lei complementar 141 de 2012

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Lei Complementar 141/12 Regulamentação da EC 29/00 CT – Gestão e Financiamento Março - 2012

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lei n. 141 de 2012

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  • Lei Complementar 141/12

    Regulamentao da EC 29/00

    CT Gesto e FinanciamentoMaro - 2012

  • Regulamenta: 1. Regulamenta o 3 do art. 198 da Constituio Federal para dispor

    sobre os valores mnimos a serem aplicados anualmente pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios em aes e servios pblicos de sade;

    2. Estabelece os critrios de rateio dos recursos de transferncias para a sade e as normas de fiscalizao, avaliao e controle das despesas com sade nas 3 (trs) esferas de governo;

    3. Revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e

    8.689, de 27 de julho de 1993; e d outras providncias.

  • Institui:Art. 1:

    a) o valor mnimo e normas de clculo do montante mnimo a ser aplicado, anualmente, pela Unio em aes e servios pblicos de sade;

    2) percentuais mnimos do produto da arrecadao de impostos a serem aplicados anualmente pelos Estados, DF e municpios em aes e servios pblicos de sade;

    3) critrios de rateio dos recursos da Unio vinculados sade destinados aos Estados, DF e aos Municpios / e dos Estados aos Municpios, visando progressiva reduo de disparidades regionais;

    4) normas de fiscalizao, avaliao e controle das despesas com sade nas esferas: federal, estadual, distrital e municipal.

  • Despesas com aes e servios de sade: Art. 2: Para fins de apurao da aplicao dos recursos mnimos considerar-se-o como despesas com aes e servios pblicos de sade, aquelas voltadas para a promoo, proteo e recuperao da sade que atendam, simultaneamente, aos princpios estatudos no art. 7o da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, e s seguintes diretrizes:

    I - sejam destinadas s aes e servios pblicos de sade de acesso universal, igualitrio e gratuito;

    II - estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Sade de cada ente da Federao; e

    III - sejam de responsabilidade especfica do setor da sade, no se aplicando a despesas relacionadas a outras polticas pblicas que atuam sobre determinantes sociais e econmicos, ainda que incidentes sobre as condies de sade da populao.

    1- gratuidade2- compatibilidade com planos de sade planejamento ascendente. 3- despesas especficas do setor sade

  • AES E SERVIOS DE SADE:

    Art.3: definio que guarda similaridadecom a Resoluo 322 do Conselho Nacional de Sade.

    - povos indgenas / distritos sanitrios especiais indgenas; - servios de sade penitencirios; - pessoas com deficincia; - sade do trabalhador.

  • VEDAO LEGAL PARA DESPESAS EM SADE: Art. 4 : no constituiro despesas com aes e servios pblicos de sade: I - pagamento de aposentadorias e penses, inclusive dos servidores da sade;II - pessoal ativo da rea de sade quando em atividade alheia referida rea;III - assistncia sade que no atenda ao princpio de acesso universal;IV - merenda escolar e outros programas de alimentao, ainda que executados em unidades do SUS, ressalvando-se o disposto no inciso II do art. 3o;V - saneamento bsico, inclusive quanto s aes financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preos pblicos institudos para essa finalidade;VI - limpeza urbana e remoo de resduos;VII - preservao e correo do meio ambiente, realizadas pelos rgos de meio ambiente dos entes da Federao ou por entidades no governamentais;VIII - aes de assistncia social;IX - obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede de sade; eX - aes e servios pblicos de sade custeados com recursos distintos dos especificados na base de clculo definida nesta Lei Complementar ou vinculados a fundos especficos distintosdaqueles da sade .

    Recursos financeiros que no tenham sido movimentados por fundo de sade estaro FORA DA SOMA que calcula a aplicao do percentual constitucional em sade.

  • DA APLICAO DE RECURSOS:

    Os artigos 5, 6, 7 regulamentaram o percentual a ser aplicado pelos entes federativos em aes e servios de sade e trouxeram especificaes nos artigos 8, 9, 10 e 11:

    Unio: o montante correspondente ao valor empenhado no exerccio financeiro anterior, acrescido de, no mnimo, o percentual correspondente variao nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei oramentria anual;

    Estados e o Distrito Federal: 12% (doze por cento) da arrecadao dos impostos de base estadual;

    Municpios e o Distrito Federal: 15% (quinze por cento) da arrecadao dos impostos de base municipal;

  • DO REPASSE E APLICAO DOS RECURSOS MINIMOS: (Art. 12 ao 17)Os recursos da Unio sero repassados aos Fundos de Sade e s unidades oramentrias (do Ministrio da Sade), em contas especficas, mantidas em instituio financeira oficial, observada definio em ato prprio do Poder Executivo.

    - Privilgio para a Unio: unidades oramentrias (Agncias)- Inconstitucionalidade: Tratamento diferenciado?

    DA MOVIMENTAAO DOS RECURSOS DA UNIAO: (Art. 17 e 18)metodologia pactuada na CIT e aprovada no CNS, anualmente, acerca das transferncias de custeio; as transferncias de investimento devem visar prioritariamente as redues das desigualdades regionais para a garantia de integralidade; as transferncias sero fundo a fundo, sendo que os convnios sero celebrados excepcionalmente; garantidas as informaes aos tribunais de contas e CNS.

    - Situaes Especficas: artigo 18 nico - Motivao do Administrador

  • DA MOVIMENTAAO DOS RECURSOS DOS ESTADOS: (Art. 19 e 20)metodologia pactuada na CIB e aprovada no CES, anualmente, acerca dastransferncias de custeio; as transferncias de investimento devem visarprioritariamente as redues das desigualdades regionais para a garantia deintegralidade; as transferncias sero fundo a fundo, e, excepcionalmente,sero celebrados convnios; garantidas as informaes aos tribunais decontas e CNS.

    CONSRCIOS: (Art. 21) Os Estados e os Municpios, para a execuoconjunta, podero remanejar entre si parcelas dos recursos dos Fundos deSade derivadas tanto de receitas prprias como de transfernciasobrigatrias, que sero administradas segundo modalidade gerencial pactuadapelos entes envolvidos. (regra prpria para a apresentao contbil Resoluo 72/2012 da Secretaria do Tesouro Nacional)

  • RESTRIES TRANSFERNCIA DE RECURSOS: (Art. 22) As exigncias para a transferncia de recursos fundo a fundo destinados ao custeio (consideradas obrigatrias) so apenas funcionamento do conselho, plano e fundo de sade.

    vedada a exigncia de restrio entrega dos recursos referidos no inciso II do 3 do artigo 198 da Constituio Federal na modalidade regular e automtica prevista nesta lei complementar, os quais so considerados transferncia obrigatria destinada ao custeio de aes e servios de sade no mbito do SUS, sobre a qual no se aplicam as vedaes do inciso X do artigo 167 da Constituio Federal e do artigo 25 da Lei Complementar 101 de 04 de maio de 2000.

    CLCULO: artigos 23 e 24 (mantidas as bases atuais) - estimativa de receitas: correo quadrimestral do exerccio- despesas liquidadas e pagas + despesas empenhadas

    inscritas em Restos a Pagar- restos a pagar prescritos ou cancelados / aplicados at o

    trmino do exerccio do ano seguinte mediante dotao especfica

  • DIFERENAS APURADAS: (Art. 25) Diferena apurada em determinado exerccio, (% obrigatrio) ser acrescida ao montante mnimo do exerccio subsequente ao da apurao da diferena, sem prejuzo do montante mnimo do exerccio de referncia e das sanes cabveis.

    - No possvel parcelamentos.

    COMPETNCIA PARA AFERIO DA APLICAO DO % OBRIGATRIO: (Art. 25 nico) compete ao Tribunal de Contas a verificao da aplicao dos recursos mnimos obrigatrios.

    MEDIDAS PRELIMINARES / RESTRIO DE TRANSFERNCIA VOLUNTRIA DE RECURSOS (Art. 26) : O Ministrio da Sade ou as SES atendero as determinaes dos TC que entenderem pelo condicionamento , ou ainda, podero agir por medida preliminar restringindo a transferncia at que se demonstre o depsito do valor devido no fundo de sade correspondente.

    A LC estabelece 90 dias para que sejam editados atos prprios que estabeleam os procedimentos de suspenso e restabelecimento das transferncias referentes a apurao da no aplicao dos recursos repassados ao Fundo de Sade. (15/01/12 artigo 26 1 a 5)

  • APLICAO EM AO OU SERVIO QUE NO SEJA SADE OUDISTINTO DO ORIGINALMENTE PACTUADO: (Art. 27) A Unio ou Estadosdevero dar cincia ao Tribunal de Contas e ao Ministrio Pblicocompetentes, para que haja devoluo do valor, devidamente atualizado, aofundo de sade do beneficirio e a apurao de responsabilidade.

    PLANEJAMENTO: (Art. 30) O processo de planejamento e oramento serascendente, os planos e metas regionais resultantes das pactuaesintermunicipais constituiro a base para os planos e metas estaduais, osplanos e metas estaduais constituiro a base para o plano e metas nacionais ecaber aos Conselhos de Sade deliberar sobre as diretrizes para oestabelecimento de prioridades .

  • TRANSPARNCIA E VISIBILIDADE: (Art. 31) A Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios daro ampla divulgao, inclusive em meios eletrnicos de acesso pblico, das prestaes de contas peridicas da rea da sade, asseguradas inclusive a participao popular e realizao de audincias pblicas, durante o processo de elaborao e discusso do plano de sade .

    CONTABILIZAO: (Art. 32) As normas gerais sero editadas pelo rgo central de contabilidade da Unio propiciando, aps a consolidao de gastos de cada ente uma soma geral.

  • PRESTAO DE CONTAS : (Art. 34 a 36)- A prestao de contas apresentar os dados do RREO que ser publicado a cada 2 meses - e constar dos balanos do poder executivo. - A cada 4 meses os gestores devero elaborar relatrio detalhado que indique montante e fonte dos recursos , auditorias realizadas, oferta e produo na rede assistencial e indicadores de sade conforme padronizao a ser apresentada pelo CNS. - O Relatrio de gesto ser enviado ao Conselho de Sade, at 30.03 de cada ano, para emisso de parecer conclusivo sobre o cumprimento das normas da LC.

    - A programao anual tambm dever ser aprovada pelo Conselho de Sade antes do encaminhamento da LDO de forma a verificar a obedincia priorizao indicada no artigo 304 da LC. - O SIOPS dever ser obrigatoriamente preenchido a cada ano. - Nos meses de maio, setembro e fevereiro dever ser realizada audincia pblica em Casa Legislativa

    2 meses = Rreo 4 meses = Rreo+Rreo = compem o Relatrio detalhado (CNS) / Audincia PblicaRelatrio detalhado x 3 = compem o Relatrio de Gesto

  • DA FISCALIZAO DA GESTO DA SADE: (Art. 37 a 42)- TRIBUNAIS DE CONTAS (37 e 41): aferiro o cumprimento da LC 101/00, art.198 da CF e LC 141/12 sendo obrigao da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios disponibilizar informaes sobre o cumprimento da LC, com a finalidade de subsidiar as aes de controle e fiscalizao. Quando constatadas divergncias entre os dados disponibilizados pelo Poder Executivo e os obtidos pelos Tribunais de Contas em seus procedimentos de fiscalizao, ser dado cincia ao Poder Executivo e direo local do SUS, para que sejam adotadas as medidas cabveis, sem prejuzo das sanes previstas em lei.- PODER LEGISLATIVO (38): ( auxiliado por Tribunais de Contas, sistema de auditoria do SUS, rgo de controle interno e Conselho de Sade de cada ente da Federao) fiscalizar: - Plano de Sade Plurianual; - cumprimento das metas estabelecidas na LDO; - aplicao dos recursos; - transferncias dos recursos aos Fundos de Sade; - aplicao dos recursos vinculados ao SUS; -destinao dos recursos obtidos com a alienao de ativos adquiridos com recursos vinculados sade.

  • MINISTRIO DA SADE (39): por meio de sistema eletrnico (SIOPS) que tenha informaes sobre oramentos, execuo e acesso pblico s informaes. Os registros e atualizao sero obrigatrios , mediante processos informatizados de declarao, armazenamento e exportao de dados, com realizao de clculos automticos e mdulo especfico a ser preenchido pelos Tribunais de Contas. O SIOPS ser integrado ao SIAFI para controle das transferncias da Unio. Ser atribuda ao gestor declarante a responsabilidade pela fidedignidade dos dados que tero f pblica. Caber ao MS o estabelecimento de prazos e regras de funcionamento e os resultados do monitoramento e avaliao sero parte integrante do relatrio de gesto de cada ente federado. Nos casos em que o MS detectar o descumprimento do disposto, sero comunicados: direo local do SUS, Auditoria, Conselho de Sade, Ministrio Pblico, Controle interno e externo do respectivo ente. O descumprimento tambm implicar na suspenso das transferncias voluntrias.

  • - CONSELHOS DE SADE(41): Os Conselhos de Sade avaliaro acada quadrimestre o relatrio consolidado do resultado da execuooramentria e financeira no mbito da sade e o relatrio do gestorda sade sobre a repercusso da execuo desta Lei Complementarnas condies de sade e na qualidade dos servios de sade daspopulaes respectivas e encaminhar ao Chefe do Poder Executivodo respectivo ente da Federao as indicaes para que sejamadotadas as medidas corretivas necessrias .

    - AUDITORIA (42): Os rgos do sistema de auditoria, controle eavaliao do SUS, devero verificar, pelo sistema de amostragem, ocumprimento da LC, verificar a veracidade das informaes doRelatrio de Gesto, com nfase na verificao presencial dosresultados alcanados no relatrio de sade.

    - CONTROLE INTERNO E EXTERNO (42): conforme atribuieslegais

  • COOPERAO TECNICA ENTRE A UNIO, ESTADOS, DF E MUNICIPIOS: (Art. 43) A Unio prestar cooperao tcnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios para a implementao das transferncias fundo a fundo, modernizao dos respectivos Fundos de Sade, processos de educao na sade, transferncia de tecnologia visando operacionalizao do SIOPS, formulao e disponibilizao de indicadores para a avaliao da qualidade das aes e servios pblicos de sade, que devero ser submetidos apreciao dos respectivos Conselhos de Sade . Prestar tambm cooperao financeira com a entrega de bens ou valores e financiamento por intermdio de instituies financeiras federais.

    CAPACITAO DE CONSELHEIROS: (Art. 44) O gestor do SUS, em cada ente da federao disponibilizar ao Conselho de Sade, com prioridade para os representantes dos usurios e dos trabalhadores da sade, programa permanente de educao na sade.

  • RESPONSABILIZAO (Art. 46): As infraes dosdispositivos desta LC sero punidas segundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Cdigo Penal), aLei no 1.079, de 10 de abril de 1950, o Decreto-Lei no 201,de 27 de fevereiro de 1967, a Lei no 8.429, de 2 de junhode 1992, e demais normas da legislao pertinente .