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Dúvidas; Opiniões; Sugestões: Gerson G. Ramos. e-mail: [email protected] O Evangelho de Mateus – 16 a 23 de JUNHO 2016 LIÇÃO 4 - Justiça e Misericórdia no Antigo Testamento – Parte 2 Sábado à tarde VERSO PARA MEMORIZAR: “Toda criatura vivente que vive em enxames viverá por onde quer que passe este rio, e haverá muitíssimo peixe, e, aonde chegarem estas águas, tornarão saudáveis as do mar, e tudo vi- verá por onde quer que passe este rio” (Ez 47:9). Leituras da semana: Ez 37:1-14; Ef 2:10; Ez 47:1-8; Mt 5:16; Ap 22:1, 2; Is 61:1-11 A vizinhança que havia prosperado na década de 1950 e início dos anos 60 havia se tornado uma zona de guerra no final da década de 60 e começo dos anos 70. A maioria das famílias se mudou, deixando para trás um rastro de apartamentos abandonados, arruinados e incendiados. As lojas saíram, e as drogas e o crime en- traram, tornando a vizinhança ainda mais indesejável. Em 1986 uma família cristã deixou sua confortável casa nos subúrbios e se mudou para aquela decadente co- munidade urbana. Um pastor de outra cidade os acompanhou. Eles reformaram dois edifícios incendiados e os transformaram em suas moradias. As duas famílias começaram a passar tempo nas ruas, conhecendo os grupos da comunidade e se misturando com os que haviam permanecido na área. Essas duas famílias foram os ins- trumentos que Deus usou para iniciar uma igreja que trouxe cura e transformação àquela comunidade morta. A lição desta semana continua a “ouvir” o coro das vozes do Antigo Testamento que chama o povo de Deus para revelar ao mundo Seu caráter de benevolência. O dia 6 de agosto será a data da multiplicação dos pequenos grupos em todo o Brasil. Viva em comunidade e toque a vida das pessoas. Domingo, 17 de julho - Vivos em Cristo A graça de Deus que traz nova vida aos que estão mortos em transgressões e pecados é revelada vividamente em Ezequiel 37. Em visão, o profeta Ezequiel foi transportado pelo Espírito para um vale cheio de ossos mor-

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Page 1: Lição_432016_Justiça e misericórdia no Antigo Testamento: Parte 2_GGR

Dúvidas; Opiniões; Sugestões: Gerson G. Ramos. e-mail: [email protected]

O Evangelho de Mateus – 16 a 23 de JUNHO 2016

LIÇÃO 4 - Justiça e Misericórdia no Antigo Testamento – Parte 2

❉ Sábado à tarde

VERSO PARA MEMORIZAR: “Toda criatura vivente que vive em enxames viverá por onde quer que passe

este rio, e haverá muitíssimo peixe, e, aonde chegarem estas águas, tornarão saudáveis as do mar, e tudo vi-

verá por onde quer que passe este rio” (Ez 47:9).

Leituras da semana: Ez 37:1-14; Ef 2:10; Ez 47:1-8; Mt 5:16; Ap 22:1, 2; Is 61:1-11

A vizinhança que havia prosperado na década de 1950 e início dos anos 60 havia se tornado uma zona de

guerra no final da década de 60 e começo dos anos 70. A maioria das famílias se mudou, deixando para trás

um rastro de apartamentos abandonados, arruinados e incendiados. As lojas saíram, e as drogas e o crime en-

traram, tornando a vizinhança ainda mais indesejável.

Em 1986 uma família cristã deixou sua confortável casa nos subúrbios e se mudou para aquela decadente co-

munidade urbana. Um pastor de outra cidade os acompanhou. Eles reformaram dois edifícios incendiados e os

transformaram em suas moradias. As duas famílias começaram a passar tempo nas ruas, conhecendo os grupos

da comunidade e se misturando com os que haviam permanecido na área. Essas duas famílias foram os ins-

trumentos que Deus usou para iniciar uma igreja que trouxe cura e transformação àquela comunidade morta.

A lição desta semana continua a “ouvir” o coro das vozes do Antigo Testamento que chama o povo de Deus

para revelar ao mundo Seu caráter de benevolência.

O dia 6 de agosto será a data da multiplicação dos pequenos grupos em todo o Brasil.

Viva em comunidade e toque a vida das pessoas.

❉ Domingo, 17 de julho - Vivos em Cristo

A graça de Deus que traz nova vida aos que estão mortos em transgressões e pecados é revelada vividamente

em Ezequiel 37. Em visão, o profeta Ezequiel foi transportado pelo Espírito para um vale cheio de ossos mor-

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tos, secos e espalhados. Esses ossos representavam toda a casa de Israel. Deus perguntou: “Filho do homem,

acaso, poderão reviver estes ossos?” (Ez 37:3).

A resposta a essa pergunta foi revelada quando Ezequiel profetizou aos ossos.

► Pergunta 1. Leia Ezequiel 37:1-14. O que Deus faria por Seu povo?

Ez 37:1-14, (ACF 1753); 1 VEIO sobre mim a mão do SENHOR, e ele me fez sair no Espírito do SENHOR, e

me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos. 2 E me fez passar em volta deles; e eis que eram mui

numerosos sobre a face do vale, e eis que estavam sequíssimos. 3 E me disse: Filho do homem, porventura

viverão estes ossos? E eu disse: Senhor DEUS, tu o sabes. 4 Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e

dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. 5 Assim diz o Senhor DEUS a estes ossos: Eis que farei

entrar em vós o espírito, e vivereis. 6 E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós

estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o SENHOR. 7 Então profetizei

como se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos

se achegaram, cada osso ao seu osso. 8 E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e

estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito. 9 E ele me disse: Profetiza ao espírito,

profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito,

e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou

neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo. 11 Então me disse: Filho do homem,

estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança;

nós mesmos estamos cortados. 12 Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu

abrirei os vossos sepulcros, e vos farei subir das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel.

13 E sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir os vossos sepulcros, e vos fizer subir das vossas

sepulturas, ó povo meu. 14 E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis

que eu, o SENHOR, disse isto, e o fiz, diz o SENHOR.

► Resposta 1. Um milagre: reuniria os ossos secos, colocaria tendões, músculos e pele sobre os ossos. Mas

ainda estariam mortos. Então Deus enviaria o espírito de vida aos ossos, que reviveriam e se colocariam em

pé. Os israelitas estavam mortos em seus pecados, mas Deus queria renovar sua vida, abençoar sua nação e

usá-los na missão de ser uma luz ao mundo.

Os resultados da mensagem pronunciada aos ossos secos foram os seguintes: (1) eles “viveram e se puseram

em pé, um exército sobremodo numeroso” (Ez 37:10); (2) Deus estabeleceria Seu povo em sua própria terra

(Ez 37:14); (3) quando isso acontecesse, eles saberiam que Deus havia cumprido Sua promessa (Ez 37:14).

Mas reviver não é suficiente. O povo de Deus revive para uma missão, para um propósito. Israel devia ser uma

luz para as nações.

► Pergunta 2. Leia Efésios 2:10. Por que somos trazidos de volta à vida, recriados espiritualmente em Cristo?

Ef 2:10, (ACF 1753); 10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus

preparou para que andássemos nelas.

► Resposta 2. Para praticar boas obras que demonstram nosso crescimento em Cristo. Além de motivar as

pessoas a aceitar a salvação, nossas obras ajudam os pobres e oprimidos.

Nossa aceitação por Deus só é segura por meio de Seu Filho amado, e as boas obras são apenas o resultado da

atuação de Seu amor que perdoa o pecado. Não constituem um crédito para nós, e nada nos é atribuído pelas

nossas boas obras que possamos usar para reivindicar uma parte na nossa salvação. A salvação é o dom gratui-

to de Deus para o cristão, e lhe é concedido unicamente por amor a Cristo. A pessoa perturbada pode encontrar

paz pela fé em Cristo, e sua paz será proporcional à sua fé e confiança. Não pode apresentar suas boas obras

como argumento para sua salvação.

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“Mas as boas obras não têm nenhum valor real? O pecador que a cada dia comete pecado impunemente é con-

siderado por Deus com o mesmo favor recebido por aquele que pela fé em Cristo procura agir em sua integri-

dade? A Escritura responde: „Somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de

antemão preparou para que andássemos nelas‟ (Ef 2:10).

“Em Sua providência divina, por meio de Seu favor imerecido, o Senhor ordenou que as boas obras sejam

recompensadas. Somos aceitos unicamente pelo mérito de Cristo; os atos de misericórdia e as ações de carida-

de que realizamos são frutos da fé” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 199, 200).

Fortaleça sua experiência com Deus.

Acesse o site reavivadosporsuapalavra.org

❉ Segunda, 18 de julho - Um rio que flui

► Pergunta 3. Leia Ezequiel 47:1-8. O que estava acontecendo com o templo que Ezequiel contemplou em

visão?

Ez 47:1-8, (ACF 1753); 1 DEPOIS disto me fez voltar à porta da casa, e eis que saíam águas por debaixo do

umbral da casa para o oriente; porque a face da casa dava para o oriente, e as águas desciam de debaixo, desde

o lado direito da casa, ao sul do altar. 2 E ele me fez sair pelo caminho da porta do norte, e me fez dar uma

volta pelo caminho de fora, até à porta exterior, pelo caminho que dá para o oriente e eis que corriam as águas

do lado direito. 3 E saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil

côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos artelhos. 4 E mediu mais mil côvados, e me

fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e outra vez mediu mil, e me fez passar pelas águas

que me davam pelos lombos. 5 E mediu mais mil, e era um rio, que eu não podia atravessar, porque as águas

eram profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar. 6 E disse-me: Viste

isto, filho do homem? Então levou-me, e me fez voltar para a margem do rio. 7 E, tendo eu voltado, eis que à

margem do rio havia uma grande abundância de árvores, de um e de outro lado. 8 Então disse-me: Estas águas

saem para a região oriental, e descem ao deserto, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, as águas tornar-

se-ão saudáveis.

► Resposta 3. Abaixo da porta do templo saíam águas para o oriente. As águas cresceram em profundidade e

se tornaram um rio que trazia vida por onde passava, tornando saudável até o mar Morto.

Parecia estar vazando água do templo. Alguém poderia pensar: Será que quebrou algum cano? O que aconte-

ceu? No caso em questão, o vazamento foi uma coisa boa.

Aquela água que vazava do templo estava indo “para o oriente”. Ao oriente de Jerusalém fica o mar Salgado

(também conhecido como Mar Morto), o ajuntamento de águas mais baixo da Terra. Entre Jerusalém e o mar

Morto há aproximadamente 34 km de uma área em grande parte desértica, que inclui a Arabá, também conhe-

cida como a depressão do Jordão e do Mar Morto. Esse mar é tão salgado que nada consegue viver ali.

Contudo, quando a água que saía do templo chegasse lá, as águas mortas do mar ficariam “saudáveis”. Isso

pode ser entendido simbolicamente como a igreja de Deus, o templo (1Pe 2:4, 5), alcançando as pessoas e

sendo uma fonte de saúde e cura para os mortos em delitos e pecados.

► Pergunta 4. Leia Mateus 5:16. De que maneira devemos representar Jesus ao mundo?

Mt 5:16, (ARC); 16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e

glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

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► Resposta 4. Nossa luz deve brilhar diante dos homens, por meio de boas obras que glorifiquem o Pai celes-

tial e sejam uma bênção à comunidade.

O rio Zambezi, em Zâmbia, na África, começa como um riacho raso que sai de baixo de uma árvore. À medi-

da que corre em direção às Cataratas Vitória (Victoria Falls), deixa de ser um riacho que bate na altura do tor-

nozelo e alcança a altura do joelho. Mais adiante atinge a altura da cintura e então se transforma num rio pro-

fundo o suficiente para que se possa nadar nele. Da mesma forma, embora fosse pequeno no início, o rio que

saía do templo aumentou em força e impacto, e se tornou um rio “que só se podia atravessar a nado; era um rio

que não se podia atravessar andando” (Ez 47:5, NVI).

A influência curadora de sua igreja pode começar pequena, mas pode crescer até transformar sua comunidade!

“Foi-me mostrada nossa obra no seu começo, como um pequeno, bem pequeno regato” (Ellen G. Whi-te, Tes-

temunhos para a Igreja, v. 7, p. 171).

Luz e água: ambas são figuras de linguagem usadas para falar sobre o que Deus pode fazer por nosso inter-

médio para ajudar os outros. Como podemos nos tornar melhores canais de atendimento aos necessitados?

❉ Terça, 19 de julho - A igreja: uma fonte de vida

Ez 47:9-10, (ACF 1753); 9 E será que toda a criatura vivente que passar por onde quer que entrarem estes rios

viverá; e haverá muitíssimo peixe, porque lá chegarão estas águas, e serão saudáveis, e viverá tudo por onde

quer que entrar este rio. 10 Será também que os pescadores estarão em pé junto dele; desde En-Gedi até En-

Eglaim haverá lugar para estender as redes; o seu peixe, segundo a sua espécie, será como o peixe do mar

grande, em multidão excessiva.

A profecia de Ezequiel mostra que há vida por onde quer que passe o rio que vem da igreja de Deus. Ezequiel

47:10 torna tudo isso ainda mais espantoso. Esta cena seria muito estranha: As margens de um corpo de águas

conhecido por não haver peixes, porque nada podia sobreviver ali, de repente, passaria a ser um lugar em que

os pescadores lançariam suas redes porque então muitos peixes poderiam ser apanhados no local.

A ideia principal é que, pelo poder de Deus atuando em Seu povo, pode haver vida onde antes não existia.

“Onde Deus atua não há situação sem esperança, não há nenhum grupo de pessoas que não possa ser salvo,

não há nenhuma herança de um passado infeliz que nos condene a um futuro entregue ao desespero” (The In-

terpreter´s Bible. Nashville: Abingdon Press, 1956; v. 6, p. 328).

A maravilhosa graça de Deus faz coisas incríveis por qualquer pessoa que a aceite. Aqui, novamente, temos a

mensagem do evangelho. Deus, por meio de nós, pode dar esperança aos que estão desanimados, desolados,

secos e moribundos, no sentido espiritual e físico.

► Pergunta 5. Compare Ezequiel 47:12 com Apocalipse 22:1, 2. Qual será o destino dos que são curados por

Jesus e dEle recebem nova vida por meio de Sua igreja?

Ez 47:12, (ACF 1753); 12 E junto ao rio, à sua margem, de um e de outro lado, nascerá toda a sorte de árvore

que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem acabará o seu fruto; nos seus meses produzirá novos

frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de comida e a sua folha de remédio.

Ap 21:1-2, (ACF 1753); 1 E VI um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra

passaram, e o mar já não existe. 2 E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu,

adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

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► Resposta 5. O rio da vida é a igreja renovada pelo poder do Espírito. Cada membro da igreja deve ser uma

árvore de vida, produzindo frutos para glória de Deus e para cura da comunidade. Um dia, todos os salvos em

Cristo continuarão recebendo vida e cura por meio do rio da vida e da árvore da vida, no paraíso de Deus.

Um dia o povo de Deus – incluindo os membros da comunidade que Deus curou e a quem deu vida por meio

da abnegação dos membros da igreja – estará na nova Terra, onde há outro rio que flui do trono de Deus. Ali

não haverá desertos, sequidão nem morte.

Nesse ínterim, enquanto aguardamos essa bendita realidade, Deus deseja que Suas igrejas sejam lugares de

onde possam fluir cura e vida abundante para a comunidade em que estão localizadas. Ele deseja atuar através

de nós para revitalizar e transformar os desertos, as depressões e os “mares mortos” que estão em nossa região,

trazendo a eles vida abundante em Jesus (Jo 10:10). Essa é, em poucas palavras, a mensagem integral da igreja

adventista.

Jo 10:10, (ARC); 10 O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a

tenham com abundância.

Em Amós 5:24, o profeta apresenta um quadro semelhante ao de Ezequiel 47. Como essa descrição se compa-

ra ao papel da igreja na comunidade? Sua igreja está sendo um rio que leva cura às pessoas do seu bairro, de

maneira prática?

Am 5:24, (ARC); 24 Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.

❉ Quarta, 20 de julho - Promessas do jubileu

O Antigo Testamento repete frequentemente a ideia de que aqueles que são abençoados, seja com bens materi-

ais, ou espiritualmente, devem ajudar os que não são.

► Pergunta 6. Leia Isaías 61:1-11. Como podemos aplicar essas palavras de Deus ao chamado que Ele colo-

cou diante de nós? Lc 4:18

Is 61:1-11, (ACF 1753); 1 O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para

pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos

cativos, e a abertura de prisão aos presos; 2 A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do

nosso Deus; a consolar todos os tristes; 3 A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de

cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se

chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado. 4 E edificarão os lugares

antigamente assolados, e restaurarão os anteriormente destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas

de geração em geração. 5 E haverá estrangeiros, que apascentarão os vossos rebanhos; e estranhos serão os

vossos lavradores e os vossos vinhateiros. 6 Porém vós sereis chamados sacerdotes do SENHOR, e vos

chamarão ministros de nosso Deus; comereis a riqueza dos gentios, e na sua glória vos gloriareis. 7 Em lugar

da vossa vergonha tereis dupla honra; e em lugar da afronta exultareis na vossa parte; por isso na sua terra

possuirão o dobro, e terão perpétua alegria. 8 Porque eu, o SENHOR, amo o juízo, odeio o que foi roubado

oferecido em holocausto; portanto, firmarei em verdade a sua obra; e farei uma aliança eterna com eles. 9 E a

sua posteridade será conhecida entre os gentios, e os seus descendentes no meio dos povos; todos quantos os

virem os conhecerão, como descendência bendita do SENHOR. 10 Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a

minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de

justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias.

11 Porque, como a terra produz os seus renovos, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim o

Senhor DEUS fará brotar a justiça e o louvor para todas as nações.

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Lc 4:18-19, (ACF 1753); 18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os

pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, 19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração da

vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do SENHOR.

► Resposta 6. Recebendo o Espírito do Senhor, pregando as boas-novas aos aflitos, curando, libertando pes-

soas, proclamando esperança, advertindo, consolando, orando pelas pessoas. Restaurando corações e tomando

posse das bênçãos de Deus.

Isaías 61 começa com a declaração de que o Espírito do Senhor atua por meio do Ungido para pregar boas-

novas aos pobres, curar os quebrantados de coração, proclamar libertação aos cativos e livrar das trevas e do

desespero os presos (Is 61:1; ver Lc 4:18). Todos os elementos dessa promessa têm cumprimento no “ano

aceitável do Senhor”, uma referência ao ano do jubileu que, como já vimos, era cheio de implicações a respei-

to do dever de atender às necessidades dos pobres.

Assim, os enlutados que são confortados, os sofredores em Sião que são atendidos, os que recebem “uma co-

roa em vez de cinzas” e “óleo de alegria [...] em vez de pranto”, bem como os que usam “veste de louvor [...]

em vez de espírito angustiado” (Is 61:3) são as próprias pessoas que edificarão os lugares antigamente assola-

dos e restaurarão os lugares anteriormente destruídos. Os que são abençoados pelo jubileu messiânico passam

a transformar a sociedade, renovando as cidades arruinadas (Is 61:4). Os servos de Deus são chamados de sa-

cerdotes e ministros, e são sustentados pelas riquezas das nações vizinhas (Is 61:5, 6).

As figuras que encontramos em Isaías 61, do Ungido transformando os povos ao redor por meio da prosperi-

dade dos que estão em aliança com Ele (Is 61:8, 9) se aplicam àqueles que, na atualidade, foram chamados

para ser sacerdotes e ministros nas comunidades ao redor do mundo. A mesma influência transformadora des-

sa profecia não deveria ser sentida quando nos regozijamos no Senhor, nos alegramos no nosso Deus e somos

cobertos com vestes de salvação e de justiça no meio da nossa comunidade (Is 61:10, 11)?

Leia Isaías 61:9, um testemunho impressionante do que Deus queria fazer por Seu povo! A mesma coisa pode

ser dita hoje a nosso respeito? Justifique sua resposta.

❉ Quinta, 21 de julho - A igreja: um agente de mudança

► Pergunta 7. Leia Miqueias 6. Sobre o que Senhor estava falando nesse capítulo?

Mq 6:1-16, (ARC); 1 Ouvi, agora, o que diz o SENHOR: Levanta-te, contende com os montes, e ouçam os

outeiros a tua voz. 2 Ouvi, montes, a contenda do SENHOR, e vós, fortes fundamentos da terra; porque o

SENHOR tem uma contenda com o seu povo e com Israel entrará em juízo. 3 Ó povo meu! Que te tenho

feito? E em que te enfadei? Testifica contra mim. 4 Certamente, te fiz subir da terra do Egito e da casa da

servidão te remi; e pus diante de ti a Moisés, Arão e Miriã. 5 Povo meu, ora, lembra-te da consulta de

Balaque, rei de Moabe, e do que lhe respondeu Balaão, filho de Beor, desde Sitim até Gilgal; para que

conheças as justiças do SENHOR. 6 Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus

Altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? 7 Agradar-se-á o SENHOR de

milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O

fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma? 8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o

SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu

Deus? 9 A voz do SENHOR clama à cidade, e o sábio verá o teu nome: Ouvi a vara e quem a ordenou. 10

Ainda há na casa do ímpio tesouros de impiedade? E efa pequeno, que é detestável? 11 Seria eu limpo com

balanças falsas? E com um saco de pesos enganosos? 12 Porque os seus ricos estão cheios de violência, e os

seus habitantes falam mentiras; e a sua língua é enganosa na sua boca. 13 Assim, eu também te enfraquecerei,

ferindo-te e assolando-te por causa dos teus pecados. 14 Tu comerás, mas não te fartarás; e a tua humilhação

estará no meio de ti; removerás, mas não livrarás; e aquilo que livrares, eu o entregarei à espada. 15 Tu

semearás, mas não segarás; pisarás a azeitona, mas não te ungirás com azeite; e o mosto, mas não beberás

vinho. 16 Porque se observam os estatutos de Onri e toda a obra da casa de Acabe, e vós andais nos conselhos

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deles; para que eu faça de ti uma desolação e dos seus habitantes um assobio; assim, trareis sobre vós o

opróbrio do meu povo.

► Resposta 7. Sobre a apostasia do povo de Israel, que havia sido libertado do Egito mas se afastou de Deus.

Os sacrifícios e cerimônias religiosas não eram aceitos por causa da maldade, opressão e injustiça social prati-

cados pela nação. Israel seria castigado por causa desses pecados.

Miqueias se uniu aos outros profetas do Antigo Testamento que enfatizaram que as formas externas de religião

destituídas da manifestação humilde e intencional de justiça e misericórdia nunca são aceitáveis a um Deus

justo e misericordioso.

► Pergunta 8. Qual é a mensagem crucial de Miqueias 6:8?

Mq 6:8, (ARC); 8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que

pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?

► Resposta 8. Deus pede de nós o que é melhor para nós: que andemos com Ele em humildade, que amemos

a misericórdia e que pratiquemos a justiça.

“A verdadeira religião é prática. Sem dúvida, inclui os ritos e as cerimônias da igreja, mas [...] não é tanto uma

questão de se abster do alimento quanto é de compartilhar o alimento com o faminto. A bondade na prática é o

único tipo de religião reconhecida no juízo divino” (Comentário Bíblico Adventista, v. 4, p. 325).

Hoje Deus ainda rejeita a apostasia de uma religião externa que exclui a piedade prática expressa em Miqueias

6:8. Nossas formas religiosas não são um fim em si mesmas; são um meio para um fim, e esse fim é Cristo,

que deve ser revelado em nós.

Na introdução da lição desta semana, conhecemos duas famílias que se mudaram para uma comunidade “sem

esperança” com o objetivo de atender às necessidades das pessoas que moravam ali. As duas famílias forma-

ram, na sala de estar de uma das casas, um pequeno grupo com amigos da vizinhança. Os membros desse pe-

queno grupo em crescimento oraram fervorosamente para que Deus lhes mostrasse como reavivar sua comu-

nidade. Fizeram parceria com uma agência cristã de projetos sociais e começaram a recrutar voluntários para

se unir a eles na reconstrução das casas destruídas que havia ao redor. Se você visitasse aquele lugar hoje, ve-

ria que ela é uma nova e próspera comunidade, que está muito melhor do que antes. Isso se tornou uma reali-

dade porque uma pequena igreja decidiu demonstrar o amor de Jesus de modo prático, o que transformou sua

comunidade. O que essa obra revela é uma forma bem prática e poderosa pela qual Cristo conseguiu atuar

através de Seu povo para alcançar outras pessoas e ajudá-las.

Embora Deus estivesse falando para Seu povo como um todo, em Miqueias 6:8 o pronome está no singular.

Deus estava falando com cada um pessoalmente. De que forma você revela o que Deus diz que “é bom”?

❉ Sexta, 22 de julho - Estudo adicional

► Leia Jeremias 22:1-16; Ezequiel 16:49; Zacarias 7:9, 10. Leia os comentários de Ellen G. White no Comen-

tário Bíblico Adventista, v. 4, p. 1165, 1166; Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 227, 228.

Leia Miqueias 6:8. Como o Senhor poderia ser mais claro quanto ao que Ele pede de Seu povo? O termo

“bom” é a mesma palavra usada vez após vez em Gênesis 1 para se referir à criação antes da queda. Assim,

implicitamente somos lembrados do ideal que Deus tinha originalmente para nós e que Ele, no fim, irá restau-

rar após a volta de Jesus. A expressão traduzida como “exige de ti” ou “pede de ti” também poderia ser tradu-

zida (e, talvez, de maneira mais precisa) como “busca de ti”. O que Deus “busca de” nós? A resposta é mos-

trada na maneira pela qual devemos nos relacionar com os outros e com Deus. Em primeiro lugar, devemos

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Dúvidas; Opiniões; Sugestões: Gerson G. Ramos. e-mail: [email protected]

agir com justiça. Isso é muito apropriado tendo em conta o assunto da lição deste trimestre, que examina como

podemos ajudar as vítimas da injustiça. Em segundo lugar, devemos amar a misericórdia. O mundo é muito

cruel. Seríamos poderosas testemunhas se amássemos a misericórdia e mostrássemos esse amor, revelando em

nossa vida a misericórdia para com os outros! Em terceiro lugar, devemos andar humildemente para com

Deus. Se o Senhor, em Miqueias 6:4, lembrou-lhes de sua libertação do Egito como razão para que fossem

humildes e fiéis diante dEle, quanto mais isso deveria se aplicar a nós, que fomos redimidos pelo sangue de

Jesus? A realidade da cruz e do custo da nossa redenção sempre deve nos manter humildes diante do nosso

Deus.

Perguntas para reflexão

1. Em Amós 5:21-24, o que é mais importante do que os rituais religiosos?

2. Como atender às necessidades materiais das pessoas sem negligenciar suas necessidades espirituais?

COMENTÁRIOS ELLEN G. WHITE

Comentários de Ellen G. White, Leitura Adicional: Este Dia Com Deus (Meditações Matinais, 1980), p. 81.

Resumo da Lição

TEXTO-CHAVE: Isaías 61

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: A dimensão do amor de Deus pelos pobres e marginalizados da comunidade, bem como a respon-

sabilidade do cristão de ajudá-los.

Sentir: Um renovado sentimento de compromisso a fim de se unir a Deus no cuidado para com os pobres e

necessitados.

Fazer: Demonstrar interesse pelos pobres e sofredores mediante oração, auxílio financeiro e serviço pessoal.

ESBOÇO

I. Conhecer: O que é justiça

A. O que Paulo quis dizer ao afirmar que fomos criados para realizar boas obras (Ef 2:10)? Ele havia acabado

de declarar que somos salvos pela fé, não pelas obras! (Ef 2:8, 9). Além disso, as nossas melhores tentativas e

esforços não são como trapos imundos? (Is 64:6)? Comente com a classe.

B. Quais boas obras fariam mais diferença em sua comunidade?

C. Como seguidores de Cristo, quais são as boas-novas que devemos proclamar aos pobres (Is 61:1)?

II. Sentir: Demonstrando compaixão

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A. O capítulo 61 de Isaías fala sobre a substituição do luto por alegria e do “espírito angustiado” por “veste de

louvor” (Is 61:3). Muitas pessoas hoje, incluindo adventistas do sétimo dia, convivem com o fardo da depres-

são, do desespero e da solidão. Muitas lamentam o fato de viverem nessa condição. Qual é a melhor maneira

de demonstrar interesse solidário e conforto a essas pessoas?

III. Fazer: Lutando por justiça

A. Isaías 61:8 diz que Deus ama a justiça. O que podemos fazer para promover mais justiça em nossas comu-

nidades?

RESUMO:

Quando Jesus separar os bodes das ovelhas no fim dos tempos, Seu padrão de julgamento não será uma pro-

funda questão teológica que tomou a atenção dos melhores estudiosos da igreja. As questões que irão distin-

guir os dois grupos são simples: “Eu tive fome, e vocês Me deram de comer; tive sede, e vocês Me deram de

beber” (Mt 25:35, 36, NVI).

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Isaías 61

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A questão de ajudar os pobres e marginalizados não é apenas

um conceito a ser debatido por políticos; na verdade, esse é um tema que as Escrituras enfatizam e que o pró-

prio Jesus proclamou. A assistência social tem tudo a ver com o tratamento justo e humano entre as pessoas:

uma expressão prática das boas-novas de salvação.

Para o professor: Quanto ao assunto de ajudar os necessitados, aproveite a oportunidade para sair da retórica

teórica e política e colocar as ideias em termos práticos: Como seguidores de Cristo, de que maneira devería-

mos tratar os menos afortunados?

Atividade de abertura

Se você visitar o Museu Memorial do Holocausto nos Estados Unidos, localizado em Washington, D.C., verá

uma citação atribuída ao pastor luterano alemão Martin Niemöller:

“Primeiro eles vieram prender os socialistas, e eu não falei nada, pois não era um socialista. Em seguida, vie-

ram em busca dos sindicalistas, mas eu também não falei nada, pois não era sindicalista. Então eles vieram

prender os judeus, e eu não me manifestei, pois não era judeu. Por fim vieram me buscar, mas não havia mais

ninguém que pudesse me defender.”

Ninguém sabe ao certo se essas são as palavras exatas que Niemöller utilizou; muitas vezes, ele falava de ma-

neira espontânea e, de tempos em tempos, variava seu repertório. Mas o ponto principal de sua citação é claro:

se não nos manifestarmos e lutarmos pela justiça em favor dos outros, não devemos esperar que alguém bus-

que justiça em nosso favor.

Niemöller tornou-se um crítico direto das políticas nazistas e cumpriu pena em campos de concentração de

1938 até o fim da guerra.

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Pense nisto: O que você diria para quem acredita que a preocupação com a justiça nos distrai de nosso verda-

deiro chamado, que é pregar o evangelho?

Compreensão

Para o professor: Ao sondar a profunda veia das Escrituras em relação aos temas de justiça, você tem a opor-

tunidade de ajudar seus alunos a enxergar as questões e desafios atuais da sociedade através de um prisma

distintamente cristão. Desafie-os a separar a ideia de justiça de qualquer bagagem política que ela tenha adqui-

rido durante a discussão e a se perguntar como Deus, mediante Sua palavra, nos ordena a tomar uma atitude

diante das injustiças que vemos ao nosso redor.

Comentário bíblico

I. Jesus e o jubileu (Recapitule com a classe Isaías 61:1-11.)

Quando Jesus retornou à Galileia, as notícias sobre Ele se espalharam rapidamente pelas regiões interioranas.

Lucas nos diz que Ele ensinava nas sinagogas, “e todos o elogiavam” (Lc 4:15, NVI).

Em seguida Jesus voltou para Sua cidade natal, Nazaré, e foi convidado para falar na sinagoga daquela cidade.

Ele Se levantou para ler e imediatamente estabeleceu Sua estreita ligação com a linhagem de vozes proféticas

que remontava ao Antigo Testamento. Jesus escolheu ler Isaías 61 e reivindicou essa passagem como plano de

ação para Seu próprio ministério. Esse capítulo destaca a importância de atender aos rejeitados e marginaliza-

dos da sociedade.

“O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo que Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para pro-

clamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos e apregoar o

ano aceitável do Senhor” (Lc 4:18, 19).

Portanto, logo no início de Seu ministério, Jesus declarou claramente que o cuidado para com essas pessoas

seria fundamental em Sua agenda.

Jesus ainda foi além ao proclamar “o ano da graça do Senhor” (NVI), ou, de acordo com a Bíblia Almeida

Revista e Atualizada, o “ano aceitável do Senhor”. Esse ano ao qual Ele se referiu possuía um significado es-

pecífico; era o ano do jubileu mencionado no livro de Levítico:

um tempo de recomeço, quando as dívidas eram canceladas, escravos postos em liberdade, e a terra retornava

aos seus proprietários originais (Lv 25:10-13). Então Jesus reivindicou esse verso como parte de Sua declara-

ção de missão: “Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4:21).

As pessoas na sinagoga de Nazaré, bem como as de outros lugares da Galileia, ficaram felizes em ouvir os

ensinamentos de Jesus: “Todos Lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que Lhe saí-

am dos lábios” (Lc 4:22, NVI). Algumas pessoas se gabavam de conhecer o importante profeta, e houve até

certa fofoca entre certos grupos de pessoas ao perguntarem umas às outras, maravilhadas: “Não é este o filho

de José?” Elas estavam mais que desejosas de receber os milagres que Ele realizava.

No entanto, a maré da opinião pública em Nazaré virou rapidamente quando Jesus destacou que o escopo de

visão da Sua missão era mais amplo. Para grande decepção daquelas pessoas, Ele não tinha planos de realizar

uma exibição de milagres em Nazaré. Em vez disso, Jesus aproveitou a oportunidade para revelar que Sua

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missão de amor não se limitaria à Galileia ou a Israel, mas que deveria abranger o mundo todo. Ele mencionou

duas ocasiões na História em que Deus preferiu realizar milagres entre os gentios em vez de realizá-los entre

os judeus: o episódio da viúva de Sarepta e o de Naamã, o sírio.

As pessoas que estavam na sinagoga ficaram chocadas. Elas pararam de louvá-Lo, expulsaram-No da cidade e

tentaram, sem sucesso, lançá-Lo de um despenhadeiro (Lc 4:28-30).

Pense nisto: Por que Jesus apresentou uma mensagem que acabou com a “boa vontade” da qual Ele estava

desfrutando na Galileia? Por que Sua mensagem de justiça e salvação a todas as pessoas foi tão ameaçadora

para Seus ouvintes?

II. Criaturas de Deus

(Recapitule com a classe Efésios 2:10.)

O apóstolo Paulo escreveu: “Porque somos „feitura‟ [poi?ma] Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras,

as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:10, ARC). A maioria das versões da Bíblia traduz a

palavra grega poi?ma como “feitura”. Essa palavra aparece apenas mais uma vez no Novo Testamento, em

Romanos 1:20: “Desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, Seu eterno poder e Sua natureza

divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das „coisas criadas‟ [poi?ma], de forma que

tais homens são indesculpáveis” (NVI). Nessa segunda passagem, a maioria das versões traduz poi?ma como

algo semelhante a “coisas criadas”.

Alguns estudiosos salientam que a palavra inglesa “poem” é derivada de poi?ma e sugerem que nesses versos

o sentido é que Deus cria a natureza e os seres humanos como obras poéticas, obras de arte. Seja qual for o

verdadeiro significado, esse verso nos revela que fomos criados para um propósito muito específico: “para as

boas obras”.

Pense nisto: O verso mencionado anteriormente nos confere um propósito muito específico na vida cristã:

fomos criados para realizar “boas obras”. Que tipo de boas obras você acha que Paulo tinha em mente?

Aplicação

Para o professor: Como cristãos, não basta apenas sentir pena dos pobres e oprimidos. Aproveite a oportuni-

dade para comentar com seus alunos as diversas maneiras de reagir de forma positiva e útil às injustiças que

observamos ao redor.

Perguntas para reflexão

1. Como os adventistas do sétimo dia podem defender políticas públicas em favor dos pobres? Devemos nos

manter longe da política? Comente.

2. A sua igreja está envolvida, patrocinando ou participando de programas que atendem às causas dos pobres?

Se não, deveria estar? Justifique sua resposta. Como você começaria uma atividade de assistência social em

sua igreja?

3. O que significa “ter uma vida de simplicidade e modéstia”? Como isso pode fazer a diferença ao resolver

questões sociais?

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Criatividade e atividades práticas

Para o professor: A nossa espera pela segunda vinda de Jesus e a restauração suprema da justiça não devem

fazer com que os alunos assumam posturas como esta: “Bem, eu não tenho que fazer nada já que Deus resol-

verá tudo no final.” Utilize a última parte do estudo da lição para se concentrar nos benefícios de cuidar dos

pobres e necessitados, tanto para aqueles que realizam as boas ações como para aqueles que recebem a atenção

e o cuidado.

Atividade

Para o professor: Lembre seus alunos de que estamos tentando aplicar fielmente os princípios bíblicos em

nosso cotidiano, às vezes em situações difíceis. Como classe, explorem a diferença entre tão somente falar

sobre nossos princípios e vivê-los fielmente.

Atividade

Desenhe duas colunas em um quadro ou cartaz. Se você não tiver esses recursos à disposição, apenas comente

com o grupo. Escreva os seguintes cabeçalhos: “Ajudar” (na coluna 1) e “Receber” (na coluna 2). À medida

que os alunos participam da discussão, resuma as ideias deles no quadro. Faça perguntas como estas:

• Na vida do cristão, que diferença fazem os atos em favor dos necessitados e a luta pela justiça?

• É possível ser cristão e não se importar com os pobres e necessitados? Por quê?

Convide os alunos a partilhar as próprias experiências ou as que eles têm observado na vida de outras pessoas.

Após conversarem sobre os efeitos positivos do serviço na vida de quem serve, concentrem-se na pessoa que

recebe a boa ação. Como evitar que essa pessoa se sinta apenas “um caso de caridade”? Como preservar a dig-

nidade dela? Como podemos, de maneira apropriada, compartilhar a religião com pessoas necessitadas sem

que elas pensem que há condições para receber nossa ajuda?

Por fim, peça que os alunos elaborem uma lista contendo maneiras práticas de se envolver na missão que Deus

deu ao Seu povo.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?