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LEI n.º 1.755
Alterada pelas Leis n.º: 1972 de 29.06.1994 2183 de 01.06.1998 2205 de 12.11.1998
ROSEMBURGO ROMANO, Prefeito do Município de Itajubá, Estado de Minas Gerais, usando das suas atribuições que lhe são conferidas por Lei, faz saber que a Câmara aprovou e ele sanciona a seguinte LEI:
“Institui o Código de Edificações do Município de Itajubá .”
Art. 1º - Toda e qualquer construção, reforma e ampliação de edifícios efetuada por particulares ou entidade pública, a qualquer título, é regulada pela presente Lei obedecida as normas federais, estaduais e municipais pertinentes.
Parágrafo Único – Esta Lei complementa , sem substituir, as exigências de
caráter urbanístico estabelecidas pela Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano. Art. 2º - Esta Lei tem como objetivos: I – regulamentar os projetos e a execução de edificações do Município; II – assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene,
salubridade e conforto das edificações.
TÍTULO II
DO LICENCIAMENTO DE OBRAS
CAPÍTULO I
DAS DIPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 3º - Toda e qualquer obra de loteamento, construção, reforma, acréscimo ou demolição, de iniciativa pública ou privada, somente poderá ser executada após aprovação do projeto e concessão do respectivo licenciamento para a execução de obras, pela Prefeitura Municipal, de acordo com as exigências contidas neste Código e com as legislações federal, estadual e municipal pertinentes.
Parágrafo Único – A expedição de licença para obra de loteamento, construção, reforma, acréscimo ou demolição de imóveis no Município fica condicionada a apresentação da Anotação de Responsabilidade técnica, junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA/MG e do Certificado de matrícula da obra no Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social – IAPAS/MG.
Art. 4º - Após a expedição do licenciamento para execução da obra, o
projeto não poderá sofrer qualquer modificação que não tenha sido previamente aprovada pela Prefeitura.
Art. 5º- Decorridos 6 (seis) meses a contar da data de expedição respectiva “Licença” sem que a obra tenha sido iniciada, este licenciamento será considerado automaticamente revogado.
Parágrafo Único – Considera-se como início de obra, para efeito desta Lei,
a execução das fundações. Art. 6º- Para efeito deste Código, quando da requisição de licença, não será
exigido projeto nos seguintes casos: I – construção de muros do alinhamento do logradouro público, desde que
esse alinhamento tenha sido fornecido pela Prefeitura. II – limpeza ou pintura externa de edifícios que requeiram a instalação de
tapumes ou andaimes; III – demolição de edificações. Art. 7º - Conforme estabelece a legislação pertinente, não poderão ser
executados sem aprovação da Prefeitura, devendo obedecer determinações desta lei, ficando entretanto dispensadas do pagamento de impostos, taxas e emolumentos as seguintes obras :
I – obras de qualquer natureza, de propriedade da União ou do Estado ou Município;
II – obras a serem realizadas por instituições oficiais ou paraestatais, quando para sua sede própria.
Parágrafo Único – O pedido de aprovação será feito por meio de ofício
dirigido ao órgão responsável, devendo ser acompanhado do projeto da obra a ser executada. Art. 8º - De acordo com a legislação pertinente os edifícios públicos e
particulares com atendimento ao público, deverão possuir condições técnicas construtivas que assegurem aos deficientes físicos, pleno acesso e circulação as suas dependências.
CAPÍTULO II
DA APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DO PROJETO
SEÇÃO I
DAS DIRETRIZES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Art. 9º - Antes da elaboração do projeto, o interessado deverá solicitar a Prefeitura, a expedição de diretrizes, apresentando um requerimento assinado pelo proprietário, acompanhado da localização exata do lote e título de domínio.
Art. 10 – A Prefeitura fornecerá as seguintes diretrizes: I – Zona de uso; II – Modelos de Assentamento permitidos; III – Planta Cadastral da quadra. Art. 11 – A Prefeitura terá 15 (quinze) dias, a contar da data de protocolo do
pedido para expedição das diretrizes. Parágrafo Único – Findo o prazo, independentemente da fixação de
diretrizes, o requerimento poderá apresentar o projeto para análise prévia, desde que cumpridas as exigências legais.
SEÇÃO II
DA APROVAÇÃO DO PROJETO
Art. 12 – Para efeito de aprovação de projeto ou concessão de licença, o
proprietário deverá apresentar a Prefeitura Municipal os seguintes documentos: I – requerimento padrão solicitando a análise prévia do anteprojeto, assinado
pelo proprietário ou procurador legal; II – título de propriedade do terreno, ou equivalente anexado ao
requerimento; III – anteprojeto de arquitetura, contendo as especificações exigidas no art.
16 desta Lei, apresentando 1 (hum) jogo completo de cópias heliográficas para análise prévia. Art. 13 – Após análise prévia o anteprojeto será devolvido ao responsável
para providências e apresentação do projeto definitivo em 4 (quatro) vias. § 1º - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, independentemente de
notificação da Prefeitura, o requerente poderá apresentar o projeto conforme citado no caput deste artigo, desde que atendidas as exigências legais.
§ 2º - Os projetos de prédios comerciais, industriais, residenciais
multifamiliares, de usos mistos, de prestação de serviços e institucionais, deverão ser apresentados previamente aprovados pela Guarnição de Corpo de Bombeiros.
§ 3º - O projeto definitivo deverá dar entrada na Prefeitura no prazo de 30
(trinta) dias, a contar da data de retirada do ante projeto devidamente aprovado. § 4º - Se findo o prazo de 30 (trinta) dias, não for ele apresentado, deverá o
projeto ser submetido a nova análise prévia. Art. 14 – A Prefeitura terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da
data de entrada do projeto definitivo, para se pronunciar a respeito.
Parágrafo Único – Se no prazo marcado neste artigo, o órgão competente da Prefeitura não manifestar, o projeto será considerado aprovado.
Art. 15 – O proprietário conservará no local da obra, 1 (hum) jogo completo
e aprovado, de cópias heliográficas do projeto, assim como a licença para construção, para serem apresentados a fiscalização, quando requisitados.
SEÇÃO III
DA APRESENTAÇÃO DO PROJETO
Art. 16 – Os projetos deverão ser apresentados em pranchas modulados de acordo com a Norma Brasileira pertinente, dobradas em formato padronizado, e conter os seguintes elementos:
I – Planta de locação e situação na escala mínima de 1/500 (hum por
quinhentos), onde constarão: a) orientação do norte magnético; b) o projeto de edificação ou das edificações dentro do lote, figurando rios,
canais e outros elementos que possam orientar a decisão das autoridades municipais; c) as dimensões das divisas dos lotes e as dos afastamentos da edificação
em relação as divisas e as outras edificações porventura existentes no lote; d) o nome dos logradouros contíguos no lote; e) relação contendo a área do lote, área de projeção de cada unidade,
cálculo da área total de cada unidade, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, modelo de assentamento e zona de uso.
II – Planta de cada pavimento que comportar a construção na escala de
1/100 (um por cem) determinando: a) dimensões exatas de todos os compartimentos, inclusive dos vãos de
iluminação, ventilação, garagens e área de estacionamento; b) finalidade de cada compartimentos. III – Cortes transversal e longitudinal, indicando a altura dos
compartimentos, níveis dos compartimentos, altura das janelas e peitoris e demais elementos necessários a perfeita compreensão do projeto, na escala 1/100 ( hum por cem).
IV – Planta de cobertura com indicação do caimento na escala 1/200 (hum
por duzentos). V – Elevação da fachada ou fachadas voltadas para as vias públicas na
escala mínima de 1/100 (hum por cem). Parágrafo Único – No caso de reforma ou ampliação de prédio, indicar-se-
ão com tinta preta as partes das construções que devam permanecer, com tinta vermelha as que devam ser construídas e com tinta amarela as que devam ser demolidas.
Art. 17 – Sempre que julgar conveniente, poderá a Prefeitura exigir
especificações técnicas relativas aos cálculos dos elementos essenciais da construção e dos
materiais que devam ser nela empregados, com a finalidade de possibilitar melhor análise do projeto.
CAPÍTULO III
DOS LOTES EM CONDIÇÕES DE SEREM EDIFICADOS
Art. 18 – Para que seja permitida a edificação no lote é necessário que ele preencha os requisitos estabelecidos na legislação de Uso e ocupação do Solo e de Parcelamento do Solo Urbano.
TÍTULO III
DAS CONDIÇÕES GERAIS DAS EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO I
DO ALINHAMENTO
Art. 19 – Juntamente com o alvará para execução de obras ou a qualquer momento, mediante solicitação do interessado e pagamento da respectiva taxa, a Prefeitura efetuará a verificação do alinhamento da via.
CAPÍTULO II
DOS MUROS E PASSEIOS
Art. 20 – Os proprietários de terrenos não construídos, situados em
logradouros públicos pavimentados são obrigados a executar muros de vedação com altura mínima de 1,80 (hum metro e oitenta centímetros) nas divisas com esses logradouros.
Art. 21 – Os proprietários dos imóveis que tenham frente para logradouros
públicos pavimentados, são obrigados a pavimentar e manter em bom estado os passeios em frente de seus lotes.
Art. 22 – As rampas destinadas a entrada de veículos não poderão
ultrapassar a altura de 0,50 m ( cinqüenta centímetros) no sentido da largura do passeio. Art. 23 – Os passeios deverão ter transversalmente uma declividade de 3 %
(três por cento) no sentido do alinhamento para o meio fio.
CAPÍTULO IV
DAS ÁGUAS PLUVIAIS
Art. 24 – O terreno circundante as edificações será preparado de modo que permita o franco deslocamento das águas pluviais para a via pública ou para o terreno a jusante, respeitando neste último caso, o que prescreve o Código Civil Brasileiro.
Art. 25 – As águas pluviais provenientes das coberturas serão esgotadas
dentro dos limites dos lotes, não sendo permitido que desague sobre lotes vizinhos ou logradouros públicos, nem canalizadas para as redes de esgotos.
Parágrafo Único – Os edifícios situados noa alinhamento deverão dispor de
calhas e condutores, e as águas serem canalizadas por baixo do passeio até a sarjeta.
CAPÍTULO V
DO INICIO E CONCLUSÃO DAS OBRAS
Art. 26 – Uma obra será considerada iniciada no momento da execução das fundações.
Art. 27 – Será obrigatória a colocação de tapumes, sempre que se executar
obras de construção, reforma ou demolição do alinhamento da via pública. § 1º - Excetuam-se dessa exigência os muros e grades inferiores a 2 m (dois
metros) de altura. § 2º - Os tapumes deverão ter altura mínima de 2 m (dois metros), não
oferecer riscos, e poderão avançar até a metade do passeio, deixando a outra metade regularizada, inteiramente livre e desimpedida para transeuntes.
Art. 28 – Os andaimes e tapumes somente poderão ser colocados após a
expedição da licença de construção. Parágrafo Único – Nas obras em que se fizer necessária a colocação de
andaimes, esta deverá seguir a NB (Norma Brasileira) pertinente. Art. 29 – A remoção de andaimes, tapumes e outros equipamentos de
construção, bem como a limpeza completa e geral do logradouro público fronteiro a obra, a remoção do entulho para local conveniente e os reparos dos estragos causados nas vias públicas, serão de obrigação do construtor, o qual:
I – Iniciará, no máximo 24 (vinte e quatro) horas após o término das obras,
e terminará dentro do prazo de 5 (cinco) dias.; II – No caso de paralisação das obras, o prazo máximo para cumprimento
das exigências acima será de 60 (sessenta) dias a partir da mesma. Art. 30 – No caso de não cumprimento do disposto no artigo anterior, o
material de construção será recolhido ao almoxarifado da Prefeitura e só restituído após o pagamento das taxas regulamentares e despesas de remoção.
Art. 31 – Uma obra é considerada concluída quando tiver condições de habitabilidade, estando em pleno funcionamento as instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias.
Art. 32 – Concluída a obra, o proprietário deverá solicitar por requerimento, a Prefeitura Municipal, a vistoria da edificação.
Art. 33 – Procedida a vistoria, e constatado, que a obra foi realizada em
consonância com o projeto aprovado, obriga-se a Prefeitura a expedir o “Habite-se” no prazo de 15 (quinze) dias, a partir da data de protocolo do requerimento.
Parágrafo Único – Se no prazo estabelecido neste artigo não for
despachado o requerimento, as obras serão consideradas aceitas. Art. 34 – Poderá ser concedido habite-se parcial, a juízo do órgão
competente da Prefeitura Municipal, nos seguintes casos: I – Quando se tratar de prédio composto de parte comercial e parte
residencial e puder cada uma ser utilizada independente da outra; II – Quando se tratar de mais de 1 (uma) construção feita
independentemente no mesmo lote. Parágrafo Único – Em todos os casos, o proprietário terá o prazo de um
ano para conclusão da obra, sob pena de cassação do habite-se parcial e do alvará de funcionamento.
Art. 35 – Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja procedida a vistoria pela Prefeitura e expedido o respectivo “Habite-se”.
Parágrafo Único – Concedido o “Habite-se” não poderá o proprietário
mudar o seu uso, sem prévia autorização da Prefeitura sob pena de multa e interdição. Art. 36 – O Habite-se total ou parcial do prédio ou imóvel somente será
concedido após os interessados comprovarem, mediante laudo ou outro documento fornecido pela concessionária de água, esgoto, telefone, energia elétrica e laudo de vistoria das instalações de contra incêndio, que a execução da obra obedeceu ao projeto aprovado.
Art. 37 – No caso de se verificar a paralisação de uma obra, após 60
(sessenta ) dias, deverá ser feito o fechamento do terreno no alinhamento do logradouro por meio de muro dotado de portão de entrada, observando o que exige este Código para fechamento de terrenos.
Art. 38 – Para as obras de demolição deverão ser tomadas as medidas de
segurança exigidas para as construções, assim como também estas deverão ser executadas sob responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado.
CAPÍTULO VI
DOS ELEMENTOS DAS CONSTRUÇÕES
SEÇÃO I
DAS FUNDAÇÕES
Art. 39 – As fundações serão executadas em conformidade com o projeto estrutural e com as especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
SEÇÃO II
DOS PISOS
Art. 40 – Os pisos dos compartimentos ao nível do solo serão ausentes
sobre uma camada de concreto.
SEÇÃO III
DAS PAREDES
Art. 41 – A espessura mínima de parede acabada é de 0,15 m (quinze centímetros).
SEÇÃO IV
DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS
Art. 42 – As instalações hidráulicas e sanitárias deverão ser feitas de acordo com as especificações do projeto hidráulico sanitário e das Normas Brasileiras pertinentes.
Art. 43 – Enquanto não houver rede publica de esgoto, as edificações serão
dotadas de fossas sépticas afastadas de no mínimo 5 m (cinco metros) das divisas do lote e com capacidade proporcional ao número de pessoas que ocuparão o prédio, considerando-se o mínimo de 5 (cinco) pessoas por unidade autônoma.
§ 1º - Depois de passarem pela fossa séptica, as águas serão infiltradas no
terreno por meio de sumidouro convenientemente construído. § 2º - As águas provenientes de pias de cozinha e de copa e tanques deverão
passar por uma caixa de gordura antes de serem lançadas no sumidouro. § 3º - As fossas com sumidouro deverão ficar a uma distância mínima de
15,00 m (quinze metros) de raio, de poços ou nascentes de captação de água situados no mesmo terreno ou terrenos vizinhos.
SEÇÃO V
DAS COBERTURAS
Art. 44 – Na cobertura das edificações deverão ser empregados materiais
impermeáveis, e capazes de resistir a ação dos agentes atmosféricos.
Parágrafo Único – Quando a cobertura for construída por laje de concreto, esta deverá ser convenientemente impermeabilizada.
SEÇÃO VI
DAS FACHADAS
Art. 45 – É livre a composição das fachadas desde que atenda as exigências da legislação urbanística em vigor.
SEÇÃO VII
DAS MARQUISES E BALANÇOS
Art. 46 – Quando da construção de marquises na fachada dos edifícios,
deverão obedecer as seguintes condições: I – Serão sempre em balanço; II – Não excedam a metade da largura do passeio e fiquem em qualquer
caso sujeitas ao balanço máximo de 3 m (três metros); III – Nenhum de seus elementos estruturais ou decorativos poderá estar a
menos de 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) de altura acima do passeio público, medido em relação ao alinhamento em qualquer prumada.
CAPÍTULO VII
DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO
Art. 47 – A área destinada a estacionamento de veículos deverá ser
estabelecida de acordo com as exigências da Lei de Uso e Ocupação do Solo. Art. 48 – As áreas de estacionamento, para efeito do disposto nessa Lei,
ficam subdividas em: I – Áreas de estacionamento descobertos; II – Áreas de estacionamento coberto, caracterizando abrigos; III - Áreas de estacionamento coberto, caracterizando garagens Art. 49 – Para quaisquer dos tipos de áreas de estacionamento definidos no
artigo anterior, deverão ser cumpridas as seguintes exigências: I – Quanto aos acessos: a) distarão no mínimo 6 m (seis metros) das curvas de concordância nas
esquinas dois logradouros; b) as rampas de acesso ás áreas de estacionamento deverão ter inclinação
menor ou igual a 30 % (trinta por cento), tomado no eixo para os trechos em linha reta, e na parte interna mais desfavorável para os trechos em curva;
c) terão para cada sentido de trânsito, largura mínima de 3 m (três metros);
d) serão dotados de alarme e sinalização luminosa quando forem situados nas zonas onde se concentrem as atividades comerciais, industriais e de serviços;
e) serão mantidos livres e desimpedidos.
II – Quanto as áreas: deverá se demonstrada graficamente, a viabilidade de previsão quanto ao acesso, movimentação, distribuição, localização e dimensionamento das vagas de acordo com as seguintes dimensões mínimas:
VÉICULOS CUMPRIMENTO (m) LARGURA (m) PÉ DIREITO (m) Automóveis e Utilitários
Caminhões até 6 tonel. Ônibus
5,00
8,00
12,00
2,50
3,00
3,00
2,20
3,20 -
Art. 50 – Nos abrigos a que se refere o inciso II do art. 49, cada vaga terá
abertura em pelo menos dois lados, onde se admite apenas a presença de elementos estruturais.
Art. 51 – Nas edificações residenciais unifamiliares já existentes os abrigos
poderão ser executados nas áreas de recuo obrigatório, desde que não ocupem mais de 1/3 (hum terço ) da testada do lote.
Art. 52 – As garagens a que se refere o artigo 48, deverão ter piso
pavimentado. Art. 53 – Nos casos de mais de um pavimento para garagem será permitido
o uso de elevadores para transporte de veículos. Art. 54 – Será permitida a utilização de pavimento subterrâneo para
garagem, podendo existir mais de 1 (um) pavimento abaixo do nível do passeio, desde que se garanta a renovação do ar, por meio da abertura ou dispositivos especiais e o esgotamento de águas por meio de bombas.
Art. 55 – Nos edifícios garagens, não será permitido a existência, num
mesmo pavimento, de compartimentos destinados a fins residenciais, de comércio ou de serviço para uso público, admitindo-se apenas os espaços destinados a serviços de administração da própria garagem ou pequeno alojamento do vigilante.
Parágrafo Único – Quando houver compartimento para habitação do
vigilante, este deve satisfazer as exigências desta Lei, para compartimentos de permanência prolongada.
CAPÍTULO VIII
DAS CIRCULAÇÕES
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 56 – Para efeito de aplicação do disposto neste capítulo são
considerados espaços de circulação: os corredores, escadas, rampas, elevadores, escadas rolantes, vestíbulos, portarias e acessos.
Parágrafo Único – O pé direito mínimo dos espaços citados no artigo será
de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros).
SEÇÃO II
DOS CORREDORES
Art. 57 – Nas habitações unifamiliares ou em cada unidade privativa das edificações multifamiliares, os corredores até 5,00 m (cinco metros) de comprimento deverão ter largura mínima de 0,90 m (noventa centímetros) e quando tiverem comprimento superior a 5,00 m (cinco metros) deverão ter largura mínima de 1,00 m (um metro).
Art. 58 – Quando de uso coletivo, os corredores serão dimensionados de
acordo com as especificações e exigências constantes do Anexo III que integra esta Lei.
SEÇÃO III
DAS ESCADAS E RAMPAS
Art. 59 – Quando de uso coletivo, as escadas e rampas serão dimensionadas
de acordo com as especificações e exigências constantes do Anexo III que se faz parte integrante desta Lei e dos artigos que se seguem.
Parágrafo Único – Nas edificações residenciais serão permitidas as escadas
privativas, para cada unidade, com largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros) livres. Art. 60 – O dimensionamento dos degraus das escadas obedecerá a uma
altura máxima de 0,18 m ( dezoito centímetros) para o espelho a uma profundidade mínima de 0,25 m ( vinte e cinco centímetros) para o piso.
Parágrafo Único – Qualquer escada poderá ter, no máximo 19 (dezenove)
degraus sem patamar intermediário. Art. 61 – As escadas e rampas deverão ainda atender as seguintes
exigências: I – Para as escadas e rampas não confinadas: a) quando se elevarem a mais de 1 m (um metro) acima do nível do piso,
serão adotadas de corrimão e guarda-corpo; b) nenhuma porta poderá abrir sobre o desenvolvimento de uma escada ou
rampa sendo nesse caso obrigatório o uso do patamar; c) os patamares não poderão ter nenhuma de suas dimensões inferiores a
largura da escada ou rampa; d) o patamar de acesso ao pavimento deverá estar ao mesmo nível do piso
da circulação do mesmo.
II – Para as rampas para pedestres, a declividade máxima permitida será de 12 % (doze por cento).
Art. 62 – Nas edificações de uso coletivo as escadas deverão ser construídas
de material incombustível. Art. 63 – Em edifícios com quatro ou mais pavimentos a caixa de escada
deverá dispor: a) de saguão ou patamar independente do “hall” de distribuição; b) de iluminação natural ou sistema de emergência para alimentação de
iluminação artificial; c) dispor de porta corta-fogo entre a caixa de escada e seu saguão e o
“hall” de distribuição, em todos os pavimentos;
Art. 64 – Em edifícios com 9 (nove) ou mais pavimentos deverão ser observados os seguintes quesitos quanto a caixa de escada:
a) dispor de uma antecâmara, entre o saguão da escada e o “hall” de
distribuição, isolada por 02 (duas) portas corta-fogo. b) Ser a antecâmara ventilada naturalmente ou por poço de ventilação
natural aberto no pavimento térreo e na cobertura; c) Ser a antecâmara iluminada por sistema compatível com o adotado para
a escada.
SEÇÃO IV
DOS ELEVADORES E ESCADAS ROLANTES
Art. 65 – Nos edifícios com 4 (quatro) ou mais pavimentos, excetuado o pilotis, será obrigatório a utilização de no mínimo (hum) elevador.
§ 1º - Considera-se pavimento para efeito deste artigo subsolos, garagens e
sobrelojas; § 2º - O número de elevadores necessários será definido pelo cálculo de
tráfego dos mesmos; § 3º - O uso de elevadores não dispensa o uso de escada; § 4º - Serão excetuados desta exigência de elevador os casos em que
ocorrem até 3 (três) pavimentos acima e 3 (três) pavimentos abaixo da área de uso comum (acesso, garagem e portaria)
Art. 66 – O elevador ou elevadores de um prédio deverão servir a todos os
pavimentos. Parágrafo Único – O pavimento mais elevado poderá ser servido de
elevador, quando for constituído de compartimento que, por sua disposição, possa ser utilizado como dependência da habitação situada no pavimento imediatamente inferior, ou
quando aqueles compartimentos forem destinados a depósitos, alojamento de empregados, ou pequena residência destinada a porteiro ou zelador de edifício e área de uso comum.
Art. 67 – Projeto e a instalação de elevadores obedecerão o disposto nas
normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e as dos próprios fabricantes.
SEÇÃO V
DOS VESTÍBULOS, PORTARIAS E ACESSOS
Art. 70 – As portas de acesso a edificação não poderão ter dimensões inferiores aquelas exigidas para a largura dos corredores das escadas e rampas.
Art. 71 – Nas edificações de uso coletivo, os espaços exclusivamente
destinados a portaria deverão ter área mínima de 6 m² (seis metros quadrados) com largura mínima de 2 m (dois metros).
SEÇÃO VI
DAS ÁREAS INTERNAS DE VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO
Art. 72 – São consideradas áreas internas de ventilação e iluminação todas as superfícies horizontais, ao nível do terreno ou de qualquer pavimento, sem cobertura.
Art. 73 - Toda área livre deverá satisfazer o disposto na Lei de Uso e
Ocupação do Solo Urbano e ainda: I – apresentar forma e dimensões adequadas a iluminação e ventilação
indispensáveis aos compartimentos que para elas abrem respectivos vãos: II – permitir ao nível do piso junto ao vão a ser iluminado por ela, a
inscrição de um círculo cujo diâmetro mínimo seja igual a 1,50 m (hum metro e cinqüenta centímetros);
III – permitir a partir do primeiro pavimento servido pela área a inscrição de um círculo cujo diâmetro “D”, em metros, seja dado pela fórmula;
D= H + 1,5 onde H = distância em metros do forro do último
10 pavimento ao piso da área livre;
IV – ter área mínima de 4,50 m2 (quatro metros quadrados e cinqüenta decímetros quadrados) Parágrafo Único – Qualquer vão de iluminação, voltado para uma área
livre, deverá manter o afastamento em relação a face da parede que lhe fique oposta, ou as divisas do lote, no mínimo igual ao diâmetro do círculo circunscrito ao nível do piso de cada um dos pavimentos, conforme disposto nos incisos II a III deste artigo.
Art. 74 – As áreas fechadas deverão ser providas de escoadouro para águas
pluviais e de lavagem, além de acesso no piso para permitir a manutenção e limpeza.
Parágrafo Único – Quando houver na construção de beiral que avance
sobre esta área, este deverá possuir no máximo 0,50 m (cinqüenta centímetros).
CAPÍTULO VII
DOS COMPARTIMENTOS
SEÇÃO I
DA CLASSIFICAÇÃO
Art. 75 – Classificam-se os compartimentos em: I – de permanência prolongada (diurna e noturna); II – de utilização transitória; III – de utilização especial. § 1º - São compartimentos de permanência prolongada aqueles locais de uso
definido, que permitam a permanência confortável por tempo longo e indeterminado tais como: dormitórios, salas de jantar, estar, de visita, de jogos, de costura, de estudos, gabinetes de trabalho, escritórios, consultórios, copas, cozinhas.
§ 2º - São compartimentos de utilização transitória aqueles locais de uso
definido ocasional ou temporário, que permitam permanência confortável por tempo determinado tais como: vestíbulos, sala de entrada, de espera, caixas de escada, despensas, rouparias, instalações sanitárias, lavanderias, arquivos, depósitos, garagens.
§ 3º - São compartimentos de utilização especial aqueles que pela sua
finalidade, dispensam abertura para o exterior tais como: câmara escura, frigorífico, adega, armários e outros de características especiais a critério da Prefeitura ou assim definidos por legislação pertinente.
§ 4º - Para efeito da aplicação deste artigo e das demais prescrições desse
código, e destino dos compartimentos será considerado quando da análise do projeto da edificação, não apenas pela denominação correspondente indicada no mesmo, mas também pela finalidade lógica decorrente de sua disposição em planta.
Art. 76 – As áreas fechadas deverão ser providas de escoadouro para águas
pluviais e de lavagem, além de acesso no piso para permitir a manutenção e limpeza. Parágrafo Único – Quando houver na construção beiral que avance sobre
esta área, este deverá possuir no máximo 0,50 m (cinqüenta centímetros).
SEÇÃO II
DA ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO
Art. 77 – Todo compartimento, seja qual for o seu destino, deverá ter dentro das prescrições deste código e ressalvados os casos nele previstos, em plano vertical, pelo menos um vão aberto diretamente para o exterior ou para uma área aberta ou fechada, ou para duto de ventilação.
Parágrafo Único – As disposições deste artigo poderão sofrer alterações
quando se tratar de compartimentos especiais definidos no § 3º do artigo anterior. Art. 78 – Não poderá haver aberturas em paredes levantadas sobre a divisa
ou que distem menos de 1,50 m (hum metro e cinqüenta centímetros) da mesma. Art. 79 – A soma das áreas dos vãos de iluminação e ventilação de um
compartimento terá seu valor mínimo expresso em fração de área deste compartimento, conforme a seguinte tabela:
I – Salas, dormitórios, escritórios, copas e cozinhas 1/6 (hum sexto) da área do piso;
II – banheiros e lavatórios e demais cômodos – 1/8 (hum oitavo) da área do piso.
§ 1º - Se os vãos de iluminação e ventilação derem para áreas cobertas tais como: varandas, pórticos ou alpendres, as dimensões fixadas para os mesmos serão consideradas em função da soma das superfícies dos pisos do cômodo considerado e da área coberta;
§ 2º - As áreas cobertas a que se referem o parágrafo anterior deverão estar afastadas no mínimo 1,50 m (hum metro e cinqüenta centímetros) de qualquer divisa ou parede que lhe fique oposta;
§ 3º - Será tolerado o fechamento das varandas desde que a solução adotada e os materiais empregados garantam plenas condições de iluminação e ventilação aos compartimentos que para elas abrem seus respectivas vãos.
Art. 80 – Nenhum vão será considerado capaz de iluminar pontos de
compartimentos que dele distem mais de duas vezes e meia a extensão do pé direito. § 1º - No caso de vãos de iluminação e ventilação que derem para as áreas
referidas no parágrafo primeiro do artigo anterior, tal distância dever ser tomada a partir da linha externa das mesmas.
§ 2º - Os depósitos, adegas e compartimentos similares poderão ser iluminados e ventilados através de outros compartimentos.
Art. 81 – A distância da parte superior da janela ao teto não dever ser
superior a 1/5 (hum quinto) do pé direito. Art. 82 – Em caso de construções destinadas a fins especiais será permitida
a iluminação unicamente artificial ou através de outro cômodo e a ventilação mecânica ou indireta dos compartimentos sanitários, observadas, disposições do parágrafo único deste artigo.
Parágrafo Único – A ventilação indireta por meio de forro falso, através de compartimento contíguo, observará os seguintes requisitos:
I – altura livre não inferior a 0,40 m (quarenta centímetros); II – largura não inferior a 1 m ( hum metro)
III – extensão não superior a 3 m (três metros) IV – comunicação direta com o espaço exterior ou área de ventilação e
iluminação; V – o vão será provido de veneziana, basculante na entrada do
compartimento e grade, ou tela metálica na abertura externa; VI – o túnel de ligação deverá ter revestimento liso.
SEÇÃO III
DAS CONDIÇÕES MÍNIMAS DOS COMPARTIMENTOS
Art. 83 – Os compartimentos das edificações para fins residenciais,
conforme sua utilização obedecerão as condições constantes do Anexo I. Parágrafo Único – A utilização do sótão ou porão, caso existente, para
habitação noturno ou diurna só será permitida se estes possuírem pé direito mínimo de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) e satisfazerem as demais exigências deste Código quanto a área, iluminação e ventilação.
Art. 84 – Os compartimentos das edificações para fins comerciais e de
serviço, conforme sua utilização, obedecerão as condições mínimas constantes do anexo II.
TÍTULO IV
DA CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 85 – Conforme a utilização a que se destina, as edificações classificam-se em:
I – residências; II – comerciais e de serviços III – industriais; IV – para fins especiais; V – mistas. § 1º - São consideradas edificações residenciais, aquelas destinadas a
residências permanentes ou transitórias, construídas isoladamente ou em grupos. § 2º - São consideradas edificações comerciais e de serviços aquelas
destinadas as atividades relativas a compra a venda e a prestação de serviços, bem como os respectivos escritórios e depósitos.
§ 3º - São considerados edificações industriais aquelas destinadas as
atividades relativas a produção, transformação de matéria prima ou montagem, bem como os respectivos anexos, escritórios e depósitos.
§ 4º - São consideradas edificações para fins especiais aquelas destinadas as atividades de natureza técnica ou que exijam espaços especiais para equipamento e tratamento arquitetônico adequado e aquelas que o órgão competente assim considerar.
§ 5º - São consideradas edificações mistas aquelas que reúnem em um
mesmo bloco arquitetônico ou em um conjunto integrado de blocos dois ou mais tipos de usos.
CAPÍTULO II
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS
Art. 86 – As edificações residenciais, segundo a sua conformação e utilização classificam-se em:
I – Unifamiliar; II – Multifamiliar Horizontal; III – Multifamiliar Vertical. Art. 87 – Toda edificação residencial unifamiliar deverá atender as
disposições deste Código e ao Anexo I, no que diz respeito a cada um de seus cômodos. Art. 88 – Toda edificação residencial será composta de no mínimo sala,
dormitório, cozinha e instalação sanitária. Parágrafo Único – Nos edifícios de apartamentos tipo Kitchenette, o
dormitório e a sala poderão ser conjugados em um só cômodo desde que respeitada a soma das dimensões mínimas.
Art. 89 - Toda edificação residencial multifamiliar vertical atenderá além
das demais exigências constantes deste Código, as seguintes: I – terá os elementos construtivos básicos, como estrutura, parede e escadas
em material incombustível; II – cumprirá as determinações do órgão competente relativas a prevenção
de incêndio; III – disporá, em local adequado, de dispositivo para a guarda (depósito) de
lixo, quando for constituída de mais de 6 (seis) unidades residenciais autônomas; IV – quando tiverem mais de 6 (seis) unidades residenciais, autônomas,
deverão ser dotadas de depósito de materiais de limpeza e de banheiro para o pessoal encarregado dos serviços, devendo este banheiro ser dotado de vaso sanitário, lavabo e chuveiro;
V – possuir área de recreação, coberta ou não, proporcional ao número de compartimentos de permanência prolongada garantindo:
a) proporção mínima de 1,00 m2 (hum metro quadrado) por compartimento de permanência prolongada, não podendo porém ser inferior a 30,00 m2 (trinta metros quadrados);
b) continuidade, não podendo seu dimensionamento se feito por adição de áreas parciais isoladas;
VI – possuir um reservatório de água superior do prédio, com capacidade mínima de 500 L (quinhentos litros) para cada unidade e quando necessário, bomba para o transporte vertical da água até aquele reservatório;
VII – possuir garagem de uso privativo dos moradores do edifício, obedecendo-se o disposto na Lei de Uso e Ocupação do Solo;
Parágrafo Único – No caso do “caput” deste artigo, o projeto arquitetônico deverá conter, além dos elementos exigidos neste código, a representação das vagas na garagem, em planta, na escala de 1/200 (hum por duzentos).
Art. 90 – As edificações para fins residenciais só poderão estar anexas a compartimentos destinados ao comércio e de prestação de serviços, quando tiverem acessos, independentes para cada uso.
SEÇÃO I
DAS CASAS POPULARES E CONJUNTOS HABITACIONAIS
Art. 91 – Serão consideradas casas populares, as construções
exclusivamente residenciais com área construída máxima de 60 m2 (sessenta metros quadrado) edificados com material do tipo Econômico.
Parágrafo Único – A residência perderá sua característica de popular caso
a ela se acrescente uma edícula de área superior a 50 % da edificação principal. Art. 92 – Os conjuntos habitacionais, constituídos por unidades residenciais
populares, deverão obedecer as Leis de Parcelamento do Solo Urbano e demais Legislação Federal, Estadual e Municipal pertinentes.
SEÇÃO II
DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM
Art. 93 – As edificações destinadas a hotéis e congêneres deverão obedecer
as seguintes disposições: I – ter, além dos apartamentos ou quartos, dependências de vestíbulos com
local para instalação de portaria e sala de estar, sendo a portaria localizada no nível de acesso do pavimento térreo;
II – ter acesso independente para hóspedes e pessoal de serviços; III – ter vestiário e instalação sanitária privativos para o pessoal de serviços; IV – ter em cada pavimento, instalações sanitárias, separadas por sexo, na
proporção de um vaso sanitário, um chuveiro e um lavatório, no mínimo, para cada grupo de 5 (cinco) dormitórios;
V – ter lavatório com água corrente em todos os dormitórios; VI – ter cozinha, copa e sala para café; VII – ter local centralizado para coleta de lixo com terminal em recinto
fechado; VIII – atender as normas e exigências do órgão competente, quanto a
prevenção de incêndio; IX – os dormitórios deverão ter dimensão mínima de 2,50 m (dois metros e
cinqüenta centímetros);
X – para estabelecimentos com mais de 20 (vinte) unidades de hospedagem, deverá ter no mínimo 4 (quatro) vagas de estacionamento, para cada 10 (dez) unidades de hospedagem;
XI – ter área de embarque e desembarque.
CAPÍTULO III
DAS EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E DE SERVIÇOS
Art. 94 – Além das exigências constantes do presente Capítulo, as
edificações comerciais e de serviços deverão atender as exigências constantes do Anexo II e III que integram esta Lei e as normas Federais, Estaduais e Municipais sobre higiene e segurança do trabalho.
Art. 95 – As edificações ou compartimentos destinados a lojas obedecerão
as seguintes exigências: I – deverão ter as instalações sanitárias privativas que não poderão ter
comunicação direta com a loja, podendo ser antecedidas por vestíbulo, cuja área poderá ser considerada para efeito de cálculo da área mínima da loja;
II – as edificações comerciais com área útil superior a 75 m2 (setenta e cinco metros quadrados) deverão ter sanitários para os clientes, nas seguintes proporções mínimas:
Até 150 m2......................................... 01 instalação sanitária de 151 a 300 m2 .............................. 02 instalações sanitárias de 301 a 500 m2 .............................. 03 instalações sanitárias de 501 a 1.000 m2 .............................. 04 instalações sanitárias de 1001 a 1.500 m2 ............................. 05 instalações sanitárias Acima de 1.500 m2 .............................. 06 instalações sanitárias Art. 96 – Em qualquer estabelecimento comercial, os locais onde houver
preparo, manipulação ou depósito de alimentos deverão ter piso, paredes revestidos com material liso, resistente, lavável e impermeável, até a altura de 1,80 m (hum metro e oitenta centímetros).
Art. 97 – As edificações destinadas a açougues ou peixaria, deverão atender
além das normas de higiene, saúde e posturas, as seguintes exigências: I – terão paredes e pisos impermeabilizados, sendo estes dotados de ralos e
com a necessária declividade; II – possuirão depósito fechado revestido de azulejo ou material equivalente
para a guarda de detritos até a sua remoção; III – terão instalações ou câmaras frigoríficas para armazenagens dos
produtos perecíveis ou deterioráveis. Art. 98 – As edificações comerciais destinadas a farmácias deverão: I – dispor de cômodo separado para ampliação de curativos e medicações
com área mínima de 3,00 m2, (três metros quadrados); II – atender as mesmas exigências estabelecidas no art. 96 para os locais de
manipulação de alimentos.
Art. 99 – Nos bares, cafés, restaurantes, confeitarias e congêneres, todos os
sanitários deverão estar localizados de tal forma que permitam sua utilização pelo público, sem trânsito pelas instalações de manipulação de alimentos.
Parágrafo único – A estas edificações comerciais aplicam-se as disposições
do art. 95, incisos I e II. Art. 100 – Os supermercados, mercados e lojas de departamentos deverão
atender as exigências específicas estabelecidas nesta Lei para cada uma de suas seções conforme as atividades nela desenvolvidas.
Art. 101 – Os edifícios destinados a escritórios, consultórios e atividades
semelhantes deverão satisfazer as seguintes condições: I – sua localização obedecerá o disposto na Lei de Uso e Ocupação do Solo; II – para cada grupo de 5 (cinco) salas ou fração deverá existir uma
instalação sanitária para cada sexo, não privativa composta de vaso sanitário e lavatório; III – as salas com área superior a 20,00 m2 (vinte metros quadrados) deverão
ser dotadas de instalações sanitária privativa. Art. 102 – As oficinas de reparo de veículos, deverão dispor de espaço para
recolhimento ou espera de todos os veículos dentro do imóvel e quando for o caso, de compartimento próprio e confinado para a pintura de veículos.
Art. 103 – Os postos de serviço de veículos, além das normas concernentes
a legislação vigente sobre inflamáveis, deverão atender as seguintes exigências: I – a limpeza, lavagem e lubrificação de veículos deverão ser feitas em
boxes isolados, de modo a impedir que a poeira e as águas sejam levadas para o logradouro e neste se acumulem;
II – construção de muros de alvenaria de 2,00 m (dois metros) de altura, separando-o das propriedades vizinhas;
III – os equipamentos para lavagem ou lubrificação deverão ficar em compartimentos exclusivos que atendam as seguintes prescrições:
a) terem paredes laterais fechadas em toda a altura até a cobertura ou providas de caixilhos fixos para iluminação, quando usados jatos d’água e ar comprimido;
b) terem as faces internas das paredes revestidas de material resistentes a freqüentes lavagens;
c) as águas servidas passem por caixa de decantação de sólidos; IV – deverão possuir instalações sanitárias franqueadas ao público,
separadas para ambos os sexos; V – serão dotadas de instalações sanitárias destinadas exclusivamente aos
empregados, em compartimentos que tenham pelo menos, lavatório, chuveiro e vaso sanitário; VI – apresentação de projetos detalhados dos equipamentos e instalações.
CAPÍTULO IV
DAS EDIFICAÇÕES MISTAS
Art. 104 – Nas edificações mistas, para cada tipo de uso, deverão ser atendidas as exigências a ele relativas.
Art. 105 – Nas edificações mistas serão obedecidas as seguintes condições: I – Os pavimentos destinados a cada uso serão agrupados por categoria de
uso independente; II – no pavimento de acesso, os vestíbulos, hall e circulação horizontais e
verticais, relativas a cada uso ou tipo serão obrigatoriamente independente entre si; III – possuir instalações e reservatórios de água de acordo com as exigências
da concessionária responsável pelo serviço, totalmente independente para cada uso.
CAPÍTULO V
DAS EDIFICAÇÕES INDUSTRIAIS
Art. 106 – As edificações destinadas ao uso industrial, além das disposições da Consolidação das leis do Trabalho e das Legislações pertinentes em vigor, deverão:
I – ser de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias e estruturas de forro e cobertura;
II – ter os dispositivos de prevenção contra incêndio de acordo com as normas do órgão competente e da ABNT.......
CAPÍTULO VI
DAS EDIFICAÇÕES PARA FINS ESPECIAIS
SEÇÃO I
DA CLASSIFICAÇÃO
Art. 107 – As edificações para fins especiais, segundo a sua conformação e
utilização, classificam-se em: I – Estabelecimentos de assistência médico hospitalar, nessa classe
compreendidos os hospitais, pronto socorro, maternidade, casas de saúde, postos médicos, laboratórios de análise e pesquisas;
II – Estabelecimentos escolares, compreendendo os jardins de infância, colégios, grupos escolares, faculdades, universidades e escolas profissionalizantes;
III – Estabelecimentos de diversões, compreendendo os teatros, cinemas, clubes e casas de diversões;
IV - Estabelecimentos de assistência social, creches, orfanatos, asilos e dispensários.
SEÇÃO II
DOS ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
Art. 108 – As edificações destinadas a assistência médico hospitalar serão
previamente analisadas pelos órgãos encarregados de Saúde Pública do Município, do Estado
e da União, além de atender as exigências abaixo e as demais disposições deste Código que lhes forem aplicáveis:
I – ser de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou
outro material combustível apenas nas edificações térreas, bem como nas esquadrias, parapeitos, revestimentos de pisos e estruturas de forro de cobertura.
II – ter instalação de lavanderia com aparelhamento de lavagem, desinfeção e esterilização de roupas, sendo os compartimentos correspondentes pavimentados e revestidos, até a altura mínima de 2,00 m (dois metros), com material lavável e impermeável;
III – ter instalações sanitárias em cada pavimento, para uso pessoal e dos doentes que não as possuem privativas, com separação para cada sexo, nas seguintes proporções:
a) para uso de doentes: um vaso sanitário, um lavatório e um chuveiro, com água quente e fria , para cada 90,00 m2 (noventa metros quadrados) de área construída;
b) para uso do pessoal de serviço: um vaso sanitário, um lavatório e um chuveiro, para cada 300,00 m² (trezentos metros quadrados) de área construída;
IV – ter necrotério com: a) pisos e paredes revestidos até a altura mínima de 2,00 m (dois metros),
com material impermeável e lavável; b) abertura de ventilação dotadas de tela milimétrica; c) instalação sanitária. V – ter quando com mais de um pavimento, uma escada principal e uma de
serviço, recomendando-se a instalação de um elevador ou rampa para macas e cadeiras de rodas;
VI – ter instalação de energia elétrica de emergência; VII – ter instalação e equipamentos de coleta, remoção e incineração de
lixo, que garantam completa limpeza e higiene; VIII – ter instalação preventiva contra incêndio, de acordo com as normas
do órgão competente e da ABNT. Parágrafo Único – Os hospitais deverão ainda, observar as seguintes
disposições: I – os corredores, escadas e rampas, quando destinados a circulação de
pacientes, deverão ter largura mínima de 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) e pavimentação de material impermeável e lavável, quando destinados exclusivamente a visitantes e aos serviçais, largura mínima de 1,20 m (hum metro e vinte centímetros);
II – declividade máxima permitida nas rampas será de 10 % (dez porcento), sendo exigido o piso antiderrapante;
III – a largura das portas entre compartimentos a serem utilizadas por pacientes acamados será no mínimo, de 1,00 m ( hum metro);
IV - As instalações e dependências destinadas a cozinha, depósito de suprimentos e copas deverão ter piso e paredes, revestidos com material impermeável e lavável até a altura mínima de 2,00 m ( dois metros) e as aberturas protegidas por telas milimétricas;
V – não é permitida a comunicação direta entre a cozinha, vestiários, lavanderias e farmácias.
SEÇÃO III
DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES
Art. 109 – As edificações destinadas a estabelecimentos escolares, serão previamente analisados pelos órgãos encarregados do Município, do Estado e da União, além de atender as exigências abaixo e as demais disposições deste Código que lhes forem aplicáveis:
I – se de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível apenas nas edificações térreas, bem como nas esquadrias, parapeitos, revestimentos de pisos e estruturas de forro e cobertura;
II – ter locais de recreação, cobertos e descobertos recomendando-se que atendam ao seguinte dimensionamento:
a) local de recreação coberto, com área mínima de 1/3 (hum terço) da soma das áreas das salas de aula;
b) local de recreação descoberto, com área mínima de 2 (duas) vezes a soma das áreas das salas de aula;
III – ter instalações sanitárias separadas por sexo com as seguintes proporções mínimas, em função da área total das salas de aula:
a) um vaso sanitário e um lavatório para cada 40 m2 (quarenta metros quadrados) e um mictório para cada 20 m2 (vinte metros quadrados) para alunos do sexo masculino.
b) Um vaso sanitário para cada 20 m2 ( vinte metros quadrados) e um lavatório para cada 40 m2 (quarenta metros quadrados) para alunos do sexo feminino;
c) Um bebedouro para cada 40,00 m² (quarenta metros quadrados).
SEÇÃO IV
DOS ESTABELECIMENTOS DE DIVERSÕES
Art. 110 – As edificações destinadas a auditórios, cinemas, teatros, clubes e danceterias deverão atender as seguintes disposições, além do disposto no Anexo III:
I – ter sua estrutura e demais elementos construtivos essenciais de material incombustível;
II – ter instalações sanitárias separadas para cada sexo com as seguintes proporções mínimas, em relação a lotação máxima, calculada na base de 1,60 m² (hum metro quadrado e sessenta decímetros quadrados) por pessoa:
a) para o sexo masculino um vaso e um lavatório para cada 500 (quinhentos) lugares ou fração de um mictório para cada 250 (duzentos e cinqüenta) lugares ou fração;
b) para o sexo feminino, um vaso e um lavatório para cada 500 (quinhentos) lugares ou fração.
III – ter instalações preventivas contra incêndio, de acordo com a normas do órgão competente e da ABNT.
Parágrafo Único – Os estabelecimentos de diversões deverão ainda, observar as seguintes disposições:
I – quanto as portas: a) deverão ter a mesma largura dos corredores: b) as de saídas da edificação deverão ter largura total (soma de todos os
vãos) correspondendo a 1,0 cm (um centímetro) por pessoa de lotação, não podendo cada porta ter menos de 1,50 m (hum metro e cinqüenta centímetros)de vão livre, e deverão abrir de dentro para fora;
II – quanto aos corredores de acesso e escoamento do público, deverão possuir largura mínima de 1,50 m (hum metro e cinqüenta centímetros) a qual terá um acréscimo de 1 mm ( um milímetro) por pessoa excedente a lotação de 150 (cento e cinqüenta) ocupantes, quando não houver lugares fixos, a lotação será calculada na base de 1,60 m2 ( hum metro e sessenta decímetros quadrados) por pessoa.
III – quanto a circulações internas a sala de espetáculos, dança e lazer: a) os corredores longitudinais deverão ter largura mínima de 1,00 m ( hum
metro) e os transversais de 1,70 m ( hum metro e setenta decímetros); b) as larguras mínimas terão um acréscimo de 1 (um milímetro ) por
pessoa excedente e 100 (cem) ocupantes, na direção normal do fluxo de escoamento da sala para as saídas.
SEÇÃO V
DAS EDIFICAÇÕES PÚBLICAS
Art. 111 – Além das demais disposições deste Código que lhe forem
aplicáveis, os edifícios deverão obedecer ainda as seguintes condições mínimas, para cumprir o estabelecimento em qualquer legislação pertinente, em favor dos deficientes físicos:
I – apresentar rampas de acesso ao prédio com declividade máxima de 8 % (oito por cento), com piso antiderrapante e corrimão na altura de 0,75 m (setenta e cinco centímetros);
II – na impossibilidade de construção de rampas, a portaria deverá ser no mesmo nível da calçada;
III – quando da existência de elevadores, estes deverão ter dimensões mínimas de 1,10 m x 1,40 m (hum metro e dez centímetros por hum metro e quarenta centímetros);
IV – os elevadores deverão atingir todos os pavimentos inclusive garagem e subsolos;
V – todas as portas deverão ter largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros);
VI – os corredores deverão ter largura mínima de 1,20 m (hum metro e vinte centímetros);
VII – a altura máxima dos interruptores de campainha painéis de elevadores será de 0,80 m (oitenta centímetro);
VIII – em pelo menos um gabinete sanitário de cada banheiro masculino e feminino deverão ser obedecidas as seguintes condições:
a) dimensões mínimas de 1,40 m x 1,85 m ( hum metro e quarenta centímetros por hum metro e oitenta e cinco centímetros);
b) o eixo do vaso sanitário deverá ficar a uma distância de 0,45 m (quarenta e cinco centímetros) de uma das paredes laterais;
c) as portas não poderão abrir para dentro dos gabinetes sanitários e terão no mínimo 0,80 m (oitenta centímetros) de largura;
d) a parede lateral e a mais próxima ao vaso sanitário, bem como o lado interno da porta, deverão ser dotados de alças de apoio, a um altura de 0,80 m (oitenta centímetros);
e) os demais equipamentos não poderão ficar a altura superior a 1,00 m (hum metro).
TÍTULO V
DAS REFORMAS
Art. 112 – Nas edificações existentes, a época da publicação desta Lei com recuos em desacordo, porém com índices de ocupação e aproveitamento aquém dos limites fixados, serão permitidos reformas desde que:
I – sejam respeitados os índices fixados para a zona; II – as novas partes respeitem os recuos mínimos. Art. 113 – Nas construções já existentes que estejam em desacordo com a
legislação, as reformas deverão observar: I – as modificações deverão abranger até 50 % (cinqüenta por cento ) no
mínimo, da área total da construção existente; II – independentemente do disposto no item anterior, a área de construção a
ser acrescida ou diminuída, não poderá ser superior a 30 % (trinta por cento) da área total da construção primitiva.
Parágrafo Único – Se ultrapassados os limites fixados nos incisos do artigo, a reforma será considerada obra nova, devendo ser observadas as disposições deste Código.
TITULO VI
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 114 – Qualquer obra em qualquer fase, sem a respectiva licença estará sujeita a multa, embargo, interdição e demolição.
Art. 115 – A fiscalização Municipal no âmbito de sua competência,
expedirá notificações e autos de infração, para cumprimento das disposições deste Código, endereçados ao proprietário da obra ou ao responsável técnico.
Art. 116 – As notificações serão expedidas para o cumprimento de alguma
exigência acessória contida no processo ou regularização do projeto, obra ou simples falta de cumprimento de disposições deste Código.
§ 1º - Expedida a notificação, esta terá o prazo de 15 (quinze) dias para ser
cumprida. § 2º - Esgotado o prazo da notificação sem que a mesma seja atendida,
lavrar-se-á o auto de infração.
Art. 117 – A obra em andamento seja ela de reparo, reconstrução, reforma ou construção será embargada através do auto de embargo e respectiva ação judicial, sem prejuízo das multas e outras penalidades, quando:
I – Estiver sendo executada sem a licença ou alvará da Prefeitura Municipal,
nos casos em que o mesmo for necessário conforme previsto na presente Lei; II – for desrespeitado o respectivo projeto; III – o proprietário ou responsável pela obra recusar-se a atender a qualquer
notificação da Prefeitura Municipal referente as disposições deste Código. IV – não forem observados o alinhamento e nivelamento; V – estiver em risco sua estabilidade ou segurança de terceiros; VI – estiver sendo executada sem a responsabilidade de profissional
habilitado registrado no CREA e na Prefeitura. Parágrafo Único – o auto de embargo deverá ser encaminhado ao seu
proprietário ou ao seu responsável técnico. Art. 118 – O embargo será levantado após o cumprimento das exigências
consignadas no auto de embargo. Art. 119 – O prédio ou qualquer de suas dependências poderá ser
interditado, provisória ou definitivamente, pela Prefeitura Municipal, nos seguintes casos: I – ameaça a segurança e estabilidade das construções próximas; II – obras em andamento com risco para o público ou para o pessoal da
obra; Art. 120 – Não atendida a interdição e não realizada a intervenção ou
indeferido o respectivo recursos, o poder público poderá solicitar a ação demolitória. Art. 121 – Será passível de pena de suspensão pelo prazo de 1 (hum) ano a
6 (seis) meses, o responsável técnico que: I – cometer reiteradas infrações contra o presente Código, incorrendo em
mais de 3 (três) multas durante o período de 1 (hum) ano. II – Continuar na execução de obras embargadas.
CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES
Art. 122 – A aplicação das penalidades previstas no capítulo anterior, não exime o infrator da obrigação do pagamento de multa por infração e da regularização da mesma.
Art. 123 – A multas serão calculadas com base na Unidade Fiscal da Prefeitura Municipal de Itajubá, conforme o estabelecimento no Anexo IV.
Art. 124 – O proprietário ou responsável técnico terá prazo de 30 (trinta)
dias a contar da intimação ou autuação, para legalizar a obra ou a sua modificação sob pena de ser considerado reincidente.
Parágrafo Único – Na reincidência, as multas serão aplicadas em dobro. Art. 125 – As multas não pagas no prazo fixado serão inscritas em dívida
ativa, além da proibição de transacionar com as repartições municipais. Art. 126 – Todas as funções referentes a aplicação das normas e imposições
deste Código serão exercidas por órgãos e servidores da Prefeitura Municipal, cuja competência para tanto, esteja definida em Leis, Regulamentos e Regimentos.
Parágrafo Único – Para o exercício das funções a que se refere este artigo,
o órgão competente ouvirá os demais órgãos interessados. Art. 127 – A numeração de qualquer edificação situada na Zona Urbana no
Município, em vias ou logradouros públicos, será estabelecida pela Prefeitura Municipal. Art. 128 – O Chefe do Executivo poderá expedir decretos, portarias,
circulares, ordens de serviços e outros atos administrativos que se fizerem necessários apenas a fiel observância das disposições desta Lei.
Art. 129 – Os prazos previstos nesta Lei contar-se-ão por dias corridos. Parágrafo Único – Prorrogar-se-á para o 1º (primeiro) dia útil subsequente
ao vencimento do prazo que incidir em Sábado, Domingo ou feriado. Art. 130 – Fazem parte integrante desta Lei: Anexo I – Tabela I – Requisitos mínimos dos compartimentos das
edificações residenciais; Anexo II – Tabela II – Requisitos mínimos dos compartimentos das
edificações comerciais e de serviços; Anexo III – Tabela III – Dimensionamento das circulações de uso coletivo: Anexo IV – Tabela IV – Tabela de multas; Anexo V – Legenda Padrão Anexo VI – Glossário. Art. 131 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário ou com ela incompatíveis mais especificamente a Lei n.º 1063 de 19 de novembro de 1974.
PALÁCIO 26 DE FEVEREIRO, em 02 de julho de 1990
ROSEMBURGO ROMANO Prefeito Municipal de Itajubá
MÔNICA ALESSANDRA C. ROMANO
Secretária Municipal de Governo
A N E X O I
TABELA I – EDIFICAÇÃO PARA FINS RESIDENCIAIS
REQUISITOS MÍNIMOS DOS COMPARTIMENTOS
REVESTIMENTO Compartimento
Menor Dimensão
(m)
Pé Direito mínimo (m)
Portas: Dimensões
mínimas (m) PISO PAREDES
Sala 2,50 2,60 0,80 x 2,10 - -
Dormitório 2,50 2,60 0,70 x 2,10 - -
Copa (1) 2,00 2,40 0,70 x 2,10 Impermeável (3)
Cozinha (1) 2,00 2,40 0,80 x 2,10 Impermeável Impermeável até h = ,80
Banheiro (1) 1,00 2,40 0,60 x 2,10 Impermeável Impermeável até h = 1,80
Lavabo (1) 1,00 2,40 0,60 x 2,10 Impermeável Impermeável até h = 1,80
Hall 0,90 2,40 0,80 x 2,10 - -
Áreas de Serviço 1,20 2,40 0,80 x 2,10 Impermeável Impermeável até h = 1,80
Varanda 0,80 2,40 - - -
Depósito,
despensas e
rouparias
0,90 2,40 0,60 x 2,10 - -
REFERÊNCIAS
(1) Os banheiros e sanitários não poderão ter comunicação direta com
cozinha, copa ou despensa.
(2) Para compartimentos com teto inclinado, o pé direito no centro do
compartimento não poderá ser inferior ao exigido nesta tabela, sendo que
em seu ponto mais baixo, o pé direito mínimo será de 2,20 m (dois metros
e vinte centímetros).
(3) A parede da copa quando esta for conjugada com a cozinha deverá
receber revestimento impermeável até h= 1,80 m.
A NE X O II
TABELA II - EDIFICAÇÕES PARA FINS COMERCIAIS E DE SERVIÇO
REQUISITOS MÍNIMOS DOS COMPARTIMENTOS
REVESTIMENTO Compartimento
Menor Dimensão
(m)
Pé Direito mínimo (m)
Portas: Dimensões
mínimas (m) PISO PAREDES
Lojas 2,00 2,70 (3) 0,80 x 2,10 - -
Sobrelojas (1) - 2,20 - - -
Sala para
exercício
profissional,
consultórios e
negócios
2,50 2,70 0,80 x 2,10 - -
Cozinha e Copas
(2) 1,50 2,40 0,80 x 2,10 Impermeável Impermeável até h=1 ,80
Salas de espera 2,00 2,70 0,80 x 2,10 - -
Instalações
Sanitárias 1,00 2,40 0,60 x 2,10 Impermeável Impermeável até h = 1,80
R E F E R Ê N C I A S TABELA II
(1) As sobrelojas poderão ter área no máximo igual a 50 % (cinqüenta por
cento) da área da loja e deverão comunicar-se com esta por meio de escada
interna fixa.
(2) Em restaurante, a cozinhas terão:
- pé direitos mínimos de 2,70 m (dois metros e setenta centímetros)
- área mínima da cozinha igual a 1/5 da área do refeitório;
- área mínima da copa igual a ½ da área da cozinha.
(3) Os compartimentos principais das edificações comerciais com áreas superior
a 250,00 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), deverão ter pé direito
mínimo de 4 m (quatro metros).
ANEXO III
TABELA III – CIRCULAÇÕES DE USO COLELTIVO
REQUISITOS MÍNIMOS
CORREDORES (1) ESCADAS E RAMPAS
T I P O Pé direito Mínimo (m)
Largura mínima (m)
Pé direito mínimo (m)
Largura mínimo (m)
Residencial 2,40 1,20 (2)
1,50 (3) 2,20 1,20
Comercial, Serviços e
Uso misto 2,40
1,20 (2)
1,50 (3) 2,20
1,20 (2)
1,50 (3)
Comercial, através de
galerias de lojas 2,40
2,00 (4)
4,00 (5) 2,20
1,20 (4)
1,50 (5)
Edificações de uso
público ou de reuniões 2,40 (6) 2,20 (6)
R E F E R Ê N C I A S
TABELA III
(1) A distância máxima a ser percorrida ao longo de um corredor até a escada,
rampa ou saída não poderá ser superior a 30 m.
(2) Quando tiverem mais até 10 m de comprimento.
(3) Quando tiverem mais de 10 m de comprimento, sendo também necessário que
tenham iluminação direta.
(4) Quando tiverem lojas apenas de um lado.
(5) Quando tiverem lojas dos dois lados.
(6) Dimensionamento de acordo com o tempo de evacuação previsto pelas
Normas de Segurança.
A N E X O IV
TABELA IV
TABELA DE MULTAS POR INFRAÇÃO
ITEM ESPECIFICAÇÕES MULTA 1
2
3
4
5
6
7
8
9
Falta de comunicação de construções, nos casos em que esta é exigida Iniciar ou executar obras sem licença da Prefeitura nos casos em que esta é exigida, ou com licença vencida Executar obras sem a prévia aprovação do projeto pela Prefeitura nos casos em que esta é exigida: I – residência Unifamiliar: a) edificações com área até 60 m2 (sessenta metros
quadrados) b) edificações com área maior que 60 m2 (sessenta metros
quadrados) e menor ou igual a 120 m² (cento e vinte metros quadrados)
c) edificações com mais de 120 m2 (cento e vinte metros quadrados)
II – Outros Usos: Executar obras em desacordo com o projeto aprovado:
a) residencial multifamiliar b) Outras edificações
Construir em desacordo com os dados oficiais de alinhamento e nivelamento Omitir no projeto, a existência de cursos d’água ou topografia acidentada, que exijam medidaas corretivas do terreno e construção. Não manter no local da obra, projeto ou alvará de execução da obra. Demolição de construções sem licença da Prefeitura Municipal de Itajubá Construção de passeios e rampas em desobediência ao estabelecimento pela Prefeitura Municipal de Itajubá Ocupação de via pública com materiais por tempo além do necessário para a descarga e remoção
2 UFI
3 UFI
0,05 UFI/m2
0,08 UFI/m2
0,10 UFI/m2
0,08 UFI/m2 0,15 UFI/m2
10 UFI
10 UFI
5 UFI
8 UFI
5 UFI
7 UFI
ITEM ESPECIFICAÇÕES MULTA
10
11
12
13
Danos causados ao logradouro, devido a execução de obras e não reparados pelo seu responsável em tempo hábil Inobservância das precisões sobre andaimes e tapumes Mudança de finalidade a que se destina a construção sem prévia licença da Prefeitura Não observância de qualquer outro dispositivo deste Código
8 UFI
10 UFI
10 UFI
5 UFI
ANEXO VI
GLOSSÁRIO
1 – ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2 - ACESSO – Chegada, entrada, meio pelo qual se atinge determinado lugar, ou se
passa de um local para outro. 3 – ACRÉSCIMO – Aumento da área construída quer no sentido horizontal, quer
no sentido vertical, formando novos compartimentos ou ampliando os já existentes.
4 – AFASTAMENTO – É a menor distância entre duas edificações ou entre uma edificação e as linhas divisória do lote onde ela se situa. O afastamento é frontal, lateral ou de fundos, quando estas linhas divisórias forem respectivamente a testada, os lados ou os fundos do lote.
5 – ÁGUAS SERVIDAS – São as já utilizadas no interior da edificação, excluídos os esgotamentos sanitários.
6 – ALINHAMENTO – Linha oficial traçada que limita o lote em relação ao logradouro público, existente ou projetado.
7 – ANDAIME – Estrutura provisória destinada a suster operários e materiais durante a execução da construção.
8 – ÁREA CONSTRUÍDA – A soma das áreas dos pisos utilizáveis cobertos ou não de todos os pavimentos de uma edificação.
9 – ÁREA DE CIRCULAÇÃO – Espaço destinado a movimentação de pessoas ou veículos. Pode ser circulação horizontal, entre compartimentos de um mesmo pavimento ou circulação vertical quando de um pavimento para o outro.
10 – ÁREA DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO – Área livre destinada a iluminar e ventilar compartimentos em edificações compostos de pavimentos múltiplos.
11 – ÁREA LIVRE – Espaço descoberto livre de edificações ou construções, dentro dos limites de um lote.
12– ÁREA OCUPADA – A projeção em plano horizontal, da área construída situada acima do nível do solo.
13 – BALANÇO – Avanço da parte superior da construção sobre o alinhamento do pavimento inferior.
14 – BEIRAL – Parte da cobertura que avança exteriormente sobre a pruma das paredes.
15 – CÔMODO, COMPARTIMENTO – Diz-se de cada uma das divisões dos pavimentos da edificação.
16 – CONSTRUÇÃO GERMINADA – Construções que tenham uma ou mais paredes em comum.
17 – DECLIVIDADE – Relação percentual entre a diferença das cotas altimétricas de dois pontos e a sua distância horizontal.
18 – DEPENDÊNCIA DE USO COMUM – Compartimento da edificação que poderão ser utilizados em comum por todos os usuários.
19 – DIVISA – Linha que separa o lote, das propriedades confrontantes. 20 – EDÍCULA – Edificação complementar a edificação principal, sem
comunicação interna com a mesma. 21 – EMBARGO – Ato administrativo que determina a interrupção ou paralisação
de uma obra por motivos de descumprimento legal ou regulamentar. 22 – ESCALA – Relação de homologia existentes entre o desenho, o objetivo que
ele representa. 23 – ESPECIFICAÇÃO – Descrição dos materiais empregados na construção. 24 – ESPELHO – Parte vertical do degrau da escala. 25 – FRENTE OU TESTADA – Divisa do lote que coincide com o alinhamento do
logradouro público. 26 – FUNDAÇÃO – Parte da construção que, transmite as cargas ao solo. 27 – GREIDE DE RUA – Seção longitudinal da rua. 28 – HABITE-SE – Denominação comum da autorização 29 – HALL – Entrada de edificações, espaço necessário ao embarque e desembarque
de passageiros dos elevadores. 30 – LICENÇA – Autorização dada pela autoridade competente para execução de
obras. 31 – LOGRADOURO PÚBLICO – É toda a parte destinada ao trânsito e utilização
pública, oficialmente reconhecida ou projetada. 32 – LOTE – É a porção de terra autônoma, que resulta de parcelamento do Solo e
cuja testada (frente) é voltada para logradouro público ou privado reconhecido. 33 – MARQUISE – Elemento construtivo em balanço que se projeta para além do
corpo de uma edificação. 34 – MEIO FIO – Arremate entre o plano do passeio e o da pista de rolamento de
um logradouro. 35 – PATAMAR – Superfície horizontal intermediária entre dois lances de escada. 36 – PAVIMENTO – É o conjunto de dependências de uma edificação situadas num
mesmo nível. 37 – PÉ DIREITO – Distância vertical entre o piso e o forro de um compartimento. 38 – PILOTIS – Conjunto de colunas que sustentam uma edificação sem vedação
vertical, exceto as áreas destinadas a circulação vertical e equipamento de uso comunitário tais como; hall, portaria e salões.
39 – REFORMA – Obra de substituição ou reparo de elementos de uma construção, não implicando em aumento da área construída, nem modificação da forma externa ou altura total da edificação.
40 – SOBRE LOJA – Espaço de pé direito reduzido situado logo acima da loja, da qual é parte integrante, e cobrindo apenas parte da mesma.
41 – SUB SOLO – A parte da edificação situada em nível inferior a via que lhe sirva de acesso principal.
42 – VISTORIA – Diligência efetuada pela Prefeitura, tendo por fim verificar as condições de uma construção ou obra.