.

§ 2º - A autorização prevista neste artigo somente terá validade nas unidades administrativas que sejam objeto de declaração pelo Ministério da Agricultura, e em caso algum poderá acarretar qualquer ônus para os cofres públicos.

Art. 2º - O Médico Veterinário que infringir o disposto no presente Decreto-Lei ou as demais

disposições legais e regulamentares atinentes à defesa sanitária animal, será declarado inidôneo para o fornecimento dos atestados, por ato do Ministério da Agricultura, que também representará contra o infrator, juntos aos Conselhos Federal ou Regional de Medicina Veterinária, para aplicação das medidas disciplinares cabíveis.

Art. 3º - O Ministério da Agricultura ouvido o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral,

promoverá a expedição, no prazo de 60 (sessenta) dias, das normas que se fizerem necessárias à execução do presente Decreto-lei.

Art. 4º - Este Decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em

contrário. Brasília, 5 de setembro de 1969; 148º da Independência e 81º da República.

AUGUSTO HAMANN RADEMAKER GRUNEWALD Aurélio de Lyra Tavares Márcio de Souza Mello

Ivo Arzua Pereira Hélio Beltrão

(Publicado no Diário Oficial de 8 de setembro de 1969, Seção I – Parte I – Página 7.569)

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PORTARIA Nº 9, DE 8 DE JANEIRO DE 1970 – Normas de atestado zôo-sanitários firmado por médicos veterinários sem vínculo com o serviço público

O Ministro de Estado da Agricultura, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o artigo 2º,

do Decreto nº 818, de 5 de setembro de 1969, resolve: Art. 1º - Aprovar as Normas que a esta acompanham, reguladoras da aceitação, pelo Ministério da

Agricultura, para fins relacionados com a defesa sanitária animal, de atestados zôo-sanitários firmados por Médicos Veterinários sem vínculo com o serviço público.

Art. 2º - Delegar competência ao Diretor do Escritório de Produção Animal, para baixar as

instruções necessárias à implementação das normas a que se refere esta Portaria, ouvida a Equipe Técnica de Defesa Sanitária Animal – L.F. – Cime Lima.

NORMAS PARA A EXECUÇÃO DO DECRETO – LEI Nº 818 DE 8 DE SETEMBRO DE

1969

I. A aceitação pelo Ministério da Agricultura (MA), de atestados zoo-sanitários, firmados por Médicos Veterinários não vinculados à administração federal é regulada pelo disposto nestas Normas e nos demais dispositivos legais relativos à defesa sanitária animal, cabendo à Equipe Técnica de Defesa Sanitária Animal (ETEDA), do Escritório de Produção Animal (EPA), promover e fiscalizar a execução dessa medida, bem como resolver dúvidas suscitadas na aplicação destas Normas.

II. Os atestados sanitários emitidos para trânsito interestadual de animais e produtos animais para fins industriais obedecerão, além do que dispõe as presentes Normas, às mesmas formalidades exigidas para os certificados sanitários ou de livre trânsito a que se refere o Decreto nº 25.548, de 3 de julho de 1934.

a. A aceitação dos atestados fica condicionada ao atendimento dos dis positivos legais federais que regem a matéria;

b. No âmbito estadual, os atestados zôo-sanitários deverão atender não só à legislação federal como ainda, a que for baixada pelos Estados.

III. Os atestados zoo-sanitários só poderão ser expedidos após inspeção direta dos animais pelo Médico Veterinário, que atestará a saúde dos mesmos e o cumprimento das exigências de ordem sanitária estabelecida para cada espécie.

a. A emissão dos atestados zôo-sanitários fica condicionada à permanente assistência veterinária aos rebanhos de onde se originaram os animais, por parte dos signatários dos mencionados documentos.

IV. Em se tratando de produtos animais para fins industriais, os atestados sanitários a que se referem as presentes Normas especificarão:

a. que os mesmos procedem de região onde, no período de 90 (noventa) dias antes do abate, não grassem a febre aftosa e o carbúnculo hemático;

b. que foram previamente desinfestados e desinfetados de acordo com as normas ou processos aprovados oficialmente.

V. Somente poderão emitir atestados zôo-sanitários os Médicos Veterinários previamente habilitados pela ETEDA, através de Portaria publicada no Diário Oficial da União, desde que atendidas as seguintes exigências:

a. requerimento à ETDA, indicando a Unidade Administrativa onde pretendem exercer suas atividades , bem como seus domicílios;

b. apresentação de carteira de identificação profissional expedido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária e;

c. submeter-se a treinamentos especializados, promovidos pelo MA, sobre a legislação específica de Defesa Sanitária Animal e as Normas referentes à profilaxia das doenças infecciosas, infecto-contagiosa ou parasitária, objeto dos programas federais de controle ou erradicação.

VI. Os profissionais habilitados, ficam obrigados a atender às convocações da ETEDA, para efeito de atualização técnico-científica pertinente à matéria na alínea “c”, do item anterior.

VII. Os atestados zoo-sanitários, restrito apenas no trânsito no território nacional, só terão validade quando expedidos em modelos aprovados pela ETEDA.

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VIII. Aos Médicos Veterinários habilitados na forma destas Normas será facilitado, quando necessário, o acesso às estações de estradas de ferro, portos, aeroportos ou outros locais onde possam existir animais ou produtos animais a examinar.

IX. Os Médicos Veterinários de que tratam estas Normas só poderão emitir atestados zoo-sanitários nas unidades Administrativas definidas e especificadas em Portaria expedida pela ETEDA, de conformidade com o disposto no item V destas Normas, considerando seu domicílio ou da Jurisdição do Conselho Regional de Medicina Veterinária que lhe concedeu a carteira de identificação profissional.

a. Para efeito de execução destas Normas, entende-se por Unidades Administrativas o Município ou o conjunto de Municípios de uma área geo-econômica estabelecida pela ETEDA.

X. O Médico Veterinário que infringir o disposto nestas Normas, ou qualquer das demais disposições legais e regulamentares atinenetes à defesa sanitária animal, será declarado inidôneo pela ETEDA, para a expedição de atestados zoo-sanitários e execução dos trabalhos correlatos.

a. A inidoneidade a que se refere este artigo somente será declarada após apuração dos fatos delituosos, devendo a ETEDA quando for o caso, representar contra o infrator perante o respectivo Conselho Regional de Medicina Veterinária.

b. Durante a fase de sindicância, poderão ser suspensos, com relação ao infrator, os efeitos da Portaria de que trata o item V.

XI. Independentemente do disposto no item anterior, a autorização de que trata a presente Norma poderá ser cancelada, a qualquer tempo, a juízo exclusivo da autoridade competente.

XII. As despesas decorrentes da indenização dos trabalhos profissionais necessários à expedição dos atestados zoo-sanitários em nenhum caso poderão acarretar aos cofres públicos, correndo as mesmas às expensas dos interessados.

XIII. É vedado ao Médico Veterinário habilitado de conformidade com o item V destas Normas emitir atestados sanitários de trânsito de animais ou produtos animais para fins industriais, originários de estabelecimentos de sua propriedade ou de parentes, em linha reta ou colaterais, até o terceiro grau, consangüíneos, ou afins, incluindo-se nesta proibição o parentesco meramente civil.

(Publicado no Diário Oficial de 13 de janeiro de 1970, Página 250)

RESOLUÇÃO Nº 63/71 DO CFMV – Determina como responsabilidade exclusiva do médico veterinário a emissão de atestado de sanidade e de óbito de animais bem como de sanidade de produtos de origem animal e vacinação e

aplicação de qualquer produto que vise a proteção sanitária dos animais

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA, com base no Art. 22, alínea “f”, do Decreto nº 64.704, de 17/06/1969,

RESOLVE:

I. É privativo do Médico Veterinário atestar a sanidade e o óbito dos animais, assim como a sanidade dos produtos de origem animal.

II. É privativo do Médico Veterinário atestar a vacinação, bem assim a aplicação de qualquer produto que vise a proteção sanitária dos animais

§ 1º - A vacinação e a aplicação de qualquer produto em animal sópode ser feita sob a orientação e o controle do Médico Veterinário.

§ 2º - O atestado de vacinação ou de aplicação de qualquer produto em animal só pode ser assinado após a conclusão do do trabalho.

§ 3º - O atestado de vacinação ou de aplicação de qualquer produto em animal, além das informações que permitam a identificação do animal, a data e o local em que se processou, deve conter o nome do fabricante, o número da partida, a data de sua validade, a dose e a via utilizada na sua aplicação. (Resolução nº 63, de 10/12/1971)

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PORTARIA Nº 24, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1977 – Regulamenta o credenciamento dos médicos veterinários sem vinculo com o serviço público

O DIRETOR GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO ANIMAL, no uso

das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 31 e item 4, do Regimento Interno da DNPA, aprovado pela Portaria Ministerial nº 454, de 15 de dezembro de 1971 e artigo 2° da Portaria Ministerial n° 9, de 08 de janeiro de 1970,

RESOLVE:

Aprovar as Instruções, anexas a esta Portaria, baixadas pela Divisão de Defesa Sanitária Animal, complementares às Normas aprovadas pela Portaria Ministerial n° 09/70, a serem observadas no credenciamento de médicos veterinários, objetivando o fornecimento de Certificado de Inspeção Sanitária Animal, para fins de trânsito interestadual de animais vivos e produtos de origem animal destinados à industrialização, de que trata o Decreto-lei n°818, de 05 de setembro de 1969.

JOSÉ PEDRO GONZALES Diretor-Geral DNPA

INSTRUÇÕES COMPLEMENTARES ÀS NORMAS APROVADAS PELA PORTARIA MINISTERIAL

Nº 09/70 1. A aceitação, pelo Ministério da Agricultura, de atestado zoo-sanitários firmados por Médicos

Veterinários não vinculados à Administração Federal, de que trata do Decreto-lei nº818/69, é regulada pelas Normas que acompanham a Portaria Ministerial nº09/70, demais dispositivos relativ os a Divisão de Defesa Sanitária Animal e complementada por estas Instruções.

2. O credenciamento será concedido a Médicos Veterinários não vinculados à Administração Federal, que exerçam ou pretendam exerecer atividades de defesa sanitária animal em Unidades Administrativas onde não existam ou sejam em número insuficiente os Médicos Veterinários do Serviço Público Federal, através de Portaria individual do Diretor da Divisão de Defesa Animal –DDSA- ou dos Chefes das Seções de Defesa Sanitária Animal – SDSA – dos Grupos Executivos de Produção Animal – GEPA – das Diretorias estaduais do Ministério da Agricultura – DEMA – nas Unidades de Federação, por delegação de competência.

3. Para ser credenciado, o Médico Veterinário deverá requerer à Seção de Defesa Sanitária Animal – SDSA – do GEPA – DEMA, em formulário próprio, juntando:

a. documento fornecido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária, declarando que o profissional está devidamente inscrito e não responde a processo ético ou disciplinar,

b. termo de compromisso, em modelo próprio, datado e assinado; c. indicação do município ou conjunto de municípios onde exerce ou pretende exercer as

atividades de defesa sanitária animal; d. ficha cadastral, em modelo próprio, devidamente preenchida, datada e assinada.

4. A Seção de Defesa Sanitária Animal, de posse do processo, procederá a análise e julgamento do mesmo, deferindo ou não o requerimento.

5. Sendo deferido o pedido será emitida a Portaria de Credenciamento em sete vias, no mínimo, e com a seguinte destinação:

1ª via – Interessado; 2ª via – DDSA/Brasília, para inclusão nos atos de Diretoria a serem publicados no D.O.U.; 3ª via – SDSA – Arquivo na pasta individual; 4ª via – SDSA – Arquivo por ordem cronológica; 5ª e 6ª vias – Seção de Comunicação do GEA/DEMA; 7ª via – Processo.

6. Será aberta pasta individual, na SDSA credenciadora, para cada credenciado, na qual serão arquivados os anexos referidos no item 3 destas Instruções, juntamente com a 3ª via da Portaria. O processo será arquivado – após juntada cópia da respectiva Portaria.

7. Quando indeferido o requerimento, será dado conhecimento ao interessado e procedida a devolução dos anexos mediante recibo.

8. Caberá recurso ao Diretor da DDSA, no prazo de 15 dias, contados da notificação do indeferimento.

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9. O credenciamento será concedido pelo prazo de um ano, devendo a renovação ser requerida anualmente, durante o mês de nascimento do credenciado.

10. Quando credenciado, o Médico Veterinário receberá a primeira via da Portaria, a orientação necessária e o Manual de Procedimentos – Movimentação Interestadual – de Animais e Produtos.

11. O fornecimento ao credenciado dos talonários de Certificados de Inspeção Sanitária, para fim de trânsito interestadual, bem como o recebimento das 2ª e 3ª vias, serão controlados pela SDSA do GEPA, através de ficha própria, em modelo estabelecido.

12. Cada credenciado utilizará carimbo próprio, no modelo aprovado, quando da emissão de qualquer documento em função do credenciamento.

13. São deveres do credenciado: a. observar a legislação vigente; b. enviar à Seção de Defesa Sanitária Animal do GEPA, mensalmente as 2ª e 3ª vias dos

certificados emitidos, a ficha epidemiológica e a síntese das atividades em modelos próprios; c. participar de reuniões para as quais seja convocado, na UF de sua jurisdição, sem ônus para os

cofres públicos; d. emitir certificados, somente após a prévia inspeção dos animais ou produtos a serem

movimentados e mediante a apresentação dos atestados de vacinação e/ou exame para cada caso quando exigidos;

e. requerer à SDSA, anualmente, no período estabelecido, a revalidação do credenciamento, juntando documento do CRMV nos moldes da alínea “a”, item 3, destas Instruções.

14. Deferido o requerimento de revalidação a SDSA fará a devida anotação na ficha cadastral e expedirá comunicação ao interessado.

15. Indeferido o requerimento de revalidação, será expedida Portaria cancelando o anterior, em modelo próprio, obrigando-se o interessado a devolver à SDSA os talonários adquiridos e ainda não utilizados.

16. O credenciamento não será concedido quando: a. a documentação estiver incompleta; b. na região pretendida, houver Médico Veterinário do Serviço Público Federal em número

suficiente, a critério da SDSA credenciadora. 17. O credenciamento será cancelado quando:

a. não forem observados os dispositivos legais vigentes; b. o credenciado infringir a ética profissional; c. o credenciado deixar de prestar as informações solicitadas pelo órgão credenciador, nos prazos

estipulados; d. sem justa causa, deixar de participar das reuniões para as quais seja convocado; e. não for requerida a renovação, anualmente no mês estabelecido.

18. O correndo a transferência do credenciado para outra Unidade Administrativa, este se obriga a comunicar à SDSA a sua nova localização, para reexame, de acordo com item 02 destas Instruções, podendo ser mantido ou não o credenciamento.

19. A trasnferência de domicílio do credenciado deverá ser comunicada imediatamente ao órgão credenciador.

20. Ocorrendo a transferência para outra UF, o credenciamento será cancelado. 21. São atribuições da SDSA/GEPA:

a. por delegação do Diretorda DDSA, credenciar Médicos Veterinários não vinculados à Administração Federal, na forma destas Instruções, bem como revalidar ou cancelar o credenciamento;

b. orientar o credenciado no sentido do conhecimento da legislação específica de Defesa Sanitária Animal e Normas referentes à profilaxia das doenças infecciosas, infecto-contagiosas e parasitárias, objeto da programação federal de controle e erradicação, bem como do preenchimento de certificados pertinentes e demais formulários;

c. supervisionar e controlar as atividades do Médico Veterinário em função do credenciamento, mantendo-o atualizado quanto às normas e dispositivos legais específicos que venham a ser baixados, como também sobre as alterações do estado zoo-sanitário do País;

d. controlar a distribuição e utilização dos Certificados de Inspeção Sanitária, nos modelos oficiais;

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e. ministrar treinamento especializado aos Médicos Veterinários a serem credenciados, na forma do item V, letra “C”, da Portaria Ministerial nº 09/70, segundo programa mínimo a ser estabelecido pelo DDSA.

HARLEY HASTENREITER CFMV 0065

Diretor da DDSA (Publicado no Diário Oficial de 16/12/77, Página 17.314/15)

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DESINFECÇÃO DOS MEIOS DE TRANSPORTE

DECRETO–LEI Nº 8.911, DE 24 DE JANEIRO DE 1964 - Dispõe sobre a

execução dos serviços de limpeza e desinfecção dos meios de transportes utilizados na locomoção de animais vivos e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da

Constituição, decreta: Art. 1º - Os serviços de limpeza e desinfecção de quaisquer meios de transportes empregados na

locomoção de animais vivos e bem assim das instalações pelos mesmos utilizadas ou locais que tenham sido ocupados por animais, passarão a ser realizados na forma estabelecida neste Decreto-lei.

Art. 2º - Os serviços de que trata o art. 1º serão executados: a. pelo Ministério da Agricultura quando se tratar de empresas de transporte sob administração ou

jurisdição da União; b. pelas empresas de transporte sob administração dos Estados ou Territórios, nestas incluídas as

de propriedade da União que lhe tenham sido arrendadas; c. pelas empresas de transportes, privadas ou particulares. Art. 3º - Para custeio e manutenção dos serviços especializados neste Decreto-lei, as empresas a que

alude o artigo anterior cobrarão, no ato do despacho, a “taxa de desinfecção” criada pelo Decreto-lei nº 194, de 21 de janeiro de 1938, que passará a ser cinqüenta centavos (Cr$ 0,50) por unidade, para as espécies bovina, eqüina, asinina e muar, trinta centavos (Cr$ 0,30), por unidade, para as espécies suína, caprina e ovina e um cruzeiro (Cr$ 1,00), por cento ou fração, para as aves, sendo de um cruzeiro (Cr$ 1,00) no mínimo, o total de taxa a ser cobrada ainda que os animais despachados não atinjam, em número, o suficiente para o pagamento dessa importância.

Parágrafo único – Ficam isentos de pagamento de “taxa de desinfecção” os animais transportados por conta do Governo da União, as aves canoras e ornamentais, os pintos de um dia quando acondicionados em caixas de papelão e bem assim outras espécies de animais não incluídas dentre as citadas neste artigo.

Art. 4º - A “taxa de desinfecção” só poderá ser cobrada uma vez para todo o percurso até o ponto

terminal, qualquer que seja o número de empresas nesse percurso, exceto no caso de baldeação por quebra de bitola ou por não haver tráfego mútuo entre as empresas percorridas.

Art. 5º - Para o cumprimento de disposto na letra “a” do art. 2º, o Ministério da Agricultura, dentro

dos recursos orçamentários que lhe forem outorgados, fará construir, nos postos que se tornarem indicados, postos de limpeza e desinfecção, dotando-se dos requisitos necessários e eficiente à realização dos serviços, ficando as empresas sob administração ou jurisdição obrigadas a ceder os terrenos que, para isso, se tornarem precisos.

Art. 6º - Para atender as despesas de que trata o artigo precedente será concedida nos orçamentos da

União, uma dotação nunca inferior à taxa arrecadada na forma do artigo 8º dois anos antes do respectivo orçamento.

Art. 7º - As empresas de transportes a que se referem as letras “b” e “c” do art. 2º ficam obrigadas a

construir e instalar postos de limpeza e desinfecção, bem como manter o pessoal necessário à perfeita execução dos trabalhos, devendo a escolha dos locais recair nos pontos que forem indicados e previamente aprovados pela Divisão de Defesa Sanitária Animal, do Departamento Nacional de Produção Animal, do Ministério da Agricultura.

Art. 8º - A taxa cobrada pela empresas referidas na letra “a” do art. 2º será pelas mesmas recolhidas

a repartição federal arrecadadora e competente, na forma da legislação em vigor, como renda da União.

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Art. 9º - O produto da taxa arrecadada pelas empresas mencionadas nas letras “b” e “c” do mesmo artigo será por elas escriturado em “conta especial” e somente poderá ser aplicado no custeio, manutenção e expansão dos serviços especificados neste Decreto-lei.

Art. 10 - As empresas sob administração ou jurisdição da União comunicarão à Divisão de Defesa

Sanitária Animal, no decorrer do mês seguinte ao vencido, o número de animais transportados, por espécie e a respectiva arrecadação da “taxa de desinfecção”.

Parágrafo único – Comunicação idêntica farão as demais empresas, acompanhada de uma demonstração das despesas efetuadas com a execução dos serviços de limpeza e desinfecção.

Art. 11 - Ficam a cargo da Divisão de Defesa Sanitária Animal a orientação e fiscalização dos

serviços de que trata este Decreto-lei quando realizados pelas empresas particulares nas letras “b” e “c” do art. 2º. Art. 12 – O Ministério da Agricultura baixará instruções especiais para a execução do presente

Decreto-lei e fixará o prazo para as construções e instalações, por parte das empresas particulares nas letras “b” e “c” do art. 2º, dos postos de limpeza e desinfecção que se tornarem necessários.

Art. 13 – Findo o prazo que for estipulado – as empresas que efetuarem o transporte de animais

vivos – em desacordo com o que estabelece este Decreto-lei incorrerão na multa de dois a cinco mil cruzeiros (Cr$ 2.000,00 a Cr$ 5.000,00), dobrada, progressivamente, tantas vezes quantas forem as reincidências.

Parágrafo único – A aplicação de multa prevista neste artigo não exime o infrator da responsabilidade criminal que no caso couber.

Art. 14 – Ficam revogados o Decreto-lei n° 5.421, de 22 de abril de 1943 e demais disposições em

contrário. Art. 15 – O presente Decreto-lei entrará em vigor trinta dias após a sua publicação no Diário Oficial

da União. Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 1946; 125º da Independência e 58º da República.

JOSÉ LINHARES Theodoreto de Camargo

A. de Sampaio Dória J. Pires do Rio

Maurício Joopert da Silva

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PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA

PORTARIA MINISTERIAL Nº 193, DE 19 DE SETEMBRO DE 1994 –

Institui o Programa Nacional de Sanidade Avícola no âmbito da DAS e cria o Comitê Consultivo do Programa de Sanidade Avícola.

O Ministro de Estado da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, no uso das

atribuições que lhe confere o Art. 87, da Constituição da República e considerando: A importância da produção avícola para a economia do País; Os avanços obtidos pelo setor privado na área tecnológica, posicionando o Brasil em segundo lugar

no mercado internacional de carne de aves; A estrutura dos serviços veterinários públicos e privados de apoio ao setor nas áreas de campo,

laboratório e inspeção; A atual situação sanitária da avicultura que viabiliza a implantação de estratégias de combate e/ou

erradicação das principais doenças das aves; A possibilidade e conveniência de estabelecer programas de co-gestão das instituições públicas e

privadas, resolve: Art. 1º - Instituir o Programa Nacional de Sanidade Avícola no âmbito da Secretaria de Defesa

Agropecuária - SDA, envolvendo o Departamento de Defesa Animal - DDA e Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA.

Art. 2º - Delegar competência ao Secretário de Defesa Agropecuária, para baixar Normas para o

controle e/ou erradicação das principais doenças das aves, bem como estabelecer as áreas prioritárias e estratégias de atuação.

Art. 3 º - Criar o Comitê Consultivo do Programa de Sanidade Avícola, atribuindo ao Secretário de

Defesa Agropecuária a competência de estabelecer as entidades que serão representadas no mesmo. Parágrafo único - O Conselho será presidido pelo Titular da Secretaria de Defesa Agropecuária

(SDA) e será secretariado pelo Diretor do Departamento de Defesa Animal da SDA. Art. 4º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em

contrário.

SYNVAL GUAZZELLI

PORTARIA Nº 115, DE 04 DE OUTUBRO DE 1995 – Determina as atribuições do Comitê Científico do PNSA

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo

78, item VII, do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 212, de 21 de agosto de 1992, e o disposto no artigo 2º da Portaria Ministerial nº 193 de 19 de setembro de 1994, com vistas às normas e atribuições do Comitê Consultivo do Programa Nacional de Sanidade Avícola, de que trata a Portaria SDA 114 de 04 de outubro de 1995, Resolve:

Art. 1º Serão atribuições do Comitê, assessorar técnica e cientificamente o MAARA na condução

da Política Nacional de Sanidade Avícola, na avaliação do desempenho dos setores oficial e privado, na confirmação e no controle de focos da doença de Newcastle, Influenza Aviária e de outras doenças que interfiram no comércio interestadual e internacional e na saúde pública, nas metodologias de trabalho tanto ao nível laboratorial como de defesa sanitária, e na tomada de decisões de cunho intervencionista e sanitário, e a avaliação e análise de outros temas, sempre que determinados pelo Secretário de Defesa Agropecuária.

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Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

ÊNIO ANTÔNIO MARQUES PEREIRA

PORTARIA Nº 39, DE 21 DE JULHO DE 1999 - Reformula o Comitê Consultivo

do Programa Nacional de Sanidade Avícola

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA do Ministério da Agricultura e do

Abastecimento, no uso das atribuições que lhe confere o art. 83, inciso IV do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574 de 08 de dezembro de 1998, e no disposto no artigo 3º da Portaria Ministerial nº 193 de 19 de setembro de 1994, que cria o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), resolve:

Art. 1º- Reformular o Comitê Consultivo do Programa Nacional de Sanidade Avícola, conforme

indicações das entidades representadas:

I.DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL/DIPOA/SDA Titular: RUI EDUARDO SALDANHA VARGAS Suplente: SUZANE DA SILVA BITTENCOURT

II. CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SUÍNOS E AVES – CNPSA/EMBRAPA Titular: FÁTIMA REGINA FERREIRA JAENISCH Suplente: LIANA BRENTANO

III. ASSOCIAÇÃO DE MÉDICOS VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM AVICULTURA – AVE Titular: EGÍDIO HENRIQUE REALI Suplente: HAMILTON LUIZ DE SOUZA MORAES

IV. EMPRESAS PRODUTORAS DE IMUNOBIOLÓGICOS AVÍCOLAS Titular: ANTONIO ROBERTO ALVES CORREA Suplente: LUIZ CARLOS VISINTIN

V. UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA – UBA a) (Produtores de ovos) Titular: JOSÉ ROBERTO BOTTURA Suplente: FUMIO SAITO b) (Exportadores de carne de aves) Titular: RICARDO ALFREDO SONCINI Suplente: JÚLIO CÉSAR RODRIGUES DA SILVA c) (Avoseiros e bisavoseiros) Titular: JOSÉ AMÉRICO BOTTINO Suplente: JOÃO TOMELLIN d) (Produtores de pintos de corte) Titular: CARLOS ANTÔNIO COSTA Suplente: PAULO CÉSAR MARTINS

VI. LABORATÓRIOS CREDENCIADOS a) (Laboratórios de patologia aviária de universidades brasileiras) Titular: CARLOS TADEU PIPPI SALLE Suplente: IVENS GOMES GUIMARÃES b) (Laboratórios privados) Titular: RENATO BENEDITO DE OLIVEIRA CRITTER Suplente: MÁRCIO DANILO BOTREL COUTINHO c) (Laboratórios de empresas) Titular: CARLOS HENRIQUE CARNEIRO SANTOS Suplente: JOSÉ ALBERTO SCARPELINI Parágrafo Único: O Comitê será presidido pelo Secretário de Defesa Agropecuária (SDA) e

secretariado pelo Diretor do Departamento de Defesa Animal (DDA).

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Art. 2º -Os Coordenadores de Laboratório Animal (CLA), de Vigilância e de Programas Sanitários (CPS), a Gerencia do PNSA, e os técnicos destas coordenações e deste programa, que atuam nas áreas relacionadas ao setor, serão os representantes do DDA, e responsáveis pela condução dos trabalhos e das reuniões técnicas.

Art. 3º -A critério do Comitê, poderão ser convocados outros setores para análise de temas

específicos. Art. 4º -Fica revogada a Portaria SDA nº 114, de 4 de outubro de 1995. Art. 5º -Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

Publicada na Seção 1 do DOU de 27 de julho de 1999.

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DOENÇA DE NEWCASTLE

PORTARIA Nº 070, DE 03 DE MARÇO DE 1994 – Regulamenta a obrigatoriedade de comunicação da suspeita da doença de Newcastle.

O Ministro de Estado da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, no uso das

atribuições que lhe confere o Art. 87, I, da Constituição da República e o parágrafo único do Art. 61 do Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 03 de julho de 1934, resolve:

Art. 1º - Alterar a lista de doenças sanitárias constantes do Art. 61 do Regulamento do Serviço de

Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 03 de julho de 1934, para incluir a Doença de Newcastle, que acomete as aves.

Art. 2º - Os médicos veterinários e todos aqueles que sejam proprietários, depositários ou a

qualquer título mantenham em seu poder ou sob sua guarda aves de qualquer espécie, que tenham conhecimento da ocorrência ou suspeitam da ocorrência da Doença de Newcastle, ficam obrigados a comunicar o fato, imediatamente, ao serviço federal ou estadual de defesa sanitária animal da jurisdição, suspendendo a movimentação das aves existentes no estabelecimento infectado ou suspeito de estar infectado, assim como de produtos dessas aves e materiais diversos que tiveram contacto com as mesmas, até que a autoridade sanitária competente decida sobre as medidas a adotar.

Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

SYNVAL GUAZZELLI

Publicado no Diário Oficial da União em 04/03/94.

PORTARIA Nº 182, DE 08 DE NOVEMBRO DE 1994 – Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Diagnóstico da Doença

de Newcastle

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA , no uso da atribuição que lhe confere o artigo 78, inciso VII do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 212, de 21 de agosto de 1992, resolve:

Art. 1º Aprovar as “Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Diagnóstico

da Doença de Newcastle”, em anexo. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em

contrário.

TÂNIA MARIA DE PAULA LYRA

ANEXO NORMAS PARA CREDENCIAMENTO E MONITORAMENTO DE LABORATÓRIOS DE

DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE NEWCASTLE E DIFERENCIAL

1. DO CREDENCIAMENTO Para efeito de credenciamento e monitoramento serão obedecidas as determinações constantes das

Portarias da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária/SNAD nº 53 de 20 de maio de 1991 e da Divisão

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de Laboratório Animal/DLA nº 01 de 14 de agosto de 1991 e demais normas e instruções substitutivas e/ou complementares que vieram a ser baixadas por este Ministério.

2. MATERIAL

2.1. Sis tema hospedeiro 2.1.1. Ovos

Devem ser utilizados ovos embrionados com 8 (oito) a 11 (onze) dias de incubação, do tipo SPF ou, na impossibilidade, oriundos de granjas com sorologia negativa para os vírus da doença de Newcaslte e da gripe aviária.

2.1.2. Pintos Devem ser utilizados pintos com 1 (um) dia de idade, nascidos de ovos SPF.

2.1.3. Frangos Dever ser utilizados frangos com 6 (seis) semanas, nascidos de ovos SPF.

2.2. Antígenos padrões 2.2.1. Doença de Newcastle

Os antígenos devem ser preparados em ovos embrionados SPF com 8 a 11 dias de incubação, inoculados pela via alantóica, a partir de amostras de referência (cepa LaSota ou Ulster 2C), autorizada pela Coordenação Geral de Laboratório Animal (CGLA) e inativados.

2.2.2. Gripe Aviária Os antígenos devem ser preparados em ovos embrionados SPF com 8 a 11 dias de

incubação, inoculados pela via alantóica, a partir de amostras de referência, autorizada pela CGLA.

Para a prova de imunodifusão deve ser utilizado vírus concentrado ou extrato de membrana cório-alantóide dos ovos infectados.

2.3. Soros padrões 2.3.1. Doença de Newcastle

2.3.1.1. Positivos Os soros padrões positivos devem ser obtidos de aves do tipo SPF, vacinadas

com a cepa padrão avirulenta. 2.3.1.2. Negativos

Os soros padrões negativos dever ser obtidos de aves do tipo SPF. 2.3.2. Gripe aviária

2.3.2.1. Positivos Para os laboratórios de referência os soros padrões devem ser preparados em

cabras, frente aos antígenos H e N. Como alternativa para os laboratórios de diagnóstico podem ser empregados

soros policlonais. 2.3.2.2. Negativos

Os soros padrões negativos devem ser obtidos de aves do tipo SPF. 2.4. Hemácias a 1%

As hemácias para a realização dos testes devem ser obtidas em aves sem organismos patogênicos específicos (SPF) ou na impossibilidade, de aves controladas regularmente e que tenham se apresentadas isentas de anticorpos do vírus da doença de Newcastle.

2.5. Amostras a serem testadas As amostras para isolamento e identificação do vírus devem ser obtidas de aves vivas ou

após necrópsia de animais sacrificados ou daqueles que morreram com sintomas clínicos sugestivos da doença de Newcastle. 2.5.1. Doença de Newcastle

2.5.1.1. Aves vivas - “Swab” de cloaca - “Swab” de traquéia - Fezes frescas

2.5.2. Aves Necropsiadas Coletar assepticamente, isolado ou em “pool”: - Baço - Cérebro

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- Coração - Fezes - Fígado - Humor aquoso - Intestino - Proventrículo - Pulmão - Sacos aéreos - “Swab” oro-nasal - Tonsilas cecais

3. RECEBIMENTO DAS AMOSTRAS 3.1. As amostras devem ser coletadas em PBS, pH 7.2, contendo antibióticos nas concentrações de:

AMOSTRA ANTIBIÓTICOS SUABES FEZES ÓRGÃOS

(p/ml de PBS) Nasal Cloaca

Penicilina 2000 U 10000 U 10000 U 2000 UEstreptomicina 2 mg 10 mg 10 mg 2 mg

Gentamicina 50 ug 250 ug 250 ug 50 ugFungizona 1000 U 5000 U 5000 U 1000 U

3.2. As amostras deverão estar devidamente identificadas, refrigeradas e acondicionadas em caixas

isotérmica. 3.3. As amostras deverão estar acompanhadas de um formulário de coleta devidamente preenchido,

conforme modelo estabelecido pela Coordenação de Programa Sanitário - CPS, do Departamento de Defesa Animal - DDA.

3.4. As amostras serão registradas em livro próprio conforme modelo indicado pela Coordenação Geral de Laboratório Animal - CGLA.

3.5. As amostras destinadas a sorologia deverão estar resfriadas ou preferencialmente congeladas. Não serão aceitas amostras de sangue total ou com presença de coágulo.

3.6. As amostras recebidas deverão ser obrigatoriamente divididas em 2 (duas) alíquotas e identificadas, uma como prova e outra como contra-prova.

3.7. A targeta de identificação da contra-prova, conforme modelo indicado pela CGLA, será preenchida e lacrada juntamente com as amostras para contra-prova; o lacre será plástico, numerado e inviolável.

4. CONSERVAÇÃO E ESTOCAGEM 4.1. As amostras destinadas a exames virológicos, deverão ser mantidas sob refrigeração, até seu

processamento. 4.2. As amostras destinadas a sorologia deverão ser mantidas congeladas a -20ºC, até o seu

processamento. 4.3. Após a emissão do resultado as amostras deverão ser mantidas congeladas a -20ºC, por um período

de 30 (trinta) dias. 5. IDENTIFICAÇÃO CONFIRMATÓRIA

Os vírus hemaglutinantes isolados, acompanhado do respectivo relatório de isolamento, deverão ser remetidos ao laboratório de referência indicado pela CGLA com vistas à sua identificação e caracterização completas e à realização do diagnóstico diferencial.

6. SEGURANÇA BIOLÓGICA Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da emissão de resultado as amostras serão destruídas com a

observância dos critérios e normas de segurança biológica. 7. MÉTODOS

7.1. Isolamento viral 7.1.1. Inoculação em ovo embrionado do tipo SPF, de 8 a 11 dias ou, alternativamente ovos

embrionados oriundos de granjas com sorologia negativa para os vírus da doença de Newcastle e da peste aviária

7.2. Titulação antigênica 7.2.1. Teste de Hemoaglutinação (HA)

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7.3. Identificação antigênica 7.3.1. Inibição da Hemoaglutinação (HI)

7.4. Índices de patogenicidade 7.4.1. Tempo médio de mo rte de embriões (TME) 7.4.2. Índice de patogenicidade intracerebral (IPIC) 7.4.3. Índice de patogenicidade intravenosa (IPIV)

7.5. Sorologia 7.5.1. Inibição da Hemoaglutinação (HI) 7.5.2. Ensaio Imuno Enzimático (ELISA)

7.6. Somente poderão ser utilizadas metodologias previamente aprovadas pela CGLA. 8. DOS RESULTADOS E RELATÓRIOS

Toda a documentação referente a livro de registro, laudo de resultado e relatórios deverá ser arquivado por um período de cinco anos.

8.1. Os resultados dos exames deverão ser emitidos em formulário próprio, segundo modelo estabelecido pelo CGLA, e de acorodo com o fluxograma determinado. 8.1.1. RESULTADO NEGATIVO: Enviar FAX ou outro topo de comunicação imediata, para o

Médico Veterinário requisitante: 8.1.2. RESULTADO POSITIVO: Enviar FAX ou outro tipo de comunicação imediata, para:

- O Médico Veterinário requisitante; - Ao Comitê Estadual de Sanidade Avícola (CESA) - Ao Departamento de Defesa Animal (DDA), em Brasília. - Ao laboratório de referência, indicado pela CGLA.

8.2. Todo laboratório credenciado deverá encaminhar até o quito dia útil do mês subseqüente, relatório das atividades mensais, em formulário próprio, segundo modelo estabelecido pela CGLA, ao CESA e à CGLA.

9. REALIZAÇÃO DOS EXAMES NA CONTRA-PROVA 9.1. A realização de contra-prova somente será efetuada no laboratório que realizou o exame. 9.2. A solicitação deverá obedecer ao prazo máximo de 8 dias a contar da data do recebimento do

resultado. 9.3. A contra-prova será solicitada ao CESA, e este o encaminhará ao laboratório que realizou o exame. 9.4. O Médico Veterinário requisitante do exame obriga-se a pessoalmente, ou por seu representante, a

acompanhar, assistido ou não por técnicos de sua confiança, aos exames que serão realizados na contra-prova.

9.5. Cabe ao técnico indicado pelo Médico Veterinário requisitante do exame apenas assistir, fiscalizar e observar a exatidão do resultado dos exames.

9.6. É obrigatória a comunicação ao CESA, da data e horário da realização do exame da contra-prova, podendo o técnico daquele Serviço assistir, fiscalizar e observar a exatidão do resultado.

9.7. A ausência do representante do CESA, não constitui óbice para a realização do mesmo, desde que tenha sido observado o disposto no item 10.6.

9.8. Após a realização do exame, será lavrada uma ata assinada pelos interessados presentes, onde constará o resultado desse exame e a descrição de todo método analítico nele utilizado.

9.9. A desistência do Médico Veterinário requisitante do exame, ou seu representante, mediante declaração escrita, ou a sua ausência na realização do exame da contra-prova, importará no prevalecimento do resultado obtido n o primeiro exame.

9.10. Os custos decorrentes da solicitação e realização da contra-prova correrão por conta do solicitante. 10. DO LABORATÓRIO

10.1. O laboratório deve possuir instalações e equipamentos adequados para a realização do Diagnóstico da Doença de Newcastle e responsável técnico e substituto deste, devidamente habilitado pela CGLA para a realização do Diagnóstico.

10.2. As instalações devem fazer parte da mesma base física do laboratório e atender às normas de segurança biológica.

10.3. Somente poderá assinar o formulário de resultado do exame e o relatório mensal o responsável técnico ou seu substituto.

11. INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS. Para efeito de credenciamento e monitoramento, o laboratório será vistoriado, devendo atender as

exigências quanto a:

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11.1. INSTALAÇÕES 11.1.1.PROTOCOLO

O protocolo deverá ser constituído de dois ambientes distintos: 11.1.1.1. RECEPÇÃO: Onde serão recebidos, registrados e identificados os materiais a

serem examinados. Deverá ter pessoal próprio que procederá a conferência do material, observando a exatidão dos dados de remessa e o estado de conservação

11.1.1.2. ESCRITÓRIO: Estrutura responsável pela emissão dos laudos de resultado devendo ser obrigatoriamente independente da sala de recepção

11.1.2. VIROLOGIA Neste local as amostras serão processadas, incluindo-se sua divisão em amostras de

exame e contra -prova e a realização dos exames de isolamento viral, titulação Ag, identificação Ag e sorologia.

11.1.3.APOIO TÉCNICO 11.1.3.1. MEIOS E SOLUÇÕES

Este setor estará encarregado do preparo de meios e soluções. 11.1.3.2. BIOTÉRIO

Este setor estará encarregado da criação de animais de laboratório a serem utilizados nas provas diagnósticas e da coleta de sangue para a realização dos exames.

11.1.3.3. INFECTÓRIO Este setor estará encarregado do abrigo e manutenção dos animais que

estão sendo utilizados nas provas diagnósticas e na obtenção de soro imune. 11.1.3.4. LAVAGEM E ESTERILIZAÇÃO

Este setor atenderá o laboratório procedendo a desinfecção, lavagem, montagem, esterilização e estocagem do material procedente dos setores de exame, infectório, meios e soluções.

11.2. EQUIPAMENTOS 11.2.1. PROTOCOLO

11.2.1.1. RECEPÇÃO - Mesa com superfície resistente a desinfetantes - Refrigerador

11.2.1.2. ESCRITÓRIO - Arquivo com chave - Máquina de escrever - Sistema informatizado

11.2.2.VIROLOGIA - Agitador de tubos - Balança semi-analítica - Balança para tarar tubos - Banho-maria regulável - Carrinho de laboratório (opcional) - Centrífuga refrigerada - Congelador a -20ºC - Cuba com água sanitária - Dispensador de pipetas - Estufa bacteriológica - Fluxo laminar vertical ou câmara asséptica de 25 e 50 ml - Pipetas automáticas de 25 e 50? l - Refrigerador (+4 a +8ºC) - Botijão de nitrogênio (opcional) - Microplacas com fundo em “U” com 96 poços

11.2.3.APOIO TÉCNICO 11.2.3.1. MEIOS E SOLUÇÕES

- Agitador magnético com e sem placa aquecedora - Balança analítica (opcional) - Balança semi-analítica

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- Carrinho de laboratório (opcional) - Congelador a -20ºC - Deionizador (opcional) - Destilador - Dispensador de pipetas - Refrigerador (+4 a +8ºC) - Potenciômetro - Espectrofotômetro

11.2.3.2. BIOTÉRIO - Incubadora/nascedouro (opcional) - Gaiolas

11.2.3.3. INFECTÓRIO - Autoclave - Sistema de incubação com temperatura regulável

11.2.3.4. LAVAGEM E ESTERILIZAÇÃO 11.2.3.4.1. Desinfecção

- Autotoclave - Carrinho de laboratório (opcional)

11.2.3.4.2. Lavagem - Depósito para água destilada e/ou água deionizada - Cuba para água sanitária - Destilador - Deionizador (opcional) - Sistema para enxagüe de material - Sistema para ferver material (vidraria, etc.) - Lavador de pipetas

11.2.3.4.3. Montagem - Estante para secagem do material - Mesa para montagem do material

11.2.3.4.4. Esterilização - Autoclave - Carrinho de laboratório (opcional) - Forno de esterilização

11.2.3.4.5. Estocagem - Refrigerador - Congelador - Estantes e/ou armários

12. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO E SEU SUBSTITUTO Para efeito de credenciamento e monitoramento, o responsável técnico e seu substituto serão

submetidos a avaliação técnico-científica, pela CGLA. 13. DO CREDENCIAMENTO E MONITORAMENTO

13.1. Após aprovação dos responsáveis técnicos na avaliação técnico-científica, e atendimento às exigências de instalações, equipamentos e materiais na vistoria, o laboratório será credenciado.

13.2. O monitoramento se fará, utilizando os procedimentos de envio de material para check-test e realização de vistorias técnico-administrativas.

13.3. Poderão ser enviados para check-test materiais como amostra de “swabs” de traquéia e cloaca, de fezes, de órgãos de eleição, e de soros sanguíneos.

13.4. O monitoramento também poderá ser realizado por técnicos do CGLA a partir do processamento das amostras retidas para contra-prova.

14. DISPOSIÇÕES GERAIS 14.1. Somente deverá ser liberado resultado definitivo e conclusivo para o Diagnóstico da Doença de

Newcastle ou Gripe Aviária. 14.2. As técnicas e as soluções a serem utilizadas para o Diagnóstico da Doença de Newcastle e

diferencial para a Gripe Aviária estão descritas nos Anexos I e II, respectivamente. Outras metodologias poderão ser utilizadas desde que previamente aprovadas pela CGLA.

14.3. Onde não existir CESA suas atribuições serão de responsabilidade da DFAARA.

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14.4. Os laboratórios credenciados deverão, em prazo a ser estabelecido pela CGLA, implantar o sistema de informatização utilizando programas definidos pela CGLA.

14.5. O laboratório credenciado que não cumprir esses procedimentos terá o credenciamento, para o Diagnóstico Oficial da Doença de Newcastle, suspenso por tempo determinado ou cancelado, por ato desta Secretaria.

ANEXO I

DESCRIÇÃO DAS TÉCNICAS DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE NEWCASTLE

E DIFERENCIAL PARA GRIPE AVIÁRIA - INFLUENZA AVIÁRIA

1. Metodologia 1.1. Doença de Newcastle

1.1.1. Isolamento 1.1.1.1. Preparo do inóculo

As amostras devem ser preparadas a partir de uma suspensão 10 a 20% (peso/volume), em PBS (Solução Salina Tamponada), pH 7.2, adicionada de uma solução de antibióticos.

As amostras de tecidos devem ser trituradas em gral estéril, previamente refrigerado e deixadas em repouso durante 1 a 2 horas, a 4ºC e centrifugadas a 1.000 x g, durante 10 minutos a 4ºC, sendo recolhido o sobrenadante, que deverá ser mantido sob refrigeração até o momento do uso.

As amostras de fezes devem ser homogeneizadas e deixadas em repouso de 1 a 2 horas, a 4ºC e centrifugadas a 1.000 x g, durante 10 minutos, a 4ºC. O sobrenadante deve ser mantido a 4ºC, até o momento do uso.

1.1.1.2. Inoculação A suspensão de fezes ou de tecido deve ser inoculada na cavidade

alantóica em, no mínimo, 5 ovos embrionados, preferentemente SPF ou, alternativamente de ovos embrionados de granjas com sorologia negativa para a doença de Newcastle, com 8 a 11 dias e incubados a 37ºC, durante 7 dias.

Os ovos contendo embriões mortos, agonizantes e aqueles remanescentes, ao cabo do período, devem ser coletados e colocados a 4ºC, para evitar hemorragias por ocasião da coleta do líquido alantóico.

O líquido alantóico é testado no tocante a sua atividade hemaglutinante (HA).

Devem ser realizadas mais 2 passagens daqueles líquidos alantóicos que se revelarem negativos ao teste de HA.

1.1.1.3. Titulação do antígeno 1.1.1.3.1. Hemaglutinação (HA) 1.1.1.3.2. Líquido alantóico

O líquido alantóico deverá ser clarificado por centrifugação a 1.000 x g a 4ºC, durante 10 minutos e a sua capacidade hemaglutinante avaliada frente a hemácias.

1.1.1.4. Teste Colocar 25 ? l de PBS, pH 7.2, em 2 fileiras de cavidades de uma placa de 96 cavidades, do tipo em “U”. Colocar 25 ?l do antígeno (líquido alantóico) nas duas primeiras cavidades das fileiras testes. Diluir, com auxílio de microdiluidores, a partir das primeiras cavidades das fileiras testes (1:2 até 1:4096). Colocar, em todas as cavidades, 25 ? l de uma suspensão de hemácias a 1% (v/v) em PBS, pH 7.2.

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Agitar e deixar a placa 4ºC, durante 30-45 minutos. Fazer a leitura. NEGATIVO - Onde houve a formação de botão. Não ocorreu a hemaglutinação. POSIVITO - Onde não houve a formação de botão. Ocorreu a hemaglutinação.

1.1.1.5. Unidade hemoaglutinante Uma unidade hemaglutinante (1 UHA) corresponde a maior diluição do líquido alantóico onde ocorreu a hemaglutinação total. Para a prova de HI devem ser usadas 4 UHA. Exemplo: 1 UHA - Diluição 1?512 4 UHA = 512/4 = 1?128

1.1.1.6. Controles 1.1.1.6.1. Hemácias a 1%

Realizar controles de hemácias colocando 25 ? l do diluente (PBS pH 7.2) e 25 ? l da suspensão de hemácia a 1% em duas cavidades da placa.

OBS - A leitura da prova somente deverá ser realizada se for observada a formação de botão (ausência de hemaglutinação).

1.1.2. Identificação antigênica 1.1.2.1. Inibição da hemaglutinação

Colocar 25 ? l de PBS, pH 7.2, em 2 fileiras de cavidades de uma placa de 96 cavidades, do tipo em “U”. Colocar 25 ? l de soro teste nas duas primeiras cavidades das fileiras testes. Diluir, com auxílio de microdiluidores, a partir das primeiras cavidades das fileiras testes, até a diluição desejada. Adicionar 25 ? l do antígeno, contendo 4 UHA a todas as cavidades das fileiras testes. Hemogeneizar e deixar em repouso por 30 min utos, a 4ºC. Colocar, em todas as cavidades, 25 ? l de uma suspensão de hemácias de aves a 1% (v/v) em PBS, pH 7.2. Agitar e deixar a placa a 4ºC, durante 30-45 minutos. Fazer a leitura. NEGATIVO - Onde não houve a formação de botão. Ocorreu a hemaglutinação. POSITIVO - Onde houve a formação de botão. Não ocorreu a hemaglutinação. 1.1.2.1.1. Controles

1.1.2.1.1.1. Soro Realizar controle duplo, usando: 25 ? l de soro teste na menor diluição. 25 ? l de PBS, pH 7.2. 25 ? l de hemácia a 1%. OBS - Não deverá ocorrer hemaglutinação. Caso ocorra o soro deverá ser adsorvido com uma suspensão de hemácia a 50% (v/v).

1.1.2.1.2. Antígeno Realizar controle duplo, usando: 25 ? l do antígeno com 4 UHA. 25 ? l de PBS, pH 7.2. 25 ? l de hemácia a 1%. OBS - Deverá ocorrer hemaglutinação

1.1.2.1.3. Hemácias Realizar controle duplo, usando:

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50 ? l de PBS, pH 7.2. 25 ? l de hemácia a 1% OBS - Não deverá ocorrer hemaglutinação

1.1.3. Índices de patogenicidade 1.1.3.1. Tempo Médio de Morte de Embriões (TME)

Após realizar diluições decimais, na faixa de 10-6 a 10-9 do líquido alantóico infectivo, em solução salina, inocular 0,1 ml, de cada diluição, de, no mínimo 5 ovos embrionados SPF, de 8-11 dias de idade, pela via alantóica e incubar os ovos a 37ºC.

Deixar uma amostra do mesmo líquido alantóico na geladeira, por 8 horas e depois inocular 0,1 ml, de cada diluição em, no mínimo, 5 ovos da mesma idade e incubar a 37ºC.

Observar os ovos durante sete dias, duas vezes por dia. Registrar o tempo de morte dos embriões. A dose letal mínima é a maior diluição que mata todos os embriões. TME é um tempo médio, em horas, para a dose letal mínima matar os

embriões e se classifica em: VELOGÊNICA - Menos de 60 horas para matar. MESOGÊNICA - Entre 60 e 90 horas para matar. LENTOGÊNICA - Mais de 90 horas para matar.

1.1.3.2. Índice de Patogenicidade Intracerebral (IPIC) A partir do líquido alantóico infectivo, com título HA maior que 24,

diluído a 1:10 em salina isotônica estéril, inocular 0,05 ml, pela via intracerebral, em 10 pintos SPF, de um dia de idade.

Examinar os pintos, diariamente, por 8 dias, anotando-se o resultado: - pintos saudáveis = 0 - pintos doentes = 1 - pintos mortos = 2 Decorridos àquele tempo calcular o índice médio do período. Amostras do vírus da enfermidade de Newcastle mais virulenta

(velogênicas) este índice se aproxima de 2.0 enquanto nas cepas lentogênicas este índice se aproxima de 0.0.

1.1.3.3. Índice de patogenicidade Intravenosa (IPIV) Este índice é calculado a partir de inóculos intravenosos em frangos

SPF, com seis semanas de idade. São inoculados 10 frangos, pela via intravenosa, com 0,1 ml do líquido

alantóico, com título HA maior que 24, diluído a 1:10 em salina isotônica estéril.

Observam-se os frangos durante 10 dias consecutivos e anota-se o resultado:

- frangos normais = 0 - frangos doentes = 1 - frangos paralíticos = 2 - frangos mortos = 3 O IPIV é o resultado da média das anotações sendo consideradas - lentogênicas e algumas mesogênicas quando o IPIV se aproxima do

zero, - velogênicas quando o IPIV se aproxima de 3,0. Os índices encontrados devem ser avaliados de acordo com os dados

epidemiológicos e o tipo de vacinação regional considerando que naquelas regiões onde são aplicadas vacinas oriundas de vírus lentogênico, os índices de valores acima de 0,7 significam processos infecciosos, o que sugere doença no campo.

EXEMPLO:

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Sinais Dias após inoculação (total de aves) Total Resultadoclínicos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Normal 10 2 0 0 0 0 0 0 0 0 12 x 0 0Doente 0 4 2 0 0 0 0 0 0 0 6 x 1 6Paralítico 0 2 2 2 0 0 0 0 0 0 6 x 2 12Morto 0 2 6 8 10 10 10 10 10 10 76 x 3 228Total = 246

Índice = Resultado médio por ave e por observação = 246 dividido por 100 = 2,46

1.1.4. Sorologia A realização de testes sorológicos se destina, principalmente, ao

monitoramento do estado imunitário de plantéis vacinados. Em áreas sem programas de vacinação pode ser usado como diagnóstico, visto

que, dificilmente, as reações positivas serão inespecíficas. Os testes mais aplicados são o HI e o ELISA. No HI, títulos de inibição de 4

UHA com soros diluídos a 1:8 ou mais podem ser observados, no diagnóstico positivo.

Soros de aves que não sejam galinhas podem aglutinar hemácias, o que torna necessário a adsorção desses soros com as hemácias a serem utilizadas no teste.

Controles com soros de referência, positivos e negativos, devem, obrigatoriamente, serem, incluídos na prova.

1.2. Gripe aviária. 1.2.1. Isolamento

1.2.1.1. Preparo do inóculo As amostras devem ser preparadas a partir de uma suspensão 10 a

20% (peso/volume), em PBS (Solução Salina Tamponada), pH 7.2, adicionada de uma solução de antibióticos, conforme descrito no item 3.1 do anexo, Normas para credenciamento e monitoramento de laboratórios de diagnóstico da doença de Newcastle e diferencial.

As amostras de tecidos devem ser trituradas em gral estéril, previamente refrigerado e deixadas em repouso de 1 a 2 horas, a 4ºC e centrifugadas a 1.000 x g, durante 10 minutos a 4ºC, sendo recolhido o sobrenadante, que deverá ser mantido sob refrigeração até o momento do uso.

As amostras de fezes devem ser homogeneizadas e deixadas em repouso de 1 a 2 horas, a 4ºC e centrifugadas a 1.000 x g, durante 10 minutos, a 4ºC. O sobrenadante deve ser mantido a 4ºC, até o momento do uso.

1.2.1.2. Inoculação A suspensão de fezes ou de tecido deve ser inoculada na cavidade

alantóica em, no mínimo, 5 ovos embrionados SPF ou, na impossibilidade, ovos de granjas com sorologia negativa para a gripe aviária, com 8 a 11 dias e incubados a 37ºC, durante 7 dias.

Os ovos contendo embriões mortos, agonizantes e aqueles remanescentes, ao cabo do período, devem ser coletados e colocados a 4ºC, para evitar hemorragias por ocasião da coleta do líquido alantóico. O líquido alantóico é testado no tocante a sua atividade hemaglutinante (HA).

Devem ser realizadas mais duas passagens daqueles líquidos alantóicos que se revelarem negativos ao teste de HA.

1.2.1.3. Titulação do antígeno

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1.2.1.3.1. Hemaglutinação 1.2.1.3.2. Líquido alantóico

O líquido alantóico deverá ser clarificado por centrifugação a 1.000 x g a 4ºC, durante 10 minutos e a sua capacidade hemaglutinante avaliada frente a hemácias.

1.2.1.4. Teste Colocar 25 ?l de PBS, pH 7.2, em 2 fileiras de cavidades de uma placa

de 96 cavidades, do tipo em “U”. Colocar 25 ?l do antígeno (líquido alantóico) nas duas primeiras

cavidades das fileiras testes. Diluir, com auxílio de microdiluidores, a partir das primeiras

cavidades das fileiras testes (1:2 até 1:4096). Colocar, em todas as cavidades, 25 ?l de uma suspensão de hemácias

a 1% (v/v) em PBS, pH 7.2. Agitar e deixar a placa em temperatura ambiente (+ 22ºC) por 45

minutos ou a 4ºC, durante a noite (+ 18 horas). Fazer a leitura. NEGATIVO - Onde houve a formação de botão. Não ocorreu a

hemaglutinação. POSITIVO - Onde não houve formação de botão. Ocorreu a

hemaglutinação. 1.2.1.5 Unidade Hemaglutinante Uma unidade hemaglutinante (1UHA) corresponde a maior diluição

do líquido alantóico onde ocorreu a hemaglutinação total. Para a prova de HI devem ser usadas 4 UHA. Exemplo: 1 UHA = Diluição 1/512 4 UHA = 512?4 = 1/128

1.2.1.5. Controles 1.2.1.5.1. Hemácias

Realizar controles de hemácias colocando 25 ? l do diluente (PBS pH 7.2) e 25 ? l da suspensão de hemácia a 1% em duas cavidades da placa.

OBS - A leitura da prova somente deverá ser realizada se for observada a formação de botão (ausência de hemaglutinação).

1.2.2. Inibição da hemaglutinação Colocar 25 ? l de PBS, pH 7.2, em 2 fileiras de cavidades de uma placa de 96 cavidades, do tipo em “U”. Colocar 25 ? l do soro teste nas duas primeiras cavidades das fileiras testes. Diluir, com auxílio de microdiluidores, a partir das primeiras cavidades das fileiras testes, até a diluição desejada. Adicionar 25 ?l do antígeno, contendo 4 UHA a todas as cavidades das fileiras testes. Homogeneizar e deixar em repouso por 30 minutos, em temperatura ambiente (+ 22ºC). Colocar, em todas as cavidades, 25 ? l de uma suspensão de hemácias a 1% em PBS, pH 7.2. Agitar e deixar a placa em temperatura ambiente (+ 22ºC) por 45 minutos ou a 4ºC, durante a noite (+ 18 horas). Fazer a leitura. NEGATIVO: Onde não houve a formação de botão. Ocorreu a hemaglutinação. POSITIVO: Onde houve formação de botão. Não ocorreu a hemaglutinação.

1.2.2.1. Controles 1.2.2.1.1. Soro

Realizar controle duplo, usando: 25 ? l do soro teste na menor diluição.

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25 ? l de PBS, pH 7.2. 25 ? l de hemácia a 1%. OBS: Não deverá ocorrer hemaglutinação. Caso ocorra, o soro deverá ser adsorvido com uma suspensão de hemácia a 50% (v/v).

1.2.2.1.2. Antígeno Realizar controle duplo, usando: 25 ? l de antígeno com 4 UHA. 25 ? l de PBS, pH 7.2. 25 ? l de hemácia a 1%. OBS: Deverá ocorrer hemaglutinação

1.2.2.1.3. Hemácias Realizar controle duplo, usando: 50 ? l de PBS, pH 7.2. 25 ? l de hemácia a 1%. OBS: Não deverá ocorrer hemaglutinação

1.2.3. Imonudifusão O teste de imunodifusão é empregado para detecção do vírus influenza pela

demonstração da presença de nucleocapsídeo comum a todos os membros do gênero A.

O antígeno, empregado na prova, é o vírus concentrado, a partir do líquido alantóico, ou o extrato de membrana corioalantóide de ovos embrionados infectados.

1.2.3.1. Preparo do antígeno 1.2.3.1.1. Líquido alantóico

O líquido alantóico é concentrado pela precipitação da partícula viral pelo ácido clorídrico. Adicionar ao líquido alantóico solução de ácido clorídrico 0,1 N até o pH atingir 4.0. Colocar a mistura em banho de gelo durante 60 minutos. Clarificar por centrifugação a 1.000 x g, durante 20 minutos, a 4ºC. Desprezar o sobrenadante e ressuspender o precipitado em tampão glicinasarcosil.

1.2.3.1.2. Membrana corioalantóide Retirar a membrana corioalantóide dos ovos infectados e lavar em PBS, pH 7.2. Triturar a membrana (3 membranas fornecem cerca de 1 ml de antígeno). Congelar e descongelar 3 vezes. Centrifugar a 700 x g, durante 20 minutos a 4ºC. Recolher o sobrenadante e inativar. O antígeno pode ser usado imediatamente ou após a incubação a 37ºC, durante 36 horas, para total inativação. Estocar a -10ºC.

1.2.3.1.3. Teste Preparar o ágar Noble, agarose ou ágar purificado a 0,9%. Distribuir em lâminas de microscópio ou placas de Petri. Usar furador com 4 mm de diâmetro e com 4 mm de distância. Distribuir o antígeno suspeito na cavidade central e os soros controles positivo e negativo nas cavidades externas. Incubar em câmara úmida, em temperatura ambiente. Ler após 24 e 48 horas.

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ANEXO II FORMULAÇÃO E PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

PARA A PREPARAÇÃO DE REAGENTES E SOLUÇÕES

1. A.C.D. (Ácido cítrico-Citrato de sódio-Dextrose) Citrato de sódio (Na 3C6H5O7 2H2O).................................................................11,26 g Ácido cítrico (C6H8O7 2H2O)............................................................................. 4,00 g Dextrose (C6H12O6)........................................................................................... 11,00 g Água destilada q.s.p. .......................................................................................1.000 ml Diluir na ordem. Autoclavar a 115ºC por 10 minutos.

2. Ácido clorídrico 0,1 N Ácido clorídrico (HC1)....................................................................................3,646 ml Água destilada q.s.p. .......................................................................................1.000 ml

3. Alsever Dextrose (C6H12O6).......................................................................................... 20,50 g Cloreto de sódio (NaCl).................................................................................... 4,20 g Ácido cítrico (C6H8O7 2H2O)............................................................................. 0,55 g Citrato de sódio (Na 3C6H5O7 2H2O)................................................................... 8,00 g Água destilada q.s.p. ...................................................................................... 1.000 ml Diluir na ordem. Autoclavar a 115ºC por 10 minutos.

4. P.B.S. (Solução Salina Tamponada) pH 7,2 Fosfato monopotássico (KH2PO4)..................................................................... 2,587 g Fosfato dissódico (Na2HPO4 2H2O).................................................................. 8,494 g Cloreto de sódio (NaCl).................................................................................... 8,5 g Água destilada q.s.p. .......................................................................................1.000 ml Diluir na ordem. Autoclavar a 115ºC por 10 minutos.

5. Salina 0,85% Cloreto de sódio (NaCl)..................................................................................... 8,5 g Água destilada q.s.p. .......................................................................................1.000 ml Autoclavar a 115ºC por 10 minutos.

6. Tampão Glicina-Sarcosil Lauril Sarcosinato de Sódio a 1% tamponado a pH 9,0 com glicina 0,5 M.

7. Gel a 0,9% Ágar Noble ou Agarose...................................................................................... 0,9 g Tampão Borato.................................................................................................. 100 ml Aquecer em banho-Maria ou vapor fluente até a completa fusão do ágar.

8. Tampão Borato Cloreto de sódio (NaCl)....................................................................................... 2 g Água destilad ................................................................................................ 1000 ml H3PO3.................................................................................................................. 9 g Diluir na ordem. Autoclavar a 115ºC por 10 minutos.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 32, DE 13 DE MAIO DE 2002-

Normas Técnicas de vigilância para doença de Newcastle e influenza aviária e de controle e erradicação da doença de Newcastle

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA

AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998, tendo em vista o disposto na Portaria Ministerial nº 193, de 19 de setembro de 1994, e o que consta do Processo nº 21000.006729/2001-59, resolve:

Art. 1º Aprovar as Normas Técnicas de Vigilância para doença de Newcastle e Influenza Aviária, e

de controle e erradicação para a doença de Newcastle. Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Fica revogada a Portaria SDA nº 183, de 8 de novembro de 1994.

LUIZ CARLOS OLIVEIRA

PUBLICADA NO DOU Nº 91, SEÇÃO 1 , DE 14 DE MAIO DE 2002

ANEXO

NORMAS TÉCNICAS DE VIGILÂNCIA PARA DOENÇA DE NEWCASTLE E INFLUENZA AVIÁRIA E DE CONTROLE E DE ERRADICAÇÃO DA DOENÇA DE NEWCASTLE.

Capítulo I Introdução

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1.A presente norma define as medidas de vigilância para doença de newcastle e influenza aviária e de controle e erradicação a serem aplicadas à doença de newcastle: 1.1.Na vigilância realizada no ponto de ingresso, visando o controle sanitário das aves e do material genético de aves importado. 1.2.Nos estabelecimentos avícolas de controles permanentes e de controles eventuais. 1.3.Nas propriedades que mantenham aves para comercialização ou de criação, nos criadouros avícolas de subsistência e demais locais de alojamento de aves em cativeiro.

Capítulo II Das doenças

1.DOENÇA DE NEWCASTLE: é uma doença infecciosa das aves causada por um vírus da família Paramyxovírus, gênero Rubulavirus aviário do sorotipo 1 (APMV1), que apresenta um dos seguintes critérios de virulência:

?? o vírus tem um índice de patogenicidade intracerebral de pelo menos 0,7 em pintos de um dia (Gallus gallus); ou

?? a presença de múltiplos aminoácidos básicos é demonstrada no vírus (diretamente ou por dedução), na fração C-terminal da proteína F2, ou o mesmo que a presença de fenilalanina no resíduo 117, que é a fração N-terminal da proteína F1. O termo “ múltiplos aminoácidos básicos” se refere a pelo menos três resíduos de arginina ou lisina, entre os resíduos 113 e 116. Nesta definição, os resíduos de aminoácidos estão numerados a partir da fração N-terminal da seqüência

de aminoácidos deduzida da seqüência nucleotídica do gen. F0, e os resíduos 113-116, correspondentes aos resíduos – 4 a –1, a partir da zona de clivagem.

Caso não se consiga caracterizar os resíduos típicos de aminoácidos, tal como descritos acima, convém caracterizar o vírus isolado determinando o índice de patogenicidade intracerebral (RESOLUÇÃO Nº XIII de maio de 1999, emitida pelo comitê internacional do OIE; Código Zoosanitário Internacional, OIE, 2001). 2.INFLUENZA AVIÁRIA: é uma doença infecciosa das aves causada por um vítus da família Orthomixoviridae, do gênero Influenzavirus A, B que apresenta um Índice de Patogenicidade Intravenoso (IPIV) > 1.2 em galinhas de 6 semanas de idade; ou uma infecção provocada por um vírus Influenza A do subtipo H5 ou H7, com uma seqüência de nucleótidos que apresentem múltiplas bases de aminoácidos no local de clivagem da hemoaglutinina (Manual Standards of Diagnostics Test and Vaccines OIE, capítulo 2.1.14 ano 1996; Código Zoosanitário Internacional, OIE, 2001).

Capítulo III Das definições

1.Para efeito desta norma, entende-se: 1.1.OIE: Escritório Internacional de Epizootias; 1.2.MAPA : Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; 1.3.SDA: Secretaria de Defesa Agropecuária; 1.4. DDA: Departamento de Defesa Animal; 1.5. CLA: Coordenação de Laboratório Animal; 1.6. CPS: Coordenação de Vigilância e Programas Sanitários; 1.7. PNSA: Programa Nacional de Sanidade Avícola; 1.8. DIPOA: Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal; 1.9. DFA: Delegacia Federal de Agricultura; 1.10.SSA: Serviço de Sanidade Animal; 1.11.SIF: Serviço de Inspeção Federal; 1.12.SERVIÇO OFICIAL: é o serviço de defesa sanitária animal federal, estadual e municipal; 1.13.LABORATÓRIOS OFICIAIS: são os laboratórios da rede do MAPA; 1.14.LABORATÓRIOS CREDENCIADOS: são os laboratórios de outras instituições federais, estaduais, municipais ou privados, que tenham sido habilitados e reconhecidos pelo MAPA, para a realização de diagnóstico laboratorial dos agentes das doenças a que se referem estas normas; 1.15.FISCAL FEDERAL AGROPECUÁRIO: é o fiscal do MAPA, com formação profissional em medicina veterinária, que realiza fiscalização e supervisão relativa à defesa sanitária animal;

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1.16.MÉDICO VETERINÁRIO OFICIAL: é o Fiscal Federal Agropecuário com formação profissional em medicina veterinária ou o médico veterinário do serviço oficial de defesa sanitária animal; 1.17.MÉDICO VETERINÁRIO CREDENCIADO: é o médico veterinário oficial, estadual e municipal, privado ou profissional liberal, que recebeu delegação de competência do serviço oficial federal para emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) ou similar; 1.18.RESPONSÁVEL TÉCNICO: é o médico veterinário responsável pelo controle higiênico-sanitário dos plantéis do estabelecimento de criação de aves, devidamente registrado no MAPA; 1.19.CERTIFICADOS SANITÁRIOS: são certificados de inspeção sanitária; 1.20.GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL (GTA): é o documento obrigatório para trânsito de aves, ovos férteis e aves de 1 (um) dia para qualquer movimentação e finalidade; 1.21.FORM IN: é o formulário padronizado pelo DDA, utilizado para abertura de foco de doenças e realização de investigação epidemiológica; 1.22.FORM COM: é o formulário padronizado pelo DDA, complementar de investigação; 1.23.ESTADOS DO PROGRAMA: são os estados definidos pelo DDA, que desenvolvem ações de monitorização sanitária das doenças que compõem o PNSA e a vigilância epidemiológica permanente das doenças aviárias; 1.24.UNIDADE EPIDEMIOLÓGICA: trata-se de uma unidade do estabelecimento avícola, que permite que as aves ali alojadas sejam tratadas e alimentadas de modo totalmente separado e por pessoal distinto dos demais empregados; 1.25.MONITORAMENTO DOS PLANTÉIS: é o acompanhamento sanitário e análise laboratorial, por meio de testes sorológicos e de outras provas, em outros materiais biológicos ou não, e análises epidemiológicas das condições de saúde das aves alojadas em um estabelecimento avícola e interpretação adequada dos resultados; 1.26.AVES COMERCIAIS: geração de aves destinadas à produção de carnes, ovos, derivados e subprodutos; 1.27.AVE SUSCEPTÍVEL: compreende-se todas as aves domésticas, silvestres, exóticas e ornamentais; 1.28.AVE INFECTADA: é qualquer ave na qual tenha sido oficialmente constatada a presença do vírus da doença de newcastle ou da influenza aviária, mediante comprovação laboratorial conclusiva; 1.29.PRODUTO ANIMAL: compreende carne, ovos, penas, sangue, vísceras e ossos do animal susceptível; 1.30.CARNE DE AVES: entende-se por carne de ave a parte muscular comestível das aves abatidas, declaradas aptas à alimentação humana por inspeção veterinária oficial antes e depois do abate; 1.31.CARCAÇA : entende-se pelo corpo inteiro de uma ave após insensibilização ou não, sangria, depenagem e evisceração, na qual papo, traquéia, esôfago, intestinos, cloaca, baço, órgãos reprodutores e pulmões tenham sido removidos. É facultativa a retirada dos rins, pés, pescoço e cabeça; 1.32.SUBPRODUTOS: farinhas de carne, de sangue, de penas e de vísceras; resíduos de incubação; cama aviária; pele e couro; pena e pluma; e fâneros; 1.33.VEÍCULO: qualquer meio de transporte por terra, água ou ar; 1.34.FOCO: é o estabelecimento no qual foi constatado a presença de uma ou mais aves afetadas pela doença de newcastle ou pela influenza aviária; 1.35.ÁREA PERIFOCAL: é aquela circunvizinha ao foco, cujos limites serão estabelecidos pelo serviço oficial; 1.36.ZONA DE PROTEÇÃO: é a área com um raio de 3 (três) km ao redor do foco, considerada como zona infectada; 1.37.ZONA DE VIGILÂNCIA: é a área com um raio de 7 (sete) km a partir da zona de proteção ao redor do foco; 1.38.ZONA DE PROTEÇÃO + ZONA DE VIGILÂNCIA: raio de 10 (dez) km ao redor do foco; 1.39.VAZIO SANITÁRIO: é o tempo em que deverá permanecer as instalações de um estabelecimento avícola despovoada, após ocorrência de um foco, tendo sido eliminadas as aves e realizada a lavagem e a desinfecção do galpão; 1.40.SACRIFÍCIO SANITÁRIO: é o sacrifício de todas as aves enfermas, suspeitas de contaminação ou relacionadas por questão de biossegurança, seus contatos diretos e indiretos; 1.41.DESTRUIÇÃO: eliminação de aves, seus produtos, subprodutos, carne ou carcaças, por meio de qualquer método físico ou químico que assegure total inativação dos vírus da doença de newcastle e da influenza aviária; 1.42.VACINAÇÃO EMERGENCIAL: é a vacinação empregada como meio de controle da doença, após ter sido registrado um ou mais focos ou quando a situação epidemiológica ou sanitária assim indicar; 1.43.PROPRIETÁRIO: todo aquele que seja depositário ou que a qualquer título mantenha em seu poder ou em sua guarda uma ou mais aves susceptíveis; 1.44.PROPRIEDADE: local onde se encontram alojadas aves de criação com finalidade comercial ou não (Ex: estabelecimentos onde são alojadas aves para lazer ou de criação doméstica e as lojas comerciais);

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1.45.ESTABELECIMENTO AVÍCOLA: é o local onde são mantidas as aves para qualquer finalidade, podendo ser constituído de um ou vários núcleos; 1.46.ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE CONTROLES PERMANENTES: são as granjas de seleção genética de reprodutoras primárias (linhas puras), granjas bisavoseiras, granjas avoseiras, granjas matrizeiras, granjas de aves reprodutoras livres de patógenos específicos (SPF) e os incubatórios destes estabelecimentos; 1.47.ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE CONTROLES EVENTUAIS: são os estabelecimentos avícolas produtores de ovos comerciais, de frango de corte, de exploração de outras aves silvestres e/ou ornamentais, e/ou exóticas ou não, e os incubatórios destes estabelecimentos; 1.48.GALPÃO: é a unidade física de produção avícola, caracterizada como unidade de um núcleo, que aloja um grupo de reprodutores, aves para produção de carne e/ou de ovos, da mesma idade (exceção das linhas puras de seleção genética) e da mesma espécie; 1.49.NÚCLEO: é a unidade com área física adequadamente isolada, de manejo comum, constituída de um ou mais galpões; 1.50.LOTE: grupo de aves de mesma finalidade, origem e idade, alojado em um ou vários galpões; 1.51.BOXES: são divisões físicas dentro de um galpão.

Capítulo IV Das exigências a serem cumpridas pelos estabelecimentos avícolas

1.Para atender ao PNSA, os estabelecimentos avícolas de controles permanentes e eventuais deverão: 1.1.Estar registrados na DFA, ou cadastrados, nos casos definidos pelo MAPA, no serviço oficial do estado em que se localizam; 1.2.Estar sob vigilância e controle do SSA/DFA ou da Secretaria Estadual de Agricultura ou do órgão executor deste, do estado em que se localizam; 1.3.Nos casos definidos em legislação do MAPA, deverão ser assistidos por médico veterinário responsável técnico, registrado junto à DFA, ou da Secretaria Estadual de Agricultura ou do órgão executor destas, no estado em que se localizam, quando delegada essa atividade; 1.4.Proceder à notificação imediata às autoridades sanitárias, de qualquer suspeita de ocorrência da doença de newcastle e da influenza aviária; 1.5.Utilizar somente imunógenos, desinfetantes, antígenos, soros controles e “kits” registrados no MAPA, observados os números de partida, nome do fabricante e os prazos de validade.

Capítulo V Da notificação

1.Os médicos veterinários, proprietários ou qualquer outro cidadão, que tenham conhecimento de ocorrência ou de suspeita da ocorrência da doença de newcastle e da influenza aviária, ficam obrigados a comunicar o fato imediatamente ao serviço oficial (Decreto nº 24.548, de 03/07/34, e Portaria Ministerial nº 070/94, de 03/03/94). 1.1. A notificação poderá ser efetuada pessoalmente, por telefone, rádio, fax , correio eletrônico ou qualquer outro meio disponível. 2.A infração ao disposto no item 1 será investigada pelo serviço oficial, que utilizará os meios disponíveis para apuração de responsabilidades. 2.1.No caso de médico veterinário, além do citado ou disposto no item 2, o serviço oficial deverá proceder de acordo com a legislação profissional específica. 3.Deve ser realizada a notificação de suspeita ao serviço oficial, preferencialmente por meio da unidade veterinária local, e enviada para laboratório oficial ou credenciado pelo MAPA, para este fim, de qualquer material de lesão sugestiva da doença encontrada na fiscalização, no abate ou na realização de necrópsia. 4.Nos matadouros, ocorrendo a constatação da(s) doença(s), deverão ser suspensos os abates até a conclusão dos trabalhos de limpeza e desinfecção recomendados segundo os critérios estabelecidos pelo DIPOA e realizada a comunicação imediata ao serviço oficial.

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Capítulo VI Das estratégias de atuação

1.A vigilância da doença de newcastle e da influenza aviária e o controle e a erradicação da doença de newcastle serão executados em todos os estados da federação. 1.1.A influenza aviária por ser considerada exótica nos plantéis industriais de aves no Brasil, deverá ser avaliado o risco de introdução no país, e se manter sob vigilância permanente. 1.2.Em função da importância econômica da avicultura e das características epidemiológicas, será realizado o estudo de atividade viral, visando a implantação de zona livre da doença de newcastle em área de produção industrial, no país e a vigilância para doença de newcastle e influenza aviária, nos estados do programa definidos como prioritários pelo PNSA/DDA/SDA/MAPA. 2.A profilaxia, o controle e a erradicação destas doenças consistem na aplicação das seguintes medidas de defesa sanitária animal: 2.1.Notificação de suspeita de focos da doença de newcastle e da influenza aviária; 2.2.Assistência aos focos; 2.3.Adoção de medidas de biossegurança; 2.4.Realização de medidas de desinfecção; 2.5.Sacrifício sanitário; 2.6.Vazio sanitário; 2.7.Análise epidemiológica; 2.8.Vacinação de rotina ou emergencial dos plantéis; 2.9.Controle e fiscalização de animais susceptíveis; 2.10.Controle de trânsito; 2.11.Outras medidas sanitárias.

Capítulo VII Da assistência aos focos

1.DA SUSPEITA : 1.1.Todas as notificações de suspeita ou de ocorrência da doença de newcastle e da influenza aviária, esta segunda, considerada exótica nos plantéis industriais de aves do país, deverão ser imediatamente investigadas pelo serviço oficial, dentro das normas de segurança sanitária, com envio de amostras para laboratório oficial ou credenciado pelo MAPA, para este fim. 1.2.A notificação de suspeita destas doenças implicará na adoção das seguintes medidas sanitárias: 1.2.1.Interdição da propriedade ou do estabelecimento avícola, abertura de FORM IN e adoção de medidas sanitárias específicas, com imediata colheita de amostras para remessa ao laboratório da rede oficial ou quando autorizado pelo MAPA para laboratório cre denciado pelo MAPA, para este fim, acompanhado de uma via do FORM IN; 1.2.2.Registro de todas as categorias de aves, indicando-se o número de aves mortas, com e sem sinais clínicos da(s) doença(s) por categoria; 1.2.3.Manutenção das aves nos locais de alojamento ou confinadas em outros locais estabelecidos a critério do fiscal federal agropecuário ou do médico veterinário oficial, onde possam permanecer isoladas, sendo proibida a sua movimentação; 1.2.4.Controle pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial de qualquer movimento de pessoas, animais, veículos, carnes, carcaças, detritos, dejetos, camas, fômites e estruturas que possam propagar a(s) doença(s); 1.2.5.Utilização dos meios adequados de desinfecção nas entradas e saídas de cada instalação do estabelecimento avícola, de acordo com as recomendações do OIE; 1.2.6.Condução de inquérito epidemiológico com abertura de FORM IN e posteriormente de FORM COM, para a determinação da origem da infecção e de sua propagação; 1.2.7.Seqüestro da carne das aves produzidas e dos ovos no período de incubação da doença. 2.DA CONFIRMAÇÃO: 2.1.Confirmando-se o diagnóstico laboratorial da doença de newcastle ou da influenza aviária, definidas no Capítulo II, dessa norma, por meio de provas laboratoriais conclusivas, serão adotadas, na propriedade onde foi identificado o foco, as seguintes medidas pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial:

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2.1.1.Sacrifício imediato no local de todas as aves presentes no estabelecimento avícola; 2.1.2.Destruição de todas as aves que tenham morrido ou tenham sido sacrificadas; 2.1.3.Destruição ou tratamento apropriado de todos os resíduos, tais como: ração, cama e fezes, e dos fômites susceptíveis de estarem contaminados; 2.1.3.1.O tratamento deverá ser efetuado em conformidade com as instruções do fiscal federal agropecuário ou do médico veterinário oficial, de forma que possa ser assegurada a destruição dos vírus da doença de newcastle ou da influenza aviária. 2.1.4.Destruição da carne de todas as aves provenientes da granja e abatidas durante o período de incubação da doença; 2.1.5.Destruição dos ovos e dos subprodutos produzidos durante o período provável de incubação da doença; 2.1.6.Limpeza e desinfecção completa das instalações de criação; 2.1.7.Estabelecer o vazio sanitário de, no mínimo, 21 (vinte e um) dias antes da reintrodução de aves no estabelecimento avícola, iniciado após a realização dos processos de desinfecção; 2.1.8.A critério do serviço oficial, pela avaliação epidemiológica e de risco sanitário, estas medidas poderão ter sua aplicação estendida a outros estabelecimentos avícolas; 2.1.9.O serviço oficial procederá a investigação epidemiológica em todas as propriedades com aves, estabelecimentos avícolas e dos demais locais de alojamento de aves da área, zona de proteção, constituída num raio de 3 (três) quilômetros e um raio de 7 (sete) quilômetros ao redor do foco, a partir da zona de proteção (zona de vigilância), determinadas com base em fatores de origem geográfica, administrativa, ecológica e epizootiológica relacionados com a doença, registrando todas as visitas e as ocorrências constatadas; 2.1.10.O serviço oficial estabelecerá a proibição de movimentação e retirada de aves das propriedades e dos estabelecimentos avícolas, dentro da zona de vigilância, no período mínimo de 21 (vinte e um) dias, exceto as destinadas ao abate sanitário em matadouro, preferencialmente com SIF, situado dentro da zona de vigilância, designado e acompanhado pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial. 3.Nos locais onde estejam armazenados os materiais seqüestrados, será realizada limpeza e desinfecção das instalações e destruição dos produtos e subprodutos. 4. ZONA DE PROTEÇÃO: 4.1.Deverão ser adotadas medidas com relação à zona de proteção, conforme segue: 4.1.1.Visita imediata pelo serviço oficial e de acompanhamento posterior a todas as propriedades com aves, estabelecimentos avícolas e locais de alojamento de aves, realizando avaliação clínica das aves alojadas e tomada de amostras para exames laboratoriais, registrando todas as visitas e as ocorrências constatadas; 4.1.2.Manutenção de todas as aves no seu alojamento ou em outro lugar que permita isolamento, a critério do serviço oficial; 4.1.3.Utilização de sistemas de desinfecção apropriados, segundo critérios do serviço oficial, nas entradas e saídas da propriedade ou do estabelecimento avícola; 4.1.4.O serviço oficial procederá o controle de movimentação, dentro desta zona, de pessoas, de materiais, de equipamentos e de veículos que representem risco sanitário; 4.1.5.O serviço oficial adotará a proibição de movimentação e retirada de aves, ovos, esterco, ração, subprodutos de aves, fômites da propriedade ou do estabelecimento avícola em que se encontrem, salvo com autorização do serviço oficial competente para o transporte, nas seguintes condições: 4.1.5.1.Aves para seu abate imediato, preferentemente em um matadouro com SIF, situado na área infectada ou, se não for possível, a um situado fora desta, quando avaliado, designado e acompanhado pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial; 4.1.5.2.Pintos de um dia ou aves para uma exploração situada dentro da zona de vigilância e que não tenha outras aves alojadas; 4.1.5.3.Ovos para incubação e nascimento num incubatório dentro das zonas de proteção ou de vigilância, designado pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial, controlados e realizados em máquinas separadas. 4.1.5.3.1.Os ovos e suas embalagens deverão ser desinfectados antes do transporte ao incubatório. 4.1.6.Os deslocamentos citados deverão ser realizados diretamente sob controle do serviço oficial e autorizados após a inspeção sanitária da propriedade ou do estabelecimento avícola, realizada pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial; 4.1.7.Os meios de transporte empregados deverão ser limpos e desinfectados antes e depois da sua utilização; 4.1.8.A retirada do esterco, da ração e dos subprodutos das aves fica condicionada ao controle do transporte e destino pelo serviço oficial, quando, após avaliação criteriosa, não representar risco de disseminação da(s) doença(s);

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4.1.9.O serviço oficial adotará a proibição de realização de feiras, mercados, exposições e demais concentrações de aves de qualquer tipo; 4.1.10.O serviço oficial procederá a introdução de aves-sentinelas na propriedade foco despovoada; 4.1.11.O serviço oficial estabelecerá a realização de controle sorológico, em laboratório oficial ou credenciado pelo MAPA para este fim, das aves-sentinelas a cada sete dias até completar o período de vazio sanitário mínimo de 21 (vinte e um) dias; 4.1.12.As medidas aplicadas na zona de proteção se manterão até conclusão do diagnóstico laboratorial e do inquérito epidemiológico, por pelo menos 21 (vinte e um) dias depois da realização, na propriedade ou no estabelecimento avícola infectado, das operações preliminares de limpeza e desinfecção ou por determinação do serviço oficial. Após essas medidas, a zona de proteção passará a fazer parte da zona de vigilância. 5.ZONA DE VIGILÂNCIA 5.1.Deverão ser adotadas medidas com relação à zona de vigilância, conforme segue: 5.1.1.Investigação em todas as propriedades com aves, estabelecimentos avícolas e locais de alojamento de aves, num raio de 10 (dez) quilômetros, registrando todas as visitas e as ocorrências constatadas; 5.1.2.Proibição pelo serviço oficial de movimentação de aves e ovos dentro da zona, nos primeiros 15 (quinze) dias; 5.1.3.Manutenção de todas as aves no seu alojamento ou em outro lugar que permita isolamento, a critério do serviço oficial; 5.1.4.Proibição pelo serviço oficial de movimentação e retirada de aves da propriedade e do estabelecimento avícola dentro da zona de vigilância, exceto as destinadas a abate sanitário em matadouro preferencialmente com SIF, situado dentro da zona de vigilância ou próximo, quando avaliado e designado pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial; 5.1.5.Proibição pelo serviço oficial de retirada de ovos para fora da zona de vigilância, salvo se enviados a um incubatório para incubação e nascimento, avaliado e designado pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial, sendo a incubação controlada e realizada em máquinas separadas; 5.1.5.1.Estes ovos e as suas embalagens deverão ser desinfectados antes do transporte ao incubatório. 5.1.6.Proibição de retirada e utilização do esterco, ração e subprodutos de aves sem autorização do serviço oficial; 5.1.7.Proibição pelo serviço oficial de realização de feiras, mercados, exposições e demais concentrações de aves de qualquer tipo; 5.1.8.Controle pelo serviço oficial de movimentação, dentro desta zona, de pessoas, de materiais, de equipamentos e de veículos que representem risco sanitário. 5.2.As medidas aplicadas na zona de vigilância se manterão até conclusão do diagnóstico laboratorial e do inquérito epidemiológico por pelo menos 30 (trinta) dias, por determinação do serviço oficial, após realização, na exploração infectada, das operações preliminares de limpeza e desinfecção. 6.As operações descritas neste capítulo poderão circunscrever-se àquelas áreas do estabelecimento que formem uma unidade epidemiológica, desde que assegurada pelo serviço oficial a improbabilidade de propagação da(s) doença(s) às demais unidades não-infectadas.

Capítulo VIII Da colheita de amostras e do encaminhamento para realização de provas laboratoriais

1.Locais e eventos onde se realiza a colheita de material: 1.1.De aves procedentes de qualquer país, no ponto de ingresso (porto, aeroporto ou fronteira) ou no quarentenário, por ocasião da inspeção veterinária para o desembaraço de entrada; 1.2.Na suspeita de ocorrência de foco avaliada pelo serviço oficial; 1.3.Na realização do projeto de estudo de atividade viral, visando a implantação de zona livre para doença de newcastle em área de produção industrial no país e vigilância da doença de newcastle e da influenza aviária, para o monitoramento plantéis avícolas nacionais pelo serviço oficial de defesa sanitária animal e de inspeção de produtos de origem animal, dentro das suas áreas de competência. 2.Amostras 2.1.Para isolamento e identificação do vírus, devem ser obtidas amostras de aves vivas ou após necrópsia das aves sacrificadas, ou daquelas que morreram com sintomas clínicos sugestivos da doença de newcastle ou da influenza aviária.

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2.1.1.Aves vivas: 2.1.1.1.Soro; 2.1.1.2.Suabe de cloaca; 2.1.1.3.Suabe de traquéia; 2.1.1.4.Fezes frescas. 2.1.2.Aves necropsiadas (coletar assepticamente, isolado ou em “pool”): 2.1.2.1.Baço; 2.1.2.2.Cérebro; 2.1.2.3.Coração; 2.1.2.4.Fezes; 2.1.2.5.Fígado; 2.1.2.6.Humor aquoso; 2.1.2.7.Intestino; 2.1.2.8.Proventrículo; 2.1.2.9.Pulmão / traquéia; 2.1.2.10.Sacos aéreos; 2.1.2.11.Suabe oro-nasal; 2.1.2.12.Tonsilas cecais. 2.2.Em caso de suspeita de foco, visando a reduzir o risco de disseminação e difusão do(s) vírus da(s) doença(s) durante o transporte até o laboratório, recomenda-se a realização de necrópsia no local, com colheita de material e acondicionamento adequado, para envio ao laboratório oficial ou designado pelo MAPA. 3.Colheita e acondicionamento das amostras 3.1.Deverão ser colhidas em PBS, pH 7.2, contendo antibióticos nas concentrações de:

A M O S T R A

S U A B E S

ANTIBIÓTICOS

(p/ml de PBS)

Traquéia

Cloaca

FEZES

ÓRGÃOS

Penicilina Estreptomicina Gentamicina Fungizona

2000 UI

2 mg

50 ? g

1000 UI

10000 UI

10 mg

250 ? g

5000 UI

10000 UI

10 mg

250 ? g

5000 UI

2000 UI

2 mg

50 ? g

1000 UI

3.2.Devidamente identificadas, refrigeradas, lacradas e acondicionadas em caixas isotérmicas; 3.3.Acompanhadas de FORM IN ou de formulário de colheita padronizado pelo DDA, devidamente preenchido; 3.4.Serão registradas nos laboratórios oficial ou credenciado pelo MAPA, para este fim, em livro próprio, conforme modelo indicado pela CLA/DDA/SDA/MAPA; 3.5.Quando destinadas à sorologia, deverão estar resfriadas ou preferencialmente congeladas. Não serão aceitas amostras de sangue total ou com presença de coágulo; 3.6.Quando recebidas, deverão ser obrigatoriamente divididas em 2 (duas) alíquotas e identificadas, uma como prova e outra como contraprova; 3.7.A targeta de identificação da contraprova, conforme modelo indicado pela CLA/DDA/SDA/MAPA, será preenchida e lacrada juntamente com as amostras para contraprova; o lacre será plástico, numerado e inviolável.

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3.8.No ocaso específico do projeto de estudo de atividade viral da doença de newcastle e vigilância da doença de newcastle e da influenza aviária, não se aplicam os itens 3.6 e 3.7. 4.Conservação e estocagem 4.1.As amostras destinadas a exames virológicos deverão ser mantidas sob refrigeração, preferencialmente congeladas até seu processamento. 4.2.As amostras destinadas à sorologia deverão ser mantidas congeladas a –20ºC, até o seu processamento. 4.3.Após a emissão do resultado, as amostras deverão ser mantidas congeladas a –20ºC, por um período mínimo de 30 (trinta) dias.

Capítulo IX

Do diagnóstico laboratorial 1.Os procedimentos e as provas laboratoriais, para o diagnóstico da doença de newcastle e da influenza aviária, são determinados por normas específicas da SDA/MAPA, podendo ser realizadas algumas das seguintes provas: 1.1. Ensaio imunoenzimático (ELISA); 1.2. Teste de hemaglutinação (HA); 1.2. Teste de inibição da hemaglutinação (HI); 1.3. Tempo médio de morte embrionária (TMM); 1.4. Índice de patogenicidade intracerebral (IPIC); 1.5. Índice de patogenicidade intravenosa (IPIV); 1.6. Imunodifusão em agar gel (AGP); 1.7. Técnicas de biologia molecular. 2.Outras provas somente poderão ser utilizadas quando devidamente aprovadas pela PNSA/CPS/DDA/SDA. 3.Somente serão aceitos resultados laboratoriais de exames relativos ao diagnóstico destas doenças padronizados pelo MAPA, realizados pelos laboratórios oficiais ou credenciados pelo MAPA, para este fim, e confirmados pelo Laboratório de Referência Nacional. 4.Todos os profissionais e os laboratórios que realizem o diagnóstico de doenças aviárias ficam obrigados a procederem a notificação imediata de suspeita ou de ocorrência da doença de newcastle ou da influenza aviária. 5.Todo material destinado a provas laboratoriais deverá estar, obrigatoriamente, acompanhado de FORM IN ou de formulário de colheita padronizado pelo DDA/SDA/MAPA, devidamente preenchido, assinado pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial, ou ainda pelo responsável pela colheita endossado pelo serviço oficial. 5.1.No ponto de ingresso, será utilizado o formulário de material de importação, padronizado pelo MAPA. 5.2.No projeto de estudo de atividade viral da doença de newcastle e de vigilância da doença de newcastle e da influenza aviária, será utilizado o formulário de colheita padronizado pelo DDA/SDA/MAPA. 5.3.No caso de suspeita de foco destas doenças, será utilizado o FORM IN.

Capítulo X Do encaminhamento dos resultados laboratoriais

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1.Os resultados dos testes laboratoriais deverão ser emitidos em formulário próprio, padronizado pelo MAPA e comunicados seguindo o fluxograma determinado: 1.1.Resultado negativo: enviar FAX ou outro tipo de comunicação imediata, para o DDA/SDA/MAPA e para o SSA/DFA/MAPA do estado em que se localiza o estabelecimento; 1.2.Resultado positivo: enviar FAX ou outro tipo de documentação imediata ao DDA/SDA/MAPA, que notificará ao SSA/DFA/MAPA.

Capítulo XI

Do estudo de atividade viral para doença de newcastle e vigilância para doença de newcastle e influenza aviária

1.Serão realizadas atividades profiláticas visando o controle da introdução, em território nacional, de possíveis agentes de doenças exóticas, como da influenza aviária, na vigilância epidemiológica e sanitária permanente da doença de newcastle: 1.1.No ponto de ingresso, no momento do desembarque, na fiscalização sanitária do material genético (das aves ou dos ovos férteis), pelo serviço de vigilância aeroportuária (SVA/DFA/MAPA); 1.2.Na quarentena oficial, das aves ou da incubação dos ovos férteis, pelo serviço oficial. 2.A colheita de material de aves de um dia, ovos férteis ou suabes de cloaca e traquéia, originários de qualquer país, terá seu encaminhamento ao laboratório oficial, em embalagem lacrada pelo MAPA, para realização de exames laboratoriais, para identificação dos agentes das doenças, acompanhado de formulário de colheita padronizado. 3.O projeto de estudo de atividade viral para doença de newcastle, e vigilância da doença de newcastle e da influenza aviária para o monitoramento dos plantéis avícolas nacionais, nos diferentes estados da federação, será implantado pelo DDA/SDA/MAPA, observando a situação epidemiológica das doenças, considerando a situação de doença exótica para influenza aviária nos plantéis brasileiros, industriais de aves: 3.1.Será implantado inicialmente em área de produção industrial, podendo ser expandido para outros sistemas de produção de acordo com a avaliação do projeto e por determinação do DDA/SDA/MAPA. 3.2.Os estados participantes do projeto serão definidos pelo DDA/SDA/MAPA. 3.3.As colheitas periódicas de soro sangüíneo, suabes de traquéia e suabes de cloaca das mesmas aves, de um único lote realizadas em matadouros com SIF, podendo ser feitas colheitas nos estabelecimentos de criação por determinação do PNSA/CPS/DDA/SDA/MAPA, de acordo com o projeto em pauta. 3.4.Os exames laboratoriais realizados serão testes sorológicos, isolamento e caracterização viral; 3.5.As atividades relativas à colheita de amostras poderão ser realizadas pelos SSA, SIF das DFA`s/MAPA ou pelas Secretarias Estaduais de Agricultura ou órgãos executores destas, quando delegada esta atividade, de acordo com o projeto em pauta. 3.6.As provas sorológicas utilizadas neste projeto serão definidas no âmbito do DDA/SDA/MAPA, observando a correlação entre as mesmas. 3.7.As colheitas para o monitoramento e o diagnóstico somente serão aceitas quando executadas pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial ou sob sua fiscalização e supervisão.

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3.8.A amostragem, a periodicidade de colheita, os testes sorológicos, os critérios de análise relativos a aves vacinadas e não-vacinadas e a interpretação dos resultados serão definidas no referido projeto. 4.As provas laboratoriais serão realizadas pelo laboratório oficial do MAPA, de referência nacional para estas doenças e poderão ser realizadas nos laboratórios de instituições federais ou estaduais quando indicados pelo CLA/DDA/SDA/MAPA. 5.As análises epidemiológicas serão realizadas a partir de um sistema de informações estabelecido pelo DDA/SDA/MAPA. 6.As avaliações dos resultados serão realizadas no DDA/SDA/MAPA em nível nacional.

Capítulo XII Das medidas de limpeza e desinfecção

1.As medidas de limpeza e desinfecção adotadas no controle dos focos seguirão os critérios estabelecidos pelo manual do OIE e em manuais específicos do PNSA/CPS/DDA/SDA/MAPA.

Capítulo XIII Da vacinação

1.A vacinação sistemática contra a doença de newcastle é facultativa nos estados da federação, observando-se a situação epidemiológica local. 2.De acordo com a situação epidemiológica de cada região, após avaliação do serviço oficial, a vacinação das aves contra a doença de newcastle poderá ser obrigatória em propriedades e nos estabelecimentos avícolas de controles permanentes e de controles eventuais, podendo ser regularmente efetuada. 3.Caberá ao serviço oficial federal, em situações emergenciais das doenças, estabelecer esquemas de vacinação por área. 4.A vacinação contra estas doenças somente poderá ser realizada com vacinas registradas e aprovadas pelo MAPA (Decreto nº 1.662, de 06/10/95, e Portaria Ministerial nº 186, de 13/05/97), seja como medida de ordem profilática ou de controle da doença. 5.No caso da influenza aviária, por se tratar de doença exótica no país, a vacinação somente poderá ser realizada quando autorizada pelo DDA/SDA, após comprovação da ocorrência da doença, avaliação de risco e análise da situação epidemiológica.

Capítulo XIV Do trânsito

1.No intuito de evitar a introdução e a propagação dessas doenças, por ocasião da expedição da GTA para aves susceptíveis ou para o trânsito interestadual de aves destinadas ao abate nos matadouros, deverão ser exigidas pelo emitente, entre outras, as seguintes condições: 1.1.Nos estabelecimentos de produção abastecedores de mercados internacionais: 1.1.1.As aves devem ser provenientes de propriedade ou de estabelecimento avícola, no qual 90 (noventa) dias anteriores não tenha sido constatado nenhum foco da doença de newcastle e

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da influenza aviária, e que nas proximidades do mesmo, num raio de 10 (dez) km, não tenha sido constatado nenhum caso destas doenças nos últimos 30 (trinta) dias; 1.1.2.Observada a situação epidemiológica local e o Capítulo XIII, desta norma, os requerentes pelo trânsito de aves susceptíveis em áreas consideradas de risco deverão comprovar que as mesmas não foram vacinadas contra a doença de newcastle, no mínimo 30 (trinta) dias antes do abate. 2.As aves susceptíveis serão impedidas de transitar quando desacompanhadas da GTA, expedida em conformidade com estas normas, devendo a autoridade competente lavrar o respectivo Termo de Ocorrência e determinar o retorno à origem, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. 3.Para realização do trânsito interestadual, é obrigatória a utilização de GTA. Para o trânsito intraestadual, é obrigatória a utilização de GTA, podendo ser utilizada, em casos excepcionais justificados, a aceitação do documento similar de trânsito estabelecido no âmbito estadual. 4.Os veículos transportadores de aves susceptíveis deverão ser lavados e desinfectados, de acordo com orientação do serviço oficial. 5.O transporte de resíduos e subprodutos de aviários deverá ser realizado em veículos protegidos ou fechados.

Capítulo XV

Do controle na incubação 1.Das medidas de biossegurança na incubação, quando determinada pelo serviço oficial: 1.1.A incubação dos ovos deverá atender ao disposto no Capítulo VII, desta norma, respeitando o estabelecido no controle das zonas de proteção e de vigilância; 1.2.Fica proibida a incubação de ovos férteis de bisavós, avós e matrizes na mesma máquina e no mesmo período, devendo ser atendidos os critérios sanitários da linhagem superior.

Capítulo XVI

Das disposições gerais

1.O SSA/DFA/MAPA do estado em que se localiza o estabelecimento avícola e as Secretarias Estaduais de Agricultura ou os órgãos executores destas, são os organismos responsáveis, na sua área de atuação e competência, pela definição das medidas apropriadas para a solução dos problemas de natureza sanitária, observando o estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária Animal e no PNSA. 2.Em razão da característica de emergência sanitária da ocorrência de foco da doença de newcastle ou da influenza aviária e a necessidade de adoção pelo serviço oficial de medidas de erradicação imediatas, os estabelecimentos produtores de aves livres de patógenos específicos (SPF) deverão fornecer dez aves a partir da solicitação oficial, aves estas, que serão utilizadas como sentinelas para avaliação e encerramento do foco. 3.No caso de influenza aviária, por se tratar de doença exótica no plantel avícola industrial nacional, deverão ser observadas, investigadas e avaliadas laboratorialmente e epidemiologicamente pelo serviço oficial, adicionalmente ao descrito no item 2, do Capítulo II, destas normas, as seguintes situações: 3.1.Qualquer vírus influenza que seja letal para 6, 7, e 8 aves susceptíveis de 4-6 semanas em até 10 dias após inoculação endovenosa com 0,2 ml de líquido cório-alantóide diluído a 1:10, livre de contaminação bacteriana;

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3.2.Qualquer vírus de influenza H5 ou H7 que não atenda ao critério do item anterior, mas que tenha uma seqüência de aminoácidos (no sítio de clivagem da hemaglutinina), que seja compatível com vírus de influenza altamente patogênica; 3.3.Qualquer vírus da influenza que não seja H5 ou H7, que mate 1 a 5 vezes (patogenicidade) e cresça em cultivo celular na ausência de tripsina. 3.4.Após criteriosa avaliação do serviço oficial e do PNSA/CPS/DDA/SDA/MAPA serão adotadas as medidas sanitárias pertinentes ao caso. 4.Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na aplicação desta norma e em atos complementares serão dirimidos pelo DDA/SDA/MAPA.

SALMONELOSE AVIÁRIA

PORTARIA Nº 8, DE 23 DE JANEIRO DE 1995 - Método Analítico de

Carcaça de Aves e Pesquisa de Salmonella

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, usando da atribuição que lhe confere o Art. 78, item VII, do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 212, de 21 de agosto de 1992, resolve:

Art. 1º Aprovar as alterações introduzidas no método analítico de carcaças de aves e pesquisa de

Salmonella, que com esta baixa, conforme normas anexas. Art. 2º Revogar os itens 2.6 e 21, constantes da parte III, da Portaria nº 101, de 11 de agosto de

1993, publicada no Diário Oficial da União de 17 de agosto de 1993. Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

TÂNIA MARIA DE PAULA LYRA

ANEXO

MÉTODO ANALÍTICO DE CARCAÇA DE AVES E PESQUISA DE SALMONELLA

2.6 - CARCAÇA DE AVES Quando congeladas, descongelar sob refrigeração por 18 horas. Pesar assepticamente, 25 gramas de

pele e músculos das regiões do pescoço, cloaca e asas e homogeneizar com 225 ml de água peptonada a 0,1%. Preparar as diluições subsequentes com o mesmo diluente. Para pesquisa de Salmonella, pesar separadamente 25 gramos e adicionar 225 de Água peptonada 1% tamponada.

21 - PESQUISA DE Salmonella

Os membros do gênero Salmonella são agentes de infecções intestinais humanas e animais. Dentre os agentes de Doenças Veiculadas por Alimentos, o gênero Salmonella é um dos principais responsáveis por casos fatais e por complicações clínicas dos afetados. Desta forma, além da alta taxa de morbi-mortalidade, sua incidência no homem e animais implica em gastos significativos com medicamentos e hospitalizações.

As atividades de inspeção e fiscalização de alimentos têm, como objetivo crítico o controle e a prevenção dos membros deste grupo e das implicações de sua presença nos alimentos, assim como da observância de boas práticas de manufatura e dos programas de controle que devem incluir a certificação da adequacidade das medidas adotadas, em especial para este gênero de bactéria. Os métodos laboratoriais para a sua pesquisa incluem uma etapa de pré -enriquecimento, visando minimizar os efeitos do processo tecnológico de obtenção do alimento capaz de promover injúria fisiológica, sem inativá-las biologicamente.

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A presença de salmonelas é determinada em 25 g ou ml da amostra sob análise, no mínimo. O resultado positivo para esta pesquisa é interpretado considerando o risco potencial que apresenta, o que significa impropriedade ao consumo do produto em questão.

21.1 - MEIOS DE CULTURA Água peptonada a 1%, tamponada Caldo tetrationato Caldo Rappaport Vassiliadis Caldo Selenito Cistina Ágas RAMBACH Ágar verde brilhante vermelho de fenol lactose sacarose (BPLS) com novobiocina Ágar xilose lisina desoxicolato (XLD) Ágar para enterobacterias de Hektoen Caldo uréia Ágar tríplice açúcar ferro Ágar lisina ferro Ágar SIM Caldo malonato-fenilalanina Caldo dulcitol Ágar Citrato de Simmons 21.2 - REAGENTES Solução salina a 0,85%. estéril; Solução iodo-iodeto (iodo 5g, iodeto de potássio 8,0 g, água destilada 40 ml); Reativo de Kovacs (Paradimetilaminobenzaldeído 5,0g, álcool isoamílico 75,0 ml, ácido clorídrico

concentrado 25,0ml). Dissolver o paradimetilaminobenzaldeído em álcool isoamílico e adicionar o ácido clorídrico, lentamente:

Solução aquosa de verde brilhante a 0,1%, estéril; Solução aquosa de cloreto férrico a 10%; Ácido clorídrico a 0,1 n Solução aquosa de novobiocina a 4%, esterilizada por filtração. 21.3 - TÉCNICA

a) PRÉ-ENRIQUECIMENTO Pesar assepticamente 25g da amostra, adicionar 225 ml de água peptonada a 1%, tamponada.

Incubar a 35ºC, por 18-24 horas. Exceções: 1 - Para o pré -enriquecimento de leite em pó e farinhas lácteas, dissolver 25g do produto em 225 ml de água peptonada a 0,1%, estéril, aquecida à 45ºC. Ajustar o pH para 6,8-6,9. Adicionar 5ml de solução aquosa de verde brilhante a 0,1%, estéril. 2 - No pré-enriquecimento de água de “chiller”, homogeneizar e transferir 100 ml da amostra para um frasco contendo 50 ml de água peptonada a 1%, tamponada, em concentração tripla.

b) ENRIQUECIMENTO SELETIVO Pipetar alíquotas de 0,1ml da cultura pré-enriquecida e transferir para tubos contendo 10 ml de

caldo tetrationato ou de caldo selenito cistina. Incubar ambos os meios a 43ºC, por 24 horas, em banho-maria.

c) ISOLAMENTO E SELEÇÃO A partir dos caldos de enriquecimento seletivo, semear em placas com ágar RAMBACH e de

ágar BPLS adicionado de 0,1ml da solução de novobiocina a 4% por 100ml do meio ou ágar Hektoen. Incubar todas as placas a 35ºC por 24 horas. Características das colônias de Salmonella: 1 - Em ágar RAMBACH as colônias de Salmonella apresentam-se de cor vermelha. 2 - Em ágar BPLS apresentam-se incolores ou de cor rosada, entre translúcida ou ligeiramente opacas. Quando rodeadas por microrganismos fermentadores de lactose, poderão apresentar-se de cor verde-amarelada. Em ágar Hektoen, apresenta-se de cor verde ou verde azuladas, revelando ou não a produção de ácido sulfídrico (H2S) (centro escuro). Para leitura e interpretação verificar os quadros a seguir:

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3 - Caldo malonato-fenilalanina: a) Verificar se houve ou não a degradação do malonato pela viragem do indicador. A maioria das Salmonellas são malonato negativo. b) Após leitura do malonato, adicionar algumas gotas de HCl 0,1 N até que o meio fique totalmente amarelo; acrescentar 3 a 4 gotas de cloreto férrico a 10%. A viragem para verde indica reação positiva, enquanto que a persistência da cor amarela indica reação negativa. As salmonelas são fenilalanina negativas. 4 - Caldo Dulcitol - 48 horas. Observar a fermentação do dulcitol pela viragem do indicador vermelho de fenol para amarelo. A maioria das Salmonellas são dulcitol positivo.

1 - Ágar TSI

Microrganismo Base Bisel H2S S. typhi Amarela Sem alteração ou vermelho Positivo só na parte sup. da base S. paratyphi A Amarela com gás Sem alteração ou vermelho Negativo S.cholerae suis Spollorum Amarela com gás Sem alteração ou vermelho Positivo (base preta) S. paratyphi B Amarela com gás Sem alteração ou vermelho Positivo (base preta) S. typhimurium S. enteritidis S. gallinarum Amarela Sem alteração ou vermelho Positivo (base preta) S. dysenterias Amarela Sem alteração ou vermelho Negativo S. boydii S. flexneri* S. sonei Amarela Amarelo Negativo E. aerogenes Amarela com gás Amarelo Negativo E. cloacae E. coli Amarela com gás Amarelo Negativo Klebsiella C. freundii Amarela com gás Amarelo Positivo P. vulgaris Amarela c/s gás Sem alteração ou vermelho Positivo(verde enegrecido) P. mirabilis Amarela c/s gás Sem alteração ou vermelho Positivo (verde enegrecido) P. rettgeri Amarela/vermelha Sem alteração ou vermelho Negativo P. morganii Amarela c/s gás Sem alteração ou vermelho Negativo P. aeruginosa S/alteração/verm. Sem alteração ou vermelho Negativo

*Sorotipo 6 - Variedade Newcastle com produção de gás na base 2 - Ágar Lisina Ferro

Microrganismo Base Bisel H2S Arizona Violeta Violeta Positivo Salmonella* Violeta Violeta Positivo P. mirabilis Amarela Pardo avermelhado Positivo P. vulgaris P. rettgeri Amarela Pardo avermelhado Negativo Providência Amarela Pardo avermelhado Negativo C. freundii Amarela Violeta Positivo E. coli Amarela Violeta Negativo Shigella Amarela/violeta Violeta Negativo K. pneumoniae Violeta Violeta Negativo

Exceção: S. paratyphi A, coluna amarela e bisel violeta (não produz lisina descarboxilase).

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5 - Ágar Citrato de Simmons - 96 horas. Semear com agulha a superfície inclinada do ágar. O crescimento com consequente mudança da cor do meio para azul indica a utilização do citrato como única fonte de carbono (reação positiva). A maioria das salmonelas são citrato positivo. 6 - Meio SIM - Interpretar conforme o quadro 3.

3 - MEIO SIM

MICRORGANISMO H2S INDOL MOTILIDADEEscherichia - + +Enterobacter - - +Citrobacter + - +Klebsiella - - -Salmonella + - +*Shigella - + -Proteus vulgaris + + +Proteus mirabilis + - +Morganella - + +Arizona + - +Hafnia - - +Serratia - - +Providencia - + +Edwardsiella + + +Y. enterocolitica - -(+) -

Realizar o teste sorológico dos cultivos que apresentarem os seguintes resultados: - Urease-negativa - Produção de H2S - positiva - Descarboxilação da lisina - positiva - Utilização do citrato - positiva **** - Produção de indol - negativa - Motilidade - positiva * - Assimilação do malonato - negativo ** - Fermentação de Dulcitol - positiva *** - Fenilalanina - negativa * - S. Pullorum e S. Gallinarum são imóveis ** - S. arizonae assimila o malonato *** - S. arizonae não fermenta o dulcitol **** - 25% das cepas de Salmonella são citrato negativo.

d) TESTE SOROLÓGICO-AGLUTINAÇÃO RÁPIDA Adicionar ao cultivo em ágar nutritivo inclinado aproximadamente a 2ml de solução salina e 0,85%. Homogeneizar. Com pipeta de Pasteur depositar separadamente em lâmina de vidro, duas gotas da suspensão. Acrescentar 1 gota do soro anti-Salmonella polivalente “O” sobre uma das gotas da suspensão na lâmina e misturar, e sobre a outra, 1 gota de solução salina. Realizar a leitura com iluminação sobre fundo escuro em 1-2 minutos. Classificar a reação do seguinte modo: 1 - Positiva: presença de aglutinação somente na mistura cultivo + antisoro. 2 - Negativa: ausência de aglutinação em ambas as misturas. 3 - Não específica: presença de aglutinação em ambas as misturas (formas rugosas). OBS: Os cultivos com resultados positivos no teste de aglutinação com o soro anti-Salmonella polivatene “O” deverão ser remetidas ao Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro para sua tipificação final.

21.4 - COMPOSIÇÃO E PREPARO DOS MEIO DE CULTURA a) ÁGUA PEPTONADA A 1% TAMPONADA Peptonada de carne...............................................................................................10,0 g

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Cloreto de sódio (NaCl)........................................................................................... 5,0g Fosfato de sódio (NaHPO4).................................................................................. 9,0 g Fosfato de potássio (KH2PO4)............................................................................... 5,0 g Dissolver os componentes em 1 litro de água destilada/deionizada. Distribuir em frascos volumes de 225 ml e autoclavar a 121ºC, por 15 minutos.

pH final 7,2 + 0,2 b) CALDO SELENITO CISTINA Triptona................................................................................................................. 5,0 g L (-) cistina (C6H12N2O4S2)................................................................................... 0,01 g Lactose (C12H22O11H2O).......................................................................................... 4,0 g Fosfato dissódico (Na2HPO42H2O)........................................................................ 2,0 g Bi-Selenito de sódio.............................................................................................. 4,0 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual.

pH final 7,0 + 0,2 c) CALDO RAPPAPORT VASSILIADIS Peptona de soja.......................................................................................................5,0 g Cloreto de sódio (NaCl)..........................................................................................8,0 g Fosfato monopotássico (KH2PO4)...........................................................................1,6 g Cloreto de magnésio 6H2O...................................................................................40,0 g Verde malaquita....................................................................................................0,04 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual.

pH final 5,2 + 0,2 d) ÁGAR VERDE BRILHANTE VERMELHO DE FENOL LACTOSE SACAROSE (BPLS) Peptona de carne.....................................................................................................5,0 g Peptona de caseína..................................................................................................5,0 g Extrato de levedura.................................................................................................3,0 g Lactose (C12H22O11H2O).........................................................................................10,0 g Sacarose (C12H22O11)..............................................................................................10,0 g Cloreto de sódio (NaCl)................................................. ........................................5,0 g Fosfato dissódico (Na2HPO4)..................................................................................2,0 g Verde Brilhante (C21H14Br4O5S)........................................................................0,0125 g Vermelho de fenol (C19H14O5S).............................................................................0,08 g Ágar......................................................................................................................12,0 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual. Antes do plaqueamento, adicionar 1 ml de sol. de novobiocina a 4% por litro de meio de cultura.

pH final 6,9 + 0,1 e) ÁGAR PARA ENTEROBACTERIAS DE HEKTOEN Protease-peptona....................................................................................................12,0 g Cloreto de sódio (NaCl)..........................................................................................5,0 g Extrato de levedura.................................................................................................3,0 g Lactose (C12H22O11H2O).........................................................................................12,0 g Sacarose (C12H22O11)..............................................................................................12,0 g Salicina (C13H18O7)..................................................................................................2,0 g Tiosulfato de sódio (Na2S2O3).................................................................................5,0 g Citrato de ferro e amônia........................................................................................1,5 g Sais biliares.............................................................................................................9,0 g Azul de bromotimol (C27H28Br2O5S)...................................................................0,064 g Fucsina ácida........................................................................................................0,04 g Ágar......................................................................................................................13,5 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual.

pH final 7,5 + 0,1

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f) ÁGAR RAMBACH Peptona...................................................................................................................8,0 g Cloreto de sódio (NaCl)..........................................................................................5,0 g Micela Cromogema................................................................................................1,5 g Propilenoglicol.....................................................................................................10,5 g Desoxicolato de sódio (C24H39NaO4).......................................................................1,0 g Ágar......................................................................................................................15,0 g ADITIVO: 1 vial de agentes seletivos, que acompanha o meio, para cada 250 ml de ágar RAMBACH. Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas na embalagem ou manual. NÃO AUTOCLAVAR.

pH final 7,4 + 0,2 g) CALDO URÉIA Extrato de levedura.................................................................................................0,1 g Dihidrogenofosfato de potássio (KH2PO4).............................................................9,1 g Hidrogenofosfato dissódico (Na 2HPO4)..................................................................9,5 g Uréia (H2NCONH2)................................................................................................20 g Vermelho de fenol (C19H14O5S)...............................................................................0,1 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual.

pH final 6,8 + 0,1 h) ÁGAR LISINA FERRO (LIA) Peptona...................................................................................................................5,0 g Extrato de levedura.................................................................................................3,0 g Glicose (C6H12O6)....................................................................................................1,0 g L-Lisina (C6H15ClN2O2).........................................................................................10,0 g Citrato férrico amoniacal........................................................................................0,5 g Tiosulfato de sódio (Na2S2O3)...............................................................................0,04 g Púrpura de bromocresol (C21H16Br2O5S)...............................................................0,02 g Ágar......................................................................................................................15,0 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual. Após autoclavação, deixar os tubos solidificarem em posição inclinada de maneira a formar um bisel de aproximadamente 2 cm.

pH final 6,7 + 0,1 i) ÁGAR TRIPLICE AÇUCAR FERRO (TSI) Extrato de Carne.....................................................................................................3,0 g Extrato de levedura.................................................................................................3,0 g Peptona de caseína................................................................................................15,0 g Peptona de carne.....................................................................................................5,0 g Lactose (C12H22O11H2O).........................................................................................10,0 g Sacarose (C12H22O11)..............................................................................................10,0 g D(+) Glicose (C6H12O6H2O)....................................................................................1,0 g Citrato de amônio e ferro........................................................................................0,5 g Cloreto de sódio (NaCl)..........................................................................................5,0 g Tiosulfato de sódio (Na2S2O3).................................................................................0,3 g Vermelho de fenol (C19H14O5S)...........................................................................0,024 g Ágar......................................................................................................................12,0 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual. Após autoclavação, deixar os tubos solidificarem em posição inclinada de maneira a formar um bisel de cerca de 2 cm.

pH final 7,4 + 0,1 j) MEIO SIM Peptona de caseína................................................................................................20,0 g Peptona de carne.....................................................................................................6,6 g Citrato de amônio e ferro III...................................................................................0,2 g Tiosulfato de sódio (Na2S2O3).................................................................................0,2 g

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Ágar........................................................................................................................3,0 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual.

pH final 7,3 + 0,1 l) ÁGAR CITRATO DE SIMMONS Dihidrogenofosfato de amômio (NH2PO4).............................................................1,0 g Fosfato de Po tássico (K2HPO4)...............................................................................1,0 g Cloreto de sódio (NaCl)..........................................................................................5,0 g Citrato de sódio (C6H5O7Na3 2H2O)........................................................................2,0 g Sulfato de magnésio (MgSO4 7H2O).........................................................................0,2 g Azul de bromotimol (C27H28Br2O5S).....................................................................0,08 g Ágar......................................................................................................................12,0 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual.

pH final 6,9 + 0,1 m) CALDO MALONATO-FENILALANINA Extrato de levedura.................................................................................................1,0 g Sulfato de amônio ((NH4) 2SO4)..............................................................................2,0 g Fosfato de Potássico (K2HPO4)...............................................................................0,6 g Fosfato monopotássico (KH2PO4).............................................................................0,4 g Cloreto de sódio (NaCl)..........................................................................................2,0 g Malonato de sódio (C3H2Na2O4)..............................................................................3,0 g Azul de bromotimol (C27H28Br2O5S)...................................................................0,025 g Fenilalanina (C9H11NO2)..........................................................................................1,0 g Dissolver os componentes em 1 litro d e água destilada/ deionizada. Distribuir em tubos volumes de 5ml, e autoclaver a 115ºC, por 10 minutos.

pH final 6,6 + 0,1 n) CALDO VERMELHO DE FENOL BASE Triptona..................................................................................................................5,0 g Peptona de carne.....................................................................................................5,0 g Cloreto de sódio (NaCl)..........................................................................................5,0 g Vermelho de fenol (C19H14O5S)...........................................................................0,018 g Por tratar-se de meio desidratado, seguir rigorosamente as recomendações contidas no rótulo ou manual. Após autoclavação adicionar 0,5% de Dulcitol esterilizado por filtração e distribuir em tubos estéreis. pH final 7,4 + 0,2

PORTARIA N° 126, DE 03 DE NOVEMBRO DE 1995 - Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Diagnóstico das Salmoneloses Aviárias (S. Enteritidis, S. Gallinarum, S. Pullorum e S.

Typhimurium) O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo

78, inciso VII do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 212, de 21 de agosto de 1992, resolve:

Art. 1º - Aprovar as “Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Diagnóstico

das Salmoneloses Aviárias (S. Enteritidis , S. Gallinarum, S. Pullorum e S. Typhimurium)”, em anexo. Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Portaria SDA nº207,

de 20 de dezembro de 1994, publicada no Diário Oficial da União nº 244 de 26 de dezembro de 1994 e as demais disposições em contrário.

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ÊNIO ANTÔNIO MARQUES PEREIRA Portaria publicada no DOU n° 212 de 06/11/95, Seção I – pag. 17694 e 17698

ANEXO

NORMAS PARA CREDENCIAMENTO E MONTORAMENTO DE LABORATÓRIOS DE DIAGNÓSTICO DAS SALMONELAS AVIÁRIAS

(S. Enteritidis, S. Gallinarum, S. Pullorum e S.Typhimurium)

1. Do Credenciamento

Para efeito de credenciamento e monitoramento serão obedecidas as determinações constantes das Portarias da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária / SNDA nº 53 de 20 de maio de 1991 e da divisão de Laboratório Animal / DLA nº 01 de 14 de agosto de 1991 e demais normas e instruções que vierem a ser baixadas por este Ministério.

2. Material 2.1. Antígenos e soro padrão

Só poderão ser utilizados antígenos (Ag) e o soro controle positivo (SCP) registrados no Departamento de Defesa Animal / DDA, observando o prazo de validade.

2.2. Meios de cultura ?? Ágar citrato de Simmons ?? Ágar Fenilalanina ?? Ágar Hektoen (HK) ?? Áger Lisina Ferro (LIA) ?? Ágar Macconkey ?? Ágar Nutritivo ?? Ágar Rambach ?? Ágar Tríplice Açúcar Ferro (TSI) ?? Ágar Verde Brilhante (BPLS) ?? Caldo Cérebro Coração (BHI) ?? Caldo Malonato ?? Caldo para descarboxilação da Lis ina ?? Caldo para descarboxilação de Ornitina ?? Caldo para desidrolação de Arginina ?? Caldo para fermentação de Dulcitol ?? Caldo para fermentação de Glicose ?? Caldo para fermentação de Lactose ?? Caldo para fermentação de Maltose ?? Caldo para fermentação de Manitol ?? Caldo para fermentação de Sacarose ?? Caldo Rappaport – Vassiliadis ?? Caldo Tetrationato ?? Caldo Uréia ?? Leite Desnatado ?? Meio de Clark e Lubs ?? Meio de transporte Cary e Blair ?? Meio SIM – motilidade, produção de indol e H2S

2.3. Reagentes ?? Reativo de Kovacs ?? Reagente para a prova de Voges-Proskauer (VP)

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?? Reagente para a prova de Vermelho de Metila (VM) ?? Solução aquosa de Cloreto de Cálcio a 1% ?? Solução aquosa de Cloreto Férrico a 10% ?? Solução aquosa de Novobiocina a 4% ?? Solução aquosa de Verde Brilhante a 0,1% ?? Solução Iodo-Iodetada ?? Solução salina a 0,85% ?? Solução salina a 2% ?? Soro anti-flagelar “H2” de Salmonella ?? Soro anti-flagelar “Hi” de Salmonella ?? Soro anti-flagelar “Hg, m” de Salmonella ?? Soro anti-flagelar “Hg, p” de Salmonella ?? Soro anti-flagelar “Hm” de Salmonella ?? Soro anti-flagelar “Hp” de Salmonella ?? Soro anti-flagelar “Hg” de Salmonella ?? Soro anti-somático “B” (04) de Salmonella ?? Soro anti-somático “D” (09) de Salmonella ?? Soro anti-somático “O” polivalente de Salmonella

2.4. Amostras a serem testadas 2.4.2. Diagnóstico bacteriológico

2.4.2.1. Animais vivos: ?? “Swab” de cloaca ?? Fezes frescas do lote ?? Material da cama, ninho e/ou “swab” de arrasto. ?? Ovos

2.4.2.2. Animais necropsiados: ?? “Swab” de carcaça ?? Baço ?? Fígado ?? Ovários ?? Vesícula Biliar ?? Rins ?? Pulmão ?? Coração ?? Trato gastrintestinal ?? Articulações com lesões ?? Conjuntiva com lesões

2.4.3. Diagnóstico sorológico: ?? Soro sanguíneo

3. Recebimento das amostras 3.1. As amostras deverão estar devidamente identificadas e acondicionadas em caixas isotérmicas. 3.2. As amostras deverão estar acompanhadas de um formulário de coleta devidamente preenchido,

conforme modelo estabelecido pela Coordenação de Programa Sanitário – CPS, do Departamento de Defesa Animal – DDA.

3.3. As amostras serão registradas em livro próprio conforme modelo indicado pela Coordenação Geral de Laboratório Animal – CGLA.

3.4. As amostras de tecidos destinadas ao diagnóstico bacteriológico deverão estar resfriadas a + 4°C. 3.5. Quando as amostras destinadas ao diagnóstico bacteriológico forem coletadas através de “swabs”,

os mesmos deverão ser introduzidos em meio de transporte Cary e Blair, exceção feita a “swabs” de arrasto que deverão estar submersos em leite desnatado esterilizado. As amostras deverão estar resfriadas a + 4°C.

3.6. As amostras destinadas ao diagnóstico sorológico deverão estar resfriadas a + 4°C. Não serão aceitas amostras de sangue total, com presença de coágulo ou evidências de contaminação.

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3.7. As amostras destinadas ao diagnóstico sorológico, deverão ser, obrigatoriamente, divididas em duas alíquotas e identificadas, uma como prova e outra como contra-prova.

3.8. A targeta de identificação da contra-prova, conforme modelo indicado pela CGLA, será preenchida e lacrada juntamente com as amostras para contra -prova; o lacre será plástico, numerado e inviolável.

4. Conservação e estocagem 4.1. As amostras destinadas ao diagnóstico bacteriológico deverão ser mantidas a temperatura de + 4°C

por não mais que 48 horas, até serem processadas. 4.2. As amostras destinadas ao exame sorológico deverão ser mantidas a temperatura de + 4°C por não

mais que 48 horas, até serem processadas. 4.3. As amostras destinadas a contra-prova do diagnóstico sorológico deverão ser mantidas em

temperatura de – 20º C, por um período de 30 (trinta) dias. 5. Segurança biológica

5.1. Deverão ser respeitadas as normas de segurança biológica em todos os procedimentos realizados com o material de exame.

5.2. As amostras destinadas a contra-prova, serão destruídas após decorrido o prazo estabelecido para a sua estocagem, com a observância dos critérios e normas de segurança biológica.

6. Métodos 6.1. Diagnóstico bacteriológico

?? Isolamento ?? Identificação bioquímica ?? Caracterização antigênica da cepa bacteriana isolada – aglutinação rápida em lâmina.

6.2. Diagnóstico sorológico ?? Soroaglutinação rápida ?? Soroaglutinação lenta em tubo ?? Microaglutinação

7. Dos resultados e relatórios 7.1. Toda a documentação referente a livro de registro, laudo de resultado e relatórios deverá ser

arquivada por um período de cinco anos. 7.2. Os resultados dos exames deverão ser emitidos em formulário próprio, segundo modelo

estabelecido pela Coordenação Geral do Laboratório Animal – CGLA, e de acordo com o fluxograma determinado. Resultado negativo: Enviar FAX ou outro tipo de comunicação imediata, para o Médico Veterinário requisitante. Resultado positivo: Enviar FAX ou outro tipo de comunicação imediata, para: ?? Serviço de Sanidade Animal / SSA / DFAARA; ?? Comitê Estadual de Sanidade Avícola – CESA; ?? O Laboratório de Referência indicada pela CGLA; ?? O Departamento de Defesa Animal – DDA, em Brasília; ?? O Médico Veterinário requisitante.

7.3. Todo laboratório credenciado deverá encaminhar até o quinto dia útil do mês subseqüente, relatório das atividades mensais, em formulário próprio, segundo modelo estabelecido pela CGLA, à CGLA.

8. Do laboratório 8.1. O laboratório deve possuir instalações e equipamentos adequados para a realização do Diagnóstico

das Salmoneloses Aviárias responsável técnico e substituto deste, devidamente habilitado pela CGLA para a realização dos diagnósticos.

8.2. As instalações devem fazer parte da mesma base física do laboratório e atender as normas de segurança biológica.

8.3. Somente o responsável técnico ou seu substituto poderão assinar formulário de resultado do exame e o relatório mensal.

9. Instalações, equipamentos e materiais. Para efeito de credenciamento e monitoramento, o laboratório será vistoriado, devendo atender as

exigências quanto a: 9.1. Instalações

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9.1.1. Protocolo O protocolo deverá ser constituído de dois ambientes distintos:

9.1.1.1. Recepção: Onde serão recebidos, registrados e identificados os materiais a serem examinados. Deverá ter pessoal próprio que procederá a conferência do material, observando a exatidão dos dados de remessa e o es tado de conservação.

9.1.1.2. Escritório: Estrutura responsável pela emissão dos laudos do resultado devendo ser obrigatoriamente independente da sala da recepção.

9.1.2. Sala de exame Neste local as amostras serão processadas, incluindo-se a realização dos exames bacteriológicos e sorológicos.

9.1.3. Apoio técnico 9.1.3.1. Meios e soluções

Este setor estará encarregado do preparo de meios e soluções. 9.1.3.2. Lavagem e esterilização

Este setor atenderá o laboratório procedendo a desinfecção, lavagem, montagem, esterilização e estocagem de material oriundo dos setores de exame, meios e soluções.

9.2. Equipamentos e materiais 9.2.1. Protocolo

9.2.1.1. Recepção ?? Mesa com superfície resistente a desinfetantes ?? Refrigerador

9.2.1.2. Escritório ?? Arquivo com chave ?? Máquina de escrever / equipamentos de informática

9.2.2. Sala de exame ?? Balança ?? Banho–maria regulável ?? Câmara asséptica ou fluxo laminar vertical ?? Estufa bacteriológica a 35-37ºC ?? Estufa bacteriológica a 42 – 43ºC ?? Fonte de luz ?? Homogeneizador de tubos (opcional) ?? Microplacas com fundo em “U” com 96 poços ?? Microscópio ótico ?? Pipetas automáticas de 10, 40 e 100 ?l ?? Refrigerador ?? Sistema de microteste ?? Stomacher (opcional)

9.2.3. Apoio técnico 9.2.3.1. Meios e soluções

?? Agitador magnético com e sem placa aquecedora ?? Balança analítica (opcional) ?? Balança semi-analítica ?? Carrinho de laboratório (opcional) ?? Congelador a –20º C ?? Deionizador (opcional) ?? Destilador (opcional) ?? Dispensador de pipetas ?? Fluxo laminar horizontal ou câmara asséptica ?? Potenciômetro ?? Refrigerador (+4 a +8ºC)

9.2.3.2. Lavagem e esterilização Desinfecção:

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?? Autoclave ?? Carrinho de laboratório (opcional)

Lavagem: ?? Cuba para água sanitária ?? Deionizador (opcional) ?? Depósito para água destilada ou água deionizada ?? Destilador ?? Lavador de pipetas ?? Sistema para enxágüe de material ?? Sistema para ferver material (vidraria, etc.)

Montagem: ?? Estante para secagem de material ?? Mesa para montagem do material

Esterilização: ?? Autoclave ?? Carrinho de laboratório (opcional) ?? Forno de esterilização

Estocagem: ?? Congelador (-20ºC) ?? Estantes e / ou armários ?? Refrigerador (+4 a +8°C)

10. Do responsável técnico e seu substituto Para efeito de credenciamento e monitoramento, o responsável técnico e seu substituto serão

submetidos a avaliação técnico-científica, pela CGLA. 11. Do credenciamento e monitoramento

Após a aprovação dos responsáveis técnicos na avaliação técnico-científica e atendimento Às exigências de instalações e equipamentos na vistoria, o laboratório será credenciado.

O monitoramento se fará utilizando os procedimentos de envio de material para controle da qualidade técnica e realização de vistorias técnico-administrativas.

12. Disposições gerais 12.1. Sob nenhuma alegação será concedida contra-prova de diagnóstico bacteriológico efetuado. 12.2. Somente após a realização do isolamento e das caracterizações bioquímicas e antigênicas deverá

ser liberado resultado definitivo e conclusivo para o diagnóstico das Salmoneloses Aviárias. 12.2.1.Independentemente da emissão, pelos laboratórios credenciados de resultados definitivo e

conclusivo do diagnóstico das Salmoneloses nos casos em que as cepas apresentarem a fórmula antigênica completa (Salmonella Typhimurium, Salmonella Enteritidis , Salmonella Gallinarum, Salmonella Pullorum), estas deverão ser encaminhadas ao “Laboratório de Referência” indicado pela CGLA, visando a formação de um banco de dados para a realização de estudos epidemiológicos.

12.2.2.As cepas que apresentarem a fórmula antigênica incompleta ou apenas aglutinarem com o soro anti-somático “O” polivalente, deverão ser encaminhadas ao “Laboratório de Referência” indicado pela CGLA para a confirmação e/ou caracterização final.

12.2.3.As remessas das amostras referidas nos itens 12.2.1 e 12.2.2 deverão ser acompanhadas dos protocolos dos exames realizados, podendo ser utilizadas para fins de monitoramento dos laboratórios credenciados e pesquisa.

12.3. As técnicas, os reagentes e as soluções a serem utilizados para o diagnóstico das Salmoneloses Aviárias estão descritos nos Anexos I e II respectivamente.

12.4. Outros métodos diagnósticos poderão ser utilizados desde que previamente regulamentados pela CGLA.

12.5. O laboratório credenciado que não cumprir esses procedimentos terá o credenciamento para o Diagnóstico Oficial das Salmoneloses Aviárias, suspenso por tempo determinado ou cancelado, por ato desta Secretaria.

12.6. Os exames realizados pelos laboratórios credenciados serão custeados diretamente pelos interessados.

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12.7. O Laboratório de Referência indicado pela CGLA, somente receberá amostra para a confirmação diagnóstica, remetida pelos laboratórios credenciados, cujos exames serão custeados diretamente pelos interessados.

ANEXO I

DESCRIÇÃO DAS TÉCNICAS / MÉTODOS BACTERIOLÓGICOS E SOROLÓGICOS PARA DIAGNÓSTICO DAS SALMONELOSES AVIÁRIAS

(S. Enteritidis, S. Gallinarum, S. Pullorum e S. Typhimurium) 1. Diagnóstico Bacteriológico

1.1. Enriquecimento 1.1.1. ÓRGÃOS

1.1.1.1. Enriquecimento não seletivo Homogeneizar o material e inocular 2g em 20 ml de Caldo Cérebro Coração (BHI) Incubar a temperatura de 35 a 37 °C por 18 a 24 horas.

1.1.1.2. Enriquecimento seletivo Homogeneizar o material e incubar 2g em 20ml de Caldo Tetrationato 0,2g em 20ml de Caldo Rappaport-Vassiliadis. Incubar a temperatura de 42 a 43 ºC por 18 a 24 horas.

1.1.2. OVOS 1.1.2.1. Enriquecimento não seletivo

Proceder a desinfecção da casca do ovo com álcool etílico a 70% ou álcool iodado antes de abri-lo. Homogeneizar o conteúdo em saco plástico esterilizado ou “stomacher” semear 10ml em 100 ml de BHI. Incubar a temperatura de 35 a 37º C por 18 a 24 horas.

1.1.3. MATERIAL DE CAMA, NINHO “SWAB” DE ARRASTO E FEZES. 1.1.3.1. Enriquecimento não seletivo

Homogeneizar o material e inocular 2g em 20ml de BHI. Incubar a temperatura de 35 a 37 ºC por 18 a 24 horas.

1.1.3.2. Enriquecimento seletivo Homogeneizar o material e inocular 2g em 20ml de Caldo Tetrationato e 0,2g em 20 ml de Caldo Rappaport–Vassiliadis. Incubar a temperatura de 42 a 43 ºC por 18 a 24 horas.

1.2. Isolamento A partir dos caldos de enriquecimento seletivo e não seletivo estriar em placas de Ágar

MacConkey, Ágar Verde Brilhante, Ágar Hektoen e /ou Ágar Rambach (Utilizar no mínimo, dois meios seletivos–indicadores).

Incubar a temperatura de 35 a 37ºC por 18 a 24 horas. Verificar o aspecto das colônias desenvolvidas nas placas. Características das colônias de Salmonella: ?Ágar MacConkey – Colônias incolores. ?Ágar Hektoen – Colônias verde-azuladas, com ou sem centro-negro. ?Ágar Verde Brilhante (BPLS) – Colônias rosadas ?Ágar Rambach – Colônias incolores (S. Gallinarum e S. Pullorum) ou vermelhas (outras

Salmonellas). 1.3. Identificação

1.3.1. Identificação bioquímica preliminar A partir do isolamento em Ágar MacConkey, Verde Brilhante, Hektoen e/ou Ágar

Rambach repicar de cada uma das placas 2 a 3 colônias, com características de Salmonella, no Ágar TSI, LIA, SIM e Caldo Uréia.

Fazer a leitura de acordo com o Quadro 1.

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Quadro 1 – Identificação bioquímica presuntiva de Salmonella. Comportamento bioquímico Salmonella

Pullorum Salmonella Gallinarum

Salmonella sp. sub-espécie I

Salmonella sp. sub-espécies III a

e IIIB Base A gás +/- A gás - A gás + A gás + Bisel V V V V ou A

TSI 24 horas

H2S +/- + + + Base P P P P LIA 24 horas H2S +/- + + +

Urease - - - - Motilidade - - + +

Salmonella sp sub espécie I – S. Typhimurium e S. Enteritidis (entre outras) Salmonella sp sub espécie III a e III b - Antigo grupo Arizona A – amarelo (ácido) V – vermelho (alcalino) P – púrpura (alcalino).

1.3.1.1. As cepas que apresentarem resultado negativo para a presença de urease e reações características de Salmonella no Ágar TSI e LIA móveis ou imóveis no SIM devem ser submetidas a testes bioquímicos complementares, de acordo com o quadro de diferenciação (Quadro 2).

Quadro 2 – Diferenciação bioquímica de Salmonella Comportamento bioquímico Salmonella sp.

sub-espécie I Salmonella Pullorum

Salmonella Gallinarum

Salmonella sp. sub-espécies III a e

IIIB Indol - - - - VM + + + + VP - - - - Cit. Simons + - - + H2S no TSI + d + + Urease - - - - Fenilalanina desaminase - - - - Lisina descarboxilase + + + + Arginina desidrolase d d - d Ornitina descarboxilase + + - + Motilidade + - - + Malonato - - - + D-Glicose produção de ácido

+ + + +

D-Glicose produção de gás + d - + Lactose - - - d Sacarose - - - - D – Manitol + + + + Dulcitol + - +(*) - Maltose + -(**) + +

Salmonella sp sub espécie I – S. Typhimurium e S. Enteritidis (entre outras) Salmonella sp sub espécie III a e III b - Antigo grupo Arizona + - 90-100% de cepas são positivas - - 90-100% de cepas são negativas d – Diferentes tipos (*) – Ocasionalmente negativa (**) – ou tardiamente positiva

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As cepas que apresentarem perfil bioquímico compatível com Salmonella devem ser caracterizadas antigenicamente através do teste de aglutinação rápida com soro anti-somático “O” polivalente de Salmonella.

1.3.2. Caracterização antigênica da cepa bacteriana - aglutinação rápida em lâmina. 1.3.2.1. Com soro anti-somático “O” polivalente de Salmonella.

Adicionar ao cultivo do Ágar Nutritivo 0,5 – 1,0 ml de solução salina 0,85% estéril e homogeneizar.

Depositar sobre a superfície da lâmina, uma gota da solução salina 2% e outra de soro anti-somático “O” polivalente de Salmonella.

Acrescentar uma gota de suspensão bacteriana sobre cada uma delas e Homogeneizar. Realizar a leitura em 30 a 60 segundos, com iluminação sobre fundo escuro. Classificar a reação do seguinte modo: Positiva – Presença de aglutinação na mistura cultura + soro anti Salmonella. Negativa – Ausência de aglutinação na mistura cultura + soro anti Salmonella. Caso ocorra aglutinação em ambas as misturas a caracterização antigênica estará inviabilizada por tratar-se de cepas rugosas (autoaglutinável), neste caso, proceder o isolamento.

1.3.2.2. As cepas móveis não rugosas que apresentarem resultado positivo frente ao soro anti-somático “O” polivalente de Salmonella deverão ser caracterizadas antigenicamente com os soros anti-somáticos “B” (04) e “D” (09) de Salmonella.

1.3.2.3. Com o soro anti-somático “B” (04) Caso o corra aglutinação na mistura cultura+soro anti-somático “B” (04)

nas cepas móveis deveremos prosseguir na caracterização antigênica frente aos soros anti-flagelares H1 e H2 de Salmonella no sentido de se identificar a Salmonella Typhimurium (1, 4, [5], 12:i:1, 2). Portanto a aglutinação 4:i:2 confirma o sorovar acima.

1.3.2.4. Com o soro anti-somático “D” (09). As cepas móveis que não apresentarem resultado positivo frente ao soro

anti-somático “B” (04) deverão ser submetidas ao teste de aglutinação frente ao soro anti-somático “D” (09).

Caso ocorra aglutinação da mistura cultura +soro anti-somático “D” (09) deveremos prosseguir na caracterização antigênica frente aos soros anti-flagelares: Hg, m; Hg, p; Hm, Hp e Hq, no sentido de identificar a Salmonella Enteritidis (1,9,12:g,m:-). A inclusão dos soros anti-flagelares Hp e Hq visa afastar a possibilidade de identificação errônea de outros sorovares com fórmula antigênica assemelhada. Fazer a interpretação de acordo com o Quadro 3.

Quadro 03 – Caracterização antigênica dos fatores flagelares Hg, Hm, Hp e Hq

Antissoros Resultado da aglutinação Interpretação Soro anti-flagelar Hg, m + Soro anti-flagelar Hg, p +

Confirmação da presença do fator Hg

Soro anti-flagelar Hm + Confirmação da presença do fator Hm Soro anti-flagelar Hp - Confirmação da ausência do fator Hp Soro anti-flagelar Hq - Confirmação da ausência do fator Hq Os resultados apontados no Quadro 03 permitem confirmar a caracterização antigênica da Salmonella Enteritidis (9:g,m).

1.3.2.5. As cepas imóveis não rugosas que apresentarem resultado positivo frente ao soro anti-somático polivalente “O”, deverão ser caracterizados antigenicamente com soro anti-somático “D” (09). As cepas que apresentarem resultado positivo deverão ser diferenciadas bioquimicamente.

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Quadro 04 – Reações bioquímicas de S. Pullorum e S. Gallinarum. Provas bioquímicas Salmonella Pullorum Salmonella Gallinarum

Descarboxilação da ornitina + - Produção de H2S (TSI) +/- + Fermentação do dulcitol - +/- (*) Fermentação da maltose -/+ (**) + Fermentação de glicose/gás + gás +/- + gás -

(*) – Ocasionalmente negativa (**) – Ou tardiamente positiva

2. Diagnóstico Sorológico 2.1. Aglutinação rápida

Depositar uma gota no antígeno corado em uma placa ou lâmina, acrescentar uma gota de soro sanguíneo. Homogeneizar com movimentos suaves da placa ou lâmina. Realizar a leitura após 1 e 2 minutos. Classificar a reação do seguinte modo: Positiva – aglutinação em até 2 minutos. Negativa – Ausência de aglutinação em 2 minutos.

2.2. Aglutinação lenta em tubo Misturar em tubo (13x100), 0,04 ml do soro sanguíneo e 1 ml do antígeno não corado para obter

diluição de 1:25. Incluir controles positivo e negativo com soros conhecidos. Incubar a mistura de 35 a 37°C por 18 a 24 horas. Classificar a reação do seguinte modo: Positiva – depósito granular branco, com sobrenadante límpido. Negativa – turbidez uniforme

2.3. Microaglutinação Utilizando placas de microteste diluir o soro 1:20 pela adição de 10 ? l de solução salina 0,85%,

acrescentar 100 ? l de antígeno para microteste, corado, previamente padronizado. Efetuar controles positivo e negativo. Selar as placas e incubar por 24 a 48 horas de 35 a 37° C. Classificar a reação do seguinte modo: Positiva – Precipitação fina, difusa. Negativa – precipitação em forma de botão.

ANEXO II FORMULAÇÃO E PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE PREPARAÇÃO DE MEIOS DE CULTURAS E

REAGENTES

1 – Ágar Citrato de Simmons Sulfato de magnésio ......................................................................................................................... 0,2 g Citrato de sódio ................................................................................................................................ 2,0 g Cloreto de sódio ............................................................................................................................... 5,0 g Fosfato monobásico de amônio...................................................................................................... 1,0 g Fosfato dibásico de potássio .......................................................................................................... 1,0 g Azul de bromotimol ...................................................................................................................... 0,08 g Ágar .................................................................................................................................................. 15,0 g Dissolver 24,2 g em um litro de água destilada ou deionizada. Aquecer até dissolução completa.

Distribuir 3 a 4 ml em tubos 13x100 ou 13 x120 mm. Esterilizar à 121°C por 15 minutos. Solidificar em posição inclinada.

pH final – 6,8 + 0,2 a 25 °C. Semeadura – A partir de cultura de 24 horas em ágar nutritivo, semear pequeno inóculo com agulha,

em estrias, na superfície do meio. Incubar a temperatura de 35 a 37 ºC por 18 a 24 horas. Interpretação – Uma viragem da cor verde para a azul (alcalinização) indica utilização do citrato.

2 – Ágar Fenilalanina

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Extrato de levedura........................................................................................................................... 3,0 g Fosfato dibásico de potássio ........................................................................................................... 1,0 g Cloreto de sódio ............................................................................................................................... 5,0 g DL – fenilalanina .............................................................................................................................. 2,0 g Ágar ..................................................................................................................................................... 12 g Dissolver 23 g em um litro de água destilada ou deionizada e aquecer até dissolver completamente.

Distribuir 5 ml em tubos 16 x 160 mm. Esterilizar a 121°C por 15 minutos. Solidificar em posição inclinada. pH final – 7,3 + 0,2 a 25°C Semeadura – Fazer inóculo abundante e incubar a temperatura de 35 a 37°C por 18 a 24 horas.

Interpretação – Adicionar 5 a 6 gotas do reagente. A cor verde escura indica a transformação de fenilalanina em ácido fenilpirúvico (Proteus – Morganella – Providencia).

2.1 – Reagente utilizado para o teste fenilalanina (desaminação). Cloreto Férrico ................................................................................................................................ 10,0 g Água destilada ou deionizada .......................................................................................................100 ml

3 – Ágar Hektoen Proteose-peptona................................................................................................................................ 12 g Extrato de levedo ............................................................................................................................. 3,0 g Cloreto de sódio ............................................................................................................................... 5,0 g Tiossulfato de sódio.......................................................................................................................... 5,0 g Sais biliares ........................................................................................................................................ 9,0 g Citrato de ferro amoniacal .............................................................................................................. 1,5 g Salicina .............................................................................................................................................. 2,0 g Lactose ............................................................................................................................................. 12,0 g Sacarose ........................................................................................................................................... 12,0 g Fucsina ácida .................................................................................................................................... 0,1 g Azul de bromotimol .................................................................................................................... 0,065 g Ágar .................................................................................................................................................. 14,0 g Dissolver 76 g em um litro de água destilada ou deionizada. Aquecer até a fervura por alguns

segundos. Não autoclavar. Distribuir 15 a 20 ml por placa. pH final: 7,5 + 0,1 a 25 °C.

4 – Ágar Lisina Ferro (LIA) Peptona......................................................................................................................................................... 5,0g Extrato de levedura.................................................................................................................................... 3,0 g Glicose......................................................................................................................................................... 1,0 g L – Lisina ................................................................................................................................................. 10,0 g Tiossulfato de sódio................................................................................................................................. 0,04 g Citrato de ferro amoniacal .........................................................................................................................0,5 g Púrpura de bromocresol ..........................................................................................................................0,02 g Ágar ............................................................................................................................................................15,0 g Dissolver 34 g em um litro de água deionizada ou destilada. Distribuir em tubos. Esterilizar à 121 °C

por 12 minutos. Esfriar em posição inclinada, de modo a produzir uma base de + 4 cm e um bisel menor. pH final: 6,7 + 0,2 a 25°C. Semeadura – A inoculação do meio se faz por picada central até a profundidade, seguida de

espalhamento em estrias estreitas na superfície. Incubar a temperatura de 35 a 37 °C por 18 a 24 horas. Interpretação: (1) Base púrpura (reação alcalina) e superfície púrpura (reação alcalina): presença de lisina

descarboxilase. Base amarela (reação ácida) e superfície vermelha ou púrpura (reação alcalina): ausência de lisina

descarboxilase. (2) A presença de H2S se traduz por escurecimento do meio na junção da base com bisel. Em cepas

que produzem pouco H2S o escurecimento se limita a picada. 5 – Ágar MacConkey

Bacto-peptona............................................................................................................................................17,0 g Proteose-peptona.........................................................................................................................................3,0 g Cloreto de sódio ..........................................................................................................................................5,0 g

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Lactose........................................................................................................................................................10,0 g Sais biliares nº 3 ..........................................................................................................................................1,5 g Vermelho neutro ......................................................................................................................................0,03 g Cristal violeta .........................................................................................................................................0,001 g Ágar ............................................................................................................................................................13,5 g Dissolver 50g em um litro de água deionizada ou destilada. Esterelizar à 121° C por 15 minutos.

Distribuir 15 a 20 ml por placa. pH final 7,1 + 0,2 a 25 º C.

6 – Ágar Nutritivo Extrato de carne...........................................................................................................................................3,0 g Peptona.........................................................................................................................................................5,0 g Cloreto de sódio .........................................................................................................................................5,0 g Agar ............................................................................................................................................................15,0 g Dissolver 28 g em um litro de água destilada ou deionizada. Aquecer até dissolução completa.

Distribuir em tubos. Esterilizar à 121°C por 15 minutos. Solidificar na posição inclinada. pH final – 6,8 + 0,2 a 25 ºC.

7 – Ágar Rambach Peptona.........................................................................................................................................................8,0 g Propileno glicol ........................................................................................................................................10,5 g Cloreto de sódio .........................................................................................................................................5,0 g Desoxicolato de sódio ...............................................................................................................................1,0 g Ágar ............................................................................................................................................................15,0 g Mistura cromogênica ..................................................................................................................................1,5 g Água destilada deionizada ..................................................................................................................1.000 ml Adicionar 1 frasco da mistura cromogênica a 250 ou 1000 ml de água destilada ou deionizada (a

quantidade dependerá da embalagem). Misturar. Adicionar um frasco do pó nutriente, dissolver em banho –maria ou vapor fluente. Não autoclavar. Homogeneizar bem antes do plaqueamento.

pH final: 7,3 + 0,2 a 25ºC. 8 – Ágar Tríplice Açúcar Ferro (TSI)

Extrato de carne...........................................................................................................................................3,0 g Extrato de levedura ....................................................................................................................................3,0 g Peptona ......................................................................................................................................................15,0 g Proteose-peptona ........................................................................................................................................5,0 g Lactose .......................................................................................................................................................10,0 g Sacarose .....................................................................................................................................................10,0 g Glicose .........................................................................................................................................................1,0 g Sulfato ferroso .............................................................................................................................................0,2 g Cloreto de sódio .........................................................................................................................................5,0 g Tiossulfato de sódio ..................................................................................................................................0,3 g Vermelho de fenol .................................................................................................................................0,024 g Ágar ............................................................................................................................................................12,0 g Dissolver 65 g em um litro de água deionizada ou destilada. Distribuir em tubos. Esterilizar à 121°C

por 15 minutos. Solidificar em posição inclinada. A base deve ter + 4 cm de altura e superfície inclinada de igual comprimento.

pH final: 7,4 + 0,2 a 25°C. Semeadura – A inoculação do meio se faz por picada central até a profundidade, seguida de

espelhamento em estrias estreitas na superfície. Incubar a temperatura de 35 a 37 °C por 18 a 24 horas. Interpretação: (1) Base inalterada: glicose não fermentada. A base vira para amarelo (reação ácida) em caso

contrário. Se houver produção de gás surgem algumas bolhas ou mesmo ocorre deslocamento do meio de cultura.

(2) Se a superfície permanece inalterada ou se torna vermelha (reação alcalina): a lactose e a sacarose não foram fermentadas. A superfície vira para amarelo (reação ácida) em caso contrário (fermentação da lactose e/ou sacarose).

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(3) A produção de H2S se traduz por escurecimento do meio na junção da base com o bisel. Em cepas que produzem pouco H2S o escurecimento se limita a picada.

9 – Ágar Verde Brilhante (BPLS) Proteose-peptona nº 3..................................................................................................................................10 g Extrato de levedo .......................................................................................................................................3,0 g Cloreto de sódio .........................................................................................................................................5,0 g Lactose .......................................................................................................................................................10,0 g Sacarose .....................................................................................................................................................10,0 g Vermelho de fenol ...................................................................................................................................0,08 g Verde Brilhante ....................................................................................................................................0,0125 g Ágar ............................................................................................................................................................20,0 g Dissolver 58,0 g em um litro de água deionizada ou destilada, esterilizar à 121 °C por 15 minutos.

Adicionar 1 ml da solução aquosa de novobiocina a 4% em um litro de meio antes do plaqueamento. Distribuir 15 a 20 ml por placa.

pH final: 6,9 + 0,2 a 25°C. 10 – Caldo Cérebro e Coração (BHI)

Infusão de cérebro de boi desidratado ..................................................................................................12,5 g Infusão de coração de boi desidratado ...................................................................................................5,0 g Proteose – peptona....................................................................................................................................10,0 g Cloreto de sódio .........................................................................................................................................5,0 g Fosfato dissódico ........................................................................................................................................2,5 g Glicose .........................................................................................................................................................2,0 g Dissolver 37 g em um litro de água deionizada ou destilada. Distribuir em tubos ou frascos.

Esterilizar à 121°C por 15 minutos. pH final: 7,4 + 0,2 a 25 °C.

11 – Caldo Malonato Sulfato de amônia ......................................................................................................................................2,0 g Fosfato dibásico de potássio ....................................................................................................................0,6 g Fosfato monobásico de potássio ..............................................................................................................0,4 g Cloreto de sódio .........................................................................................................................................2,0 g Malonato de sódio .....................................................................................................................................3,0 g Azul de bromotimol ..............................................................................................................................0,025 g Dissolver 8 g em um litro de água destilada ou deionizada. Distribuir 3 ml em tubos. Esterilizar a

121°C por 15 minutos. pH final: 6,7 + 0,2 a 25°C. Semeadura – inocular a partir de uma cultura de 18 a 24 horas em ágar nutritivo. Incubar a

temperatura de 35 a 37°C. Observar até 72 horas. Interpretação – Uma viragem da cor verde amarelada para a azul (alcalinização) indica a utilização

do malonato. 12 – Caldo para descarboxilação da Lisina e Ornitina e desidrolação de Arginina (Base Moeller)

Peptona ........................................................................................................................................................5,0 g Extrato de carne .........................................................................................................................................5,0 g Glicose .........................................................................................................................................................0,5 g Púrpura de bromocresol ...........................................................................................................................0,01g Vermelho de cresol ................................................................................................................................0,005 g Piridoxal ..................................................................................................................................................0,005 g Dissolver 10,5 g em um litro de água deionizada ou destilada. Aquecer até dissolução completa.

Dividir o meio em 4 alíquotas idênticas. Adicionar 2,5 g (1%) de L-lisina, L-arginina e L-ornitina, sendo que a última fração não receberá nenhum aminoácido, funcionando como controle. No caso do uso de DL-aminoácidos dobrar a concentração (2%).

pH final: 6,0 + 0,2 a 25ºC. Obs: A ornitina é extremamente ácida, devendo ser feito o reajuste do pH com 1,15 ml de NaOH a

1N por 250 ml de meio. Distribuir 4 a 5 ml em tubos de 13 x 100 mm. Esterilizar a 121°C por 10 minutos. Semeadura – Inocular a partir de uma cultura de 18 a 24 horas em ágar nutritivo. Incluir o tubo

controle. Cobrir, assepticamente, a superfície dos mesmos com 4 a 5 mm de óleo mineral estéril. Incubar a temperatura de 35 a 37 °C. Observar até 96 horas.

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Interpretação – Uma viragem de púrpura para amarelo para púrpura (realcalinização do meio) indica a utilização do aminoácido. O testemunho e a prova negativa permanecem amarelos (reação ácida).

13 – Caldo base para a fermentação de carboidratos Triptona .......................................................................................................................................................5,0 g Peptona de carne ........................................................................................................................................5,0 g Cloreto de sódio .........................................................................................................................................5,0 g Verme lho de fenol ................................................................................................................................ 0,018 g Dissolver 15 g em um litro de água destilada ou deionizada. Distribuir em tubos (com tubos de

Durhan caso o carboidrato a ser incorporado seja a glicose). Esterilizar a 121°C por 15 minutos. Acrescentar, assepticamente, glicose, manitol, lactose e sacarose na concentração final de 1% e dulcitol e maltose a 0,5%.

pH final: 7,4 + 0,2 a 25 °C. Semeadura – inocular os tubos com uma gota de suspensão tênue bacteriana. Incubar na temperatura

de 35 a 37°C, por 18 a 24 horas. Observar por alguns dias. Interpretação – A cor amarela (reação ácida) indica a utilização do carboidrato. Na glicose pode-se

observar a produção de gás (bolha no tubo de Durham). Preparo da solução concentrada de carboidrato: Carboidrato ..................................................................................................................................................2,5 g Água destilada ........................................................................................................................................ 10,0 ml Dissolver e filtrar em seringa descartável acoplada a um filtro com membrana de 0,22? .

14 – Caldo Rappaport – Vassiliadis Peptona caseína...........................................................................................................................................4,0 g Peptona de soja ...........................................................................................................................................1,0 g Cloreto de magnésio ................................................................................................................................29,0 g Cloreto de sódio .........................................................................................................................................8,0 g Fosfato dipotássico.....................................................................................................................................0,4 g Fosfato monopotássico .............................................................................................................................0,6 g Verde malaquita .....................................................................................................................................0,036 g Dissolver 43 g em um litro de água destilada ou deionizada. Distribuir em tubos ou frascos.

Esterilizar a 115 °C por 15 minutos. pH final: 5,5 + 0,1 a 25°C.

15 – Caldo Tetrationato Proteose-peptona ........................................................................................................................................5,0 g Mistura de sais biliares .............................................................................................................................1,0 g Carbonato de cálcio .................................................................................................................................10,0 g Tiossulfato de sódio ................................................................................................................................30,0 g Dissolver 46 g em um litro de água deionizada ou destilada, estéril. Aquecer até a fervura. Não

autoclavar. Distribuir em tubos ou frascos estéreis. pH final: 8,4 + 0,2 a 25°C Antes da utilização, acrescentar para cada 100 ml do meio, 2 ml da solução iodo-iodetada, 1 ml da

solução aquosa de verde brilhante a 0,1% e 0,1 ml da solução aquosa de verde brilhante a 0,1% e 0,1 ml da solução aquosa de novobiocina a 4%.

Solução Iodo-Iodetada: Iodo ..............................................................................................................................................................6,0 g Iodeto de potássio ......................................................................................................................................5,0 g Àgua destilada ...........................................................................................................................................20 ml

16 – Caldo Uréia Extrato de levedura ....................................................................................................................................0,1 g Fosfato de potássio ....................................................................................................................................9,1 g Fosfato dissódico .......................................................................................................................................9,5 g Uréia ...........................................................................................................................................................20,0 g Vermelho fenol .........................................................................................................................................0,01 g Dissolver 38,7 g em um litro de água destilada ou deionizada, estéril. Esterilizar por filtração.

Distribuir 2 ml por tubo estéril. pH final: 6,8 + 0,1 a 25°C. Semeadura – Fazer inoculo denso e incubar a temperatura de 35 a 37ºC por 18 a 24 horas. Interpretação – Uma viragem da cor laranja para vermelho-cereja indica a presença de urease.

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17 – Leite desnatado Dissolver 100 g de leite em pó desnatado em um litro de água destilada ou deionizada. Distribuir em

tubos ou frascos estéreis. Esterilizar em vapor fluente por 15 minutos. pH final: 7,0 + 0,2 a 25 °C

18 – Meio de transporte Cary e Blair Tioglicolato de sódio .................................................................................................................................1,5 g Fosfato dissódico .......................................................................................................................................1,1 g Cloreto de sódio .........................................................................................................................................5,0 g Ágar ..............................................................................................................................................................5,0 g Dissolver 12,6 g em 991 ml de água destilada ou deionizada. Esfriar a 50°C, acrescentar 9 ml de

solução aquosa de cloreto de cálcio a 1%. Ajustar o pH para 8,4. Distribuir em tubos ou frascos estéreis. Esterilizar em vapor fluente por 15 minutos.

19 – Meio de Clark e Lubs Peptona ........................................................................................................................................................5,0 g Fosfato dibásico de potássio ....................................................................................................................5,0 g Glicose .........................................................................................................................................................5,0 g Dissolver 15,0 g em um litro de água deionizada ou destilada. Distribuir 3 a 5 ml em tubos.

Esterilizar à 121°C por 15 minutos. pH final: 6,9 + 0,2 a 25°C. Semeadura – inocular a partir de uma cultura de 18 a 24 horas em ágar nutriente. Incubar aa

temperatura de 35 a 37°C. ?? Prova do vermelho de metila (VM) Após 2 dias de incubação adicionar 3 a 5 gotas do reagente. Interpretação: Cor vermelho (pH inferior a 4,2): reação positiva (VM+). Cor amarela (pH superior a 6,3): reação alcalina (VM -) Reagente: Vermelho de metila ...................................................................................................................................0,1 g Álcool etílico a 95 % ............................................................................................................................300,0 ml Dissolver e completar para o volume de 500 ml com água destilada. ?? Prova de Voges – ProsKauer Após 2 dias de incubação adicionar 0,6 ml do reagente A e 0,2 ml do reagente B. Agitar e aguardar

15 minutos. Interpretação: Cor vermelha – presença de acetilmetilcarbinol (acetoína) – reação positiva (VP+) Cor amarela – reação negativa (VP-). Reagente A Alfa-naftol ....................................................................................................................................................5,0 g Álcool etílico absoluto.........................................................................................................................100,0 ml Reagente B Hidróxido de potássio .............................................................................................................................40,0 g Água destilada ......................................................................................................................................100,0 ml Obs: Estocar os 3 reagentes a 4°C e ao abrigo da luz.

20 – Meio SIM Peptona........................................................................................................................................................30,0g Extrato de carne .........................................................................................................................................3,0 g Citrato de ferro amoniacal ........................................................................................................................0,2 g Tiossulfato de sódio ..............................................................................................................................0,025 g Ágar ..............................................................................................................................................................3,0 g Dissolver 36 g em um litro de água destilada ou deionizada. Distribuir em tubos (4 cm de altura).

Esterilizar a 121°C por 15 minutos. Solidificar em posição vertical. pH final: 7,3 + 0,2 a 25°C. Semeadura – A inoculação do meio se faz por picada central atingindo 1 cm de profundidade.

Incubar a temperatura de 35 a 37°C por 18 a 24 horas. Interpretação: (1) A presença de H2S se traduz por escurecimento do meio no ponto ou ao redor da picada.

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(2) O crescimento limitado ao ponto da picada significa que a cepa é imóvel, enquanto que o crescimento difuso representa motilidade.

(3) A pesquisa de indol será feita pela adição de algumas gotas do reativo de Kovacs: anel vermelho +, anel amarelo.

20.1 – Reativo de Kovacs Para-dimetil-aminobenzaldeido (PDAB) ...............................................................................................5,0 g Álcool amílico ou iso-amílico .............................................................................................................. 75,0 ml Ácido clorídrico concentrado .............................................................................................................. 25,0 ml Dissolver o PDAB no álcool em banho-maria a 60°C. Resfriar e adicionar lentamente o ácido

clorídrico (gota a gota). Estocar ao abrigo da luz.

RETIFICAÇÃO No anexo I da Portaria n° 126, de 3/11/95, publicado no D.O. de 6/11/95, Seção 1, págs. 17694 a

17698. No subitem 1.1.1.2 – Enriquecimento seletivo – Onde se lê: Homogeneizar o material e incubar 2g

em 20 ml de Caldo Tetrationato e 0,2 g em 20 ml de Caldo Rappaport-Vassiliadis, Incubar a temperatura de 42 a 43°C por 18 a 24 horas. Leia-se: Homogeneizar o material e incubar 2g em 20 ml de Caldo Tetrationato e 0,2 g em 20 ml de Caldo Rappaport-Vassiliadis. Incubar a temperatura de 42 a 43°C por 18 a 24 horas e também à 35 a 37°C.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 9 DE JANEIRO DE 2002 - Normas Técnicas Para Controle e Certificaçãode Núcleos e Estabelecimentos Avícolas Como Livre de Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e para Salmonella

Typhimurium

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, inciso IV, do Regimento da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998, tendo em vista o que dispõe a Portaria Ministerial nº 193, de 19 de setembro de 1994, que cria o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), e o que consta do Processo nº 21000.006463/2001-44, resolve:

Art. 1º Aprovar as “Normas Técnicas para Controle e Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas, como Livres de Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e para Salmonella Typhimurium” , em anexo.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Fica revogada a Instrução Normativa nº 22, de 12 de agosto de 1999.

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA ANEXO

“NORMAS TÉCNICAS PARA CONTROLE E CERTIFICAÇÃO DE NÚCLEOS E ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS, como livres de Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e para Salmonella Typhimurium.”

Introdução

1. Estas normas definem as medidas de monitoramento das salmoneloses em estabelecimentos avícolas de controle permanentes e eventuais (exceto postura comercial, frango de corte e ratitas), que procedem ao comércio

Capítulo I

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ou à transferência nacional e internacional de seus produtos, destinados à reprodução e produção de aves e ovos férteis, ficando os mesmos obrigados a procederem ao monitoramento de seus plantéis, obedecendo às diretrizes do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). 2. Para proceder ao comércio nacional e internacional e à transferência, no âmbito nacional de seus produtos, o núcleo ou estabelecimento avícola deverá estar certificado como livre de Salmonella Gallinarum e Salmonella Pullorum e livre ou controlado para Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium. 3. Os núcleos dos estabelecimentos de linhas puras, bisavoseiros e avoseiros deverão apresentar-se livres das quatro salmonelas. 4. Os núcleos dos estabelecimentos matrizeiros deverão ter a condição mínima de livres de Salmonella Gallinarum e Salmonella Pullorum e controlados para Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium. 5. Os estabelecimentos importadores ou compradores de material genético de linhas puras, bisavós e avós deverão obter previamente a garantia ou certificação de origem de livres para as salmonelas constantes desta norma.

Capítulo II Das Definições

1. Para efeito destas normas, entende-se: 1.1. Lote: grupo de aves de mesma finalidade, origem e idade, alojado em um ou vários galpões . 1.2. Boxes: são divisões físicas dentro de um galpão. 1.3. Galpão: é a unidade física de produção avícola, caracterizada como unidade de um núcleo, que aloja um grupo de reprodutores, aves de corte ou poedeiras comerciais, da mesma idade (exceção das linhas puras de seleção genética) e da mesma espécie. 1.4. Aves comerciais: geração de aves destinadas ao abate e/ou produção de ovos para consumo. 1.5. Núcleo de reprodução: é a unidade com área física adequadamente isolada, de manejo comum, constituída de um ou mais galpões. 1.6. Estabelecimento avícola: é o local onde são mantidas as aves para qualquer finalidade, podendo ser constituído de um ou vários núcleos. 1.6.1.Estabelecimentos avícolas de controles permanentes: são as granjas de seleção genética de reprodutoras primárias (linhas puras), granjas bisavoseiras, granjas avoseiras, granjas matrizeiras, granjas de aves reprodutoras livres de patógenos específicos (SPF) e os incubatórios destes estabelecimentos. 1.6.2. Estabelecimentos avícolas de controles eventuais: são os estabelecimentos avícolas produtores de ovos comerciais, de frango de corte, de exploração de outras aves silvestres, e/ou ornamentais, e/ou exóticas, e/ou não, e os incubatórios destes estabelecimentos. 1.7. Serviço oficial: é o Serviço de Defesa Sanitária Animal Federal, Estadual e Municipal. 1.8. Laboratórios oficiais: são os laboratórios da rede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). 1.9. Laboratórios credenciados: são laboratórios de outras instituições federais, estaduais, municipais ou privados, que tenham sido habilitados e reconhecidos pelo MAPA, para a realização de diagnóstico laboratorial dos agentes das doenças a que se referem estas normas. 1.10. Fiscal Federal Agropecuário ou Médico Veterinário oficial: é o médico veterinário do Serviço de Defesa Sanitária Animal Federal. 1.11. Médico Veterinário oficial: é o fiscal federal agropecuário ou o médico veterinário do serviço oficial. 1.12. Médico Veterinário oficial para certificação: é o fiscal federa l agropecuário ou médico veterinário oficial do Serviço de Defesa Sanitária Animal. 1.13. Médico Veterinário Credenciado: é o médico veterinário oficial, estadual e municipal, privado ou profissional liberal, que recebeu delegação de competência do serviço oficial federal para emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA). 1.14. Responsável Técnico: é o médico veterinário responsável pelo controle higiênico-sanitário dos plantéis do estabelecimento avícola. 1.15. Monitoramento dos plantéis: é o acompanhamento sanitário e análise laboratorial, por meio de testes sorológicos e outras provas, em outros materiais biológicos ou não, e análises epidemiológicas das condições de saúde das aves alojadas em um estabelecimento avícola. 1.16. MAPA:Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 1.17. SDA:Secretaria de Defesa Agropecuária. 1.18. DDA:Departamento de Defesa Animal. 1.19. CLA:Coordenação de Laboratório Animal.

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1.20. PNSA:Programa Nacional de Sanidade Avícola, Programa estabelecido na SDA/DDA. 1.21. DIPOA: Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. 1.22. DFA:Delegacia Federal de Agricultura. 1.23. SSA:Serviço de Sanidade Animal. 1.24. SIF:Serviço de Inspeção Federal.

Capítulo III Das Exigências a Serem Cumpridas pelos Estabelecimentos Avícolas

1. Para atender ao PNSA, os estabelecimentos avícolas de controles permanentes e eventuais deverão: 1.1. Obter registro e habilitação do estabelecimento na DFA do estado em que se localiza o estabelecimento. 1.2. Estar sob vigilância e controle do Serviço de Sanidade Animal da DFA e/ou da Secretaria Estadual de Agricultura do estado em que se localiza o estabelecimento avícola. 1.3. Ser assistido por médico veterinário responsável técnico, registrado junto à DFA, no estado em que se localiza o estabelecimento. 2. O estabelecimento avícola participante do PNSA não poderá utilizar: 2.1. Vacina de qualquer natureza contra as salmoneloses, em estabelecimentos de controles permanentes; 2.2. Qualquer vacina preparada com adjuvante oleoso, durante as quatro semanas que antecedem os testes; 2.3. Qualquer droga, para a qual exista evidência científica que possa interferir nos resultados dos testes sorológicos e/ou dificultar o isolamento das salmonelas, no período de três semanas, que antecede os testes; 2.4 . Nos estabelecimentos matrizeiros, nos casos excepcionais avaliados pelo DDA, que estejam sob tratamento medicamentoso para S. Enteritidis e S. Typhimurium, sob acompanhamento do MAPA, a avaliação será realizada de acordo com o capítulo VIII destas normas. 3. Só poderão ser utilizados antígenos e soros de controle registrados no MAPA, observados os prazos de validade. 4. Somente poderão utilizar outras provas laboratoriais, quando devidamente aprovadas pelo PNSA. 5. Os estabelecimentos avícolas deverão fornecer mensalmente um calendário de colheitas e encaminhar à DFA do estado onde se localiza, com o cronograma de nascimento, de importação e as datas das colheitas rotineiras de material pelo responsável técnico para fiscalização e supervisão do Serviço Oficial.

Capítulo IV Da Certificação de Núcleos e/ou Estabelecimentos Avícolas

1. Certificação dos núcleos e/ou estabelecimentos avícolas: 1.1. Livres de Salmonella Gallinarum e Salmonella Pullorum (Tifo-Pulorose); 1.2. Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium.

Capítulo V Das Provas Laboratoriais

1. As provas utilizadas no monitoramento e diagnóstico laboratorial, nas diferentes etapas do processo, são: 1.1. Aglutinação Rápida em Placa, com sangue total (hemoaglutinação) ou soro (Soroaglutinação - SAR); 1.2. Aglutinação Lenta em Tubos (ALT) ou Microaglutinação; 1.3. Diagnóstico Bacteriológico. 2. A realização e a interpretação das provas laboratoriais citadas no item anterior deverão obedecer aos critérios estabelecidos em atos legais, normas e regulamentos técnicos específicos do MAPA. 3. As provas laboratoriais somente serão aceitas quando realizadas em laboratório oficial e/ou credenciado pelo MAPA para este fim, identificando o antígeno, o número da partida e a quantidade utilizada. 4. O teste de Aglutinação Rápida em Placa com sangue total (hemoaglutinação) é considerado teste de campo, sendo realizado ou supervisionado pelo fiscal federal agropecuário ou médico veterinário responsável técnico pelo estabelecimento avícola, junto ao MAPA. 5. Outras provas laboratoriais poderão ser utilizadas, desde que previamente aprovadas pelo DDA/SDA.

Capítulo VI Da Colheita de Amostras e Encaminhamento para Realização de Provas Laboratoriais

1. As colheitas para o monitoramento oficial somente serão aceitas quando executadas pelo fiscal federal agropecuário, ou por médico veterinário oficial ou por profissional do estabelecimento avícola, sob fiscalização e supervisão oficial.

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2. Para efeito de certificação, serão analisadas pelo SSA/DFA do estado em que se localiza o estabelecimento avícola as amostras encaminhadas pelo médico veterinário responsável técnico da empresa junto ao MAPA e/ou a colheita aleatória realizada pelo serviço oficial. 3. Todo material destinado a provas laboratoriais deverá estar, obrigatoriamente, lacrado e acompanhado de formulário de colheita padronizado pelo DDA/SDA, devidamente preenchido, assinado pelo responsável técnico junto ao MAPA e/ou pelo fiscal federal agropecuário ou médico veterinário oficial. 4. A colheita oficial de material deverá ser aleatória entre os diferentes galpões do mesmo núcleo, para os testes sorológicos, provas biológicas em aves SPF ou ovos embrionados ou provas bacteriológicas. 5. Visando ao acompanhamento do estado sanitário e à manutenção da certificação, além das colheitas regulares nos estabelecimentos de linhas puras, bisavoseiros e avoseiros, o acompanhamento deverá ser realizado diretamente pelo fiscal federal agropecuário ou médico veterinário oficial, realizando colheitas aleatórias em duplicata, no mínimo uma vez ao ano, para posterior envio a um laboratório credenciado ou oficial, para análise laboratorial. 6. A critério do Serviço de Sanidade Animal da DFA e/ou da Secretaria Estadual de Agricultura, no estado onde se localiza o estabelecimento avícola, poderão ser colhidas, a qualquer tempo, na presença do fiscal federal agropecuário ou médico veterinário oficial, amostras aleatórias em duplicata, para serem submetidas a provas laboratoriais, respeitando os critérios e as normas de segurança biológica, em laboratórios oficiais ou credenciados pelo MAPA para este fim. 7. O envio do material do monitoramento oficial poderá ser feito para qualquer um dos laboratórios credenciados pelo MAPA para este fim, a critério do fiscal federal agropecuário ou do médico veterinário oficial responsável pela colheita. 8. O MAPA estabelecerá um sistema de sorteio aleatório das amostras oficiais e dos laboratórios credenciados pelo MAPA para este fim e laboratórios oficiais, que será seguido pelo fiscal federal agropecuário ou médico veterinário oficial responsável pela colheita. 9. Os custos de pagamento das colheitas oficiais para provas laboratoriais e do envio para laboratório, credenciado pelo MAPA para este fim ou laboratório oficial, serão de responsabilidade da empresa interessada na certificação. 10. As colheitas aleatórias realizadas pelo serviço oficial poderão ou não atender os cronogramas de exames das empresas, ficando o fiscal federal agropecuário ou médico veterinário oficial responsável pela realização da colheita ou supervisão da mesma, pelo lacre do material, devendo a empresa fornecer os materiais e meios necessários para realização dessa atividade. 11. Para aves ornamentais ou silvestres de produção, serão adotados os mesmo s critérios utilizados para matrizes.

Capítulo VII Da Realização das Provas Laboratoriais dos Núcleos para Certificação

1. O esquema de provas laboratoriais por núcleo para Certificação de Núcleos e/ou Estabelecimentos Avícolas Livres de Salmonella Gallinarum e Salmonella Pullorum, e Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium, consistirá de: 1.1. Em aves ou ovos férteis de reprodução e produção comercial para reposição de plantéis avícolas importados: 1.1.1. A colheita de amostras será realizada no ponto de ingresso, e as provas laboratoriais realizadas de acordo com o disposto nas normas específicas para importação e exportação de aves e ovos férteis, destinados à reprodução e produção comercial e para reposição de plantéis avícolas. 1.1.2. As aves produzidas a partir de linhas puras e bisavós, nascidas no Brasil, seguirão o mesmo procedimento citado no item 1.1.1 deste capítulo, tendo sua primeira colheita realizada no incubatório no momento do nascimento, pelo Serviço de Sanidade Animal da DFA do estado em que está localizado, e enviada ao laboratório oficial. 1.2. Monitoramento sanitário dos plantéis avícolas 1.2.1. Aves de 03 (três) a 05 (cinco) dias: 1.2.1.1. Diagnóstico bacteriológico nas aves mortas, identificando as linhas genéticas, no máximo cinqüenta aves e suabes de cama (1 “pool” dos círculos existentes em cada galpão) e de papel (ou sepilho) das caixas de transporte. 1.2.2. Aves reprodutoras de doze semanas: 1.2.2.1. Diagnóstico bacteriológico: deverá ser realizado de, no mínimo, uma das amostras definidas a seguir, dependendo da viabilidade e possibilidade de colheita dos materiais:

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?? um “pool” de cinqüenta suabes cloacais, sendo um para cada duas aves, em um total de cem aves por núcleo;

?? um “pool” de cem amostras de fezes frescas por núcleo; ?? um “pool” de dois suabes de arrastro por galpão do núcleo. 1.2.2.2. Soro Aglutinação Rápida (SAR) ou Hemoaglutinação ?? em cem amostras por núcleos. Deverá ser complementada, quando reagente, com Soroaglutinação Lenta em

Tubos ou Microaglutinação. 1.2.3. Aves reprodutoras em início de produção, com no mínimo cerca de 5% de postura: 1.2.3.1. Linhas puras, bisavós e avós 1.2.3.1.1. Prova de hemoaglutinação ou SAR em 100% das aves. Deverá ser complementada quando reagentes, com Aglutinação Lenta em Tubos ou com a Microaglutinação. 1.2.3.1.2. Diagnóstico bacteriológico: utilizar o mesmo critério descrito no item 1.2.2.1. deste capítulo. 1.2.3.2. Matrizes 1.2.3.2.1. Prova de hemoaglutinação ou SAR em quinhentas amostras por núcleo. Deverá ser complementada, quando reagente, com a Aglutinação Lenta em Tubo ou Microaglutinação. 1.2.3.2.2. Diagnóstico bacteriológico: utilizar o mesmo critério descrito no item 1.2.2.1. deste capítulo. 1.2.4. Controle periódico a cada três meses. 1.2.4.1. Estabelecimentos de controles permanentes: 1.2.4.1.1. Diagnóstico bacteriológico: utilizar o mesmo critério descrito no item 1.2.2.1. deste capítulo 1.2.4.1.2. Diagnóstico Bacteriológico em 1 “pool” de vinte ovos bicados e em cinqüenta mililitros de mecônio (colhidos no incubatório), referentes ao núcleo que está sendo amostrado. 1.2.4.1.3. hemoaglutinação ou SAR em cem amostras por núcleo. Deverá ser complementada, quando reagente, com a Aglutinação Lenta em Tubos ou Microaglutinação. Observação: a) as repetições serão realizadas a cada três meses de intervalo, até a eliminação do lote, permitindo-se uma variação de até duas semanas, de forma a adequar a colheita de sangue a outras práticas de manejo. 1.2.4.2. Estabelecimentos de controles eventuais para aves silvestres e/ou ornamentais (controle periódico a cada 03 (três) meses): 1.2.4.2.1. Diagnóstico bacteriológico: utilizar o mesmo critério descrito no item 1.2.2.1. deste capítulo. 1.2.4.2.2. Diagnóstico Bacteriológico em 1 “pool” de até vinte ovos bicados e em até cinqüenta mililitros de mecônio (colhidos no incubatório). 1.2.4.2.3. Hemoaglutinação ou SAR em Placa em até cem amostras ou 100% em populações menores, exceto aves de pequeno porte. Deverá ser complementada, quando reagente, com a Aglutinação Lenta em Tubos ou Microaglutinação. A amostragem será calculada com base estatística caso a caso. 2. Detectando-se a presença de aves reagentes sorologicamente, na Aglutinação Lenta em Tubos ou na Microaglutinação, deverá ser adotado o seguinte procedimento: 2.1. Em estabelecimentos de controle permanente: 2.1.1. Isolamento e identificação das aves reagentes, sacrifício e posterior envio das aves colhidas e armazenadas sob refrigeração, para diagnóstico bacteriológico, obedecendo aos seguintes critérios: 2.1.1.1. Se em número inferior a quatro aves, encaminhar amostras individuais; 2.1.1.2. Se em número superior a quatro aves, encaminhar “pools” de cinco amostras de até vinte aves. 2.2. Em estabelecimentos de controles eventuais de aves silvestres e/ou ornamentais: 2.2.1. Aves de pequeno e médio porte: colher suabe de cloaca e fezes de todas as aves reagentes, em amostras individuais.

Capítulo VIII

Da Interpretação dos Resultados 1. Em aves ou ovos férteis de reprodutoras importadas e aves de linhas puras, bisavós e avós nascidas no Brasil: 1.1. Constatando, nas colheitas oficiais, positividade para Salmonella Gallinarum, Salmonella Pullorum, Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium – sacrifício/abate do núcleo e eliminação de todos os ovos, incubados ou não, provenientes do(s) núcleo(s) afetado(s). 2. Matrizes: 2.1. Constatando-se, nas colheitas oficiais, positividade para Salmonella Gallinarum, Salmonella Pullorum – sacrifício/abate do núcleo e eliminação de todos os ovos, incubados ou não, dele provenientes.

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2.2. Constatando-se positividade nas colheitas oficiais para Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium, haverá cancelamento da certificação de livre e o núcleo ou estabelecimento avícola passará a ser considerado controlado, desde que atenda aos critérios a seguir: 2.2.1. Suspensão da incubação dos ovos até a obtenção de resultados negativos e adoção dos seguintes critérios nas aves do núcleo afetado: 2.2.1.1. Medicação do núcleo com antibioticoterapia específica para enterobactérias; 2.2.1.2. Esquema de provas laboratoriais, de acordo com os capítulos V e VII, sendo que o primeiro teste deverá ser realizado iniciando cinco dias após o término do antibiótico terapia. Em caso de positividade, repete-se a antibioticoterapia e o esquema de teste inicial, repetindo tais procedimentos até a obtenção de negatividade. A partir da primeira negativação, permite-se o retorno à incubação. O esquema de teste com o intervalo de sessenta dias até o descarte do núcleo de aves, não permitindo a venda destas aves para utilização ou transferência reprodutiva. 2.2.1.3. Por serem patogênicas para o homem, seus produtos não poderão ser comercializados para consumo humano, salvo quando houver autorização do DDA e do DIPOA e os produtos em questão forem industrializados em estabelecimento com SIF. 2.2.1.4. O resultado negativo em dois retestes permitirá a certificação de núcleo ou estabelecimento avícola em sendo como controlado para Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium, podendo ser comercializadas as aves de um dia ou ovos férteis exclusivamente no território nacional. 2.2.1.5. Os estabelecimentos considerados controlados deverão adotar um reforço nas medidas de biossegurança, tais como: 2.2.1.5.1. Os núcleos considerados controlados não poderão comercializar seus produtos internacionalmente, devendo a produção e incubação do núcleo ficar sob observação e acompanhamento até o final do ciclo produtivo. 2.2.1.5.2. Estar protegido por cercas de segurança e com um único acesso, dotado de sistema de lavagem e desinfecção dos veículos. 2.2.1.5.3. Possuir critérios para o controle rígido de trânsito e de acesso de pessoas (portões, portas, portarias, muros de alvenaria e outros). 2.2.1.5.4. Ter as superfícies interiores das instalações construídas de forma que permitam limpeza e desinfecção adequadas. 2.2.1.5.5. Dispor de meios devidamente aprovados pelo MAPA e dos órgãos competentes de controle ambiental para destinação dos resíduos da produção (aves mortas, estercos, restos de ovos, embalagem etc.) e outros. 2.2.1.5.6. Ter isolamento entre os diferentes setores de categoria de idade, separados por cercas e/ou cortina de árvores não-frutíferas, com acesso único restrito, com fluxo controlado, com medidas de biossegurança, dirigido à área interna, para veículos, pessoal e material. 2.2.1.5.7. Permitir entradas de pessoas, veículos, equipamentos e materiais nas áreas internas dos estabelecimentos somente quando cumpridas rigorosas medidas de biossegurança. 2.2.1.5.8. Deverão ser adotadas medidas de controle de efluentes líquidos, através de fossas sépticas, observados os afastamentos de cursos da água e lençóis freáticos para evitar contaminações. 2.2.1.5.9. Controle físico-químico e microbiológico da água realizado em laboratório público. 3. Aves silvestres e aves ornamentais de produção comercial: serão adotados os mesmos critérios adotados para matrizes. 4. Mesmo tendo sido obedecidas todas as exigências anteriores, havendo mortalidade elevada nos primeiros dias do lote, o estabelecimento avícola deverá informar ao serviço oficial que definirá o encaminhamento do material de cerca de trinta aves mortas ou agonizantes para um laboratório oficial ou credenciado pelo MAPA, com o objetivo de isolamento da Salmonella Gallinarum e Salmonella Pullorum. Havendo confirmação do diagnóstico, será determinado o sacrifício das aves do núcleo e a investigação epidemiológica oficial buscando a origem.

Capítulo IX Do Encaminhamento dos Resultados

1. Os resultados dos testes laboratoriais deverão ser emitidos em formulário próprio, padronizado pelo MAPA, e comunicados seguindo o fluxograma determinado: 1.1. Resultado negativo: enviar FAX ou outro tipo de comunicação imediata, para o Médico Veterinário Oficial Requisitante e para o estabelecimento avícola.

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1.2. Resultado positivo: enviar FAX ou outro tipo de documentação imediata ao DDA e ao Serviço de Sanidade Animal/SSA/DFA, onde se localiza o estabelecimento, que notificará o mesmo.

Capítulo X Da Certificação dos Estabelecimentos

1. Quando os resultados das provas laboratoriais referidas nos capítulos VII e VIII destas normas forem negativos para o núcleo ou estabelecimento avícola, o Serviço Oficial procederá à certificação do núcleo ou do estabelecimento avícola livre para Salmonella Gallinarum e Salmonella Pullorum e livre ou controlado para Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium. 2. O estabelecimento avícola certificado como núcleo livre ou controlado somente estará habilitado ao comércio de aves ou ovos férteis procedentes deste núcleo certificado. 3. O estabelecimento avícola que obtiver o certificado de estabelecimento livre ou controlado estará habilitado a proceder ao comércio de aves e/ou ovos férteis de todos os núcleos. 4. Será emitido pela DFA um Certificado Sanitário, conforme um modelo padronizado pelo MAPA, para os núcleos ou estabelecimentos livres ou controlados para os agentes tratados nesta norma, após realização mínima de três testagens. 5. Este certificado terá sua validade condicionada à manutenção da situação sanitária do núcleo ou do estabelecimento avícola. 6. Caso a situação sanitária do plantel seja alterada, o certificado terá sua validade cancelada, podendo retornar à situação anterior, após avaliação do SSA/DFA e/ou da Secretaria Estadual de Agricultura, do estado onde se localiza o estabelecimento avícola.

Capítulo XI Das Disposições Gerais

1. As provas laboratoriais sorológicas são sempre de triagem, podendo ocorrer reações cruzadas inespecíficas. Portanto, apenas a identificação do agente é considerada conclusiva para a confirmação da presença dos quatro sorovares das salmonelas referidas na presente norma. 2. Todas as salmonelas isoladas deverão ser, obrigatoriamente, enviadas ao laboratório oficial e/ou de referência de salmonelas aviária s, para serem investigadas sob os aspectos epidemiológicos/ microbiológicos. 3. Fica proibida a comercialização para consumo humano de ovos fecundados não-incubados, procedentes de incubatórios, salvo quando autorizados pelo DDA e destinados a processamento industrial sob fiscalização do SIF, segundo as normas do DIPOA. 4. Das medidas de biossegurança na incubação: 4.1. Fica proibida a incubação de ovos férteis de bisavós, avós e matrizes na mesma máquina e no mesmo período, devendo ser atendidos os critérios sanitários de linhagem superior. 4.2. Fica proibida a incubação de ovos férteis de bisavós e avós em incubatórios que eclodem pintos comerciais. 4.3. A incubação dos ovos dos núcleos de matrizes controlados para Salmonella Enteritidis e S. Typhimurium deverá ser realizada em máquinas separadas da realizada para dos núcleos livres. 5. No caso de realização de abate dos núcleos positivos para os agentes desta norma, os mesmos deverão ser realizados em abatedouros com SIF, segundo as normas do DIPOA, o u sob orientação do SIF/DIPOA. 6. O Serviço de Sanidade Animal da DFA, do estado em que se localiza o estabelecimento avícola, e as Secretarias Estaduais de Agricultura são os organismos responsáveis, na sua área de atuação e competência, pela definição das medidas apropriadas para a solução dos problemas de natureza sanitária, observando o estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária Animal e no PNSA, da Secretaria de Defesa Agropecuária. 7. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na aplicação desta norma, e em atos complementares, serão dirimidos pelo DDA.

??RETIFICAÇÃO PUBLICADO NO DOU DE 6 DE MAIO DE 2002, SEÇÃO 1 PAG 85 ( OF.EL nº 54/2002 )

No Anexo da Instrução Normativa n.º 3, de 9 de janeiro de 2002, publicada no DOU n.º 11, Seção 1, página 14, de 16 de janeiro de 2002; que trata das NORMAS TÉCNICAS PARA CONTROLE E CERTIFICAÇÃO DE NÚCLEOS E ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS, como livres de Salmonella Gallinarum e de Salmonella

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Pullorum, e livres ou controlados para Salmonella Enteritidis e para Salmonella Typhimurium; no Capítulo VII, item 1.2.1., onde se lê: aves de 03 (três) a 05 (cinco) dias, leia-se: aves de 01 (um) a 05 (cinco) dias; no item 1.2.2.1., onde se lê . um “pool” de cinqüenta suabes cloacais, sendo um para cada duas aves, em um total de cem aves por núcleo; . um “pool” de cem amostras de fezes frescas por núcleo; . um “pool” de dois suabes de arrastro por galpão do núcleo, leia -se: um “pool” de cinqüenta suabes cloacais, sendo um para cada duas aves, em um total de cem aves por núcleo ou; . um “pool” de cem amostras de fezes frescas por núcleo ou; . um “pool” de dois suabes de arrastro por galpão do núcleo; no Capítulo VIII, onde se lê: Da interpretação dos resultados, leia-se: Da interpretação dos resultados e adoção de medidas de biossegurança e de controle sanitário e no Capítulo XI, item 3 onde se lê: ...salvo quando autorizados pelo DDA e destinados a processamento industrial sob fiscalização do SIF, segundo as normas do DIPOA leia-se: ...salvo quando autorizados pelo DDA e DIPOA segundo as normas específicas sob fiscalização do SIF.

Luiz Carlos de Oliveira

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MICOPLASMOSE AVIÁRIA

PORTARIA Nº 208, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1994 - Normas de

Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Diagnóstico das Micoplasmoses Aviárias

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, SUBSTITUTO, no uso da atribuição que lhe

confere o artigo 78, inciso VII do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 212, de 21 de agosto de 1992, resolve:

Art.1º Aprovar as “Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Diagnóstico

das Micoplasmoses Aviárias”, em anexo. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em

contrário.

MARCUS DA COSTA FERREIRA

ANEXO

NORMAS PARA CREDENCIAMENTO E MONITORAMENTO DE LABORATÓRIOS DE DIAGNÓSTICO DAS MICOPLASMOSES AVIÁRIAS

1. DO CREDENCIAMENTO

Para efeito de credenciamento e monitoramento serão obedecidas as determinações constantes das Portarias da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária/SNAD nº 53 de 20 de maio de 1991 e da Divisão de Laboratório Animal/DLA nº 01 de 14 de agosto de 1991 e demais normas e instruções substitutivas e/ou complementares que vierem a ser baixadas por este Ministério.

2. MATERIAL 2.1. Antígenos e soro padrão 2.2. Conjugados 2.3. Meios de cultura

?? Meio de Frey - caldo ?? Meio de Frey - ágar ?? Meio de Hayflick - caldo ?? Meio de Hayflick - ágar

2.4. Ovos Devem ser utilizados ovos do tipo Livre de Patógenos Específicos - SPF, embrionados

com 8 (oito) a 10 (dez) dias de incubação. Alternativamente, poderão ser utilizados ovos oriundos de plantéis livres de Micoplasmose.

2.5. Amostras a serem testadas 2.5.1. Diagnóstico bacteriológico

2.5.1.1. Animais vivos - “Swab” de fenda palatina - “Swab” de traquéia - “Swab” de cloaca - “Swab” de falus - “Swab” de vagina

2.5.1.2. Animais necropsiados - Pulmões - Seio infraorbital e cornetos - Traquéia - Ovidutos

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- Sacos aéreos - Exudatos dos seios nasais e articulações

2.5.1.3. Embriões mortos - Superfície interna da membrana vitelina

2.5.1.4. Ovos 2.5.1.4.1. Ovos embrionados 2.5.1.4.2. Ovos bicados

- Fenda palatina e sacos aéreos 2.5.2. Diagnóstico imunológico

- Soro sanguíneo - Ovos embrionados

3. RECEBIMENTO DAS AMOSTRAS 3.1. As amostras deverão estar devidamente identificadas e acondicionadas em caixas isotérmicas. 3.2. As amostras deverão estar acompanhadas de um formulário de coleta devidamente preenchido,

conforme modelo estabelecido pela Coordenação de Programa Sanitário - CPS, do Departamento de Defesa Animal - DDA.

3.3. As amostras serão registradas em livro próprio conforme modelo indicado pela Coordenação Geral de Laboratório Animal - CGLA.

3.4. As amostras de tecidos, destinadas ao diagnóstico bacteriológico deverão ser coletadas em pequenas porções e imediatamente submersas em caldo para o micoplasma suspeito.

3.5. Quando as amostras destinadas ao diagnóstico bacteriológico forem coletadas através de “swabs”, os mesmos deverão ser submersos em caldo para o micoplasma suspeito. O transporte deverá ser efetuado sob refrigeração a + 4ºC.

3.6. As amostras destinadas ao diagnóstico bacteriológico deverão estar conservadas a + 4ºC, por não mais que 24 horas.

3.7. As amostras de soro sanguíneo, destinadas ao diagnóstico imunológico deverão ter o volume mínimo de 0,5 ml e estarem conservadas a + 4ºC. Não serão aceitas amostras de sangue total, com a presença de coágulo ou com evidências de contaminação.

3.8. As amostras de soro sanguineo destinadas ao diagnóstico imunológico, deverão ser, obrigatoriamente divididas em duas alíquotas e identificadas, uma como prova e outra com contra-prova.

3.9. A targeta de identificação da contra-prova, conforme modelo indicado pela CGLA, será preenchida e lacrada juntamente com as amostras para contra -prova, o lacre será plástico, numerado e inviolável.

3.10. As amostras de ovos embrionados deverão ser remetidas a fresco e em data não superior a 8 dias após a postura.

4. CONSERVAÇÃO E ESTOCAGEM 4.1. As amostras destinadas ao diagnóstico bacteriológico deverão ser mantidas a temperatura de + 4ºC,

por não mais que 24 horas, até serem processadas. 4.2. As amostras destinadas ao diagnóstico imunológico deverão ser mantidas a temperatura de + 4ºC,

por um período máximo de 3 dias, até serem processadas. 4.3. Após a análise as amostras destinadas ao diagnóstico imunológico deverão ser mantidas a

temperatura de -20ºC, por um período de 30 (trinta) dias.

5. SEGURANÇA BIOLÓGICA 5.1. Após o processamento as amostras destinadas ao diagnóstico bacterioló gico serão destruídas com a

observância dos critérios e normas de segurança biológica. 5.2. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da emissão do resultado, as amostras destinadas ao

diagnóstico imunológico, serão destruídas com a observância dos critérios e normas de segurança biológica.

6. MÉTODOS 6.1. Diagnóstico bacteriológico

6.1.1. Isolamento Em meios de cultura

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Reação em cadeia da polimerase - PCR 6.1.2. Identificação da cultura

Imunofluorescência indireta - IFI Imunofluorescência direta - IFD Inibição do metabolismo - IM Inibição do crescimento - IC Reação em cadeia da polimerase - PCR

6.2. Diagnóstico Imunológico - Soroaglutinação rápida - SAR - Inibição da hemaglutinação - HI

7. DOS RESULTADOS E RELATÓRIOS Toda a documentação referente a livro de registro, laudo de resultado e relatórios deverá ser

arquivada por um período de cinco anos. 7.1. Os resultados dos exames deverão ser emitidos em formulário próprio, segundo modelo

estabelecido pela CGLA, e de acordo com o fluxograma determinado. - RESULTADO NEGATIVO: Enviar FAX ou outro tipo de comunicação imediata, para o Médico Veterinário requisitante: - RESULTADO POSITIVO: Enviar FAX ou outro tipo de comunicação imediata, para: . O Médico Veterinário requisitante; . Comitê Estadual de Sanidade Avícola - CESA . Ao Departamento de Defesa Animal - DDA, em Brasília.

7.2. Todo laboratório credenciado deverá encaminhar até o quinto dia útil do mês subsequente, relatório das atividades mensais, em formulário próprio, segundo modelo estabelecido pela CGLA, à CGLA.

8. REALIZAÇÃO DOS EXAMES DA CONTRA-PROVA 8.1. Somente serão concedidas contra-provas do diagnóstico imunológico. 8.2. A realização de contra-prova somente será efetuada no laboratório realizador do exame. 8.3. A solicitação deverá obedecer ao prazo máximo de 8 dias a contar da data do recebimento do

resultado. 8.4. A contra-prova será solicitada ao CESA, e este o encaminhará ao laboratório realizador do exame. 8.5. O Médico Veterinário requisitante do exame obriga-se a pessoalmente, ou por seu representante, a

acompanhar, assistido ou não por técnicos de sua confiança, aos exames que serão realizados na contra-prova.

8.6. Cabe ao técnico indicado pelo Médico Veterinário requisitante do exame, apenas assistir, fiscalizar e observar a exatidão do resultado dos exames.

8.7. É obrigatória a comunicação ao CESA, da data e horário da realização do exame da contra-prova, podendo o técnico daquele Serviço assistir, fiscalizar e observar a exatidão do resultado.

8.8. A ausência do representante do CESA, não constitui óbice para a realização do mesmo, desde que tenha sido observado o disposto no item 10.6.

8.9. Após a realização do exame, será lavrada uma ata assinada pelos interessados presentes, onde constará o resultado desse exame e a descrição de todo método analítico, nele utilizado.

8.10. A desistência do Médico Veterinário requisitante do exame, ou seu representante, mediante declaração escrita, ou a sua ausência na realização do exame da contra-prova, importará no prevalecimento do resultado obtido no primeiro exame.

8.11. Os custos decorrentes da solicitação da contra-prova, venha esta a ser realizada ou não, correrão por conta do interessado.

9. DO LABORATÓRIO 9.1. O laboratório deve possuir instalações e equipamentos adequados para a realização do Diagnóstico

da Micoplasmose e responsável técnico e substituto deste, devidamente habilitado pela CGLA para a realização dos Diagnósticos.

9.2. As instalações devem fazer parte da mesma base física do laboratório e atender as normas de segurança biológica.

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9.3. Somente poderá assinar o formulário de resultado do exame e o relatório mensal, o responsável técnico ou seu substituto.

10. INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS. Para efeito de credenciamento e monitoramento, o laboratório será vistoriado, devendo atender as

exigências quanto a: 10.1. Instalações

10.1.1.Protocolo O protocolo deverá ser constituído de dois ambientes distintos: - Recepção: Onde serão recebidos, registrados e identificados os materiais a serem

examinados. Deverá ter pessoal próprio que procederá a conferência do material, observando a exatidão dos dados de remessa e o estado de conservação.

- Escritório: Estrutura responsável pela emissão dos laudos de resultado devendo ser obrigatoriamente independente da sala de recepção.

10.1.2.Sala de exame Neste local as amostras serão processadas, incluindo-se sua divisão em amostras de

exame e contra-prova e a realização dos exames bacteriológicos e imunológicos. 10.1.3.Apoio técnico

10.1.3.1. Meios e soluções Este setor estará encarregado do preparo de meios e soluções.

10.1.3.2 - Lavagem e esterilização Este setor atenderá o laboratório procedendo a desinfecção, lavagem,

montagem, esterilização e estocagem do material procedente dos setores de exame, meios e soluções..

10.2. Equipamentos e materiais 10.2.1.Protocolo

10.2.1.1. Recepção - Mesa com superfície resistente a desinfetantes. - Refrigerador.

10.2.1.2. Escritório - Arquivo com chave - Máquina de escrever/Equipamento de informática

10.2.2.Sala de exame - Estufa Bacteriológica - Centrífuga - Microcentrífuga - Microscópio Esterioscópico - Microscópio Ótico com luz fluorescente transmitida ou incidente - Fluxo Laminar vertical - Equipamento de microtitulação - Termoscilador (opcional) - Trasiluminador (opcional) - Conjunto para eletroforese (opcional) - Leitor para Ensaio Imuno Enzimático - ELISA (opcional) - Espectrofotômetro (opcional)

10.2.3.Apoio técnico 10.2.3.1. Meios e soluções

- Agitador magnético com e sem placa aquecedora - Balança analítica - Balança semi-analítica - Carrinho de laboratório (opcional) - Congelador a -20ºC - Deionizador - Destilador - Dispensador de pipetas - Fluxo lâminar horizontal ou câmara asséptica

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- Refrigerador (+4 a 8ºC) - Potenciômetro

10.2.3.2. Lavagem e esterilização . Desinfecção: - Autoclave - Carrinho de laboratório (opcional) . Lavagem: - Depósito para água destilada e/ou água deionizada - Cuba para água sanitária - Destilador - Deionizador (opcional) - Sistema para enxague de material - Sistema para ferver material (vidraria, etc.) - Lavador de pipetas . Montagem: - Estante para secagem do material - Mesa para montagem do material . Esterilização: - Autoclave - Carrinho de laboratório (opcional) - Forno de esterilização . Estocagem: - Refrigerador - Congelador - Estantes e/ou armários

11. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO E SEU SUBSTITUTO Para efeito de credenciamento e monitoramento, o responsável técnico e seu substituto serão

submetidos a avaliação técnico-científica, pela CGLA.

12. DO CREDENCIAMENTO E MONITORAMENTO Após aprovação dos responsáveis técnicos na avaliação técnico-científica, e atendimento às

exigências de instalações e equipamentos na vistoria, o laboratório será credenciado. O monitoramento se fará, utilizando os procedimentos de envio de material para “check-test” e

realização de vistorias técnico-administrativas. O monitoramento também poderá ser realizado por técnicos da CGLA, a partir do processamento

das amostras retidas para contra-prova.

13. 13 - DISPOSIÇÕES GERAIS 13.1. Somente deverá ser liberado resultado definitivo e conclusivo para o Diagnóstico das

micoplasmoses aviárias. 13.2. As técnicas a serem utilizadas para o diagnóstico da micoplasmose aviária deverão ser previamente

submetidas a CGLA, para aprovação. Outos métodos diagnósticos poderão ser utilizados, desde que previamente aprovados pela CGLA.

13.3. O laboratório credenciado que não cumprir o determinado pela presente norma, terá seu credenciamento cancelado ou suspenso por tempo determinado ou indeterminado, por ato da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 44, DE 23 DE AGOSTO 2001 - Aprovar

as Normas Técnicas para o Controle e a Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas para a Micoplasmose Aviária

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E

DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno da

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Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998,tendo em vista o disposto na Portaria Ministerial nº 193, de 19 de setembro de 1994 e no Processo MA 21000.005233/2001-68, resolve:

Art. 1º Aprovar as Normas Técnicas para o Controle e a Certificação de Núcleos e

Estabelecimentos Avícolas para a Micoplasmose Aviária (Mycoplasma gallisepticum, synoviae e melleagridis), em conformidade ao ANEXO desta Instrução Normativa.

Art. 2º Revogar a Instrução Normativa SDA Nº 13, de 29 de junho de 1999.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

ANEXO

NORMAS TÉCNICAS PARA O CONTROLE E A CERTIFICAÇÃO DE NÚCLEOS E ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS PARA A MICOPLASMOSE AVIÁRIA (Mycoplasma gallisepticum, synoviae e melleagridis).

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO

1. Estas normas definem as medidas de monitoramento da micoplasmose em estabelecimentos avícolas de

controles permanentes e eventuais (exceto postura comercial, frango de corte e ratitas), que realizam o comércio ou a transferência nacional e internacional de seus produtos, destinados à reprodução e produção de aves e de ovos férteis, ficando os mesmos obrigados a realizarem o monit oramento de seus plantéis, obedecendo as diretrizes do Programa Nacional de Sanidade Avícola - PNSA.

2. Para realizar o comércio internacional, o estabelecimento avícola deverá estar certificado como livre de micoplasmose aviária (Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis) , conforme estabelecido no Capítulo IV deste ANEXO.

3. Os estabelecimentos importadores ou compradores de material genético de linhas puras, bisavós e avós deverão obter previamente a garantia ou a certificação da origem, como livre de micoplasmas, de que tratam estas normas.

CAPÍTULO II

DAS DEFINIÇÕES 1. Para efeito destas normas, entende-se por:

1.1. Lote: grupo de aves da mesma finalidade, origem e idade, alojado em um ou vários galpões. 1.2. Boxes: divisões físicas dentro de um galpão. 1.3. Galpão: a unidade física de produção avícola, caracterizada como unidade de um núcleo, que aloja

um grupo de reprodutores, aves de corte ou poedeiras comerciais, da mesma idade (exceção das linhas puras de seleção genética) e da mesma espécie.

1.4. Aves comerciais: geração de aves destinadas ao abate e/ou produção de ovos para consumo. 1.5. Núcleo de reprodução: unidade com área física adequadamente isolada, de manejo comum,

constituída de um ou mais galpões. 1.6. Estabelecimento avícola: local onde são mantidas as aves para qualquer finalidade, podendo ser

constituído de um ou vários núcleos. 1.6.1. Estabelecimentos Avícolas de Controles Permanentes: granjas de seleção genética de

reprodutoras primárias (linhas puras), granjas bisavoseiras, granjas avoseiras, granjas matrizeiras, granjas de aves reprodutoras livres de patógenos específicos (SPF) e os incubatórios destes estabelecimentos.

1.6.2. Estabelecimentos avícolas de controles eventuais: estabelecimentos avícolas produtores de ovos comerciais, de frango de corte, de exploração de outras aves silvestres, e/ou ornamentais, e/ou exóticas ou não, e os incubatórios destes estabelecimentos.

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1.7. Serviço oficial: Serviço de Defesa Sanitária Animal Federal, Estadual e Municipal. 1.8. Laboratórios oficiais: são os laboratórios da rede do Ministério da Agricultura e do Abastecimento

(MA). 1.9. Laboratórios credenciados: unidades laboratoriais federais, estaduais, municipais ou privadas,

habilitadas e reconhecidas pelo MA, para a realização de diagnóstico laboratorial dos agentes das doenças a que se referem estas normas.

1.10. Fiscal Federal Agropecuário ou Médico Veterinário Oficial: profissional médico veterinário do Serviço Público Federal, que exerce atividades de Defesa Sanitária Animal.

1.11. Médico Veterinário Oficial: Fiscal Federal Agropecuário ou Médico Veterinário do Serviço Público Federal.

1.12. Médico Veterinário Oficial para Certificação: Fiscal Federal Agropecuário ou Médico Veterinário Oficial do Serviço de Defesa Sanitária Animal.

1.13. Médico Veterinário Credenciado: Médico Veterinário do estado, do município, do setor privado ou liberal, com delegação de competência do serviço oficial federal para emitir Guia de Trânsito Animal - GTA.

1.14. Responsável Técnico: Médico Veterinário responsável pelo controle higiênico-sanitário dos plantéis dos núcleos ou estabelecimentos avícolas.

1.15. Monitoramento de Plantéis: é o acompanhamento sanitário dos testes sorológicos e de outras provas biológicas, bem como das análises epidemiológicas relacionadas às condições de saúde das aves alojadas em núcleo ou estabelecimento avícola.

1.16. MA : Ministério da Agricultura e do Abastecimento 1.17. SDA : Secretaria de Defesa Agropecuária 1.18. DDA : Departamento de Defesa Animal 1.19. CLA : Coordenação de Laboratório Animal 1.20. PNSA : Programa Nacional de Sanidade Avícola 1.21. DIPOA : Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal 1.22. DFA : Delegacia Federal de Agricultura 1.23. SSA : Serviço de Sanidade Animal 1.24. SIF : Serviço de Inspeção Federal

.

CAPÍTULO III DAS EXIGÊNCIAS

1. Para atender ao PNSA, os estabelecimentos avícolas de controles permanentes e eventuais deverão:

1.1. Obter registro e habilitação junto a DFA da jurisdição em que se localiza. 1.2. Estar sob vigilância e controle do Serviço de Sanidade Animal da DFA ou da Secretaria Estadual

de Agricultura do estado em que se localiza. 1.3. Ser assistido por responsável técnico, registrado junto à Delegacia Federal de Agricultura do Estado

em que se está localizado. 2. O estabelecimento avícola participante do PNSA não poderá utilizar:

2.1. vacina de qualquer natureza contra a micoplasmose aviária, em estabelecimentos de controles permanentes;

2.2. qualquer vacina preparada com adjuvante oleoso, durante as quatro semanas que antecedem as provas laboratoriais;

2.3. qualquer droga, para a qual exista evidência científica, que possa interferir nos resultados dos testes sorológicos ou dificultar o isolamento dos micoplasmas, no período de três semanas antecedentes às provas laboratoriais;

2.4. os casos excepcionais deverão ser avaliados pelo DDA/SDA, desde que apresentado e aprovado por projeto técnico-científico específico.

3. Só poderão ser utilizados antígenos, soros controles e “kits” autorizados pelo MA, observados os prazos de validade.

4. Somente poderão ser utilizadas outras provas laboratoriais quando devidamente aprovadas pelo PNSA. 5. Os estabelecimentos avícolas deverão fornecer mensalmente um calendário de colheitas, que será

encaminhado à DFA, do Estado onde se localiza, com cronograma de nascimento, de importação e as

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datas das colheitas rotineiras de material, realizadas pelo responsável técnico, visando a fiscalização e a supervisão do serviço oficial.

CAPÍTULO IV DA CERTIFICAÇÃO

1. Certificação dos núcleos ou estabelecimentos avícolas para linhas puras, bisavós e avós:

1.1. Livres de Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma synoviae para galinhas. 1.2. Livres de Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis para

perus. 2. Certificação dos núcleos (estabelecimentos avícolas de matrizes).

2.1. Livre de Mycoplasma gallisepticum para galinhas. 2.2. Livre de Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis para perus. 2.3. Sob vigilância e acompanhamento para Mycoplasma synoviae para galinhas.

CAPÍTULO V

DAS PROVAS LABORATORIAIS

1. Provas laboratoriais utilizadas no monitoramento e no diagnóstico laboratorial, nas diferentes etapas do processo: 1.1. Diagnóstico imunológico:

1.1.1. Aglutinação rápida em placa, com soro ou gema de ovos embrionados. 1.1.2. Aglutinação lenta em soro (SAL) ou gema de ovos embrionados. 1.1.3 Inibição da hemaglutinação (HI). 1.1.4 Ensaio imunoenzimático (ELISA).

1.2 Diagnóstico micoplasmológico: 1.2.1. Isolamento em meios de cultura. 1.2.2. Reação em cadeia da polimerase (PCR).

1.3. Identificação da cultura: 1.3.1 Imunofluorescência indireta (IFI). 1.3.2 Imunofluorescência direta (IFD). 1.3.3 Inibição do metabolismo (IM). 1.3.4 Inibição do crescimento (IC). 1.3.5. Reação em cadeia da polimerase (PCR).

2. A realização e a interpretação dos testes acima citados obedecerá os critérios estabelecidos em normas e regulamentos técnicos específicos do MA.

3. As provas laboratoriais somente serão aceitas quando realizadas em laboratório oficial e/ou credenciado pelo MA, identificando o antígeno, o número da partida e a quantidade utilizada.

4. Outras provas laboratoriais poderão ser utilizadas, desde que autorizadas pelo DDA/SDA/MA.

CAPÍTULO VI DA COLHEITA DE AMOSTRAS

1. As colheitas para a monitoramento oficial somente serão aceitas quando executadas por fiscal federal

agropecuário, médico veterinário oficial ou soba fiscalização e supervisão de um deles. 2. Para efeito de certificação, serão analisadas, pelo SSA/DFA do Estado em que se localiza o

estabelecimento avícola, as amostras encaminhadas pelo responsável técnico da empresa junto ao MA e/ou a colheita aleatória realizada pelo serviço oficial.

3. Todo material destinado às provas laboratoriais deverá, obrigatoriamente, vir acompanhado de formulário de colheita padronizado pelo DDA/SDA, devidamente preenchido, assinado pelo responsável técnico junto ao MA, pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial.

4. A colheita oficial do material deverá ser aleatória e ocorrerá entre os diferentes galpões do mesmo núcleo, para os testes sorológicos, provas biológicas em aves SPF, em ovos embrionados ou em provas micoplasmológicas.

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5. Visando o acompanhamento do estado sanitário, da manutenção da certificação e das colheitas regulares nos estabelecimentos de linhas puras, bisavoseiros e avoseiros, essa etapa deverá ser realizada diretamente pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial, com colheitas aleatórias em duplicata, no mínimo anual, sendo posteriormente encaminhadas à análise em laboratórios oficiais ou credenciados.

6. A critério do Serviço de Sanidade Animal da DFA ou da Secretaria Estadual de Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento avícola, poderão ser colhidas, a qualquer tempo, na presença do médico veterinário oficial, amostras aleatórias em duplicata, que serão submetidas às provas laboratoriais, respeitado os critérios e as normas de segurança biológica, em laboratórios oficiais ou credenciados pelo MA.

7. O envio do material de monitoramento oficial poderá ser feito para qualquer um dos laboratórios credenciados pelo MA para este fim, a critério do fiscal federal agropecuário ou do médico veterinário oficial responsável pela colheita.

8. O MA estabelecerá um sistema de sorteio aleatório das amostras e dos laboratórios oficiais e credenciados, que será acompanhado pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico veterinário oficial responsável pela colheita.

9. Os custos devidos ao pagamento das colheitas oficiais e do envio para análises pelos laboratórios, credenciados, serão de responsabilidade da empresa interessada na certificação.

10. Todo material colhido oficialmente deverá ser lacrado e acompanhado de formulário padronizado pelo DDA/SDA.

11. As colheitas aleatórias realizadas pelo serviço oficial poderão ou não atender os cronogramas de exames das empresas, ficando o fiscal federal agropecuário ou o médico veterinário oficial responsável pela realização da colheita ou supervisão da mesma e pelo lacre do material, devendo a empresa fornecer todas as condições necessárias à realização dessa atividade.

12. Para aves ornamentais ou silvestres de produção, serão adotados os mesmos critérios utilizados para matrizes.

CAPÍTULO VII

DA REALIZAÇÃO DAS PROVAS LABORATORIAIS

1. O esquema das provas laboratoriais por lote para Certificação de núcleos ou estabelecimentos avícolas livres de Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma synoviae para galinhas e Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis para perus, conforme disposto no Capítulo IV, consistirá de: 1.1. Aves ou ovos férteis de reprodução e produção comercial para reposição de plantéis avícolas

importados: 1.1.1. A colheita de amostras será realizada no ponto de ingresso, e as provas laboratoriais

solicitadas de acordo com o disposto nas normas específicas para importação e exportação de aves e ovos férteis, para reposição de plantéis avícolas. 1.1.1.1. Quando se tratar de aves vivas ou mortas, serão usadas as técnicas sorológicas e/ou

micoplasmológicas, dependendo da situação. 1.1.1.2. Quando se tratar de ovos, poderá ser utilizada aglutinação de gema de ovos

embrionados e as provas micoplasmológicas. 1.1.2. As aves produzidas a partir de linhas puras e bisavós, nascidas no Brasil, seguirão o mesmo

procedimento anteriormente citado no item 1.1.1., tendo sua primeira colheita realizada no incubatório, no momento do nascimento, pelo SSA/DFA do estado em que está localizado, e enviada ao laboratório oficial.

1.2. Monitoramento sanitária dos plantéis avícolas 1.2.1. Em aves reprodutoras de 12 (doze) semanas:

1.2.1.1. Em galinhas e perus: SAR de no mínimo trezentas amostras para Mycoplasma gallisepticum e cem amostras para Mycoplasma synoviae, selecionadas aleatoriamente, com representação de cada galpão e/ou box por núcleo complementada, quando reagentes, com a HI ou ELISA.

1.2.2. Em Aves reprodutoras em início de produção, com cerca de 5% de postura: 1.2.2.1. SAR em cento e cinqüenta amostras por núcleo, para Mycoplasma gallisepticum e

cem para Mycoplasma synoviae para galinhas.

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1.2.2.2. SAR em cento e cinqüenta amostras por núcleo para Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma melleagridis e cem para Mycoplasma synoviae para perus.

1.2.2.3. Quando positivos no HI ou ELISA, colher suabes de traquéia de vinte aves para confirmação por cultivo e/ou PCR em laboratório credenciado ou oficial, a critério do serviço oficial de defesa sanitária animal.

1.2.3. Estabelecimentos de controles permanentes (controle periódico a cada três meses). 1.2.3.1. SAR em cento e cinqüenta amostra por núcleo de aves aleatoriamente selecionadas

e com representação de cada galpão e/ou box do núcleo, para Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma melleagridis, este último exclusivo para perus, e cem amostras para Mycoplasma synoviae, complementares quando reagentes, com HI e ELISA. Os testes deverão ser permanentes até a eliminação do lote, permitindo-se uma variação de até duas semanas, nos intervalos, de forma a adequar a colheita de sangue a outras práticas de manejo.

1.2.3.2. Quando positivos no HI ou ELISA, colher suabes de traquéia e soros de vinte aves para confirmação por cultivo e/ou PCR em laboratório credenciado ou oficial, a critério do serviço oficial.

1.2.4. Estabelecimentos de controles eventuais, exceto aves de postura comercial, frango de corte e ratitas (controle periódico a cada três meses): 1.2.4.1. SAR por núcleo de cento e cinqüenta amostras de soro de aves aleatoriamente

selecionadas e com representação de cada galpão e/ou box do núcleo para Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma melleagridis e Mycoplasma iowa, conforme Capítulo IV desta norma, e cem amostras para Mycoplasma synoviae, complementadas quando reagentes com HI e ELISA e repetições a cada três meses de intervalo, até a eliminação do lote, permitindo-se uma variação de até duas semanas, de forma a adequar a colheita de sangue a outras práticas de manejo.

1.2.4.2. Em aves reprodutoras onde não seja possível utilização de suabes, proceder à colheita aleatória de três aves por mil aves, desde que o mínimo seja dez e o máximo de vinte por núcleo.

2. Em outras aves de reprodução, as provas laboratoriais recomendadas são micoplasmológicas. 3. Havendo mortalidade elevada nos primeiros dias do lote, o estabelecimento avícola deverá encaminhar

material de cerca de trinta aves refugos ou agonizantes para um laboratório oficial ou credenciado pelo MA, para isolamento de micoplasmas ou PCR.

CAPÍTULO VIII

DA INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

1. Em aves ou ovos férteis de linhas puras, bisavós e avós importadas ou nascidas no Brasil: 1.1. Positivo para Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae, sacrifício/abate do núcleo. 1.2. Positivo para Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae, Mycoplasma melleagridis,

exclusivo para perus, segundo o Capítulo IV desta norma, sacrifício/abate do núcleo. 2. Matrizes:

2.1. Constatando-se positividade para Mycoplasma gallisepticum em galinhas ou Mycoplasma galisepticum, Mycoplasma synoviae ou Mycoplasma melleagridis em perus, sacrifício e abate do núcleo e destruição de todos os ovos incubados ou não, dele provenientes, conforme Capítulo IV desta norma. 2.1.1. Até a obtenção dos resultados dos testes acima, todos os lotes ou núcleos ficarão isolados,

não sendo permitida a incubação dos mesmos. 2.2. Deverão ser adotadas duas avaliações, considerando núcleos livres ou sob vigilância e

acompanhamento para Mycoplasma synoviae. 2.2.1. Constatando-se positividade para Mycoplasma synoviae em galinhas, esses núcleos poderão

ser tratados com antibiótico e retestados após o período de eliminação de resíduos de antibióticos.

2.2.2. Os núcleos que forem considerados sob vigilância e acompanhamento para Mycoplasma synoviae não poderão ser comercializados internacionalmente, devendo a produção e a incubação do núcleo ficar sob vigilância e acompanhamento, até o final do ciclo produtivo.

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2.2.3. Os estabelecimentos considerados sob vigilância e controlados deverão adotar um reforço nas medidas de biossegurança, tais como: 2.2.3.1. Estar protegido por cercas de segurança e com um único acesso, dotado de sistema

de lavagem e desinfecção dos veículos. 2.2.3.2. Possuir critérios para o controle rígido de trânsito e de acesso de pessoas (portões,

portas, portarias, muros de alvenaria e outros). 2.2.3.3. Ter as superfícies interiores das instalações construídas de forma que permitam

limpeza e desinfecção adequadas. 2.2.3.4. Dispor de meios devidamente aprovados pelo MA e dos órgãos competentes de

controle ambiental para destinação dos resíduos da produção (aves mortas, estercos, restos de ovos, embalagem etc.) e outros.

2.2.3.5. Ter isolamento entre os diferentes setores de categoria de idade, separados por cercas e/ou cortina de árvores não-frutíferas, com acesso único restrito, com fluxo controlado, com medidas de biossegurança, dirigido à área interna, para veículos, pessoal e material.

2.2.3.6. Permitir entradas de pessoas, veículos, equipamentos e materiais nas áreas internas dos estabelecimentos somente quando cumpridas rigorosas medidas de biossegurança.

2.2.3.7. Deverão ser adotadas medidas de controle de efluentes líquidos, através de fossas sépticas, observados os afastamentos de cursos d’água e lençóis freáticos, para evitar contaminações.

2.2.3.8. Controle físico-químico e microbiológico da água realizado em laboratório público.

CAPÍTULO IX DO ENCAMINHAMENTO DOS RESULTADOS

1. Os resultados dos testes laboratoriais deverão ser emitidos em formulário próprio e comunicados seguindo

o fluxograma determinado: 1.1. Resultado negativo: enviar FAX ou outro tipo de comunicação imediata, para o fiscal federal

agropecuário ou médico veterinário oficial requisitante e para o estabelecimento avícola. 1.2. Resultado positivo: enviar FAX ou outro tipo de documentação imediata ao DDA e ao SSA/DFA,

onde se localiza o estabelecimento, que notificará o mesmo.

CAPÍTULO X DA CERTIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS

1. Quando o resultado das provas laboratoriais referidas no Capítulo V destas normas forem negativos, o

serviço oficial procederá a certificação do núcleo e/ou do estabelecimento avícola, conforme o estabelecido no Capítulo IV.

2. As colheitas para o monitoramento e certificação serão aceitas quando executadas pelo responsável técnico junto ao MA e pelo serviço oficial, sendo que as colheitas oficiais são exclusivas do fiscal federal agropecuário, do médico veterinário oficial ou quando fiscalizadas e supervisionadas por um deles.

3. Mesmo tendo sido obedecidas todas as exigências anteriores, havendo mortalidade elevada nos primeiros dias do lote, o estabelecimento avícola deverá encaminhar material contendo cerca de trinta aves refugos ou agonizantes para laboratório oficial ou credenciado, para isolamento de micoplasmas ou PCR. Havendo confirmação do diagnóstico, será determinado o sacrifício das aves do núcleo quando se tratar de linhas puras, bisavós e avós, seguindo-se a investigação epidemiológica pelo serviço oficial.

4. Para matrizes de galinhas, será aceito o tratamento e reteste quando se tratar de positividade para Mycoplasma synoviae.

5. O estabelecimento avícola, certificado como núcleo livre, somente estará habilitado ao comércio de aves ou ovos férteis procedentes deste núcleo. O estabelecimento avícola que obtiver o certificado de estabelecimento livre estará habilitado a proceder ao comércio de aves ou ovos férteis de todos os núcleos.

6. O estabelecimento avícola que tiver núcleo sob vigilância e acompanhamento para Mycoplasma synoviae não poderá realizar o comércio internacional de seus produtos (ovos férteis e pintos oriundos ao referido núcleo).

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7. Será emitido pela DFA, no Estado onde se localiza o estabelecimento avícola, após a realização mínima de três testes, um Certificado Sanitário, em modelo padronizado pelo MA, para os estabelecimentos ou núcleos livres ou sob vigilância e acompanhamento para os agentes tratados nesta norma.

8. Este certificado terá sua validade condicionada à manutenção da situação sanitária do núcleo ou do estabelecimento avícola.

9. Caso a situação sanitária do plantel seja alterada, o certificado terá sua validade cancelada, podendo retornar à situação anterior, após avaliação do SSA/DFA ou da Secretaria Estadual de Agricultura, da jurisdição do estabelecimento avícola.

CAPÍTULO XI

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

1. Os exames sorológicos são sempre de triagem, podendo ocorrer reações cruzadas inespecíficas. Portanto, apenas o diagnóstico micoplasmológico é considerado conclusivo para a detecção da presença dos micoplasmas referidos nestas normas.

2. No caso de realização de abate dos núcleos positivos para os agentes destas normas, os mesmos deverão ser realizados em abatedouros com SIF, segundo as normas do DIPOA.

3. O monitoramento para ratitas será realizado de acordo com a legislação específica do MA para registro e controle higiênico-sanitário para esta espécie.

4. Das medidas de biossegurança na incubação: 4.1. Fica proibida a incubação de ovos férteis de linhas puras, bisavós, avós e de matrizes que estiverem

sob vigilância e acompanhamento oficial na mesma máquina e no mesmo período, sendo atendidos os critérios sanitários da linhagem superior.

4.2. Fica proibida a incubação de ovos de núcleos sob vigilância e acompanhamento para Mycoplasma synoviae na mesma máquina e no mesmo período que incuba núcleos livres desse agente.

5. O SSA/DFA onde se localiza o estabelecimento avícola e a Secretaria Estadual de Agricultura competente são os responsáveis, na sua área de atuação e competência, pela definição das medidas apropriadas para à solução dos problemas sanitários, observando o estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária Animal e no PNSA/SDA.

6. As dúvidas pertinentes à aplicação desta normativa serão dirimidas pelo Diretor do Departamento de Defesa Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

RETIFICAÇÃO PUBLICADO NO DOU DE 6 DE MAIO DE 2002, SEÇÃO 1 PAG 85 ( OF.EL nº 55/2002 )

No Anexo da Instrução Normativa n.º 44, de 23 de agosto de 2001, publicada no DOU n.º 163, Seção 1, página 68, de 24 de agosto de 2001, onde se lê: NORMAS TÉCNICAS PARA O CONTROLE E A CERTIFICAÇÃO DE NÚCLEOS E ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS PARA A MICOPLASMOSE AVIÁRIA (Mycoplasma gallisepticum, synoviae e mellagridis), leia: Mycoplasma gallisepticum, M. synoviae e M. mellagridis; no Capítulo VII, item 1.2.4.1., onde se lê: ... Mycoplasma galisepticum, Mycoplasma mellagridis e Mycoplasma iowa leia-se: ... Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma mellagridis; e no Capítulo VIII, onde se lê: DA INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS, leia-se: DA INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS E ADOÇÃO DE MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA E DE CONTROLE SANITÁRIO.

Luiz Carlos de Oliveira

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NORMAS PARA HABILITAÇÃO, REGISTRO E FISCALIZAÇÃO DE

ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS

PORTARIA N.º 542, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1998 - Dispõe sobre Normas de Higiene e Segurança Sanitária para Habilitação de

Estabelecimentos Avícolas de Criação de Aves e Incubatórios Avícolas para Intercâmbio no MERCOSUL

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da

atribuição que lhe confere o Artigo nº 87, Parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal e de acordo com o disposto na Portaria n.º 116, de 29 de fevereiro de 1996, e

Considerando o Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Decisão n.º 6/96 do Conselho do Mercado Comum, a Resolução n.º 91/93 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação n.º 12/95 do Subgrupo de Trabalho n.º 8 “Agricultura”.

Considerando a decisão do Grupo Mercado Comum, que é necessário facilitar o intercâmbio de aves de um dia e ovos embrionados, resolve:

Art. 1º Adotar as “NORMAS DE HIGIENE E SEGURANÇA SANITÁRIA PARA HABILITAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE CRIAÇÃO DE AVES E INCUBATÓRIOS AVÍCOLAS PARA O INTERCÂMBIO NO MERCOSUL”, anexas, aprovadas pela Resolução do Grupo Mercado Comum (GMC), n.º 10/96.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

FRANCISCO SÉRGIO TURRA

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DE 17 DE NOVEMBRO DE 1998

ANEXO

NORMAS DE HIGIENE E CONTROLE SANITÁRIO PARA A HABILITAÇÃO DE

ESTABELECIMENTOS DE CRIAÇÃO DE AVES E INCUBATÓRIOS AVÍCOLAS PARA O INTERCÂMBIO NO MERCOSUL.

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

Art. 1º A aplicação da presente norma será de responsabilidade dos serviços veterinários oficiais dos Estados-Partes do MERCOSUL.

Art. 2º As normas aprovadas serão aplicadas nos estabelecimentos avícolas que se dediquem ao comércio internacional, no nível regional do MERCOSUL, de aves de um dia e ovos férteis para incubação.

Art. 3º Os estabelecimentos avícolas que se dediquem ao comércio regional de aves de um dia e ovos férteis para incubação deverão estar registrados e habilitados pelos serviços oficiais e operarão sob a responsabilidade de um médico veterinário credenciado.

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Art. 4º Para efeito de registro e habilitação, os estabelecimentos avícolas serão classificados como:

a) núcleo de reprodução de matrizes, avós e bisavós; b) incubatórios.

CAPÍTULO II

Estabelecimentos de Reprodução

Art. 5º Para efeito desta norma se entende como núcleo de reprodução, o núcleo formado por um ou mais lotes de aves de matrizes, avós ou bisavós com a mesma idade, alojadas em distintos galpões com um manejo comum.

Art. 6º Os núcleos de reprodução de matrizes, avós ou bisavós deverão cumprir as seguintes condições:

a) possuir localização geográfica adequada para facilitar a higiene e o controle sanitário. b) devem estar protegidos por cercas de segurança com uma única entrada. c) devem possuir uma porta de acesso para o controle rígido do trânsito de veículos e de

pessoas, rodilúvio e equipamentos de lavagem e desinfecção de veículos. d) os galpões para o alojamento de aves deverão ser construídos de maneira que todas

superfícies interiores sejam de material liso e lavável, para permitir uma adequada limpeza e desinfecção.

e) os galpões para aves e armazenamento de alimentos ou ovos deverão estar livres de insetos e não ser acessíveis a aves silvestres e outros animais silvestre, ou domésticos.

Art. 7º Os núcleos de reprodução deverão estar livres de:

a) Pulorose e Tifose Aviária (Salmonella Pullorum e Salmonella Gallinarum); b) Micoplasmose Aviária (Micoplasma gallisepticum e M. synoviae para galinhas e M.

melleagridis, M. synoviae, M. gallisepticum para perus).

Art. 8º Estabelecimento avícola deve estar sob um sistema de vigilância epidemiológica permanente, ou seja, controlado pelo serviço oficial.

Art. 9º No período de vigilância epidemiológica permanente, não se tenha constatado a presença das seguintes doenças:

a) Hepatite por Corpo de Inclusão; b) Anemia Infecciosa Aviária; c) Síndrome da Cabeça Inchada por Pneumovirus e dos seguintes agentes: d) Salmonella Enteritidis; e) Salmonella Typhimurium.

Art. 10 Os critérios para definição de um estabelecimento livre de Pulorose, Tifose Aviária e Micoplasmoses, serão aprovados pelo Comitê de Sanidade do MERCOSUL e incluirão:

a) os tipos de provas de diagnóstico laboratorial; b) os antígenos a serem utilizados; c) a periodicidade e o alcance das provas de diagnóstico laboratorial; d) os laboratórios habilitados ou credenciados.

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Art. 11 As aves deverão ser vacinadas contra as doenças infecciosas segundo o esquema adotado em cada estabelecimento, de acordo com a sua situação epidemiológica e da região onde está localizada. As vacinas utilizadas devem ser aprovadas e controladas pelos órgãos oficiais.

CAPÍTULO III Incubatórios

Art.12 Os Incubatórios receberão, exclusivamente, ovos férteis procedentes de

estabelecimentos habilitados para produção de aves de um dia de uma única espécie.

Art.13 Os incubatórios estarão construídos adequadamente, para facilitar a higiene e o controle sanitário, devendo possuir sistemas de segurança de trânsito de pessoas, de veículos e de equipamentos e também proteção dos ovos e pintos, para garantir a qualidade sanitária exigida por esta norma.

CAPÍTULO IV Higiene e Transporte de Ovos para Incubação

Art.14 Os ovos para incubação deverão ser colhidos em intervalos freqüentes, de pelo menos

04 (quatro) vezes ao dia em recipientes limpos e desinfetados.

Art.15 Após a colheita, os ovos limpos deverão ser fumigados, ou desinfetados no menor tempo possível, utilizando-se as técnicas recomendadas no anexo 4.2.4 do Código Zoosanitário Internacional da Organização Internacional de Epizootias (OIE, Ed. 1992), aceito pelo Comitê.

Art.16 Os ovos deverão ser transportados ao incubatório nacional ou regional, em caixas novas e limpas, previamente fumigadas ou desinfetadas de forma adequada. Da mesma forma deverão ser limpos os veículos de transporte.

CAPÍTULO V

Higiene e Manejo de Ovos e Aves de um Dia Art.17 O pessoal responsável por manipular os ovos nas incubadoras, pela sexagem e pela

manipulação de aves de um dia, deverá observar as medidas gerais de higiene pessoal, e utilizar roupas e calçados limpos, antes do início da execução de seu trabalho.

Art.18 As aves de um dia deverão ser vacinadas contra a doença de Marek, antes de serem expedidas, com vacinas elaboradas a partir de ovos SPF, oficialmente aprovadas pelo país exportador.

Art.19 As aves de um dia deverão ser embarcadas desde o incubatório ao lugar de destino por pessoal vestido com roupa de proteção, limpa e desinfetada. Os veículos de transporte deverão estar limpos e desinfetados antes de cada embarque de aves de um dia.

CAPÍTULO VI

Disposições Gerais Art. 20 Os estabelecimentos de reprodução e os incubatórios deverão possuir um registro

zoossanitário completo (mortalid ade, diagnóstico de doenças, tratamentos, vacinações e monitoramento), relativo a cada lote de aves e ovos férteis, que deverá ser apresentado às autoridades veterinárias cada vez que for solicitado.

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Art. 21 Os tipos de provas de laboratório a serem utilizadas para o diagnóstico das doenças a que se referem estas normas, serão definidos de comum acordo com o Comitê.

Art. 22 A exportação de aves de um dia e ovos férteis para incubação estará acompanhada, na sua origem, pelo Certificado Zoossanitário Único dos Países Membros do MERCOSUL, expedido por um veterinário credenciado e endossado por um veterinário oficial do país de procedência, segundo o modelo aprovado nesta norma, em anexo.

Art. 23 As exportações de aves de um dia e ovos férteis serão suspensas quando não forem cumpridas ou atendidas as condições estabelecidas nestas normas, ou perante a constatação de qualquer doença transmissível no núcleo de reprodução, ou no incubatório, ou na região onde se localizam os mesmos, que possam colocar em risco a situação sanitária do país comprador.

Art. 24 Os serviços veterinários oficiais deverão efetuar visitas periódicas de inspeção aos núcleos de reprodução e incubatórios registrados e habilitados para o comércio regional.

Art. 25 Para certificação desta norma deve-se estabelecer o Manual de Procedimentos para a Habilitação para o Comércio Regional de Estabelecimentos Avícolas (Núcleos de Reprodução e de Incubatórios), detalhando critérios sobre as particularidades.

Art. 26 Os núcleos de reprodução destinados às matrizes, avós ou bisavós, devem estar em áreas livres da Doença de Newcastle.

Para efeito desse artigo, se define como zona livre da Doença de Newcastle:

a) o território geográfico definido legalmente e cuja extensão seja pelo menos de 10 (dez) Km em torno do estabelecimento. b) que neste território não se tenha constatado, nem tenha havido evidência desta doença, em pelo menos durante um período de 06 (seis) meses e se utiliza a vacinação como método de controle. Ou quando tenha passado um período de 21 (vinte e um) dias desde a declaração do último caso da doença e se tenha utilizado o método de sacrifício sanitário, sem vacinação, como medida de controle, e, c) que o referido território deve estar sobre um sistema de vigilância epidemiológica permanente que considere os seguintes fatores: - um cadastro da totalidade dos estabelecimentos avícolas existentes em uma zona limitada; - um procedimento de monitoramento e levantamentos sorológicos de acordo com um desenho estatístico; - a manutenção de um sistema de informações e análises.

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PAÍS EXPORTADOR:.....................................................................................................

MINISTÉRIO: ............................................................................... ...................................................... SERVIÇO : ........................................................................................................................................... CERTIFICADO ZOOSANITÁRIO ÚNICO PARA EXPORTAÇÃO DE AVES DE UM DIA E OVOS FÉRTEIS CERTIFICADO N.º: ........................................................................................................................... DATA DE EMISSÃO : ........................................................................................................................ DATA DE VENCIMENTO : ...............................................................(vencimento de 10 (dez) dias ) I - IDENTIFICAÇÃO : ( ) AVES DE UM DIA ( ) OVOS FÉRTEIS Espécie:.............................................................................................................................................. Marca comercial/ raça: ...................................................................................................................... Classificação : ( ) avós ( ) matrizes ( ) comercial ( ) bisavós Linhagem : ( ) corte ( ) postura Quantidade : macho linha macho ...................................................................................................... fêmea linha macho .......................................................................................................... macho linha fêmea........................................................ .............................................. fêmea linha fêmea ........................................................................................................ comercial de corte ........................................................................................................ comercial de postura..................................................................................................... TOTAL ........................................................................................................................... II - PROCEDÊNCIA : Nome e endereço do exportador........................................................................................................ ............................................................................................................................................................ ............................................................................................................................................................ Nome e endereço do estabelecimento de procedência :................................................................... ............................................................................................................................................................ ............................................ ................................................................................................................

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Local de embarque : .......................................................................................................................... Meio de Transporte:........................................................................................................................... Companhia e n.º do vôo :................................................................................................................... Registro n.º ....................................................................................................................................... III - DESTINO País de destino:.................................................................................................................................. Nome e endereço do importador:....................................................................................................... ............................................................................................................................................................ ............................................................................................................................................................ Nome e endereço do estabelecimento a que se destina:.................................................................. ............................................................................................................ ................................................ ............................................................................................................................................................ Local de ingresso no país:.................................................................................................................. ............................................................................................................................................................ IV - OBSERVAÇÕES: V - INFORMAÇÕES SANITÁRIA : O veterinário oficial abaixo, CERTIFICA que: 1 - As aves de 01(um) dia ............................e os ovos férteis ...................., procedem de núcleos de reprodução.................................................................................................................................... e de incubatório ................................................................................................................................. habilitados, regularmente inspecionados pelos serviços veterinários , sem manifestação clínica nos últimos 06 (seis) meses de doença de Newcastle, doença de Gumboro, Bronquite Infecciosa Aviária, Laringotraqueite Infecciosa Aviária, Cólera Aviária e outras doenças trans missíveis de notificação obrigatória. 2 - Durante a vigilância epidemiológica permanente não foi constatada a presença de Hepatite por Corpo de Inclusão, Anemia Infecciosa Aviária, Síndrome da Cabeça Inchada por Pneumovirus, Salmonella Enteritidis e Salmonella Tiphimurium. 3 - Procedem de núcleos e incubatórios livres de: a) Pulorose e Tifose Aviária (S. Pullorum e S. Gallinarum) b) Micoplasmose Aviária (M. gallisepticum e M. synoviae para galinhas e M. meleagridis, M.

synoviae e M. gallisepticum para perus). 4 - As aves de 01(um) dia foram vacinadas contra a Doença de Marek na seguinte data:.............., com vacina tipo:.....................................................do laboratório....................................................... ..............................................da partida n.º........................................................................................

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5 - As aves de um dia foram inspecionadas na data de embarque não apresentando sintomas clínicos de doença. 6 - Os ovos e as aves foram embalados em caixas e separadores limpos de ovos 7 - O país está livre de Influenza Aviária (Peste Aviária) e a zona está livre de doença de Newcastle. Local/ Data................................................................................................................................ Nome e n.º do registro do veterinário credenciado............................................................................ .................................................................... ........................................................................................ Carimbo Oficial Nome, n.º de Registro e assinatura do veterinário oficial .................................................................. ............................................................................................................................................................

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998 - Normas para Registro e Fiscalização dos Estabelecimentos Avícolas

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da

atribuição que lhe confere o Artigo nº 87, Parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal e de acordo com o disposto na Portaria n.º 116, de 29 de fevereiro de 1996, resolve:

Art. 1º Aprovar as “NORMAS PARA REGISTRO E FISCALIZAÇÃO DOS

ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS”, anexas. Art. 2º Os estabelecimentos avícolas, destinados a reprodução e produção comercial, constantes no

capítulo I destas normas ficam obrigados a possuírem registro no Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Art. 3º Revogar a Portaria nº 276, de 16 de junho de 1998, republicada no dia 30 de julho de 1998. Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

FRANCISCO SÉRGIO TURRA

Publicada na Seção 1 do Diário Oficial de 31 de dezembro de 1998.

ANEXO

NORMAS PARA REGISTRO E FISCALIZAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS

CAPÍTULO I Da Classificação dos Estabelecimentos Avícolas para Efeito de Registro e Fiscalização

1. Para fins de registro e fiscalização junto ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, os estabelecimentos avícolas destinados a reprodução e produção comercial, serão classificados, segundo sua finalidade, nas seguintes categorias: 1.1. Estabelecimentos avícolas de Controles Permanentes:

1.1.1. granjas de seleção genética de reprodutoras primárias (linhas puras), importadoras, exportadoras e/ou produtoras de ovos férteis e aves de 1 (um) dia para produção de bisavós;

1.1.2. granjas de bisavós (bisavozeiras), importadoras, exportadoras e/ou produtoras de ovos férteis e aves de 1 (um) dia para produção de avós;

1.1.3. granjas de avós (avozeiras) importadoras, exportadoras e/ou produtoras de ovos férteis e aves de 1 (um) dia para produção de matrizes;

1.1.4. granjas de matrizes (matrizeiras) importadoras, exportadoras e/ou produtoras de ovos férteis e aves de 1 (um) dia, para produção de aves comerciais e outros fins;

1.1.5. granjas de aves reprodutoras livres de patógenos específicos (SPF – Specific Pathogen Free), instalações de criação, dotadas de condições ambientais, instalações, normas de biossegurança e de funcionamento, que mantenham as aves e os ovos livres dos patógenos da própria espécie e daqueles que possam influir na qualidade do uso a que se destinam;

1.1.6. incubatórios (de granjas de seleção genética de reprodutoras primárias, bisavozeiros, avozeiros, matrizeiros e SPF);

1.2. Estabelecimentos avícolas de Controles Eventuais: 1.2.1. estabelecimentos avícolas, importadores, exportadores e produtores de ovos comerciais; 1.2.2. estabelecimentos avícolas, importadores, exportadores e produtores de frangos de corte

(engorda); 1.2.3. estabelecimentos de explorações de outras aves ornamentais ou não, consideradas exóticas

ou não, destinadas à reprodução e produção comercial de carnes e/ou ovos e/ou penas (Ex. perús, codornas, galinhas d`angola, avestruzes, emas, emús, dentre outras.);

1.2.4. incubatórios (de ovos comerciais e de aves ornamentais).

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Obs: Os estabelecimentos avícolas constantes nos itens 1.1.1, 1.1.5, 1.1.6 (relacionados às granjas

de seleção genética de reprodutoras primárias e SPF), 1.2.3 e 1.2.4 (relacionados às aves ornamentais), deverão obter o registro no Ministério da Agricultura e do Abastecimento, segundo as exigências destas normas, consideradas mínimas para os mesmos. Normas específicas de biossegurança, referentes a estes estabelecimentos, serão baixadas em ato complementar.

CAPÍTULO II

Da Documentação Necessária ao Registro dos Estabelecimentos Avícolas 1. Documentação necessária para os estabelecimentos de controles permanentes:

1.1. requerimento ao Delegado Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza o Estabelecimento, conforme modelo padronizado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento;

1.2. prova de existência legal da pessoa jurídica, anexando cópia do registro na junta comercial do Estado, ou da ata do contrato social da firma com as alterações efetuadas ou cadastro no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA);

1.3. cópias atualizadas do cartão de inscrição no Cadastro Geral dos Contribuintes, do Ministério da Fazenda (C.G.C.-MF) e do Cartão de Inscrição na Secretaria da Fazenda do Estado, onde se localiza o estabelecimento;

1.4. declaração de responsabilidade técnica do Médico Veterinário (titular e substituto) para o controle higiênico-sanitário do estabelecimento avícola e do plantel de reprodutores, conforme modelo padronizado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento;

1.5. cópia de registro do técnico responsável, titular e substituto, no Conselho de Medicina Veterinária; 1.6. “currículum vitae” do técnico responsável, titular e substituto; 1.7. ficha cadastral, devidamente preenchida, conforme modelo padronizado pelo Ministério da

Agricultura e do Abastecimento; 1.8. ficha de endereço para vistoria e correspondência; 1.9. documento comprobatório de potabilidade da água de abastecimento, emitido por laboratório

oficial ou credenciado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, citando a fonte que serve ao estabelecimento;

1.10. laudo(s) de inspeção (ões) emitido(s) por Médico(s) Veterinário(s) do Serviço de Fiscalização e Fomento Animal e do Serviço de Sanidade Animal da Delegacia Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento, conforme modelo padronizado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento;

1.11. planta de situação do estabelecimento, assinada por técnico responsável, indicando todas as instalações, estradas, cursos d’água e propriedades limítrofes, em escala compatível com o tamanho da propriedade, ou levantamento aerofotogramétrico;

1.12. planta baixa na escala 1:200, indicando as diversas instalações existentes na propriedade; 1.13. memorial descritivo das medidas higiênico-sanitárias e de biossegurança que serão adotadas pelo

estabelecimento avícola e dos processos tecnológicos (para incubatórios). 2. Documentação necessária para os estabelecimentos de controles eventuais:

2.1. requerimento ao Delegado Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza o Estabelecimento, conforme modelo padronizado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento;

2.2. prova de existência legal da pessoa jurídica, anexando cópia do registro na junta comercial do Estado ou da ata do contrato social da firma com as alterações efetuadas ou cadastro no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA);

2.3. cópias atualizadas do cartão de inscrição no Cadastro Geral dos Contribuintes do Ministério da Fazenda (C.G.C.-MF) e do Cartão de Inscrição na Secretaria da Fazenda do Estado onde se localiza o estabelecimento;

2.4. declaração de responsabilidade técnica do Médico Veterinário (titular e substituto) para o controle higiênico-sanitário do estabelecimento e do plantel de reprodutores, conforme modelo padronizado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento;

2.5. cópia de registro do técnico responsável, titular e substituto, no Conselho de Medicina Veterinária; 2.6. “curriculum vitae” do técnico responsável, titular e substituto; 2.7. ficha cadastral devidamente preenchida, conforme modelo padronizado pelo Ministério da

Agricultura e do Abastecimento;

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2.8. ficha de endereço para vistoria e correspondência; 2.9. documento comprobatório de potabilidade da água de abastecimento, emitido por laboratório

oficial ou credenciado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, citando a fonte que serve ao estabelecimento;

2.10. laudo(s) de inspeção (ões) emitido(s) por Médico(s) Veterinário(s) do Serviço de Fiscalização e Fomento Animal e do Serviço de Sanidade Animal da Delegacia Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento, conforme modelo padronizado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento;

2.11. planta da situação do estabelecimento, assinada por técnico responsável, indicando todas as instalações, estradas, cursos d’água e propriedades limítrofes, em escala compatível com o tamanho da propriedade, ou levantamento aerofotogramétrico;

2.12. planta baixa na escala 1:200, indicando as diversas instalações existentes na propriedade; 2.13. memorial descritivo das medidas higiênico-sanitárias e de biosseguridade que serão adotadas pelo

estabelecimento avícola (para granjas e incubatórios) e dos processos tecnológicos (para incubatórios);

2.14. .em relação aos itens 1.2.3, 1.2.4 do Capítulo I desta norma, quando se tratar de aves consideradas ornamentais ou exóticas, deverá o interessado obter registro junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (IBAMA).

CAPÍTULO III

Dos Requisitos Necessários Ao Registro Dos Estabelecimentos Avícolas 1. Laudo(s) de inspeção(ões) referente à área física, emitido por Médico(s) Veterinário(s) do Serviço de

Fiscalização e Fomento e relativo ao controle higiênico-sanitário, emitido por Médico(s) Veterinário(s) do Serviço de Sanidade Animal, da Delegacia Federal da Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento avícola, após vistoria prévia ao local.

2. Os certificados de registros serão emitidos pela Delegacia Federal de Agricultura, no estado onde se localiza o estabelecimento avícola, em modelos padronizados pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, e em única via.

3. O estabelecimento avícola deverá comunicar à Delegacia Federal de Agricultura no Estado, onde se localiza o estabelecimento avícola, num prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a mudança de responsável técnico titular e/ou substituto, enviando a declaração de responsabilidade e documentação correspondente do respectivo sucessor.

4. Toda mudança de endereço ou razão social, bem como a alienação ou o arrendamento, serão obrigatoriamente legalizados junto ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, mediante: 4.1. requerimento ao Delegado Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento

avícola, solicitando a legalização da situação; 4.2. cópia do novo contrato socia l de organização do estabelecimento avícola ou do contrato de

arrendamento; 4.3. novo(s) laudo(s) de inspeção(ões) da área física e higiênico-sanitário.

CAPÍTULO IV

Das Exigências a Serem Cumpridas pelos Estabelecimentos Avícolas de Controles Permanentes e Eventuais Visando a Biossegurança do Sistema.

1. Ter localização geográfica adequada, devendo ser respeitadas as seguintes distâncias mínimas, entre os

estabelecimentos avícolas com objetivos de produtividades diferentes: 1.1. dos estabelecimentos avícolas de controle permanentes ou eventuais ao abatedouro: 5 Km; 1.2. de um estabelecimento avícola a outro:

1.2.1. bisavozeiros e avozeiros 5 Km; 1.2.2. matrizeiros:3 km; 1.2.3. controles eventuais: 2 Km;

1.3. entre os núcleos: 1.3.1. do núcleo aos limites periféricos da propriedade: 100m. 1.3.2. do núcleo à estrada viscinal: 500m; 1.3.3. entre núcleos de diferentes idades: 500m;

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1.4. entre recria e produção : 500m; 1.5. entre galpões do núcleo deve ser o dobro da largura dos galpões .

Obs: Poderão ser admitidas, a critério do médico veterinário oficial, responsável pela vistoria e emissão do laudo de funcionamento do estabelecimento avícola, mudanças nas distâncias mínimas acima mencionadas, em função da existência de barreiras naturais (reflorestamento, matas naturais, topografia, etc.) e/ou da utilização de galpões de ambiente controlados (galpões fechados).

2. Estar protegido por cercas de segurança e com um único acesso, dotado de rodolúvio e/ou equipamentos para lavagem e desinfecção dos veículos.

3. Possuir critérios para o controle rígido de trânsito e acesso de pessoas (portões/portas e etc.). 4. Ter as superfícies interiores dos galpões construídas de forma que permitam limpeza e desinfecção

adequadas, e que os mesmos sejam providos de telas `a prova de animais domésticos, silvestres, insetos e roedores.

5. Estabelecer procedimentos adequados para destino de resíduos da produção (aves mortas, estercos, restos de ovos e embalagem);

6. Adotar vazio sanitário (período correspondente após a limpeza e desinfecção até a entrada do novo lote) mínimo de 10 (dez) dias entre mudança dos lotes.

Obs: Em caso de estabelecimentos de frangos de corte, a empresa que adotar um vazio sanitário diferenciado deverá apresentar à Delegacia Federal da Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento avícola, para avaliação, o seu programa de monitorização sanitária adotado, com justificativa técnica, para utilização deste procedimento.

7. Ter isolamento entre os núcleos formados por um ou mais galpões, separados por cercas e/ou cortina de árvores não frutíferas, com acesso único restrito, com fluxo controlado, com medidas de biossegurança, dirigido a área interna, para veículos, pessoal e material.

8. Permitir visitas e entrada de veículos, equipamentos e materiais nas áreas internas dos estabelecimentos avícolas, somente quando cumpridas rigorosas medidas de biossegurança. No caso de pessoas, quando permitida visita, devem ser seguidas as mesmas normas adotadas para o pessoal interno, isto é, tomar banho, trocar de roupa e calçado, na entrada de cada núcleo da granja.

9. Manter os galpões/núcleos para aves e os locais para armazenagem de alimentos ou ovos, controlados e/ou livres de insetos e roedores, não sendo permitido o acesso de animais silvestres ou outros animais domésticos;

10. Estabelecer programa de monitorização sanitária permanente, atendendo às normas estabelecidas no Regulamento de Defesa Sanitária Animal, e no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), da Secretaria de Defesa Agropecuária.

11. Proceder a vacinação obrigatória contra a doença de Marek nos incubatórios nas aves de 1(um) dia, exceto aves consideradas refratárias à doença, como exemplo, o perú e a galinha d’angola.

12. De acordo com a situação epidemiológica e sanitária de cada região, a critério do Serviço Oficial de Sanidade Animal, após avaliação do Departamento de Defesa Animal, da Secretária de Defesa Agropecuária, poderão ser estabelecidas em relação a regiões circunscritas e aos estabelecimentos descritos no Capítulo I, destas normas, medidas de restrições ao trânsito de veículos, pessoas e/ou animais, objetivando o controle de doenças, e a obrigatoriedade da vacinação contra doença de Newcastle, e/ou de outras doenças que coloquem em risco o plantel avícola nacional e/ou a saúde pública,

CAPÍTULO V

Das Exigências a Serem Cumpridas pelos Incubatórios, Visando a Biossegurança do Sistema.

1. As instalações devem permitir fluxo em sentido único, devendo, para acesso às mesmas, serem cumpridas as exigências mencionadas Capítulo IV, destas normas, descritas para os estabelecimentos avícolas.

2. As dependências do incubatório deverão ser divididas em áreas distintas de trabalho, (escritórios, dependências técnicas do incubatório), separadas fisicamente e, sempre que possível, com ventilação individual, constando de: 2.1. sala para recepção de ovos férteis; 2.2. câmara de fumigação de ovos férteis; 2.3. sala de ovos para a rmazenamento; 2.4. sala para incubação; 2.5. sala para eclosão; 2.6. sala com áreas para seleção, sexagem, vacinação, embalagem e estocagem de pintos;

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2.7. área para expedição de pintos; 2.8. sala para manipulação de vacinas; 2.9. sala para lavagem e desinfecção de equipamentos; 2.10. meio adequado de descarte de resíduos de incubatório e de águas servidas; 2.11. vestiários, lavatórios, sanitários; 2.12. refeitório; 2.13. escritório; 2.14. depósito de caixas; 2.15. sala de máquinas e geradores.

3. Todos os materiais e equipamentos utilizados no incubatório devem ser mantidos limpos e desinfectados com produtos apropriados, devidamente registrados no Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

4. A área circunvizinha ao incubatório deve ser protegida com porta única provida de equipamentos de lavagem e desinfecção de veículos para controlar qualquer tipo de trânsito.

5. Manter programa de monitorização sanitária permanente, atendendo às normas estabelecidas no Regulamento de Defesa Sanitária Animal, e no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), da Secretaria de Defesa Agropecuária.

CAPÍTULO VI

Da Biossegurança do Transporte dos Ovos para Incubação 1. Para incubação, os ovos deverão ser colhidos em intervalos freqüentes, em recipientes limpos e

desinfectados, e o pessoal encarregado estar com as mãos lavadas. 2. Os ovos sujos, quebrados, trincados, deverão ser colhidos em recipientes separados e não poderão ser

destinados à incubação. 3. Após a colheita, os ovos limpos deverão ser desinfectados no mais breve espaço de tempo possível,

devendo ser armazenados em local próprio e mantidos a temperatura e umidade adequadas segundo os critérios estabelecidos pelo Escritório Internacional de Epizootias (OIE).

4. Os ovos deverão ser transportados ao incubatório, em veículos apropriados, em bandejas e caixas/carrinhos limpos e previamente desinfectados.

CAPÍTULO VII

Da Biossegurança no Manejo dos Ovos Férteis e das Aves de um Dia 1. O pessoal destinado ao trabalho interno do incubatório deverá observar as medidas gerais de higiene

pessoal e utilizar roupas e calçados limpos, desde o início do seu trabalho; 2. As aves de 1 (um) dia deverão ser expedidas diretamente do incubatório ao local do destino, por pessoal

vestido com roupa apropriada, limpa e desinfetada; 3. Os veículos transportadores apropriados, deverão ser limpos e desinfetados antes de cada embarq ue. 4. Deverão ser adotadas medidas para destino adequado dos resíduos de incubação e efluentes líquidos.

CAPÍTULO VIII Do Cancelamento do Registro

1. O cancelamento do registro do estabelecimento avícola poderá ocorrer tanto por solicitação do

interessado, quanto por decisão da autoridade competente da Delegacia Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza, em processo administrativo, garantido a ampla defesa.

2. A solicitação de cancelamento de registro será feita pelo interessado, em requerimento dirigido ao Delegado Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento avícola, cujo registro se deseja cancelar.

3. A punição do estabelecimento avícola será definida após avaliação técnica realizada por Médico(s) Veterinário(s) de(os) Serviço(s) Oficiai(s), seguindo os seguintes critérios: 3.1. advertência por escrito:

quando se tratar, de uma infração ocorrida, devido ao não cumprimento de um ou mais itens dos Capítulos II, III, IV, V destas normas, estabelecendo prazos para solução da situação sanitária ou de adequação das instalações físicas do estabelecimento avícola;

3.2. interdição da propriedade:

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quando se tratar de infração ocorrida, devido a não realização das determinações técnicas no prazo estabelecido na advertência, ou de não cumprimento de um ou mais itens dos Capítulos IV,V, VI e VII destas normas, itens estes, que coloquem em risco a disseminação de doenças no plantel avícola nacional, ou ainda, devido a suspeita e/ou confirmação de foco de doença exótica, conforme estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária Animal.

3.3. suspensão temporária do registro: quando se tratar de infração que coloque em risco a saúde pública, a biossegurança do plantel avícola nacional, através da disseminação de doenças, ou de segurança da estrutura física do estabelecimento.

4. O processo administrativo será estabelecido originado na Delegacia Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento avícola objeto da punição, cabendo recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, contando à partir do recebimento da notificação oficial pelo interessado, junto ao órgão central do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, que dependendo das causas da interdição, avaliará o processo, na Secretaria competente (Secretaria de Desenvolvimento Rural ou Secretaria de Defe sa Agropecuária);

5. Não havendo por parte do interessado o cumprimento das exigências estabelecidas, poderá ocorrer o cancelamento definitivo do registro no Ministério da Agricultura e do Abastecimento;

6. Novo registro poderá ser concedido ao interessado pela Delegacia Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento avícola, a critério do(s) Serviço(s) Oficial(ais) (Ministério da Agricultura e do Abastecimento e das Secretarias Estaduais de Agricultura em convênio com o MA) de Fiscalização e Fomento e/ou de Defesa Sanitária Animal, condicionado a uma nova vistoria técnica do estabelecimento avícola e à solução dos problemas anteriormente identificados, avaliando a conduta idônea da empresa, através de um novo processo firmado junto àquela Delegacia Federal de Agricultura.

CAPÍTULO IX

Das Disposições Gerais 1. Estão sujeitos à fiscalização dos Serviços Oficiais, os estabelecimentos avícolas mencionados no Capítulo

I destas normas. 2. Os estabelecimentos avícolas constantes no Capítulo I destas normas, ficam obrigados a permitir o acesso,

a qualquer momento, aos documentos e as instalações, observando as normas de biossegurança, ao(s) Médico(s) Veterinário(s) do(s) Serviço(s) Oficial(ais) (Ministério da Agricultura e do Abastecimento e das Secretarias Estaduais de Agricultura, convênio com MA), de Fiscalização e Fomento e Defesa Sanitária Animal.

3. O Serviço de Sanidade Animal da Delegacia Federal de Agricultura, do Estado em que se localiza o estabelecimento avícola, e o Serviço de Sanidade Animal das Secretarias Estaduais de Agricultura, em convênio com o MA, são os organismos responsáveis, na sua área de atuação e competência, pela definição das medidas apropriadas para a solução dos problemas de natureza sanitária, observando o estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária Animal, e no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), da Secretaria de Defesa Agropecuária.

4. As granjas e incubatórios deverão manter registro do controle semestral de potabilidade e do tratamento efetuado na água de abastecimento, dos tratamentos de efluentes líquidos, de limpeza de equipamentos e instalações.

5. Os estabelecimentos avícolas constantes no Capítulo I destas normas, deverão manter registro dos procedimentos de monitorização sanitária, de cada lote de aves e ovos férteis, referentes às doenças contempladas no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). Estes exames deverão ser realizados obrigatoriamente, em laboratório oficial e/ou credenciado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para este fim, estando os laudos e relatórios disponíveis às autoridades veterinárias do(s) Serviço(s) Oficial (ais), sempre que solicitados.

6. Deverão adicionalmente, manter registro referente ao manejo do plantel relativo a cada lote de aves e ovos férteis, constando dados sobre mortalidade, diagnóstico de doenças, monitorização sanitária, tratamentos, vacinações, etc. Os quais deverão estar disponíveis ao (s) médico(s) veterinário(s) do(s) Serviço(s) Oficial(ais), sempre que solicitados.

7. A inobservância das exigências constantes nestas normas, dependendo da situação identificada pelo(s) Serviço(s) Oficial (ais), implicará em adoção das sanções estabelecidas no capítulo VIII destas normas, adicionalmente a:

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7.1. suspensão da autorização para importação, exportação, comercialização e da Guia de Trânsito Animal (GTA) relativa a ovos férteis e aves;

7.2. interdição do estabelecimento, da granja, dos núcleos e/ou dos incubatórios, 7.3. aplicação das medidas sanitárias estabelecidas no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA)

e/ou zootécnicas cabíveis; 8. Os estabelecimentos avícolas constantes no Capítulo I destas normas, que pratiquem o comércio

internacional deverão cumprir adicionalmente, as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento para tal fim, e as exigências dos países importadores.

9. Para importação de ovos férteis e aves de um dia, o interessado, deverá obter parecer técnico prévio da União Brasileira de Avicultura (UBA), conforme estabelecido na Portaria Ministerial nº 116/96, de 29/02/96, e autorização prévia no Serviço de Sanidade Animal (Autorização de Importação) .na Delegacia Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza o estabelecimento avícola. Obs: No caso de importação de outras aves, ornamentais e/ou exóticas, destinadas à reprodução e a produção comercial de carnes, ovos e/ou penas, o interessado deverá obter registro e autorização prévia no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (IBAMA).

10. Os estabelecimentos avícolas com registro no Ministério da Agricultura e do Abastecimento devem remeter ao setor competente do mesmo, na Delegacia Federal de Agricultura, no Estado onde se localiza, o relatório trimestral, conforme modelo padronizado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, sob pena de ter seu registro cancelado.

11. A regulamentação, a normalização e o controle das medidas de biossegurança, são de competência da Secretaria de Defesa Agropecuária, de acordo com o estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária Animal, e no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), da Secretaria de Defesa Agropecuária.

12. A juízo do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, a Secretaria de Defesa Agropecuária, e a Delegacia Federal de Agricultura, dentro das suas áreas de atuação e competência, quando julgarem necessário, poderão convocar e/ou consultar o Comitê Consultivo do Programa Nacional de Sanidade Avícola (CC/PNSA) e os Comitês Estaduais de Sanidade Avícola (COESA´s), para opinar sobre assuntos referentes ao registro e a fiscalização dos estabelecimentos avícolas de que tratam estas normas.

13. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na aplicação desta Instrução Normativa, e em normas complementares, serão dirimidas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, na Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA ) e/ou na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE AVES E OVOS FÉRTEIS

PORTARIA N.º 49, DE 11 DE MARÇO DE 1987 - Regulamenta a importação de animais vivos

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA , no uso de suas atribuições legais, e tendo em

vista o disposto no item XX da Resolução CONCEX n.º 149, aprovada na sessão de 23/02/87 (DOU-25/02/87). RESOLVE:

Art. 1º - A importação de animais vivos, para quaisquer fins e de materiais de multiplicação animal, depende de prévia autorização da Secretaria de Defesa Sanitária Animal SDSA, da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária - SNAD, deste Ministério, que determinará o porto, aeroporto ou posto de fronteira por onde a importação deverá ser realizada, bem como indicará os requisitos de natureza zoossanitária a serem cumpridos no país de origem e após a chegada dos animais, ou dos materiais de multiplicação animal no território nacional.

§ 1° - Estão dispensados da autorização prévia referida neste Artigo, porém sujeitos à apresentação de certificados sanitários oficiais, com atendimento das exigências sanitárias determinadas pela SDSA.

a. cães, gatos e pássaros de vida doméstica, acompanhados ou não de seus proprietários; b. eqüinos destinados a competições hípicas ou turísticas, oficialmente promovidas ou

reconhecidas, com permanência temporária no país. § 2º - A dispensa de que trata o item "a" do parágrafo anterior será concedida para o máximo de 02

cães, 02 gatos ou 04 pássaros de vida doméstica, por pessoa e por família.

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§ 3º - Os cães -guia-de-cego terão livre trânsito, quando acompanhados de seus proprietários.

Art. 2º. Tratando-se de animais domésticos, de interesse econômico, destinados a reprodução, bem como de seus materiais de multiplicação, será necessária e manifestação prévia da Secretaria de Produção Animal, que se pronunciará sobre a conveniência da importação, com base em documentos oficiais apensos ao processo de requerimento, que comprovem a identificação e o valor genético dos reprodutores para melhoria zootécnica do rebanho nacional e indicará os critérios de natureza zoogenética e de fertilidade a serem atendidos para ingresso no território brasileiro.

Parágrafo único - Toda a documentação referente à importação de animais destinadosà reprodução, das diferentes espécies e raças, bem como de seus materiais de multiplicação, tanto para a Certificação Zootécnica prévia de admissão, quanto para os que acompanham a importação por ocasião do ingresso no território nacional, deverá ser em idioma brasileiro, devidamente visado pelo Consulado Brasileiro no país de origem.

Art. 3º - Para efeito de controle sanitário, todo animal ao chegar ao país deverá ser submetido à inspeção veterinária, podendo a autoridade competente determinar seja ele:

a. liberado; b. encaminhado para quarentena, onde será submetido a observação clínica e provas para

diagnóstico de doenças; c. impedido de desembarcar e imediatamente devolvido a origem, as expensas do importador; d. sacrificado, sendo este ato obrigatório para os casos em que forem constatadas doenças

consideradas pela SDSA perigosas para os rebanhos nacionais, ou para os animais cujos importadores não providenciarem o seu retorno a origem no prazo estabelecido pela SDSA.

Art. 4º. A SDSA definirá as espécies animais que devem ser submetidas a quarentena ou

isolamento, de acordo com a situação sanitária do país de origem, a ser realizada em estabelecimento oficial especialmente construído para esse fim ou, excepcionalmente, a critério da SDSA, em outros estabelecimentos oficiais ou privados.

Parágrafo único - A quarentena ou isolamento serão obrigatórios quando se tratar de animais domésticos, de interesse econômico, destinados a reprodução.

Art. 5º - Nos casos em que a quarentena, isolamento ou a premunição contra babesiose e anaplasmose sejam requeridos, a autorização para importação de animais somente poderá ser concedida ao importador que comprove dispor das condições necessárias para realizá- las.

Parágrafo único - As despesas decorrentes da manutenção dos animais em quarentena ou isolamento e da realização da premunição correrão à conta do importador ou do proprietário dos animais.

Art. 6º - Durante o período de quarentena mencionado no Parágrafo único do artigo anterior, os animais deverão ser submetidos à inspeção zootécnica a ser realizada por técnicos da Associação Brasileira de Criadores, delegada pelo Ministério da Agricultura para execução do serviço de Registro Genealógico, para avaliação dos caracteres étnico-morfológicos estabelecidos pelo Registro Genealógico da Raça.

Parágrafo único - Os animais reprovados para inclusão nos Livros de Registro Genealógico Brasileiro, de acordo com o parecer técnico do inspetor de registro, deverão ser devolvidos ao país de origem no prazo de l (uma) semana, às expensas do importador, findo o qual serão encaminhados para o abate.

Art. 7º - Para ingresso no território nacional, todo animal ou material de multiplicação animal importado, deverá estar acompanhado por um certificado zoossanitário internacional de origem, firmado por médico veterinário oficial, no qual deve estar declarado:

a. a identificação do animal ou do doador do material, constando a espécie, a raça, o sexo, a idade, a marca oficial e outras características, julgadas pertinentes;

b. o país de procedência, com a localização do estabelecimento de origem, o nome e o endereço do exportador,

c. o local de embarque e o meio de transporte; d. o país ou os países por onde, eventualmente, irá transitar ou efetuar transbordo; e. o nome e o endereço do importador, f. as garantias sanitárias requeridas pela SDSA.

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Parágrafo Único - Tratando-se de animais domésticos de interesse econômico destinados à reprodução, bem como de seus materiais de multiplicação, além do certificado zoossanitário internacional de origem, os mesmos deverão estar acompanhados de documentos oficialmente reconhecidos, que comprovem as exigências de natureza zoogenética e de fertilidade, estabelecidas pela Secretaria de Produção Animal.

Art. 8º - A entrada, em território nacional, de animais da fauna silvestre alienígena, somente será

permitida uma vez atendida a legislação específica e mediante autorização prévia do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF.

Art. 9º- - Sob o ponto de vista sanitário, todas as importações reunir-se-ão pelo Regulamento do

Serviço de Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto n.º 24.545, de 03 de julho de 1934 e demais dispositivos legais subsequentes.

Parágrafo único - Tratando-se de importações de países onde grassem doenças infecto-contagiosas e parasitárias não existentes, no Brasil, deverá ser observado o disposto no Decreto n.º 38.983, de 06 de abril de 1958, revigorado pelo Decreto n.º 55.292, de 29 de dezembro de 1964.

Art. l0 - A inobservância, pelo importador, de qualquer das exigências contidas na presente Portaria e Normas complementares implicará no impedimento do desembarque e no imediato retorno dos animais ou materiais à origem, no mesmo meio de transporte que os conduziram,

Art. 11 - Para a exportação de animais vivos e materiais de multiplicação animal, deverá ser solicitada ao Serviço de Defesa Sanitária Animal, SERSA, da Delegacia Federal de Agricultura da Unidade de Federação de procedência dos animais ou materiais, com a necessária antecedência, a realização da inspeção sanitária e/ou exames para diagnóstico a doenças, requeridos pelo país importador.

Art. 12 - Somente poderão ser exportados animais ou materiais de multiplicação animal acompanhados de certificado zoossanitário internacional de origem, firmado por médico veterinário do SERSA, atendidas as exigências das autoridades veterinárias dos países compradores e outros constantes das normas sanitárias brasileiras:

Parágrafo único - Tratando-se de animais domésticos de interesse econômico, destinados à reprodução, bem como de seus materiais de multiplicação, os mesmos deverão atender as condições de ordem zoogenético e de fertilidade, requeridas pelo país importador, alem das exigências estabelecidas pela Secretaria de Produção Animal.

Art. 13 - É vedada a exportação de animais da fauna silvestre nativa para quaisquer fins, salvo mediante autorização do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF.

Art. 14 - As importações e as exportações de animais vivos, para quaisquer fins e de materiais de multiplicação animal somente poderão ser efetuados, através de:

a. aeroportos: Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas), Internacional do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Salgado Filho (Porto Alegre), Dois de Julho (Salvador), Guararapes (Recife) e Val-de-Cans (Belém);

b. portos: Rio Grande (Rio Grande do Sul), Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Santos (São Paulo),Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) e Belém (Pará);

c. postos de fronteira: Chuí, Jaguarão, Aceguá, Livramento e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; Foz do lguaçú, no Paraná; Ponta Porã, Bela Vista, Porto Murtinho e Corumbá, no Mato Grosso do Sul; Guajará Mirim, em Rondônia

Parágrafo único - Em caráter excepcional, a SDSA poderá autorizar importações ou exportações através de outros aeroportos, portos e postos de fronteiras.

Art. 15-As Secretarias de Defesa Sanitária Animal e de Produção Animal, nas suas respectivas áreas de atribuições, baixarão as Normas complementares necessárias à execução da Resolução n.º 149 do CONCEX e desta Portaria.

Art. 16 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as Portarias n.º 568, de 23 de outubro de 1967, n.º 328, de 17 de julho de 1986 e demais disposições em contrário.

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ÍRlS REZENDE MACHADO (Publicada no Diário Oficial de 08/03/87)

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DEPARTAMENTO DE DEFESA ANIMAL

REQUERIMENTO PARA AUTORIZAÇÃO DE IMPORTAÇÃO DE ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL.

Sr. Diretor do DDA/DF - Sr. Chefe do SSA (MG-PR-RJ-RS-SC-ou-SP) Solicito autorização para importação da mercadoria a seguir caracterizada, de acordo com a Portaria no. 49/87 do Ministério da Agricultura, para o que prestamos as informações que se seguem: 1. IMPORTADOR. Nome _________________________________________________________________________________ Endereço ______________________________________________________________________________ Cidade________________________________Estado___________CEP ____________________________ Telefone ______________________ Fax ______________________ 2. CARACTERIZAÇÃO DA MERCADORIA A SER IMPORTADA. Descrição da mercadoria a ser importada (espécie animal a partir da qual é obtida, nome, nº d registro junto ao MA) _______________________________________________________________________________ País de procedência ______________________________________________________________________ Nome e endereço do estabelecimento de procedência____________________________________________ ______________________________________________________________________________________ Nome e endereço do exportador ____________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 3. TRANSPORTE. Meio de transporte: ( ) aéreo. ( ) rodoviário. ( ) _______________________________________ Para transporte aéreo: ( ) vôo de linha regular. ( ) vôo fretado misto ou carga. (charter) Local de embarque no país de procedência ____________________________________________________ País de trânsito (quando houver) ___________________________________________________________ Local de entrada no Brasil: ________________________________________________________________ 4. DESTINO DA MERCADORIA. Estabelecimento________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Endereço ______________________________________________________________________________ Município _____________________________ Estado ________________________ 5. LOCAL PARA REALIZAÇÃO DE ISOLAMENTO E/OU PREMUNIÇÃO (qdo. requerido) Estabelecimento _________________________________________________________________________ Endereço ______________________________________________________________________________ Município _____________________________ Estado _______________________ Veterinário responsável ______________________________________________ Telefone _____________________________ Fax _________________________ 6. DOCUMENTOS ANEXOS. ( ) Cópia da fatura pró-forma da mercadoria. ( ) Licença de importação do CITES/IBAMA (Original mais 4 cópias). ( ) Cópia de procuração passada pelo importador (quando for o caso).

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7. CONTATO PARA ESCLARECIMENTOS E OUTROS FINS. ( ) o importador. ( ) outro; indicar:_____________________________________ Nome:_________________________________________________________________________________ Endereço: ______________________________________________________________________________ Cidade _____________________________________ Estado:______________Telefone:_______________ Telex ________________ Fax ________________ ________________________, _____ de _____________________ de ____ _________________________________________________ Assinatura do importador ou de seu representante autorizado

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DECRETO Nº 94.959 DE SETEMBRO DE 1987 - Dispõe sobre a importação de aves matrizes, do gênero Palmípedes, para reprodução e dá

outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III da Constituição Federal, decreta:

Art. 1º - Fica autorizada, em caráter excepcional, por um período de 05 (cinco) anos, a importação

de aves matrizes, do gênero Palmípedes (patos, gansos e marrecos). Art. 12º - As importações serão permitidas desde que conhecidas as normas sanitárias e zootécnicas

expedidas pela Secretaria de Defesa Animal e Secretaria de Produção Animal do Ministério da Agricultura e respeitadas as demias exigências contidas no Decreto nº 55.981 de 22 de abril de 1965.

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em

contrário.

Brasília-DF, em 24 de setembro de 1987; 166º da Independência e 99º da República.

JOSÉ SARNEY Íris Rezende Machado

PORTARIA MINISTERIAL Nº 548 DE 25 DE AGOSTO DE 1995 – Reconhece o Banco da Indústria Avícola e assegura a UBA a sua gestão

operacional

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA AGRÁRIA, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e

Considerando os objetivos da União Brasileira de Avicultura – UBA, como entidade representativa

da indústria avícola nacional; Considerando a estrutura organizacional da União Brasileira de Avicultura – UBA, que congrega as

entidades nacionais e regionais da cadeia produtiva, possibilitando o funcionamento de um eficaz sistema de captação de dados sobre a atividade avícola;

Considerando a importância da disponibilidade de uma base de conhecimento atualizado sobre a

importação e exportação de material genético avícola, alojamento de matrizes e comerciais, produção de pintos de corte e de postura, abate de aves, produção de ovos e de carne de frango, organizada de modo a permitir consultas e estudos sobre o desempenho da avicultura nacional e internacional, resolve:

Art. 1º - Reconhecer o Banco da Indústria Avícola, sob a gestão normativa do Departamento de

Tecnologia e Produção Animal – DTPA, da Secretaria de Desenvolvimento Rural – SDR, como base de indicadores sobre o desempenho do segmento avíc ola nacional.

Art. 2º - Assegurar à União Brasileira de Avicultura – UBA, a gestão operacional do Banco de

Dados mencionado no Art. 1º desta Portaria, para o desenvolvimento de estudos e geração de informações sobre o desenvolvimento da indústria avícola nacional.

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Art.3º - Determinar ao Departamento de Tecnologia e Produção Animal – DTPA, da Secretaria de

Desenvolvimento Rural – SDR, a adoção de providências para elaborar, em colaboração com a União Brasileira de Avicultura – UBA, os modelos de relatórios que possibilitem a manutenção atualizada do Banco de dados e a difusão das informações geradas.

Art. 4º - Os casos omissos e as dúvidas siscitadas na aplicação desta Portaria e normas

complementares, serão dirimidas pelo Departamento de Tecnologia e Produção Animal da Secretaria de Desenvolvimento Rural.

Art. 5º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EDUARDO ANDRADE VIEIRA

PORTARIA Nº 116, DE 29 DE FEVEREIRO DE 1996 – Importação de

aves e ovos férteis destinados à reprodução

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA

AGRÁRIA, no uso da atribuição conferida pelo artigo 87, Parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal e de acordo com o disposto no artigo 13, da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, resolve:

Art. 1º - A concessão de autorização pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento e da

Reforma Agrária para importação de aves e ovos férteis destinados à reprodução, além das exigências de ordem sanitária estabelecidas no Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal deverá obedecer as condições zootécnicas previstas nesta Portaria.

Art. 2 - Os estabelecimentos que se dedicam a multiplicação de material genético avícola, tanto

avozeiros quanto matrizeiros, deverão estar registrados no Departamento de Fiscalização e Fomento da Produção Animal da Secretaria de Desenvolvimento Rural – DFFPA/SDR.

Parágrafo único - A Secretaria de Desenvolvimento Rural baixará normas complementares para o registro dos estabelecimentos que se destinam a reprodução de material genético avícola.

Art. 3º - É permitida a importação de pintos de 1 (um) dia e ovos férteis de raças puras (pedigrees),

de linhagens consangüíneas (bisavós) ou de linhagens para cruzamentos (avós). Art. 4º - As importações de pintos de um dia e ovos férteis de matrizes para reprodução, e de

híbridos comerciais, somente serão autorizadas para produção de: I. Matrizes para a reprodução de linhagens destinadas a produção de galinha caipira, de perus, de

galinha d’angola e do gênero palmípedes (patos, gansos e marrecos). II. Matrizes para testes de desempenho por estabelecimentos avozeiros e matrizeiros, com programa

para avozeiros, pelo período de 12 meses, nas seguintes condições : a) Quantitativo máximo de matrizes para postura comercial – 3.000 (três mil) fêmeas, com os

respectivos machos, divididos em até 3 (três) lotes. b) Quantitativo máximo para corte – 15.000 (quinze mil) fêmeas com os respectivos machos,

podendo estas serem de linhagens diferentes, divididos em até 2 (dois) lotes. § 1º - Todo estabelecimento matrizeiro, com programa para avozeiro, deverá ter projeto técnico

específico para multiplicação de linhagens para cruzamento (avós) aprovado pelo DFFPA/SDR. § 2º - As Matrizes a serem importadas, citadas nos itens I e II, deverão ser procedentes de empresas

de melhoramento genético avícola. § 3º - Os processos de importação referentes à material genético avícola, deverão conter a

especificação do material e parecer técnico da União Brasileira de Avicultura – UBA, comprovando que o estabelecimento dispõe de condições tecnológicas para sua execução.

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Art. 5º - Os parâmetros técnicos específicos que se tornarem necessários, bem como os casos omissos e as dúvidas suscitadas na aplicação desta Portaria serão dirimidos pelo Departamento de Fiscalização e Fomento da Produção Animal da Secretaria de Desenvolvimento Rural, em Instruções de Serviço.

Art. 6º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Portaria nº 704

de 02 de dezembro de 1993.

PORTARIA Nº 144, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1997 – Suspende a entrada em território Nacional de avestruzes, aves ornamentais domésticas e

silvestres e ovos férteis dessas mesmas aves

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83 item IV, do Regulamento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 319, de 6 demaio de 1996, tendo em vista o disposto no Regulamento do Serviço de Defesa Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 03 de julho de 1934 e no Decreto nº55.981 de 22 de abril de 1965.

Considerando a notificação de ocorrência da doença de Newcastle e da Influenza aviária de alta patogenicidade em vários países, segundo informes Semanais do Escritório Internacional de Epizootias (OIE), no decorrer do ano de 1997;

Considerando a ameaça ao plantel avícola nacional, frente ao risco sanitário que representam as

mencionadas doenças, as quais estão incluídas na Lista A de Doenças do OIE; Considerando o isolamento do vírus da doença de Newcastle, amostra velogênica viscerotrópica,

em avestruzes importadas, por ocasião da quarentena de ingresso, e o conseqüente risco de disseminação da referida doença, face ao regime de criação semi-aberto, implantado nas criações de avestruzes e de aves ornamentais;

Considerando situação como emergência sanitária, resolve: Art. 1º – Suspender temporariamente a entrada no Território Nacional de avestruzes e aves

ornamentais domésticas ou silvestres, em criação ou já adultas, e de ovos férteis dessas mesmas aves, de qualquer procedência.

Parágrafo único – Serão canceladas as autorizações de importação já concedidas e ainda não efetivadas.

Art. 2º - As importações ficarão condicionadas à prévia autorização do Departamento de Defesa

Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, que fará a análise de risco caso a caso, levando em conta o seguinte:

I. situação sanitária dos países e zonas de exportação; II. disponibilidade de instalação para quarentena de aves nos locais de ingresso no país; III. adequação da demanda de importação à disponibilidade e a capacidade das instalações para

quarentena e à capacidade instalada de provas laboratoriais. Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ÊNIO ANTÔNIO MARQUES PEREIRA (Of. nº 87/97)

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 14, DE 29 DE JUNHO DE 1999 - Normas Técnicas para Importação e Exportação de Aves de um dia e Ovos Férteis para

incubação, destinados a reprodução

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA do Ministério da Agricultura e do

Abastecimento, no uso da atribuição que lhe confere o Art. nº 83, inciso IV, do Regimento Interno da Secretaria,

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aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998, e da Portaria Ministerial n.º 193, de 19 de setembro de 1994, resolve:

Art. 1º Aprovar as Normas Técnicas para Importação e Exportação de Aves de um dia e Ovos

Férteis para incubação, destinados a reprodução. Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a

Portaria SDA n.º 30, de 10 de junho de 1965 e a Portaria SDA nº 176, de 27 de outubro de 1994.

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA PUBLICADA NA SEÇÃO I do DOU de 1º de julho de 1999

ANEXO

“NORMAS TÉCNICAS PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE AVES DE UM DIA E OVOS

FÉRTEIS PARA INCUBAÇÃO, DESTINADOS A REPRODUÇÃO”

CAPÍTULO I Das Exigências a Serem Cumpridas pelas Empresas que Procedem o Comércio Internacional

1. Os interessados em importar aves e/ou ovos férteis para reprodução, deverão ter seus estabelecimentos

devidamente registrados na Delegacia Federal de Agricultura (DFA) do estado em que estão localizados. 2. O registro será realizado atendendo as normas específicas contidas na Instrução Normativa nº 4, de

30/12/98 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MA), de registro e fiscalização de estabelecimentos avícolas, pelas quais serão classificados, segundo a finalidade a que se destinam como Estabelecimentos Avícolas de Controles Permanentes, que são as granjas de seleção genética de reprodutoras primárias (linhas puras), granjas bisavoseiras, granjas avoseiras, granjas matrizeiras, granjas de aves reprodutoras livres de patógenos específicos (SPF), e os incubatórios destes estabelecimentos.

3. Para importação de ovos férteis e de aves de um dia, o interessado deverá atender o disposto no Decreto nº 55.981, de 22/04/65 que dispõe sobre a importação de aves e de ovos para reprodução e na Portaria Ministerial nº 116 de 29/02/96, sobre concessão e autorização do MA para importação de aves e ovos férteis destinados a reprodução.

4. Obter autorização prévia (Autorização de Importação) no Serviço de Sanidade Animal, da DFA, no estado onde se localiza o estabelecimento avícola.

5. O importador deverá enviar sua programação mensal de importação para o mês seguinte, ao DDA, em Brasília/DF e à DFA de destino, diretamente ou através de seus órg ãos representativos de classe, exceção feita para importações não rotineiras.

5.1. a confirmação de chegada de cada importação deverá ser feita com o mínimo de 20 (vinte) dias antes do desembarque, confirmando data e horário, para programação do laboratório oficial.

5.2. casos excepcionais relacionados ao transporte, serão resolvidos pelo Médico Veterinário oficial do Serviço de Vigilância Aeroportuária (SVA/DFA), que deverá ser imediatamente informado.

CAPÍTULO II Dos Requisitos e Exigências Sanitárias

1. A importação de aves de um dia e ovos férteis somente poderá ser autorizada:

1.1. A partir de país, ou região de um país, livre da doença de Newcastle velogênica, influenza aviária de alta patogenicidade e demais enfermidades exóticas;

1.2. De estabelecimento livre e/ou controlado para Mycoplasma sp e Salmonella sp . 2. O interessado deverá cumprir adicionalmente, as medidas sanitárias e de biossegurança estabelecidas pelo

MA para tal fim.

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CAPITULO III

Da(s) Atribuição (es) do(s) Serviço(s) Oficial(is) Responsável(is) pela Em issão da Autorização de Importação e Fiscalização de Aves de Um Dia e Ovos Férteis Importados

1. Emissão de Autorização de Importação pelo DDA em Brasília/DF, ou pelo Serviço de Sanidade Animal

das DFA’s Classe A, onde se localiza o estabelecimento avícola importador. 2. Fiscalização Sanitária das aves e/ou dos ovos férteis, no momento do desembarque, realizados pelo

Serviço de Vigilância Aeroportuária (SVA/DFA), que deverá lavrar Termo de Colheita de material de amostras biológicas em três vias (1a via laboratório, 2a via importador, e 3a via arquivo emitente).

3. A colheita de material de aves e ovos, originários de qualquer país, para realização de exames laboratoriais será realizada, por ocasião da inspeção veterinária para o desembaraço de entrada no ponto de ingresso (porto, aeroporto ou posto de fronteira), atendendo ao especificado no Capítulo IV destas normas, e encaminhado em embalagem lacrada pelo MA ao laboratório oficial, para realização dos exames constantes no Capítulo V das mesmas.

CAPÍTULO IV

Das Amostras para Exames/Testes Laboratoriais

1. As amostras consistirão de: 1.1. Aves mortas - todas, não excedendo a 20 (vinte) aves; 1.2. Aves vivas-

1.2.1. Aves de um dia - Classificadas segundo sua finalidade como aves procedentes de estabelecimentos de controles permanentes: 20 (vinte) aves por lote, contemplando todas as linhas e respeitando a proporcionalidade entre as mesmas.

1.3. Ovos Férteis: 30 (trinta) ovos por lote ou amostragem a ser determinada pelo DDA, contemplando todas as linhas e respeitando a proporcionalidade e ntre as mesmas.

1.4. Suabes de Fundos de Caixa: todas as caixas, não excedendo a 30 (trinta), sendo um suabe por caixa, agrupados em “pool” de 05 (cinco) caixas, mantidos em água peptonada tamponada a 1%.

2. As amostras colhidas deverão ser devidamente identificadas, lacradas e remetidas imediatamente ao laboratório oficial para a realização dos testes requeridos.

CAPÍTULO V

Da Realização dos Exames/Testes e Remessa de Resultados

1. Em ovos e aves ornamentais de estabelecimentos de controles permanentes, deverão ser realizados os seguintes exames/testes: Pesquisa de Salmonella sp , de Mycoplasma sp , do vírus da doença de Newcastle e do vírus da influenza aviária.

2. Outros exames/testes poderão vir a ser requeridos pelo DDA, a qualquer tempo, na eventualidade de alteração da situação epidemiológica e sanitária do país exportador.

3. Os resultados dos exames/testes deverão ser emitidos em formulário próprio, e comunicados seguindo o fluxograma determinado:

3.1. RESULTADO NEGATIVO: enviar FAX ou outro tipo de comunicação imediata, para o Serviço de Sanidade Animal da DFA do Estado onde se localiza o estabelecimento avícola e para o importador.

3.2. RESULTADO POSITIVO: enviar FAX ou outro tipo de documentação imediata, para o DDA e para o Serviço de Sanidade Animal da DFA do Estado onde se localiza o importador, que notificará ao mesmo.

CAPÍTULO VI Da Incubação, do Isolamento e Quarentena das Aves de Um Dia e Ovos Férteis Importados

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1. As aves de um dia importadas deverão ser mantidas em isolamento, no estabelecimento avícola, ou em quarentenário oficial ou privado, por um período mínimo de 30 (trinta) dias, até sua liberação para incorporação ao plantel residente ou para o estabelecimento de destino.

2. Os ovos férteis deverão ser identificados, incubados e eclodidos em sala e máquinas específicas e exclusivas. O nascimento deverá ocorrer em dia exclusivo dos demais lotes, devendo ser informado ao Serviço de Sanidade Animal da DFA, do estado onde se localiza o incubatório, as datas de nascimento e de transferência, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias.

2.1. Das medidas de biossegurança na incubação: 2.1.1. fica proibida a incubação de ovos de produção diferentes (bisavós, avós e matrizes),

na mesma máquina e mesmo período; 2.1.2. ocorrendo incubação de matrizes em incubatórios de avós, deverão ser atendidos os

critérios sanitários das linhas de avós; 2.1.3. fica proibida a incubação de avós em incubatórios de matrizes que eclodem pintos

comerciais. 3. A liberação pelo Serviço oficial, das aves de um dia, importadas ou daquelas nascidas no território

nacional, produto de ovos férteis importados após isolamento ou quarentena, está condicionada aos resultados dos exames/testes laboratoriais.

4. Durante o período de quarentena o Serviço de Sanidade Animal da DFA em que se localiza o importador, poderá requerer outras colheitas de materiais e exames complementares.

CAPÍTULO VII

Dos Procedimentos Sanitários Adotados em Caso de Resultados Positivos

1. O Serviço de Sanidade Animal da DFA, do estado onde se localiza o importador, dará ciência ao mesmo, determinando adoção das medidas sanitárias requeridas em cada caso, segundo as normas em vigor, decorrente de suspeita ou confirmação de foco das doenças contempladas pelo Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) ou exóticas, conforme estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária Animal.

2. No caso de suspeita, o Serviço de Sanidade Animal da DFA do estado onde se localiza o importador, prorrogará o período de quarentena da propriedade, até o resultado do exame laboratorial.

3. No caso de resultado positivo nos exames laboratoriais indicados no Capitulo II destas normas, e na constatação de qualquer doença exótica no lote importado, que a juízo da autoridade sanitária, possa constituir ameaça aos plantéis avícolas nacionais, as aves serão sacrificadas e destruídas, de acordo com o disposto no Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal e no PNSA.

CAPÍTULO VIII

Dos Requisitos e Exigências Sanitárias para Exportação

1. O estabelecimento exportador deverá estar devidamente registrado na DFA do estado onde se localiza. 2. Cumprir com as exigências sanitárias do país importador. 3. Atender as normas do Regulamento de Defesa Sanitária Animal e do PNSA. 4. No momento do embarque, será realizada a fiscalização sanitária das aves e/ou dos ovos férteis, pelo

SVA/DFA. 5. Os estabelecimentos avícolas de controles permanentes que procedem a exportação de aves e de ovos

férteis, deverão ser monitorizados segundo as portarias de controle e certificação sanitária para micoplasmoses e salmoneloses aviárias da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e demais determinações técnicas específicas do DDA, além de procederem a vigilância epidemiológica da doença de Newcastle e da influenza aviária.

CAPÍTULO IX

Das Disposições Gerais 1. O DDA é o órgão responsável na sua área de atuação e competência, pela definição das medidas

apropriadas para a solução dos problemas de natureza sanitária, observando o estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária Animal, e no PNSA.

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2. Quando no momento da fiscalização oficial, no ponto de ingresso no país, for identificado o não cumprimento dos itens e subitens 1, 2, 3, 4 do Capítulo I desta norma, a critério do Serviço Oficial, poderão ser adotadas medidas de seqüestro do lote importado, para quarentenário designado pelo DDA, ficando o lote sob custódia e monitorização sanitária do Serviço de Sanidade Animal da DFA do estado onde se localiza o quarentenário e/ou o estabelecimento. Dependendo do risco sanitário, poderá ainda ser determinada a destruição de todo o lote importado, no próprio ponto de ingresso.

2.1. As custas de manutenção e sacrifício correrão por conta do interessado. 3. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na aplicação destas normas, e em atos complementares, serão

dirimidas pelo DDA.

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA N° 001/99 - Requisitos para ingresso de Aves de Companhia no Território Nacional.

O Departamento de Defesa Animal (DDA) do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MA)

nas atribuições que lhe confere o Artigo 2º da Portaria nº 144, de 23 de dezembro de 1997, estabelece que: 1. aves de companhia, ou seja, aquelas aves que coabitam com o proprietário, acompanham esta por ocasião de mudança ou de viagens e que destinam-se a endereços residenciais, no máximo quatro exemplares, poderão ingressar no território nacional, acompanhadas do Certificado Zoossanitário Internacional, sem necessidade de autorização emitida previamente pelo MA. 2. o Certificado Zoossanitário Internacional, a que se refere o item anterior, deverá ser emitido pela autoridade sanitária do país de origem, garantindo que durante o período de trinta dias que antecedeu o embarque para o Brasil, a(s) ave(s):

a) não manteve/mantiveram nenhum contato com aves silvestres ou domésticas de criação em fundo de quintal ou de criações industriais;

b) não apresentou/apresentaram nenhuma manifestação clínica de doenças transmissíveis.

Brasília-DF, 14 de Dezembro de 1999

Hamilton Ricardo Farias Diretor do DDA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 7 DE ABRIL DE 2000. – Autoriza a

Secretaria de Produção e Comercialização a certificar a autenticidade de contrato de fornecimento para as exportações de carne de frango

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da

atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II da Constituição, e Considerando a necessidade de se normatizar a certificação de autenticidade de documento

específico exigido pela Comissão das Comunidades Européias para as exportações de carne de frango beneficiadas com as insenções previstas na Rodada do Uruguais – Acordo de Oleaginosas, relativamente a frango brasileiro , resolve:

Art. 1º - Fica a Secretaria de Produção e Comercialização autorizada a certificar a autenticidade do

Contrato de Fornecimento, que lhe forem apresentados, para as exportações de carne de frango destinadas a países membros da União Européia e beneficiadas com as isenções previstas no Regulamento (CE) N° 774/1994, de 29/03/1994, da Comissão das Comunidades Européias.

Art. 2° - Para obter a certificação requerida no Art. 1º desta Instrução Normativa, a empresa

interessada deverá: I. estar habilitada pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento a exportar carne de frango para os

Países membros da Comunidade Européia; e

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II. encaminhar oficialmente à Secretaria de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura e doAbastecimento o Contrato de Fornecimento a ser certificado, com antecedência mínima de 7 (sete) dias úteis em relação à data limite para utilização da cota fixada pela autoridade da União Européia.

Art. 3º - A certificação será concedidad pela expedição do documento cujo modelo constitui anexo

da presente Instrução Normativa. Art. 4º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Marcus Vinicius Pratini de Moraes

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Anexo

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO SECRETARIA DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

Nº 000/00 Certificação de Contr ato de Fornecimento

Supply Contract – Certification Exportador (nome e endereço) Exporter (name and address)

Origem Origin

Importador (nome e endereço) Importer (name and address)

Especificação da cota tarifária Specifications of tariff quota Período Period

Descrição das mercadorias Description of goods Código CN CN code

Regulamento Comunitário – CE Aplicável Applicable Comission Regulation – EC

Porto de embarque Port of shipment

Porto de desembarque Port of landing

Quantidade Solicitada (TM) Request Amount (MT)

Quantidade Solicitada por extenso Request Amount (in full)

CERTIFICAÇÃO OFICIAL OFFICIAL CERTIFICATION Certifico a autenticidade do Contrato de Fornecimento Nº . Os volumes descritos serão confirmados após a oficialização das quantidades outogardas pelas autoridades da União Européia. I hereby certify the authenticity of the Supply Contract Nr. . The volume of gooods specified in this contract must be confirmed by the European Community authority. Local: Data: Assinatura e Chancela: City: Date: Signature and Official Stamp:

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GUIA DE TRÂSITO ANIMAL

PORTARIA N.º 22, DE 13 DE JANEIRO DE 1995 – Modelo da Guia de Trânsito Animal

O Ministro de Estado da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 87, II, da Constituição da República e tendo em vista o disposto no artigo 8º do Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto n.º 24.548, de 03 de junho de 1934 e Decreto-lei n.º 818, de 05 de setembro de 1969, resolve:

Art. 1º - Aprovar o modelo anexo da Guia de Trânsito Animal (GTA), a ser utilizada em todo

território nacional para o trânsito interestadual de animais, assim como de animais destinados ao abate em matadouros abastecedores de mercados internacionais

Art. 2º - A Guia de Trânsito Animal será impressa de acordo com as seguintes especificações

técnicas: a) formato 21,7 cm X 14,8 cm (área de corte), em três vias; b) papel gramatura “off set” 18 kg, “superbond”, com as seguintes cores: 1ª via branca, 2ª via amarelo -canário e 3ª via azul-claro; c) retícula 10% verde, em todas as vias, tendo como fundo o logotipo da defesa animal; d) impressão na cor verde petróleo (referência cromo 6832); e) numeração seqüencial com letra de série e número de seis dígitos. Art. 3º - A Guia de Trânsito Animal, expedida pela entidade estadual de defesa sanitária animal,

será aceita para os fins a que se refere o Art. 1º quando a Secretaria de Estado da Agricultura ou órgão equivalente dos Estados e do Distrito Federal tenha adotado oficialmente, o modelo ora aprovado, acrescido da identificação do Estado e da entidade expedidora no canto superior direito do documento.

Parágrafo Único. A aceitação de que trata este artigo independe do credenciamento prévio dos

funcionários da entidade estadual. Art. 4º - Os Certificados de Inspeção Sanitária Animal (CISA), modelos A, B, C e D, assim como a

Autorização de Trânsito para (ATA), modelo F, já impressos, poderão ser utilizados até 30 de junho de 1995, ficando canceladas após esta data.

Art. 5º - Delegar competência à Secretaria de Defesa Agropecuária, para baixar normas

complementares necessárias à implantação desta Portaria. Art. 6º - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogada as disposições em

contrário.

JOSÉ EDUARDO DE ANDRADE VIEIRA

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FEIRAS E EXPOSIÇÕES

PORTARIA N.º 108, DE 17 DE MARÇO DE 1993 - Normas Técnicas para Organização e Funcionamento das Exposições e Feiras Agropecuárias, Leilões Rurais e dos Colégios de Jurados das Associações Encarregadas da Execução

dos Serviços de Registro Genealógico

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA AGRÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere o Art. 87, parágrafo único, II, da Constituição da República, e

Considerando ser competência deste Ministério zelar pela qualidade genética e sanitária do

rebanho nacional, fatores primordiais para o aumento da produção e produtividade da pecuária; Considerando o disposto nos artigos 10 e 58 do Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária

Animal, aprovado pelo Decreto n.º 24548, de 03 de julho de 1934, resolve: Art. 1º Aprovar as Normas anexas à presente Portaria, serem a observadas em todo o Território

Nacional para a realização de exposições e feiras agropecuárias, leilões de animais e para a formação de Colégio de Jurados das Associações encarregadas da execução dos Serviços de Registro Genealógico.

Art. 2º Delegar competência aos Secretários de Desenvolvimento Rural e de Defesa

Agropecuária para baixarem as normas complementares que se fizerem necessárias. Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em

contrário.

LÁZARO FERREIRA BARBOZA (Publicada no DOU de 18.03.93)

NORMAS TÉCNICAS PARA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS EXPOSIÇÕES E FEIRAS AGROPECUÁRIAS, LEILÕES RURAIS E DOS COLÉGIOS DE JURADOS DAS ASSOCIAÇÕES

ENCARREGADAS DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE REGISTRO GENEALÓGICO

CAPÍTULO I DAS EXPOSIÇÕES E FEIRAS AGROPECUÁRIAS

Art. 1º Compreende-se sob a denominação genérica de exposições e feiras agropecuárias, os

certames que reunam animais domésticos, produtos, insumos e derivados, maquinaria, equipamentos, instalações e serviços com a finalidade de fomentar o intercâmbio regional, nacional e internacional.

Art. 2º As exibições públicas ou certames, para os efeitos destas normas, definem-se: I – EXPOSIÇÃO: Todo certame de natureza promocional e educativas, temporário ou

permanente, com ou sem finalidades comerciais, imediatas em que haja julgamento dos animais.

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II – FEIRA: todo o certame de realização temporária ou periódica, com finalidade comercial definida.

Parágrafo Único. É permitida a realização concomitante de exposição e feira agropecuária. Art. 3º As Exposições e Feiras Agropecuárias são classificadas, quanto a jurisdição, em: I – Municipal – Participação de animais, de uma ou mais espécie ou raça, no âmbito municipal. II – Regional – Participação de animais de uma ou mais espécies ou raças de diversos

municípios no âmb ito do Estado. III – Estadual – Participação de animais, de uma ou mais espécie ou raça no âmbito do Estado. IV – Interestadual – Participação de animais, de uma ou mais espécie ou raça, procedentes de

mais de um Estado. V – Internacional – Participação de animais, de uma ou mais espécie ou raça, procedentes de

qualquer parte do País e que obrigatoriamente conte com representação de outro país. Parágrafo Único. Excepcionalmente, classifica-se como NACIONAL, a exposição autorizada

pela Associação Nacional de Criadores da Raça ou espécie com a finalidade de julgar e premiar os animais campeões nacionais do ano.

Art. 4º As exposições e feiras agropecuárias serão classificadas em duas categorias: I – Especializada – Aquela onde participam animais de uma única raça ou espécie. II – Mista – Aquela em que participam animais de várias espécies ou raças. Art. 5º As exposições e feiras, realizadas no Território Nacional, adotarão denominação

própria, precedida de um número em algarismos romanos, a fim de distinguí-las no tempo. Art. 6º A realização, no País, de exposições e feiras agropecuárias, de qualquer jurisdição e

categoria, será previamente autorizada pela Secretaria de Estado de Agricultura ou órgão correspondente. § 1º Para as exposições de jurisdição interestadual, nacional ou internacional, será requerida,

também, a autorização prévia da Diretoria Federal de Agricultura no Estado ou no Distrito Federal. § 2º A autorização poderá ser concedida inclusive para exposições e feiras agropecuárias não

relacionadas no Calendário Oficial. § 3º Qualquer alteração de datas ou no regimento interno dos certames já autorizados,

dependerá de prévia anuência dos órgãos expedidores da autorização. § 4º As exposições internacionais, além do Regimento Interno, deverão observar as normas

específicas de importação editadas pelo Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, quando da participação de animais de outros países.

Art. 7º A obtenção da autorização de que trata o artigo anterior deverá ser solicitada por

escrito, pelos promotores do evento, juntando o seu Regimento Interno, nos seguintes prazos: a) trinta (30) dias de antecedência, para os certames de jurisdição municipal e regional; b) sessenta (60) dias de antecedência, para os certames de jurisdição estadual, interestadual

e nacional; c) noventa (90) dias de antecedência, para os certames de jurisdição internacional.

Art. 8º O órgão central competente do Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da

Reforma Agrária, publicará anualmente o “Calendário Oficial de Exposições e Feiras Agropecuárias”. § 1º As Diretorias Federais de Agricultura deverão enviar ao Órgão Central do Ministério da

Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, até o dia 30 de outubro de cada ano, a relação dos certames programados para o ano subsequente, com vistas a publicação do “Calendário Oficial de Exposições e Feiras Agropecuárias”.

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§ 2º O não recebimento da relação dos certames programados para o ano subsequente

implicará na exclusão do estado faltoso do “Calendário Oficial de Exposições e Feiras Agropecuárias”. Art. 9º As exposições e feiras agropecuárias somente poderão ser realizadas em recintos

apropriados que possuam as seguintes instalações mínimas: I – local para recepção dos animais, com rampa de desembarque, tronco e currais; II – local para funcionamento dos serviços administrativos e de defesa sanitária animal; III – local para alojamento dos animais; IV – local para isolamento de animais enfermos; V – pista para julgamento de animais; VI – pedilúvios e rodolúvios, em todos os acessos do parque; VII – abastecimento de água e energia elétrica; VIII – instalações sanitárias para uso do público visitante e de serviço; IX – depósito para ração. Parágrafo Único . As Diretorias Federais de Agricultura fiscalizarão os parques de exposições e

feiras e orientarão os promotores dos eventos quanto a elaboração dos respectivos regimentos, com ênfase especial para os aspectos zootécnicos sanitários, no que se refere às exposições interestaduais, nacionais e internacionais.

Art. 10 Todos os animais deverão ser submetidos ao julgamento de admissão. Art. 11 O julgamento de admissão ao parque será realizado por uma comissão,

preferentemente, ou por um único jurado de admissão. Art. 12 Compete aos jurados de admissão: I – conferir a individualização dos animais, através dos documentos de registros, verificando o

correto enquadramento do animal na categoria em que estiver inscrito; II – observar os itens constantes na inscrição para registro, no que diz respeito às causas de

desclassificação; III – verificar os atestados de prenhez das fêmeas; IV – verificar os atestados de fertilidade dos machos; V – eliminar todos os animais que apresentarem defeitos congênitos ou adquiridos que

comprometam a sua função zootécnica; VI – eliminar todos os animais que apresentarem falta de qualidade ou desenvolvimento, falta

de preparo ou trato, em relação ao nível da exposição, e notória falta de adestramento. Art. 13 Para recebimento de reprodutor bovino ou eqüino que tenha atingido a maturidade

sexual, será exigido Certificado Andrológico ou Ginecológico, emitido por Médico Veterinário habilitado de acordo com a Lei n.º 5517/68.

Art. 14 A identificação do animal para admissão no parque de exposição, será feita, conforme

o caso, com a apresentação de: I – certificado de registro genealógico original, ou fotocópia autenticada pelo cartório ou pelo

Serviço de Registro Genealógico da Associação competente; e II – Certificado de controle de genealogia original, ou fotocópia autenticada em cartório ou pelo

Serviço de Registro Genealógico competente; III – Certificado especial de identificação e produção. Parágrafo Único. Serão exigidas provas de desempenho zootécnico para os animais, de

conformidade com a idade, o sexo e aptidão produtiva, em todas as exposições classificadas como Nacionais e Internacionais.

Art. 15 O expositor que fraudar quaisquer documentos para facilitar a admissão de seus

animais ou alterar o julgamento e premiação, ficará impedido de expor em todo o território nacional, por 5

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(cinco) anos consecutivos, sem prejuízo das sanções administrativas próprias do Serviço de Registro Genealógico e as ações de responsabilidade civil cabíveis.

CAPÍTULO II DOS LEILÕES DE ANIMAIS

Art. 16 Fica instituído no âmbito do Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da reforma

Agrária o Cadastro Nacional das Instituições Promocionais de Leilões de Animais. Parágrafo Único. O cadastro será organizado e mantido pelo ministério da Agricultura, do

Abastecimento e da Reforma Agrária, em arquivo eletrônico, podendo ser acessado por instituições oficiais interessadas.

Art. 17 Toda instituição que se dedique a promoção de leilões de animais fica obrigada a se

cadastrar na Diretoria Federal de Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, da Unidade da Federação de sua sede.

Parágrafo Único. Para inscrição no cadastro, as instituições promocionais devem apresentar os

seguintes documentos: I – fotocópia do Contrato Social e suas alterações, devidamente registrado em Junta Comercial

ou Cartório de Registro de Títulos e Documentos; II – fotocópia da inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes. Art. 18 As Diretorias Federais de Agricultura ficam responsáveis pela supervisão das ações

realizadas pelas instituições promocionais de leilões de animais, em suas respectivas áreas de jurisdição. Art. 19 A execução das atividades dos leilões de animais promovidas e organizadas por

empresa especializada, por associações de criadores, ou por sindicatos rurais, é privativa de leiloeiro rural credenciado pelo órgão competente, em conformidade com a legislação vigente (Lei n.º 4021/61).

Art. 20 A cada semestre, as instituições promotora de leilões de animais cadastradas,

apresentarão à Diretoria Federal de Agricultura da respectiva Unidade da Federação relatório das atividades do semestre anterior, contendo:

I – número e o local dos leilões realizados; II – quantidade de animais participantes dos leilões, espécie e estado de procedência; III – quantidade de animais comercializados, p or espécie e estado de destino; IV – valor total das transações e média de preço por animal; Parágrafo Único . As informações a que se refere este artigo, quando for o caso, serão

discriminadas por raça, sexo e idade, devendo ser indicado a existência ou não de registro genealógico controle de genealogia e provas zootécnicas.

Art. 21 As instituições promocionais de leilões de animais somente exercerão suas atividades

após cadast5amento no ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária. Parágrafo Único. As instituições promotoras de leilões de animais terão prazo de 90 (noventa)

dias, a partir da publicação desta Norma, para providenciar o cadastramento de que trata este artigo.

CAPÍTULO III DOS COLÉGIOS DE JURADOS

Art. 22 As Associações Nacionais, detentoras de autorização para execução de registro

genealógico, deverão criar seus Colégios de Jurados, segundo orientação técnica do ministério da Agricultura, do Abastecimento e da reforma Agrária, conforme preceitua o Art. 1º da Lei n.º 4716, de 29 de junho de 1965.

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Art. 23 Os Colégios de Jurados, constituídos por Médicos Veterinários, Engenheiros

Agrônomos ou Zootecnistas têm animais, em exposições e feiras agropecuárias, inclusive com vistas ao Registro Genealógico, bem como:

a) inscre ver os profissionais habilitados e expedir o respectivo credenciamento; b) fiscalizar o exercício da atividade do jurado, bem como denunciar à autoridade

competente o fato que apurar e cuja solução não seja de sua alçada; c) deliberar sobre questões oriundas das atividades dos jurados; e d) realizar, periodicamente, reuniões para fixar e avaliar os trabalhos a seu cargo.

Art. 24 Os Colégios de Jurados serão supervisionados pelo Superintendente do Serviço de

Registro Genealógico (SRG) de cada entidade e administrados por um Coordenador e um Adjunto, ambos jurados efetivos, indicados pelo Superintendente do serviço de Registro Genealógico e nomeados por ato do Presidente da respectiva Associação.

Parágrafo Único. O Coordenador e seu Adjunto exercerão suas funções durante o período de

mandato da Presidência da respectiva Associação, podendo ser reconduzidos para o mandato seguinte. Art. 25 O Conselho Técnico das Associações Nacionais de Criadores elaborará o Regimento

Interno dos respectivos colegiados, definindo as atribuições dos jurados efetivos e auxiliares e, inclusive, critérios para julgamento, baseados em métodos e conhecimentos científicos atualizados, de modo a orientar os criadores no aprimoramento zoogenético dos rebanhos.

Parágrafo Único. O Regimento Interno referido neste artigo será acompanhado de relação

contendo o nome e qualificação do Coordenador, do Adjunto e dos Jurados credenciados e somente entrará em vigor após a aprovação pelo Órgão Técnico da Diretoria Federal do Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, no Estado sede da Associação Nacional.

Art. 26 Os jurados serão de duas categorias: I – Jurado Efetivo II – Jurado Auxiliar § 1º Os Jurados Efetivos e os Jurados Auxiliares serão Médicos Veterinários, Engenheiros

Agrônomos ou Zootecnistas no pleno exercício da profissão. § 2º Os Jurados Auxiliares poderão ser também acadêmicos dos dois últimos semestres do

curso referente a uma das profissões mencionadas neste artigo, desde que regularmente matriculados. Art. 27 Os Jurados Efetivos e Auxiliares serão credenciados pelo Presidente da respectiva

Associação Nacional ou Brasileira. § 1º Na criação dos novos colégios de jurados ficará assegurado o credenciamento dos técnicos

com efetiva atuação nos últimos três anos. § 2º O jurado credenciado só perderá o credenciamento quando cometer falta grava,

devidamente comprovada em processo administrativo, assegurado amplo direito de defesa. Art. 28 Os Colégios de Jurados promoverão anualmente:

a) cursos de atualização para jurados, principalmente em disciplinas de fisiologia, anatomia, nutrição, reprodução e genética de populações.

b) cursos sobre julgamento e inspeção zootécnica, objetivando o registro genealógico e avaliação de animais em exposições e feiras agropecuárias.

Art. 29 Somente os jurados credenciados poderão atuar nos certames constantes do Calendário

Oficial de Exposições e Feiras Agropecuárias, publicado pelo Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária.

§ 1º Os Jurados Efetivos só poderão proceder a inspeção zootécnica e julgar a raça ou grupo de

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raças para as quais estejam credenciados. § 2º As exposições classificadas como municipais ou regionais poderão excepcionalmente

utilizar técnicos não credenciados, para os julgamentos dos animais e xpostos. § 3º A critério do Colegiado, em caráter excepcional, mas não permanente, poderá ser

convidado a participar como jurado pessoa de reconhecida capacidade e conhecimento zootécnico, desde que já venha julgando animais em exposições agropecuárias há mais de cinco anos.

Art. 30 Será obrigatório o comentário técnico em terminologia zootécnica adequada, após o

julgamento de cada categoria. Art. 31 A sumula oficial do julgamento identificará os animais premiados de acordo com a

classe, categoria e sexo, e, as classificações consignadas serão, obrigatoriamente, arquivadas no Serviço de Registro Genealógico da respectiva raça ou espécie, em condições de ser fornecida ao proprietário a qualquer tempo.

Art. 32 As peculiaridades de cada espécie ou raça, serão contempladas no Regimento Interno

do Colégio de Jurados, sem prejuízo do disposto nestas Normas.

CAPÍTULO IV DO CONTROLE SANITÁRIO DAS EXPOSIÇOES, FEIRAS, LEILÕES E OUTRAS

AGLOMERAÇÕES DE ANIMAIS Art. 33 As exposições e feiras agropecuárias somente poderão ser realizadas uma vez

autorizadas na forma estabelecida no Art. 6º destas Normas, devendo o seu Regimento Interno contemplar: a) os requisitos de natureza zoossanitária – testes para diagnostico de doenças, vacinações

e tratamentos -, requeridos em caso segundo a espécie animal a que se refira; b) uma Comissão de Defesa Sanitária Animal que deverá incluir, pelo menos, um médico

veterinário do serviço oficial local, a qual será responsável pela inspeção sanitária dos animais antes de sua admissão no re cinto do certame, pela assistência veterinária aos animais e pela inspeção sanitária dos animais antes de sua retirada do recinto da exposição ou da feira.

Art. 34 Os leilões de animais somente serão realizados após autorização do serviço de defesa

sanitária animal, da Secretaria de Estado de Agricultura ou órgão correspondente, da localidade onde se efetivará o evento, exceto aqueles em que participam apenas animais criados no estabelecimento onde o evento se efetivará.

Art. 35 A solicitação de autorização para realização de um leilão deve ser efetuada pelos

promotores do evento, no mínimo com 3 (três) dias úteis de antecedência, indicando: a) local e data de realização do leilão; b) quantidade de animais, por espécie, sexo, idade; c) procedência dos animais (estado e município); d) nome do médico veterinário, autônomo ou oficial, responsável pela assistência

veterinária aos animais. § 1º Caso o médico veterinário indicado seja um profissional autônomo, deverá ser anexada

uma declaração de responsabilidade, firmada pelo mesmo, dispensada quando se tratar de médico veterinário oficial.

§ 2º No caso de médico veterinário sem vínculo com o Serviço Público Federal, o mesmo deverá estar credenciado na forma do Decreto-Lei n.º 818, de 5 de setembro de 1969, e da Portaria Ministerial n.º 9, de 8 de janeiro de 1970.

§ 3º A responsabilidade de médico veterinário autônomo não suprime a fiscalização sanitária do evento por médico veterinário oficial.

Art. 36 Ao médico veterinário responsável pela assistência veterinária aos animais

participantes do leilão são atribuídas as seguintes incumbências:

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a) assegurar-se de que o recinto e as instalações onde será realizado o leilão sejam adequadas à manutenção dos animais a serem leiloados, segundo a espécie, bem como que tenham sido limpos e desinfetados antes de permitir o acesso dos animais;

b) efetuar a inspeção sanitária dos animais e verificar a documentação sanitária que os acompanha, autorizando o seu ingresso no recinto do leilão;

c) prestar assistência médico veterinária aos animais, notificando imediatamente ao serviço de defesa sanitária animal local a ocorrência ou suspeita de ocorrência de doença transmissível;

d) autorizar a retirada dos animais do recinto do leilão, efetuando inspeção sanitária dos mesmos e expedindo a documentação sanitária que corresponda.

Art. 37 Ao final do leilão, o médico veterinário responsável deverá apresentar ao serviço de

defesa sanitária animal local um relatório sintético, contendo: a) quantidade de animais participantes, por espécie, sexo, idade e procedência

(município e estado); b) destino dos animais comercializados ou não (estabelecimento, município, estado); c) cópia dos atestados sanitários recebidos e expedidos; d) as ocorrências sanitárias verificados durante o leilão e as medidas adotadas.

Art. 38 Para serem admitidos nos recintos das exposições, feiras e leilões, os animais devem estar identificados individualmente, segundo a espécie:

a) os bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, caprinos e coelhos, de forma permanente, por numeração a fogo, tatuagem, ou outra forma de identificação permanente aprovada;

b) os eqüinos, por passaporte ou resenha gráfica, expedidos por autoridade competente; § 1º Os bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos, para cria, recria ou engorda, com destino

final o abate, ou destinados diretamente ao abate, podem estar identificados por lote, com a marca do criador segundo o estabelecimento de criação de procedência.

Art. 39 Os veículos transportadores de animais, devem ser lavados e desinfetados após o

desembarque dos mesmos. Art. 40 Todos os animais serão obrigatoriamente examinados opor médico veterinário na

entrada dos recintos das exposições e feiras agropecuárias e dos leilões, sendo admitidos quando não apresentarem sinais clínicos de doenças e estejam livres de parasitas externos, assim como acompanhados da documentação sanitária requerida segundo a espécie animal, regularmente expedida por médico veterinário no local de procedência.

Art. 41 No caso de ocorrência ou suspeita de ocorrência de doença transmissível durante a

realização das exposições, feiras ou leilões de animais, a autoridade veterinária deverá isolar os animais doentes ou suspeitos, em local adequado, podendo ainda determinar a interdição do recinto e áreas circunvizinhas, adotando as demais medidas sanitárias julgadas necessárias e previstas na legislação pertinente, de acordo com a doença diagnosticada.

Art. 42 A retirada de animais do recinto das exposições, feiras e leilões, em qualquer hipótese,

somente poderá ser efetuada com autorização de membro da Comissão de Defesa Sanitária Animal, ou do médico veterinário responsável no caso de leilões, que expedirá o certificado sanitário correspondente.

Art. 43 Os casos omissos e as dúvidas suscitadas serão dirimidos pelas Diretorias Federais de

Agricultura nos Estados e no Distrito Federal, ou pelas Secretarias de Desenvolvimento Rural e Defesa Agropecuária, conforme o caso.

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PORTARIA N.º 162, DE 18 DE OUTUBRO DE 1994 - Normas complementares que versam sobre a Fiscalização e o Controle Zoossanitário das Exposições, Feiras, Leilões e outras aglomerações de animais, em todo

território Nacional O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere o Artigo

78, item VI, do regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial n.º 212, de 21 de agosto de 1992, e tendo em vista o disposto no Artigo 2º da Portaria Ministerial n.º 108, de 17 de março de 1993, resolve:

Art. 1º Aprovar as Normas complementares anexas à presente Portaria, baixadas pelo Departamento de Defesa Animal, que versam sobre a Fiscalização e o Controle Zoossanitário das Exposições, Feiras, Leilões e outras aglomerações de animais, em todo território Nacional.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogada as disposições em

contrário.

TÂNIA MARIA DE PAULA LYRA

ANEXO

NORMAS COMPLEMENTARES À PORTARIA MINISTERIAL N.º 108, DE 17 DE MARCO DE 1993,

SOBRE A FISCALIZAÇÃO E O CONTROLE ZOOSSANITÁRIO DE EXPOSIÇÕES,FEIRAS, LEILÕES E OUTRAS AGLOMERAÇÕES DE ANIMAIS, EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL

CAPÍTULO I

DA AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA A REALIZAÇÃO DE EXPOSIÇÕES, FEIRAS LEILÕES E OUTRAS AGLOMERAÇÕES DE ANIMAIS

Art. 1º A realização de exposições e feiras de animais será previamente autorizada pelo órgão de

defesa sanitária animal do Estado ou do Distrito Federal, conforme previsto no art. 6º da Portaria n.º 108, de 17 de março de 1993, do Ministro de Estado da Agricultura, do Abastecimento e Reforma Agrária.

§ 1º Para as exposições e feiras de jurisdição interestadual, nacional ou internacional, será requerida também autorização prévia da Diretoria Federal de Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária no Estado ou no Distrito Federal.

§ 2º A autorização deverá ser solicitada nos seguintes prazos: a) – trinta (30) dias de antecedência, para os certames de jurisdição municipal e regional; b) – sessenta (60) dias de antecedência, para os certames de jurisdição estadual, interestadual e

nacional; c) - noventa (90) dias de antecedência, para os certames de jurisdição internacional.

Art. 2º A realização de leilões depende de autorização prévia da autorização prévia da autoridade veterinária da localidade, exceto aqueles em que participem apenas animais criados no próprio estabelecimento onde o mesmo se efetivará.

Art. 3º A solicitação de autorização para a realização de leilão deverá ser efetuada aos animais, anexando declaração de responsabilidade técnica, no caso de profissional autônomo, firmada pelo mesmo.

pelo promotor d evento, com no mínimo três (3) dias úteis de antecedência, indicando: I – Local e data de realização; II - quantidade de animais, por espécie, sexo e idade; III – procedência dos animais (município e estado);

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IV - nome do médico veterinário, autônomo ou oficial, responsável pela assistência veterinária aos animais, anexando declaração de responsabilidade técnica, no caso de profissional autônomo, firmada pelo mesmo.

CAPÍTULO II DO REGIMENTO INTERNO DA EXPOSIÇÕES, FEIRAS E LEILÕES DE ANIMAIS

Art. 4º Os promotores de exposições, feiras e leilões de animais devem elaborar um Regimento Interno do evento, com a anterioridade necessária, para distribuição aos expositores criadores participantes do certame por ocasião da respectiva inscrição.

Art. 5º O Regimento Interno do evento, previsto no art. 7º da Portaria Ministerial nº 108, de 17 de março de 1993, deve obrigatoriamente incluir, entre outros:

I – os requisitos sanitários gerais e específicos – testes para diagnóstico de doenças, vacinações e tratamentos - , requeridos para admissão dos animais no recinto do certame, segundo a espécie e finalidade;

II – no caso de exposições e feiras, a indicação dos médicos veterinários componentes da Comissão de Defesa Sanitária Animal;;

III – no caso de leilões, indicação do médico veterinário responsável pela assistência veterinária aos animais;

IV – data e hora limites para entrada dos animais no recinto do certame.

CAPÍTULO III DAS INSTALAÇÕES

Art. 6º A realização de exposições, feiras e leilões de animais somente poderá ser autorizada nos recintos que disponham das seguintes instalações:

I – local para recepção de animais, com rampa de desembarque, tronco ou brete e currais; II – local para funcionamento dos serviços administrativos e de defesa sanitária animal; III – local para alojamento de animais; IV – local para isolamento de animais enfermos; V – pista para julgamento de animais; VI – pedilúvios e rodolúvios, em todos os acessos ao parque; VII – abastecimento de água e energia elétrica; VIII – instalações sanitárias para uso do público visitante e de serviço; IX – depósito de ração.

Parágrafo Único – para os leilões, não serão requeridas as instalações indicadas nos itens IV, V e

IX.

Art. 7º As instalações por onde circulem e permaneçam os animais, inclusive os pisos, deverão ser construídas de materiais resistentes e que permitam sua completa limpeza e desinfecção.

Art. 8º As instalações por onde tenham circulado ou permanecido os animais , deverão ser lavadas e desinfetadas após a saída mesmos ou pelo menos vinte e quatro (24) horas antes da entrada de novo lote de animais, de forma satisfatória para a autoridade veterinária local.

Parágrafo Único. No caso de recintos d leilões não calçados ou com piso de terra, devera ser

removido todo esterco e materiais eventualmente utilizados (serragem, pilha etc.), antes da entrada de novo lote de animais , sendo aplicado ao piso e instalações um desinfetante apropriado, de forma satisfatória para a autoridade veterinária.

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Art. 9º Na desinfecção dos recintos e instalações de que trata o artigo anterior, poderão ser utilizados, entre outros, o carbonato de sódio a 4%, o hidróxido de sódio (soda cáustica) a 2% e óxido de cal (cal apagada) a 5%.

CAPÍTULO IV

REQUISITOS SANITÁRIOS PARA EMISSÃO DE GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL PARA ANIMAIS DESTINADOS ÀS EXPOSIÇÕES, FEIRAS E LEILÕES

SEÇÃO I

REQUISITOS GERAIS

Art. 10 na emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), para a participação de animais em exposições, feiras e leilões, devem ser cumpridos os seguintes requisitos:

I – os animais devem apresentar-se em bom estado de saúde, sem sinais de doença e livres de parasitas externos;

II – os animais devem proceder de estabelecimento onde, nos 60 dias anteriores à data de emissão da autorização, não tenha havido ocorrência clínica de doença transmissível para a qual a espécie seja suscetível;

III – os animais devem estar identificados de acordo com o estabelecimento por estas Normas Complementares.

SEÇÃO II

REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA BOVINOS E BUBALINOS.

Art. 11 Na emissão de GTA para bovinos e bubalin os, para participação em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais, devem ser observados os seguintes requisitos:

I – para a febre aftosa: a) - procedência de estabelecimento onde, nos 60 dias anteriores ao início do certame, não tenha

sido contatado nenhum caso de febre aftosa, assim como nas circunvizinhanças do mesmo, no 30 dias anteriores; b) – vacinação contra a febre aftosa, de acordo com norma vigentes, realizada no máximo até 6

meses antes do início do certame; c) – os bovinos e bubalinos com menos de doze (12) meses de idade na data de emissão da GTA,

devem comprovar o mínimo de duas (2) vacinações para a participação em leilões; d) - segundo a situação epidemiológica verificada na região de procedência e para bovinos com

menos de dezoito (18) meses de idade, caso sejam decorridos noventa (90) dias ou mais da última vacinação contra a febre aftosa, poderá ser requerida a revacinação dos mesmo, a realizar-se na procedência ou quando da admissão no recinto da exposição, feira ou leilão;

e) – a critério das autoridades veterinárias estaduais e segundo a situação epidemiológica verificada para a febre aftosa, assim como de acordo com os recursos disponíveis para a fiscalização, os leilões de bovinos de rabanho geral poderão ser suspensos durante a etapa de vacinação contra a febre aftosa;

II – para a brucelose bovina (Br. Abortus); a) – prova de soroaglutinação negativa, efetuada até 60 dias antes do início do certame, exceto para

machos bovinos e bubalinos para cria , recria ou engorda, castrados ou não cujo destino final seja o abate, ou para abate imediato;

b) – no caso de fêmea com até 30 meses de idade, vacinadas entre 3 e 8 meses de idade com vacina B-19, o teste laboratorial pode ser substituído pelo atestado de vacinação;

c) - A critério das autoridades veterinárias estaduais, o teste q que se refere o item II. a poderá ser dispensado para bovinos de rebanho geral (não) registrados ou controlados) , para participação em leilões.

III – para a tuberculose bovina, tuberculinização intradérmica, efetuada até 60 dias antes do início do certame, para bovino e bubalinos com doze (12) meses ou mais de idade, exceto para bovinos e bubalinos para cria, recria ou engorda, cujo destino final seja o abate, ou para abate imediato.

SEÇÃO III

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REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA EQUÍDEOS

Art. 12 Na emissão de GTA para equídeos, para participação em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais, devem ser observados os seguintes requisitos:

I – para a anemia infecciosa eqüina (AIE), teste laboratorial negativo, efetuado nos seguintes prazos, contados antes do início do certame:

a) – até cento e oitenta (180) dias, para equídeos procedentes de entidades controladas; b) – até sessenta (60) dias, nos demais casos:

II – vacinação contra a gripe eqüina (tipo A) efetuada entre o mínimo de quinze (15) dias e o

máximo de cento e oitenta (180) dias antes da data do início do certame, quando for o caso, de acordo com a situação epidemiológica da doença.

SEÇÃO IV REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA SUÍNOS

Art. 13. Na emissão de GTA para suínos, para participação em exposições, feiras, leilões e outras

aglomerações de animais, devem ser observados os seguintes requisitos: I – para a peste suína clássica (PSC): a)– nas exposições, feiras e leilões realizados nas regiões controladas, onde a vacinação contra a

PSC não é permitida, os suínos devem proceder de região de igual situação sanitária e de estabelecimento onde não haja registro de PSC nos 180 dias anteriores à data de início do certame;

b) – nas exposições, feiras e leilões realizados nas regiões onde a vacinação contra a PSC é permitida, os suínos devem proceder de estabelecimentos onde não haja registro de PSC nos 180 dias anteriores à data de início do certame e devem comprovar a vacinação contra a PSC efetuada até 180 dias antes do início do certame;

II – para a febre aftosa, devem proceder de estabelecimento onde, nos 60 dias anteriores ao início do certame, não tenha sido constatado nenhum caso de febre aftosa, assim como nas circunvizinhanças do mesmo, nos 30 dias anteriores;

III- para a brucelose, tuberculose e doença de Aujeszky, os reprodutores, machos e fêmeas, devem proceder de rebanhos oficialmente livres dessas doenças, comprado por certificado oficial expedido pela autoridade veterinária competente do local de procedência.

SEÇÃO V REQUISITOS ESPEÍFICOS PARA CAPRINOS

Art. 14 Na emissão de GTA para caprinos, para participação em exposições, feiras, leilões e

outras aglomerações de animais, devem ser observados o s seguintes requisitos: I – Para a febre aftosa, procedência de estabelecimento onde, nos 60 dias anteriores ao início do

certame, não tenha sido constatado nenhum caso de febre aftosa, assim como nas circunvizinhanças do mesmo, nos 30 dias anteriores;

II- para a artrite encefalite caprina (CAE): a) – os reprodutores, machos e fêmeas, com mais de um ano de idade, devem apresentar resultado

negativo ao teste de imunodifusão em gel ágar para diagnóstico da CAE, realizado até cento e oitenta (180) dias antes do início do certame; -ou-

b) – a critério das autoridades veterinária estaduais, na impossibilidade de realização do teste laboratorial, devem proceder de rebanho onde não tenha havido manifestação clínica da CAE nos centro e oitenta (180) dias anteriores ao início do certame.

SEÇÃO VI REQUSITOS ESPECÍFICOS PARA OVINOS

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Art. 15 Na emissão de GTA para ovinos, para participação em exposições, feiras, leilões e outras

aglomerações de animais, devem ser observados os seguintes requisitos: I – para a febre aftosa, procedência de estabelecimento onde, nos 60 dias anteriores ao início do

certame, não tenha sido constatado nenhum caso de febre aftosa, assim como nas circunvizinhança do mesmo, nos 30 dias anteriores;

II – para a brucelose (Br. ovis): a) – os machos reprodutores devem apresentar resultado negativo ao teste de imunodifusão em gel

ágar, realizado até sessenta (6) dias antes do início do certame; - ou - b) – a critério das autoridades veterinárias estaduais, na impossibilidade de realização do teste

laboratorial, exame clínico detalhado para verificação de epididimite ovina.

SEÇÃO VI REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA AVES DOMÉSTICAS

Art. 16 Na emissão de GTA para aves domésticas, para participação em exposições, feiras, leilões

e outras aglomerações de animais, devem ser observados os seguintes requisitos: I – para a pulorose, teste laboratorial negativo realizado até sessenta (60) dias antes da data de

início do certame, para aves em criação ou já adultas; II – vacinação contra a doença de Ne wcastle, segundo a idade da ave.

SEÇÃO VII

REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA OS LAGOMORFOS

Art. 17 Na emissão de autorização para o trânsito de coelhos, para participação em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais, deve ser requerida a procedência de estabelecimento de criação onde não tenha havido registro de mixomatose nos cento e oitenta dias (180) dia anteriores à data de início do certame.

SEÇÃO VIII OUTROS REQUISITOS

Art. 18 A GTA, os atestados ou certificados de exames laboratoriais, de testes alérgicas e de

vacinações, devem acompanhar os animais e serão apresentados à CDSA ou ao médico veterinário responsável, para entrada no recinto das exposições, feiras e leilões.

Art. 19 A critério das autoridades veterinárias estaduais ou do Distrito Federal e considerada a situação epidemiológica da Unidade Federativa ou da região onde se realiza o certame, poderá ser requerido o cumprimento de outros requisitos sanitários, inclusive testes para diagnóstico de doenças e vacinações, para a participação de animais em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações.

CAPÍTULO V ADMISSÃO DE ANIMAIS NO RECINTO DAS EXPOSIÇÕES, FEIRAS E LEILÕES

Art. 20 Todos os animais serão obrigatoriamente examinados por médico veterinário, em local

apropriado, antes de sua admissão no recinto da exposição, feira ou leilão, somente sendo permitido o ingresso de animais:

I – identificados individualmente ou por lote, de acordo com o disposto nesta Normas Complementares;

II – acompanhados de documentação sanitária regularmente expedida no local de procedência, identificando os animais e comprovando o cumprimento dos requisitos sanitários gerais e específicos, segundo a espécie animal;

III – declarados sadios e livres de ectoparasitas, após inspeção sanitária.

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Art. 21 – Não será permitido, no recinto das exposições, feiras e leilões e outras aglomerações, o

ingresso de animais acometido ou suspeitos de doença transmissível, de animais reagentes aos testes laboratoriais ou alérgicos requeridos assim como de animais portadores de ectoparasitas.

Parágrafo Único. No caso de doença transmissível a proibição de ingresso estende-se aos animais suscetíveis que tiveram contato com os animais doentes.

Art. 22 Os animais cujo ingresso no recinto da exposição, feira ou leilão não tenha sido permitido, deverão retornar imediatamente ao estabelecimento de procedência.

Parágrafo Único. Quando se t ratar de animais acometidos ou suspeitos de doença transmissível, a critério da autoridade veterinária da jurisdição, deverão ser mantidos isolados em local adequado, adotando-se as demais medidas previstas para o caso na legislação pertinente, federal e estadual.

CAPÍTULO VI IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS

Art. 23 Os bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, caprinos e coelhos, deverão estar identificados

individualmente de forma permanente por número colocado a fogo, tatuagem ou outra forma aprovada. Parágrafo Único. Os bovinos, bubalinos, suínos, ovinos caprinos e coelhos, para criação, cuja destinação final seja o abate, ou destinado ao abate imediato , poderão ser identificados por lote, com a marca a fogo do criador ou outra forma, segundo o estabelecimento ou rebanho de procedência.

Art. 24 Os eqüinos deverão estar acompanhados de passaporte, atestado ou certificado regularmente expedido por autoridade competente que contenha resenha gráfica individual.

Art. 25 Os animais de espécie não mencionadas nos artigos 24 e 25 deverão estar identificados segundo o adotado para a espécie.

CAPÍTULO VII

DA ASSISTÊNCIA VETERINÁRIA

Art. 26 A assistência médico veterinária aos animais durante a realização dos certames será efetuada:

I – por uma comissão de Defesa Sanitária Animal (CDSA), previamente designada, a qual deve incluir pelo menos um médico veterinário oficial do órgão de defesa sanitária animal jurisdição, nas exposições e feiras de qualquer categoria;

II – nos leilões, por um médico veterinário, oficial ou autônomo, previamente designado ou contratado pelos promotores do evento.

Art. 27 Incumbe à CDSA e ao médico veterinário mencionado no item II do artigo anterior: I – assegurar-se que as que as instalações para os animais tenham sido previamente limpas e

desinfetadas, pelo menos vinte e quatro (24) horas antes do ingresso dos animais; II – efetuar a inspeção sanitária dos animais, antes do seu ingresso no recinto do certame; III – verificar a documentação sanitária que acompanha os animais e o cumprimento dos requisitos

gerais e específicos, segundo a espécie animal e finalidade; IV – prestar atenção médica a animal que a necessite, caso o seu proprietário não disponha de

médico veterinário próprio; V – autorizar a aplicação de medicamentos nos animais; VI – autorizar a saída dos animais do recinto do certame, efetuando a inspeção sanitária dos

mesmo e expedindo a documentação sanitária que corresponda.

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Art. 28 A ocorrência ou suspeita de qualquer doença nos animais durante o certame, deverá ser imediatamente comunicada à CDSA ou ao médico veterinário responsável, para adoção da providências necessárias segundo a natureza da ocorrência.

Art. 29 No caso de ocorrência ou suspeita de ocorrência de doença transmissível durante a realização do certame, a autoridade veterinária isolará os animais dentes ou suspeitos, em local adequado, e determinará a interdição do recinto e áreas circunvizinhas, adotando as demais medidas sanitárias julgadas necessária e previstas na legislação pertinente, federal e estadual.

Art. 30 A interdição mencionada no artigo anterior poderá abranger todo o recinto do certame ou parte dele, inclusive áreas circunvizinhas onde se mantenham animais suscetíveis à doença suspeita ou diagnosticada, implicado no impedimento da movimentação dos animais existentes pelo prazo necessário, a critério da autoridade veterinária local.

Art. 31. No caso de ocorrência de doença não transmissível, o tratamento do animal poderá ser conduzido sob a responsabilidade de médico veterinário da confiança do proprietário, com prévia anuência da CDSA ou do médico veterinário responsável.

Art. 32 Ao final da exposição, feira ou leilão, a CDSA ou médico veterinário responsável, deverá

apresentar ao órgão de defesa sanitária animal da jurisdição um relatório sintético, contendo: I – quantidade de animais participantes por espécie, sexo, idade e procedência (município e

estado); II – destino dos animais comercializados ou não, indicando o estabelecimento, município e estado,

por espécie; III – as ocorrências sanitárias verificadas durante o evento, com as medidas adotadas; IV – cópia dos atestados ou certificados sanitários recebidos e expedidos.

CAPÍTULO VIII DA PARTICIPAÇÃO DE ANIMAIS DE OUTROS PAÍSES

Art. 33 Será admitida a participação de animais de outros países nas exposições, feiras e leilões,

regularmente importados segundo as normas em vigor, sempre que cumpram com os requisitos sanitários gerais e específicos previstos nesta Normas Complementares e outros que venham a ser estabelecidos de acordo com o país de procedência.

Art. 34 Para serem admitidos no recinto das exposições, feiras e leilões, os animais procedentes de outros países deverão Ter entrado em território nacional há pelo menos quinze (15) dias, para as espécies suscetíveis à febre aftosa e sete (7) dias, para as demais espécies, mantidos em local adequado sob observação até o início do evento, sendo vedada a admissão no recinto do evento de animais procedentes diretamente do exterior.

Parágrafo Único – o previsto no “caput” deste artigo não se aplica a animais procedentes diretamente de exposições realizada em um dos países integrantes do MERCOSUL, acomp anhados de documentação zoossanitária expedida por médico veterinário oficial do país de procedência, atendendo as normas estabelecidas especificamente para o trânsito ente exposições oficiais.

Hamilton Ricardo Farias Diretor do DDA

INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS DESTINADOS A

ALIMENTAÇÃO ANIMAL

DECRETO Nº 76.986 – DE 6 DE JANEIRO DE 1976 - Regulamenta a Lei n. 6.198 (*), de 26 de dezembro de 1971, que dispõe sobre a Inspeção e a

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fiscalização obrigatórias dos produtos destinados à alimentação animal, e dá outras providências.

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da

Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 7º, da Lei n. 6.198, de 26 de dezembro de 1974, decreta:

CAPÍTULO I Dos Órgãos de Fiscalização

Art. 1º - A inspeção e a fiscalização dos produtos destinados à alimentação animal são regulados de

conformidade com as normas previstas neste Regulamento. Art. 2º - A execução da inspeção e da fiscalização de que trata este Regulamento é atribuição do

Ministério da Agricultura, através da Divisão de Nutrição Animal e Agrostologia – DNAGRO, do Departamento Nacional da Produção Animal – DNPA.

Art. 3º - O Ministério da Agricultura poderá celebrar convênios com os Estados, Distrito Federal e

Territórios, para a execução de serviços relacionados com a inspeção e a fiscalização previstas neste Regulamento, com atribuição de receita.

CAPÍTULO II

Dos Produtos e Estabelecimentos

Art. 4º - Ficam sujeitos à inspeção e à fiscalização todos os produtos empregados; ou suscetíveis de

emprego na alimentação animal, observadas as seguintes definições: I. alimento: toda substância que, consumida pelo animal, é capaz de contribuir para a manutenção de

sua vida e sobrevivência da espécie à qual pertence; II. ingrediente: qualquer matéria-prima utilizável na composição de uma ração, concentrado ou

suplemento; III. ração animal: qualquer mistura de ingredientes capaz de suprir as necessidades nutritivas para

manutenção, desenvolvimento e produtividade dos animais a que se destine; IV. concentrado: mistura de ingredientes, que adicionada a um ou mais alimentos, em proporções

adequadas e devidamente especificadas pelo fabricante do concentrado, constitua uma ração animal; V. suplemento: ingrediente ou mistura de ingredientes capaz de suprir a ração ou concentrado, em

vitaminas, aminoácidos ou minerais, sendo permitida a inclusão de aditivos; VI. sal mineralizado: mistura de micro e macroelementos minerais, com cloreto de sódio, para ser

administrada isolada e diretamente aos animais. VII. aditivo: substância intencionalmente adicionada ao alimento, com a finalidade de conservar,

intensificar ou modificar suas propriedades, desde que não prejudique seu valor nutritivo, como os antibióticos, corantes, conservadores, antioxidantes e outros;

VIII. aditivo incidental: substâncias residuais ou migradas, presentes no alimento como decorrência das fases de produção, beneficiamento, acondicionamento, estocagem e transporte do alimento ou das matérias primas nele empregadas, tais como defensivos agrícolas e similares;

IX. ração medicamentosa: é a ração animal adicionada de substâncias medicamentosas e destinada exclusivamente ao tratamento de doenças;

X. componente grosseiro: ingredientes de baixo valor nutritivo, tais como: casca de arroz, de amendoim, de aveia e de algodão, palha e sabugo de milho, bagaço de cana e semelhantes.

§ 1º - Para efeito deste Regulamento, entende-se como ração balanceada, a ração animal, o concentrado e o suplemento, definidos nos itens III, IV e V deste artigo.

§ 2º - Os grãos e sementes des tinados à alimentação animal, quando expostos à venda “in natura”, ficam dispensados das exigências de que trata este artigo.

§ 3º - Os fenos, quando expostos à venda, moídos, estão sujeitos às exigências deste artigo. § 4º - As matérias-primas dos suplementos, quando utilizadas exclusivamente na elaboração dos

mesmos, ficam dispensadas das exigências deste Regulamento, a critério da Divisão de Nutrição Animal e Agrostologia – DNAGRO.

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Art. 5º - Qualquer alimento para animal que contenha antibióticos ou outras substâncias

medicamentosas, somente será registrado quando tais antibióticos ou substâncias estiverem devidamente registrados na Divisão de Defesa Sanitária Animal – DDSA, do DNPA, do Ministério da Agricultura.

Art. 6º - É proibida a adição de hormônios em alimentos para animais, de conformidade com a

legislação em vigor. Art. 7º - Os produtos definidos no artigo 4, itens III, IV, V e VI, só poderão ser importados, quando

devidamente comprovada a impossibilidade técnica ou econômica de sua fabricação no Território Nacional, ou na hipótese de atendimento insatisfatório de mercado consumidor, ouvida a entidade de classe da indústria respectiva.

Parágrafo único - Os produtos previstos no artigo 4º, itens II, III, IV, V, VI e VII, quando importados, somente poderão ser comercializados no País, após serem registrados na Divisão de Nutrição Animal e Agrostologia – DNAGRO, do DNPA.

Art. 8º - Os estabelecimentos abaixo classificados estão sujeitos ao prévio registro na DNAGRO:

I. Fábrica de ingredientes: estabelecimento cujos produtos ou subprodutos de sua operação sejam utilizados como ingredientes para alimentação animal, compreendendo os de origem vegetal, animal, mineral e outros.

II. Fábrica de rações, concentrados, suplemento, sal mineralizado, estabelecimento que se destina à elaboração de rações, concentrados, ou mistura alimentícia de vitaminas ou sais minerais;

III. Remisturador: estabelecimento que dilui concentrado ou suplemento, produzidos em firmas sob inspeção federal, sendo o produto final igual àquele regis trado pelo estabelecimento produtor do concentrado ou suplemento;

IV. Importador: estabelecimento que importa ingredientes, vitaminas, sais minerais, aditivos, aminoácidos e outros para alimentação animal, para comercialização em embalagem original ou própria;

V. Remanipulador: estabelecimento que fraciona produtos importados; VI. Distribuidor, Atacadista ou Varejista: estabelecimento que comercializa, no atacado ou a varejo, em

embalagem original, inviolada ou a granel, produtos para alimentação animal, cujas especificações de qualidade e garantias são fornecidas pelos seus fabricantes, remisturadores ou importadores.

Parágrafo único - Os estabelecimentos licenciados na DDSA ou registrados no Departamento Nacional de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA, que elaborem suplementos e ingredientes de origem animal, ficam dispensados da exigência deste artigo, devendo, entretanto, os suplementos ou ingredientes elaborados nos mesmos terem seus rótulos registrados na DNAGRO.

CAPÍTULO III

Do Registro dos Estabelecimentos

Art. 9º - O pedido de registro dos estabelecimentos a que se refere o artigo 8º deste Regulamento, deverá ser dirigido ao Diretor da DNAGRO e instruído com os seguintes documentos:

I. cópia da ata do contrato social da firma, devidamente registrada na Junta Comercial; II. planta baixa, em 3 (três) vias, na escala 1/100, indicando instalações e outras dependências, tais como:

sanitários, vestiários e demais compartimentos; III. planta do terreno, em 3 (três) vias, com indicação da localização em relação às propriedades vizinhas

na escala 1/1.000; IV. memorial descritivo da rotina de fabricação dos diferentes produtos que pretende elaborar; V. memorial descritivo do estabelecimento; VI. declaração de responsabilidade do técnico, diplomado em Engenharia Agronômica ou Medicina

Veterinária ou Zootecnia, com o número de seu registro no órgão competente da região em que estiver localizado o estabelecimento, em se tratando de fábricas de rações, concentrados, suplementos e sal mineralizado.

§ 1º - Os estabelecimentos distribuidores, atacadistas e varejistas, estão dispensados das exigências a que se refere este artigo, devendo, no entanto, ser cadastrados pelas Diretorias Estaduais do Ministério da Agricultura, na respectiva Unidade da Federação.

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§ 2º - Os estabelecimentos remisturadores, para efeito de registro, estão dispensados das exigências constantes dos itens IV e VI deste artigo, devendo, contudo, juntar autorização do fabricante para execução dessa operação, cabendo a responsabilidade bromatológica ao fabricante, e as demais, previstas neste Regulamento, aos requerentes.

§ 3º - Os estabelecimentos fabricantes, já registrados na DNAGRO, poderão ser cadastrados como remisturadores, mediante comprovação da exigência a que alude o parágrafo anterior.

§ 4º - Os estabelecimentos importadores estão dispensados das exigências constantes dos itens II, III, IV, V e VI, deste artigo.

§ 5º - Os estabelecimentos remanipuladores estão dispensados das exigências do item IV deste artigo.

Art. 10º - Os prédios em que se instalem as fábricas de alimento para animais devem reunir as

seguintes condições: I. luz natural e artificial adequada e ventilação suficiente em todas as dependências; II. pisos revestidos com material adequado, entre outros: cimento, ladrilhos hidráulicos, lajes de granito,

madeira e outros materiais que a tecnologia aconselhar; III. sanitários e vestiários, com capacidade proporcional ao número de operários, instalados em

compartimentos sem acesso direto às seções de armazenamento, manipulação e expedição dos produtos.

§ 1º - A s fábricas de alimento para animais terão que possuir maquinaria adequada às suas finalidades.

§ 2º - Qualquer modificação das dependências ou instalações dos estabelecimentos industrializadores, a que alude este artigo, somente poderá ser feita mediante prévia comunicação ao órgão fiscalizador.

Art. 11 - Em caso de alienação ou arrendamento dos estabelecimentos a que se referem os itens I,

II, III e IV do artigo 8º, o adquirente ou arrendatário requere a apostila da nova situação jurídica ao órgão que efetivou o registro.

§ 1º - Os responsáveis por esses estabelecimentos devem notificar os interessados, por ocasião da compra ou arrendamento, da situação em que se encontram os referidos estabelecimentos, face às exigências deste Regulamento.

§ 2º - Enquanto não concretizar a alienação ou o arrendamento, as obrigações, perante o órgão fiscalizador, continuam com o responsável pelo estabelecimento em cujo nome esteja registrado.

§ 3º - O comprador ou arrendatário que não se apresentar, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, os documentos necessários, terá suspenso o registro, o qual só poderá ser restabelecido depois de cumprida essa exigência.

§ 4º - Adquirido o estabelecimento, por compra ou arrendamento, obriga-se o adquirente ou arrendatário a cumprir todas as exigências feitas ao responsável anterior, sem prejuízo de outras que venham a ser determinadas.

CAPÍTULO IV

Do Registro dos Rótulos ou Etiquetas

Art. 12 – Todos os alimentos destinados a animais expostos à venda devem estar devidamente identificados, por meio de rótulos ou etiquetas, registrados na DNAGRO.

Parágrafo único – O registro do rótulo ou etiqueta implica na aprovação do produto por ele identificado.

Art. 13 – Os rótulos ou etiquetas a que se refere o artigo anterior deverão indicar:

I. marca comercial do produto; II. nome da firma responsável; III. carimbo oficial da Inspeção Federal; IV. data da fabricação codificada ou não; V. finalidade do produto e espécie a que se destina; VI. peso líquido do produto expresso em quilograma; VII. os dizeres – Rótulo Registrado na DNAGRO sob n°:

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VIII. localização do estabelecimento fabricante especificando Município e Estado, facultando-se declaração de rua e número;

IX. nome de cada ingrediente e substitutivos que entram na composição do produto, sendo obrigatória a indicação da percentagem do ingrediente que figurar na composição em percentagem superior a 50% (cinqüenta por cento);

X. níveis de garantia de composição, de acordo com o artigo 20 deste regulamento: XI. condições de conservação; XII. número do CGC e inscrições fiscais.

§ 1º - Os rótulos ou etiquetas destinados à identificação de ingredientes ficam dispensados das exigências previstas nos itens V e IX deste artigo.

§ 2º - Os nomes de todos os substitutivos devem ser expressos em letras ou tipos do mesmo tamanho.

§ 3º - O carimbo de inspeção, previsto no item III deste artigo, obedecerá as seguintes especificações: forma quadrada, indicando o número do registro do estabelecimento isolado e encimado das palavras: Inspecionado e Brasil, respectivamente com as seguintes dimensões: 0,03 m (três centímetros), nos invólucros de até 5 Kg 0,06 m (seis centímetros), nos invólucros de até 30 Kg; e 0,09 m (nove centímetros), nos invólucros para mais de 30 Kg de produto.

Art. 14 - Além das indicações obrigatórias a que se refere o artigo 13, os rótulos e etiquetas deverão

conter quando for o caso, as demais exigências previstas no Capítulo V deste Regulamento. Art. 15 – O pedido de registro dos rótulos e etiquetas deverá ser dirigido ao Diretor do DNAGRO,

mediante requerimento instruído com os seguintes documentos: I. exemplares, em 3 (três) vias de rótulos e etiquetas; II. relação em 3 (três) vias da composição básica do rótulo.

§ 1º - Os interessados poderão pedir exame prévio dos “croquis” dos rótulos e etiquetas que pretendem utilizar, fazendo acompanhar os respectivos pedidos de clara indicação das cores e empregar e demais detalhes.

§ 2º - A concessão do registro de que trata este artigo terá validade de 5 (cinco) anos. § 3º - O interessado deverá requerer a revalidação do registro, no prazo de 60 (sessenta) dias antes

do término da validade, considerando-se automaticamente cancelado quando excedido esse prazo. Art. 16 – Quando comercializarem produtos acabados, destinados à alimentação animal, deverão os

importadores anexar na embalagem original dos referidos produtos, etiquetas, em português, contendo índices de garantia, finalidade do produto, número de registro na DNAGRO, nome e endereço do importador.

Art. 17 – O rótulo ou etiqueta só poderá ser usado no produto para o qual tenha sido registrado e

nenhuma modificação poderá ser feita, sem prévia aprovação do DNAGRO. Art. 18 – Serão permitidas modificações das fórmulas de rações e concentrados aprovados, a juízo

do técnico responsável, desde que não resulte em prejuízo de sua eficiência nutritiva e que não sejam alterados os seus níveis de garantia.

Art. 19 – As embalagens dos produtos elaborados pelos estabelecimentos remisturadores serão as

mesmas aprovadas para os produtos finais do fabricante, com adaptações dos daados relativos aos itens II, III, VII e XII do artigo 13, que deverão ser aqueles do estabelecimento remisturador.

CAPÍTULO V

Das Garantias dos Produtos Art. 20 - Os produtos para alimentação animal somente poderão ser expostos à venda, quando

contenham, em seus rótulos ou etiquetas, os níveis de garantia, observadas as especificações abaixo:

I. Rações e concentrados: Umidade ....................................................................................................... máximo Proteína mínimo .......................................................................................... mínimo

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Extrato etéreo................................................................................................mínimo Matéria fibrosa............................................................................................ máximo Matéria mineral........................................................................................... máximo Cálcio ............................................................................................................ máximo Fósforo ...........................................................................................................mínimo

II. Ingredientes de Origem Animal: Umidade ....................................................................................................... máximo Proteína bruta................................................................................................mínimo Extrato etéreo................................................................................................mínimo Cálcio ............................................................................................................ máximo Fósforo ...........................................................................................................mínimo Acidez – ml de Naoh N/10 por 100g do produto...................................máxima

III. Ingredientes de Origem Vegetal: Umidade ...................................................................................................... máximo Proteína bruta................................................................................................mínimo Extrato etéreo................................................................................................mínimo Matéria fibrosa............................................................................................ máximo Mineral.......................................................................................................... máximo § 1º - Os suplementos minerias e sal mineralizado, com ou sem vitaminas, aminoácidos ou aditivos,

deverão indicar as quantidades mínimas de sua composição, expressas em percentagem, grama, miligrama ou ppm de cada elemento por quilograma do produto.

§ 2º - Nos suplementos vitamínicos deverão ser indicadas as quantidades mínimas em U.I. para as vitaminas A e D, em micrograma, para a vitamina B 12 e, em miligrama, para as demais vitaminas, por quilograma do produto.

§ 3º - Os suplementos minerais deverão indicar a quantidade máxima de flúor. Art. 21 – As farinhas protéicas de origem vegetal deverão indicar o processo de extração utilizado e

o solvente empregado, quando for o caso, sendo que, para o fardo de soja, deverá ser indicado se o produto é ou não testado, e qual seu valor em atividade ureática.

Art. 22 – Para os farelos suscetíveis ao ataque de microrganismos toxigênicos, deverá constar o

respectivo teor de toxina de acordo com as instruções a serem expedidas. Art. 23 – Para o caso de rações destinadas a ruminante é permitido declarar a proteína digestível,

bem como os nutrientes digestíveis totais ou seus valores energéticos. Art. 24 – Nas rações para aves e suínos, poderá constar o valor energético, em energia

metabolizável/quilo, facultando se referência sobre a proteína animal ampregada ou seu equivalente em aminoácidos essenciais.

Art. 25 – São ingredientes aceitáveis, em rações para ruminantes, a uréia, biureto e sais de amônio,

derivados de ácido carbônico e fosfóricos. § 1º - A percentagem máxima do valor, equivalente ao nitrogênio não protéico dos ingredientes de

que trata este artigo, deve aparecer na garantia química, logo abaixo da proteína bruta, e a substância nitrogenada não protéica, constará da lista dos ingredientes.

§ 2º - Os concentrados que contenham uréia, biureto e sais de amônio serão permitidos, desde que indiquem claramente seu uso apropriado.

Art. 26 – Nas rações deverá constar a quantidade de componentes grosseiros, que não poderá

ultrapassar a 10% (dez por cento), sendo proibido o seu emprego em concentrado.

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Art. 27 – Somente poderão ser declaradas, na composição de rações e concentrados, as quantidades de vitaminas, minerais menores e aminoácidos que tenham sido adicionados como suplemento, sendo que no caso de vitamina A, a declaração poderá fazer-se em miligrama de caroteno, quando de fonte natural.

Art. 28 – Os aminoácidos, aditivos e medicamentos também deverão ter seus níveis de garantia

expressos era grama, miligrama ou p.p.m. por quilograma do produto. Art. 29 – As rações medicamentosas deverão conter, nos rótulos, o termo “medicamentoso”, em

destaque, bem como as indicações e modo de usar, e serão elaboradas sob a responsabilidade exclusiva do Médico Veterinário.

Art. 30 – As rações e concentrados serão garantidos pelo prazo de 30 (trinta) dias, a a partir da

entrega, desde que sejam conservados e manipulados convenientemente. Art. 31 - A DNAGRO baixará instruções específicas, estabelecendo definições, normas e padrões

para os diversos ingredientes e aditivos, empregados na alimentação, de acordo com o que estabelece este Regulamento.

CAPÍTULO VI Das Embalagens

Art. 32 – Os produtos destinados à alimentação animal só poderão ser acondicionados em

embalagens aprovadas pela DNAGRO. Art. 33 – As embalagens deverão estar perfeitamente secas e limpas, ser novas e de primeiro uso,

devendo ser fechadas de modo a garantir sua inviolabilidade. Art. 34 – Será tolerado o reaproveitamento de embalagens desde que convenientemente

esterelizadas, por processo aprovado pela DNAGRO. Art. 35 – Na entrega, a granel, de ingredientes, concentrados, rações e suplementos será aposta, na

Nota Fiscal, a etiqueta do produto devidamente registrada na DNAGRO.

CAPÍTULO VII Da Inspeção e Fiscalização

Art. 36 – A inspeção e a fiscalização de que trata o presente Regulamento serão realizadas nas

fábricas de rações, de ingredientes, de concentrados, de suplementos, de sal mineralizado e de aditivos, nas cooperativas e órgãos públicos, nos portos marítimos fluviais e postos de fronteiras nos remisturadores, remanipuladores, armazéns, distribuidores, atacadistas, varejistas e nos meios de transporte, e onde quer que se fabriquem, manipulem ou guardem, para fins comerciais, produtos destinados à alimentação animal.

§ 1º - O registro do estabelecimento, de que trata este Regulamento, dispensa qualquer outro para fins similares, quer de âmbito federal, estadual ou municipal.

§ 2º - A fiscalização dos importadores, distribuidores, atacadistas e varejistas terá por objetivo reinspecionar os produtos destinados à alimentação animal, previstos neste regulamento.

§ 3º - A fiscalização e controle dos subprodutos, elaborados por estabelecimentos, sob inspeção do DIPOA, ficarão a cargo daquele órgão.

Art. 37 – A inspeção industrial, bromatológica e higiênico-sanitária dos produtos destinados à

alimentação animal será exercida nos estabelecimentos constantes dos itens I, II, III e V do artigo 8º, abrangendo: I. o funcionamento e a higiene geral dos estabelecimentos; II. o exame do produto acabado; III. os exames microbiológicos, biológicos, físicos e químicos das rações, ingredientes, concentrados,

suplementos e sal mineralizado, coletados na fonte de produção ou no comércio; IV. as fases de recebimento, conservação, manipulação, preparação, acondicionamento, transporte e

estocagem de todos os produtos destinados à alimentação animal;

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V. a embalagem e a rotulagem; VI. a classificação dos produtos, segundo a espécie animal e a sua finalidade.

Art. 38 - Os servidores incumbidos da inspeção e da fiscalização, quando em serviço, ficam

obrigados a exibir a carteira de identidade funcional, fornecida, para esse fim específico pela DNAGRO. § 1º - Os servidores a que se refere o presente artigo, no exercício de suas funções, terão livre

trânsito em todas as dependências industriais do estabelecimento. § 2º - As fábricas de alimento para animais deverão ter um livro de ocorrência, com termo de

abertura e páginas rubricadas, destinados à anotação das visitas de inspeção, das ocorrências e das exigências feitas aos estabelecimentos pela respectiva fiscalização.

CAPÍTULO VIII Da Análise Fiscal e Pericial

Art. 39 – A DNAGRO coletará amostras, para fins de análise fiscal, na fonte de produção ou no

comércio, mediante auto, lavrado em duplicata, nos termos dos modelos e instruções por ela expedidos. Parágrafo único – Uma via do auto será entregue ao interessado, contra recibo e a outra

acompanhará as amostras. Art. 40 – As amostras, assim obtidas, serão misturadas, homogeneizadas e divididas em quatro

partes, de aproximadamente 200 g cada uma, acondicionadas em embalagem inviolável e que só poderão ser abertas por ocasião da análise.

Art. 41 – O auto de coleta deverá ser, obrigatoriamente, assinado pelo proprietário, transportador ou

depositário da mercadoria. Parágrafo único – No caso de recurso de assinatura, o servidor mencionará o fato, que deverá ser

testemunhado e assinado por duas pessoas. Art. 42 – A coleta deverá ser feita de tal modo que a amostra seja representativa da partida

fiscalizada. § 1º - As amostras serão colhidas de produtos contidos em embalagem original, não violada, salvo

quando de produtos comercializados a granel. § 2º - Para produtos embalados, deverá ser observada a seguinte sistemática de amostragem:

I. quando a partida for de até 10 (dez) unidades, coletar 5 (cinco) amostras de unidades diferentes; II. acima de 10 (dez) até 100 (cem) unidades, de 15% (quinze por cento) da partida, com um número

mínimo de 10 (dez) unidades; III. quando superior a 100 (cem) unidades, de 5% (cinco por cento) da totalidade, com um número

mínimo nunca inferior a 15 (quinze) unidades. § 3º - No caso de produto a granel, serão retiradas amostras de igual quantidade, de diversos pontos

da partida, de acordo com o volume. Art. 43 – As análises de que trata este Capítulo, quando julgadas necessárias, poderão ser efetuadas

através dos órgãos de pesquisa do Ministério da Agricultura, de Universidades, ou das Secretarias de Agricultura, previamente credenciados pelo DNAGRO.

Art. 44 – Para cada amostra analisada, o órgão da fiscalização emitirá um Certificado de Análise,

que concluirá, com base nos resultados analíticos obtidos, se o produto se encontra dentro dos níveis de garantia pela DNAGRO.

Art. 45 – Os produtos destinados à alimentação animal, segundo os resultados das análises, são

classificados em dentro do padrão, fora de padrão e impróprio para o consumo. § 1º - São considerados fora de padrão aqueles produtos cujos resultados da respectiva análise

apresentem diferenças para mais ou menos, sobre os níveis de garantia aprovados pela DNAGRO, assim classificados:

a) fora de padrão em primeiro grau – 10% b) fora de padrão em segundo grau – 15%

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c) fora de padrão em terceiro grau – 20% § 2º - São considerados impróprios para o consumo animal os produtos cujos resultados das

respectivas análises apresentem: a) adulteração ou falsificação; b) presença de substâncias tóxicas ou nocivas à saúde dos animais; c) qualquer outra matéria estranha à composição do produto, que possa causar prejuízos à

economia pecuária. § 3º - Quando a comprovação do que estabelecem as alíneas “a” e “b” do parágrafo anterior for

julgada necessária, recorrer-se-á a provas biológicas. Art. 46 – É facultado ao interessado, dentro do prazo de 15 (quinze) dias úteis, a contar da data em

que receber o auto de infração, apresentar defesa e requerer à autoridade competente análise pericial. § 1º - O Diretor da DNAGRO designará uma Comissão, constituída do técnico que realizou a

análise e de mais dois peritos, sendo um indicado pela parte interessada e o outro, dentre os analistas dos laboratórios oficiais credenciados.

§ 2º - A Comissão terá plena independência de trabalho, podendo analisar, em conjunto ou separadamente, obedecendo sempre aos métodos analíticos consagrados.

§ 3º - A Comissão usará a amostra que se encontrar em poder do interessado, a qual deverá apresentar-se em embalagem inviolável, o que será verificado e atestado pela Comissão.

Art. 47º - Havendo divergências no resultado, caberá a decisão ao Diretor da DNAGRO. Art. 48º - As despesas decorrentes da realização da análise pericial correrão por conta do

interessado.

CAPÍTULO IX Das Proibições e Penalidades

Art. 49 – Fica proibida a comercialização, oferta, distribuição, propaganda e transporte de alimentos

para animais, que não atenderá as exigências constantes deste Regulamento. Art. 50 – Por falta de cumprimento das exigências deste Regulamento, ficarão os infratores sujeitos,

sem prejuízo da responsabilidade penal cabível, às seguintes penalidades: I. advertência;

II. multa; III. apreensão de matérias –primas e produtos acabados; IV. suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva de funcionamento; V. cassação ou cancelamento do registro ou licenciamento;

VI. intervenção. Art. 51 – O auto de infração deverá ser lavrado em 3 (três) vias, nos termos dos modelos e

instruções expedidos, e assinado pelo servidor que verificar a infração e pleo proprietário ou seu representante legal.

§ 1° - Sempre que o infrator se negar a assinar o auto de infração, será feita a declaração no mesmo, remetendo-se, posteriormente, uma de suas vias ao estabelecimento infrator.

§ 2º - A vista do auto de infração será constituído processo administrativo, pelo Diretor Estadual do Ministério da Agricultura, que decidirá sobre a penalidade cabível, notificando o infrator.

Art. 52 – O recurso deve ser interposto, no prazo de 10 (dez) dias contados do recebimento da

notificação, perante a autoridade, que houver imposto a penalidade a qual, depois de o informar, providenciará seu encaminhamento ao Diretor da DNAGRO.

Parágrafo único – No caso de haver multa, o recurso só terá prosseguimento se o interessado o instruir com a prova do respectivo depósito.

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Art. 53 – O valor do depósito ou da multa será recolhido, através de guias próprias, fornecidas ao interessado pelo órgão competente, no prazo de 5 (cinco) dias da data da emissão das respectivas guias, em qualquer Agência do Banco do Brasil S. A., em nome do Fundo Federal Agropecuário – FFAP.

Parágrafo único – Uma das vias de Guia de Recolhimento ou depósito será devolvida pelo infrator à repartição que a emitiu, até o sexto dia após a sua expedição.

Art. 54 – A multa será reduzida de 50% (cinqüenta por cento), a critério da Administração, se o

infrator, renunciando ao recurso a recolher dentro do prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento da notificação.

Parágrafo único – Para a expedição da guia, na hipótese prevista neste artigo, deverá o infrator juntar a notificação com a prova da data de seu recebimento.

Art. 55 – A pena de advertência será imposta ao infrator primário, atendidas à natureza e à

circunstância da infração. Art. 56 – A pena de multa, prevista no item II, do artigo 50, será aplicada nos casos de reincidência,

observada a seguinte graduação: I. multa de até 2 (duas) vezes o maior valor de referência vigente, fixado de acordo com o disposto na

Lei n. 6205 (*) de 29 de abril de 1975, ao responsável, fabricante ou manipulador de produtos enquadrados na alínea “a”, do § 1º, do artigo 45 deste Regulamento;

II. multa de até 4 (quatro) vezes o maior valor de referência vigente, fixado de acordo com o disposto na Lei n. 6205 de 29 de abril de 1975, ao responsável, fabricante ou manipulador de produtos enquadrados na alínea “b”, do § 1º, do artigo 15 deste Regulamento;

III. multa de até 8 (oito) vezes o maior valor de referência vigente, fixado de acordo com o disposto na Lei n. 6205 de 29 de abril de 1975, ao responsável, fabricante ou manipulador de produtos enquadrados na alínea “c” do § 1º, do artigo 15 deste Regulamento.

Art. 57 – Qualquer produto de que trata este Regulamento, encontrado à venda, sem ter o rótulo

registrado na DNAGRO, será apreendido, ficando ainda, o estabelecimento fabricante ou manipulador, sujeito à multa de até 3 (três) vezes o maior valor de referência vigente, fixado de acordo com o disposto na Lei n 6.205, de 29 de abril de 1975, aplicada em dobro no caso de reincidência.

§ 1º - Dar-se-á, também, a apreensão, sempre que se verificar qualquer das hipóteses previstas no § 2º, do artigo 45, deste Regulamento.

§ 2º - O infrator será depositário da mercadoria apreendida. § 3º - Na hipótese de desaparecimento do produto apreendido, o responsável pagará multa

equivalente ao valor da mercadoria desaparecida. Art. 58 – Os produtos apreendidos poderão ser aproveitados para outros fins, a critério da

DNAGRO. Art. 59 – Será suspensa por 10 (dez) dias, a fabricação de qualquer produto, se o estabelecimento

reincidir, por 3 (três) vezes, na infração prevista no § 1º, alínea c, do artigo 45, deste Regulamento. Art. 60 – Será impedido de funcionar o estabelecimento que não estiver devidamente registrado na

DNAGRO. Parágrafo único – Além da penalidade de que trata este artigo, sofrerá o estabelecimento multa de

10 (dez) vezes o maior valor de referência vigente, fixado de acordo com o disposto na Lei n. 6205, de 29 de abril de 1975.

Art. 61 – Dar-se-á a interdição temporária sempre que o estabelecimento:

I. não apresentar condições higiênico-sanitárias satisfatórias, a critério da DNAGRO; II. reincidir, por 3 (três) vezes, em qualquer das infrações previstas no § 2º, do artigo 45, deste

Regulamento. Art. 62 – Dar-se-á a interdição definitiva, que implicará no fechamento do estabelecimento, quando

houver:

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I. reincidência às infrações previstas no artigo 61; II. recusa ao cumprimento de penalidade imposta na forma deste Regulamento;

III. violação contumaz de disposições do presente Regulamento. Art. 63 – A cassação ou cancelamento do registro ou licenciamento ocorrerá, obrigatoriamente, no

caso de interdição definitiva do estabelecimento. Art. 64 – Dar-se-á a intervenção quando o estabelecimento concorrer, deliberadamente, para o

colapso do abastecimento dos produtos destinados à alimentação animal de que trata este Regulamento. Parágrafo único – As condições e o prazo da intervenção serão fixados em ato próprio, baixado pelo

Diretor Geral do DNPA. Art. 65 – Compete ao Diretor da DNAGRO aplicar as penalidades previstas nos itens III, IV e V, do

artigo 50, sendo da competência do Diretor Estadual do Ministério da Agricultura e aplicação das penalidades previstas nis itens I e II, do mesmo artigo.

Art. 66 – Quando forem verificadas irregularidades nos produtos vendidos em suas embalagens

originais, não violadas, serão considerados responsáveis os seus fabricantes ou manipuladores, desde que dentro do prazo de validade aprovado pelo DNAGRO.

Art. 67 – Sempre que julgar necessário, a DNAGRO poderá determinar a substituição ou reforma

dos pisos e equipamentos, bem como a raspagem ou pintura das paredes e teto dos estabelecimentos registrados. Art. 68 – As criações experimentais e biotérios quando localizados na mesma área insdustrial

devem guardar distância e obedecer a cuidados gerais de isolamento, sobretudo em relação às salas de manipulação e aos depósitos de matéria prima e produtos finais.

CAPÍTULO IX

Das Disposições Gerais e Transitórias

Art. 69 – Será constituída, no Ministério da Agricultura, uma Comissão Especial de Alimentação Animal, composta de representantes da DNAGRO, DDSA, DIPOA, EMBRAPA do Sindicato da Indústria de Defensivos Animais e de associações de classe de criadores, com as seguintes atribuições:

a) fornecer subsídios para estabelecimento ou modificação de definições, normas e padrões: b) sugerir medidas e providências visando ao aprimoramento da execução do presente Regulamento. Art. 70 – Os estabelecimentos que estejam realizando apenas o comércio estadual, na data da

publicação deste Regulamento, deverão requerer o seu registro no prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta dias).

Art. 71 – Os produtos já registrados na DDSA, na data da publicação do presente Regulamento,

terão a validade de sua licença assegurada até o final dos seus respectivos prazos. Art. 72 – Ficam os estabelecimentos produtores de alimentos para animais obrigados a fornecer, até

o dia 15 (quinze) de cada mês, a DNAGRO, através das respectivas Diretorias Estaduais do Ministério da Agricultura, os dados estatísticos de produção do mês anterior.

Art. 73 – Os trabalhos de inspeção e de fiscalização de produtos, destinados à alimentação animal,

serão remunerados pelo regime de preços públicos fixado pelo Ministro de Estado da Agricultura, que os atualizará sempre que necessário, e disporá sobre o respectivo recolhimento e utilização, na conformidade do disposto nos artigos 4º e 5º da Lei Delegada n. 8 (*), de 11 de outubro de 1962.

Art. 74 – As atribuições conferidas por este Regulamento, aos Diretores Es taduais do Ministério da

Agricultura, serão no Distrito Federal, exercidas pelo Diretor da DNAGRO.

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Art. 75 – Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na execução do presente Regulamento serão resolvidos pelo Diretor Geral do DNPA.

Art. 76 – Este Regulamento entrará em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições

em contrário.

Ernesto Geisel – Presidente da República Alysson Paulinelli.

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MEDICAMENTOS, VACINAS, ANTÍGENOS E DILUENTES

PORTARIA N ° 186 DE 13 DE MAIO DE 1997 – Regulamento Técnico para

a Produção, o Controle e o Emprego de Vacinas, Antígenos e Diluentes para Avicultura

MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 11 do Decreto - lei n0 467, de 13 de fevereiro de 1969 e o art. 20 do regulamento aprovado pelo Decreto n0 1662, de 6 de outubro de 1995, resolve:

Art. 10 Aprovar o Regulamento Técnico, em anexo, elaborado pela Secretaria de Defesa Agropecuária, a ser observado na produção, no controle e no emprego de vacinas, antígenos e diluentes para a avicultura.

Art. 20 Delegar competência ao Secretário de Defesa Agropecuária para baixar instruções complementares e demais alterações que se fizerem necessárias ao pleno cumprimento do regulamento aprovado por esta Portaria.

Art. 30 Fica estabelecido o prazo de 60 dias para apresentação de questionamento com razões técnicas devidamente fundamentadas, visando o aprimoramento da presente Portaria.

Art. 40 Esta Portaria entra em vigor 60 dias após a data de sua publicação, ficando revogadas as Portarias n0 24, de 17 de janeiro de 1980, e n0 19, de 18 de maio de 1984.

ARLINDO PORTO

REGULAMENTO TÉCNICO PARA A PRODUÇÃO, O CONTROLE E O EMPREGO DE VACINAS, ANTÍGENOS E DILUENTES PARA AVICULTURA

CAPÍTULO I Introdução

I.1) OBJETIVO Estabelecer os requisitos técnicos para a produção, o controle, a comercialização e o emprego de

vacinas, antígenos, soros e diluentes para a avicultura. I.2) CLASSIFICAÇÃO E DEFINIÇÕES

DEFINIÇÕES ANTÍGENOS São substratos biológicos, purificados, padronizados, vivos ou inativados, específicos e sensíveis,

utilizados como reagentes para diagnóstico imunológico nas reações quantitativas ou qualitativas de “antígeno - anticorpo”, “in vitro” ou “in vivo”.

DILUENTES É um líquido usado para rehidratar um produto liofilizado ou um líquido usado para diluir outra

substância. Deve ser inócuo e estável, e capaz de manter viável a integridade de um ou mais antígenos vacinais

durante a sua preparação e administração, direta ou indiretamente, no organismo dos animais alvo. VACINAS OU IMUNÓGENOS

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São produtos biológicos, imunogênicos, inócuos e específicos, vivos e/ou inativados, elaborados a partir de unidades ou sub-unidades antigênicas de cepas vacinais cultivadas em substratos especiais, e utilizados para combater e ou prevenir doenças nos animais alvo.

CLASSIFICAÇÃO DE IMUNÓGENOS (COMPLEMENTO) 1. VACINA VIVA VÍRICA POLIVALENTE

1.1. 1.1Vírus vivos (atenuados/ modificados ou deletados), da mesma es pécie, no mesmo frasco. 2. VACINA VIVA VÍRICA COMBINADA

2.1. Vírus vivos (atenuados/modificados ou deletados), de espécies diferentes, no mesmo frasco. 2.2. Associada a uma outra vacina / imunógeno com identidade própria, em outro frasco, e que poderá

ser utilizada ou não como diluente; porém, não é diluente e, portanto, deve ser classificada. 3. VACINA VIVA BACTERIANA COMBINADA

Bactérias vivas (atenuadas, modificadas ou deletadas) de espécies diferentes, no mesmo frasco. 4. VACINA VIVA FÚNGICA COMBINADA

Fungos e micoplasmas vivos, (atenuados, modificados ou deletados) de espécies diferentes, no mesmo frasco.

5. VACINA VIVA MISTA Vírus, bactérias, fungos, micoplasmas vivos, de espécies iguais ou diferentes, no mesmo frasco.

6. VACINA VIVA E INATIVADA MISTA Vírus, bactérias, fungos, micoplasmas vivos ou inativados, de espécies iguais ou diferentes,

toxóides ou sub-unidades, no mesmo frasco. 7. VACINA INATIVADA MISTA

Vírus, bactérias, fungos e micoplasmas inativados, com ou sem sub-unidades, ou toxóides. 8. SUB-UNIDADES

Fração imunogênica purificada. 9. TOXÓIDE

Produto inativado, resultante de processo metabólico (toxina-endotoxina-exotoxina) de bactérias ou fungos.

10. VACINA INATIVADA VÍRICA COMBINADA Vírus inativado de espécies diferentes no mesmo frasco.

11. VACINA INATIVADA BACTERIANA COMBINADA Bactérias inativadas de espécies diferentes no mesmo frasco.

12. VACINA INATIVADA FÚNGICA COMBINADA Fungos e micoplasmas inativados, de espécies diferentes no mesmo frasco. DISPOSIÇÕES LEGAIS Para efeito de fabricação, controle, comercialização e uso de vacinas, antígenos, soros e diluentes,

deve ser observado o disposto na legislação vigente, referente às exigências de instalações, responsabilidade técnica, registro de produção e controle de qualidade.

As vacinas associadas (combinadas ou mistas) estão sujeitas a legislação específica de cada fração antigênica.

CAPÍTULO II

II.1. DA PRODUÇÃO II.1.a) Origem dos substratos utilizados II.1.a.1) Biológicos

Os substratos utilizados na produção e controle de qualidade de produtos biológicos aviários deverão ser Specific Pathogen Free (SPF) para a espécie (ovos, células e animais). Outros substratos poderão ser utilizados na produção e controle, mediante comprovação científica junto ao órgão oficial controlador.

Frangos, embriões e ovos SPF, usados no controle e na produção da vacina devem derivar-se de lote de animais isentos de agentes e anticorpos para os seguintes microorganismos:

Adenovírus aviário Vírus da Síndrome da queda de postura (EDS-76) Vírus da Encefalomielite aviária Haemophilus paraGallinarum Reovirus aviário Vírus da Bronquite Infecciosa das Galinhas

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Vírus da Doença de Gumboro Vírus da Laringotraqueíte infecciosa Vírus da Doença de Newcastle Vírus da Influenza Aviária Vírus da Doença de Marek Vírus da Leucose Aviária Rotavírus Aviário Agente de Anemia de Frango Vírus da Rinotraqueíte dos Perús Vírus da Reticuloendoteliose Vírus pox das aves Mycoplasma gallisepticum Mycoplasma synoviae Micoplasma meleagridis Salmonella Pullorum Salmonella Enteritidis Salmonella Gallinarum Salmonella Tiphymurium A critério do órgão controlador, outros procedimentos poderão ser estabelecidos.

II.1.a.2) Ingredientes Todos os ingredientes devem estar de acordo com os padrões pré-estabelecidos de pureza e

qualidade, não apresentar toxicidade na dose recomendada de uso do produto final; as combinações usadas não devem desnaturar substâncias específicas no produto, nem diminuir a potência mínima aceitável dentro do prazo de validade, quando armazenado na temperatura recomendada. II.1.a.3) Células primárias usadas na produção

Cada partida de produtos biológicos somente será liberada se as células primárias utilizadas estiverem satisfatórias, em conformidade com os testes descritos abaixo : II.1.a.3.a) Amostras do produto final ou amostras de um “pool” de material colhido ou amo stras de cada subcultura de células usadas para preparar o produto biológico devem ser livres de Mycoplasma spp.

A amostra para teste deve consistir de células de fluidos coletados. Todas as origens de células primárias usadas no lote devem estar representadas. II.1.a.3.b) Amostras do produto final ou de um “pool” de material colhido ou amostra de cada subcultura de células usadas no preparo de produtos biológicos devem apresentar-se livres de bactérias e fungos. II.1.a.3.c) Uma monocamada de cada partida ou subcultura de células primárias usadas para preparo de produtos biológicos deve apresentar-se livre de agentes estranhos, e mantida usando-se o meio com aditivos e condições similares àquelas usadas para o preparo de produtos biológicos no mínimo 14 dias, e subcultivadas pelo menos uma vez. As monocamadas devem ser examinadas regularmente durante o período de manutenção, para evidência de agentes citopatogênicos, hemoadsorvíveis e/ou estranhos. II.1.a.4) Linhagens celulares usadas na produção. II.1.a.4.a) Um número de passagem específico de uma “master cell stock” deve ser estabelecido para cada linhagem celular. O nível de passagens, a identidade da “master cell stock” e um maior nível de passagens para uso na preparação de produtos biológicos devem ser especificados na ficha de produção do produto. II.1.a.4.b) Alíquotas de “master cell stock” devem ser preparadas e mantidas congeladas, à disposição de órgãos oficiais do país de origem, para realização dos testes. II.1.a.4.c) Cada lote de células deve ser monitorado para características determinadas como normais para a linhagem celular tais como aparência microscópica, velocidade de crescimento, produção de ácido ou outros fatores observáveis. Após apresentarem um crescimento de pelo menos 80 % de confluência, as monocamadas devem ser removidas do seu meio, processadas, coradas e examinadas para detecção de agentes citopatogênicos e/ou hemoadsorvíveis, exóticos ou não. II.1.a.4.d) Amostras de cada lote de ingrediente de origem animal, o qual não é sujeito à esterilização pelo calor , deve ser livre de micoplasmas, bactérias, fungos e vírus. II.1.b) Sementes

As sementes bacterianas e víricas devem conter apenas o antígeno específico, devendo apresentar-se livre de agentes contaminantes.

Alíquotas das sementes devem ser preparadas e mantidas congeladas ou liofilizadas, à disposição do órgão oficial do país de origem, para a realização dos testes.

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II.2. DA DOCUMENTAÇÃO

Todas as fases de produção e controle serão registradas em protocolos específicos, onde deverão constar os seguintes dados:

a. Nome do laboratório produtor b. Nome do produto genérico e/ou fantasia c. Número da partida d. Insumos utilizados na formulação do produto e. Data do início e término da produção f. Número de doses da partida g. Resultados das provas de controle h. Data da fabricação e do vencimento

II.3. DO CONTROLE DE QUALIDADE As sementes, substratos, produtos intermediários e finais são submetidos aos seguintes

procedimentos de controle de qualidade: II.3.a) Esterilidade II.3.a.1) Teste de esterilidade/pureza para bactérias e fungos em vacinas vivas

Utilizar meios de cultura apropriados tais como: Meio de caseína de soja digerido, infusão de cérebro-coração (BHI), meio fluido Tioglicolato e

Sabouraud líquido, visando flora aeróbica, anaeróbica e fungos. A sensibilidade dos meios utilizados deverá ser testada antes do início do teste.

10 frascos de amostras de cada partida devem ser testados e no mínimo 4 ml de “master seed”. Antes do início do teste, a vacina congelada deve ser descongelada e a vacina liofilizada deve ser

rehidratada conforme recomendado pelo fabricante, com o diluente ou com água bidestilada estéril. Os produtos com forma de apresentação de 1000 doses ou doses múltiplas devem ser rehidratados com 30 ml de água ou diluente estéreis.

1. Para a pesquisa de bactérias da flora aeróbica, inocular 0,2 ml da vacina rehidratada, equivalente a cada frasco a ser testado, em dois tubos contendo 40 ml de meio fluido de caseína de soja digerida ou BHI. Meios adicionais ou diluições podem ser utilizados, se necessário. Um tubo deve ser incubado a 32o C +/- 1 e o outro a 22 o C +/- 1, sendo a leitura realizada após 14 dias.

2. Para a pesquisa da flora anaeróbica, inocular em profundidade 0,1 ml da vacina rehidratada equivalente a cada frasco a ser testado, em tubo c om tampa com rosca, individual, contendo 20 ml de meio fluido de tioglicolato previamente fervido para eliminação do oxigênio e após, as tampas devem ser vedadas com parafilme. Meios adicionais ou diluições podem ser utilizados, se necessário. A incubação deve ser feita em equipamentos que promovam uma anaerobiose estrita, a 37o C +/- 1, por 14 dias.

3. Para testar fungos, inocular 0,2 ml de vacina de cada frasco em um frasco individual correspondente contendo, pelo menos, 40 ml de meio de Sabouraud. A incubação deve ser feira à temperatura de 22o C, por 14 dias.

Observação: No momento da leitura, examinar macroscopicamente todas as placas, observando a formação de colônias. Para os tubos, deve-se observar se houve turvação do meio, sempre em comparação ao tubo de meio controle não inoculado.

Para cada grupo de frascos teste, representando uma partida, o seguinte procedimento deverá ser aplicado:

a) Se o crescimento microbiano for observado em 2 ou 3 frascos do teste inicial, uma nova prova deverá ser conduzida, utilizando o dobro do número de frascos utilizado no teste inicial. b) Se o crescimento microbiano for observado em 4 ou mais frascos do teste inicial e/ou em algum frasco do ovo teste, a partida é considerada insatisfatória para vacinas de uso parenteral. c) Se nenhum crescimento microbiano for observado em 9 ou 10 frascos no teste inicial, ou em 19, ou 20 frascos da nova prova, a partida atende os requerimentos do teste.

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4. Para a contagem de contaminantes do produto, deve-se proceder ao plaqueamento, sendo utilizado para cada frasco de amostra, 2 placas de petri 100 x 20 mm, inoculando em cada uma 0,3 ml de vacina reconstituída, seguida de adição de aproximadamente 12 ml de agar BHI, previamente fundido, estando este entre 40o C a 45o C. Após o ágar ter solidificado, as placas deverão ser incubadas, sendo que uma será incubada a 32 o C +/- 1, para pesquisa de bactérias, e a outra incubada a 22o C +/- 1, para a pesquisa de fungos. A leitura será realizada diariamente durante 14 dias. Será tolerado o limite de 1 colônia por dose no produto final, quando este for recomendado exclusivamente por via não parenteral .

Outras técnicas validadas poderão ser utilizadas, desde que previamente aprovadas pelo órgão controlador. II.3.a.2) Teste de Salmonella

Este teste deve ser feito em produto intermediário, antes da adição de agentes bactericidas ou bacteriostáticos, ou no produto final.

Inocular 2,5 ml da amostra equivalente a cada frasco ou amostra a ser testada em 2 tubos contendo 50 ml de meio líquido (Selenito F, Triptose ou Tetrationato). Deve ser utilizado um meio diferente em cada tubo. Os tubos inoculados devem ser incubados por 18 a 24 horas, a uma temperatura de 37o C +/- 1.

De cada tubo deve-se proceder ao plaqueamento em ágar Mac Conkey e ágar Salmonella Shigella, incubando por 18 a 24 horas a 37o C +/- 1; em seguida faz-se a leitura.

Se o crescimento típico de Salmonella não for observado, as placas devem ser incubadas por mais 18-24 horas, e novamente examinadas. Se colônias suspeitas forem observadas, uma subcultura posterior em meio apropriado deve ser feita, para identificação positiva.

Se for encontrada Salmonella, o produto correspondente à amostra é considerado insatisfatório. II.3.a.3) Teste de Mycoplasma

O teste deverá ser conduzido usando o meio apropriado para cultivo de Mycoplasma spp. Antes do teste, 3 frascos de vacina líquida congelada deverão ser descongelados e agrupados em

“pool” e/ou 3 frascos de vacina liofilizada deverão ser rehidratados em “pool”, com o volume recomendado pelo fabricante, em caldo para Mycoplasma spp.

Para os produtos biológicos liofilizados, cuja apresentação é de 1000 doses por frasco, os 3 frascos deverão ser rehidratados em “pool” em 90 ml de meio. No caso de sementes, células de linhagem ou amostras de células primárias, o in óculo deverá consistir de uma alíquota da semente ou de células em suspensão . II.3.a 3.1) Inoculação de frascos :

Transferir 1 ml do inóculo para cada tubo, no mínimo de três, contendo 9 ml de meio fluido apropriado para cultivo de Mycoplasma spp. Incubar os tubos a 37 o C +/- 1 durante 14 dias. Durante este tempo, deverá ser plaqueado 0,1 ml de material de cada tubo, em placa contendo meio específico para Mycoplasma spp., no 3 o , 7 o e 14o dias após a inoculação.

O controle do teste deve ser conduzido usando-se como inóculo para controle positivo uma cultura selecionada de Mycoplasma spp. Um controle negativo também deverá ser utilizado.

Todas as placas deverão ser incubadas em alta umidade, em atmosfera de 4 a 6% de CO, a 37o C +/- 1 por 7 dias, e examinadas com o auxílio de microscópio estereoscópio com aumento de 35 a 100 x, ou em um microscópio ótico comum, com aumento de 100 x.

Se em algum momento for observada viragem do indicador dos caldos, deve-se proceder ao plaqueamento.

Observando crescimento em pelo menos uma das placas do controle positivo e ausência de crescimento nas placas do controle negativo, o teste é válido.

Sendo observadas colônias de Mycoplasma spp. em alguma placa inoculada com material a ser testado, o resultado é positivo e o produto apresenta-se insatisfatório. II.3.a.4) Teste de Esterilidade / Pureza para bactérias e fungos, exceto em vacinas vivas

Cada partida do produto biológico, exceto para vacinas vivas, deve ser testada como descrito, a não ser que esteja especificado de outra maneira pelo órgão oficial controlador.

Quando linhagens celulares, células primárias ou ingredientes de origem animal usados no preparo do produto biológico precisarem estar livres de bactérias e fungos viáveis, deverão ser também testados como descrito nesta seção. II.3.a.4.a) O meio a ser usado deve ser : II.3.a.4.a.1) Meio Fluído Tioglicolato com 0,5 % de extrato de carne, que deve ser usado para testar bactérias nos produtos biológicos contendo clostrídeos toxóides, bacterinas e bacterinas -toxóides.

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II.3.a.4.a.2) Meio Fluído Tioglicolato, com ou sem 0,5 % de extrato de carne, que deve ser usado para testar bactérias em produtos biológicos que não sejam clostrídeos toxóides, bacterinas e bacterinas-toxóides. II.3.a.4.a.3) Meio de caseína de soja digerida, que deve ser usado para testar fungos em produtos biológicos, desde que aquele meio fluido tioglicolato, sem extrato de carne, seja substituído ao testar produtos biológicos contendo conservantes de mercúrio. II.3.a.4.b) Procedimento para teste : II.3.a.4.b.1) Um mínimo de 4 e o máximo de dez frascos devem ser usados para cada um dos meios escolhidos. II.3.a.4.b.2) Inóculo : II.3.a.4.b.2 (1) Quando o produto acabado é testado, quatro a dez amostras do recipiente final de cada partida devem ser testadas . Um ml de cada amostra deve ser inoculado em um frasco de teste individual correspondente de meio de cultura. Se cada amostra do recipiente final contiver menos que 2 ml, metade do conteúdo deve ser usado como inóculo para cada frasco-teste. II.3.a.4.b.2.(2) Quando linhagens celulares, células primárias ou ingredientes de origem animal são testados, pelo menos uma amostra de teste de 20 ml de cada lote deve ser testada. Um ml deve ser inoculado em cada frasco-teste do meio. II.3.a.4.b.3) A incubação deve ser por um período de observação de 14 dias a uma temperatura entre 30o C a 35o C, para testar bactérias, e por 14 dias, a uma temperatura entre 20o C a 25 o C, para testar fungos. II.3.a.4.b.4) Se o inóculo produzir um meio turvo, de tal forma que a falta de crescimento não possa ser determinada por exame visual, devem ser feitas sub-culturas do 7o ao 11o dias, de produtos biológicos preparados a partir de clostrídeos, toxóides, bacterinas e bacterinas-toxóides, e do 3o ao 7o dias, para outros produtos biológicos. Partes do meio turvo em quantidades não menores que 1,0 ml devem ser transferidas para 20 a 25 ml de meio fresco e incubadas durante o restante do período de 14 dias. II.3.a.4.c) Examinar o conteúdo de todos os frascos-teste para crescimento microbiano macroscópico durante o período de incubação. O teste será repetido quando invalidado por controles adequados. Para cada conjunto de frascos-teste representando uma partida de um teste válido, as seguintes regras devem ser aplicadas:

1. Se nenhum crescimento for encontrado em qualquer frasco-teste, a partida satisfaz os requisitos do teste.

2. Se crescimento for encontrado em qualquer frasco-teste, um reteste para eliminar falha técnica deve ser conduzido, usando o dobro de amostras não abertas do produto final.

3. Se crescimento for encontrado em qualquer frasco-teste do teste final, a partida ou ingredientes a serem usados no preparo do produto biológico, conforme o caso, serão insatisfatórios.

II.3.b) Titulação As técnicas de titulação são descritas nas normas específicas de cada produto. A titulação será feita

como “pool” de 3 frascos em diluente apropriado. As exceções serão tratadas nos produtos específicos. Cada produto terá seu título mínimo para teste de aprovação.

As diluições, quando em base logarítmica, são inoculadas por via adequada à cepa, mínimo de 5 diluições e número de 5 unidades/diluição. O cálculo será determinado por métodos matemáticos tais como: Reed-Muench, Spearman-Karber, probit ou equivalente.

Os valores do resultado serão expressos em título/dose de vacina, com uma casa decimal significativa quando expresso em log: os valores compreendidos entre 0,01 e 0,05 = 0,0 (zero vírgula zero) e os valores compre -endidos entre 0,06 e 0,09 = 0,1 (zero vírgula um) .

Quando os valores são expressos em unidades (PFU ou UFC/ dose), esses devem ser expressos em números inteiros. II.3.c) Identidade II.3.c.1) Identidade para bactérias

Pelo menos um dos testes de identidade descritos a seguir deve ser conduzido para “Master Seed” bactéria ou amostra do produto biológico completo. Um controle positivo fornecido ou aprovado pelo órgão oficial controlador deve ser usado nestes testes. II.3.c.1.a) Teste de anticorpo fluorescente

A técnica do anticorpo fluorescente deve ser conduzida usando amostra da vacina bacteriana. Fluorescência típica para bactéria em questão deve ser demonstrada. A fluorescência não ocorre com controle tratado com anti-soro específico. II.3.c.1.b) Teste de aglutinação em tubo

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Cada teste deve ser conduzido com uma suspensão viável de vacina bacteriana, usando método de decréscimo constante do antígeno com o anti-soro específico. Aglutinação típica para bactéria deve ser demonstrada, a qual não ocorre no soro negativo usado como controle. II.3.c.1.c) Teste de aglutinação em placa

Deve ser conduzido usando-se suspensões viáveis da vacina bacteriana com o anti-soro específico. Aglutinação típica para bactéria deve ser demonstrada por observação micro ou macroscópica, a qual não ocorre com o soro negativo usado como teste. II.3.c.1.d) Teste de caracterização

Caracterização bioquímica ou de cultura devem ser demonstradas. II.3.c.2) Identidade para vírus

Pelo menos um dos testes de identidade para vírus, descritos a seguir, deve ser realizado para cada lote de vacina : II.3.c.2.a) Teste de anticorpo fluorescente

Este teste deve ser conduzido usando-se células inoculadas com o vírus e células controle não inoculadas. As células devem ser coradas com fluoresceína, conjugada ao anti-soro específico. Fluorescência típica do vírus deve ser demonstrada nas células inoculadas. As células controle permanecem livres de fluorescência. II.3.c.2.b) Teste de neutralização do soro

Este teste deve ser conduzido usando-se o método de decréscimo constante de vírus no soro, com anti-soro específico. Para identificação positiva, pelo menos 100 DI 50 do vírus de vacina devem ser neutralizadas pelo anti-soro. II.3.d) Inocuidade

São utilizadas, no mínimo, 10 aves SPF alojadas em isolamento. Para cada grupo serão mantidas, no mínimo, 10 aves controles.

Vacinas vivas São inoculadas 10 doses por aves na menor idade e via recomendada pelo fabricante. Vacinas inativadas São inoculadas 2 doses por ave, na idade mínima de 2 semanas , ou na idade mínima indicada pelo

fabricante. As aves serão observadas durante o período de 21 dias, verificando as reações adversas locais e

gerais atribuíveis ao produto. A interpretação do teste será feita de acordo com a norma específica de cada produto.

II.3.e) Patógenos estranhos II.3.e.1) Leucose linfóide aviária

Cada vírus vacinal citopático a células de fibroblasto de embrião de galinha deve ser efetivamente neutralizado, inativado ou separado, para que quantidades mínimas do vírus da leucose linfóide possam ser propagadas na cultura celular durante o período de crescimento de 21 dias. Se o vírus da vacina não puder ser efetivamente neutralizado, inativado ou separado, uma outra amostra de vacina, preparada na mesma semana, usando material proveniente da mesma origem e lote usado para a preparação do vírus da vacina em questão, deverá ser testado.

Quando culturas celulares são testadas, 5 ml de suspensão celular final preparada para semente de cultura celular da produção devem ser usadas como inóculo. Quando as vacinas são testadas, o equivalente a 200 doses de vacina contra a Doença de Newcastle ou 500 doses de outras vacinas para uso em aves deve ser usado como inóculo.

Culturas controle devem ser preparadas a partir da mesma suspensão celular que as culturas para a vacina teste.

Culturas de células de fibroblasto de embrião de galinha não inoculadas são usadas como controle negativo. Um grupo de culturas de fibroblasto, inoculado com o vírus do subgrupo A e outro grupo inoculado com o subgrupo B, é usado como controle positivo A e B, respectivamente.

As culturas celulares devem ser propagadas a 37o C +/- 1 por, no mínimo, 21 dias. Estas devem ser repicadas, quando necessário, para manter a viabilidade, e as amostras coletadas de cada passagem devem ser testadas para o antígeno grupo-específico.

O teste de microtitulação da fixação do complemento deve ser realizado utilizando a técnica do ponto hemolítico de 50 ou 100 %, para determinar a unidade do complemento. 5 unidades hemolíticas a 50 % ou 2 unidades hemolíticas a 100 % devem ser usadas para cada teste.

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Todos os materiais testados, incluindo controles positivos e negativos, devem ser guardados a - 60o

C ou congelados, até que sejam usados no teste. Antes do uso, cada amostra deve ser descongelada e congelada 3 vezes, para romper células intactas e liberar o antígeno grupo-específico.

O anti-soro usado no teste de fixação do complemento deve ser um reagente padrão. Quatro unidades de anti-soro devem ser usadas para cada teste.

A presença de atividade fixadora do complemento nas amostras colhidas (das passagens) na diluição 1:4 ou maior, na ausência de atividade anti-complementar, deve ser considerada como positiva, a menos que a atividade possa definitivamente ser estabelecida como causada não pelo vírus da leucose linfóide, sub-grupos A e/ou B. A atividade na diluição 1:2 deve ser considerada como suspeita e a amostra deve ser posteriormente subcultivada para determinar a presença do antígeno grupo-específico. Pode ser utilizado o método de ELISA ou outro método validado.

As vacinas encontradas contaminadas pelo vírus da leucose linfóide são consideradas insatisfatórias. Os lotes de origem de material contaminado também são insatisfatórios. II.3.e.2) Vírus hemoaglutinantes

Amostras de frascos do produto final, rehidratado como descrito no rótulo, devem ser usadas como inóculo. As vacinas aviárias distribuídas sem diluente devem ser rehidratadas com 30 ml de água destilada estéril e usadas como inóculo. Quando uma ou mais frações são usadas em combinação com a vacina para a Doença de Newcastle, as amostras que serão testadas devem ser recolhidas de cada suspensão, antes de serem mescladas com a vacina para a doença de Newcastle.

Cada um de 10 ovos embrionados com 9 ou 10 dias de idade, provenientes de lote susceptível para a Doença de Newcastle, deve ser inoculado na cavidade alantóide com 0,2 ml do inóculo não diluído.

Cinco embriões não inoculados, de mesma idade e do mesmo lote daqueles usados para o teste, serão os controles-negativos.

Testar uma amostra do fluido alantóico do vírus da doença de Newcastle como controle-negativo. De 3 a 5 dias depois da inoculação, a amostra do fluido alantóico de cada ovo deve ser testada,

separadamente, por um teste rápido na placa, para atividade hemoaglutinante, usando uma suspensão de 0,5 % de hemácias frescas de galinha.

Se os resultados forem inconclusivos, uma ou duas passagens devem ser feitas usando fluido de ovos originais.

Fluidos de embriões vivos ou mortos devem ser empregados separadamente, para inóculo nestas passagens.

Se a atividade hemoaglutinante atribuível ao produto for observada, a partida é insatisfatória. II.3.e.3) Detecção de agentes citopatogênicos.

Corar cada camada com corante citológico apropriado. Examinar a área total de cada monocamada corada, para evidência de corpos de inclusão, número

anormal de células gigantes ou outra indicação citopatológica de anormalidade celular atribuível a agentes estranhos. II.3.e.4) Hemoadsorção II.3.e.4.a) Lavar a monocamada com diversas trocas de PBS. II.3.e.4.b) Adicionar o volume adequado de uma suspensão a 0,2 % de hemácias, para cobrir a superfície da monocamada. Suspensões ou hemácias lavadas de cobaia ou tipo “O” humana devem ser usadas. Estas suspensões devem ser misturadas antes de serem adicionadas à monocamada ou usadas separadamente em monocamadas separadas. II.3.e.4.c) Incubar a mo nocamada a 4o C por 30 minutos. Lavar com PBS e observar a hemoadsorção. II.3.e.4.d) Se a hemoadsorção não for aparente, repetir o item “b” e incubar as monocamadas a 20o C - 25o C por 30 minutos. Lavar com PBS e examinar para hemoadsorção. Se desejar, monocamadas separadas podem ser usadas para cada temperatura de incubação. Se citopatologia ou hemoadsorção atribuível a um agente estranho for encontrada, o material testado será insatisfatório. II.3.e.5) Detecção de patógenos estranhos pela inoculação em ovos embrionados

O produto biológico a ser testado deve ser preparado como recomendado na bula ou, no caso de vacinas liofilizadas, rehidratado com 30 ml de água destilada estéril.

Um volume de vacina preparada deve ser misturado com 9 volumes de anti-soro inativado pelo calor, estéril, específico para neutralizar o vírus vacinal. Cada lote de anti-soro deve ser certificado através do teste de neutralização de vírus que não inibe outros vírus que possam ser contaminantes.

Depois da neutralização, 0,2 ml da mistura vacina-soro devem ser inoculados em cada um dos 30 embriões susceptíveis.

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Se um vírus “master seed”, ou uma bactéria de vacina está sendo testada, a substância deve ser diluída, sendo que cada 0,2 ml contém vírus neutralizado, equivalente a 10 doses de vacina. II.3.e.5.1) Inocular a substância em 3 grupos de 10 ovos embrionados:

Grupo 1 - 0,2 ml na cavidade alantóica de cada ovo com 9 a 10 dias de idade. Grupo 2 - 0,2 ml na membrana corioalantóica (CAM) de cada ovo com 9 a 10 dias de idade. Grupo 3 - 0,2 ml no saco da gema de cada ovo com 5 a 6 dias de idade. Fazer ovoscopia dos ovos dos grupos 1 e 2 diariamente por 7 dias e do grupo 3, por 14 dias.

II.3.e.5.2) Dispensar os embriões que morreram nas primeiras 24 horas, com morte não específica. O teste é válido se pelo menos 6 embriões de cada grupo sobreviverem depois das primeiras 24 horas após a inoculação. II.3.e.5.3) Examinar as anormalidades de todos os embriões que morreram durante as 24 horas pós-inoculação. Examinar também possíveis anormalidades das membranas corioalantóicas destes ovos e testar os fluidos alantóicos para a presença de agentes hemoaglutinantes. Além disso, centrifugar em baixa velocidade os fluidos alantóicos dos ovos embrionados, inoculados via saco alantóico, para depositar as células. Estas células são examinadas pelo teste de anticorpo fluorescente para o vírus da Bronquite Infecciosa. II.3.e.5.4) Se ocorrerem mortes ou efeitos atribuídos ao produto, efetuar uma posterior passagem em embrião. Fazer um “pool” de material de embriões vivos e mortos, separadamente, e inocular cada “pool” em 10 ovos para cada uma das vias descritas no item 1; material de membrana corioalantóica deve ser inoculado na membrana corioalantóica; fluidos alantóicos, na cavidade alantóica e gema, no saco da gema. II.3.e.6) Detecção de Patógenos estranhos pela inoculação em aves

Este teste deve ser realizado se for indicado nas “master seed” ou produtos, quando o teste II.3.e.5 não for possível, por não se conseguir neutralizar suficientemente o agente.

O produto biológico a ser testado deve ser preparado como recomendado no rótulo ou, no caso das vacinas liofilizadas, rehidratado com água destilada estéril (30 ml para 1000 doses).

Pelo menos 25 aves jovens, saudáveis e susceptíveis, identificadas e obtid as do mesmo lote e galpão, devem ser imunizadas pelo menos 14 dias antes do início do teste. O agente imunizante deve ser o mesmo que o produto a ser testado, porém de uma partida previamente testada e aprovada.

Pelo menos 20 aves devem ser inoculadas com 10 doses de vacina a ser testada através das seguintes vias: subcutânea, intratraqueal, ocular e escarificação (1cm2). 20 aves devem ser usadas para cada via ou combinação destas.

Pelo menos 5 aves devem ser isoladas como controles. Todas as aves devem ser observadas por 21 dias, para sinais de doenças septicêmicas ou

respiratórias, e outras condições patológicas. Se os controles permanecerem saudáveis e reações desfavoráveis ao produto ocorrerem nas aves

vacinadas, a partida será reprovada. Se os controles não permanecerem saudáveis ou se reações desfavoráveis não atribuídas ao produto

ocorrerem nas aves vacinadas, ou ambos, o teste será inconclusivo e deverá ser repetido. Se o teste não for repetido, a partida será reprovada.

II.3.e.7) Detecção de Vírus de Reticuloendoteliose (REV) Inocular semente neutralizada com anti-soro monoespecífico em 5 cultivos de fibroblastos de

embrião de galinha com 8 a 10 dias de idade, e deixar adsorver durante 1 hora; em seguida, drenar os líquidos e colocar meio de crescimento.

Inocular 3 cultivos com (REV) (controles positivos) e manter 3 cultivos como controles negativos. Os três cultivos são incubados a 37o C +/- 1 e subcultivados duas vezes com três ou quatro dias de

intervalo, sendo o último subcultivo preparado sobre lâminas de 20 mm. Testar os cultivos sobre lâminas com anticorpos fluorescentes, para detectar a presença do vírus de

REV. A semente será rejeitada se for detectado REV em qualquer uma das amostras inoculadas com a

mesma. O teste será validado se for detectado REV nos três controles positivos e em nenhum dos três

controles negativos. II.3.e.8) Detecção do vírus da Anemia do Frango (CAA)

Prepare 12 frascos de 25 cm3 com 20 ml de suspensão de células fibroblastóides MDCC - MSB1 (concentrações de 5,0 x 105,0 células por ml).

Após ser neutralizado com soro monoespecífico, o vírus-semente é inoculado em 5 frascos. Simultaneamente serão inoculados 4 frascos com a cepa cux-1 de CAA como controles positivos, e serão

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mantidos 3 frascos sem inocular como controles negativos. As suspensões são subcultivadas 8 vezes com intervalos de 2 a 3 dias, diluindo 1:5 em meio fresco e a 37o C +/-1.

No final do período de incubação são centrifugadas as células de cada suspensão a baixa velocidade (400 G) por 10 minutos e são ressuspendidas a 10 6,0 células por ml. Volumes de 25 microlitros são colocados em cavidades de uma lâmina multiescavada e depois de secá-las com ar o teste de imunofluorescência indireta (IFI) lhe é aplicado.

Durante as subculturas, a presença de CAA pode ser evidenciada pela mudança de coloração nas culturas infectadas, onde os fluídos se tornam vermelhos em comparação com as culturas-controle. Se em algum estágio uma mudança de cor metabólica sugerir a presença de CAA, o IFI deverá ser executado para confirmar a observação.

A semente será rejeitada se o teste de CAA for positivo em qualquer das suspensões inoculadas com a mesma. O teste é valido se o CAA for detectado nos 4 controles positivos e em nenhum dos controles negativos. II.3.f) Inativação

Cada lote de antígeno para preparação de vacinas inativadas deve ser testado em substratos específicos para a detecção de total inativação, conforme descrito no item específico do produto. II.3.g) Eficácia

Para aferir a eficácia do produto final deve ser utilizado um teste em aves SPF ou seja, sorologia e/ou potência (DP 50 ou % de proteção) e/ou outros testes validados pelo órgão oficial controlador, que certificará as cepas do desafio. Os testes realizados com cepas não certificadas não terão valor legal. II.3.g.1) Sorologia

Serão vacinadas 20 aves SPF, na idade mínima de 2 a 4 semanas, pela via indicada pelo fabricante. Para cada lote serão mantidos, no mínimo, 5 testemunhos. Vinte e um dias após a vacinação, as aves serão sangradas, para avaliação sorológica (índice de soroconversão). Os níveis de soroconversão são definidos nos itens específicos de cada produto. II. 3.g.2) Potência II.3.g.2.1) DP 50

A proteção é aferida utilizando-se 4 grupos de 20 aves oriundas de plantéis SPF, com idade mínima indicada pelo fabricante, reservando-se um dos grupos como testemunho.

Os lotes são vacinados com 1/100, 1/50 e 1/25 de dose, utilizando uma seringa micrométrica. A vacina poderá ser diluída em um diluente que não afete a potência e/ou condições físicas originais da vacina, devidamente comprovadas. Decorridos 21 dias as aves são inoculadas pela via adequada à cepa de desafio, com dose infectante suficiente para apresentar 90 % de infecção nos testemunhos de uma amostra no vírus-padrão, certificada pelo órgão oficial controlador. As aves são observadas diariamente por um período mínimo de 10 dias, e o grupo testemunho deve apresentar, no mínimo, 90 % de infecção. O número de aves de cada grupo que sobreviver sem mostrar qualquer evidência clínica da doença em questão é anotado, e a potência da vacina é calculada pelo método estatístico padrão, devendo ser definido para cada vírus com limite inferior de confiança (p= 0,95) definido em cada produto. II.3.g.2.2) % Proteção

De acordo com cada doença específica. II.3.g.2.3) Imunogenicidade

Cada lote de vírus “master seed”, usado para a produção de vacinas, deve ser testado conforme descrito para as normas específicas de cada produto.

O vírus “master seed” deve ser retestado para imunogenicidade a cada 3 anos, a menos que o uso do lote previamente testado tenha sido descontinuado.

Somente uma via de administração, recomendada na bula, necessita ser usada no reteste. II.3.h) Testes físico - químicos II.3.h.1) Umidade residual

A umidade residual será verificada através de métodos convencionais, e deve ser, no máximo, de 3%. II.3.h.2) Vácuo/ gás inerte

O vácuo/ gás inerte deve ser satisfatório e pesquisável através do detector de vácuo, sendo o gás inerte pesquisado conforme indicação técnica fornecida pelo fabricante. II.3.h.3) pH

A concentração hidrogeniônica deve ser determinada através de peagâmetro aferido em solução tampão de pH, imediatamente antes do uso. O pH deve ser específico para cada produto.

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II.3.h.4) Volume Todo produto líquido, medido entre 22o C a 25o C, deve conter o volume indicado no rótulo, aferido

por metodologia validada. II.3.h.5) Viscosidade

É compatível com o tipo de emulsão definida pelo fabricante do produto. II.3.h.6) Estabilidade

É compatível com o tipo de emulsão definida pelo fabricante, conforme descrição da metodologia no relatório de registro do produto. II.3.h.7) Concentração

O volume celular pode ser avaliado por espectrofotometria ou PCV (método de Fitsch-Hopkins). II.3.h.8) Sensibilidade

Cada lote de antígeno deverá ser testado frente a soros-padrão monoespecíficos positivos e negativos, ou outros reconhecidos pelo órgão oficial controlador. II.3.h.9) Tempo de reconstituição

Quando adicionados os diluentes aos produtos liofilizados, estes deverão apresentar tempo de reconstituição igual ou menor a 60 segundos. II.3.h.10 Osmolaridade

A osmolaridade é aferida pelo teste de osmometria, e os produtos devem estar entre os valores de 260 a 320 mohms.

II.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO II.4.a) Vencimento

O prazo de validade será definido no regulamento específico para cada produto. No caso de produtos associados, prevalecerá o menor prazo. II.4.b) Conservação e estocagem

Definidas de acordo com o regulamento específico de cada produto II.4.c) Transporte

De acordo com regulamento específico de cada produto. II.4.d) Biossegurança

De acordo com regulamento específico de cada produto. II.4.e) Dose e vias de aplicação

De acordo com regulamento específico de cada produto.

CAPÍTULO III Vacinas Vivas

III.1) VACINAS VIVAS MONOVALENTES III.1.1) VACINA CONTRA DOENÇA DE NEWCASTLE III.1.1.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra a doença de Newcastle devem ser preparadas a partir de tecidos ou fluidos obtidos de ovos embrionados de galimnhas SPF ou cultivo celular III.1.1.2) Da semente III.1.1.2.1) Amostras

As vacinas vivas atenuadas da Do ença de Newcastle serão preparadas com amostra semente que foi submetida a um teste que revelou um índice de patogenicidade intracerebral (IPIC) de: menos que 0,4, se cada ave recebeu pelo menos 10 7,0 DI 50 por teste ou, pelo menos, de 0,5, se cada ave recebeu pelo menos 10 8,0 DI 50 por teste. III.1.1.2.2) Controle da semente

Será feito conforme prescrito no item II.3, dos procedimentos de controle, exceto itens II.3.a.4, II.3.c.1, II.3.c.2, II.3.f, II.3.h.4, II.3.h.5, II.3.h.6, II.3.h.7, II.3.h.8, II.3.h.9 e II.3.h.10. III.1.1.2.2.a) Identificação da amostra viral

A vacina reconstituída é neutralizada por um soro imunoespecífico inativado. A mistura é deixada por 30 minutos a 20o C e inoculada à razão de 0,2 ml via cavidade alantóica, em 5 ovos embrionados SPF, de 9 dias. A pesquisa de hemaglutininas no líquido alantóico deve ser negativa após 4 a 7 dias de incubação a 37o C, e positiva nos controles inoculados com a vacina não neutralizada. Para identificação positiva, pelo menos 100 DI

50 do vírus vacinal devem ser neutralizadas perante o soro.

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III.1.1.2.2.b) Índice de Patogenicidade intracerebral (IPIC) A partir do líquido alantóico viral com título HA maior do que 24,0 diluído a 1:10 em salina

isotônica estéril, inocular 0,05 ml , pela via intracerebral, em 10 (dez) pintos SPF de 1 dia de idade. Examinar os pintos diariamente por 8 (oito) dias, anotando o resultado : Pintos saudáveis = 0 Pintos doentes = 1 Pintos mortos = 2 Decorrido aquele tempo, calcular o índice médio do período. Nas amostras do vírus da enfermidade de Newcastle mais virulenta (velogênicas), este índice

aproxima-se de 2,0, enquanto nas cepas lentogênicas este índice se aproxima de 0,0 (zero vírgula zero). III.1.1.2.2.c) Tempo médio de morte embrionária

Após realizar diluiç ões decimais, na faixa de 10 -6 a 10 -9 do líquido alantóico viral, em solução salina, inocular 0,1 ml de cada diluição em, no mínimo, 5 ovos embrionados SPF, de 8 a 11 dias de idade, pela via alantóica, e incubar os ovos a 37o C.

Deixar uma amostra do mesmo líquido alantóico na geladeira, por 8 horas, e depois inocular 0,1 ml de cada diluição em, no mínimo, 5 ovos da mesma idade, e incubar a 37o C.

Observar os ovos durante 7 dias, 2 vezes por dia. Registrar o tempo médio de morte dos embriões. A dose letal mínima será a maior diluição que mata todos os embriões. TME é o tempo médio, em horas, em que a dose letal mínima mata os embriões, e se classifica em: Velogênica - menos de 60 horas para matar Mesogênica - entre 60 e 90 horas para matar Lentogênica - mais de 90 horas para matar.

III.1.1.2.2.d) Proteção O teste será efetuado com um lote piloto, sempre que ocorrer mudança do vírus “master seed”.

Serão utilizadas 30 aves SPF com a menor idade de vacinação recomendada pelo fabricante, sendo 20 vacinadas com uma dose por, pelo menos uma das vias de aplicação indicadas pelo fabricante, e 10 aves mantidas separadamente como testemunho. Após 21 (vinte e um) dias, os lotes serão desafiados com o vírus de referência aprovado pelo órgão oficial controlador, com a dose de 10 5,0 DL 50, via intramuscular. As aves serão observadas diariamente por um período mínimo de 10 dias. A vacina deverá ser considerada satisfatória se, no mínimo, 90 % das aves vacinadas sobreviverem, sem apresentar sinais clínicos da doença. O teste será válido se, no mínimo, 90 % das aves testemunhos morrerem ou apresentarem sinais clínicos da doença. III.1.1.2.2.e) Imunogenicidade

Aves SPF, susceptíveis à Doença de Newcastle, todas da mesma idade e da mesma origem, devem ser usadas.

20 ou mais aves devem ser vacinadas para cada método de administração recomendado pelo fabricante.

10 aves, da mesma idade e da mesma origem, devem ser usadas como controles não vacinados. Uma média geométrica do título do produto acabado, produzido a partir da maior passagem do

vírus “master seed”, deve ser estabelecida antes que o teste de imunogenicidade seja conduzido. Cada lote vacinado deve receber uma quantidade pré-determinada da vacina. 5 titulações da vacina devem ser feitas, para confirmar a dose administra da em cada lote de aves usadas no teste.

No mínimo 3 diluições apropriadas (com intervalos que não excedam a escala decimal) devem ser usadas, e o teste deve ser conduzido da seguinte forma:

Para cada diluição, injetar pelo menos 0,1 ml em pelo menos 5 embriões, de 9 a 11 dias de idade, na cavidade alantóide. Descartar os mortos após 24 horas. Pelo menos 4 embriões de cada diluição devem permanecer viáveis após 24 horas.

Examinar os embriões sobreviventes, para evidência de infecção, 5 a 7 dias após a inoculação. Uma titulação satisfatória deve ter, pelo menos, uma diluição com valor entre 50 e 100 % de positivos e pelo menos uma diluição com 50 e 0 % de positivos.

Calcular o DI 50 pelo método Spearman-Karber, Reed-Muench ou equivalente. 20 a 28 dias após a vacinação, todas as aves, vacinadas e controles, devem ser desafiadas

intramuscularmente com, pelo menos, 10 4,0 DI 50 de vírus por ave e observadas diariamente durante 14 dias. O vírus desafio deve ser certificado pelo órgão oficial controlador.

Se pelo menos 90 % dos controles não desenvolverem sinais clínicos da doença de Newcastle, durante o período de observação, o teste é inconclusivo e deve ser repetido.

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Se pelo menos 19 de 20, ou 27 de 30 ou 36 de 40 das aves vacinadas de cada grupo, não permanecerem livres de sinais clínicos da doença de Newcastle, durante o período de observação, o vírus “master seed” é insatisfatório. III.1.1.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE III.1.1.3.a) Esterilidade

Vide item II.3.a., exceto II.3.a.4. Fica facultada, ao Laboratório produtor, a realização do teste de esterilidade para Salmonella, desde

que o mesmo tenha sido realizado durante o processo de produção. III.1.1.3.b) Patógenos estranhos

Os testes relacionados neste item podem ser executados no produto final ou durante o processo de produção. III.1.1.3.b.1) Detecção de patógenos pela inoculação em ovos embrionados

Vide II.3.e.5) III.1.1.3.b.2) Leucose aviária

Vide item II.3.e.1. III.1.1.3.b.3) Virus hemaglutinantes

Vide item II.3.e.2. III.1.1.3.b.4) Detecção de patógenos estranhos, pela inoculação em aves

Vide item II.3.e.6. III.1.1.3.b.5) Detecção de agentes citopatogênicos

Vide item II.3.e.3 III.1.1.3.b.6) Hemoadsorção

Vide item II.3.e.4. III.1.1.3.c) Titulação

A determinação do conteúdo viral é realizada a partir de amostras que foram mantidas a 37o C por 7 dias, para estabilidade térmica. O teste será realizado em ovos embrionados SPF de 9 a 11 dias de idade, inoculados na cavidade alantóica com 0,1 ml de diferentes diluições, utilizando o mínimo de 5 ovos por diluição.

Os embriões são mantidos a 37 o C por 5 a 7 dias, e posteriormente colocados a 4 o C, de 12 a 18 horas. As hemaglutininas são pesquisadas e o título é calculado, devendo possuir, no mínimo, 10 5,5 DI 50 por dose de vacina. Caso ocorra variação de 10 0,5 do título mínimo exigido, será realizado um novo teste, utilizando-se o dobro de número de frascos utilizados no teste inicial. Variações maiores não terão direito ao novo teste nem ao reteste. Persistindo, no novo teste, título inferior à exigência mínima da prova, a vacina será considerada insatisfatória. III.1.1.3.d) Eficácia

A eficácia do produto é testada segundo um dos testes descritos : III.1.1.3.d.1) Proteção

Vide item III.1.1.2.2.d. III.1.1.3.d.2) Sorologia

Serão vacinadas 20 aves SPF com idade mínima de 2 a 4 semanas pela via indicada pelo fabricante. Para cada lote serão mantidos, no mínimo, 5 testemunhos. Vinte e um dias após a vacinação, as aves serão sangradas para avaliação sorológica (índice de soroconversão). Título mínimo de aprovação: HI de 2 5,0 ou 1:32, utilizando-se 4 unidades hemoaglutinantes. III.1.1.3.e) Inocuidade

Vide item II.3.d III.1.1.3.f) Testes físico-químicos III.1.1.3.f.1) Umidade residual

Vide item II.3.h.1. III.1.1.3.f.2) Vácuo/ gás inerte

Vide item II.3.h.2. III.1.1.3.f.3) pH

Vide item II.3.h.3. Deverá ser de 7 +/- 0,5.

III.1.1.3.f.4) Tempo de reconstituição Vide item II.3.h.9.

III.1.1.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO III.1.1.4.a) Vencimento

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O prazo de validade das vacinas será de 24 meses, considerado a partir da data final da liofilização. III.1.1.4.b) Conservação e estocagem

O produto deverá ser conservado à temperatura entre 2o C a 8o C, ao abrigo da luz, e protegido de fontes de radiação. III.1.1.4.c) Transporte

O produto deve ser transportado em embalagem ou veículo isotérmico, com gelo conservante ou unidade de refrigeração que mantenha a temperatura entre 2o C a 8o C. III.1.1.4.d) Biossegurança III.1.1.4.d.1) Para uso do produto por via aerosol deve ser exigido que o operador use o equipamento de proteção individual. III.1.1.4.d.2) Após a utilização, os resíduos de embalagem devem ser incinerados ou descontaminados por processos químicos adequados. III.1.1.4.d.3) Reações adversas, contra-indicações, precauções e efeitos colaterais devem constar das bulas que acompanham a embalagem. III.1.1.4.d.4) No caso de quebra do frasco do produto liofilizado, desinfetar imediatamente o local com produto químico adequado, e depositar os detritos em local apropriado. III.1.1.4.e) Doses e vias de aplicação

O produto pode ser aplicado através das vias ocular, nasal, oral, intramuscular, subcutânea ou aerosol, com uma dose de vacina por ave, conforme especificações do fabricante. III.1.2) VACINA CONTRA BRONQUITE INFECCIOSA DAS GALINHAS III.1.2.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra a Bronquite Infecciosa das Galinhas devem ser preparadas a partir de tecidos ou fluídos obtidos de ovos embrionados de galinha SPF ou cultivo celular. III.1.2.2) Da semente III.1.2.2.1) Amostras vacinais

As vacinas são elaboradas com amostras comprovadamente eficientes na profilaxia da bronquite infecciosa das galinhas. A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. III.1.2.2.2) Controle da semente

Vide item III.1.1.2.2. III.1.2.2.2.a) Identificação da amostra viral

A identificação da a mostra viral é feita através do teste sorológico com soro monoespecífico. III.1.2.2.2.b) Eficácia

Para aferir a eficácia do produto, um teste, com soro de aves SPF, deve ser utilizado. O teste sorológico deve ser conduzido com cepa homóloga, e deverá apresentar índice de soroneutralização (ISN) maior ou igual a 10 2,0 . III.1.2.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE III.1.2.3.a) Esterilidade

Vide III.1.1.3.a. III.1.2.3.b) Detecção de patógenos, pela inoculação em ovos embrionados

Vide item II.3.e.5. III.1.2.3.c) Titulação

Toda partida de vacina será titulada usando-se, para cada diluição, pelo menos 5 embriões com 9 a 11 dias de incubação, inoculando 0,1 ml via cavidade alantóide e desprezando os embriões mortos nas primeiras 24 horas após a inoculação.

O teste apenas será válido se, no mínimo, 4 embriões para cada diluição sobreviverem após 24 horas.

Os embriões serão examinados do 5o ao 7o dias após a inoculação, considerando positivos aqueles com evidência de lesões típicas do vírus da Bronquite infecciosa.

A vacin a deve conter não menos de 10 2,0 DI 50 do vírus por dose de vacina, até o final do prazo de validade indicado pelo produtor. III.1.2.3.d) Eficácia

Vide item III.1.2.2.2.b III.1.2.3.e) Inocuidade

Vide item II.3.d. III.1.2.3.f) Testes físico - químicos

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III.1.2.3.f.1) Umidade residual Vide II.3.h.1

III.1.2.3.f.2) Vácuo/ gás inerte Vide item II.3.h.2.

III.1.2.3.f.3) pH 7, +/- 0,5.

III.1.2.3.f.4) Tempo de reconstituição Vide II.3.h.9

III.1.2.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO III.1.2.4.a) Vencimento

O prazo de validade das vacinas será, no máximo, 15 meses a contar da data da fabricação, considerada a partir da data final da liofilização. III.1.2.4.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b. III.1.2.3.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c. III.1.2.3.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d. III.1.2.3.e) Doses e vias de aplicação

O produto pode ser aplicado através das vias oral, nasal ou aerosol, com uma dose de vacina por ave, segundo especificações do fabricante. III.1.3) VACINA CONTRA DOENÇA DE GUMBORO III.1.3.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra a Doença de Gumboro devem ser preparadas a partir de tecidos ou fluídos obtidos de ovos embrionados de galinha SPF ou cultivo celular. III.1.3.2) Da semente III.1.3.2.1) Amostras vacinais

As vacinas são elaboradas com amostras comprovadamente eficientes na profilaxia da Doença de Gumboro. A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. III.1.3.2.2) Controle da semente

Vide item III.1.1.2.2. III.1.3.2.2.a) Identificação da amostra viral

A identificação é feita através de prova sorológica, com soro mono específico. III.1.3.2.2.b) Eficácia

% Proteção O teste será efetuado com uma produção piloto. Utilizam-se trinta aves com, no mínimo, 14 dias de

idade, sendo 20 vacinadas com 1 dose e via in dicada pelo fabricante, e 10 mantidas separadamente, como controles negativos. Após 21 dias, os 2 lotes serão desafiados com o vírus de referência aprovado pelo órgão oficial controlador, com dose definida segundo as especificações para o vírus da doença de Gumboro. 3 a 5 dias após a infecção, todas as aves serão necropsiadas e examinadas para lesões evidentes da doença de Gumboro.

Assim, 90% dos pintos vacinados não devem apresentar tais lesões e, no mínimo, 90% dos controles não vacinados devem apresentar lesões. III.1.3.2.2.c) Inocuidade

Vide item II.3.d. III.1.3.2.2.d) Imunogenicidade

Cada lote de vírus “master seed” deve ser testado quanto à sua imunogenicidade, e a dose de vírus selecionada para uso deve ser estabelecida conforme segue :

d.1 Aves susceptíveis à Doença de Gumboro, da mesma idade (3 semanas ou menos) e procedência, devem ser utilizadas. 20 ou mais aves devem ser vacinadas por cada via de administração indicada pelo fabricante. Dez aves da mesma idade e procedência devem ser mantidas como controles não vacinados.

d.2 O Título Médio Geométrico da vacina produzida a partir da mais alta passagem do vírus “master seed” deve ser determinado antes do início do teste de imunogenicidade. Cada ave deve receber uma quantidade pré -determinada do vírus vacinal.

5 titulações do vírus vacinal devem ser realizadas, para confirmar a dose a ser administrada a cada ave utilizada no teste. No mínimo 3 diluições (com intervalos que não excedam a escala decimal) devem ser utilizadas para as titulações do vírus vacinal.

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d.3 Com 28 a 35 dias de idade (porém, no mínimo 14 dias após a vacinação), os grupos de aves vacinadas e controles devem ser desafiados por via ocular, com uma amostra virulenta do IBDV, certificado pelo órgão oficial controlador.

d.3.1) 3 a 5 dias após o desafio, todas as aves devem ser necropsiadas e examinadas para lesões macroscópicas da Doença de Gumboro, incluindo edema peri-bursal e/ou hemorragia e/ou edema no tecido da Bursa de Fabricius.

d.3.2 Se no mínimo 19 em 20, 27 em 30 ou 36 em 40 aves vacinadas em cada grupo não se apresentarem livres de lesões características da Doença de Gumboro, o vírus “master seed” deve ser considerado insatisfatório. Para o teste ser considerado válido, no mínimo 90 % das aves do grupo controle devem apresentar lesões da Doença de Gumboro.

Se uma porcentagem inferior a 90 % das aves do grupo controle apresentar lesões, o teste é considerado inconclusivo e deve ser refeito.

d.4 O vírus “master seed” deve ser retestado quanto à sua imunogenicidade 3 anos após o teste original, a menos que o uso do lote previamente testado tenha sido descontinuado. No reteste, apenas uma via de administração recomendada pelo fabricante deve ser usada. III.1.3.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE III.1.3.3.a) Esterilidade

Vide III.1.1.3.a. III.1.3.3.b) Patógenos estranhos

Vide III.1.1.3.b. III.1.3.3.c) Titulação

Toda a partida de vacina será titulada usando-se, para cada titulação, pelo menos 5 embriões com 7 a 11 dias de incubação, inoculando 0,1 ml via saco vitelino ou membrana cório-alantóide (m.c.a.) e desprezando-se os embriões mortos nas primeiras 24 horas pós-inoculação.

O teste só será válido se, no mínimo, 4 embriões para cada diluição sobreviverem às 24 horas. Os embriões serão examinados do 5o ao 7o dia após a inoculação, considerando positivos aqueles

com evidências de lesões típicas do vírus da Doença de Gumboro. A vacina deve conter não menos de 10 2,0 DI 50 do vírus por dose de vacina até o final do prazo de

validade indicado pelo produtor. A vacina pode também ser titulada em cultura celular de fibroblasto de embrião de galinha. III.1.3.3.d) Eficácia

Vide item II.3.g. Um dos testes abaixo pode ser realizado:

III.1.3.3.d.1) % Proteção O teste será efetuado com o produto final. Utilizam-se trinta aves com, no mínimo, 14 dias de

idade, sendo 20 vacinadas com 1 dose e via indicada pelo fabricante, e 10 mantidas separadamente, como controles negativos.

Após 21 dias, os lotes serão desafiados como controles negativos. Após 21 dias os lotes serão desafiados com o vírus de referência aprovado pelo órgão oficial controlador, com dose definida segundo as especificações para o vírus da Doença de Gumboro.

3 a 5 dias depois da infecção, todas as aves serão necropsiadas e examinadas para lesões evidentes da Doença de Gumboro.

Assim, 90% dos pintos vacinados não devem apresentar tais lesões e, no mínimo, 90% dos controles não vacinados devem apresentar lesões. III.1.3.3.d.2) Sorologia

Vide III.1.2.2.2.b. III.1.3.3.e) Inocuidade

Vide II.3.d. III.1.3.3.f) Testes físico-químicos III.1.3.3.f.1) Umidade residual

Vide item II.3.h.1. III.1.3.3.f.2) Vácuo/ gás inerte

Vide item II.3.h.2. III.1.3.3.f.3) pH

7, +/- 0,5 . III.1.3.3.f.4) Tempo de reconstituição

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Vide item II.3.h.9. III.1.3.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO III.1.3.4.a) Vencimento

Vide item III.1.1.4.a. III.1.3.4.b) Estocagem

Vide item III.1.1.4.b. III.1.3.4.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c. III.1.3.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d. III.1.3.4.e) Doses e vias de aplicação

O produto deve ser aplicado através das vias oral, ocular ou injetável ou intra -ovo, com uma dose de vacina por ave, segundo especificações do fabricante. III.1.4) VACINA CONTRA A DOENÇA DE MAREK III.1.4.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra a Doença de Marek devem ser preparadas a partir de culturas primárias, obtidas de ovos embrionados de galinha SPF ou cultivo celular de linhagem, devidamente comprovado. III.1.4.2) Da semente III.1.4.2.1) Amostras vacinais

As vacinas são elaboradas com amostras comprovadamente eficazes na profilaxia da Doença de Marek. A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial competente. III.1.4.2.2) Controle da semente

Vide Item III.1.1.2.2. III.1.4.2.2.a) Identificação da amostra viral

A identificação é feita através de prova sorológica, com soro monoespecífico. III.4.2.2.b) Eficácia

A primeira partida produzida após cada mudança de semente principal deverá ser testada quanto à eficácia, de acordo com o que se segue:

20 aves, de um dia de idade, susceptíveis à Doença de Marek, são vacinadas com a vacina-teste, segundo as recomendações do fabricante.

20 aves não vacinadas, nas mesmas condições, são deixadas como controles. Após 4 semanas da vacinação, todas as aves, vacinadas e controles, serão desafiadas com uma dose

cada, de uma cepa desafio, certificada pelo órgão oficial controlador, capaz de provocar, no mínimo, 60 % de lesões características da Doença de Marek.

Após 4 semanas de desafio, as aves deverão ser sacrificadas e necropsiadas. O teste é válido se, no mínimo, 60 % dos controles não vacinados apresentarem lesões cara cterísticas da Doença de Marek. A produção piloto será considerada satisfatória, se 80 % das aves vacinadas estiverem livres de lesões. III.1.4.3) Do produto final III.1.4.3.a) Esterilidade

Vide III.1.1.3.a. III.1.4.3.b) Patógenos estranhos

Vide III.1.1.3.b) III.1.4.3.c) Titulação

A vacina deve ser reconstituída em diluente produzido pelo próprio fabricante. A titulação deverá ser feita com, no mínimo, 3 frascos de vacina, devendo conter, no mínimo, título

individual de 1500 PFU’s por dose, no ato de liberação da partida e, no mínimo, 1000 PFU’s por dose, até à data do vencimento.

A titulação do vírus de vacina é constituída pelo título médio das amostras de vacina. Simultaneamente será titulada uma vacina de referência de título conhecido. A titulação será

validada, se a vacina de referência apresentar uma variação de até +/- 20 % do título esperado. III.1.4.3.d) Inocuidade

Vide item II.3.d. III.1.4.3.e) Testes físico-químicos (Vacinas liofilizadas) III.1.4.3.e.1) Umidade residual

Vide item II.3.h.1. III.1.4.3.e.2) Vácuo / gás inerte

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Vide item II.3.h.2. III.1.4.3.e.3) pH

7,3, +/- 0,3. III.1.4.3.e.4) Tempo de reconstituição

Vide item II.3.h.9. III.1.4.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO III.1.4.4.a) Vencimento

O prazo de validade das vacinas será de 24 meses a contar da data da fabricação, considerada a partir da data final da liofilização ou congelamento. III.1.4.4.b) Conservação e estocagem III.1.4.4.b.1) Liofilizada

Vide item III.1.1.4.b. III.1.4.4.b.2) Congelada

A vacina deve ser submersa em nitrogênio líquido, em recipientes apropriados, até o momento do uso. III.1.4.4.c) Transporte III.1.4.4.c.1) Liofilizada

Vide item III.1.1.4.c. III.1.4.4.c.2) Congelada

Transportada em recipiente apropriado, contendo nitrogênio líquido. III.1.4.4.d) Biossegurança III.1.4.4.d.1) Para a manipulação do produto é exigido que o operador use o equipamento de proteção individual. III.1.4.4.d.2) A estocagem e o transporte do produto devem ser feitos com cuidado, para que se tenha boa ventilação no local, devido à liberação de gás inerte. III.1.4.4.d.3) Após o uso, os resíduos de embalagem devem ser incinerados ou descontaminados por processos químicos adequados. III.1.4.4.d.4) Reações adversas, contra -indicações, precauções e efeitos colaterais devem constar da bula ou rótulo/bula que acompanham a embalagem. III.1.4.4.e) Doses e vias de aplicação

O produto deve ser aplicado através das vias intramuscular, subcutânea ou intra-ovo, com uma dose de vacina por ave, segundo as especificações do fabricante. III.1.5) VACINA CONTRA VARÍOLA AVIÁRIA (BOUBA) III.1.5.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra Varíola Aviária devem ser preparadas a partir de tecidos ou fluídos obtidos de ovos embrionados de galinha SPF, cultivo celular ou recombinação genética. III.1.5.2) Da semente III.1.5.2.1) Amostras vacinais

São utilizadas amostras comprovadamente eficazes na profilaxia da Varíola Aviária. A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. III.1.5.2.2) Controle da semente

Vide item III.1.1.2.2. III.1.5.2.2.a) Identificação da amostra viral

A identificação é feita através de prova sorológica, com soro monoespecífico. III.1.5.2.2.b) Atividade viral

Um lote piloto de vacina originária da semente de trabalho deve ser testado para atividade viral. A atividade viral é aferida utilizando-se um grupo de 20 pintos oriundos de plantéis SPF, com idade

de 1 a 3 dias. Manter 10 aves, no mínimo, sem inocular, como testemunhos. O lote é vacinado com uma dose por animal, por via membrana da asa, conforme recomendado pelo fabricante.

Observar a partir do 3 o até o 7o dias, quanto à formação de lesões típicas de varíola aviária apenas no local da inoculação.

É considerado satisfatório se apresentar índice de atividade viral maior ou igual a 90%, e se não for observado nada anormal nos controles. III.1.5.2.2.c) Imunogenicidade

Cada lote de vírus “master seed” deve ser testado quanto à sua imunogenicidade, e a dose de vírus selecionada para uso deve ser estabelecida conforme segue:

c.1 Aves susceptíveis à Varíola Aviária, da mesma idade e procedência, devem ser utilizadas.

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20 ou mais aves devem ser vacinadas por cada via de administração indicada pelo fabricante. 10 aves da mesma idade e procedência devem ser mantidas como controles não vacinados.

c.2 O Título Médio Geométrico da vacina produzida a partir da mais alta passagem do vírus “master seed” deve ser determinado antes do início do teste de imunogenicidade. Cada ave deve receber uma quantidade pré-determinada do vírus vacinal. Cinco titulações do vírus vacinal devem ser realizadas, para confirmar a dose a ser administrada a cada ave utilizada no teste. No mínimo 3 diluições (com intervalos que não excedam a escala decimal) devem ser utilizadas para as titulações do vírus vacinal, que devem ser conduzidas conforme segue:

c.2.1 Para cada diluição viral inocular 0,2 ml, via membrana corioalantóide, em no mínimo 5 embriões com 9 a 11 dias de idade. Desconsiderar as mortes que ocorram durante as primeiras 24 horas após a inoculação. Para ser um teste válido, no mínimo 4 embriões por diluição devem permanecer viáveis 24 horas após a inoculação.

c.2.2 Examinar os embriões sobreviventes, para a evidência de infecção 5 a 7 dias após a inoculação.

c.2.3 Uma titulação satisfatória deve apresentar pelo menos uma diluição com positividade entre 0 e 50%, e pelo menos uma diluição com positividade entre 50 e 100%.

c.2.4 Calcular o título expresso em DI 50 pelo método de Spearman Karber, Reed-Munch ou equivalente.

c.3 14 a 21 dias após a vacinação, os grupos de aves vacinadas e controles devem ser desafiados, via membrana da asa, com uma amostra virulenta do vírus da Varíola Aviária, certificado pelo órgão oficial controlador, e observados diariamente por um período de 10 dias.

Se a via membrana da asa houver sido utilizada para vacinação, a asa oposta deve ser utilizada para o desafio.

c.4. Se no mínimo 19 em 20, 27 em 30, ou 36 em 40 aves vacinadas em cada grupo não se apresentarem livres de sinais clínicos da Varíola Aviária, o vírus “master seed” deve ser considerado insatisfatório. Se no mínimo 90% das aves do grupo controle não apresentarem sinais clínicos de Bouba, o teste é considerado inconclusivo e deve ser refeito.

c.5 O vírus “master seed” deve ser retestado, quanto à sua imunogenicidade, 3 anos após o teste original, a menos que o uso do lote previamente testado tenha sido descontinuado.

No reteste, apenas uma via de administração recomendada pelo fabricante deve ser usada. III.1.5.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE III.1.5.3.a) Esterilidade

Vide III.1.1.3.a. III.1.5.3.b) Patógenos estranhos

Vide III.1.1.3.b. III.1.5.3.c) Inocuidade

Vide II.3.d. III.1.5.3.d) Titulação

A determinação do conteúdo viral é realizada em ovos embrionados SPF, de 9 a 11 dias de idade, inoculados na membrana corioalantóica com 0,2 ml de diferentes diluições usando, no mínimo, 5 ovos por diluição. Os embriões são mantidos a 37o C , de 5 a 7 dias, e o título é calculado.

A vacina deve conter não menos que 10 2,0 DI 50 por dose de vacina até o final do prazo de validade. A vacina também pode ser titulada em cultura celular de fibroblasto de embrião de galinha.

III.1.5.3.e) Testes físico-químicos III.1.5.3.e.1) Umidade residual

Vide item II.3.h.1. III.1.5.3.e.2) Vácuo/ gás inerte

Vide item II.3.h.2. III.1.5.3.e.3) pH

7,0 , +/- 0,5. III.1.5.3.e.4) Tempo de reconstituição

Vide item II.3.h.9. III.1.5.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO III.1.5.4.a) Vencimento

O prazo de validade das vacinas será de 24 meses a contar da data da fabricação, considerada a partir da data final da liofilização.

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III.1.5.4.b) Conservação e estocagem Vide item III.1.1.4.b.

III.1.5.4.c) Transporte Vide item III.1.1.4.c.

III.1.5.4.d) Biossegurança Vide item III.1.1.4.d.

III.1.5.4.e) Doses e vias de aplicação As doses e vias de aplicação, segundo as especificações do fabricante.

III.1.6) VACINA CONTRA ENCEFALOMIELITE AVIÁRIA III.1.6.1.) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra Encefalomielite Aviária devem ser preparadas a partir de tecidos ou fluidos obtidos de ovos embrionados de galinha SPF ou cultivo celular. III.1.6.2) Da semente III.1.6.2.1) Amostras vacinais

As vacinas são elaboradas com amostras comprovadamente eficazes na profilaxia da Encefalomielite Aviária. A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. III.1.6.2.2. Controle das sementes

Vide item III.1.1.2.2. III.1.6.2.2.a) Esterilidade

Vide item III.1.1.3.a. III.1.6.2.2.b) Inocuidade

Vide item II.3.d. III.1.6.2.2.c) Identificação da amostra viral

A identificação é feita através de prova sorológica, com soro monoespecífico. III.1.6.2.2.d) Patógenos estranhos

Vide III.1.1.3.b. III.1.6.2.2.e) Imunogenicidade

Cada lote de vírus “master seed” deve ser testado quanto à sua imunogenicidade, e a dose de virus selecionada para uso deve ser estabelecida conforme segue :

e.1) Aves susceptíveis à Encefalomielite Aviária, da mesma idade (8 semanas ou mais) e procedência, devem ser utilizadas .

20 ou mais aves devem ser vacinadas por cada via de administração indicada pelo fabricante. 10 aves da mesma idade e procedência, devem ser mantidas como controles não vacinados.

e.2) O Título Médio Geométrico da vacina produzida a partir da mais alta passagem do vírus “master seed” deve ser determinado antes do início do teste de imunogenicidade. Cada ave deve receber uma quantidade pré -determinada do vírus vacinal. 5 titulações do vírus vacinal devem ser realizadas, para confirmar a dose a ser administrada a cada ave utilizada no teste. No mínimo 3 diluições (com intervalo que não exceda a escala decimal) devem ser utilizadas para as titulações do vírus vacinal , que devem ser conduzidas conforme segue :

e.2.1) Para cada diluição viral inocular 0,2 ml, via saco da gema, em no mínimo 10 embriões com 5 a 6 dias de idade. Manter 20 embriões da mesma idade e procedência como controles não inoculados. Desconsiderar as mortes que ocorram durante as primeiras 24 horas após a inoculação. Para ser um teste válido, no mínimo 4 embriões por diluição devem permanecer viáveis 24 horas após a inoculação.

e.2.2) Os ovos devem ser mantidos separadamente e incubados até à eclosão. Tomar todas as precauções para que os pintos referentes a cada diluição permaneçam separados. Para ser um teste válido, no mínimo 75% dos ovos não inoculados devem eclodir.

e.2.3) No terceiro dia após o nascimento, registrar todos os ovos não eclodidos, os embriões mortos, com paralisia ou ataxia, considerando-os como critérios de infecção.

e.2.4) Uma titulação satisfatória deve apresentar pelo menos uma diluição com positividade entre 0 e 50%, e pelo menos uma diluição com positividade entre 50 e 100%.

e.2.5) Calcular o título expresso em DI 50 pelo método de Spearman Karber, Reed-Munch ou equivalente.

e.3) 21 dias após a vacinação, os grupos de aves vacinadas e controles devem ser desafiados, por via intracerebral, com uma amostra virulenta do vírus da Encefalomielite Aviária, certificado pelo órgão oficial controlador, e observadas diariamente por um período de 21 dias.

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e.4) Se no mínimo 19 em 20, 27 em 30, ou 36 em 40 aves vacinadas em cada grupo não se apresentarem livres de sinais clínicos da Encefalomielite Aviária, o vírus “master seed” deve ser considerado insatisfatório. Se no mínimo 80% das aves do grupo controle não apresentarem sinais clínicos de Encefalomielite Aviária, o teste é considerado inconclusivo e deve ser refeito.

e.5) O vírus “master seed” deve ser retestado quanto à sua imunogenicidade 3 anos após o teste original, a menos que o uso do lote previamente testado tenha sido descontinuado.

No reteste, apenas uma via de administração recomendada pelo fabricante deve ser usada. III.1.6.3 DO CONTROLE DE QUALIDADE III.1.6.3.a) Esterilidade

Vide III.1.1.3.a III.1.6.3.b) Patógenos estranhos

Vide III.1.1.3.b III.1.1.3.c) Inocuidade

Vide II.3.d. III.1.6.3.d) Eficácia

Proteção O produto final acabado será administrado conforme recomendações da bula em, pelo menos, 10

aves susceptíveis (SPF). 10 aves da mesma fonte (SPF) e idade são conservadas como controles. 21 dias após a vacinação, aquelas vacinadas e as controles serão infectadas intracerebralmente com

10 3,0 DI 50 de uma amostra desafio de vírus de referência da Encefalomielite aviária, aprovada pelo órgão oficial controlador, e observadas por 21 dias.

Se menos de 80% dos controles não desenvolverem sinais ou lesões de encefalomielite aviária, o teste é inconclusivo e deve ser repetido. Se pelo menos 80% das vacinadas não permanecerem livres de sinais de Encefalomielite aviária, a partida será reprovada. III.1.6.3.e) Titulação

Toda partida de vacina será titulada usando, para cada titulação, pelo menos 10 ovos embrionados, de 5 a 6 dias de idade, inoculando 0,2 ml no saco vitelínico (gema).

20 embriões, obtidos da mesma fonte, deverão ser conservados como controles negativos não inoculados. Descartar todos os mortos durante as primeiras 48 horas após a inoculação.

Os ovos de cada diluição deverão ser conservados em sistema de incubação separado, e deixados para nascer. Para que o teste tenha validade, pelo menos 75% daqueles não inoculados devem nascer. No 3o dia após o nascimento normal, serão contados todos os ovos não eclodidos e mortos, pintos paralíticos e atáxicos, como evidência de positivos à infecção viral.

Uma titulação satisfatória deve ter pelo menos uma diluição entre 50 a 100% de positivos e pelo menos uma diluição entre 50 a 0% de positivos.

Calcular DI 50 pelo método de Reed-Muench ou Spearman-Karber ou equivalente. A vacina deve conter não menos que 10 2,5 DI 50 por dose, até o final do prazo de validade.

III.1.6.3.f) Testes físico-químicos (para vacinas liofilizadas) III.1.6.3.f.1) Umidade residual

Vide item II.3.h.1. III.1.6.3.f.2) Vácuo/gás inerte

Vide item II.3.h.2. III.1.6.f.3) pH

7, +/- 0,5. III.1.6.f.4) Tempo de reconstituição

Vide item II.3.h.9. III.1.6.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO III.1.6.4.a) Vencimento III.1.6.4.a.1) Liofilizada

Vide item III.1.1.4.a. III.1.6.4.a.2) Líquida

Conservação: de -12o C a -18o C, máximo de 24 meses; Conservação de 2o C a 8o C , no máximo de 3 meses.

III.1.6.4.b) Conservação e estocagem III.1.6.4.b.1) Liofilizada

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Vide item III.1.1.4.b. III.1.6.4.b.2) Líquida

Conservação: de -12o C a -18o C, máximo de 24 meses; Conservação de 2o C a 8 o C , no máximo de 3 meses.

III.1.6.4.c) Transporte III.1.6.4.c.1) Liofilizada

Vide item III.1.1.4.c. III. 1.6.4.c.2) Líquida

Entre -12o C a -18o C, ou entre 2o C a 8o C. III.1.6.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d. Por se tratar de cepa patogênica para embriões, vacinar somente aves nas condições e na idade

recomendadas pelo fabricante. III.1.6.4.e) Doses e vias de aplicação

O produto deve ser aplicado através das vias oral, ocular, nasal ou intradérmica, com uma dose de vacina por ave, segundo as especificações do fabricante. III.1.7) VACINA ARTRITE VIRAL (TENOSINOVITE AVIÁRIA) III.1.7.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra Artrite Viral (Tenosinovite Aviária) devem ser preparadas a partir de tecidos ou fluidos obtidos de ovos embrionados de galinha SPF, cultivo celular ou recombinação genética. III.1.7.2) Da semente III.1.7.2.1) Amostras vacinais

As vacinas são elaboradas com amostras comprovadamente eficazes na profilaxia da Artrite Viral. A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. III.1.7.2.2) Controle das sementes

Vide item III.1.1.2.2. III.1.7.2.2.a) Identificação da amostra viral

A identificação da amostra viral é feita através de prova sorológica, com soro monoespecífico. III.1.7.2.2.b) Patógenos estranhos

Vide II.3.e.6. III.1.7.2.2.c) Potência

Vacinar no mínimo 20 aves na idade recomendada e após 3 semanas desafiar o grupo com uma amostra de vírus de referência, certificado pelo órgão oficial controlador, na via coxim plantar, que produzem lesões típicas em 90% das aves testemunhas. Manter 10 aves do mesmo lote, isoladas e desafiadas da mesma maneira, como controles sem vacinar (testemunhos). Observar por 14 dias as aves e se 90% dos testemunhos não apresentarem sinais de infecção, o teste será repetido.

No mínimo 19 aves em 20 vacinadas devem estar livres dos sintomas, para que o teste seja satisfatório e o produto piloto aprovado. III.1.7.2.2.d) Imunogenicidade

Cada lote de vírus “master seed” deve ser testado quanto à sua imunogenicidade, e a dose de vírus selecionada para uso deve ser estabelecida conforme segue:

d.1 Aves susceptíveis à Artrite Viral, da mesma idade e procedência, devem ser utilizadas. Vacinas para uso em aves jovens devem ser testadas em aves com a menor idade de vacinação recomendada pelo fabricante. Vacinas para uso em aves adultas devem ser testadas em aves de 4 ou mais semanas de idade.

20 ou mais aves devem ser vacinadas por cada via de administração indicada pelo fabricante. 10 aves da mesma idade e procedência devem ser mantidas como controles não vacinados.

d.2 O Título Médio Geométrico da vacina produzida a partir da mais alta passagem da “Master Seed Virus” deve ser determinado antes do início do teste de imunogenicidade. Cada ave deve receber uma quantidade pré -determinada do vírus vacinal. 5 titulações do vírus vacinal devem ser realizadas, para confirmar a dose a ser administrada a cada ave utilizada no teste.

d.3 Com 21 a 28 dias de idade os grupos de aves, vacinadas e controles, devem ser desafiados, por injeção no coxim plantar, com uma amostra virulenta do reovírus, certificado pelo órgão oficial controlador, e observados diariamente por um período de 14 dias.

Se no mínimo 19 em 20, 27 em 30, ou 36 em 40 aves vacinadas em cada grupo não se apresentarem livres de lesões características do reovírus, desconsiderando edema transitório com regressão em 5 dias após o desafio, o vírus “master seed” deve ser considerado insatisfatório. Para o teste ser considerado válido, no mínimo

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90% das aves do grupo controle devem apresentar lesões caracterís ticas da Artrite Viral, incluindo edema e descoloração das áreas de articulações.

Se somente uma porcentagem inferior a 90% das aves do grupo controle apresentarem lesões, o teste é considerado inconclusivo e deve ser refeito.

d.4 O vírus “master seed” deve ser retestado quanto à sua imunogenicidade 3 anos após o teste original, a menos que o uso do lote previamente testado tenha sido descontinuado.

No reteste, apenas uma via de administração recomendada pelo fabricante deve ser usada. II.1.7.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE III.1.7.3.a) Esterilidade

Vide III.1.1.3.a. III.1.7.3.b) Patógenos estranhos

Vide II.3.3.6. III..7.3.c) Titulação

A vacina deve conter não menos do que 102,0 DI 50 até o final do prazo de validade. A vacina pode ser titulada em cultivo de fibroblasto de embrião de galinha. III.1.7.3.d) Potência

Vide item III.1.7.2.2.c. O teste será realizado com um lote piloto, sempre que ocorrer mudança do vírus “master seed” .

III.1.7.3.e) Testes físico-químicos III.1.7.3.e.1) Umidade residual

Vide item II.3.h.1. III.1.7.3.e.2) Vácuo/gás inerte

Vide item II.3.h.2 . III.1.7.3.e.3) pH

7,0 +/- 0,5. III.1.7.3.e.4) Tempo de reconstituição

Vide item II.3.h.9. III.1.7.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO III.1.7.4.a) Vencimento

O prazo de validade das vacinas será de 24 mes es a contar da data de fabricação, considerados a partir da data final de liofilização. III.1.7.4.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b. III.1.7.4.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c. III.1.7.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d. III.1.7.4.e) Doses e vias de aplicação

O produto pode ser aplicado através das vias oral ou subcutânea, com uma dose de vacina por ave, segundo as especificações do fabricante.

III.2) VACINAS VIVAS VIRAIS POLIVALENTES III.2.1) DEFINÇÃO

São imunógenos onde, no mesmo frasco, se encontram várias cepas de um mesmo antígeno de vacina. III.2.2) Procedimento de produção e controle

Para efeito de fabricação, controle, distribuição e uso, deve ser observado o disposto no capítulo III.1, para cada antígeno específico.

III.3) VACINAS VIVAS VIRAIS COMBINADAS III.3.1) DEFINIÇÃO

São os imunógenos onde, no mesmo frasco, se encontram diferentes antígenos de vacina e cepas. III.3.2) Procedimentos de produção e controle

Vide item III.2.2. III.3.3) São citados como referência os seguintes produtos : III.3.3.a) Vacinas contra a Doença de Newcastle e Bronquite Infecciosa de Galinhas

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III.3.3.b) Vacina contra Encefalomielite Aviária e Bouba Aviária. III.3.3.c) Vacina contra a Doença de Marek - cepas SB1 e HVT (Cepas Heterólogas) III.3.3.d) Vacina contra as doenças de Marek e Gumboro

III.4. VACINAS VIVAS BACTERIANAS MONOVALENTES III. 4.1) SALMONELLA (Vacina contra Tifo Aviário) III.4.1.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra Tifo Aviário devem ser preparadas a partir de cultura obtida em meios sintéticos específicos. III.4.1.2) Da semente e do produto final III.4.1.2.1) Amostras vacinais

As vacinas são elaboradas a partir de amostras rugosas de Salmonella Gallinarum ou outras amostras reconhecidamente imunogênicas e não patogênicas. A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. III.4.1.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE III.4.1.3.1) Pureza

Reconstituir a vacina em seu próprio diluente e a partir deste frasco se iniciam diluições decimais em 10 tubos contendo PBS estéril. Fazer duplicata em outros 10 tubos. Inocular 0,1 ml de cada tubo em 3 placas de AVB e 3 placas de BHI, dispersando o inóculo com alça de Drigalski. Incubar 17 horas a 37 o C , fazer contagem a 24 e 48 horas, e observar se não ocorreu o crescimento de outras bactérias. O número de colônias obtido no Ágar BHI deve ser o mesmo obtido no AVB (Ágar Verde Brilhante). III.4.1.3.2) Provas bioquímicas

A Salmonella 9R, uma cepa rugosa de S. Gallinarum , deverá apresentar reações nas provas bioquímicas, segundo o padrão da espécie Salmonella Gallinarum. A semente deverá ser semeada em BHI e AVB (Ágar Verde Brilhante); as colônias semeadas em TSI são submetidas à prova bioquímica. III.4.1.3.3) Sorologia

As colônias deverão ser submetidas à prova de soro-aglutinação rápida com: Soro anti-Salmonella, somático, grupo D, fator 9 , ou grupo D. Solução de acriflavina a 1%. A cepa rugosa 9 R deve aglutinar frente à solução de acriflavina e não

reagir com o soro anti-Salmonella. III. 4.1.3.4) Controle físico-químico III.4.1.3.4.a) Umidade residual

Deve ser, no máximo, 3 %. III.4.1.3.4.b) pH

7,0, +/- 0,5. III.4.1.3.5) Inocuidade

Vacinar 20 aves SPF com 6 semanas de idade, com 10 doses de vacina. Observar durante 21 dias. Não deverá ocorrer nenhuma morte. O teste deverá ser repetido se aparecerem reações adversas em uma ou mais aves. Depois do período de observação, proceder com a coleta de sangue, dessorar e fazer o teste de soro-aglutinação rápida. III.4.1.3.6) Título

O título necessário para liberação deve ser maior ou igual a 2,0 x 10 7,0 UFC/ dose. III.4.1.3.7) Eficácia

Sorologia Vacinar um grupo de 20 aves (6 semanas de idade) utilizando 10 testemunhos. Leitura após 3

semanas com antígeno de pulorose. III.4.2) Apresentação

Liofilizada ou líquida. III.4.3) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO

Vide III.1.1.4, exceto III.1.1.4.d.1. III.4.3.a) Vencimento

O prazo de validade das vacinas será de 24 meses a contar da data da fabricação, considerados a partir da data final da liofilização. III.4.3.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b. III.4.3.c) Transporte

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Vide item III.1.1.4.c. III.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d. Este produto não é recomendável em estabelecimentos que participam do Programa de Sanidade

Avícola. III.4.e) Doses e vias de aplicação

O produto pode ser aplicado através da via subcutânea, com uma dose de vacina por ave, segundo as especificações do fabricante.

III.5) VACINAS VIVAS DE MICOPLASMA MONOVALENTE III.5.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra Micoplasmose Aviária devem ser preparadas a partir de cultura obtida em meios sintéticos específicos. A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. III.5.2) Da semente e produto final III.5.2.1) Pureza

10 amostras do poduto final ou 4 ml de semente de trabalho são semeadas em meio específico para Mycoplasma sp. onde deve ser observado somente o crescimento de colônias típicas. III.5.2.2) Identidade

As colônias específicas do teste de pureza são submetidas à prova de soroaglutinação rápida com soro específico. III.5.2.3) Testes físico-químicos

Vide Item III.4.1.3.4 III.5.2.4) Inocuidade

Vide item II.3.d. III.5.2.5) Titulação

O título mínimo para liberação do produto deve ser obtido em meio específico e os valores devem ser:

- maior ou igual a 10 6,0 colônias por dose, na técnica de contagem; - maior ou igual a 10 6,0 na titulação por alteração de cor, por mudança de pH.

III.5.2.6) Teste de eficácia Sorologia : Vacinar 20 aves (6 a 8 semanas de idade), observar pelo menos 50 a 60% de soroconversão após 21

dias de vacinação. III.5.3) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO

Vide III.1.1.4, exceto III.1.1.4.d.1. III.5.3.a) Vencimento

O prazo de validade das vacinas será de 24 meses a contar da data da fabricação, considerados a partir da data final da liofilização. III.5.3.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b. III.5.3.c) Transporte

O produto deverá ser transportado em embalagem ou veículo isotérmico, com gelo conservante ou unidade de refrigeração que mantenha a temperatura. III.5.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d. Este produto não é recomendável em estabelecimentos que participam do Programa de Sanidade

Avícola. III.5.4.e) Uso e vias de aplicação

O produto pode ser usado pela via subcutânea, com aplicação de uma dose de vacina por ave, segundo as especificações do fabricante.

CAPÍTULO IV

Vacinas Vivas mais Inativadas IV.1) VACINA VIVA MAIS INATIVADA MISTA - VÍRUS MAIS BACTÉRIA -

Micoplasma mais toxóide:

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As vacinas deverão ser testadas segundo os regulamentos específicos para cada antígeno

CAPÍTULO V Vacinas Inativadas

V.1) VACINA INATIVADA MISTA

Vacina constituída de mistura de vírus, bactérias, fungos, micoplasmas, de espécies iguais ou diferentes.

V.2) VACINA INATIVADA VIRAL MONOVALENTE V.2.1) VACINA CONTRA DOENÇA DE NEWCASTLE V.2.1.1) DA PRODUÇÃO

Vide item III.1.1.1 V.2.1.2) Da semente V.2.1.2.1) Amostras vacinais

As vacinas inativadas contra a Doença de Newcastle deverão ser preparadas a partir de cepas de vírus da doença cujo vírus “master seed” tenha sido submetido a um teste que tenha revelado um índice de patogenicidade intracerebral (IPIC) de menos de 0,7, se cada ave recebeu, ao menos, 10 8,0 DI 50 para a prova .

Vide item III.1.1.2.1 V.2.1.2.2) Controle da semente

Vide item III.1.1.2.2. V.2.1.2.2.a) Identificação da amostra viral

Vide item III.1.1.2.2.a V.2.1.2.2.b) Índice de patogenicidade cerebral

Vide item III.1.1.2.2.b V.2.1.2.2.c) Tempo médio de morte embrionária

Vide item III.1.1.2.2.c V.2.1.2.2.d) Patógenos estranhos V.2.1.2.2.d.1) Determinação de Leucose Linfóide Aviária

Vide item II.3.e.1 V.2.1.2.2.d.2) Vírus hemoaglutinantes

Vide item II.3.e.2 V.2.1.2.2.d.3) Detecção de patógenos, pelo teste de inoculação em aves

Vide item II.3.e.6 V.2.1.2.2.d.4) Detecção de patógenos em ovos embrionados

Vide item II.3.e.5 V.2.1.2.2.d.5) Detecção de agentes citopatogênicos

Vide item II.3.e.3 V.2.1.2.2.d.6) Hemoadsorção:

Vide item II.3.e.4. V.2.1.2.2.e) Potência

Vide item II.3.1.1 V.2.1.2.2.f) Inocuidade

Vide item II.3.d. V.2.1.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.2.1.3.1) Esterilidade

Vide II.3.a.4. V.2.1.3.2) Eficácia

Pode ser escolhido um dos testes abaixo V.2.1.3.1.1) Proteção:

Deverá ser conduzido usando aves susceptíveis, de 2 a 6 semanas de idade, ou na menor idade recomendada pelo fabricante, sendo vacinado um mínimo de 10 aves com 1 dose, pela via de aplicação indicada pelo fabricante, e um mínimo de 10 aves como testemunhos.

Após 21 dias, os lotes serão desafiados com uma amostra velogênica de vírus padrão, aprovado pelo órgão oficial controlador, com a dose de 10 5,0 DI 50. As aves serão observadas diariamente, por um período mínimo de 10 dias.

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O teste será válido se, no mínimo, 90% das aves testemunhas morrerem ou apresentarem sinais clínicos da doença.

A vacina será considerada satisfatória se, no mínimo, 90 % das aves vacinadas sobreviverem sem apresentar sinais clínicos da doença. V.2.1.3.2.2) Sorologia

Serão vacinadas 20 aves SPF, na idade mínima de 2 a 4 semanas, por via indicada pelo fabricante. Para cada lote serão mantidos, no mínimo, 5 testemunhos.

21 dias após a vacinação, as aves serão sangradas para avaliação sorológica (índice de soroconversão).

Título mínimo de aprovação: 1:32, usando-se 4 unidades hemoaglutinantes. V.2.1.3.3) Inativação

Este teste pode ser executado no produto final ou durante o processo de produção. Cada lote de antígeno usado para a preparação de vacinas inativadas deve ser testado em ovos

embrionados ou em outros substratos específicos, conforme descrito no relatório técnico submetido ao órgão oficial controlador, para detecção da completa inativação viral. V.2.1.3.4) Inocuidade

Vide item II.3.d V.2.1.3.5) Testes físico-químicos V.2.1.3.5.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.2.1.3.5.b) Viscosidade

Vide item II.3.h.5 V.2.1.3.5.c) Estabilidade

Vide item II.3.h.6 V.2.1.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO V.2.1.4.a) Vencimento

O prazo de validade das vacinas será de 24 meses, contados a partir da data do envase. V.2.1.4.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b V.2.1.4.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c V.2.1.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d A inoculação acidental de vacina oleosa, no homem, pode causar séria reação local. O serviço

médico deverá ser advertido imediatamente, e informado de que se trata de vacina em emulsão oleosa. V.2.1.4.e) Doses e vias de aplicação

O produto deve ser aplicado através das vias intramuscular ou subcutânea, com uma dose da vacina por ave, conforme especificação do fabricante. V.2.2) VACINA CONTRA BRONQUITE INFECCIOSA DAS GALINHAS V.2.2.1) DA PRODUÇÃO

Vide item III.1.2.1. V.2.2.2) Da semente V.2.2.2.1) Amostra vacinais

Vide item III.1.2.2 V.2.2.2.2) Controle da semente V.2.2.2.2.a) Esterilidade

Vide itens II.3.a.2, II.3.a.3. e II.3.a.4 V.2.2.2.2.b) Identificação da amostra viral

Vide item III.1.2.2.a V.2.2.2.2.c) Patógenos estranhos V.2.2.2.2.c.1) Determinação de Leucose Linfóide Aviária

Vide item II.3.e.1 V.2.2.2.2.c.2) Vírus hemoaglutinantes

Vide item II.3.e.2. V.2.2.2.2.c.3) Detecção de patógenos pelo teste de inoculação em aves

Vide item II.3.3.6

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V.2.2.2.2.c.4) Detecção de patógenos pela inoculação em ovos embrionados Vide item II.3.3.5

V.2.2.2.2.c.5) Detecção de agentes citopatogênicos Vide item II.3.e.3

V.2.2.2.2.c.6) Hemoadsorção Vide item II.3.e.4

V.2.2.2.2.d) Inocuidade Vide item II.3.d

V.2.2.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.2.2.3.1) Esterilidade V.2.2.3.1.a) Pesquisa de contaminantes de origem bacteriana e micótica

Vide item II.3.a.4 V.2.2.3.2) Eficácia

Sorologia Para aferir a eficácia do produto final deve ser usado um teste em aves SPF ou seja, sorologia com

cepa homóloga, e deve apresentar o ISN maior ou igual a 10 2,6 , ou título de HI maior ou igual a 2 6,0 . V.2.2.3.3) Controle da Inativação

Vide item V.2.1.3.3 Este teste pode ser executado no produto final ou durante o processo de produção. Cada lote de antígeno usado para a preparação de vacinas inativadas deve ser testado em ovos

embrionados ou em outros substratos específicos, conforme descrito no relatório técnico submetido ao órgão oficial controlador, para detecção da completa inativação viral. V.2.2.3.4) Inocuidade

Vide item II.3.d V.2.2.3.5) Testes físico-químicos V.2.2.3.5.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.2.2.3.5.b) Viscosidade

Vide item II.3.h.5 V.2.2.3.5.c) Estabilidade

Vide item II.3.h.6 V.2.2.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO V.2.2.4.1) vencimento

O prazo de validade das vacinas será de 24 meses, contados a partir da data de envase. V.2.2.4.2) conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b V.2.2.4.3) transporte

Vide item III.1.1.4.c V.2.2.4.4) biossegurança

Vide item III.1.1.4.d V.2.2.4.5) Doses e vias de aplicação

Vide item III.1.2.4.e V.2.3) VACINA CONTRA DOENÇA DE GUMBORO V.2.3.1) DA PRODUÇÃO

Vide item III.1.3.1 V.2.3.2) Da semente V.2.3.2.1) Amostras vacinais

Vide item III.1.3.2.1 V.2.3.2.2.) Controle da semente V.2.3.2.2.a) Identificação da amostra viral

Vide item III.1.3.2.2.a V.2.3.2.2.b) Esterilidade

Vide itens II.3.a.3 e II.3.a.4. V.2.3.2.2.c) Patógenos estranhos V.2.3.2.2.c.1.) Determinação da Leucose Linfóide Aviária

Vide item II.3.e.1

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V.2.3.2.2.c.2) Vírus hemoaglutinantes Vide item II.3.e.2

V.2.3.2.2.c.3) Detecção de patógenos, pelo teste de inoculação em aves Vide item II.3.e.6

V.2.3.2.2.c.4) Detecção de patógenos, pela inoculação em ovos embrionados Vide item II.3.e.5

V.2.3.2.2.c.5) Deteção de agentes citopatogênicos Vide item II.3.e.3

V.2.3.2.2.c.6) Hemoadsorção Vide item II.3.e.4

V.2.3.2.2.d) Inocuidade Vide item II.3.d

V.2.3.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.2.3.3.1) Esterilidade

Vide II.3.a.4 V.2.3.3.2) Potência

Um dos testes abaixo poderá ser feito V.2.3.3.2.a) % Proteção

O teste será efetuado com o produto final. São utilizadas 30 aves com, no mínimo, 14 dias de idade, sendo 20 vacinadas com 1 dose e via

indicada pelo fabricante, e 10 mantidas separadamente, como controles negativos. Após 21 dias, os 2 lotes serão infectados com uma amostra padrão de vírus patogênico certificado

pelo órgão oficial controlador, que contenha 10 2,0 DI 50 por instilação conjuntival. 3 a 5 dias após a infecção todas serão necropsiadas e examinadas para lesões evidentes da doença

de Gumboro. A vacina será considerada aprovada, se 80 % dos pintos vacinados não apresentarem lesões; se, no

mínimo, 80% dos controles não apresentarem lesões, o teste será inconclusivo e deverá ser repetido. V.2.3.3.2.b) Eficácia

Para aferir a eficácia do produto final deve ser usado um teste em aves SPF ou seja, sorologia com cepa homóloga, e deve apresentar ISN maior ou igual a 10 2,6 . V.2.3.3.3) Controle da Inativação

Vide V.2.1.3.3 Os lotes de antígenos inativados para o preparo do produto final devem ser testados com inoculação

em culturas de células. V.2.3.3.4) Inocuidade

Vide item II.3.d V.2.3.3.5) Testes físico-químicos V.2.3.3.5.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.2.3.3.5.b) Viscosidade

Vide item II.3.h.5 V.2.3.3.5.c) Estabilidade

Vide item II.3.h.6 V.2.3.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO V.2.3.4.a) Vencimento

O prazo de validade será, no máximo, de 24 meses, contados a partir da data do envase. V.2.3.4.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b V.2.3.4.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c V.2.3.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d V.2.3.4.e) Doses vias de aplicação

Vide item III.1.2.4.e V.2.4) VACINA CONTRA SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA - EDS V.2.4.1) DA PRODUÇÃO

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Vacinas contra a Síndrome da Queda de Postura - EDS - devem ser preparadas a partir de ovos embrionados de galinha SPF, pata, marreca, ou em cultura celular. V.2.4.2) Da semente V.2.4.2.1) Amostra vacinais

São utilizadas amostras comprovadamente eficazes na profilaxia da EDS (Síndrome da Queda da Postura).

A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. V.2.4.2.2) Controle da semente V.2.4.2.2.a) Identificação da amostra viral

A identificação da amostra viral é feita através de prova sorológica, com soro monoespecífico. V.2.4.2.2.b) Esterilidade

Vide itens II.3.a.2, II.3.a.3 e II.3.a.3) V.2.4.2.2.c) Patógenos estranhos V.2.4.2.2.c.1) Determinação de Leucose Linfóide Aviária

Vide item II.3.e.1 V.2.4.2.2.c.2) Vírus hemoaglutinantes

Vide item II.3.e.2 V.2.4.2.2.c.3) Detecção de patógenos, pelo teste de inoculação em aves

Vide item II.3.e.6 V.2.4.2.2.c.4) Detecção de patógenos, pela inoculação em ovos embrionados

Vide item II.3.e.5 V.2.4.2.2.c.5) Detecção de agentes citopatogênicos

Vide item II.3.e.3 V.2.4.2.2.c.6) Hemoadsorção

Vide item II.3.e.4 V.2.4.2.2.d) Inocuidade

Vide item II.3.d V.2.4.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.2.4.3.1) Esterilidade

Vide II.3.a.4 V.2.4.3.2) Eficácia

Sorologia Vide item V.2.1.3.2.2

V.2.4.3.3) Controle da Inativação Vide item V.2.1.3.3 Os lotes de antígenos inativados para o preparo do produto final devem ser testados com inoculação

em culturas de células ou ovos de pata. V.2.4.3.4) Inocuidade

Vide item II.3.d V.2.4.3.5) Testes físico-químicos V.2.4.3.5.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.2.4.3.5.b) Viscosidade

Vide item II.3.h.5 V.2.4.3.5.c) Estabilidade

Vide item II.3.h.6 V.2.4.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO V.2.4.4.a) Vencimento

Será de, no máximo, de 24 meses, contados a partir da data do envase . V.2.4.4.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b V.2.4.4.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c V.2.4.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d V.2.4.4.e) Doses e vias de aplicação

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Vide item III.1.2.4.e V.2.5) VACINA INATIVADA CONTRA ARTRITE VIRAL ( REO) V.2.5.1) DA PRODUÇÃO

Vide item III.1.7.1 V.2.5.2) Da semente V.2.5.2.1) Amostra vacinais

Vide item III.1.7.2.1 V.2.5.2.2) Controle das sementes V.2.5.2.2.a) Identificação da amostra viral

Vide item III.1.7.2.2.a V.2.5.2.2.b) Esterilidade

Vide itens II.3.a.2, II.3.a.3 e II.3.a.4). V.2.5.2.2.c.) Patógenos estranhos V.2.5.2.2.c.1) Determinação de Leucose Linfóide Aviária

Vide item II.3.e.1 V.2.5.2.2.c.2) Virus hemoaglutinantes

Vide item II.3.e.2 V.2.5.2.2.c.3) Detecção de patógenos pelo teste de inoculação em aves

Vide item II.3.e.6 V.2.5.2.2.c.4) Detecção de patógenos pela inoculação em ovos embrionados

Vide item II.3.e.5 V.2.5.2.2.c.5) Detecção de agentes citopatogênicos

Vide item II.3.e.3 V.2.5.2.2.c.6) Hemoadsorção

Vide item II.3.e.4 V.2.5.2.2.d) Inocuidade

Vide item II.3.d V.2.5.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.2.5.3.1) Esterilidade

Vide II.3.a.4 V.2.5.3.2) Eficácia

Sorologia Para aferir a sorologia do produto final deve ser usado um teste em aves SPF ou seja, sorologia com

cepa homóloga, e deve apresentar o ISN maior ou igual a 10 2,6 . V.2.5.3.3) Controle da Inativação

Vide V.2.1.3.3 Os lotes de antígenos inativados para o preparo do produto final devem ser testados com inoculação

em cultura de células. V.2.5.3.4) Inocuidade

Vide item II.3.d V.2.5.3.3) Testes físico-químicos V.2.5.3.5.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.2.5.3.5.b) Viscosidade

Vide item II.3.h.5 V.2.5.3.5.c) Estabilidade

Vide item II.3.h.6 V.2.5.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO V.2.5.4.a) Vencimento

Será de, no máximo, de 24 meses, contados a partir da data de envase. V.2.5.4.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b V.2.5.4.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c V.2.5.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d

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V.2.5.4.e) Doses e vias de aplicação Vide item III.1.2.4.e

V.2.6) VACINA INATIVADA CONTRA SÍNDROME DA CABEÇA INCHADA V.2.6.1) DA PODUÇÃO

Vacinas contra Síndrome da Cabeça Inchada devem ser preparadas a partir de substratos apropriados. V.2.6.2) Da semente V.2.6.2.1) Amostra vacinais

São utilizadas amostras comprovadamente eficazes na profilaxia da Síndrome da Cabeça Inchada. A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. V.2.6.2.2) Controle das sementes V.2.6.2.2.a) Identificação da amostra viral

A identificação da amostra viral será feita através de prova sorológica validada. V.2.6.2.2.b) Esterilidade

Vide itens II.3.a.2, II.3.a.3 e II.3.a.4 V.2.6.2.2.c) Patógenos estranhos V.2.6.2.2.c.1) Determinação de Leucose Linfóide Aviária

Vide III.1.1.2.2.e.1 V.2.6.2.2.c.2) Vírus hemoaglutinantes

Vide III.1.1.2.2.e.2 V.2.6.2.2.c.3) Detecção de patógenos, pelo teste de inoculação em aves

Vide III.1.1.2.2.e.3 V.2.6.2.2.c.4) Detecção de patógenos, pela inoculação em ovos embrionados

Vide III.1.1.2.2.e.4 V.2.6.2.2.c.5) Detecção de agentes citopatogênicos

Vide III.1.1.2.2.e.5 V.2.6.2.2.c.6) Hemoadsorção

Vide III.1.1.2.2.e.6 V.2.6.2.2.d) Inocuidade

Vide item II.3.d) V.2.6.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.2.6.3.1) Esterilidade

Vide II.3.a.4 V.2.6.3.2) Eficácia (Método in vitro )

Método : Pesquisa de anticorpos específicos da Síndrome da Cabeça Inchada, através do controle sorológico. Os anticorpos são detectados através de reação imunoenzimática indireta (ELISA). Vacinar um grupo de 20 aves SPF com uma dose de vacina, por via intramuscular. Manter um grupo de aves testemunho. As colheitas de amostras são realizadas aos 21 e 35 dias após a vacinação. Os soros individuais são testados em ELISA, sendo os resultados expressos em Densidade Ótica

(DO absorbância em espectrofotômetro). Resultados: No mínimo 70% das aves vacinadas deverão apresentar soroconversão positiva, para que o lote de

vacina seja considerado satisfatório. Outros testes validados poderão ser utilizados pelo órgão oficial controlador.

V.2.6.3.3) Controle da Inativação Vide item V.2.1.3.3

V.2.6.3.4) Inocuidade Vide item II.3.d

V.2.6.3.5) Testes físico - químicos V.2.6.3.5.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.2.6.3.5.b) Viscosidade

Vide item II.3.h.5 V.2.6.3.5.c) Estabilidade

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Vide item II.3.h.6 V.2.6.4) DA COMERCILIAZAÇÃO E USO V.2.6.4.a) Vencimento

Será de, no máximo, 24 meses contados a partir da data do envase. V.2.6.4.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b V.2.6.4.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c V.2.6.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d V.2.6.4.e) Doses e vias de aplicação

Vide item III.1.2.4.e

V.3) VACINAS INATIVADAS VIRAIS POLIVALENTES Vide item III.2.1 As mesmas especificações para cada vacina inativada viral monovalente.

V.4) VACINAS INATIVADAS VIRAIS COMBINADAS

Vide item III.3.1 As mesmas especificações para cada vacina inativada viral monovalente.

V.5) VACINAS INATIVADAS BACTERIANAS V.5.1) VACINA CONTRA CORIZA AVIÁRIA V.5.1.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra Coriza Aviária devem ser preparadas a partir de culturas bacterianas obtidas em meios sintéticos específicos, inativadas, e apresentadas em adjuvantes oleoso ou aquoso. V.5.1.2) Da semente V.5.1.2.1) Amostra vacinais

As vacinas são elaboradas a partir de amostras de Haemophilus paragallinarum, não tóxicas e livres de agentes contaminantes.

A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. V.5.1.2.2) Identidade

O teste de identidade da semente é feito em meios específicos tais como: Ágar Casman ou meio de Haemophilus sp, adicionado de NAD (Nicotinamida Adenosina Dinucleotideo), com posterior teste de identificação bioquímica (catalase negativa), soroaglutinação, coloração de Gram, HI e morfologia das colônias. V5.1.2.3) Pureza

A amostra da semente é inoculada em meios de cultura que possibilitem evidenciar a presença de agentes contaminantes. V.5.1.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.5.1.3.1) Esterilidade para fungos e bactérias

Vide item II.3.a.4 V.5.1.3.2) Controle de Inativação

Vide item V.2.1.3.3 Os lotes de antígenos inativados para o preparo do produto final devem ser testados em ovos ou

meio sintético específico. V.5.1.3.3) Eficácia

São vacinadas 20 aves SPF, na idade de 2 a 4 semanas, pela via e dose indicadas pelo fabricante. Para cada lote manter 5 testemunhos; 21 dias após a vacinação, as aves são sangradas para

avaliação sorológica. No mínimo 70 % das aves vacinadas deverão apresentar um título de HI maior ou igual a 1:5, com 4 Unidades Hemaglutinantes.

Outros métodos validados poderão ser utilizados. V.5.1.3.4) Testes físico-químicos V.5.1.3.4.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.5.1.3.4.b) Viscosidade

Vide item II.3.h.5

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V.5.1.3.4.c) Estabilidade: Vide item II.3.h.6.

V.5.1.3.4.d) pH para Vacina Aquosa: 7.0 a 7.5

V.5.1.4) Da comercialização e uso: V.5.1.4.a) Vencimento

Será, no máximo, de 24 meses, contados a partir da data do envase. V.5.1.4.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b V.5.1.4.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c V.5.1.4.d) Biossegurança

Vide item III.1.1.4.d No caso de vacina na apresentação aquosa, contendo hidróxido de alumínio, comunicar o Serviço

Médico a respeito de inoculações acidentais, para as devidas providências no tratamento. V.5.1.4.e) Doses e vias de aplicação

Vide item III.1.2.4.e. V.5.2. VACINA CONTRA COLIBACILOSE AVIÁRIA V.5.2.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra Colibacilose Aviária devem ser preparadas a partir de culturas bacterianas obtidas em meios sintéticos específicos, inativadas, e apresentadas em adjuvantes oleoso e aquoso. V.5.2.2) Da semente V.5.2.2.1) Amostra vacinais

As vacinas são elaboradas a partir de amostras de E.coli, não tóxicas e livres de agentes contaminantes.

A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. V.5.2.2.2) Identidade:

O teste de identidade é feito em meios específicos sintéticos, de Ágar Mac Conkey, com posterior teste de identificação bioquímica, soroaglutinação, coloração de Gram. V.5.2.2.3) Pureza

Vide item V.6.1.2.3 V.5.2.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.5.2.3.1) Esterilidade para fungos e bactérias:

Vide item II.3.a.4. V.5.2.3.2) Inativação

Vide item V.2.1.3.3. Os lotes de antígenos inativados para o preparo do produto final devem ser testados em meio

sintético específico. V.5.2.3.3) Eficácia

São vacinadas 20 aves SPF, na idade de 2 a 4 semanas, pela via e dose indicadas pelo fabricante. Manter 10 testemunhos para cada lote. Vinte e um dias após a vacinação, as aves são sangradas, para avaliação sorológica. O índice de soroconversão será de 80% para as aves vacinadas, sendo que 80% dos testemunhos

devem ser negativos. V.5.2.3.4) Testes físico-químicos V.5.2.3.4.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.5.2.3.4.b) Viscosidade

Vide item II.3.h.5 V.5.2.3.4.c) Estabilidade

Vide item II.3.h.6 V.5.2.3.4.d) pH para Vacina Aquosa

7.0 a 7.5 V.5.2.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO V.5.2.4.a) Vencimento

Será, no máximo, de 24 meses, contados a partir da data do envase.

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V.5.2.4.b) Conservação e estocagem Vide item III.1.1.4.b.

V.5.2.4.c) Transporte Vide item III.1.1.4.c.

V.5.2.4.d) Biossegurança Vide item V.6.1.4.d.

V.5.2.4.e) Doses e vias de aplicação Vide item III.1.2.4.e

V.5.3. VACINA CONTRA PASTEURELOSE AVIÁRIA V.5.3.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra Pasteurelose Aviária devem ser preparadas a partir de culturas bacterianas obtidas em meios sintéticos específicos, inativadas e apresentadas em adjuvantes oleoso e aquoso. V.5.3.2) Da semente V.5.3.2.1) Amostras vacinais

As vacinas são elaboradas a partir de amostras de Pasteurella, não tóxicas e livres de agentes contaminantes.

A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. V.5.3.2.2) Identidade

O teste de identidade da semente é feito em meios apropriados, com posterior prova de identificação bioquímica, soroaglutinação e coloração de Gram. V.5.3.2.3) Pureza

Vide item V.5.1.2.3. V.5.3.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.5.3.3.1) Esterilidade para fungos e bactérias

Vide item II.3.a.4 V.5.3.3.2) Controle da Inativação

Vide item V.2.1.3.3 Os lotes de antígenos inativados para o preparo do produto final devem ser testados em meio

sintético apropriado. V.5.3.3.3) Eficácia

Potência 20 galinhas, com 12 semanas de idade e 20 perus, com 6 semanas de idade, são vacinados com 2

doses, em intervalo de 3 semanas, e desafiados com a respectiva cepa homóloga à vacina, após 14 dias da última vacinação com, no mínimo, 50 UFC/dose (tipo 3) e com, no mínimo, 250 UFC/ dose (tipo 1).

20 aves serão controles positivos, inoculados com uma vacina referência. 20 aves, da mesma procedência, serão deixadas como controle negativo, isoladas e sem vacinar.

Observar a mortalidade. O teste será satisfatório se morrerem 6 ou menos aves em 20, e será insatisfatório se morrerem 9 ou

mais aves em 20. Se houver de 7 a 8 aves mortas em 20, deverá ser realizado outro teste. No caso de outro teste, considerar o acumulado, isto é, 20 aves do primeiro teste e vinte aves do segundo. Se houver 15 ou menos aves mortas em 40, a vacina será considerada satisfatória; se houver 16 aves mortas em 40, a vacina será insatisfatória. V.5.3.3.4) Testes físico-químicos V.5.3.3.4.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.5.3.3.4.b) Viscosidade

Vide item II.3.h.5 V.5.3.3.4.c) Estabilidade

Vide item II.3.h.6 V.5.3.3.4.d) pH para Vacina aquosa:

7.0 a 7.5 V.5.3.4) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO V.5.3.4.a) Vencimento

Será, no máximo, de 24 meses, contados a partir da data do envase. V.5.3.4.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b. V.5.3.4.c) Transporte

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Vide item III.1.1.4.c. V.5.3.4.d) Biossegurança

Vide item V.6.1.4.d V.5.3.4.e) Doses e vias de aplicação

Vide item III.1.2.4.e. V.5.4) ERISIPELOSE DOS PERUS V.5.4.1) DA PRODUÇÃO

Vacinas contra Erisipelose dos Perus devem ser preparadas a partir de culturas bacterianas obtidas em meios sintéticos específicos, inativadas, e apresentadas em adjuvantes oleoso ou aquoso. V.5.4.2) Da semente V.5.4.2.1) Amostra vacinais

As vacinas são elaboradas a partir de amostras de Erysipelothrix rhusiopatiae , não tóxicas e livres de agentes contaminantes.

A utilização das amostras ficará condicionada à aprovação pelo órgão oficial controlador. V.5.4.2.2) Identidade

O teste de identidade da semente é feito em meios específicos, com posterior prova de identificação bioquímica, soroaglutinação e coloração de Gram. V.5.4.2.3) Pureza

Vide item V.5.1.2.3. V.5.4.3) DO CONTROLE DE QUALIDADE V.5.4.3.1) Esterilidade para fungos e bactérias

Vide item II.3.a.4 V.5.4.3.2) Inativação

Vide item V.2.1.3.3 Os lotes de antígenos inativados para o preparo do produto final devem ser testados em meio

sintético específico. V.5.4.3.3) Potência (Desafio em camundongos)

Diluir a vacina em teste e o padrão (certificado pelo órgão oficial controlador) em 3 diluições: 1:10, 1:30 e 1:90.

Vacinar 20 camundongos, via subcutânea, com 1/10 dose recomendada para cada diluição. Deixar um grupo testemunho de 20 animais não vacinados. Após 14 a 21 dias, desafiar com 100 DL 50 / camundongo, de cepa E. insidiosa, em 0,2 ml, via

subcutânea, todos os vacinados com uma cultura monitorada por densidade ótica. O grupo não vacinado é utilizado para titulação da cepa de desafio, com o objetivo de saber se

foram utilizadas as DL 50 necessárias. O teste será inconclusivo se o número de DL 50 ultrapassar 1000. Após 10 dias, calcular a DP 50 do teste e do padrão, para encontrar a recíproca. A taxa de proteção

(RP) entre teste e padrão não pode ser inferior a 0,6. V.5.4.3.4) Inocuidade

Deve ser conduzido em cobaias. Dois animais serão inoculados com 2 ml de vacina pelas vias intramuscular ou subcutânea, e os animais devem ser observados por 7 dias.

Se reações não favoráveis, atribuíveis ao produto, ocorrerem nos animais durante o período de observação, a partida será consid erada insatisfatória.

Se reações desfavoráveis não forem atribuíveis ao produto, o teste deve ser declarado inconclusivo e deverá ser repetido. V.5.4.3.5) Testes físico-químicos V.5.4.3.5.a) Volumetria

Vide item II.3.h.4 V.5.4.3.5.b) Viscosidade

Vide Item II.3.h.5 V.5.4.3.5.c) Estabilidade

Vide item II.3.h.6 V.5.4.3.5.d) pH para Vacina Aquosa

7.0.a 7.5 V.5.4.3.6) DA COMERCIALIZAÇÃO E USO V.5.4.3.6.a) Vencimento

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Será, no máximo, de 24 meses, contados a partir da data do envase. V.5.4.3.6.b) Conservação e estocagem

Vide item III.1.1.4.b V.5.4.3.6.c) Transporte

Vide item III.1.1.4.c V.5.4.3.6.d) Biossegurança

Vide item V5.1.4.d V.5.4.3.6.e.) Doses e vias de aplicação

Vide item III.1.2.4.e

V.6) VACINAS INATIVADAS BACTERIANAS POLIVALENTES Vide item III.2.1

V.7) VACINAS INATIVADAS BACTERIANAS COMBINADAS Vide III.3.1

V.8) VACINAS INATIVADAS MICOPLASMÁTICAS MONOVALENTES V.8.1) DA PRODUÇÃO E DA SEMENTE

Vide item III.7. V.8.2) DO CONTROLE DE QUALIDADE

Vide itens V.2.1.3.1.a., V.2.1.3.3., V.2.1.3.4., V.2.1.3.5., V.2.1.4. (a, b, c, d) e V.2.1.4.e.

V.9) VACINAS INATIVADAS MICOPLASMÁTICAS POLIVALENTES Vide item V.3

V.10) VACINAS INATIVADAS MICOPLASMÁTICAS COMBINADAS Vide item V.4.

V.11) VACINAS INATIVADAS MICOPLASMÁTICAS COM SUB -UNIDADES Vide V.5.

CAPÍTULO VI

Regulamento Técnico para Produção e Controle de Antígenos para Avicultura

VI.1 - ANTÍGENOS BACTERIANOS VI.1.2.1 - ANTÍGENOS DE PULOROSE E TIPO AVIÁRIO VI.1.2.1.1 - DA PRODUÇÃO

Deve ser preparado a partir da suspensão de Salmonella Gallinarum de composição antigênica, conhecida e cultivada em meios sintéticos específicos, inativada e corada por agentes apropriados. VI.1.2.1.2 - Da semente VI.1.2.1.2.1 - Amostras vacinais

Devem ser S. Pullorum ou S. Gallinarum estáveis. A utilização das amostras ficará condic ionada à aprovação pelo OOC. VI.1.2.1.2.2 -Do controle da semente

Será feito conforme prescrito no item II.3 dos procedimentos de C.Q. exceto itens: II.3.a.1; II.3.a.2; II.3.a.4; II.3.b.; II.3.c.2; II.3.d.; II.3.e.; II.3.f., II.3.g., II.3.h.

VI.1.2.1.3 - Do produto final VI.1.2.1.3.1 - Esterilidade

Vide II.3.A.2 - Salmonella (INATIVAÇÃO) Vide II.3.A.4 - Fungos x bactérias

VI.1.2.1.3.2 - Testes físico-químicos VI.1.2.1.3.2.1 - pH

a) 4,6 +/ - 0,4 - para antígenos de Soroaglutinação Rápida (SAR); b) 8,2 à 8,5 - para antígenos de Soroaglutinação Lenta (SAL).

VI.1.2.1.3.2.2. - Concentração celular ou densidade bcateriana é testada segundo um dos métodos descritos:

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a) NEFELOMETRIA - 80 +/- 15 vezes, o padrão nº 1 da escala MacFARLAND para antígenos de SAR e 50 +/- 10 vezes o padrão nº 1 da escala MacFARLAND para antígenos de SAL. b) ESPECTROFOTOMETRIA - de 90 a 120 vezes obtidas em 65% de transmitância em comprimento de onda de 520 nm, o que corresponde a um volume celular medido por método de FITSCH-HOPKINS de 3,0% +/ - 0,5 de massas celular após centrifugação a 1.000 G, em tubo de FITSCH-HOPKINS. c) PVC - Volume de massa celular de 3,0 +/- 0,5% de massa celular após a centrifugação a 1.000 G em tubo FITSCH-HOPKINS, por 30 minutos. Outros métodos podem ser utilizados mediante aprovação de OOC.

VI.1.2.1.3.2.3 - Volumetria a) Vide II.3.H.4.

VI.1.2.1.3.2.4 - Sensibilidade Cada lote de antígeno deve ser testado frente a soros padrões monoespecíficos positivos e

negativos, ou outros reconhecidos pelo OOC. Cada partida do antígeno deve ser testada frente ao sangue total de aves SPF e a pelo menos 12

soros padrões, sendo 3 fortemente positivos, 3 fracamente positivos e no mínimo 6 negativos. No mínimo 3 soros de aves fortemente positivos devem ser diluidos em soros de aves negativas e

serem usados em ensaios comparativos entre o antígeno em teste e o antígeno padrão. A reação deve evidenciar-se em 10 a 15 segundos depois da mistura soro -antígeno e se caracteriza pelo aparecimento de grumos de coloração azul. Na prova negativa a mistura deve manter-se homogênea pelo período mínimo de 2 minutos a temperatura ambiente (25ºC). A reação frente ao sangue total deve ser negativa. Nenhum teste insatisfatório entre os 6 soros negativos e não mais que um teste insatisfatório entre os 6 ou mais soros positivos (fortes e fracos) devem ser permitidos. Todos os testes realizados devem ser incluídos para avaliação do teste de sensibilidade. Na ocorrência de um teste insatisfatório usando soro positivo (forte ou fraco) no mínimo 3 soros adicionais fortemente positivos e 3 fracamente positivos devem ser testados.

Se nenhum teste insatisfatório foi obtido com os soros adicionais o antígeno será considerado satisfatório. VI.1.2.1.3.2.5 - Homogeneidade

O antígeno não deve apresentar autoaglutinação, flocos ou formas filamentosas quando examinado macro ou microscopicamente. VI.1.2.1.4 - DA COMERCIALIZAÇÃO E EMPREGO VI.1.2.1.4.1 - Vencimento

O antígeno tem validade de 24 meses a partir da data do envase. VI.1.2.1.4..2 - Conservação e estocagem

O antígeno deve ser conservado à temperatura de 2º C a 8º C, ao abrigo da luz e protegido de fontes de radiação. Evitar o congelamento que torna o produto inadequado para o uso. VI.1.2.1.4.3 - Transporte

Vide item III.1.1.4.C VI.1.2.1.4.4 - Volume

O volume de antígeno para cada teste é de 0,05 ml. VI.1.2.1.4.5 - Apresentação

O produto deve ser envasado em frasco de vidro neutro âmbar ou plástico opaco, com conta-gotas ou bico dosador que libere 0,05 ml, nos volumes de 25 ml (500 hastes) ou 50 ml (1000 hastes). VI.1.2.2 - ANTÍGENOS PARA MICOPLASMOSES AVIÁRIAS VI.1.2.2.1 - DA PRODUÇÃO

Deve ser preparado a partir de suspensão de micoplasmas aviárias de composição antigênica, conhecida e cultivada em meios sintéticos específicos, inativada e corada por agentes apropriados. VI.1.2.2.2 - Da semente VI.1.2.2.2.1 - Amostras vacinais

Devem ser empregadas amostras de M. gallisepticum, M.synoviae ou M.meleagridis, condicionadas à aprovação do OOC. VI.1.2.2.2.2 - Controle da semente

Será feito conforme prescrito em II.3 e xcetos os ítens: II.3.a.1; II.3.a.2; II.3.a.3, II.3.b., II.3.c., II.3.d., II.3.e; II.3.f.; II.3.g., II.3.h. II.1.2.2.3 - DO CONTROLE DE QUALIDADE

VI.1.2.2.3.1 - Esterilidade

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Vide II.3.a.3; II.3.a.4. VI.1.2.2.3.2 - Testes físico-químicos VI.1.2.2.3.2.1 - pH

a) para M. gallisepticum: 6,0 +/- 0,2 b) para M. synoviae e M .meleagridis : 7,0 +/ - 0,2

VI.1.2.2.3.2.2 - Concentração celular (DENSIDADE) A 2,5 ml da amostra do antígeno completo deverão ser adicionados 2,5 ml de solução tampão de

Sorensen a pH 6,0 para antígeno de M. gallisepticum (teste em placa) e a pH 7,0 para antígeno de M. synoviae (teste em placa), num tubo midificado de Hopkins a 1.000 G em centrífuga refrigerada a 20ºC por 90 minutos. O volume de células sedimentadas deve ser 1,2% (+/- 0,4%). VI.1.2.2.3.2.3 - Volumetria

a) Vide II.3.h.4. VI.1.2.2.3.2.4 - Sensibilidade

Será aplicado o mesmo teste de sensibiliadade para os Antígenos M. gallisepticum e M. synoviae utilizando os respectivos antígenos e soros padrões.

A sensibilidade de cada antígeno deve ser testada comparando a reação de aglutinação de cada partida de antígeno, com antígenos padrões de referência, os quais poderão ser fornecidos pelo órgão oficial. Para o teste deve-se utilizar 5 soros positivos e 5 negativos conhecidos. Os soros negativos devem ser testados frente ao antígeno não diluídos e os soros positivos devem ser testados frente ao antígeno diluído a 1:4 em “solução tampão” formulada da mesma maneira que é utilizada no antígeno, devendo o antígeno testado ser diluído no mesmo veículo e proporção. A reação deve evidenciar-se depois da mistura soro-antígeno, e se caracteriza pelo aparecimento de grumos. Na prova negativa a mistura deve manter-se homogênea, à temperatura ambiente (+/- 25ºC). Se os soros negativos não apresentarem reações negativas neste teste a partida será considerada insatisfatória. Se o antígeno testado e o antígeno de referência não apresentarem reações de aglutinação semelhante em no mínimo 4 de 5 soros positivos utilizados, a partida será considerada insatisfatória.

A sensibilidade do Antígeno de M. meleagridis deve ser testada utilizando-se soros frescos de perus. Não se pode congelar os soros padrões. VI.1.2.2.3.25 - Homogeneidade:

Vide VI.1.2.1.3.2.5 VI.1.2.2.3.2.6 - Especificidade:

O Antígeno de M. synoviae deve ser examinada para reações (aglutinação) cruzadas em 5 antisoros de M. gallisepticum (origem de galinha).

O Antígeno de M. meleagridis deve ser examinado para reações de aglutinação cruzada com 5 antisoros de M. gallisepticum (origem de peru) e 5 antisoros de M. synoviae (origem peru). Os testes devem ser conduzidos com antígenos não diluídos. Se aglutinação cruzada ocorrer, o lote de antígeno é considerado insatisfatório. VI.1.2.2.4 - DA COMERCIALIZAÇÃO E EMPREGO VI.1.2.2.4.1 - Vencimento

Os antígenos terão prazo de validade de 24 meses. VI.1.2.2.4.2 - Conservação e estocagem

Vide item VI12.2.1.4.2. VI.1.2.2.4.3 - Volume

Volume de antígeno para cada teste é de 0,03 ml VI.1.2.2.4.4 - Apresentação

O produto deve ser envasado em frasco de vidro neutro ou plástico, com conta - gotas para 0,03 ml de Antígeno.

CAPITULO VII

Diluentes para Uso na Avicultura

VII.1 - DA PRODUÇÃO Usar água destilada ou água deionizada, ou uma solução formulada estéril aprovada pelo OOC. O volume total de diluente preparado de uma única vez corresponde a um lote numerado e deve ser

submetido aos testes específicos.

VII.2 - DO CONTROLE DE QUALIDADE

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VII.2.1 - Esterilidade Vide item II.3.a.4.

VII.2.2 - Compatibilidade O diluente deve assegurar o título mínimo exigido, por dose

VII.2.3 - Testes físico-químicos VII.2.3.1 - pH

Vide item II.3.h.3 a) Diluente para vacina contra a Doença de Marek - 7,3 +/- 0,3 b) Diluente para vacina de Salmonella - 7,0 +/- 0,5 c) Diluente água - 7,0 +/- 1,0

VII.2.3.2 - Volume Vide item II.3.h.4.

VII.2.3.3 - Osmoralidade Vide item II.3.h.10, exceto para diluente água, diluente spray e ocular.

VII.2.4 - DA COMERCIALIZAÇÃO E USO VII.2.4.1 - Vencimento

Os diluentes terão prazo de validade de 36 meses VII.2.4.2 - Conservação e estocagem

O produto deve ser conservado à temperatura ambiente (+/- 25ºC) e ao abrigo da luz e protegido de fontes de radiação. Quando conservado junto com a vacina, prevalece a temperatura recomendada para a mesma. VII.2.4.3 - Biosegurança

Vide item III.1.4.4.d. VII.2.4.4 - Modo de usar

De acordo com a indicação do produto.

PORTARIA Nº 193, DE 12 DE MAIO DE 1998 - Regulamento Técnico para o Licenciamento e a Renovação de Licença de Antimicrobianos de Uso

Veterinário

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o Art. 87, Parágrafo único, da Constituição da República, tendo em vista o que dispõe o Decreto-Lei nº 467, de 23 de fevereiro de 1969, regulamentado pelo Decreto nº 1662, de 06 de outubro de 1995, e

Considerando que os agentes antimicrobianos, pelos benefícios que proporcionam, são fármacos extensamente utilizados em medicina veterinária para a prevenção e o tratamento das doenças que acometem os animais;

Considerando que o uso adequado dos antimicrobianos deve proporcionar a eficácia aos produtos destinados à saúde animal e à segurança para a saúde pública;

Considerando a importância de compatibilizar a legislação nacional, com base nos instrumentos harmonizados no âmbito do MERCOSUL, referente aos Antimicrobianos de Uso Veterinário, resolve:

Art. 1º - Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO para o licenciamento e a renovação de licença de ANTIMICROBIANOS de uso veterinário, anexo, elaborado pela Secretaria de Defesa Agropecuária.

Art. 2º - No caso de novas pesquisas demonstrarem a possibilidade do emprego de antimicrobianos

que estejam fora dos requisitos estabelecidos neste regulamento, estes poderão ser aceitos desde que devidamente comprovados por meio de documentação técnica e ou publicações científicas, internacionalmente reconhecidas.

Art. 3º - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Portaria nº 159, de

19 de junho de 1992.

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REGULAMENTO TÉCNICO PARA LICENCIAMENTO E RENOVAÇÃO DE LICENÇA DOS ANTIMICROBIANOS DE USO VETERINÁRIO

1. Da Definição:

São considerados antimicrobianos para fim de registro e renovação todas as substâncias utilizadas para combater os microorganismos “in vivo” ou “in vitro”. 2. Da Composição:

2.1. As especialidades farmacêuticas que veiculam antimicrobianos devem, preferencialmente, conter apenas uma substância ativa, a associação poderá todavia ser aceita desde que devidamente comprovadas as vantagens farmacocinéticas e farmacodinâmicas, e as compatibilidades físico-químicas e químicas.

2.2. As comprovações acima referidas deverão ser fundamentadas em publicações científicas internacionalmente aceitas ou por experimentação própria.

2.3. A descrição dos componentes da formulação deve seguir, obrigatoriamente, às denominações exigidas pelo órgão oficial registrante ou, na sua inexistência, os da “International Nonproprietary Names” (INN), Organização Mundial da Saúde (OMS), ou similares a critério do Departamento de Defesa Animal.

2.4. As substâncias antibimicrobianas componentes da formulação deverão estar definidas com base nos seguintes aspectos:

I - Características físicas e químicas do princípio ativo. II - Indicação do Peso Molecular e declaração do grau de pureza. III – Expressão da fórmula química e estrutural completa. IV - Concentração da substância ativa em forma anidra expressa em Unidades

Internacionais (UI) Unidades (U), ?g, mg ou g segundo corresponda. 2.5. A concentração do(s) antimicrobiano(s) na formulação deve ser expressa referindo a

substância ativa em base anidra, sendo que, na bula, dever-se-á mencionar, também, a natureza do derivado empregado.

2.6. O método descrito para análise do(s) princípio(s) ativo(s) deve ser o mais específico possível, baseado na literatura internacionalmente reconhecida ou desenvolvimento e validação pelo fabricante.

2.7. Os antimicrobianos utilizados em terapêutica devem ser evitados na indicação de aditivos alimentares, promotores de crescimento ou como conservante de alimentos para animais, sendo vedado o uso de cloranfenicol, penicilinas, tetraciclinas e sulfonamidas sistêmicas.

3. Das Indicações:

3.1. As indicações de uso dos antimicrobianos para determinada patologia, devem ser feitas pela especificação do(s) agente(s) etiológico(s) sensível(is) e a espécie animal em que atua, não sendo aceita apenas a indicação em determinada classe.

3.2. Um microorganismo é considerado sensível a um antimicrobiano quando, através do antibiograma, apresentar halo de inibição em milímetros, igual ou maior que o valor indicado nas tabelas de interpretação de halos de inibição listados na última edição da(s) farmacopéia(s), ou das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 3.2.1. O antibiograma deve ser realizado em conformidade com as descrições de edições

recentes da(s) farmacopéia(s). 3.2.2. Para antimicrobianos nos quais o antibiograma não seja factível, a sensibilidade

poderá ser comprovada através de método específico descrito na literatura internacional.

3.3. Quando o antimicrobiano for preconizado para uso em mais de uma espécie animal, deve ser especificada a dose para cada espécie, em unidade de massas (mg), volume (ml) ou unidades in ternacionais (UI), conforme apropriado, em relação ao peso corporal, assim como, especificado o intervalo entre administrações; indicar também, a duração do tratamento que deverá ser acrescida de no mínimo, 48 horas após o desaparecimento dos sintomas.

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3.4. O uso de antimicrobiano com finalidade preventiva poderá ser indicado quando comprovado cientificamente e a sua posologia deve estar descrita na bula, conforme item 3.3 deste regulamento.

3.5. Em se tratando de produto a ser administrado na ração ou água de bebida, devem ser previstos a compatibilidade, a estabilidade e o tempo de permanência eficaz do antimicrobiano na mistura ou na solução.

3.6. A bula deve advertir para a ocorrência de efeitos colaterais, quando conhecidos, e para as principais reações adversas, bem como, para as interações medicamentosas e as incompatibilidades para com os fármacos contidos na formulação.

3.7. As proibições ou restrições de uso de determinada substância antimicrobiana deverão ser feitas através de atos complementares a essa regulamentação e estarem fundamentadas em documentação científica internacionalmente aceita.

4. Período de Carência

4.1. O período de carênia do antimicrobiano, em conformidade com a forma, a fórmula e a via de administração do produto, deve constar em evidência na bula rótula-bula ou cartucho-bula, sempre que esteja indicado para animais cujo produtos, derivados e subprodutos sejam destinados ao consumo humano.

4.2. No caso de associação medicamentosa numa mesma especialidade farmacêutica, o tempo de carência a ser destacada será, obrigatoriamente, o maior tempo determinado para as substâncias da fórmula.

4.3. O período de carência do antimicrobiano de ação prolongada deve ser maior quando comparado com a do mesmo antimicrobiano de ação convencional, assegurando-se a sua total eliminação antes de destinar-se o animal ao abate ou produto de origem animal ao consumo humano ou à produção de derivados.

4.4. O fabricante deverá justificar o período de carência proposto, por experimentação própria e/ou literatura científica internacionalmente aceita.

4.5. Cabe a Secretaria de Defesa Agropecuária através do Departamento de Defesa Animal relacionar, atualizar e uniformizar os períodos de carência ou de retirada dos agentes antimicrobianos, sempre fundamentado em documentação científica internacionalmente aceita.

5. Da Ação Prolongada

5.1. Um agente antimicrobiano em dada formulação é considerado de ação prolongada quando, comparado com mesmo agente antimicrobiano em formulação convencional, mantiver nível plasmático ou tecidual por um período de tempo consideravelmente maior.

5.2. A ação prolongada do antimicrobiano deve ser comprovada com referências bibliográficas oficiais ou científicas internacionalmente reconhecidas ou por experimentação própria.

5.3. A alteração do nível plasmático ou tecidual terapêutico pode ser obtida através de modificação favorável da estrutura química, do emprego de recursos farmacotécnicos ou farmacológicos, ou que atuem sobre a farmacocinética do antimicrobiano.

5.4. Um produto com mais de uma substância antimicrobiana, onde uma delas tenha ação prolongada, obriga a sua classificação nesta categoria.

6. Dos Desinfetantes e Antissépticos

6.1. O poder desinfetante ou antisséptico deve ser avaliado através de teste adequado recomendada em bibliografia científica reconhecida ou método desenvolvido e validado pelo fabricante.

6.2. A descrição dos componentes da fórmula deve seguir, obrigatoriamente, as Denominações Comuns Brasileiras – DCB ou, na sua inexistência, os da “International Nonproprietary Names” (INN), Organização Mundial da Saúde (OMS), ou similares a critério do Departamento de Defesa Animal.

6.3. As indicações de uso deverão ser feitas pelas especificações do gênero dos microorganismos sensíveis.

6.4. No modo de usar devem ser indicadas, para cada caso, as diluições, o tempo de atuação eficaz, o local e o modo de aplicação, as limitações de emprego e os fatores interferentes.

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6.5. Devem ser evidenciados os cuidados na manipulação e aplicação do produto, bem como os principais efeitos adversos, quando conhecidos.

7. Da Estabilidade

7.1. Um produto será considerado como praticamente estável quando suas qualidades essenciais não se modificarem ou sofrerem alterações num determinado espaço de tempo, devendo ser considerada a estabilidade do produto na embalagem original como, também, nas condições de uso.

7.2. Para fins de registro, a determinação do prazo de validade do produto deve ser obtida através de teste de estabilidade acelerada que utilize metodologia internacionalmente aceita ou desenvolvida e validada pelo laboratório fabricante.

(of. n 78/98).

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NORMAS PARA A PRODUÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS VEGETAIS E ANIMAIS

INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 7, DE 17 DE MAIO DE 1999 - Normas

Disciplinadoras para a Produção, Tipificação, Processamento, Envase, Distribuição, Identificação e Certificação da Qualidade de Produtos Orgânicos,

sejam de Origem Animal ou Vegetal

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, inciso II da Constituição e, considerando a crescente demanda de produtos obtidos por sistema ecológico, biológico, biodinâmico e agroecológico, a exigência de mercado para os produtos naturais e o significativo aporte de sugestões nacionais e internacionais decorrentes de consulta pública sobre a matéria , com base na Portaria MA n° 505, de 16 de outubro de 1998, resolve:

Art. 1° - Estabelecer as normas de produção, tipificação, processamento, envase, distribuição,

identificação e de certificação da qualidade para os produtos orgânicos de origem vegetal e animal, conforme os Anexos à presente Instrução Normativa.

Art. 2º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua piblicação.

Francisco Sérgio Turra Ministro da Agricultura

NORMAS DISCIPLINADORAS PARA A PRODUÇÃO, TIPIFICAÇÃO, PROCESSAMENTO,

ENVASE, DISTRIBUIÇÃO, IDENTIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DA QUAÇLIDADE DE PRODUTOS ORGÂNICOS, SEJAM DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL

1. Do conceito

1.1. Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária e industrial, todo aquele em que se adotam tecnologias que otimizem o uso de recursos naturais e sócio-econômicos, respeitando a integridade cultural e tendo por objetivo a auto-sustentação no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energias não renováveis e a eliminação do emprego de agrotóxicos e ou insumos artificiais tóxicos, organismos geneticamente modificados – OGM/transgêwnicos, ou radiações ionizantes em qualquer fase do processo de produção, armazenamento e de consumo, e entre os mesmos, previlegiando a preservação da saúde ambiental e humana, assegurando a transparência em todos os estágios da produção e transformaçãoo, visando:

a) a oferta de produtos saudáveis e de elevado valor nutricional, isentos de qualquer tipo de contaminantes que ponham em risco a saúde do consumidor, do agricultor e do meio ambiente;

b) preservação e a ampliação da biodiversidade dos ecossistemas, natural ou transformado, em que se insere o sistema produtivo;

c) a conservação das condições físicas, químicas e biológicas do solo, da água e do ar; e d) o fomento da integração efetiva entre agricuiltor e consumidor final de produtos orgânicos para

os mercados locais. 1.2. Considerando-se produto da agricultura orgânica, seja “In natura” ou processado, todo

aquele obtido em sistema orgânico de produção agropecuária industrial. O conceito de sistema orgânico de produção agropecuária e industrial abrange os denominados ecológicos, biodinâmico, natural, sustentável, regenerativo, biológico, agroecológico e permacultura. Para efeito desta Instrução considera-se produtor orgânico, tanto o produtor de matérias-primas como o processador das mesmas.

2. Das normas de produção orgânica Considera-se unidade de produção, a propriedadse rural que esteja sob o sistema orgânico de

produção.

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Quando a propriedade inteira não for convertida para a produção orgânica, a acertificadora deverá assegurar-se de que a produção convencional está devidamente separada e passível de inspeção.

2.1. Da conversão Para que um produto receba a denominação de orgânico, deverá ser proviniente de um sistema onde

tenham sido aplicadas as bases e estabelecidas na presente Instrução, por um período variável de acordo com a utilizaçãoanterior da unidade de produção e a situação ecológica atual, mediante as anaálises e a avaliação das respectivas instituições certificadas (Anexo 1).

2.2. Das máquinas e dos equipamentos As máquinas e os equipamentos usados na unidade de produção não podem conter resíduos

contaminantes, dando-se prioridade ao uso exclusivo à produção orgânica. 2.3. Sobre os produtos de origem vegetal e os recursos naturais (plantas, solos e água) Tanto a fertilidade como a atividade biológica do solo e a qualidade das águas, deverão ser

mantidas e incrementadas mediante, entre outras, as seguintes condutas: a) proteção ambiental b) manutenção e preservação de nascentes e mananciais hídricos; c) respeito a proteção à biodiversidade; d) sucessão animal-vegetal; e) rotação e/ou associação de culturas; f) cultivo mínimo; g) sustentabilidade e incremento da matéria orgânica do solo; h) manejo da matéria orgânica; i) utilização de quebra-ventos; j) sistemas agroflorestais; e k) manejo ecológico das pastagens.

2.3.1. O manejo de pragas, doenças e de plantas invasoras deverá se realizar mediante a adoção de uma ou várias condutas, de acordo com os Anexos II e III, desta Instrução, que possibilitem:

a) Incremento da biodiversidade no sistema produtivo; b) Seleção de espécies, variedades e cultivares resisitentes; c) Emprego de cobertura vegetal, viva ou morta, no solo; d) Meios mecânicos de controle; e) Rotação de culturas f) Alelopatia; g) Controle biológico (excetuando OGM/transgênico) h) Integração animal-vegetal; e i) Outras medidas mencionadfas nos Anexos II e III, da presente Instrução.

2.3.1.1. È vedado o uso de agrotóxicos sintético, seja para combate ou prevenção, inclusive, na armazenagem.

2.3.1.2. A utilização de medida não orgânica para gartantir a produção ou a armazenagem, desqualifica o produto para efeito de certificação, de acordo com o subitem 2.1, da presente Instrução.

2.3.2. As sementes e as mudas deverão ser oriundas de sistemas orgânicos. 2.3.2.1. Não existindo no mnercado sementes oriundas de sistemas orgâniocos

adequadas a determinada situação ecológica específica, o produtor poderá lançar mão de produtos existentes no mercado, desde que avaliadas pela instituição certificadora, excluindo-se todos os organismos geneticamente modificados (OGM -transgênicos).

2.3.2.2. Para as culturas perenes, não havendo disponibilidade de mudas orgânicas, estas poderão ser oriundas de sistemas convencionais, desde que avaliadas pela instituição certificadora, excluindo-se todos os oorganismos geneticamente modificados (transgênicos e de cultura de tecido vegetal, quando as técnicas empregadas conduzam a modificações genéticas ou induzam a variantes soma-clonais).

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2.3.3. Os produtos oriundos de atividades extrativistas só serão certificados como orgânicos, caso o processo de extração não comprometa o ecossistema e a sustentabilidade do recurso explorado.;

2.4. Produtos de origem animal Os produtos orgânicos de origem animal devem provir de unidades de produção, prioritariamente

auto-suficientes quanto á geração de alimentos para os animais em processo integrado com a produção vegetal, conforme o Anexo IV da presente Instrução. Para a efetivação da sustentabilidade, esses sitemas devem obedecer aos seguintes requisitos:

a. Respeitar o bem-estar animal; b. Manter um nível higiênico em todo o processo criatórioi, compatível com as normas de saúde

pública vigentes; c. Adotar as técnicas sanitárias preventivas sem o emprego de produtos proibidos; comtemplar

uma laimentação nutritiva, sadia e farta, incluindo-se água, sem a presença de aditivos químicos e/ou estimulantes, conforme o Anexo IV da presente Instrução;

d. Dispor de instalaçõeshigiênicas, funcionais e confortáveis; e. Praticar um manejo capaz de maximizar uma produção de alta qualidade biológica e

econômica; e f. Utilizar raças, cruzamentos e o melhoramento genético (não OGM?transgênicos). compatíveis

tanto com as condições ambientais e como estímulos à biodiversidade. 2.4.1. Entende-se por bem-estar animal, permanecer o mesmo livre de dor, de sofrimento,

angústia e viver em um ambiente que possa expressar proximidade com o comportamento de seu habitat original: movimentação, territoriedade, vadiagem, descanso e ritual reprodutivo.

2.4.2. Os insumos permitidos e proibidos na alimentação animal estão especificados no Anexo IV, da presente Instrução.

2.4.3. O transporte, pré -abate e o abate dos animais devem seguir princípios humanitários e de bem estar animal, assegurando a qualidade sanitária da carcaça.

2.4.4. Excepcionalmente, para garantir a saúde ou quando houver risco de vida de animais, na inexistência de substituto permitido, poder-se-ão usar medicamentos convencionais. 2.4.4.1. É obrigatório comunicar à cartificadora o uso deses medicamentos, bem

como registrar a sua administração, que deve respeitar o que estabelece o subitem 2.4.4 desta Instrução. O período de carência estipulado pela bula do produto a ser cumprido, deverá ser multiplicado pelo fator três, podendo ainda ser ampliado de acordo com a instrução certificadora.

2.4.4.2. São permitidas todas as vacinas previstas por Lei. 2.4.5. Preferencialmente, a aquisição dos animais deve ser feita em criações orgânicas.

2.4.5.1. No caso de aquisição de animais de pro priedades convencionais, estes devem prioritariamente ser incorporados à unidade produtora orgânica, com a idade mínima em que possam ser recriados sem a presença materna.

2.4.5.2. Os animais adquiridos em criações convencionais devem passar por quarentena tradicional, ou outra a ser definida pela certificadora.

3. Do processamento Processamento é o conjunto de t´pecnicas de transformação, conservação e envase de produtos de

origem animal e/ou vegetal. 3.1. Somente será permitido o uso de aditivos, coadjuvantes de fabricação e outros produtos de

efeito brando (não OGM/transgênicos), conforme mencionado no Anexo V da presente Instrução, e quando autorizados e mencionado no Anexo V da presente Instrução, e quando autorizados e mencionados nos rótulos das embalagens.

3.2. As máquinas e os equipamentos utilizados no processamento dos produtos orgânicos deverão estar comprovadamente limpos de resíduos contaminantes, conforme estabelecce os termos dês ta Instrução e seus anexos.

3.3. Em todos os casos no processamento dos produtos será fator decisivo para o reconhecimento de sua qualidade. Para efeito de certificação, as unidades de

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processamentoi devem cumprir, também as exigências contidas nesta Instrução e nas legislações vigentes específicas. 3.3.1. A higienização das instalações e dos equipamentos deverá ser feita com produtos

biodegradáveis, e caso esses produtos não estejam disponíveis no mercado, deverá ser consultada a certificadora.

3.4. Para o envase de produtos orgânicos, deverão ser priorizadas embalagens produzidas com materiais comprovadame nte biodegradáveis e/;ou recicláveis.

3.5. Poderá ser certificado como produto processado orgânico, aquele cujo componente principal seja de origem orgânica. 3.5.1. Os aditivos e os coadjuvantes de fabricação de origem n~çao rogânica, serão

permitidos em percentuias a serem definidos pelas certificadoras e pelo Órgão Colegiado Nacional, conforme estabelece o Amnexo V, da presente Instrução.

3.5.2. É obrigatório explicitar no rótulo do produto, os tipos e as quantidades de aditivos, os coadjuvantes de fabricação e outros produtos de origem não orgânica neles contidos, sempre de acordo com o subitem 3.1, da presente Instrução.

3.5.3. Os ingredientes de origem não orgânica serão permitidos em percentuais definidos no Anexo VII, da presente Instrução.

4. Da armazenagem e do transporte Os produtos orgânicos devem ser identificados e mantidos em local separado dos demais de origem

desconhecida, de modo a evitar possíveis contaminações, seguindo o que prescreve o Anexo VI da presente Instrução.

4.1. A higiene e as condições do ambiente de armazenagem e do transporte será fator necessário para a certificação de sua qualidade orgânica.

4.2. Todos os produtos orgânicos devem estar devidamente acondicionados. 5. Da identificação

Além de atendeer às normas vigentes quanto às informações que devem constar nas emb alagens, os produtos certificados deverão conter um “selo de qualidade” registrado no Órgão Colegiado Nacional, específico para cada certificadora, atendendo as condições previstas no Anexo VII da presente Instrução, além das contidas abaixo:

a. será mencionado no rótulo a denominação “produto orgânico”, e b. o nome eo número de registro da certificadora junto ao órgão colegiado nacional. No caso de produto a granel, o mesmo será acompanhado do certificado de qualidade orgânica.

6. Do controle da qualidade orgânica A certificação e o controle de qualidade orgânica serão realizados por instituições certificadoras

credenciadas nacionalmente pelo Órgão Colegiado Nacional, devendo cada instituição certificadora manter o registro atualizado dos produtores e dos produtos que ficam sob suas responsabilidades. 7. Da responsabilidade

Os produtores certificados assumem a responsabilidade pela qualidade orgânica de seus produtos e devem permitir o acesso da certificadora a todas as instalações, atividades e informações relativas ao seu processo produtivo.

7.1. À instituição certificadora cabe a responsabilidade pelo controle da qualidade orgÂnica dos produtos certificados, permitindo o acesso do Órgão Colegiado Estadual ou do Distrito Federal a todos os atos, procedimentos e informações pertinentes ao processo de certificação.

8. Dos órgãos colegiados 8.1. O Órgão Colegiado Nacional será composto paritariamente por 5 (cinco) membros do Poder

Púbçlico, titular e suplente e 5 (cinco) membros de Organizações Não-Governamentais, titular e suplente, que tenha reconhecida atuação junto à sociedade no âmbito da agricultura orgânica, de forma a respeitar a paridade de um representante por região geográfica, chegando a um total de até 10 (dez) membros. 8.1.1. A escolha dos membros das organizações governamentais , será de responsabilidade

exclusiva do Ministério da Agricultura e do Abastecimento. 8.1.2. A escolha dos membros das organizações não-governamentais obedecerá à

sistemática própria dessas organizações. 8.2. Os Órgãos Colegiados Estaduais e do Distrito Federal serão Estaduais e do Distrito Federal

serão compostos paritariamente por 5 (cinco) membros de Organizações Não-

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Governamentais, titular e suplente, que tenham reconhecida atuação junto à sociedade no âmbito da agricultura orgânica, chegando a um totasl de até 10 (dez) membros. 8.2.1. A escolha dos membros das organizações não-governamentais, nas Unidades

Federativas, será de responsabilidade exclusiva das delegacias Federais da Agricultura. 8.2.1.1. A escolha dos membros das organizações não-governamentais obedecerá

sistemática própria dessas organizações. 8.3. Cabe ao Órgão Colegiado Nacional fiscalizar as atividades dos Órgãos Colegiados

Estaduais e do Distrito Federal, de acordo com as normas vigentes. 8.4. Cabe aos Órgãos Colegiados Estaduais e do Distrito Federal, fiscalizar as atividades das

certificadoras locais. As que não cumprirem a legislação em vigor serão passíveis de sanções, de acordo com as normas vigentes.

8.5. Ao Órgão Colegiado Nacional compete o deferimento eo indeferimento dos pedidos de registro das entidades certificadoras encaminhadas pelos órgãos colegiados, citados no subitem acima

8.6. Aos Órgãos Colegiados Estaduais e do Distrito Federal compete a fiscalização e o controle, bem como o encaminhamento dos pedidos de registro das entidades certificadoras para o Órgão Colegiado Nbacional. 8.6.1. Na inexistência de Órgãos Colegiados Estaduais e do Distrito Federal, o Órgão

Colegiado Nacional cumprirá estas atribuições. 9. Das entidades certificadoras

9.1. Os produtos de origem vegetal ou animal, processados ou “In natura”, para serem reconhecidos como orgânicos devem ser certificados por pessoa jurídica, sem fins lucrativos, com sede no território nacional, credenciada no Órgão Colegiado Nacional, e que tenha seus documentos sociais registrados em órgão competente da esfera pública.

9.2. As instituições certificadoras adotarão o processo de certificação mais adequado às características da região em que atuam, desde que observadas as exigências legais que trata da produção orgânica no país e das emanadas pelo Órgão Colegiado Nacional. 9.2.1. A importação de produtos orgânicos certificados em seu país de origem, ficará

condicionada às exigências sanitárias , fitossanitárias e de inspeção animal e vegetal, de conformidade com as leis vigentes no Brasil, complementadas com prévia análise e autorização de uma certificadora credenciada no Órgão Colegiado Nacional.

9.3. As inmstituições certificadoras para serem credenciadas devem satisgfazer os seguintes requisitos:

a. Requerer o credenciamento através dos òrgãos Colegiados Estaduais e do Distrito Federal b. Anexar cópias dos documentos requeridos, devidamente registrados em cartório; c. Descrever detalhadamente seu processo de certificação com o respectivo regulamento de

funcionamento, demonstrando suas etapas, inclusive, os mecanismos de auto-regulação ética; d. Apresentar as suas Normas Técnicas para aprovação do Órgão Colegiado Nacional; e. Descrever as sanções que poderão ser impostas, em caso de descrumpimento de suas Normas; e f. Comprovar a capacidade própria ou de alguma contratada para realizar as análises, se

necessárias, no proceso de certificação. 9.4. As instituições certificadoras devem dispor na sua estrutura interna, dos seguintes membros: a. Comissão Técnica: corpo de técnicos responsáveis pela avaliação da eficácia e qualidade da

produção; b. Conselho de Certificação: responsável pela análise e aprovação dos pareceres emitidos pela

Comissão Técnica; e c. Conselho de Recursos: que decide sobre apelações de produtores e outros interessados.

9.4.1. Aos integrantes de quaisquer das estruturas mencionadas nas alíneas a, b e c do subitem 9.4, é vedada a participação em mais de uma das alíneas, tanto como pessoa física ou jurídica.

9.4.2. São obrigações das certificadoras: a. Manter atualizadas todas as informações relativas à certificação; b. Realizar quantas visitas forem necessárias, com o mínimo de um por ano, para manter

atualizadas as informações sobre seus produtores certificados;

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c. Promover a capacitação e assumir a responsabilidade pelo desempenho dos integrantes da comissão técnica;

d. No caso de destinação para o comércio interno não comercializar produtos e insumos; e. Manter a confiabilidade das informações quando solicitadas pelo produtor orgânico; e f. Cumprir as demais determinações estabelecidas pelos Colegiados Nacional, Estaduais e do

Distrito Federal. 10. Das disposições gerais

Os demais atos necessários para acompleta operacionalização da presente Instrução Normativa serão estabelecidos pela Secrtetaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

Anexo I Do Período de Conversão

1. Produção v egetal de culturas anuais: para aunidade de produção em conversão deverá ser obedecido

um período mínimo de 12 meses de manejo orgânico, para que a produção do ciclo subseqüente seja considerada como orgânica.

2. Produção vegetal de culturas perenes: para a unidade de produção em conversão deverá ser obdecido um período mínimo de 18 meses de manejo orgânico, para que a colheita subseqüente seja certificada.

3. Produção vegetal de pastagem perene: para a unidade de produção em conversão deverá ser obedecido um período mínimo de 12 meses de manejo orgânico ou de pousio. Observação: Os períodos de conversão acima mencionados poderão ser ampliados pela certificadora em função do uso anteriror e da situação ecológica da unidade de produção, desde que julgada a conveniência.

Anexo II

Adubos e Condicionadores de Solos Permitidos 1. Da própria unidade de produção (desde que livres de contaminantes):

?? compostos orgânicos; ?? vermicomposto; ?? restos orgânicos; ?? esterco:sólido ou líquido; ?? restos de cultura; ?? adubação verde; ?? biofertilizantes; ?? fezes humanas, somente quando compostadas na unidade de produção e não empregadas no cultivo de

olerícolas; ?? microorganismos benéficos ou enzimas, desde que não sejam OGM/transgênicos;e ?? outros resíduos orgânicos.

2. Obtidos fora da unidade de produção a. Somente se autorizados pela cerificadora:

?? vermicomposto; esterco composto ou esterco líquido; ?? biomassa vegetal; ?? resíduos industriais, chifres, sangue, pó de osso, pêlos e penas, tortas, vinhaça e

semelhantes, como complementos da adubação; ?? algas e derivados, e outros produtos de origem marinha; ?? peixes e derivados; ?? pó de serra, cascas e derivados, sem contaminação por conservantes; ?? microorganismos, aminoácidos e enzimas, desde que não sejam OGM/transgênicos; ?? cinzas e carvões vegetais; ?? pó de rocha; ?? biofertilizantes; ?? argilas ou ainda vermiculita; ?? compostagem urbana, quando oriunda de coleta seletiva e comprovadamente livre de

substâncias tóxicas. b. Somente se constatado a necessidade de utilização do adubo e dop condicionador, através de

análises, e se os mesmos estiverem livres de substÂncias tóxicas:

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?? termofosfato; ?? adubos potássicos – sulfato de potássio, sulfato duplo de potássio e magnésio, este de

origem mineral natural; ?? micronutrientes; ?? sulfato de magnésio; ?? ácido bórico, quando não usado diretamente nas plantas e solo; ?? carbonato, como fonte de micronutrientes; e ?? guano.

Anexo III

Produção Vegetal 1. Meios contra doenças fúngicas:

?? enxofre simples e suas preparações, a critério da certificadora; ?? póde pedra; ?? um terço de sulfato de alumínio e dois terços de argila (caulim ou bentonita) em solução a 1%; ?? sais de cobre, na fruticultura; ?? própolis ?? cal hidratada, somente como fungicida; ?? iodo; ?? extrato de plantas; ?? extrato de compostos e plantas ?? vermicomposto; ?? calda bordaleza e calda sulfocálcica, a critério da certificadora; e ?? homeopatia.

2. Meios contra pragas ?? Preparados viróticos, fungos e bacteriológicos, que não sejam OGM/transgênico, e só com permissão

específica da certificadora; ?? Extrato de insetos; ?? Extrato de plantas; ?? Emulsões oleosas (sem inseticidas químico-sintéticos); ?? Sabão de origem natural; ?? Pó de café; ?? Gelatina; ?? Pó de rocha; ?? Álcool etílico; ?? Terras diatomáceas, ceras naturais, própolis e óleos essenciais, a critério da certificadora; ?? Como solventes: álcool, acetona, óleos vegetais e minerais; ?? Como emulsionantes: lecitina de soja, não transgênica; ?? Homeopatia.

3. Meios de captura; meios de proteção e outras medidas biológicas: ?? Controle biológico; ?? Ferormônios, desde que utilizado em armadilhas; ?? Armadilhas de insetos com inseticidas permitidos no item 2, do Anexo III; ?? Armadilhas anticoagulantes para roedores; ?? Meios repelentes mecânicos (armadilhas e outros similares); ?? Repelentes naturais (materiais repelentes e expulsantes); ?? Métodos vegetativos, quebra-vento, plantas companheiras e repelentes; ?? Preparados que estimulem a resistência das plantas e que inibam certas pra gas e doenças, tais como:

plantas medicinais, própolis, calcário e extrato de algas, bentonita, pó de pedra e similares; ?? Cloreto de cálcio; ?? Leite e derivados; e ?? Extrato de produtos de oprigem animal.

4. Manejo de palntas invasoras:

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?? Sementes e mudas, isentas de plantas invasoras; ?? Técnicas mecânicas ?? Alelopatia ?? Cobertura morta e viva; ?? Cobertura inerte, que não cause contaminação e poluição, a critério da instituição certificadora; ?? Solarização ?? Controle biológico como manejo de plantas invasoras.

Anexo IV

Produção Animal 1. Condutas desejadas

?? Maximização da captação e uso de energia solar; ?? Auto-suficiência alimentar orgânica; ?? Diminuir a dependência de recursos externos no processo produtivo; ?? Associação de espécies vegetais e animais; ?? Criação a campo; ?? Abrigos naturais com árvores; ?? Quebra-ventos; ?? Conservação das forragens com silagem e fenação (desde que de origem orgânica); ?? Mineralização com sal marinho; ?? Suplementos vitamínicos: óleo de fígado de peixe e levedura; ?? Aditivos permitidos: algas calcinadas, plantas medicinais, plantas aromáticas, soro de leite e carvão

vegetal; ?? Suplementação com recursos alimentares, provenientes de unidade de produção orgânica; ?? Aditivo para arraçoamento: leveduras e misturas de ervas e algas; ?? Aditivos para silagem: açúcar mascavo, cereais e seus farelos, soro de laticínio e sais minerais; ?? Homeopatia, fitoterapia e acupuntura.

2. Técnicas permitidas sob o controle da certificadora: ?? Uso de equipamentos de preparo de solo que não impliquem na alteração de sua estrutura, na formação

de pastagens e cultivo de forragens, grãos, raízes e tubérculos; ?? Aquisição de alimentos não certificados orgânicos, equivalente a até 20% e 15% do total da matéria

seca de alimentos para animais monogástricos e para animais ruminantes, respectivamente; ?? Aditivos, óleos es senciais, suplementos vitamínicos e sais minerias; ?? Suplementos de aminoácidos; ?? Amochamento e castração, e ?? Inseminação artificial.

3. Técnicas proibidas: ?? Uso de agrotóxicos nas pastagens e culturas de alimentos para os animais; ?? Restrições especificadas nos Anexos II e III, quanto à produção vegetal; ?? Uso do fogo no manejo de pastagens; ?? Confinamentos que contrariam o item 2.4 e suas subdivisões desta Instrução e demais técnicas que

restrinjam o bem estar animal; ?? Uso de aditivos estimulantes sintéticos na alimentação, na engorda e na reprodução; ?? Descorna e outras mutilações; ?? Presença e manejo de animais geneticamente modificados; ?? Promotores de crescimento sintético; ?? Uréia; ?? Restos de abatedouros na alimentação; ?? Qualquer tipo de esterco para ruminantes ou para monogástricos da mesma espécie; ?? Aminoácidos sintéticos; e ?? Transferência de embriões.

4. Insumos que podem ser adquiridos fora da unidade de produção, segundo a espécie animal e sob orientação da assistência técnica e controle da certificadora:

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?? Silagem, feno palh a, raízes, tubérculos, bulbos e restos de culturas orgânicas; ?? Cereias e outros grãos e seus derivados; ?? Resíduos industriais sem contaminantes; ?? Melaço; ?? Leite e seus derivados; ?? Gorduras animais e vegetais; e ?? Farinha de osso calcinada ou autoclavada e farinha de peixe.

5. Higiene e desinfecção: ?? Adotar programas sanitários com bases profilática e preventiva; ?? Realizar limpeza e desinfecção com agentes comprovadamente biodegradáveis, sabão, sais minerais

solúveis, permanganato de potássio ou hipoclorito de sódio, em solução 1:1000, cal, soda caústica, ácidos minerais simples (nítrico e fosfórico), oxidantes minerais em enxágües múltiplos, creolina, vassoura de fogo e água.

Anexo V

Aditivos para Processamento e outros Produtos que Podem Ser Usados na Produção Orgânica Nome Condições Especiais

?? Água potável ?? Cloridrato de cálcio ................................................................................ Agente de coagulação ?? Carbonato de cálcio ................................................................................ Antiumectante ?? Hidróxido de cálcio ................................................................................ Agente de coagulação ?? Sulfato de cálcio...................................................................................... Agente de coagulação ?? Carbonato de potássio ............................................................................ Secagem de Uvas ?? Dióxido de Carbono ?? Nitrogênio ?? Etanol ........................................................................................................Solvente ?? Àcido de tanino.......................................................................................Auxílio de Filtragem ?? Albumina branca de ovo ?? Caseína ?? Òleos vegetais ?? Gel de dióxido de silicone ou solução ?? Coloidal ?? Carbono ativo ?? Talco ?? Betonina ?? Caolinita ?? Perlita ?? Cera de abelha ?? Cera de carnaúba ?? Microorganismos e enzimas (não OGM/transgênicos)

Anexo VI

Da Armazenagem e do Transporte

?? Os produtos orgânicos devem ser mantidos separados de produtos não orgânicos; ?? Todos os produtos deverão ser adequadamente identificados durante todo o processo de armazenagem e

transporte; ?? O Órgão Colegiado Nacional deverá estabelecer padrões para a prevenção e controle de poluentes e

contaminantes; ?? Produtos orgânicos e não orgânicos não poderão ser armazenados ou transportados juntos, exceto,

quando claramente identificados e embalados e fisicamente separados;

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?? A certificadora deverá regular as formas e os padrões permitidos para a descontaminação, limpeza e desinfecção de todas as máquinas e equipamentos, onde os produtos orgânicos são mantidos, manuseados ou processados;

?? As condições idéias do local de armazenagem e do transporte de produtos, são fatores necessários para a certificação de sua qualidade orgânica.

Anexo VII Da Rotulagem

A pessoa física ou jurídica legalmente responsável pela produção ou processamento do produto

deverá ser claramente identificada no rótulo, conforme se segue: 1. Produtos de um só ingrediente poderão ser rotulados como “produto orgânico”, desde que certificado; 2. Produtos compostos de mais de um ingrediente, incluindo aditivos, em que nem todos os ingredientes

sejam de origem certificada orgânica, deverão ser rotulados da seguinte forma: a) os produtos compostos que apresentarem um mínimo de 95% de ingredientes de origem

orgânica certificada, serão rotulados como produtos orgânicos; b) os produtos compostos que apresentarem um mínimo 70% de ingredientes de origem orgânica

certificada, serão rotulados como produtos com ingredientes orgânicos; c) os produtos compostos que não atenderem as exigências contidas nas alíneas “a” e “b”

anteriormente mencionadas, não serão rotulados como orgânicos; d) água e sal adicionados, não poderão ser incluídos no cálculo do percentual de ingredientes

orgânicos; e) todas as matérias-primas deverão estar listadas no rótulo do produto em ordem de peso

percentual, de forma a ficar claro quais os que não o são; e f) todos os aditivos deverão estar listados com o seu nome completo. quando o percentual de

ervas e condimentos for inferior a 2%, esses poderão ser listados como “temperos”.

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INSPEÇÃO DE CARNE DE FRANGO E OVOS

DECRETO–LEI Nº 334, DE 15 DE MARÇO DE 1938 - Especificações

para a classificação e fiscalização do ovo

Novas especificações para a classificação e fiscalização do ovo, aprovadas pelo Decreto–Lei nº 334, de 15 de março de 1938 e do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 5.739 de 29 de maio de 1940.

Art. 1º Pela designação de ovo entende-se o ovo de galinha, sendo os demais, acompanhados da

indicação da espécie de que procedem. Art. 2º O ovo será classificado em grupos, classes e tipos, segundo a coloração da casca, qualidade

e peso, de acordo com as especificações que ora se estabelecem. Art. 3º O ovo, segundo a coloração da casca, será ordenado em 2 (dois) grupos:

I. Branco II. De cor

§ 1º enquadra -se no Grupo I o ovo que apresente casca de coloração branca ou esbranquiçada. § 2º enquadra -se no Grupo II o ovo que apresente casca de coloração avermelhada. Art. 4º O ovo, segundo a qualidade será ordenado em 3 (três) classes, a saber: Classe – A Classe – B Classe – C § 1º Classe A – constituída de ovos que apresentem: a. casca limpa, íntegra e sem d eformação; b. câmara de ar fixa e com o máximo de 4 (quatro) milímetros de altura; c. clara límpida, transparente, consistente e com as chalazas intactas; d. gema translúcida, consistente, centralizada e sem desenvolvimento de germe. § 2º Classe B – constituída de ovos que apresentem: a. casca limpa, íntegra, permitindo-se ligeira deformação e discretamente manchada; b. câmara de ar fixa e com máximo de 6 (seis) milímetros de altura; c. clara límpida, transparente, relativamente consistente e com as chalazas intactas; d. gema consistente, ligeiramente descentralizada e deformada, porém com contorno bem

definido e sem desenvolvimento do germe. § 3º Classe C – constituída de ovos que apresentem: a. casca limpa, íntegra, admitindo-se defeitos de textura, contorno e manchada; b. câmara de ar solta e com o máximo de 10 (dez) milímetros de altura; c. clara com ligeira turvação, relativamente consistente e com as chalazas intactas. d. gema descentralizada e deformada, porém com contorno definido e sem desenvolvimento do

germe. Art. 5º Para as classes A e B será tolerada, no ato da amostragem a percentagem de até 5% ( cinco

por cento) de ovos da classe imediatamente inferior. Art. 6º O ovo, observadas as características dos grupos e classes, será classificado segundo seu peso

em 4 (quatro) tipos: Tipo 1 (extra) – com peso mínimo de 60 (sessenta) gramas por unidade ou 720 (setecentos e vinte)

gramas por dúzia. Tipo 2 (grande) – com peso mínimo de 55 (cinquenta e cinco) gramas por unidade ou 660

(seiscentos e sessenta) gramas por dúzia. Tipo 3 (médio) – com peso mínimo de 50 (cinquenta) gramas por unidade ou 600 (seiscentas)

gramas por dúzia.

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Tipo 4 (pequeno) – com peso mínimo de 45 (quarenta e cinco) gramas por unidade ou 540 (quinhentas e quarenta) gramas por dúzia.

Art. 7º O ovo que não apresente as características mínimas exigidas para as diversas classes e tipos

estabelecidos, será considerado impróprio para o consumo, sendo permitida sua utilização apenas para a indústria.

Art. 8º Para os tipos 1 (um), 2 (dois) e 3 (três) serão tolerados, no ato da amostragem a

percentagem de até 10% (dez por cento) de ovos do tipo imediatamente inferior. Art. 9º Os ovos devem ser acondicionados em caixas padrões, indicando nas testeiras o grupo, a

classe e o tipo contidos. Parágrafo único - O serviço de Padronização e Classificação, através de portaria, baixará instruções

visando a perfeita execução das especificações de que trata este artigo. Art. 10 Na embalagem de ovos é proibido acondicionar em um mesmo envase, caixa ou volume: 1 – ovos oriundos de espécies diferentes; 2 – ovos de grupos, classes e tipos diferentes; Parágrafo único - Essa proibição estende-se e aplica-se a todas as fases de comercialização do

produto. Art. 11 Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor do Serviço de Padronização e Classificação

do Ministério da Agricultura.

Hugo de Almeida Leme.

Publicado D.O.U de 22/07/1965 Ret. 30/07/1965

DECRETO Nº 56.585, DE 20 DE JULHO DE 1965 - Aprova as novas

especificações para a classificação e fiscalização do ovo.

A presidência da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 87, inciso I, da Constituição e tendo em vista o que dispõe o art. 6º do Decreto nº 5.730, de 29 de maio de 1940, decreta:

Art. 1º - Ficam aprovadas as novas especificações que com este baixam excedidas pelo Ministro de

Estado dos Negócios da Agricultura, dispondo sobre a classificação e fiscalização do ovo. Art. 2º - Este decreto entrara em vigor trinta(30) dias após a sua publicação, ficando revogadas as

disposições em contrário.

Brasília, 20 de julho d e 1965, 144º da Independência e 77º da República.

H. CASTELO BRANCO Hugo de Almeida Leme.

Novas especificações para a classificação e fiscalização do ovo, aprovadas pelo Decreto nº

56.585 de 20 de julho de 1965, em virtude de disposições do Decreto-Lei nº 334, de 15 de março de 1938 e do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 5.739, de 29 de maio de 1940.

Art.1º - Pela designação de ovo, entende-se o ovo de galinha, sendo os demais, acompanhados da

indicação da espécie de que procedem. Art. 2º - O ovo será classificado em grupos, classes e tipos, segundo a coloração da casca, qualidade

e peso, de acordo com as especificações que ora se estabelecem.

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Art. 3º - O ovo, segundo a coloração da casca, será ordenado em 2 (dois) grupos:

I. Branco II. De cor

§ 1º - Enquadra-se no Grupo I o ovo que apresente casca de coloração branca ou esbranquiçada. § 2º - Enquadra-se no Grupo II o ovo que apresente casca de coloração avermelhada. Art. 4º - O ovo, segundo a qualidade, será ordenado em 3 (três) classes, a saber: Classe – A Classe – B Classe – C § 1º - Classe A – constituída de ovos que apresentem: a) Casca limpa, íntegra e sem deformação; b) Câmara de ar fixa e com o máximo de 4 (quatro) milímetros de altura; c) Clara límpida, transparente, consistente e com as chalazas intactas; d) Gema translúcida, consistente, centralizada e sem desenvolvimento do germe. § 2º - Classe B – constituída de ovos que apresentem: a) Casca limpa, íntegra, permitindo-se ligeira deformação e discretamente manchada; b) Câmara de ar fixa e com o máximo de 6 (seis) milímetros de altura; c) Clara límpida, transparente, relativamente consistente e com as chalazas intactas; d) Gema consistente, ligeiramente descentralizada e deformada, porém com contorno bem

definido e sem desenvolvimento do germe. § 3º Classe C – constituída de ovos que apresentem: a) Casca limpa, íntegra, admitindo-se defeitos de textura, contorno e manchada; b) Câmara de ar solta e com o máximo de 10 (dez) milímetros de altura; c) Clara com ligeira turvação, relativamente consistente e com as chalazas intactas; d) Gema descentralizada e deformada, porém com contorno definido e sem desenvolvimento do

germe.

Art. 5º - Para as classes A e B será tolerada, no ato da amostragem, a percentagem de até 5% (cinco por cento) de ovos da classe imediatamente inferior.

Art. 6º - O ovo, observadas as características dos grupos e classes, será classificado segundo seu

peso em 4 (quatro) tipos: Tipo 1 (extra) – com peso mínimo de 60(sessenta) gramas por unidade ou 720 (setecentos e vinte)

gramas por dúzia; Tipo 2 (grande) – com peso mínimo de 55 (cinquenta e cinco) gramas por unidade ou

660(seiscentas e sessenta) gramas por dúzia; Tipo 3 (médio) – com peso mínimo de 50 (cinquenta) gramas por unidade ou 600 (seiscentas)

gramas por dúzia; Tipo 4 (quatro) – com peso mínimo de 45 (quare nta e cinco) gramas por unidade ou 540

(quinhentas e quarenta) gramas por dúzia. Art. 7º - O ovo que não apresente as características mínimas exigidas para as diversas classes e

tipos estabelecidos será considerado impróprio para o consumo, sendo permitida sua utilização apenas para a indústria.

Art. 8º - Para os tipos 1 (um), 2 (dois) e 3 (três) será tolerada, no ato de amostragem, a percentagem

de até 10%(dez por cento) de ovos do tipo imediatamente inferior. Art. 9º - Os ovos devem ser acondicionados em caixas padrões, indicando nas testeiras o grupo, a

classe e o tipo contidos. Parágrafo único - O Serviço de Padronização e Classificação, através de portaria, baixará instruções

visando a perfeita execução das especificações de que trata este artigo. Art. 10º - Na embalagem de ovos é proibida acondicionar em um mesmo envase, caixa ou volume:

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1 – ovos oriundos de espécies diferentes; 2 – ovos de grupos, classes e tipos diferentes. Parágrafo único – Essa proibição estende-se e aplica-se a todas as fases de comercialização do

produto. Art. 11º - Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor do Serviço de Padronização e

Classificação do Ministério da Agricultura.

Hugo de Almeida Leme

Publicado no Diário Oficial de 22.07.1965

PORTARIA Nº 15 DE 07.DE JULHO DE 1970. – Instruções para o trânsito de ovos destinados ao comércio internacional, oriundo de estabelecimento

sujeitos à Inspeção da Equipe Técnica de Padronização, classificação e Inspeção de Produtos de Origem Animal.

O DIRETOR DA EQUIPE TÉCNICA DE PADRONIZAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E INSPEÇÃO

DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (Ex- SIPAMA), no uso das atribuições que lhe confere o item II do art. 39, do Regulamento aprovado pela Portaria Ministerial nº 57, de 17 de março de 1969.

Considerando a necessidade de ser disciplinado o comércio interestadual de ovos, no contido de que

se faça cumprir o que estabelece o Decreto nº 56.595, de 20 de julho de 1965, que aprovou as normas especificações para a classificação e fiscalização do ovo.

Considerando que o art. 708 do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de

Origem Animal, aprovado pelo Decreto 30.691 de 29.03.52, alterado pelo de nº 1.255, de 25.06.62, permita a classificação e inspeção de ovos não só nos Entrepostos, como também em Granjas que apresentem dependências apropriadas para tal fim.

Considerando ainda total impossibilidade de dispor esta Equipe de número suficiente de

funcionários para o atendimento permanente desta classe de estabelecimento. RESOLVE, com fundamento no art. 951 do citado Regulamento, expedir as instruções em anexo,

regulando o trânsito para comércio interestadual de ovos, oriundos dos estabelecimentos sob inspeção federal.

Lúcio Tavares de Macedo Diretor

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

INSTRUÇÕES

Instruções para o trânsito de ovos destinados ao comércio internacional, oriundo de estabelecimento sujeitos à Inspeção da Equipe Técnica de Padronização, classificação e Inspeção de Produtos de Origem Animal.

Art. 1º - De acordo com o que institui o Decreto nº 30.691, de 29.03.52, alterado pelo de nº 1.255

de 25.06.62, que aprovou o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, a classificação e a inspeção de ovos para o comércio interestadual somente poderão ser realizadas em entrepostos registrados ou em granjas relacionadas no órgão competente do Ministério da Agricultura.

Art. 2º - O trânsito para comércio interestadual de ovos, em natureza, classificados e inspecionados em estabelecimentos sob Inspeção Federal, só será permitido quando o produto estiver devidamente acompanhado pelo CERTIFICADO instituído pela presente instrução conforme modelo em anexo.

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Parágrafo Único – O CERTIFICADO a que se refere este artigo, será válido por 30 (trinta), a contar da data de sua emissão e expedido em três vias, devendo a primeira, em cor branca, acompanhar a nota fiscal a que se refere; a segunda, em cor verde, ser encaminhada ao órgão fiscalizador e, finalmente, a terceira, em cor amarela, ficar em poder do interessado para o seu controle.

Art. 3º - Fica igualmente instituída pela presente Instrução, o MAPA DE CONTROLE MENSAL DE REMESSA DE OVOS, conforme modelo em anexo, o qual deverá ser devidamente preenchido conforme instrução nele contida.

Art.4º- Caberá à firma responsável pelo estabelecimento o preenchimento do CERTIFICADO, ficando a concessão de novos modelos devidamente assinados, condicionado à apresentação das cópias dos expedidos no mês anterior, acompanhados do original do MAPA DE CONTROLE MENSAL respectivo.

Art. 5º - Quaisquer autoridades federais ou estaduais, com função da natureza fiscal, ou inspeção sanitária, em portos ou postos de fronteiras ou barreiras interestaduais, exigirão a apresentação do CERTIFICADO de que trata a presente Instrução, sempre que se tratar de comércio interestadual de ovos, conforme determina o art. 861 do Decreto citado no Art. 1º da presente Instrução.

Art. 6º - A autorização para o uso do CERTIFICADO ora instituído, será concedida mediante

requerimento do interessado ao Chefe da Inspetoria do DIPOA a que estiver subordinado o estabelecimento, concluído o registro ou relacionamento do mesmo.

Art. 7º - A partir de 1º de janeiro de 1971 não é permitido o trânsito interestadual de ovos em

desacordo com as presentes INSTRUÇÕES. Diretoria da Equipe Técnica de Padronização, Classificação e Inspeção de Origem Animal em 27 de julho de 1970.

Lúcio Tavares de Macedo Diretor

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA ESCRITÓRIO DA PRODUÇÃO ANIMAL

EQUIPE TÉCNICA DE PADRONIZAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

CERTIFICADO Nº _______________

Os ovos referente ao processo Certificado, estão classificados pelo produtor, segundo a legislação

em vigor, prévia de estabelecimento sob inspeção federal, em regime de inspeção federal, em regime de inspeção periódica, estando sujeitos à reinspeção em qualquer fase de sua comercialização.

Classe A Classe B Classe C Total ( Dz)

Tipo 1 ( Extra)

Tipo 2 ( Extra)

Tipo 3 ( Extra)

Tipo 4 ( Extra)

Industrial

TOTAL ( Dz)

Total de caixas.................................

Remetente:_____________________ E.R.:_____________________ I.F._________________ Local:_________________________ Municipio:_________________ Estado:______________ Marca ou Letreiro:_______________________________ Nº da Nota Fiscal:_________________ Destinatário:_____________________________________ Destino_________________________ ___________________ de _____________ 19_______.

________________________ Ass. do Funcionário.

_________________________ Cargo.

Obs : O presente Certificado é válido pelo prazo de 30 dias a partir de sua emissão.

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MAPA DE CONTROLE MENSAL DE REMESSA DE OVOS.

MÊS DE ________________ DE 19____.

E.R: nº I.F. nº

Nota Fiscal.

Certificado nº Quantidade (Dz) Destinatário: Destino:

OBS: Neste mapa a firma deverá lançar, todas as vezes que embarcar qualquer partida, os números as datas

das notas fiscais, bem como dos respectivos certificados, abreviado no presente mapa como certificado. Preencherá também os demais campos indicados, sendo que por destino se com compreende a praça comercial onde tem sede o destinatário. Este mapa será extraído em duas vias, devendo o original ser encaminhado ao órgão fiscalizador, acompanhado das cópias dos Certificados correspondentes, até o décimo dia útil de cada mês, subseqüente ao referido.

Em, / / .

_____________________

Assinatura do Produtor

Data nº

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CIRCULAR Nº 01.36-15/9.2 061 EM 02.09.83 – Padronização da

Nomenclatura de Conserva de Ovos Do Diretor da Divisão de Inspeção de Carnes e Derivados Ao Padronização da Nomenclatura de Conserva de Ovos

Tendo em vista a necessidade de atualização da nomenclatura de Conserva de Ovos, em função da moderna tecnologia de obtenção, fica através da presente instituída a padronização da nomenclatura oficial, preservadas as disposições de produtos de Origem Animal– RIISPOA , no que concerne aoS padrões de qualidade,e Portaria nº 09 de 06 de julho de 1983 para efeito de aprovação de rotulagem e registro na SIPA. 01. OVO INTEGRAL PASTEURIZADO RESFRIADO 02. OVO INTEGRAL PASTEURIZADO CONGELADO 03. OVO INTEGRAL PASTEURIZADO RESFRIADO COM SAL 04. OVO INTEGRAL PASTEURIZADO RESFRIADO COM AÇÚCAR 05. OVO INTEGRAL PASTEURIZADO CONGELADO COM SAL 06. OVO INTEGRAL PASTEURIZADO CONGELADO COM AÇÚCAR 07. GEMA DE OVO INTEGRAL PASTEURIZADA RESFRIADA 08. GEMA DE OVO INTEGRAL PASTEURIZADA CONGELADA 09. GEMA DE OVO INTEGRAL PASTEURIZADA RESFRIADA COM SAL 10. GEMA DE OVO INTEGRAL PASTEURIZADA RESFRIADA COM AÇÚCAR 11. GEMA DE OVO INTEGRAL PASTEURIZADA CONGELADA COM SAL 12. GEMA DE OVO INTEGRAL PASTEURIZADA CONGELADA COM AÇÚCAR 13. CLARA DE OVO PASTEURIZADA RESFRIADA 14. CLARA DE OVO PASTEURIZADA CONGELADA 15. CLARA DE OVO PASTEURIZADA RESFRIADA COM SAL 16. CLARA DE OVO PASTEURIZADA RESFRIADA COM AÇÚCAR 17. CLARA DE OVO PASTEURIZADA CONGELADA COM SAL 18. CLARA DE OVO PASTEURIZADA CONGELADA COM AÇÚCAR 19. OVO INTEGRAL DESIDRATADO 20. OVO INTEGRAL DESIDRATADO LIOFILIZADO 21. GEMA DE OVO DESIDRATADA 22. GEMA DE OVO DESIDRATADA LIOFILIZADA 23. CLARA DE OVO DESIDRATADA 24. CLARA DE OVO DESIDRATADA LIOFILIZADA

Atenciosas Saudações,

PEDRINHO ANTONIO TOMASINI

MÉDICO – VETERINÁRIO CFMV Nº 0342

DIRETOR DA DICAR

CIRCULAR / SIPA/Nº 01.36.15/9.1 007/85 EM 20/05/85 - Novo modelo de Certificado Sanitário

Do : Secretario da SIPA Endereço: Ao: Assunto:Novo modelo de Certificado Sanitário.

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O Certificado Sanitário para controle de trânsito de produtos de origem animal, procedentes de estabelecimentos sob Inspeção Federal deve obedecer a modelo próprio e aprovado, de conformidade com o RIISPOA (Art. 858).

O modelo oficial, padronizado e tradicionalmente utilizado, foi aprovado pela Circular nº 131-BR,

de 13.06.72, que estabeleceu as normativas de processamento para a impressão tipográfica preenchimento e uso, com vistas à preservação de sua autenticidade e inviolabilidade, de forma a assegurar contra usos indevidos, adulterações e falsificações.

Todavia, considerando-se a rápida evolução do progresso e da tecnologia moderna: considerando

que, o preenchimento de certificados, como vem sendo operado na forma convencional, já não acompanha a atual agilização da emissão de notas fiscais pelas empresas de alta produção, em sistema computadorizado, com condições de preenchimento simultâneo e contínuo de certificados; e tendo em vista a necessidade de :

a. atualizar a denominação do órgão emitente, nos certificado, face a extinção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA e a criação da Secretaria de Inspeção de Produto Animal – SIPA.

b. modernizar a sistemática de trabalho. c. agilizar o atendimento da demanda atual das indústrias sob inspeção. d. garantir a confiabilidade dos dados fornecidos. e. reduzir os custos operacionais de mão de obra f. dar atendimento à reivindicação de inúmeras empresas sob inspeção, que emitem notas

fiscais pelo sistema contínuo de computação de dados, no sentido de autorizá-las á emissão simultânea dos res pectivos certificados.

Considerando-se, ainda, outras vantagens oferecidas pelo sistema eletrônico de processamento de

dados na emissão de certificado, como por exemplo: a alternativa automática de correções de erros ou omissões, bem como na substituição automática da indicativa de ‘‘PRODUTO COMESTÍVEL”, por “PRODUTO NÃO COMESTÍVEL” em modelo único, eliminando-se, dessa forma, os atuais modelos “verde” e “branco”;

Esta secretaria, houve por bem aprovar um novo modelo de certificado (anexo) , a ser utilizado

em todo o território nacional, de forma a adaptá-lo ao sistema de preenchimento computadorizado e ao mesmo tempo, para o uso convencional, em substituição ao modelo antigo, atualmente em vigor, obedecendo-se, nesta segunda alternativa, as mesmas instruções para impressão, preenchimento e uso, prevista na circular nº 131-BR, de 16.06.1972.

Para o uso em computador deve-se atender as instruções adicionais que a esta acompanha e no que couber as da citada circular.

Atenciosamente, Enio A M. Pereira

CFMV 0184 Secretario da SIPA

INSTRUÇÕES PARA IMPRESSÃO, PREENCHIMENTO E USO DO CERTIFICADO SANITÁRIO

(ANEXO) PARA USO EM COMPUTADOR. AUTORIZAÇÃO:

O uso do Certificado a que se refere a presente Circular, para processamento em computador,

deverá ser autorizado por esta Secretaria, quando solicitado, por escrito, pela firma interessada, através da I.F. A autorização, uma vez concedida, será comunicada ao SERPA do respectivo Estado, através de

ofício. A firma autorizada e o número da autorização deverão ser cadastrados no SERPA, que dará ciência à I.F. local para o devido controle e providências.

Será considerado número da autorização o número respectivo processo que concedeu a autorização.

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IMPRESSÃO:

Ao cientificar a concessão da autorização, o encarregado da I.F. fornecerá à interessada uma cópia autêntica do modelo oficial, para a devida impressão, ao mesmo tempo em que a orientará sobre estas instruções.

Para uso em computador, o presente Certificado será impresso pela firma interessada, em papel próprio à finalidade, obedecendo fiel e rigorosamente o modelo fornecido pela Inspeção, ajustando-o se for o caso, apenas em suas dimensões, a fim de enquadra-lo ao tipo de impressora utilizado pelo computador, sem contudo alterar o seu gabarito e as características tipográficas básicas essenciais, como: painel, disposições gráficas, títulos, espaços, "campus", símbolos (Armas da República - altura 0,02m e carimbo do SIF - 0,04m de diâmetro).

Somente em caso de processamento em computador, poderá ser autorizada a supressão da expressão “Produto Comestível”, que ao invés de ser impressa tipograficamente, poderá ser processada no computador, o que permitirá, opcionalmente, o uso alternativo para – “Produto Comestível" e " Produto não Comestível", eliminando-se desta forma o tradicional modelo “verde” e permitindo uso de um modelo único, para ambos os casos.

VIAS: 2ª. 3ª. e 4ª

Os impressos das tradicionais (2a, 3a e 4a.) vias, poderão ser suprimidos, na forma de impressos adicionais em folhas separadas, para controle de trânsito (2ª. via), arquivo da I.F. (3ª.via) e arquivo da firma (4ª.via), sendo, neste caso, obrigatória a extração computadorizada de 4 (quatro) reproduções simultâneas da 1a. via, das quais 3 (três) serão fornecidas à I.F. para os fins indicados.

OUTROS ESCLARECIMENTOS:

Estas instruções só serão válidas em caso de utilização do Certificado no sistema de processamento

de dados em computador, quando autorizada. São instruções adicionais, não sendo dispensada, no que couber, a obrigatoriedade de se continuar observando ao que se determina a Circular nº 131, de 13.06.72, em vigor, com exceção dos subitens 1.1 – 1.2 – 4.1 e 4.7

Poderá ser tolerada, a impressão tipográfica das informações permanentes, invariáveis e personalizadas, como o nome da firma emitente e remetente, assim como do estabelecimento de origem, de ponto de embarque e do embarcador, o que facilitará a redução da mão de obra e a agilização na emissão.

OBSERVAÇÕES :

De acordo com a Circular SIPA nº007, de 20.05.85, o “novo modelo” do Certificado, a que se refere, deverá substituir o modelo estabelecido pela Circular nº 131/ BR, de 13.06.72, de uso tradicional, em datilografia, pelas empresas não usuárias do computador, obedecendo-se neste caso, as instruções que acompanham.

Brasília, 17 de Outubro de 1985.

PORTARIA Nº 09, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1986 - Instruções para registro de rótulo e memorial descritivo de produtos de origem animal

O SECRETARIO DE INSPEÇÃO DE PRODUTO ANIMAL, no uso das atribuições conferidas

pela Portaria SNAD nº 08, de 01 de fevereiro de 1980, e tendo em vista o que dispõe o item I do Artigo 53 do Regimento Interno da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária, aprovado pela Portaria Ministerial Nº 141, 10 de Março de 1978:

RESO LVE :

Art. 1º - Aprovar as Instruções para registro de rótulo e memorial descritivo de produtos de origem animal, de que trata a Portaria SIPA Nº 014, de 11 de Dezembro de 1985, publicada no D.O.U. de 13 de Dezembro de 1985;

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Art. 2º - As referidas instruções poderão ser obtidas pelos interessados no Serviço de Inspeção de

Produtos Animal – SERPA / SIPAV da Delegacia Federal da Agricultura nas Unidades da Federação; Art. 3º - A presente Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as

disposições em contrário.

JOSÉ PINTO DA ROCHA

Secretário da SIPA Portaria publicada no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Seção I, página 1916, de 17. 03. 86.

INSTRUÇÕES PARA APROVAÇÃO E REGISTRO DE RÓTULOS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

I – PRELIMINARES

Considerando a necessidade de aperfeiçoar o sistema de aprovação prévia e registro de rótulo, memoriais descritivos de fabricação e manipulação de produtos de origem animal, esta Secretaria resolve aprovar as seguintes instruções: 1 - As solicitações para aprovação prévia, registro, alteração e cancelamento de rótulo e respectivos memoriais

descritivos de fabricação ou manipulação, serão encaminhadas, nas vias regulamentares, diretamente à SIPA em Brasília pelo Serviço de Inspeção Federal junto ao estabelecimento.

Com esse sistema, revestem-se de suma importância o informe e a análise da Inspeção Federal no tocante ao solicitado, tendo em vista que serão o lastro oficial para o deferimento ou indeferimento do pedido pela Divisão Técnica da SIPA.

2 - Objetivando agilizar e racionalizar a tramitação, especialmente no Órgão Central, e de forma sempre a atender aos requisitos regulamentares, os pedidos de aprovação prévia e registro do rótulo serão feitos em formulários próprios para receberem, ordenadamente, os dados da solicitação da Informação, da Inspeção Federal e do parecer e decisão da Divisão Técnica da SIPA.

3 - É da competência dos SERPAS/SIPAVS a autorização de uso de rótulos de embalagens secundárias de produtos aprovados na SIPA, obedecidas às instruções específicas vigorantes (0F.Circular 01.36.15 / 9, 1/ 013, de 28.07.80). Não se acham incluídos nesta competência os rótulos e planos de marcação de produtos destinados ao comércio internacional, cuja autorização de uso continuará a ser dada pelas Divis ões Técnicas da SIPA.

II - PROCEDIMENTOS DA FIRMA PARA A SOLICITAÇÃO DE APROVAÇÃO PRÉVIA E

REGISTRO DE RÓTULOS. 1. A solicitação para aprovação prévia de rótulos e memoriais descritivos de fabricação ou manipulação de

produtos de origem animal, será feita no formulário padrão, em, duas vias, ao Diretor da Divisão competente da SIPA (DICAR/ DILEI/ DIPES).

2. A solicitação de registro de rótulos e de memoriais descritivos de fabricação e manipulação, será feita no formulário padrão, em 4 (quatro) vias, ao Diretor da Divisão competente da SIPA (DICAR/ DILEI/ DIPES).

3. O formulário, na parte do preenchimento pela solicitante, e composto de 4 folhas (fls. 1, 2, 3 e 4) sendo que estas devem ser preenchidas à máquina. Poderá ser usada folha suplementar, se assim for necessário, que receberá numeração repetitiva (2A,3A,4A).

4. Um exemplar do formulário está em anexo. Os SERPAs providenciarão a impressão das folhas 1. 2. 3. 4 e 5 (em todas as suas vias) e a SIPA a impressão da folha 6.

5. O formulário padrão será usado também para as seguintes solicitações: a. alteração de rótulo (painel e dizeres); b. alteração do processo de fabricação ou composição de produto; c. cancelamento de registro.

6. Em face da natureza da solicitação, a matéria será assim disciplinada:

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6.1. No caso de aprovação prévia do rótulo e do respectivo memorial descritivo pela SIPA/BRASÍLIA - (prevista no Art. Nº 837 do RIISPOA), o interessado apresentará, em 2 (duas) vias, as fls. 1, 2, 3 e 4 do formulário, e mais o croqui do rótulo com a indicação das cores.

6.2. Quando se tratar de registro ou alteração do processo de fabricação ou composição, o formulário será integralmente preenchido nas fls. 1, 2, 3 e 4, nas 4 vias, e acompanhado da 4 (quatro) vias do respectivo rótulo em papel, alumínio ou material plástico. Quando se tratar de rótulos litografados pintados ou gravados, de embalagens de produtos com peso superior a 5kg, será apresentada a sua exata reprodução em papel, sempre nas dimensões de 210 X 297 mm e mencionada a escala de redução. Neste caso será necessária a autenticação do encarregado da IF local.

6.3. No caso específico de cancelamento, só será usada a fl. l, nas suas 4 vias, não havendo necessidade de anexar o rótulo a cancelar.

7. A solicitação será assinada em todas as vias, pelo Representante legal da firma e indispensavelmente pelo seu Responsável Técnico e entregue à Inspeção Federal, junto ao estabelecimento para análise, informação e remessa diretamente à SIPA/Brasília.

III - PROCEDIMENTO DO ENCARR'EGADO DA INSPEÇÃO FEDERAL

Recebida da Firma a solicitação de fls.1, 2, 3 e 4, o Encarregado da I.F. deverá:

1. Verificar o número correto de vias (2 vias para aprovação prévia e 4 vias para registro) e se o interessado preencheu corretamente o formulário, de acordo com a presente instrução:

2. Verificar se o representante legal da firma e o responsável técnico assinaram e carimbaram todas as vias da solicitação (aprovação prévia ou registro);

3. Analisar as informações lançadas pelo interessado nos formulários, verificando se estão corretas e de conformidade com a legislação e normas vigentes. Avaliar, também , se o estabelecimento dispõe das condições especificadas para elaborar, armazenar e, controlar o produto;

4. Verificar se os documentos e respectivas quantidades anexadas estão corretas; 5. Analisar o modelo do rótulo, verificando se está de acordo com o que dispõe as alíneas de a a u, .de fl.5; 6. Na alínea "u" de fl.5, especificar as alíneas não constantes do rótulo e exigidas pela legislação vigente; 7. Lançar, no item 3, "Outras Observações", eventuais objeções resultantes da análise do preenchimento do

formulário; 8. Caso a solicitação não esteja de acordo com o que determinam as Instruções e a legislação vigente,

devolver a solicitação ao interessado, informando as incorreções através das anotações da fl.5. Datar e assinar a devolução;

9. Estando a solicitação em condição de ser remetida à Divisão competente da SIPA, despachar no lugar devido à fl.5;

10. A Informação de fl.5 será feita duas ou quatro vias (aprovação prévia ou registro), que serão grampeadas a cada formulário da solicitação, para a remessa em envelope fechado às Divisões Técnicas da SIPA.

11. A solicitação só poderá ser encaminhada à SIPA se estiver completa, atendidas estas instruções e a legislação vigorante sem emendas ou rasuras.

IV - PROCEDIMENTO DAS DIVISÕES TÉCNICAS DA SIPA, SERPAS E SIPAVS 1. A solicitação deverá ser encaminhada à Divisão Técnica competente, que anotará no quadro próprio do

cabeçalho a data de entrada do documento; 2. Na Divisão Técnica da SIPA, para a análise e definição do pedido, será utilizada a folha nº 6; 3. A folha 6 será anexada, após despacho, a cada formulário padrão (duas ou quatro vias) recebido pela

Divisão; 4. O número de registro do rótulo será concedido pela Divisão Técnica competente, em ordem numérica

seqüencial, ficando estabelecido o prazo de validade de 10 (dez) anos para o referido ; 5. Na aprovação prévia:

5.1. O primeiro conjunto (folhas 1, 2, 3, 4, 5 e 6) seá arquivado na respectiva Divisão;

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5.2. O segundo conjunto (folhas 1, 2, 3, 4, 5 e 6) será encaminhado diretamente ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) junto ao estabelecimento de origem: Cada Divisão encaminhará uma cópia da folha ao setor competente que providenciará o cadastramento do rótulo;

6. No registro: 6.1. O primeiro conjunto (folhas 1 a 6) será arquivado na respectiva Divisão; 6.2. O segundo conjunto (folhas 1 a 6) será encaminhado ao SERPA e SIPAV para ciência e

arquivamento; 6.3. O terceiro e quarto conjunto (folhas 1 a 6) serão devolvidos diretamente à origem, sendo o

terceiro para o arquivo da I.F, e o quarto para a interessada. Cada Divisão encaminhará uma cópia da folha nº 6 ao setor competente, que providenciará o registro do rótulo;

6.4. No caso de indeferimento, a Divisão restituirá toda a documentação ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) de origem;

6.5. No caso de solicitação de cancelamento do número de registro (em que é utilizado somente a fl.1 do formulário, nas suas 4 vias) o procedimento da Divisão Técnica se limitará a:

-Encaminhar a 1ª via da fl.l ao setor competente de cadastramento com o respectivo despacho; -Devolver ao SERPA ou SIPAV a 2ª, 3ª e 4ª via de fl.1 com o despacho da Divisão. A 2ª via pertencerá ao SERPA/SIPAV e a 3ª e a 4ª serão endereçadas à IF e à firma, respectivamente;

7. Os rótulos e memoriais descritivos de fabricação ou manipulação aprovados previamente terão o prazo.de 180 dias para serem registrados, caso contrário serão automaticamente cancelados. Em situações justificáveis este prazo poderá ser dilatado mediante requerimento da interessada.

8. Ficam revogadas as instruções baixadas pela Portaria SIPA nº 09 de 06.07.83 .

José Pinto da Rocha CFMV 0084

Secretário da SIPA

CIRCULAR Nº 024/DICAR EM 23.03.88 - Nomenclatura de carne e derivados de aves, coelhos e ovos.

Do: Diretor da Divisão de Inspeção de Carnes e Derivados – DICAR, da SIPA Endereço: Ao: Assunto: Nomenclatura de carne e derivados de aves, coelhos e ovos.

Considerando a necessidade de dirimir as freqüentes dúvidas, e em aditamento às Circulares de nº

051 e 330/ 83, estamos encaminhando a complementação e correções das nomenclaturas de carne e derivados de aves, coelhos e ovos.

Atenciosas saudações

Djalma Atanásio Santos da Silva Diretor da DICAR/SIPA/SNAD/MA

Médico Veterinário CFMV Nº 0337

NOMENCLATURA DE CARNE E DERIVADOS DE AVES, COELHOS E DE OVOS

A . CARNE:

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1. Frango resfriado 2 . Frango res friado (carcaça) 3 . Frango congelado 4. Frango congelado (carcaça) 5. Galeto Resfriado 6. Galeto Congelado 7. Galinha Resfriada 8. Galinha Congelada 9. Galo Resfriado 10. Galo Congelado 11. Peru Resfriado 12. Peru Congelado 13. Pato Resfriado 14. Pato Congelado 15. Marreco Resfriado 16. Marreco Congelado 17. Coelho Resfriado 18. Coelho Congelado 19. Codorna Resfriada 20. Codorna Congelada 21. Perdiz Resfriada 22. Perdiz Congelada 23. Faisão Resfriado 24. Faisão Congelado

B. CORTES

1. Cortes Resfriados de Frango ( * ) 2. Cortes Congelados de Frango ( * ) _, 3. Cortes Resfriados de Galinha ( * ) 4. Cortes Congelados de Galinha ( * ) 5. Cortes Resfriados de Galo ( * ) 6. Cortes Congelados de Galo ( * ) 7. Cortes Resfriados de Peru ( * ) 8. Cortes Congelados de Peru ( * ) 9. Cortes Resfriados de Pato ( * ) 10. Cortes Congelados de Pato ( * ) 11. Cortes Resfriados de Marreco ( * ) 12. Cortes Congelados de Marreco ( *) 13. Cortes Resfriados de Coelho ( **) 14. Cortes Congelados de Coelho ( ** )

C. RECORTES 1. Recortes Resfriados de Frango ( * ) 2. Recortes Congelados de Frango ( * ) 3. Recortes Resfriados de Galinha ( * ) 4. Recortes Congelados de Galinha ( * ) 5. Recortes Resfriados de Galo ( * ) 6. Recortes Congelados de Galo ( * ) 7. Recortes Resfriados de Peru ( * ) 8. Recortes Congelados de Peru ( * ) 9. Recortes Resfriados de Pato ( * ) 10. Recortes Congelados de Pato ( * ) 11. Recortes Resfriados de Marreco ( * ) 12. Recortes Congelados de Marreco ( * ) 13. Recortes Resfriados de Coelho ( ** ) 14. Recortes Congelados de Coelho ( * * )

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15. Pertences Resfriados para Canja ( * ) 16. Pertences Congelados para Canja ( * )

ESPECIFICACÕES DOS CORTES E RECORTES ( * ) - Cabeça - Pés - Pescoço - Peito sem osso - Peito - Peito sem osso sem pele - Filé de Peito - Asas sem osso - Dorso - Coxas sem osso - Asas - Coxas sem osso sem pele - Coxas - Sobrecoxas sem osso - Sobrecoxas - Sobrecoxas sem osso sem pele - Sambiquira ou Sobre - Curanxín

( ** ) - Dianteiro

- - Traseiro

- - Dorso

- - Dorso com Costelas D. MIÚDOS

1. Miúdos Resfriados de Ave ( * ) 2. Miúdos Congelados de Ave ( * ) 3. Miúdos Resfriados de Peru ( * ) 4. Miúdos Congelados de Peru ( * ) 5. Miúdos Resfriados de Pato ( * ) 6. Miúdos Congelados de Pato ( * ) 7. Miúdos Resfriados de Coelho ( ** ) 8. Miúdos Congelados de Coelho ( ** )

ESPECIFICAÇÕES DOS MIÚDOS

( * ) - Coração, Fígado, Moela. ( ** ) - Fígado, Coração.

E. OUTROS

1. Testículos Resfriados de Galo e/ou Ave 2. Testículos Congelados de Galo e/ou Ave 3 Testículos Resfriados de Peru 4. Testículos Congelados de Peru 5. Pele Resfriada de Ave 6. Pele Congelada de Ave 7. Pele Temperada Resfriada ou Congelada de Ave 8. Gordura de Ave e / ou Gordura Resfriada e/ ou Congelada de Ave.

F.CARCAÇAS, CORTES, E RECORTES DE AVES TEMPERADOS, DEFUMADOS, COZIDOS E EM

CONSERVA. 1. CARCAÇAS 1.1. Frango Temperado Resfriado 1.2. Frango Temperado Congelado 1.3. Frango Temperado Resfriado (carcaça) 1.4. Frango Temperado Congelado (carcaça) 1.5. Galeto Temperado Resfriado 1.6. Galeto Temperado Congelado 1.7. Galinha Temperada Resfriada

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1.8. Galinha Temperada Congelada 1.9. Galo Temperado Resfriado 1.10 Galo Temperado Congelado 1.1l. Peru Temperado Resfriado 1.12. Peru Temperado Congelado 1.13. Pato Temperado Resfriado 1.14. Pato Temperado Congelado 1 15. Marreco Temperado Resfriado 1.16. Marreco Temperado Congelado 1.17. Coelho Temperado Resfriado 1.18. Coelho Temperado Congelado 1.19. Codorna Temperada Resfriada 1.20. Codorna Temperada Congelada 1.21. Perdiz Temperada Resfriada 1.22 Perdiz Temperada Congelada 1.23 Faisão Temperado Resfriado 1.24 Faisão Temperado Congelado 1.25 Frango Defumado 1.26 Peru Defumado 1.27 Frango Cozido Resfriado e/ou Congelado 1.28 Frango Cozido sem Osso Resfriado e/ou Congelado 1.29 Frango Cozido Temperado Resfriado e/ou Congelado 1.30 Frango Cozido Temperado sem Osso Resfriado e/ou Congelado 1.31 Frango em Conserva.

2 . CORTES E RECORTES 1. Cortes ou Recortes Temperados Resfriados de Frango ( * ) 2. Cortes ou Recortes Temperados Congelados de Frango ( * ) 3. Cortes ou Recortes Temperados Resfriado de Peru ( * ) 4. Cortes ou Recortes Temperados Congelados de Peru ( * ) 5. Cortes ou Recortes Defumados de Frango ( * ) 6. Cortes ou Recortes Defumados de Peru ( * ) 7. Cortes ou Recortes de Frango em Conserva ( * ) 8. Cortes ou Recortes de Peru em Conservas ( * ) G. PRODUTOS DERIVADOS

1. Lingüiça de Carne de Frango 2. Lingüiça de Carne de Peru . 3. Lingüiça de Carne de Ave 4. Lingüiça Congelada de Frango 5. Lingüiça Congelada de Peru 6. Lingüiça Congelada de Ave 7. Salsicha de Carne de Frango 8. Salsicha de Carne de Peru 9. Salsicha de Carne de Ave 10. Mortadela de Carne de Frango 11. Mortadela de Carne de Peru 12. Mortadela de Carne de Ave 13. Salsichão de Carne de Peru 14. Salsichão de Carne de Ave 15. Salsichão (Carne de *) 16. Fiambre de Carne de Frango 17. Fiambre de Carne de Peru 18. Fiambre de Carne de Ave 19. Fiambre (Carne Cozida de *) 20. Embutido Frescal de Carne de Ave

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21. Embutido Congelado de Carne de Ave 22. Embutido Frescal de Carne de Peru 23. Embutido Cozido de Carne de Ave 24. Embutido Cozido de Carne de Peru 25. Embutido Defumado de Carne de Ave 26. Embutido Defumado de Carne de Peru 27. Pasta ou Patê de Frango 28. Pasta ou Patê de Galinha 29. Pasta ou Patê de Peru 30. Pasta ou Patê de Ave 31.Hambúrguer de Frango 32.Hambúrguer de Peru 33. Hambúrguer de Ave 34. Hambúrguer (Carne Moída Congelada de * ) 35. Lanche (Carne Cozida e/ou Defumada de * ) 36. Morcela Branca (Carne, Fígado ou miúdos e/ou Pele de Ave) 37.Outros Produtos .

( * ) - Especificação da espécie.

NOMENCLATURA DE OVOS

1.Ovos Tipo Extra - mínimo de 60g por unidade ou 720g por dúzia 2.Ovos Tipo Grande - mínimo de 55g por unidade ou 60g por dúzia 3. Ovos Tipo Médio - mínimo de 50g por unidade ou 600g por dúzia 4. Ovos Tipo Pequeno - mínimo de 45g por unidade ou 540g por dúzia 5. Ovos Tipo Industrial - abaixo de 45g por unidade.

Djalma Atanásio Santos da Silva Diretor da DICAR/SIPA/SNAD/MA

Médico Veterinário CFMV nº 0337

CIRCULAR Nº 127/DICAR EM 20.09.88 - Trânsito de ovos e derivados.

Do: Diretor da Divisão de Inspeção de Carnes e Derivados - DICAR, da SIPA Endereço: Ao: Assunto: Trânsito de ovos e derivados.

Considerando informações de que, em alguns estados da federação, os produtores de ovos vêm encontrando dificuldades para obtenção do Certificado Sanitário para o trânsito interestadual de seu produto;

Considerando que a Portaria nº 15, de 07.07.70, que disciplina o comércio interestadual de ovos, permanece em vigor;

Esta Diretoria houve por bem baixar as presentes instruções com vistas à padronização dos procedimentos do Serviço de Inspeção Federal SIF, a nível nacional, no que concerne ao assunto em referência.

INSTRUÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS QUANTO AO TRÂNSITO DE OVOS E DERIVADOS.

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1. Fica estabelecido para o trânsito interestadual de ovos em natureza, destinados ao consumo direto, que o produto será acompanhado por Certificado Sanitário, na forma e modelo dispostos, nas "INSTRUÇÕES" aprovadas pela Portaria nº 15, de 07.07.70;

2. As remessas de Conservas de Ovos serão acobertadas por Certificado Sanitário, na forma e modelo dispostos na Circular nº 007/SIPA, de 20.05.85;

3. Os Entrepostos de Ovos e Granjas Relacionadas, sob regime de inspeção periódica, serão inspecionados em intervalos mínimos de 30 a 60 dias; e

4. O fornecimento dos Certificados Sanitários, emitidos de conformidade com o disposto na Portaria nº 15, de 07.07.70, fica condicionado à realização das visitas periódicas de inspeção ao estabelecimento produtor, em consonância com o fixado no item 3 acima.

Atenciosas Saudações,

Nilo Coelho de Pinto.

Méd. Vet. CFMV nº 0073 Diretor da DICAR/SIPA

PORTARIA Nº 01, DE 21 DE FEVEREIRO DE 1990 - Normas Gerais De Inspeção de Ovos e Derivados

0 SECRETÁRIO DE INSPEÇÃO DE PRODUTO ANIMAL no uso de suas atribuições e com base

no disposto no Artigo 95l do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal-RIISPOA, baixado pelo Decreto nº 30.691 de 29.03.1952, que regulamentou a Lei nº 1.283 de 18.12.1950, RESOLVE:

I - Aprovar as Normas Gerais de Inspeção de Ovos e Derivados, propostas pela Divisão de Inspeção de Carnes e Derivados - DICAR que serão divulgadas através de Ofício Circular da SIPA.

II - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

(Of. nº 11/90) Publicada no Diário Oficial da República Federativa do Brasil Nº44, Seção I, página 4321, de 06.03.90.

NORMAS GERAIS DE INSPEÇÃO DE OVOS E DERIVADOS

Capítulo I

Definições 1. "OVO" - pela designação "ovo" entende-se o ovo de galinha em casca, sendo os demais acompanhados

da indicação da espécie de que procedem (Art.709). 2. "OVO FRESCO" - entende-se o ovo em casca que não foi conservado por qualquer processo e se

enquadre na classificação estabelecida (Art. 707). Este ovo perderá sua denominação de fresco se for submetido intencionalmente a temperaturas inferiores a 8ºC, visto que a temperatura recomendada para armazenamento do ovo fresco está entre 8ºC e 15ºC com uma umidade relativa do ar entre 70% - 90%.

3. "OVO FRIGORIFICADO" - entende-se o ovo em casca conservado pelo frio industrial nas especificações do Art. 725 da RIISPOA.

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4. "CONSERVA DE OVOS" - entende-se o produto resultante do tratamento do ovo sem casca ou partes do ovo que tenham sido congelados, salgados , pasteurizados, desidratados ou qualquer outro processo devidamente aprovado pela SIPA.

5. “OVO INTEGRAL" - entende-se o ovo em natureza desprovido de casca e que conserva as proporções naturais da gema e clara. Quando misturados, resultam em uma substância homogênea.

6. GEMA - entende-se o produto obtido do ovo desprovido da casca e separado da clara ou albumina. 7. CLARA - entende-se o produto obtido do ovo desprovido da casca e separado da gema.

7.1. Quando diversas proporções da clara e gema forem utilizadas, não se observando a proporção de um ovo em natureza, o produto será designado “ Mistura de Ovos”.

8. “OVO DESIDRATADO” – entende-se o produto resultante da desidratação do ovo em conformidade com Art. 753 do RIISPOA.

9. “PASTEURIZAÇÃO” – entende-se por pasteurização o emprego conveniente do calor com o fim de destruir microorganismos patogênicos sem alteração sensível da constituição física do ovo ou partes do ovo.

10. “PROCESSAMENTO” – refere-se ao procedimento de classificação, ovoscopia, lavagem, quebra de ovo, filtração, homogeneização, estabilização, pasteurização, resfriamento, congelamento, secagem e embalagem do produto final.

11. “INSTALAÇÕES” – refere-se ao setor de construção civil do estabelecimento propriamente dito e das dependências anexas, envolvendo também sistemas de água, esgoto, vapor, etc.

12. “EQUIPAMENTOS” – refere-se a maquinaria e demais utensílios utilizados nos estabelecimentos. 13. “ESTABELECIMENTO” – abrange todos os tipos e modalidades de instalações previstos no Art. 29 do

RIISPOA: Pode-se ainda definir, mais especificamente, como determinada instalação ou local onde são

recebidos e/ ou processados, com finalidade industrial ou comercial, o ovo e derivados. 14. "CLASSIFICAÇÃO" - refere-se ao Decreto n.º 56585 de 20 de julho de 1965 que aprovou as

especificações para a classificação do ovo em natureza. 15. "RIISPOA" - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal,

aprovado pelo Decreto n.º 30.691 de 29.03.62, que regulamentou a Lei n.º 1283 de 18.12.50, e alterado pelo Decreto n.º 1.255 de 25.06.62.

16. "SIPA" - Secretaria de Inspeção de Produto Animal (Cx - DIPOA). 17. "DICAR" - Divisão de Inspeção de Carnes e Derivados da SIPA. 18. "SIF" - Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, exercido pela SIPA (em cada

estabelecimento industrial). 19. "SERPA" - Serviço de Inspeção de Produto Animal (a nível Estadual). 20. "SIPAV" - Serviço de Inspeção de Produto Animal e Vegetal (a nível Estadual).

Capítulo II

1. C1assificação e características dos estabelecimentos. 1.1. Classificação.

A - Granja Avícola Entende-se por Granja Avícola o local destinado ao recebimento,

classificação, ovoscopia, acondicionamento, identificação e distribuição de ovos em natureza, oriundos da própria Granja produtora, observando-se o Art. 709 do Decreto n.º 30691, de 29.03.52, alterado pelo Decreto n.º 1255 de 25.06.62 que aprova o RIISPOA e as devidas particularidades adiante especificadas. As Granjas Avícolas serão relacionadas no Serviço de Inspeção de Produto Animal - SERPA nos Estados da Federação, e devem estar sob controle sanitário oficial dos órgãos competentes.

B- Entreposto de ovos (Art. 29, Parágrafo I do RIISPOA). Entende-se por Entreposto de ovos o estabelecimento destinado ao

recebimento, classificação, acondicionamento, identificação e distribuição de ovos em natureza, dispondo ou não de instalações para sua industrialização.

Para efeito de produção de conservas de ovos, os estabelecimentos enquadrados nesta categoria devem atender todas as disposições contidas nas presentes normas para as instalações destinadas a produção de conservas de ovos, além das seções de recepção, lavagem, classificação, ovoscopia, com as devidas

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particularidades adiante especificadas, como também das dependências sociais e auxiliares.

C - Fábrica de Conservas de ovos (Art. 29, parágrafo 2 do RIISPOA). Entende-se por Fábrica de Conservas de Ovos o estabelecimento destinado

ao recebimento e industrialização de ovos. Enquadra -se nesta categoria os estabelecimentos construídos especificamente

para a finalidade, dispondo somente de unidades de industrialização, não se dedicando a ovos "in natura".

D - Outros estabelecimentos Permite-se a utilização de determinadas instalações de outros

estabelecimentos industriais de produtos de origem animal para produção de ovos desidratados e liofilizados, desde que sejam registrados na SIPA, sob regime de Inspeção Federal permanente, e suas instalações e equipamentos específicos se enquadrarem às presentes normas.

1.2. Características Os estabelecimentos de ovos e derivados devem satisfazer as seguintes condições básicas:

A - Granja Avícola (baseado no Art. 708 do RIISPOA) As Granjas Avícolas devem dispor de:

?? dependência apropriada para a classificação, ovoscopia, embalagem e distribuição de ovos.

?? instalações sociais adequadas. B- Entreposto de ovos

Os Entreposto de ovos devem dispor de: ?? local para recepção de ovos. ?? local para classificação, ovoscopia e embalagem. ?? local de armazenagem e expedição. ?? local para depósito de embalagens ?? local apropriado e convenientemente aparelhado, a juízo da Inspeção Federal,

para lavagem de recipientes, bandejas ou similares, e, quando for o caso, esterilização.

?? dispor, quando necessário, de câmaras frigoríficas. ?? dispor, quando for o caso, de dependências para industrialização. ?? vestiários e sanitários.

C - Fábrica de Conservas de Ovos Deve dispor de:

?? local para recepção de ovos. ?? local para ovoscopia, seleção e lavagem de ovos. ?? local apropriado para a quebra de ovos. ?? local destinado a industrialização de ovos, compatível com a tecnologia

utilizada e convenientemente aparelhado para o processamento. ?? dispor de dependências frigoríficas adequadas a capacidade produtiva do

estabelecimento. ?? local para depósito de embalagens. ?? local apropriado e convenientemente aparelhado, a juízo da Inspeção

Federal, para lavagem e/ou esterilização de recipientes, baldes, bandejas ou similares.

?? vestiários e sanitários. ?? laboratório para controle de qualidade do produto, sob responsabilidade de

profissional habilitado.

2. Localização e situação O Entreposto de ovos e/ou Fábrica de conservas de ovos, doravante também denominados

genericamente de estabelecimentos industriais, deverão ser localizados em áreas específicas onde não hajam outros que produzem mau cheiro ou qualquer risco de prejuízo aos produtos a serem elaborados, respeitando-se ainda o afastamento mínimo de 5 m das vias públicas, com entradas laterais que permitam a

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movimentação e circulação de veículos. Deve ser localizado preferencialmente no centro de terreno, com área de acesso e circulação de

veículos devidamente pavimentadas, de modo a não permitir a formação de poeira e lama, sendo as demais áreas não construídas, urbanizadas, e o perímetro do terreno delimitado e cercado de forma a não permitir o acesso de animais.

É vedado residir no corpo industrial ou no perímetro delimitação do mesmo. A existência de curso de água perene, com caudal suficiente para receber as águas residuais, devidamente tratadas de acordo com o órgão competente, será condição ideal de localização do estabelecimento.

Atender ainda os Artigos 64 e 65 do RIISPOA, observada ainda a necessária anuência das autoridades municipais competentes.

Com referência a Granja Avícola, esta deverá ser localizada em área delimitada e em local livre de lixo, detritos e de outros materiais e condições que possam constituir-se em fonte de mau cheiro ou propício para abrigar insetos, roedores ou quaisquer outros animais.

3. Considerações gerais quanto às instalações

As instalações onde forem processados ovos em casca ou derivados deverão ser projetados, construídos e mantidos de forma a assegurar as condições adequadas do ponto de vista de higiene e tecnologia.

3.1. Área construída A área construída deverá ser compatível com a capacidade do estabelecimento e tipo

de equipamentos, tendo as dependências orientadas de tal modo que os raios solares, o vento e as chuvas, não prejudiquem os trabalhos industriais.

3.2. Pé direito Em todas as seções industriais o pé-direito mínimo será 4,0 (quatro) metros, com

tolerância de 3,0 m (três) nas recepções abertas e em dependências sob temperatura controlada, quando as operações nelas executadas assim permitirem.

Nas câmaras frigoríficas esta altura poderá ser reduzida para até 2,50 (dois e meio metros).

3.3. Teto O teto deverá ser de laje de concreto, alumínio, fibra cimento amianto (tipo caletão) ou

outros materiais aprovados pelo Serviço de Inspeção Federal - SIF. É indispensável que proporcione ainda facilidade de d e higienização, resistência a úmida e vapores e vedação adequada. O forro será dispensado nos casos em que a cobertura for de estrutura metálica, refratária ao calor solar e proporcionar perfeita vedação a entrada de insetos, pássaros, etc. Quando o teto não atender as especificações previstas acima, será obrigatório o uso do forro de laje, metálico, plástico rígido ou outros materiais aprovados pelo SIF. Proibi-se o uso de pintura descamável nas seções onde são manipulados produtos comestíveis.

3.4. Piso O piso deverá ser impermeável, de fácil limpeza tente a choques, atritos e ataques de

ácidos, com 1,5% a 3% (um e meio a três por cento) em direção a ralos sifonados ou canaletas. Na construção do piso poderão ser usados materiais do tipo "gressit" , "korodur" ou outros materiais aprovados pelo SIF.

Cumpre a Inspeção Federal ajuizar da exigência particular de cada seção e da necessidade de reparações ou substituição total do piso.

Nas câmaras frigoríficas a inclinação do piso será preferentemente no sentido das antecâmaras, a destas às seções contíguas. Caso seja inviabilizada a declividade mencionada nas instalações frigoríficas, poderá ser permitido, a critério do SIF, a instalação de ralos sifonados nessas duas dependências.

Deverão ser arredondados os ângulos formados pelas paredes entre si, e por estas com o piso.

3.5. Paredes, portas e janelas. As paredes em alvenaria serão impermeabilizadas, como regra geral, até a altura

mínima de 2 (dois) metros, ou totalmente, quando necessário, com azulejos ou similar, "gressit" ou outro material aprovado pela DICAR/SIPA. As paredes poderão ser ainda de estrutura metálica, ou plástico rígido. É necessário que o rejunte do material de

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impermeabilização seja também de cor clara e não permita o acúmulo de sujidades. Consideram-se áreas "sujas" as seções de recepção de ovos e lavagem de recipientes, onde, a critério do SIF, poderá ser a parede alvenaria com visor de vidro, com a finalidade de melhorar a iluminação.

As paredes das câmaras deverão ser convenientemente isoladas e revestidas com cimento liso ou outro material aprovado.

Na construção de paredes, total ou parcial, não será permitida a utilização de material do tipo "elementos vazados” ou "combogó", nas áreas industrias de processamento, inclusive na recepção de ovos, uma vez que são de difícil higienização e propiciam a retenção de poeira, detritos, etc.

As janelas serão de caixilhos metálicos não oxidáveis, instaladas no mínimo a 2,0 (dois) metros do piso interior, devendo ser evitados peitoris, os quais, quando existentes, deverão ser inclinados (chanfrados) azulejados (ângulo de 45º).

É obrigatório o uso de telas milimétricas à prova de insetos em todas as janelas das dependências industriais. As telas devem ser removíveis e terão que ser dimensionadas de modo a propiciarem suficiente iluminação e ventilação naturais.

As portas das seções de pessoal e de circulação devem ser de fechamento automático, com largura suficiente para atender a todos os trabalhos, além de permitir livre trânsito de "carros" e equipamentos em geral. Recomenda- se como mínimo necessário a largura de 1.20 (um metro e vinte centímetro).

O material empregado na construção das portas acima citadas deverá ser não oxidável, impermeável e resistente às higienizações.

Nas câmaras frigoríficas as portas deverão ter a largura mínima de 1,20 (um metro e vinte centímetros) de vão livre e possuírem superfície lisa e de material não oxidável.

As cortinas de ar serão instaladas sempre que as aberturas (portas ou óculos) se comuniquem diretamente com o meio exterior ou quando servirem de ligação entre dependências ou áreas com temperaturas diferentes.

3.6. Iluminação e ventilação Todas as seções deverão possuir iluminação e ventilação naturais adequadas, através

de janelas e/ou aberturas, sempre providas de tela a prova de insetos. A iluminação artificial, também imprescindível, se fará através de luz fria, com

lâmpadas adequadamente protegidas, proibindo-se a utilização de luz colorida que mascare ou determine falsa impressão da coloração dos produtos.

Suplemente, quando os meios acima não forem suficientes e as conveniências de ordem tecnológica assim o indicarem, poderá ser exigida a climatização ou instalação de exaustores nas seções industriais a juízo do Serviço de Inspeção Federal ( Art. 42 do RIISPOA).

3.7. Abastecimento de água A fonte abastecedora deverá assegurar vazão suficiente para os trabalhos industriais. A água consumida em todo estabelecimento, qualquer que seja o seu emprego, deverá

apresentar obrigatoriamente as características de potabilidade especificadas no Art. 62 do RIISPOA. Será compulsoriamente clorada como garantia da sua inocuidade microbiológica, independente de sua procedência (água de superfície, represadas, nascentes, poços comuns ou tubulares profundos, rede pública de abastecimento). A cloração obrigatória aqui referida não exclui, obviamente, o prévio tratamento físico-químico (floculação, sedimentação, filtração e neutralização), tecnicamente exigido para curtas águas impuras, notadamente as de superfície, e de cuja necessidade julgará a Inspeção Federal.

Os depósitos de água tratada, tais como, caixas, cisternas e outros, devem permanecer convenientemente tampados.

O controle de taxa de cloro na água de abastecimento deverá ser realizado diariamente, com frequencia a ser fixada pelo SIF.

As seções industriais devem dispor de sistemas de limpeza adequados com a finalidade de oferecer condições para higienização das dependências, equipamentos e utensílios, seja através de misturador de vapor ou outro sistema com a mesma eficiência.

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As mangueiras existentes nas seções industriais, quando não em uso, deverão estar localizadas em suportes metálicos próprios e fixos, proibindo-se a permanência das mesmas sobre o piso.

O estabelecimento deverá ter disponível o fornecimento de água, em conformidade com o Art. 62 do RIISPOA, fria e quente sob pressão e distribuída adequadamente nos acessos e seções de processamento, bem como nos vestiários e sanitários.

O uso da água considerada não potável é permitido exclusivamente para produção de vapor e o funcionamento dos aparelhos produtores de frio, desde que as canalizações implantadas para tal fim não permitam a sua utilização para finalidades outras e sejam marcadas de modo visível.

3.8. Rede de esgoto A rede de esgoto constará de canaletas ou ralos sifonados em todas as seções. Nas

câmaras frigoríficas as águas residuais devem escoar preferentemente por desnível, até as canaletas ou ralos sifonados existentes nas dependências contíguas às mesmas (item 3.4). Caso seja inviabilizada a declividade recomendada, será permitido, a critério do SIF, a existência de ralos sifonados nas mesmas. Os esgotos de condução de resíduos não comestíveis deverão ser lançados nos condutores principais, através de piletas e sifões. As bocas de descarga para o meio exterior deverão possuir grades de ferro a prova de roedores, ou dispositivos de igual eficiência.

Não será permitido o deságüe direto das águas residuais da superfície do terreno, e no seu tratamento deverão ser observadas as prescrições estabelecidas pelo órgão competente.

A rede de esgoto sanitário, sempre independente da do esgoto industrial, também estará sujeita a aprovação da autoridade competente.

Os esgotos de condução de resíduos não comestíveis deverão ser lançados nos condutores principais, através de piletas e sifões. As bocas de descarga para o meio exterior deverão possuir grades de ferro a prova de roedores, ou dispositivos de igual eficiência.

Não será permitido o retorno de águas servidas. 4. Considerações gerais quanto ao equipamento.

Os equipamentos e utensílios serão, na medida do possível, de constituição metálica não oxidável. Em certos casos, e excepcionalmente, permitir-se-á o emprego de material plástico adequado, não se admitindo o uso dos de madeira e dos recipientes de alvenaria. Os equipamentos e utensílios, tais como mesas, calhas, carrinhos e outros continentes que recebam produtos comestíveis, serão de chapa de material inoxidável, entendendo-se como tal o aço inoxidável, preferentemente, as ligas duras de alumínio ou ainda outro material que venha a ser aprovado pelo Serviço de Inspeção Federal. Caixas e bandejas ou continentes similares poderão ser de plástico apropriado às finalidades.

Os equipamentos fixos deverão ser localizados obedecendo a um fluxograma operacional racional, de modo a facilitar, inclusive, os trabalhos de inspeção e de higienização, recomendando-se como regra geral, um afastamento mínimo de 1,20 m das paredes e 0,80 m do piso. O afastamento entre si também deverá ser de 1,20 m. (No caso de paredes, entenda-se também colunas e divisórias).

Os equipamentos e utensílios utilizados para o processamento de ovos em casca e conserva de ovos deverão apresentar modelos, materiais e estruturas que:

a. possibilitem o exame, segregação e processamento dos referidos produtos de maneira eficiente e higiênica.

b. permitam facilidade de acesso a todas as partes para assegurar limpeza e higiene completas. Na medida do possível todos os equipamentos e utensílios deverão ser de materiais impermeáveis

que não afetem o produto através da ação ou através do contato físico. Não será permitido operá-lo acima de sua capacidade, ou alterar suas características sem

autorização do SIF. Será proibido o emprego de utensílios em geral (contingentes, mesas, etc.) com angulosidades e

frestas (Art. 4l Parágrafo Único do RIISPOA). Os recipientes utilizados para resíduos em geral, ovos não comestíveis ou ovos de aproveitamento

condicional, devem ser perfeitamente distinguidos e identificados através da cor vermelha e, adicionalmente, aposição da expressão correspondente ao destino.

Os equipamentos e utensílios que não estiverem em uso deverão ser manipulados ou guardados de modo a não se constituírem em risco sanitário.

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5. Equipamentos e instalações higiênico–sanitárias

Destinar-se-ão a propiciar higiene do pessoal e sanidade das operações desenvolvidas no estabelecimento, antes, durante e após os trabalhos, de forma a se assegurar a qualidade sanitária dos produtos.

5.1. Lavatórios (pias) Serão instalados na saída dos sanitários, recinto das salas de processamento de ovos

(estrategicamente localizados, de modo a facilitar o uso das mesmas pelos operários em trabalho, ponto(s) de acesso a(s) sala(s) e onde se fizer necessário, a critério da Inspeção Federal). Os lavatórios devem ser acionados a pedal ou outro mecanismo que impeça o uso direto das mãos, Os lavatórios devem ter à disposição, permanentemente, sabão líquido (inodoro e neutro), toalhas descartáveis e cestas coletoras, água fria e quente. O deságüe dos lavatórios deverão ser canalizados no sistema de esgotos.

5.2. O acesso principal do estabelecimento deverá ser dotado de pedilúvio ou lavadouro de botas, ficando a juízo da Inspeção Federal a instalação deste dispositivo em outro local, quando se fizer necessário.

5.3. 5.3 Bebedouros Serão instalados no interior de diversas dependências, acionados a pedal e localizados

adequadamente. 5.4. Instalações de água vapor

Para limpeza do piso e paredes, bem como lavagem e esterilização de equipamentos e utensílios, recomenda-se a instalação de misturadores de água e vapor, em locais convenientes do estabelecimento, com engate rápido para mangueiras apropriadas (item 3.7).

6. Particularmente quanto as instalações, equipamentos e operações.

6.1. Granja Avícola A Granja Avícola, em conformidade com o previsto no Art. 708 do RIISPOA, será

relacionada nos SERPAs/SIPAVs desde que satisfaça as seguintes especificações: a. estar sob controle veterinário oficial. b. dispor de dependências apropriadas para classificação ovoscopia e depósito de

ovos, devendo este último ser de menção compatível com a produção, com ventilação e iluminação adequadas, pé-direito mínimo de 3 (três) metros e piso impermeável. As paredes devem possuir revestimento impermeável até altura mínima de 1, 80 ( um e oitenta) metros, permitindo–se pintura com produtos que confiram esta característica.

c. observar os requisitos mínimos necessários previstos nos itens 3.7 e 3.8 da presente norma.

d. a classificação dos ovos, por peso previsto no Art. 4 do Decreto nº 56585 de 20.07.65, poderá ser realizada com bandejas tipo crivo, ajustadas para satisfazerem os tipos previstos pela classificação oficial, na produção máxima de 500 dúzias de ovos/dia.

6.2. Entreposto de ovos e fábrica de conservas de ovos a. Recepção de ovos

a.1. Os ovos deverão ser provenientes de granjas sob controle veterinário oficial. a.2. Será instalada em sala ou área coberta, devidamente protegida dos ventos

predominantes e da incidência direta dos raios solares. a.3. A critério da Inspeção Federal, esta seção poderá ser parcial ou totalmente

fechada, atendendo as condições climáticas regionais, desde que não haja prejuízo para ventilação e iluminação.

a.4. O local de recepção deve ter a capacidade adequada à quantidade de ovos recebidos e depositados. Recomenda-se 13 caixas de 30 dúzias por m³.

a.5. A área de recepção deverá apresentar-se livre de lixo, detritos e de outros materiais e condições que possam constituir-se em fonte de odores ou local propício para abrigar insetos, roedores ou quaisquer outros animais.

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a.6. A área de recepção deverá ser projetada de tal forma que assegure condições de trabalho adequadas do ponto de vista higiênico e tecnológico.

a.7. Deverá ser previsto um local ou compartilhamento adequado para coleta e armazenamento de cascas, lixo e outros detritos.

Esta área deverá ser completamente isolada das áreas onde são processados ovos e seus derivados, bem como serem observados os critérios mínimos previstos nestas normas quanto a piso, paredes e drenagem de resíduos.

Sistemas alternativos para o descarte de cascas, lixo ou outros refugos poderão ser avaliados pela SIPA e aprovados quando atenderem os requisitos previstos e necessários.

a.8. Recipientes ou similares em que serão recebidos os ovos em casca nos entrepostos ou fábrica de conservas de ovos devem ser isentos de odores e materiais que possam contaminar ou adulterar os ovos e derivados.

b. Classificação e Ovoscopia b.1. Contíguo ao local de recepção será o local destinado a ovoscopia e classificação,

onde deverá existir todos os requisitos necessários para a realização das operações, preservados os quesitos higiênicos pertinentes.

b.2. Ovos destinados a industrialização devem ser previamente lavados observados os requisitos estabelecidos pelo Serviço de Inspeção Federal para o procedimento mencionado.

b.3. Os seguintes requisitos devem ser atendidos para a operação de lavagem de ovos em natureza:

b.3.1. Deverá ser realizado totalmente por meios mecânicos com procedimentos que impeçam a penetração microbiana no interior do ovo, através de sistema devidamente aprovado pelo Serviço de Inspeção Federal.

b.3.2. A água utilizada para a operação de lavagem de ovos deverá estar de acordo com o Art. 62 do RIISPOA e renovada de forma continua, não sendo permitida, desta forma, a recirculação da mesma, sem que passe por sistema de recuperação adequado e que permita seu retorno à condição de potabilidade.

b.3.3. O equipamento de lavagem de ovos deverá ser higienizado ao final de cada turno de trabalho (4hs) ou quando se fizer necessário, a critério do Serviço de Inspeção Federal.

b.3.4. A operação de lavagem deverá ser contínua e completada o mais rápido possível, não se permitindo equipamentos de lavagem de ovos do tipo de “imersão".

b.3.5. Os ovos devem ser secados rapidamente após serem lavados, de forma contínua, quando destinados à comercialização “in natura”

b.3.6. O local onde se encontra o equipamento de lavagem deve ser totalmente livre de odores estranhos.

b.3.7. Recomenda-se que a água de lavagem de ovos em natureza seja mantida em temperaturas de 35º à 45º, observando-se que a temperatura da água deve ser pelo menos 10ºC superior a temperatura dos ovos a serem lavados deverá manter-se de uma forma contínua enquanto durar a operação de lavagem.

b.3.8. É permitida a utilização de um sanitizante na água de lavagem desde que seja aprovado pela SIPA especificamente para a lavagem de ovos. Recomenda-se a utilização de equipamento com dosador.

b.3.9. Recomenda-se a não utilização de compostos de cloro em níveis superiores a 50 ppm como sanitizante na água de lavagem de ovos em natureza.

b.3.10. Recomenda-se a não utilização de substâncias à base de iodo como sanitizante na água de lavagem de ovos.

b.3.11. As águas servidas na lavagem deverão estar devidamente canalizadas diretamente no sistema de esgotos.

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b.3.12. Após a lavagem e secagem, deve-se ter o cuidado de evitar a recontaminação dos ovos nas etapas seguintes, observando-se os preceitos higiênicos recomendados na presente normativa.

b.3.13. Ovos em natureza não devem ser lavados na sala de quebra ou qualquer seção onde são realizados os procedimentos de industrialização após a quebra dos mesmos, excetuando-se nos casos de equipamentos automáticos de quebra de ovos.

b.4. Os ovos em natureza devem ser classificados de acordo com a coloração da casca, qualidade e peso conforme o disposto no Decreto nº 56585 de 20 de julho de 1965.

b.5. Para verificação da qualidade do ovo deve-se dispor do exame pela OVOSCOPIA (Art.713 do RIISPOA).

b.6. A ovoscopia deve ser realizada em câmara destinada exclusivamente a esta finalidade.

b.6.1. O exame pela ovoscopia dos ovos destinados a comercialização "in natura" deverá ser realizado preferentemente após à operação de lavagem.

b.7. A câmara de ovoscopia deverá ser adequadamente escurecida para assegurar precisão na remoção dos ovos impróprios através do exame visual.

b.8. Na ovoscopia revela-se a condição da casca do ovo, bem como o seu aspecto interno através de um foco de luz incidente sobre os ovos em movimento de rotação, mantendo-se local escuro para perfeita visualização.

b.9. Na área de ovoscopia deverá existir recipientes apropriados, resistentes à higienização, para a deposição de ovos considerados impróprios. Estes recipientes deverão estar perfeitamente identificados.

b.10. Na área de ovoscopia os recipientes para lixo e ovos inpróprios deverão ser removidos toda vez que se fizer necessário, à critério do serviço de Inspeção Federal, e deverão ser devidamente higienizados e/ou trocados, no caso de recipientes descartáveis.

b.11. Os ovos em casca deverão ser manipulados de forma a evitar o fenômeno "transpiração" antes da operação de quebra.

b.12. O ovo que na classificação não apresente as características mínimas exigidas no Decreto nº 56.585 para as diversas classes de qualidade e tipos estabelecidos, será considerado impróprio para o consumo, sendo permitida a sua utilização apenas para industrialização, com exc eção dos casos previstos nos artigos 720 e 722 do Rl1SPOA.

b.13. Será permitida a lavagem do ovo em natureza para consumo desde que sejam observados todos os requisitos necessários e previstos (item 6.3) para esta operação.

b.14. Os ovos em natureza destinados à industrialização deverão apresentar a casca livre de sujeira aderente após a operação de lavagem.

b.15. Os ovos trincados ou que apresentem fenda ou quebra na casca poderão ser utilizados no processamento normal de ovas em natureza quando a casca estiver livre de sujeira aderente e as membranas da casca (testácea) não estiverem rompidas (Art.722-RIISPOA).

b.16. Ovos com casca livre de sujidades aderentes e que foram danificados durante o processamento, apresentando fenda ou quebra na casca e rompimento das membranas; poderão ser utilizados apenas quando a gema estiver intacta e o conteúdo não exsudando através da casca. Estes ovos devem ser colocados em recipientes adequados e/ou quebrados de imediato e submetidos obrigatoriamente ao processo de pasteurização ou similar, devidamente aprovado pela SIPA.

b.17. A avaliação da integridade da casca do ovo (como se refere nos itens b.15 e b.16) para a quebra, deve ser preferentemente realizada antes da lavagem, como exceção do "ovo sujo" (ovo que se apresenta com sujidades aderentes na casca). Da mesma forma, a integridade da casca do ovo em natureza para

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consumo deve ser avaliada, sempre que possível, antes da lavagem, evitando assim possíveis entraves no aproveitamento condicional deste ovo. b.17.1. Recomenda-se que os ovos destinados à industrialização sejam

submetidos à seleção previamente à lavagem. b.18. Recipientes que serão utilizados para a quebra imediata de ovos junto à

lavagem, como prevê o item b.16. devem obedecer aos seguintes requisitos: b.18.1. não transbordar durante os trabalhos. b.18.2. livre de cascas e sujidades. b.18.3. localizado adequadamente de modo a evitar possível risco higiênico

e sanitário. b.18.4. dispor de dispositivo (peneiras ou similar) para evitar a deposição de

cascas e resíduos no produto líquido no momento da quebra. b.18.5. os recipientes devem ser periodicamente trocados e higienizados,

sempre que se fizer necessário, e à critério da Inspeção Federal. b.19. Os ovos que foram destinados ao aproveitamento condicional e/ou submetidos

à quebra imediata junto à seção de lavagem, deverão ser obrigatoriamente pasteurizados ou submetidos a processo similar aprovado pela SIPA.

c. Operação de quebra do ovo na fábrica de conservas ( para industrialização). c.1. A sala de quebra de ovos deve possuir nas seções de inspeção e quebras, pelo

menos 500 lux de intensidade luminosa, e as luzes dotadas de dispositivos protetores.

c.2. A ventilação dever ter preferentemente fluxo positivo e o ar filtrado. c.3. A sala de quebra de ovos deve ter sua temperatura controlada, observando-se

como parâmetro máximo 16º C. c.4. No acesso da sala de quebra de ovos deverá ser observado o disposto nos itens

5.1 e 5.2 da presente norma. c.5. . O sistema utilizado para quebra dos ovos poderá ser manual ou mecânico,

desde que seja adequado para o desvio de ovos rejeitados, quando quebrados; e seja de fácil higienização.

c.6. Deverão ser utilizadas peneiras, filtros e outros dispositivos para remoção de partículas de casca e demais materiais estranhos antes do bombeamento do produto liquido para o processamento.

c.7. Recipiente(s) apropriado(s). devidamente identificado(s), deve(m) ser previsto(s) para o produto líquido (s) de ovos considerados impróprios.

c.8. Utensílios e recipientes utilizados na quebra normal do ovo devem ser periodicamente lavados e higienizados ou, a critério da Inspeção Federal, quando se fizer necessário, e da mesma forma, os equipamentos automáticos existentes na linha de processamento do ovo.

c.9. Toda vez que se quebra um ovo considerado impróprio, os equipamentos e utensílios deverão ser limpos e desinfetados.

c.10. Os recipientes e utensílios utilizados a partir da sala de quebra não deverão circular nas seções de fluxo contrário.

c.11. Peneiras, filtros e os litros e dispositivos utilizados para remoção de partículas de casca e de outros materiais estranhos, deverão ser limpos e higienizados no final de cada turno de trabalho (4 horas).

c.12. O equipamento utilizado para quebra mecânica deve ser operado a uma velocidade adequada para completo controle de inspeção e segregação de ovos considerados impróprios.

d. Operação de quebra de ovo no entreposto que não dispõe de industrialização. d.1. Será permitida a quebra manual do ovo observando-se o disposto nos itens b.12

e b.16 da presente norma. d.2. Caso a quebra do ovo seja realizada junto a 1avagem de ovos, deverá ser

observado o disposto nos itens b.18 e b.19 da presente norma. d.3. Executando-se os itens acima referidos; permite-se a quebra de ovo neste tipo de

estabelecimento nas seguintes condições:

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d.3.1. dispor de área ou sala individualizada, com temperatura controlada (máximo 16ºC), para operação de quebra do ovo.

d.3.2. Se a área ou sala obedecer todos os requisitos necessários e previstos nesta norma referente às instalações e equipamentos.

d.3.3. O produto líquido resultante da quebra deverá ser imediatamente filtrado, resfriado e congelado (não superior a –12ºC), viabilizado assim o seu aproveitamento condicional enquadrado no Art. 722 do RIISPOA.

d.4. No caso de Granja Avícola, os mesmos requisitos apresentados no item 6.2 letra D deverão ser observados, caso haja necessidade de quebra de ovo.

e. Industrializacão. e.1. Pasteurização, desidratação e outros processos aprovados.

e.1.1. quando necessário, o Serviço de Inspeção Federal, poderá determinar a pasteurização, ou processo similar aprovado, dos produtos líquidos de ovos destinados ao congelamento ou desidratação.

e.1.2. a pasteurização ou desidratação deverá iniciar-se o mais rapidamente possível após a quebra dos ovos, para impedir a deterioração do produto, recomendando-se no período máximo de 72 horas a partir da quebra dos ovos, desde que mantidos em resfriamento (2º a 5ºC)

e.1.3. os pasteurizadores terão de ser de placas e possuir painel de controle, com termo-registrador automático, termômetro e válvula automática de desvio de fluxo em perfeito estado de funcionamento. Outros tipos de pasteurizadores poderão ser aceitos; desde que comprovadas suas eficiências e aprovados pela SIPA.

As conexões deverão ser de aço inoxidável, ou outro material similar aprovado pela SIPA.

e.1.3.1. a pasteurização dos produtos 1íquídos de ovos deverá ser sob condições e requisitos definidos de TEMPO/TEMPERATURA ajustos às características de cada produto a ser processado, garantindo desta forma a eficiência completa dos procedimentos de pasteurização utilizados, recomendando–se os requisitos dispostos, na tabela abaixo:

TABELA DE REQUISITOS TEMPO/TEMPERATURA PARA PASTEURIZAÇÃO

Produtos Líquidos Requisitos Mínimos de Temperatura °C

Requisitos Mínimos de tempo Minutos

Clara de ovo (sem utilização de produtos químicos)

56,7 55,5

3,5 6,0

Ovo integral 60,0 3,5 Misturas c/ ovo integral (com menos de 2% de ingredientes que não sejam ovos)

61,0 3,5

Ovo integral fortificado e misturas (24 -38% de sólidos de ovo, 2–12% de ingredientes que não sejam ovos)

62,0 61,0

3,5 6,2

Ovo Integral salgado (c/ 2% mais de sal adicionado)

63, 5 3, 5

Ovo Integral doce (2– 12% de açúcar adicionado)

61, 0 3, 5

Gema Pura

61, 0 60, 0

3, 5 6, 2

Gema Doce (2 – 12% de açúcar adicionado)

63, 5 62, 0

3, 5 6, 2

Gema Salgada (2 – 12% de adicionado)

63, 5 62, 0

3, 5 6, 2

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e.1.3.2. Os procedimentos de pasteurização deverão assegurar efetividade, e as instalações e operações de embalagem deverão ser de forma que impeçam a contaminação do produto.

e.1.3.3. Produtos líquidos de ovos não pasteurizados poderão ser transportados de um entreposto de ovos ou fábrica de conservas de ovos para outro, para pasteurização ou outro processo devidamente aprovado pela SIPA.

e.1.3.4. Produtos líquidos de ovos poderão ser repasteurizados quando se fizer necessário, à critério do Serviço de Inspeção Federal.

e.1.3.5. Produtos de ovos pasteurizados ou não pasteurizados poderão ser comercializados resfriados e/ou congelados, e os não pasteurizados deverão ser obrigatoriamente congelados até uma temperatura de –12ºC ou menos, dentro de no máximo 60 horas após a quebra, conforme previsto no item 6.2 letra C.

e.1.3.6. Os equipamentos do processo de industrialização do ovo devem ser localizados de acordo com o fluxograma operacional, proporcionando facilidades nas operações de higienização.

e.1.3.7. no caso da pasteurização ou sistema similar aprovado, deve-se dispor de tanques e mesas apropriadas para desmontagem e limpeza de tubulações, conexões e peças.

e.2. Resfriamento e congelamento. (a) Os dispositivos utilizados para o resfriamento deverão ser de modelo

aprovado e capacidade suficiente para resfriar o total de ovo líquido nos parâmetros recomendados pela tecnologia utilizada para produtos líquidos de ovos.

(b) Recomenda-se o resfriamento de produtos líquidos de ovos pasteurizados ou não nas temperaturas entre 2º a 5ºC.

(c) Não será permitido a armazenagem ou retenção de produtos líquidos de ovos em temperaturas superiores a 7ºC, com exceção de claras e produtos com mais de 10% de sal adicionado.

(d) Os tanques de armazenagem para o ovo líquido deverão possuir termômetros e agitadores adequados.

(e) Recomenda-se o uso de dispositivos adequados a fim de evitar a formação de espuma excessiva durante a armazenagem dos produtos líquidos de ovos.

(f) Poderá ser autorizado, excepcionalmente, a critério do SIF, a utilização do gelo como meio de resfriamento dos produtos líquidos de ovos a serem desidratados. Neste caso, o gelo a ser utilizado deve apresentar as características de potabilidade determinadas no Art. 62 do RIISPOA.

(g) Produtos líquidos de ovos pasteurizados ou não, quando submetidos ao congelamento, deverão atingir uma temperatura de –12ºC ou menos.

(h) A temperatura do produto congelado deverá ser medida no centro do recipiente.

(i) Os recipientes deverão ser organizados (ou dispostos) de forma a permitir a perfeita circulação do ar nas câmaras de estocagem.

(j) Não será permitido estocar recipiente de ovos líquidos que não estejam devidamente limpos externamente e totalmente isentos de qualquer escorrimento de produtos líquidos de ovos.

(k) A temperatura da câmara de estocagem para produtos líquidos de ovos congelados deverá ser –18ºC, exceto para gema com sal adicionado. Neste caso recomenda-se temperatura em torno de –23ºC.

e.3. Descongelamento de produtos líquidos de ovos. (a) Ovo integral, claras e gemas congeladas podem ser descongeladas mediante

processo devidamente aprovado pelo SIF.

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(b) Recomenda-se o descongelamento em câmaras frigoríficas em temperaturas de 2ºC a 3ºC e que as temperaturas do produto final descongelado não seja superior a 10ºC.

(c) Todo produto líquido de ovos descongelados deve ser imediatamente processado.

7. Outras Instalações 7.1. Instalações frigoríficas

a. Este conjunto é constituído de antecâmara(s) de resfriamento, câmara(s) ou túnel(eis) de congelamento rápido, câmara(s) de estocagem e local para instalação de equipamento produtor de frio.

b. As instalações frigoríficas devem ter a sua capacidade compatível com a produção de ovos e derivados.

c. A localização das instalações frigoríficas deve ser em posição estratégica à(s) dependência(s) de industrialização e/ou expedição.

d. As antecâmaras servirão apenas como área de circulação, não sendo permitido o seu uso para outros fins, e deverão ser climatizadas.

e. As instalações frigoríficas deverão apresentar ainda as seguintes características: 1. paredes de fácil higienização, resistentes aos impactos e/ou protegidas parcialmente a

amortecer os impactos sobre as mesmas; 2. sistema de iluminação do tipo “luz fria”, com protetores à prova de estilhaçamento;

f. As instalações frigoríficas deverão possuir termômetros para registro das temperaturas alcançadas, com leitura para o exterior.

g. Armazenagem de ovos em casca. 1. na armazenagem de ovos em casca recomenda-se, para curtos períodos (máximo de 30

dias), a utilização de temperaturas entre 4º a 12ºC, com controle de umidade relativa do ar.

2. recomenda-se evitar oscilações de temperaturas na câmara frigorífica, visto que as mesmas provocam perda de peso nos ovos, além de facilitar a penetração microbiana através da casca. As oscilações não devem ultrapassar 0,5ºC, em armazenagem sob baixas temperaturas (em torno de 0ºC).

3. na armazenagem de ovos em casca para períodos longos, recomenda-se a utilização de temperaturas em torno de 0ºC, sem no entanto atingir o ponto de congelamento, e com umidade relativa do ar entre 70% a 80%.

4. para armazenagem de ovos em casca, os mesmos devem ser acondicionados com a ponta menor para baixo.

5. não se permite estocagem simultânea de ovos com produtos que apresentem fortes odores, com frutas cítricas, maçã, cebola, etc, visto que o ovo absorve facilmente os odores do ambiente.

6. os ovos em casca, se destinados à comercialização “in natura” quando submetidos a temperaturas baixas (em torno de 0ºC), ao serem retirados da câmara frigorífica devem ser aquecidos até uma temperatura que evite a condensação de água sobre as cascas, sob as condições atmosféricas da região.

7.2. Expedição. a. É a área destinada a saída de ovos ou derivados das câmaras frigoríficas e/ou locais de

armazenagem apropriados, podendo ser dispensada quando a localização da antecâmara permitir o acesso ao transporte.

b. Recomenda-se que essa área seja também dimensionada para pesagem, quando for o caso, e acesso ao transporte, não sendo aí permitido o acúmulo de produtos.

c. Deve possuir cobertura de proteção para os veículos transportadores, na área de embarque. 7.3. Dependência para higienização de recipientes e utensílios.

Art. 792 – RIISPOA. “Recipientes anteriormente usados só podem ser aproveitados para o envasamento de produtos em matérias -primas utilizadas na alimentação humana, quando absolutamente íntegros, perfeitos e rigorosamente higienizados”.

a. deverá haver local próprio e exclusivo para a higienização de recipientes, utensílios ou similares, dotado de água quente e vapor.

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b. na sua localização, principalmente em fábrica de conserva de ovos, deve ser levado em conta a posição do local de envase, de forma que ofereça facilidade de fluxo de recipientes limpos até o mesmo.

c. as suas dimensões devem ser suficientes para comportar os equipamentos necessários, depósitos de recipientes “sujos” e “limpos” separados e sem cruzamento de fluxo.

d. não se permite o uso de tanques tipo caixas de cimento amianto como equipamento de lavagem e higienização de recipientes e utensílios.

e. a recepção de recipientes do exterior deve ser feita em local devidamente coberto e adequado ao fluxo da área de lavagem e higienização dos mesmos.

7.4. Para o material de embalagens, deverá haver também dependência própria e exclusiva, podendo ou não ficar junto ao prédio industrial.

7.5. As dependências auxiliares e sociais, não industriais, tais coma vestiários e refeitório dos operários; sede de Inspeção Federal e escritórios, preferentemente serão construídas em prédios separados da industrialização.

7.6. Sanitários e vestiários a. localizados fora do corpo das dependências ligadas à produção e industrialização do ovo e

situadas de forma adequada ao fluxo dos operários. b. estas instalações devem ser dimensionadas de acordo com nº de funcionários obedecendo a

proporção de 1 (um) lavatório, 1 (um) sanitário e1 (um) chuveiro para até 15 operários do sexo feminino e até 20 operários do sexo masculino.

c. recomenda-se o uso diferenciado dos vestiários para operários de áreas consideradas “sujas” e “limpas”.

d. os mictórios devem ser dimensionados na proporção de 1 (um) para cada 30 (trinta) homens.

e. não é permitida a instalação de vaso sanitário tipo “turco”. f. Os vestiários devem dispor de área destinada à troca de roupas equipada com dispositivo

para guarda individual de botas, e quando dispor de armários, serão estes de estrutura metálica ou outro material de fácil limpeza, suficientemente ventilados e com separação interna para roupas e calçados. Esta área deverá ser separada fisicamente daquela destinada as instalações sanitárias (WC e chuveiros).

g. os lavatórios devem ter à dis posição, permanentemente, sabão líquido e neutro, toalhas descartáveis e cestas coletoras.

7.7. Refeitório. Quando se fizer necessário, os operários devem dispor de instalações adequadas para

suas refeições, sendo proibido realizá-las nas dependências de trabalho ou outros locais considerados impróprios.

7.8. Sede da Inspeção Federal a. a sede da Iinspeção Federal disporá de sala(s) de trabalho, laboratório, arquivo(s), vestiários

e instalações sanitárias em número e dimensões suficientes às necessidades de trabalho. b. será construída preferentemente com acesso exclusivo e independente de qualquer outra

dependência do estabelecimento. c. os móveis, materiais e utensílios necessários devem ser fornecidos pelo estabelecimento,

sempre que se fizer necessário (Art. 102 – RIISPOA). 7.9. Almoxarifado.

Será destinado à guarda dos materiais de uso geral nas instalações e equipamentos do estabelecimento, devendo possuir dimensões suficientes para depósito dos mesmos em locais espaçados, de acordo com sua natureza. Nele poderá ser situada a dependência para guarda de embalagem, desde que constituída de área específica e devidamente isolada dos outros materiais, como garantia das condições higiênicas necessárias.

7.10. A “casa de caldeira” será construída afastada 3m (três metros) de qualquer construção, além de atender as demais exigências de legislação específicas.

7.11. Quando a lavagem e desinfecção de veículos transportadores for realizada no estabelecimento, as instalações deverão ser independentes e afastadas das demais.

7.12. Laboratório. A análise laboratorial em estabelecimentos produtores de conserva de ovos é

obrigatória, e para tanto os laboratórios devem estar devidamente equipados para a

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realização do controle físico-químico e microbiológico do ovo e seu derivados. O laboratório poderá ser localiza do no mesmo prédio ou ainda afastado, cuidando-se, em ambos os casos, para que tenha adequado fluxograma operacional, sobretudo no procedimento de colheita de amostras.

As características físicas da construção, relativas ao piso, paredes, portas e janelas devem obedecer ás mesmas das dependências de industrialização do ovo.

Os laboratórios serão específicos para as análises do ovo e seus derivados e da água de abastecimento.

O estabelecimento deverá possuir um programa de análises físico-químicas e Microbiológicas em conformidade com as especificações deste documento e da Portaria nº 01, de 28 de janeiro de 1987 da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária.

Os resultados deverão estar permanentemente à disposição do SIF. 7.13. Tratamento de água

Nos casos em que se fizer necessário, será feito o tratamento (floculação, sedimentação, filtração, neutralização e outras fases).

Os reservatórios de água tratada devem ser situados com o necessário afastamento das instalações que lhes possam trazer prejuízos.

Capítulo III

1. Aspectos higiênicos do processamento

1.1. Instalações e equipamentos. Deverá ser dada especial atenção à rigorosa lavagem e higienização diária de pisos,

paredes, equipamentos, instrumento de trabalho e utensílios em geral, dando-se ênfase às dependências onde se elaboram produtos comestíveis.

Os depósitos coletadores de lixo, localizados distantes do corpo industrial, deverão possuir tampas de modo a evitar focos de insetos, roedores e outros animais, devendo ser descarregados diariamente, tantas vezes quantas foram necessárias.

Proíbe-se a colocação do lixo diretamente no perímetro industrial ou nas proximidades do estabelecimento.

As caixas de sedimentação deverão ser frequente e convenientemente limpas. A Inspeção Federal, quando julgar conveniente, determinará a raspagem, pintura

reformas e substituição de pisos, tetos, janelas, portas, equipamentos, utensílios, outros materiais e objetos que possam estar comprometendo a higiêne geral do estabelecimento.

O responsável técnico pelo estabelecimento, deverá fornecer à Inspeção Federal, detalhado “Plano de Higienização” do estabelecimento, contendo informes básicos sobre a natureza do material de limpeza e higienização das diversas dependências, equipamentos, maquinários e utensílios, bem como a técnica utilizada.

a. Pisos, paredes e teto Antes do início da jornada de trabalho, é indispensável que o piso esteja

convenientemente limpo, com especial atenção às seções de recepção, classificação e industrialização, devendo esta limpeza manter-se no decorrer dos trabalhos, sendo necessário para isso a lavagem com água sob pressão, evitando-se respingos sobre os produtos.

A remoção das sujidades para as canaletas e ralos e a secagem por meio de rodos devem ser operações de natureza contínua.

Tanto quanto possível, além de limpo, o piso deverá ser mantido seco, evitando-se a estagnação das águas sevidas em qualquer parte do estabelecimento.

Findo o trabalho, o piso, os ralos e as canaletas deverão ser submetidos à cuidadosa lavagem geral com água sob pressão e detergentes, exigindo-se, pelo menos uma vez por semana, a utilização de desinfetantes.

Detergentes e desinfetantes só poderão ser utilizados quando autorizados pelo SIF.

As paredes, ao final dos trabalhos, identicamente ao piso, deverão ser lavadas com água sob pressão e detergente. O teto deve ser mantido limpo, exigindo-se periódica higienização.

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b. Equipamentos Todos os equipamentos e utensílios deverão estar convenientemente limpos

ao início dos trabalhos, no decorrer das operações e nos intervalos para refeições ou outros que determinem interrupção das operações por tempo prolongado.

A lavagem geral dos equipamentos será feita imediatamente após o término dos trabalhos industriais.

Os utensílios, tais como escovas, vassouras e outros utilizados para limpeza de paredes e pisos, não poderão ser utilizados na limpeza de qualquer equipamento, sob qualquer pretexto.

Como regra geral, na lavagem e higienização dos equipamentos e utensílios, depósitos de produtos e/ou matérias-primas, recipientes e outros, são recomendadas as técnicas adiante expostas, ressalvando-se, no entanto, que todas poderão ser utilizadas, desde que autorizadas pelo SIF, quando da avaliação do "Plano de Higienização".

1.1.1. Limpeza e higienização de pasteurizadores, pré-aquecedores e resfriadores de placas.

Logo após o uso, enxaguar com água corrente por um tempo médio de 10 (dez) minutos de circulação, quando então a água deverá estar saindo limpa, ocasião em que se fecha a unidade e desligam-se a água de refrigeração e o vapor.

A tubulação de descarga deverá ser reduzida em 1/2 (meia polegada) em relação à saída da bomba de circulação.

Em seguida, fazer circular solução alcalina (0,5 a 1%) aquecida à temperatura de 77 a 80ºC. No caso dos pasteurizadores, deverá ser regulado o painel de controle para manter a temperatura entre 77 a 80ºC. Esta solução deverá circular através do equipamento durante 30 a 40 minutos, devendo passar pela válvula de derivação, por 5 a 10 minutos, assegurando que tanto o pistão da válvula como a linha, fiquem completamente 1impos.

Após a circulação da solução de limpeza, proceder a drenagem, fazendo circular água corrente, até apresentar reação negativa para alcalino, seguindo-se o mesmo critério para enxaguagem do pistão da válvula de derivação e da linha.

Em seguida, circular solução de ácido em uma concentração de 0,5 a 1%, à temperatura de 77 a 80% e por 20 a 30 minutos.

Finalizando, proceder a drenagem fazendo passar água corrente até que a descarga tenha o mesmo pH de água de abastecimento e a unidade esteja fria.

Durante as circulações, as placas devem ser afrouxadas e as torneiras de provas mantidas abertas.

Antes do uso: Antes do uso, sanitizar o aparelho fazendo circular uma solução de

hipoclorito de sódio a 100 ppm por 15 a 20 minutos. Observações:

(a) após cada jornada máxima de 8 (oito) horas de trabalho, o equipamento deverá ser submetido a nova limpeza e higienização.

(b) os equipamentos deverão ser desmontados para limpeza manual, recomendando-se pelo menos 1 (uma) vez por mês, ou respeitando a indicação do fabricante.

(c) cada vez que se desmontar o equipamento, para lavagem manual, dever-se-á abrir também as bombas sanitárias com a mesma finalidade.

(d) a higienização química do equipamento com solução de cloro (hipoclorito de sódio) a 100 ppm, somente deverá ser feita observada e temperatura da solução inferior a 20ºC.

(e) a higienização com cloro só deverá ser procedida nos equipamentos após sua perfeita lavagem e ausência total de resíduos de ácido.

(f) nunca lavar os equipamentos sob temperatura superiores às indicadas, nem utilizar soluções mais fortes que as recomendadas.

(g) as concentrações das soluções de limpeza poderão variar de acordo com o tipo de pasteurizador e o sistema de higienização utilizado.

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(d) objetos metálicos jamais deverão ser utilizados quando da limpeza do equipamento. Recomenda-se o uso de nylon ou similar.

Síntese da técnica 1. pré-enxaguagem circulando água durante 10 (dez) minutos. 2. circulação por 30 a 40 minutos de solução alcalina de 0,5 a 1% aquecida a 77 a

80ºC. 3. circulação de água até reação negativa para alcalino. 4. circulação por 20 a 30 minutos, de solução ácida de 0,5 a 1%, à temperatura de 77 a

80ºC. 5. enxague final fazendo circular água até reação negativa para ácido. 6. antes do uso, sanitização com hipoclorito de sódio a 100 ppm, por 15 a 20 minutos.

1.1.2. Limpeza e higienização de tanques (depósitos) Após o tanque ser esvaziado, enxaguar abundantemente com água morna a

40 a 50ºC, deixando a válvula de saída aberta para drenagem. Remover a vedação da "porta" de inspeção, termômetro e outras peças descartáveis, lavando-se em seguida, com auxilio de escova, usando solução detergente alcalina. Umidecer, ainda usando escova, toda a superfície do tanque com detergente alcalino, de preferência, até que fiquem limpas. A limp eza das pás do agitador, visores, válvulas de entrada e saída, vedação da "porta" de inspeção e outras, deverá ser feita com todo o cuidado.

Enxaguar abundantemente com água corrente, visando todos os resíduos de detergente.

Antes da utilização, sanitizar o tanque e todas as peças referidas com hipoclorito de sódio a 100 ppm. O enxague final deverá ser realizado com água clorada - 1 a 2 ppm.

Síntese da técnica 1. enxague abundante com água preferentemente morna entre 40 a 50º C. 2. lavagem com solução alcalina de preferência clorada. 3. enxaguar abundantemente. 4. sanitização com hipoclorito de sódio a 100 ppm. 5. enxaguar finalmente com água clorada (1 a 2 ppm).

1.1.3. Limpeza e higienização de tubulações (a) Circulação forçada

Após o uso, circular água por um tempo de 10 (dez) minutos até que a descarga corra limpa. Em seguida, fazer circular solução detergente alcalina a 1-2%, aquecida a 77 a 80ºC, durante 15 a 20 minutos. Enxaguar abundantemente até que seja verificada reação negativa para alcalinos. Antes do uso, sanitizar com solução líquida de hipoclorito de sódio a 100 ppm, fazendo-a circular por 15 a 20 minutos. As tubulações deverão ser desmontadas para lavagem manual, pela menos uma vez por semana.

(b) Limpeza manual Após o uso, toda tubulação deverá ser enxaguada até que a descarga escorra

limpa. Desmontar e lavá-las com solução detergente alcalina a 1-2%, com auxílio de escova própria para tubulações. Enxaguar abundantemente até que sejam eliminados os resíduos de detergentes utilizados e, finalmente, montar.

Antes do uso, sanitizar com solução de hipoclorito de sódio a 100 ppm por 10 a 15 minutos, ou aplicar vapor, observando a seguinte técnica:

-Com a mangueira adaptada em um terminal da tubulação, com válvula de vapor pouco aberta, forçar a passagem do vapor.

Síntese da técnica: (a) Circulação forçada

1. enxaguar com água corrente por um tempo médio de 10 minutos. 2. circular solução detergente alcalina a 1- 2%, a uma temperatura de 77 a 80ºC, por 15 a 90 minutos. 3. enxaguar até reação negativa para alcalino. 4. sanitizar com solução de hipoclorito de sódio a 100 ppm, por 15 a 20 minutos.

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5. desmontar as tubulações pelo menos uma vez por semana para lavagem manual.

(b) Limpeza manual 1. enxaguar toda a tubulação com água corrente até a descarga sair limpa. 2. desmontar e lavar com solução detergente alcalina a 1–2%. 3. enxaguar abundantemente até reação negativa para alcalinos. 4. montar, e antes do uso, sanitizar com solução de hipoclorito de sódio a 100 ppm, ou fazer passar por 15 minutos. 5. limpeza e higienização de conexões, válvulas e outras peças. 6. é necessário manter-se um tanque de aço inoxidável ou outro material aprovado pelo SIF, destinada à lavagem de peças miúdas em geral.

Após abundantemente enxaguadas, proceder a lavagem com solução detergente alcalina, esfregando vigorosamente com escovas especiais recurvadas, a fim de permitir a limpeza de todas as curvas e ângulos.

Promover novo enxágue com água corrente para a retirada dos resíduos de detergente e, com seguida, sanitizar com solução de hipoclorito de sódio a 100 ppm, expondo as peças em prateleiras pelo tempo necessário a secagem.

As peças que necessariamente permanecerem desconectadas e/ou desmontadas, de um dia para outro, deverão ficar submersas em solução de hipoclorito de sódio a 10 ppm.

Síntese da técnica 1.pré-enxaguagem com água corrente. 2.lavagem com solução detergente alcalina a 0,5 - 1%. 3.enxaguagem 4.sanitização com hipoclorito de sódio a 100 ppm. 5.enxaguagem final com água levemente clorada a 1-2 ppm. 6.secagem e montagem

1.2. Higiene pessoal

Deverá ser dedicada atenção especial a higienização do pessoal que trabalha na indústria de produtos comestíveis.

O estado de saúde dos operários, seus hábitos higiênicos e vestuários, deverão constituir motivo de permanente e rigoroso acompanhamento pela Inspeção e pelas firmas.

(a) Condições de saúde As carteiras de saúde dos operários deverão estar rigorosamente de acordo com os

prazos de validade estabelecidos pela legislação pertinente, obrigando-se a firma a zelar pelo atendimento desta exigência. À Inspeção Federal caberá controlar o cumprimento do exigido, bem como verificar anotação médica sobre o acometimento de enfermidades incompatíveis com os trabalhos em estabelecimentos de alimentos, exigindo, tantas vezes quantas forem necessárias, novas inspeções pelo Serviço Oficial de Saúde Pública ou por intermédio de médicos particulares, caso não haja na localidade aquele serviço.

Os operários portadores de dermatoses, doenças infecto-contagiosas, salmoneloses e outras doenças infectantes , bem como ferimentos (mesmo que protegidos por curativos), serão afastados dos trabalhos.

(b) Vestuários Será, rigorosamente observada a uniformização adequada dos operários, que será

constituída de uniformes, obrigatoriamente de cor branca, inclusive as botas de borracha, calça e avental, ou macacão, gorro, boné ou touca, e protetor impermeável quando recomendado.

Para os operários que trabalham em seções auxiliares, tais como caldeira, sala de máquinas, casa de força e outras, permite-se o uso de macacões de cor azul ou cinza.

Os estabelecimentos que não dispuserem de lavanderia, deverão fornecer aos operários um conjunto de no mínimo três mudas de uniformes completos, de tal modo que se possa assegurar a troca obrigatória, pelo menos duas vezes por semana. Considera-se como suficiente a fornecimento de 1 (um) par de botas.

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Quando utilizados protetores impermeáveis, estes deverão ser de plástico transparente ou branco, proibindo-se os de lona e similares. Esta indumentária, bem como quaisquer outras de uso pessoal, serão guardadas em local próprio, sendo proibida a entrada dos operários nos sanitários portando tais aventais.

O uso de touca, a fim de propiciar a contenção total dos cabelos, será extensivo aos operários do sexo masculino quando estes, por uso e costume tiverem cabelos compridos.

Os operários e outras pessoas que trabalham nos estabelecimentos sob Inspeção Federal, em dependências industriais de recebimento, expedição e manipulação, deverão manter-se rigorosamente barbeados.

Para todos aqueles que manipulem matérias -primas proibisse o uso de pulseiras e/ou re1ógios de pulso, outros adornos, unhas compridas, esmaltes e perfumes.

Proíbe-se terminantemente que os operários se retirem do estabelecimento vestindo os uniforme de trabalho, devendo estes serem utilizados exclusivamente nos recintos da indústria.

Os operários uniformizados, durante os intervalos dos trabalhos e nas horas de descanso, não poderão sentar-se diretamente no chão, gramados ou outros locais que venham comprometer a higiêne da indumentária. Devem ser instalados bancos e/ou cadeiras nos pátios, os quais serão mantidos permanentemente limpos.

Proíbe-se o ingresso de qualquer pessoa no prédio industrial sem que seja devidamente uniformizada.

(c) Uniformes da Inspeção Federal Durante os trabalhos, os servidores da Inspeção Federal deverão estar

uniformizados de acordo com os modelos oficiais adotadas, inclusive com botas brancas de borracha, como as exigidas em idênticas condições para o pessoal do estabelecimento. Fica vedado o usa de sapatos, mesmo brancos.

(d) Hábitos higiênicos É obrigatória a fiel observância dos hábitos higiênicos do pessoal, não sendo

permitido fumar nas dependências internas dos estabelecimentos. Ao saírem dos sanitários e antes de ingressarem nas seções de elaboração de

produtos, é indispensável a lavagem das mãos e antebraço com água e sabão líquido e inodoro, e quando secadas com a utilização de toalhas, devem ser estas de um único uso e que não deverão ser colocadas diretamente no piso.

2. Controle de qualidade industrial

O estabelecimento produtor de conservas de ovos deverá possuir Programa de Controle de Qualidade devidamente avaliado e aprovado pela SIPA, e deve abranger todas as fases da produção, estocagem, transporte, higiene e manutenção para garantir a qualidade do produto final de acordo com os requisitos básicos. Este programa deverá estar sob responsabilidade de técnico especializado, com completo conhecimento dos processos de industrialização e consequentemente de todos os equipamentos, e necessárias noções de higiene e sanidade na produção de alimentos.

É importante que os estabelecimentos produtores de conservas de ovos tenham à disposição um laboratório para controle dos produtos processados.

O programa de controle laboratorial a ser executado deverá ser avaliado pelo Serviço de Inspeção Federal e devidamente aprovado, inclusive quanto ao tipo e periodicidade das análises.

Um esquema permanente de limpeza e desinfecção deverá ser desenvolvido por cada estabelecimento para garantir que todas as áreas estejam devidamente limpas, e todo o pessoal da limpeza deve ser devidamente treinado em técnicas de higienização.

Industrialização 1. a industrialização deve ser supervisionada por pessoal técnico habilitado 2. todas etapas do processo de produção, incluindo embalagem, devem ser desenvolvidas sem atraso e sob condições que Previnam a possibilidade da contaminação e/ou desenvolvimento microbiano. 3. as responsáveis técnicas não devem permitir tratamento inadequado de embalagem ou continentes para prevenir a possibilidade de contaminação de produtos processados. Métodos de preservação e necessários

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controles devem ser de tal foram que protejam contra saúde pública e contra a deterioração dentro dos limites da boa prática comercial. 4. industrialização deve ser conduzida de acordo com os procedimentos estabelecidos para garantir o comprimento dos requisitos básicos. 5. o controle dos pontos críticos na industrialização, para cada lote do produto final, deve ser acompanhado para garantir o desenvolvimento de acordo com os procedimentos estabelecidos.

PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO

1. Inspeção em geral:

É responsabilidade do SIF garantir que a recepção, lavagem, ovoscopia, classificação, rotulagem e industrialização estejam de acordo com os requisitos básicos e que a higiene, incluíndo todas as áreas e equipamentos, seja mantida antes, durante e depois dos trabalhos industriais.

As atividades da inspeção no estabelecimento de ovos e derivados deverá enfatizar o que abaixo se segue:

a) limpeza das instalações e equipamentos. b) a precisão dos trabalhos de ovoscopia e classificação. c) o uso de materiais adequados para embalagem e rotulagem. d) a eficiência do equipamento de lavagem de ovos, particularmente em relação à potabilidade e

temperatura da água de lavagem. Observar também a secagem dos ovos anterior a ovoscopia, de acordo com o item 6.2, letra b.3.5.

e) procedimentos de controle na industrialização dos ovos classificados. f) controle diário na higiene de pessoal, principalmente no que se refere à uniformização e hábitos

higiênicos. g) controle das especificações para armazenagem e transporte de ovos e derivados.

Todas as deficiências devem ser registradas juntamente com observações sucintas de ações positivas, tomadas observando a correção das referidas deficiências.

2. Inspeção em particular: A) a inspeção de ovos incidirá sobre as seguintes características:

1. verificação das condições de embalagem, tenda em vista sua limpeza, mau cheiro por ovos anteriormente quebrados ou por qualquer outra causa. 2. apreciação geral do estado de limpeza e integridade da casca, da partida em conjunto. 3. o exame pela ovoscopia.

3.1. observação-externa. Examina-se principalmente a forma, textura da casca, presença de sujidades ou possíveis

rupturas ou trincas da casca. 4. análises laboratoriais.

4.1. físico-químicas. 4.2. microbio1ógicas.

5. ovos em natureza com odor forte deverão passar na ovoscopia e serem quebrados em separado para se determinar sua aceitabilidade para fins de industrialização.

B) a classificação dos ovos é de acordo com o Decreto nº 56.585, de 20 de julho de 1965, que aprova especificações referentes a coloração da casca, qualidade e peso.

l. ovos em natureza classificados para fins de industrialização não podem ser objeto de comércio internacional.

2. ovos enquadrados em uma classificação não podem ser vendidos com os de outra. C) A reinspeção dos ovos que forem/ conservados pelo frio incidirá no mínimo, sobre 10% (dez por cento)

da partida ou lote, ou ser estendida a toda partida ou lote, quando neces sário. l. os ovos serão reinspecionados tantas vezes quantas o SIF julgar necessário. 2. sempre que a SIF julgar necessário remeterá amostras de ovos e conservas de ovos a laboratório

oficial para análises físico-químicas e microbiológicas, independente do cronograma periódico. 3. o ovo em pó ou qualquer produto em que o ovo seja a principal matéria-prima, só poderá ser

dado ao consumo após exame microbio1ógico da partida ou lote.

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D) Na embalagem de ovos, com ou sem casca, é proibido acondicionar em um mesmo continente ou recipiente, caixas ou volume:

1. ovos oriundos de espécies diferentes. 2. ovos frescos e conservados. 3. ovos de classe ou categoria diferentes.

E) Ovos em natureza destinados à industrialização (item b.12), deverão apresentar o conteúdo com qualidade para uso comestível e a casca deverá estar íntegra e livre de sujeira aderente e material estranho, com as seguintes exceções:

1. ovos trincados ou que apresentam fendas ou quebra na casca poderão ser utilizadas no processamento normal desde que as membranas da casca (testácea) não estiverem rompidas (Art. 722 - RIISPOA).

2. ovos que apresentem fenda ou quebra na casca e rompimento da membrana da casca, poderão ser utilizados somente quando:

a) apresentarem gema intacta e não aderente à casca. b) conteúdo não exsudando através da casca (contato com a embalagem). Neste caso, a

pasteurização ou processo similar aprovado é obrigatório, observada os requisitos necessários para a quebra imediata do ovo (b,19).

F) Todos os ovos considerados não comestíveis deverão ser colocadas em um recipiente devidamente identificado e poderão ser utilizados para fabricação de ração animal. Incluem-se nesta categoria os ovos previstos no Art. 751 do RIISPOA inclusive:

1. ovo com matéria estranha visível que não seja mancha de sangue e carne removíveis, e/ou outra qualquer.

2. ovo com parte da casca e membranas da casca faltando, e com manchas de carne aderidas e/ou contato com a parte externa da casca.

3. ovo com sujeira ou matéria estranha aderida à casca com rachaduras na casca e nas membranas da casca.

4. ovo líquido recuperado de recipientes de ovos em casca ou recipientes de quebra imediata junta a lavagem de ovos.

5. ovo com vazamento ocorrido na operação de lavagem. 6. ovo com indicação de que o conteúdo está exs udando ou já exsudou antes de sua remoção da

embalagem. G) Ovos rejeitados na incubadora não deverão ser trazidos para Fábrica de Conservas de Ovos ou

Entreposto de Ovos. H) Definições:

Ovo Trincado – ovo com fenda ou ruptura da casca, porém sem comprometimento da membrana. Ovo com Vazamento – ovo cuja a casca e membranas da casca estejam quebradas ou rachadas, com conteúdo do ovo exposto ou exsudando. Ovo Rejeitado pela Incubadora – trata-se do ovo submetido à incubação e tenha sido removido desta durante as operações, como infértil ou de alguma outra forma não possível de ser chocado. Ovo Sujo – ovo cuja casca não esteja quebrada e tenha sujidades e/ou qualquer matéria estranha aderente. Ovo de aproveitamento Condicional – ovo trincado e ovo sujo, (Item E do capítulo IV). Os ovos de aproveitamento condicional poderão ser utilizados para fabricação de produtos, desde que:

a) sejam eliminados todos os tipos de sujidades e/ou materiais estranhos aderentes à casca. b) os ovos trincados sejam separados e quebrados à parte (b.19) ou enquadrem-se no Item E.1 do

Capítulo IV da presente norma, de acordo com o Art. 722 do RIISPOA. c) ovos acondicionados em continentes com odor forte sejam quebrados em separado para

determinar sua aceitabilidade. d) ovos com casca limpa que foram danificados durante o processo e que apresentarem falta de

parte da casca, sejam utilizados apenas quando a gema estiver intacta e o conteúdo não exsudando para fora da casca (Capítulo III – item b.16).

Ovos impróprios para consumo e/ou industrialização (Art. 733 – RIISPOA) Sejam considerados impróprios para consumo os ovos que apresentam:

1. alterações da gema e da clara(gema aderente à casca, gema arrebentada, com manchas escuras, presença de sangue também na clara, presença de embrião com mancha orbitária ou em adiantado estado de desenvolvimento).

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2. Mumificação (ovo seco). 3. Podridão (vermelha, negra ou branca). 4. Presença de fungos (interna ou externa). 5. Rompimento da casca e da membrana testácea, desde que seu conteúdo tenha entrado

em contato com material de embalagem. 6. Quando contenham substâncias tóxicas. 7. Cor, odor, sabor anormais (azedo ou ranço). 8. Por outras razões a juízo da Inspeção Federal.

Ovos ou derivados considerados impróprios para o consumo humano serão condenados, podendo ser aproveitados para fins não comestíveis, e neste caso industrializados, a juízo do SIF.

Capítulo V

Disposições Gerais 1. Só podem ser registrados Entrepostos de Ovos que tenham movimento de 500 (quinhentas) dúzias por dia. 2. A SIPA, quando julgar necessário, poderá exigir dispositivos especiais para regulagem de temperatura e

ventilação das dependências industriais, depósitos ou câmaras. 3. Recipientes ou continentes anteriormente usados só poderão ser aproveitados para o acondicionamento de

produtos e matérias -primas utilizadas na alimentação humana quando absolutamente íntegros, perfeitos e rigorosamente higienizados.

4. Em caso algum é permitido o acondicionamento de matérias-primas ou produtos destinados à alimentação humana em recipientes ou continentes que tenham servido a produtos não comestíveis.

5. O ovo e seus derivados, devidamente acondicionados, conforme tipo e natureza de cada um, deverão ser transportados em veículos comuns, isotérmicos ou frigoríficos, conforme a tecnologia específica que o produto exija.

6. No transporte, os ovos e derivados devem estar embalados de maneira apropriada e protegidos os produtos de contaminações e deformações.

7. Com referência ao trânsito de ovos e derivados deve ser cumprida a Circular nº 127/DICAR de 20.09.88, que disciplina a forma e modelo do Certificado Sanitário a ser utilizado (cópia anexa).

8. Produtos derivados de ovos não comestíveis poderão ser armazenados em Fábrica de Conservas de Ovos ou Entreposto de Ovos, desde que estes possuam condições de segregação e controle de tal produto.

9. Produtos derivados de ovos não comestíveis ou impróprios poderão ser processados nas Fábricas de Conservas de Ovos ou Entreposto de Ovos, desde que sejam feitos em instalações isoladas das utilizadas para produção de conserva de ovos, sob prévia permissão do SIF.

10. O uso de aditivos químicos nas conservas de ovos depende de aprovação pela SIPA e devem ser declarados na rotulagem quando autorizados.

11. Os produtos derivados de ovos não devem apresentar ranço. 12. Os produtos derivados de ovos devem estar livres de corantes. 13. Com referência à nomenclatura oficial a ser utilizada para ovos e derivados quando na aprovação de

rotulagem e registro na SIPA (Portaria nº 9, de 26 de fevereiro de 1986, bem como no Certificado Sanitário, deve ser observada a Circular nº 061, de 02.09.1983 e Circular nº 024/DICAR de 23.03.88.

14. É permitida a comercialização de produtos líquidos de ovos sob a forma resfriada quando forem devidamente submetidos ao processo de pasteurização, ou de processo similar aprovado, exceção feitas às claras de ovos e produtos com mais de 10% de sal adicionado.

RESOLUÇÃO Nº 005 DE 05 DE JULHO DE 1991. - Padrão de Identidade

e Qualidade para o Ovo Integral

O Coordenador-Geral da Coordenação-Geral de Inspeção de Produtos de Origem Animal - CIPOA, no uso de suas atribuições e com base no disposto no Regulamento da Inspeção Industrial e sanitária de Produtos de Origem Animal -RIISPOA, baixada pelo Decreto nº 30.691 de 29.03.52, que regulamentou a Lei nº 1.283 de 18,12.50, e atendimento ao que preceitua o Decreto nº 99.427 de 31.07.90, resolve baixar padrões de identidade e qualidade para os seguintes produtos:

1. Butter oil 2. Creme de leite 3. Doce de leite

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4. Farinha Láctea 5. Iogurte 6. Leite condensado 7. Leite em pó 8. Leite fermentado 9. Leite gelificado 10. Leite pasteurizado reconstituído 11. Leite tipo "C" 12. Leite UHT 13. Leite UHT aromatizado 14. Manteiga 15. Pudim 16. Pudim de leite 17. Queijo Minas Frescal 18. Queijo ralado 19. Requeijão 20. Ricota 21. Sobremesa lactea cremosa 22. Ovo integral 23.Gema 24. Ovo em natureza 25. clara 26. Misturas de produtos de ovos

II - Os referidos padrões poderão ser alterados a qualquer momento, após uma avaliação tecnológica que comprove o seu aperfeiçoamento.

III - Esta resolução entra em vigor a partir desta data, revogadas as disposições anteriores em contrário.

PADRÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE PARA O OVO INTEGRAL 1. DESCRIÇÃO

1.1. Definição Entende-se por “Ovo integral" o produto de ovo homogeneizado que contém as

mesmas proporções de clara e gema de um ovo em natureza. 1.2. Designação

O produto é designado por ovo integral acompanhado de sua classificação. Ex: “OVO” integral pasteurizado resfriado.

1.3. Classificação O ovo integral, de acordo com as suas características de processamento e de

conservação, é classificado em: a. resfriado - produto obtido pelo ovo integral, devendo permanecer sob refrigeração. b. congelado - produto obtido pelo congelamento do ovo integral, devendo permanecer

sob temperatura abaixo de –18ºC (dezoito graus centígrados negativos). c. pasteurizado resfriado - produto obtido pela pasteurização do ovo integral, devendo

permanecer sob refrigeração d. pasteurizado congelado - produto obtido pela pasteurizado do ovo integral, devendo

permanecer sob temperatura abaixo de –18ºC (dezoito graus centígrados negativos). e. desidratado - produto obtido pela desidratação do ovo integral pasteurizado.

2. COMPOSIÇÃO E FATORES ESSENCIAIS DE QUALIDADE 2.1. Ingredientes Obrigatórios

Gemas e claras de ovos na mesma proporção dos ovos em natureza. 2.2. Fatores Essenciais de Qualidade

2.2.1. Características visuais e organolépticas a. Cor

O produto deverá apresentar a cor que lhe é própria, ou seja, amarelo característico.

b. Sabor e odor

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O produto deve ser isento de sabores e odores estranhos a apresentar sabor e odor de ovos frescos.

c. Aspecto O produto deve ser homogêneo, 1ivre de cascas, chalazas, membranas e outras matérias estranhas.

2.2.2. Características Físico–Químicas OVO INTERGRAL LÍQUIDO OVO INTEGRAL

DESITRATADO Sólidos totais, mínimo (%) pH Cinzas, máxima (%) Proteínas (N.6,25), mínimo (%) Gordura, mínimo (%)

23,0 7,0 – 7,8

1,1 11,7 10,0

96,0 7,0 – 9,0

4,0 45,0 40,0

2.2.3. Padrões Microbiológicos a. ovo integral líquido

Contagem padrão: máx. 5 x10 4 Coliformes fecais: ausência em 1g Salmonela: ausência em 25g S. aureus: ausência em 1g

b. ovo desidratado Contagem padrão: máx. 5 x 10 4 Coliformes fecais: ausência em lg S. aureus: ausência em 0,1g Salmonela: ausência em 25g

2.2.4. Classes de Qualidade Poderá ou não constar do rótulo o padrão de qualidade da matéria prima

utilizada para o produto. 3. ADITIVOS INTENCIONAIS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO

3.1. Coadjuvantes de Tecnologia de Fabricação COADJUVANTE FUNÇÃO LIMITE MÁXIMO (%)

Peróxido de hidrogênio Auxiliar de pasteurização 0,1 3.1.1. Ovo integral desidratado

CODJUVANTE FUNÇÃO LIMITE MÁXIMO (%) Bactérias Enzimas: . catalase . glucose oxidase

Fermentação Catalisador

?? q.s.q ?? q.s.q

Leveduras S. cereviseae

Fermentação . q.s.q

Peróxido de hidrogênio Auxiliar de pasteurização 0,1 3.2. Aditivos Intencionais

3.2.1. Ovo integral líquido ADITIVO FUNÇÃO LIMITE (%)

Ácido cítrico Fosfato monossódico

Preservador de cor Preservador de cor

0,5 0,5

?? Quantidade suficiente para obter o efeito desejado. 3.2.2. Ovo integral desidratado

ADITIVO FUNÇÃO LIMITE MÁXIMO (%)

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Dióxido de silício Alumínio silicato de sódio

Antiumectante Antiumectante

1,0 2,0

4. ADITIVOS INCIDENTAIS

Deve atender a legislação em vigor 5. HIGIENE

Deverão ser obedecidos os requisitos mínimos de higiene, constantes das Normas Técnicas e Higienico-Sanitárias para Indústria de Produtos de Ovos. 6. PESOS E MEDIDAS

Deve atender a legislação em vigor. 7. ROTULAGEM

Deve atender a legislação em vigor. 7.1. Designação correta do produto de acordo com o item 1.3 do presente Padrão. 7.2. Classificação correspondente à qualidade de acordo com item 2.2.4 do presente Padrão. 7.3. Carimbo do SIF, de acordo com a Legislação em vigor. 7.4. Peso líquido 7.5. Identificação do lote, data de fabricação e prazo de validade, declarados expressamente.

8. MÉTODO DE ANÁLISE E AMOSTRAGEM A avaliação de identidade e qualidade, através dos paradigmas de análise deve ser realizada de

acorda com os planos de tomada de amostras e métodos de análise adotados pelo Instituto Adolfo Lutz e/ou recomendados por Association Official Analytical Chemists (AOAC) última edição, Organização Internacional de Normalização (ISO), food Chemicals Codex, Comissão do Codex Alimentarius e seus Comitês específicos, ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

PORTARIA N° 210 DE 10 DE NOVEMBRO DE 1998 (*) - Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

O SECRETARIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 83, item IV do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial Nº 319, de 06 de maio de 1996,

Considerando a necessidade de Padronização dos Métodos de Elaboração de Produtos de Origem Animal no tocante às Instalações, Equipamentos, Higiene do Ambiente, Esquema de Trabalho do Serviço de Inspeção Federal, para o Abate e a Industrialização de Aves;

Considerando que o Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carnes de Aves foi apresentado aos segmentos da cadeia produtiva de Carne de Aves e suas entidades representativas, discutido e aprovado;

Considerando que o progresso e o desenvolvimento do setor exige a atualização da Portaria nº 04, de 27 de junho de 1988, resolve:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

ENIO ANTONIO MARQUES PEREIRA

(*) Republicada em 05.03.99, seção I pág 17-22, por conter incorreções ortográficas e retificação nos Anexos.

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Portaria SDA nº 210, de 10 de novembro de 1998, foi publicada no D.O.U. de 26/11/98, Seção I - iniciando-se na página 226.

ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO DA INSPEÇÃO TECNOLÓGICA E HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE

CARNE DE AVES 1. DEFINIÇÕES:

INSTALAÇÕES: refere-se ao setor de construção civil do estabelecimento propriamente dito e das dependências anexas, envolvendo também sistemas de água, esgoto, vapor e outros.

EQUIPAMENTOS: refere-se a maquinaria e demais utensílios utilizados nos estabelecimentos. RIISPOA: Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal, aprovado

pelo Decreto Nº 30.691, de 29.03.1952, que regulamentou a Lei Nº 1.283, de 18.12.1950, alterado pelo Decreto Nº 1.255, de 25.06.1962, alterado pelo Decreto Nº 1.236, de 02.09.1994, alterado pelo Decreto Nº 1.812, de 08.02.1996, alterado pelo Decreto Nº 2.244, de 04.06.1997, regulamentado pela Lei Nº 7.889, de 23.11.1989.

DIPOA: Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

SIF: Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, exercido pelo DIPOA (em cada estabelecimento industrial).

AVES: entenda-se como as aves domésticas de criação: a. Gênero Gallus: galetos, frangos, galinhas e galos. b. Gênero Meleagridis: perus e perus maduros. c. Gênero Columba: pombos d. Gênero Anas: patos e patos maduros. e. Gênero Anser: gansos e gansos maduros. f. Gênero Perdix: perdiz, chucar, codorna. g. Gênero Phaslanus: faisão h. Numida meleagris: galinha D´Angola ou Guiné.

CARNE DE AVES: entende-se por carne de aves, a parte muscular comestível das aves abatidas, declaradas aptas à alimentação humana por inspeção veterinária oficial antes e depois do abate.

CARCAÇA: entende-se pelo corpo inteiro de uma ave após insensibilização ou não, sangria, depenagem e evisceração, onde papo, traquéia, esôfago, intestinos, cloaca, baço, órgãos reprodutores e pulmões tenham sido removidos. É facultativa a retirada dos rins, pés, pescoço e cabeça.

CORTES: entende-se por corte, a parte ou fração da carcaça, com limites previamente especificados pelo DIPOA, com osso ou sem osso, com pele ou sem pele, temperados ou não, sem mutilações e/ou dilacerações.

RECORTES : entende-se por recorte a parte ou fração de um corte. MIÚDOS: entende-se como miúdos as vísceras comestíveis: o fígado sem a vesícula biliar, o coração sem

o saco pericárdio e a moela sem o revestimento interno e seu conteúdo totalmente removido. RESFRIAMENTO: é o processo de refrigeração e manutenção da temperatura entre 0ºC (zero grau

centígrado) a 4ºC (quatro graus centígrados positivos) dos produtos de aves (carcaças, cortes ou recortes, miúdos e/ou derivados), com tolerância de 1ºC (um grau) medidos na intimidade dos mesmos.

PRÉ-RESFRIAMENTO: é o processo de rebaixamento da temperatura das carcaças de aves, imediatamente após as etapas de evisceração e lavagem, realizado por sistema de imersão em água gelada e/ou água e gelo ou passagem por túnel de resfriamento, obedecidos os respectivos critérios técnicos específicos.

CONGELAMENTO: é o processo de refrigeração e manutenção a uma temperatura não maior que -12ºC, dos produtos de aves (carcaças, cortes ou recortes, miúdos ou derivados) tolerando-se uma variação de até 2ºC (dois graus centígrados), medidos na intimidade dos mesmos.

TEMPERADO: é o processo de agregar ao produto da ave condimentos e/ou especiarias devidamente autorizados pelo DIPOA, sendo posteriormente submetido apenas a refrigeração (resfriamento ou congelamento)

DESINFECÇÃO: designa a operação realizada depois de uma limpeza completa e destinada a destruir os microrganismos patogênicos, bem como reduzir o número de microrganismos a um nível que não

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permita a contaminação do produto alimentício, utilizando-se agentes químicos e/ou físicos higienicamente satisfatórios. Se aplica ao ambiente, pessoal, veículos e equipamentos diversos que podem ser direta ou indiretamente contaminados pelos animais e produtos de origem animal.

ROTULAGEM: entende-se como o processo de identificação do alimento através do rótulo. RÓTULO: é toda a inscrição, legenda, imagem ou toda a matéria descritiva ou gráfica que esteja escrita,

impressa, estampada, gravada em relevo ou litografada ou colada sobre a embalagem do alimento (Artigo 795 – RIISPOA, alterado pelo Decreto N° 2.244 de 04.06.97, publicado no DOU em 05.06.97).

EMBALAGEM: qualquer forma pela qual o alimento tenha sido acondicionado, empacotado ou envasado.

EMBALAGEM PRIMÁRIA : qualquer embalagem que identifica o produto primariamente. EMBALAGEM SECUNDÁRIA: ou "plano de marcação" entende-se pela identificação de continentes

de produtos já totalmente identificados com rótulo primariamente, sejam quais forem a natureza da impressão e da embalagem.

CONTINENTE: todo o material que envolve ou acondiciona o alimento, total ou parcialmente, para comércio e distribuição como unidade isolada.

CLASSIFICAÇÃO: entende-se o critério científico ou comercialmente adotado para estabelecer a classe do alimento, como tal indicado no respectivo padrão de identificação e qualidade.

LOTE DE AVES : entende-se um grupo de aves da mesma procedência e alojados em um mesmo local e/ou galpão.

COMESTÍVEL : entende-se como toda matéria-prima e/ou produto utilizado como alimento humano. NÃO COMESTÍVEL: entende-se como toda a matéria-prima e/ou produtos adulterados, não

inspecionados ou não destinados ao consumo humano. ENCARREGADO DA IF: é o Médico Veterinário responsável pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF)

no estabelecimento registrado no DIPOA. Todas as definições acima mencionadas, bem como todas as disposições constantes na presente norma

estão em consonância com o Código Internacional Recomendado de Práticas de Higiene para a Elaboração de Carne de Aves ( CAC/RCP 14-1976) CODEX ALIMENTARIUS.

ANEXO II

INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS RELACIONADOS COM A TÉCNICA DE INSPEÇÃO "ANTE MORTEM" E "POST MORTEM"

1. LOCALIZAÇÃO

O matadouro deverá ser instalado no centro de um terreno, elevado cerca de 1 m (um metro), afastado dos limites da via pública, preferentemente a 5 m (cinco metros), com entradas laterais que permitam a movimentação e circulação independente de veículos transportadores de aves vivas e veículos transportadores de produtos, quando possível com entradas independentes. Deverá dispor de áreas suficientes para as instalações previstas nas presentes normas e ter pavimentadas as áreas de circulação e, as demais áreas não construídas, devidamente urbanizadas.

O funcionamento dos Matadouros de Aves localizados no perímetro urbano, além de atender ao disposto no item anterior, somente será autorizado depois de ouvida a autoridade de saúde pública, meio ambiente e a Prefeitura Municipal (Artigo 48 do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, doravante denominado RIISPOA).

Não será autorizado o funcionamento ou construção de matadouro de aves quando localizado nas proximidades de outros estabelecimentos que, por sua natureza, possam prejudicar a qualidade dos produtos destinados à alimentação humana, que são processados nesses estabelecimentos de abate (artigos 64 e 65 do RIISPOA).

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS QUANTO AO EQUIPAMENTO

Os equipamentos e utensílios serão preferentemente de constituição metálica. Permitir-se-á o emprego de material plástico adequado, jamais admitindo-se o uso dos de madeira e dos recipientes de alvenaria. Os equipamentos e utensílios, tais como: mesas, calhas, carrinhos e outros continentes que recebam produtos comestíveis, serão de chapa de material inoxidável, preferentemente, as ligas duras de alumínio ou ainda outro material que venha a ser aprovado pelo Serviço de Inspeção Federal. Caixas e bandejas ou recipientes similares,

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quando não de chapa de material inoxidável, poderão ser de plásticos apropriados às finalidades. De um modo geral, as superfícies que estejam ou possam vir a estar em contato com as carnes, incluindo soldaduras e juntas, devem manter-se lisas.

Os equipamentos fixos, tais como: escaldadores, depenadeiras, calhas de evisceração, pré-resfriadores, tanques, esteiras transportadoras, etc., deverão ser instalados de modo a permitir a fácil higienização dos mesmos e das áreas circundantes, guardando-se um afastamento mínimo de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) das paredes e 0,30 cm (trinta centímetros) do piso, com exceção da trilhagem aérea que deverá guardar sempre a distância mínima de 0,30 cm (trinta centímetros) das colunas ou paredes, especificamente, a calha de evisceração, cujo afastamento das paredes não deve ser inferior a 2 m (dois metros) na lateral em que se posicionam os funcionários e a área de Inspeção Final, e 1 m (um metro) na lateral oposta quando nessa não houver manipulação.

3 CONSIDERAÇÕES GERAIS QUANTO ÀS INSTALAÇÕES

Quanto à construção, suas características deverão atender as seguintes especificações:

3.1. PISO (artigo 33, item 3 e artigo 94 do RIISPOA). 3.1.1. Construído de material impermeável, liso e antiderrapante, resistente a choques, atritos e

ataques de ácidos, com declive de 1,5 a 3% (um e meio a três por cento) em direção às canaletas, para a perfeita drenagem;

3.1.2. Na construção dos mesmos poderão ser usados materiais do tipo "gressit", "korodur", cerâmica industrial, cimento ou outros materiais, desde que aprovados pela Inspeção Federal;

3.1.3. Nas câmaras frigoríficas, a inclinação do piso será preferentemente no sentido das antecâmaras, permitindo-se a instalação de ralos sifonados na entrada das câmaras;

3.1.4. Deverão ser arredondados os ângulos formados pelas paredes entre si e por estas com o piso. 3.2. ESGOTO

3.2.1. Os esgotos de condução de resíduos não comestíveis deverão ser lançados nos condutores principais, através de piletas e sifões;

3.2.2. As bocas de descarga para o meio exterior deverão possuir grade metálica à prova de roedores, ou dispositivos de ig ual eficiência;

3.2.3. Não será permitido o retorno das águas servidas. Permitir-se-á a confluência da rede das águas servidas dos pré-resfriadores para condução de outros resíduos não comestíveis, desde que comprovadamente tais conexões não promovam nenhum inconveniente tecnológico e higiênico-sanitário.

3.3 PAREDES, PORTAS E JANELAS (artigo 33, itens 4 e 15 do RIISPOA)

3.3.1.. As paredes serão lisas, resistentes e impermeabilizadas, como regra geral, até a altura mínima de dois metros ou totalmente, quando necessário, com azulejos de cor clara ou similar, material do tipo "gressit" ou outro material aprovado pela Inspeção Federal. Deverão ser rejuntados com cimento (ou massa apropriada) de cor branca ou clara, mantendo espaçamento mínimo entre si; 3.3.1.1. na construção de paredes, total ou parcial, não será permitida a utilização de

material do tipo "elementos vazados" ou "combogó", nas áreas industriais de processamento, inclusive na plataforma de recepção de aves e graxarias, uma vez que são de difícil higienização e propiciam a retenção de poeira, detritos, etc.;

3.3.2. As portas de acesso de pessoal e de circulação interna deverão ser do tipo vaivém, com largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), com visor de tela ou vidro, dotadas ou não de cortinas de ar, a critério da Inspeção Federal; 3.3.2.1. o material empregado na construção das portas deverá ser não oxidável,

impermeável e que seja resistente às higienizações; 3.3.3. As janelas serão de caixilhos metálicos não oxidáveis, instaladas no mínimo 2 m (dois

metros) do piso inferior, com parapeitos em plano inclinado (chanfrados) e impermeabilizados (ângulo de 45º), providas de telas milimétricas não oxidáveis, à prova de insetos, e removíveis, sendo dimensionadas de modo a propiciarem suficiente iluminação e ventilação naturais;

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3.3.4. As cortinas de ar serão instaladas sempre que as aberturas (portas e óculos) se comuniquem diretamente com o meio exterior, ou quando servirem de ligação entre as dependências ou áreas com temperaturas diferentes.

3.4. TETO (artigo 33, item 5 do RIISPOA) 3.4.1. O forro será construído de laje de concreto, ou outro material de superfície lisa, resistente à

umidade e vapores, aprovado pela Inspeção Federal; 3.4.2. Não será permitida a pintura do forro nas dependências onde as carcaças estiverem sendo

manipuladas e que ainda não receberam a proteção da embalagem; 3.4.3. O forro será dispensado nos casos em que a cobertura for de estrutura metálica, refratária ao

calor solar e proporcionar perfeita vedação à entrada de insetos, pássaros, etc.

3.5 - ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO (artigo 33, itens 2 e 15 do RIISPOA)

3.5.1. Todas as seções deverão possuir iluminação e ventilação naturais adequadas, através de janelas e/ou aberturas, sempre providas de tela à prova de insetos, exceto exceções previstas no presente regulamento;

3.5.2. A iluminação artificial, também indispensável, far-se-á por "luz fria", observando-se que, nas "linhas de inspeção" e na "inspeção final", os focos luminosos serão dispostos de maneira a garantir perfeita iluminação da área, possibilitando exatidão dos exames. Com iluminação mínima de 500 LUX, medidos na posição das carcaças, sem ocasionar sombras na cavidade tóraco-abdominal;

3.5.3. Não será permitido o emprego de luz que mascare ou determine falsa impressão da coloração das carcaças e miúdos;

3.5.4. Nas seções onde são produzidas, preparadas e armazenadas carnes e derivados de ave, as lâmpadas devem obrigatoriamente ter protetores.

3.5.5. Em caso de necessidade, supletivamente, poderão ser instalados exaustores, considerando-se como satisfatória uma capacidade de renovação do ar ambiente na medida de 3 (três) volumes por hora;

3.6. PÉ DIREITO (artigo 34 - item 2 do RIISPOA) 3.6.1. Todas as dependências do abate deverão ter "pé direito" mínimo de 4,00 m (quatro metros); 3.6.2. Desde que as dependências onde manipulam produtos comestíveis sejam climatizadas e as

operações nelas executadas assim o permitirem, o "pé direito" poderá ser reduzido para 3,00 m (três metros).

4. PARTICULARIDADES QUANTO ÀS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

4.1 RECEPÇÃO DE AVES

4.1.1. Será instalada em plataforma coberta, devidamente protegida dos ventos predominantes e da incidência direta dos raios solares;

4.1.2. A critério da Inspeção Federal, essa seção poderá ser parcial ou totalmente fechada, atendendo as condições climáticas regionais, desde que não haja prejuízo para a ventilação e iluminação;

4.1.3. Deverá dispor de área suficiente, levando-se em conta a velocidade horária do abate e as operações ali realizadas.

Quando não for possível o abate imediato, permitir-se-á a espera em local específico com cobertura e ventilação e, conforme o caso, umidificação ambiente;

4.1.4. Será dotada de dispositivo que permita fácil movimentação dos contentores e/ou estrados, os quais, após vazios, deverão ser encaminhados para a seção própria.

Não será permitida armazenagem dos contentores e/ou estrados após higienizados e desinfetados, no mesmo local dos contentores e/ou estrados das aves vivas;

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4.1.5. Não será permitida a higienização de veículos transportadores de aves vivas nas áreas de descarga junto a plataforma de recepção, exceto para os casos de emprego de instalações móveis de vedação completa do veículo, caracterizado como sistema fechado, dotado de escoamento e canalização própria de resíduos.

4.2 INSENSIBILIZAÇÃO E SANGRIA

4.2.1. A insensibilização deve ser preferentemente por eletronarcose sob imersão em líquido, cujo equipamento deve dispor de registros de voltagem e amperagem e esta será proporcional à espécie, tamanho e peso das aves, considerando-se ainda a extensão a ser percorrida sob imersão.

A insensibilização não deve promover, em nenhuma hipótese, a morte das aves e deve ser seguida de sangria no prazo máximo de 12 (doze) segundos.

Outros métodos poderão ser adotados, como insensibilização por gás, desde que previamente aprovados pelo DIPOA, e que estejam em consonância com os dispositivos do Art. 135 do RIISPOA, alterado pelo Decreto 2244 de 04.06.97.

Permite-se o abate sem prévia insensibilização apenas para atendimento de preceitos religiosos ou de requisitos de países importadores.

4.2.2. A sangria será realizada em instalação própria e exclusiva, denominada "área de sangria", voltada para a plataforma de recepção de aves, totalmente impermeabilizada em suas paredes e teto. A operação de sangria será efetuada com as aves contidas pelos pés, em ganchos de material inoxidável, apoiados em trilhagem aérea mecanizada.

O comprimento do túnel corresponderá ao espaço percorrido pela ave, no tempo mínimo exigido para uma sangria total, ou seja, 3 (três) minutos, antes do qual não será permitida qualquer outra operação.

4.2.3. Deverá ser levado em conta, também, o tempo que as aves deverão permanecer dependuradas pelos pés, antes da sangria, para que haja fluxo de sangue à cabeça;

4.2.4. Na área, o sangue deverá ser recolhido em calha própria, de material inoxidável ou alvenaria, totalmente impermeabilizada com cimento liso, denominada "calha de sangria". O fundo ou piso da calha deverá apresentar declividade acentuada em direção aos pontos coletores, onde serão instalados 2(dois) ralos de drenagem: 1(um), destinado ao sangue e outro à água de lavagem;

4.2.5. O sangue coletado deverá ser destinado para industrialização, como não comestível, ou outro destino conveniente, a critério da Inspeção Federal;

4.2.6. A partir da sangria, todas as operações deverão ser realizadas continuamente, não sendo permitido o retardamento ou acúmulo de aves em nenhuma de suas fases, até a entrada das carcaças nas câmaras frigoríficas;

4.2.7. A seção de sangria deverá dispor, obrigatoriamente, de lavatórios acionados a pedal (ou outro mecanismo que impeça o uso direto das mãos), com esterilizadores de fácil acesso ao operador;

4.2.8. A sangria deverá estar separada fisicamente da recepção das aves e, preferentemente, possuir acesso independente de operários.

4.3 ESCALDAGEM E DEPENAGEM

4.3.1. Deverão ser realizadas em instalações próprias e/ou comuns às duas atividades, completamente separadas através de paredes, das demais áreas operacionais;

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4.3.1.1. O ambiente deverá possuir ventilação suficiente para exaustão do vapor d’água proveniente da escaldagem e da impureza em suspensão. Recomenda-se o emprego de "lanternins", coifas ou exaustores, quando a ventilação natural for insuficiente. O forro poderá ser dispensado nessa dependência;

4.3.2. A escaldagem deverá, obrigatoriamente, ser executada logo após o término da sangria, sob condições definidas de temperatura e tempo, ajustados às características das aves em processamento (frango, galinha, galo, peru, etc.), não se permitindo a introdução de aves ainda vivas no sistema;

As aves poderão ser escaldadas pelos seguintes processos:

4.3.2.1. por pulverização de água quente e vapor;

4.3.2.2. por imersão em tanque com água aquecida através de vapor;

4.3.2.3. outro processo aprovado previamente pelo DIPOA;

4.3.3. Quando a escaldagem for executada em tanque, o mesmo deverá ser construído de material inoxidável, proibindo-se o uso de qualquer outro material impermeabilizante nas suas superfícies internas. Outrossim, deverá apresentar sistema de controle de temperatura e renovação contínua de água, de maneira que em cada turno de trabalho (8 horas) seja renovado o correspondente ao seu volume total. A juízo da Inspeção Federal, a água do tanque de escaldagem poderá ser totalmente removida nos intervalos de trabalho, quando se fizer necessário;

4.3.4. Deverá ser previsto equipamento adequado e/ou área destinada à escaldagem de pés e cabeças e a retirada da cutícula dos pés, quando se destinarem a fins comestíveis, observando-se o mesmo critério quanto à renovação contínua de água e freqüência de sua remoção total;

4.3.5. A depenagem deverá ser mecanizada, executada com as aves suspensas pelos pés e processadas logo após a escaldagem, sendo proibido o seu retardamento;

4.3.5.1. Não será permitido o acúmulo de penas no piso, devendo para tanto, haver uma canaleta para o transporte contínuo das penas para o exterior da dependência. As características e dimensões dessa canaleta poderão variar de acordo com o tipo de equipamento instalado, ser ou não construída no próprio piso, de forma que permita adequado transporte de penas e fácil higienização;

4.3.6. Quando forem removidos pés e/ou cabeças na seção de escaldagem e depenagem, será obrigatória a instalação de um "Ponto de Inspeção", observados os requisitos mínimos necessários, antes dessas operações.

4.4. EVISCERAÇÃO

4.4.1. Os trabalhos de evisceração deverão ser executados em instalação própria, isolada através de paredes da área de escaldagem e depenagem, compreendendo desde a operação de corte da pele do pescoço, até a "toilette final" das carcaças. Nessa seção poderão também ser efetuadas as fases de pré-resfriamento, gotejamento, embalagem primária e classificação, desde que a área permita a perfeita acomodação dos equipamentos e não haja prejuízo higiênico para cada operação;

4.4.2. Antes da evisceração, as carcaças deverão ser lavadas em chuveiros de aspersão dotados de água sob adequada pressão, com jatos orientados no sentido de que toda a carcaça seja lavada, inclusive os pés. Em sistemas de evisceração não automatizados, esses chuveiros poderão ser localizados no início da calha de evisceração ou na entrada da sala de evisceração;

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4.4.3. A evisceração não automatizada será, obrigatoriamente, realizada com as aves suspensas em ganchos de material inoxidável, presos em trilhagem aérea mecanizada, sob a qual deverá ser instalada uma calha de material inoxidável, não corrosível, de superfície lisa e de fácil higienização, de modo que as vísceras não comestíveis sejam captadas e carreadas para os coletores, ou conduzidos diretamente para a seção de subprodutos não comestíveis (graxaria); Os equipamentos automatizados para evisceração (extração de cloaca, corte abdominal e eventração) deverão obedecer os requisitos previstos no Anexo II, item 2, do presente Regulamento. As operações de evisceração automatizadas ou não, deverão ainda, observar os cuidados necessários para evitar o rompimento de vísceras e o contato das carcaças com superfícies contaminadas;

4.4.4. A trilhagem aérea será disposta sobre a calha a uma altura tal que não permita, em hipótese alguma, que as aves aí despenduradas possam tocar na calha ou em suas águas residuais;

4.4.5. Todas operações que compõem a evisceração e ainda a "Inspeção de Linha" deverão ser executadas ao longo dessa calha, cujo comprimento deverá ser no mínimo de 1(um) metro por operário para atender a normal execução dos trabalhos que nela se desenvolvem, a saber: 4.4.5.1. cortes da pele do pescoço e traquéia; 4.4.5.2. extração de cloaca; 4.4.5.3. abertura do abdômen; 4.4.5.4. eventração (exposição das vísceras); 4.4.5.5. inspeção sanitária; 4.4.5.6. retirada das vísceras; 4.4.5.7. extração dos pulmões; 4.4.5.8. "toilette" (retirada do papo, esôfago, traquéia, etc.); 4.4.5.9. lavagem final (externa e internamente);

4.4.6. Não será permitida a retirada de órgãos e/ou partes de carcaças antes que seja realizada a inspeção post-mortem, excetuando-se o disposto na alínea 4.3.6 do subitem 4.3 (escaldagem e depenagem);

4.4.7. A calha de evisceração deverá apresentar declive acentuado para o ralo coletor, a fim de permitir remoção contínua dos resíduos para o exterior da dependência, de modo a evitar acúmulo na seção;

4.4.8. A largura dessa calha, de borda a borda, será de no mínimo 0,60 m (sessenta centímetros), observando-se que o afastamento da sua borda até o ponto de projeção da nora sobre a calha seja, no mínimo, de 0,30 m (trinta centímetros);

4.4.9. A calha disporá de água corrente, sob pressão adequada, fornecida através de um sistema de canos perfurados, localizados na parte interna e ao longo da calha, com finalidade de propiciar constante limpeza e contínua remoção dos resíduos para os coletores; 4.4.9.1. o DIPOA poderá aprovar sistemas alternativos de higienização da calha de

evisceração, desde que observe os preceitos higiênicos do equipamento; 4.4.10. A calha de evisceração disporá de pontos de água localizados em suas bordas na proporção

mínima de 1 (um) para cada 2 (dois) operários, destinados à lavagem das mãos; 4.4.11.Na área destinada à abertura do abdômen, eventração, inspeção sanitária e retirada das

vísceras, recomenda-se a instalação, paralela e ao longo do trilhamento, à altura da metade superior do gancho, de dispositivo a servir de apoio e guia, impedindo o movimento das carcaças e diminuindo a possibilidade do contato das vísceras com a carcaça;

4.4.12. A inspeção post-mortem, executada na seção de evisceração, disporá de: 4.4.12.1. área de "Inspeção de Linha", localizada ao longo da calha de evisceração, logo após

a eventração. Deverá dispor de todo equipamento capaz de proporcionar eficiência, facilidade e comodidade das operações de inspeção sanitária, com adequada iluminação (mínima de 500 LUX), bem como, o espaço mínimo de 1 (um) metro por Inspetor, lavatórios e esterilizadores;

4.4.12.2. área para "inspeção final", contígua à calha de evisceração, dotada de focos luminosos em número suficiente, dispostos de forma a garantir perfe ita iluminação. Preconiza-se, igualmente, iluminação entre 500 a 600 LUX;

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4.4.12.3. sistema de ganchos de material inoxidável, em trilhagem aérea ou não, instalado de modo a permitir fácil desvio das carcaças suspeitas e eficiente trabalho de inspeção sanitária;

4.4.12.4. carrinhos, chutes ou recipientes de aço inoxidável, dotados de fechamento, destinados à colocação das carcaças e vísceras condenadas, identificados total ou parcialmente pela cor vermelha e, ainda, com a inscrição "condenado";

4.4.12.5. resfriadores contínuos com água gelada ou água mais gelo, destinados ao recebimento de carcaças ou partes de carcaças liberadas pela Inspeção;

4.4.13. Além desses equipamentos descritos anteriormente, deverá estar à disposição da Inspeção, balança destinada ao controle de absorção de água pelas carcaças, na operação de pré-resfriamento, bem como termômetro para controle de temperatura;

4.4.14. As vísceras não comestíveis serão lançadas diretamente na calha de evisceração e conduzidas aos depósitos coletores ou diretamente para a seção de subprodutos não comestíveis (graxaria). As vísceras comestíveis serão depositadas em recipientes de aço inoxidável, material plástico ou similar, após previamente preparadas e lavadas;

4.4.15. Os pés e pescoço com ou sem cabeça, quando retirados na linha de evisceração para fins comestíveis, deverão ser imediatamente pré -resfriados, em resfriadores contínuos por imersão, obedecendo o princípio da renovação de água contracorrente e à temperatura máxima de 4ºC. O pré -resfriamento dos pés e pescoço, com ou sem cabeça, deverá ser realizado em seção adequada (Anexo II, item 4.4.1);

4.4.16. Os miúdos (moela, coração e fígado) deverão ser processados em seção própria e com fluxo adequado. As moelas devem ser abertas, para permitir perfeita lavagem interna e remoção total da cutícula. Deverá ser retirado o saco pericárdio (coração), assim como a vesícula biliar (fígado). Os miúdos (moela, coração e fígado) devem ser pré-resfriados, imediatamente, após a coleta e preparação. Acúmulo de miúdos para processamento não será permitido;

4.4.17. A gordura cavitária e de cobertura da moela, poderá ser utilizada para fins comestíveis, quando retirada durante o processo de evisceração, antes da retirada e abertura da moela e ainda sob o mesmo tratamento dos miúdos comestíveis;

4.4.18. Os pulmões serão, obrigatoriamente, retirados, através do sistema de vácuo ou mecânico, preconizando-se a instalação de sistema de higienização dos instrumentos utilizados. Nos sistemas à vácuo, o equipamento para pressão negativa e os depósitos de pulmões serão instalados fora da seção;

4.4.19. A lavagem final por aspersão das carcaças após a evisceração, deve ser efetuada por meio de equipamento destinado a lavar eficazmente as superfícies internas e externas. As carcaças poderão também ser lavadas "internamente" com equipamento tipo "pistola", ou similar, com pressão d’água adequada. 4.4.19.1. Exige-se a instalação de hidrômetro para controle do volume da água consumida,

de no mínimo 1,5 (um e meio) litros por carcaça, quando trata-se de pré-resfriamento por imersão em água;

4.4.19.2. A localização do equipamento para lavagem por aspersão das carcaças (interna e externamente), quando tratar-se de pré-resfriamento por imersão em água, deverá ser após a evisceração e imediatamente anterior ao sistema de pré-resfriamento, não se permitindo qualquer manipulação das carcaças após o procedimento de lavagem;

4.4.19.3. Não será permitida a entrada de carcaças no sistema de pré-resfriamento por imersão que contenham no seu interior água residual de lavagem por aspersão e/ou qualquer tipo de contaminação visível nas suas superfícies externas e internas.

4.4.20. O recolhimento de ovários de aves (reprodutoras ou poedeiras comerciais) será permitido desde que: 4.4.20.1. A coleta somente será realizada após a liberação das aves por parte da Inspeção

Federal (SIF) 4.4.20.2. A coleta deverá ser feita observando todos os princípios básicos de higiene

recomendadas pela Inspeção Federal (SIF);

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4.4.20.3. O produto deverá ser resfriado, imediatamente, após a coleta, a uma temperatura máxima de 4ºC;

4.4.20.4. O produto deverá ser armazenado e transportado sob refrigeração (0ºC) e destinado, exclusivamente, para pasteurização.

4.5. PRÉ-RESFRIAMENTO 4.5.1. Poderá ser efetuado através de:

4.5.1.1. aspersão de água gelada; 4.5.1.2. imersão em água por resfriadores contínuos, tipo rosca sem fim; 4.5.1.3. resfriamento por ar (câmaras frigoríficas); 4.5.1.4. outros processos aprovados pelo DIPOA.

4.5.2. A renovação de água ou água gelada dos resfriadores contínuos tipo rosca sem fim, durante os trabalhos, deverá ser constante e em sentido contrário à movimentação das carcaças (contracorrente), na proporção mínima de 1,5 (um e meio) litros por carcaça no primeiro estágio e 1,0 (um) litro no último estágio. No sistema de pré -resfriamento por aspersão ou imersão por resfriadores contínuos, a água utilizada deve apresentar os padrões de potabilidade previstos no Artigo 62 do RIISPOA, não sendo permitida a recirculação da mesma. A temperatura da água do sistema de pré -resfriamento por imersão não deve ser superior a 4ºC. Se existirem diversos tanques, a entrada e a saída de água utilizada em cada tanque deve ser regulada, de modo a diminuir progressivamente no sentido do movimento das carcaças, sendo que a água renovada no último tanque não seja inferior a: 1 (um) litro por carcaça, para carcaças com peso não superior a 2,5 (dois quilos e meio); 1,5 (um meio) litros por carcaça, para carcaças com peso entre 2,5 (dois quilos e meio) a 5,0 (cinco quilos); 2 (dois) litros por carcaça para carcaças com peso superior a 5 (cinco) quilos.

4.5.2.1. a água utilizada para encher os tanques ou estágios dos resfriadores por imersão (4.5.1.2) pela primeira vez, não deve ser incluída no cálculo dessas quantidades;

4.5.2.2. o gelo adicionado ao sistema de pré-resfriamento por imersão (4.5.1.2), deve ser considerado nos cálculos das quantidades definidas para renovação constante de água no sistema;

4.5.3. Nos tanques de pré-resfriamento por imersão (4.5.1.2) com emprego de etanoglicol, amônia e/ou similares, a renovação deve ser igualmente contínua, nos termos do item "4.5.2" acima, e com água gelada;

4.5.4. A água de renovação do sistema de pré-resfriamento por imersão (4.5.1.2) poderá ser hiperclorada, permitindo-se no máximo 5 ppm de cloro livre;

4.5.5. A temperatura da água residente, medida nos pontos de entrada e saída das carcaças do sistema de pré-resfriamento por imersão (4.5.1.2), não deve ser superior a 16ºC e 4ºC, respectivamente, no primeiro e último estágio, observando-se o tempo máximo de permanência das carcaças no primeiro, de trinta minutos.

4.5.6. Cada tanque do sistema de pré-resfriadores contínuos por imersão deve ser completamente esvaziado, limpo e desinfetado, no final de cada período de trabalho (oito horas) ou, quando se fizer necessário, a juízo da Inspeção Federal;

4.5.7. O reaproveitamento da água nos pré-resfriadores contínuos por imersão poderá ser permitido, desde que venha a apresentar novamente os padrões de potabilidade exigidos, após adequado tratamento;

4.5.8. A temperatura das carcaças no final do processo de pré-resfriamento, deverá ser igual ou inferior a 7ºC. Tolera-se a temperatura de 10ºC, para as carcaças destinadas ao congelamento imediato;

4.5.9. Os miúdos devem ser pré-resfriados em resfriadores contínuos, por imersão, tipo rosca sem fim, obedecendo a temperatura máxima de 4ºC e renovação constante da água, no sentido contrário aos movimentos dos mesmos, na proporção mínima de 1,5 (um e meio) litros por quilo;

4.5.10.Quando empregada a injeção de ar nos tanques de pré-resfriamento por imersão (4.5.1.2) para efeito de movimentação de água (borbulhamento), deverá o mesmo ser previamente filtrado;

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4.5.11. O sistema de pré-resfriamento em resfriadores contínuos por imersão (4.5.1.2), deve dispor de equipamentos de mensuração que permitam o controle e registro constante: 4.5.11.1. da temperatura da água do tanque, nos pontos de entrada e saída das carcaças

(termômetro); 4.5.11.2. do volume de água renovada no primeiro e último estágio do sistema (hidrômetro

ou similar). 4.6. GOTEJAMENTO

Destinado ao escorrimento da água da carcaça decorrente da operação de pré-resfriamento. Ao final desta fase, a absorção da água nas carcaças de aves submetidas ao pré-resfriamento por imersão, não deverá ultrapassar a 8% de seus pesos.

O gotejamento deverá ser realizado, imediatamente após o pré-resfriamento, com as carcaças suspensas pelas asas ou pescoço, em equipamento de material inoxidável, dispondo de calha coletora de água de gotejamento, suspensa e disposta ao longo do transportador.

Processos tecnológicos diferenciados que permitam o escorrimento da água excedente nas carcaças de aves decorrente da operação de pré-resfriamento por imersão em água poderão ser autorizados, desde que aprovados pelo DIPOA.

4.7 -CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM

4.7.1. A classificação poderá ser efetuada antes ou após a embalagem; 4.7.2. As mesas para embalagem de carcaças serão de superfície lisa, com bordas elevadas e

dotadas de sistema de drenagem. Visando maior rendimento e comodidade das operações, recomenda-se a instalação de uma transportadora do tipo esteira (ou equipamento similar), de aço inoxidável, ou de material do tipo "borracha sanitária", que deverá ser resistente, sem bordas desfiáveis e de cor clara;

4.7.3. Os miúdos e/ou partes de carcaças, quer sejam ou não comercializados no interior das mesmas, receberão embalagem própria, sendo, obrigatoriamente, a cabeça e pés embalados individualmente;

4.7.4. As carcaças deverão, de preferência, passar da seção de embalagem para a antecâmara, através de óculo (portinhola), provido de "cortina de ar" ou, na ausência deste, de tampa móvel, evitando-se, não somente a perda desnecessária de frio mas também a circulação desnecessária de carrinhos e continentes outros, entre essas seções;

4.7.5. Carcaças ou partes de carcaças de aves destinadas a instituições tais como, hospitais, asilos, colégios, quartéis, fábricas, hotéis e restaurantes, poderão receber embalagem coletiva (a granel), devidamente identificada, com dispensa do invólucro individual, desde que sejam destinadas a preparo local;

4.7.6. Uma vez embaladas primariamente, o acondicionamento de carcaças em embalagens secundárias, será feito em continentes novos e de primeiro uso, onde tal operação deverá ser feita em dependências à parte da seção de embalagem primária;

4.7.7. Poderá ser permitida, a critério da Inspeção Federal, para fins de acondicionamento e/ou transporte, a reutilização de caixas ou recipientes construídos de material que possibilite adequada higienização;

4.7.8. Carcaças, partes de carcaças e miúdos de aves devem ser comercializadas devidamente embaladas e rotuladas conforme o disposto no Capítulo II - Rotulagem - Seção I - Rotulagem em geral - do RIISPOA e alterações;

5. SEÇÃO DE CORTES DE CARCAÇAS

5.1. Os estabelecimentos que realizarem cortes e/ou desossa de aves devem possuir dependência própria, exclusiva e climatizada, com temperatura ambiente não superior a 12ºC;

5.2. Os cortes poderão também ser efetuados na seção de embalagem primária e classificação de peso, desde que esta seja climatizada e isolada das demais seções e de maneira tal que não interfiram com o fluxo operacional de embalagem e classificação: 5.2.1. A seção destinada a cortes e/ou desossa de carcaças deve dispor de equipamento de

mensuração para controle e registro da temperatura ambiente;

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5.2.2. A seção deve dispor de lavatórios e esterilizadores (Anexo II, item 11.1, letra b) distribuídos adequadamente;

5.2.2.1. Deve existir sistema de controle e registro da esterilização de utensílios durante os trabalhos na seção;

5.2.3. A operação de acondicionamento em embalagem secundária dos cortes e ou partes, deverá ser realizada em local específico e independente de outras seções;

5.2.4. A temperatura das carnes manipuladas nesta seção não poderá exceder 7ºC. 5.3. Os estabelecimentos que realizam a produção de carne temperada de ave, devem observar o

seguinte: 5.3.1. Possuir dependência exclusiva para o preparo de tempero e armazenagem dos condimentos.

A localização desta dependência deve observar o fluxograma operacional do estabelecimento e permitir fácil acesso dos ingredientes;

5.3.2. Dispor de área destinada ao preparo do produto e posterior acondicionamento. Permitir-se-á a realização desta operação junto a Seção de Cortes e Desossa, desde que não interfira no fluxo operacional da Seção, como também não comprometa sob o aspecto higiênico-sanitário;

5.3.3. Atender aos demais dispositivos constantes na Seção de Cortes e Desossa. 5.4. Para o caso de seções de industrialização de produtos cozidos, defumados, curados, esterilizados e

outros, estas deverão obedecer o contido nas instruções específicas expedidas pelo DIPOA. 5.5. Para a produção de Carne Mecanicamente Separada (CMS) de aves deverá ser obedecido o contido

nas instruções específicas emitidas pelo DIPOA.

6. INSTALAÇÕES FRIGORÍFICAS

6.1. Este conjunto é constituído de antecâmara(s), câmara(s) de resfriamento, câmara(s) ou túnel de congelamento rápido, câmara(s) de estocagem e local para instalação do equipamento produtor de frio;

6.2. Essas instalações serão proporcionais à capacidade de abate e produção; 6.3. As antecâmaras servirão apenas como área de circulação, não sendo permitido o seu uso para outros

fins e deverão ser climatizadas; 6.4. Excepcionalmente a operação de retirada das carcaças dos continentes onde foram congeladas, para

o acondicionamento em sacos ou outros continentes secundários, poderá ser permitida, desde que a área assim o comporte e sem prejuízo das operações normais;

6.5. Nas câmaras de resfriamento, não será permitida a estivagem de carcaças, entendendo-se como tal, a deposição das carcaças sem seus recipientes (caixas, bandejas, etc.);

6.6. As carcaças depositadas nas câmaras de resfriamento, deverão apresentar, temperatura ao redor de -1ºC (menos um grau centígrado) a 4ºC, tolerando-se no máximo, variação de um grau centígrado:

6.7. A estocagem de aves congeladas deverá ser feita em câmaras próprias, com temperatura nunca superior a -18ºC (dezoito graus centígrados negativos);

6.8. Mesmo temporariamente ou por razões de ordem técnica, não será permitido o congelamento de aves nas câmaras de estocagem, quando carcaças congeladas anteriormente, aí estiverem deposit adas;

6.9. As carcaças de aves congeladas não deverão apresentar, na intimidade muscular, temperatura superior a -12ºC (doze graus centígrados negativos), com tolerância máxima de 2ºC (dois graus centígrados);

6.10. As instalações frigoríficas deverão apresentar, ainda, as seguintes características: 6.10.1. antecâmara com largura mínima de 2,00 m (dois metros); 6.10.2. paredes de fácil higienização, resistentes aos impactos e/ou protegidos parcialmente por

estrutura metálica tubular, destinada a amortecer os impactos dos carrinhos sobre as mesmas;

6.10.3. sistema de iluminação do tipo "luz fria", com protetores à prova de estilhaçamento; 6.10.4. portas com largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de vão livre, de

superfície lisa e de material não oxidável; 6.10.5. dispor de termômetro e, quando exigidos, de outros aparelhos de mensuração e registro; 6.10.6. excepcionalmente, serão permitidos estrados de madeira nas câmaras de estocagem de

congelados, para depósito de produtos com embalagem secundária.

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7. SEÇÃO DE EXPEDIÇÃO (PLATAFORMA DE EMBARQUE)

Destinada à circulação dos produtos das câmaras frigoríficas para o veículo transportador, podendo ser dispensada, quando a localização da antecâmara permitir o acesso direto ao transporte.

7.1. Terá as seguintes características:

7.1.1. área dimensionada, unicamente, para pesagem, quando for o caso, e acesso ao transporte, não sendo permitido aí o acúmulo de produtos;

7.1.2. totalmente isolada do meio ambiente através de paredes, dispondo somente de aberturas (portas ou óculos) nos pontos de acostamento dos veículos transportadores, bem como entrada (portal) de acesso à seção para o pessoal que aí trabalha. Nessas aberturas, recomenda-se a instalação de "cortinas de ar", visando atenuar a entrada de ar quente do meio ambiente;

7.1.3. proteção (cobertura), mínima de 3 (três) metros, para os veículos transportadores, na área de acostamento, bem como canaletas para drenagem dos resíduos no piso.

7.3. Deverá dispor de gabinete de higienização para o pessoal que trabalha exclusivamente na área frigorífica.

8. TRANSPORTE (Artigo 904 - RIISPOA)

8.1. O transporte deve ser compatível com a natureza dos produtos, de modo a preservar sempre suas condições tecnológicas e, conseqüente manutenção da qualidade, sem promiscuidade, e/ou outras condições que os comprometam;

8.2. Os veículos empregados no transporte de carcaças e miúdos deverão possuir carrocerias construídas de material adequado, a par do isolamento apropriado e revestimento interno de material não oxidável, impermeável e de fácil higienização e dotados de unidade de refrigeração;

8.3. Tolera-se a utilização de veículo dotado de carroceria isotérmica, somente, para o transporte de curta distância e duração, que não permita a elevação da temperatura nos produtos em mais de 2ºC (dois graus centígrados);

8.4. As portas obedecerão aos mesmos detalhes de revestimento e se fecharão hermeticamente; 8.5. Quando o piso for protegido por estrado, estes serão desmontáveis, a fim de permitir sua perfeita

higienização.

9. INSTALAÇÕES DESTINADAS AO FABRICO DE SUBPRODUTOS NÃO COMESTÍVEIS (GRAXARIA)

9.1. Serão localizadas em prédio separado ao de matança, no mínimo 10,0 m (dez metros), dispondo de equipamento adequado e suficiente à transformação de resíduos provenientes do abate, inclusive carcaças e peças condenadas. A condução dos resíduos para esta seção deve ser, preferentemente, por gravidade, através de condutores fechados, isolando-se do meio ambiente, ou por propulsores mecânicos. A seção deve dispor de tanques de colheita, para separação e carregamento dos digestores, de maneira que os resíduos não sejam depositados diretamente sobre o piso;

9.2. Poderá ser dispensada, nos casos em que o volume de resíduos industrializáveis não comportar, a instalação de aparelhagem para sua transformação, entendendo-se como aqueles estabelecimentos que não atinjam a matança diária de 10.000 (dez mil) aves, ou ainda, por força de leis municipais ou estaduais que impeçam sua instalação, e em outros casos, julgados isoladamente pela Divisão de Operações Industriais - Seção de Carnes e Derivados, por ocasião da aprovação do projeto de construção. Para estes estabelecimentos, a juízo da Inspeção Federal, será permitido o encaminhamento dos resíduos a outros estabelecimentos sob regime de Inspeção Federal e dotados de maquinaria própria à sua transformação, desde que sejam continuamente removidos da indústria de origem e transportados em veículos apropriados, de uso exclusivo e dotados de dispositivo de

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fechamento hermético, com a observação de todos os preceitos higiênico- sanitários e sem prejuízo da qualidade final dos produtos a serem obtidos;

9.3. Mesmo naqueles estabelecimentos em que o volume de resíduos não comporta a instalação de aparelhagem para o seu aproveitamento, deverá ser prevista, por ocasião da apresentação dos projetos, área destinada à futura instalação, ditada pela necessidade resultante do aumento de volume dos resíduos ou exigências de ordem higiênico sanitárias;

9.4. Os estabelecimentos que não possuírem graxaria, deverão instalar forno crematório, construído de alvenaria ou outro material apropriado, destinado à incineração de carcaças condenadas pela Inspeção, bem como de aves chegadas mortas ou que tenham morrido na plataforma de recepção;

9.5. A área de recepção de resíduos, junto ao carregamento dos digestores ou autoclaves, deverá ser totalmente isolada por paredes de alvenaria do restante das operações (descarga, moagem, etc.), observando-se que a construção seja orientada no sentido de que, em hipótese alguma, os operários que trabalham na área de recepção e carregamento tenham acesso às demais fases do processamento;

9.6. A farinha, quer na sua fase de preparação ("crackling" ou tancage), quanto na fase final, não poderá ser lançada ou depositada diretamente sobre o piso. A estocagem, quando feita em sacos, deverá ser sobre estrados, em área isolada, seca e ventilada.

10. OUTRAS INSTALAÇÕES

10.1. O gelo utilizado na indústria, especialmente no pré-resfriamento de carcaças e miúdos, deverá ser

produzido com água potável, preferentemente, no próprio estabelecimento. O equipamento deverá, preferentemente, ser instalado em seção à parte, localizado o mais próximo possível do local de utilização;

10.2. Para os recipientes destinados ao transporte de carcaças, partes de carcaças e miúdos, tais como bandejas e carrinhos, deverá haver seção própria e exclusiva para sua higienização, dotada de água quente (85ºC) e vapor. Os contentores ou recipientes já higienizados, deverão ser depositados em local próprio, isolados do piso e separado do local de recepção e higienização;

10.3. Para o material de embalagem primária, deverá haver dependência própria e exclusiva, podendo ou não ficar junto ao prédio industrial, o que será definido por ocasião da apreciação dos projetos. O local para depósito e/ou montagem de caixas de papelão (embalagem secundária) deverá ser específico e separado, com fluxo adequado de abastecimento. Não se permite o depósito de embalagens diretamente no piso;

10.4. A "casa de caldeira" será construída afastada 3 (três) metros de qualquer construção, além de atender às demais exigências da legislação específica;

10.5. As instalações destinadas à lavagem e desinfecção de veículos transportadores de aves vivas e engradados, serão localizadas no próprio estabelecimento, em área que não traga prejuízo de ordem higiênico sanitária;

10.6. Quando a lavagem de veículos transportadores de produtos for realizada no estabelecimento, as instalações deverão ser independentes e afastadas das destinadas a higienização dos transportadores de aves vivas e engradados;

10.7. As dependências auxiliares, não industriais, tais como: vestiários e refeitório, sede da Inspeção Federal e escritórios, depósito de produtos químicos, serão construídas em prédios separados da matança, de preferência juntos ou próximos a entrada principal da indústria, obedecendo: 10.7.1. Os vestiários serão independentes, para cada sexo, com instalações proporcionais ao

número de empregados. As áreas destinadas à troca de roupas devem ser equipadas com dispositivos para guarda individual de pertences e quando dispor de armários, serão estes de estrutura metálica ou outro material adequado de fácil limpeza e suficientemente ventilados. Esta seção será isolada daquela destinada a instalações sanitárias (WC e chuveiros). Independente do tipo de dispositivo utilizado para guarda individual de pertences, deve ser observada a perfeita separação da roupa comum, dos uniformes de trabalho; 10.7.1.1 Os operários que manipulam carnes frescas devem vestir roupa de trabalho limpa

no início de cada dia de trabalho, ou quando se fizer necessário; 10.7.1.2. Dispor de vestiários, lavatórios e sanitários separados para o pessoal que

manipule aves vivas e resíduos não comestíveis;

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10.7.1.3. Para os homens os mictórios obedecerão a proporção de 1 (um) para 30 (trinta) e os vasos sanitários de 1 (um) para 20 (vinte); para as mulheres a proporção de 1 (um) para 15 (quinze). Os chuveiros, providos de água fria e quente e localizados em separado dos sanitários, deverão atender á proporção de 1 (um) para cada grupo de 20 (vinte) operários;

10.7.1.4. Todos os sanitários, lavatórios e outras instalações sanitárias deverão ser mantidas higienizadas e em estado de conservação satisfatório;

10.7.2. O refeitório será instalado convenientemente, de acordo com a legislação específica, e o seu uso será obrigatório por todos aqueles que façam suas refeições no estabelecimento, proibindo-se que outras dependências ou áreas dos estabelecimentos sejam usadas para tal finalidade;

10.7.3. A sede da Inspeção Federal disporá de sala(s) de trabalho, laboratório, arquivo(s), vestiários e instalações sanitárias, em número e dimensões suficientes às necessidades dos trabalhos; 10.7.3.1. Será construída com acesso exclusivo e independente de qualquer outra

dependência do estabelecimento. 10.8. Almoxarifado e oficinas serão construídos e localizados em áreas que não prejudiquem os trabalhos

industriais, avaliando-se sua adequabilidade por ocasião da apresentação dos projetos; 10.9. A rede de esgoto industrial deverá estar ligada a tubos coletores e estes a um sistema geral de

escoamento, dotado de canalização e instalações para retenção de gorduras, resíduos e corpos flutuantes, bem como para depuração artificial e tratamento, se for o caso, com desaguadouro em curso de água perene, ou outro sistema, sempre sujeito à aprovação da autoridade sanitária competente: 10.9.1. Os coletores gerais serão constituídos por condutores fechados ou tubulações de diâmetro

apropriado, dotados de caixas de inspeção; 10.9.2. A rede de esgoto sanitário, sempre independente da de esgoto industrial, também estará

sujeita à aprovação da autoridade sanitária competente. 11. EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES HIGIÊNICO SANITÁRIAS

Destinar-se-ão a propiciar higiene do ambiente, do pessoal e das operações desenvolvidas no matadouro, antes, durante e após os trabalhos, de forma a se assegurar a qualidade higiênico-sanitária dos produtos.

11.1. Estes equipamentos compreendem:

11.1.1. Esterilizadores: São caixas de aço inoxidável, providas na parte superior de uma fenda longitudinal para receber facas, tesouras e "alicates" e pequenas aberturas circulares para a introdução dos fuzis. Na parte inferior (fundo), deverão dispor de um bujão de descarga para a limpeza da caixa. Serão obrigatoriamente instalados na área de sangria, de abertura do abdômen, nas linhas de inspeção "post mortem" e seção de cortes e desossa. Desde que necessário, a obrigatoriedade poderá ser estendida a outras áreas, a juízo da Inspeção Federal;

11.1.2. Lavatórios: Serão instalados nos gabinetes de higienização, vestiários e sanitários, recinto das salas de manipulação (estrategicamente localizados, de modo a facilitar o uso dos mesmos pelos operários em trabalho), pontos de acesso às seções e onde se fizerem necessários, a critério da Inspeção Federal. Suas torneiras serão acionadas a pedal ou outros mecanismos que impeçam o uso direto das mãos e deve possuir ainda recipiente para sabão líquido e toalhas descartáveis (ou outro dispositivo para secagem das mãos).

11.1.3. Bebedouros: Serão instalados no interior das diversas dependências, acionadas a pedal e localizados adequadamente;

11.1.4. Instalação de água e vapor: 11.1.4.1. Para lavagem do piso e paredes, bem como para lavagem e desinfecção de

equipamentos, recomenda-se a instalação de misturadores de água e vapor, em pontos convenientes das salas, com engate rápido para mangueiras apropriadas;

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11.1.4.2. A água consumida em todo o estabelecimento, qualquer que seja o seu emprego, deverá apresentar obrigatoriamente as características de potabilidade especificadas no artigo 62, do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA. Será compulsoriamente clorada com garantia de sua inocuidade microbiológica, independente de sua procedência (água de superfície, represadas, nascentes, poços comuns ou tubulares profundos, rede pública de abastecimento). A cloração obrigatória, aqui referida. não exclui, obviamente, o prévio tratamento químico (floculação, sedimentação, filtração e neutralização), tecnicamente exigido para certas águas impuras, notadamente as de superfície e de cuja necessidade julgará a Inspeção Federal;

11.1.4.3. O consumo médio de água em matadouros avícolas poderá ser calculado tomando-se por base o volume de 30 (trinta) litros por ave abatida, incluindo-se aí o consumo de todas as seções do matadouro. Permitir-se-á volume médio de consumo inferior, desde que preservados os requisitos tecnológicos e higiênico-sanitários previstos na presente Norma, mediante aprovação prévia do DIPOA.

11.1.4.4. Deverá ser instalado mecanismo de alarme sonoro junto ao sistema de dosagem de cloro da água de abastecimento industrial.

11.1.5. Gabinete de higienização: É o local destinado a higienização das mãos, dotado de dispositivo para lavagem e

desinfecção de botas, adequado ao número de funcionários e estrategicamente localizado.

ANEXO III HIGIENE DO AMBIENTE DA INSPEÇÃO ANTE MORTEM E POST MORTEM

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1. Exigir-se-á a higienização dos pisos, paredes, equipamentos, maquinários e instrumentos de trabalho, especialmente das dependências que manipulem produtos comestíveis, imediatamente após o término dos trabalhos industriais ou entre turnos;

1.2. As dependências internas , bem como a área circundante do estabelecimento, serão mantidas livres de insetos, de roedores, cães e outros animais, cuidando-se, particularmente, dos focos de moscas e baratas;

1.3. O maquinário, carros, tanques, mesas, continentes e demais utensílios, serão convenientemente identificados de modo a evitar qualquer confusão entre os destinados a produtos comestíveis e, os utilizados no transporte ou depósito de produtos não comestíveis e condenados;

1.4. O pessoal que manipula produtos condenados fic ará obrigado a desinfecção das mãos, instrumentos e vestuários, com substâncias apropriadas. O mesmo se aplica aos operários que lidam com a matéria prima de graxaria (resíduos);

1.5. Todas as vezes que for necessário, a Inspeção Federal determinará a substituição, raspagem, pintura e reforma de pisos, paredes, tetos, equipamentos, etc.

2. HIGIENE DAS INSTALAÇÕES

2.1. Lavador de caminhões e engradados: 2.1.1. As instalações destinadas à lavagem e desinfecção de caminhões transportadores de aves

vivas e engradados, deverão prever tratamento independente de suas águas residuais antes de serem lançadas no esgoto geral; 2.1.1.1. A lavagem será feita com dispositivos com água sob pressão e a desinfecção

realizada, preferentemente, com pulverizadores (aspersão); 2.1.1.2. Para a desinfecção, os agentes empregados serão aqueles indicados pelo Serviço de

Defesa Sanitária Animal, do Ministério da Agricultura; 2.1.1.3. Nos casos de verificação de doenças infecto contagiosas, serão aplicadas,

rigorosamente, as medidas preconizadas no Art. 92 parágrafo 3º do RIISPOA. 2.2. Plataforma de recepção de aves:

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2.2.1. De um modo geral, a higienização dessa área compreenderá a remoção dos excrementos (e demais sujidades), lavagem e desinfecção;

2.2.2. A lavagem será executada com dispositivos de água sob pressão, até a melhor limpeza das superfícies;

2.2.3. As aves que morrerem na plataforma de recepção ou durante o transporte, serão encaminhadas, com presteza, em recipientes fechados e identificados, ao forno crematório ou à graxaria, sempre sob controle da Inspeção Federal.

2.3. Pisos, paredes e tetos, em geral: 2.3.1. Ao terem início os trabalhos da jornada, é indispensável que os pisos se apresentem

irrepreensivelmente limpos em todos os pontos das salas e anexos. Esta limpeza, no decorrer das operações, deverá também ser mantida da melhor maneira possível. Para isto é mister a lavagem freqüente, principalmente das áreas mais propensas à ocorrência de sujidades, com água em volume suficiente e distribuída de maneira adequada. Todo cuidado deve ser tomado a fim de evitar-se respingos sobre as carcaças e miúdos. A remoção das sujidades para as canaletas e ralos e a secagem do piso por meio de rodos, deverá ser operação de natureza contínua. É importante evitar a estagnação das águas servidas, em qualquer ponto das seções, devendo constituir-se mesmo uma preocupação que o piso além de limpo, mantenha-se, tanto quanto possível, seco. As canaletas serão, constantemente, varridas e lavadas, uma vez que a remoção freqüente dos resíduos sólidos facilita a fluência e o escoamento da água de lavagem; 2.3.1.1. Terminados os trabalhos da jornada, o piso, os ralos e as canaletas serão submetidas

a uma cuidadosa lavagem com água quente sob pressão; 2.3.2. As paredes também, findos os trabalhos do dia, receberão lavagem idêntica à do piso e,

ocasionalmente, a juízo da Inspeção, uma higienização com detergentes; 2.3.3. O emprego de lâmpadas ultravioletas e a ozonização das câmaras com finalidade higiênica,

será regulado por instrução própria.

3. HIGIENE DO EQUIPAMENTO

3.1. Todos os equipamentos do matadouro que tenham contato direto ou indireto com as carnes, deverão estar rigorosamente limpos ao terem início os trabalhos, condição sem a qual a Inspeção Federal não poderá autorizar o funcionamento da seção ou seções. Do mesmo modo, no decorrer das operações, a manutenção da higiene é questão de observância. Quando houver interrupção dos trabalhos para refeição, também deverá ser aplicado igual procedimento;

3.2. De um modo geral, a limpeza e desinfecção do equipamento serão levados a efeito com o emprego de água quente sob pressão e aplicada por dispositivos adequados que se acoplarão em bicos de misturadores de água e vapor. Além disso usar-se-ão sabões ou detergentes, soluções bactericidas diversas, desde que aprovadas, seguindo-se sua aplicação de eficiente enxaguadura;

3.3. A lavagem geral das salas e equipamentos somente será levada a efeito, depois que o recinto estiver inteiramente livre de produtos comestíveis;

3.4. Não permitir o uso de utensílios em geral com cabos de madeira. As escovas utilizadas para limpeza de pisos e paredes não poderão, em hipótese alguma, serem usadas para limpeza de qualquer equipamento;

3.5. Especial atenção deverá ser dada aos seguintes equipamentos: 3.5.1. Escaldadores:

Deverão ser completamente esgotados ao final de cada jornada de trabalho, ou quando se fizer necessário, a juízo da Inspeção Federal, removendo-se, totalmente, os resíduos aí acumulados e higienizando-os devidamente;

3.5.2. Depenadeiras: De idêntica forma, deverão ser convenientemente limpas, observando-se a remoção total das penas aderidas em suas superfícies e "dedos" depenadores;

3.5.3. Todos os equipamentos automáticos (para corte de cloaca, corte e desarticulação de pescoço, corte abdominal, eventração e/ou outros), deverão dispor de eficiente sistema de higienização contínua, durante todo o processamento;

3.5.4. Limpador de moelas:

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A higienização do limpador de moelas deverá ser auxiliada com o uso de jatos d’água sob pressão;

3.5.5. Extrator de pulmões: Suas tubulações e os depósitos deverão prever facilidade de remoção dos pulmões aí contidos e adequada limpeza dos equipamentos;

3.5.6. Resfriadores contínuos ("CHILLER"): Após totalmente esgotados, suas superfícies deverão ser esfregadas com o auxílio de escovas, cuidando-se, particularmente, de suas peças internas;

3.5.7. Esteira transportadora de carcaças e miúdos Sempre que usadas, deverão prever sistema de lavagem contínua com água preferentemente morna.

3.5.8. Motores: Todas as máquinas terão seus motores devidamente protegidos e blindados, para a eficiência da limpeza e segurança dos operários;

3.5.9. Recipientes: 3.5.9.1. os recipientes em geral, tanto os reservados aos produtos comestíveis como aos

produtos não comestíveis, logo que fiquem cheios, deverão ter seu conteúdo imediatamente removido para o destino conveniente;

3.5.9.2. a capacidade dos recipientes nunca deverá ser excedida, a fim de prevenir o transbordamento da matéria sobre o piso;

3.5.9.3. os recipientes destinados ao transporte e acondicionamento de produtos comestíveis jamais poderão ser utilizados para outra finalidade;

3.5.9.4. quando as condições de trabalho não permitirem a mecanização do transporte de resíduos (inclusive condenados) para a graxaria, os recipientes deverão ser higienizados com água quente e vapor, quando do seu retorno, em área destinada a esse fim;

3.5.9.5. os recipientes de condenados serão submetidos a rigorosa desinfecção ao término dos trabalhos;

3.5.10. Trilhos aéreos, correntes e ganchos: 3.5.10.1. a limpeza dos trilhos aéreos será necessária para remoção das crostas formadas por

sangue, penas, detritos, etc., e realizada com auxílio de água e escovas de "nylon", cujo equipamento deverá estar localizado no retorno dos transportadores aéreos;

3.5.10. 2. na inspeção post mortem, os ganchos utilizados para a inspeção final, deverão ser adequadamente higienizados;

3.5.11. Esterilizadores: A água no interior das caixas, quando em uso, deverá estar à temperatura mínima de 85ºC (oitenta e cinco graus centígrados), observando-se ainda que o tempo de imersão do instrumental deverá durar pelo menos 3 (três) minutos. Por esta razão, os operários deverão dispor de facas e/ou tesouras em duplicata. Exigir-se-á a limpeza diária desses esterilizadores, com jatos de vapor e a renovação da água deverá ser contínua e quando isto não for possível, pelo menos 2 (duas) vez por turno;

3.5.12. Caminhões transportadores de produtos: 3.5.12.1. os veículos transportadores de produtos, em seguida ao seu emprego, deverão ser

lavados com água (preferentemente quente) e detergentes, e ainda desinfectados, cumprindo à inspeção verificar, no momento do embarque, as condições de atendimento a esses requisitos higiênicos;

3.5.12.2. quando esses veículos forem lavados no próprio estabelecimento, deverá dispor de local ser apropriado e exclusivo (completamente distinto das instalações existentes para lavagem de veículos transportadores de aves), devendo a água ser empregada sob pressão, em torno de 1 (uma) atmosfera.

4. HIGIENE DAS OPERAÇÕES:

Entre as inúmeras operações que se desenvolvem no estabelecimento, merecem destaque especial, sob o ponto de vista higiênico, as seguintes:

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4.1. Sangria: 4.1.1 Remoção freqüente de sangue e água, de maneira que a área apresente sempre o melhor

estado de limpeza; 4.1.2. Rigoroso respeito ao que foi prescrito com referência ao tempo de sangria e início da

escaldagem; 4.1.3. Funcionamento perfeito do esgoto da canaleta, para rápida vazão de sangue; 4.1.4. Os equipamentos e instrumentos de sangria devem ser higienizados adequadamente, com a

necessária frequência. 4.2. Extração da cloaca:

Deverá ser efetuada de tal forma que não se faça a ablação da cloaca (separação) dos aparelhos digestivos e urogenital que nela se abrem, com a finalidade de diminuir a contaminação das carcaças por fezes, que o processo tradicional de retirada total de cloaca fatalmente determina. Esta operação será feita com as aves suspensas pelos pés, executando-se a incisão "rodelar" da cloaca (pericloaca), deslocando-se da carcaça, sem contudo separá-la da porção final do intestino. Os dispositivos automáticos ou mecanizados para execução desta operação deverão dispor de auto lavagem com água corrente sob pressão. O dispositivo mecânico (pistola extrator de cloaca) deverá dispor do sistema para auto lavagem com água corrente, acionado a cada operação, evitando-se a descarga sobre as carcaças.

4.3. Corte abdominal: Deverá ser efetuado de tal forma que não rompa as vísceras e proporcione facilidade de exposição das mesmas. Os dispositivos automáticos para execução desta operação devem dispor de sistema de auto lavagem, com água corrente sob pressão.

4.4. Interrupção dos trabalhos industriais: Somente poderão ocorrer quando todas as aves, já sangradas, tiverem seu processamento normal concluído e o reinício dos trabalhos só se efetuará com as instalações e equipamentos devidamente limpos.

4.5. Evisceração: Observar os cuidados higiênicos nos procedimentos da evisceração, especialmente, após a inspeção sanitária.

4.6. Manipulação de carnes e vísceras: Os procedimentos de manipulação de carnes e vísceras deverão obedecer os princípios básicos de higiene.

5. HIGIENE DO PESSOAL

A higiene dos operários é de primordial importância nos trabalhos do matadouro. As medidas até agora salientadas, referentes à higienização das instalações e equipamentos da indústria, estariam diminuídas ou mesmo anuladas no seu valor, se não fossem acompanhadas das alusivas ao pessoal. A esse respeito, devem constituir objeto de atenção constante da Inspeção Federal - IF: o estado de saúde dos que trabalham direta, ou indiretamente, com os produtos, o asseio e a adequação do seu vestuário e seus hábitos higiênicos, não apenas relacionados com suas próprias pessoas, como, também, com a maneira de se conduzirem na execução de suas tarefas.

O estabelecimento deve organizar programa de treinamento de pessoal em Higiene Industrial e o Serviço de Inspeção Federal - SIF deverá participar da concepção e execução do mesmo.

5.1. Condição de saúde: A Inspeção Federal deverá fazer observar, com o maior rigor, os preceitos ao artigo 92 do RIISPOA e seus parágrafos, a seguir transcritos na íntegra: "Artigo 92 - Os operários que trabalham na indústria de produtos de origem animal serão portadores de carteiras de saúde fornecidas por autoridades sanitárias oficiais. Devem apresentar condições de saúde e ter hábitos higiênicos; anualmente, serão submetidos a exame, em repartição de saúde pública, apresentado à Inspeção Federal as anotações competentes em sua carteira, pelas quais se verifique que não sofrem doenças que os incompatibilizem com os trabalhos de fabricação de gêneros alimentícios. § 1º - Na localidade onde não haja serviço oficial de Saúde Pública podem ser aceitos, a juízo do DIPOA, atestados fornecidos por médico particular.

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§ 2º - A inspeção médica é exigida, tantas vezes quantas necessárias, para qualquer empregado dos estabelecimentos, inclusive seus proprietários, se exercerem atividades industriais. § 3º Sempre que fique comprovada a existência de dermatoses, de doenças infecto contagiosas ou repugnantes e de portadores inaparentes de salmonelas, serão eles imediatamente afastados do trabalho, cabendo à Inspeção Federal comunicar o fato à autoridade de Saúde Pública."

5.2 . Vestuários e instrumentos de trabalho: 5.2 .1. Será obrigatório o uso de uniforme branco pelos operários (para os homens: gorros, calça e

camisa ou macacão, preferentemente protegidos por aventais; para as mulheres touca, calça e blusa ou macacão, este protegido por avental). Faculta-se o uso de uniforme de cor escura para trabalhadores de manutenção de equipamentos e que não manipulem produtos comestíveis. Não será permitido o uso de roupas de cor escura, por baixo do uniforme de trabalho. Os funcionários que executam funções de higienização de instalações e equipamentos devem ser perfeitamente identificados para a finalidade de que haja uma melhor identificação.

5.2.2. Todas as vezes que os operários se ausentarem das seções de manipulação, durante o trabalho, deverão deixar à saída das mesmas os aventais e luvas, dependurados em cabides apropriados, bem como os utensílios de trabalho;

5.2.3. Para todos aqueles que trabalham no matadouro, é obrigatório o uso de botas de borracha ou material equivalente, preferentemente brancas ou claras e resistentes à higienização;

5.2.4. O uniforme de trabalho só poderá ser utilizado no próprio local. Toda vez que o operário tiver que se retirar do estabelecimento, deverá trocar previamente a roupa, guardando seu uniforme em local apropriado. Nos casos em que o estabelecimento não disponha de lavanderia própria, faculta-se a lavagem de uniformes por lavanderia industrial, sob responsabilidade da empresa;

5.2.5. O porte de equipamentos de trabalho (facas, ganchos e fuzis) será obrigatoriamente feito com a proteção de "bainha" metálica inoxidável (aço inoxidável ou duralumínio), vedando-se o uso daqueles confeccionados com couro ou outro material similar;

5.2.6. Será vedado o uso de qualquer protetor nos instrumentos de trabalho; 5.2.7. É vedado o uso de: esmalte nas unhas, anéis, brincos, pulseiras e outros adornos, bem como

de relógio de pulso, para todos aqueles que manipulam diretamente com carcaças e miúdos ainda não protegidos (embalados);

5.2.8. Nas áreas de descanso, internas ou externas, serão instalados bancos, cadeiras, etc., proibindo-se que os operários uniformizados se sentem diretamente no chão, prumadas ou outros locais impróprios.

5.3. Hábitos higiênicos: É exigida dos operários a apresentação ao serviço com as unhas aparadas e sem panos amarrados nas mãos, à guisa de proteção. Ao ingressarem nas dependências industriais e ao saírem dos sanitários, serão compelidos a lavarem as mãos, com água e sabão líquido e a seguir, proceder a desinfecção em recipiente estrategicamente localizado, utilizando-se produtos aprovados pelo DIPOA, exigindo-se de outra parte, o cumprimento dos artigos 84 e 85 do RIISPOA.

6. HIGIENIZAÇÃO (LAVAGEM E DESINFECÇÃO)

A higienização de todo o estabelecimento, incluindo instalações, equipamentos e utensílios, deve constar de programa específico disposto em memorial descritivo de todos os procedimentos, freqüência e métodos de avaliação da eficiência, detalhado por seção, especificando, ainda, todas as substâncias empregadas para tal finalidade.

A lavagem e desinfecção das instalações, equipamentos e utensílios, deve obedecer o seguinte:

6.1 Pré lavagem com água sob pressão para remoção de sólidos;

6.2. Remoção física por ajuda mecânica ou uso de detergentes;

6.3. Lavagem para a remoção de detergentes e sólidos; 6.4. Aplicação de desinfetantes, quando necessário e, sempre procedido de completa enxaguagem; 6.5. Os procedimentos de lavagem e desinfecção geral do estabelecimento, deverão ser executados

quando os ambientes estiverem livres dos produtos comestíveis;

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6.6. As soluções empregadas na higiene das instalações, do equipamento e do pessoal, devem sempre ser aquelas registradas no Ministério da Saúde e ter seu uso autorizado pelo DIPOA;

6.7. Todo cuidado deverá ser tomado no manuseio da soluções concentradas de desinfetantes, evitando seu contato com as mucosas oculares e nasais, principalmente;

6.8. Nos intervalos, não superiores a 1 (uma) hora, para refeição e descanso dos operários, permite-se somente a lavagem das seções, equipamentos e utensílios, com água sob pressão.

6.9. O SIF deve conhecer a natureza, periodicidade e resultados decorrentes do programa de Higiene Industrial desenvolvido pelo estabelecimento.

6.10. O Veterinário do SIF deverá proceder a análise regular dos resultados do programa de Higiene Industrial do estabelecimento e realizar os exames complementares que forem necessários.

6.11. Os resultados serão objetos de relatório, cujas conclusões e recomendações serão levadas ao conhecimento do estabelecimento.

7. O estabelecimento deverá desenvolver o Controle de Insetos e Roedores, como parte do programa

de Higiene do Ambiente Industrial.

7.1. Deverá ser providenciado um relatório mensal, com dados diários, sobre o acompanhamento dos pontos e dispositivos de controle;

7.2. A análise dos relatórios do programa de controle e os procedimentos complementares serão atribuição do SIF.

ANEXO IV

INSPEÇÃO ANTEM 1. É atribuição específica do Médico Veterinário, encarregado da Inspeção Federal, e compreende o exame

visual dos lotes de aves destinadas ao abate, bem como o conjunto de medidas adotadas para a habilitação das mesmas ao processamento industrial.

2. A inspeção ante mortem tem como objetivo: 2.1. Evitar o abate de aves com repleção do trato gastrointestinal e, consequentemente, possíveis

contaminações durante o processamento industrial (artigo 227 do RIISPOA). Para tanto, as aves que chegarem ao abate, deverão cumprir a suspensão da alimentação por um período mínimo de 6 (seis) a 8 (oito) horas;

2.2. Conhecer o histórico do lote, através do Boletim Sanitário, para evitar o abate em conjunto de aves que tenham sido acometidas de doenças que justifiquem o abate em separado, através de matança de emergência imediata (artigo 123 - RIISPOA);

2.3. Detectar doença que não seja possível a identificação no exame post mortem, especialmente, as que afetam o sistema nervoso;

2.4. Identificar lotes de aves com suspeitas de problemas que, comprovadamente, justifiquem redução na velocidade normal de abate, para exame mais acurado;

2.5. Possibilitar a identificação de lotes de aves que tenham sido tratados com antibióticos (através do Boletim Sanitário) para efeito de seqüestro, objetivando a realização de análises laboratoriais, com vistas a possível presença de resíduos na carne.

3. A inspeção ante mortem será realizada junto à plataforma de recepção, que deve possuir área específica e isolada para realização de necrópsia, quando for necessário. 3.1. A seção de necrópsia deve dispor de equipamentos e utensílios necessários para a finalidade,

inclusive, recipientes próprios para collheita de materiais para remessa a laboratório. Deve dispor ainda de recipiente de aço inoxidável, com fechamento hermético, para colocação de aves e/ou despojos após a necropsia;

3.2. Quando a área de necropsia for contígua à plataforma, deve ser perfeitamente isolada desta e do corpo industrial, de modo a não permitir interferência na recepção de aves e no fluxograma operacional da indústria;

3.3. As aves necropsiadas devem ser incineradas em forno crematório, ou processadas juntas com subprodutos não comestíveis;

3.4. O forno crematório, neste caso, será isolado da indústria, preferentemente na área próxima à graxaria;

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4. Juntamente com a prévia notificação de abate, ou acompanhamento cada lote de aves, as firmas deverão encaminhar à Inspeção Federal o Boletim Sanitário, no qual deve conter os seguintes dados: (artigo 129 do RIISPOA). 4.1. Procedência das aves, constando o nome e endereço da granja produtora e o número do lote ou

galpão; 4.2. Nº de aves (inicial e final); 4.3. Doenças detectadas no lote; 4.4. Tipo de tratamento a que o lote foi submetido, especificando o agente terapêutico usado e duração

do tratamento; 4.5. Data de suspensão de ração com antibiótico e/ou coccidiostáticos; 4.6. Data e hora de retirada de alimentação; 4.7. Outros dados julgados necessários; 4.8. Assinatura do Médico Veterinário responsável pelo plantel.

5. Os lotes nos quais foram detectadas aves com suspeita ou, comprovadamente, portadoras de doenças que justifiquem o abate em separado, deverão ser abatidos no final da matança normal, sob cuidados especiais (Matança de Emergência Mediata). Dependendo do caso, as carnes poderão ser declaradas próprias ou impróprias para o consumo.

6. Quando houver necessidade da realização da Matança de Emergência Imediata, esta deverá ser cercada de todos os cuidados higiênicos e sanitários e ao término será procedida completa higienização e, quando necessitar, desinfecção das instalações, equipamentos e utensílios, bem como renovação total da água dos pré-resfriadores e escaldadeiras.

7. Em lotes nos quais forem comprovadamente detectadas aves com zoonoses, o Médico Veterinário do SIF/DIPOA poderá autorizar o sacrifício ao final da matança, se forem observadas precauções para reduzir ao máximo os riscos de propagação dos agentes causadores e atendidas as demais disposições expedidas pelo órgão oficial de Defesa Sanitária, devendo neste caso as carnes serem condenadas.

8. Não será permitido o abate de aves submetidas a tratamento com medicamentos e que não tenha sido obedecido o prazo recomendado entre a suspensão da aplicação e data de abate.

9. Na Inspeção ante mortem deverão também ser observadas as condições de transporte de aves vivas, com atenção para a lotação ideal das gaiolas.

ANEXO V INSPEÇÃO POST MORTEM

1. É efetuada individualmente durante o abate, através de exame visual macroscópico de carcaças e vísceras e, conforme o caso, palpação e cortes.

2. Os locais ou pontos da seção de matança onde se realizam esses exames são denominados "Linhas de Inspeção" e devem ser localizadas ao longo da calha de evisceração, dispondo das seguintes condições: 2.1. Iluminação adequada, conforme especificado no Anexo II, subitem 3.5, alínea 3.5.2; 2.2. Espaçamento mínimo de 1 (um) metro para cada Inspetor; 2.3. Dispositivos para lavagem e esterilização de instrumentos e lavatórios de mãos; 2.4. Sistema de controle e registro da ocorrência de afecções e destinação de carcaças e vísceras.

3. Somente após o término da inspeção post mortem, haverá retirada, e/ou processamento de carcaças e/ou parte e miúdos.

4. Permite-se a instalação de outro(s) ponto(s) de inspeção das carcaças fora da calha de evisceração ou outra operação desta natureza.

5. Deverá existir sistema de identificação das aves que apresentarem problemas de ordem sanitária e que necessitem exames complementares, a serem realizados na área de inspeção final (Anexo II, item 4, alínea 4.4.12) e que, devem ser, imediatamente, desviadas da linha de abate (Inspeção Final). 5.1. A inspeção de linha é realizada por pessoal treinado especificamente para tal função, mas o juízo

final sobre a comestibilidade das carnes e vísceras, cabe única e exclusivamente ao veterinário oficial.

5.2. A identificação de cada carcaça e vísceras desviadas da linha de abate para a inspeção final deverá ser mantida até o exame final do Veterinário do SIF estar completado.

6. O veterinário oficial responsável pela Inspeção Federal junto ao matadouro se incumbe também, da missão de especificar a velocidade da nória na linha de evisceração, de maneira que durante todo o abate seja possível a normal realização dos exames post mortem. 6.1. É importante ressaltar que a referida velocidade deve estar regulada de forma a permitir a realização

de uma adequada inspeção sanitária, e não somente em consonância com a capacidade aprovada de

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suas instalações e equipamentos, observando-se ainda, as numerosas variáveis com relação à sanidade de cada lote de aves;

6.2. Assim, quando da Inspeção ante ou post mortem forem detectadas afecções nas aves, que indiquem a necessidade de exames mais acurados, a velocidade de abate ficará condicionada a perfeita execução dos trabalhos;

6.3. A velocidade de abate tem implicação sobre todos os trabalhos, abrangendo os aspectos tecnológicos, higiênicos e sanitários. Assim sendo, deverá estar ajustada à área útil de trabalho, à capacidade do equipamento e ao número e qualificação técnica dos operários encarregados das diferentes tarefas.

7. Os exames realizados nas linhas de inspeção são procedidos por uma fase dita preparatória, que tem por finalidade, apresentar à inspeção de carcaças e vísceras em condições de serem eficientemente examinadas, facilitando a visualização interna e externa e ainda, de preservar, sob o ponto de vista higiênico, as porções comestíveis. A perfeita execução desta operação é de responsabilidade da empresa.

8. A Inspeção post mortem de aves se realiza em três etapas ou "Linhas de Inspeção", a saber: 8.1. Linha A - Exame interno:

8.1.1. Realiza -se através da visualização da cavidade torácica e abdominal (pulmões, sacos aéreos, rins, órgãos sexuais), respeitando o tempo mínimo de 2 (dois) segundos por ave.

8.2. Linha B - Exame de vísceras: 8.2.1. Visa o exame do coração, fígado, moela, baço, intestinos, ovários e ovidutos nas poedeiras; 8.2.2. Realiza -se através da visualização, palpação, conforme o caso, verificação de odores e ainda

incisão; 8.2.3. Assim, no exame dos órgãos verifica-se o aspecto (cor, forma, tamanho), a consistência, e

em certas ocasiões, o odor; 8.2.4. Na execução do exame em questão, deve ser respeitado o tempo mínimo de 2 (dois)

segundos por aves. 8.3. Linha C - Exame externo:

8.3.1. Realiza -se através da visualização das superfícies externas (pele, articulações, etc.). Nessa linha efetua-se a remoção de contusões, membros fraturados, abscessos superficiais e localizados, calosidades, etc. Preconiza-se, também, o tempo mínimo de 2 (dois) segundos por ave para a realização deste exame.

9. Tabela Númerica de Funcionários de Linhas de Inspeção em Relação à Velocidade de Abate na Linha de Evisceração 9.1. Tipos de Estabelecimentos em função da Capacidade e Velocidade de Abate

Tipo 1 - Velocidade de até 1.000 aves/hora Tipo 2 - Velocidade de 1.000 a 2.000 aves/hora Tipo 3 - Velocidade de 2.000 a 3.000 aves/hora Tipo 4 - Velocidade de 3.000 a 4.000 aves/hora Tipo 5 - Velocidade de 4.000 a 5.000 aves/hora

9.2. Abate em velocidades acima de 5.000 aves/hora será disciplinado por instruções específicas, complementares ao presente Regulamento.

9.3. O número de funcionários especificados na Tabela abaixo, será referente, tão somente, às necessidades junto às linhas de inspeção, não computando outras necessidades, devendo, portanto, ser observado o disposto na Portaria n.º 082, de 27 de fevereiro de 1976. Devem ainda ser observadas particularidades de cada indústria, constituindo-se, portanto, em referência básica e não absoluta.

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS LINHAS DE

INSPEÇÃO TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 TIPO 4 TIPO 5

LINHA A Exame Interno

1 1 1 2 3

LINHA B Exame Vísceras

- - 1 1 2

LINHA C Exame Externo

- 1 1 1 1

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SUBSTITUTO DAS LINHAS

1 1 1 1 1

ANEXO VI

ESQUEMA DE TRABALHO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL NOS MATADOUROS DE AVES

1. ANTES DO INÍCIO DA MATANÇA

1.1. Inspeção ANTE MORTEM

1.1.1. Recebimento e conferência do Boletim Sanitário, observando-se o correto atendimento ao disposto no item 4 do Capítulo III;

1.1.2. Observar a sanidade das aves, bem como as demais disposições do item acima referido para efeito de autorização e início da matança.

1.2. Escalação do pessoal para as linhas de inspeção, pelo veterinário responsável; 1.3. Verificação das condições higiênicas das instalações e dos equipamentos da sala de matança: pisos

e sistemas de drenagem, paredes, tetos, instalações sanitárias anexas, pias (com sabão e papel toalha), mesas em geral, recipientes, carrinhos (inclusive sua identificação), linha aérea, gancheiras e esterilizadores;

1.4. Verificação do normal funcionamento dos dispositivos de higienização: esterilizadores de facas e mangueiras de vapor;

1.5. Verificação da apresentação dos trabalhadores, quanto: 1.5.1. A correção e limpeza do uniforme de serviço (inclusive gorros), com duas ou mais trocas por

semanas, facultando-se o uso de aventais plásticos ou transparentes; 1.5.2. A ausência de feridas purulentas nas mãos e braços, protegidos ou não por esparadrapo,

gaze, etc.; 1.5.3. As condições higiênicas das mãos (unhas aparadas e limpas, sem esmalte, dedeira ou

qualquer outra proteção de pano ou couro). 1.6. Verificação da apresentação dos funcionários da Inspeção Federal, quanto à correção de conservação

do uniforme oficial.

2. DURANTE OS TRABALHOS DE MATANÇA

2.1. Comprovar que os engradados e os veículos são lavados e desinfectados após seu uso. 2.2. Comprovar que o atordoamento está sendo feito corretamente, considerando-se a intensidade do

choque, em consonância com o peso médio das aves e velocidade d e abate; 2.3. Verificação do tempo mínimo de sangria, antes de cujo cumprimento, nenhum trabalho pode ser

efetuado no animal. Idem, quanto à técnica da operação de sangria, de modo a assegurar o escoamento máximo de sangue;

2.4. Verificação da manutenção da limpeza da área de sangria e demais dependências da Sala de Matança, bem como da metódica remoção de produtos e resíduos da sala;

2.5. Verificação do estado e funcionamento dos esterilizadores situados nos diversos pontos da sala; se possuem carga completa de água limpa (renovada sempre que necessário) e em temperatura nunca inferior a 85ºC, jamais permitindo-se seu uso para finalidade estranhas; observação da freqüência e da oportunidade do seu uso pelos funcionários da IF e operários, com especial atenção à sangria, corte abdominal e linhas de inspeção;

2.6. Para prevenir contaminação das carcaças, vísceras ou qualquer outra porção destinada a fins comestíveis e a conseqüente e imperativa condenação, exercer o controle, com especial atenção, do cumprimento das seguintes exigências: 2.6.1. Funcionamento adequado do chuveiro de lavagem externa de carcaças, ao entrar na zona

limpa, para se proceder a evisceração; 2.6.2. O uso adequado da pistola de cloaca, evitando o seccionamento de porções intestinais, e a

sistemática auto lavagem da mesma; 2.6.3. O corte abdominal é de suma importância, pois dele depende as condições de apresentação

da carcaça e vísceras à inspeção sanitária, ressaltando-se que nesta tarefa é onde ocorre o maior número de contaminações;

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2.6.4. Não permitir a lavagem do piso com mangueiras, quando houver animais sendo trabalhados, para evitar respingos contaminadores sobre as carcaças e a trilhagem, ou altura de mesas permitirem esse risco.

2.7. Verificação do trabalho dos funcionários da IF nas linhas de inspeção: execução integral e correta dos exames, de acordo com as técnicas estabelecidas, corretos procedimentos nas rejeições efetuadas nas próprias linhas e das apreensões de peças para Inspeção Final; observância das causas assinaladas nos quadros marcadores; observância dos cuidados higiênicos, quando da condenação ou apreensão de peças (lavagem de mãos, desinfecção de facas);

2.8. Verificação do cumprimento, por parte dos operários, da lavagem das mãos e desinfecção de facas durante os trabalhos de evisceração;

2.9 . Verificação do uso correto dos recipientes de produtos comestíveis; 2.10. Verificação do comportamento higiênico dos operários; lavagem das mãos com água e sabão toda

vez que ingressarem na sala, vindos dos gabinetes sanitários ou de outra dependência do estabelecimento: hábitos higiênicos (não escarrar, não cuspir, não fumar); lavagem e higienização das botas, com solução desinfetante;

2.11. Verificação das condições das pias: se estão limpas, desentupidas, providas de sabão líquido e de toalhas descartáveis;

2.12. Manutenção de limpeza e organização dos trabalhos da área de Inspeção Federal; 2.13. Verificação de eficiência da lavagem externa de carcaças na saída da calha de evisceração. A

carcaça deve entrar no sistema de pré resfriamento livre de sujidades ou outro material estranho; 2.14. Controle do perfeito funcionamento do sistema de pré resfriamento por imersão em água

observando os seguintes itens: 2.14.1. Temperaturas corretas nos diversos estágios; 2.14.2. Renovação constante de água, na proporção preconizada, e no sentido contrário ao

movimento de carcaças e miúdos; 2.14.3. Controle da hipercloração da água de renovação do sistema, dentro dos parâmetros

recomendados; 2.14.4. Controle da correta temperatura das carcaças e miúdos à saída do sistema.

2.15. Controle do índice de absorção de água pelas carcaças de aves submetidas ao pré-resfriamento por imersão em água, dentro do limite permitido. Entende-se por índice de absorção o percentual de água adquirida pelas carcaças de aves durante o processo de matança e demais operações tecnológicas, principalmente no sistema de pré resfriamento por imersão, uma vez que pequeno percentual de água absorvida ocorre durante a escaldagem, d epenagem e diversas lavagens na linha de evisceração (em média até 3%). O sistema de controle da absorção de água em carcaças de aves submetidas ao pré-resfriamento por imersão deve ser eficiente e efetivo, sem margem a qualquer prejuízo na qualidade do p roduto final. Os métodos oficiais para o referido controle são o Método de Controle Interno, realizado em nível de processamento industrial pela IF local, e o Método do Gotejamento para controle de absorção de água em carcaças congeladas de aves submetidas ao pré-resfriamento por imersão. 2.15.1. Método de Controle Interno:

O controle aqui especificado refere-se à água absorvida durante o pré resfriamento por imersão que está diretamente relacionado principalmente com a temperatura da água dos resfriadores, tempo de permanência no sistema, tipo de corte abdominal, injeção de ar no sistema (borbulhamento) e outros fatores menos significativos. A quantidade de água determinada por este método exprime-se em percentagem do peso total da carcaça de ave no limite máximo de 8% de seus pesos.

2.15.2. Técnica: Baseia-se na comparação dos pesos das carcaças devidamente identificadas, antes e depois do pré resfriamento por imersão:

2.15.2.1. Nº de carcaças: no mínimo 10 carcaças em cada teste; 2.15.2.2. Separar as carcaças a serem testados após a saída do último chuveiro da calha de

evisceração; 2.15.2.3. Prover o prévio escorrimento da água retida nas cavidades; 2.15.2.4. Pesar, individual ou coletivamente, as carcaças a serem testadas, determinando

assim o peso inicial (Pi); 2.15.2.5. Identificar as carcaças em teste antes de entrarem no sistema de pré resfriamento

por imersão;

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2.15.2.6. Retirar as carcaças em teste para pesagem somente após o gotejamento das mesmas;

2.15.2.7. Pesar, individualmente ou coletivamente, as carcaças em teste, determinando assim o peso final (Pf);

2.15.2.8. A diferença (D) entre o peso inicial (Pi) e o peso final (Pf) multiplicada por 100 e dividida pelo peso inicial (Pi), determina o percentual de água absorvida (A) durante o processamento. D X 100

FÓRMULA: A = ____________ D = Pf - Pi Pi

2.15.2.9. Freqüência dos testes: recomenda-se no mínimo 1 (um) teste para cada turno de trabalho (quatro horas).

B - Método do Gotejamento ("DRIP TEST"): O presente método é utilizado para determinar a quantidade de água resultante do descongelamento

de carcaças congeladas. Se a quantidade de água resultante, expressa em percentagem do peso da carcaça, com todas os miúdos/partes comestíveis na embalagem, ultrapassar o valor limite de 6%, considera-se que a(s) carcaças(s) absorveu(eram) um excesso de água durante o pré-resfriamento por imersão em água.

Definição: A quantidade de água determinada por este método exprime-se em percentagem do peso total da carcaça congelada com os miúdos / partes comestíveis.

Fundamento:A carcaça congelada, com ou sem os miúdos/partes comestíveis, é descongelada em condições controladas, que permitam calcular o peso da água perdida.

Equipamentos e Utensílios: Uma balança capaz de pesar até 5kg com uma precisão de mais ou menos 1g. Sacos de plásticos,

com dimensões suficientes para poderem conter a carcaça, munidos de um sistema de fechamento seguro. Um recipiente com um banho de água controlado termostaticamente, com equipamento em que

possam ser colocadas as carcaças do modo descrito para carcaça a examinar. O banho de água deve conter um volume de água não inferior a 8 vezes o volume abaixo da carcaça a testar, devendo a água ser mantida a uma temperatura de 42°C, mais ou menos 2ºC.

Papel de filtro ou papel absorvente. Procedimento: Manter as aves em uma temperatura de –12ºC até o momento da análise. Enxugar o lado externo da

embalagem de modo a eliminar todo o líquido e gelo. Pesar arredondando para o inteiro mais próximo. Com isso obtém-se a medida "M0". Retirar a ave congelada de dentro da embalagem (com as vísceras), enxugar a embalagem e pesa-la, obtendo a medida "M1". Obtêm-se o peso da ave abatida subtraindo-se "M1" de "M0". Colocar a ave abatida, mais as vísceras, se houver, dentro de uma embalagem plástica (saco) com abertura no abdômen da ave voltado para o fundo da embalagem. A embalagem contendo a ave e vísceras deve ficar imersa no banho de água a temperatura de 42ºC, de tal maneira que a água não penetre no interior da mesma. A embalagem deverá ficar imersa em água até que a temperatura do centro da ave atinja 4ºC . Para a determinação do tempo de imersão, utiliza -se a seguinte tabela:

Peso da ave mais vísceras (em gramas) Tempo de imersão ( em minutos)

Até 800 65

801 a 900 72

901 a 1.000 78

1.001 a 1.100 85

1.101 a 1.200 91

1.201 a 1.300 98

1.301 a 1.400 105

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1.401 a 1.500 112

1.501 a 1.600 119

1.601 a 1.700 126

1.701 a 1.800 133

1.801 a 1.900 140

1.901 a 2.000 147

2.001 a 2.100 154

2.101 a 2.200 161

2.201 a 2.300 168

Acima de 2300 gramas, mais 7 minutos por 100g adicionais ou parte. Após o período de imersão, retirar a embalagem plástica do banho. Abrir um orifício na parte inferior, de modo que a água liberada pelo descongelamento possa escorrer, em seguida, a embalagem e seu conteúdo deverão ficar durante uma hora a temperatura ambiente entre 18 e 25ºC. Retirar a ave descongelada da embalagem e as vísceras e deixar escoar. Retirar as vísceras e enxugar. Pesar a ave descongelada juntamente com as vísceras e sua embalagem. Obtém-se, assim, a medida "M2". Pesar a embalagem que continha as vísceras, obtendo-se assim a medida "M3" . Cálculos: % de líquido perdido = M0-M1-M2 x 100 da ave congelada M0-M1-M3 OBS: Para lotes com pesos diferentes, colocar primeiro no banho as aves mais pesadas. Para cada 100g menos,

deixa-se passar 7 minutos, coloca-se então o próximo lote e assim por diante. No final todas as aves sairão ao mesmo tempo.

Avaliação do Resultado: Se, para a amostra de 6 carcaças, a quantidade média de água resultante do descongelamento for superior a 6%,

considera-se que a quantidade de água absorvida durante o pré -resfriamento por imersão ultrapassa o valor limite.

2.16. Controle de volume da água renovada dos resfriadores contínuos; 2.17. Controle da cloração da água de abastecimento; 2.18. Controle da velocidade e do volume da matança; 2.19. Providências tomadas pelo Médico Veterinário, no sentido da correção das deficiências ou

irregularidades constatadas, relacionadas aos assuntos tratados nos itens anteriores.

3. APÓS OS TRABALHOS DE MATANÇA:

3.1. Lavagem geral com água quente, sob pressão, com detergente adequado: 3.1.1. Pisos, paredes; 3.1.2. Equipamentos em geral; 3.1.3. Trilhagem aérea.

4 .ÁREA FRIGORÍFICA:

4.1. Armazenamento: 4.1.1. Registro e controle das temperaturas de câmaras; 4.1.2. Registro e controle do produto armazenado; 4.1.3. Aspecto higiênico (lavagem e desinfecção das câmaras e antecâmaras); 4.1.4. Verificação das condições adequadas de armazenamento: Estrados;

Distribuição adequada dos produtos armazenados;

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Condições de embalagem do produto armazenado. 4.2. Cortes e Desossa:

4.2.1. Registro e controle da temperatura do ambiente (não superior a 15ºC); 4.2.2. Observância dos preceitos higiênicos, quando da realização dos trabalhos industriais; 4.2.3. Controle e registro das temperaturas dos esterilizadores e carnes;

4.3. Expedição: 4.4. Verificação das condições higiênicas e funcionais do veículo;

4.4.1. Verificação da temperatura do produto para embarque. 5 OUTROS CONTROLES:

5.1. Controle do Programa de combate à insetos e roedores: 5.1.1. Mapeamento dos locais; 5.1.2. Freqüência; 5.1.3. Tipo de sistema utilizado; 5.1.4. Características do produto utilizado; 5.1.5. Relatório de eficiência e medidas adotadas a partir das conclusões obtidas pelos relatórios.

5.2. Controle do programa de lavagem e desinfecção de depósitos de água de abastecimento: 5.2.1. Freqüência; 5.2.2. Tipo de sistema utilizado; 5.2.3. Características do produto utilizado. 5.3. Controle da relação dos produtos químicos armazenados e utilizados na indústria: 5.3.1. Local de armazenagem; 5.3.2. Critérios de segurança; 5.3.3. Memorial descritivo da utilização de cada produto.

5.4. Controle de produtos e rótulos registrados. 5.5. Controle de resultados de análises laboratoriais oficiais. 5.6. Controle de registro de ocorrências diárias em formulários apropriados, com o registro das

providências adotadas. 5.7. Controle de saúde dos funcionários da indústria e Inspeção Federal.

OBS: Os modelos de formulários e mapas a serem utilizados nas IIFF serão padronizados e disciplinados pelo DIPOA.

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ANEXO VII

INSPEÇÃO ANTE MORTEM

CONTROLE DA PROCEDÊNCIA DAS AVES, VEÍCULO E A CORRELAÇÃO COM A INSPEÇÃO POST MORTEM

ESTABELECIMENTO: SIF: DATA: TURNO:

LOTE PRODUTOR MUNICÍPIO VEÍCULO Nº DE AVES MORTOS

RESPONSÁVEL: PLANTÃO SIF:

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ANEXO VIII

MOVIMENTO MENSAL DE DESTINAÇÃO DAS AVES ABATIDAS PASSADAS PELA INSPEÇÃO FINAL

ESTABELECIMENTO: SIF: MUNICÍPIO:

Código Causas de Apreensão DESTINO DAS AVES ABATIDAS

Afecção CONDENAÇÃO TOTAL % PARCIAL %

Abcesso

Aerossaculite

Artrite

Aspecto Repugnante

Caquexia

Celulite

Colibacilose

Contaminação

Contusão/Fratura

Dermatoses

Escaldagem Excessiva

Evisceração Retardada

Neoplasia (Tumor)

Salpingite

Sangria Inadequada

Septicemia

Síndrome Ascítica

Síndrome Hemorrágica

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TOTAL

OBS: Outras causas de apreensão e condenação não especificadas acima deverão ser relacionadas nos espaços em branco. Deverão existir tantos espaços em branco quanto necessários.

TOTAL DE AVES MORTAS: TOTAL DE AVES ABATIDAS: DATA: ASS. FUNCIONÁRIO:

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ANEXO IX

DESTINOS E CRITÉRIOS DE JULGAMENTO EM AVES ABCESSOS ( Artigo 233 do RIISPOA)

Artigo 233 (RIISPOA) - "Os abcessos e lesões supuradas, quando não influírem sobre o estado geral, ocasionam rejeição da parte alterada."

AEROSSACULITE As carcaças de aves com evidência de envolvimento extensivo dos sacos aéreos com aerossaculite ou aquelas com comprometimento sistêmico, deverão ser condenadas totalmente. As carcaças menos afetadas, podem ser rejeitadas parcialmente após a remoção e condenação completa de todos os tecidos envolvidos com a lesão, incluindo o exsudato. As vísceras sempre serão condenadas totalmente, em caso de aerossaculite.

PROCESSOS INFLAMATÓRIOS (Artrite, Celulite, Dermatite, Salpingite e Colibacilose) Qualquer órgão ou outra parte da carcaça que estiver afetado por um processo inflamatório deverá ser condenado e, se existir evidência de caráter sistêmico do problema, a carcaça e as vísceras na sua totalidade deverão ser condenadas.

TUMORES (Artigos 234 e 197 do RIISPOA) Qualquer órgão ou outra parte da carcaça que estiver afetada por um tumor deverá ser condenada e quando existir evidência de metástase, ou que a condição geral da ave estiver comprometida pelo tamanho, posição e natureza do tumor, a carcaça e as vísceras serão condenadas totalmente. Artigo 197 (RIISPOA) - "Tumores malignos - são condenadas as carcaças, partes de carcaça ou órgão que apresentem tumores malignos, com ou sem metástase." Artigo 234 (RIISPOA) - "A presença de neoplasias acarretará rejeição total, exceto no caso de angioma cutâneo circunscrito, que determina a retirada da parte lesada."

ASPECTO REPUGNANTE (Artigos 172 e 236 do RIISPOA) - Síndrome Hemorrágica Artigo 172 (RIISPOA) - "Carnes Repugnantes - são assim consideradas e condenadas as carcaças que apresentem mau aspecto, coloração anormal ou que exalem odores medicamentosos, excrementiciais, sexuais ou outros considerados anormais." Artigo 236 (RIISPOA) - "Devem ser condenadas as aves, inclusive de caça, que apresentem alterações putrefativas, exalando odor sulfídrico-amoniacal, revelando crepitação gasosa à palpação ou modificação de coloração da musculatura."

CAQUEXIA (Artigo 232 do RIISPOA) – "Os animais caquéticos devem ser rejeitados, sejam quais forem as causas a que esteja ligado o processo de desnutrição".

CONTAMINAÇÃO (Artigo165 do RIISPOA) - "Carcaças contaminadas - as carcaças ou partes de carcaças que se contaminarem por fezes durante a evisceração ou em qualquer outra fase dos trabalhos devem ser condenadas. §1º Serão também condenadas as carcaças, partes de carcaça, órgãos ou qualquer outro produto comestível que se contamine por contato com os pisos ou de qualquer outra forma, desde que não seja possível uma limpeza completa. §2º Nos casos do parágrafo anterior, o material contaminado pode ser destinado à esterilização pelo calor, a juízo da Inspeção Federal, tendo-se em vista a limpeza praticada."

CONTUSÃO / FRATURAS (Artigo 235 do RIISPOA) Artigo 235 (RIISPOA) - "As lesões traumáticas, quando limitadas, implicam apenas na rejeição da parte atingida." Artigo 173 (RIISPOA) - "Parágrafo Único - Quando as lesões hemorrágicas ou congestivas decorrem de contusões, traumatismo ou fratura, a rejeição deve ser limitada às regiões atingidas."

DERMATOSES As carcaças de aves que mostram evidência de lesão na pele, e/ou carne das mesmas, deverá ser rejeitada a parte atingida, ou quando a condição geral da ave foi comprometida pelo tamanho, posição ou natureza da lesão, as carcaças e vísceras serão condenadas.

ESCALDAGEM EXCESSIVA As lesões mecânicas extensas, incluindo as devidas por escaldagem excessiva, determinam a condenação total das carcaças e vísceras.

EVISCERAÇÃO RETARDADA (Artigo 236 do RIISPOA) Procedimentos: "Configura-se a partir de 30 minutos da decorrência da sangria." Adota-se o seguinte critério:

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1. Entre 30 e 45 minutos agilizar a evisceração na linha, mesmo improvisada. Observar atentamente os órgãos internos e caracteres organolépticos da carcaça. Caso haja comprometimento da carcaça e vísceras, sob o aspecto organoléptico, deve-se proceder a condenação. Caso contrário, libera-se o conjunto;

2. Entre 45 e 60 minutos, condena-se totalmente os órgãos internos e procede-se uma avaliação minuciosa das carcaças, adotando-se o seguinte critério:

2.1 Liberação; 2.2 Aproveitamento condic ional das carcaças (tratamento pelo calor); 2.2 Condenação total das carcaças quando os caracteres organolépticos estiverem alterados.

3. Após 60 minutos: 3.1 Condenar órgãos internos; 3.2 Avaliação minuciosa e criteriosa da carcaça sob o ponto de vista organoléptico e adotando o

seguinte critério, dependendo do grau de comprometimento dos caracteres organolépticos: 3.2.1 Aproveitamento condicional; 3.2.2 Condenação total.

SANGRIA INADEQUADA (Artigo 236 do RIISPOA) MAGREZA

Artigo 169 (RIISPOA) - "Carnes magras - animais magros, livres de qualquer processo patológico, podem ser destinados a aproveitamento condicional (conserva ou salsicharia)." Artigo 231 (RIISPOA) - "As endo e ectoparasitoses, quando não acompanhadas de magreza, determinam a condenação das vísceras ou das partes alteradas."

SEPTICEMIA Artigo 229 (RIISPOA) - "Todas as aves que no exame ante ou post mortem apresentem sintomas ou forem suspeitas de tuberculose, pseudo-tuberculose, difteria, cólera, varíola, tifose aviária, diarréia branca, paratifose, leucoses, peste, septicemia em geral, psitacose e infecções estafilocócicas em geral, devem ser condenadas."

SÍNDROME ASCITE (Circular SECAR/DIPOA/CIPOA Nº 160/91, 07/10/91) DOENÇAS ESPECIAIS (Artigo 229 do RIISPOA)

As carcaças de aves que mostram evidências de qualquer doença caracterizada pela presença, na carne ou outras partes comestíveis da carcaça, de organismos ou toxinas, perigosos ao consumo humano, devem ser condenadas totalmente.