lição 6 muito mais que palavras

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Tens visto um homem precipitado no falar? Maior esperança há para um tolo do que para ele.

Provérbios 29:20

Grande parte dos problemas encontrados nas relações conjugais está relacionada à operacionalidade do sistema de comunicação. Antes de tudo, é preciso aprender a transmitir a mensagem de maneira inteligente.

A pergunta que se apresenta, nesta oportunidade, é: como estabelecer uma conexão capaz de atender às demandas da instituição denominada casamento?

A palavra comunicação deriva-se do latim (communicare) e significa partilhar algo, pôr em comum.

O processo comunicativo implica a emissão de sinais (ges-tos, palavras, sons, etc.) com vistas a fazer conhecida a men-sagem; todavia, para que esta seja captada, o receptor pre-cisa ser capaz de decodificá-la e interpretá-la, eliminando-se todos os possíveis ruídos (desordens capazes de dificultar o desenvolvimento normal do sinal durante o processo).

Cotidianamente, fazemos uso de dois códigos de lingua- gem: o verbal. que se dá por meio da escrita ou da fala; e o não verbal, que se dá pela utilização de símbolos (imagens, figuras, desenhos, gestuais, etc.).

O antropólogo Ray Birdwhistel, precursor do estudo da comunicação não verbal, calculou que os sinais verbais respondem por menos de 35% das mensagens transmitidas. O restante fica por conta dos não verbais.

É fato: o corpo fala, aponta mentiras, expõe verdades, re­força ideias, favorece ou dificulta o entendimento e promove a interação.

Destaca­remos a seguir alguns sinais não verbais comumente encontrados no processo comunicativo:

Expressões faciais; movimen­tos dos olhos; movimentos da cabeça ; movimentos do corpo; entonação da voz (velocidade, ritmo e qualidade); aparência (vestuário , acessórios , higiene e ornamentos).

Falar sobre comunicação é falar sobre um veículo capaz de promover, dentre outras possibilidades, a aproximação (ou o afastamento), a intimidade (ou a superficialidade) e a identificação (ou a não recognição).

Dentre as maiores dificuldades apontadas pelos casais na estruturação de um núcleo familiar saudável, destaca­se a comunicação inadequada.

Nesse sentido, o respeito, a bon­dade e a confiança constituem­se no caminho ideal de acesso à subjetividade do outro. Todavia, antes de percorrer essa estrada, é preciso construí­la, dia a dia; e, neste ponto, in­sere­se o amor, o agente propulsor da edificação. Vejamos a seguir algumas atitudes práticas que servem de pavimento a este solo.

De modo geral, homens e mulheres esperam que seus côn­juges sejam gentis e amáveis, porém, é preciso entender que tais comportamentos precisam ser exercitados diariamente a fim de que se tornem hábitos e isso requer de nós dis­posição.

Nosso Senhor e Mestre deu­nos a melhor instrução possível a esse respeito: Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei­lhes vós também ( Lc 6.31) .

Pode-se afirmar que prestativa é a pessoa que está pronta para servir. Os relacionamentos atingem graus elevados de magnitude e alcance, quando as partes envolvidas têm corações prontos para servir.

Precisamos, portanto, espelhar-nos no exemplo do santo Filho de Deus: Ele não veio para ser servido, mas para servir e para dar a Sua vida em resgate de muitos [indignos pecadores]

(Mt 20.28;Jo 13.5).

O conceito de proatividade excede às definições de inicia-tiva. Temos a capacidade de subordinar os sentimentos aos valores. Possuímos iniciativa e responsabilidade suficientes para fazer os fatos acontecerem.

Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você. Somos proativos ou reativos? O que temos feito com aquilo o que fizeram de nós?

Em algumas passagens , observamos que o Senhor irou-se algumas vezes. Todavia , há uma grande diferença entre o justo juiz e nós: enquanto Deus ira-se com a injustiça e com a desobediência aos seus mandamentos, a ira humana ,geralmente, é deflagrada pelo sentimento de subtração ou de aniquilamento das expectativas.

“Quando sentirdes raiva, não pequeis; e não conserveis a vossa ira até o pôr do sol.”

(Ef 4:26)

Uma pergunta levanta-se neste ponto de forma imperativa: por que optar pela verdade, mesmo que esta represente dor? (Ec 7:16).

Apesar de óbvia, a resposta traz uma perspectiva desafiadoramente poderosa: porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da pró-pria verdade ; ela está pronta, ninguém pode alterá-la, ninguém pode melhorá-la, ninguém pode ocultá-la.

Lembremo-nos de que a base de qualquer relacionamento é a confiança, que tem como matéria-prima a verdade.

(Pv 12:22).

A fim de preservar nossos relacionamentos, alguns cuidados precisam ser tomados, como, por exemplo, não permitir que o cotidiano dilua a essência da subjetividade do outro. Não devemos simplesmente nos acostumar com aquilo que, outrora, despertou-nos a consciência.

No Livro de Cantares, há um versículo que fala das raposinhas que fazem mal às vinhas (Ct 2.15); estas representam bem os grandes algozes das relações afetivas .

A comunicação é vital para o desenvolvimento intelectual e emocional do ser humano. Só podemos crescer e desenvolver--nos quando estabelecemos relacionamentos. E, para isto, pre-cisamos lançar mão das linguagens verbal e não verbal. Se não utilizarmos esses dois tipos de linguagem, jamais poderemos comunicar-nos bem uns com os outros e externar nossos senti- mentos, desejos, pensamentos e projetos.

Há pessoas que, por não terem aprendido a dialogar na sua família de origem ou por timidez, só falam o trivial, não conse-guindo expor seus problemas, sentimentos e pontos de vista, e acabam tratando assuntos importantes relativos ao casamento com superficialidade. E o pior é que esperam que o outro as compreenda profundamente, adivinhando o que pensam e que- rem sem nunca terem dito nada a respeito.

Abra o coração para ouvir o outro e aprenda a compartilhar o que pensa, sente e deseja com ele, com sinceridade. Seja sábio, construa seu relacionamento conjugal sobre a base da verdade, do amor e do respeito mútuo .

Pv 11:13, Pv 13:3,Sl 141:3.