licenciamento ambiental para empresas produtoras de álcool · para empresas produtoras de álcool...
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Licenciamento ambientalpara empresas produtoras de álcool
Engº Quím. Paulo H. Mendonça Pinto
Botucatu, 10 de Maio de 2.007
Legislação
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer
funcionar, em qualquer parte do território nacional,
estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente
poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos
ambientais competentes (...).
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente. Interdição do
empreendimento.
Lei de Crimes Ambientais ou Lei da Natureza - Lei nº 9.605/98
É CRIME
Esferas do licenciamento
IBAMA – Departamento de Avaliação de Impactos Ambientais
SMA – Secretaria do Meio Ambiente
PREFEITURA MUNICIPAL
• FEDERAL
• ESTADUAL
• MUNICIPAL
Atividades desenvolvidas em mais de um estado e daquelas cujos impactos ambientais ultrapassem os limites territoriais.
Manifesto sobre diretrizes de uso de solo / zoneamento.
Atividades localizadas nos limites regionais dos estados, não incluídasna competência federal
DAIA – Departamento de Avaliação de Impactos Ambientais
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
DEPRN – Departamento Estadual de Proteção de Recursos Natur ais
Envolve supressão, exploração, manejo de vegetação na tiva e intervenções em áreas de preservação permanente?
É fonte de poluição?
É fonte de poluição e pode causar significativo impact o ambiental?
SMASecretaria do Meio Ambiente
Órgãos Estaduais diretamente envolvidos
Decreto Estadual 47.397/2002 – Fontes de poluiçãoResoluções 01/86 e 237/97 – CONAMA – Critérios para Lic. ambiental
Resolução SMA 42 de 24/10/2006
DAIA – Departamento de Avaliação de Impactos Ambientais
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
•Capacidade de moagem de cana-de-açúcar inferior a 50.000 ton.ano-1.
Produção de álcool, açúcar ou aguardente
Legislação específica
•Capacidade de moagem de cana-de-açúcar superior a 50.000 ton.ano-1
•Substituir processo de fabricação de açúcar para álcool (total ou parcial);•Desenvolver atividades em áreas de interesse ambiental;•Ampliações e reformas, cuja capacidade de moagem de cana-de-açúcarseja igual ou superior a 200.000 ton.ano-1;
•Processo enviado para avaliações do DAIA.
LICENÇA PRÉVIA (LP) – DAIA / CETESB
LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) - CETESB
LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) - CETESB
Prazo: 2 ANOS
Prazo: 3 ANOS
Valido: 2 ANOS
Fases do Licenciamento
Aprova a localização e concepção do projeto,
estabelece os requisitos para a próxima fase.
Autoriza a instalação do empreendimento, de
acordo com o projeto aprovado e as devidas
medidas e exigências de controle ambiental.
Autoriza o funcionamento das atividades mediante
o cumprimento integral das exigências técnicas da
LI.
PARECER DE VIABILIDADE DE LOCALIZAÇÃO - OPCIONAL
-FORMULÁRIOS PRÓPRIOS ( impresso e digital);
-DIRETRIZES DE USO DE SOLO (Prefeitura);
-OUTORGA DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS (DAEE);
-ART (todos os profissionais envolvidos).
-LAYOUT GERAL;
-LAYOUT DE EQUIPAMENTOS;
-PLANTAS BAIXAS;
-CORTES E FACHADAS.
Formulários e anexos
Desenhos
Documentação
-RELAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS;
-RELAÇÃO PRODUTOS ACABADOS;
-INVENTÁRIO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS;
-INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS;
-BALANÇO HÍDRICO;
-COMBUSTÍVEIS;
-INFORMAÇÕES SOBRE CHAMINÉS;
-FONTES DE POLUIÇÃO DO AR (e medidas de controle);
-DADOS DOS EQUIPAMENTOS;
-FONTES DE POLUIÇÃO POR RUÍDO;
-FLUXOGRAMA DE ENGENHARIA (citar variáveis).
MCE – Memorial de Caracterização do Empreendimento
Tratamento e disposição
Documentação
Documentação
•PARECER TÉCNICO DEPRN;
•RAP – Relatório Ambiental Preliminar;
•EIA/RIMA EIA – Estudo de Impactos Ambientais;
RIMA – Relatório de Impactos Ambientais;
•LAUDOS e ANÁLISES (Monitoramentos).
LICENÇA DE OPERAÇÃO A TÍTULO PRECÁRIO
VALIDADE: Máximo 180 dias
Outros
Valores das Licenças
DAIA (Resol SMA 54/2006 22/12/2006)
CETESB
)..5,1(70 AcWP +=
P= valor da Licença em UFESP;
W= Fator de complexibilidade (álcool w=5);
Ac= Área construída + área de atividades ao ar livre.
LP: R$4.390,40 EIA/RIMA: R$13.171,20Obs.:Depende do nível de complexidade e horas técnicas para avaliação
Cálculo - Valores das Licenças
Ac=800m2 )800.5.5,1(70 +=P
UFESPP 13,282≅ UFESP (2007) = R$14,23
P = R$ 4.014,71
LP
LI
LO R$4.014,71
R$4.014,71
R$1.204,41
Total R$9.233,83
R$180,66
R$602,21
R$602,21
R$1.382,08
LTDA ME (15%P)
RENOVAÇÃO50% da LO
MANEJO DE RESÍDUOS EM AGRO
INDÚSTRIA PRODUTORA DE
ETANOL DE AMILÁCEAS
MANDIOCA
Lavador
Água de LavagemDescascador
CepasPicador/Ralador
Processo
Álcool 1ª
Vinhaça
Decantador
Cascas
Álcool 2ª
Óleo fúsel
MILHO / ARROZ
FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO
ÁGUAS DE LAVAGEM
20,00CIANETO TOTAL (ppm)
500,00DQO (ppm)
5,50pH
0,51SÓLIDOS VOLÁTEIS (%)
0,54SÓLIDOS TOTAIS (%)
CONSUMO MÉDIO DE ÁGUA (LAVAGEM DAS RAÍZES): 2,62m3.t-1
CARACTERIZAÇÃO
Fonte: CEREDA (1994)
•Decantador, reuso como água de pré-lavagem;
•Fertirrigação (mediante aprovação do órgão ambiental);
Norma Técnica CETESB P-4.231 (?)
•Tratamento e disposição em corpo receptor (Resol. CONAMA 357/05);
•Caracterização semestral do efluente;
•Armazenagem em lagoas impermeabilizadas;
•Poços de monitoramento de acordo com a NBR-13985/97;
•Monitoramento físico-químico do solo.
EXIGÊNCIAS MÍNIMAS
ÁGUAS DE LAVAGEM
TRATAMENTOS E DISPOSIÇÃO
IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAGOA(PEAD 2mm)
Agro Industrial Tarumã Ltda – São Pedro do Turvo-SP
CEPAS
PRODUZIDAS DURANTE A OPERAÇÃO DE SELEÇÃO
APLICAÇÕES
•Alimentação animal;
•Compostagem.
CASCAS
0,00Cianeto total(ppm)
41,00Fibra(%)
110,00Enxofre (ppm)
0,64Nitrogênio(%)
3,00Lipídeos
0,00Amido(%)
4,00Cinzas(%)
48,28Umidade(%)
18,00Boro (ppm)
104,00Manganês (ppm)
21,00Zinco(ppm)
9,00Cobre(ppm)
5.538,00Ferro (ppm)
80,00Magnésio (ppm)
280,00Cálcio (ppm)
430,00Fósforo (ppm)
Fonte: MOTTA(1985) e dados não publicados
APLICAÇÕES
•Alimentação animal;
CARACTERIZAÇÃO2 a 5% DO PESO TOTAL DAS RAÍZES
VINHAÇA (vinhoto ou restilo)
APLICAÇÃO
•Alimentação animal;
Produção: 10L vinhaça / L de álcool
Referências
FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Licenciamento ambiental e as micro e pequenas empresas , 28p. São Paulo/SP. 2006.
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, <www.cetesb.sp.gov.br> acessado em 16/04/2.007
PINTO, Paulo H. M. – A Lei dos Crimes ambientais e o processo de licenci amento ambiental .70p.2.001 (Monografia de especialização) Faculdades Integradas de Ourinhos.Ourinhos/SP.2001
TCA-Tribunal de Contas da União.Cartilha de licenciamento ambiental. Secretaria de Fiscalização e Obras da União.57p.Brasília/DF.2004.
FIRJAN - Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Manual de licenciamento ambietal: Guia de procedimento passo a passo .23p. GMA.Rio de Janeiro/RJ. 2.004.
CEREDA, M. P. Caracterização dos resíduos da industrialização da mandioca . Botucatu:Centro de Raízes Tropicais- Universidade Estadual Paulista, 1996.56p.
CEREDA, M. P. Caracterização dos Subprodutos da industrialização da mandioca .Manejo, uso e tratamento de subprodutos de industrialização da mandioca.São Paulo: Fundação Cargill,v.4,p.13-28,2001.