lei orgânica sobre as eleições gerais
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7/23/2019 Lei Orgnica Sobre as Eleies Gerais
1/28
Quarta-feira,21
de Dezembro de
2011
I Serie - N.
o
245
I I
DI RI
D
REPUBLI
A
ORG O OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA
r e ~ o deste numero -
Kz:
280,00
Toda a correspondencia, quer olicial, quer
ASSINATURA
0 p r e ~ o de cada linha publicada nos Diarios
relativa a anuncio e assinaturas do Diario
Ano da Republica I.' e
2.'
serie e de Kz: 75
.00
e para
da Republica, deve ser dirigida
il
imprensa
Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henriques
de
Carvalho n.o 2, Cidade Alta, Cai xa Postal 1306,
www.imprensanaciollal.gov.ao - End. teleg
.:
As Ires series
A I . serie
A
2.'
serie
... .
..
.........
..
. Kz: 440 375 .00
...... ... ........ . Kz : 260 250.00
... .
....
.. .
..
.. ... Kz: 135 850.00
a 3." serie Kz: 95.00, acrescido do respectivo
imposto
do
selo,
dep
end e
ndo
a p u b l i c a ~ a o da
3.
'
serie de dep6sito previo a efectuar na tesouraria
(dmprensa. A 3." se ri e ... .
.........
.. ... Kz : 105700.00
da Impre llsa Naciollal - E. P
I M P R E N S NACIONAL
-
E.P.
Rua Henrique de Carvalho n.o 2
E-mail-imprenac@ hotmail.com
Caixa Postal
N.o
1306
C I R C U L R
Excelentissimos Senhores:
Havendo necessidade de se evitarem os inconvenientes
que resultam para os nossos serviyos do facto das respectivas
assinaturas no Diario da Repllblica nao serem feitas com a
devida oportunidade.
Para que nao haja interrupyao no fornecimento do
Diario da Republica aos estimados clientes, temos a honra
de infonna-Ios que estao abertas a partir desta data ate 15
de Dezembro de 20
II,
as respectivas assinaturas para 0 ana
2012 pelo que deverao providenciar a regularizayao dos seus
pagamentos junto dos nossos serviyos.
1.
Os preyos das assinaturas do Diario da Republica, no
territ6rio nacional passam a ser os seguintes :
As 3 series ........ ......... ............... .
..
........... . Kz: 463 125,00
I." serie .............
..
............................
..
....... Kz: 273 700,00
2." serie .. .... .......... ... .............. ................... Kz: 142870,00
3." serie ..... .. ............ ...... ...... .... ..........
..
.... Kz:
III
160,00
2. As assinaturas serao feitas apenas no regime anual.
3. Aos preyos mencionados no
n.o
I acrescer-se-a urn
valor adicional para portes de correio por
via
nonnal das
tres series, para todo
0
ano, no valor de Kz: 95 975,00 que
poden:
sofrer eventuais alterayoes
em
funyao da flutuayao
das taxas a praticar pel a Empresa Nacional de Correios de
Angola, E.P. no ana de 2012 . Os clientes que optarem pela
recepyao dos Diarios da Republica atraves do correio deverao
indicar
0
seu endereyo completo, incluindo a Caixa Postal,
a fim de se evitarem atrasos na sua entrega, devoluyao ou
extravio.
Observa :oes:
a) estes pre :os poderiio ser alterados se houver
uma desvaloriza :iio da moeda nacional, numa
propor :iio superior a
base que determinoll 0 sell
colculo ou olltros ctores qlle afectem cons ide-
ravelmente a nossa estrutura de custos;
b) as assinaturas que forem feitas depois de 15 de
Dezembro de 2 11 sofreriio
urn
acrescimo
de
uma taxa correspondente a 15 ;
c)
aos organismos do Estado que niio regularizem
os seus pagamel1tos ate
15
de Dezembro
do
ana
em
curso niio lhes seriio concedidas a credito
as assinaturas do Diorio da Repliblica, para 0
al10 de 2 12
SUMARIO
Assen
bleia
Nacional
Lei
n.
o
36/11:
Lei Organica sobre as E l e i ~ e s Gerais. - Revoga a Lei n O
6/05,
de 10
de Agosto.
SSEMBLEI
N CION L
Lei n.o 36/11
de 21 de
Dezembro
A aprovayao da Constituiyao da Republica de Angola
representou
0
inicio de
uma
nova era, marcada pela con
solidayao do Estado Democratico de Direito, que respeita
e assegura os direitos, liberdades e garantias dos cidadaos,
enaltece os mais elevados val ores da democracia e prima
pelo exercicio do poder politico por representantes legiti
mos do povo.
A sua materializayao implica a necessidade de adaptayao
de toda a JegisJayao em vigor.
http:///reader/full/hotmail.comhttp:///reader/full/hotmail.com -
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DIARIO DA REPUBLICA
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,
nos termos da alinea d) do artigo 164. e da alinea b) do
artigo 166.
da
Constituiyao
da
Republica de Angola, a
seguinte:
LEI ORGANICA SOBRE AS ELEI(:OE S GERAIS
TITULO
I
Disposi90es Gerais
ARTlGO
1.
(Objecto)
I. A presente lei estabelece os principios e as regras
estruturantes relativos as eleiyoes gerais.
2. Lei propria regula a eleiyao dos titulares dos orgaos
autarquicos.
ARTlGO 2.
A
m bilo
territorial)
I. 0 processo eleitoral tern lugar em todo 0 territ6rio
nacional, a fim de permitir 0 exercicio do direito de voto
dos cidadaos com capacidade eleitoral activa, nos termos da
Constituiyao e da lei .
2. Os cidadaos angolanos que se encontrem no estran
geiro por razoes de serviyo, estudo, doenya ou similares,
desde que regularmente inscritos nos cademos eJeitorais,
exercem 0 seu direito de voto nas missoes diplomaticas ou
consulares nos termos da presente
lei
e das regras definidas
pela Comissao Nacional Eleitoral.
3. Os cidadaos referidos no numero anterior que se
encontrem em Estados em que nao existam representayoes
diplomaticas ou consul ares de Angola, exercem 0 seu direito
de voto por correspondencia, nos tennos a definir pela
Comissao Nacional Eleitoral.
ARTIGO 3.
(Con\'ocal,:iio e
marClll :30
da
data
das eleil,:oes gerais)
I. Compete ao Presidente da Republica convocar e mar
car a data das eleiyoes gerais, ouvida a Comissao Nacional
Eleitoral e
0
Conselho da Republica.
2. As eleiyoes gerais sao convocadas ate noventa dias
antes do termo do mandato do Presidente da Republica e dos
Deputados a Assembleia Nacional e realizam-se ate trinta
dias antes do tim do mandato .
3.
A convocayao e a marcayao das eleiyoes sao feitas por
decreta presidencial.
4. Uma vez assinado 0 decreto presidencial de convo
cayao das eleiyoes, copias sao extraidas e imediatamente
enviadas ao Tribunal Constitucional e
a
Comissao Nacional
Eleitoral.
5.
Em caso de auto-demissao politica do Presidente da
Republica, nos term os do artigo 128. da Constituiyao, as
eleiyoes gerais realizam-se no prazo de noventa dias con
tados a partir da recepyao da mensagem pela Assembleia
Nacional.
ARTIGO 4.
(Direito e de\'er de
\'otar)
I
0 exercicio do direito de votar constitui urn dever
civico, pessoal, presencial e inalienavel.
2. 0 registo eleitoral dos cidadaos e condiyao indispen
savel para
0
exercicio do direito de votar.
3. As entidades publicas e privadas em serviyo no diadas
eleiyoes devem organizar a sua actividade de modo a faci
litar a dispensa dos seus funcionarios e trabalhadores pelo
tempo suficiente para 0 exercicio do seu direito de voto.
ARTIGO 5.
A p l i c a ~ 3 0 no tempo)
As eleiyoes gerais regem-se pela legislayao vigente
ao tempo da sua convocayao ou, em caso de auto-demis
sao politica do Presidente da Republica, pela lei vigente
no momenta da recepyao da mensagem pela Assembleia
Nacional.
ART IG06 .0
(Contencioso eleitoral)
A apreciayao da regularidade e da validade das eleiyoes
compete, em ultima instancia, ao Tribunal Constitucional,
nos temlOS da presente lei .
ARTlGO 7.
(Observal,:iio eleitoral)
o processo eleitoral pode estar sujeito a verificayao de
observadores nacionais e estrangeiros, nos termos da lei.
TiTULO
II
Capacidade Eleitoral
CAPITULO I
Capacidade Eleitoral Activa e Passiva
SECCAO I
Capacidade
Eleitoral Acti\'a
ARTIGO 8.
(Capllcidade eleitoral activa)
1. Sao eleitores os cidadaos angolanos maiores de
18
anos, residentes em territorio nacional, regularmente regis
tados como eleitores, desde que nao abrangidos por qualquer
das incapacidades previstas na lei.
2.
Tern igualmente capacidade eleitoral act iva, nos mes
mos tennos do numero anterior, os cidadaos angolanos que
se encontrem no estrangeiro por razoes de serviyo, estudo,
doenya e similares, bern
como
os cidadaos acompanhantes
ou dependentes destes.
3. As razoes referidas no numero anterior devem ser
devidamente comprovadas, nos term os que vierem a ser
definidos pel a Comissao Nacional Eleitoral.
ARTlGO 9.
(Jncapllcidade eleitoral activa)
Nao gozam de capacidade eleitoral activa:
a
os interditos por sentenya transitada em julgado;
b os notoriamente reconhecidos como dementes
ainda que nao estejam interditos por
sentenya,
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quandointernadosemestabelecimentohospita
laroucomotaisdeclaradosporatestadomedico;
c)osdefinitivamentecondenadosempenadeprisao,
enquantonaohajamcumpridoarespectivapena,
exceptooslibertadoscondicionalmente,noster
mosdalei.
SEC
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m Rlo DA REPUBLICA
4. Cabe
a
Comissao Nacional Eleitoral aprovar 0 modelo
de boletim de voto, bern como a sequencia dos aspectos que
dele devem constar.
ARTIGO 18.
0
(Dia
da e l e i ~ a o )
I. As eleiyoes gerais realizam-se no mesmo dia em todo 0
territ6rio nacional, sem prejuizo da votayao antecipada, nos
termos da presente lei e das regras a definir pela Comissao
Nacional Eleitoral.
2. No exterior do
Pais,
0 voto exerce-se entre 0 15.
0
e 0
10.
0
dia anterior ao previsto no nfunero 1 do presente artigo,
cabendo aComissao Nacional Eleitoral a sua definiyao .
3. Deve ser decretada tolerancia de ponto para 0 dia da
votayao quando este for urn dia normal de trabalho.
CAPiTULO II
Sistema
Eleitoral para a Eleif,:30 do
Presidente
da
Republica
e do
Vice-Presidente
da Republica
SEC
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SERlE - N.o245 - DE 21 DE DEZEMBRO DE 2011
c) os mandatos pertencem
s
listasaque correspon
dem os terrnos da serieestabelecidapela
regra
anterior, recebendo
cada
uma das listas tantos
mandatos quantos os seus terrnosnaserie;
d no caso
de restarurn
s6 mandato para
distribuir
e deos terrnosseguintes
serem
iguais aos das
listasdiferentes,0 mandato cabealistaque tiver
omenor nllinerodevotos nao transforrnadosem
assentos.
3.Aconversao dos votos em mandatos relativosao cir
culo eleitoral nacionale feita pelaaplicayaodos seguintes
criterios :
a apuradosos
numeros
devotos validamente expres
sos de todo 0 Pais, divide-seeste numero total
apurado
por
130,que e 0 numero de Deplltados
ae1egere
obtem-se 0
quociente;
b
divide-se0
numero
de
votos
obtidos por
cada
lista
pelo quocienteobtido nos terrnosda alineaante
rior eapura-se 0 numero de Deputados decada
lista,por
ordem de
apresentayaodalistadecada
partido;
c) no casode restarem alguns mandatos, os Depu
tados saodistribuidos em ordem do resto mais
fortede
cada
partido politico.
4.Paraadistribuiyaodos mandatos restantesconcorrem
apenasos partidospoliticosou coligayoesdepartidospoliti
cos
que tenham conseguido eleger
pelo
menos
urn
Deputado.
TITULO IV
Caodidaturas
CAPITULOJ
EstatutodosCandidatoseApresenta'taodas
Candidaturas
SECC;:AO I
Estatuto dos Candidatos
ARTIGO28 .
0
(Direito
de
dispcnsa
de f u n ~ o e s )
I. Os candidatos a Presidente da Republica, a Vice
Presidente
da Republica
ea
Deputado
aAssemb leia
Nacional
tern
0
direito
a
dispensa do exercicio dasrespectivas fun
yoes, sejampublicas ou privadas, nos 30 dias anterioresa
data
do
escrutinio.
2 . Para todosos efeitos, incluindo 0 direito
a
remune
rayao, 0 periodo referido no numero anterior conta como
tempo deefectivo serviyo.
ARTIGO29.
0
(Suspensiiodoexercicio
da u n ~ i l o
e
passagcm II rcscrva)
1
Os
Magistrados Judiciais e os Magistrados do
MinisterioPublico que pretendam candidatar-seaPresidente
da Republica,aVice-Presidenteda Republica ou aDeputado
a
Assembleia Nacional devem
solicitarsuspensao do exer
ciciodasfunyoes.
2.Asuspensao referidanonlimeroanterior ternefeitosa
partir da data da apresentayao dacandidatura.
3. 0 periodo de suspensao conta, para todos os efeitos,
como tempo deserviyoefectivo.
4.
Os
militarese membros das foryas militarizadas em
serviyo
activo que pretendam candidatar-se
a
Presidente
da
Republica, aVice-Presidente
da Republica ou
a
Deputado
a
Assembleia Nacional
devem
apresentar prova documental
da sua passagem a reservaou areforrna.
5. Os 6rgaos de que dependem os militares e membros
das foryasmilitarizadas referidosnonumero anterior devem
conceder
arespectivaautorizayao,sempre
que
paratalsejam
solicitados.
ARTIGO30.
0
(Imunidades)
1 Nenhum candidato pode ser preso, sujeitoa prisao
preventiva
ou perseguido
criminal
ou
disciplinam1ente, a
nao
ser em
caso de
flagrantedelitopor crime doloso,aque
caiba
pena
de prisao
superior
adoisanos.
2.
Fora
de flagrantedelito, nenhum candidato pode ser
preso, sujeito aprisao prevent ivaou perseguido criminal ou
disciplinam1ente,salvo
por
crimepunivel com penadepri
sao superior aoitoanos.
3.
Movido
procedimento criminal contra algllm can
didato que nao esteja
em regime de
prisao prevent
iva e
indiciado por
despacho
de
pronuncia
ou
equivalente, 0
pro
cesso
s6
pode
prosseguir seus terrnosap6s a publicayao dos
resultados eleitoraisdefinitivos.
SEC
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mARlo DA REPUBLICA
consoante os casos, adenominayao do partido politico res
pectivo ou adenominayao da coligayao, nos termos da lei e
de acordo com os respectivos estatutos.
2.
A sigla e 0 simbolo das candidaturas correspondem,
consoante os casos, it sigla e abandeira do partido politico
respectivo ou
a
sigla e
a
bandeira da coligayao de partidos
politicos, de acordo com os respectivos estatutos.
ARTIGO 34 .
(Candidaturas apresentadas por partido s politicos)
I. S6 podem propor candidaturas os partidos politicos
legal mente constituidos e registados antes do inicio do prazo
fixado para a apresentayao de candidaturas.
2. As candidaturas podem integrar cidadaos nao inscritos
nos respectivos partidos politicos.
ARTIGO
35
.
C o l i g a ~ i i o de partidos politicos para fins eleitorais)
I. As coligayoes de partidos politicos para fins eleitorais
nao constituem individualidade distinta dos partidos que as
integram e representam uma tinica bane ada parlamentar, se
for
0
caso, deixando de existir no final de cada legislatura,
sem prejuizo da sua renovayao, nos termos da lei.
2.
As coligayoes
de
partidos politicos para fins eleitorais
constituem-se e regem-se pela legislayao vigente sobre par
tidos politicos e as disposiyoes da presente lei.
3.
Os partidos politicos que realizem convenios de coli
gayoes para fins eleitorais devem, ate it apresentayao efectiva
de candidaturas e em documento assinado conjuntamente
pelos 6rgaos competentes dos respectivos partidos politicos,
comunicar 0 facto
ao
Tribunal Constitucional que veri fica os
requisitos legais.
4. Da decisao judicial prevista no numero anterior cabe
recurso para
0
Plenario do Tribunal Constitucional.
5. A comunicayao prevista no numero 3 deve conter:
a
a definiyao precisa do ambito
da
coligayao;
b
a denominayao, sigla e bandeira da coligayao;
c)
a designayao dos titulares dos 6rgaos de direcyao
ou
de
coordenayao da coligayao;
d
0 documento comprovativo da aprovayao do con
venio da coligayao.
ARTIGO 36.
0
A p r e c i a ~ a o da d e n o m i n a ~ a o , sigla e simholos)
I. 0 Tribunal Constitucional aprecia em sessao plenaria
a legalidade das denominayoes, siglas e bandeiras das coli
gayoes, bern como a sua identidade ou semelhanya com os
de
outros partidos politicos ou coligayoes de partidos politi
cos, 48 horas ap6s a apresentayao da comunicayao referida
no artigo anterior.
2. A decisao resultante da apreciayao prevista no nUmero
anterior e imediatamente publicitada por edital mandado afi
xar, pelo Presidente do Tribunal Constitucional,
it
porta do
Tribunal.
3.
No prazo de 24 horas a contar da fixayao do edital,
podem os mandatarios da coligayao ou de qualqller outra
lista recorrer da decisao para 0 Plenario, que decide no prazo
de 48 horas.
SUBSECCAO "
A p r e s e n t a ~ 1 I o de Candidaturas
para
Presidente da Republica e
para
Vice-Presidente da Republica
ARTIGO 37 .
(Prazo de a p r e s e n t a ~ i i o de candidaturas)
I. As candidaturas a Presidente da Republica e a Vice
-Presidente da Republica sao apresentadas ate ao 20.
0
dia
ap6s a convocayao das eleiyoes gerais.
2. As candidaturas sao apresentadas ao Tribunal
Constitucional.
3. As candidaturas sao apresentadas pelas entidades
competentes do partido politico ou da coligayao de partidos
politicos nos termos dos respectivos estatutos ou por delega
dos expressamente mandatados para
0
efeito.
ARTIGO
38
.
A p r e s c n t a ~ i i o
das candidaturas)
I. As candidaturas a Presidente da Republica e a Vice
-Presidente da Republica sao apresentadas no quadro
da apresentayao das listas dos candidatos a Deputados a
Assembleia Nacional.
2. A apresentayao das candidaturas a Presidente da
Republica e a Vice-Presidente da Republica e efectuada
mediante:
a Colocayao do candidato a Presidente da Republica
no primeiro lugar da lista de candidatos a Depu
tados peJo circulo nacional;
b Colocayao do candidato a Vice-Presidente da
Republica no segundo lugar da lista de candida
tos a Deputados pelo circulo nacional;
c) Requerimento de apresentayao de candidatura
elaborado pelo partido politico ou coligayao de
partidos politicos proponente.
3. Do requerimento de apresentayao de candidaturas
deve constar
0
seguinte:
a nome completo do candidato, idade, filiayao, natu
ralidade, profissao, residencia, nUmero e data de
emissao do bilhete de identidade e
0
numero do
cartao de eleitor;
b
certificado de registo criminal do candidato;
c)
c6pia do biJhete de identidade.
ARTIGO
39.
0
D e c l a r a ~ a o dos candidatos)
Ao requerimento referido no artigo anterior devem ser
anexadas as declarayoes dos candidatos, com assinatura
reconhecida por notario, onde
0
mesmo faya expressamente
cons tar que:
a aceita a candidatura apresentada pela entidade
proponente;
b
concorda com 0 mandatario da lista;
c) nao se encontra abrangido por qualquer inelegibi
lidade;
d
aceita vincular-se ao C6digo de Conduta EJeitoral.
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SUBSEC
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m Rlo DA REPUBLICA
ARTIGO 48.
( P u b l i c a ~ i o
dn decisilo)
A decisao a que se refere 0 artigo anterior e imediata
mente publicada por edital e afixada aporta do Tribunal, do
que se lavra acta no processo respectivo.
ARTIGO 49.
R e c I a m a ~ o e s )
I Das decisoes do Plemirio do Tribunal Constitucional
relativas
a
apresentayao de candidaturas podem as candi
daturas ou os seus mandatarios reclamar para esse 6rgao
no prazo de 48 horas ap6s a publicayao referida no artigo
anterior.
2 Tratando-se de reclamayao apresentada contra a
admissao de qualquer candidatura,
0
Presidente do Tribunal
Constitucional manda notificar imediatamente 0 mandatario
da lista contestada, para, querendo, responder no prazo de
24 horas.
3 Tratando-se de reclamayao apresentada contra a
rejeiyao de qualquer candidatura, 0 Presidente do Tribunal
Constitucional manda notificar imediatamente os manda
tarios das restantes listas, ainda que nao admitidas, para,
querendo responderem, no prazo de 24 horas .
.
4 Sobre as reclamayoes, 0 Plenario do Tribunal
Constitucional deve decidir no prazo de 48 horas a contar do
termo do prazo previsto nos numeros anteriores.
5 Da decisao do Plenario do Tribunal Constitucional,
referida no numero 4 anterior, nao cabe recurso.
ARTIGO 50.
( D i v u l g a ~ l i o
das
candidntllras)
I Nao ocorrendo nenhuma das situayoes de impugna
yao ou de rejeiyao de candidaturas, de reclamayoes ou uma
vez decididas as que tenham sido apresentadas,
0
Presidente
do Tribunal Constitucional envia de imediato a Comissao
Nacional Eleitoral a lista das candidaturas admitidas e dos
respectivos candidatos.
2 Urn exemplar da Jista a que se refere
0
numero anterior
deve ser afixado aporta do Tribunal Constitucional e outro
enviado aos mandatarios das candidaturas.
ARTIGO 51 .
(Listas de candidatos)
1. As listas de candidatos propostos devem conter os
nomes completos de cada candidato, podendo adicionar-se
o nome por que e mais conhecido, discriminados por circu
los eleitorais.
2
0 cabeya de lista, pelo circulo nacionaJ, de cada candi
datura e 0 seu candidato a Presidente da Republica.
3. 0 segundo da lista, pelo circulo nacional, de cada can
didatura e 0
seu candidato a Vice-Presidente da Republica.
4 Os partidos politicos ou coligayoes de partidos politi
cos devem obrigatoriamente concorrer
em
todos os circulos
eleitorais, devendo as listas ser subscritas por 5000 a 5500
eleitores, para 0 circulo nacional, e por 500 a 550 eleitores,
por cada c irculo provincial.
5 Urn eleitor nao pode subscrever mais de uma candi
datura, prevalecendo, em caso de duplicidade de subscriyao
pelo mesmo eleitor, a primeiramente entregue.
6. 0 numero maximo de candidatos efectivos apre
sentados deve ser igual ao numero total de man datos
correspondente ao circulo eleitoral a que se refiram.
7. As listas de candidatos podem igualmente apresen
tar nomes de candidatos suplentes em cada circulo eleitoral,
dentro dos seguintes limites maximos:
a circulo nacional - ate 45 suplentes
b
circulos provinciais - ate 5 suplentes.
ARTIGO 52.
(Sorteio
das
listas)
I
Nas 48 horas posteriores
a
publicayao das listas defi
nitivas, a Comissao Nacional Eleitoral procede, na presenya
dos mandatarios que compareyam, ao sorteio das listas apre
sentadas, para efeito de definiyao da ordem nos boletins de
voto.
2
Da sessao de sorteio referida no numero anterior, e
lavrada uma acta, que e distribuida aos mandatarios das can
didaturas, publicada na I Serie do Diario da Republica e
fomecida aos 6rgiios de comunicayao social.
CAPITULO III
Desistencia,
Incapacidade
e
S u b s t i t u i ~ o e s
das
Candidaturas
SECC;:AO
I
Legitimidade e
r a m i t a ~ A o
ARTIGO 53 .
(Direito
de
desistencia)
I. Os candidatos a Presidente da Republica, a Vice
-Presidente da Republica e a Deputado
a
Assembleia
Nacional tern direito de desistir.
2
A desistencia de qualquer candidatura ou candidato a
Presidente da Republica, ou a Vice-Presidente da Republica
e admitida ate 5 dias antes do dia das eleiyoes gerais.
3. Em caso de desistencia do candidato a Presidente da
Republica ou do candidato a Vice-Presidente da Republica,
pode 0 respectivo partido politico ou coligayao de partidos
politicos recoloca-lo noutro lugar da respec tiva lista.
4 A desistencia de qualquer candidato a Deputado
a
Assembleia Nacional e admitida ate 3 dias antes do dia das
eJeiyoes gerais.
ARTIGO
54
.
(Proeesso de desistencia e s u b s t i t u i ~ i i o )
1 As desistencias de candidato a Presidente da Republica,
a Vice-Presidente da Republica ou a Deputado aAssembleia
Nacional, referidas no artigo anterior, sao comunicadas ao
Tribunal Constitucional e
a
Comissao Nacional Eleitoral,
pelo pr6prio candidato, mediante apresentayao de uma
declarayao escrita, com assinatura do candidato notarial
mente reconhecida.
-
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592
SERlE
- N.
D
245 -
DE
21 DE
DEZEMBRO
DE 20
2. A desistencia de qualquer candidatura e comunicada
pelo respectivo mandatario ao Tribunal Constitucional e a
Comissao Nacional Eleitoral.
3. Em caso de desistencia, 0 Tribunal Constitucional
notifica 0 partido politico ou a coligayao de partidos politi
cos proponentes para, no prazo de 48 horas, apresentar novo
candidato.
4. 0 Tribunal Constitucional tern 24 horas para apreciar
e decidir sobre a aceitayao da candidatura do substituto.
5. A nao apresentayao de novo candidato a Presidente
da Republica ou a Vice- Presidente da Republica ou a sua
recusa pelo Tribunal Constitucional implica a nao aceitayao
da candidatura do partido politico ou coligayao de partidos
politicos
as
eleiyoes gerais.
6. Nos casos de substituiyao de candidatos referidos nos
numeros anteriores, podem ser utilizados os mesmos bole
tins de voto, cabendo aos proponentes e a Comissao
Nacional Eleitoral e seus orgaos, realizar 0 trabalho de
esclarecimento necessario junto dos eleitores.
ARTIGO 55.
0
P u b l i c a ~ i i o )
Todos os actos de desistencia de candidatos devem
ser publicadas pelo Tribunal Constitucional na I Serie do
Diario da Republica ate 24 horas ap6s ter tornado conheci
mento oficial da situayao e afixar editais a porta do Tribunal
Constitucional.
SEC
-
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59
mARIo
DA REPUBLICA
ARTJGO 64
0
Principio do igualdade de trlltamento)
As entidades publicas e as pessoas colectivas privadas
devem prestar aos candidatos igual tratamento, por fonna a
que estes efectuem livremente e nas melhores condiyoes a
sua campanha eleitoral.
ARTIGO
65
0
Libcrdade
de
expressao e de
i n f o r m a ~ a o )
I
Os partidos politicos e coligayoes de partidos politi
cos, os candidatos e seus mandatarios gozam de liberdade
de expressao e de informayao, sem prejuizo da responsabili
dade civil ou criminal, nos term os da lei.
2 Os 6rgaos de comunicayao social publicos e priva
dos e seus agentes devem agir com rigor, profissionalismo e
isenyao em relayao aos actos das campanhas eleitorais.
3. Durante 0 periodo da campanha eleitoral, os 6rgaos de
comunicayao social e os seus agentes sao responsabilizados
pelo incumprimento do disposto no numero anterior, bern
como das demais questoes a
si
relacionadas contidas na pre
sente lei e outra legislayao sobre 0 exercicio da actividade
jomalist ica vigente.
ARTIGO 66
Liberdade
de reuniao e de
m a n i f e s t a ~ i l o )
I
No periodo da campanha eleitoral, a liberdade de
reuniao e de manifestayao para fins eleitorais rege-se pelo
disposto na lei geral aplicavel ao exercicio das liberdades de
reuniao e de manifestayao, com as especificidades constan
tes dos numeros seguintes do presente artigo.
2
Os cortejos e desfiles podem realizar-se em qualquer
dia e hora, respeitando-se apenas os limites impostos pela
liberdade de trabalho, peJa manutenyao da tranquiJidade
e ordem publicas, pela liberdade e ordenamento do tran
sito, bern como pelo respeito do periodo de descanso dos
cidadaos .
3. A presenya de agentes da autoridade publica em reu
nioes e manifestayoes organizadas por qualquer candidatura
apenas pode ser solicitada pelos 6rgaos competentes das
candidaturas, ficando a entidade organizadora responsavel
pela manutenyao da ordem quando nao faya tal pedido.
4 A comunicayao a autoridade administrativa compe
tente da area sobre a intenyao de se prom over uma reuniao
ou manifestayao e feita com antecedencia minima de 24
horas.
5 A decisao de alterayao dos trajectos e informada aos
promotores no prazo de 24 horas da recepyao da comunica
yao a que se refere 0 numero 4 do presente artigo.
ART/GO 67
0
Responsabilida de civil)
1
Os partidos politicos e coligayoes de partidos politicos,
candidatos e seus proponentes sao civiJmente responsaveis,
nos term os da lei, pelos prejuizos directamente resultantes
das actividades de campanha eleitoral que hajam promovido.
2. Os partidos politicos e coligayoes de partidos politi
cos, candidatos e seus proponentes sao tam bern responsaveis
pelos prejuizos directamente resultantes de aCyoes provoca
das pelo incitamento ao 6dio e a violencia no decurso das
suas actividades de campanha eleitoral.
ARTIG068 o
P r o i b i ~ 6 c s )
Durante
0
periodo da campanha eleitoral e proibido uti
lizar expressoes que constituam crime de difamayao, calunia
ou injuria, apelo ou a insurreiyao ou incitamento ao 6dio, a
violencia ou a guerra.
ART/GO 69 0
Locais interdit os ao exercicio de propaganda politica)
E interdito 0 exercicio de propaganda politica em:
a unidades militares e militarizadas;
b
instituiyoes publicas;
c) instituiyoes de ensino;
d locais de culto;
e
hospitais e estabelecimentos similares.
CAPITULO
II
Propaganda Eleitoral
ARTlGO
70 0
D e f i n i ~ a o )
A propaganda eleitoral consiste na actividade de anima
yao, divulgayao ou publicayao de textos ou de imagens, por
meios designadamente sonoros ou graficos, que visem a rea
lizayao dos objectivos da campanha eleitoral.
ARTlGO 71 0
Propaganda sonora)
A propaganda sonora nao carece de autorizayao, nem de
comunicayao as autoridades administrativas e s6 e permitida
no periodo entre as 7 e as 24 horas.
ART/GO 72 0
Propaganda
gnlfica)
1 Os 6rgaos competentes da Administrayao Local devem
determinar quais os espayos destinados a afixayao de carta
zes, fotografias,
jomais
murais, manifestos, avisos e demais
material de propaganda eleitoral.
2. Os espayos designados para a propaganda devem ser,
tantas quantas as candidaturas e repartidos em termos que
garantam igualdade de condiyoes e oportunidade para todas.
3 Nao e admitida a afixayao de cartazes, nem a reali
zayao de inscriyoes ou pinturas em monumentos nacionais,
em templos e edificios religiosos, em edificios de 6rgaos do
estado ou em edificios onde
van
funcionar as assembleias de
voto, nos sinais de transito, em placas de sinalizayao rodovi
aria ou no interior de reparti
-
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SERlE - N.
o
245 - DE
21 DE
DEZEMBRO DE 2011
ARTlGO 73.
0
(Direito de
antena
para fins eieitorais)
I. As candidaturas as eleiyoes gerais tern direito a utiliza
yao do serviyo publico de radiodifusao e televisao, durante
0
periodo oflcial da campanha eleitoral, nos tennos seguintes:
a
radio:
10
minutos diarios entre as
15
e as 22 horas;
b) televisao: 5 minutos diarios entre as 18 e as 22
horas.
2. Os period os referidos no numero anterior podem ser
alargados caso
0
numero de concorrentes
0
justifique.
3. 0 tempo de antena previstos no numero anterior e
usado conjuntamente pel a lista e pelo respectivo candidato a
Presidente da Republica.
4. Os 6rgaos de comunicayao social privados podem
ceder tempos de antena
s
candidaturas as eleiyoes gerais,
devendo esta ser aberta em igualdade de condiyoes a todos
os concorrentes e observar
0
previsto nesta lei e nas gre
Ihas de distribuiyao estabelecidas pela Comissao Nacional
Eleitoral.
5. Os emissores regionais de radio e de televisao entram
em cadeia com a programayao nacional nos periodos desti
nados a transmissao dos tempos de antena.
6. A distribuiyao da ordem de utilizayao dos tempos de
antena e feita, por sorteio, pela Comissao Nacional Eleitoral.
7. A utilizayao dos tempos de antena e gratuita, correndo
por conta das candidaturas as despesas inerentes aos registo
dos materiais a difundir.
8.
E proibida, as radios, as televisoes e a imprensa
esc rita, a difusao de materias com caracter propagandist ico
e eleitoral de qualquer partido politico, coligayao de parti
dos ou candidatos concorrentes, fora do previsto no
n.o
1 do
presente artigo.
9. E igualmente proibido a qualquer 6rgao de comunica
yao social posicionar-se a favor de qualquer partido politico,
coligayao de partidos ou candidatos concorrentes, nas mate
rias que publicar.
ARTIGO 74.
0
(Deveres das
p u b l i c a ~ i l e s
informativas)
I. As publicayoes peri6dicas, infonnativas, publicas
e privadas devem assegurar igualdade de tratamento aos
diversos concorrentes.
2.
0
disposto no numero anterior nao e aplicavel as
publicayoes partidarias.
ARTIGO
75
.
0
P u b l i c a ~ i j c s das candidaturas
I. Durante a campanha eleitoral, os candidatos e as res
pectivas candidaturas podem, para alem da sua propaganda
corrente, publicar livros, revistas, panfletos entre outros
meios e fazer uso da imprensa escrita, da radio e da televi
sao, nos termos da presente lei.
2.
Toda a propaganda eleitoral deve identificar a candi
datura emissora.
ARTIGO 76.
0
U t i l i z a ~ a o
em comllm
011
troca)
I.
As candidaturas podem acordar entre si a utilizayao
em comum ou a troca de tempo de antena ou de espayo de
publicayao que Ihes pertencem.
2. Os acordos entre as candidaturas para efeito do dis
posto no nUrnero anterior sao homologados pela Comissao
Nacional Eleitoral.
ARTIGO
77.0
(Esc1arecimento ci\'ico)
A Comissao Nacional Eleitoral deve promover, atraves
dos 6rgaos de comunicayao social e outras fonnas que ache
viaveis,
0
mais amplo esc1arecimento dos cidadaos sobre os
objectivos das eleiyoes, as diversas fases do processo eleito
ral e
0
modo como cada e1eitor vota.
ARTIGO 78.
0
P r o i b i ~ a o
de
propaganda
eleitoral)
Findo
0
prazo de campanha eleitoral, nao e pennitida
qualquer actividade de propaganda eleitoral.
ARTIGO 79 0
P r o i b i ~ j j o de \ I t i l i z a ~ i l o de publicidade comercial)
Durante a campanha eleitoral e interdita a propaganda
politica feita directa ou indirectamente atraves dos meios de
publicidade comercial.
CAPiTULO III
Financiamento da ampanha EJeitoral
ARTIGO 80.
0
(Fontes
de
receitas
da campanha
eleitoral)
1. A campanha eleitoral pode ser financiada por:
a) contribuiyao do Estado;
b) contribuiyoes dos pr6prios candidatos e dos parti
dos politicos;
c donativos de pessoas singulares ou colectivas
nacionais residentes ou sediadas no Pais ;
d produto da actividade da campanha eleitoral ;
e)
contribuiyoes de organizayoes nao govemamentais
nacionais de cidadaos angolanos, nos termos da
presente lei e demais legislayao aplicavel;
j emprestimos contraidos em instituiyoes privadas de
credito instaladas no Pais.
2. E proibido
0
financiamento das campanhas eleitorais
por:
a) govemos e organizayoes estrangeiras ou finan
ciadas por govemos estrangeiros, ainda que
registadas em Angola;
b) instituiyoes publicas de credito, institutos publi
cos, empresas publicas, 6rgaos da administrayao
local do Estado, Autarquias Locais, bern como
de pessoas colectivas de utilidade publica;
c) sociedade de capitais exclusiva ou maioritaria
mente pllblicos;
d pessoas singulares ou colectivas nao nacionais.
-
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5924
mARlo
DA REPUBLICA
3. As contribuic;6es de partidos politicos e
de
associ a
c;6es
politicas nacionais sao certificadas
por
documentos
passados pelos orgaos competentes dos mesmos, com iden
tificac;ao daquele que as prestou.
ARTIGO 81.
0
(Financiamento feito pelo Estado)
1. 0 Estado atribui
uma
verba de apoio a campanha elei
toral das candidaturas s eleic;6es gerais que e distribuida de
forma equitativa.
2. A verba referida no numero anterior e tmica para cada
lista e respectivo candidato a Presidente da Republica.
3. A verba a que se refere ntimero anterior
deve
ser dis
ponibilizada aos partidos politicos ou coligac;6es de partidos
politicos ate ao 5. dia posterior a divulgac;ao pelo Tribunal
Constitucional da lista definitiva das candidaturas admitidas.
ARTIGO 82 0
(Administrador
cleitoral)
Apos a aprovac;ao das candidaturas pelo Tribunal
Constitucional, os partidos politicos e as coligac;oes de
partidos politicos devem, no prazo de
15
dias, indicar 0
administrador eleitoral, 0 qual e responsavel pela recolha
de fundos, pela contabilidade das receitas e despesas, pela
movimentac;ao da conta da campanha e pela apresentac;ao
do relatorio financeiro.
ARTIGO
83
.
C o n t a b i l i z a ~ i i o
de
rcceitas e dcspesas)
I. As candidaturas as eleic;6es gerais devem contabilizar
discriminadamente todas as receitas e despesas efectuadas
com a campanha eleitoral, no prazo maximo de
30
dias ap6s
a proclamac;ao oficial dos resultados do escrutinio, indicando
com precisao a origem das receitas e destino das despesas.
2. Todas as verbas atribuidas pelo Estado, nos termos da
presente lei, que nao sejam utilizadas ou tenham side utiliza
das para fins distintos do estabelecido na presente lei devem
ser devolvidas a Comissao Nacional Eleitoral, no prazo de
30 dias apos a proclamac;ao oficial dos resultados do escru
tinio, integrando-se estas verbas no Orc;amento Geral do
Estado.
3. As candidaturas sao responsaveis pelo envio das con
tas da campanha eleitoral a que se refere
0
presente capitulo.
ARTIGO 84.
(Fiscaliza"iio e p r e s t a ~ i i o
de contas)
I. As entidades concorrentes as eleic;6es devem, no prazo
maximo de 45 dias apos a proclamac;ao oficial dos resultados
do escrutinio, prestar contas discriminadas da sua campanha
eleitoral a Comissao Nacional Eleitoral e publicar os mes
mos num dos jornais diarios mais divulgados no Pais.
2. A Comissao Nacional Eleitoral analisa a regularidade
das receitas e despesas e publica a sua apreciac;ao num dos
jornais diarios mais divulgados no Pais, ate 30 dias apos
0
termo do prazo previsto no numero anterior.
3. Se a Comissao Nacional Eleitoral verif'tcar qualquer
irregularidade nas contas, deve notificar a respect iva enti
dade para apresentar, no prazo de
15
dias, a regularizac;ao
das contas.
4. Sobre as contas referidas no ntlmero anterior deve a
Comissao Nacional Eleitoral pronunciar-se no prazo de
15
dias.
5
Se as entidades concorrentes as eleic;6es nao presta
rem contas nos prazos fixados nos
numeros
I e 3 do presente
artigo ou
se
concluir que houve infracC;ao ao disposto no
artigo 83., a Comissao Nacional Eleitoral deve fazer a res
pectiva participac;ao ao Tribunal de Contas, para os efeitos
legais.
ARTIGO 85 .
0
C o n t r i b \ l i ~ i i e s e d o ~ o e s 3 processo eleitoral)
I. As contribuic;6es e as doac;6es pecuniarias e materiais
provenientes do estrangeiro destinados ao processo eleitoral,
devem ser declaradas pela entidade doadora
a
Assembleia
Nacional antes
da sua
afectac;ao aos destinatarios, para efei
tos de aprovac;ao e posterior registo no Orc;amento Geral do
Estado.
2. 0 disposto no numero anterior nao se aplica aos arti
gos 80. a 84. da presente lei.
TiTULovr
Constituic;iio
das Assembleias
e
das
Mesas de
Voto
ARTIGO 86.
(Ambito c tipos
de
llssembleias e mesas
de
voto)
I. As assembleias de voto sao constituidas por
mesas
de
voto, tantas quantas necessarias, para garantir a eficiencia do
processo de votac;ao.
2. A mesa de voto constitui a unidade de apuramento dos
resultados.
3. Cada
mesa
de voto pode ter no maximo 500 eleitores.
4. A distribuiC;ao dos eleitores pelas mesas de voto exis
tentes numa assembleia de voto efeita por ordem alfabetica .
5
A Comissao Nacional Eleitoral inicia a divulgaC;ao dos
cadernos eleitorais, atraves dos seus orgaos Jocais, ate 30
dias antes da data marcada para as eleic;oes.
6
A coordenaC;ao das assembleias de voto e assegurada
pelo Presidente da mesa numero
J
7. 0 Presidente da Assembleia de Voto tern a responsa
bilidade de def'tnir espac;o de funcionamento de cada uma
das mesas que a integra e apoiar os Presidentes das referidas
mesas, sempre que
0
solicitem.
8. 0 Presidente da Assembleia de Voto tern ainda a
responsabilidade de elaborar a acta sintese, integrando
conjunto de dados inscritos nas actas das referidas mesas e
outros elementos indicados no fonnulario .
9. A acta referida no numero anterior e
rubricada
por
todos os Presidentes de mesas e deve ser remetida pelo
Presidente da Assembleia de Voto a Comissao Municipal
Eleitoral, copia da qual deve ser entregue a todos os parti
dos politicos e coligac;oes de partidos politicos concorrentes.
-
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SERlE
- N.o 245 - DE
21 DE DEZEMBRO DE
20
II
ARTIGO 87.
0
(Locais de func ionamento)
I. Compete a Comissao Nacional Eleitoral elaborar e
aprovar, ouvido 0 Executivo,
0 mapa
da quanti dade e loca
lizayao das assembleias e das mesas de voto, por areas
administrativas e
geogratkas,
ate 35 dias antes da data mar
cada para as eleiyoes.
2. Compete a Comissao Nacional Eleitoral assegurar a
divulgayao dos 10cais em que funcionam as assembleias e
mesas de voto, com a devida antecedencia.
3. As mesas de voto funcionam em edificios publicos, de
preferencia escolares e na falta ou insuficiencia destes, em
edificios particulares requisitados para 0 efeito ou em locais
precarios, devendo oferecer condiyoes adequadas de acesso,
localizayao e seguranya dos eleitores.
4.
Nao
e permitida a constituiyao e funcionamento de
mesas de voto em:
0) unidades policiais;
b
unidades militares;
c
residencias de autoridades tradicionais;
d edificios onde funcione qualquer partido politico,
coligayao de partidos politicos ou organizayao
religiosa;
e) locais onde se vend am bebidas alc06licas;
j locais de culto.
ARTIGO 88.
0
(Dia e
c o n d i ~ i i e s de
funcionamento)
I. As mesas de voto funcionam simultaneamente
em
todo 0 Pais
no
dia marcado para as eleiyoes.
2.
No
exterior do Pais, as mesas funcionam entre 0 15. e
o 10. dia anterior a votayao
em
Angola, cabendo a Comissao
Nacional Eleitoral fixar a respectiva data.
3. Compete a Comissao Nacional Eleitoral garantir as
condiyoes logisticas necessarias ao funcionamento das
mesas de voto instaladas em territ6rio nacional.
ARTIGO 89.
0
(Mesas das assembleias de voto)
I. Em cada assembleia de voto deve haver mesas de voto
necessarias a eficiencia do processo de votayao, as quais
compete prom over e dirigir a votayao e 0 apuramento dos
resultados do escrutinio.
2. As mesas de voto sao compostas por cinco pessoas,
sendo urn presidente, um secretario e tres escrutinadores.
3. Os membros das mesas de voto devem saber ler e
escrever portugues, possuir formayao adequada a complexi
dade da tarefa devendo pelo menos
um
deles falar a lingua
predominante na area de localizayao da mesa de voto.
4. Compete a Comissao Nacional Eleitoral, atraves dos
seus 6rgaos, recrutar, seleccionar e formar os
membros
das
mesas de voto.
5. As autoridades tradicionais, os militares e os membros
das foryas militarizadas no activo, nao pod
em
ser membros
das assembleias de voto.
ARTIGO 90.
0
C o n s t i t u i ~ i l o das mesas)
I . As mesas de voto constituem-se na hora marcada para
o inicio do seu funcionamento
enos
locais previamente
indicados no mapa das assembleias de voto aprovado pela
Comissao Nacional Eleitoral.
2. A constituiyao de mesas de voto fora dos respectivos
locais implica a nulidade das eleiyoes na mesa
em
causa,
salvo por motivo de forya maior, devidamente justificado
e apreciado pelas instancias judiciais competentes ou por
acordo escrito entre a entidade municipal da Comissao
Nacional Eleitoral e os delegados de lista dos partidos poli
ticos e coligayoes de partidos politicos e salvaguardada a
comunicayao previa aos eleitores.
3.
Os
membros das mesas de voto devem estar presentes
no local
de
funcionamento da respectiva mesa, 3 horas antes
do inicio da votayao, nos termos previstos na presente lei .
4. Se a Comissao Municipal Eleitoral verificar que uma
hora antes do inicio da votayao nao
ha
possibilidade de cons
tituiyao das mesas
por
ausencia de membros indispensaveis,
designa, ap6s acordo com os delegados
de
lista presentes,
os substitutos dos ausentes de entre os cidadaos eleitores de
reconhecida idoneidade, considerando-se sem efeito a desig
nayao daqueles que nao tenham comparecido.
5 Os membros designados para integrar as mesas de
voto sao dispensados do dever de comparecer no respectivo
local de trabalho, enquanto durar a sua actividade
enos
2
dias ute is seguintes.
6
A dispensa prevista no numero anterior nao afecta os
direitos e regalias de
que
seja titular, devendo contudo fazer
prova bastante da qualidade de membro
da
mesa da assem
bleia de voto.
7 0
bom
desempenho
das funyoes de membro da mesa
de voto e elemento a considerar nos processos de avalia
yaO
ao nivel
da
administrayao publica, nomeadamente para
ingresso ou progressao na carreira administrativa.
ARTIGO 91.
0
Inalterabilidade
das mesas)
I. As mesas de voto, uma vez constituidas, nao podem
ser
alteradas, salvo ocorrencia de causas justificativas de
impedimento de alguns dos seus membros, devendo as
Comissoes Municipais Eleitorais dar conhecimento publico
da
alterayao.
2. A presenya de tres membros da
mesa
de voto e sufi
ciente
para
se considerarem validos a votayao e os resultados
do escrutinio.
ARTIGO 92.
0
(Meios de trabalho da mesa)
I. A Comissao Nacional Eleitoral assegura,
em
tempo
util, 0 fomecimento de todo 0 material necessario ao funcio
namento de cada mesa de voto, nomeadamente:
0) c6pia valida dos
cademos
eleitorais referentes aos
eleitores colocados na respect iva mesa de voto;
b) livro de actas das operayoes eleitorais;
-
7/23/2019 Lei Orgnica Sobre as Eleies Gerais
14/28
5926
DIARlO DA
REPUBLICA
c)osimpressos,mapasemodelosderegistoeinfor
mayaonecessariosasoperayoeseleitorais;
d)
osboletinsdevoto;
e)
as
umas
devotayao;
j
ascabinesdevotayao;
g)
osselos,envelopeseoutrosmeiosparaavotayao;
h
urnkitparaproduyaodeenergiaelectrica.
2.
Compete a ComissaoNacional Eleitoral garantir as
condiyoesnecessariaseindispensaveisaguarda,transporta
yao, conservayao,seguranyaeinviolabilidadedosmateriais
referidos no numero anterior, podendo solicitar apoio ao
Executivo.
3.
Aaquisiyaodosmateriaisreferidosnon .o1dopresente
artigoedacompetenciadaComissaoNacionalEleitoral.
ARTIGO93.
(DelegHdosdelista)
1
Em
cada mesa de voto pode haver urn delegado
e respectivo suplente indicado por cada urna das listas
concorrentes.
2.
Osdelegadosdelistanaosaomembrosdasmesasde
voto.
ARTIGO94.
D e s i g n a ~ a o
eregistodosdelegadosdelista)
1. AComissaoNacional Eleitoral infonna aospartidos
politicosecoligayoesdepartidos,ate45 diasantesdavota
yao,0 numerodecademos eleitoraise
de
mesasdevotoque
funcionarao
em
cadaassembleiadevoto.
2.Ospartidospoliticoseas coligayoesdepartidospoli
ticos comunicamas ComissoesMunicipaisEleitorais,para
efeitosde identificayaoe credenciamento, ate30 diasantes
dadatadaseleiyoes,osnomesdosrespectivosdelegadosde
listaeseussuplentesparacadaassembleiadevoto.
3.A
comunicayaomencionadanonumeroanteriordeve
conter,obrigatoriamente,0 nome,0 numeroderegistoelei
torale aassembleiadevotoemque0 delegadodelistavai
exercerarespectivafunyao.
4. AComissaoNacional Eleitoral atraves daComissao
MunicipalEleitoraldeveremeteracadacandidatura,ate 10
diasantesdaeleiyao,
uma
listaconfinnandoaidentificayao
eregisto dos delegadosdelista,efectivose suplentes,e as
respectivascredenciaisautilizarnodiadaeleiyao.
5. AComissaoNacional Eleitoral publica em tres dos
jomais
maislidosdopais,durante3dias,osnomesdosdele
gadosde listaindicadosparacada municipio.
6.
AComissaoNacionalEleitoralafixa,nolocaldavota
yao,72horasantesdessavotayao,osnomesdosrespectivos
delegadosdelistaedisponibiliza,na
mesma
altura,osres
pectivossinaisdeidentificayaoautilizarnodiadaeleiyao.
7.
Asautoridadestradicionais,osmilitareseosmembros
dasforyasmilitarizadasnoactivonaopodemserdelegados
delista.
8.Afaltadeindicayaodedelegadosprevistosnosnume
ros anterioresou a naocomparenciade qualquerdelegado
de lista devidamente credenciado presume-se imputavel a
candidatura respectivae nao afectaa validade do trabalho
da
mesa
devoto.
ARTIGO95.
(Direitosedeveresdosdelegadosdelista)
1.
0
delegadodelistagozadosseguintesdireitos:
a) estarpresenteno local onde funcione amesade
voto e ocupar os lugares mais pr6ximos,
par
fonna que possafiscalizar todos osactos rela
cionadoscomavotayaoe
0
escrutinio;
b)
verificar,antes doinicioda votayao,osmeios de
trabalho damesa, referidos no
n.o 1
do artigo
92..
c)
solicitara presidencia da mesa de voto e obter
infonnayoessobreactos do processodevotayao
eescrutinioqueconsideremnecessarios;
d)
serouvidoemtodasasquestoesquesesuscitarem
durante
0
funcionamentodamesadevoto,quer
duranteavotayao,querdurante
0
escrutinio;
e fazer observayoes as actas, quando considerem
convenientes;
j
rubricartodososdocurnentosrespeitantesas ope
rayoeseleitorais;
g)
consultaratodo
0 momenta
oscademoseleitorais;
11
receberumac6pia
da
actadasoperayoeseleitorais.
2.
0 delegadodelistaternosseguintesdeveres:
a) exercerumafiscalizayaoconscienciosaeobjectiva
daactividadedasmesasdevoto;
b)
cooperarpara0 desenvolvimentononnaldavota
yaO
doescrutinioeda actividadedasmesasde
voto;
c) evitar intromissoes injustificaveis
na
actividade
dasmesasdevoto,queperturbem 0 desenvolvi
mento
nonnal
davotayaoedoescrutinio;
d)
assinarasactasrelacionadascomas funyoes elei
toraisparaquetenhasidodesignado.
3.0
naoexercicio,pelosdelegadosdelista ,dequalquer
dos direitos ou deveres previstos no presente artigo, nao
afectaavalidadedavotayaoeosresultados
do
escrutinio.
TITULO
VII
Eleil;ao
CAPITULO
I
Direito
de
Sufnigio
ARTIGO96.
(Pessoalidade,prcsenciaJidadeeunicidadedo\,oto)
1. 0 direito de voto s6 pode
ser
exercido pessoal e
presencialmente pelo cidadao eleitor, sem prejuizo da
possibilidadedeexercicio
do
direitodevoto
por
correspon
dencia,nostennos
da
presenteleiedasregrasadefinirpela
ComissaoNacionalEleitoral.
2.Cadaeleitors6podevotar
uma
vez.
-
7/23/2019 Lei Orgnica Sobre as Eleies Gerais
15/28
59 7
SERlE-
N.o
245-
DE
21 DEDEZEMBRO DE2011
3.Naosaopennit idasarepresentayaoouadelegayaodo
exerciciododireitodevoto,semprejuizododispostoacerca
do votodoscidadaosportadoresdedeficiencia.
ARTIGO97.
(Exerciciode
direito de
voto)
1.
0 direito devotoe exercidoem todo 0 territorio da
RepublicadeAngola.
2. Noexteriordopais, 0 direitode votoeexercidonas
missoesdiplomaticaseconsulares.
ARTIGO98 .
(Direito
dispensa)
Os eleitores que trabalham no dia da votayao tem
0
direitodeserdispensadospelotemponecessarioaoexerci
ciododireitodevoto.
ARTIGO99.
Liberdade
econfidcncialidadedovoto)
1.
0 exerciciododireitodevotoelivre.
2.Ninguempodeserobrigadoouobrigaroutremareve
larem que senti
do
vaivotarou votou, semprejuizoda sua
admissibilidade para a recolha de dados estatisticos nao
identificaveis.
ARTIGO 100.
(Requisitosdoexerciciodo
direito de
voto)
1
Paraque
0
eleitorsejaadmitido avotar enecessario
que:
a
esteja regulannente inscrito como eleitor no
cademoeleitoraldarespectivamesadevoto;
b sejaportadordecartaodeeleitorvalido;
c
naotenhaaindaexercido0 seudireitodevoto.
2.Para
0
exerciciododireitodevotonoexteriordoPais,
enecessarioque:
a
estejaregularmenteinscritocomoeleitor;
b seja titular de passaporte angolano valido que
ateste a natureza temporaria da suaestadia no
exterior;
c naotenhaaindaexercido
0
seudireitodevoto;
d possuadocumentocomprovativodasuacondiyao
noexteriordoPais.
ARTIGO 101.
(Local
de
votal,:iio)
I. Oseleitoresexercem
0
seudireitodevotonamesade
votoemcujocadernoeleitoralestaoinscritos.
2.Atituloexcepcional, exercem 0 seudireitodevoto
na
.mesaem que se encontrem a prestarserviyo, os membros
dasmesasdevotoeosdelegadosde lista.
3. Noscasosprevistosnonumero2,
0
boletimdevotoe
colocadonaumanormal,devendoamesadevotoregistar,
em modelo proprio
0
nome, nUmero do cartaode eleitore
localondedeviatersidoexercido
0
direitodevoto.
ARTIGO 102.
(Votal,:ao
antecipada)
I
A votayao antecipada e autorizada pela Comissao
NacionalEleitoralapossolicitayaodoeleitor,ateao20.dia
anterioraodiadavotayaogera!.
2.Avotayaoantecipadatern lugarentre0 10.e05. dias
anterioresaodiadavotayaogeral,em dataeperiodoafixar
pelaComissaoNacionalEleitora!.
3. A votayao antecipada e exercida na Comissao
MunicipalEleitoral.
4. Exercido
0
direitodevotayaoantecipada,aComissao
MunicipalEleitoraladoptaasmedidasnecessariasparaque
sedebaixanosrespectivoscademoseleitorais.
5. 0
apuramentodavotayaoantecipadaefeitopelares
pectivaComissaoProvincialEleitoral.
CAPiTULO
II
o t a ~ a o
ARTIGO
103
.
(Inicio
da
Votal,:iio)
1.
Avotayao inicia as sete horas do diamarcado para
as eleiyoesgerais,depois de constituidasas mesasdevoto,
competindoaospresidentesrespectivosdeclararaabertura
davotayao.
2.Antesdoiniciodavotayao,ospresidentesdasmesas
devotoprocedem,comos restantesmembrosdasmesase
osdelegadosdaslistasaverificayaodascabinesdevotayao,
dosdocumentosde trabalhodamesa eexibem,peranteos
presentes,asumasdevotayaoparaqueestescertifiquemque
seencontramvazias.
3.Nao havendonenhumairregularidade,votamimedia
tamenteospresidentes,ossecretarios,osescrutinadoreseos
delegadosdelista.
ARTIGO
104
.
Ordem da
votal,:iio)
I
Oseleitoresvotampelaordemdechegadaasmesasde
voto,dispondo-se,para
0
efeito,emfilas.
2. Ospresidentesdas mesasde votodaoprioridade,na
votayao,aoseleitoresidosos,deficientesfisicosegravidas.
ARTIGO 105.
Continuidade
das operal,:Oeseleitoraise
encerramento
da votal,:30)
I Durante 0 diade funcionamento da mesade voto,a
votayao
e
ininterruptaesoseconcluicom
0
apuramento.
2. Oseleitoressaoadmitidosavotarateas18 horas.
3.Asmesasdevotoencerramas 19 horase30minutos,
devendo-se,entretanto,assegurarqueoseleitoresqueeste
jam
presentesnasassembleiasdevotoateahorareferidano
numeroanteriorpossamexercer0 seudireitodevoto.
4.Emsituayoesexcepcionais,asmesasdevotosodeve
raoencerrarquando
0
ultimoeleitorexercer
0
seudireitode
voto.
ARTIGO 106.
Causas da
nllo realizal,:ao
da
vOt01,:30)
1.Avotayaonaopoderea1izar-se,sempreque:
-
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59 8
m RIo
DA REPUBLICA
a) nao existam
cademos
eleitorais no local;
b)
as mesas de voto nao possam constituir-se, ap6s
0
recurso a altemativa no nfunero 4 do artigo 90.;
c) ocorrer qualquer incidente que ocasione a interrup
~ a o
da
o t a ~ a o
por rna
is
de 5 horas;
d)
na localidade onde
se
situe a mesa
de
voto ocor
rer alguma calamidade publica, ou haver grave
p e r t u r b a ~ a o da ordem publica, cujos efeitos se
mantenham no dia marcado para as
e l e i ~ o e s ;
e)
existam outros constrangimentos que
i m p e ~ a m
infcio ou
0
normal funcionamento das mesas de
voto.
2. No caso de
v e r i f i c a ~ a o
das circunstancias previstas no
numero anterior, a
v o t a ~ a o
tern lugar no prazo de oito dias e
realiza-se num s6 dia ininterruptamente.
3. Caso nao se possa realizar a
e l e i ~ a o
prevista no
numero anterior, procede-se ao apuramento nacional, sem
ter em conta a
v o t a ~ a o
em falta.
4. Cabe a Comissao Nacional Eleitoral e seus 6rgaos
tomar todas as medidas necessarias a
r e a l i z a ~ a o
da
e l e i ~ a o
referida no numero
2
do presente artigo, pod en do, entretanto,
dispensa-Ia se
0
resultado for indiferente para a
a t r i b u i ~ a o
de
mandatos.
ARTIGO
107
.
(Garantia
de
ordem
pI.blica)
I
Compete as
f o r ~ a s
de ordem publica garantir a segu
r a n ~ a
dos eleitores no exercfcio do voto.
2. Nao sao admitidos nas assembleias de voto, devendo
ser retirados pelas
f o r ~ a s
de ordem publica, cidadaos que se
apresentem manifestamente embriagados, sejam portadores
de qualquer arma ou estejam a perturbar a ordem e tranqui
lidade das assembleias de voto, dentro de urn raio de
500
metros.
ARTIGO 108.
P r o i b i ~ i i o
de propaganda)
Nao
e permitido qualquer tipo de propaganda dentro das
assembleias de voto Oll fora delas ate
uma
distancia de 250
metros.
ARTIGO 109.
P r e s e n ~ a de niio eleitores)
I Nao e permitida a p r e s e n ~ a nas assembleias de voto
de:
a) cidadaos que nao sejam eleitores, observadores
eleitorais, agentes ou pessoal de apoio ao pro
cesso eleitoral;
b) cidadaos que ja ten ham votado.
2. Epermitida a
presen
-
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SERlE - N.o 245 - DE 21
DE
DEZEMBRO
DE
2011
o terem molhado em tinta apropriada colocada, para 0 efeito,
na
cabine do voto.
2. sigilo do voto dos eleitores que nao saibam ler nem
escrever deve ser especialmente garantido pelos agentes
eleitorais.
ARTIGO 114."
(Votos em branco e nulos)
1. boletim de voto em que nao tenha sido feita qual
quer marca, corresponde a voto em branco.
2.
Corresponde a voto nulo, 0 boletim
de
voto no qual:
a
tenha sido assinalado rna is de urn quadrado ou
quando haja duvida sobre qual quadrado assi
nalado;
b
tenha sido assinalado
0
quadrado correspondente
a uma candidatura que tenham desistido das
e l e i ~ o e s gerais;
c
tenha sido feito qualquer corte, desenho ou rasura;
d tenha sido escrita qualquer palavra.
3. Nao se considera voto nulo 0 correspondente ao bole
tim de voto em que, apesar de sinal de
v o t a ~ a o
nao ter
sido perfeitamente desenhado, tenha excedido os limites do
quadrado ou tenha sido exercido fora do quadrado, assinale
inequivocamente a vontade do eleitor.
4. Os votos em branco e os votos nulos nao sao con
siderados votos validamente expressos para efeitos de
apuramento dos resultados do escrutinio.
ARTIGO 115 ."
(Du\'idas e recla ma,>iles)
1. Para alem dos delegados de lista, qualquer eleitor pre
sente na mesa de voto pode levantar duvidas e apresentar
por escrito r e c l a m a ~ o e s relativas as o p e r a ~ 6 e s eleitorais da
mesma mesa e instrui-Ios com os documentos convenientes .
2. A mesa nao pode recusar-se a receber as reclama
~ 6 e s
devendo rubrica-Ias e apensa-Ias s actas, junto com
a respectiva d e l i b e r a ~ a o cujo conhecimento sera dado ao
reclamante.
3. As
r e c l a m a ~ o e s
tern de ser objecto de
d e l i b e r a ~ a o
da
mesa que a pode deixar para 0 final, se entender que isso nao
afecta andamento normal da
v o t a ~ a o .
4. Todas as
d e l i b e r a ~ o e s
da mesa sao tomadas por
maioria dos membros presentes e fundamentadas, tendo
presidente voto de desempate.
TITULO VIII
puramento
CAPITULO [
puramento
das
E l e i ~ o e s
Gerais
SEcoes
de Partidos
Politicos)
I. Os partidos politicos e as c o l i g a ~ o e s de partidos con
correntes tern 0 direito de assistir a todas as actividades
de apuramento e de escrutinio, a todos os niveis, atraves
de urn mandatario designado e de receber c6pias das actas
produzidas.
2. Os mandatcirios referidos no numero anterior tern
direito de verificar as actas recebidas e os boletins sobre os
quais tenham recaido
r e c l a m a ~ o e s
sem, contudo, interferir
nas d e l i b e r a ~ o e s podendo apresentar qualquer r e c l a m a ~ a o
que deve constar da acta.
3. Os membros das comissoes eleitorais devem receber
as r e c l a m a ~ 6 e s rubrica-Ias e apensa-Ias as actas junto com
a respectiva d e l i b e r a ~ a o
da
qual deverao entregar c6pia ao
mandatario.
ARTIGO 119.
(Openl,>oes prelim ina res)
Os presidentes das mesas de voto procedem a s e p a r a ~ a o
dos boletins de voto que nao foram utilizados e os que foram
inutilizados, colocando-os em envelopes separados, devida
mente rubricados e selados e trancam a lista de eleitores que
e rubricada por todos os membros da mesa e delegados de
lista presentes.
ARTIGO 120 .
(Abcrtura
das
rnas)
1. Encerrada a v o t a ~ a o 0 presidente da mesa, na pre-
s e n ~ a
dos restantes membros, procede a abertura da uma
seguindo-se a o p e r a ~ a o de contagem por forma a verificar
a correspondencia entre 0 numero de boletins de voto exis
tentes na uma e numero de eleitores que votaram naquela
mesa de voto.
-
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DlARJO
DA
REPUBLICA
2. Casohajadiscrepanciaentre nfunerodeboletinsde
votoexistentesna
uma
e
ntimero> devotantes, ehavendo
reclamac;:oes, assw1to
e
resolvido no ambito do conten
ciosoeleitoral.
ARTIGO 121.
(Contagem)
1.
0 presidentedamesadevotomandaprocederacon
tagemdosboletinsdevoto,respeitandoasseguintesregras:
a) 0 presidenteabre0 boletim,exibe-oefazaleitura
emvoz alta;
b)
primeiroescrutinadorapontaosvotosatribuidos
acadalistanumafolhadepapelbrancoou,caso
exista,
num
quadrogrande;
c) 0 segundoescrutinadorcolocaemseparadoe
por
lotes,depoisdeosexibir,osvotos ja lidoscor
respondentesacadaumadaslistas,
os
votos
em
brancoeosvotosnulos;
d)
0
primeiro e
0
terceiroescrutinadores procedem
acontagemdos votos e
0
presidenteda
mesa
a divulgac;:ao do numero de votos
que
coubea
cadalista.
2. Tenninadaaoperac;:aoaqueserefere 0 numeroante
rior,opresidenteda mesadevotoprocedeaoconfrontoentre
ontimerodevotosexistentesna
uma
easomadonfunerode
votos
por
cadalote.
3. Osdelegados de listastern direitoa verificaros lotes
sem,contudo,alteraraordem
da
disposic;:aodosboletinsde
voto,podendoreclamaremcasodeduvidapara0 presidente
damesaqueanalisaareclamac;:ao.
4. Caso a reclamac;:ao nao seja atendida
pela
mesa,
0
boletimemcausa
e
colocadoemseparado,paraapreciac;:ao
pelarespectivaComissaoMunicipalEleitoral.
ARTIGO 122.
(Destinodosboletinsdevoto)
1. Osvotosnulossaorubricadospelopresidentedamesa
de votoe colocados num envelope que deve ser devida
mentelacradoeremetidoaComissaoProvincialEleitoral.
2. Os votos,objectode reclamac;:ao,sao rubricados pelo
presidente damesade votoe pelo deJegadoou delegados
de lista que tenham reclamado, colocados num envelope
quedeve serdevidamentelacrado eremetidoa Comissao
ProvincialEleitoral.
3. Osboletinsde votovalidamenteexpressossaocolo
cados em envelopes lacrados e remetidos a Comissao
ProvincialEleitoral,a guarda doseu presidente,
para
que,
noprazodeurn
ana
ap6sapublicac;:aodefinitivadosresulta
dos
se
promovaasuadestruic;:ao.
4. Osboletinsdevotoinutilizados,referidosno
n.o
5
do
artigo
111.,
bern
como
aquelesque nao tenham sido uti
lizados sao rubricados pelo presidenteda mesa, colocados
numenvelopequedeveserdevidamentelacradoeremetido
aComissaoProvincialEleitoralparaefeitodeprestac;:uo
de
contas.
ARTrGO 123.
(Actadas
o p e r a ~ o e s
eleitorais)
1. Uma
acta das operac;:oes eleitorais
e
elaboradapelo
secretariodamesaedevidamenteassinada
com
letralegivel
pelopresidente,secretario,escrutinadoresepelosdelegados
de lista,colocado
nwn
envelopequedeveserdevidamente
lacrado e remetido a respect iva Comissao Municipal
Eleitoral.
2. Paraefeitosde apuramentoprovis6rio, osresultados
eleitorais obtidos porcada candidaturaem cada mesa de
voto,devem sertransmitidos pelospresidentes dasassem
bleias de voto as Comissoes Provinciais Eleitorais, pela
via mais rapida, devidamente certificada pela Comissao
NacionalEleitoral.
3.Aactadeveconterosseguinteselementos:
a
a identificac;:ao completa dosmembros da
mesa
e
dos delegados
de
lista, incluindo
numero do
cartaodeeleitor;
b
ahorada abertura edoencerramentodavotac;:ao ,
bemcomo aindicac;:aoprecisadolocaldamesa
devotoedaassembleiadevoto;
c)0 numerototaldevotantes;
d) 0
numerodevotosobtidos
por
cada\ista,
0
numero
devotosembranco, 0 numerodevotosnulos, 0
numero de boletins inutilizados e nfunerode
boletinsdevotoobjecto
de
reclamac;:ao;
e) as divergencias
de
contagem, se as houver,
numerode reclamac;:oese asdeliberac;:oes toma
daspelamesa;
j outrasocorrenciasqueamesa considereimportante
mencionar.
4.C6piasdasactasaqueserefere0 numeroanteriorsao
entreguesaosdelegadosdelista.
SEcC;;Ao II
Apuramento
MunicipaleProvincial
ARTIGO 124.
I n f o r m a ~ l l o
dosresultadosmunicipais)
1.
A
medidaque forrecebendoasactasdasAssembleias
de Voto, a Comissao MW1icipal Eleitoral
infonna
imedia
tamente a Comissao Provincial Eleitoral dos resultados
apurados,
por
mesadevoto.
2.AComissaoMunicipalEleitoralremetetodo expe
dientedoprocessoeleitoralaComissaoProvincialEleitoral
paraefeitododisposto
nos
artigosseguintes.
3.Ainfonnac;:aoprevistano
n.o 1do
presenteartigodeve
ser feitapelomeiomaisrapidoadisposic;:ao.
ARTIGO
125
.
Entidade competente
do
apuramento
provincial)
AComissaoProvincialEleitoralcentralizaosresultados
eleitoraisobtidosnatotalidadedasmesasdevotoconstitui
dasdentrodoslimitestelTitoriaisdesuajurisdic;:aoeprocede
aoapuramentodosresultadoseleitoraisaniveldaprovincia.
-
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SERlE - N.o 245 - DE
21
DE
DEZEMBRO
DE 2011
ARriGO
126.
(Elementos
de apuramento
provincial)
1.
0
apuramento provincial e realizado com base
nas actas das mesas de voto e demais documentos que a
Comissao Nacional Eleitoral detenninar.
2.
Os
trabalhos do apuramento provincial iniciam logo
apos encerramento da votac;:ao com base nas actas das
mesas de voto, devendo realizar-se ininterruptamente ate a
sua conclusao.
3. Caso faltem actas das mesas de voto ou outros elemen
tos necessarios a continuac;:ao ou conclusao do apuramento
provincial, os presidentes das Comissoes Provinciais
Eleitorais devem tomar as providencias necessarias para que
a falta seja reparada, podendo, neste caso, suspender apu
ramento por periodo nao superior a 24 horas.
ARTIGO 127.
A p r e c i a ~ a o de
questiies
previas ao apllramento
provincial)
I . No inicio dos seus trabalhos, a Comissao Provincial
Eleitoral decide sobre os boletins de voto em reJac;:ao aos
quais tenha havido reclamac;:ao, verifica os boletins consi
derados nulos e reaprecia-os segundo urn criterio unifom1e,
podendo, desta operac;:ao, resultar a correcc;:ao do apura
mento feito em cad a uma das mesas de voto.
2. Os boletins de voto em relac;:ao aos quais tenha havido
reclamac;:ao e os boletins considerados nulos, caso nao
tenham sido resolvidos pela Comissao Provincial Eleitoral,
sao remetidos, com a acta e demais documentos respeitantes
a
eleic;:ao,
a Comissao Nacional Eleitoral.
3. A Comissao Nacional Eleitoral aprec ia definitivamente,
sem prejuizo das disposic;:oes referentes ao contencioso
eleitoral, as reclamac;:oes que nao ten ham s ido decid idas
definitivamente pel a Comissao Provincial Eleitoral.
ARTIGO 128.
O p e r a ~ i i o de apllramcnto provincial)
A operac;:ao de apuramento provincial consiste:
a
na verificac;:ao do numero total de eleitores votan
tes na provincia;
b na verificac;:ao do numero total de votos obtidos
por cada lista, do numero de votos brancos e do
numero de votos nul os.
ARriGO 129.
P l l b l i c a ~ a o
dos rcsllitados)
Os resultados do apuramento provincial sao anunciados
pelo Presidente da Comissao Provincial Eleitoral, no prazo
maximo de 7 dias contados a partir do dia do encerramento
da votac;:ao, mediante, divulgac;:ao, pelos orgaos de comu
nicac;:ao social e
afixac;:ao
de edital a porta dos edificios da
Comissao Provincial Eleitoral e do
Govemo
Provincial.
ARriGO
130.
(Aetas do
apuramento
provincial)
I. Das
operac;:oes
do apuramento provincial e imediata
mente lavrada acta onde constem os resultados apurados, as
duvidas e reclamac;:oes apresentados no prazo de 24 horas e
as decisoes que sobre
e1es
tenham sido tomadas.
2. Dois exemplares da acta do apuramento provincial
sao enviados imediatamente pelo Presidente da Comissao
Provincial a Comissao Nacional Eleitoral.
3.0
terceiro exemplar da acta cujas copias sao entregues
as candidaturas concorrentes e todos os document os das ope
rac;:oes eleitorais que
por
forc;:a da presente lei nao tenham
que subir a Comissao Nacional Eleitoral, pennanecem sob a
guarda e responsabilidade da Comissao Provincial Eleitoral.
SEC
-
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m Rlo DA REPUBLICA
c) proclamar Presidente da Republica
0
cabeya de
lista, pelo circulo nacional, do partido politico
ou coligayao de partidos politicos rna is votado;
d
prociamar Vice-Presidente da Republica 0 segundo
da lista, pelo circulo nacional, do partido politico
ou coligayao de partidos politicos mais votado;
e
distribuir os mandatos dos Deputados a Assembleia
Nacional , nos tennos previstos nos artigos
24 .0
e
27. da presente lei;
j
detemlinar os candidatos eleitos por cad a lista.
ARTIGO 135 .'
P u b l i e a ~ i i o
dos resultados nacionais)
I . Amedida que for recebendo os dad os fomecidos pel as
Comissoes Provinciais Eleitorais, nos term os do artigo 123.
da presente lei, a Comissao Nacional Eleitoral procede a
divulgayao dos resultados gerais provisorios de
cada
candi
datura, por circulo eleitoral.
2. E da competencia exciusiva da Comissao Nacional
Eleitoral a publicayao dos resultados provisorios e definiti
vos das eleiyoes, sem prejuizo da sua posterior divulgayao
pel os orgaos de comunicayao social.
3 0
Presidente da Comissao Nacional Eleitoral , no
prazo maximo de 15 dias contados a partir da data do encer
ramento da votayao, anuncia os resultados definitivos do
apuramento nacional, mandando-os divulgar pelos 6rgaos
de comunicayao social e fixar, por edital, a porta das suas
instalayoes, imediatamente ap6s a conciusao do apuramento
nacional.
ARTIGO
136
.
(Aetas do apuramento nacional)
I. Das operayoes do apuramento nacional e imediata
mente lavrada acta, onde constem os resultados apurados, as
duvidas e reciamayoes apresentadas e as decisoes que, sobre
elas, tenham side tomadas.
2. 0 Presidente da Comissao Nacional Eleitoral envia
urn exemplar da acta do apuramento nacional ao Presidente
da Republica em funyoes e ao Presidente do Tribunal
Constitucional, imediatamente ap6s a conciusao deste.
3. Copia da acta a que se refere 0 presente artigo e igual
mente entregue
as
candidaturas.
ARTIGO 137.
(Destino da d O C \ l m e n t a ~ a o )
As actas das Comissoes Provinciais Eleitorais, os
cademos eleitorais e demais documentos sao entregues a
Comissao Nacional Eleitoral que os conserva sob sua guarda
e responsabilidade.
ARTIGO
138
.
Mapa
ofieial
das e l e i ~ / j e s )
A Comissao Nacional Eleitoral elabora e faz publicar na
I Serie do Diario da Republica, no prazo de 72 horas apos
a conciusao do apuramento nacional, 0 mapa oficial com 0
resultado das eleiyoes de que conste:
a
numero total de eleitores inscritos;
b
numero total de eleitores que votaram;
c) nUmero dos votos em branco e votos nulos;
d
numero e percentagem de votos atribuidos a cada
lista;
e nome
do candidato eleito Presidente da Republica;
j
nome do candidato eleito Vice-Presidente da Repu
blica;
g)
0 numero de Deputados eleitos por cada lista;
h nome dos candidatos eleitos Deputados.
TiTULO IX
Orgaos da Administral;i'io Eleitoral Independentes
ARTIGO
139
.
(Comissao Nacional Eleitoral)
I. A Comissao Nacional Eleitoral, nos termos do artigo
107. da Constituiyao da Republica de Angola, e um orgao
independente que organiza, executa, coordena e conduz os
process os eleitorais.
2. Compete a Comissao Nacional Eleitoral, nos termos
do artigo 107. da Constituiyao, a organiza9ao de toda a
logistica eleitoral.
3. Sem prejuizo do disposto na presente Lei, a estru
tura, organizayao e 0 modo de funcionamento da Comissao
Nacional Eleitoral sao definidos
em
diploma proprio.
4. A estrutura orgiinica e funcional da Comissao Nacional
Eleitoral bem como as competencias especfficas dos seus
orgaos sao fixadas por esta e aprovadas por lei.
ARTIGO 140'
(Natureza)
I. A Comissao Nacional Eleitoral e uma entidade admi
nistrativa nao integrada
na
administra9ao directa e indirecta
do Estado.
2. A Comissao Nacional Eleitoral goza de independencia
orgiinica e funcional.
3. A Comissao Nacional Eleitoral e uma entidade orya
mental propria, dotada de autonomia administrativa,
financeira e patrimonial, nos tennos da lei.
4. A Comissao Nacional Eleitoral apresenta anualmente
o seu relatorio de actividade a Assembleia Nacional.
ARTIGO 141.
O r g a n i z a ~ i i o )
I. A Comissao Nacional Eleitoral tern a sua sede na capi
tal do Pais.
2. Sao orgaos da Comissao Nacional Eleitoral:
a 0
Plenario da Comissao Nacional Eleitoral;
b as Comissoes Provinciais Eleitorais;
c) as Comissoes Municipais Eleitorais.
3
Os 6rgaos da Comissao Nacional Eleitoral sao
pennanentes.
ARTIGO 142'
Estatuto
dos membros)
I. Os membros da Comissao Nacional Eleitoral gozam
de urn estatuto proprio.
-
7/23/2019 Lei Orgnica Sobre as Eleies Gerais
21/28
59
SERlE
- N.
o
245 -
DE
21
DE DEZEM RO
DE 2011
2. exercicio
do
cargo de membro da Comissao
Nacional Eleitoral ou dos seus orgaos e incompativel com a
qualidade de candidato a Deputado e candidato a Presidente
da Republica e Vice-Presidente.
ARTIGO
143
.
C o m p o s i ~ a o
da Comissao Nacional Eleitoral)
1. A Comissao Nacional Eleitoral e compost a por dezas
sete membros, sendo:
a urn
magistrado judicial, que a preside, oriundo de
qualquer orgao, escolhido
na
base
de
concurso
curricular e designado pelo Conselho Superior
da Magistratura Judicial, qual suspende as
suas funyoes
judiciais
apos a designayao;
b)
dezasseis cidadaos designados pela Assembleia
Nacional, por maioria absoluta dos Deputados
em efectividade de funyoes, sob proposta dos
partidos politicos e coligayoes de partidos poli
ticos com assento parlamentar, obedecendo aos
principios da maioria e do respeito pelas mino
rias parlamentares;
2. Os membros da Comissao Nacional Eleitoral referidos
na alinea b) do numero anterior sao designados na base dos
criterios de idoneidade civica e moral, probidade, compe
tencia tecnica, nao podendo pertencer a orgao de direcyao, a
qualquer nivel, de qualquer partido politico ou coligayao de
partidos politicos.
3. A fixayao do numero de membros da Comissao
Nacional Eleitoral propostos pelos partidos politicos ou
coligayoes de partidos politicos com assento pari amen tar e
fix
ada por Resoluyao da Assembleia Nacional, no final do
mandato dos membros em funyoes, de acordo com os resul
tados eleitorais, nos termos da presente lei.
ARTIGO
144.
(Compctcncias)
1.
A Comissao Nacional Eleitoral tern as seguintes
competencias:
a)
organizar, executar, coordenar e conduzir os pro
cessos eleitorais;
b
prom over esclarecimento objectivo dos cidadaos
acerca das operayoes eleitorais;
c) preparar a
sua
proposta de oryamento e remete-la
ao Executivo;
d
publicar os resultados das eleiyoes gerais e dos
referendos;
e
fixar a data para a realizayao da votay30 no exterior
e para a votayao antecipada, nos term os da lei;
f
coordenar e executar todo 0 processo de comunica
yao dos resultados eleitorais;
g) programar e executar a operayao logistica eleitoral;
h)
conservar e gerir
os
dados dos cidadaos eleitores
obtidos a partir
da
base de dados de identificayao
civil e de informayoes fomecidas pe los eleitores;
i
eJaborar
os
cadernos eleitorais com base nos dados
dos cidadaos eleitores obtidos nos term os da
alinea anterior, findos
os
prazos de reclamayao
e antes da sua utilizayao para os actos eleitorais;
J decidir sobre as reclamayoes dos cidadaos e dos
partidos politicos relativas as eleiyoes;
k)
assegurar a igualdade de oportunidade e
de
trata
mento das diversas candidaturas;
1
proceder
as
operayoes de apuramento dos resultados
das eleiyoes gerais e publicar os seus resultados;
m)
aprovar
0 modele
de boletim de voto;
n)
aprovar
os
instrutivos, recomendayoes e directivas
respeitantes a conduyao e supervisao
do
pro
cesso eleitoral que devem ser publicados na III
Serie do Diario da Republica;
0)
efectl.lar
os
sorteios referentes as listas de candida
tos mencionados no artigo 52.
0
;
p
elaborar e aprovar mapa dos locais de constitui
yao e funcionamento das assembleias e mesas de
voto;
q)
estabelecer medidas para que 0 processo eleitoral
se desenvolva
em
condiyoes de plena Iiberdade,
justiya e transparencia;
r)
solicitar aos organismos competentes que criem as
condiyoes de seguranya necessarias a realizayao
das eleiyoes;
s)
estabelecer como medida de seguranya 0 formato,
modele
de carimbo, das actas e outros docu
mentos necessarios a viabilizayao do processo
eleitoral;
I prom over atraves dos orgaos de comunicayao
social, 0 esclarecimento civico dos cidadaos
sobre as questoes relativas ao processo de vota
yao;
u)
proc